UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-RIDODEPEARTAMENTO DE CINCIAS VEGETAISDISCIPLINA: GEOLOGIA E MINERALOGIADISCENTE: ADRIANA DE F. MENDES

RELATRIO DE GEOLOGIA E MINERALOGIA(Aula prtica ao longo da BR 304)

Mossor - RNMaio de 20111. Introduo

Durante o processo de aprendizado da disciplina de geologia referente ao conteudo que trata dos tipos de rochas, faz-se necessrio reconhecer as estruturas das unidades litoestratigrficas bem como a descrio e interpretao na prtica da observao das rochas ao londo da Br 304.A viagem foi composta de 9 pontos, iniciando no ponto do Rio Mossor e finalizando no Pico do Cabugi.A Bacia Potiguar est localizada no extremo leste da margem equatorial do Brasil, compreendendo parte dos estados do Rio Grande do Norte e Cear, bem como suas plataformas continentais. A bacia limitada a sul e a oeste por rochas do embasamento cristalino, ao norte e leste pelo Oceano Atlntico e, a noroeste, pela Bacia do Cear. Segundo Bertani et al. (1990), a Bacia Potiguar abrange uma rea de aproximadamente 48.000km2, com cerca de 21.000km2 em sua poro emersa e com 27.000 km2 em sua poro submersa na plataforma e talude continental.

Figura 1 Mapa de localizao da Bacia Potiguar, modificado Essa uma bacia do tipo rift, evoluindo para margem passiva, formada a partir do Neojurssico, durante a separao das placas sulamericana e africana. Sua origem, como das outras bacias mesozicas do nordeste do Brasil, est ligada formao do Oceano Atlntico Sul e est relacionada a uma srie de bacias neocomianas, intracontinentais, que compem o Sistema de Rifts do Nordeste Brasileiro. Em linhas gerais, toda a sedimentao mesozica pr-aptiana de origem continental; os ambientes francamente marinhos instalaram-se somente a partir do Albiano. A carta estratigrfica apresenta, resumidamente, as principais etapas da evoluo ocorrida com as bacias marginais e intracratnicas do Nordeste Brasileiro durante o Cretceo. Trs megaseqncias sedimentares caracterizam essa evoluo: uma fase continental, seguida de uma transicional e por fim uma fase marinha, com a formao de uma plataforma carbontica, com eventos transgressivos e regressivos.A estratigrafia da bacia Potiguar dividida em trs grupos: Areia Branca, constitudo pelas formaes Pendncia e Alagamar (Fase Rift e Transicional), Apodi, com as formaes Au, Quebradas e Jandara (Fase de Deriva) e o terceiro, Grupo Agulha, reunindo as formaes Ubarana, Guamar e Tibau/Grupo Barreiras). As formaes cretceas com depsitos carbonticos so Alagamar, Quebradas e Jandara. A Formao Jandara datada do Turoniano ao Eocampaniano,depositada em ambientes de plancie de mar a plataforma rasa, baseando-se no seu contedo fssil.So os melhores solos do Estado para a explorao agrcola, entre eles os cambissolos . Com elevada fertilidade natural, podem, entretanto, apresentar deficincia de fsforo (nos solos calcrios) ou elevados teores de sdio (nos solos salinos e salino-sdicos). Os solos das margens dos rios so em geral enquadrveis como de aptido agrcola regular para nveis de manejo primitivo, semi-desenvolvido ou desenvolvido.A agricultura irrigada ou intensiva na regio deve ser objeto de monitoramento, de forma a evitar danos ambientais pelo uso excessivo de adubos e pesticidas, especialmente pela contaminao potencial dos aqiferos de menor profundidade (Jandara, em particular) e o avano da salinidade em terrenos com problemas de drenagem. Aqui encontramos muitos minerais originrios do calcrio como por exemplo o mgnesio e o clcio o que favorece a produo da cermica e do cimento, movimentando outro setor da economia: a construo civil. No podemos deixar de citar tambm a gua mineral. O plantio no Estado do Rio Grande do Norte concentra-se nas cidades de Mossor, Apodi, Baranas e parte do Vale do Ass, esses solos esto situados em cima da chapada do Apodi, que alm de ser formada por rochas sedimentares, embaixo do calcrio o solo concentra uma grande camada de petrleo.

1.2. Pico do Cabugi

O Parque Ecolgico do Cabugi est localizado entre os municpios de Fernando Pedroza e Angicos, especificamente na microrregio de Angicos e na mesorregio central potiguar do estado do rio grande do norte, ou seja, na regio do ecossistema caatinga, a aproximadamente sete quilmetros a oeste do municpio de Lages, na regio central do estado do rio grande do norte. O Pico do Cabugi uma formao geolgica que se eleva a mais de 500 metros de altura acima do nvel da plancie circundante da regio.Composto principalmente por rochas baslticas alcalinas intrusivas, est associado a importante evento magmtico tercirio da regio, responsvel por diversos corpos rochosos espallhados pelo estado do Rio Grande do Norte. Sua idade isotpica a mais recente das rochas gneas brasileiras ( 19 milhes de anos). A presena de pequenos ndulos de rochas ultrabsicas indicam que estas rochas tenham origem em grande profundidade (cerca de 60 km). Figura 2 - Subida ao Pico do Cabugi

2. Objetivo

A viagem de campo teve como objetivo aplicar os conhecimentos adquiridos em sala de aulafazendo a anlise de tipos de minrios que compem as rochas presente ao longo da BR 304, atravs da anlise, formular hipteses sobre os provveis sistemas deposicionais que atuaram nos locais visitados.

