Relatório_Exp4_Microbiologia_Bases Experimentais_Trim1.1

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC ANDRÉIA SILVA CAIO BIZ MALASSISE DANIEL JOSÉ DA SILVA FERNANDO HENRIQUE GOMES ZUCATELLI RELATÓRIO DE BASES EXPERIMENTAIS DA CIÊNCIA SANTO ANDRÉ 2009

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Trabalho apresentado como avaliação parcial da disciplina de Bases Experimentais do BC&T da UFABC.Trata sobre microbiologia. Verificando o poder dos antibióticos sobre o desenvolvimento de colonias de bacterias coletadas da moeda de R$0,50 e da cédula R$2,00.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC

ANDRÉIA SILVA CAIO BIZ MALASSISE

DANIEL JOSÉ DA SILVA FERNANDO HENRIQUE GOMES ZUCATELLI

RELATÓRIO DE BASES EXPERIMENTAIS DA CIÊNCIA

SANTO ANDRÉ

2009

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC

ANDRÉIA SILVA CAIO BIZ MALASSISE

DANIEL JOSÉ DA SILVA FERNANDO HENRIQUE GOMES ZUCATELLI

EXPERIÊNCIA 4 – MICROBIOLOGIA

Trabalho apresentado como avaliação parcial da disciplina de Bases Experimentais de Ciência do BC&T da UFABC.

Orientador: Profª Raquel

SANTO ANDRÉ

2009

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Sumário

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................3

2. OBJETIVOS .....................................................................................................................4

3. PARTE EXPERIMENTAL ..............................................................................................4

3.1. Materiais ....................................................................................................................4

3.2. Métodos .....................................................................................................................4

3.2.1. Preparo do meio de cultura ..........................................................................4

3.2.2. Preparação das placas...................................................................................5

3.2.3. Testes .................................................................................................................5

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................................6

5. CONCLUSÃO ..................................................................................................................7

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................8

7. ANEXOS ...........................................................................................................................9

7.1. Anexo 1........................................................................................................................9

7.2. Anexo 2......................................................................................................................10

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1. INTRODUÇÃO

O estudo da microbiologia, ramo da ciência responsável por analisar e estudar

microorganismos de maneira geral iniciou-se há apenas algumas centenas de anos,

apesar destes organismos “invisíveis” estarem presentes na vida humana há

milhares de anos. (TORTORA, FUNKE & CASE – p. 1-6).

Muitos pensam que os microorganismos são, como um todo, prejudiciais aos

seres humanos, sendo associados comumente a doenças como AIDS, infecções e

inconveniências mais comuns, como comida estragada. Porém, os microorganismos

patogênicos representam apenas uma ínfima parte, sendo que existem diversas

aplicações práticas, artificiais ou naturais, úteis ao homem, como os micróbios, que

no solo, auxiliam na decomposição de matéria orgânica, na indústria sintetizam

acetona, ácidos orgânicos, vinagre, queijos, iogurtes e outras dezenas de produtos

alimentícios. (TORTORA, FUNKE & CASE – p. 1-6).

Dentre os microorganismos que podemos encontrar a nossa volta, estão as

Bactérias, Archaeas, Fungos, Protozoários, Algas, Vírus e parasitas multicelulares,

como os Helmintos. (TORTORA, FUNKE & CASE – p. 1-6).

No caso de microorganismos utilizados comercialmente ou em estudos de

laboratório, é necessário cultivá-los em um meio nutritivo, chamado de “Meio de

Cultura”, que pode variar de composição de acordo com o organismo que se deseja

cultivar. Assim que um microrganismo é inserido no meio de cultura, passa a ser

chamado de inóculo. Se houver crescimento, passará a ser chamado de cultura.

(TORTORA, FUNKE & CASE – p. 163).

É importante, antes que se inicie o cultivo de qualquer microrganismo, que seja

feita a esterilização do ambiente em que ocorrerá o cultivo, e inclusive saber como

controlar sua propagação indesejada. Um método eficiente de esterilização é a

fervura de água (calor úmido) à alta pressão, mais conhecida como autoclave, em

que a água atinge temperaturas superiores a 100 ºC, eliminando possíveis

microorganismos indesejados. (TORTORA, FUNKE & CASE – p. 186,187).

