Relatório_BE_2009 2010

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Realtório de final de ano. Do mesmo, foi dado conhecimento à direcção da escola e à DRELVT, de acordo com legislação em vigor.

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ESCOLA SECUNDÁRIA ARTÍSTICA ANTÓNIO ARROIO

BE/CRE

RELATÓRIO DAS ACTIVIDADES DA BIBLIOTECA DA ESCOLA SECUNDÁRIA ANTÓNIO

ARROIO, NO ÂMBITO DO PLANO DE ACÇÃO DA BE E DO PLANO ANUAL DE

ACTIVIDADES DE ESCOLA 2009-2010

Imagem da Biblioteca ESAA 2008-2009

Nota introdutória:

O programa de intervenção da Escola Secundária António Arroio, pela empresa

Parque Escolar, como é do conhecimento geral, veio condicionar grande parte das

actividades e iniciativas do Plano de Acção da Biblioteca, integrado no plano anual de

actividades da escola. Estes constrangimentos justificaram que não fosse realizada a

Auto-Avaliação da Biblioteca Escolar, de acordo com o Modelo previsto na lei. Esta

decisão de escola foi ratificada pela coordenadora do Gabinete da Rede de Bibliotecas

Escolares, Dra. Teresa Calçada, a 25 de Março de 2010.

Este documento contém duas secções.

Secção I: propostas de melhoria; Secção II: relatório detalhado das actividades.

I - PROPOSTAS DE MELHORIA

A concretização das propostas fica dependente das condições que tivermos para

desenvolver o trabalho.

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Com base no que foi feito e no que ficou por fazer, propomo-nos:

Redigir uma proposta de Política de Desenvolvimento da Colecção, para ser

apreciada pelas estruturas de orientação educativa e fazer aprovar.

Reforçar a articulação com os departamentos, em relação a uma maior

divulgação e mobilização de recursos impressos e digitais e a orientar o

desenvolvimento da Colecção.

Incrementar as actividades de colaboração entre a escola e a BE, na área da

Literacia da Informação – operacionalização de um programa/guião.

Criar repositórios digitais na página da Escola António Arroio/BIBLIOTECA

Avaliar ciclicamente, por classe/subclasse, a Colecção.

Promover, junto dos órgãos de orientação educativa, a formação de equipas

multidisciplinares, temporárias, que apoiem a gestão da Colecção, de acordo

com um programa de acção.

II – RELATÓRIO DETALHADO DAS ACTIVIDADES DE ACORDO COM O PLANO

DE ACÇÃO DA BE_2009/2010

EQUIPA E COLABORADORES

O número de professores que colaboraram com a BE, no desenvolvimento do

Plano de Acção, de forma esporádica ou contínua, foram os seguintes: Cristina Freitas,

Cristina Prudêncio, Dionísio Fernandes, Elisabete Miguel, Fernanda Soares, Fernando

Mouro, José Jerónimo, Luísa Soeiro, Maria José Cabral, Paulo Benjamim e Paulo Onofre,

Risoleta Pedro, Teresa Atouguia.

Como resultado dos constrangimentos já apresentados (ver nota introdutória), a

dispersão de espaços onde decorreram as actividades lectivas contribuiu para a redução

de oportunidades de encontros formais/informais para delinear estratégias. Porém,

temos a realçar o seu esforço no sentido de manterem, a todo o custo, as actividades

que vinham sendo realizadas em anos anteriores.

MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO DA BE

O Modelo de Auto-Avaliação da Biblioteca Escolar é um instrumento criado para

avaliar os diferentes domínios de actuação desta estrutura. No segundo período deste

ano lectivo, uma vez equacionadas as condições em que a Biblioteca estava a funcionar,

o Director da escola enviou um documento, dirigido à Dra. Teresa Calçada, a dar conta

da situação, que impedia a avaliação dos domínios, e propondo a interrupção do

processo de Auto-Avaliação da Biblioteca Escolar, iniciado no ano anterior (Domínio D).

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Os motivos evocados foram atendidos, tendo a escola sido informada dessa decisão a 25

de Março de 2010.