3. Metodologia

A viagem realizada no dia 14 de Maio de 2011, no qual foi conduzida pelo Professor Marcelo Tavares Gurgel, juntamente com os alunos da Universidade Federal Rural do Semi - rido. Para a realizao dessa aula de campo, foram observados os tipos de rochas existentes ao longo da Br 304 em 9 pontos diferentes.Segue abaixo os pontos de parada no qual foram idenficados os tipos de solos daquele local.Os pontos visitados foram identificados da seguinte forma:

Ponto 1 - Trecho Rio Mossor aluvial argilosos sobre substrato vrtico - fundo do vale ( Quartenrio );

Ponto 2 Terrcio Tercirio do Rio Mossor argilo arenoso

Ponto 3 Rio Angicos - aluvial argiloso vrtico fundo do vale ( Quartenrio)

Ponto 4 Assentamento Hiplito - Calcrio Jandara ( Cretcio)

Ponto 5.1 Depresso perifrica da chapada do Apodi Arenito calcifero - ( Cretcio )

Ponto 5.2 Depresso perifrica da chapada do Apodi folheto vermelho arroxeado-( Cretcio )

Ponto 5.3 Depresso perifrica da chapada do Apodi Arenito conglomertico - (Cretcio)

Ponto 6 Terrao tercirio do Rio Assu Formao Moura - Material areno conglomertico

Ponto 7 Rio Assu - aluvial areno argiloso - Fundo do Vale - ( Quartenrio )

Ponto 8 Aps Rio Assu - regio cristalina , rochas metamrficas Gnaisse graniticas e biotita gnaisse rochas metamrficas do pr- cambriano

Ponto 9 Pico do Cabugi - Basalto ( Rochas magmticas )

4. Consideraes Finais

A aula de campo na disciplina de Geologia e mineralogia essencial, instrumento metodolgico que envolve e motiva, agregando teoria e prtica e ainda possvel avaliar se as atividades desenvolvidas em sala proporcionaram mudanas nos que participam desse processo,pois atravs desse contato real no campo, que se estabelecem relaes no que observado. Onde possvel utilizar as situaes externas observando um fato isolado e poder contextualiz-lo no tempo e no espao, portanto a proposta do presente trabalho foi conhecer a geologia do Estado do do Rio Grande do Norte, mais especificamente ao longo da BR 304. Os Pontos foram escolhido por existir os aspectos geolgicos e diversidade litolgica, a variao no relevo e no regime de umidade do solo so os principais responsveis pela variedade em classes de solos do Estado.

5. Resultados

No percurso foi observado os aspectos fsicos das rochas, como tambm os aspectos histricos e ambientais do lugar.O substrato geolgico do semi-rido brasileiro composto por sequncias metassedimentares pr-cambrianas com intruses granticas e sienticas que dominam sobre rochas gnassico- migmtico- granodiorito, constituindo se em rea de alta pontecialidade mineral. Em se tratando de paisagens, minerais, rochas e diversos outros temas geolgicos, o Rio Grande do Norte apresenta exemplos dos mais didticos e completos, abrangendo desde rochas antigas do embasamento cristalino com mais de 3 bilhes de anos at s coberturas de dunas (com menos de 5 mil anos. Muitos desses exemplos constituem potenciais monumentos e stios, que vm, atualmente, em funo de sua importncia histrica, cultural, cientfica e paisagstica, despertando interesse do turismo, conforme j se pode verificar in loco com a freqente ocorrncia de visitas espontneas ou guiadas por agncias de turismo regio.

6. Referncias

ARARIPE,P.T. & Feij, F. 1994.Bacia Potiguar, Boletim de Geocincias da Petrobrs.8(1):127-141.

BERTANI, R. T.; COSTA, I. G.; MATOS, R. M. D., 1990. Evoluo tectonosedimentar, estilo estrutural e habitat do petrleo na Bacia Potiguar. In: GABAGLIA, G. P. R., MILANI, E.J., (ed). Origem e Evoluo de Bacias Sedimentares. Rio de Janeiro : Petrobrs. P.291-310

Oliveira, D.C., Matos, R.M.D., Soares, U.M. 1993. Contribuio ao estudo das estruturas rasas na Bacia Potiguar: anlise estrutural do afloramento de Afonso Bezerra (RN) e adjacncias. Boletim do 4 Simpsio Nacional de Estudos Tectnicos, Belo Horizonte, p. 306-311PARQUE ECOLGICO DO CABUGI. Natal: Idema, 2011. Disponvel em: Acesso em: 17 de maio de 2011..