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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 12|13 GRUPO PORTUCEL

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GRUPO PORTUCEL

A floresta tem sido, historicamente em Portugal, uma fonte de riqueza colectiva.

Existem em Portugal cerca de 400 000 proprietários flores-tais que contribuem para a existência de três fileiras florestais - pinho, sobro e eucalipto - as quais, para além de serem muito importantes para o equilíbrio ambiental, estão na base de uma indústria de produtos florestais que hoje representa perto de 10% das exportações nacionais de bens e cerca de 3% do PIB.

Temos espaço disponível no nosso território, temos espécies florestais de excelência para a indústria, temos o conheci-mento e temos mercados para os nossos produtos florestais.

Por tudo isso acreditamos que a utilização sustentável da flo-resta é um desígnio nacional.

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ÍNDICE

1. O RELATÓRIO 007

2. AS MENSAGENS DOS PRESIDENTES 008

PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 010

PRESIDENTE DA COMISSÃO EXECUTIVA 012

3. OS FACTOS DO BIÉNIO 016

ANO DE 2012 018

ANO DE 2013 020

4. O GRUPO PORTUCEL 022

PERFIL DO GRUPO 024

GOVERNAÇÃO 027

STAKEHOLDERS 030

SUSTENTABILIDADE 032

5. AS PESSOAS 040

PESSOAS 042

DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL 043

SAÚDE, BEM-ESTAR E SEGURANÇA NO TRABALHO 046

RESPONSABILIDADE SOCIAL INTERNA 048

6. A FLORESTA 050

GRUPO PORTUCEL E A FLORESTA 052

GESTÃO REPONSÁVEL E CERTIFICAÇÃO FLORESTAL 056

PREVENÇÃO E APOIO AO COMBATE AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS 060

CONSERVAÇÃO E BIODIVERSIDADE 062

CADEIA DE RESPONSABILIDADE 066

7. O PROCESSO 070

UNIDADES INDUSTRIAIS 072

PROCESSO ECOEFICIENTE 074

SEGURANÇA NO PROCESSO 087

8. O MERCADO 090

PAPEL DO GRUPO PORTUCEL 092

PERCEPÇÕES A ESCLARECER NO MERCADO 097

9. A COMUNIDADE 102

ENVOLVIMENTO COM A COMUNIDADE 104

RESPONSABILIDADE SOCIAL 108

10. O PROJECTO PORTUCEL MOÇAMBIQUE 114

11. OS ANEXOS 118

ANEXO I. GLOSSÁRIO 120

ANEXO II. RELATÓRIO DE VERIFICAÇÃO DE ENTIDADE EXTERNA 124

ANEXO III. NOTAS METODOLÓGICAS 126

ANEXO IV. RECURSOS HUMANOS 127

ANEXO V. ÍNDICE REMISSIVO DA GRI 130

ANEXO VI. DECLARAÇÃO EXAME DO NÍVEL DE APLICAÇÃO PELA GRIS 142

ANEXO VII. CONTACTOS 144

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GRUPO PORTUCEL

CONHECER A SUA OPINIÃO

A sua opinião é um importante contributo para o Grupo poder melhorar a sua gestão da sustentabilidade e a elaboração dos seus relatórios. Nesse sentido, foi concebido um questionário de feedback deste documento, para o qual gostaríamos de contar com o seu contributo. O questionário encontra-se disponível em: www.portucelsoporcel.com.

Toda e qualquer informação adicional a este relatório, dúvidas ou esclarecimentos devem ser colocados junto de:

MANUEL GIL MATATelef: 213 184 737 Fax: 213 184 738e-mail: [email protected]

RUI PEDRO BATISTATelef: 265 709 004 Fax: 265 709 165e-mail: [email protected]

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O RELATÓRIO

O Grupo Portucel publica, pelo quarto biénio consecutivo, o seu Relatório de Sustentabilidade. A presente edição corresponde ao período de 2012/2013 e pretende dar conhecimento, aos seus principais stakeholders, dos aspectos mais relevantes e significativos do desempenho económico, ambiental e social do Grupo nos últimos dois anos.

Este relatório foi elaborado seguindo as Directrizes da Global Reporting Initiative, versão G3.1, autodeclarando o nível A, cuja conformidade foi confirmada pela KPMG, SROC, SA, através de uma verificação externa, permitindo obter o nível A+ proposto pelas directrizes G3.1. O reporte da informação sobre sustentabilidade segue, como tem sido habitual, uma periodicidade bienal.

A informação reportada neste relatório deve ser complementada através da consulta dos Relatórios e Contas de 2012 e 2013 e dos Relatórios sobre o Governo da Sociedade dos mesmos períodos, disponíveis no website institucional do Grupo Portucel, www.portucelsoporcel.com.

O presente relatório abrange todas as empresas e actividades do Grupo que contribuem para os negócios de produção e de venda de pasta e papel, embora os indicadores financeiros, por motivos de consolidação, englobem a totalidade dos negócios do Grupo. No âmbito deste relatório não está incluído o negócio de produção exclusiva de energia, dado todo este documento estar focado no negócio de produção de pasta e papel, incluindo, portanto, apenas, as instalações de energia de cogeração associadas a esta produção. Toda a informação presente relacionada com o negócio de produção de energia complementa apenas a abordagem estratégica do Grupo relativamente aos negócios de produção de pasta e de papel. Dado que a actividade do Grupo em Moçambique se concentra, actualmente, na instalação de plantações experimentais, que não atingiram ainda a fase de exploração, a actividade de produção de pasta, bem como a de produção de madeira que lhe está associada, limitam-se ao território nacional.

O relatório foi organizado em duas partes distintas. A primeira parte corresponde a um destacável mais sucinto e comunicacional, elaborado com o objectivo de transmitir

aos stakeholders os principais aspectos de sustentabilidade a destacar no biénio. A segunda parte é composta por um relatório técnico que complementa a informação proporcionada pelo primeiro com um conjunto de informação mais detalhada, visando satisfazer necessidades mais aprofundadas de alguns stakeholders.

Quer o Relatório quer o Destacável são editados em duas versões, uma em português e outra em inglês, quer em papel quer em versão electrónica disponível no website institucional do Grupo, sendo os Anexos relativos a Recursos Humanos, Notas Metodológicas, e Índice Remissivo da GRI exclusivamente apresentados na edição electrónica.

Os temas materiais identificados decorrem de uma revisão interna aos que foram reportados no biénio anterior, os quais resultaram de um processo de benchmark e de consulta aos principais conjuntos de stakeholders relevantes para o Grupo. Na revisão interna realizada para elaboração do presente relatório, foram tidos em consideração os seguintes aspectos:

° Abrangência global do negócio de produção e comercialização de pasta e papel do Grupo;

° Repercussão económica, para o Grupo, decorrente dos principais temas ambientais;

° Relevância dos temas identificados pelos principais grupos de stakeholders;

° Adequabilidade dos temas identificados ao nível do desenvolvimento do negócio;

° Breve referência ao Projecto Moçambique, recente iniciativa de expansão internacional da actividade do Grupo.

Os compromissos e intenções referidos no Relatório de Sustentabilidade do biénio anterior serão abordados ao longo do presente relatório, onde serão igualmente apresentados os objectivos e intenções do Grupo para o biénio seguinte.

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22. AS MENSAGENS DOS PRESIDENTES

PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 010

PRESIDENTE DA COMISSÃO EXECUTIVA 012

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Enquanto muitos dos que aderiram recente e apressada-mente à ecologia procuram, afincadamente e com grande alarido, espaços e oportunidades na “economia verde”, recomendada na Conferência do Rio+20, as indústrias de produtos florestais, em geral, e a indústria do papel, em particular, tentam recordar à Sociedade que elas são, por definição óbvia, fundamentada e consolidada, o expoente maior da “economia verde”. Há muitos anos.

Usam matérias-primas florestais renováveis e os estudiosos da floresta já no século XVIII falavam e escreviam sobre a im-periosidade de “gerir a floresta à perpetuidade”, tirando dela apenas uma parte do “juro”, que o crescimento das árvores proporciona, e preservando o “capital”, que o material lenho-so original representa, indispensável para a manutenção da floresta e vital para a actividade das indústrias florestais.A justa preocupação das actuais “sociedades do conforto” quanto à preservação das florestas virgens/naturais e da

biodiversidade a elas ligada conduziu, numa determinada fase da sua “evolução”, a que fossem inventados meca-nismos de escrutínio público, para pôr à disposição dos consumidores dos produtos com origem na floresta.Todos nos lembramos das espectaculares campanhas contra o mobiliário, os soalhos e as carpintarias feitos de madeiras tropicais que abundavam nas sedes dos maiores bancos e empresas da Europa, que por isso se expuseram a pública recriminação.

Esse princípio e essa filosofia, em boa hora moderados e enquadrados pelo conceito de Desenvolvimento Sustentá-vel, a que a comunidade empresarial aderiu com sinceridade e entusiasmo, fundando o WBCSD (World Business Council for Sustainable Development), têm vindo - felizmente - a alargar-se a outros territórios e a outros produtos.Uma Empresa como o Grupo Portucel, já global pelos mer-cados que abrange em mais de cem países e a caminho da

2.1. MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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internacionalização das suas bases florestais e produtivas, há muitos anos membro do WBCSD e fundadora da sua filial em Portugal, tinha, não só que estabelecer mecanismos de monitorização e melhoria nas suas actividades ligadas à sus-tentabilidade, mas também que aumentar a sua transparên-cia e o diálogo e a interacção com os seus stakeholders, as suas partes interessadas.

Este novo Relatório de Sustentabilidade, relativo ao biénio 2012/2013, elaborado desta vez com meios exclusivamente internos, vai no sentido de acentuar essa transparência e essa responsabilidade social.

Cuidamos - como todos - obviamente da nossa imagem corporativa, de mostrar ao País e ao mundo os nossos resultados obtidos nos domínios da economia, do ambiente e da responsabilidade social, mas não cuidamos de rebater, na praça pública, inverdades ou afirmações falaciosas relati-vas à nossa actividade.

O nosso diálogo faz-se no interior das escolas, nas univer-sidades, nas instituições e onde e quando o quiserem as organizações da sociedade civil que pretendam realmente falar connosco, de forma séria e aberta.

Se errarmos, corrigiremos. Se falharmos, tentaremos de novo.

E para que nos possamos aperceber de algum erro ou eventual falha, para rapidamente o corrigirmos, aqui vos deixo, caros leitores e partes interessadas, a “porta aberta” da Portucel.

Ajudem-nos a fazer ainda melhor, porque o País precisa e as futuras gerações agradecerão.

PEDRO QUEIROZ PEREIRAPRESIDENTE DO CONSELhO DE ADMINISTRAçãO

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Na sequência de um procedimento crescentemente convicto, transparente e consolidado, o Grupo Portucel publica o seu quinto Relatório de Sustentabilidade bienal correspondente aos anos de 2012 e 2013, onde procura transmitir aquilo que ocorreu de mais relevante nos domínios da Responsabilidade Corporativa nos temas de reconhecida importância para as suas partes interessadas.

Consideramos terem ocorrido, no biénio que agora termina, dois factos dominantes para a Responsabilidade Corporati-va: um de grande significado universal e de relevo para toda a comunidade empresarial - a Conferência do Rio de Janeiro de 2012; outro de especial importância para o Grupo Portu-cel - a atribuição que lhe foi feita, em 2013, pelo European Business Awards, de “Melhor Empresa do Ano na Europa”.

A Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, de Junho de 2012, no Rio de Janeiro, juntou um número recorde de Governantes, de Organizações

Não-Governamentais e de representantes do Sector Privado Empresarial e da Sociedade Civil.

Embora não tenha preenchido completamente as expectati-vas das correntes ambientalistas mais extremadas, para to-dos os que se interessam pelas matérias do Desenvolvimen-to Sustentável de forma realista, sensata e participativa, foi indubitavelmente um passo importante na direcção correcta e o nascimento institucional da chamada “Economia Verde”.

Na Conferência do Rio ficou bem patente a vontade dos Estados em ouvir directamente as entidades mais experien-tes e sensibilizadas para os grandes desafios do Desenvol-vimento Sustentável, nomeadamente da potencial escassez de recursos do planeta para responder aos desafios do crescimento demográfico e do desejável acesso da crescen-te população mundial a níveis de rendimento e bem-estar compatíveis com a dignidade humana.

2.2. MENSAGEM DO PRESIDENTE DA COMISSÃO EXECUTIVA

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Para enfrentar esse desafio, ficaram patentes as fundadas expectativas de as empresas poderem contribuir, de forma racional e eficiente, para o bem-estar das comunidades onde estão inseridas, dados os recursos e o conhecimento de que dispõem e a sua demonstrada capacidade de os mobilizar e reproduzir para criar e repartir bens e serviços, conhecimento e emprego, riqueza e rendimento.

Mas ficou também bem sublinhado que a Sociedade espera que o primado do interesse comum seja reconhecido e praticado pelas entidades empresariais, a quem deve ser exigido, cada vez mais, que façam coincidir aquilo que pro-duzem com o que é necessário e importante para as partes interessadas, compatibilizando os seus interesses com os da comunidade e a utilização dos recursos postos à sua dis-posição com respeito pelo ambiente e o futuro do planeta.

Ficou, em resumo, sublinhado que o Desenvolvimento Sustentável tem que se basear numa complexa mas criativa cooperação entre entidades privadas e públicas, com ou sem fins lucrativos, nacionais ou multinacionais, mas ca-bendo às entidades empresariais um papel fundamental de dinamização e liderança, votado para a mudança e o pro-gresso social, desenvolvendo formas e modos de negócio verdadeiramente sustentáveis e submetidos a critérios res-ponsáveis, sucessivamente mais transparentes e exigentes, assumidos de forma voluntária, convicta e reconhecida.

Se assim for, haverá efectivamente desenvolvimento susten-tável e responsabilidade social corporativa e daí a enorme importância da Conferência do Rio 2012.

A atribuição ao Grupo Portucel do galardão de “Melhor Em-presa do Ano na Europa”, pelo European Business Awards, na sua edição 2012/2013, é um facto que não podemos deixar de salientar, no domínio da vivência interna do Grupo, no biénio aqui reportado.

Entre centenas de empresas e organizações, das mais diver-sas áreas de actividade, que se qualificaram a nível europeu, com um volume de negócios superior a 150 milhões de Euros, termos sido distinguidos como empresa vencedora na categoria de “Business of the Year”, é uma realidade que muito nos honra e o reconhecimento internacional do suces-so e sustentabilidade do modelo de negócio, da estratégia e da capacidade de execução que nos levou à liderança do mercado europeu no nosso sector de actividade.

Os “European Business Awards” são considerados como um dos mais apetecidos e competitivos prémios da Europa para a área dos negócios, destinando-se a reconhecer as mais notáveis empresas que se distinguem pelo seu superior desempenho financeiro, pelo seu elevado crescimento, pelas suas inovadoras estratégias e pela liderança no seu sector de actividade.

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No último concurso em que o Grupo Portucel foi vencedor na categoria das maiores empresas, 17 000 organizações concorreram, tendo sido inicialmente selecionadas 1 750, das quais um júri internacional independente, com membros representando 30 países e escolhidos pelo seu prestígio, especialização e experiência de negócios, escolheu primeiro os 370 designados campeões nacionais, depois os 100 fi-nalistas e, de entre eles, os 10 melhores por cada categoria, um dos quais foi finalmente designado vencedor.

Uma vez que os principais critérios de classificação se baseavam no sucesso empresarial, inovação, liderança, sustentabilidade e responsabilidade social, o Grupo Portucel tem boas razões para considerar esta distinção também como um reconhecimento do progressivo aperfeiçoamento das suas credenciais de sustentabilidade, cuja apresentação detalhada é feita neste Relatório de Sustentabilidade, que uma vez mais segue estritamente as normas do GRI, sendo credor da classificação A+ pelo terceiro biénio consecutivo.Assim sendo, temos boas razões para acreditar que esta-mos no caminho certo e que valeu a pena o esforço que temos vindo a fazer, de forma séria, convicta e persistente, para aperfeiçoar o processo de sustentabilidade do Grupo Portucel de forma equilibrada em cada um dos seus pilares fundamentais.

De entre os muitos aspectos referidos neste Relatório, gostaríamos de fazer apenas um breve sublinhado a três iniciativas que consideramos particularmente relevantes.

A primeira diz respeito aos primeiros mas decisivos passos que estão a ser dados para a internacionalização da base florestal e produtiva do Grupo Portucel, com o início do Projecto Portucel Moçambique, que estamos certos que será um passo de gigante no crescimento do Grupo e uma larguíssima contribuição para o desenvolvimento de um destacado país da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, de cujos governantes e comunidades locais temos recebido a maior receptividade e apoio ao desen-volvimento deste entusiasmante projecto, onde estamos a procurar juntar ao secular conhecimento e cultura moçam-bicana, também, a experiência, o conhecimento, o prestígio e a escrupulosa conduta social e ambiental da International Finance Corporation, membro do grupo Banco Mundial. Estamos certos de que a parceria com esta reputada organi-zação internacional, cujo envolvimento no Projecto Portucel Moçambique está em adiantado estado de negociação, será uma forte garantia de seriedade, solidez e perspectiva de sucesso, para este nosso projecto desafiante e inovador.

A segunda referência diz respeito à importância que temos dado ao aperfeiçoamento da nossa organização interna no domínio da sustentabilidade, promovendo que os seus indicadores mais importantes e complexos passem a ser

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encarados, tratados e reportados com o mesmo grau de rigor, frequência, automatização e disponibilidade que toda a restante informação de gestão do Grupo. Os projectos do “Handbook dos Indicadores de Sustentabilidade” e da “Gestão do Desempenho de Sustentabilidade”, iniciativas pioneiras em Portugal, que iniciamos e desenvolvemos, vão ser, indubitavelmente, factores de reforço da credibilidade, solidez e disponibilidade da nossa informação sobre susten-tabilidade.

Finalmente, porque entendemos sincera e confiadamente, que o sucesso da nossa actividade nos seus aspectos eco-nómicos, ambientais e sociais, depende fundamentalmente do talento e da motivação dos nossos Colaboradores, deci-dimos institucionalizar, também neste biénio, a Direcção de Gestão de Talento, um pilar importante ao nível do desenvol-vimento das políticas e instrumentos que permitam recrutar os mais talentosos e criar condições que possibilitem a todos os Colaboradores atingir o maior nível de realização pessoal e profissional.

Termino assegurando a todos os nossos stakeholders que tudo temos feito para que o Grupo continue na senda do sucesso, que já foi reconhecido e premiado, dentro de um quadro de escrupuloso mas criativo desempenho sustentá-vel, ético e socialmente responsável.

JOSÉ HONÓRIOPRESIDENTE DA COMISSãO EXECUTIVA

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3. OS FACTOS DO BIÉNIO

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3.1. ANO DE 2012

° Lançamento no mercado Norte-americano do Navigator Eco-logical, um papel de escritório com peso abaixo do standard deste mercado (18lb em vez de 20lb) mas que garante níveis de desempenho superiores a papéis concorrentes de 20lb.

° Participação na campanha internacional «More Forests, Better Future - Paper from Portugal», promovida pela CELPA - Associação da Indústria Papeleira, lançada em 6 países europeus ao longo de 2012 e no primeiro trimestre de 2013.

° Apoio ao Congresso IUFRO 2012 - International Union of Forest Research Organizations.

° Participação na Conferência RIO+20 sobre Desenvolvimento Sustentável.

° Soporcel eleita pela Revista Invest/Banco BIC “Melhor Empresa da Zona Centro”.

° Renovação dos certificados de gestão florestal de acordo com o FSC® (Forest Stewardship Council®)1 e o PEFC™

(Programme for the Endorsement of Forest Certification schemes)2, validando o esforço e investimento do Grupo na implementação das melhores práticas e confirmando o compromisso assumido com a adopção de princípios de certificação florestal reconhecidos internacionalmente.

° Início do trabalho de Doutoramento na área Florestal, no âmbito das Bolsas de Doutoramento em Empresas, ao abrigo de um protocolo celebrado entre o Grupo Portucel e a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, com a duração de quatro anos.

° Atribuição, pela segunda vez, do prémio “Grupo Portucel - Gestão Florestal Sustentável” pelo ARRISCA C’2012, uma iniciativa de promoção do empreendedorismo jovem da Universidade de Coimbra. O projecto escolhido, o MedroJelly4Diet, visa o fabrico de um produto inovador (geleia com fins dietéticos) que tira partido das propriedades antioxidantes do medronho.

1 Código de licença de uso: FSC C010852 2 Código de licença de uso: PEFC/13-23-001

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° Início do “Projecto do Handbook dos Indicadores de Sustentabilidade da Portucel”, cujo objectivo foi reforçar os procedimentos e práticas internas do Grupo, no que diz respeito ao reporte de sustentabilidade, tornando-os mais fiáveis, robustos e comparáveis.

° Início do “Projecto de Melhoria da Eficiência Operacional”, um projecto que tem por objectivo a melhoria contínua dos processos das unidades industriais do Grupo.

° Teve início o “Projecto de Melhoria da Qualidade da Informação de Custeio” com o objectivo de dotar o Grupo Portucel de um Sistema de Custeio da Produção fiável, bem como dos mecanismos de rastreabilidade, garantindo melhorias significativas no seu modelo operativo actual.

° Implementação do projecto de modificação da Evaporação existente no Complexo Industrial da Figueira da Foz, com construção da nova linha de evaporação. Com este projecto foi aumentada a eficiência da caldeira de recuperação (CR) e melhorada a qualidade do efluente da Fábrica de Pasta, por aumento da capacidade de lavagem da pasta crua, com diminuição de consumo de produtos químicos no branqueamento.

° No Complexo Industrial de Setúbal, realizou-se uma intervenção significativa na caldeira de biomassa, concluindo-se o projecto de substituição da fornalha e sobreaquecedores, com a introdução de novos níveis de ar secundário e terciário. Além do prolongamento da vida útil da instalação, esta intervenção visou reduzir os níveis de emissões atmosféricas, nomeadamente de óxidos de azoto (NOX).

° Início do abastecimento de Gás Natural aos Fornos de Cal, no Complexo Industrial de Setúbal, em substituição total ou parcial do consumo de fuelóleo, com o objectivo de reduzir custos e emissões atmosféricas.

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3.2. ANO DE 2013

° O Grupo Portucel foi considerado a melhor Empresa do Ano 2013 na Europa, para empresas com um volume de negócios superior a € 150 milhões, competindo com centenas de empresas europeias, na edição de 2012/2013 dos “European Business Awards” (EBA).

° Publicação de uma brochura intitulada “Sustainable Forest Management – Best Practices for Green Growth”, que ilustra o trabalho desenvolvido nos últimos anos no domínio da valorização e protecção da floresta.

° Revisão da Política Florestal, documento estruturante da abordagem à gestão florestal.

° Início de um projecto-piloto para monitorização da água, com o objectivo de desenvolver a abordagem de monitorização dos impactes da actividade florestal na água.

° O Grupo viu a sua iniciativa “Dá a Mão à Floresta” galardoada no âmbito do Grande Prémio APCE 2013 (Associação Portuguesa de Comunicação de Empresa) – categoria “Melhor Campanha de Comunicação de Responsabilidade Social”.

° O Grupo Portucel apoiou a reflorestação da Mata do Buçaco (FMB), um património natural único e de valor inestimável para o País. A parceria estabelecida incluiu a doação de árvores e plantas aromáticas, para além da dinamização de um programa de sensibilização, para a adopção de boas práticas silvícolas, junto dos proprietários limítrofes à Mata do Buçaco.

° Investimento do Grupo na prevenção e no apoio ao combate aos incêndios florestais envolveu, para além de um orçamento de três milhões de euros, que representa a maior contribuição privada em Portugal, a aposta em parcerias como as do Movimento ECO - Empresas Contra os Fogos e do projecto “Floresta Segura”, e a participação no projecto “Fire-Engine - Flexible Design of Forest Fire Management Systems”, no âmbito do programa do Massachusetts Institute of Technology (MIT) Portugal.

° Início do Projecto “Enhancing Customer Experience”, com o objectivo de melhorar o serviço aos clientes de papel do Grupo, aumentando assim a competitividade desse negócio.

° Início do Projecto “Optimização do funcionamento da gestão de materiais de embalagem das fábricas de papel do Grupo”, com o objectivo de melhorar a eficiência e o controlo deste processo, na procura da excelência e sustentabilidade no fornecimento destes materiais ao Grupo e optimizando o valor das suas existências.

° Optimização das ferramentas informáticas utilizadas na Gestão dos Sistemas de Cadeia de Responsabilidade FSC e PEFC, permitindo uma gestão mais eficaz das entradas e saídas de material certificado.

° Elaboração de procedimentos e implementação de práticas para cumprimento do EU Timber Regulation (Regulation n. 995/2010 of 20 October 2010), assumindo, deste modo, o compromisso de adquirir, apenas, madeira ou produtos derivados da madeira produzidos, processados e comercializados em conformidade com o Regulamento.

° Entrada em funcionamento do novo silo de casca para a caldeira de biomassa no Complexo Industrial da Figueira da Foz, com o objectivo de regularizar a alimentação de biomassa para a caldeira e desse modo optimizar as condições de queima, permitindo a redução da emissão de monóxido de carbono.

° Criação da Direcção de Gestão de Talento e Desenvolvimento Organizacional.

° Início do Projecto de Estabilização SAP-Recursos Humanos.

° Inicio do projecto “Melhoria da Sustentabilidade da Segurança no Grupo Portucel”, um projecto a três anos cujo objectivo é melhorar a cultura de segurança em todos os níveis da organização e reduzir, de forma consistente, os índices de sinistralidade.

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° Início do “Projecto de Implementação do Sustainability Performance Management”, que consiste em centralizar e automatizar o processo de recolha, tratamento e disponibilização da infomação de sustentabilidade do Grupo Portucel.

° Início da participação no “Projecto PERA – Programa Escolar de Reforço Alimentar”, assegurando o pequeno-almoço a mais de 150 alunos com carências alimentares, de escolas vizinhas das unidades industriais do Grupo, em Cacia, Figueira da Foz e Setúbal.

° Celebração de um protocolo de colaboração com o Museu do Papel Terras de Santa Maria, na cidade de Santa Maria da Feira, para a concepção, produção e montagem de uma exposição permanente subordinada ao tema “Da Floresta ao Papel”.

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GRUPO PORTUCEL

4. O GRUPO PORTUCEL

PERFIL DO GRUPO 024

GOVERNAÇÃO 027

STAKEHOLDERS 030

SUSTENTABILIDADE 032

4

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 12|13

O G

RUPO

PO

RTU

CEL

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GRUPO PORTUCEL

“Com uma posição de grande relevo no mercado internacional da pasta e do papel, o Grupo Portucel é uma das mais fortes marcas de Portugal no mundo”

4.1. PERFIL DO GRUPO

Com uma posição de grande relevo no mercado internacional da pasta e do papel, o Grupo Portucel é uma das mais fortes marcas de Portugal no mundo.

A sua estrutura produtiva assenta em três grandes pólos industriais localizados em Cacia, Figueira da Foz e Setúbal, que constituem grandes referências nas Indústrias da Pasta e do Papel, a nível internacional, pela sua dimensão e sofisticada alta tecnologia, pela sua reconhecida competitividade, pela sua ecoeficiência e pela elevada qualidade e notoriedade dos seus produtos e marcas.

É na floresta que se inicia toda a actividade do Grupo Portucel, traduzida num volume de negócios anual superior a 1,5 mil milhões de euros. O Grupo, neste biénio, continuou fortemente empenhado no compromisso que assumiu com os programas de certificação florestal mais amplamente reconhecidos, nomeadamente as iniciativas FSC (Forest Stewardship Council®) e PEFC (Programme for the Endorsement of Forest Certification schemes), que garantem que as florestas da Empresa são geridas de forma responsável do ponto de vista ambiental, económico e social, obedecendo a critérios rigorosos e internacionalmente reconhecidos.

Após mais de meio século de existência, o Grupo Portucel é hoje uma referência nacional, encontrando-se actualmente entre os três maiores exportadores portugueses.

A sua actividade assenta num recurso renovável, a madeira de eucalipto, grande parte da qual de origem nacional, transformado num produto de Alto Valor Acrescentado, o papel fino de impressão e escrita não revestido (UWF – Uncoated Woodfree), no qual o Grupo é líder europeu, com mão de obra e fornecedores essencialmente nacionais.

A capacidade de produção de papel transformado do Grupo Portucel ascende a cerca de 1,6 milhões de toneladas por ano e a capacidade de produção de pasta é aproximadamente de 1,4 milhões de toneladas por ano, das quais cerca de 1,2 milhões são integradas em papel.

Sendo possivelmente o maior exportador de Valor Acrescentado Nacional, a sua actividade é da maior relevância para a economia do País, não só pela contribuição directa para o PIB, pelo Valor Acrescentado Bruto, mas também pelo efeito multiplicador induzido, a montante e a jusante, na economia nacional.

Cacia (Pasta = 320 000 tAD) Figueira da Foz (Pasta = 570 000 tAD / Papel = 790 000 t) Setúbal (Pasta = 550 000 tAD / Papel = 775 000 t)

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 12|13

O NOSSO PAPEL

° Somos o 1.º produtor europeu de papéis finos de impressão e escrita não revestidos (UWF – Uncoated Woodfree);

° Somos o 1.º produtor europeu de pasta branqueada de eucalipto (BEKP - Bleached Eucalyptus Kraft Pulp);

° Gerimos cerca de 120 mil hectares de floresta;

° Gerimos 36% da floresta portuguesa certificada pelo sistema FSC e 52% da certificada pelo sistema PEFC;

° Estamos a expandir a nossa florestação em Moçambique, com a instalação de plantações experimentais e construção de viveiros;

° Representamos cerca de 1% do PIB nacional;

° As vendas para o mercado externo representam aproximadamente 3% das exportações portuguesas de bens;

° Representamos cerca de 7% do total da carga portuária nacional de exportação, contentorizada e convencional;

° Detemos uma capacidade de 1,6 milhões de toneladas de papel (6º produtor mundial) e 1,4 milhões de toneladas de pasta branqueada de eucalipto (5º produtor mundial);

° Somos o 1º produtor nacional de energia a partir de biomassa;

° Asseguramos perto de 5% da produção total de energia eléctrica nacional;

° Apostamos na melhoria contínua da capacidade competitiva, desenvolvendo actividades permanentes e contínuas de inovação e I&D;

° Praticamos uma silvicultura sustentável baseada nas melhores práticas e num forte know-how acumulado;

° Temos outras produções agroflorestais, como por exemplo cortiça e vinho, diversificando o uso do solo;

° Promovemos a conservação da biodiversidade e os valores socioculturais relevantes nas regiões onde operamos;

° Somos produtores de pasta de papel de reputação mundial;

° Somos criadores, produtores e vendedores das mais conhecidas e prestigiadas marcas mundiais de papel de escritório e de papéis gráficos não revestidos;

° Os nossos produtos são emblemas de sustentabilidade.

MARCAS DO GRUPO PORTUCEL

Marcas de papel de escritório (office) para uso profissional ou doméstico

Marcas de referência nas variedades offset e preprint no segmento de papéis gráficos

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GRUPO PORTUCEL

DESEMPENHO ECONÓMICO

O Grupo encontra-se hoje numa posição de destaque no mercado nacional e internacional da pasta e do papel, sendo líder, a nível europeu, na produção de pasta branqueada de eucalipto e de papéis finos de impressão e escrita não revestidos.

A expectativa de aumento de actividade criada com a entrada em operação, em 2009, da Nova Fábrica de Papel de Setúbal foi correspondida com o aumento da produção e do volume de negócios. Em 2013, o volume de negócios do Grupo cresceu 40% quando comparado com o ano de 2009, enquanto que o volume vendido de pasta e papel cresceu 11% no mesmo período.

A produção de papel de impressão e escrita não revestido da Nova Fábrica de Papel de Setúbal tem continuado a aumentar, proporcionando maior disponibilidade de novas quantidades a colocar no mercado.

As exportações do Grupo Portucel totalizaram mais de 1,2 mil milhões de euros, quer em 2012, quer em 2013, representando cerca de 3% das exportações portuguesas de bens. Estes números reflectem a relevância do Grupo, a nível internacional, exportando para 118 países nos cinco continentes.

Este desempenho económico do Grupo Portucel teve significativo impacto na economia nacional e regional, particularmente na participação na criação e distribuição de riqueza e na influência nas exportações, como mostram os indicadores da tabela seguinte, onde, dada a dispersão geográfica e a dimensão nacional das actividades do Grupo, os fornecedores locais são de âmbito nacional.

IMPACTO ECONÓMICO DO GRUPO PORTUCEL

2011 2012 2013

Compras a Fornecedores Locais 69% 77% 79%

Fornecedores locais 83% 81% 82%

Exportações nas vendas de pasta e papel do Grupo 95% 95% 95%

Exportações do Grupo no total das exportações nacionais de bens 3% 3% 3%

Em 2012 e 2013

° Gerámos um volume de negócios superior a 1,5 mil milhões de euros;

° Produzimos cerca de 1,5 milhões de toneladas de papel;

° Fabricámos 1,4 milhões de toneladas de pasta;

° Exportámos mais de 1,2 mil milhões de euros;

° Empregámos 2 259 Colaboradores no final de 2013.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 12|13

GERAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE RIQUEZA

Indicador (M€) 2010 2011 2012 2013

Valor Económico Gerado Receitas 1 400 1 510 1 531 1 552

Valor Económico Distribuído Custos Operacionais 872 990 1 013 1 081

Salários e Benefícios 127 134 125 114

Pagamentos a Fornecedores de Capital 199 16 181 216

Pagamentos ao Estado 48 55 65 14

Investimentos na Comunidade 0,774 0,650 1,049 1,247

Valor Económico Acumulado 153 314 145 125

4.2. GOVERNAÇÃO

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

O governo do Grupo Portucel é assegurado por um Conselho de Administração composto por onze membros, o Presidente e dez vogais, eleitos em Assembleia Geral para mandatos de quatro anos.

COMISSÃO EXECUTIVA

Cinco dos onze membros do Conselho de Administração são designados para exercerem a gestão executiva do Grupo, constituindo a Comissão Executiva.

COMISSÕES ESPECIALIZADAS

O Conselho de Administração é ainda apoiado por várias Comissões Especializadas que dão os seus contributos nas áreas específicas da responsabilidade que lhes é atribuída. No âmbito deste relatório deve-se relevar a importância de três comissões que, pelas suas responsabilidades e funções, garantem que a abordagem do Grupo para a sustentabilidade tem correcto acompanhamento, supervisão e aconselhamento por parte dos membros dessas comissões, personalidades experientes e especializadas e com uma elevada capacidade de apoiar o Conselho de Administração e a Comissão Executiva na prossecução dos seus objectivos. São elas a Comissão de Sustentabilidade, a Comissão de Ética e o Conselho Ambiental.

COMISSÃO DE SUSTENTABILIDADE

O Grupo tem uma Comissão de Sustentabilidade, presidida por um membro não executivo do Conselho de Administração, a qual tem como principal competência a definição e acompanhamento da implementação da Política de Sustentabilidade e de todas as políticas que complementam a abordagem estratégica do Grupo Portucel para a sustentabilidade.

É também a Comissão de Sustentabilidade que coordena a elaboração dos Relatórios de Sustentabilidade do Grupo.

A Comissão de Sustentabilidade reuniu quatro vezes em 2012 e seis vezes em 2013.

COMISSÃO DE ÉTICA

Ao longo da sua história, o Grupo Portucel deparou-se com grandes desafios internos e externos, para os quais foram necessários processos de mudança, que foram geridos tendo em consideração as mais importantes questões éticas. Corporizando formalmente os princípios que desde sempre nortearam a conduta do Grupo, o Código de Ética, em vigor desde 2011, é a referência para todos os Colaboradores no que diz respeito à difusão dos valores, princípios e procedimentos através dos quais devem pautar toda a sua acção.

Foi também constituída uma Comissão de Ética, composta por personalidades prestigiadas nomeadas pelo Conselho de Administração. Esta Comissão aprecia e avalia qualquer situação que ocorra, relativamente ao cumprimento dos preceitos incluídos no Código de Ética e funciona ainda

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GRUPO PORTUCEL

como órgão de consulta do Conselho de Administração sobre matérias que digam respeito à aplicação e interpretação do Código de Ética.

A Comissão de Ética elabora anualmente um relatório sobre o cumprimento do normativo descrito no Código de Ética, no qual explicita a sua actividade, assim como as conclusões e propostas de seguimento adoptadas nos vários casos analisados. O relatório produzido está incluído no Anexo V dos Relatórios Sobre o Governo da Sociedade de 2012 e 2013.