GESTÃO E TRATMENTO DOCUMENTAL

Acondicionamento da Colecção por dois anos – Em Setembro de 2009, houve

necessidade de proceder ao acondicionamento da maior parte da Colecção. Os

procedimentos seguidos foram ditados por reflexões, de acordo com as seguintes

necessidades:

Avaliar para desbaste documentos deteriorados, sem interesse para os

currículos, ou obsolescentes

Acondicionar a Colecção de forma a simplificar a sua arrumação no futuro espaço

Distinguir entre documentos activos, prioritários, a disponibilizar ao público, e os

que poderão ficar em depósito mais tarde num futuro e definitivo espaço

Acondicionar, de forma digna, grande parte das Reservas da Colecção

Minimizar os efeitos de armazenamento, por tempo indeterminado, utilizando

processos de preservação

Libertar itens, através de empréstimo aos grupos/departamentos/cursos, que

viessem a tornar-se imprescindíveis na planificação e prática de pesquisa em aula

(ex. História da Cultura e das Artes, Cine-vídeo…)

Contactar todos os responsáveis pelos grupos disciplinares/cursos para partilhar

estas preocupações e, de forma colaborativa, tomar decisões.

Os procedimentos que foram seguidos na arrumação e acondicionamento das

obras tiveram estas questões em consideração. Os coordenadores das disciplinas fizeram

um trabalho de selecção das obras que acharam por bem utilizar, apontaram outras que,

pela sua idade, estavam obsolescentes e sem interesse para os currículos. Apoiaram e

ajudaram, por fim, ao acondicionamento em caixas de cartão. Temos um balanço

positivo a fazer sobre esta colaboração. Num espaço de duas semanas, foram metidos

em caixas e sinalizados de forma a serem reconhecidos, os muitos milhares de

documentos que a Colecção comporta.

Acresce ainda dizer que o estado actual da Colecção, armazenada de uma forma

que não podemos actualmente controlar, nomeadamente os livros antigos, é motivo de

preocupação, mas fica-nos a sensação de ter feito o possível dentro dos limites de tempo

impostos.

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Produção de documentos - Foram produzidos três documentos necessários à

Gestão da Colecção:

1. Memorando para Selecção, Aquisição e Desbaste da Colecção –

O documento vem condensar toda a prática de Selecção, Aquisição e Desbaste da

Colecção António Arroio efectuada ao longo do tempo. Trata-se de um documento que

dá conta das práticas habituais e faz uma avaliação crítica desses procedimentos. A seu

tempo estará disponível on-line, após dar conhecimento do seu teor ao órgão

pedagógico.

2. Documento: Avaliação da subclasse 7.0

Através da base de dados, foi possível escolher cerca de 834 itens da subclasse

7.0. Motivos da escolha desta subclasse: (i) corresponde a 7,7% do total da colecção

automatizada e recuperável, (ii) é a subclasse mais utilizada pela disciplina de HCA –

História da cultura e das Artes. Não tendo a possibilidade do acesso físico com todos os

itens, utilizaram-se os seguintes procedimentos: a média da idade, a análise comparativa

entre a lista bibliográfica do programam de história e Cultura das Artes e a entrevista a

dois professores que leccionam a disciplina.

Conclusão: a avaliação da subclasse não corresponde aos objectivos previstos:

impõe-se o conhecimento de cada item através do manuseamento físico de cada item e

a avaliação das suas potencialidades/obsolescência.

3. Manual de Procedimentos: catalogação, classificação, indexação e

atribuição de cota

O manual elaborado corresponde à passagem à escrita de procedimentos levados a

efeito ao longo do tempo com vista a Catalogação, Classificação, Indexação e atribuição

de cota. O manual propõe ainda a Classificação de materiais não livro (CD-ROM, DVD e

CD-Áudio) uma vez que, por falta de recursos humanos, carecem de automatização e

recuperação em base de dados, estão em pastas de Arquivo, em fichas técnico-

pedagógicas elaboradas para o efeito, ou em software online, como é o caso dos DVD,

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documentários e filmes. O seu tratamento e lançamento em base de dados deve ser

repensado pela BE e pela escola, em função dos recursos humanos a disponibilizar.