No caso de necessidade de controle de microrganismos patogênicos, como é o

caso de algumas bactérias, são usados antibióticos, como penicilina e ampicilina. A

penicilina é altamente eficiente, apresentando nível de toxidade extremamente

baixo. Seu composto básico é um ácido orgânico com um anel β-lactânico, obtido na

cultura do bolor Pennicillium Chrysogenum, que interferem na síntese da parede

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celular bacteriana. A ampicilina é uma penicilina de amplo espectro, que tem

atividades contra Cocos Gram-positivos – bactérias que possuem uma camada

espessa de peptidoglicano que contém os ácidos teicóico e lipoteicóico –

equivalentes à das penicilinas naturais; é ativa também contra alguns bastonetes

Gram-negativos – bactérias que possuem uma fina camada de peptidoglicano e uma

membrana externa que contém lipopolissacarídios, fosforolipídios e proteínas.

(MURRAY; ROSETHAL & PFALLER p. 197-200).

2. OBJETIVOS

Este experiência tem por objetivo analisar a presença de microorganismos de

diversos ambientes através do cultivo em meios de cultura. Também é objetivo desta

experiência compreender os processos laboratoriais para garantir um ambiente

estéril de trabalho e evitar contaminações nos materiais cultivados.

3. PARTE EXPERIMENTAL

3.1. Materiais

Na prática experimental foram utilizados os seguintes equipamentos e

materiais: balança analítica, duas espátulas de pesagem, glicose, preparo para meio

de cultura – LB + ágar, água estéril, um béquer de 50 mL, proveta de 50 mL, bastão

de vidro, garrafa de vidro com tampa de rosca, papel alumínio, autoclave, solução de

ampilicina 1 mg.mL-1, um tubo falcon de 50 mL, tubo eppendorf, duas placas de

petri, caneta de retroprojetor, dois cotonetes, filme de PVC estufa, uma moeda de

R$0,50 e uma cédula de R$2,00.

3.2. Métodos

3.2.1. Preparo do meio de cultura

Foram preparados 40 mL de meio de cultura utilizando-se de 1,6 g de LB +

ágar (4%m/v do meio) e 0,8 g de glicose (2%m/v do meio), que foram pesados em um

béquer. Mediu-se 40 mL de água em proveta que foram acrescentados aos poucos

aos reagentes (LB + ágar e glicose) para se ter uma dissolução e aproveitamento

dos reagentes mais eficiente. Esta mistura foi transferida à garrafa de vidro, que foi

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parcialmente fechada e coberta em papel alumínio para a esterilização em autoclave

por quinze minutos a pressão de 15 lb.

3.2.2. Preparação das placas

Ligou-se o bico de Bunsen regulado para se produzir uma chama azul, e todos

os procedimentos a seguir foram realizados em torno da sua chama.

Após o resfriamento (temperatura em que foi possível encostar a garrafa no

antebraço), 20 mL do meio foram transferidos ao tubo falcon e adicionado 1 mL da

solução de ampicilina 1 mg.L-1. Esta porção do meio foi então transferida para uma

das placas de petri, onde já se tinha feito a inscrição com caneta de retroprojetor na

parte inferior conforme a Figura 1. E colocada para esfriar e endurecer com a tampa

da placa semi-aberta. A outra porção foi transferida para outra placa e colocada para

esfriar também com a tampa semi-aberta.

Figura 1 – Divisões das placas de Petri

3.2.3. Testes

Os quadrantes Controle 1 e Controle 3 foram usados como controle negativo,

onde não se passou nada.

Os quadrantes Controle 2 e Controle 4 foram usados como controle positivo,

esfregou-se um cotonete na boca de um dos componentes do grupo, e passou-se

então na no quadrante da placa sem anti-biótico e depois na placa com antibiótico,

para evitar o arraste do antibiótico para a outra placa.

Nos quadrantes Teste 1, foi esfregado uma ponta de cotonete que havia sido

passada em uma moeda de R$0,50 (Anexo ). E nos quadrantes Teste 2, foi

esfregada uma ponta de cotonete que havia sido passada em uma cédula de R$2,00

(Anexo ).

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As placas foram lacradas com filme de PVC e condicionadas em estufa a 37°C

por dois dias.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após o período de aproximadamente 48 horas, as placas foram abertas. A

figura 2 mostra o aspecto das duas placas. Tanto a placa com meio de cultura sem

antibiótico e a com antibiótico apresentavam gotículas d’água em sua tampa.

Figura 2 – Aspecto das placas após o período de 48 horas.