Cabe ao Conselho de Administração esclarecer os Colaboradores do Grupo relativamente às dúvidas que surjam sobre o Código de Ética, disponibilizando para isso um canal directo acessível a todos os Colaboradores.

CONSELHO AMBIENTAL

Dada a especificidade do negócio do Grupo e os riscos ambientais que lhe são inerentes, o Conselho de Administração promoveu em 2008 a constituição de um Conselho Ambiental, ao qual compete fazer o acompanhamento e dar parecer sobre os aspectos ambientais da actividade da Empresa e formular recomendações acerca do impacte ambiental dos principais empreendimentos da Sociedade, tendo especialmente em atenção as disposições legais, as condições de licenciamento e a política do Grupo sobre a matéria. O Conselho Ambiental é composto por cinco membros, todos eles personalidades académicas e independentes de reconhecida competência técnica e científica, particularmente nos mais importantes domínios das preocupações ambientais da actividade do Grupo na sua actual configuração. O Conselho Ambiental reuniu três vezes em 2012 e três vezes em 2013. As principais opiniões e recomendações emitidas pelos membros do Conselho Ambiental estão expressas no presente relatório, através da Mensagem do Conselho Ambiental, que se apresenta de seguida.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 12|13

MENSAGEM DO CONSELHO AMBIENTAL

O Conselho Ambiental da Portucel, composto por membros de Universidades e Instituições Nacionais especialmente interessadas em questões ambientais e de sustentabilidade, que constitui uma entidade independente e competente de consciência ambiental estatutária da Portucel, fez o acompanhamento regular do desempenho do Grupo, no biénio 2012/2013, nas suas políticas e nas suas práticas ambientais nos domínios da floresta, da indústria e da energia, através de reuniões, contactos, visitas e discussões regulares com os responsáveis e especialistas destas actividades no Grupo Portucel.

O contacto do Conselho Ambiental com o universo empresarial do Grupo foi bastante intenso, na medida em que todas as reuniões havidas tiveram lugar nos estabelecimentos industriais, nas principais plantações florestais e no instituto de investigação do Grupo, o RAIZ.

Nas questões ligadas à floresta, mereceram destaque, no biénio 2012/2013, a participação do Conselho Ambiental no acompanhamento das actividades ambientais do RAIZ no apoio à gestão florestal, à preservação da biodiversidade, dos projectos das potencialidades da rega de plantações e do estudo comparativo da expansão natural das duas principais espécies florestais de maior vocação industrial existentes em Portugal, o Eucalyptus globulus e o Pinus pinaster, e do respectivo potencial invasor, tema este que acabou por constituir uma Tese de Doutoramento em Empresa e mereceu particular atenção por parte do Conselho.

Nos domínios mais ligados ao impacte ambiental da actividade industrial, o Conselho foi informado detalhada e regularmente acerca dos valores de todos os parâmetros ambientais do desempenho fabril, da sua evolução e do cumprimento dos limites estipulados nas licenças ambientais de todos os pólos industriais do Grupo.

O Conselho foi também informado sobre as tendências dominantes nas revisões da legislação europeia e nacional sobre emissões industriais, nomeadamente no que respeita à nova Directiva das Emissões Industriais (DEI) e à sua transposição para o direito português, integrada no novo conceito de Sistema de Indústria Responsável (SIR). A forma como as unidades industriais do Grupo Portucel têm estado a ser preparadas para o rigoroso cumprimento desta mais elevada exigência da legislação ambiental e consequente capacidade de renovação das licenças e certificações ambientais das fábricas do Grupo foi repetidamente aprofundada e debatida pelo Conselho.

Mereceu também destaque a apresentação e discussão, feita no Conselho, sobre novos investimentos do Grupo e as correspondentes melhorias no desempenho industrial e ambiental, com particular destaque para os aperfeiçoamentos no Complexo Industrial da Figueira da Foz, no que respeita à nova instalação de evaporação e aos aperfeiçoamentos nos sistemas de alimentação e queima de biomassa e recuperação de areias nas caldeiras de biomassa.

Como preocupação transversal às actividades florestal e industrial, os conceitos, critérios de cálculo e posicionamento do Grupo no domínio da Pegada Hídrica foram alvo de frequentes e aprofundadas discussões.

Sendo o Grupo Portucel um relevante produtor nacional de energia, o maior fora do sector eléctrico e também o maior no que respeita à produção de energia renovável a partir de biomassa, bem como um importante consumidor de energia, as questões energéticas mereceram particular atenção por parte do Conselho Ambiental, que se debruçou frequente e aprofundadamente sobre o balanço energético do Grupo, a optimização da sua eficiência energética operacional, a utilização crescente da cogeração e dos combustíveis renováveis, bem como o seu desempenho na pegada e no mercado do carbono.

Novos conceitos energéticos, em evolução a nível europeu, tais como critérios de sustentabilidade e neutralidade em carbono da biomassa, foram também apresentados e detalhadamente discutidos.

Embora extravasando, em parte, a vocação eminentemente ambiental do Conselho, outros importantes aspectos da sustentabilidade, como a Responsabilidade Social, a Comunicação com os Stakeholders e os Indicadores de Sustentabilidade foram também alvo de interesse e discussão frequente por parte do Conselho.

Finalmente, o Conselho Ambiental gostaria de afirmar, ao Grupo Portucel e aos seus responsáveis, o seu apreço pela forma aberta, transparente e abrangente como promoveu e facilitou o acesso dos seus Membros a todas as actividades ligadas à sustentabilidade do desempenho do Grupo e correspondente informação, com particular ênfase nos aspectos ligados ao ambiente.

Lisboa, 31 de Dezembro de 2013

O CONSELhO AMBIENTAL

Eng. Carlos Matias Ramos Bastonário da Ordem dos Engenheiros, PRESIDENTE

Prof. Rui Ganho Universidade Nova de Lisboa, VOGAL

Prof. João Santos Pereira ISA, Universidade de Lisboa, VOGAL

Prof. Casimiro Pio Departamento de Ambiente, Universidade de Aveiro

VOGAL

Profª. Maria da Conceição Cunha FCT, Universidade de Coimbra, VOGAL

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GRUPO PORTUCEL

ORGANOGRAMA DAS COMISSÕES EXISTENTES NA SOCIEDADE

Secretário da Sociedade

Conselho Ambiental

CONSELhO DE ADMINISTRAçãO

Comissão de Acompanhamento

do Fundo de Pensões

Comissão de Controlo do Governo

Societário

Comissão de Análise e

Acompanhamento de Riscos

Patrimoniais

Comissão de Ética

Comissão Executiva

Comissão de Controlo Interno

Comissão de Sustentabilidade

4.3. STAKEHOLDERS

A Política de Comunicação do Grupo Portucel apresenta uma abordagem de envolvimento e auscultação dos stakeholders do Grupo, que, de uma forma mais ou menos explícita, são alvo de um contínuo processo de auscultação.

O reporte periódico de informação financeira, ambiental, social e de governance do Grupo permite apresentar as práticas e os resultados que respondem às expectativas identificadas no levantamento periódico efectuado aos stakeholders relevantes.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 12|13

STAKEHOLDERSMECANISMO DE INTERACÇÃO TEMAS RELEVANTES PARA O STAKEHOLDER REPORTE

ACCIONISTAS

° Relação com os Investidores

° Reporte Regular de Informação Financeira

Todos os temas com potencial impacto na reputação ou performance financeira do Grupo Portucel têm relevância para os accionistas.

Relatórios e Contas de 2012 e 2013

Relatórios trimestrais de 2012 e 2013

A prestação regular de contas e o cumprimento com as boas práticas de Governo das Sociedades permitem uma comunicação transparente e eficaz para os accionistas e o mercado de capitais.

COLABORADORES

° Reuniões entre a Comissão Executiva e a Comissão de Trabalhadores

° Newsletter INFO

° Intranet

° Visitas às fábricas

Os Colaboradores permitem que a Empresa continue próspera no longo-prazo.

Relatório de Sustentabilidade 2012/2013

CAPÍTULO:

° as pessoas

A formação, o desenvolvimento profissional, a remuneração, a higiene e segurança no trabalho e a organização do trabalho são relevantes na gestão do capital humano do Grupo.

CLIENTES

° Reuniões periódicas incluindo visitas às fábricas

° Inquéritos de satisfação e assistência técnica

° Website institucional e das marcas

° Auscultações periódicas

° Iniciativas e projectos conjuntos

° Campanhas publicitárias

° Actividade promocional

° Press Releases

Acompanhar o desenvolvimento do negócio e as tendências do mercado, gerindo as expectativas dos clientes e inovando no branding sistematicamente. A gestão das expectativas e das marcas próprias, a comunicação regular e a inovação dos produtos colocados no mercado são aspectos relevantes na relação do Grupo com os seus clientes.

Relatório de Sustentabilidade 2012/2013

CAPÍTULO:

° o mercado

ONG’S

° Reuniões

° Resposta a solicitações

° Visitas às fábricas

As ONG’s possuem conhecimento especializado em temas relevantes ambientais e sociais com potencial de influenciar as práticas de gestão que vão ao encontro destas actividades, como, por exemplo, a gestão da biodiversidade, a gestão ambiental fabril e o aperfeiçoamento ambiental dos produtos.

Relatório de Sustentabilidade 2012/2013

CAPÍTULOS:

° a floresta

° o processo

° o mercado

FORNECEDORES

° Reuniões periódicas

° Declarações de conformidade

° Inquéritos para avaliação do desempenho

° Iniciativas do Grupo

A política e os compromissos de mitigação dos impactes ambientais e sociais dependem, em parte, da cooperação dos fornecedores e da sua disponibilidade em complementar as boas práticas do Grupo. São exemplos relevantes o abastecimento de madeira certificada por fornecedores com boas práticas implementadas e o cumprimento dos requisitos legais e outros requisitos subscritos pelo Grupo. Estes temas são relevantes, tanto para os fornecedores, devido à relação comercial existente, como para o Grupo, que tem implementados Sistemas de Gestão da Qualidade, Ambiente, Segurança e Cadeia de Responsabilidade.

Relatório de Sustentabilidade 2012/2013

CAPÍTULOS:

° a floresta

° o processo

° o mercado

PROPRIETÁRIOS FLORESTAIS E ASSOCIAÇÕES FLORESTAIS

° Celebração de protocolos

° Montras Tecnológicas

° Exposições

A certificação florestal, as boas práticas de gestão florestal e as estratégias para melhorar a produtividade das culturas representam os principais temas relevantes.

Relatório de Sustentabilidade 2012/2013

CAPÍTULOS:

° a floresta

° o processo

ENTIDADES ESTATAIS E REGULADORAS

° Resposta formal aos requisitos legais

° Reuniões e resposta a diversas solicltações ao abrigo do quadro legislativo e procedimentos de reporte

O reporte das boas práticas de gestão do Grupo permite, não só comunicar a concordância com as leis e regulamentos aplicáveis, como informar o regulador acerca de mecanismos sofisticados que contribuem para o bem-estar social.

Relatório de Sustentabilidade 2012/2013

CAPÍTULOS:

° a floresta

° o processo

No início da elaboração do Relatório de Sustentabilidade, foi feita uma confirmação da materialidade dos temas a incluir e a desenvolver, tendo em conta a experiência adquirida em todos os contactos havidos, no decorrer do biénio anterior, com os mais importantes stakeholders.

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GRUPO PORTUCEL

4.4. SUSTENTABILIDADE

A gestão da sustentabilidade está alicerçada na gestão dos aspectos mais relevantes para o sucesso do Grupo no curto, médio e longo-prazo. As políticas, sistemas e práticas que tem vindo a implementar e a sofisticar, ao longo da sua história, permitem minimizar riscos e potenciar oportunidades de diferenciação, num mercado cada vez mais global.

A abordagem do Grupo para a gestão da sustentabilidade está alicerçada na Política de Sustentabilidade e nas políticas que endereçam os seus principais riscos e oportunidades ambientais, sociais e económicos.

A Política de Sustentabilidade estabelece as linhas gerais para o investimento em sustentabilidade, no âmbito da qual o Grupo adopta os princípios da “responsabilização, da transparência e da cidadania, sem perder de vista que a viabilização económica é um elemento decisivo na sua estratégia”.

No biénio em reporte, foram levadas a cabo no Grupo duas importantes iniciativas com impacto no reporte e gestão da sustentabilidade:

° Elaboração do “Handbook dos Indicadores de Sustentabilidade”, que veio reforçar os procedimentos e práticas internas relativas ao cálculo e reporte dos indicadores de sustentabilidade, no sentido de os tornar fiáveis, robustos, comparáveis e de rápida informação interna e externa.

° Preparação e início de implementação do Projecto de “Gestão da Performance de Sustentabilidade do Grupo”, consistindo na centralização, recolha, informatização SAP e reporte da informação de sustentabilidade, de forma paralela ao que sucede com a informação financeira.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 12|13

TEMA MATERIAL IMPACTES (Riscos/Oportunidades) POLÍTICAS E PRÁTICAS DE GESTÃO

PROTECÇÃO DA FLORESTA E CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE

A Preservação da Biodiversidade e a Protecção Florestal permitem preservar um ecossistema que disponibiliza a principal matéria-prima para a produção de pasta e papel, a madeira.

Política Florestal, consubstanciada por uma gestão florestal certificada pelo FSC e PEFC;

Declaração de Biodiversidade;

Código de Boas Práticas Florestais;

Política perante os Fornecedores, consubstanciada por um Sistema de Gestão da Cadeia de Responsabilidade que permite a compra de madeira certificada ou controlada.

RELACIONAMENTO COM STAKEHOLDERS EXTERNOS

A mitigação dos principais impactes ambientais e sociais e a criação de valor socioeconómico estão dependentes de uma relação eficaz e mutuamente benéfica com os stakeholders relevantes. Quanto maior for a eficácia no envolvimento e comunicação com os stakeholders relevantes, maiores são as oportunidades de criação de valor.

Política de Envolvimento com a comunidade local;

Politica de Comunicação;

Código de Boas Práticas Florestais;

Políticas Comerciais.

ECOEFICIÊNCIA DAS OPERAÇÕES

O Grupo possui, na sua classificação de riscos, riscos ambientais, que podem originar maiores custos de produção, ou danos ambientais nas comunidades envolventes, com consequências reputacionais para a Empresa.

Política dos Sistemas de Gestão, consubstanciada por sistemas e práticas de gestão, certificados de acordo com a ISO 14001 e a ISO 9001;

Licenciamento para utilização do Rótulo Ecológico da União Europeia;

Melhoria Contínua dos Processos Produtivos;

Investimento em inovações tecnológicas que permitem aumentar a ecoeficiência da produção.

EMISSÕES ATMOSFÉRICAS

A limitação de licenças de CO2 poderá representar novos encargos financeiros, caso as emissões sejam superiores às licenças disponíveis. A minimização das emissões implica não só a redução de custos, como uma maior contribuição do Grupo para o combate às Alterações Climáticas.

Investimento nas Energias Renováveis;

Investimento em inovações tecnológicas e na melhoria contínua do processo industrial;

Gestão florestal responsável, permitindo o aumento da produtividade florestal em Portugal.

CONDUTA ÉTICA E COMBATE À FRAUDE E À CORRUPÇÃO

A corrupção e a fraude resultam em danos financeiros e reputacionais para as organizações. A correcta gestão e monitorização da envolvente organizacional permitem minimizar riscos de fraude e corrupção.

Política de Recursos Humanos e Valores Sociais;

Medidas de incentivo à conduta ética e de combate à fraude e corrupção (Código de Ética).

QUALIDADE DOS PRODUTOS

O Grupo possui marcas com um posicionamento Premium, marcado pela qualidade e inovação. Os produtos são distribuídos para mais de 100 países nos cinco continentes. A garantia da qualidade dos produtos permite maiores níveis de satisfação dos clientes, facilitando o sucesso da operação do Grupo e das suas marcas.

Aposta nos Sistemas de Gestão baseados na melhoria contínua, com maior relevância para o Sistema de Gestão da Qualidade, certificado de acordo com a ISO 9001;

Aposta na Inovação;

Gestão das marcas e satisfação dos clientes;

Índices de satisfação de clientes.

AUMENTO DA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO

O aumento da capacidade de produção permite crescer em todos os indicadores de actividade, fortalecendo a competitividade do Grupo.

Optimização contínua das capacidades instaladas;

Estudos de aumento de novas capacidades;

Projecto Moçambique.

No que se refere a aumentos de capacidade de produção, são de destacar as optimizações conseguidas na Pasta, em Cacia, onde a produção aumentou 12,5%, e em Papel, na Nova Fábrica de Papel de Setúbal (ATF), onde a produção aumentou 21,2%, em ambos os casos neste biénio, face ao anterior.

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GRUPO PORTUCEL

ARQUITECTURA DE POLÍTICAS

Política Florestal

Política de Recursos Humanos

e Valores Sociais

Política de Envolvimento com

a Comunidade

Política de Comunicação

Política Perante os Fornecedores

Política de Sustentabilidade

POLÍTICA DOS SISTEMAS

DE GESTãO

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 12|13

ASPECTOS RELEVANTES DAS POLÍTICAS DE GESTÃO

POLÍTICA FLORESTAL

Tem como objectivo garantir a gestão eficiente e competitiva das plantações e espaços agro-florestais e promover o respeito pela conservação dos recursos naturais, tendo como principais aspectos:

° Utilizar modelos de Gestão Florestal que contribuem para a manutenção e melhoria contínua das funções económicas, ecológicas e sociais dos espaços florestais;

° Contribuir activamente para contrariar a exploração florestal ilegal;

° Promover a adopção das melhores práticas pelos fornecedores;

° Gerir o património em conformidade com os princípios e critérios do FSC e com os critérios Pan-Europeus para a Gestão Florestal.

POLÍTICA DE RECURSOS HUMANOS E VALORES SOCIAIS

Tem como objectivo formalizar os valores e princípios na Gestão dos Recursos Humanos do Grupo e tem como principais aspectos:

° Recrutar, quando necessário, os profissionais mais qualificados e talentosos;

° Promover o desenvolvimento pessoal e profissional de todos os Colaboradores, melhorando os níveis de competência;

° Praticar uma política salarial e de evolução profissional ditada por critérios objectivos de empenhamento, produtividade e mérito;

° Estimular a participação de todos os Colaboradores na prossecução dos objectivos de desenvolvimento sustentável e de qualidade;

° Promover a saúde e o bem-estar dos Colaboradores e prevenir os riscos de acidentes de trabalho e doenças profissionais;

° Promover programas de estágios e formação de profissionais;

° Promover uma cuidadosa e programada Gestão de Talentos.

POLÍTICA DOS SISTEMAS DE GESTÃO

Tem como objectivo a gestão responsável, eficiente, competitiva e sustentável dos recursos operacionais da Empresa, tendo como principais aspectos:

° Satisfazer as necessidades e expectativas dos clientes através do fornecimento de produtos competitivos e de garantida qualidade;

° Promover a inovação e o desenvolvimento sustentável da actividade;

° Promover a segurança e saúde de todos os Colaboradores;

° Preservar as suas instalações e equipamentos;

° Prevenir e minimizar riscos e impactes ambientais para a comunidade e o ambiente em que as suas instalações estão inseridas;

° Encorajar os fornecedores a desenvolver produtos e serviços que respondam às necessidades e exigências do Grupo;

° Manter os Sistemas de Gestão adequados aos seus produtos, actividades e serviços, em conformidade com as normas ISO 9001, 14001, e NP 4397 e os referenciais normativos OHSAS 18001, FSC e PEFC.

POLÍTICA PERANTE OS FORNECEDORES

Tem como objectivo servir como normativo de referência para o desenvolvimento de uma relação responsável entre o Grupo e os seus fornecedores e prestadores de serviços, privilegiando os fornecedores que:

° Respeitem e cumpram os direitos humanos, a legislação e as práticas ambientais aplicáveis e estabelecidas;

° Fomentem relações de longo-prazo, sem prejuízo dos princípios da livre iniciativa e da lealdade na concorrência.

POLÍTICA DE ENVOLVIMENTO COM A COMUNIDADE

Tem como principal objectivo apresentar os princípios básicos nos quais assenta a relação do Grupo com a Comunidade e tem como principais aspectos:

° Apoiar projectos e actividades nas comunidades onde opera;

° Estimular o envolvimento dos Colaboradores em organizações cujas actividades visam a melhoria das condições de vida das comunidades;

° Propiciar oportunidades de emprego nas comunidades das regiões onde se desenvolvem as suas actividades;

° Valorizar os produtos e serviços nacionais e locais necessários às actividades silvícolas e industriais do Grupo.

POLÍTICA DE COMUNICAÇÃO

Tem como objectivo apresentar o perfil de comunicação do Grupo e os stakeholders a quem se dirige. A transparência, a abertura, o diálogo e a Interactividade são aspectos essenciais no perfil que o Grupo apresenta aos seus principais stakeholders, nomeadamente a accionistas, clientes, fornecedores, Colaboradores, comunidade local e outros parceiros.

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36

GRUPO PORTUCEL

As políticas do Grupo são consubstanciadas por Sistemas de Gestão, certificados por entidades externas acreditadas, de acordo com referenciais internacionalmente reconhecidos. Em 2012 e 2013, o Grupo Portucel assegurou a manutenção dos Sistemas de Gestão implementados, renovando a certificação dos seguintes sistemas:

• Sistema de Gestão da Qualidade, da Fábrica de Cacia e do Complexo Industrial da Figueira da Foz, de acordo com a ISO 9001;

• Sistema de Gestão Ambiental de todas as fábricas, de acordo com a ISO 14001;

• Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho da Fábrica de Cacia, de acordo com a OSHAS 18001;

• Cadeia de Responsabilidade em todas as fábricas e parques de madeira do Grupo Portucel, de acordo com o FSC e o PEFC.

CERTIFICAÇÕES / ACREDITAÇÃO

INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS

PARQUES DE MADEIRA EXTERIORES

FÁBRICA DE CACIA

COMPLEXO INDUSTRIAL DA

FIGUEIRA DA FOZ

COMPLEXO INDUSTRIAL DE

SETÚBAL

Qualidade – ISO 9001

1.ª Certificação 1989 1993 1989

Último Certificado, validade Abril 2015 Abril 2015 Janeiro 2015 N/A

Ambiente – ISO 14001

1.ª Certificação 1999 2001 2004

Último Certificado, validade Abril 2015 Abril 2016 Julho 2016 N/A

Segurança – OSHAS 18001 e NP 4397

1.ª Certificação 2007 2005 2006

Último Certificado, validade Agosto 2016 Novembro 2014 Fevereiro 2015 N/A

Cadeia de Responsabilidade FSC-STD-40-003, FSC-STD-40-004, FSC-STD-40-005

1.ª Certificação 2006 2006 2006 2006

Último Certificado, validade Março 2016 Março 2016 Março 2016 Março 2016

PEFC – ST 2002

1.ª Certificação 2007 2007 2007 2007

Último Certificado, validade Março 2017 Março 2017 Março 2017 Março 2017

Acreditação de laboratórios – ISO/IEC 17025

1.ª Certificação 1989 1995 1989 N/A

Validade Actual Actual Actual N/A

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37

RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 12|13

FACTORES DE RISCO DECORRENTES DA ACTIVIDADE DO GRUPO

2. Riscos decorrentes da forma como o Grupo exerce as suas actividades:

° Riscos associados à dívida e níveis de liquidez;

° Risco de taxa de juro;

° Risco cambial;

° Risco de crédito.

O presente relatório foca sobretudo a gestão e minimização dos principais riscos ambientais e sociais, complementando a informação reportada nos Relatórios e Contas e nos Relatórios de Governo das Sociedades.

O Relatório de Gestão e o Relatório de Governo da Sociedade de 2012 e 2013 reportam o trabalho realizado pelo Grupo na identificação, controle e gestão dos principais riscos decorrentes da sua actividade e dos seus negócios. Os factores de risco podem ser estruturados da seguinte forma:

1. Riscos específicos dos sectores de actividade em que o Grupo está presente:

° Riscos associados ao sector florestal;

° Riscos associados ao abastecimento de madeira;

° Riscos associados à produção e comercialização de pasta (BEKP) e de papel (UWF);

° Riscos associados à produção de energia;

° Riscos ambientais;

° Riscos sociais;

° Riscos de contexto geral.

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38

GRUPO PORTUCEL

INOVAÇÃO

A inovação desempenha um importante papel na manutenção e reforço da competitividade do Grupo, estando endogeneizada em toda a estrutura empresarial do Grupo, cabendo à área de Gestão da Inovação sistematizar a informação de resultados de projectos de I&D e de Inovação, colaborar na identificação de novas oportunidades e disseminar informação através dos vários níveis de gestão da Empresa.

O Grupo investe significativamente na investigação aplicada, através do RAIZ – Instituto de Investigação da Floresta e do Papel, organismo privado, criado em 1995, sem fins lucrativos, que apoia o sector florestal e papeleiro nas áreas de investigação, apoio tecnológico e formação especializada. O RAIZ tem como objectivo reforçar a competitividade dos sectores de actividade do Grupo, particularmente os domínios florestal e papeleiro.

A actividade do RAIZ desenvolve-se numa perspectiva de transformar conhecimentos em tecnologia, de modo a incrementar a produtividade florestal sustentável, aumentar a qualidade da fibra produzida, reduzir custos de produção e melhorar a qualidade da pasta e do papel.

O RAIZ é o dinamizador de uma rede de investigação e formação que integra Universidades nacionais de referência, nas suas áreas de especialidade, promovendo, desta forma, o acesso a competências e recursos potenciadores dos resultados da sua actividade.

O Grupo é também líder no desenvolvimento de conceitos inovadores, quer através do lançamento de marcas com posicionamento diferenciador (tal como o Pioneer, orientado para responder à crescente importância das mulheres enquanto compradoras de material de escritório), quer através da introdução de produtos que estejam de acordo com segmentos de consumo nunca antes explorados no sector do papel de escritório (disso é exemplo o Navigator Limited Edition, o primeiro papel desenvolvido para o comprador que procura exclusividade e affordable luxury).

Associado a alguns dos seus produtos, o Grupo tem também investido no desenvolvimento de soluções de embalagem que visam não só reforçar o posicionamento de qualidade que lhe está associado, mas também maximizar a protecção do papel, através de uma embalagem reutilizável e com maior resistência.

OBJECTIVOS ESTRATÉGICOS

No presente biénio, o Grupo mantém amplos objectivos estratégicos no âmbito da Sustentabilidade, alinhados com a sua estratégia de negócio e que reflectem o seu compromisso de longo-prazo. Estes objectivos reforçam a Política de Sustentabilidade e o propósito de Criação de Valor, alinhados com a eficaz gestão de risco e com a evolução da agenda da sustentabilidade e ajustados às realidades económicas, ambientais e sociais com que tenha que lidar nos próximos exercícios.

OBJECTIVOS ESTRATÉGICOS

1

Manter o alinhamento da estratégia e as práticas do Grupo com a evolução das melhores práticas internacionais reconhecidas no âmbito da sustentabilidade;

2Manter a aposta na Investigação e Desenvolvimento, com enfoque na Gestão Florestal e nas melhorias do processo produtivo e dos produtos;

3Continuar a envolver os parceiros da área florestal no cumprimento das boas práticas de Gestão Florestal;

4

Manter o Grupo Portucel como empresa atractiva para os Colaboradores e procurar posicioná-lo como uma das empresas de excelência para trabalhar e como referência na atracção e retenção de talentos;

5

Prosseguir o Projecto de Plantações Experimentais em Moçambique, com o objectivo de criar uma base florestal para abastecer a futura Fábrica de Pasta.

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39

RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 12|13

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40

GRUPO PORTUCEL

5. AS PESSOAS

PESSOAS 042

DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL 043

SAÚDE, BEM-ESTAR E SEGURANÇA NO TRABALHO 046

RESPONSABILIDADE SOCIAL INTERNA 048

5

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 12|13

AS P

ESSO

AS

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42

GRUPO PORTUCEL

“A Direcção de Gestão de Talento é um pilar importante ao nível do desenvolvimento de políticas e instrumentos que permitam recrutar os mais talentosos e criar condições que facultem a todos os Colaboradores atingir um maior nível de realização pessoal e profissional”

5.1. PESSOAS

A Política de Recursos Humanos e Valores Sociais do Grupo Portucel baseia-se num conjunto de valores que norteiam a acção e o investimento no seu capital humano.

Em 2013 foi criada a Direcção de Gestão de Talento e Desenvolvimento Organizacional, que surge como um pilar importante ao nível do desenvolvimento de políticas e instrumentos que permitam ao Grupo recrutar os mais talentosos e criar condições que permitam a todos os Colaboradores atingir um maior nível de realização pessoal e profissional e, assim, melhor contribuírem para os objectivos do Grupo nos vários domínios da sua actividade, incluindo os de sustentabilidade.

Assumindo as suas responsabilidades sociais, o Grupo concedeu, no biénio, um número relevante de estágios profissionais, participando, assim, na formação e qualificação de futuros técnicos. Esta iniciativa, à qual se pretende dar continuidade, contou com o apoio do Instituto de Emprego e Formação Profissional.

VALORES SOCIAIS DO GRUPO PORTUCEL

Na sua Gestão de Recursos Humanos, o Grupo Portucel rege-se por um certo número de princípios que são claramente dados a conhecer aos seus Colaboradores:

RESPONSABILIDADE

O Grupo é responsável perante os seus Colaboradores;

RESPEITO

Respeita a sua dignidade e reconhece o seu mérito;

SEGURANÇA

Garante a sua segurança e o seu bem-estar no local de trabalho;

INICIATIVA

Espera, como contrapartida, profissionalismo e iniciativa.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 12|13

A maioria dos recursos humanos, cerca 95% dos 2 259 Colaboradores existentes no final de 2013, opera em Portugal e uma pequena percentagem, correspondente a cerca de 5%, está localizada fora do País, a desempenhar funções de natureza comercial e florestal noutros países do continente Europeu, nos Estados Unidos da América e em África.

O compromisso de longo-prazo da operação do Grupo Portucel e a sua capacidade de retenção de pessoas traduzem-se numa estrutura de recursos humanos onde prevalecem os contratos sem termo, que representam actualmente 97% dos efectivos do Grupo.

ESTRUTURA LABORAL POR CATEGORIA PROFISSIONAL

EXECUTANTES

QUADROS MÉDIOS

QUADROS TÉCNICOS E SUPERIORES

DIRIGENTES

TOTAL DE COLABORADORES

2 331

1 65

328

3 334

61

276 34

360

1 61

1

286 334

54

1 60

1

2 290 2 275 2 259

2010 2011 2012 2013

291 332

55

1 58

1

A livre associação é um direito consagrado na legislação portuguesa e, no universo do Grupo, os Colaboradores são totalmente livres para se associarem a entidades que defendam os seus direitos e interesses profissionais. No presente biénio, a percentagem de Colaboradores abrangidos por acordos de negociação colectiva situou-se nos 36%.

5.2. DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL

O Grupo possui uma prática corrente de avaliação de desempenho com base em objectivos operacionais claros e mensuráveis, incluindo os ligados à sustentabilidade, nas suas diferentes vertentes.

Em 2013, 99% dos Colaboradores estiveram envolvidos no Processo de Avaliação de Desempenho e 93% no Processo de Desenvolvimento de Carreira. Esta prática permite alinhar os objectivos dos Colaboradores com os objectivos da Empresa, identificando periodicamente as expectativas de ambas as partes.

2010 2011 2012 2013

Colaboradores que recebem informação frequente sobre Desempenho

97% 98% 98% 99%

Colaboradores que recebem informação frequente sobre Desenvolvimento de Carreira

88% 94% 94% 93%

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GRUPO PORTUCEL

Os resultados obtidos por cada Colaborador nos processos de Avaliação de Desempenho e de Desenvolvimento de Carreira têm influência nos respectivos rendimentos de trabalho, que têm por base uma remuneração fixa, definida em função da categoria e experiência profissional, e um prémio de desempenho, definido com base nos resultados do Grupo e na performance do Colaborador e da sua unidade funcional.

A superação dos objectivos definidos permite a cada Colaborador alcançar maiores níveis de rendimento e, simultaneamente, permite ao Grupo aumentar os níveis de eficiência e de qualidade da produção de pasta e de papel, reduzir custos e diminuir os impactes ambientais e sociais.

Como consequência directa dos objectivos atingidos nos anos de 2012 e 2013, o prémio de desempenho dos Colaboradores do Grupo voltou a representar uma quota parte relevante da totalidade dos valores pagos, originando um acréscimo significativo nos seus rendimentos. A título meramente exemplificativo, ao nível dos Executantes, o prémio de desempenho correspondeu, em média, a 2,14 e 1,59 vezes a remuneração base mensal média, nos anos de 2012 e 2013, respectivamente.

O Grupo Portucel tem como princípio estabelecer uma remuneração-base mínima significativamente superior aos mais baixos salários do sector, não existindo qualquer diferença, no que respeita à definição da estrutura salarial, nos salários de mulheres ou homens, em qualquer um dos níveis profissionais existentes.

FORMAÇÃO

O plano de formação anual é o suporte da gestão de toda a formação promovida e facultada pelo Grupo. São objectivos deste plano organizar e tornar visível a informação relativa às necessidades formativas que promovam o aumento ou consolidação de competências, no âmbito do desenvolvimento pessoal e organizacional dos Colaboradores, a todos os níveis.

A formação nas áreas de produção e manutenção das unidades fabris representa o maior volume de horas, no conjunto de todo o Plano de Formação.

O número médio de horas de formação por Colaborador foi, em 2012, de 52,5 e em 2013 de 57,7 horas/ano.

NÚMERO MÉDIO DE HORAS DE FORMAÇÃO POR CATEGORIA PROFISSIONAL

DIRIGENTES

QUADROS TÉCNICOS E SUPERIORES

QUADROS MÉDIOS

EXECUTANTES

MÉDIA DE HORAS DE FORMAÇÃO

2010 2011

14,1

34,7

28,0

54,7

47,5

64,1

13,4

44,1

35,1

56,3

2012

58,5

32,8

45,4

28,7

52,5

2013

63,0

42,6

56,1

32,4

57,7

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 12|13

O Grupo tem mantido uma forte ligação ao programa Young Managers Team (YMT), promovido pelo BCSD Portugal, facultando, em função da disponibilidade existente, esta oportunidade formativa aos seus Quadros mais jovens, com prioridade para os que mais de perto lidam com actividades com significativo impacto nas questões de sustentabilidade.

Este programa tem como objectivo familiarizar as futuras gerações de líderes empresariais com a temática do desenvolvimento sustentável. Para além da sensibilização para os assuntos em causa, o programa YMT promove também um frutuoso contacto entre Colaboradores de diversas empresas pertencentes ao BCSD Portugal, especialistas nas mais variadas áreas.

Como suporte dos objectivos estratégicos em sustentabilidade, o Grupo investe na formação em qualidade, sustentabilidade, ambiente e segurança. Esta formação contribui para a melhoria dos Sistemas de Gestão, tendo, nos anos de 2012 e 2013, sido reforçada a aposta na formação no âmbito da segurança (Workshops de Sensibilização em Segurança, Comportamentos Seguros, Ergonomia e Lesões Musculo-Esqueléticas)

Complementarmente a todas estas acções, no âmbito da formação dos Colaboradores no presente biénio, o Grupo Portucel, com o intuito de exercer um papel dinamizador na formação de futuros técnicos e de apoiar o desenvolvimento de projectos de carácter inovador, alargou,

consideravelmente, o número de estágios profissionais facultados (com particular incidência nos estágios concedidos a recém-licenciados), e bolsas de investigação, tendo recebido, no biénio 2012/2013, 45 estagiários e 26 bolseiros.

Concretizou-se, deste modo, o objectivo, previsto pelo Grupo para este biénio, de aumentar o número de estágios profissionais a conceder.

Merece também destaque o envolvimento do Grupo com o Departamento de Engenharia Química da Universidade de Coimbra, onde promoveu a criação das cadeiras de Ciência e Tecnologia da Pasta e Ciência e Tecnologia do Papel, que são leccionadas pelos especialistas do Grupo Portucel, em estreita colaboração com os Professores do Departamento. Estas cadeiras foram frequentadas por 32 e 58 universitários em 2012 e 2013, respectivamente.

Finalmente, no âmbito das Bolsas de Doutoramento em Empresas, da Fundação para a Ciência e Tecnologia, o Grupo Portucel celebrou, no início do biénio, um Protocolo com a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa para permitir o desenvolvimento de uma Tese de Doutoramento em Ambiente Empresarial, um trabalho de investigação de 4 anos a realizar na Área Florestal do Grupo, referido em detalhe no capítulo “ A Floresta”.

