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RELATÓRIO TÉCNICO SEMESTRAL RSR 01 Fase Reservatório Janeiro a Julho de 2011 0681/2010

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RELATÓRIO TÉCNICO SEMESTRAL – RSR 01

Fase Reservatório Janeiro a Julho de 2011 0681/2010

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Sub-Programa 7.3 - Monitoramento e Controle das Macrófitas Aquáticas

Relatório Técnico Semestral - RSR01 – Fase Reservatório

Foz do Chapecó Energia

Rua: Germano Wendhausen, 203, 4º andar, Centro Executivo Beira Mar Shopping 88015-460 Florianópolis, SC, Brasil. Fone: (48) 3029-5076 Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Rural Sustentável do Estado de Santa Catarina – Fundagro

Avenida Madre Benvenuta, 1666, Santa Mônica.

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Fundagro - Unidade Regional de Chapecó

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Fone/Fax: (49) 3328-6614

EQUIPE TÉCNICA:

Ludimila G. de Lara Pinto, Eng.ª Sanitarista e Ambiental

Lucas Soares Câmara, Técnico em Hidrologia

Rodrigo Lenz, Técnico em Hidrologia

Fábio da Silva, Técnico em Hidrologia

Alcedir Bessegatto, Técnico em Agropecuária

Ivan Roberto Néris, Técnico em Segurança do Trabalho

Silvano Cherobin, Técnico em Agropecuária

Florianópolis, setembro de 2011.

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ÍNDICE GERAL

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................. 1

2 METODOLOGIA .............................................................................................................................................. 1

2.1 ÁREAS DE INSPEÇÃO E PERIODICIDADE ......................................................................................................... 1

2.2 COLETA E PRESERVAÇÃO DAS AMOSTRAS ..................................................................................................... 4

2.3 DETERMINAÇÃO DAS MACRÓFITAS AQUÁTICAS EM LABORATÓRIO ..................................................................... 4

2.4 INFORMAÇÕES DE PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA ......................................................................................... 5

3 ANÁLISE PLUVIOMÉTRICA DO SEMESTRE ................................................................................................ 6

4 ANÁLISE SEMESTRAL DAS MACRÓFITAS ................................................................................................. 7

4.1 CAMPANHA 01: JANEIRO/2011 .................................................................................................................... 7

4.2 CAMPANHA 02: ABRIL/2011 ...................................................................................................................... 11

4.3 CAMPANHA 03: JULHO/2011 ..................................................................................................................... 14

5 COMENTÁRIOS ............................................................................................................................................ 18

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................................................. 18

APÊNDICE A – REGISTRO FOTOGRÁFICO ....................................................................................................... 19

ÍNDICE DE TABELAS

TABELA 4-I: TAXA DE PRODUÇÃO ABSOLUTA E RELATIVA DAS ESPÉCIES DE MACRÓFITAS COLETADAS (ADAPTADO DE ESTEVES,1998) ............... 10

TABELA 4-II: TAXA DE PRODUÇÃO ABSOLUTA E RELATIVA DAS ESPÉCIES DE MACRÓFITAS COLETADAS (ADAPTADO DE ESTEVES, 1998). ............. 13

TABELA 4-III: TAXA DE PRODUÇÃO ABSOLUTA (PRODUTIVIDADE PRIMÁRIA) DAS ESPÉCIES DE MACRÓFITAS COLETADAS NO MÊS DE JULHO DE 2011

(ADAPTADO DE ESTEVES,1998). ........................................................................................................................................................ 16

ÍNDICE DE FIGURAS

FIGURA 2-I: MAPA GEORREFERENCIADO DO RESERVATÓRIO DA UHE FOZ DO CHAPECÓ COM AS ÁREAS VISTORIADAS NO SUB-PROGRAMA 7. .......... 3

FIGURA 3-I: PRECIPITAÇÃO TOTAL DIÁRIA NA ESTAÇÃO METEOROLÓGICA DE CHAPECÓ (JANEIRO A JULHO DE 2011). ............................................. 6

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FIGURA 4-I: EXEMPLARES DE MACRÓFITAS AQUÁTICAS NO TRIBUTÁRIO PASSO FUNDO. ........................................................................................ 7

FIGURA 4-II: EXEMPLARES DA ESPÉCIE AZZOLLA SP NO TRIBUTÁRIO RIO JACUTINGA. ........................................................................................... 8

FIGURA 4-III: EXEMPLARES DE MACRÓFITAS AQUÁTICAS NO BRAÇO DO RESERVATÓRIO (P04’ COORDENADAS UTM 319670 E; 6989208 S). ......... 8

FIGURA 4-IV: EXEMPLARES DE MACRÓFITAS AQUÁTICAS NO BRAÇO DO RESERVATÓRIO (P03’ COORDENADAS UTM 328555 E; 6986096 S). ......... 9

FIGURA 4-V: EXEMPLARES DE MACRÓFITAS AQUÁTICAS NO BRAÇO DO RESERVATÓRIO (P06’COORDENADAS UTM 297777 E; 6995612 S). ........... 9

FIGURA 4-VI: DENSIDADE POPULACIONAL (IND/M2) PARA OS PONTOS AMOSTRADOS). ......................................................................................... 11

FIGURA 4-VII: EXEMPLARES DE MACRÓFITAS AQUÁTICAS NO PONTO 17. ........................................................................................................... 12

FIGURA 4-VIII: EXEMPLARES DE MACRÓFITAS AQUÁTICAS NA MARGEM ESQUERDA DO RESERVATÓRIO (COORDENADAS 27º13’33’S, 52º59’53’’W).

........................................................................................................................................................................................................... 12

FIGURA 4-IX: DENSIDADE POPULACIONAL (IND/M2) PARA OS PONTOS AMOSTRADOS EM ABRIL/2011. ................................................................... 13

FIGURA 4-X: DENSIDADE POPULACIONAL POR ESPÉCIES NOS PONTOS – ABRIL/11 ............................................................................................. 14

FIGURA 4-XI: AMOSTRAGEM DE MACRÓFITAS NO RESERVATÓRIO (COORDENADAS 27°10’22,7”S 52°56’29,5”W), EM 19/07/11. ......................... 14

FIGURA 4-XII: AMOSTRAGEM DE MACRÓFITAS NO RESERVATÓRIO (COORDENADAS 27°13’57,7”S 52°45’20,4”W), EM 20/07/11. ........................ 15

FIGURA 4-XIII: AMOSTRAGEM DE MACRÓFITAS NO PONTO 09 (COORDENADAS 27°12’23”S 52°31’17,3”W), EM 21/07/11. .................................. 15

FIGURA 4-XIV: DENSIDADE DA COMUNIDADE DE MACRÓFITAS AQUÁTICAS (IND/M2) POR ESTAÇÃO AMOSTRAL PARA O MÊS DE JULHO DE 2011. ..... 17

FIGURA 4-XV: DENSIDADE POPULACIONAL (IND/M2) POR ESTAÇÃO AMOSTRAL PARA O MÊS DE JULHO DE 2011. ................................................... 17

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1 INTRODUÇÃO

A Fase Reservatório do Sub-programa “Monitoramento e Controle das Macrófitas Aquáticas”, do PBA da

Usina Hidrelétrica Foz do Chapecó (UHFC), iniciou em janeiro de 2011 através do Contrato CEFC-0681/2010,

com cronograma de atividades e metodologia de trabalho de acordo com as etapas do empreendimento.

Este documento é o “Relatório Técnico Semestral – RSR 01” que apresenta o resultado do

monitoramento durante o semestre compreendido entre os meses Janeiro de 2011 e Julho de 2011,

correspondendo ao primeiro relatório semestral da Fase Reservatório.

2 METODOLOGIA

O acompanhamento do desenvolvimento de macrófitas é realizado por meio de vistorias e coletas em

campo, cuja freqüência é trimestral. Também são realizadas inspeções nos locais de coletas de água do Sub-

Programa 7.1 (Monitoramento das Águas Superficiais) durante as campanhas de amostragem de água e

sedimentos.

2.1 ÁREAS DE INSPEÇÃO E PERIODICIDADE

A Tabela 2-I apresenta a relação das áreas vistoriadas no período de janeiro a julho de 2011, com uma

breve descrição da sua localização, altitude e coordenadas UTM.

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Tabela 2-I: Áreas vistoriadas na região de influência da UHE Foz do Chapecó. Ponto Descrição Coordenadas UTM

P1 Tributário rio Paloma 362028 6980205

P2 Tributário rio Ariranhazinho 358301 6988821

P3 Tributário rio Ariranha 356835 6989877

P4 Tributário, margem esquerda rio Uruguai 354183 6983706

P5 Tributário, margem esquerda rio Uruguai 353633 6983045

P6 Tributário, margem direita rio Uruguai 351796 6983325

P7 Tributário, margem direita rio Uruguai 350411 6983636

P8 Tributário rio Douradinho 348886 6981922

P9 Tributário rio Irani 348977 6992415

P10 Tributário, margem esquerda rio Uruguai 345354 6984956

P11 Tributário, margem direita rio Uruguai 342526 6985226

P12 Tributário rio Jacutinga 343235 6982938

P13 Tributário, margem esquerda rio Uruguai 338198 6982373

P14 Tributário, margem direita rio Uruguai 337235 6985627

P15 Tributário rio Passo Fundo 328856 6974396

P16 Tributário Lajeado Grande, afluente do rio Passo Fundo 335192 6978317

P17 Tributário, margem esquerda rio Uruguai 327479 6983554

P18 Lajeado do Carneiro 325181 6989340

P19 Tributário rio Tigre / Chalana 325872 6991131

P20 Tributário rio dos Índios 322407 6987213

P21 Tributário, margem esquerda rio Uruguai 318300 6988653

P22 Tributário rio Lambedor 317200 6995880

P23 Tributário Barra da Foice 314408 6988995

P24 Tributário, margem esquerda rio Uruguai 310176 6987659

P25 Rio Uruguai, margem direita alagado 307451 6994115

P26 Tributário rio Lajeado Grande 305843 6985245

P27 Tributário, margem esquerda rio Uruguai 302682 6984760

P28 Tributário rio Lajeado Bonito 299241 6987967

P29 Tributário, margem direita rio Uruguai 303506 6995634

P30 Tributário rio Arroio Bonito 305417 6999830

A Figura 2-I apresenta as áreas de vistoria distribuídas espacialmente no mapa georreferenciado do

futuro reservatório da UHFC.

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P1

P2

P3

P4P5

P6P7

P8

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P10

P11

P12P13

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P15P16

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P20P21

P22

P23P24

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P26P27

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P30

Legenda Pontos vistoriados por campanha

Figura 2-I: Mapa georreferenciado do reservatório da UHE Foz do Chapecó com as áreas vistoriadas no sub-programa 7.

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2.2 COLETA E PRESERVAÇÃO DAS AMOSTRAS

Para realizar o levantamento dos bancos e coleta de amostras para determinar a taxa de crescimento,

são empregados os seguintes materiais: embarcação motorizada, GPS, quadros de amostragem de 20x20cm,

tesoura de poda, sacos plásticos e câmera digital.

O método utilizado é o “método do quadrante” com quadros com área de 0,040m2 (POMPÊO, 2003).

No momento da coleta propriamente dita, os bancos são fotografados, levantadas as suas coordenadas

UTM e estimada a área com auxílio de uma trena. A vegetação é cortada com as tesouras de poda e o quadro

deve permanecer o mais imóvel possível para evitar a inclusão ou saída de partes da vegetação. Todo material

vegetal contido no interior do quadro é cuidadosamente coletado e inserido em saco plástico (capacidade de

30L) devidamente identificado. A quantidade de amostras coletadas nos bancos depende do porte da estação

amostral.

2.3 DETERMINAÇÃO DAS MACRÓFITAS AQUÁTICAS EM LABORATÓRIO

Em laboratório é realizado o fracionamento das macrófitas da seguinte forma: lâmina (limbo), pecíolo,

raiz e detritos. Todo material coletado é devidamente lavado em água corrente para remoção de restos de

sedimento e materiais particulados depositados.

Em seguida é realizada a determinação da biomassa das diferentes porções vegetais, acima e abaixo da

lâmina de água, sendo que os valores são expressos em massa seca por unidade de área (g MS/m2).

A taxa de produção absoluta é dada pela seguinte expressão:

)t(t

)B(BPP

12

12

−−

=

PP – produtividade primária (g MS/m2.dia)

B – biomassa (g MS/ m2)

t – período da determinação da biomassa (dia)

E a taxa de produção relativa é dada pela seguinte expressão:

)t(t

)lnB(lnBPR

12

12

−−=

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As densidades nos bancos (densidade comunidade e densidade populacional) são expressas conforme

expressões a seguir:

Dc = I/A

I – número de plantas (de todas as espécies)

A - área do banco amostrado (m2)

Dp = IP/A

IP – indivíduos de uma mesma população

A – área do banco amostrado (m2)

Quando é necessária a identificação botânica dos exemplares, estes são fotografados e utiliza-se uma

chave sistemática e um microscópio estereoscópico com capacidade de aumento de 20, 40 e 80x.

Para determinação da diversidade botânica e biomassa realiza-se a contagem do número de macrófitas

por gênero. Após a contagem procede-se à secagem em estufa (65ºC) até o peso constante. O material é

pesado e assim determina-se a biomassa por unidade de área de cada gênero encontrado em cada ponto

amostrado em gramas de matéria seca seco por metro quadrado (g MS/ m2).

2.4 INFORMAÇÕES DE PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA

Para a análise pluviométrica da bacia hidrográfica da UHE Foz do Chapecó foram considerados dados

de precipitação pluviométrica (chuva) da estação meteorológica de Chapecó, obtidos junto ao Programa 4 –

Monitoramento Climatológico. Para tal foram realizadas as comparações dos totais mensais de chuva de 2011

(até julho) com a série histórica do período de 1969 a 2006.

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3 ANÁLISE PLUVIOMÉTRICA DO SEMESTRE

Comparando os totais mensais de precipitação (Figura 3-I) ocorridos no ano de 2011 com as médias dos

totais da série histórica (1969 a 2006), constatou-se que os meses de fevereiro, março, junho e julho foram

superiores. No mês de janeiro os valores foram semelhantes ao total médio da média histórica. O mês de maio

registrou o menor volume de chuva na bacia (60 mm), sendo em média 62% inferior ao total médio da série

histórica para o mês.

Figura 3-I: Precipitação total diária na estação meteorológica de Chapecó (janeiro a julho de 2011).

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4 ANÁLISE SEMESTRAL DAS MACRÓFITAS

4.1 CAMPANHA 01: JANEIRO/2011

Na campanha de janeiro verificou-se que no corpo principal do reservatório da UHE Foz do Chapecó não

foram encontrados exemplares de macrófitas aquáticas, mas sim em alguns tributários do reservatório, como o

rio Passo Fundo, rio Jacutinga, rio Chalana além de alguns pequenos braços do reservatório. Observou-se

também que em alguns pontos as macrófitas encontradas estavam associadas ao material vegetal que

permaneceu flutuando nas águas dos tributários, como toras e galhos, e um tipo de serragem (fragmentos de

vegetação).

No rio Passo Fundo, tributário da margem esquerda na porção central do reservatório, foram

encontrados exemplares da espécie Salvinia natans, como se pode observar na Figura 4-I.

Figura 4-I: Exemplares de macrófitas aquáticas no tributário Passo Fundo.

No rio Jacutinga, tributário da margem esquerda na porção central do reservatório, foram encontrados

exemplares da espécie Azzolla sp (Figura 4-II).

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Figura 4-II: Exemplares da espécie Azzolla sp no tributário rio Jacutinga.

Em três pequenos braços do reservatório também foram detectadas a presenças de macrófitas. Em um

destes, que se encontra na margem esquerda do reservatório, foram encontrados exemplares da espécie

Salvinia natans (Figura 4-III).

Figura 4-III: Exemplares de macrófitas aquáticas no braço do reservatório (P04’ coordenadas UTM 319670 E; 6989208 S).

Em outro pequeno braço do lago, também na margem esquerda do reservatório, foram encontrados

exemplares de Salvinia natans, juntamente com a espécie Azzolla sp (Figura 4-IV).

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Figura 4-IV: Exemplares de macrófitas aquáticas no braço do reservatório (P03’ coordenadas UTM 328555 E; 6986096 S).

E por fim, em um pequeno braço na margem direita do reservatório, próximo a barragem, também foram

encontrados exemplares da espécie Salvinia natans (Figura 4-V).

Figura 4-V: Exemplares de macrófitas aquáticas no braço do reservatório (P06’coordenadas UTM 297777 E; 6995612 S).

4.1.1 Produtividade Primária

A produção primária das macrófitas aquáticas é controlada por uma série de fatores limitantes, dentre os

quais se destaca a temperatura, radiação fotossinteticamente ativa, velocidade de corrente, variação do nível de

água, nutrientes e disponibilidade de carbono inorgânico.

Os locais onde foram encontradas as espécies de macrófitas apresentaram os seguintes valores da

biomassa:

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Tabela 4-I: Taxa de produção absoluta e relativa das espécies de macrófitas coletadas (Adaptado de ESTEVES,1998)

Espécie – Taxa

Produção

Ponto

Amostrado

Salvinia natans Azolla sp.

Taxa Produção

Absoluta (gMS/m2)

Taxa Produção

Relativa (gMS/m2)

Taxa Produção

Absoluta (gMS/m2)

Taxa Produção

Relativa (gMS/m2)

P01-Rio Passo Fundo 1,3094-41,8242 0,3442-3,4232 * *

P02- Trib. Lageado

Grande * * * *

P03- Uruguai Ponto

Alagado 0,1238-4,6598 -2,0890-1,5389 2,6658-38,5607 0,9762- 3,3511

P04- Uruguai ME

Reservatório 0,9174-25,2035 - 0,0862- 3,2269 * *

P05 – Trib. Rio

Jacutinga * * 0,0357-0,7077 -3,3326- (-0,3457)

P06- Uruguai Próximo

Barramento Foz

Chapecó

1,3384-50,1112 0,3637-3,584 * *

* ausência de espécie de macrófitas

4.1.2 Densidade Populacional

Nesta campanha pôde-se observar que o ponto que apresentou maior número de macrófitas foi o P03’

(braço do reservatório), com 6300 ind/m², e o ponto com menor número de espécies de macrófitas foi o ponto rio

Jacutinga, com 575 ind/m².