4. Política de Desenvolvimento da Colecção – uma aposta que não foi concluída, já

que pela importância de que se reveste, exigiu reflexão, acesso a dados da escola e da

Colecção (estas em mudança), e fundamentação teórica. Esta actividade teve no início a

ajuda da professora Teresa Atouguia. Houve, porém, redefinição de prioridades, pelo

que se tornou um projecto adiado.

Outros dados sobre a Actividade de tratamento documental:

Catalogação Geral -

As obras previstas para tratamento, desde Setembro, bem como as adquiridas e

oferecidas este ano seguiram os processos habituais: foram todas lançadas nos livros de

registo de entrada, catalogadas, classificadas de acordo com a área de conhecimento

(CDU), atribuídos os pontos de acesso (indexação) e a colocação de cota. Professores

que colaboraram nesta tarefa: Maria José Cabral (em horário previsto para o efeito) na

Classificação, Indexação e atribuição de cota a parte das obras da História e Cultura das

Artes; Julieta Silva (Professora Bibliotecária); Paulo Onofre (sem horas atribuídas para o

efeito e em regime de voluntariado) e a funcionária (AO), Cecília Mateus, com formação

técnica nesta área.

Dados estatísticos (valores absolutos):

Registo manual de 759 itens

531 Abates às existências (provenientes de desbaste) – Para além dos itens

adquiridos ou doados, que foram lançados, na sua maior parte, pela professora

Luísa Soeiro.

1112 Digitalizações de diapositivos (a fim de se evitar a sua deterioração) - pela

professora Cristina Prudêncio

450 Itens etiquetados

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Intervenções na Base de Dados automatizada (livro e não livro)

125 Registos apagados na base (resultantes de desbaste)

1074 Registos modificados /optimizados

396 Registos criados

Organização alfabética da publicação Folhas da Cinemateca – pelo professor

Fernando Mouro.

BIBLIOTECA DIGITAL - A Biblioteca da Escola António Arroio aposta cada vez mais na

Inovação e Desenvolvimento, servindo de portal quer do exterior para a comunidade

escolar quer da comunidade escolar para a comunidade virtual, divulgando a escola e as

suas valências.

Neste ano lectivo, não havendo espaço para receber a comunidade escolar,

pretendeu-se manter a manutenção de blogue arteziletras, num total de 171 Postagens,

até 21 de Julho de 2010, com um balanço positivo desde a sua criação, de 11.737 visitas

e 25. 641 Páginas visitadas. A Biblioteca está na rede social Twitter BE_ARROIO . Segue

cerca de centena e meia de endereços mundiais Twitter, com interesse em áreas como a

educação, leitura, bibliotecas, design e artes em geral. Tem vindo a conquistar

seguidores. Podemos afirmar que tem tido um balanço positivo na divulgação de

informação com interesse em áreas sensíveis à Escola António Arroio, na participação de

uma rede de informação o mais possível actualizada.

Divulgação de Trabalhos - Numa tentativa de divulgar trabalhos dos nossos

alunos, fez-se, sempre que possível, a articulação com as práticas de desenvolvimento

curricular, através da divulgação de trabalhos de Desenho (Diários gráficos, por ex.),

trabalhos de projecto e outras disciplinas como Gestão das Artes e Teoria do Design, e,

ainda, a divulgação de textos com reconhecida qualidade literária, saídos das turmas de

Português.

Conteúdos Digitais – a biblioteca pretende criar um repositório digital, na futura

página da escola/página da Biblioteca, de conteúdos digitais com interesse para alunos e

professores. Duas iniciativas que pretendem levar a bom porto estes desígnios:

Cadernos Digitais – de poetas portugueses, a disponibilizar no blogue e, mais

tarde, na página. Trabalhos realizados por Elisabete Miguel e Cristina Freitas.

Cadernos digitais sobre mitos - trabalhos realizados por Elisabete Miguel.