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GRUPO PORTUCEL

5.3. SAÚDE, BEM-ESTAR E SEGURANÇA NO TRABALHO

A saúde e o bem-estar dos Colaboradores permitem aumentar o grau de satisfação e motivação, diminuir os períodos de ausência e fomentar boas relações no trabalho.

Como factor fundamental para preservar e estimar a saúde e o bem-estar dos seus Colaboradores, o Grupo Portucel dá a maior importância à Segurança no trabalho.

O Grupo possui Comissões de Higiene, Saúde e Segurança que representaram, no final do biénio, 91% dos Colaboradores do Grupo, as quais reúnem trimestralmente e têm como principais objectivos:

° Avaliar a sinistralidade, efectuando um levantamento de necessidades de formação em higiene, saúde e segurança;

° Discutir medidas preventivas e correctivas;

° Disseminar informação sobre saúde, prevenção e segurança aos Colaboradores;

° Efectuar consultas frequentes aos Colaboradores.

O Grupo possui, em cada uma das suas instalações fabris, um Serviço de Medicina que tem uma actividade de enfermagem que funciona 24 horas por dia, de forma a facilitar o acesso a cuidados de saúde a todos os Colaboradores, o qual, para além de assumir as suas obrigações no âmbito da Medicina no Trabalho e prestar cuidados imediatos em caso de acidente, assegura ainda consultas de medicina curativa aos Colaboradores.

Todos os Colaboradores a operar em Portugal têm como benefício um seguro de saúde e 77% têm, ainda, acesso a um seguro de vida. Além disso, 75% dos Colaboradores do Grupo estão abrangidos por Fundos de Pensões, que têm por objectivo proporcionar um complemento das pensões de reforma por velhice ou invalidez, bem como pensões de sobrevivência.

Como corolário das suas preocupações com a saúde e o bem-estar dos Colaboradores, o Grupo Portucel dá grande atenção às suas taxas de absentismo e aos indicadores de segurança, alvo de permanente escrutínio, análise e procura de melhorias.

TAXA DE ABSENTISMO

3,0

1,4

2,4

2,8

3,7

3,2 3,3

3,2

3,0

3,4

4,0

3,9

1,8

1,6

1,6

1,4 1,4

0,8

0,0

0,4

Quadros Técnicos e Superiores

Dirigentes Quadros Médios

Executantes Total

2010 2011 2012 2013

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 12|13

A monitorização do desempenho da Segurança é fundamental para perseguir os objectivos da melhoria contínua, nas unidades industriais do Grupo.

Todas as ocorrências relacionadas com a saúde e segurança dos Colaboradores são objecto de tratamento, análise e divulgação. A divulgação e a análise rigorosa das causas permitem a implementação de acções correctivas e preventivas e a consequente eliminação ou minimização dos riscos para a saúde e segurança, tornando deste modo o ambiente de trabalho mais saudável e seguro.

A Certificação em Segurança assegura que as regras e os procedimentos implementados neste âmbito são regularmente validados por entidades externas independentes.

O número de Colaboradores, pelos quais o Grupo foi responsável em termos de saúde e de segurança, em 2012 e 2013, foi 2 316 e 2 288, respectivamente.

Os Executantes constituem o grupo de Colaboradores que possui os maiores índices de gravidade (excepção feita a uma situação ocorrida com um Dirigente em 2012), de frequência de doenças profissionais e de frequência de acidentes com baixa. Este grupo de Colaboradores, devido às funções que executa nas unidades fabris, é o que possui um maior número de horas de exposição ao risco, justificando os resultados alcançados nos referidos índices, mas implicando que sejam alvo da maior atenção por parte das suas hierarquias e dos responsáveis das áreas da Segurança e dos Recursos Humanos.

ANO EXECUTANTESQUADROS

MÉDIOS

QUADROSE TÉCNICOS

SUPERIORES DIRIGENTES TOTAL

Índice de Frequência de Acidentes com Baixa

2010 29,3 4,0 1,8 0 21,7

2011 27,8 12,4 0 0 21,3

2012 23,3 4,1 1,7 10,6 17,5

2013 18,8 3,8 0 0 13,7

Índice de Frequência de Doenças Profissionais

2010 0,3 0 0 0 0,2

2011 0 0 0 0 0

2012 0 0 0 0 0

2013 2,5 0 0 0 1,7

Índice de Gravidade

2010 967,3 147,3 136,3 20,0 729,4

2011 975,5 392,4 3,4 0 741,7

2012 946,8 138,6 44,4 848,7 713,9

2013 976,7 36,1 5,2 0 690,0

Em 2012 e 2013, o número de dias perdidos decorrentes de acidentes de trabalho foi, respectivamente, de 2 862 e 2 775. Quando comparado com os registos do biénio anterior (3 215 dias perdidos em 2010 e 3 303 dias perdidos em 2011), estes números reflectem uma redução sensível nos níveis de sinistralidade. Para o cálculo do Índice de Gravidade, o Grupo Portucel considera a totalidade dos dias perdidos nos anos objecto de reporte, independentemente da data em que ocorreram os acidentes que lhes deram origem.

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GRUPO PORTUCEL

ÍNDICE DE GRAVIDADE

729,

420

10

2011

2012

2013

741,

7

713,

9

690,

0

ÍNDICE DE FREQUÊNCIA DE ACIDENTES COM BAIXA

21,7

2010

2011

2012

2013

21,3

17,5

13,7

ÍNDICE DE FREQUÊNCIA DE DOENÇAS PROFISSIONAIS

0,2

2010

2011

2012

2013

0,0

0,0

1,7

5.4. RESPONSABILIDADE SOCIAL INTERNA

Como está explicitado no conjunto de valores sociais por que se rege, o Grupo Portucel respeita, enaltece e apoia o desenvolvimento dos seus Colaboradores como pessoas e promove e apoia actividades de desenvolvimento pessoal, como a cultura e o lazer e mostra o seu apreço pela dedicação e fidelização dos seus Colaboradores.

No que diz respeito à cultura e ao lazer, o Grupo mantém o apoio aos Clubes Culturais e Desportivos, correspondentes a cada localização, com o objectivo de disponibilizar a todos os Colaboradores, que queiram ser sócios, práticas e eventos culturais, desportivos e recreativos. No âmbito das actividades desenvolvidas por estes Clubes Culturais e Desportivos, merece destaque a organização anual das festas de Natal onde, para além da vertente recreativa, são distribuídas prendas aos filhos dos Colaboradores.

O Grupo celebrou, com empresas externas de serviços (telecomunicações móveis e combustíveis), protocolos que permitem oferecer, aos seus Colaboradores, serviços a preços mais atractivos, relativamente aos preços de mercado.

Com o objectivo de reforçar a comunicação e a informação dos seus Colaboradores, o Grupo Portucel continua a privilegiar a intranet como forma preferencial de interacção com todos eles, dada a grande dispersão geográfica das suas actividades.

Neste biénio foi mantido e reforçado o programa de visitas dos Colaboradores às diferentes Unidades Industriais do Grupo, tendo-se alargado a Cacia e à Figueira da Foz o programa iniciado no biénio anterior em relação à Nova Fábrica de Papel de Setúbal.

Os Colaboradores que completaram 15 e 30 anos ao serviço das empresas do Grupo Portucel foram, mais uma vez, contemplados com a oferta de lembranças por antiguidade em 2012 e 2013. Estas lembranças foram oferecidas em sessões que decorreram em Cacia, na Figueira da Foz e em Setúbal.

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49

RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 12|13

No domínio da responsabilidade social interna, o Grupo deu continuidade à iniciativa de homenagear os Colaboradores que completam 15 e 30 anos ao serviço das empresas do Grupo Portucel. A entrega dos prémios de antiguidade é um momento simbólico que permite reconhecer o contributo prestado pelos Colaboradores para o desenvolvimento do Grupo.

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GRUPO PORTUCEL

6. A FLORESTA

GRUPO PORTUCEL E A FLORESTA 052

GESTÃO REPONSÁVEL E CERTIFICAÇÃO FLORESTAL 056

PREVENÇÃO E APOIO AO COMBATE AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS 060

CONSERVAÇÃO E BIODIVERSIDADE 062

CADEIA DE RESPONSABILIDADE 066

6

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 12|13

A FL

ORE

STA

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GRUPO PORTUCEL

Fruto da aposta estratégica que o Grupo faz na floresta e do empenho na busca da melhor performance na sua gestão, foi possível renovar, em 2012, a certificação florestal de acordo com o FSC e o PEFC e consolidar os compromissos há muito assumidos.

6.1. GRUPO PORTUCEL E A FLORESTA

Há um elo incontornável no sector papeleiro: a ligação entre plantações e sustentabilidade. As plantações florestais – que constituem o essencial da floresta portuguesa – podem contribuir para a redução da pressão da extracção de matéria-prima a partir de florestas naturais, proporcionando oportunidades em contextos em que estas são praticamente inexistentes e oferecendo uma solução para as necessidades das indústrias de base florestal.

O Grupo Portucel defende que as florestas, em geral, e as plantações, em particular, podem contribuir positivamente para a integridade dos ecossistemas à escala da paisagem e para o património sociocultural, através duma gestão que assenta em dois pilares fundamentais: (i) na avaliação de impactes provocados no ecossistema global pelas práticas à escala local e (ii) na definição de abordagens de planeamento e gestão que permitam maximizar os benefícios e minimizar os impactes residuais das actividades desenvolvidas.

Identificado como o maior produtor florestal privado em Portugal, o Grupo Portucel vê a floresta plantada como um dos pilares mais importantes para o desenvolvimento da sua actividade e, por isso, promove a gestão eficiente, competitiva e responsável das suas plantações e espaços agroflorestais. Actualmente gere cerca de 120 mil hectares de espaços silvestres, dos quais 73% correspondem a plantações de eucalipto e os restantes 27% a outro tipo de ocupações, tais como montados de sobro, povoamentos de pinheiro bravo, áreas de resinosas ou folhosas diversas, bem como manchas de habitats naturais e seminaturais representativos das diferentes regiões do País e, ainda, áreas agrícolas e pastagens.

Concretizando o compromisso assumido de rever a Política Florestal, foi publicada, em 2013, uma nova versão deste documento estruturante da abordagem à gestão florestal. Através desta política, o Grupo Portucel compromete-se a contribuir activamente para promover a adopção

das melhores práticas pelos seus Colaboradores e fornecedores, mantendo igualmente uma atitude pró-activa de envolvimento com outras entidades do sector florestal, no desenvolvimento de parcerias estratégicas e na procura das formas mais adequadas para melhorar o desempenho, a competitividade e a sustentabilidade global da floresta. Esta política é consubstanciada pelo Sistema de Gestão Florestal, que integra práticas diferenciadoras na produção e protecção florestal.

O Grupo Portucel tem investido na identificação, mapeamento e envolvimento dos principais stakeholders, integrando os seus pontos de vista, sempre que possível, nas opções de gestão florestal e na revisão dos seus referenciais técnicos. Este processo consiste na consulta a stakeholders relevantes, para a identificação e classificação de bens naturais, de interesse arqueológico ou sociocultural, a formação e a monitorização de prestadores de serviços florestais.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 12|13

STAKEHOLDERS RELEVANTES PARA A GESTÃO FLORESTAL E CONSERVAÇÃO DE VALORES NATURAIS

Entidades Públicas

FLORESTA

Empresas

Proprietários

Outros Fornecedores e Prestadores de Serviços

ONG's

Fornecedores de Madeira

Associações Florestais

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GRUPO PORTUCEL

ACTIVIDADE FLORESTAL GERADORA DE RIQUEZA

A floresta necessita de produzir riqueza para poder ser de facto sustentável. As plantações de eucalipto que suportam o abastecimento de matéria-prima aos centros fabris do Grupo geram um significativo impacto económico positivo, directo e indirecto. São abrangidos vários stakeholders ao nível das comunidades locais e ao nível regional, desde o produtor até ao fornecedor, para além de todo um conjunto de actividades associadas, onde se pode incluir a produção de plantas, a prestação de serviços e o transporte de produtos florestais.

No Grupo, cerca de 85% a 90% do mix de abastecimento é constituído por madeira de eucalipto adquirida a fornecedores no mercado ibérico. Nesta actividade estão directamente envolvidas mais de 300 pequenas e médias empresas, muitas de natureza familiar, dedicadas à exploração e transporte florestal. Estima-se que a área global de eucalipto anualmente cortada seja de cerca de 35 000 hectares, distribuída de norte a sul de Portugal e também na Galiza e Cantábria, com impacto directo na economia familiar de mais de 20 000 pequenos proprietários florestais.

As áreas plantadas com eucalipto possibilitam ainda outras actividades económicas complementares à silvicultura de produção desta espécie, de onde se destacam o aproveitamento de biomassa florestal, a apicultura, a caça, ou mesmo a exportação de raminhos de eucalipto, que também impactam na conservação e no desenvolvimento do espaço rural.

O diálogo regular e continuado com os stakeholders ocorre quer através de recurso a instrumentos institucionais de comunicação, como o Website e a Intranet, quer através da realização de sessões de comunicação e sensibilização, ou ainda dos contactos estabelecidos no âmbito da elaboração e execução de projectos. Desta forma, o Grupo tem como objectivos:

° Proporcionar apoio técnico e formação;

° Disseminar as boas práticas de gestão florestal, como a certificação florestal;

° Potenciar a conservação da biodiversidade, através da divulgação de informação;

° Acolher as percepções de ONG’s, no que diz respeito às práticas alternativas a adoptar;

° Impulsionar e promover o valor económico da fileira florestal para o País;

° Estender a toda a cadeia de valor as boas práticas de gestão florestal.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 12|13

COLABORAÇÃO COM ORGANIZAÇÕES DE PRODUTORES FLORESTAIS

No âmbito da defesa e promoção da floresta, o Grupo tem vindo a manter protocolos com organismos associativos directamente relacionados com a produção florestal.

Estes protocolos têm como principais objectivos:

° Construir uma frente comum na defesa dos interesses da fileira florestal;

° Promover activamente a divulgação do conceito de Certificação Florestal;

° Promover a melhoria da produtividade da floresta portuguesa;

° Transferir tecnologia e conhecimento silvícola;

° Aumentar a área certificada dos produtores florestais privados;

° Identificar proprietários interessados em colaborar com o Grupo;

° Fomentar o uso de plantas melhoradas de eucalipto.

Para além do apoio financeiro, a formação a técnicos florestais, assegurada por especialistas do RAIZ e da Área Florestal do Grupo, a participação em acções de sensibilização e comunicação e a participação em iniciativas de âmbito regional ou nacional são as formas preferenciais de envolvimento de que o Grupo dispõe, com o intuito de concretizar os objectivos anteriormente apresentados.

Ainda neste domínio, é importante realçar o incentivo que o Grupo proporciona através da disponibilização de plantas clonais melhoradas de eucalipto produzidas nos seus viveiros de Espirra (Viveiros Aliança), as quais são colocadas à disposição dos produtores florestais em condições mais favoráveis. Esta prática foi alargada aos fornecedores de madeira e prestadores de serviços do Grupo, que são simultaneamente produtores florestais, como estímulo a uma produção sustentável com melhor índice de rendibilidade.

PRODUÇÃO DE PLANTAS

O Grupo desenvolve uma política activa de renovação e valorização da floresta nacional, sendo a produção de plantas florestais e ornamentais, para utilização própria e para o mercado interno e externo, assegurada pela Viveiros Aliança, S.A. Na sequência de um importante investimento concluído em 2012, o Grupo dispõe hoje de um dos mais modernos e maiores viveiros de produção de plantas florestais certificadas da Europa, com uma capacidade anual de produção de 12 milhões de plantas, que pela sua dimensão, tecnologia e eficiência tem sido alvo de muitas visitas, merecendo destaque as do Ministro da Agricultura de Moçambique e do Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural de Portugal.

Actualmente são produzidas seis milhões de plantas clonais de Eucalyptus globulus por ano, plantas melhoradas que têm a mais elevada categoria no processo de certificação do ICNF - Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (material testado), em que os Viveiros Aliança são pioneiros e líderes em Portugal. Parte substancial desta produção é cedida aos proprietários florestais e suas Associações e Federações. Esta iniciativa visa incentivar o uso de melhor material genético, e enquadra-se na promoção da adopção das melhores práticas e melhoria da produtividade das novas plantações de eucalipto, reforçando os laços de proximidade com os produtores florestais privados e representando um significativo esforço técnico e financeiro do Grupo, com esse objectivo.

Nos viveiros do Grupo produz-se já uma grande diversidade de plantas, entre as quais mais de 30 espécies florestais diferentes e 130 espécies ornamentais e arbustivas, para além de 5 variedades de oliveira. A Viveiros Aliança também presta serviços de jardinagem e de recuperação paisagística.

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GRUPO PORTUCEL

6.2. GESTÃO RESPONSÁVEL E CERTIFICAÇÃO FLORESTAL

Nas últimas décadas tem-se observado uma crescente sensibilidade relativamente aos aspectos sociais e ambientais associados à gestão das florestas, o que tem vindo a alterar, de forma significativa, a percepção do papel destes ecossistemas.

A atitude do Grupo Portucel, enquanto proprietário e gestor de património, é a de apostar nas melhores práticas de planeamento e gestão florestal, assumindo o compromisso de pautar a sua acção com base num conjunto de princípios e regras explicitadas no seu Código de Conduta Florestal e detalhadas no Código de Boas Práticas Florestais. Este documento, disponível para o público, representa um contributo do Grupo Portucel para todos os stakeholders relevantes, no sentido de comunicar as boas práticas de gestão florestal a proprietários e produtores florestais, associações e outras entidades com preocupações quanto à gestão e preservação da floresta.

A gestão responsável dos espaços florestais tem os seus alicerces num planeamento, cujos elementos-chave são o conhecimento e respeito pelo quadro legal aplicável e a avaliação prévia de condicionantes, e numa actuação, no terreno, sujeita à definição de medidas que contribuem para

manter ou melhorar o estado de conservação de valores naturais ou socioculturais relevantes.

Para tal são identificados os aspectos ambientais e riscos de saúde e segurança das actividades florestais, bem como os impactes ambientais e socioeconómicos dessas actividades, promovendo a sua avaliação contínua. Tendo em conta a dimensão e escala de actuação da gestão florestal, esta abordagem está documentada e integra os contributos de especialistas externos e equipas internas multidisciplinares.

Associados às diversas actividades florestais, identificam-se como principais impactes potenciais, directos ou indirectos, a diminuição de biodiversidade (flora/fauna) com importância para a conservação, a perturbação dos ciclos biológicos de espécies de fauna ameaçadas, a degradação do estado de conservação de habitats classificados, a perturbação ou dano de valores de conservação, a erosão do solo, a contaminação do solo ou da água e a alteração do regime hidrológico. A prevenção destes impactes é definida na estratégia de conservação que o Grupo desenvolveu e integrou no seu modelo de gestão florestal (vide capítulo 6.4.).

CERTIFICAÇÃO FLORESTAL RENOVADA

O Grupo Portucel gere todo o seu património em conformidade com a Norma Portuguesa NP 4406, de Gestão Florestal Sustentável, e com os Princípios e Critérios do FSC. A certificação FSC da Gestão Florestal para a rolaria de eucalipto foi obtida em 2007, tendo o seu âmbito sido alargado para abranger a cortiça em 2009, ano em que foi obtida a certificação pelo PEFC.

RENOVAÇÃO DA CERTIFICAÇÃO FLORESTAL

A área de floresta certificada do Grupo tem aumentado gradualmente, desde 2008 até hoje, e em 2012 teve lugar a renovação de ambos os certificados, FSC e PEFC, validando o seu esforço e investimento na implementação das melhores práticas e confirmando o compromisso assumido com princípios de certificação florestal reconhecidos internacionalmente.

CERTIFICAÇÃO 2010 2011 2012 2013

Área Florestal Certificada gerida pelo Grupo (ha)

FSC 119 754 121 197 122 741 123 121

PEFC 119 754 121 197 122 741 123 121

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 12|13

PROMOÇÃO DA CERTIFICAÇÃO

Na sequência de um longo e diversificado percurso de participação em iniciativas relacionadas com a certificação florestal, o Grupo esteve envolvido, a nível Europeu, no biénio em apreço, no Certification Issue Group da CEPI e, mais recentemente, no Certification Promotion Issue Group e colaborou com a ANEFA - Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente no Programa de Formação Integrado de Auditores Florestais (FSC/PEFC) e de CdR/CdC, em 2012.

O Grupo recebeu ainda a visita dos participantes do 1st IGI European Workshop, do FSC Internacional, no âmbito de uma reunião que decorreu em Portugal. No programa deste workshop, o Core Group Europeu (do qual Portugal faz parte) incluiu um dia de visita de campo que foi acolhida pelo Grupo Portucel, permitindo aos parceiros de diversas iniciativas nacionais FSC conhecer a realidade florestal do nosso País e ajudar à discussão da definição de indicadores para os novos Princípios e Critérios daquele Programa de Certificação.

O Grupo tem melhorado a sua abordagem no que diz respeito à promoção da certificação florestal, procurando influenciar todos os proprietários, produtores e transportadores de madeira a adoptarem as mesmas práticas e princípios que o Grupo adopta e comunica nas suas políticas de gestão. A divulgação e sensibilização, a formação e a adopção pioneira de um incentivo pecuniário para fornecedores de madeira certificada são exemplos desta abordagem.

DIVULGAÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO

As inúmeras interfaces que estabelece com stakeholders externos e a responsabilidade ambiental e social que assumiu, levaram o Grupo Portucel a diversificar cada vez mais a estratégia de divulgação e sensibilização dos temas da gestão responsável da floresta e da certificação florestal.

A participação em seminários dedicados à floresta, à fileira do eucalipto e às boas práticas, bem como a publicação de artigos ou a colaboração em projectos editoriais de referência no sector foram apenas uma das vertentes exploradas. Merece destaque a colaboração para a edição do livro “Silvicultura. A gestão dos ecossistemas florestais” (Gulbenkian, 2012), quer ao nível de conteúdos, quer no apoio à publicação.

O Grupo Portucel participou, em 2013, na 2ª edição da Feira da Floresta, uma iniciativa promovida pela Câmara Municipal de Coimbra para assinalar o Dia Mundial da Floresta. O evento, dirigido a alunos, a escolas e à população em geral, teve como objectivos apresentar as várias actividades associadas à gestão florestal e, sobretudo, sensibilizar para a importância da floresta no desenvolvimento global

sustentável, educar para a prevenção dos incêndios e para a necessidade de fomentar o correcto ordenamento dos espaços florestais: nesse âmbito, o Grupo marcou a sua presença na conferência “Cuidar para Fruir – O Papel da Floresta no Desenvolvimento Sustentável”.

Nas acções em que o Grupo Portucel colaborou com instituições de ensino, destacam-se os seminários realizados na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, subordinados ao tema da gestão florestal responsável e certificação, acções em escolas do ensino básico e secundário e a recepção dos alunos da Universidade de Coimbra, por ocasião da iniciativa CoimbraWoods, organizada pela revista Fórum Estudante com a ESAC - Escola Superior Agrária de Coimbra e o apoio da Câmara Municipal de Coimbra.

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GRUPO PORTUCEL

MONTRAS TECNOLÓGICAS

O Grupo mantém, de há alguns anos a esta parte, um programa de visitas às suas Montras Tecnológicas, áreas de demonstração de boas práticas de gestão florestal. As visitas, com objectivos de cariz essencialmente pedagógico, são dirigidas a proprietários florestais, prestadores de serviços e fornecedores, permitindo-se aos participantes conhecer, in loco, o resultado das boas práticas silvícolas adoptadas e incentivando-os a seguir o mesmo exemplo. Na prática, estas visitas têm abrangido um leque mais alargado de participantes, podendo destacar-se as visitas do Secretário de Estado da Administração Interna e de uma delegação do Banco Mundial, em 2012.

Durante o próximo biénio, o Grupo pretende rever o conceito de Montra Tecnológica, integrando as vertentes técnica, social e ambiental por forma a poder proporcionar aos visitantes uma melhor perspectiva da gestão florestal praticada.

NOVAS PLANTAÇÕES FLORESTAIS

O Grupo Portucel participa, desde 2007, no projecto New Generation Plantations (NGP), coordenado pela WWF International World Wide Fund for Nature. Este projecto constitui uma plataforma para desenvolver e promover o conceito de plantações florestais que, pela forma como são geridas, podem contribuir positivamente para manter a integridade dos ecossistemas e proteger os altos valores de conservação, garantir processos eficazes de participação de stakeholders e fomentar o crescimento económico e o emprego.

Sendo a vertente social da gestão florestal um dos temas centrais da terceira fase do NGP, o Grupo publicou em 2013 o case-study Promoting Forest Certification: reaching out to smallholders and private owners, que retrata as suas acções nesse domínio.

EXPOFLORESTAL 2013

O Grupo participou na 8ª edição da ExpoFlorestal 2013, considerada a maior feira florestal do País, cujo lema foi “Todos pela Floresta”. A participação do Grupo Portucel assumiu particular importância face ao seu peso no sector florestal, um dos mais estruturantes da economia nacional, tendo sido dado a conhecer o trabalho no âmbito da defesa de uma gestão sustentável da floresta através de diversas intervenções.

No decorrer da Feira foi alvo de intervenção uma plantação realizada em 2003 com clones fornecidos pelos Viveiros Aliança, bom exemplo das elevadas taxas de crescimento e produtividade florestal que resultam do programa de melhoramento genético desenvolvido pelo RAIZ e da boa gestão silvícola levada a cabo pela Associação Florestal do Baixo Vouga.

A presença na ExpoFlorestal 2013 ficou ainda marcada pela participação da Área Florestal no seminário internacional “Incêndios Florestais – Sinergias para Prevenção e Combate”, com uma apresentação subordinada ao tema “Gestão Integrada do Risco de Incêndio – Oportunidades para Melhorias de Eficácia e Eficiência”, e do RAIZ, no debate “Competitividade dos Empresários Florestais”, onde se expôs o trabalho desenvolvido em matéria de melhoramento genético do eucalipto e boas práticas silvícolas, tendo o Grupo dado visibilidade local ao seu papel e importância na economia nacional.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 12|13

INOVAÇÃO

Aliar melhores produtividades a uma maior eficácia operacional e menor impacte ambiental foram os objectivos subjacentes aos ensaios que o Grupo desenvolveu na área florestal com ênfase em duas vertentes:

1. Fertilização: Realizaram-se ensaios de adubação à plantação de eucaliptos com a utilização exclusiva de um adubo de libertação lenta que, pelas suas características, minimiza as perdas de nutrientes por lixiviação, volatilização e indisponibilização química no solo. Este tipo de adubação promoveu o crescimento homogéneo e rápido das plantas.

2. Preparação do terreno: Realizaram-se ensaios com mobilização mínima do terreno (em faixas) em rearborização de eucaliptos em algumas regiões, tendo-se reduzido o risco de erosão, o número de horas-máquina e consequentes emissões de CO2, bem como promovido a conservação da matéria orgânica no solo e a retenção da água, sem prejuízo da produtividade.

O contributo do Grupo para a Sustentabilidade e a sua aposta contínua na inovação fez com que o Grupo Portucel fosse uma das empresas convidadas a participar no programa “Internal Planning Workshop”, promovido pela Companhia União Fabril (CUF), em 2013, no qual desenvolveu o tema “How Innovation and Sustainability Embed in Responsible Forest Management”, tendo por base a gestão florestal.

ESTUDO PROSPECTIVO PARA O SECTOR FLORESTAL

A AIFF - Associação para a Competitividade da Indústria da Fileira Florestal, na qual o Grupo Portucel participa activamente, sendo membro da Direcção e do Conselho Científico, iniciou, em 2012, a elaboração de um estudo prospectivo para o sector florestal. Este estudo tem por objectivo delinear políticas concretas para a indústria da fileira florestal e prever o seu impacto na economia nacional, num horizonte temporal de 30 anos. Estas políticas passam pela definição das áreas a ocupar pelas três principais espécies florestais nacionais, de acordo com dois cenários possíveis:

° Mantendo as tendências das últimas décadas no sector;

° Desenvolvendo o cluster florestal, tendo em consideração as alterações climáticas e a aptidão do solo.

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GRUPO PORTUCEL

6.3. PREVENÇÃO E APOIO AO COMBATE AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS

Portugal é o país europeu com maior área florestal face à sua dimensão, ocupando 38,4% do território, pelo que a floresta é fundamental, tanto a nível económico como a nível social, sendo o efeito dos incêndios devastador quer no quotidiano social, quer no quotidiano económico dos portugueses.

A gestão do património florestal do Grupo Portucel, como não podia deixar de ser, passa também pela prevenção e apoio ao combate aos incêndios florestais.

A estratégia de gestão do risco de incêndio aposta na redução da probabilidade de ocorrência do evento fogo e na minimização da exposição e mitigação do risco, socorrendo-se, para sua correcta concretização, da aplicação de ferramentas de gestão de risco, de processos de supervisão e de controlo das operações.

Defender a floresta contra os incêndios é uma prioridade para o Grupo e a demonstrá-lo estão os diversos projectos em que esteve envolvido, no presente biénio, que representaram um investimento superior a três milhões de euros/ano.

PROJECTO FIRE-ENGINE

Destaca-se a participação do Grupo no projecto de Investigação e Desenvolvimento denominado Fire-Engine - Flexible Design of Forest Fire Management Systems, no âmbito do programa do MIT - Massachusetts Institute of Technology Portugal e de três universidades portuguesas, a FEUP - Faculdade de Engenharia da Universidade do

Porto, o ISA - Instituto Superior de Agronomia e a UTAD - Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.

Este projecto congrega a experiência e o conhecimento de gestão florestal, prevenção e combate a incêndios do Grupo Portucel com as competências da ESD - Engineering Systems Division do MIT e das restantes universidades parceiras. Tem por objectivo gerar contributos técnicos e científicos importantes para a melhoria dos Sistemas de Gestão do Risco de Incêndio Florestal, nos domínios das políticas públicas, da gestão e da engenharia.

Os resultados têm sido partilhados com entidades oficiais e organizações de produtores florestais, e, graças à qualidade científica alcançada, foram ainda apresentados em congressos e publicados em três revistas científicas de referência internacional (Landscape and Urban Planning, Journal of Environmental Management e Canadian Journal of Forest Research)2.

GESTÃO DE COMBUSTÍVEIS FLORESTAIS

Concretizando o planeamento de médio prazo, entre 2012 e 2013 foram realizadas várias acções de gestão de combustíveis florestais (limpezas de mato manual e mecânica, fogo controlado, aplicação de herbicidas), numa área superior a 10 000 ha/ano, e conservados aceiros e caminhos florestais, em mais de 10 000 km. Neste biénio, foram tratados também mais 300 ha de pinhais, eucaliptais e matagais, com recurso à técnica do fogo controlado.

A aplicação desta técnica assume um carácter demonstrativo e formativo, envolvendo os corpos de bombeiros locais, as estruturas locais do Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade e os respectivos municípios.

2 Fernandes, P. M. (2012). Fire-smart management of forest landscapes in the Mediterranean basin under global change. Landscape and Urban Planning, 110, 175–182 Collins, R. D., de Neufville, R., Claro, J., Oliveira, T., & Pacheco, A. P. (2013). Forest fire management to avoid unintended consequences: A case study of Portugal using system dynamics. Journal of environmental management, 130, 1-9. Pacheco, A. P., Claro, J., & Oliveira, T. (2013). Simulation analysis of the impact of ignitions, rekindles, and false alarms on forest fire suppression. Canadian Journal of Forest Research, 44(999), 45-55.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 12|13

GRUPO PORTUCEL INVESTE NA PREVENÇÃO E APOIO AO COMBATE AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS

O Grupo manteve o investimento na prevenção e apoio ao combate aos incêndios florestais, apostando na promoção do seguinte tipo de acções:

° Sensibilização das populações em áreas de maior risco;

° Participação activa nas comissões municipais de defesa da floresta contra incêndios de mais de 42 municípios;

° Gestão de combustíveis, incluindo a promoção do fogo controlado em pinhais, eucaliptais e matagais;

° Forte participação no projecto FIRE-ENGINE, no âmbito do MIT-Portugal;

° Participação no dispositivo nacional, através da Afocelca, com mobilização e nível de empenhamento de acordo com o risco meteorológico de incêndio;

° Dispositivo complementar ao nacional, com cerca de 300 elementos em 3 helicópteros, 54 meios terrestres e 3 torres de vigia.

O investimento correspondente ascendeu anualmente a mais de três milhões de euros, a maior contribuição privada para o apoio ao combate a incêndios e respectiva protecção florestal, em Portugal.

PARTICIPAÇÃO NO DISPOSITIVO NACIONAL DE COMBATE

Complementando uma estratégia especialmente focada na prevenção, o Grupo Portucel participa no dispositivo nacional de combate, através da Afocelca, organização do sector em que o Grupo detém uma participação maioritária. De salientar que, em cada campanha, mais de 85% dos fogos que são combatidos pelas equipas das empresas que compõem esta organização ocorrem em propriedades de vizinhos. Este facto reforça a evidência de que uma floresta bem gerida é muito menos vulnerável ao risco de incêndio.

MOVIMENTO ECO-EMPRESAS CONTRA OS FOGOS

O Grupo Portucel continua associado ao Movimento ECO - Empresas Contra os Fogos (www.icnf.pt/portal/agir/mov-eco), que tem como objectivo accionar a responsabilidade social das empresas e colocar em prática uma campanha direccionada para um comportamento preventivo na defesa da floresta na sociedade civil, promovendo uma mudança de comportamentos de risco em actos como, por exemplo, fazer uma fogueira ou lançar um foguete.

FLORESTA SEGURA

Em 2012, o Grupo estabeleceu uma parceria com a Escola Nacional de Bombeiros na realização de um projecto-piloto, designado por “Floresta Segura”, que visou dar formação às populações rurais em práticas preventivas e seguras de uso do fogo (queimas e "borralheiras"). O programa permitiu a realização de 17 sessões de formação levadas a cabo pela Escola Nacional de Bombeiros em 9 concelhos-piloto dos distritos do Porto, Coimbra e Lisboa, envolvendo mais de 600 participantes.

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GRUPO PORTUCEL

6.4. CONSERVAÇÃO E BIODIVERSIDADE

A Conservação da Biodiversidade continua a ser uma das preocupações principais no âmbito da gestão do património florestal do Grupo Portucel, que definiu uma abordagem inovadora e adaptada à sua escala. A estratégia de conservação do Grupo assenta na avaliação de valores naturais e de biodiversidade, no mapeamento de Zonas com Interesse para a Conservação (ZIC), na avaliação de impactes potenciais das operações, na definição e implementação de medidas para os mitigar e em programas de monitorização anuais. Para apoiar esta estratégia, o Grupo desenvolveu Manuais de Técnicas de Avaliação da Biodiversidade (MTAB) e Planos de Acção de Conservação (PAC) com o contributo de especialistas e organizações não-governamentais de ambiente.

ESTRATÉGIA DE CONSERVAÇÃO DO GRUPO

Protecção

Projectos

Manutenção/Requalificação

Avaliações contínuas Monitorização Tn

Gestão de valores naturais com objectivo de conservação

Avaliação inícial Monitorização To

Avaliação de impactes

Classificação de zonas com

interesse para a conservação (ZIC)

Habitats Flora Fauna

Estado de conservação

Estatuto de conservação

+

+

Monitorização

Orientação de gestão (PACs, MTAB's e referencial técnico

interno)

Fontes de informação:Plano Sectorial da rede Natura 2000 (fichas do ICNB - Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade)Planos de Ordenamento de área protegida e de outras áreas classificadas Doc. internos elaborados com apoio de especialistas em conservação (incluindo PAC's)

O trabalho desenvolvido resultou na integração da estratégia de conservação no modelo de gestão florestal e na sua aplicação, de forma sistemática e contínua, às várias actividades florestais. Toda esta abordagem, aliada à preservação de habitats, à ausência de utilização de organismos geneticamente modificados e ao esforço de erradicação de espécies invasoras, como as acácias e as háqueas, faz com que não sejam registados impactes significativos, directos ou indirectos, na biodiversidade.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 12|13

BIODIVERSIDADE NO PATRIMÓNIO DO GRUPO PORTUCEL

Uma parte significativa da área gerida pelo Grupo Portucel localiza-se ou está adjacente a Zonas Protegidas ou Zonas de Alto Índice de Biodiversidade.

A Unidade de Gestão Florestal compreende cerca de 120 mil hectares, dispersos por 165 concelhos de Portugal, nos quais existem áreas abrangidas pela Rede Natura 2000 e pela Rede Nacional de Áreas Protegidas (RNAP). O Grupo tem desenvolvido uma colaboração activa com as entidades tutelares, promovendo a conservação dos recursos florestais, criando valor e reconhecimento pela sociedade e restantes stakeholders. As áreas que se localizam em Rede Nacional de Áreas Protegidas e Rede Natura abrangem várias Áreas Protegidas, Sítios Classificados e Zonas de Protecção Especial, ascendendo a mais de 40% do património do Grupo e contendo habitats em diversos estados de conservação (degradado, evolutivo, favorável e climáxico). São apresentadas na tabela seguinte e referem-se à situação no final do biénio, Dezembro de 2013.