O gráfico a seguir ilustra a diferença da densidade das espécies.

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11

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

P01 P02 P03 P04 P05 P06

Den

sida

de P

opul

acio

nal (

ind/

m2)

Salvinia natans Azolla sp.

Figura 4-VI: Densidade populacional (Ind/m2) para os pontos amostrados).

Também se pode observar que a espécie mais freqüente foi a Salvinia natans, presente em 4 estações

amostrais, sendo o Ponto 06, próximo a barragem, o de maior densidade (1700 Ind/m²).

Para a espécie Azolla sp, observou-se a maior densidade no Ponto 03 (5500 Ind/m²).

4.2 CAMPANHA 02: ABRIL/2011

Após a vistoria da área no mês de abril, verificou-se que no corpo principal do reservatório da UHE Foz

do Chapecó não foram encontrados exemplares de macrófitas aquáticas, assim como na campanha de janeiro.

Porém, as macrófitas foram detectadas em alguns tributários, como o rio Passo Fundo, rio Chalana além de

alguns pequenos braços do reservatório. No entanto, bancos representativos foram detectados em dois pontos,

conforme detalhamento a seguir.

No ponto 17, margem esquerda da porção central do reservatório, foram encontrados exemplares da

espécie Salvinia sp e Lemna sp (Figura 4-VII).

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Figura 4-VII: Exemplares de macrófitas aquáticas no ponto 17.

Em outro local, na margem esquerda da porção final do reservatório, também foram encontrados

exemplares da espécie Salvinia sp e Lemna sp (Figura 4-VIII).

Figura 4-VIII: Exemplares de macrófitas aquáticas na margem esquerda do reservatório (coordenadas 27º13’33’S, 52º59’53’’W).

4.2.1 Produtividade Primária

Os locais onde foram encontradas as espécies de macrófitas apresentaram os seguintes valores da

biomassa:

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Tabela 4-II: Taxa de produção absoluta e relativa das espécies de macrófitas coletadas (Adaptado de ESTEVES, 1998).

Espécie –

Taxa Produção

Ponto

Amostrado

Salvinia sp Lemna sp.

Taxa Produção

Absoluta (gMS/m2)

Taxa Produção Relativa

(gMS/m2)

Taxa Produção

Absoluta (gMS/m2)

Taxa Produção

Relativa (gMS/m2)

P17 1,877 – 2,058 0,629 – 0,721 0,025 – 0,033 (-3,665) – (+ 3,393)

P01’- margem esquerda

do reservatório 1,764 – 2,988 0,567 – 1,094 0,011 – 0,022 (-4,492) – (+ 3,789)

4.2.2 Densidade Populacional

Nesta campanha a densidade de macrófitas nos pontos de amostragem variou entre 6250 ind/m² e 7650

ind/m². O gráfico a seguir ilustra a densidade das espécies entre os pontos.

Figura 4-IX: Densidade populacional (Ind/m2) para os pontos amostrados em abril/2011.

Também se pode observar, através da Figura 4-X, que a espécie Salvinia sp, presente nos dois pontos,

apresentou maior densidade.

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14

Figura 4-X: Densidade populacional por espécies nos pontos – Abril/11

4.3 CAMPANHA 03: JULHO/2011

Na terceira campanha (julho/2011) verificou-se que tanto no corpo principal do reservatório da UHE Foz do

Chapecó quanto nos tributários foram encontrados exemplares de macrófitas aquáticas. Porém, bancos

representativos foram detectados em três pontos, conforme detalhamento a seguir.

Na margem esquerda do reservatório, aproximadamente a 11,5 km do barramento, foram encontrados

exemplares das espécies Lemna sp e Salvinia auriculata (Figura 4-XI).

Figura 4-XI: Amostragem de macrófitas no reservatório (coordenadas 27°10’22,7”S 52°56’29,5”W), em 19/07/11.

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15

Em outro local, logo acima do rio Chalana na margem esquerda, também foram encontrados exemplares

das espécies Salvinia auriculata (Figura 4-XII).

Figura 4-XII: Amostragem de macrófitas no reservatório (coordenadas 27°13’57,7”S 52°45’20,4”W), em 20/07/11.

Já na margem esquerda do Rio Irani (Ponto 09), foram encontrados exemplares das espécies Pistia

stratiotes (Figura 4-XIII).

Figura 4-XIII: Amostragem de macrófitas no ponto 09 (coordenadas 27°12’23”S 52°31’17,3”W), em 21/07/11.

4.3.1 Determinação da Produtividade Primária

Para esta campanha, foram amostrados 08 pontos de coleta, onde foram encontradas as espécies de

macrófitas aquáticas, conforme Tabela 4-III:

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16

Tabela 4-III: Taxa de Produção Absoluta (Produtividade Primária) das espécies de macrófitas coletadas no mês de julho de

2011 (Adaptado de ESTEVES,1998).

Espécies/Pontos

Taxa de Produção Absoluta (gMS/m2)

Ponto 01 Ponto 02 Ponto 03 Ponto 04 Ponto 05 Ponto 06 Ponto 07 Ponto 08

Azolla sp - - 1,7-12 - - - 0,4-0,5 -

Lemna minor - 0,1-0,5 0,3-7,0 - - - - -

Lemna sp - - - - 16,5-175 - - -

Pistia stratiotes - - 0,4-3,1 - - - - 17,6-111,3

Salvinia

auriculata 1,5-7,6 0,7-4,4 0,1-1,1 19,7-151,4 0,1-3,1 1,2-58,1 6,2-67,8 -

Tabela 4 I:Taxa de Produção Relativa das espécies de macrófitas coletadas no mês de julho de 2011 (Adaptado de ESTEVES,1998).

Espécies/Pontos

Taxa de Produção Relativa (gMS/m2)

Ponto 01 Ponto 02 Ponto 03 Ponto 04 Ponto 05 Ponto 06 Ponto 07 Ponto 08

Azolla sp - - 0,53 - 2,48 - - - -0,92 + 0,69 -

Lemna minor - -2,30 + 0,69 -1,2 - 1,9 - - - - -

Lemna sp - - - - 2,80 - 5,17 - - -

Pistia stratiotes - - 0,92 - 1,13 - - - - 2,87 - 4,71

Salvinia

auriculata 2,03 - 0,40 0,36 -1,41 -2,30 - 0,09 2,98 - 5,02 -2,30 - 1,13 0,18 - 4,06 1,82 - 4,21 -

4.3.2 Densidade Populacional

A Figura 4-XIV representa a densidade da comunidade de macrófitas ao longo das estações amostrais

cujas dimensões dos bancos puderam ser medidas, pois as macrófitas em alguns pontos foram detectadas de

maneira esparsa, não sendo possível a determinação da área.

Observa-se, que o Ponto 05 Alagado ME Uruguai apresentou uma densidade de comunidade mais

elevada, com 8,3 Ind/m2, enquanto que o ponto Ponto 06 Alagado Uruguai MD apresentou menor densidade -

0,025 Ind/m2.

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17

Figura 4-XIV: Densidade da Comunidade de macrófitas aquáticas (ind/m2) por estação amostral para o mês de julho de 2011.

A Figura 4-XV ilustra a densidade populacional por estação de coleta cujas dimensões dos bancos foram

medidas:

Figura 4-XV: Densidade populacional (Ind/m2) por estação amostral para o mês de julho de 2011.

De acordo com a Figura 4-XV podemos observar que o Ponto 05 – Alagado ME Uruguai, apresentou

maior densidade populacional, com destaque para a espécie Lemna sp com 8,2 Ind/m2.

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5 COMENTÁRIOS

Os fatores ambientais que favorecem o crescimento destas plantas são a baixa turbulência, abundância

de nutrientes, ausência de espécies predadoras e competidoras, condições climáticas propícias (especialmente

em ambientes aquáticos tropicais). Porém, podem suportar grandes períodos de seca.

Em muitos reservatórios essas plantas são rotuladas como plantas daninhas, pois devido as condições

favoráveis, elas multiplicam-se rapidamente tomando quase, ou toda, a lâmina d´água, dificultando a navegação,

a pesca, a recreação, e até mesmo entupir a tomada de água de turbinas de usinas hidrelétricas.

Na região de abrangência do reservatório do UHE Foz do Chapecó verificou-se, no semestre em

discussão, que a densidade das espécies variou de 0,025 ind/m² à 7650,0 ind/m², sendo os maiores valores

detectados nas primeiras campanhas (janeiro e abril).

No apêndice deste relatório encontram-se algumas fotografias obtidas durante as campanhas realizadas

no período de abrangência do semestre.

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ESTEVES, F. A. Fundamentos de Limnologia. Segunda Edição, Editora Interciência, Rio de Janeiro, 1998.

JOLY, A.B. Botânica: introdução à taxonomia vegetal. 11ed. São Paulo. Ed. Nacional. p. 178-181; p. 656-713, 1993. LORENZI, H. Plantas Daninhas do Brasil: terrestres, aquáticas, parasitas, tóxicas e medicinais. 2a Edição, Editora Plantarum, Nova Odessa, 1991. 440 p. POMPÊO, M. L. M. & MOSCHINI-CARLOS,V. Macrófitas Aquáticas e Perifíton: Aspectos ecológicos e metodológicos. Editora Rima, São Carlos, 2003, 134p. PORTO, V. M. S. et. al. Macroinvertebrados associados a macrófita aquática do gênero eichhornia em viveiros de piscicultura (pa). Disponível em http://www.adaltech.com.br THOMAZ, S. M. & BINI, L. M. A expansão das macrófitas aquáticas e implicações para o manejo de reservatórios: Um estudo na represa Itaipu. In: HENRY, R. (Ed.). Ecologia de reservatórios: estrutura, função e aspectos sociais. Botucatu, SP: FUNDIBIO, 1999. p. 597-626 VALITUTTO, R, S. Acumulação de poluentes inorgânicos por macrófitas aquáticas nos reservatórios de Santana e Vigário, Barra do Piraí – RJ. Niterói, Rio de Janeiro, Brasil, 2004, 63f. Dissertação (Mestrado em Química) – Universidade Federal Fluminense.

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APÊNDICE A – REGISTRO FOTOGRÁFICO

A seguir são apresentadas algumas fotografias obtidas durante as campanhas realizadas neste semestre

(janeiro a julho de 2011).

1ª CAMPANHA (janeiro de 2011)

Figura A - I: Rio Douradinho – vista da foz (P08) Figura A - II:Tributário rio Irani (P09)

Figura A - III: Tributário Lajeado Grande (P15) Figura A - IV: Tributário Rio Passo Fundo (P16)

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2ª CAMPANHA (abril de 2011)

Figura A - V: Rio Tigre – vista da foz (P19) Figura A - VI: Tributário, margem esquerda Rio

Uruguai

Figura A - VII: Rio dos Índios, entrada do canal (P20) Figura A - VIII: Rio Uruguai, margem direita (P11)

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3ª CAMPANHA (julho de 2011)

Figura A - IX: Tributário margem direita do rio Uruguai(P11)

Figura A - X: Tributário Rio Passo Fundo, entrada do canal (P15)

Figura A - XI: Tributário Rio Jacutinga, entrada do canal (P12)

Figura A - XII: Tributário Rio Paloma, entrada do canal (P01)

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Janeiro de 2011 - 0681/10

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Relatório Técnico de Andamento - RTR01

Foz do Chapecó Energia S.A.

Rua Germano Wendhausen, 203, 4º andar

88015-460 Centro, Florianópolis, SC, Brasil.

Fone: (48) 3029-5076

Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Rural Sustentável do Estado de Santa Catarina – Fundagro

Avenida Madre Benvenuta, 1666, Santa Mônica

88035-001 Florianópolis, SC, Brasil.

Fone: (48) 3029-8000, fax: (48) 3029-8010

http://www.fundagro.org.br/ - [email protected]

EQUIPE TÉCNICA:

Ludimila G. de Lara Pinto, Eng.ª Sanitarista e Ambiental

Lucas Soares Câmara, Técnico em Hidrologia

Rodrigo Lenz, Técnico em Hidrologia

Ivan Roberto Neris, Técnico em Segurança do Trabalho

Alcedir Bessegatto, Técnico em Agropecuária

Florianópolis, Abril de 2011

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ÍNDICE GERAL

1 INTRODUÇÃO................................................................................................................................................. 1

2 METODOLOGIA .............................................................................................................................................. 1

2.1 ÁREAS DE INSPEÇÃO E PERIODICIDADE .........................................................................................................1

2.2 COLETA E PRESERVAÇÃO DAS AMOSTRAS .....................................................................................................4

2.3 DETERMINAÇÃO DAS MACRÓFITAS ................................................................................................................4

2.4 INFORMAÇÕES HIDROMETEOROLÓGICAS .......................................................................................................5

3 RESULTADOS ................................................................................................................................................ 6

3.1 PRODUTIVIDADE PRIMÁRIA ..........................................................................................................................8

3.2 DENSIDADE POPULACIONAL .........................................................................................................................9

4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................................................................. 11

APÊNDICE A – REGISTRO FOTOGRÁFICO DA 01ª CAMPANHA..................................................................... 12

ANEXO A: LAUDOS LABORATORIAIS............................................................................................................... 13

ÍNDICE DE FIGURAS

FIGURA I: ESPACIALIZAÇÃO DAS ÁREAS VISTORIADAS NO SUB-PROGRAMA 7.3 DA UHE FOZ DO CHAPECÓ.............................................................3

FIGURA II: PRECIPITAÇÃO TOTAL DIÁRIA NA ESTAÇÃO METEOROLÓGICA DE CHAPECÓ NO MÊS DE JANEIRO DE 2011 ..............................................6

FIGURA III: EXEMPLARES DE MACRÓFITAS AQUÁTICAS NO TRIBUTÁRIO PASSO FUNDO. .........................................................................................6

FIGURA IV: EXEMPLARES DA ESPÉCIE AZZOLLA SP NO TRIBUTÁRIO RIO JACUTINGA. .............................................................................................7

FIGURA V: EXEMPLARES DE MACRÓFITAS AQUÁTICAS NO BRAÇO DO RESERVATÓRIO (P04’ COORDENADAS UTM 319670 E; 6989208 S)................7

FIGURA VI: EXEMPLARES DE MACRÓFITAS AQUÁTICAS NO BRAÇO DO RESERVATÓRIO (P03’ COORDENADAS UTM 328555 E; 6986096 S)...............8

FIGURA VII: EXEMPLARES DE MACRÓFITAS AQUÁTICAS NO BRAÇO DO RESERVATÓRIO (P06’COORDENADAS UTM 297777 E; 6995612 S)...............8

FIGURA VIII: DENSIDADE POPULACIONAL (IND/M2) PARA OS PONTOS AMOSTRADOS)...........................................................................................10

ÍNDICE DE TABELAS

TABELA I: ÁREAS VISTORIADAS NO SUB-PROGRAMA 7.3 DA UHE FOZ DO CHAPECÓ.............................................................................................2

TABELA II: TAXA DE PRODUÇÃO ABSOLUTA E RELATIVA DAS ESPÉCIES DE MACRÓFITAS COLETADAS ..........................................9

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1

1 INTRODUÇÃO

Este é o “Relatório Técnico de Andamento – RTR 01” que apresenta o descritivo das atividades da

primeira campanha do sub-programa 7.3 - Monitoramento e controle das macrófitas aquáticas (do Programa 7 -

Monitoramento Limnológico e de Qualidade da Água), da Fase Reservatório da UHE Foz do Chapecó. As

atividades foram realizadas entre os dias 27 e 28 de Janeiro de 2011.

A equipe de campo da Fundagro é responsável pelas atividades de campo e processamento de dados

de escritório e o laboratório Beckhauser & Barros – LABB pelas análises de laboratório.

2 METODOLOGIA

A metodologia utilizada no desenvolvimento das atividades previstas é a sugerida pelo PBA do

empreendimento.

A análise ambiental é realizada de forma integrada considerando a influência dos demais reservatórios

em operação na mesma bacia hidrográfica, localizados a montante do futuro reservatório da UHE Foz do

Chapecó.

2.1 ÁREAS DE INSPEÇÃO E PERIODICIDADE

O acompanhamento do desenvolvimento de macrófitas é realizado por meio de vistorias e coletas

periódicas em campo com periodicidade trimestral. Também são realizadas inspeções nos locais de coletas de

água do Sub-Programa 7.1 (Monitoramento das Águas Superficiais) durante as campanhas de amostragem de

água e sedimentos.

A Tabela 2-I apresenta as áreas de inspeção priorizadas para o monitoramento com uma breve

descrição da sua localização, altitude e coordenadas UTM.

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2

Tabela I: Áreas vistoriadas no sub-programa 7.3 da UHE Foz do Chapecó.

Ponto Descrição Coordenadas UTM

P1 Tributário rio Paloma 362028 6980205

P2 Tributário rio Ariranhazinho 358301 6988821

P3 Tributário rio Ariranha 356835 6989877

P4 Tributário, margem esquerda rio Uruguai 354183 6983706

P5 Tributário, margem esquerda rio Uruguai 353633 6983045

P6 Tributário, margem direita rio Uruguai 351796 6983325

P7 Tributário, margem direita rio Uruguai 350411 6983636

P8 Tributário rio Douradinho 348886 6981922

P9 Tributário rio Irani 348977 6992415

P10 Tributário, margem esquerda rio Uruguai 345354 6984956

P11 Tributário, margem direita rio Uruguai 342526 6985226

P12 Tributário rio Jacutinga 343235 6982938

P13 Tributário, margem esquerda rio Uruguai 338198 6982373

P14 Tributário, margem direita rio Uruguai 337235 6985627

P15 Tributário rio Passo Fundo 328856 6974396

P16 Tributário Lajeado Grande, afluente do rio Passo Fundo 335192 6978317

P17 Tributário, margem esquerda rio Uruguai 327479 6983554

P18 Lajeado do Carneiro 325181 6989340

P19 Tributário rio Tigre / Chalana 325872 6991131

P20 Tributário rio dos Índios 322407 6987213

P21 Tributário, margem esquerda rio Uruguai 318300 6988653

P22 Tributário rio Lambedor 317200 6995880

P23 Tributário Barra da Foice 314408 6988995

P24 Tributário, margem esquerda rio Uruguai 310176 6987659

P25 Rio Uruguai, margem direita alagado 307451 6994115

P26 Tributário rio Lajeado Grande 305843 6985245

P27 Tributário, margem esquerda rio Uruguai 302682 6984760

P28 Tributário rio Lajeado Bonito 299241 6987967

P29 Tributário, margem direita rio Uruguai 303506 6995634

P30 Tributário rio Arroio Bonito 305417 6999830

A Figura I apresenta todas as áreas vistoriadas nas campanhas, distribuídas espacialmente no mapa

georreferenciado do futuro reservatório da UHFC.