Divulgação de poetas nacionais e estrangeiros no blogue – Fernando Mouro,

Elisabete Miguel e Teresa Atouguia.

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APLICAÇÕES WEB – Trabalho que se pretende colaborativo: a partir de um banco de

aplicações, em bruto e apenas organizadas por temas, os professores que integram o

projecto devem experimentar as aplicações e dar feedback aos outros, quanto à

utilidade e adequação ao ensino, entre outros critérios. Lançado no final do ano lectivo,

esperamos que resulte de forma profícua, porque integra-se no âmbito da avaliação

crítica da informação. A ideia foi lançada pelo professor José Jerónimo, do Curso de

Design Gráfico. O objectivo é criar um repositório de aplicações WEB que sejam úteis à

comunidade escolar.

NEWSLETTER – a divulgação da Colecção e a formação de utilizadores devem ser

objectivos fundamentais de qualquer biblioteca. Na impossibilidade de continuar um

trabalho que já vínhamos a fazer no início do ano lectivo a todas as turmas do 10º ano,

privilegiamos a divulgação de novidades de obras, ficção e ensaio, de interesse

reconhecido na literatura e na arte. Cada obra divulgada na Newsletter contém a

descrição bibliográfica, seguindo a norma APA, a CDU respectiva, os pontos de acesso

pelos quais pode ser pesquisada e a cota, indicando o local onde vai ser arrumada na

estante.

A concepção do suporte desta edição electrónica deve-se ao professor Paulo

Benjamim.

BOLETIM – A BE não pôde dar continuação a esta publicação electrónica. A falta de

colaboradores com horas atribuídas, como inicialmente estava perspectivado,

condicionou a saída de qualquer número. Foram, porém, seleccionados alguns textos,

imagens e desenhada a sua estrutura.

COLABORAÇÃO DA BE COM A ESCOLA - A BE criou um projecto de articulação com

as turmas/professores interessados, a fim de colmatar a falha da formação de

utilizadores. O objectivo era o apoio e acompanhamento de turmas à Biblioteca

Municipal de Lisboa – Palácio Galveias, com o objectivo de dotar os alunos com

competências de pesquisa da Informação, numa lógica da transversalidade dos

currículos. A turma do 10ºano I, com a qual foi feita uma experiência, com os professores

de Filosofia e Inglês (Fernando mouro e Eva Branco) revelou a aquisição imediata de

competências sobre procura de dados no catálogo automatizado, procura nas estantes,

através da CDU, e pedidos ao Depósito. Alguns alunos manifestaram interesse em voltar

e fazerem-se leitores.

Tratou-se de um projecto apenas divulgado informalmente, que pensamos ter

interesse em divulgar no próximo ano.

FORMAÇÃO - A Formação teve em conta as necessidades de formação desta estrutura, e

previstas nos objectivos do Plano de Acção, a saber:

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Formação Pessoal Docente - Universidade Aberta – pós-graduação em Gestão da Informação e

Bibliotecas Escolares – a concluir em Setembro 2010.

Formação realizada para Pessoal Não Docente (Centro de Formação D. Dinis):

“Organização e gestão da BE, níveis I e II” – Cecília Mateus e Belmira santos (esta

apenas o nível I)

“Tratamento técnico- documental, programa II (AO: Cecília Mateus e Belmira

Santos)

Notas finais:

1. Apesar da redução de horas de colaboradores, o balanço da colaboração dos

professores com a Biblioteca continua a ser positivo. É sempre gratificante

reconhecer que os professores, mesmo sem horas específicas atribuídas,

conseguiram desenvolver trabalho de voluntariado, como é o caso dos

professores Fernando Mouro e Paulo Onofre e Cristina Prudêncio, o que é de

louvar.

2. Deste relatório vão ser enviadas cópias, em PDF, ao Director Regional (DRELVT),

ao cuidado da Dra. Marília Afonso, e outra em CD para o arquivo/SA da Escola

Secundária António Arroio, ao cuidado do Director José Paiva, de acordo com a

legislação em vigor.

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A professora bibliotecária,

Julieta Pinheiro da Silva

Lisboa, 22 de Julho de 2010