Rede Nacional de Áreas Protegidas

Sítios Classificados na Rede Natura 2000

Zonas de Protecção Especial da Rede Natura 2000

Área do Grupo (ha)

Património Intersectado (ha)

Património Adjacente (ha)

8 515

6 033

2 482

42 859

27 935

14 924

30 628

20 510

10 118

Peso na Área Total 7% 35% 25%

Importa esclarecer que o valor aqui apresentado de área do património do Grupo que está abrangido por áreas classificadas é significativamente superior ao reportado no Relatório de Sustentabilidade no biénio anterior (2010-2011), o que se deve ao facto de se ter contabilizado, no presente relatório, não só o património que é intersectado, mas também o património situado numa faixa de 10 metros de largura adjacente a essas áreas classificadas.

Com base nas avaliações de biodiversidade que se têm vindo a realizar, está identificada uma área correspondente a cerca de 10% da área de património sob gestão do Grupo que foi classificada como Zonas com Interesse para a Conservação, para as quais continuam a ser elaborados e actualizados os Planos de Acção de Conservação.

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GRUPO PORTUCEL

ÁREAS DE ALTO VALOR DE CONSERVAÇÃO

Dentro das Zonas com Interesse para a Conservação, as Áreas de Alto Valor de Conservação (AAVC), conceito exclusivo do FSC, são as mais relevantes, pois são definidas considerando a presença de valores ambientais, sociais e culturais de carácter excepcional. Dada a escala e dispersão do património gerido pelo Grupo, a metodologia adoptada no Grupo foi desenvolvida num projecto com o Programa Mediterrâneo da organização não-governamental WWF, sendo classificadas AAVC à escala local em torno de ecossistemas raros, ameaçados ou em perigo de extinção, zonas críticas para protecção de bacias hidrográficas, para a conservação do solo e para a identidade cultural tradicional de comunidades locais.

ESPÉCIES AMEAÇADAS

A estratégia de conservação da biodiversidade do Grupo determina que seja realizada a avaliação da biodiversidade existente no património, com o objectivo de definir medidas para a prevenção e mitigação de potenciais impactes negativos das operações, tendo em vista a sua protecção efectiva. Em 2012 e 2013, decorrente da actividade de avaliação da biodiversidade, apurou-se informação sobre a presença e número de espécies listadas na Lista Vermelha da IUCN e na Lista Nacional de Conservação das Espécies.

Nível de Risco de Extinção Número de Espécies

Criticamente em Perigo (CR) 3

Em Perigo (EN) 12

Vulneráveis (VU) 27

As espécies identificadas foram agrupadas pelo nível de risco de extinção e estão presentes essencialmente nas manchas de ocupação de solo que correspondem a zonas de conservação, ocupadas por espécies de vegetação natural ou semi-natural, na vizinhança e sob influência das áreas plantadas com floresta de produção. Pela localização dos seus habitats, ou porque podem realizar as suas funções vitais, alimentação, refúgio, reprodução, entre outras, no património do Grupo, podem ser potencialmente afectadas pelas actividades florestais.

HABITATS E SUA REQUALIFICAÇÃO

Dos 41 tipos de habitats classificados que se encontraram nas unidades de gestão do Grupo, verificou-se haver uma boa representatividade dos habitats da Rede Nacional de Áreas Protegidas (RNAP) e da Rede Natura 2000 (RN2000).

Neste conjunto de habitats, que existem isolados ou em combinação com outros, incluem-se 8 habitats prioritários, como são exemplos os charcos temporários mediterrânicos, as florestas endémicas de zimbro e as florestas aluviais de amieiros e freixos. Outros habitats identificados e com área expressiva no património do Grupo foram os montados de quercíneas de folha perene, os bosques de sobreiro e azinheira e os habitats que compõem as galerias ripícolas dominadas por salgueiros e choupos.

Até ao final de 2013, o Grupo protegeu uma área de habitats correspondente a aproximadamente 4 000 hectares, entre os quais concretizou acções de requalificação em cerca de 240 hectares.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 12|13

MONITORIZAÇÕES AMBIENTAIS

As monitorizações ambientais não se esgotam nas avaliações de diversidade biológica e incidem, também, noutros parâmetros que podem ser influenciados pela gestão praticada ou afectar a produção, saúde e vitalidade das florestas. Por isso, o Grupo assumiu o compromisso de progredir no conhecimento que detém sobre os impactes das operações florestais na água e sobre o controlo de espécies invasoras.

Relativamente às invasoras, está em curso um projecto de investigação sobre controlo não químico, conduzido pelo RAIZ e a ser implementado um programa de controlo operacional fino da presença de invasoras lenhosas (como as acácias), pretendendo-se avaliar a sua eficácia e propor recomendações sobre gestão e melhores técnicas.

Neste domínio, para além deste trabalho o Grupo está também a apoiar um projecto de Doutoramento, a decorrer em parceria com a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, intitulado “Expansão Natural de Eucalyptus globulus e Pinus pinaster num Ambiente em Mudança – Estudo comparativo das principais espécies florestais cultivadas em Portugal”. O estudo consiste na avaliação da capacidade de estabelecimento do eucalipto e do pinheiro-bravo em habitats naturais e semi-naturais envolventes às plantações florestais e identificação dos factores-chave na expansão natural destas duas espécies em Portugal, tendo em vista determinar se a taxa de expansão natural de eucalipto está associada ao padrão de ocupação presente nas espécies invasoras, prevendo-se vir a divulgar os resultados no relatório do próximo biénio.

ECONOMIA VERDE

É hoje reconhecido que o sector florestal é um player determinante na “economia verde”, à escala mundial, não só devido à sustentabilidade dos produtos florestais, mas também devido ao papel das florestas enquanto sumidouro de carbono.

Em 2012, o Grupo participou no Workshop “Serviços do Ecossistema em Espaços Florestais: Contributos para uma Economia Verde”, promovido pelo ICNF (então AFN), com o objectivo de fomentar o debate sobre o reconhecimento, a valorização e a remuneração dos serviços do ecossistema em espaços florestais (SEEF), com uma apresentação intitulada “Indicadores: PEFC e FSC de Gestão Florestal - Aplicação aos SEEF”.

A estratégia inovadora para a conservação de valores naturais tem sido um tema partilhado pelo Grupo Portucel em diversas oportunidades, como foi o caso da apresentação Monitoring and assessment in a certified forest management system. The experience of Portucel Group no Simpósio Science, Business and Society, da rede ILTER - International Long Term Ecological Research e dos case-studies divulgados nas publicações Biodiversity and Ecosystem Services Scaling Up Business Solutions (WBCSD) e “Olhar para o futuro: Uma nova reflexão sobre responsabilidade social corporativa” (GRACE - Grupo de Reflexão e Apoio à Cidadania Empresarial).

O Grupo Portucel fez ainda parte do grupo de trabalho GRAF – Ecossistemas, do BCSD Portugal, onde colaborou na publicação “Integrar a Biodiversidade e os Serviços dos Ecossistemas na Estratégia Corporativa” e participou no 7º Congresso Florestal Nacional, com o trabalho “Metodologia e resultados para monitorização de Biodiversidade aplicada à Certificação Florestal”, em 2013.

PROJECTO PILOTO DE MONITORIZAÇÃO DA ÁGUA

Com o objectivo de desenvolver a abordagem de monitorização dos impactes da actividade florestal na água foi desenhado um projecto-piloto que visa apurar o estado ecológico das águas superficiais e averiguar de que forma as práticas florestais levadas a cabo afectam esta variável. Foi concluída a fase inicial, de revisão bibliográfica sobre o tema e definição da metodologia a utilizar, estando previsto iniciar-se as avaliações de campo nas primeiras estações piloto para o início de 2014.

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GRUPO PORTUCEL

O reconhecimento de que as florestas plantadas são um recurso vital para as futuras economias verdes foi, em 2013, o mote para o 3º Congresso Internacional de Florestas Plantadas, organizado pela International Union of Forests Research Organizations, Efiatlantic, FAO e Instituto Superior de Agronomia, onde o Grupo apresentou os trabalhos “Acções de Conservação nas Florestas Plantadas da Região do Mediterrâneo” e “Gestão Adaptativa do Risco de Incêndio em Florestas Plantadas”, em dois dos seus workshops científicos.

É também de salientar a publicação da brochura intitulada Sustainable Forest Management Practices for Green Growth, em 2013, que reuniu um conjunto de diversos case-studies do Grupo, que vêm sendo publicados nos últimos anos e que revelam a forma como o seu percurso está perfeitamente alinhado com a temática da economia verde e da responsabilidade social.

CONFERÊNCIA RIO+20

Com o objectivo principal de assegurar um compromisso político renovado para o desenvolvimento sustentável, a Conferência RIO+20 reuniu Chefes de Estado e de Governo para debater a Economia Verde no contexto do Desenvolvimento Sustentável e da Erradicação da Pobreza.

Atendendo à importância estratégica da gestão dos recursos florestais para o desenvolvimento económico, ambiental e social de Portugal, o Grupo Portucel realizou uma apresentação subordinada ao tema “Gestão e Certificação Florestal na Indústria Portuguesa do Papel”, através da qual chamou a atenção para a importância das florestas e suas fileiras, no País, bem como para o papel decisivo que as florestas plantadas desempenham actualmente. Esta participação foi mais tarde destacada com a publicação de um artigo na Revista Pasta e Papel, em 2013.

PARTICIPAÇÃO NA CONFERÊNCIA RIO+20

Em 2012, por ocasião da organização da Conferência Rio+20, no Rio de Janeiro, o Grupo esteve presente no Pavilhão de Portugal, onde Centros de Investigação e Universidades Portuguesas, Empresas e Fundações puderam mostrar o melhor que se faz no País nos domínios da sustentabilidade das actividades humanas, da exploração dos recursos naturais, do bem-estar das populações humanas, da economia verde e da biodiversidade.

6.5. CADEIA DE RESPONSABILIDADE

O Sistema da Cadeia de Responsabilidade permite demonstrar ao cliente e aos stakeholders o compromisso do Grupo Portucel relativo aos critérios de abastecimento de madeira e fabrico de produtos de madeira. Este sistema garante que os materiais provêm de florestas certificadas ou de origem controlada, demonstrando uma gestão responsável dos recursos florestais incorporados nos seus produtos e possibilitando, através de processos de rastreabilidade de toda a cadeia de abastecimento, a venda de pasta celulósica e de papel certificados.

O Grupo Portucel tem os seus sistemas de cadeia de responsabilidade certificados pelo FSC e pelo PEFC e já procedeu à renovação dos seus certificados, garantindo, inclusive, o cumprimento das exigências impostas em 2013 por estes esquemas de certificação.

CONSUMO DE MADEIRA POR TIPO EM 2012

MADEIRA CONTROLADA 70%MADEIRA CERTIFICADA 30%

70%

30%

CONSUMO DE MADEIRA POR TIPO EM 2013

MADEIRA CONTROLADA 56%MADEIRA CERTIFICADA 44%

56% 44%

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 12|13

O Sistema da Cadeia de Responsabilidade tem por base a aquisição de madeira e fibra certificadas, permitindo, através de um sistema de gestão de créditos, vender um volume equivalente de produto pasta ou produto papel com logótipo FSC e/ou PEFC, como forma de informação dos consumidores.

O Grupo utiliza madeira das seguintes categorias:

° Madeira 100% certificada ou mista (PEFC ou FSC);

° Madeira controlada FSC (FSC Controlled Wood);

° Material fibroso controlado.

NÚMERO DE FORNECEDORES

358

344

284

284

2010

2011

2012

2013

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GRUPO PORTUCEL

O Grupo Portucel assumiu o compromisso, na Política dos Sistemas de Gestão, de incorporar nos seus processos de fabrico apenas material fibroso certificado ou de origem controlada. Este compromisso assegura que a madeira e material fibroso utilizados não provêm de origens controversas ou fontes inaceitáveis, assegurando, ainda, o cumprimento do regulamento da União Europeia relativo à legalidade da madeira (Regulamento n.º 995/2010, de 20 Outubro 2010 - EUTR).

Para dar cumprimento a este compromisso, o Grupo Portucel desencadeia uma análise e avaliação de risco relativos à aquisição de madeira e/ou produtos da madeira, sendo verificadas informações ao nível de:

° Origem do material, rastreando a cadeia de abastecimento desde o operador à floresta;

° Certificação, validando a informação da entidade certificadora com a informação do fornecedor, nomeadamente sobre a certificação e alegação do produto e validade do certificado;

° Cumprimento da legislação no país de extracção, através da evidência de registos;

° Inexistência de conflitos, sanções impostas e prevalência de extracção/práticas ilegais.

Para a madeira não certificada, adquirida pelo Grupo Portucel, está estabelecido um programa de inspecções através de dois mecanismos:

° Auditorias documentais a fornecedores, para os abastecimentos não certificados de baixo risco FSC e/ou PEFC;

° Programa de verificações, nas situações de risco não especificado das categorias de risco FSC ou de alto risco PEFC.

No biénio 2012/2013, todo o material fibroso utilizado na produção de pasta e papel foi considerado de baixo risco pelos critérios FSC e PEFC, tendo como principal origem a Península Ibérica. As outras proveniências de material fibroso foram a América do Sul (madeira certificada) e países nórdicos da União Europeia (pasta de fibra longa).

Em 2011, o FSC International Center aprovou a análise de risco para Portugal, na qual todas as categorias estão classificadas como Baixo Risco. Esta aprovação veio alterar a abordagem efectuada anteriormente às áreas consideradas como contendo Altos Valores de Conservação. No biénio 2012/2013, o tipo de inspecções efectuadas foram auditorias documentais a fornecedores não certificados, considerando o baixo risco associado à origem e à cadeia de fornecimento. Estas auditorias têm como objectivo:

° Atestar a autenticidade da documentação;

° Rastrear e/ou recolher a informação necessária para identificar a origem da madeira, bem como de toda a cadeia de abastecimento;

° Sensibilizar a cadeia de abastecimento para os critérios associados às categorias de risco especificadas para o FSC e PEFC;

° Garantir que existe e são devidamente arquivados, por um período mínimo de 5 anos, a documentação de transporte e comprovativa da posse legal da madeira.

Em 2012 e 2013, o Grupo Portucel efectuou na Península Ibérica 43 e 35 auditorias documentais, respectivamente.

Como resultado do esforço em certificação desenvolvido pelo Grupo e da eficácia dos Sistemas de Gestão da Cadeia de Responsabilidade, o volume de madeira certificada abastecida às fábricas representou cerca de 30% em 2012 e 44% em 2013 do volume total abastecido.

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LOGÍSTICA NO TRANSPORTE FLORESTAL

É grande a preocupação do Grupo Portucel em optimizar toda a actividade logística florestal que desenvolve na movimentação anual de mais de quatro milhões de toneladas de madeira e biomassas.

Para conseguir essa optimização, tem-se implementado uma estratégia de eficiência, procurando desenvolver o transporte marítimo para as maiores distâncias, incrementar sempre que possível o transporte ferroviário e especializar a frota rodoviária, recorrendo a um menor número de veículos, tecnicamente preparados para atingir um peso bruto máximo de 60 toneladas e equipados com sistemas de georreferenciação que permitem optimizar os percursos e os recursos.

O Grupo acredita que a promoção da multi-modalidade, com uma articulação, cada vez maior, entre transporte rodoviário, ferroviário e marítimo, permite ganhos ambientais importantes, reduz consumos e emissões, torna os processos energeticamente mais eficientes e responde ao desafio crescente de diversificação das fontes de abastecimento, além de permitir reduzir a distância percorrida via transporte rodoviário.

Paralelamente às poupanças no transporte, decorrente da optimização de toda a logística de abastecimento de madeira, o Grupo Portucel está certo de ter conseguido uma redução não negligenciável do consumo de combustível e da consequente emissão de gases com efeito estufa, bem como uma diminuição do tráfego de viaturas pesadas nas estradas de Portugal e de Espanha.

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GRUPO PORTUCEL

7. O PROCESSO

UNIDADES INDUSTRIAIS 072

PROCESSO ECOEFICIENTE 074

SEGURANÇA NO PROCESSO 087

7

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 12|13

O P

ROC

ESSO

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GRUPO PORTUCEL

A gestão industrial do Grupo Portucel tem por objectivo a criação de valor através de práticas que corporizem os compromissos assumidos com o mercado, o ambiente e a comunidade.

7.1. UNIDADES INDUSTRIAIS

O Grupo Portucel tem a sua estrutura produtiva assente em três unidades industriais, a Fábrica de Cacia, o Complexo Industrial da Figueira da Foz e o Complexo Industrial de Setúbal. São estas três unidades que permitem que o Grupo ocupe hoje uma posição líder na Europa na produção de papel fino não revestido.

FÁBRICA DE CACIA

A Fábrica de Cacia está instalada na zona centro do País, no coração da maior mancha florestal de eucalipto de Portugal, próximo de Aveiro. A sua localização, próxima da matéria-prima, constitui um importante factor de eficiência que se reflecte numa maior competitividade e valorização do seu produto. A Fábrica de Cacia é especializada na produção de pasta de papel com características especiais, “desenhadas” para a produção de papéis especiais de Alto Valor Acrescentado, nomeadamente papéis decorativos, para filtros, cigarros e embalagens flexíveis, nos quais as qualidades inerentes à pasta de Eucalyptus globulus são mais valorizadas.

Nestes segmentos de mercado, que representam cerca de 100% do total das vendas de pasta do Grupo, esta unidade industrial possui uma posição consolidada, graças à sua constante atitude inovadora pois foi nela que foi produzida pela primeira vez a nível mundial, em 1957, pasta de papel a partir de eucalipto pelo processo Kraft.

A capacidade instalada de produção de pasta para mercado é de 320 mil toneladas por ano, tendo produzido cerca de 600 mil toneladas de pasta de eucalipto branqueada para mercado (BEKP) no biénio de 2012/2013.

COMPLEXO INDUSTRIAL DA FIGUEIRA DA FOZ

O Complexo Industrial da Figueira da Foz iniciou a produção em 1984 e está localizado a sul da Figueira da Foz, na freguesia de Lavos, possuindo uma capacidade anual instalada de cerca de 570 mil toneladas de pasta (BEKP) totalmente integradas em aproximadamente 790 mil toneladas de produção de papel fino não revestido (UWF).

Actualmente é considerada uma das maiores e mais eficientes unidades industriais da Europa na produção deste tipo de papel, que é transformado em folhas de grandes formatos, para a indústria gráfica, e em folhas A4 e A3 para escritório.

No biénio de 2012/2013, o Complexo Industrial da Figueira da Foz produziu cerca de 1,1 milhões de toneladas de pasta integrada e 1,6 milhões de toneladas, na bobinadora, de papel fino não revestido, a partir de duas máquinas de papel de 8,6 m de largura cada, instaladas em 1991 e em 2000, sendo uma grande referência mundial na produção de pastas e papéis de eucalipto de elevada qualidade, onde nasceu e se desenvolveu a marca “Navigator”, o papel de escritório de qualidade Premium mais vendido no mundo.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 12|13

COMPLEXO INDUSTRIAL DE SETÚBAL

O Complexo Industrial de Setúbal foi iniciado em 1957 e encontra-se localizado na Mitrena, junto ao estuário do Sado, sendo constituído por três fábricas, a Fábrica de Pasta de Setúbal, produzindo pasta branqueada de eucalipto, a Fábrica de Papel de Setúbal, denominada Portucel Papel Setúbal e a Nova Fábrica de Papel de Setúbal, denominada About the Future (ATF). Estas duas fábricas produzem papéis finos não revestidos (UWF).

A Fábrica de Pasta de Setúbal iniciou a sua laboração em 1964, tendo sido sucessivamente ampliada e possuindo hoje uma capacidade instalada de produção de pasta branqueada de eucalipto (BEKP) de cerca de 550 mil toneladas por ano. Esta é uma das mais importantes fábricas de produção de pasta branqueada de eucalipto pelo processo Kraft, da Europa, distinguindo-se pelo seu excelente desempenho energético.

Actualmente toda a pasta de papel produzida nesta unidade industrial é integrada na produção de papel das fábricas de papel do Complexo Industrial.

A Fábrica Portucel Papel Setúbal entrou em funcionamento em 1969 e possui hoje uma capacidade anual instalada de cerca de 275 mil toneladas de papel fino não revestido, obtida em duas máquinas de papel que produzem papéis uncoated woodfree (UWF).

A Fábrica de Papel About the Future (ATF) arrancou em Agosto de 2009, tem a maior e mais sofisticada máquina de papel do mundo, com uma largura de 10,4 m e uma capacidade de produção anual de aproximadamente 500 mil toneladas de papel fino não revestido. Com esta nova fábrica, a capacidade de produção total de papel do complexo aumentou para próximo das 775 mil toneladas por ano. No biénio 2012/2013, a ATF e a fábrica de Papel de Setúbal produziram um total de cerca de 1,6 milhões de toneladas, nas bobinadoras, de papel fino não revestido.

O papel produzido nas duas fábricas de papel do complexo é transformado em papel de escritório e em folhas de grandes formatos para a indústria gráfica, que se distinguem pelo seu elevado nível de qualidade, apanágio dos papéis do Grupo.

O Complexo Industrial de Setúbal é também uma referência a nível Europeu na produção de pasta e de papel fino não revestido, devido ao constante investimento na sua eficiência operacional e no seu desempenho ambiental.

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GRUPO PORTUCEL

7.2. PROCESSO ECOEFICIENTE

O Grupo Portucel tem implementado, com grande sucesso, uma Política de Sistemas de Gestão, divulgada através do Manual dos Sistemas de Gestão do Grupo. Conforme os objectivos nela definidos, foram adoptadas práticas que corporizam os compromissos assumidos com o mercado, o ambiente e a comunidade, através da satisfação das necessidades e expectativas dos clientes, da minimização dos impactes ambientais da actividade e da garantia das condições de segurança e saúde de todos os seus Colaboradores e da comunidade envolvente.

Tendo investido em larga escala nesse domínio, o Grupo tem hoje implementado um Sistema de Gestão Integrado, certificado no âmbito da Gestão da Qualidade, do Ambiente e da Segurança, pelas normas ISO 9001, ISO 14001 e OHSAS 18001, respectivamente. Estas certificações abrangem todas as unidades industriais do Grupo.

A Política dos Sistemas de Gestão é baseada no princípio da melhoria contínua, tendo sido desenvolvidos diversos projectos com o objectivo de melhorar o desempenho dos processos industriais associados à produção de pasta e de papel. Dos mais recentes destacam-se o Projecto LEAN, cuja filosofia assenta no conceito de “Lean Manufacturing” e que terminou em 2012, tendo-se iniciado na mesma data o Projecto de Melhoria da Eficiência Operacional.

Capitalizando os resultados do Projecto LEAN, iniciou-se o Projecto de Melhoria da Eficiência Operacional, um projecto de sustentabilidade e melhoria contínua dos processos das unidades industriais, que tem uma estrutura de acompanhamento transversal ao processo industrial e cujas acções têm os seguintes objectivos:

° Melhoria da eficiência global dos equipamentos produtivos das actividades pasta e papel;

° Desenvolvimento e gestão do conhecimento;

° Melhoria da Eficiência e Eficácia da Função Manutenção e Optimização de Custos;

° Redução dos Custos de Aquisição de Materiais;

° Optimização do Consumo de Químicos;

° Redução das Perdas.

Estas acções traduzem-se em planos de melhoria dos Sistemas de Gestão, que contêm metas e acções específicas a implementar em cada uma das unidades industriais do Grupo. O acompanhamento das acções implementadas é feito ao mais alto nível da gestão e permite identificar medidas de correcção e/ou melhoria, garantindo, deste modo, que os objectivos do projecto são alcançados.

Desde o início de 2012, mantém-se em desenvolvimento, em parceria com uma consultora internacional, um projecto de “Optimização do Balanço de Energia” nas diversas fábricas, que visa obter ganhos de eficiência energética em equipamentos e/ou processos.

No período 2012/2013, as medidas já implementadas permitiram uma poupança global de energia de 15 172 MWh.

No biénio em reporte, o Grupo, com o intuito de quantificar a sua pegada hídrica, promoveu, em parceria com as empresas do sector, várias iniciativas com o objectivo de encontrar metodologias harmonizadas para o cálculo rigoroso da mesma, nomeadamente:

° Participação activa nas Comissões e Grupos de Trabalho, para análise e definição do modelo a adoptar no cálculo do Water Footprint, tanto a nível europeu, na CEPI, como a nível nacional, na Celpa;

° Participação na revisão do método de cálculo da Green Water do Water Footprint Network (WFN), em colaboração com a CEPI e a Celpa, para definição da melhor metodologia para cálculo daquele indicador;

° Participação activa no processo de desenvolvimento de documentação Europeia, em parceria com a CEPI, para definição dos critérios para o Product Footprint Category Rules aplicável ao papel.

No âmbito do desenvolvimento do quadro legislativo e normativo nacional e adaptação à legislação e normalização europeia, o Grupo Portucel participou, a título individual ou com as empresas do sector, em grupos de trabalho no sentido de harmonizar conceitos e práticas, em parceria com as entidades oficiais.

Foram, desta forma, feitos os desenvolvimentos mencionados no Relatório de Sustentabilidade do biénio anterior, relativos a progressos no cálculo da pegada ambiental do Grupo.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 12|13

PRINCIPAIS INPUTS E OUTPUTS DOS PROCESSOS INDUSTRIAIS PARA A PRODUÇÃO DE PASTA E DE PAPEL DO GRUPO

UNIDADES INDUSTRIAIS

Materiais: - Renováveis (madeira, fibras) - Não Renováveis (produtos químicos)

Consumo de Energia: - Renovável - Não Renovável

Utilização de Água

Papel

Pasta

Emissões atmosféricas: - Emissões Directas de CO2 - Outras Emissões

Emissões para a água Resíduos

ENERGIA

Em 2013, cerca de 68% da energia produzida nas fábricas do Grupo foi proveniente da utilização de biomassa como fonte primária de energia.

No Grupo Portucel há actualmente duas actividades de produção energética distintas:

° A energia eléctrica produzida nas centrais de cogeração a biomassa, a mais importante pela sua dimensão e por estar intrinsecamente ligada ao core business do Grupo, onde se produz a energia térmica necessária às utilizações dos processos de fabrico de pasta e de papel. O vapor produzido nestas instalações, antes da sua utilização térmica nos processos, é utilizado para gerar energia eléctrica em turbinas. Esta energia é utilizada na própria instalação ou, quando é excedentária, lançada na rede nacional de distribuição eléctrica. Sendo indissociável da actividade produtiva do Grupo, é a que é considerada neste relatório.

° A energia eléctrica produzida nas centrais térmicas a biomassa, dedicadas exclusivamente à produção de electricidade para a rede, sem utilização interna de calor nos processos de fabrico de pasta e de papel, que, sendo dissociável da actividade produtiva, não é contemplada neste relatório.

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GRUPO PORTUCEL

A principal fonte da energia primária utilizada na actividade produtiva no Grupo Portucel é a biomassa, resultante de subprodutos e resíduos do processo, como são os casos do licor negro, da casca e da serradura. O licor negro, subproduto do cozimento da madeira, é queimado na caldeira de recuperação e a casca e a serradura, resíduos resultantes das operações de descasque e crivagem das aparas de madeira, são queimadas na caldeira de biomassa.

FONTES DE ENERGIA PRIMÁRIA 2012

BIOMASSA 66,8% GÁS NATURAL (GJ) 27,9% FUEL (GJ) 5,3%

27,9%

5,3%

66,8%

FONTES DE ENERGIA PRIMÁRIA 2013

BIOMASSA 67,9% GÁS NATURAL (GJ) 29,3% FUEL (GJ) 2,8%

29,3%

67,9%

2,8%

A produção de energia nas unidades industriais do Grupo faz-se, sempre que possível, através de cogeração, que consiste na produção simultânea de energia eléctrica e energia térmica, com a finalidade de aumentar a eficiência global da produção energética. Quanto à utilização de fuel, que ocorre ainda em equipamentos mais antigos, tem vindo a ser reduzida através da substituição por gás natural, permitindo diminuir a dependência do fuel e melhorar o desempenho ambiental. O abastecimento de gás natural aos fornos de cal do Complexo Industrial de Setúbal, concluído em Setembro de 2012, é um exemplo desta estratégia.

O consumo de energia térmica, produzida nas centrais de cogeração e usada nos processos industriais, é superior ao consumo de energia eléctrica, o que mostra a importância

dominante da produção e consumo da energia térmica nesta indústria.

CONSUMO DE ENERGIA (GJ)

ENERGIA TÉRMICA ENERGIA ELÉCTRICA23

606

498

5 95

1 77

4

2010

24 0

14 2

815

971

582

2011

23 5

70 1

635

904

549

2012

23 8

16 9

965

810

663

2013

CONSUMO DE ENERGIA TOTAL PRIMÁRIA POR TONELADA DE PRODUTO (GJ/t)

12,7

12,6

12,8

12,7

2010

2011

2012

2013

Em Setembro de 2012, entrou em serviço, no Complexo Industrial da Figueira da Foz, a nova linha de evaporação de licor negro que resultou do projecto de modificação da evaporação existente. Este projecto teve como objectivo o aumento de capacidade da instalação existente para evaporação do licor negro, permitindo o aumento do teor de sólidos desse licor alimentado à caldeira de recuperação. Com este projecto foi aumentada a eficiência da caldeira de recuperação e melhorada a qualidade do efluente da Fábrica de Pasta, por aumento da capacidade de lavagem da pasta crua, com diminuição de consumo de produtos químicos no branqueamento. Esta alteração processual, com assinaláveis vantagens ambientais, quer nos efluentes líquidos quer nas emissões gasosas, exige, no entanto, um maior consumo de energia térmica e eléctrica, justificando o aumento do consumo específico de energia a partir do último trimestre de 2012. Também houve melhoria no

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 12|13

tratamento de condensados com o aumento da capacidade de stripping (purificação dos condensados).

A procura de maiores níveis de eficiência energética é um dos objectivos fundamentais para a eficiência das operações e, neste sentido, o Grupo Portucel tem realizado investimentos contínuos na racionalização da utilização de energia no processo produtivo. Este investimento, espelhado nos planos de racionalização energética, que incluem as medidas de melhoria da eficiência energética por unidade industrial, tem possibilitado recentemente a redução no consumo global de energia do Grupo.

Resumem-se, na tabela seguinte, as principais iniciativas implementadas para alcançar maior eficiência energética.

PRINCIPAIS INICIATIVAS IMPLEMENTADAS PARA ALCANÇAR MAIOR EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

Acções transversais a todas as Unidades Industriais

° Continuação da substituição gradual de motores standard por motores de elevada eficiência (IE3);

° Continuação da substituição gradual de lâmpadas fluorescentes T8 de 58 W por lâmpadas fluorescentes T5 de 35 W, com balastro electrónico;

Fábrica de Cacia

° Inicio do Projecto de Eficiência Energética da Fábrica de Pasta de Cacia, com diagnóstico energético e modelação integrada das correntes energética e financeira, identificando melhorias na eficiência energética dos processos e traduzindo-as em iniciativas.

° Uma das medidas implementadas mais significativas de eficiência energética (ao abrigo do Projecto de Optimização do Balanço de Energia) ocorreu nos digestores descontínuos, onde ajustes e reprogramação de set points levaram a uma poupança, sobretudo de energia térmica, de 10 630 MWh, de Maio de 2012 até final de 2013.

Complexo Industrial da Figueira da Foz

° Construção de um novo silo diário de casca de alimentação à caldeira de biomassa, para melhorar o abastecimento de casca à caldeira, permitindo um regime de exploração mais próximo da capacidade nominal.

° Em Setembro de 2012, entrou em serviço a nova linha de evaporação de licor negro que resultou do projecto de modificação da evaporação existente. Este projecto teve como objectivo o aumento de capacidade da instalação existente para evaporação do licor negro, permitindo o aumento do seu teor de sólidos na alimentação à caldeira de recuperação, com aumento da sua eficiência.

° Medidas já implementadas, ao abrigo do Projecto de Optimização do Balanço de Energia, de reduções do consumo de energia eléctrica por paragem da climatização do armazém PRS1 da Máquina de Papel e também durante as paragens da Máquina de Papel 2, permitiram uma poupança de energia de 906 MWh, em 2013.

Complexo Industrial de Setúbal

° O Projecto de Optimização do Balanço de Energia atingiu o objectivo de redução do consumo de energia eléctrica na About the Future (ATF).

° Abastecimento de gás natural aos fornos de cal em substituição total ou parcial do fuelóleo.

° Ao abrigo do Projecto de Optimização do Balanço de Energia, implementaram-se medidas na ATF, como seja a integração dos chillers da Máquina de Papel 4 e Transformação, redução do consumo de energia eléctrica durante as paragens da Máquina de Papel 4 e na iluminação em diversas áreas, originando assim uma poupança de 3 636 MWh, entre Maio de 2012 e Dezembro de 2013.

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GRUPO PORTUCEL

O Grupo Portucel é excedentário, enquanto produtor de energia eléctrica, face às necessidades das suas actividades produtivas. Em 2013, o Grupo atingiu uma produção bruta anual de energia de 2,4 mil GWh, o que representa um aumento superior a 30% face ao ano de 2009, devido sobretudo à entrada em funcionamento da nova central de cogeração de ciclo combinado a gás natural instalada em Setúbal, destinada a produzir energia calorífica para a Nova Fábrica de Papel de Setúbal, aproveitando as vantagens de eficiência energética da cogeração para a produzir.

Para além deste aumento, é importante destacar também a entrada em funcionamento, em 2010, de duas Centrais Termoeléctricas a Biomassa (CTB), nas fábricas de Cacia e Setúbal, que, apesar de não estarem a alimentar as necessidades energéticas do processo de produção de pasta e papel, contribuem para a produção nacional de energia renovável. Estas centrais, não sendo, porém, ligadas aos processos produtivos de pasta e papel, não vêem os respectivos valores incluídos nas variáveis energéticas do Grupo apresentadas neste relatório. Globalmente, a produção total de energia eléctrica do Grupo representou, em 2013, cerca de 5% de toda a energia eléctrica produzida em Portugal.

EMISSÕES DE CO2 E OUTRAS EMISSÕES ATMOSFÉRICAS

Em 2013, os activos da Soporgen foram adquiridos na totalidade pela Soporcel. O novo modelo integrado de gestão da energia produzida no Complexo Industrial da Figueira da Foz permitiu maximizar a sua produção. Com a entrada em pleno funcionamento da Nova Fábrica de Papel de Setúbal os produtos de papel foram distribuídos pelas novas capacidades de produção instaladas, do que resultou, desde Junho de 2012, uma alteração significativa do mix de produtos alocados às várias Máquinas de Papel, com a produção de papéis de mais baixa gramagem, o que justifica menor eficiência energética por tonelada de produto produzido.

No Complexo Industrial de Setúbal, deu-se continuidade à utilização de parte dos gases de exaustão dos fornos de cal, ricos em CO2 de origem fóssil, na produção de carbonato de cálcio precipitado (PCC), carga mineral que constitui o aditivo predominante no papel fabricado pelo Grupo. Esta medida permite fixar no papel quantidades significativas de CO2 fóssil, evitando deste modo a sua emissão para a atmosfera tendo sido responsável pela não emissão de cerca de 18 000 t CO2 em 2012. Esta boa prática foi prosseguida em 2013, embora a regulamentação aplicável ao período 2013-2020 do Comércio Europeu de Licenças de Emissão tenha impossibilitado a dedução das emissões assim evitadas, razão pela qual estas não foram quantificadas.

FONTES DE EMISSÃO DE CO2 2012

PRODUÇÃO DE ELECTRICIDADE 81,7%

OUTROS PROCESSOS DE COMBUSTÃO 17,5%

PROCESSOS FÍSICO-QUÍMICOS 0,8%

81,7%

17,5%

0,8%

FONTES DE EMISSÃO DE CO2 2013

PRODUÇÃO DE ELECTRICIDADE 82,5%

OUTROS PROCESSOS DE COMBUSTÃO 16,8%

PROCESSOS FÍSICO-QUÍMICOS 0,7%

0,7%

82,5%

16,8%

Numa perspectiva de melhoria contínua, o Grupo tem aplicado práticas para a minimização dos seus impactes ambientais em todas as frentes. Assim, também as emissões para a atmosfera (partículas, NOx, SOx), que provêm essencialmente da produção energética, têm registado, globalmente, significativas melhorias.