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3

P1

P2

P3

P4P5

P6P7

P8

P9

P10

P11

P12P13

P14

P15P16

P17

P18

P19

P20P21

P22

P23P24

P25

P26P27

P28

P29

P30

Legenda Pontos vistoriados Pontos adicionais, com presença

de macrófitas em Jan/11

P04'P03'

P06'

Figura I: Espacialização das áreas vistoriadas no sub-programa 7.3 da UHE Foz do Chapecó.

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4

2.2 COLETA E PRESERVAÇÃO DAS AMOSTRAS

Para realizar o levantamento dos bancos e coleta de amostras para determinar a taxa de crescimento,

são empregados os seguintes materiais: embarcação motorizada, GPS, quadros de amostragem de 20x20cm,

tesoura de poda, sacos plásticos e câmera digital.

O método utilizado é o “método do quadrante” com quadros com área de 0,040 m2 (POMPÊO, 2003).

No momento da coleta propriamente dita, os bancos são fotografados, levantadas as suas coordenadas

UTM e estimada a área com auxílio de uma trena. A vegetação é cortada com as tesouras de poda e o quadro

deve permanecer o mais imóvel possível para evitar a inclusão ou saída de partes da vegetação. Todo material

vegetal contido no interior do quadro é cuidadosamente coletado e inserido em saco plástico (capacidade de

60L) devidamente identificado. A quantidade de amostras coletadas nos bancos depende do porte da estação

amostral.

2.3 DETERMINAÇÃO DAS MACRÓFITAS

Em laboratório é realizado o fracionamento das macrófitas da seguinte forma: lâmina (limbo), pecíolo,

raiz e detritos. Todo material coletado é devidamente lavado em água corrente para remoção de restos de

sedimento e materiais particulados depositados.

Em seguida é realizada a determinação da biomassa das diferentes porções vegetais, acima e abaixo da

lâmina de água, sendo que os valores são expressos em massa seca por unidade de área (g MS/m2).

A taxa de produção absoluta é dada pela seguinte expressão:

)t(t

)B(BPP

12

12

−−

=

PP – produtividade primária (g MS/m2.dia)

B – biomassa (g MS/m2)

t – período da determinação da biomassa (dia)

E a taxa de produção relativa é dada pela seguinte expressão:

)t(t

)lnB(lnBPR

12

12

−−=

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5

As densidades nos bancos (densidade comunidade e densidade populacional) são expressas conforme

expressões a seguir:

Dc = I/A

I – número de plantas (de todas as espécies)

A - área do banco amostrado (m2)

Dp = IP/A

IP – indivíduos de uma mesma população

A – área do banco amostrado (m2)

Para a identificação botânica dos exemplares, estes são fotografados e utiliza-se uma chave sistemática

e um microscópio esterioscópio com capacidade de aumento de 20, 40 e 80x.

Para determinação da diversidade botânica e biomassa realiza-se a contagem do número de macrófitas

por gênero. Após a contagem procede-se à secagem em estufa (65ºC) até o peso constante. O material é

pesado e assim determina-se a biomassa por unidade de área de cada gênero encontrado em cada ponto

amostrado em gramas de matéria seca seco por metro quadrado (g MS/m2).

2.4 INFORMAÇÕES HIDROMETEOROLÓGICAS

As informações sobre precipitação pluviométrica na área estudada por este sub-programa foram obtidas

junto ao Programa 4 - Monitoramento Climatológico com contrato n° 0658/10 firmado entre Fundagro e Foz do

Chapecó Energia S.A.

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6

3 RESULTADOS

A Figura II apresenta o total de chuva diário ocorrido entre os dias 1° e 31 de janeiro de 2011. É possível

observar que durante as atividades desta campanha (27 e 28/01) ocorreu precipitação pluviométrica, com um

total de 30 mm acumulados nos dois dias. O total acumulado do mês de janeiro foi de 178 mm.

Figura II: Precipitação total diária na estação meteorológica de Chapecó no mês de Janeiro de 2011

Após a vistoria da área, verificou-se que no corpo principal do reservatório da UHE Foz do Chapecó não

foram encontrados exemplares de macrófitas aquáticas, mas sim em alguns tributários do reservatório, como o

rio Passo Fundo, rio Jacutinga, rio Chalana além de alguns pequenos braços do reservatório. Observou-se

também que em alguns pontos as macrófitas encontradas estavam associadas ao material vegetal que

permanece flutuando nas águas dos tributários, como toras e galhos, e um tipo de serragem (fragmentos de

vegetação).

No rio Passo Fundo, tributário da margem esquerda na porção central do reservatório, foram

encontrados exemplares da espécie Salvinia natans, como se pode observar na Figura III.

Figura III: Exemplares de macrófitas aquáticas no tributário Passo Fundo.

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7

No rio Jacutinga, tributário da margem esquerda na porção central do reservatório, foram encontrados

exemplares da espécie Azzolla sp (Figura IV).

Figura IV: Exemplares da espécie Azzolla sp no tributário rio Jacutinga.

Em três pequenos braços do reservatório também foram detectadas a presenças de macrófitas. Em um

destes, que se encontra na margem esquerda do reservatório, foram encontrados exemplares da espécie

Salvinia natans (Figura V).

Figura V: Exemplares de macrófitas aquáticas no braço do reservatório (P04’ coordenadas utm 319670 E; 6989208 S).

Em outro pequeno braço, também na margem esquerda do reservatório, foram encontrados exemplares

de Salvinia natans, juntamente com a espécie Azzolla sp (Figura VI).

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8

Figura VI: Exemplares de macrófitas aquáticas no braço do reservatório (P03’ coordenadas utm 328555 E; 6986096 S).

E por fim, em um pequeno braço na margem direita do reservatório, próximo a barragem, também foram

encontrados exemplares da espécie Salvinia natans (Figura VII).

Figura VII: Exemplares de macrófitas aquáticas no braço do reservatório (P06’coordenadas utm 297777 E; 6995612 S).

3.1 PRODUTIVIDADE PRIMÁRIA

A produção primária das macrófitas aquáticas é controlada por uma série de fatores limitantes, dentre os

quais se destaca a temperatura, radiação fotossinteticamente ativa, velocidade de corrente, variação do nível de

água, nutrientes e disponibilidade de carbono inorgânico (Biudes & Camargo,2008).

Os locais onde foram encontradas as espécies de macrófitas apresentaram os seguintes valores da

biomassa:

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Salvinia natans Azolla sp. Espécie – Taxa

Produção

Ponto

Amostrado

Taxa Produção

Absoluta (gMS/m2)

Taxa Produção

Relativa (gMS/m2)

Taxa Produção

Absoluta (gMS/m2)

Taxa Produção

Relativa (gMS/m2)

P01-Rio Passo Fundo 1,3094-41,8242 0,3442-3,4232 * *

P02- Trib. Lageado

Grande * * * *

P03- Uruguai Ponto

Alagado 0,1238-4,6598 -2,0890-1,5389 2,6658-38,5607 0,9762- 3,3511

P04- Uruguai ME

Reservatório 0,9174-25,2035 - 0,0862- 3,2269 * *

P05 – Trib. Rio

Jacutinga * * 0,0357-0,7077 -3,3326- (-0,3457)

P06- Uruguai Próximo

Barramento Foz

Chapecó

1,3384-50,1112 0,3637-3,584 * *

* ausência de espécie de macrófitas

Tabela II: Taxa de produção absoluta e relativa das espécies d e macrófitas coletadas

(Adaptado de ESTEVES,1998)

3.2 DENSIDADE POPULACIONAL

Nesta campanha pôde-se observar que o ponto que apresentou maior número de macrófitas foi o P03’

(braço do reservatório), com 6300 espécies/m², e o ponto com menor número de espécies de macrófitas foi o

ponto rio Jacutinga, com 575 espécies/m².

O gráfico a seguir ilustra a diferença da densidade das espécies.

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10

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

P01 P02 P03 P04 P05 P06

Den

sida

de P

opul

acio

nal (

ind/

m2)

Salvinia natans Azolla sp.

Figura VIII: Densidade populacional (Ind/m2) para os pontos amostrados).

Também se pode observar, através da Figura VIII, que a espécie mais freqüente foi a Salvinia natans,

presente em 4 estações amostrais, sendo o Ponto 06, próximo a barragem, o de maior densidade (1700 Ind/m²).

Para a espécie Azolla sp, observou-se a maior densidade no Ponto 03 (5500 Ind/m²).

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11

4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

JOLY, A.B. Botânica: introdução à taxonomia vegetal. 11ed. São Paulo. Ed. Nacional. p. 178-181; p. 656-713,

1993.

LORENZI, H. Plantas Daninhas do Brasil: terrestres, aquáticas, parasitas, tóxicas e medicinais. 2a Edição,

Editora Plantarum, Nova Odessa, 1991. 440 p.

PECKOLT. Alface dágua.

POMPÊO, M. L. M. & MOSCHINI-CARLOS,V. Macrófitas Aquáticas e Perifíton: Aspectos ecológicos e

metodológicos. Editora Rima, São Carlos, 2003, 134p.

PORTO, V. M. S. et. Al (2003). Macroinvertebrados associados a macrófita aquática do gênero eichhornia

em viveiros de piscicultura (pa).

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APÊNDICE A – REGISTRO FOTOGRÁFICO DA 01ª CAMPANHA

A seguir são apresentadas algumas fotografias dos pontos vistoriados na primeira campanha da Fase

Reservatório, do sub-programa 7.3.

Figura A - I: Rio Douradinho (P8)

Figura A - II: Rio Irani (P9)

Figura A - III: Rio Ariranha (P03)

Figura A - IV: Rio Ariranhazinho (P2)

Figura A - V: Rio Lambedor (P22)

Figura A - VI: Tributário Barra da Foice (P23)

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ANEXO A: LAUDOS LABORATORIAIS

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RELATÓRIO Nº15756 / Fev 11 - MONITORAMENTO DE MACRÓFIT AS

1.0 DADOS DO CLIENTE:

CLIENTE: FUNDAGRO - Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Rural Sustentável do Estado de Santa Catarina

ENDEREÇO: Avenida Madre Benvenuta, nº 1666 – Bairro Santa Mônica

CEP: 88035-001 CIDADE: Florianópolis - SC

FONE: (048) 3029-8000 CONTATO: Ludimila Guimarães de Lara Pinto

CNPJ: 01.169.455/0001-06 INS. ESTADUAL: 253.328.292

2.0 DADOS DA AMOSTRA:

ORIGEM DA AMOSTRA: Macrófitas in natura

LOCAL DA AMOSTRAGEM: Foz Chapecó

DATA DO INICIO DA ANÁLISE: 09/02/11 DATA DO FIM DA ANÁLISE: 11/02/11

CÓDIGO DA AMOSTRA PONTO DE COLETA DATA E HORA DA COLETA 2011/15756-01 P01-Rio Passo Fundo 27/01/11 12h49min 2011/15756-02 P02- Trib. Lageado Grande 27/01/11 13h23min 2011/15756-03 P03- Uruguai Ponto Alagado 27/01/11 13h51min 2011/15756-04 P04- Uruguai ME Reservatório 27/01/11 15h20min 2011/15756-05 P05 – Trib. Rio Jacutinga 28/01/11 10h36min 2011/15756-06 P06- Uruguai Próximo Barramento Foz Chapecó 28/01/11 12h20min

3.0 INTRODUÇÃO: As macrófitas aquáticas são consideradas, junto com o fitoplâncton, como os principais bioindicadores de poluição da

água em ecossistemas aquáticos continentais (lagos, rios e reservatórios), visto que, as variações dos índices de biomassa

dessas comunidades estão relacionadas às características abióticas dos corpos d´àgua as quais estejam habitando.

Nas últimas décadas, tem sido observado que o crescimento excessivo de plantas aquáticas em reservatórios vem

causando prejuízo a diversos setores de desenvolvimento humano, como: irrigação, abastecimento de cidades e indústrias,

navegação, recreação e geração de energia (hidroelétricas), sendo este último o mais afetado.

Poucos são os estudos desenvolvidos no Brasil que abordam à problemática do crescimento populacional e da

biomassa (quantidade de matéria orgânica acumulada pela fotossíntese em uma determinada área) de plantas aquáticas em

reservatórios.

Historicamente as áreas úmidas tem recebido pouca atenção da sociedade e um percentual não desprezível delas foi

alterado para fins de aproveitamento agrícola e imobiliário. As condições especiais que estes ambientes proporcionam para a

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2/16

cultura do arroz ou, a proximidade a importantes centros urbanos, explica grande parte deste processo. Por outro lado, a ciência

vem confirmando a importância destas áreas para a manutenção da diversidade biológica. No que se refere à flora, as áreas

úmidas são ambientes com alta riqueza de espécies e constituem-se como áreas extremamente produtivas, funcionando como

interface entre os sistemas terrestre e aquático e abrigando uma miríade de condições ambientais (Pollock et al., 1998). Para a

fauna, destaca-se a importância que tem como área de abrigo, nidificação e alimentação (Cook, 1974), especialmente para as

aves migratórias.

A maioria dos lagos existentes são relativamente pequenos e rasos, possibilitando a formação de regiões litorâneas,

que podem ser colonizadas por diferentes comunidades de macrófitas aquáticas (Wetzel, 1975). Em muitos lagos estas

comunidades encontram condições tão favoráveis para o seu desenvolvimento, que tornam a região litorânea o compartimento

mais produtivo, podendo influenciar a dinâmica de várias comunidades e até mesmo o ecossistema lacustre como um todo.

A alta produtividade das macrófitas aquáticas é um dos principais motivos para o grande número de nichos ecológicos

e a grande diversidade de espécies animais encontradas na região litorânea, constituindo-se, desta maneira, um dos

compartimentos mais complexos dos ecossistemas aquáticos continentais (Bergnatowicz, 1969). Outro fator importante na

determinação desta complexidade ecológica é o fato da região litorânea ser resultante da interação entre o ecossistema

terrestre e aquático, tratando-se, portanto, de um ecótono.

Entre as macrófitas aquáticas incluem-se vegetais que variam desde macroalgas, como o gênero Chara, até

angiosperma, como o gênero Typha. Apesar do seu caráter genérico, a terminologia macrófitas aquáticas é amplamente

utilizada em todo o mundo e pode-se considerá-la como já incorporada à literatura científica internacional (Esteves, 1998).

Devido a sua heterogeneidade filogenética e taxonômica as comunidades de macrófitas aquáticas são classificadas

quanto ao seu biótipo, o qual procura refletir principalmente o grau de adaptação delas ao meio aquático, e são denominados

também de grupos ecológicos. Esteves (1998) divide esses grupos ecológicos da seguinte forma: a) Macrófitas aquáticas

emersas: plantas enraizadas no sedimento com folhas fora da água; b) Macrófitas aquáticas com folhas flutuantes: plantas

enraizadas no sedimento e com folhas flutuando na superfície da água; c) Macrófitas aquáticas submersas enraizadas: plantas

enraizadas no sedimento que crescem totalmente submersas na água; d) Macrófitas aquáticas submersas livres: plantas com

rizóides pouco desenvolvidos que permanecem submergidas na água, geralmente praticando o epifitismo sobre pecíolos e talos

de macrófitas aquáticas de folhas flutuantes e nos caules das emersas; e) Macrófitas aquáticas flutuantes livres: são aquelas

que flutuam na superfície da água.

Entre as macrófitas aquáticas, as que possuem uma produtividade primária comparável com as comunidades

terrestres são as macrófitas aquáticas emersas e as flutuantes, sendo pouca a contribuição das macrófitas submersas e as de

folha flutuante (Esteves, 1998). E ainda segundo o mesmo autor, essa grande produtividade de macrófitas emersas e flutuantes

se deve a um conjunto de fatores que podem agir isoladamente ou combinados, tais como, eficiência da reprodução vegetativa,

absorção de nutrientes tanto através das folhas como das raízes, poucas perdas por herbivoria e grande proveito da radiação

solar graças ao formato e a distribuição das folhas.

De acordo com Bianchini Jr. (2003), a distribuição e a abundância destas plantas são determinadas, entre outros

fatores, pela composição dos sedimentos, turbidez das águas, disponibilidade de nutrientes e ação dos herbívoros e os modos

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3/16

pelos quais as espécies respondem aos fatores abióticos, em conjunto com os efeitos das relações intra e interespecíficas, que

determinam as bases da diversidade e abundância das comunidades.

4.0 OBJETIVOS: 4.1 Objetivo Geral

Determinação das macrófitas aquáticas na região de

4.2 Objetivos Específicos

Caracterizar qualitativamente a comunidade de macrófitas aquáticas presente no local,

Analisar a densidade da comunidade e a densidade populacional dos bancos de macrófitas,

Analisar a taxa de produção absoluta e relativa das macrófitas,

Identificar taxonomicamente os exemplares encontrados.