A placa sem antibiótico, como se pode notar nas figuras 3 e 4, apresentou

colônias de coloração branca de forma arredondada nos quatro quadrantes da placa

de Petri. Sendo que no controle positivo – C2 – observou-se que a colônia era

formada por círculos menores.

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Figura 3 – Placa sem antibiótico Figura 4 – Placa sem antibiótico

Como também foram encontradas colônias no controle negativo – C1 – não se

pode afirmar que as colônias formadas nos quadrantes T1 e T2 eram provenientes

das amostras de moeda ou cédula que foram coletadas. Essa contaminação pode

ter sido provocada pelas gotículas de água que condensaram na tampa, e podem ter

caído no meio, e espalhado o inóculo.

Já na placa com meio de cultura com antibiótico, conforme a figura 5 e 6, não

foram produzidas colônias, nem mesmo no controle positivo, o que evidência que as

colônias observadas na placa sem antibiótico eram de natureza bacteriana.

Figura 5 – Placa com antibiótico Figura 6 – Placa com antibiótico

5. CONCLUSÃO

Através deste experimento, foi possível verificar que a Ampicilina é um

antibiótico eficiente no que diz respeito a evitar proliferação de bactérias. O fato de

ter sido detectada a presença de microrganismos no controle negativo da placa sem

antibiótico se deve a uma possível contaminação do material por ocorrência de erro

na realização das manobras assépticas e esterilização do ambiente, durante o

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experimento. E não foi possível observar diferenças nas culturas provenientes da

cédula e da moeda, pois se desenvolveram em proporções muito próximas e ,

devido à possível contaminação da placa sem antibiótico, não é possível afirmar

qual é a fonte desses microorganismos.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BANCO Central do Brasil. Disponível em <http://www.bcb.gov.br>. Acesso 27 de mar. 2009

MURRAY, Patrick R.; ROSENTHAL, Ken S.; PFALLER, Michael A. Microbiologia Médica. 5. ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2006. p. 197-200.

TORTORA, Gerard J.; FUNKE, Berdell R.; CASE, Christine L. Microbiologia. 8. ed. Porto Alegre, Artmed, 2006. p. 1-6; 163,186,187

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7. ANEXOS

7.1. Anexo 1

Questões de verificação

Questão 1.

O controle negativo seriam os controles 1 e 3, quadrantes onde não foi

passado o cotonete, e ele mostra se as colônias formadas são da amostra ou do

próprio sistema de cultura. O controle positivo seriam os controles 2 e 4, pois neles

esfregou-se um cotonete que havia sido passado em um local em que a presença de

microorganismos é conhecida.

Questão 2.

Porque os antibióticos têm ação bactericida ou bacterioestática, assim no meio

com antibiótico os inóculos bacterianos não conseguiriam se desenvolver, a não ser

que as bactérias inoculadas sejam de uma cepa resistente ao antibiótico em uso.

Questão 3.

1. Macroscopicamente: analisando o aspecto na colônia, por exemplo, se

apresentar aspecto filamentoso ou “cremoso”, trata-se provavelmente de

fungos

2. Microscopicamente: pode-se diferenciar bactérias de fungos, pois as

bactérias têm células menores que as dos eucariotos e de diferentes

formatos, possibilitando sua diferenciação em grupos

3. Microscopicamente com uso de corantes: podem diferenciar diferentes

grupos de bactérias através da adsorção ou não de um determinado

corante, exemplo: bactérias gram-positivas ou gram-negativas.

Questão 4.

Em um material estéril todos os microorganismos, até os de forma mais

resistentes (esporos bacterianos) estão destruídos. Já em um material limpo

(desinfetado), as formas mais resistentes não estão necessariamente destruídas.

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7.2. Anexo 2

Materiais da nota e da moeda

Figura 2 – Moedas de 50 centavos. Fonte: Banco Central do Brasil.

Figura 3 – Anverso: Efígie Simbólica da República, interpretada sob a forma de escultura.

Reverso: Figura de uma tartaruga de pente (Eretmochelys imbricata), uma das cinco espécies de

tartarugas marinhas encontradas na costa brasileira. Fonte: Banco Central do Brasil.

As moedas de 50 centavos feitas com aço inoxidável, material que é utilizado

em indústrias alimentícias por dificultar a proliferação de microorganismos.

As notas de real são feitas com papel-moeda, este papel não possui nenhum

mecanismo anti-microorganismos, dessa forma a proliferação de microorganismo

pode acontecer sem grandes dificuldades.