O aumento do valor absoluto de emissões de CO2 em 2012 deveu-se essencialmente aos seguintes acontecimentos:

° Aumento substancial da actidade da central de cogeração de ciclo combinado a gás natural da Soporgen, na Figueira da Foz, com acréscimo significativo da produção de energia eléctrica e térmica, o que consequentemente levou a um aumento de emissões de CO2 próximo de 24 mil toneladas, face a 2011;

° Aumento, de forma análoga, da actividade da central de cogeração de ciclo combinado a gás natural em Setúbal, com um acréscimo de combustível fóssil nas caldeiras

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 12|13

a fuel, que se encontram de reserva para situações de paragem das caldeiras a biomassa.

EMISSÕES DIRECTAS DE CO2 POR TONELADA DE PRODUTO (ton CO2 eq/t)

0,24

0,24

0,24

0,25

2010

2011

2012

2013

OUTRAS EMISSÕES ATMOSFÉRICAS POR TONELADA DE PRODUTO (Kg/t)

NOx SOx PARTICULAS

0,89

0,24

0,17

2010

0,88

0,21

0,16

2011

0,75

0,18

0,18

2012

0,76

0,15 0,17

2013

Terminado, em 2012, o 2º período de aplicação do Comércio Europeu de Licenças de Emissão (CELE), que decorreu entre 2008 e 2012, com a publicação da Directiva 2009/29/CE, nova Directiva CELE incluída no Pacote Clima e Energia, as regras de determinação de licenças disponíveis a nível comunitário e de atribuição de licenças gratuitas mudaram consideravelmente. A atribuição preliminar de licenças gratuitas foi feita com recurso a benchmarks definidos a nível comunitário, iniciando-se a 1 de Janeiro de 2013 o 3º período de aplicação CELE, que terminará em 2020.

Em 2011 e 2012, foram submetidos, pelas instalações do Grupo Portucel abrangidas pelo regime CELE, um conjunto de formulários sujeitos a verificação, que permitiram à entidade competente (APA) determinar, para cada instalação, a alocação preliminar de licenças de emissão gratuitas atribuídas para o período 2013-2020.

Para monitorização e comunicação das emissões de gases com efeito estufa, as várias instalações do Grupo Portucel submeteram à APA, em 2012, os procedimentos para actualização dos Títulos de Emissão de Gases com Efeito de

Estufa (TEGEE), para o período 2013 – 2020. Este processo culminou, no final de 2013, na emissão de novos títulos de emissão para cada uma das instalações, que determinam as novas regras de monitorização e de comunicação de resultados à entidade competente para o período 2013-2020.

No âmbito das emissões de substâncias destruidoras da camada de ozono, o Grupo Portucel dispõe de um rigoroso plano de manutenção preventiva dos equipamentos de refrigeração, realizado por técnicos qualificados, de acordo com a legislação específica. No período de 2012 e 2013, ocorreu um total de 16 kg de emissões de substâncias destruidoras da camada de ozono. Sempre que possível, as unidades de refrigeração que contêm fluidos frigogénios com HCFCs são reconvertidas para utilização de um fluido refrigerante sem potencial de destruição da camada de ozono. Quando a reconversão não é possível e/ou viável, então essas unidades são substituídas por outras, com utilização de fluidos que assegurem o cumprimento da legislação especifica em vigor.

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GRUPO PORTUCEL

INICIATIVAS PARA REDUÇÃO DAS EMISSÕES ATMOSFÉRICAS

Acções transversais a todas as unidades industriais

° Implementação de um novo modelo para a monitorização e controlo das emissões gasosas e uniformização da aplicação da sua monitorização em contínuo;

° Conclusão do estudo para definição da metodologia para avaliação das emissões difusas das três unidades industriais.

Fábrica de Cacia ° Desactivação da caldeira a fuel.

Complexo Industrial da Figueira da Foz

° Redução da emissão de Monóxido de Carbono na caldeira de biomassa por regularização das condições de abastecimento de casca à caldeira, resultantes da construção do novo silo de casca.

Complexo Industrial de Setúbal

° Remoção de partículas na preparação de madeiras, através da colocação de cortinas de água e de sistema de despoeiramento nas mesas de descarga de madeira;

° Abastecimento de gás natural aos fornos de cal, em substituição total ou parcial do consumo de fuelóleo;

° Renovação da caldeira de biomassa, com introdução de novos níveis de ar secundário e terciário, permitindo reduzir as emissões de NOx.

ÁGUA E EFLUENTES

A água usada pelo Grupo nos diversos processos industriais tem origem superficial em Cacia e na Figueira, a partir dos rios Vouga e Mondego e tem origem subterrânea em Setúbal, a partir do sistema aquífero da bacia Tejo/Sado, cumprindo todas as captações de água a legislação em vigor aplicável.

UTILIZAÇÃO DE ÁGUA POR TONELADA DE PRODUTO (m3/t)

23,0

21,5

20,2

19,9

2010

2011

2012

2013

Do total de água utilizada, mais de 85% é devolvida nos pontos de descarga dos efluentes, cumprindo todos os requisitos de qualidade definidos nas licenças ambientais, sendo o restante fundamentalmente enviado para a atmosfera, sob a forma de vapor. No período 2010/2013, verificou-se uma diminuição superior a 12% na quantidade de água utilizada por tonelada de pasta e papel produzidos, devendo-se este decréscimo às diversas acções implementadas no âmbito dos projectos de redução da utilização de água nos processos, nomeadamente por recirculação e reutilização.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 12|13

UTILIZAÇÃO DE ÁGUA POR FONTE 2012

MEIO HÍDRICO SUPERFICIAL 56,6%

MEIO HÍDRICO SUBTERRÂNEO 43,4%

56,6%43,4%

UTILIZAÇÃO DE ÁGUA POR FONTE 2013

MEIO HÍDRICO SUPERFICIAL 58,6%

MEIO HÍDRICO SUBTERRÂNEO 41,4%

58,6%41,4%

Relativamente aos efluentes, todas as descargas efectuadas pelas fábricas do Grupo Portucel são previamente sujeitas a Tratamento Primário e Tratamento Secundário pelo sistema de lamas activadas, sendo vertidas, através de difusores submarinos, no oceano (Fábrica de Cacia e Complexo Industrial da Figueira da Foz) e no estuário do Sado (Complexo Industrial de Setúbal). Em 2012 e 2013, o volume total de efluentes produzidos pelo Grupo foi de 17.2 m3/ t produto. Entre 2010 e 2013, esse valor diminuiu mais de 11%.

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GRUPO PORTUCEL

EFLUENTE PRODUZIDO POR TONELADA DE PRODUTO (m3/t)

19,4

18,8

17,2

17,2

2010

2011

2012

2013

EMISSÕES PARA A ÁGUA POR TONELADA DE PRODUTO (Kg/t)

5,5

0,41

0,30

0,07

0,05

0,03

2010

5,0

0,39

0,28

0,06

0,05

0,03

2011

4,9

0,37

0,26

0,06

0,04

0,03

2012

4,4

0,29

0,24

0,06

0,04

0,04

2013

SSTCQO

CBO

COMPOSTOS ORGÂNICOS HALOGENADOSAZOTO TOTALFÓSFORO TOTAL

Todos os parâmetros relativos às emissões de efluentes para a água têm apresentado melhorias significativas, encontrando-se em níveis inferiores aos dos valores-limite

de emissão estabelecidos por lei, apesar dos acréscimos de produção de pasta e papel que sucessivamente se têm verificado.

INICIATIVAS PARA REDUÇÃO DA UTILIZAÇÃO DE ÁGUA

Fábrica de Cacia ° Redução do consumo de água

por reutilização de águas de refrigeração e fecho de circuitos.

Complexo Industrial da Figueira da Foz

° Redução do consumo de água na Fábrica de Pasta e nas Máquinas de Papel, através de reutilizações de água, utilização de condensado, melhorias processuais e minimização de purgas.

Complexo Industrial de Setúbal

° Redução do consumo de água fresca na About The Future, Portucel Papel Setúbal e Fábrica de Pasta, através de melhorias processuais e reaproveitamentos de água.

RESÍDUOS

No âmbito da gestão de resíduos, o Grupo Portucel continua a apostar na melhoria dos processos produtivos, tendo como principais objectivos a redução da produção de resíduos e o aumento da sua taxa de reutilização e valorização, nomeadamente através da sua valorização orgânica e energética e através da sua adequada eliminação. A utilização de lamas primárias, essencialmente constituídas por fibra celulósica e como tal consideradas biomassa, como combustível de origem renovável nas Caldeiras a Biomassa, tem contribuído para menor consumo de recursos e diminuição dos impactes ambientais e custos de gestão, decorrentes da significativa diminuição do transporte para entrega a operadores licenciados.

Tem ainda sido promovido o desenvolvimento de projectos de I&D, em parceria com o RAIZ e entidades utilizadoras de resíduos, promovendo a sua valorização como matéria-prima para outros processos.

Neste contexto, e no âmbito do DL 73/2011 de 17 de Junho, o Grupo colaborou activamente com as entidades competentes da área do Ambiente, através da Associação Nacional do sector, no desenvolvimento do modelo e procedimentos que permitam aos operadores a mudança de estatuto de alguns resíduos, que, por serem inerentes ao processo produtivo e dada a sua natureza, apresentam um elevado potencial para passarem a ser considerados subprodutos.

Face ao biénio anterior, em 2012 e 2013 verificou-se uma diminuição na produção de resíduos, resultante da maior estabilidade processual.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 12|13

VALORIZAÇÃO DE RESÍDUOS 2012

PRODUÇÃO DE ENERGIA 12,7%

RECICLAGEM 21,3%

OUTROS 30,6%

APLICAÇÃO AGRÍCOLA E COMPOSTAGEM 35,4%

12,7%

21,3%

35,4%

30,6%

VALORIZAÇÃO DE RESÍDUOS 2011

21,8% 20,3%

37,3%

20,6%

PRODUÇÃO DE ENERGIA 20,3%

RECICLAGEM 20,6%

OUTROS 21,8%

APLICAÇÃO AGRÍCOLA E COMPOSTAGEM 37,3%

VALORIZAÇÃO DE RESÍDUOS 2013

22,6%

30,8%

11,9%

34,7%

PRODUÇÃO DE ENERGIA 22,6%

RECICLAGEM 11,9%

OUTROS 30,8%

APLICAÇÃO AGRÍCOLA E COMPOSTAGEM 34,7%

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GRUPO PORTUCEL

Em 2013 iniciou-se, no Complexo Industrial da Figueira da Foz, a valorização energética, na caldeira de biomassa, das lamas primárias produzidas na estação de Tratamento de Efluentes.

PRODUÇÃO TOTAL DE RESÍDUOS POR TONELADA DE PRODUTO (Kg/t)

138

138

10711

1

2010

2011

2012

2013

As unidades industriais do Grupo são hoje um exemplo no domínio da gestão de resíduos, dado que, em 2012 e 2013, apresentaram taxas de valorização de resíduos de 97% e 82%, respectivamente.

O aumento significativo da percentagem de valorização de resíduos em 2012 deve-se sobretudo ao aumento de produção de resíduos de lamas de cal em 2011, por paragem prolongada do forno da cal no Complexo Industrial da Figueira da Foz para manutenção, tendo os resíduos sido valorizados em 2012.

Entre os destinos dos resíduos valorizados, salientam-se as aplicações agrícola e florestal, a produção de energia e a produção de “composto”.

A produção de resíduos perigosos resulta principalmente da actividade de manutenção, representando, face ao total dos resíduos produzidos, uma percentagem inferior a 0,2%. Todos os resíduos perigosos são encaminhados para recuperação, regeneração ou eliminação, através de operadores licenciados para o efeito.

MATERIAIS

Os principais materiais utilizados no processo produtivo da pasta e do papel são essencialmente de origem renovável: a madeira, o amido, a fibra longa e a fibra reciclada e os cartões e madeiras da embalagem. Outros materiais, de origem não renovável, são também utilizadas no processo produtivo, tais como cargas minerais, soda cáustica, clorato de sódio, ácido sulfúrico, oxigénio líquido e peróxido de hidrogénio, mas em quantidades muito menos expressivas.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 12|13

CONSUMO DE MATERIAIS RENOVÁVEIS E NÃO RENOVÁVEIS 2012

MATERIAIS NÃO RENOVÁVEIS 10,4%

RENOVÁVEIS 89,6%

89,6%

10,4%

CONSUMO DE MATERIAIS RENOVÁVEIS E NÃO RENOVÁVEIS 2013

MATERIAIS NÃO RENOVÁVEIS 10,0%

RENOVÁVEIS 90,0%

90,0%

10,0%

O aumento da eficiência dos processos produtivos, com a consequente diminuição de consumo de recursos, tem sido uma preocupação constante do Grupo. Como resultado da implementação de acções de melhoria, no âmbito dos Sistemas de Gestão e de projectos específicos, registou-se, entre 2010 e 2013, uma diminuição de 5.5% no consumo dos mais importantes produtos químicos da produção de pasta que são reportados, e que representam cerca de 80% do total.

Com o arranque da Nova Linha de Evaporação na Figueira da Foz foi melhorada a Lavagem da Pasta com consequente diminuição da quantidade de produtos químicos no branqueamento.

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GRUPO PORTUCEL

INICIATIVAS PARA REDUÇÃO DE CONSUMOS DE PRODUTOS QUÍMICOS

Fábrica de Cacia

° Optimização do consumo específico de químicos no branqueamento (clorato de sódio, ácido sulfúrico e soda cáustica);

° Redução das perdas de fibra na produção de Pasta;

° Redução das perdas de sódio.

Complexo Industrial da Figueira da Foz

° Redução das perdas de fibra e filler na produção de papel, através de quantificação de purga, inspecções e vigilância dos equipamentos e melhorias ou optimizações no controlo operacional nas preparações de paragens;

° Redução das perdas nas bobinadoras;

° Redução das perdas de sódio.

Complexo Industrial de Setúbal

° Redução das perdas de fibra e filler nas fábricas da ATF e PPS, através da implementação de procedimentos de registo e controlo para optimização de processos e eliminação e/ou minimização de perdas;

° Redução das perdas nas bobinadoras em todas as Máquinas de Papel;

° Redução das perdas de transformação dos formatos folio.

INVESTIMENTOS AMBIENTAIS

O Grupo Portucel, ciente dos impactes ambientais decorrentes dos seus processos de produção de pasta e de papel, tem realizado esforços continuados no domínio dos investimentos ambientais e suportado custos ambientais acrescidos. Em 2012 e 2013, o total de custos e investimentos na protecção do ambiente ascendeu a cerca de 9,8 e 12,7 milhões de euros, respectivamente. Estes investimentos foram realizados essencialmente em melhorias ao nível dos equipamentos, no tratamento de efluentes, na gestão de resíduos (reciclagem e deposição em aterro) e na melhoria de instalações.

Todos estes investimentos e custos têm permitido aumentar a eficiência dos processos produtivos, melhorar as condições de segurança das instalações e reduzir os impactes ambientais.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 12|13

7.3. SEGURANÇA NO PROCESSOA Política dos Sistemas de Gestão estabelece os princípios e os objectivos da Empresa relativamente às condições adequadas de segurança de pessoas e bens e ao envolvimento e empenhamento dos Colaboradores neste objectivo.

A estrutura, as responsabilidades e a metodologia de gestão para garantir a manutenção do Sistema de Gestão da Segurança, como forma de consubstanciar a política e os objectivos definidos, estão detalhados nos Manuais de Higiene e Segurança aprovados pela Administração. A identificação, a avaliação dos riscos e a correcta adopção dos meios de prevenção e protecção são a base desse sistema, que visa garantir as condições de higiene e segurança dos Colaboradores do Grupo e de todos os prestadores de serviços.

Perante a legislação em vigor e as exigências de prevenção de acidentes industriais e de desenvolvimento da capacidade de resposta a situações de emergência, o Conselho de Administração definiu para a função Segurança uma estrutura que complementa as respectivas competências e responsabilidades a todos os níveis do

Grupo. Esta estrutura visa garantir o cumprimento das disposições legais e dos procedimentos e regras de segurança e a promoção de medidas que reforcem a cultura de segurança subjacente aos princípios definidos na organização e funcionamento das estruturas do Grupo, no desenvolvimento das suas actividades.

Às Direcções Fabris, através dos responsáveis da área de Higiene e Segurança, compete, na directa dependência do Conselho de Administração e no cumprimento das suas competências no domínio da segurança, o suporte técnico às restantes direcções e respectivas estruturas operacionais, a fim de cumprirem com sucesso as suas atribuições, no respeito pelas directrizes da Política do Grupo, em matéria de segurança de pessoas e bens.

As actividades desenvolvidas nas unidades industriais, por entidades externas, são enquadradas pela função Segurança através dos seus técnicos que, de forma participativa e interactiva, contribuem para o cumprimento dos procedimentos e práticas de segurança definidos no Grupo.

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GRUPO PORTUCEL

A função Segurança é garantida por todos os Colaboradores, de acordo com a legislação, a política definida, os planos, os procedimentos e as práticas estabelecidas.

A componente Saúde no Trabalho é assegurada pela Direcção de Pessoal e Organização, através da Medicina no Trabalho, sendo ainda da sua responsabilidade, no âmbito das atribuições da área de Serviços Administrativos e de Apoio, as seguintes funções:

° Assegurar o controlo de acessos às instalações e da respectiva movimentação interna;

° Assegurar a vigilância das instalações, de modo a garantir a integridade de pessoas e bens.

No biénio 2012/2013, foram implementadas as seguintes práticas, relativamente à segurança no processo, no âmbito dos planos de melhoria dos Sistemas de Gestão:

INICIATIVAS NO ÂMBITO DA SEGURANÇA

Acções transversais a todas as unidades industriais

° Programa para Melhoria Sustentável da Segurança no Grupo;

° Harmonização de procedimentos de modo a assegurar as condições de trabalho adequadas a cada prestação de serviço a realizar nas várias actividades das fábricas.

Fábrica de Cacia ° Formação no sentido da minimização dos riscos associados a máquinas e equipamentos

de trabalho.

Complexo Industrial da Figueira da Foz

° Monitorização e implementação de medidas de minimização da exposição profissional a agentes químicos, físicos e biológicos;

° Implementação de acções, no âmbito do projecto “Comportamentos Seguros”, com o objectivo de reduzir o número de acidentes de trabalho, com recurso a acções de formação e dinâmicas de grupo, abrangendo todos os Colaboradores da actividade industrial.

Complexo Industrial de Setúbal

° Classificação de todas as áreas com atmosferas explosivas e minimização dos riscos associados, através da criação de um grupo de trabalho específico;

° Requalificação de alguns edifícios da Fábrica de Papel, PPS, de modo a garantir adequadas condições de segurança e saúde no Trabalho.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 12|13

DESEMPENHO EM SAÚDE E SEGURANÇA

A monitorização do desempenho da Segurança é fundamental para perseguir os objectivos da melhoria contínua, nas unidades industriais do Grupo, sendo a recolha de dados e emissão de indicadores da responsabilidade da Direcção de Pessoal e Organização, tendo sido apresentados no Capítulo 5.

A Certificação em Segurança assegura que as regras e os procedimentos implementados neste âmbito são regularmente validados por entidades externas independentes.

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GRUPO PORTUCEL

8. O MERCADO

PAPEL DO GRUPO PORTUCEL 092

PERCEPÇÕES A ESCLARECER NO MERCADO 097

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 12|13

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GRUPO PORTUCEL

O papel produzido e comercializado pelo Grupo Portucel é dos produtos mais sustentáveis pela sua própria natureza: tem por base recursos naturais renováveis, com um contributo positivo no desenvolvimento da floresta nacional, recorre largamente a energias renováveis para o seu fabrico, providencia um suporte de comunicação permanente e tem um elevado valor para a reciclagem depois de ser utilizado.

8.1. PAPEL DO GRUPO PORTUCELMARCAS SUSTENTÁVEIS DE PAPEL SUSTENTÁVEL

A sustentabilidade das marcas do Grupo Portucel é o resultado da preferência dada pelos seus clientes a uma estratégia de branding bem adaptada à realidade actual de utilização de papel de escritório e de papel para uso gráfico. As melhores práticas ambientais implementadas pela empresa, bem como as características ambientais específicas do produto, são integradas na comunicação das marcas, sendo factos importantes para alterar a percepção do público sobre esta categoria de produtos.

O papel produzido e comercializado pelo Grupo Portucel é dos produtos mais sustentáveis pela sua própria natureza: tem por base recursos naturais renováveis, com um contributo positivo no desenvolvimento da floresta nacional, recorre largamente a energias renováveis para o seu fabrico, providencia um suporte de comunicação permanente e tem um elevado valor para a reciclagem depois de ser utilizado.

As vantagens ambientais ligadas ao seu consumo são, assim, uma característica intrínseca do produto. Mas existem ainda outras vantagens ambientais específicas das marcas de papel do Grupo que estão intimamente relacionadas com a fibra utilizada como matéria prima, com o processo produtivo ou com as características técnicas dos produtos fabricados e respectivas marcas.

Neste último aspecto, é de realçar a estratégia de desenvolvimento, nas marcas de papel de escritório do Grupo Portucel, de papéis com gramagens inferiores à gramagem standard europeia de 80 g/m2. Papéis com 75 g/m2 estão já presentes na gama das marcas premium como Navigator, Pioneer e Explorer, a que acrescem, nas qualidades standard, o 70 g/m2 e o 75 g/m2, presentes nas marcas Discovery, Target, Multioffice e Inacopia Office.

Navigator Eco-logical , Pioneer Fresh e Explorer ilight, as opções 75 g/m2 em papel de escritório premium

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Discovery, Inacopia Office, Target Professional e Multioffice são as marcas que oferecem 75g/m2 e 70g/m2 em papel de escritório de qualidade standard

O facto de os papéis do Grupo Portucel serem produzidos com a fibra de Eucalyptus globulus é um claro exemplo de vantagens ambientais relacionadas com a matéria prima, já que o recurso a esta fibra permite fabricar a mesma quantidade de papel com um menor volume de madeira e o papel fabricado fica apto a resistir melhor a futuras reciclagens, devido à elevada espessura da parede celular da fibra de eucalipto.

Outras vantagens ambientais podem ainda decorrer da comparação com papéis utilizados para o mesmo tipo de trabalho impresso: o papel do Grupo Portucel para uso gráfico é a opção mais natural, comparativamente com papéis revestidos, permitindo optar pela utilização de gramagens inferiores e utilizando, dessa forma, menos recursos.

Imprimir em papel é uma necessidade secular, que foi democratizada recentemente com as tecnologias de informação, já que, num passado ainda recente, era uma arte ou privilégio apenas reservados aos profissionais gráficos. Actualmente, vive-se a era global da liberdade de impressão, quer no nosso local de trabalho, quer em nossas casas, onde o papel é o natural e sustentável suporte permanente de comunicação. Navigator, a principal marca de papel do Grupo Portucel, é a marca de papel de escritório premium mais vendida em todo o mundo e uma das marcas portuguesas de maior sucesso a nível internacional.

Imprimir em papel produzido em Portugal é também contribuir para a sustentabilidade das plantações florestais de onde provém a madeira utilizada no seu fabrico, ou seja, contribuir para a sustentabilidade da floresta portuguesa.

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GRUPO PORTUCEL

As marcas de papel do Grupo Portucel situaram-se, no presente biénio, numa posição de relevo nos mercados internacionais, sendo consumidas no ano 2013 em 118 países e fazendo do Grupo Portucel uma referência, quer a nível Europeu, quer a nível das exportações de papel Uncoated Woodfree (UWF) da Comunidade Europeia.

ORGANIZAÇÃO COMERCIAL MUNDIAL LOCALIZAÇÃO DAS UNIDADES FABRIS E SUBSIDIÁRIAS COMERCIAIS

A área comercial do Grupo Portucel é a estrutura que suporta e garante a gestão das marcas e as vendas de pasta e papel do Grupo em todo o mundo, assegurando também a análise do negócio, o planeamento da produção e a gestão das embalagens, o serviço ao cliente, incluindo assistência técnica ao mercado, o desenvolvimento e a gestão dos produtos e toda a logística das vendas.

O Grupo Portucel está presente, com subsidiárias comerciais, em 14 países, o que permite aumentar a diversificação geográfica das vendas de pasta e de papel e alcançar a liderança de mercado em alguns dos mais importantes segmentos.

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SUSTENTABILIDADE NUMA COMUNICAÇÃO RESPONSÁVEL

Na sequência da sua política de comunicação, o Grupo Portucel cumpre a legislação nacional e europeia, nomeadamente o Regulamento Comunitário 995/2010, de 20 de Outubro de 2010, que entrou em vigor em 3 Março de 2013. Neste regulamento, também designado por EUTR (European Union Timber Regulation), ficou estabelecida a proibição de colocar madeira extraída ilegalmente, bem como produtos seus derivados, no mercado da União Europeia.

O Grupo cumpre ainda a Directiva 2001/58/CE, editando, para todos os produtos, uma ficha técnica de segurança que contém uma descrição das principais características, aplicações e conselhos de utilização e de reciclagem.

Relativamente aos materiais de embalagem utilizados, no que toca à sua reciclagem e potenciais reduções nos seus consumos, são também cumpridas as Normas Europeias EN 13427, EN 13428, EN 13429 e EN 13430, que foram criadas para dar resposta à Directiva Comunitária 1994/62/CE, que regulamenta as embalagens e os resíduos das embalagens. Nesta matéria, o Grupo está ainda associado à Sociedade Ponto Verde e, para todas as marcas de fábrica vendidas no mercado nacional, é paga uma taxa a esta sociedade, que é o operador económico nacional responsável pela gestão dos resíduos das embalagens.

O Grupo cumpre ainda todos os requisitos do Regulamento Comunitário 1907/2006 (regulamento REACH) e, no que respeita à longevidade e vida de arquivo, todos os papéis produzidos cumprem os critérios da norma internacional ISO 9706.

Todas as fábricas do Grupo são detentoras de Licença Ambiental, emitida pela entidade competente para as questões ambientais e ao abrigo da mais exigente legislação europeia, que tem como referência as Melhores Técnicas Disponíveis, facto que contribui para o cumprimento dos requisitos legais aplicáveis aos produtos papel, incluindo os relacionados com o seu fim de vida.

Todas as informações ambientais constantes nas embalagens das marcas de papel do Grupo Portucel respeitam o estabelecido na norma internacional ISO 14021.

Sendo detentor de certificados FSC e PEFC para a Cadeia de Responsabilidade, o Grupo implementou processos de controlo e rastreabilidade do material fibroso utilizado na produção dos produtos papel, cumprindo, deste modo, os referenciais normativos para efeitos de rotulagem, referenciais esses relevantes para o cumprimento dos requisitos necessários para a utilização do selo do Ecolabel, o rótulo ecológico da União Europeia.

NAVIGATOR LANÇA PRODUTO INOVADOR NO MERCADO NORTE AMERICANO

Na sequência da preferência dada pelos consumidores do mercado europeu de papel de escritório à escolha de gramagens inferiores à standard, sem prejuízo da qualidade de impressão e da performance em máquina, foi dado mais um importante passo neste tipo de produtos no continente Norte Americano, com o lançamento, em 2012, do Navigator Eco-logical 18 libras, passando o mercado dos EUA a poder contar com mais uma escolha sustentável para o consumo de papel de escritório de uso diário, cuja qualidade e performance supera concorrentes presentes neste mercado com produto de peso standard, isto é, 20 libras.

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GRUPO PORTUCEL

O Grupo Portucel mantém a sua adesão ao Paper Profile, uma iniciativa voluntária de vários fabricantes de papel da Europa, que consiste na emissão anual de uma declaração ambiental para os papéis produzidos, organização da qual exerceu o cargo de Chairman do Steering Committee, de Novembro de 2012 a Novembro de 2013.

O Grupo respeita as triagens externas (através da intervenção em focus groups) e internas (através da Direcção de Marketing) a que as embalagens são sujeitas, antes de serem lançadas no mercado. Desta forma, garante estar, não só em concordância com a regulamentação externa e as orientações estratégicas internas, mas também com as expectativas e necessidades dos respectivos clientes.

O esforço posto no desenvolvimento responsável e sustentável da pasta e do papel colocados no mercado é complementado por uma comunicação responsável, tendo como objectivo, não só responder às expectativas dos consumidores, mas também obedecer ao rigor técnico e científico relacionado com as vantagens ambientais, sociais e económicas associadas ao consumo dos produtos fabricados pelo Grupo.

A política de comunicação do Grupo Portucel reforça a ênfase na proximidade, na resposta permanente às necessidades do mercado e na construção de uma relação de fidelização com os clientes, como aspectos cruciais no envolvimento com estes stakeholders fundamentais. O Sistema de Gestão de Reclamações e o Índice de Satisfação de Clientes são as duas ferramentas prioritárias para auscultar o cumprimento do Grupo em relação a esta abordagem.

Todas as reclamações são cuidadosamente avaliadas e ponderadas, com o objectivo de integrar melhorias sucessivas nos Sistemas de Gestão.

O Índice de Satisfação de Clientes, particularmente importante no mercado do papel, permite avaliar a sua satisfação e assim validar toda a abordagem de gestão, relativamente à relação com os clientes e à oferta apresentada. Este índice é calculado com base em inquéritos de satisfação confidenciais, realizados por uma empresa externa ao Grupo. Estes inquéritos são aplicados através de questionários que têm por base a importância, expectativas e experiência do cliente, tendo em conta temas como a qualidade do produto, os serviços (entrega, logística e assistência pós-venda), o marketing e as vendas.

Em 2013, o Índice de Satisfação de Clientes para o mercado do papel atingiu os 92%, comparativamente aos 91% atingidos em 2011.

SUSTENTABILIDADE CERTIFICADA E LICENCIADA

O Grupo Portucel está licenciado para utilização do Rótulo Ecológico da União Europeia, o Ecolabel, no papel que produz e comercializa no segmento de papel para escritório e papel para uso gráfico. Este rótulo obriga à utilização de madeira certificada e de origem controlada e limita o uso de substâncias nocivas ao meio ambiente e à saúde. Promove, igualmente, a utilização de energia renovável, a implementação de um rigoroso sistema de gestão de resíduos e a redução das emissões de gases com efeito de estufa, bem como da poluição atmosférica e dos meios aquáticos.

O Grupo Portucel comercializa e rotula igualmente as suas marcas de papel com os selos das certificações florestais do Forest Stewardship Council (FSC) e do Programme for the Endorsement of Forest Certification (PEFC), que têm a capacidade e o benefício de demonstrar à sociedade que todo o processo de compra e produção de madeira cumpre com os mais exigentes padrões relativamente à minimização dos impactes ambientais e sociais negativos ligados à exploração florestal. Com o crescimento da consciencialização dos principais stakeholders do Grupo Portucel para a degradação dos ecossistemas e para a problemática das alterações climáticas, tornou-se imperioso demonstrar, através de entidades externas e reputadas, que as práticas do Grupo respondem a estas preocupações, minimizando os impactes negativos na biodiversidade e protegendo o principal ecossistema do qual o Grupo Portucel está dependente - a floresta.

A utilização dos selos FSC e PEFC nos seus produtos contribui para a criação de valor para as marcas do Grupo, garantindo aos clientes um consumo consciente e responsável, a partir de uma floresta gerida também de

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forma responsável. É importante realçar que toda a matéria-prima utilizada na produção de pasta e papel do Grupo é de origem controlada, quando não é certificada, oferecendo uma garantia adicional, a todos consumidores, de que o produto utilizado não implicou a diminuição da área florestal do planeta. O Grupo Portucel tem realizado todos os esforços ao seu alcance no sentido de aumentar o abastecimento de madeira certificada, sendo a melhor prova disso a adopção pioneira de um incentivo pecuniário para fornecedores de madeira certificada, estimulando dessa forma o empenhamento dos produtores de madeira na certificação florestal.

Como resultado desses esforços, a empresa aumentou, no biénio (2013 vs 2011), em cerca de 23,5% as vendas de produtos com um, ou mais de um, dos rótulos ou selos mencionados (Ecolabel, FSC e PEFC).

8.2. PERCEPÇÕES A ESCLARECER NO MERCADOO papel é um material milenar, que tem tido uma contribuição inigualável na promoção e divulgação da ciência, da arte e da cultura, ao mesmo tempo que mostrou ser um suporte fundamental, cada vez mais indispensável, das sociedades civilizadas, em áreas tão indispensáveis como a comunicação, a higiene e a embalagem.

Adicionalmente, tem uma relevante ficha de identidade nos domínios da sustentabilidade, dado que usa matéria-prima renovável, a madeira, é reciclável e pode ainda ser utilizado como combustível não fóssil, no fim do seu ciclo de vida.

Apesar de todas estas virtudes, bem conhecidas e reconhecidas em termos de sustentabilidade, surgem, com alguma frequência, na opinião pública, certas dúvidas e percepções menos correctas sobre o papel, que é importante esclarecer.

CAMPANHAS PRINT POWER E TWO SIDES

O Grupo Portucel participou, durante o biénio em reporte, em diversas iniciativas externas com o objectivo de esclarecer percepções erradas sobre a indústria do papel e sobre a actividade do Grupo, sendo a campanha europeia Two Sides, inserida na iniciativa Pan-Europeia Print Power, uma importante contribuição para a sensibilização e o esclarecimento pretendidos.

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A campanha Europeia Two Sides, lançada no final de 2012 e intitulada “No wonder you love paper”, chama a atenção para dois factos importantes. Um deles prende-se com o aumento da área das florestas Europeias cuja superfície aumentou 30% desde 1950, e o outro prende-se com a actual taxa de reciclagem de papel e cartão na Europa que é superior a 70%. Estudos efectuados antes desta campanha demonstraram que a percepção dos cidadãos europeus é exactamente o oposto da realidade, uma vez que existia a percepção de que a área de floresta na Europa tinha vindo a diminuir no período mencionado e que a taxa de reciclagem de papel e cartão era muito inferior.

Durante o biénio 2012/2013, o Grupo, através da EUROGraph, manteve o apoio à iniciativa Pan-Europeia Print Power e é uma das entidades aderentes a essa iniciativa em Portugal, Print Power Portugal, através da Celpa. Print Power é uma iniciativa que reúne várias entidades de 13 países europeus ligadas à indústria gráfica, desde o fabrico de papel até à distribuição postal, tendo lançado as campanhas Print Power e Two Sides. Print Power tem como objectivo sensibilizar especialistas de comunicação e de marketing para a eficácia do uso do papel como suporte de comunicação e Two Sides tem como objectivo informar a opinião pública sobre a sustentabilidade da comunicação em papel.

O tema da eficácia das campanhas Print Power visa sensibilizar profissionais de marketing e anunciantes para o excelente complemento de campanhas publicitárias que a comunicação em papel representa. Anúncios em revistas ou jornais, produção de brochuras ou catálogos e a utilização de direct mail são alguns exemplos práticos dessa comunicação.

Utilizando fontes factuais e argumentos credíveis, a iniciativa Two Sides surge com uma vertente essencialmente informativa e pretende clarificar alguns mitos ligados à comunicação em papel, tais como a importância dos papéis de fibra virgem no crescimento e manutenção de florestas saudáveis e renováveis e na manutenção da sustentabilidade global da indústria do papel. Tal como a folha de papel tem dois lados (Two Sides), importa conhecer o lado verde, o outro lado que a comunicação em papel tem para mostrar.

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A iniciativa Two Sides tem sido importante para clarificar alguns mitos existentes sobre a produção e o consumo de papel. Um dos mitos, que ainda subsiste, é que consumir papel contribui para a desflorestação. Outro mito, que também ainda existe, é que todo o papel deveria ser feito de fibra reciclada. E, outro ainda, é que a passagem da factura em papel para a factura electrónica é promovida por trazer vantagens ambientais. Sobre este último mito, é fundamental que as empresas que promovem essa passagem não exerçam qualquer tipo de “greenwashing” e assumam que os respectivos benefícios económicos são a razão essencial dessa promoção.

CONSUMIR PAPEL É CONTRIBUIR PARA A DESFLORESTAÇÃO?

Tem sido tema de debate, nos últimos anos, a ideia de que consumir papel contribui para a desflorestação do planeta. No entanto, existem actualmente factos irrefutáveis que demonstram que o papel, nomeadamente aquele que é produzido na Europa, onde se encontra o Grupo Portucel, é, pelo contrário, um eficaz promotor e suporte da florestação sustentável.

Importa salientar que o consumo de madeira, a nível mundial, tem diversos destinos para além da sua utilização na produção de pasta e papel. Com efeito, cerca de 90% da madeira é utilizada directamente na construção, no mobiliário e na produção de energia, absorvendo esta última actividade mais de 50% do consumo total.