5.0 METODOLOGIA:

5.1 Coleta das Amostras

As amostras para a análise de macrófitas aquáticas foram coletadas através do método do quadrante, com quadros com

área de 0,040 m2 . No momento da coleta propriamente dita, os bancos foram fotografados, levantados suas coordenadas UTM e

estimada a área com o auxílio de uma trena. A vegetação foi cortada com o auxílio de tesouras de poda com o quadro de coleta

imóvel evitando a inclusão ou saída de partes da vegetação. Todo o material vegetal contido no interior do quadro foi

cuidadosamente inserido em saco plástico devidamente identificado e refrigerado até o laboratório.

5.2 Procedimentos Laboratoriais

Em laboratório, todo material coletado foi devidamente lavado em água corrente para a remoção de restos de sedimento

e materiais particulados depositados. O fracionamento das macrófitas foi realizado da seguinte forma: lâmina (limbo), pecíolo, raiz

e detritos. Em cada uma das amostras coletadas, antes do fracionamento das macrófitas, foi feito a identificação das espécies

com auxílio do estereoscópio e a contagem do número de macrófitas por gênero. Em seguida, os exemplares foram levados à

estufa a 65ºC até atingir peso constante, e conseguinte, aferido o peso seco dos mesmos, com o auxílio de uma balança digital,

sendo os valores expressos em gMS/m2.

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5.3 Tratamento dos Dados

Para a determinação da biomassa dos vegetais encontrados, segundo ESTEVES (1998), teremos:

Taxa de produção absoluta, dada pela seguinte expressão:

PP= (B2- B1) / (t2-t1)

Onde:

PP = Produtividade primária (gMS/m2.dia)

B = Biomassa (gMS/m2)

t = Período da determinação da biomassa (dia)

Taxa de produção relativa, dada pela seguinte expressão:

PR= (InB2- InB1) / (t2-t1)

Onde:

PR = Produtividade relativa

B = Biomassa (gMS/m2)

t = Período da determinação da biomassa (dia)

As densidades nos bancos (densidade comunidade e densidade populacional) são expressas conforme expressões a seguir:

Dc= I / A

Onde:

I = Número de plantas (de todas as espécies)

A = Área do banco amostrado (m2)

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5/16

Dp= IP / A

Onde:

IP = Indivíduos de uma mesma população

A = Área do banco amostrado (m2)

6.0 RESULTADOS E DISCUSSÕES:

6.1. Taxonomia das Espécies encontradas

Nos pontos amostrados, foram encontrados dois gêneros representantes das macrófitas aquáticas:

Reino Plantae Filo Pteridophyta Classe Filicopsida Ordem Hydropteridales Família Azollaceae Azolla sp.

Azolla é um gênero de fetos aquáticos, monóicos, heterospóricos, único da família Azollaceae, com a estrutura

vegetativa bastante reduzida. Possui rizoma delgado, ramificado alternada e repetidamente, com raízes solitárias ou em

fascículos. Folhas alternadamente imbricadas, bilobadas, com o lobo dorsal clorofilino, carnudo e o lobo ventral incolor

submerso. Esporocarpos de paredes delgadas, na folha da base dos ramos. O microsporocarpo contém numerosos

microsporângios, cada um dos quais com muitas mássulas, conjuntos de micrósporos embebidos numa estrutura

pseudocelular; o macrosporocarpo contém um único macrosporângio envolvendo um único macrósporo com 3 ou 9 flutuadores

apicais semelhantes às mássulas. O gametófito feminino submerge. Os micrósporos germinam nas mássulas. As plantas

flutuam em águas calmas das regiões tropicais e temperadas quentes. Por vezes conferem às águas onde se encontram, um

aspecto de tapete flutuante verde-avermelhado (Joly, 1991).

Segundo Esteves (1998), é considerada uma macrófita aquática flutuante livre.

Filo Pteridophyta Classe Pteridopsida Ordem Salviniales Família Salviniaceae Gênero Salvinia F Salvinia natans

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6/16

Salvinia, o único gênero da família Salviniaceae, é um feto flutuante. As Salviniaceae são aparentadas com os outros

fetos aquáticos, incluindo o gênero Azolla. Salvinaceae e as outras famílias de fetos da ordem Salviniales são heterospóricos,

produzindo esporos de diferentes tamanhos.O desenvolvimento foliar de Salvinia é único. A face superior da folha flutuante, que

parece estar voltada para o eixo do caule é morfologicamente abaxial (Joly, 1991).

Segundo Esteves (1998), é considerada também uma macrófita aquática flutuante livre.

6.2. Determinação da Produtividade Primária

Para esta campanha, foram amostrados 06 pontos de coleta, onde somente em 05 pontos foram encontradas espécies

de macrófitas aquáticas, conforme tabela 01:

Salvinia natans Azolla sp. Espécie – Taxa

Produção

Ponto

Amostrado

Taxa Produção

Absoluta (gMS/m2)

Taxa Produção

Relativa (gMS/m2)

Taxa Produção

Absoluta (gMS/m2)

Taxa Produção

Relativa (gMS/m2)

P01-Rio Passo Fundo 1,3094-41,8242 0,3442-3,4232 - -

P02- Trib. Lageado Grande * * * *

P03- Uruguai Ponto Alagado 0,1238-4,6598 -2,0890-1,5389 2,6658-38,5607 0,9762- 3,3511

P04- Uruguai ME Reservatório 0,9174-25,2035 - 0,0862- 3,2269 - -

P05 – Trib. Rio Jacutinga - - 0,0357-0,7077 -3,3326- (-0,3457)

P06- Uruguai Próximo Barramento Foz

Chapecó 1,3384-50,1112 0,3637-3,584 - -

Tabela 01- Taxa de produção absoluta (produtividade primária) e relativa das espécies de macrófitas coletadas

(Adaptado de ESTEVES,1998).

* Ausência de macrófitas neste ponto amostrado.

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6.3. Densidade Comunidade e Densidade Populacional

6.3.1 Densidade Comunidade

Através da Tabela 02 pode-se observar a Densidade da Comunidade calculada para cada ponto amostral.

Tabela 02: Densidade da Comunidade por estação amostral para o mês de Fevereiro de 2011.

Para a presente campanha, podemos observar através do Gráfico 01 que o ponto que apresentou maior número

de macrófitas foi o ponto P03 Uruguai Ponto Alagado, com 6300 espécies/m2 e o ponto com menor número de espécies de

macrófitas foi o ponto P05 Trib. Rio Jacutinga, com 575 espécies/m2 , seguido do P02 Trib. Lageado Grande com ausência de

macrófitas.

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

P01 P02 P03 P04 P05 P06

Den

sida

de d

a C

omun

idad

e (I

nd/m

2)

Densidade (Ind/m2)

Gráfico 01 - Densidade da Comunidade (nº macrófitas) para os pontos coletados.

Estações Ponto 01 Ponto 02 Ponto 03 Ponto 04 Ponto 05 Ponto 06

Densidade (Ind/m 2) 1550 0 6300 1275 575 1700

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6.3.2 Densidade Populacional

Através da Tabela 03 pode-se observar a Densidade da Populacional calculada para cada ponto amostral.

Tabela 03: Densidade Populacional por estação amostral para o mês de Fevereiro de 2011.

Podemos observar através do Gráfico 02 que a espécie mais freqüente foi a Salvinia natans, presente em 4 estações

amostrais, sendo o Ponto 06 o de maior densidade (1700 Ind/m2). O Ponto 02 e o Ponto 05 apresentaram ausência da

espécie.

Para a espécie Azolla sp, observamos a maior densidade no Ponto 03 (5500 Ind/m2). Os pontos que

apresentaram ausência desta espécie foram Ponto 01 , Ponto 02 , Ponto 04 e Ponto 06 .

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

P01 P02 P03 P04 P05 P06

Den

sida

de P

opul

acio

nal (

ind/

m2)

Salvinia natans Azolla sp.

Gráfico 02 : Densidade populacional (Ind/m2) para os pontos coletados.

Densidade (Ind/m 2)

Espécies / Estações Ponto 01 Ponto 02 Ponto 03 Ponto 04 Ponto 05 Ponto 06

Azolla sp 0 0 5500 0 575 0 Salvinia natans 1550 0 800 1275 0 1700

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7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A avaliação da biomassa é o primeiro procedimento quando se deseja avaliar o papel das macrófitas aquáticas para o

ecossistema aquático. Através da sua determinação pode-se inferir o período de crescimento, avaliar os estoques de nutrientes,

inferir o fluxo de energia e a reciclagem de nutrientes das macrófitas aquáticas.

Os estudos da variação sazonal da biomassa de macrófitas aquáticas desenvolvidos em região tropical,

particularmente no Brasil, têm demonstrado a existência de períodos de crescimento e de mortalidade, conseqüentemente, de

variações de biomassa viva e de detrito.

Na determinação da biomassa das macrófitas aquáticas, a escolha do local de amostragem está intimamente ligada

aos objetivos do trabalho. Assim, os objetivos é que devem ser os principais norteadores de sua escolha.

Para uma melhor compreensão da ecologia da comunidade de macrófitas local é necessária uma série temporal de

dados para que se possa conhecer os padrões de produção primária das mesmas, que são influenciados por alguns fatores.

Os fatores que podem influenciar na produtividade primária das macrófitas, sendo eles a luz, dióxido de carbono,

temperatura, água, velocidade da água, nutrientes, sazonalidade da fotossíntese, metabolismo C4, além de eventos de

eutrofização.

O fato de ter ocorrido chuvas nas últimas 48hrs antes da coleta, pode ter influenciado também em uma diminuição da

densidade da comunidade e populacional, bem como na produtividade primária.

Em virtude da diversidade de procedimentos utilizados na determinação da biomassa das macrófitas aquáticas, a

comparação entre os diversos trabalhos e grupos ecológicos de macrófitas aquáticas fica comprometida. São necessárias

discussões para eleger critérios mais objetivos para facilitar as comparações.

De acordo com Esteves (1998), em regiões tropicais, a ausência de estações climáticas bem definidas, reflete-se numa

pequena variação sazonal da biomassa das macrófitas aquáticas. Nestas regiões, os fatores mais determinantes na variação da

produtividade são as estações de chuva e seca e as variações de nível d`água. Este último fator é de grande importância para

ecossistemas lacustres como represas, lagos que tem comunicação com rios e áreas alagáveis. O autor argumenta ainda que,

no verão, ocorre uma sensível redução na taxa de produtividade em relação à primavera.

Apesar do importante papel das macrófitas na produtividade primária e ciclagem de matéria orgânica em ambientes

aquáticos, vale ressaltar que os maiores responsáveis pela biomassa e produtividade são os organismos fitoplanctônicos.

Blumenau, 09 de março de 2011.

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8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BERGNATOWICZ, S. Macrophytes in tem lake Warnisk and their chemical composition, Ekol Pol. 17: 447-465.

BIANCHINI JR, I. Modelo de crescimento e decomposição de macrófitas aquáticas. In: THOMAZ, S. M. & BINI, L.M. (Ed.).

Ecologia e manejo de macrófitas aquáticas. Maringá: EDUEM, 2003. 85-126p.

COOK, C.D.K. Water plants of the World. The Hague, Dr. W. Junk Publ, 1974.

ESTEVES, F.A. Fundamentos de Limnologia, Rio de janeiro: Editora Interciência, 602p. 1998.

JOLY, A. B. Botânica: introdução à taxonomia vegetal. 10ª ed. São Paulo: Ed. Nacional, 1991.

POLLOCK, M.M. et al. Plant species richness in riparian Wetlands – A test of biodiversity theory. Ecology 79 (1): 94-105, 1998. SALIOT, A. Marine Organic Biogeochemistry. Oceanis V. 20, n. 1-2, p. 1-197, 1994. WETZEL, R. G. Freshwater ecology: changes, requirements, and future demands Limnolog, v.1, n. 3, p. 3-9, 1975.

WHITTLE, K.J. Marine organisms and their contribution to organic matter in the ocean. Marine Chemistry V. 5, p. 381-411, 1977.

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ANEXOS

Fig. 01- Macrófita s coletadas e acondicionadas em sacos plásticos.

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Fig. 02- Macr ófitas sendo preparadas para serem lavadas em água corrente

para remoção de restos de sedimentos e materiais pa rticulados.

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Fig. 03- Macr ófitas sendo pesadas, acondicionadas em sacos de pa pel para

secagem em estufa.

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Fig. 04- Ausência de macrófitas no ponto Trib.

Lageado Grande

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Fig. 05- Mac rófitas aquáticas encontradas nos pontos amostrados .

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_________________________

MSc Almíria Beckhauser

Eng. Química

CRQ - 13300860

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RELATÓRIO TÉCNICO DE ANDAMENTO – RTR 02

FASE RESERVATÓRIO

Abri de 2011 - 0681/10

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Sub-Programa 7.3 - Monitoramento e Controle das Macrófitas Aquáticas

Relatório Técnico de Andamento - RTR02

Foz do Chapecó Energia S.A.

Rua Germano Wendhausen, 203, 4º andar

88015-460 Centro, Florianópolis, SC, Brasil.

Fone: (48) 3029-5076

Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Rural Sustentável do Estado de Santa Catarina – Fundagro

Avenida Madre Benvenuta, 1666, Santa Mônica

88035-001 Florianópolis, SC, Brasil.

Fone: (48) 3029-8000, fax: (48) 3029-8010

http://www.fundagro.org.br/ - [email protected]

EQUIPE TÉCNICA:

Ludimila G. de Lara Pinto, Eng.ª Sanitarista e Ambiental

Lucas Soares Câmara, Técnico em Hidrologia

Rodrigo Lenz, Técnico em Hidrologia

Ivan Roberto Neris, Técnico em Segurança do Trabalho

Alcedir Bessegatto, Técnico em Agropecuária

Florianópolis, Junho de 2011

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Relatório Técnico de Andamento - RTR02

ÍNDICE GERAL

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................. 1

2 METODOLOGIA .............................................................................................................................................. 1

2.1 ÁREAS DE INSPEÇÃO E PERIODICIDADE ......................................................................................................... 1

2.2 COLETA E PRESERVAÇÃO DAS AMOSTRAS ..................................................................................................... 4

2.3 DETERMINAÇÃO DAS MACRÓFITAS ................................................................................................................ 4

2.4 INFORMAÇÕES HIDROMETEOROLÓGICAS ....................................................................................................... 5

3 RESULTADOS ................................................................................................................................................ 6

3.1 PRODUTIVIDADE PRIMÁRIA .......................................................................................................................... 7

3.2 DENSIDADE POPULACIONAL ......................................................................................................................... 8

4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................................ 9

APÊNDICE A – REGISTRO FOTOGRÁFICO DA 02ª CAMPANHA ..................................................................... 10

ANEXO A: LAUDOS LABORATORIAIS ............................................................................................................... 11

ÍNDICE DE FIGURAS

FIGURA I: ESPACIALIZAÇÃO DAS ÁREAS VISTORIADAS NO SUB-PROGRAMA 7.3 DA UHE FOZ DO CHAPECÓ. ............................................................ 3

FIGURA II: PRECIPITAÇÃO TOTAL DIÁRIA NA ESTAÇÃO METEOROLÓGICA DE CHAPECÓ NO MÊS DE ABRIL DE 2011 .................................................. 6

FIGURA III: EXEMPLARES DE MACRÓFITAS AQUÁTICAS NO PONTO 17. .................................................................................................................. 6

FIGURA IV: EXEMPLARES DE MACRÓFITAS AQUÁTICAS NA MARGEM ESQUERDA DO RESERVATÓRIO (COORDENADAS 27º13’33’S, 52º59’53’’W). ...... 7

FIGURA V: DENSIDADE POPULACIONAL (IND/M2) PARA OS PONTOS AMOSTRADOS EM ABRIL/2011. ......................................................................... 8

FIGURA VI: DENSIDADE POPULACIONAL POR ESPÉCIES NOS PONTOS – ABRIL/11 ................................................................................................. 8

ÍNDICE DE TABELAS

TABELA I: ÁREAS VISTORIADAS NO SUB-PROGRAMA 7.3 DA UHE FOZ DO CHAPECÓ. ............................................................................................ 2

TABELA II: TAXA DE PRODUÇÃO ABSOLUTA E RELATIVA DAS ESPÉCIES DE MACRÓFITAS COLETADAS ...................................................................... 7

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Relatório Técnico de Andamento - RTR02

1

1 INTRODUÇÃO

Este é o “Relatório Técnico de Andamento – RTR 02” que apresenta o descritivo das atividades da

segunda campanha do sub-programa 7.3 - Monitoramento e controle das macrófitas aquáticas (do Programa 7 -

Monitoramento Limnológico e de Qualidade da Água), da Fase Reservatório da UHE Foz do Chapecó. As

atividades foram realizadas entre os dias 18 e 20 de Abril de 2001.

A equipe de campo da Fundagro é responsável pelas atividades de campo e processamento de dados

de escritório e o laboratório Beckhauser & Barros – LABB pelas análises de laboratório.

2 METODOLOGIA

A metodologia utilizada no desenvolvimento das atividades previstas é a sugerida pelo PBA do

empreendimento.

A análise ambiental é realizada de forma integrada considerando a influência dos demais reservatórios

em operação na mesma bacia hidrográfica, localizados a montante do futuro reservatório da UHE Foz do

Chapecó.

2.1 ÁREAS DE INSPEÇÃO E PERIODICIDADE

O acompanhamento do desenvolvimento de macrófitas é realizado por meio de vistorias e coletas

periódicas em campo com periodicidade trimestral. Também são realizadas inspeções nos locais de coletas de

água do Sub-Programa 7.1 (Monitoramento das Águas Superficiais) durante as campanhas de amostragem de

água e sedimentos.

A Tabela 2-I apresenta as áreas de inspeção priorizadas para o monitoramento com uma breve

descrição da sua localização, altitude e coordenadas UTM.

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2

Tabela I: Áreas vistoriadas no sub-programa 7.3 da UHE Foz do Chapecó.