No que se refere à desflorestação, ela ocorre maioritariamente nas florestas tropicais. Dados recentes mostram que, entre 2000 e 2010, o Brasil e a Indonésia foram os países que registaram maiores perdas de área florestal. É de salientar que estudos levados a cabo na região do Amazonas indicam que as principais causas da desflorestação residem nas actividades de agro-pastorícia (94%).

A indústria do papel na Europa assenta num ciclo de produção sustentável a partir de um recurso renovável, a floresta, recorrendo às melhores práticas silvícolas, promovendo a conservação da biodiversidade e rejeitando, em absoluto, o corte ilegal de madeira. A floresta europeia cresceu cerca de 17 milhões de hectares entre 1990 e 2010 (estes valores incluem o Chipre, a Geórgia e a Turquia), o que representa mais de 1,5 milhões de campos de futebol por ano.

A campanha promovida pela Celpa neste biénio com o claim “More Forests, Better Future – Paper from Portugal” chamou a atenção para a sustentabilidade dos produtos papeleiros produzidos em Portugal e para o seu contributo no desenvolvimento da floresta e emprego, bem como das exportações nacionais.

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Também em Portugal a floresta tem vindo a crescer. De facto, durante cerca de um século, no período 1902-2010, a totalidade da área florestal portuguesa aumentou cerca de 80% (tomando em consideração os dados oficiais do 5º inventário florestal nacional) tendo sido a indústria papeleira, na segunda metade do século XX, a principal entidade responsável pela plantação de árvores no nosso País.

O Grupo Portucel utiliza, como matéria-prima principal, madeira de plantações sustentáveis e renováveis, criadas especificamente para este fim, contribuindo, deste modo, para o aumento da área florestal em Portugal. Desde 2012, nos seus modernos e impressivos viveiros são produzidas, em média, anualmente, cerca de 12 milhões de plantas de diversas espécies florestais, que se destinam à renovação da floresta nacional.

Como já foi dito, as florestas do Grupo são certificadas, garantindo, assim, que são geridas de uma forma responsável do ponto vista ambiental, social e económico, respeitando rigorosos critérios internacionalmente estabelecidos.

Estas práticas sustentáveis asseguram que imprimir no papel, que é produzido a partir de eucalipto plantado, é também contribuir para a sustentabilidade das plantações florestais de onde provém a madeira utilizada no seu fabrico.

Importa salientar que, na floresta portuguesa, o eucalipto existe há quase dois séculos e ocupa cerca de ¼ da área florestal.

A espécie de eucalipto dominante no País é o Eucalyptus globulus que, embora seja apenas uma das mais de 700 espécies de eucalipto conhecidas a nível mundial, é unanimemente reconhecida como a melhor fibra virgem para a produção de papéis finos não revestidos de impressão e escrita. A nível mundial, 53% da área cultivada com esta espécie encontra-se na Península Ibérica.

Comparado com outras árvores folhosas e coníferas usadas na produção de pasta e papel, o Eucalyptus globulus apresenta um teor de lenhina significativamente mais baixo, o que permite uma redução na utilização de agentes químicos nos processos de cozimento e branqueamento. Como já foi referido, o recurso ao Eucalyptus globulus permite utilizar um volume de madeira substancialmente menor, para fabricar o mesmo número de folhas de papel, quando comparado com outras espécies de árvores das quais se faz papel.

Em resumo, por todas as razões apresentadas, utilizar papel produzido pelo Grupo Portucel é uma efectiva contribuição para a sustentabilidade da floresta portuguesa.

TODO O PAPEL E CARTÃO DEVERIAM SER FEITOS COM FIBRA RECICLADA?

Importa desmistificar alguns argumentos presentes no debate que surge frequentemente sobre “papel reciclado vs. papel feito a partir de madeira”, uma vez que o papel reciclado, para poder fabricar-se de forma sustentável, implica o permanente refrescamento do sistema papeleiro global com a incorporação de fibra virgem.

Para além da limitada capacidade de reciclagem das fibras papeleiras, em geral, existem papéis que não podem ser reciclados após a sua utilização, estimando-se que 19% do consumo europeu de papel e cartão é considerado não apto para reciclagem, estando incluídos dentro desta categoria, a título de exemplo, quer o papel que guardamos em arquivo, como os livros e os documentos importantes, quer o papel cuja reciclagem é inviável, como os guardanapos, as toalhas e lenços de papel utilizados, as fraldas descartáveis e o papel higiénico. É pois impossível uma taxa de reciclagem de 100% do papel e cartão consumido. Mas no produto disponível para reciclagem, quase 90% é de facto reciclado (taxa geral europeia em 2012 foi de 71,7%) o que representa uma taxa sem paralelo quando comparada com outros materiais passíveis de reciclagem.

Novas fibras são essenciais para a sustentabilidade global da produção, pois existem perdas consideráveis no processo de reciclagem, e após algumas reciclagens as fibras papeleiras acabam por se degradar e destruir. Não é pois um ciclo fechado e, para que o sistema se torne globalmente eficaz, é fundamental que o indispensável refrescamento em fibras novas (chamadas fibras virgens) seja feito da forma mais racional.

Dentro dessa racionalidade, não faz sentido utilizar elevadas percentagens de fibras recicladas para o fabrico de papéis de maior qualidade e exigência e depois utilizar madeira, ou seja, 100% de fibras virgens, directamente no fabrico de materiais papeleiros de menor exigência de qualidade, com ciclos de vida mais curtos, ou com incapacidade de serem reciclados. Daí que seja importante, sob os pontos de vista técnico e ambiental, utilizar o chamado “padrão em cascata” no consumo e reciclagem do papel e cartão, ponderando em que tipo de papéis fará mais sentido fabricar e utilizar papel reciclado e em que tipo de papéis fará mais sentido o uso e a produção a partir de madeira.

Actualmente, 65% do consumo europeu de papel e cartão diz respeito a materiais de embalagem, papel de jornal e papel de utilização higiénico-sanitária. Estes produtos, com aplicações menos exigentes e ciclos de vida mais curtos, incorporam naturalmente elevadas percentagens de fibra reciclada que, na generalidade dos casos, não tem grande impacto na sua qualidade e na sua performance, tornando-os, no entanto, uma pior fonte de papel para reciclar, dado o elevado estado de deterioração de uma grande percentagem das suas fibras.

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Por contraste, o papel de escritório representa menos de 4% do consumo Europeu de papel. Este tipo de papel tem características mais exigentes em qualidade e ciclos de vida muitas vezes mais longos, como é o caso de contratos, facturas, documentos legais, relatórios e projectos, trabalhos académicos e outros.

O papel de escritório, nomeadamente o papel produzido pelo Grupo Portucel, ao ser fabricado a partir de fibras novas, é uma excelente fonte de material para reciclar depois de ter sido utilizado, vindo a transformar-se em produtos com características progressivamente menos exigentes, devido não só ao seu alto conteúdo em fibras novas, mas também devido ao facto, já descrito anteriormente, da fibra de Eucalyptus globulus permitir um maior número de reciclagens comparativamente a fibras de outras árvores.

Neste contexto, a racionalidade e a sustentabilidade do sistema papeleiro global advogam uma elevada percentagem de utilização de fibras recicladas para os produtos de menor exigência de qualidade e curto tempo de vida (como a maioria dos papéis de embalagem, o papel de jornal e alguns tissues), reservando as fibras virgens para os papéis de elevada exigência de qualidade, bem como para aqueles a quem se pede maior longevidade, como são os papéis para impressão e escrita, e de que são um excelente exemplo os papéis produzidos pelo Grupo Portucel, fabricados com altíssimos teores em fibra virgem da mais elevada qualidade.

Na Europa, em termos geográficos, a abundância local de recursos florestais sustentáveis, ou de quantidades assinaláveis de papéis recuperados efectivamente disponíveis e adequados, deve também influenciar, obviamente, a extensão da aplicação deste princípio geral de racionalidade e sustentabilidade. Nas zonas com aptidão e vocação florestal, como é o caso de Portugal, em que as fibras virgens são localmente produzidas a partir de plantações florestais sustentáveis e detêm uma qualidade difícil de igualar, deverá, racionalmente, ser dada clara preferência ao uso de fibras virgens, sobretudo para papéis de alta qualidade. Ao contrário, nas zonas menos aptas e menos ricas em florestas e onde abundam os papéis para reciclar, deve privilegiar-se a reciclagem e produção dos papéis que a recomendam e suportam.

Tendo em conta a racionalidade do uso dos recursos papeleiros europeus, o Grupo Portucel contribui, da forma mais racional e eficiente, para a sustentabilidade dos altos e ambiciosos índices de reciclagem de papel da Europa, produzindo papéis de impressão não revestidos do mais elevado padrão de qualidade (destacando-se nos papéis premium europeus) e fabricados com as mais elevadas percentagens de fibras virgens da mais alta aptidão para a reciclagem.

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9. A COMUNIDADE E A RESPONSABILIDADE SOCIAL

ENVOLVIMENTO COM A COMUNIDADE 104

RESPONSABILIDADE SOCIAL 108

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GRUPO PORTUCEL

“Um dos pilares do desenvolvimento do Grupo Portucel reside no estabelecimento de relações de proximidade com a comunidade envolvente das regiões onde se situam as suas unidades fabris e áreas florestais, atitude expressa na Política de Envolvimento com a Comunidade”

9.1 ENVOLVIMENTO COM A COMUNIDADEO compromisso do Grupo Portucel com a Sustentabilidade é um eixo prioritário no desenvolvimento do negócio. Consciente de que a geração de riqueza e a criação de valor são convergentes com a preservação do ambiente, qualidade de vida e bem estar social, a actividade do Grupo tem por base uma lógica de desenvolvimento sustentável capaz de atender às necessidades das gerações futuras.

Contribuir para o bem estar das comunidades envolventes é parte integrante deste compromisso. Os dois últimos anos espelham o investimento por parte do Grupo em acções dirigidas à comunidade, com especial ênfase na sensibilização das populações para uma cultura de valorização da floresta e dos recursos naturais. Destaca-se, a este nível, um conjunto de apoios e iniciativas na área da educação, envolvendo escolas e instituições de ensino, através de acções que mobilizam directamente crianças e jovens. Os apoios do Grupo à comunidade estendem-se ainda à preservação do património natural e cultural e a projectos de índole social e humanitária, passando também por acções de reflorestação e recuperação de espaços verdes.

Sendo a floresta a origem de toda a actividade do Grupo Portucel, a empresa está consciente que do futuro da floresta também depende o seu futuro. Promover a gestão responsável dos espaços florestais e a importância das plantações na geração de emprego, riqueza e bem estar social, e na conservação da biodiversidade e protecção do ambiente, é um compromisso firme de e com todos os seus stakeholders, expresso em princípios e boas práticas que resultam em produtos papeleiros de excelência que são diferenciadores do Grupo e das suas marcas a nível mundial.

O actual desafio do Grupo Portucel neste campo é o de divulgar junto da opinião pública a importância do papel enquanto recurso natural e suporte de comunicação sustentável, promovendo a valorização das indústrias de base florestal enquanto sector determinante para a recuperação económica de Portugal. Este objectivo tem mobilizado o Grupo numa série de iniciativas de divulgação nos órgãos de comunicação social e em conferências, sendo também o mote da campanha internacional da indústria portuguesa de papel lançada em diversos países europeus.

Como o Grupo Portucel é sobretudo feito de pessoas, o compromisso com a Sustentabilidade passa ainda por envolver os Colaboradores, sensibilizando-os para este tipo de temáticas, quer através de informação na Intranet e na newsletter da empresa, quer através da iniciativa Portas Abertas que tem vindo a ser realizada nas diferentes unidades fabris. No Relatório de Sustentabilidade anterior foi referido ser intenção do Grupo dar continuidade aos programas de visitas às unidades fabris, dirigidos a Colaboradores e famílias e à comunidades envolventes de Cacia, Figueira da Foz e Setúbal, o que foi concretizado no presente biénio, com a realização de programas de “Portas Abertas” nas unidades fabris.

Foi igualmente manifestada a vontade de desenvolver e apoiar iniciativas de combate à pobreza e exclusão social, do que resultou o completamento, em 2012, do “Projecto Social”, que havia sido lançado pelo Grupo em 2010, tendo-se iniciado, em 2013, o apoio ao Projecto PERA - Programa Escolar de Reforço Alimentar, uma iniciativa de grande mérito social do Ministério da Educação e da Ciência que o Grupo Portucel decidiu apoiar na área de influência das suas unidades industriais.

Durante o ano de 2012, o Grupo concluiu o “Projecto Social”, uma iniciativa lançada em Dezembro de 2010. Em parceria com a Cáritas de Aveiro e Setúbal e com a Cruz Vermelha da Figueira da Foz, o programa teve como objectivo a atribuição de bens alimentares a agregados familiares directamente atingidos pela grave crise social que o País atravessa.

Já em 2013, o Grupo abraçou o projecto PERA – Programa Escolar de Reforço Alimentar, lançado pelo Ministério da Educação e da Ciência. No decorrer do ano lectivo 2013/2014, irão ser assegurados os pequenos-almoços a mais de 150 alunos com carências alimentares (que incidem particularmente na primeira refeição do dia) em escolas nas regiões de Aveiro, Figueira da Foz e Setúbal, onde se localizam as suas unidades industriais.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 12|13

As visitas dos vários stakeholders do Grupo às suas instalações industriais, áreas florestais e unidades de investigação continuam a contribuir, de forma relevante, para estreitar as relações da empresa com os seus públicos-alvo, permitindo um melhor conhecimento da sua actividade. No biénio 2012/2013, tiveram lugar 361 visitas, com a participação de mais de 6 100 pessoas, desde clientes a organismos públicos, escolas, jornalistas, proprietários florestais e ONG’s, entre outros.

Merece especial destaque o Programa Escolar, destinado a alunos de níveis de ensino entre o 9º de escolaridade e a universidade. Ao abrigo deste programa, o Grupo recebeu, no período 2012/2013, cerca de 3 200 alunos e professores de escolas que solicitaram visitas às fábricas, às plantações florestais e ao RAIZ,.

Após o início, em 2010, do programa “Portas Abertas”, que teve por objectivo proporcionar visitas à nova Fábrica de Papel de Setúbal, aos Colaboradores e suas famílias, o Grupo decidiu dar continuidade à iniciativa, no sentido de reforçar os seus elos de ligação com os públicos interno e externo. Como tal, o programa para Colaboradores e familiares estendeu-se ao Complexo Industrial da Figueira da Foz e à Fábrica de Cacia, tendo sido igualmente desenvolvido o programa de visitas para a Comunidade envolvente nas unidades fabris da Figueira da Foz e de Setúbal. No biénio, o Grupo recebeu 1 701 visitantes, no decorrer destes programas.

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GRUPO PORTUCEL

PARCERIA COM ORGANIZAÇÕES DE REFERÊNCIA

O Grupo Portucel participa activamente em diversas organizações com o objectivo de acompanhar as tendências do sector e a evolução dos principais riscos e oportunidades ambientais, sociais e económicos. Esta participação permite contribuir para o debate e desenvolvimento de soluções pragmáticas e relevantes, no âmbito da gestão da sustentabilidade no sector.

Entre essas entidades podem destacar-se as seguintes:

ENTIDADE TIPO DE PARTICIPAÇÃO

WBCSD - World Business Council for Sustainable Development

Organização mundial de referência no âmbito do Desenvolvimento Sustentável, da qual o Grupo Portucel é membro desde 1995Forest Solutions Group

BCSD Portugal - Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável

Membro fundador do BCSD Portugal. Desde a sua constituição, em 2001, que o Grupo Portucel se mantém nos órgãos sociais da organização. Entre 2010 e 2013, a Presidência da Direcção foi assegurada pelo Presidente da Comissão Executiva do Grupo, José Honório

ONU - Organização das Nações Unidas Assinatura dos Princípios do Global Compact das Nações Unidas, em 2004

IUCN - International Union for Conservation of Nature Adesão, em 2007, à iniciativa do Countdown 2010

Celpa - Associação da Indústria Papeleira Portuguesa Participação nos órgãos sociais, nomeadamente na Comissão Executiva e no Conselho Geral, e membro dos Grupos Técnicos

CEPI - Confederação Europeia das Indústrias de Papel Membro do Conselho de Administração, da Comissão Executiva e do Fórum dos CEO. Membro das Comissões Florestal, de Ambiente e de Energia. Participante em diversos grupos de trabalho.

Euro Graph - European Association of Graphic Paper Producers

Membro do Conselho de Administração e Chairman do Environmental Working Group

CIP - Confederação da Indústria Portuguesa Membro da Direcção. Responsável pelo Grupo de Trabalho de Licenciamentos. Membro do Grupo de Trabalho de Energia.

APQ - Associação Portuguesa para a Qualidade Membro da Direcção

COGEN Portugal - Associação Portuguesa para a Eficiência Energética e Promoção da Cogeração

Membro do Conselho Director

APREN - Associação Portuguesa de Energias Renováveis Membro da Direcção

ISQ - Instituto de Soldadura e Qualidade Membro do Conselho Geral

FSC Portugal - Associação para uma Gestão Florestal Responsável

Presidente da Mesa da Assembleia Geral

Paper Profile - Environmental Product Declaration for Paper

Membro do Steering Committee

PEFC Portugal - Programa para o Reconhecimento da Certificação Florestal

Membro da Direcção. Membro do Conselho Consultivo.

FAO - Food and Agricultural Organization Membro do Advisory Committee on Paper and Wood Products

PRODEQ - Associação para o Desenvolvimento da Engenharia Química - Universidade de Coimbra

Presidente da Assembleia Geral

Forestis - Associação Florestal de Portugal Membro do Conselho Superior

AIFF - Associação para a Competitividade da Indústria da Fileira Florestal

Membro da Direcção

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ENTIDADE TIPO DE PARTICIPAÇÃO

APE - Associação Portuguesa de Energia Membro da Direcção

APIGCEE - Associação dos Industriais Grandes Consumidores de Energia Eléctrica

Membro do Conselho Fiscal e do Grupo Técnico

ERSE - Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos Membro do Conselho Tarifário de Gás Natural

CBE - Centro de Biomassa para a EnergiaMembro do Conselho de Administração e da Mesa da Assembleia Geral

Conselho Externo de Acompanhamento e Aferição (CEAA) da iniciativa Energia para a Sustentabilidade (EFS) da Universidade de Coimbra e MIT Portugal

Associado

Tecnicelpa - Associação Portuguesa dos Técnicos das Indústrias de Celulose e Papel

Presidência do Conselho Cientifico Representação na Assembleia Geral, Conselho Fiscal e Conselho Directivo

APCE - Associação Portuguesa de Comunicação de Empresa

Membro do Conselho Consultivo e de Ética

AEM Presidente do Conselho Geral

Print Power Portugal Entidade Aderente e Country Manager

FEEM - Fórum Empresarial da Economia do Mar Membro do Conselho Geral. Responsável pelo Grupo de Trabalho Enquadramento da Gestão Portuária como Instrumento de Competitividade

CPC – Conselho Português de Carregadores Membro da Direcção

CPFF - Comunidade Portuária da Figueira da Foz Membro da Direcção

CPS - Comunidade Portuária de Setúbal Associado

CPA - Comunidade Portuária de Aveiro Associado

APLOG – Associação Portuguesa de Logística Membro da Direcção

ESC – Conselho Europeu de Carregadores Membro do MTC (Maritime Transport Council)

CFM4 – Corredor Ferroviário de Mercadorias nº4 (Projecto das Redes Transeuropeias)

Membro do Grupo Consultivo

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GRUPO PORTUCEL

9.2. RESPONSABILIDADE SOCIAL

No âmbito da sua Política de Responsabilidade Social Corporativa, a empresa dinamiza e apoia projectos de educação ambiental e de valorização do património histórico e natural, bem como iniciativas socio-humanitárias junto de populações carenciadas e grupos de risco da sociedade local.

Tendo como eixos prioritários de actuação a esfera educacional e a área social, as iniciativas dinamizadas e apoiadas pelo Grupo Portucel têm-se focado na sensibilização para a protecção da floresta e no reforço dos elos de ligação com a comunidade envolvente, com particular destaque para o público escolar.

Assim, é de destacar, em 2012 e 2013, o investimento de 1 049 mil e de 1 247 mil euros, respectivamente, nessas actividades.

As doações de papel representam uma importante forma de contribuição para a sociedade. Em 2012 e 2013, o Grupo doou o equivalente a 17 110 e 22 369 resmas, respectivamente, das quais cerca de 8 490 e 6 550 corresponderam à vertente educacional.

GRUPOS DESPORTIVOS E CULTURAIS

Criados e constituídos pelos Colaboradores, com o apoio do Grupo Portucel, os Grupos Desportivos e Culturais têm como objectivo a dinamização de actividades culturais, desportivas e recreativas para os Colaboradores da empresa.

No presente biénio, estes Grupos desenvolveram um leque variado de actividades na esfera cultural e desportiva, com o intuito de fomentar o convívio entre os Colaboradores e contribuir para o reforço da coesão interna. A maior parte das actividades permitiu a participação das famílias dos Colaboradores e de ex-Colaboradores do Grupo.

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SENSIBILIZAR OS JOVENS PARA O MUNDO DO TRABALHO

O Grupo tem vindo a colaborar em iniciativas que proporcionam a jovens estudantes um contacto próximo e directo com a realidade laboral, e a diversidade de profissões nas várias áreas de actividade da Empresa, permitindo simultaneamente um conhecimento alargado sobre o sector da pasta e do papel e o seu contributo para o desenvolvimento económico do País, de que se destacam:

° Participação no programa E.X.I.T.E. (Explorar os Interesses pela Tecnologia e pela Engenharia) dinamizado pela IBM Portuguesa e pelo Instituto Politécnico de Setúbal, que teve como objectivo motivar jovens estudantes do sexo feminino para as áreas de Ciências, Matemática e Engenharia, contribuindo, a prazo, para equilibrar o número de homens e mulheres que escolhem cursos ligados às tecnologias.

° Participação no projecto “Coimbra Woods 2013”, dinamizado pela Escola Superior Agrária de Coimbra, em conjunto com a Fórum Estudante e a CELPA – Associação da Indústria Papeleira. Esta iniciativa teve como alvo os estudantes do ensino secundário de todo o País que, sob o lema “Da Floresta ao Papel”, tiveram a oportunidade de conhecer um projecto de conservação de biodiversidade do Grupo e a Fábrica de Papel da Figueira da Foz.

INICIATIVAS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL

No âmbito da sua Política de Responsabilidade Social, o Grupo estabeleceu, no período em análise, parcerias com várias instituições que desenvolvem actividades nas regiões onde se situam as suas unidades industriais e áreas florestais, salientando-se os seguintes projectos:

Doação de material médico ao Hospital da Figueira da Foz - Em parceria com a Liga dos Amigos do Hospital Distrital da Figueira da Foz, o Grupo doou ao Serviço de Urgência dez monitores de sinais vitais, contribuindo para a garantia do auxílio na área dos cuidados médicos à comunidade da Figueira da Foz.

Jardim de Infância da Praia da Leirosa - O Grupo concedeu um apoio ao parque infantil do Jardim de Infância da Praia da Leirosa, inaugurado em 2012, beneficiando as actividades lúdicas nesta escola do concelho da Figueira da Foz, onde tem um complexo industrial.

Colónia de Férias em Setúbal - Proporcionar uma colónia de férias no Verão às crianças carenciadas do concelho de Setúbal, organizada pela Junta de Freguesia do Sado, é uma iniciativa que o Grupo apoia, sistematicamente, desde 2007. Em 2013, o programa da colónia de férias foi reforçado com a visita de 44 crianças à Herdade de Espirra, onde tiveram oportunidade de participar em actividades lúdico-pedagógicas.

Recuperação de Moinho de Maré no Sado - Com um dos seus complexos industriais inserido em plena reserva natural, o Grupo apoiou o projecto de recuperação e reconstrução do cais palafítico do Moinho de Maré da Mourisca, a cargo da Reserva Natural do Estuário do Sado e do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas. Tratando-se de um património que remete para memórias das actividades relacionadas com o rio, o moinho reabriu com um programa de actividades de turismo de Natureza que valoriza a região de Setúbal.

“Indústria Verde” no Greenfest - O Grupo participou em 2012 e 2013 no Greenfest, o maior evento de sustentabilidade em Portugal, que celebra as melhores práticas empresariais nas vertentes social, ambiental e económica. Marcou presença com a sua iniciativa de Responsabilidade Social “Dá a Mão à Floresta”, que engloba actividades concebidas especificamente para o público mais jovem, no âmbito da sensibilização para o ciclo sustentável do papel. Educar e sensibilizar são dois grandes objectivos do Jogo da Floresta e da Árvore dos Desejos, actividades que animaram as crianças que participaram no evento.

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GRUPO PORTUCEL

ÁRVORE DE NATAL SOLIDÁRIA

Iniciativa realizada nas épocas natalícias de 2012 e de 2013, em que os Colaboradores foram convidados a doar bens (essencialmente alimentos) a instituições de solidariedade social numa acção que foi o espelho da sua generosidade e permitiu contribuir para um Natal mais solidário para várias crianças e famílias.

PRÉMIOS ATRIBUÍDOS A ESCOLAS

Trata-se de uma área a que o Grupo tem dado bastante relevância, no sentido de sensibilizar o público escolar para o tema da sustentabilidade da floresta e do papel e, simultaneamente, incentivar a educação e a formação. Entre as diversas iniciativas destacam-se:

° Apoio ao concurso de Ideias e Plano de Negócio - Arrisca C´2012/2013 - promovido anualmente pela Universidade de Coimbra para estudantes e docentes. O Prémio Grupo Portucel, na área da “Gestão Sustentável da Floresta”, visa apoiar um conjunto de iniciativas capazes de promover a transferência de conhecimento e inovação para o domínio da gestão florestal. Em 2012, o prémio foi entregue ao projecto Tojal, que envolve a recolha de tojo para produção de compostos alimentares de ruminantes e equinos, e, em 2013, ao projecto Medro Jelly4Diet, destinado à produção de doces de medronho de baixo valor calórico.

° Atribuição de prémios ao melhor aluno de Matemática e ao melhor aluno de Língua Portuguesa do 1º, 2º e 3º ciclos do Agrupamento de Escolas de Buarcos e Escolas da Figueira Mar, freguesias do concelho da Figueira da Foz.

° Apoio ao concurso de ideias Aveiro Empreendedor, promovido pela Câmara Municipal de Aveiro, que contou com a participação de 385 alunos. O Grupo Portucel apoiou o projecto desenvolvido por alunos do Agrupamento Escolar de Cacia, que ganhou o primeiro lugar no concurso de ideias inserido nesta iniciativa. Este projecto visa o cultivo de terrenos para a produção de alimentos por parte de pessoas em situação de aposentação ou desemprego.

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PUBLICAÇÕES

Divulgar Boas Práticas Florestais - O Grupo Portucel publicou em 2013 a brochura «Sustainable Forest Management – Best Pratices for Green Growth», que sistematiza o trabalho desenvolvido pela empresa nos últimos anos no domínio da gestão sustentável e protecção da floresta.

Anuário de Sustentabilidade do BCSD PORTUGAL - O Grupo deu continuidade, em 2012 e 2013, ao apoio ao Anuário de Sustentabilidade desenvolvido pela Biorumo, um documento que representa um contributo relevante para a disseminação dos princípios e práticas sustentáveis que devem nortear as empresas no futuro. As edições deste período apresentaram dois case-studies do Grupo, intitulados: “Sustentabilidade ao longo da cadeia de valor - Ecolabel do papel do Grupo Portucel ” e “Protecção da floresta: estratégia de prevenção de incêndios”.

INICIATIVAS PEDAGÓGICAS NO DIA MUNDIAL DA FLORESTA

“Dá a Mão à Floresta” - No âmbito das comemorações do Dia Mundial da Floresta, o Grupo realiza anualmente a iniciativa “Dá a Mão à Floresta”, que tem como principal objectivo promover a preservação do meio ambiente através de acções pedagógicas de sensibilização do público infanto-juvenil para a temática da protecção da floresta. Esta iniciativa tem lugar em diferentes regiões, de Norte a Sul do País, sendo distribuídos às populações milhares de plantas de espécies florestais e ornamentais provenientes dos viveiros do Grupo.

Quinzena da Floresta e da Água em Torres Vedras - Sensibilizar a população escolar para a preservação da floresta e dos recursos hídricos foi o objectivo do Grupo ao apoiar a Câmara Municipal de Torres Vedras na celebração da Quinzena da Floresta e da Água. Nesta iniciativa, que atraiu mais de 1 500 alunos das escolas da região, do ensino pré-escolar, 1º ciclo do ensino básico e ensino especial, num total de 32 instituições, o Grupo contribuiu com a doação de plantas de várias espécies florestais, como sobreiros, carvalhos, ciprestes, oliveiras e eucaliptos ornamentais.

Navigator de Mão Dada com a Floresta - No Dia Mundial da Floresta, a marca Navigator promoveu uma acção enquadrada na iniciativa “Dá a Mão à Floresta”, que incluiu a oferta de milhares de plantas em Lisboa e no Porto, como objectivo de sensibilizar a população para a importância de cuidar da floresta e para o papel activo que a marca e o Grupo Portucel têm tido nesse âmbito.

Doar Árvores a Parques Públicos e Escolas - O Grupo doou, no período 2012-2013 várias centenas de árvores e plantas florestais destinadas a acções de reflorestação de espaços públicos. Destacam-se, no concelho da Figueira da Foz, o apoio ao Parque do Lago de Maiorca e Parque das Abadias, na freguesia de S. Julião, iniciativa para a qual foram convidadas todas as crianças das escolas desta freguesia. O Grupo apoiou, ainda, a criação do Parque Florestal Urbano do Rotary Clube na Quinta da Borleteira. Em Setúbal, o Grupo participou, uma vez mais, na iniciativa “Setúbal Mais Bonita”, tendo doado plantas para a reflorestação de espaços verdes nas escolas deste Concelho.

Feira da Floresta em Coimbra - Associando-se à Feira da Floresta promovida pela Câmara Municipal de Coimbra, o Grupo Portucel apresentou, no Parque Verde do Mondego, um espaço com várias actividades relacionadas com os cuidados a ter com a floresta, dirigidas a escolas e à população em geral, com o objectivo de educar para a prevenção de incêndios.

Dia do Ambiente nas herdades do Grupo - Aprender mais sobre a floresta, uma das principais riquezas do planeta, é o objectivo do programa do Grupo dirigido a alunos e professores para celebrar o Dia do Ambiente na Herdade de Espirra, em Pegões. Um programa com as mesmas características e dirigido a escolas teve igualmente lugar numa outra propriedade do Grupo, a Quinta de São Francisco, em Eixo, envolvendo actividades de contacto com a Natureza, que são também uma jornada de aprendizagem para crianças do 1º ciclo.

Reflorestar áreas ardidas da Serra do Caldeirão - Com a oferta de 600 plantas, o Grupo apoiou o plano LARA (Intervenção social no território pós incêndio), destinado a reflorestar as áreas ardidas da Serra do Caldeirão na sequência dos incêndios de 2012.

Homenagem aos Bombeiros de Coja - Com a oferta de árvores que foram plantadas na Serra de Arganil, o Grupo deu o seu apoio à iniciativa destinada a prestar homenagem aos bombeiros voluntários de Coja.

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GRUPO PORTUCEL

SEMINÁRIOS E CONFERÊNCIAS

No âmbito da política de apoio do Grupo, é de salientar o patrocínio a diversos seminários, organizados por entidades de referência e que abrangem temas relacionados com as áreas de negócio da Empresa: Congresso IUFRO 2012 – International Union of Forest Research Organizations – Division 5 – Forest Products, 15º Congresso da APLOG – Associação Portuguesa de Logística, XIX Congresso Nacional da Ordem dos Engenheiros, Seminário “Liberalização dos Mercados de Gás Natural e Electricidade” da APE – Associação Portuguesa de Energia, Seminário “A Libertação do Potencial Produtivo em Portugal” do Fórum para a Competitividade e Conferência “Logística e Distribuição na Região de Setúbal” da APSS – Associação dos Portos de Setúbal e Sesimbra, Conferência internacional subordinada ao tema "Báltico: Oportunidades e Desafios de um Mercado Dinâmico" organizada pela Administração do Porto de Leixões (APDL), Conferência "Logística e Distribuição na Região de Setúbal" e Congresso Internacional das Florestas Plantadas 2013, um evento organizado pela International Union of Forest Research Organizations (IUFRO), a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), a Efiatlantic e o Instituto Superior de Agronomia.

MELHOR CAMPANHA DE COMUNICAÇÃO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL

A iniciativa “Dá a Mão à Floresta”, concebida e dinamizada pelo Grupo Portucel, obteve a distinção de Melhor Campanha de Comunicação de Responsabilidade Social no Grande Prémio APCE 2013, realizado anualmente pela Associação Portuguesa de Comunicação de Empresa. Esta distinção constitui um reconhecimento do trabalho desenvolvido pelo Grupo na área da Comunicação Organizacional e, em particular, no domínio da Responsabilidade Social.

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GRUPO AJUDA A REFLORESTAR A MATA DO BUÇACO

Em 2013, o Grupo Portucel estabeleceu uma parceria com a Fundação Mata do Buçaco, simbolicamente celebrada a 21 de Março, Dia Mundial da Floresta. Com esta parceria, o Grupo apoia a Mata do Buçaco, colaborando na conservação e gestão deste património florestal único em Portugal, que integra árvores centenárias e em vias de ser classificadas como monumentais.

O Grupo doou cerca de 2000 árvores e plantas aromáticas para enriquecer o arboreto da Mata do Buçaco, que se ressentiu com as intempéries que assolaram o País no início do referido ano, contribuindo para a recuperação deste espaço, de uma riqueza natural singular e emblemática para o País.

Esta parceria envolve igualmente um programa de sensibilização dirigido aos proprietários limítrofes à Mata do Buçaco, com vista à adopção de modelos de gestão responsável que são pilares para uma floresta certificada, além de programas pedagógicos, como visitas escolares.

O apoio do Grupo à Mata do Buçaco insere-se na política activa de desenvolvimento dos espaços florestais e confirma o reconhecimento do Grupo enquanto promotor de um modelo em que as florestas plantadas de eucalipto, bem geridas, situadas na envolvente da mata, podem coexistir com um património natural de referência no País.

GRUPO PORTUCEL APOIA O MUSEU DO PAPEL

O Grupo Portucel e o Município de Santa Maria da Feira celebraram, em 2013, um protocolo de colaboração para a concepção, produção e montagem de uma exposição permanente, no Museu do Papel Terras de Santa Maria, subordinada ao tema “Da Floresta ao Papel”. A exposição será parte integrante do percurso expositivo permanente do Museu e tem como objectivos dar a conhecer o ciclo sustentável da produção de papel e mostrar a história das indústrias de pasta e papel em Portugal. Trata-se de um projecto inserido na política de responsabilidade social do Grupo Portucel, na sua vertente de apoio a projectos de índole cultural e pedagógica, visando promover a preservação e valorização da floresta nacional e dos produtos de base florestal. Esta exposição irá contribuir para uma maior sensibilização e mobilização da sociedade, com particular enfoque no público escolar, para a importância estruturante da fileira florestal do eucalipto na geração de valor económico, social e ambiental para o nosso País, promovendo simultaneamente a divulgação da história da indústria papeleira em Portugal.

Esta exposição, que se destina fundamentalmente ao público escolar, recorre a tecnologias interactivas, permitindo sensibilizar para a complementaridade existente entre a utilização do papel, enquanto suporte de comunicação sustentável, e o recurso às novas tecnologias de comunicação digital.

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10. O PROJECTO PORTUCEL MOÇAMBIQUE

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GRUPO PORTUCEL

10. PROJECTO PORTUCEL MOÇAMBIQUE

Em linha com a sua estratégia de crescimento sustentável, depois de nos últimos anos ter analisado várias oportunidades de investimento em várias geografias, o Grupo Portucel decidiu investir em Moçambique.

Em 2008, foi assinado um protocolo de intenções com o Governo de Moçambique, em que o Grupo Portucel assumia o compromisso de estudar a viabilidade de um projecto de produção de pasta branqueada de eucalipto e energia eléctrica, desde que houvesse condições para a instalação de uma base florestal sustentável, em termos económicos, sociais e ambientais. O Governo de Moçambique, como contrapartida, autorizava o Grupo a estudar a localização de áreas com características adequadas para o empreendimento, naturalmente dentro do enquadramento legal estabelecido pelo ordenamento jurídico do Estado de Moçambique.