Ponto Descrição Coordenadas UTM

P1 Tributário rio Paloma 362028 6980205

P2 Tributário rio Ariranhazinho 358301 6988821

P3 Tributário rio Ariranha 356835 6989877

P4 Tributário, margem esquerda rio Uruguai 354183 6983706

P5 Tributário, margem esquerda rio Uruguai 353633 6983045

P6 Tributário, margem direita rio Uruguai 351796 6983325

P7 Tributário, margem direita rio Uruguai 350411 6983636

P8 Tributário rio Douradinho 348886 6981922

P9 Tributário rio Irani 348977 6992415

P10 Tributário, margem esquerda rio Uruguai 345354 6984956

P11 Tributário, margem direita rio Uruguai 342526 6985226

P12 Tributário rio Jacutinga 343235 6982938

P13 Tributário, margem esquerda rio Uruguai 338198 6982373

P14 Tributário, margem direita rio Uruguai 337235 6985627

P15 Tributário rio Passo Fundo 328856 6974396

P16 Tributário Lajeado Grande, afluente do rio Passo Fundo 335192 6978317

P17 Tributário, margem esquerda rio Uruguai 327479 6983554

P18 Lajeado do Carneiro 325181 6989340

P19 Tributário rio Tigre / Chalana 325872 6991131

P20 Tributário rio dos Índios 322407 6987213

P21 Tributário, margem esquerda rio Uruguai 318300 6988653

P22 Tributário rio Lambedor 317200 6995880

P23 Tributário Barra da Foice 314408 6988995

P24 Tributário, margem esquerda rio Uruguai 310176 6987659

P25 Rio Uruguai, margem direita alagado 307451 6994115

P26 Tributário rio Lajeado Grande 305843 6985245

P27 Tributário, margem esquerda rio Uruguai 302682 6984760

P28 Tributário rio Lajeado Bonito 299241 6987967

P29 Tributário, margem direita rio Uruguai 303506 6995634

P30 Tributário rio Arroio Bonito 305417 6999830

A Figura I apresenta todas as áreas vistoriadas nas campanhas, distribuídas espacialmente no mapa

georreferenciado do futuro reservatório da UHFC.

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3

Figura I: Espacialização das áreas vistoriadas no sub-programa 7.3 da UHE Foz do Chapecó.

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4

2.2 COLETA E PRESERVAÇÃO DAS AMOSTRAS

Para realizar o levantamento dos bancos e coleta de amostras para determinar a taxa de crescimento,

são empregados os seguintes materiais: embarcação motorizada, GPS, quadros de amostragem de 20x20cm,

tesoura de poda, sacos plásticos e câmera digital.

O método utilizado é o “método do quadrante” com quadros com área de 0,040 m2 (POMPÊO, 2003).

No momento da coleta propriamente dita, os bancos são fotografados, levantadas as suas coordenadas

UTM e estimada a área com auxílio de uma trena. A vegetação é cortada com as tesouras de poda e o quadro

deve permanecer o mais imóvel possível para evitar a inclusão ou saída de partes da vegetação. Todo material

vegetal contido no interior do quadro é cuidadosamente coletado e inserido em saco plástico (capacidade de

60L) devidamente identificado. A quantidade de amostras coletadas nos bancos depende do porte da estação

amostral.

2.3 DETERMINAÇÃO DAS MACRÓFITAS

Em laboratório é realizado o fracionamento das macrófitas da seguinte forma: lâmina (limbo), pecíolo,

raiz e detritos. Todo material coletado é devidamente lavado em água corrente para remoção de restos de

sedimento e materiais particulados depositados.

Em seguida é realizada a determinação da biomassa das diferentes porções vegetais, acima e abaixo da

lâmina de água, sendo que os valores são expressos em massa seca por unidade de área (g MS/m2).

A taxa de produção absoluta é dada pela seguinte expressão:

)t(t

)B(BPP

12

12

PP – produtividade primária (g MS/m2.dia)

B – biomassa (g MS/m2)

t – período da determinação da biomassa (dia)

E a taxa de produção relativa é dada pela seguinte expressão:

)t(t

)lnB(lnBPR

12

12

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5

As densidades nos bancos (densidade comunidade e densidade populacional) são expressas conforme

expressões a seguir:

Dc = I/A

I – número de plantas (de todas as espécies)

A - área do banco amostrado (m2)

Dp = IP/A

IP – indivíduos de uma mesma população

A – área do banco amostrado (m2)

Para a identificação botânica dos exemplares, estes são fotografados e utiliza-se uma chave sistemática

e um microscópio esterioscópio com capacidade de aumento de 20, 40 e 80x.

Para determinação da diversidade botânica e biomassa realiza-se a contagem do número de macrófitas

por gênero. Após a contagem procede-se à secagem em estufa (65ºC) até o peso constante. O material é

pesado e assim determina-se a biomassa por unidade de área de cada gênero encontrado em cada ponto

amostrado em gramas de matéria seca seco por metro quadrado (g MS/m2).

2.4 INFORMAÇÕES HIDROMETEOROLÓGICAS

As informações sobre precipitação pluviométrica na área estudada por este sub-programa foram obtidas

junto ao Programa 4 - Monitoramento Climatológico com contrato n° 0658/10 firmado entre Fundagro e Foz do

Chapecó Energia S.A.

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6

3 RESULTADOS

A Figura II apresenta o total de chuva diário ocorrido entre os dias 1° e 30 de abril de 2011. É possível

observar que durante as atividades desta campanha (18 a 20/04) ocorreu precipitação pluviométrica, com um

total de 10 mm acumulados no dia 18/04. O total acumulado do mês de abril foi de 128 mm.

Figura II: Precipitação total diária na estação meteorológica de Chapecó no mês de Abril de 2011

Após a vistoria da área, verificou-se que no corpo principal do reservatório da UHE Foz do Chapecó não

foram encontrados exemplares de macrófitas aquáticas, mas sim em alguns tributários, como o rio Passo Fundo,

rio Chalana além de alguns pequenos braços do reservatório. Porém, bancos representativos foram detectados

em dois pontos, conforme detalhamento a seguir.

No ponto 17, margem esquerda da porção central do reservatório, foram encontrados exemplares da

espécie Salvinia sp e Lemna sp (Figura III).

Figura III: Exemplares de macrófitas aquáticas no ponto 17.

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7

Em outro local, na margem esquerda da porção final do reservatório, também foram encontrados

exemplares da espécie Salvinia sp e Lemna sp (Figura IV).

Figura IV: Exemplares de macrófitas aquáticas na margem esquerda do reservatório (coordenadas 27º13’33’S, 52º59’53’’W).

3.1 PRODUTIVIDADE PRIMÁRIA

A produção primária das macrófitas aquáticas é controlada por uma série de fatores limitantes, dentre os

quais se destaca a temperatura, radiação fotossinteticamente ativa, velocidade de corrente, variação do nível de

água, nutrientes e disponibilidade de carbono inorgânico (Biudes & Camargo,2008).

Os locais onde foram encontradas as espécies de macrófitas apresentaram os seguintes valores da

biomassa:

Espécie –

Taxa Produção

Ponto

Amostrado

Salvinia sp Lemna sp.

Taxa Produção

Absoluta (gMS/m2)

Taxa Produção Relativa

(gMS/m2)

Taxa Produção

Absoluta (gMS/m2)

Taxa Produção

Relativa (gMS/m2)

P17 1,877 – 2,058 0,629 – 0,721 0,025 – 0,033 (-3,665) – (+ 3,393)

P01’- margem esquerda

do reservatóriuo 1,764 – 2,988 0,567 – 1,094 0,011 – 0,022 (-4,492) – (+ 3,789)

Tabela II: Taxa de produção absoluta e relativa das espécies de macrófitas coletadas

(Adaptado de ESTEVES,1998)

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3.2 DENSIDADE POPULACIONAL

Nesta campanha a densidade de macrófitas nos pontos de amostragem variou entre 6250 ind/m² e 7650

ind/m². O gráfico a seguir ilustra a densidade das espécies entre os pontos.

Figura V: Densidade populacional (Ind/m2) para os pontos amostrados em abril/2011.

Também se pode observar, através da Figura VI, que a espécie Salvinia sp, presente nos dois pontos,

apresentou maior densidade.

Figura VI: Densidade populacional por espécies nos pontos – Abril/11

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4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

JOLY, A.B. Botânica: introdução à taxonomia vegetal. 11ed. São Paulo. Ed. Nacional. p. 178-181; p. 656-713,

1993.

LORENZI, H. Plantas Daninhas do Brasil: terrestres, aquáticas, parasitas, tóxicas e medicinais. 2a Edição,

Editora Plantarum, Nova Odessa, 1991. 440 p.

PECKOLT. Alface dágua.

POMPÊO, M. L. M. & MOSCHINI-CARLOS,V. Macrófitas Aquáticas e Perifíton: Aspectos ecológicos e

metodológicos. Editora Rima, São Carlos, 2003, 134p.

PORTO, V. M. S. et. Al (2003). Macroinvertebrados associados a macrófita aquática do gênero eichhornia

em viveiros de piscicultura (pa).

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APÊNDICE A – REGISTRO FOTOGRÁFICO DA 02ª CAMPANHA

A seguir são apresentadas algumas fotografias dos pontos vistoriados na segunda campanha da Fase

Reservatório, do sub-programa 7.3.

Figura A - I: Rio Ariranhazinho (P2), em 18/04/11 Figura A - II: Rio Ariranha (P3), em 18/04/11

Figura A - III: Rio Chalana (P19), em 20/04/11 Figura A - IV: Tributário na margem esquerda (P5), em 18/04/11

Figura A - V: Rio Douradinho (P8), em 18/04/11 Figura A - VI: Tributário Lajeado Carneiro (P18), em 20/04/11

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ANEXO A: LAUDOS LABORATORIAIS

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RELATÓRIO Nº16524-01 / Abril 11 - MONITORAMENTO DE MACRÓFITAS

1.0 DADOS DO CLIENTE:

CLIENTE: FUNDAGRO - Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Rural Sustentável do Estado de Santa Catarina

ENDEREÇO: Avenida Madre Benvenuta, nº 1666 – Bairro Santa Mônica

CEP: 88035-001 CIDADE: Florianópolis - SC

FONE: (048) 3029-8000 CONTATO: Ludimila Guimarães de Lara Pinto

CNPJ: 01.169.455/0001-06 INS. ESTADUAL: 253.328.292

2.0 DADOS DA AMOSTRA:

ORIGEM DA AMOSTRA: Macrófitas in natura

LOCAL DA AMOSTRAGEM:

DATA DO INICIO DA ANÁLISE: 06/05/2011 DATA DO FIM DA ANÁLISE: 08/05/2011

CÓDIGO DA AMOSTRA PONTO DE COLETA LOCALIZAÇÃO DATA E HORA DA COLETA ÁREA ESTIMADA

2011/16524-01 Ponto 17 27º15’44’’ S 52º44’38’’ w

29/04/11 15h11min 60 m2

2011/16524-02 Margem Esquerda Reservatório

27º13’33’’ S 52º59’53’’ W

29/04/11 15h55min 400 m2

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3.0 INTRODUÇÃO:

As macrófitas aquáticas são plantas essenciais ao perfeito equilíbrio dos mais variados ambientes aquáticos.

São consideradas, junto com o fitoplâncton, os principais bioindicadores de poluição da água em ecossistemas aquáticos

continentais (lagos, rios e reservatórios), visto que, as variações dos índices de biomassa dessas comunidades estão

relacionadas às características abióticas dos corpos d´àgua as quais estejam habitando.

Com a eutrofização dos mananciais, ocorre uma elevada proliferação destas plantas que podem impedir os

múltiplos usos dos recursos hídricos (MOURA, 2009).

Poucos são os estudos desenvolvidos no Brasil que abordam à problemática do crescimento populacional e da

biomassa (quantidade de matéria orgânica acumulada pela fotossíntese em uma determinada área) de plantas aquáticas

em reservatórios.

A maioria dos lagos existentes são relativamente pequenos e rasos, possibilitando a formação de regiões

litorâneas, que podem ser colonizadas por diferentes comunidades de macrófitas aquáticas (Wetzel, 1975). Em muitos

lagos, estas comunidades encontram condições tão favoráveis para o seu desenvolvimento, que tornam a região

litorânea o compartimento mais produtivo, podendo influenciar a dinâmica de várias comunidades e até mesmo o

ecossistema lacustre como um todo.

Devido a sua heterogeneidade filogenética e taxonômica as comunidades de macrófitas aquáticas são

classificadas quanto ao seu biótipo, o qual procura refletir principalmente o grau de adaptação delas ao meio aquático, e

são denominados também de grupos ecológicos. Esteves (1998) divide esses grupos ecológicos da seguinte forma: a)

Macrófitas aquáticas emersas: plantas enraizadas no sedimento com folhas fora da água; b) Macrófitas aquáticas com

folhas flutuantes: plantas enraizadas no sedimento e com folhas flutuando na superfície da água; c) Macrófitas aquáticas

submersas enraizadas: plantas enraizadas no sedimento que crescem totalmente submersas na água; d) Macrófitas

aquáticas submersas livres: plantas com rizóides pouco desenvolvidos que permanecem submergidas na água,

geralmente praticando o epifitismo sobre pecíolos e talos de macrófitas aquáticas de folhas flutuantes e nos caules das

emersas; e) Macrófitas aquáticas flutuantes livres: são aquelas que flutuam na superfície da água.

Entre as macrófitas aquáticas, as que possuem uma produtividade primária comparável com as comunidades

terrestres são as macrófitas aquáticas emersas e as flutuantes, sendo pouca a contribuição das macrófitas submersas e

as de folha flutuante (Esteves, 1998). E ainda segundo o mesmo autor, essa grande produtividade de macrófitas

emersas e flutuantes se deve a um conjunto de fatores que podem agir isoladamente ou combinados, tais como,

eficiência da reprodução vegetativa, absorção de nutrientes tanto através das folhas como das raízes, poucas perdas por

herbivoria e grande proveito da radiação solar graças ao formato e a distribuição das folhas.

De acordo com Bianchini Jr. (2003), a distribuição e a abundância destas plantas são determinadas, entre

outros fatores, pela composição dos sedimentos, turbidez das águas, disponibilidade de nutrientes e ação dos herbívoros

e os modos pelos quais as espécies respondem aos fatores abióticos, em conjunto com os efeitos das relações intra e

interespecíficas, que determinam as bases da diversidade e abundância das comunidades.

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3/17

4.0 OBJETIVOS: 4.1 Objetivo Geral

Determinação das macrófitas aquáticas na região de

4.2 Objetivos Específicos

Caracterizar qualitativamente a comunidade de macrófitas aquáticas presente no local,

Analisar a densidade da comunidade e a densidade populacional dos bancos de macrófitas,

Analisar a taxa de produção absoluta e relativa das macrófitas,

Identificar taxonomicamente os exemplares encontrados.

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4/17

5.0 METODOLOGIA:

5.1 Coleta das Amostras

As amostras para a análise de macrófitas aquáticas foram coletadas através do método do quadrante, com

quadros com área de 0,040 m2

. No momento da coleta propriamente dita, os bancos foram fotografados, levantados suas

coordenadas geográficas e estimada a área com o auxílio de uma trena. A vegetação foi cortada com o auxílio de tesouras

de poda com o quadro de coleta imóvel evitando a inclusão ou saída de partes da vegetação. Todo o material vegetal

contido no interior do quadro foi cuidadosamente inserido em saco plástico devidamente identificado e refrigerado até o

laboratório.

5.2 Procedimentos Laboratoriais

Em laboratório, todo material coletado foi devidamente lavado em água corrente para a remoção de restos de

sedimento e materiais particulados depositados. O fracionamento das macrófitas foi realizado da seguinte forma: lâmina

(limbo), pecíolo, raiz e detritos. Em cada uma das amostras coletadas, antes do fracionamento das macrófitas, foi feito a

identificação das espécies com auxílio do estereoscópio e a contagem do número de macrófitas por gênero. Em seguida,

os exemplares foram levados à estufa a 65ºC até atingir peso constante, e conseguinte, aferido o peso seco dos mesmos,

com o auxílio de uma balança digital, sendo os valores expressos em gMS/m2.

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5.3 Tratamento dos Dados

Para a determinação da biomassa dos vegetais encontrados, segundo ESTEVES (1998), teremos:

Taxa de produção absoluta, dada pela seguinte expressão:

PP= (B2- B1) / (t2-t1)

Onde:

PP = Produtividade primária (gMS/m2.dia)

B = Biomassa (gMS/m2)

t = Período da determinação da biomassa (dia)

Taxa de produção relativa, dada pela seguinte expressão:

PR= (InB2- InB1) / (t2-t1)

Onde:

PR = Produtividade relativa

B = Biomassa (gMS/m2)

t = Período da determinação da biomassa (dia)

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As densidades nos bancos (densidade comunidade e densidade populacional) são expressas conforme expressões a

seguir:

Dc= I / A

Onde:

I = Número de plantas (de todas as espécies)

A = Área do banco amostrado (m2)

Dp= IP / A

Onde:

IP = Indivíduos de uma mesma população

A = Área do banco amostrado (m2)

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6.0 RESULTADOS E DISCUSSÕES:

6.1. Taxonomia das Espécies encontradas

Nos dois pontos amostrados, foram encontrados dois gêneros representantes das macrófitas aquáticas:

Reino Plantae Filo Magnoliophyta Classe Liliopsida Ordem Arales Família Lemnaceae Lemna sp.

Lemna é um gênero de planta aquática facilmente identificada por serem plantas diminutas e possuírem uma

raiz em cada fronde. Estas espécies possuem grande vigor vegetativo e reprodutivo, podendo cobrir a superfície de uma

lagoa em pouco tempo (Lorenzi, 2008). Segundo Esteves (1998), é considerada uma macrófita aquática flutuante livre.

Reino Plantae

Filo Pteridophyta Classe Pteridopsida Ordem Salviniales Família Salviniaceae Gênero Salvinia F Salvinia sp.

Salvinia, o único gênero da família Salviniaceae, é um feto flutuante. As Salviniaceae são aparentadas com os

outros fetos aquáticos, incluindo o gênero Azolla. Salvinaceae e as outras famílias de fetos da ordem Salviniales são

heterospóricos, produzindo esporos de diferentes tamanhos.O desenvolvimento foliar de Salvinia é único. A face superior

da folha flutuante, que parece estar voltada para o eixo do caule é morfologicamente abaxial (Joly, 1991).

Segundo Esteves (1998), é considerada também uma macrófita aquática flutuante livre.

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6.2. Determinação da Produtividade Primária

A avaliação da biomassa é o primeiro procedimento quando se deseja avaliar o papel das macrófitas aquáticas

para o ecossistema aquático. Através da sua determinação pode-se inferir o período de crescimento, avaliar os estoques

de nutrientes, inferir o fluxo de energia e a reciclagem de nutrientes das macrófitas aquáticas.

Para esta campanha, foram amostrados 02 pontos de coleta, onde foram encontradas as espécies de macrófitas

aquáticas, conforme a Tabela 01:

Espécie – Taxa

Produção

Ponto

Amostrado

Salvinia sp Lemna sp

Taxa Produção

Absoluta (gMS/m2)

Taxa Produção

Relativa (gMS/m2)

Taxa Produção

Absoluta (gMS/m2)

Taxa Produção

Relativa (gMS/m2)

Ponto 17 1,8777 – 2,0582 0,6297 – 0,7218 0,0256 – 0,0336 -3,6651 + 3,3932

Margem Esquerda Resesvatório 1,7641 – 2,9887 0,5676 – 1,0948 0,0112 – 0,0226 -4,4921 + 3,7891

Tabela 01- Taxa de produção absoluta (produtividade primária) e relativa das espécies de macrófitas coletadas no mês de Abril de 2011

(Adaptado de ESTEVES,1998).

A alta produtividade das macrófitas aquáticas é um dos principais motivos para o grande número de nichos

ecológicos e a grande diversidade de espécies animais encontradas na região litorânea, constituindo-se, desta maneira,

um dos compartimentos mais complexos dos ecossistemas aquáticos continentais (Bergnatowicz, 1969). Outro fator

importante na determinação desta complexidade ecológica é o fato da região litorânea ser resultante da interação entre

o ecossistema terrestre e aquático, tratando-se, portanto, de um ecótono.

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6.3. Densidade da Comunidade e Densidade Populacional

6.3.1 Densidade da Comunidade

Através da Tabela 02 pode-se observar a Densidade da Comunidade calculada para os pontos amostrados.

Tabela 02: Densidade da Comunidade de macrófitas aquáticas por ponto amostral para o mês de Abril de 2011.

Estações

Ponto 17

Margem Esquerda Reservatório

Densidade (Ind/m2)

7675

6250

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O Gráfico 01 representa a densidade da comunidade de macrófitas ao longo das estações amostrais

Gráfico 01 - Densidade da Comunidade de macrófitas aquáticas (ind/m2) por estação amostral

para o mês de Abril de 2011.

Observa-se, de acordo com o Gráfico 01, que o Ponto 17 apresentou uma densidade de comunidade mais

elevada, com 7675 Ind/M2, enquanto que o ponto Margem Esquerda do Reservatório apresentou 6250 Ind/m

2.

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

8000

Ponto 17 M. E. Reservatório

De

nsi

dad

e d

a C

om

un

idad

e (

Ind

/m2

)

Estações de monitoramento

Densidade

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6.3.2 Densidade Populacional

Através da Tabela 03 pode-se observar a Densidade Populacional calculada para cada ponto amostral.

Tabela 02: Densidade Populacional de macrófitas por ponto amostral no mês de Abril de 2011.

Densidade (Ind/m2)

Espécies / Estação Ponto 17

Margem Esquerda Reservatório

Lemna sp 2950 2025

Salvinia sp 4725 4225

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O Gráfico 02 ilustra densidade populacional por estação de coleta.

Gráfico 02 : Densidade populacional (Ind/m2) por estação amostral para o mês de Abril de 2011.

Podemos observar, de acordo com o Gráfico 02, que a espécie Salvinia sp apresentou os maiores valores de

densidade populacional em ambas as estações de monitoramento, sendo este valor igual a 4725 Ind/m2, no Ponto 17

(sendo este o valor máximo de densidade dentre os pontos amostrais) e 4225 Ind/m2 no ponto Margem Esquerda do

Reservatório.

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7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Para uma melhor compreensão da ecologia da comunidade de macrófitas local é necessária uma série temporal

de dados para que se possa conhecer os padrões de produção primária das mesmas, que são influenciados por alguns

fatores.

Na determinação da biomassa das macrófitas aquáticas, a escolha do local de amostragem está intimamente

ligada aos objetivos do trabalho. Assim, os objetivos é que devem ser os principais norteadores de sua escolha.

Os estudos da variação sazonal da biomassa de macrófitas aquáticas desenvolvidos em região tropical,

particularmente no Brasil, têm demonstrado a existência de períodos de crescimento e de mortalidade,

conseqüentemente, de variações de biomassa viva e de detrito.

Alguns fatores que podem influenciar na produtividade primária das macrófitas, sendo eles a luz, dióxido de

carbono, temperatura, água, velocidade da água, nutrientes, sazonalidade da fotossíntese, metabolismo C4, além de

eventos de eutrofização.

Em relação à dinâmica de produtividade, observa-se grande diferença entre as espécies de regiões temperadas

e tropicais.

Em regiões tropicais a variação da biomassa de comunidades aquáticas, muitas vezes é percebida somente

através e métodos muito sensíveis. Ao contrário das espécies de regiões temperadas, cujos indivíduos crescem em

quase sua totalidade ao mesmo tempo. Em espécies de regiões tropicais o nascimento, o crescimento e morte de

indivíduos ocorrem em um processo contínuo durante todo o ano.

A ausência de estações climáticas bem definidas reflete-se numa pequena variação sazonal da biomassa das

macrófitas aquáticas. Nestas regiões, os fatores mais determinantes na variação da produtividade são as estações de

chuva e seca e as variações de nível d`água. Este último fator é de grande importância para ecossistemas lacustres

como represas, lagos que tem comunicação com rios e áreas alagáveis. O autor argumenta ainda que, no verão, ocorre

uma sensível redução na taxa de produtividade em relação à primavera (ESTEVES, 1998).

Apesar do importante papel das macrófitas na produtividade primária e ciclagem de matéria orgânica em

ambientes aquáticos, vale ressaltar que os maiores responsáveis pela biomassa e produtividade são os organismos

fitoplanctônicos.

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8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BERGNATOWICZ, S. Macrophytes in tem lake Warnisk and their chemical composition, Ekol Pol. 17: 447-465.

BIANCHINI JR, I. Modelo de crescimento e decomposição de macrófitas aquáticas. In: THOMAZ, S. M. & BINI, L.M.

(Ed.). Ecologia e manejo de macrófitas aquáticas. Maringá: EDUEM, 2003. 85-126p.

COOK, C.D.K. Water plants of the World. The Hague, Dr. W. Junk Publ, 1974.

ESTEVES, F.A. Fundamentos de Limnologia, Rio de janeiro: Editora Interciência, 602p. 1998.

JOLY, A. B. Botânica: introdução à taxonomia vegetal. 10ª ed. São Paulo: Ed. Nacional, 1991.

MOURA, M.A.M.; FRANCO, D.A.S.; MATALLO, M.B. Manejo integrado de macrófitas aquáticas. Biológico, São Paulo,

v.71, n.1, p.77-82, jan/jun, 2009.

POLLOCK, M.M. et al. Plant species richness in riparian Wetlands – A test of biodiversity theory. Ecology 79 (1): 94-105,

1998. SALIOT, A. Marine Organic Biogeochemistry. Oceanis V. 20, n. 1-2, p. 1-197, 1994.

WETZEL, R. G. Freshwater ecology: changes, requirements, and future demands Limnolog, v.1, n. 3, p. 3-9, 1975.

WHITTLE, K.J. Marine organisms and their contribution to organic matter in the ocean. Marine Chemistry V. 5, p. 381-411, 1977.

Blumenau, 30 de maio de 2011.

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ANEXOS

Foto 01: Macrófitas coletadas e acondicionadas em sacos

plásticos Foto 02: Macrófitas coletadas e acondicionadas em sacos

plásticos

Foto 03: Macrófitas sendo preparadas para a triagem Foto 04: Macrófitas sendo preparadas para a triagem

Foto 05: Pesagem das macrófitas Foto 06: Pesagem das macrófitas

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Foto 07: Macrófitas acondicionadas em sacos de papel

para o início da secagem Foto 08: Macrófitas acondicionadas em sacos de papel

para o início da secagem

Foto 09: Macrófitas na estufa para secagem Foto 10: Salvinia sp – espécie encontrada nos pontos

amostrados

Foto 11: Lemna sp – espécie encontrada nos pontos amostrados

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_________________________

MSc Almíria Beckhauser

Eng. Química

CRQ - 13300860

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RELATÓRIO TÉCNICO DE ANDAMENTO – RTR 03 FASE RESERVATÓRIO

Julho de 2011 - 0681/10

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RELATÓRIO TÉCNICO DE ANDAMENTO - RTR03 FASE RESERVATÓRIO

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Relatório Técnico de Andamento - RTR03

Foz do Chapecó Energia S.A.

Rua Germano Wendhausen, 203, 4º andar

88015-460 Centro, Florianópolis, SC, Brasil.

Fone: (48) 3029-5076

Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Rural Sustentável do Estado de Santa Catarina – Fundagro

Avenida Madre Benvenuta, 1666, Santa Mônica

88035-001 Florianópolis, SC, Brasil.

Fone: (48) 3029-8000, fax: (48) 3029-8010

http://www.fundagro.org.br/ - [email protected]

Fundagro - Unidade Regional de Chapecó

Rua Arthur Costa e Silva, 710-E, São Cristóvão.

89803-181, Chapecó, SC, Brasil.

Fone/Fax: (49) 3328-6614

EQUIPE TÉCNICA:

Ludimila G. de Lara Pinto, Eng.ª Sanitarista e Ambiental

Lucas Soares Câmara, Técnico em Hidrologia

Rodrigo Lenz, Técnico em Hidrologia

Fábio da Silva, Técnico em Hidrologia

Alcedir Bessegatto, Técnico em Agropecuária

Ivan Roberto Néris, Técnico em Segurança do Trabalho

Silvano Cherobin, Técnico em Agropecuária

Florianópolis, setembro de 2011.

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Relatório Técnico de Andamento - RTR03

ÍNDICE GERAL

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................. 1

2 METODOLOGIA .............................................................................................................................................. 1

2.1 ÁREAS DE INSPEÇÃO E PERIODICIDADE ......................................................................................................... 1

2.2 COLETA E PRESERVAÇÃO DAS AMOSTRAS ..................................................................................................... 4

2.3 DETERMINAÇÃO DAS MACRÓFITAS ................................................................................................................ 4

2.4 INFORMAÇÕES HIDROMETEOROLÓGICAS ....................................................................................................... 5

3 RESULTADOS ................................................................................................................................................ 6

4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................................................. 10

APÊNDICE A – REGISTRO FOTOGRÁFICO DA 03ª CAMPANHA ..................................................................... 11

ANEXO A: LAUDOS LABORATORIAIS ............................................................................................................... 13

ÍNDICE DE FIGURAS

FIGURA 2-I: ESPACIALIZAÇÃO DAS ÁREAS VISTORIADAS NO SUB-PROGRAMA 7.3 DA UHE FOZ DO CHAPECÓ. ........................................................ 3

FIGURA 3-I: PRECIPITAÇÃO TOTAL DIÁRIA NA ESTAÇÃO METEOROLÓGICA DE CHAPECÓ NO MÊS DE JULHO DE 2011................................................ 6

FIGURA 3-II: AMOSTRAGEM DE MACRÓFITAS NO RESERVATÓRIO (COORDENADAS 27°10’22,7”S 52°56’29,5”W), EM 19/07/11.............................. 6

FIGURA 3-III: AMOSTRAGEM DE MACRÓFITAS NO RESERVATÓRIO (COORDENADAS 27°13’57,7”S 52°45’20,4”W), EM 20/07/11............................. 7

FIGURA 3-IV: AMOSTRAGEM DE MACRÓFITAS NO TRIBUTÁRIO RIO IRANI (COORDENADAS 27°12’23”S 52°31’17,3”W), EM 21/07/11. .................... 7

FIGURA 3-V: DENSIDADE DA COMUNIDADE DE MACRÓFITAS AQUÁTICAS (IND/M2) POR ESTAÇÃO AMOSTRAL PARA O MÊS DE JULHO DE 2011. ........... 9

FIGURA 3-VI: DENSIDADE POPULACIONAL (IND/M2) POR ESTAÇÃO AMOSTRAL PARA O MÊS DE JULHO DE 2011. ...................................................... 9

ÍNDICE DE TABELAS

TABELA 2-I: ÁREAS VISTORIADAS NO SUB-PROGRAMA 7.3 DA UHE FOZ DO CHAPECÓ.......................................................................................... 2

TABELA 3-I: TAXA DE PRODUÇÃO ABSOLUTA (PRODUTIVIDADE PRIMÁRIA) DAS ESPÉCIES DE MACRÓFITAS COLETADAS NO MÊS DE JULHO DE 2011

(ADAPTADO DE ESTEVES,1998). .......................................................................................................................................................... 8

TABELA 3-II: TAXA DE PRODUÇÃO RELATIVA DAS ESPÉCIES DE MACRÓFITAS COLETADAS NO MÊS DE JULHO DE 2011 (ADAPTADO DE

ESTEVES,1998). ................................................................................................................................................................................. 8

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1

1 INTRODUÇÃO

Este é o “Relatório Técnico de Andamento – RTR 03” que apresenta o descritivo das atividades da

segunda campanha do sub-programa 7.3 - Monitoramento e controle das macrófitas aquáticas (do Programa 7 -

Monitoramento Limnológico e de Qualidade da Água), da Fase Reservatório da UHE Foz do Chapecó. As

atividades foram realizadas entre os dias 18 e 21 de julho de 2001.

A equipe de campo da Fundagro é responsável pelas atividades de campo e processamento de dados

de escritório e o laboratório Beckhauser & Barros – LABB pelas análises de laboratório.

2 METODOLOGIA

A metodologia utilizada no desenvolvimento das atividades previstas é a sugerida pelo PBA do

empreendimento.

A análise ambiental é realizada de forma integrada considerando a influência dos demais reservatórios

em operação na mesma bacia hidrográfica, localizados a montante do futuro reservatório da UHE Foz do

Chapecó.

2.1 ÁREAS DE INSPEÇÃO E PERIODICIDADE

O acompanhamento do desenvolvimento de macrófitas é realizado por meio de vistorias e coletas

periódicas em campo com periodicidade trimestral. Também são realizadas inspeções nos locais de coletas de

água do Sub-Programa 7.1 (Monitoramento das Águas Superficiais) durante as campanhas de amostragem de

água e sedimentos.

A Tabela 2-I apresenta as áreas de inspeção priorizadas para o monitoramento com uma breve

descrição da sua localização, altitude e coordenadas UTM.

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2

Tabela 2-I: Áreas vistoriadas no sub-programa 7.3 da UHE Foz do Chapecó.

Ponto Descrição Coordenadas UTM

P1 Tributário rio Paloma 362028 6980205

P2 Tributário rio Ariranhazinho 358301 6988821

P3 Tributário rio Ariranha 356835 6989877

P4 Tributário, margem esquerda rio Uruguai 354183 6983706

P5 Tributário, margem esquerda rio Uruguai 353633 6983045

P6 Tributário, margem direita rio Uruguai 351796 6983325

P7 Tributário, margem direita rio Uruguai 350411 6983636

P8 Tributário rio Douradinho 348886 6981922

P9 Tributário rio Irani 348977 6992415

P10 Tributário, margem esquerda rio Uruguai 345354 6984956

P11 Tributário, margem direita rio Uruguai 342526 6985226

P12 Tributário rio Jacutinga 343235 6982938

P13 Tributário, margem esquerda rio Uruguai 338198 6982373

P14 Tributário, margem direita rio Uruguai 337235 6985627

P15 Tributário rio Passo Fundo 328856 6974396

P16 Tributário Lajeado Grande, afluente do rio Passo Fundo 335192 6978317

P17 Tributário, margem esquerda rio Uruguai 327479 6983554

P18 Lajeado do Carneiro 325181 6989340

P19 Tributário rio Tigre / Chalana 325872 6991131

P20 Tributário rio dos Índios 322407 6987213

P21 Tributário, margem esquerda rio Uruguai 318300 6988653

P22 Tributário rio Lambedor 317200 6995880

P23 Tributário Barra da Foice 314408 6988995

P24 Tributário, margem esquerda rio Uruguai 310176 6987659

P25 Rio Uruguai, margem direita alagado 307451 6994115

P26 Tributário rio Lajeado Grande 305843 6985245

P27 Tributário, margem esquerda rio Uruguai 302682 6984760

P28 Tributário rio Lajeado Bonito 299241 6987967

P29 Tributário, margem direita rio Uruguai 303506 6995634

P30 Tributário rio Arroio Bonito 305417 6999830

A Figura 2-I apresenta todas as áreas vistoriadas nas campanhas, distribuídas espacialmente no mapa

georreferenciado do futuro reservatório da UHFC.

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3

P1

P2

P3

P4P5

P6P7

P8

P9

P10

P11

P12P13

P14

P15P16

P17

P18

P19

P20P21

P22

P23P24

P25

P26P27

P28

P29

P30

Legenda Pontos vistoriados

Pontos adicionais, com presençade macrófitas em Jul/11

P01'P02'

P03'

P04'

P05'

P06'

P07' P08'

Figura 2-I: Espacialização das áreas vistoriadas no sub-programa 7.3 da UHE Foz do Chapecó.

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4

2.2 COLETA E PRESERVAÇÃO DAS AMOSTRAS

Para realizar o levantamento dos bancos e coleta de amostras para determinar a taxa de crescimento,

são empregados os seguintes materiais: embarcação motorizada, GPS, quadros de amostragem de 20x20cm,

tesoura de poda, sacos plásticos e câmera digital.

O método utilizado é o “método do quadrante” com quadros com área de 0,040 m2 (POMPÊO, 2003).