Ainda em 2008, os estudos de viabilidade arrancaram com uma recolha de informação sobre o solo, clima, vegetação e ocupação actual da terra, de modo a identificar regiões com aptidão para a cultura do eucalipto. Depois da delimitação das principais áreas potenciais, iniciaram-se os trabalhos de macrozonagem (de campo), para validação da informação produzida em gabinete. Assim, com base nos estudos de solo e clima, vegetação natural e uso actual da terra pelas populações locais, seleccionaram-se algumas zonas das províncias de Manica e Zambézia, localizadas nas regiões centro-interior e centro-norte do país, como aquelas que satisfaziam as condições acima referidas para a implantação de um projecto florestal com a dimensão pretendida.

Depois de seleccionadas as áreas e cumprido um conjunto de requisitos da legislação moçambicana, destacando-se a realização de consultas públicas nas comunidades existentes nas áreas do projecto, o Governo de Moçambique outorgou à Portucel Moçambique o Direito de Uso e Aproveitamento da Terra (DUAT) em duas áreas, por um período de 50 anos, renováveis por mais 50, uma na província da Zambézia, com 173 mil hectares, e outra na Província de Manica, com 183 mil hectares.

No ano de 2010, o Governo de Moçambique aprovou, através do Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental, os Estudos de Pré-Viabilidade Ambiental e Definição de Âmbito e Termos de Referência para os DUAT’s das Províncias de Manica e Zambézia.

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Em Junho de 2013, arrancou o estudo de impacto ambiental e social (EIAS) com previsão de conclusão em Abril de 2014. O planeamento do EIAS em curso, para além de cumprir os requisitos da legislação aplicável e seguir os standards corporativos do Grupo Portucel, contou com o apoio da International Finance Corporation (IFC), organismo do Banco Mundial para o sector privado, que está a assessorar a Portucel na promoção da sustentabilidade das operações florestais em Moçambique. O apoio do IFC abrange actividades de assessoria nas vertentes de impacte ambiental e social e de planeamento e desenvolvimento de projectos nas comunidades locais, bem como na implementação de investimentos na comunidade e no fomento do tecido empresarial local. O contrato com o IFC constitui o primeiro passo numa colaboração que se pretende seja duradoura e que permita ampliar o impacto dos investimentos do Grupo Portucel no desenvolvimento de Moçambique e na criação de oportunidades partilhadas de crescimento nas zonas concessionadas.

Com o objectivo de antecipar soluções técnicas, em 2010 o Grupo começou a realizar um conjunto de actividades florestais de carácter experimental, no sentido de aferir a viabilidade do projecto e obter soluções seguras de silvicultura e material genético para a fase de arranque do projecto. Neste sentido, foi instalada uma rede de ensaios de campo com diversos materiais genéticos do género Eucalyptus, para avaliar a sua adaptabilidade e produvidade florestal em diferentes condições de solo e clima existentes nas áreas dos DUAT's, utilizando as melhores práticas disponíveis com base nos referenciais técnicos da Portucel. Em 2013, as áreas experimentais totalizaram cerca de mil hectares de plantações com material seminal e clones de eucalipto, plantações cujas idades actualmente variam entre seis meses e três anos e com as quais se estão a confirmar, no terreno, as produtividades florestais expectáveis.

Uma outra actividade florestal fundamental para o sucesso do projecto diz respeito aos viveiros de produção de plantas de eucalipto, que tem sido objecto de estudos conceptuais e logísticos no sentido de definir o sistema, processo e módulo de produção, assim como o número de viveiros a construir e a sua localização. Na clonagem, sistema seleccionado para a produção de clones de eucalipto por propagação vegetativa, a selecção dos materiais genéticos a constituírem o parque de pés-mãe é uma etapa essencial, já concluída. Também foram definidos módulos de produção de 6 a 8 milhões de plantas por viveiro, a serem instalados no centro de núcleos florestais de modo a optimizarem o aproveitamento de mão-de-obra local e o transporte das plantas para as áreas de plantação.

Paralelamente à actividade florestal, têm sido feitos estudos de optimização da logística inbound e outbound e de pontos de captação de água e lançamento de efluentes, sendo já conhecidas as melhores alternativas, em termos de localização de uma futura fábrica de pasta, transporte da madeira, transporte da pasta e portos para exportação da produção de pasta.

O Projecto Portucel Moçambique terá uma contribuição significativa para o desenvolvimento sustentável do país, ambicionando gerar alguns milhares de empregos e exportar mais de mil milhões de dólares por ano.

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GRUPO PORTUCEL

11. OS ANEXOS

ANEXO I. GLOSSÁRIO 120

ANEXO II. RELATÓRIO DE VERIFICAÇÃO DE ENTIDADE EXTERNA 124

ANEXO III. NOTAS METODOLÓGICAS 126

ANEXO IV. RECURSOS HUMANOS 127

ANEXO V. ÍNDICE REMISSIVO DA GRI 130

ANEXO VI. DECLARAÇÃO EXAME DO NÍVEL DE APLICAÇÃO PELA GRIS 142

ANEXO VII. CONTACTOS 144

Quer o Relatório quer o Destacável são editados em duas versões, uma em português e outra em inglês, quer em papel quer em versão electrónica disponível no website institucional do Grupo, sendo os Anexos relativos a Recursos Humanos, Notas Metodológicas, e Índice Remissivo da GRI exclusivamente apresentados na edição electrónica.11

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 12|13

OS

ANEX

OS

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GRUPO PORTUCEL

11.1. ANEXO I - GLOSSÁRIO

BIODIVERSIDADE

A biodiversidade contempla a variabilidade genética dentro de cada espécie e a diversidade total de espécies e de grupos funcionais, como habitats, ecossistemas e biomassa. Trata-se, portanto, do número e relativa abundância de diferentes genes, espécies e ecossistemas (comunidades) existentes numa determinada área.

BIOMASSA

Material orgânico, não fóssil, de origem biológica, parcialmente aproveitável como recurso energético. É a massa total de organismos vivos numa determinada área ou volume. A biomassa morta é frequentemente incluída nesta definição como matéria vegetal morta recentemente.

BEKP - BLEACHED EUCALYPTUS KRAFT PULP

Pasta química branqueada de eucalipto produzida pelo processo kraft.

CBO - CARÊNCIA BIOQUÍMICA DE OXIGÉNIO

Parâmetro de avaliação da quantidade de oxigénio consumido na degradação da matéria orgânica por processos biológicos.

CELE - COMÉRCIO EUROPEU DE LICENÇAS DE EMISSÃO

Constitui o primeiro instrumento de mercado intracomunitário de regulação das emissões de Gases com Efeito de Estufa (GEE), sendo habitualmente designado por Diploma CELE. Trata-se de um mecanismo criado para garantir o cumprimento da estratégia europeia de redução de emissões de GEE, sob a forma da Directiva 2003/87/CE de 13 de Outubro, transposta para a ordem jurídica interna pelo Decreto-Lei n.º 233/2004 de 14 de Dezembro (actualizada pelo Decreto-Lei n.º 72/2006 de 24 de Março).

CELPA - ASSOCIAÇÃO DA INDÚSTRIA PAPELEIRA

Associação portuguesa sem fins lucrativos que tem como finalidade assegurar junto de entidades e organismos, nacionais e internacionais, públicos e privados, a representação dos interesses colectivos da actividade industrial da pasta, papel e cartão e suas actividades afins.

CEPI - CONFEDERATION OF EUROPEAN PAPER INDUSTRIES

Associação europeia que monitoriza e analisa a legislação europeia e as iniciativas na área da indústria, ambiente, energia e exploração florestal.

COGERAÇÃO

Produção combinada de energia eléctrica e térmica, que efectua o aproveitamento do calor residual resultante da geração de electricidade. A cogeração pode ser utilizada para fins industriais ou para aquecimento central residencial.

COGEN PORTUGAL - ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA PARA A EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E PROMOÇÃO DA COGERAÇÃO

Associação sem fins lucrativos que tem por objectivo promover a utilização eficiente da energia, através de processos de produção combinada de calor e electricidade, vulgarmente conhecidos por cogeração ou através da produção descentralizada da energia, independentemente da fonte de energia primária utilizada.

CQO - CARÊNCIA QUÍMICA DE OXIGÉNIO

Parâmetro de avaliação da quantidade de oxigénio necessária para a oxidação total da matéria orgânica presente na água.

CO2 - DIÓXIDO DE CARBONO

Gás incolor e inodoro. Pode existir na natureza ou ter fontes de origem humana que incluem a queima de combustíveis fósseis, processos industriais diversos e alterações no uso dos solos.

ECOEFICIÊNCIA

Conceito que se baseia numa produção eficiente, minimizando o consumo de recursos naturais.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 12|13

EFEITO DE ESTUFA

Processo que ocorre quando uma parte da radiação solar reflectida pela superfície terrestre é absorvida por determinados gases presentes na atmosfera. Como consequência disso, o calor fica retido, não sendo liberado no espaço.

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

Actividade que procura optimizar o uso das fontes de energia e diminuir o consumo de energia.

EMISSÕES ATMOSFÉRICAS

No contexto das alterações climáticas, emissões referem-se à libertação para a atmosfera de gases com efeito de estufa e/ou dos seus precursores e aerossóis numa determinada área e durante um certo período de tempo.

EUCALIPTO

Designação dada a várias espécies do género Eucalyptus (família Myrtaceae). A espécie mais comum em Portugal é o Eucalyptus globulus, uma árvore folhosa oriunda da Austrália (Tasmânia) introduzida em Portugal em 1852.

FSC - FOREST STEWARDSHIP COUNCIL

É uma organização independente, não governamental e não-lucrativa que promove a gestão responsável das florestas a nível mundial.

GEE - GASES COM EFEITO DE ESTUFA

Os gases com efeito de estufa são os componentes gasosos da atmosfera, sejam naturais ou antropogénicos, que absorvem e emitem radiação em determinados comprimentos de onda do espectro de radiação infravermelha emitido pela superfície da Terra, pela atmosfera e pelas nuvens. Na atmosfera da terra, os principais gases com efeito de estufa são o vapor de água (H2O), o dióxido de carbono (CO2), o óxido nitroso (N2O), o metano (CH4) e o ozono (O3).

GRI - GLOBAL REPORTING INITIATIVE

Instituição global e independente que desenvolve uma estrutura mundial de directrizes de relato, permitindo às empresas preparar relatórios sobre o seu desempenho económico, ambiental e social.

HABITAT

O meio ou local específico onde um organismo ou espécie vive, tratando-se de uma parte circunscrita do meio ambiente total.

IUCN - INTERNATIONAL UNION FOR THE CONSERVATION OF NATURE AND NATURAL RESOURCES

Organização internacional fundada em 1948 com vista à conservação dos recursos naturais. Associa cerca de 83 estados americanos, 108 agências governamentais, 766 ONG’s e 81 organizações internacionais e cerca de 10 000 profissionais de vários países do mundo. Entre 1990 a 2008, adoptou como nome oficial World Conservation Union, utilizando a mesma abreviatura. Em 2008, voltou a utilizar o nome original.

NOX - ÓXIDOS DE AZOTO

Termo utilizado para descrever o conjunto formado por NO, NO2 e outros óxidos de azoto que desempenham um papel muito importante na formação do ozono.

PARTÍCULAS

Poluente atmosférico constituído por material finamente dividido em suspensão no ar.

PASTA CELULÓSICA

Aglomerado de fibras celulósicas utilizado como matéria-prima na produção de papel.

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GRUPO PORTUCEL

PASTA INTEGRADA

Pasta produzida por uma unidade fabril e que é destinada à produção de papel, dentro dessa mesma unidade, sem sofrer um processo intermédio de secagem.

PASTA PARA MERCADO

Pasta destinada à venda, em mercado aberto, como matéria-prima para o fabrico do papel.

PAPER PROFILE

Declaração ambiental subscrita voluntariamente pelos produtores de papel.

PEFC – PROGRAMME FOR THE ENDORSEMENT OF FOREST CERTIFICATION

Este programa surge em 1999, pela iniciativa dos proprietários florestais dos países europeus, com o apoio dos profissionais do sector florestal da madeira.

PLANTA CLONAL

Planta produzida em viveiro a partir de outra planta por via de enraizamento de estacas. Trata-se de plantas que têm o mesmo património genético da planta que lhe deu origem.

PNALE – PLANO NACIONAL DE ATRIBUIÇÃO DE LICENÇAS DE EMISSÃO

Plano nacional que regula as licenças de emissão de dióxido de carbono.

ROLARIA

Troncos de madeira de menor diâmetro para as indústrias de trituração (painéis de madeira e celulose).

SOX - ÓXIDOS DE ENXOFRE

Moléculas gasosas compostas por enxofre e oxigénio.

SST - SÓLIDOS SUSPENSOS TOTAIS

Medida dos sólidos em suspensão existentes em águas residuais, efluentes ou massas de água. O aumento do teor de sólidos suspensos reduz a profundidade a que a luz penetra abaixo da superfície da água, reduzindo assim a profundidade a que as plantas podem viver.

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GRUPO PORTUCEL

11.2. ANEXO II - RELATÓRIO DE VERIFICAÇÃO DE ENTIDADE EXTERNA

KPMG & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, S.A. Edifício Monumental Av. Praia da Vitória, 71 - A, 11º 1069-006 Lisboa Portugal

Telefone: +351 210 110 000 Fax: +351 210 110 121 Internet: www.kpmg.pt

KPMG & Associados – Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, S.A., a firma portuguesa membro da rede KPMG, composta por firmas independentes afiliadas da KPMG International Cooperative ("KPMG International"), uma entidade suíça.

KPMG & Associados - S.R.O.C., S.A. Capital Social: 3.120.000 Euros - Pessoa Colectiva Nº PT 502 161 078 - Inscrito na O.R.O.C. Nº 189 - Inscrito na C.M.V.M. Nº 9093

Matriculada na Conservatória do registo Comercial de Lisboa sob o Nº PT 502 161 078

ABCD

RELATÓRIO INDEPENDENTE DE GARANTIA LIMITADA DE FIABILIDADE

Ao Conselho de Administração do Grupo Portucel

Introdução

1. Fomos contratados pelo Conselho de Administração do Grupo Portucel para realizar um trabalho de garantia limitada de fiabilidade sobre a informação de sustentabilidade incluída no Relatório de Sustentabilidade 2012/2013 (“Relatório”) do Grupo Portucel para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 31 de Dezembro de 2013.

Responsabilidades

2. O Conselho de Administração do Grupo Portucel é responsável:

Pela preparação e apresentação da informação de sustentabilidade incluída no Relatório em conformidade com as Directrizes para Reporte de Sustentabilidade (“Sustainability Reporting Guidelines (G3.1) ”) do Global Reporting Initiative (GRI), conforme referido no capítulo “Sobre o Relatório” do Relatório de Sustentabilidade, e pela informação e asserções incluídas no mesmo;

Pela determinação dos objectivos do Grupo Portucel no que respeita ao desempenho e relato relacionados com a sustentabilidade, incluindo a identificação das partes interessadas (“stakeholders”) e aspectos materialmente relevantes; e,

Pela implementação e manutenção de sistemas de gestão do desempenho e de controlo interno apropriados dos quais é obtida a informação relatada.

3. A nossa responsabilidade consiste em executar o trabalho de garantia limitada de fiabilidade e expressar uma conclusão baseada no trabalho efectuado. O nosso trabalho foi efectuado de acordo com a Norma Internacional sobre Trabalhos de Garantia de Fiabilidade “ISAE 3000 – Trabalhos de Garantia de Fiabilidade que Não Sejam Auditorias ou Exames Simplificados de Informação Financeira Histórica” emitida pelo International Auditing and Assurance Standards Board da International Federation of Accountants. Esta Norma requer o cumprimento dos requisitos éticos aplicáveis, incluindo requisitos de independência, e que o trabalho seja planeado e executado com o objectivo de obter garantia limitada de fiabilidade sobre se nada chegou ao nosso conhecimento, que nos leve a concluir que a informação de sustentabilidade incluída no Relatório para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 31 de Dezembro de 2013 não esteja isenta de distorções materialmente relevantes.

Âmbito

4. Um trabalho de garantia limitada de fiabilidade sobre informação de sustentabilidade consiste em indagações, principalmente aos responsáveis pela preparação da informação apresentada no Relatório, na execução de procedimentos analíticos e outros procedimentos para obtenção de evidência, conforme apropriado. Esses procedimentos incluíram:

Realização de entrevistas com responsáveis para compreender os processos implementados pelo Grupo Portucel para determinar os aspectos materialmente relevantes para as principais partes interessadas (“stakeholders”) do Grupo Portucel;

Realização de entrevistas com colaboradores relevantes, ao nível operacional e corporativo, responsáveis pela preparação da informação de sustentabilidade a incluir no Relatório;

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 12|13

2

ABCD

Comparação da informação apresentada no Relatório, com as respectivas fontes de informação, para concluir se todos os dados relevantes com origem nas referidas fontes foram incluídos no Relatório; e

Leitura da informação apresentada no Relatório, de forma a concluir sobre a sua adequabilidade com o nosso conhecimento geral, e experiência, com a performance de sustentabilidade do Grupo Portucel.

5. Os procedimentos de recolha de prova, efectuados num trabalho de garantia limitada de fiabilidade, são mais limitados do que num trabalho de garantia razoável de fiabilidade efectuado de acordo com Normas Internacionais de Auditoria e, consequentemente, não nos permite obter a garantia de que tomaríamos conhecimento de todas as questões significativas que podem ser identificados numa auditoria ou num trabalho de garantia razoável de fiabilidade. Assim, não expressamos uma opinião de auditoria ou uma conclusão de garantia razoável de fiabilidade sobre o Relatório de Sustentabilidade.

6. O nosso Relatório de garantia limitada de fiabilidade foi preparado para o Grupo Portucel com o objectivo de assistir o Conselho de Administração do Grupo Portucel na verificação que o Grupo cumpriu com as Directrizes do “Global Reporting Initiative” (GRI G3) conforme descrito no capítulo “O Relatório” no relatório de sustentabilidade e com a informação e asserções presentadas no relatório. O nosso Relatório de garantia limitada de fiabilidade é emitido unicamente para o Grupo Portucel de acordo com os termos contratados. Não aceitamos ou assumimos qualquer responsabilidade perante terceiras entidades, para além do Grupo Portucel, pelo nosso trabalho, por este Relatório de garantia limitada de fiabilidade ou pelas nossas conclusões.

Independência

7. Na realização do nosso trabalho, cumprimos com os requisitos aplicáveis do Código de Ética Profissional dos Contabilistas emitido pelo “International Ethics Standards Board for Accountants”.

8. Entendemos que a evidência que obtivemos é suficiente e apropriada para proporcionar uma base para a nossa conclusão.

Conclusão

9. Com base no trabalho efectuado, conforme descrito nos parágrafos anteriores, nada chegou ao nosso conhecimento, que nos leve a concluir que a informação de sustentabilidade incluída no Relatório do Grupo Portucel, para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 31 de Dezembro de 2013, não esteja isenta de distorções materialmente relevantes que afectem a sua conformidade com as Directrizes para a Elaboração de Relatórios de Sustentabilidade (“Sustainability Reporting Guidelines (G3.1) ”) do Global Reporting Initiative (GRI), conforme referido no capítulo “Sobre o Relatório” do Relatório de Sustentabilidade.

Lisboa, 16 de Abril de 2014

KPMG & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, S.A. (n.º 189) representada por Rui Miguel Nogueira Machado (ROC n.º 1012)

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GRUPO PORTUCEL

11.3. ANEXO III - NOTAS METODOLÓGICAS

INDICADORES SOCIAIS LA1 – Mão de obra total, por tipo de emprego, por contrato de trabalho e por região No âmbito deste indicador foram contabilizados dois Colaboradores que se encontram alocados à empresa SPCG. Apesar do negócio da energia não estar englobado no Relatório de Sustentabilidade, a SPCG tem como principal função fornecer energia para a ATF. As responsabilidades destes Colaboradores são assim consideradas relevantes para o reporte do negócio de pasta e papel.

LA2 – Número total e taxa de rotatividade de Colabora-dores, por faixa etária, género e regiãoPara o cálculo da taxa de rotatividade foi utilizado o número de Colaboradores que deixaram o Grupo voluntariamente, ou devido a despedimento, reforma, ou morte em serviço. A taxa de rotatividade foi calculada utilizando a seguinte fórmula: ° Número de Colaboradores que abandonam o Grupo /

Número de Colaboradores a reportar no final do período em análise.

LA7 – Taxa de lesões, doenças profissionais, dias perdidos, absentismo e óbitos relacionados com o trabalho, por regiãoPara o cálculo deste indicador foram utilizadas as seguintes fórmulas:

° Índice de frequência acidentes de trabalho = (N.º de acidentes de trabalho com baixa/N.º horas trabalha-das)*1.000.000

° Índice de frequência de doenças profissionais = (N.º de doenças profissionais/N.º horas trabalhadas)*1.000.000

° Taxa de absentismo = (N.º horas perdidas por absentismo/N.º horas trabalháveis)

° Índice de gravidade = (N.º de dias perdidos por acidente/N.º horas trabalhadas)*1.000.000

LA14 – Proporção do salário base entre mulheres e homens, por categoria profissional Rácio entre a média do vencimento base ilíquido anual dos Colaboradores do sexo feminino e masculino.

INDICADORES AMBIENTAIS Relativamente aos indicadores ambientais EN1, EN3, EN4, EN8, EN16, EN20, EN21, EN22, as análises efetuadas nestes indicadores, com base na produção de pasta e de papel, englobam o produto intermédio (pasta a integrar) e o produto final (pasta e papel para mercado).

EN16 – Emissões totais directas e indirectas de gases com efeito de estufa, por peso Os dados apresentados para as emissões directas de gases com efeito de estufa, incluem as emissões decorrentes da produção de energia da SOPORGEN.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 12|13

11.4. ANEXO IV - RECURSOS HUMANOS

2010 2011 2012 2013

NÚMERO DE COLABORADORES Por categoria profissional Dirigentes 61 60 54 55

Quadros/Técn. Superiores 334 343 334 332

Quadros Médios 283 276 286 291

Executantes 1 653 1 611 1 601 1 581

Por género Homens 2 042 2 004 1 987 1 973

Mulheres 289 286 288 286

Por geografia Portugal 2 246 2 205 2 180 2 154

Holanda 11 10 9 9

Alemanha 14 15 15 14

Espanha 17 15 14 14

Áustria 6 6 6 5

França 10 10 10 10

Itália 10 10 9 9

Reino Unido 9 8 8 8

Marrocos 0 1 1 1

Argentina 0 1 0 0

América 8 9 9 8

Suiça 0 0 1 1

Polónia 0 0 1 2

Bélgica 0 0 3 3

Moçambique 0 0 9 20

Turquia 0 0 0 1

Por tipo de contrato de trabalho

Contrato a termo 113 54 68 73

Contrato sem termo 2 218 2 236 2 207 2 186

Abrangidos por acordos de negociação colectiva

889 851 825 804

NÚMERO DE COLABORADORES QUE RECEBEM FREQUENTEMENTE INFORMA-ÇÃO SOBRE O SEU DESEMPENHO

Por género Homens 1 984 1 958 1 947 1 944

Mulheres 287 285 287 283

NÚMERO DE COLABORADORES QUE RECEBEM FREQUENTEMENTE INFORMA-ÇÃO SOBRE O DESENVOLVIMENTO DE CARREIRA

Por género Homens 1 843 1 909 1 890 1 864

Mulheres 209 245 245 241

NÚMERO DE COLABORADORES POR CATEGORIA PROFISSIONAL, DE ACORDO COM A FAIXA ETÁRIA

Dirigentes Idade inferior a 25 anos - - - -

Idade entre 25 e 35 anos - - - -

Idade entre 36 e 45 anos 8 10 8 9

Idade superior a 45 anos 53 50 46 46

Quadros/Técn. Superiores Idade inferior a 25 anos 1 1 - -

Idade entre 25 e 35 anos 61 62 51 44

Idade entre 36 e 45 anos 113 114 113 114

Idade superior a 45 anos 159 166 170 174

Quadros Médios Idade inferior a 25 anos - - 2 5

Idade entre 25 e 35 anos 22 15 15 16

Idade entre 36 e 45 anos 55 47 48 47

Idade superior a 45 anos 206 214 221 223

Executantes Idade inferior a 25 anos 64 45 31 14

Idade entre 25 e 35 anos 434 404 400 373

Idade entre 36 e 45 anos 455 452 437 432

Idade superior a 45 anos 700 710 733 762

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GRUPO PORTUCEL

2010 2011 2012 2013

TAXA DE ABSENTISMO Por género Homens 3,14 2,99 3,30 3,18

Mulheres 3,68 2,72 3,07 3,03

Por categoria profissional Dirigentes 2,99 0,35 0,75 0,03

Quadros/Técn. Superiores 1,43 1,58 1,41 1,36

Quadros Médios 2,37 2,76 1,81 1,64

Executantes 3,70 3,36 3,98 3,91

NÚMERO DE ADMISSÕES Por género Homens 81 26 45 32

Mulheres 17 10 11 16

Por faixa etária Idade inferior a 25 anos 22 4 8 5

Idade entre 25 e 35 anos 65 24 36 32

Idade entre 36 e 45 anos 8 6 10 9

Idade superior a 45 anos 3 2 2 2

Por região Portugal 93 31 41 35

Outras geografias 5 5 15 13

NÚMERO DE DEMISSÕES Por género Homens 39 64 62 46

Mulheres 16 13 9 18

Por faixa etária Idade inferior a 25 anos 4 3 3 1

Idade entre 25 e 35 anos 20 13 10 6

Idade entre 36 e 45 anos 7 12 6 15

Idade superior a 45 anos 24 49 52 42

Por região Portugal 49 72 66 61

Outras geografias 6 5 5 3

TAXA DE ROTATIVIDADE Por género Homens 1,91 3,19 3,12 2,33

Mulheres 5,54 4,55 3,13 6,29

Por faixa etária Idade inferior a 25 anos 6,15 6,52 9,09 5,26

Idade entre 25 e 35 anos 3,87 2,70 2,15 1,39

Idade entre 36 e 45 anos 1,11 1,93 0,99 2,49

Idade superior a 45 anos 2,15 4,30 4,44 3,49

Por região Portugal 2,18 3,27 3,03 2,83

Outras geografias 7,06 5,88 5,26 2,86

NÚMERO DE COLABORADORES COM DIREITO DE BENEFICIAR DE LICENÇA DE PATERNIDADE / MATERNIDADE

80 57 69 63

NÚMERO DE COLABORADORES QUE BENEFICIARAM DE LICENÇA DE PATER-NIDADE / MATERNIDADE

Por género Homens 59 36 51 54

Mulheres 9 9 17 9

NÚMERO DE COLABORADORES QUE REGRESSARAM AO TRABALHO APÓA A LICENÇA DE PATERNIDADE / MATERNI-DADE

Por género Homens 59 36 51 54

Mulheres 9 9 17 9

COLABORADORES QUE REGRESSARAM AO TRABALHO APÓS A LICENÇA DE PATERNIDADE / MATERNIDADE E CON-TINUAM EMPREGADOS APÓS 12 MESES DE TRABALHO

Por género Homens 59 36 51 54

Mulheres 9 9 17 9

RÁCIO SALÁRIO BASE PARA MULHER / HOMEM

Por categoria profissional Dirigentes 1,02 0,99 0,96 0,82

Quadros/Técn. Superiores 0,81 0,81 0,80 0,78

Quadros Médios 0,91 0,92 0,94 0,97

Executantes 1,32 1,30 1,30 1,26

RÁCIO SALÁRIO MÍNIMO BASE GRUPO PORTUCEL

Por género Homens 1,24 1,23 1,40 1,41

Mulheres 1,32 1,34 1,45 1,52

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 12|13

2010 2011 2012 2013

NÚMERO MÉDIO DE HORAS DE FOR-MAÇÃO

Por género Homens 51 60 54 60

Mulheres 22 32 42 38

Por categoria profissional Dirigentes 14 13 33 43

Quadros/Técn. Superiores 35 44 45 56

Quadros Médios 28 35 29 32

Executantes 55 64 59 63

ÍNDICE DE FREQUÊNCIA DE DOENÇAS PROFISSIONAIS

Total 0,24 - - 1,74

Por género Homens 0,27 - - 1,99

Mulheres - - - -

Por categoria profissional Dirigentes - - - -

Quadros/Técn. Superiores - - - -

Quadros Médios - - - -

Executantes 0,34 - - 2,48

ÍNDICE DE FREQUÊNCIA DE ACIDENTES DE TRABALHO

Total 21,69 21,26 17,46 13,68

Por género Homens 23,90 24,52 19,63 15,33

Mulheres 4,11 2,10 2,02 2,00

Por categoria profissional Dirigentes 0,00 0,00 10,61 0,00

Quadros/Técn. Superiores 1,77 0,00 1,71 0,00

Quadros Médios 3,98 12,39 4,08 3,80

Executantes 29,29 27,79 23,25 18,80

ÍNDICE DE GRAVIDADE DE ACIDENTES DE TRABALHO

Total 729,40 741,67 713,85 690,03

Por género Homens 798,65 917,39 813,15 786,02

Mulheres 176,76 20,99 8,09 12,03

Por categoria profissional Dirigentes 20,02 0,00 848,72 0,00

Quadros/Técn. Superiores 136,28 3,44 44,44 5,16

Quadros Médios 147,29 392,35 138,57 36,08

Executantes 967,29 975,54 946,75 976,69

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GRUPO PORTUCEL

OBSERVAÇÕES PÁGINA NÍVEL DEREPORTE

ESTRATÉGIA E ANÁLISE

1.1 Declaração da pessoa com maior poder de decisão na organização sobre a relevância da sustentabilidade para a organização e sua estratégia.

RS p.10-14 +

1.2 Descrição dos principais impactos, riscos e oportuni-dades.

No exercício da sua actividade, o Grupo encontra-se ex-posto a uma variedade de riscos económicos, financeiros, jurídicos, patrimoniais, ambientais e de higiene e seguran-ça, identificado-se no RGS aqueles que se consideram mais relevantes e de impacto para o Grupo.

RC2 p.171-173

+RC3 p.186-188

PERFIL ORGANIZACIONAL

2.1 Denominação da organização relatora. Grupo Portucel RS p.1 +

2.2 Principais marcas, produtos e/ou serviços. RS p. 24, 25 +

2.3 Estrutura operacional da Organização e principais divisões, operadoras, subsidiárias e joint ventures.

A Sociedade é composta por uma empresa mãe, a Portucel S.A., e um conjunto alargado de empresas sub-sidiárias, que são incluídas na consolidadação das contas do Grupo Portucel.

RC2 p.14

+

Até à presente data não houve quaisquer parcerias estratégicas ou joint ventures em que o Grupo tenha participado.

RC3 p.16, 158 e 176

2.4 Localização da sede social da Empresa. RS p. 126, 127 +

2.5 Número de países em que a organização opera, assim como os nomes dos países onde se encontram as princi-pais operações ou que têm uma relevância específica para as questões da sustentabilidade, abrangidas pelo relatório.

Toda a produção de pasta e papel do grupo Portucel Soporcel é efectuada em Portugal. No presente biénio os produtos do Grupo foram comercializados em mais de 100 países distribuídos por cinco continentes.

RS p.24, 25, 94 +

2.6 Tipo e natureza jurídica da propriedade.Sociedade Aberta com Capital Social representado por acções nominativas.

+

2.7 Mercados abrangidos. Mercado internacional da pasta e papel RS p. 94 +

2.8 Dimensão da organização relatora. RS p. 43 +

2.9 Principais alterações que tenham ocorrido, durante o período abrangido pelo relatório, referente à dimensão, à estrutura organizacional ou à estrutura acionista.

No biénio de 2012/2013 não ocorreu qualquer alteração que tenha modificado a estruturação organizacional ou accionista do Grupo.

RC2 168-170, 190+

RC3 163, 164, 175-177

2.10 Prémios recebidos durante o período abrangido pelo relatório.

RS p.18-20 +

PARÂMETROS DE RELATÓRIO

3.1 Período abrangido. Biénio de 2012/2013 RS p.7 +

3.2 Data do último relatório publicado.O último relatório produzido pelo grupo Portucel Soporcel, abrangeu o biénio de 2011/ 2012.

+

3.3 Ciclo de publicação de relatórios. Bianual +

3.4 Contacto para perguntas referentes ao relatório ou ao seu conteúdo.

RS p.6 +

3.5 Processo para a definição do conteúdo do relatório. RS p.7 +

3.6 Limite do relatório. RS p.7 +

11.5. ANEXO V - ÍNDICE REMISSIVO DA GRI

LEGENDARS - Relatório de SustentabilidadeRC2 - Relatório e Contas 2012RC3 - Relatório e Contas 2013

NÍVEL DE REPORTE + Responde em pleno; ± Responde parcialmente; × Não responde.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 12|13

OBSERVAÇÕES PÁGINA NÍVEL DEREPORTE

3.7 Quaisquer limitações específicas relativas ao âmbito e ao limite do relatório.

O âmbito do relatório abrange os temas materiais referen-tes ao negócio de produção de pasta e papel. As políticas, práticas, indicadores e todas as empresas do Grupo na esfera de consolidação foram reportadas tendo em consi-deração o seu impacto e influência nos temas materiais.

RS p.7 +

3.8 Base para a elaboração do relatório, no que se refere a joint ventures, subsidiárias, instalações arrendadas, ope-rações atribuídas a serviços externos e outras entidades, passíveis de afetar significativamente a comparação entre outros períodos.

RS p.7 +

3.9 Técnicas de medição de dados e bases de cálculo, incluindo pressupostos técnicas subjacentes às estimativas aplicadas à compilação dos indicadores e de outras infor-mações contidas no relatório.

Anexo III – Notas metodológicasPublicado em www.portucelsoporcel.com

RS Anexo III +

3.10 Explicação do efeito de quaisquer reformulações de informações existentes em relatórios anteriores e as razões para tais reformulações.

Anexo III – Notas metodológicasPublicado em www.portucelsoporcel.com

RS Anexo III +

3.11 Alterações significativas, em relação a relatórios ante-riores, no âmbito, limite ou métodos de medição aplicados.

Anexo III – Notas metodológicasPublicado em www.portucelsoporcel.comNão há alterações significativas em relação à publicação do biénio de 2010/2011. O âmbito do presente relatório está focado na produção de pasta e papel. Os temas materiais e os principais impactos, positivos e negativos, ambientais, sociais e económicos, estão reportados com base neste âmbito. A informação adicional reportada no âmbito do negócio de produção de energia complementa a abordagem estratégica do Grupo, no que diz respeito ao seu principal negócio, a produção e comercialização de pasta e papel.

RS Anexo III +

3.12 Sumário e conteúdo GRI.Anexo V – Índice remissivo da GRI Publicado em www.portucelsoporcel.com

RS Anexo V +

3.13 Política e prática corrente relativa à procura de um processo independente de garantia de fiabilidade para o relatório.

RS p.7 +

GOVERNAÇÃO, COMPROMISSOS E ENVOLVIMENTO

4.1 Estrutura de governação da organização, incluin-do comissões subordinadas ao órgão de governação hierarquicamente mais elevado e com responsabilidade por tarefas específicas, tais como a definição da estratégia ou a supervisão da organização.

RC2 p.168-170

+RC3 p.175-177

4.2 Indique se o Presidente do órgão de governação hierarquicamente mais elevado é, simultaneamente, um Director Executivo (e nesse caso, quais as suas funções no âmbito da gestão da organização e as razões para esta composição).

O Presidente do Conselho de Administração não exerce funções executivas.

RC2 p.173

+RC3 p.166, 167

4.3 Indique, no caso de organizações com uma estrutura de administração unitária, o número de membros do órgão de governação hierarquicamente mais elevado que são independentes e/ou os membros não executivos.

A Sociedade adoptou estatutariamente um modelo de gestão monista, ou seja, um Conselho de Administração composto por membros Executivos e Não Executivos, sendo cinco dos seus onze membros do órgão de administração Executivos, e os outros seis membros Não Executivos.

RC2 p.168-170, 174, 175

+

RC3 p.166, 175-177

4.4 Mecanismos que permitam a acionistas e Colaborado-res transmitir recomendações ou orientações ao órgão de governação hierarquicamente mais elevado.

Existe na Sociedade um regulamento relativo à comuni-cação de irregularidades, que tem como objecto regular a comunicação pelos colaboradores da Sociedade de irregularidades alegadamente ocorridas no seu seio. Existe também um gabinete de apoio ao investidor, criado com o objectivo de assegurar um contacto permanente e adequado com a comunidade financeira e promover a comunicação com os investidores

RC2 p.192, 193

+RC3 p.186, 188, 189

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GRUPO PORTUCEL

OBSERVAÇÕES PÁGINA NÍVEL DEREPORTE

4.5 Relação entre a remuneração dos membros do órgão de governação hierarquicamente mais elevado, dos direto-res de topo e dos executivos (incluindo acordos de tomada de decisão) e o desempenho da organização (incluindo o desempenho social e ambiental).