No momento da coleta propriamente dita, os bancos são fotografados, levantadas as suas coordenadas

UTM e estimada a área com auxílio de uma trena. A vegetação é cortada com as tesouras de poda e o quadro

deve permanecer o mais imóvel possível para evitar a inclusão ou saída de partes da vegetação. Todo material

vegetal contido no interior do quadro é cuidadosamente coletado e inserido em saco plástico (capacidade de

30L) devidamente identificado. A quantidade de amostras coletadas nos bancos depende do porte da estação

amostral.

2.3 DETERMINAÇÃO DAS MACRÓFITAS

Em laboratório é realizado o fracionamento das macrófitas da seguinte forma: lâmina (limbo), pecíolo,

raiz e detritos. Todo material coletado é devidamente lavado em água corrente para remoção de restos de

sedimento e materiais particulados depositados.

Em seguida é realizada a determinação da biomassa das diferentes porções vegetais, acima e abaixo da

lâmina de água, sendo que os valores são expressos em massa seca por unidade de área (g MS/m2).

A taxa de produção absoluta é dada pela seguinte expressão:

)t(t

)B(BPP

12

12

−−

=

PP – produtividade primária (g MS/m2.dia)

B – biomassa (g MS/m2)

t – período da determinação da biomassa (dia)

E a taxa de produção relativa é dada pela seguinte expressão:

)t(t

)lnB(lnBPR

12

12

−−=

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5

As densidades nos bancos (densidade comunidade e densidade populacional) são expressas conforme

expressões a seguir:

Dc = I/A

I – número de plantas (de todas as espécies)

A - área do banco amostrado (m2)

Dp = IP/A

IP – indivíduos de uma mesma população

A – área do banco amostrado (m2)

Para a identificação botânica dos exemplares, estes são fotografados e utiliza-se uma chave sistemática

e um microscópio esterioscópio com capacidade de aumento de 20, 40 e 80x.

Para determinação da diversidade botânica e biomassa realiza-se a contagem do número de macrófitas

por gênero. Após a contagem procede-se à secagem em estufa (65ºC) até o peso constante. O material é

pesado e assim determina-se a biomassa por unidade de área de cada gênero encontrado em cada ponto

amostrado em gramas de matéria seca seco por metro quadrado (g MS/m2).

2.4 INFORMAÇÕES HIDROMETEOROLÓGICAS

As informações sobre precipitação pluviométrica na área estudada por este sub-programa foram obtidas

junto ao Programa 4 - Monitoramento Climatológico com contrato n° 0658/10 firmado entre Fundagro e Foz do

Chapecó Energia S.A.

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6

3 RESULTADOS

A Figura 3-I apresenta o total de chuva diário ocorrido entre os dias 1° e 30 de julho de 2011. É possível

observar que durante as atividades desta campanha (18 a 21/07) ocorreu precipitação pluviométrica, com um

total de 54,8 mm no dia 18/04, 4,8 mm no dia 20/04, 55,0 mm no dia 21/04. O total acumulado do mês de julho

foi de 209 mm.

Figura 3-I: Precipitação total diária na estação meteorológica de Chapecó no mês de julho de 2011.

Nesta terceira campanha (julho/2011) verificou-se que tanto no corpo principal do reservatório da UHE Foz

do Chapecó quanto nos tributários foram encontrados exemplares de macrófitas aquáticas. Porém, bancos

representativos foram detectados em três pontos, conforme detalhamento a seguir.

Na margem esquerda do reservatório (P05’), a aproximadamente a 7,8 km da entrada do Tributário Lajeado

Grande foram encontrados exemplares das espécies Lemna sp e Salvinia auriculata (Figura 3-II).

Figura 3-II: Amostragem de macrófitas no reservatório (coordenadas 27°10’22,7”S 52°56’29,5”W), em 19/07/11.

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7

Em um alagado da margem direta do reservatório (P06’), a aproximadamente 3,0 km da entrada do Lajeado

Carneiro, também foram encontrados exemplares das espécies Salvinia auriculata (Figura 3-III).

Figura 3-III: Amostragem de macrófitas no reservatório (coordenadas 27°13’57,7”S 52°45’20,4”W), em 20/07/11.

Já na margem esquerda do Rio Irani (P08’), foram encontrados exemplares das espécies Pistia stratiotes

(Figura 3-IV).

Figura 3-IV: Amostragem de macrófitas no Tributário Rio Irani (coordenadas 27°12’23”S 52°31’17,3”W), em 21/07/11.

3.1.1 Determinação da Produtividade Primária

Para esta campanha, foram amostrados 08 pontos de coleta, onde foram encontradas as espécies de

macrófitas aquáticas, conforme Tabela 3-I e Tabela 3-II:

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8

Tabela 3-I: Taxa de Produção Absoluta (Produtividade Primária) das espécies de macrófitas coletadas no mês de julho de 2011 (Adaptado de ESTEVES,1998).

Espécies/Pontos

Taxa de Produção Absoluta (gMS/m2)

P01’ P02’ P03’ P04’ P05’ P06’ P07’ P08’

Azolla sp - - 1,7-12 - - - 0,4-0,5 -

Lemna minor - 0,1-0,5 0,3-7,0 - - - - -

Lemna sp - - - - 16,5-175 - - -

Pistia stratiotes - - 0,4-3,1 - - - - 17,6-111,3

Salvinia

auriculata 1,5-7,6 0,7-4,4 0,1-1,1 19,7-151,4 0,1-3,1 1,2-58,1 6,2-67,8 -

Tabela 3-II: Taxa de Produção Relativa das espécies de macrófitas coletadas no mês de julho de 2011 (Adaptado de ESTEVES,1998).

Espécies/Pontos

Taxa de Produção Relativa (gMS/m2)

P01’ P02’ P03’ P04’ P05’ P06’ P07’ P08’

Azolla sp - - 0,53 - 2,48 - - - -0,92 + 0,69 -

Lemna minor - -2,30 + 0,69 -1,2 - 1,9 - - - - -

Lemna sp - - - - 2,80 - 5,17 - - -

Pistia stratiotes - - 0,92 - 1,13 - - - - 2,87 - 4,71

Salvinia

auriculata 2,03 - 0,40 0,36 -1,41 -2,30 - 0,09 2,98 - 5,02 -2,30 - 1,13 0,18 - 4,06 1,82 - 4,21 -

3.1.2 Densidade Populacional

A Figura 3-V representa a densidade da comunidade de macrófitas ao longo das estações amostrais

cujas dimensões dos bancos puderam ser medidas, pois as macrófitas em alguns pontos foram detectadas de

maneira esparsa, não sendo possível a determinação da área.

Observa-se, que o P05’ Alagado ME Uruguai apresentou uma densidade de comunidade mais elevada,

com 8,3 Ind/m2, enquanto que o ponto P06’ Alagado Uruguai MD apresentou menor densidade - 0,025 Ind/m2.

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9

Figura 3-V: Densidade da Comunidade de macrófitas aquáticas (ind/m2) por estação amostral para o mês de julho de 2011.

A Figura 3-VI ilustra a densidade populacional por estação de coleta cujas dimensões dos bancos foram

medidas:

Figura 3-VI: Densidade populacional (Ind/m2) por estação amostral para o mês de julho de 2011.

De acordo com a Figura 3-VI pode-se observar que o P05’ – Alagado ME Uruguai, apresentou maior

densidade populacional, com destaque para a espécie Lemna sp com 8,2 Ind/m2.

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10

4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ESTEVES F. de A. 1998. Fundamentos de Limnologia. 2ª ed. Interciência, Rio de Janeiro.

JOLY, A.B. Botânica: introdução à taxonomia vegetal. 11ed. São Paulo. Ed. Nacional. p. 178-181; p. 656-713,

1993.

LORENZI, H. Plantas Daninhas do Brasil: terrestres, aquáticas, parasitas, tóxicas e medicinais. 2a Edição,

Editora Plantarum, Nova Odessa, 1991. 440 p.

PECKOLT. Alface dágua.

POMPÊO, M. L. M. & MOSCHINI-CARLOS,V. Macrófitas Aquáticas e Perifíton: Aspectos ecológicos e

metodológicos. Editora Rima, São Carlos, 2003, 134p.

PORTO, V. M. S. et. Al (2003). Macroinvertebrados associados a macrófita aquática do gênero eichhornia

em viveiros de piscicultura (pa).

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11

APÊNDICE A – REGISTRO FOTOGRÁFICO DA 03ª CAMPANHA

A seguir são apresentadas algumas fotografias dos pontos vistoriados na terceira campanha da Fase

Reservatório, do sub-programa 7.3.

Figura A-I: Tributário Rio Paloma, entrada do canal (P1). Figura A-II: Tributário Rio Passo Fundo, entrada do canal (P15).

Figura A-III: Tributário Rio Jacutinga, entrada do canal (P12). Figura A-IV: Tributário Lajeado do Carneiro, final da área alagada (P18).

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Figura A-V: Tributário Rio Tigre / Chalana, (acumulo de lixo) margem direita (P19) na data 19/09/2011.

Figura A-VI: Tributário Rio Lambedor, margem direita (P22) na data 19/09/2011.

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ANEXO A: LAUDOS LABORATORIAIS

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RELATÓRIO Nº17309/ Jul 11 - MONITORAMENTO DE MACRÓFITA S

1.0 DADOS DO CLIENTE:

CLIENTE: FUNDAGRO - Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Rural Sustentável do Estado de Santa Catarina

ENDEREÇO: Avenida Madre Benvenuta, nº 1666 – Bairro Santa Mônica

CEP: 88035-001 CIDADE: Florianópolis - SC

FONE: (048) 3029-8000 CONTATO: Ludimila Guimarães de Lara Pinto

CNPJ: 01.169.455/0001-06 INS. ESTADUAL: 253.328.292

2.0 DADOS DA AMOSTRA:

ORIGEM DA AMOSTRA: Macrófitas in natura

LOCAL DA AMOSTRAGEM:

DATA DO INICIO DA ANÁLISE: 22/07/11 DATA DO FIM DA ANÁLISE: 24/07/11

CÓDIGO DA AMOSTRA PONTO DE COLETA LOCALIZAÇÃO DATA E HORA DA COLETA ÁREA ESTIMADA 2011/17309-01 Lago Uruguai

(Ponto 01) 27º11’3,8’’ S 52º56’5,2’’ w

18/07/11 11h14min -

2011/17309-02 Lago Uruguai (Ponto 02)

27º12’17’’ S 52º59’55,2’’ W

18/07/11 12h41min -

2011/17309-03 Tributário (Ponto 03)

27º10’27,8’’ S 52º58’45’’ W

18/07/11 13h35min -

2011/17309-04 Alagado ME do Uruguai

(Ponto 04)

27º13’1,1’’ S 52º50’27,3’’ W

19/07/11 11h33min -

2011/17309-05 Alagado ME Uruguai (Ponto 05)

27º10’22,7’’S 52º56’29,5’’ W

19/07/11 13h57min 60 m2

2011/17309-06 Alagado na MD Uruguai

(Ponto 06)

27º13’57,7’’S 52º45’20,4’’ W

20/07/11 10h22min 3000 m2

2011/17309-07 P 18 (Ponto 07)

27º11’57’’ S 50º45’18,3’’ W

20/07/11 10h57min -

2011/17309-08 Tributário do P09 (Ponto 08)

27º12’23’’S 51º31’17,3’’W

21/07/11 13h59min 700 m2

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3.0 INTRODUÇÃO: A grande riqueza que se encontra no planeta em seus vários biomas, quando ainda não sofreu a influência

negativa do homem é constituído de muitas formas de vida que desempenham várias funções necessárias para que se

mantenha um perfeito equilíbrio da biodiversidade existente.

Muito embora o estudo dos ambientes aquáticos continentais seja muito antigo, somente a partir de 1900, com

o surgimento da Limnologia, foi dada maior atenção para fauna e flora destes ambientes (ESTEVES, 1998, p.4).

A definição ou conceito de planta aquática ou macrófita aquática é assunto que tem divergências entre os

autores. Consideram aquática a planta cujas partes fotossinteticamente ativas estão permanentemente ou por alguns

meses, cada ano, submersos ou flutuantes e que são visíveis a olho nu (POTT e POTT, 2000, p. 35).

Para o Programa Internacional de Biologia (IBP), macrófitas aquáticas é a denominação mais adequada para

caracterizar vegetais que habitam desde brejos até ambientes verdadeiramente aquáticos, incluindo macroalgas, uma

denominação genérica, independente dos aspectos taxonômicos (ESTEVES, 1998, p.317)

Conforme Esteves (1998, p.317), entre vários ambientes colonizados por macrófitas aquáticas, pode-se

destacar: fitotelmos, fontes termais com temperaturas de até 60ºC, cachoeiras, lagos, lagoas, represas, brejos, rios,

corredeiras, ambientes salobros, ambientes salgados, como baías, recifes e praias arenosas e rochosas, e podendo

ocorrer em águas com salinidade acima de 5%. Algumas espécies suportam condições próximas ao seu limite de

tolerância, e realizam os processos fotossintéticos apenas para sua sobrevivência GOPAL (apud CANCIAM 2007, p.16).

Segundo Pompêo (2033, p.20), as macrófitas aquáticas são importantes componentes estruturais, e do

metabolismo dos ecossistemas aquáticos, nesses ambientes cerca de 95% da biomassa concentra-se nessas plantas.

De acordo com Esteves (1998, p. 329), o grande número de nichos é a vasta diversidade de espécies animais

nas regiões litorâneas podem ser atribuídos principalmente à alta produtividade das comunidades de macrófitas

aquáticas. Também cita que a influência das macrófitas sobre o metabolismo dos ambientes aquáticos continentais pode

ocorrer de várias maneiras, principalmente através da redução da turbulência da água, na ciclagem de nutrientes, na

cadeia herbívora e detritívora de muitas espécies de animais aquáticos e terrestres, e como hospedeiras para

associações de algas perifíticas e bactérias fixadoras de nitrogênio, muitas plantas aquáticas podem também ser

utilizadas no controle de poluição e eutrofização artificial.

As macrófitas podem acelerar o envelhecimento de um lago provocando aumento na velocidade do processo de

assoreamento, devido a sua grande produção de matéria orgânica. Segundo Pott e Pott (2000, p. 29), estas áreas vêm

tendo seu papel reconhecido como vital na conservação dos recursos hídricos, na mitigação de inundações, como filtro

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de poluentes, e hábitat de vários organismos. Mostrada pela crescente preocupação com conservação, recuperação e

reconstrução de áreas úmidas, por várias organizações em vários países.

As macrófitas aquáticas são plantas essenciais ao perfeito equilíbrio dos mais variados ambientes aquáticos.

São consideradas, junto com o fitoplâncton, os principais bioindicadores de poluição da água em ecossistemas aquáticos

continentais (lagos, rios e reservatórios), visto que, as variações dos índices de biomassa dessas comunidades estão

relacionadas às características abióticas dos corpos d´àgua as quais estejam habitando.

Com a eutrofização dos mananciais, ocorre uma elevada proliferação destas plantas que podem impedir os

múltiplos usos dos recursos hídricos (MOURA, 2009).

Poucos são os estudos desenvolvidos no Brasil que abordam à problemática do crescimento populacional e da

biomassa (quantidade de matéria orgânica acumulada pela fotossíntese em uma determinada área) de plantas aquáticas

em reservatórios.

A maioria dos lagos existentes são relativamente pequenos e rasos, possibilitando a formação de regiões

litorâneas, que podem ser colonizadas por diferentes comunidades de macrófitas aquáticas (Wetzel, 1975). Em muitos

lagos, estas comunidades encontram condições tão favoráveis para o seu desenvolvimento, que tornam a região

litorânea o compartimento mais produtivo, podendo influenciar a dinâmica de várias comunidades e até mesmo o

ecossistema lacustre como um todo.

Devido a sua heterogeneidade filogenética e taxonômica as comunidades de macrófitas aquáticas são

classificadas quanto ao seu biótipo, o qual procura refletir principalmente o grau de adaptação delas ao meio aquático, e

são denominados também de grupos ecológicos. Esteves (1998) divide esses grupos ecológicos da seguinte forma: a)

Macrófitas aquáticas emersas: plantas enraizadas no sedimento com folhas fora da água; b) Macrófitas aquáticas com

folhas flutuantes: plantas enraizadas no sedimento e com folhas flutuando na superfície da água; c) Macrófitas aquáticas

submersas enraizadas: plantas enraizadas no sedimento que crescem totalmente submersas na água; d) Macrófitas

aquáticas submersas livres: plantas com rizóides pouco desenvolvidos que permanecem submergidas na água,

geralmente praticando o epifitismo sobre pecíolos e talos de macrófitas aquáticas de folhas flutuantes e nos caules das

emersas; e) Macrófitas aquáticas flutuantes livres: são aquelas que flutuam na superfície da água.

Entre as macrófitas aquáticas, as que possuem uma produtividade primária comparável com as comunidades

terrestres são as macrófitas aquáticas emersas e as flutuantes, sendo pouca a contribuição das macrófitas submersas e

as de folha flutuante (Esteves, 1998). E ainda segundo o mesmo autor, essa grande produtividade de macrófitas

emersas e flutuantes se deve a um conjunto de fatores que podem agir isoladamente ou combinados, tais como,

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eficiência da reprodução vegetativa, absorção de nutrientes tanto através das folhas como das raízes, poucas perdas por

herbivoria e grande proveito da radiação solar graças ao formato e a distribuição das folhas.

De acordo com Bianchini Jr. (2003), a distribuição e a abundância destas plantas são determinadas, entre

outros fatores, pela composição dos sedimentos, turbidez das águas, disponibilidade de nutrientes e ação dos herbívoros

e os modos pelos quais as espécies respondem aos fatores abióticos, em conjunto com os efeitos das relações intra e

interespecíficas, que determinam as bases da diversidade e abundância das comunidades.

4.0 OBJETIVOS: 4.1 Objetivo Geral

Determinação das macrófitas aquáticas.

4.2 Objetivos Específicos

Caracterizar qualitativamente a comunidade de macrófitas aquáticas presente no local,

Analisar a densidade da comunidade e a densidade populacional dos bancos de macrófitas,

Analisar a taxa de produção absoluta e relativa das macrófitas,

Identificar taxonomicamente os exemplares encontrados.

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5.0 METODOLOGIA:

5.1 Procedimentos Laboratoriais

Em laboratório, todo material coletado foi devidamente lavado em água corrente para a remoção de restos de

sedimento e materiais particulados depositados. O fracionamento das macrófitas foi realizado da seguinte forma: lâmina

(limbo), pecíolo, raiz e detritos. Em cada uma das amostras coletadas, antes do fracionamento das macrófitas, foi feito a

identificação das espécies com auxílio do estereoscópio e a contagem do número de macrófitas por gênero. Em seguida,

os exemplares foram levados à estufa a 65ºC até atingir peso constante, e conseguinte, aferido o peso seco dos mesmos,

com o auxílio de uma balança digital, sendo os valores expressos em gMS/m2.

5.3 Tratamento dos Dados

As Densidades das Comunidades e as Densidades Populacionais foram calculadas apenas para o Ponto 05 ,

Ponto 06 e Ponto 08 , pois estes são únicos pontos onde foram obtidas informações quanto à área do banco

amostrado.

Para a determinação da biomassa dos vegetais encontrados, segundo ESTEVES (1998), teremos:

• Taxa de produção absoluta, dada pela seguinte expressão:

PP= (B2- B1) / (t2-t1)

Onde:

PP = Produtividade primária (gMS/m2.dia)

B = Biomassa (gMS/m2)

t = Período da determinação da biomassa (dia)

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• Taxa de produção relativa, dada pela seguinte expressão:

PR= (InB2- InB1) / (t2-t1)

Onde:

PR = Produtividade relativa

B = Biomassa (gMS/m2)

t = Período da determinação da biomassa (dia)

• As densidades nos bancos (densidade comunidade e densidade populacional) são expressas conforme

expressões a seguir:

Dc= I / A

Onde:

I = Número de plantas (de todas as espécies)

A = Área do banco amostrado (m2)

Dp= IP / A

Onde:

IP = Indivíduos de uma mesma população

A = Área do banco amostrado (m2)

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6.0 RESULTADOS E DISCUSSÕES:

6.1. Taxonomia das Espécies encontradas

Nos dois pontos amostrados, foram encontrados dois gêneros representantes das macrófitas aquáticas:

Reino Plantae

Divisão Pteridophyta

Classe Filicopsida

Ordem Hydropteridales

Família Azollaceae

Azolla sp.

Azolla é um gênero de fetos aquáticos, monóicos, heterospóricos, único da família Azollaceae, com a estrutura

vegetativa bastante reduzida. Possui rizoma delgado, ramificado alternada e repetidamente, com raízes solitárias ou em

fascículos. Folhas alternadamente imbricadas, bilobadas, com o lobo dorsal clorofilino, carnudo e o lobo ventral incolor

submerso. Esporocarpos de paredes delgadas, na folha da base dos ramos. O microsporocarpo contém numerosos

microsporângios, cada um dos quais com muitas mássulas, conjuntos de micrósporos embebidos numa estrutura

pseudocelular; o macrosporocarpo contém um único macrosporângio envolvendo um único macrósporo com 3 ou 9

flutuadores apicais semelhantes às mássulas. O gametófito feminino submerge. Os micrósporos germinam nas

mássulas. As plantas flutuam em águas calmas das regiões tropicais e temperadas quentes. Por vezes conferem às

águas onde se encontram um aspecto de tapete flutuante verde-avermelhado (Joly, 1991).

Segundo Esteves (1998), é considerada uma macrófita aquática flutuante livre. As plantas jovens são verdes e

depois tornam-se avermelhadas, pode ser fixa em solos úmidos, não cresce em águas ácidas pobres em fósforo, são

freqüentes em águas paradas, solos argilosos, arenosos férteis ou em baceiros.

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Reino Plantae

Divisão Magnoliophyta

Classe Liliopsida

Ordem Arales

Família Lemnaceae

Lemna minor

Reino Plantae

Divisão Magnoliophyta

Classe Liliopsida

Ordem Arales

Família Lemnaceae

Lemna sp

Lemna é um gênero de planta aquática facilmente identificada por serem plantas diminutas e possuírem uma

raiz em cada fronde. Estas espécies possuem grande vigor vegetativo e reprodutivo, podendo cobrir a superfície de uma

lagoa em pouco tempo (Lorenzi, 2008). Segundo Esteves (1998), é considerada uma macrófita aquática flutuante livre.

Reino Plantae

Divisão Magnoliophyta

Classe Liliopsida

Ordem Alismatales

Família Araceae

Pistia stratiotes

Pistia é um gênero de plantas aquáticas da família Araceae, compreendendo uma única espécie, Pistia

stratiotes, popularmente conhecida como “alface d’água” ou “repolho d’água”. Se reproduzem de forma sexuada e

assexuada e são observadas formando densos tapetes na superfície da água.

Sua distribuição nativa é incerta, mas provavelmente pantropical. Atualmente, encontra-se distribuída em corpos

de água doce de regiões tropicais e subtropicais, seja naturalmente ou por ações antrópicas.

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É uma monocotiledônea, perene, com folhas grossas e macias que flutua na superfície da água. As folhas

podem ter até 14 cm e não possuem pecíolo. Suas folhas são de cor verde claro, com veias paralelas, margens

onduladas e cobertas com pequenos tricomas. As folhas encontram-se escondidas no meio da planta, entre as folhas.

Estas plantas são freqüentemente usadas em aquários tropicais como abrigo para pequenos peixes. São úteis

também por competirem por nutrientes com outras algas, o que ajuda a prevenir blooms. São consideradas plantas

flutuantes livres, rosuladas, estolonífera, anual ou perene; crescem em água parada ou pouco corrente, são pioneiras

indicadoras de eutrofização.

Reino Plantae

Divisão Pteridophyta

Classe Pteridopsida

Ordem Salviniales

Família Salviniaceae

F Salvinia auriculata

Salvinia, o único gênero da família Salviniaceae, é um feto flutuante. As Salviniaceae são aparentadas com os

outros fetos aquáticos, incluindo o gênero Azolla. Salvinaceae e as outras famílias de fetos da ordem Salviniales são

heterospóricos, produzindo esporos de diferentes tamanhos.O desenvolvimento foliar de Salvinia é único. A face superior

da folha flutuante, que parece estar voltada para o eixo do caule é morfologicamente abaxial (Joly, 1991).

Segundo Esteves (1998), é considerada também uma macrófita aquática flutuante livre, podem ser anual ou

perene, as raízes são folhas modificadas, pioneiras em locais perturbados.

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6.2. Determinação da Produtividade Primária

A avaliação da biomassa é o primeiro procedimento quando se deseja avaliar o papel das macrófitas aquáticas

para o ecossistema aquático. Através da sua determinação pode-se inferir o período de crescimento, avaliar os estoques

de nutrientes, inferir o fluxo de energia e a reciclagem de nutrientes das macrófitas aquáticas.

A alta produtividade das macrófitas aquáticas é um dos principais motivos para o grande número de nichos

ecológicos e a grande diversidade de espécies animais encontradas na região litorânea, constituindo-se, desta maneira,

um dos compartimentos mais complexos dos ecossistemas aquáticos continentais (Bergnatowicz, 1969). Outro fator

importante na determinação desta complexidade ecológica é o fato da região litorânea ser resultante da interação entre

o ecossistema terrestre e aquático, tratando-se, portanto, de um ecótono.

Para esta campanha, foram amostrados 08 pontos de coleta, onde foram encontradas as espécies de

macrófitas aquáticas, conforme Tabela 01 e Tabela 02:

Espécies/Pontos

Taxa de Produção Absoluta (gMS/m 2)

Ponto 01 Ponto 02 Ponto 03 Ponto 04 Ponto 05 Ponto 06 Pont o 07 Ponto 08

Azolla sp - - 1,7-12 - - - 0,4-0,5 -

Lemna minor - 0,1-0,5 0,3-7,0 - - - - -

Lemna sp - - - - 16,5-175 - - -

Pistia stratiotes - - 0,4-3,1 - - - - 17,6-111,3

Salvinia

auriculata

1,5-7,6 0,7-4,4 0,1-1,1 19,7-151,4 0,1-3,1 1,2-58,1 6,2-67,8 -

Tabela 01: Taxa de Produção Absoluta (Produtividade Primária) das espécies de macrófitas coletadas no mês de agosto de 2011

(Adaptado de ESTEVES,1998).

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Espécies/Pontos

Taxa de Produção Relativa (gMS/m 2)

Ponto 01 Ponto 02 Ponto 03 Ponto 04 Ponto 05 Ponto 06 Pont o 07 Ponto 08

Azolla sp - - 0,531-2,485 - - - -

0,916+0,693

-

Lemna minor - -2,303+0,693 -1,204-1,946 - - - - -

Lemna sp - - - - 2,8033-5,1648 - - -

Pistia stratiotes - - 0,916-1,131 - - - - 2,868-4,712

Salvinia

auriculata

2,0281-0,4054 0,3566-1,416 -2,303-0,095 2,981-5,021 -2,303-1,131 0,182-4,062 1,825-4,217 -

Tabela 02: Taxa de Produção Relativa das espécies de macrófitas coletadas no mês de agosto de 2011 (Adaptado de ESTEVES,1998).

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6.3. Densidade da Comunidade e Densidade Populaciona l

6.3.1 Densidade da Comunidade

Através da Tabela 03 pode-se observar a Densidade da Comunidade calculada para os pontos

amostrados (apenas para os pontos em que foram medidas as áreas dos bancos).

Tabela 03: Densidade da Comunidade de macrófitas aquáticas por ponto amostral para o mês de agosto de 2011.

Estações Ponto 01

Ponto 02

Ponto 03

Ponto 04

Ponto 05

Ponto 06

Ponto 07

Ponto 08

Densidade (Ind/m 2) -

-

-

-

8,3

0,025

-

0,074

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O Gráfico 01 representa a densidade da comunidade de macrófitas ao longo das estações amostrais (para os

pontos cujas dimensões dos bancos foram medidas).

Gráfico 01: Densidade da Comunidade de macrófitas aquáticas (ind/m2) por estação amostral para o mês de agosto de 2011.

Observa-se, de acordo com o Gráfico 01, que o Ponto 05 Alagado ME Uruguai apresentou uma densidade

de comunidade mais elevada, com 8,3 Ind/m2, enquanto que o ponto Ponto 06 Alagado Uruguai MD apresentou menor

densidade - 0,025 Ind/m2.

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

Ponto 05 Ponto 06 Ponto 08

De

nsi

da

de

(In

d/m

2)

Estações de monitoramento

Densidade

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6.3.2 Densidade Populacional

Através da Tabela 03 pode-se observar a Densidade Populacional calculada para cada ponto amostral

cujas dimensões dos bancos foram medidas:

Tabela 02: Densidade Populacional de macrófitas por ponto amostral no mês de agosto de 2011.

O Gráfico 02 ilustra a densidade populacional por estação de coleta.

Gráfico 02 : Densidade populacional (Ind/m2) por estação amostral para o mês de agosto de 2011.

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

P05 P06 P08

De

nsi

da

de

Po

pu

laci

on

al

(In

d/m

2)

Lemna sp. Pistia stratiotes Salvinia auriculata

Densidade (Ind/m 2)

Espécies/Estações Ponto 01 Ponto 02 Ponto 03 Ponto 04 Ponto 05 Ponto 06

Ponto 07

Ponto 08

Azolla sp.

Lemna minor

Lemna sp. 8,2

Pistia stratiotes 0,074

Salvinia auriculata 0,06 0,025

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Podemos observar, de acordo com o Gráfico 02, que o Ponto 05 – Alagado ME Uruguai, apresentou maior

densidade populacional, com destaque para a espécie Lemna sp com o maior valor de densidade populacional igual a 8,2

Ind/m2.

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Na determinação da biomassa das macrófitas aquáticas, a escolha do local de amostragem está intimamente

ligada aos objetivos do trabalho. Assim, os objetivos é que devem ser os principais norteadores de sua escolha.

Os estudos da variação sazonal da biomassa de macrófitas aquáticas desenvolvidos em região tropical,

particularmente no Brasil, têm demonstrado a existência de períodos de crescimento e de mortalidade,

conseqüentemente, de variações de biomassa viva e de detrito.

Alguns fatores podem influenciar na produtividade primária das macrófitas, sendo eles a luz, dióxido de

carbono, temperatura, água, velocidade da água, nutrientes, sazonalidade da fotossíntese, metabolismo C4, além de

eventos de eutrofização. O conhecimento destes fatores é de grande importância em estudos sobre a produção primária

de macrófitas aquáticas, uma vez que estes vegetais podem em condições próximas aos seus limites de tolerância,

realizar somente os processos fotossintéticos suficientes para a sua sobrevivência. Por outro lado, pode ocorrer um

incremento na produção primária e conseqüentemente um aumento da reprodução sexuada e vegetativa quando as

características ambientais são favoráveis. Quando isto ocorre, determinadas espécies de macrófitas podem crescer

excessivamente afetando e prejudicando a utilização dos corpos d’ água.

As condições ótimas de desenvolvimento ocorrem devido às ações humanas, principalmente através do

lançamento de efluentes orgânicos, que promovem o aumento da disponibilidade de nutrientes nos ecossistemas

aquáticos, favorecendo o crescimento de macrófitas aquáticas.

Em relação à dinâmica de produtividade, observa-se grande diferença entre as espécies de regiões temperadas

e tropicais.

Em regiões tropicais a variação da biomassa de comunidades aquáticas, muitas vezes é percebida somente

através e métodos muito sensíveis. Ao contrário das espécies de regiões temperadas, cujos indivíduos crescem em

quase sua totalidade ao mesmo tempo. Em espécies de regiões tropicais o nascimento, o crescimento e morte de

indivíduos ocorrem em um processo contínuo durante todo o ano.

A ausência de estações climáticas bem definidas reflete-se numa pequena variação sazonal da biomassa das

macrófitas aquáticas. Nestas regiões, os fatores mais determinantes na variação da produtividade são as estações de

chuva e seca e as variações de nível d`água. Este último fator é de grande importância para ecossistemas lacustres

como represas, lagos que tem comunicação com rios e áreas alagáveis. O autor argumenta ainda que, no verão, ocorre

uma sensível redução na taxa de produtividade em relação à primavera (ESTEVES, 1998).

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Nos pontos amostrados, as espécies de macrófitas aquáticas encontradas são flutuantes e ocorrem com

freqüência em ambientes eutrofizados. Nestas condições podem apresentar valores elevados de biomassa e cobrir

grandes áreas, como por exemplo, bancos de Pistia stratiotes encontrada entre os pontos amostrados.

Apesar do importante papel das macrófitas na produtividade primária e ciclagem de matéria orgânica em

ambientes aquáticos, vale ressaltar que os maiores responsáveis pela biomassa e produtividade são os organismos

fitoplanctônicos.

Os dados obtidos na análise são de grande importância para o registro de informações do ecossistema aquático

em questão.

Blumenau, 26 de agosto de 2011.

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8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BERGNATOWICZ, S. Macrophytes in tem lake Warnisk and their chemical composition, Ekol Pol. 17: 447-465.

BIANCHINI JR, I. Modelo de crescimento e decomposição de macrófitas aquáticas. In: THOMAZ, S. M. & BINI, L.M.

(Ed.). Ecologia e manejo de macrófitas aquáticas. Maringá: EDUEM, 2003. 85-126p.

CANCIAM, L. F. Crescimento das macrófitas aquáticas flutuantes Pistia strationte e Salvinia molesta em condições de

temepratura e fotoperíodo. Dissertação (Mestrado) – UNESP, Jaboticabal, São Paulo, 2007.

COOK, C.D.K. Water plants of the World. The Hague, Dr. W. Junk Publ, 1974.

ESTEVES, F.A. Fundamentos de Limnologia, Rio de janeiro: Editora Interciência, 602p. 1998.

JOLY, A. B. Botânica: introdução à taxonomia vegetal. 10ª ed. São Paulo: Ed. Nacional, 1991.

MOURA, M.A.M.; FRANCO, D.A.S.; MATALLO, M.B. Manejo integrado de macrófitas aquáticas. Biológico, São Paulo,

v.71, n.1, p.77-82, jan/jun, 2009.

POLLOCK, M.M. et al. Plant species richness in riparian Wetlands – A test of biodiversity theory. Ecology 79 (1): 94-105, 1998. POMPÊO, M.L.M e MOSCHINI, CARLOS, V. Macrófitas aquáticas e perifíton: Aspectos Ecológicos e Metodológicos. São

Paulo: Rima, 2003. 124p.

POTT, V. J. e POTT, A. Plantas Aquáticas do Pantanal. Brasília: EMBRAPA, 2000. 404p. SALIOT, A. Marine Organic Biogeochemistry. Oceanis V. 20, n. 1-2, p. 1-197, 1994. WETZEL, R. G. Freshwater ecology: changes, requirements, and future demands Limnolog, v.1, n. 3, p. 3-9, 1975.

WHITTLE, K.J. Marine organisms and their contribution to organic matter in the ocean. Marine Chemistry V. 5, p. 381-411, 1977.

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ANEXOS

Foto 01: Macrófitas coletadas e acondicionadas em sacos

plásticos Foto 02: Macrófitas sendo preparadas para triagem

Foto 03: Macrófitas sendo preparadas para a triagem Foto 04: Primeira fase da triagem das macrófitas

Foto 05: Pesagem das macrófitas Foto 06: Pesagem das macrófitas

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Foto 07: Macrófitas acondicionadas em sacos de papel

para o início da secagem Foto 08: Macrófitas na estufa para secagem

Foto 09: Macrófitas na estufa para secagem Foto 10: Salvinia auriculata – espécie encontrada nos

pontos amostrados

Foto 11: Pistia stratiotes – espécie encontrada nos Foto 12: Lemna minor – espécie encontrada nos pontos amostrados pontos amostrados

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MSc Almíria Beckhauser

Eng. Química

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