RC2 p.184, 185

+RC3 p.190-192

4.6 Processos ao dispor do órgão de governação hierarqui-camente mais elevado para evitar a ocorrência de conflitos de interesse.

Neste caso, compete à Comissão de Controlo e Governo Societário acompanhar e supervisionar de modo perma-nente às matérias relativas aos sistemas de avaliação e re-solução de conflitos de interesses, nomeadamente no que respeita a relação entre a Sociedade e os seus accionistas ou outros stakeholders.

RC2 p.187-189

+RC3 p.179, 180

4.7 Processo para a determinação das qualificações e competências exigidas aos membros do órgão de governa-ção hierarquicamente mais elevado para definir a estratégia da organização relativamente às questões ligadas ao desempenho económico, ambiental e social.

Os pelouros dos membros da Comissão Executiva são es-tabelecidos considerando as competências e qualificações necessárias para assegurar a gestão das várias questões ligadas ao desempenho económico, social e ambiental do Grupo, não tendo a Sociedade criado nenhuma comissão específica para identificar potenciais candidatos com o perfil para o desempenho das funções de administrador executivo.

RC2 p.175

+RC3 p.178

4.8 Desenvolvimento interno de declarações de princípios ou de missão, códigos de conduta e princípios considera-dos relevantes para o desempenho económico, ambiental e social, assim como a fase de implementação.

RS p.34-36 +

4.9 Processos do órgão de governação, hierarquicamente mais elevado, para supervisionar a forma como a organi-zação efectua a identificação e a gestão do desempenho económico, ambiental e social, a identificação e a gestão de riscos e oportunidades relevantes, bem como a adesão ou conformidade com as normas internacionalmente aceites, códigos de conduta e princípios.

RS p.27-28 +

4.10 Processos para a avaliação do desempenho do órgão de governação hierarquicamente mais elevado, especialmente em relação ao desempenho económico, ambiental e social.

Existe no seio da Sociedade uma Comissão de Sustenta-bilidade responsável pela política corporativa e estratégias utilizadas no desempenho ambiental e social. No que se refere aos assuntos relacionados com o desempenho eco-nómico, a avaliação da política contabilística, bem como o controlo da informação financeira a ser divulgada compete à Comissão de Controlo Interno.

RC2 p.187

+RC3 p.179, 180

4.11 Explicação sobre se o princípio da precaução é abor-dado pela organização e de que forma.

O Grupo tem uma abordagem activa da gestão dos riscos, financeiros, operacionais, patrimoniais, ambientais e de higiene e segurança, baseada no princípio da precaução. Através deste princípio, o Grupo procura minimizar os potenciais efeitos adversos associados a estes riscos.

RC2 p.171

+RC3 p.186-188

4.12 Cartas, princípios ou outras iniciativas, desenvolvidas externamente, de carácter económico, ambiental e social, que a organização subscreve ou defende.

RS p.106,107 +

4.13 Participação significativa em associações e/ou organi-zações de defesa nacionais/internacionais.

RS p.106,107 +

4.14 Relação dos grupos que constituem os stakeholders envolvidos pela organização.

RS p.30, 31 +

4.15 Base para a identificação e seleção dos stakeholders a serem envolvidos.

RS p.30, 31 +

4.16 Abordagens utilizadas para envolver os stakeholders, incluindo a frequência do envolvimento, por tipo e por grupos, de stakeholders.

RS p.30, 31 +

4.17 Principais questões e preocupações identificadas através do envolvimento dos stakeholders e as medidas adotadas pela organização no tratamento das mesmas, nomeadamente através dos relatórios.

RS p.30, 31 +

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 12|13

OBSERVAÇÕES PÁGINA NÍVEL DEREPORTE

ABORDAGENS DE GESTÃO

DMA EN Abordagem de Gestão ao Desempenho Am-biental

RS p.34-36 +

DMA EC Abordagem de Gestão ao Desempenho Eco-nómico

RS p.34-36 +

DMA LA Abordagem de Gestão ao Desempenho Social: Práticas laborais

RS p.34-36 +

DMA HR Abordagem de Gestão ao Desempenho Social: Direitos Humanos

A não discriminação, liberdade de associação e nego-ciação coletiva são temas consagrados na legislação portuguesa e consequentemente nos Colaboradores do grupo Portucel Soporcel.A proibição de trabalho infantil é um tema consagrado na legislação portuguesa e consequentemente no grupo Portucel Soporcel.

RS p.34-36 +

DMA SO Abordagem de Gestão ao Desempenho Social: Sociedade

RS p.34-36 +

DMA PR Abordagem de Gestão ao Desempenho Social: Produto

RS p.34-36 +

INDICADORES DE DESEMPENHO ECONÓMICO

EC1 Valor económico direto gerado e distribuído, incluindo receitas, custos operacionais, indemnizações a Colabora-dores, donativos e outros investimentos na comunidade, lucros não distribuídos e pagamentos a investidores e governos.

RS p.27 +

EC2 Implicações financeiras e outros riscos e oportu-nidades para as atividades da organização, devido às alterações climáticas.

RC2 p. 62, 99, 121, 122, 126, 141, 171, 172

+RC3 p. 69, 104, 128,

129, 133, 148, 187, 188

EC3 Cobertura das obrigações referentes ao plano de benefícios definidos pela organização.

RC2 p.136-138 RC3 p.142-144

+

EC4 Apoio financeiro significativo recebido do governo.

ANOS 2012 2013

+

Incentivos Fiscais / Créditos 25 805 704 9 388 582

Subsídios 291 643 361 881

Apoios para pesquisa,

desenvolvimento e investimento 315 532 68 243

Prémios

Incentivos que permitem adiar o

pagamento de royalties

Incentivos Financeiros 32 526 671 0

Outros

EC5. Rácio entre o salário mais baixo e o salário mínimo local, nas unidades operacionais importantes.

Anexo IV – Recursos HumanosPublicado em www.portucelsoporcel.comDada a dimensão relativa da organização e a sua ligação com o meio económico e social, a definição de “local” coincide com nacional, sendo este indicador relevante apenas para as atividades em Portugal.

RS Anexo IV +

EC6 Políticas, práticas e proporção de custos com fornece-dores locais, em unidades operacionais importantes.

RS p.26 +

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GRUPO PORTUCEL

OBSERVAÇÕES PÁGINA NÍVEL DEREPORTE

EC7 Procedimentos para contratação local e proporção de cargos de gestão de topo ocupado por indivíduos prove-nientes da comunidade local, nas unidades operacionais mais importantes.

A comunidade local, engloba todos os stakeholders, que residem ou interagem nas áreas envolventes dos Comple-xos Industriais do Grupo.O Grupo não possui uma dispersão geográfica da sua atividade principal, a produção de pasta e papel, que justi-fique a formulação de políticas e práticas com o objectivo de privilegiar a contratação local.

+

EC8 Desenvolvimento e impacto dos investimentos em infra-estruturas e serviços que visam essencialmente o benefício público através de envolvimento comercial, em géneros ou pro bono.

O Grupo não efectuou nenhuma avaliação sobre as neces-sidades económicas das comunidades locais. No entanto, possui um extenso programa de apoio às comunidades locais reportadas no capítulo 9.2.

RS p.104, 105, 108-113 +

EC9 Descrição e análise dos Impactes Económicos Indirectos mais significativos, incluindo a sua extensão.

O grupo Portucel encomendou em 2010, um estudo do impacte da atividade das unidades industriais das empresas Portucel e Soporcel sobre as economias dos concelhos de Aveiro, Figueira da Foz e Setúbal. O Estudo, da autoria, do Dr. João Ferreira do Amaral, permitiu con-cluir pela existência de impactes significativos em diversas variáveis que foram especificamente monitorizadas para o efeito, com destaque para o valor acrescentado, para as receitas municipais criadas, para o emprego e para a massa salarial gerada.

+

INDICADORES DE DESEMPENHO AMBIENTAL

EN1 Materiais utilizadas, por peso ou por volume.

2012 2013

RS p.84,85 +

Materiais Renováveis (1000 t)

4 378 4 557

Materiais Não Renováveis (1000 t)

508 506

EN2 Percentagem de materiais utilizadas que são prove-nientes de reciclagem.

2 012 2 013

+Proporção de fibra reciclada no total de fibra (%)

0.21 0.09

EN3 Consumo direto de energia, discriminado por fonte de energia primária.

RS p.75-78 +

EN4 Consumo indireto de energia, discriminado por fonte primária.

Toda a energia consumida em 2012 e 2013 pelas fábricas do grupo Portucel Soporcel foi fornecida pelas centrais de produção de energia que englobam o âmbito do indicador “EN3 – Consumo direto de energia”.

RS p.75-78 +

EN5 Total de poupança de energia devido a melhorias na conservação e na eficiência.

RS p.75-78 +

EN6 Iniciativas para fornecer produtos e serviços baseados na eficiência energética ou nas energias renováveis, e reduções no consumo de energia em resultado dessas iniciativas.

RS p.74, 77, 95, 96 +

EN7 Iniciativas para reduzir o consumo indirecto de energia e reduções alcançadas.

RS p.74, 77 +

EN8 Consumo total de água, por fonte.

2012 2013

RS p.80-82 +

Rede Pública (1000 m3)

34 30

Meio hídrico superficial (1000 m3)

33 756 36 032

Meio hídrico subterrâneo (1000 m3)

25 887 25 458

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 12|13

OBSERVAÇÕES PÁGINA NÍVEL DEREPORTE

EN10 Percentagem de água reciclada e reutilizada.

Não existe contabilização na reutilização e reciclagem de água. Sendo importante referir que o Grupo tem sofisticado as suas práticas de recirculação ou reutilização de águas no processo produtivo, com implementação sis-temática de acções de melhoria que visam a minimização do consumo de água.

RS p.80-82 +

EN11 Localização e área dos terrenos pertencentes, arren-dados ou administrados pela organização, no interior de zonas protegidas, ou a elas adjacentes, e em áreas de alto índice de biodiversidade fora das zonas protegidas.

RS p.63 +

EN12 Descrição dos impactes significativos de atividades, produtos e serviços sobre a biodiversidade das áreas protegidas e sobre as áreas de alto índice de biodiversidade fora das áreas protegidas.

RS p.56 +

EN13 Habitats protegidos ou recuperados. RS p. 64 +

EN14 Estratégias e programas, actuais e futuros, de gestão de impactes na biodiversidade.

RS p.62 +

EN15 Número de espécies, na Lista Vermelha da IUCN e na lista nacional de conservação das espécies, com habitats em áreas afetadas por operações, discriminadas por nível de risco de extinção

RS p.64 +

EN16 Emissões totais diretas e indiretas de gases com efeito de estufa, por peso.

2012 2013

RS p.78-80 +

Emissões Totais (tCO2)

759 266 717 712

As emissões de CO2 reportadas no presente biénio incluem as emissões referentes à Soporgen. Apesar de só em 2013 a Soporcel ter passado a deter o controle financeiro, a produção de energia da Soporgen está dire-tamente dependente da atividade operacional do grupo Portucel Soporcel, influenciando a respectiva produção de energia e respectivas emissões de CO2.

EN17 Outras emissões indiretas relevantes de gases com efeito de estufa, por peso.

O Grupo não possui outras emissões indiretas relevantes de GEE, dado que as emissões relevantes destes gases são reportadas no âmbito do indicador EN16.

+

EN18 Iniciativas para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, assim como reduções alcançadas.

RS p.79-80 +

EN19 Emissão de substâncias destruidoras da camada de ozono, por peso.

Os equipamentos de refrigeração contendo gases destrui-dores da camada de ozono são submetidos a um rigoroso plano de manutenção preventiva. Todas as intervenções são efetuadas por técnicos qualificados, de acordo com a legislação específica. Sempre que possível e oportuno, os equipamentos com o gás R22 são reconvertidos, sendo o mesmo substituído por gases com menor impacte ambiental.

+

EN20 NOx, SOx e outras emissões atmosféricas significati-vas, por tipo e por peso.

2012 2013

RS p.79 +NOx (t) 2 250 2 299

SOx (t) 553 455

Partículas (t) 542 528

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GRUPO PORTUCEL

OBSERVAÇÕES PÁGINA NÍVEL DEREPORTE

EN21 Descarga total de água, por qualidade e destino.

2012 2013

RS p.80-82 +

Caudal (1000 m3)

51 520 52 356

SST (t) 1117 886

CQO (t) 14 818 13 259

CBO (t) 787 733

AOX (t) 170 167

Azoto (t) 123 114

Fósforo (t) 93 109

EN22 Quantidade total de resíduos, por tipo e método de eliminação.

2012 2013

RS p.82-84 +Resíduos Perigosos (t)

462 582

Resíduos Não Perigosos (t)

331 772 324 498

EN23 Número e volume total de derrames significativosNo biénio 2012-2013 não se registaram nas fábricas do grupo Portucel Soporcel quaisquer derrames significativos.

+

EN24 Peso dos resíduos transportados, importados, exportados ou tratados, considerados perigosos nos termos da Convenção de Basileia - Anexos I, II, III e VIII, e percentagem de resíduos transportados por navio, a nível internacional

O grupo Portucel Soporcel não importa ou exporta resíduos que sejam considerados perigosos segundo a Convenção de Basileia.

+

EN25 Identidade, dimensão, estatuto de protecção e valor para a biodiversidade dos recursos hídricos e respectivos habitats, afectados de forma significativa pelas descargas de água e escoamento superficial

O grupo Portucel Soporcel cumpre com toda a legislação em vigor que regulamenta esta matéria e todos os efluentes do Grupo são sujeitos a tratamento primário e secundário antes de ser enviados para o meio receptor. Deste forma o presente indicador é considerado como sendo não material.

+

EN26 Iniciativas para mitigar os impactes ambientais de produtos e serviços e grau de redução do impacte.

RS p.92,93,95 +

EN27 Percentagem recuperada de produtos vendidos e respectivas embalagens, por categoria.

O Grupo não faz recuperação das embalagens de papel, embora incentive a reciclagem e tenha um acordo esta-belecido com a Sociedade Ponto Verde. Não obstante, incorpora fibra reciclada no seu processo produtivo.

+

EN28 Montantes envolvidos no pagamento de coimas significativas e o número total de sanções não-monetárias por incumprimento das leis e regulamentos ambientais.

Foi pago em 2013 uma coima no valor de 3.100 euros que remonta a um processo aberto em 2011 pela Inspecção-Geral do Ambiente por incumprimento na fábrica de Cacia de normas sobre gestão de resíduos e emissões atmosféricas. Em 2013 foi ainda paga uma coima no valor de 25.000 euros pelo complexo Industrial de Setúbal que resulta de um processo aberto em 2010 pela Inspecção-Geral do Ambiente, relativo a incumprimento no controlo de emissões atmosféricas.Tendo em conta a análise de relevância para o negócio nas vertentes económica, social e ambiental foi definido como critério de significância o reporte acima do valor de 3 000 euros.

+

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 12|13

OBSERVAÇÕES PÁGINA NÍVEL DEREPORTE

EN29 Impactes ambientais significativos, resultantes do transporte de produtos e outros bens ou matérias-primas utilizados nas operações da organização, bem como o transporte de funcionários.

O grupo Portucel Soporcel, dispõe de um sistema de ges-tão implementado, com o intuito de otimizar e consequen-temente minimizar o impacte decorrente do transporte de matérias-primas para as suas unidades industriais. O Grupo não dispõe de mecanismos para medir o impacte ambiental decorrente do transporte de matérias-primas, efectuado por fornecedores externos ao Grupo.O Grupo não dispõe de mecanismos para medir o impacte ambiental decorrente do transporte de produtos, efectua-do por entidades externas ao Grupo.

+

EN30 Total de custos e investimentos com a proteção ambiental, por tipo.

RS p.86 +

INDICADORES DE DESEMPENHO SOCIAL – PRÁTICAS LABORAIS E TRABALHO CONDIGNO

LA1 Mão-de-obra total, por tipo de emprego, por contrato de trabalho e por região.

Anexo IV – Recursos HumanosPublicado em www.portucelsoporcel.com

RS p.43+

RS Anexo IV

LA2 Número total de Colaboradores e respectiva taxa de rotatividade, por faixa etária, género e região.

Anexo IV – Recursos HumanosPublicado em www.portucelsoporcel.com

RS Anexo IV +

LA3 Benefícios assegurados aos funcionários a tempo inteiro que não são concedidos a funcionários temporários ou a tempo parcial.

O grupo Portucel Soporcel não possui uma prática cor-rente de contratação de colaboradores com contracto a termo parcial, justificando a não existência de uma política e prática de atribuição de benefícios específica para este tipo de contratação.

+

LA4 Colaboradores abrangidos por acordo de contratação colectiva.

Anexo IV – Recursos HumanosPublicado em www.portucelsoporcel.com

RS p.43+

RS Anexo IV

LA5 Prazos mínimos de notificação prévia em relação a mudanças operacionais, incluindo se esse procedimento é mencionado nos acordos de contratação coletiva.

Não está formalizado um prazo mínimo de notificação prévia em relação a mudanças operacionais. No entanto serão sempre assegurados os direitos dos Colaboradores respeitando o disposto na negociação coletiva e/ou na legislação aplicável.

+

LA6 Percentagem da totalidade da mão-de-obra repre-sentada em comissões formais de segurança e saúde, que ajudam no acompanhamento e aconselhamento sobre programas de segurança e saúde ocupacional

RS p.46 +

LA7 Taxa de lesões, doenças profissionais, dias perdidos, absentismo e óbitos relacionados com o trabalho, por região.

Anexo IV – Recursos HumanosPublicado em www.portucelsoporcel.com

RS p.46, 47+

RS Anexo IV

LA8 Programas em curso de educação, formação, aconselhamento, prevenção e controlo de risco, em curso, para garantir assistência aos trabalhadores, às suas famílias ou aos membros da comunidade afetados por doenças graves.

O Grupo não dispõe de programas específicos neste âmbito.

+

LA9 Tópicos relativos a saúde e segurança, abrangidos por acordos formais com sindicatos.

As responsabilidades e deveres dos Colaboradores da Portucel relativamente aos direitos e deveres relativos a saúde e segurança estão formalizados no Acordo de Empresa e em normativo interno do gPS. No entanto, é relevante referir que a política do Grupo é igual para todas as empresas no que diz respeito a saúde e segurança.

+

LA10 Média de horas de formação, por ano, por trabalha-dor, discriminadas por categoria de funções.

Anexo IV – Recursos HumanosPublicado em www.portucelsoporcel.com

RS p.44, 45+

RS Anexo IV

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GRUPO PORTUCEL

OBSERVAÇÕES PÁGINA NÍVEL DEREPORTE

LA11 Programas de formação para o desenvolvimento de competências e aprendizagem continua que apoiam a continuidade da empregabilidade dos Colaboradores e para a gestão de fim de carreira.

Anexo IV – Recursos HumanosPublicado em www.portucelsoporcel.com

RS p.44, 45

+RS Anexo IV

LA12 Percentagem de funcionários que recebem, regu-larmente, análises de desempenho e de desenvolvimento da carreira.

Anexo IV – Recursos HumanosPublicado em www.portucelsoporcel.com

RS p.43, 44+

RS Anexo IV

LA13 Composição dos órgãos sociais da empresa e relação dos trabalhadores por categoria, de acordo com o género, a faixa etária, as minorias e outros indicadores de diversidade.

Anexo IV – Recursos HumanosPublicado em www.portucelsoporcel.com

RS Anexo IV +

LA14 Discriminação do rácio do salário base entre homens e mulheres, por categoria de funções.

Anexo IV – Recursos HumanosPublicado em www.portucelsoporcel.com

RS Anexo IV +

LA15 Taxas de retenção após a licença parental, por género.

Anexo IV – Recursos HumanosPublicado em www.portucelsoporcel.comNo presente biénio, a taxa de retenção após licença parental, foi de 100% tanto para os homens como para as mulheres.

RS Anexo IV+

INDICADORES DE DESEMPENHO SOCIAL – DIREITOS HUMANOS

HR1 Percentagem e número total de contratos de investimento significativos que incluam cláusulas referentes aos direitos humanos ou que foram submetidos a análise referentes aos direitos humanos.

Não existiram contratos de investimento que incluíssem cláusulas referentes a Direitos Humanos. Não obstante, o código de ética implementado no Grupo define as diretri-zes gerais que devem reger a conduta da Gestão de Topo do Grupo e a dos Colaboradores tanto nas relações com terceiros como com o mercado.

+

HR2 Percentagem dos principais fornecedores e empresas contratadas que foram submetidos a avaliações relativas a direitos humanos e medidas tomadas

Tanto a política de Fornecedores, como os princípios Deontológicos implementados no Grupo e a própria Legis-lação Portuguesa, definem por si só as directrizes gerais que devem reger a sua conduta e dos seus fornecedores tanto nas relações com terceiros, como com o mercado. No âmbito das avaliações, inseridas no sistema de cadeia de responsabilidade, que são realizadas aos fornecedores de madeira o grupo Portucel Soporcel avalia os aspetos relacionados com os direitos humanos.

RS p.67, 68 +

HR3 Número total de horas de formação em políticas e procedimentos relativos a aspectos dos direitos humanos relevantes para as operações, incluindo a percentagem de funcionários que beneficiaram de formação.

O Grupo não dispõe de formações específicas neste âmbito.

+

HR4 Número total de casos de discriminação e acções tomadas.

No período abrangido pelo relatório, não existiram registos de casos de discriminação.

+

HR5 Casos em que exista um risco significativo de impe-dimento ao livre exercício da liberdade de associação e realização de acordos de contratação colectiva, e medidas que contribuam para a sua eliminação.

A negociação colectiva e a livre associação dos colabo-radores é um direito e uma prática corrente no Grupo. Nas verificações efetuadas aos principais fornecedores de madeira, no âmbito do sistema de Cadeia de Responsa-bilidade, não foram identificadas violações neste sentido. Para a madeira comprada já certificada, o Grupo não dispõe de informação que permita responder ao indicador, sendo relevante referir, que a certificação FSC ou PEFC, não pemite recorrências por parte de fornecedores que violem as convenções da Organização Internacional do Trabalho.

+

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 12|13

OBSERVAÇÕES PÁGINA NÍVEL DEREPORTE

HR6 Casos em que exista um risco significativo de ocor-rência de trabalho infantil, e medidas que contribuam para a sua eliminação.

O trabalho infantil é uma violação a legislação portuguesa e às políticas e códigos do Grupo, não representando um risco para as operações. Nas verificações efectuadas aos principais fornecedores de madeira, no âmbito do sistema de Cadeia de Responsabilidade, não foram identifica-das violações neste sentido. Para a madeira comprada já certificada, o Grupo não dispõe de informação que permita responder ao indicador, sendo relevante referir, que a certificação FSC ou PEFC, não permite recorrências por parte de fornecedores que violem as convenções da Organização Internacional do Trabalho.

+

HR7 Casos em que exista um risco significativo de ocorrência de trabalho forçado ou escravo, e medidas que contribuam para a sua eliminação.

O trabalho forçado e escravo é uma violação à legislação portuguesa e às políticas e códigos do Grupo, não repre-sentando um risco para as operações. Nas verificações efectuadas aos principais fornecedores de madeira, no âmbito do sistema de Cadeia de Responsabilidade, não foram identificadas violações neste sentido. Para a madeira comprada já certificada, o Grupo não dispõe de informação que permita responder ao indicador, sendo relevante referir, que a certificação FSC ou PEFC, não permite recorrências por parte de fornecedores que violem as convenções da Organização Internacional do Trabalho.

+

HR8 Percentagem do pessoal de segurança submetido a formação nas políticas ou procedimentos da organização, relativos aos direitos humanos, e que são relevantes para as operações.

Em Portugal as empresas de Segurança são obrigadas por lei a possuírem formação para os seus Colaboradores no âmbito dos direitos humanos.

+

HR9 Número total de Incidentes que envolvam a violação dos direitos dos povos indígenas e acções tomadas

O direito dos indígenas, não é um tema relevante para as operações do Grupo. Nas verificações efectuadas aos principais fornecedores de madeira, no âmbito do sistema de Cadeia de Responsabilidade, não foram identificadas violações neste sentido. Para a madeira comprada já certificada, o Grupo não dispõe de informação que permita responder ao indicador, sendo relevante referir, que a cer-tificação FSC ou PEFC, não permite recorrências por parte de fornecedores que violem os direitos dos indígenas.

+

HR10 Percentagem e número total de operações que tenham sido sujeitos a avaliações de direitos humanos e / ou avaliações de impacto.

O respeito pelos direitos humanos é uma premissa fundamental na gestão de todas as empresas do Grupo. A violação dos direitos humanos é uma violação às leis vigentes em Portugal e beneficia de uma implementação madura, tanto na cultura como nas práticas de gestão em Portugal, pelo que o seu diagnóstico e avaliação não são relevantes para as nossas operações.

+

HR11 Número de queixas relacionadas com os direitos humanos arquivadas, tratadas e resolvidas através de mecanismos formais de queixa.

No presente biénio não foi registado qualquer tipo de queixas desta tipologia.

+

INDICADORES DE DESEMPENHO SOCIAL – SOCIEDADE

SO1 Percentagem das operações com mecanismos para o envolvimento e avaliação do impacto na comunidade implementadas, avaliação do impacto e programas de desenvolvimento;

Todas as unidades industriais do grupo Portucel Soporcel, beneficiaram de avaliações de impacto ambiental, regula-das pelas entidades competentes.

RS p.46, 95, 96, 108, 109 +

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GRUPO PORTUCEL

OBSERVAÇÕES PÁGINA NÍVEL DEREPORTE

SO2 Percentagem e número total de unidades de negócio alvo de análise de riscos à corrupção.

As actividades do Grupo estão sujeitas a um conjunto diversificado de riscos que podem ter impacte negativo nas mesmas. Todos estes riscos, nomeadamente riscos financeiros, operacionais, patrimoniais, ambientais e de higiene e segurança são devidamente identificados, avaliados e monitorizados, cabendo a diferentes estruturas dentro do Grupo a sua gestão e/ou mitigação. Neste âmbito, todas as unidades beneficiam de processos que permitem minimizar a corrupção em todas as unida-des operacionais relevantes.

a

SO3 Percentagem de trabalhadores que tenham efectuado formação nas políticas e práticas de anti-corrupção da organização.

O Grupo dispõe do código de ética, onde são endere-çados estes aspectos. Não foram registadas formações neste âmbito.

+

SO4 Medidas tomadas em resposta a casos de corrupção.Não foram identificados quaisquer indícios de comporta-mento fraudulento, tanto por parte de Colaboradores do Grupo, no período de reporte do presente relatório.

+

SO5 Posições quanto a políticas públicas e participação na elaboração de políticas públicas e em grupos de pressão.

O Grupo mantém uma participação activa num conjunto de organizações a nível nacional e internacional que assu-mem e formalizam posições referentes a políticas públicas. Esta participação está reportada no presente relatório.

RS p.106, 107 +

SO7 Número total de ações judiciais por concorrência desleal, antitrust e práticas de monopólio, bem como os seus resultados.

No presente biénio não foram registadas no Grupo acções judiciais por concorrência desleal, antitrust e práticas de monopólio.

+

SO8 Montantes das coimas significativas e número total de sanções não monetárias por incumprimento das leis e regulamentos.

Durante o biénio o gPS não teve coimas ou sanções significativas neste âmbito.Tendo em conta a análise de relevância para o negócio nas vertentes económica, social e ambiental foi definido como critério de significância o reporte acima do valor de 3.000 euros.

+

SO9 Operações com potenciais impactos significativos ou reais impactos negativos sobre as comunidades locais.

As unidades industriais do grupo Portucel Soporcel contri-buem para o aumento do emprego disponível nas regiões onde opera e para a contratação de fornecedores locais, permitindo distribuir riqueza nas comunidades envolventes. Uma potencial diminuição significativa desta actividade pode implicar uma imediata diminuição do emprego e criação de riqueza na área envolvente.

RS p.46, 56, 57, 108, 109, 112, 113

+

SO10. Medidas de prevenção e mitigação implementadas nas operações com impacto negativo nas comunidades locais

RS p.46, 62, 63, 64 +

INDICADORES DE DESEMPENHO SOCIAL – RESPONSABILIDADE PELO PRODUTO

PR1 Indique os ciclos de vida dos produtos e serviços em que os impactes de saúde e segurança são avaliados com o objetivo de efectuar melhorias, bem como a percentagem das principais categorias de produtos e serviços sujeitas a tais procedimentos.

RS p.95-97 +

PR2 Número total de incidentes resultantes da não-confor-midade com os regulamentos e códigos voluntários relati-vos aos impactes, na saúde e segurança, dos produtos e serviços durante o respetivo ciclo de vida, discriminado por tipo de resultado.

No presente biénio não foi registado nenhum incidente desta natureza.

+

PR3 Tipo de informação sobre produtos e serviços exigida por regulamentos, e a percentagem de produtos e serviços significativos sujeitos a tais requisitos

RS p.95-97 +

PR4 Número total de incidentes resultantes da não--conformidade com os regulamentos e códigos voluntários relativos à informação e rotulagem de produtos e serviços, discriminados por tipo de resultado.

No presente biénio não foi registado nenhum incidente desta natureza.

+

PR5 Indicadores de satisfação de clientes RS p.96 +

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 12|13

OBSERVAÇÕES PÁGINA NÍVEL DEREPORTE

PR6 Programas de observância das leis, normas e códigos voluntários relacionados com comunicações de marketing, incluindo publicidade, promoção e patrocínio.

RS p.95-97 +

PR7 Indique o número total de incidentes resultantes da não-conformidade com os regulamentos e códigos volun-tários relativos a comunicações de marketing, incluindo publicidade, promoção e patrocínio, discriminados por tipo de resultado.

No presente biénio não se registou nenhum incidente no âmbito do indicador.

+

PR8 Número total de reclamações registadas relativas à violação da privacidade de clientes.

No presente biénio não se registou nenhuma reclamação neste âmbito.

+

PR9 Montante das coimas (significativas) por incumpri-mento de leis e regulamentos relativos ao fornecimento e utilização de produtos e serviços.

Foi paga em 2014 uma coima no valor de 3.500 euros referente a 2013 por inexistência de livro de reclamações na Herdade da Caniceira.Tendo em conta a análise de relevância para o negócio nas vertentes económica, social e ambiental foi definido como critério de significância o reporte acima do valor de 3 000 euros.

+

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GRUPO PORTUCEL

ANEXO VI - DECLARAÇÃO EXAME DO NÍVEL DE APLICAÇÃO PELA GRI

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 12|13

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GRUPO PORTUCEL

ANEXO VII - CONTACTOS

SEDE

Mitrena - Apartado 552901-861 Setúbal - PortugalTel: +351 265 709 000Fax: +351 265 709 165

UNIDADES INDUSTRIAIS

Fábrica de CaciaRua Bombeiros da Celulose3800-536 Cacia - PortugalTel: +351 234 910 600Fax: +351 234 910 619

Complexo Industrial de SetúbalMitrena - Apartado 552901-861 Setúbal - PortugalTel: +351 265 709 000Fax: +351 265 709 165

Complexo Industrial da Figueira da FozLavos - Apartado 53081-851 Figueira da Foz - PortugalTel: +351 233 900 100/200Fax: +351 233 940 502

SUBSIDIÁRIAS COMERCIAIS

ALEMANHA Portucel Soporcel Deutschland, GmbHGertrudenstrasse, 950667 Köln - GermanyTel: +49 221 270 59 70Fax: +49 221 270 59 729e-mail: [email protected]

Portucel International Trading, GmbHGertrudenstrasse, 950667 Köln - GermanyTel: +49 221 920 10 50Fax: +49 221 920 10 59e-mail: [email protected]

ÁUSTRIA/EUROPA CENTRAL Portucel Soporcel Austria, GmbHFleschgasse, 32 1130 Wien - AustriaTel: + 43 187 968 78Fax: + 43 187 967 97e-mail: [email protected]

EUROPA DE LESTE Portucel Soporcel Poland Sp. Z.O.O.Pulawska Street, 47602 – 884 WarsawPolandTel: + 48 22 100 13 50Fax: +48 22 458 13 50e-mail: [email protected]

BÉLGICA/ LUXEMBURGOPortucel Soporcel Sales & Marketing, NVCollines de WavreAvenue Pasteur 6H1300 Wavre - BelgiumTel: +32 10 686 539Fax: +32 27 190 389e-mail: [email protected]

ESPANHA Portucel Soporcel España, S.A.C/ Caleruega, 102-104 Bajo izdaEdifício Ofipinar – 28033 Madrid – SpainTel: +34 91 383 79 31e-mail: [email protected]

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 12|13

ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA/CANADÁ Portucel Soporcel North America Inc.40 Richards Avenue5th FloorNorwalk, Connecticut 06854 – USATel: + 1 203 831 8169Fax: + 1 203 838 5193e-mail: [email protected]

FRANÇA Portucel Soporcel France, EURL 20, Rue Jacques Daguerre92500 Rueil Malmaison – FranceTel: + 33 155 479 200Fax: + 33 155 479 209e-mail: [email protected]

GRÉCIA/ OUTROS MERCADOS OVERSEAS Portucel Soporcel Fine Paper, S.A.Apartado 5 – Lavos3081-851 Figueira da Foz - PortugalTel: + 351 233 900 175Fax: + 351 233 900 479

TURQUIAPortucel Soporcel Eurasia Kagit ve Kagit Urunleri Sanayi ve Ticaret A.S.Veko Giz Plaza Meydan sok. no.3/45kat: 14 Oda: 1405 Maslak SariyerIstanbul – TurkeyTel: + 90 212 705 9561Fax: + 90 212 705 9560e-mail: [email protected]

HOLANDA/ PAÍSES NÓRDICOS/ ESTADOS BÁLTICOS Portucel Soporcel International, BVIndustrieweg, 162102LH Heemstede – HollandTel: + 31 235 47 20 21Fax: + 31 235 47 18 79e-mail: [email protected]

ITÁLIA/ SÃO MARINO Portucel Soporcel Italia, SRLPiazza Del Grano, 2037012 Bussolengo (VR) – ItalyTel: + 39 045 71 56 938Fax: + 39 045 71 51 039e-mail: [email protected]

PORTUGAL/ PALOP’S Portucel Soporcel Lusa, S.A.Lavos – Apartado 5 3081-851 Figueira da Foz - PortugalTel: + 351 233 900 176Fax: + 351 233 940 097

Mitrena – Apartado 552901-861 Setúbal – PortugalTel: + 351 265 700 523 Fax: + 351 265 729 481e-mail: [email protected]

MARROCOS/TUNÍSIAPortucel Soporcel Afrique du NordZénith MilléniumImmeuble 1 - 4ème étageLotissement Attaoufik - Sidi Maarouf20190 Casablanca/ MarocTel: + 212 52 287 9475Fax: + 212 52 287 9494e-mail: [email protected] REINO UNIDO/ IRLANDA Portucel Soporcel UK, Ltd.Oaks House, Suite 4A16/22 West StreetEpsomSurrey KT18 7RG – United KingdomTel: + 44 1 372 728 282Fax: + 44 1 372 729 944e-mail: [email protected]

SUÍÇAPortucel Soporcel Switzerland, Ltd.18, Avenue Louis-Cassaï1209 Genève, SwitzerlandTel: + 41 22 747 752Fax: + 41 22 747 79 90e-mail: [email protected]

Page 146: RELATÓRIO - The Navigator Company · recomendada na Conferência do Rio+20, as indústrias de produtos florestais, em geral, ... quanto à preservação das florestas virgens/naturais

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GRUPO PORTUCEL

Grupo PortucelMitrena – Apartado 552901-861 Setúbal – Portugalwww.portucelsoporcel.com

DESENVOLVIMENTO E COORDENAÇÃOComissão de SustentabilidadeAssessoria do Conselho de Administração para a Floresta e AmbienteDirecção de Comunicação

CARACTERÍSTICAS DA PUBLICAÇÃOO miolo e a capa foram impressos em papel Explorer Premium Offset de 120g/m2 e 350g/m2 ambos com certificação FSC.

CERTIFICAÇÃO

AGRADECIMENTOQueremos deixar uma palavra de agradecimento aos nos-sos Colaboradores pela sua participação nas imagens do Relatório de Sustentabilidade.

A versão electrónica do Relatório de Sustentabilidade 2012/2013 encontra-se disponível no site www.portucelsoporcel.com

IMAGENSBanco de Imagens do GrupoFilipe PomboPaulo OliveiraJoaquim Pedro Ferreira

CONCEPÇÃO E DESIGNBestweb

GRÁFICALidergraf