RELATOS SOBRE APRECIAÇÃO MUSICAL COM CRIANÇAS DA PRÉ-ESCOLA

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 Início Trabalhos RELATOS SOBRE DOCÊNCIA EM EDUCAÇÃO MUSICAL NA SAL A DE A ULA  A BORDA NDO ASSUNTO DA A PRECIA ÇÃ O MUSICA L JAIR DOS SANTOS GONÇALVES 1 Resumo OBJ ETIVOS GERAIS :  Ana lisar um a experiên cia de docên cia musical em sala de aul a, com intuito de construir saber, de aperfeiçoar as práticas pessoais em educação musical, através da análise, desconstrução e elaboração de aulas de música. OBJETIVOS ESPECÍFICOS:  An alisar a imaginação e percepção sonora musical através de uma aula de mu sicaliz ação infantil. Realizar um a exp eriê nc ia au diti va com crian ças através da son opla stia propo rcion ada pela apreci ação de um desen ho an imado. Proporcionar a conscientização dos alunos da importância sobre a importância do saber escutar, através de uma atividade de Apreciação e Sonoplastia. METODOLOGIA E MATERIAIS:  Análise de uma aula de apreciaç ão, realizada com a educação in fantil, n a escola T omé de Souza, no município de Ijui  RS. O material utilizado para esta aula f oi uma caixa de som, um notebook, um vídeo de desenh o animado dos Três Porquinhos, e uma câmera digital para registro da aula, para que depois fosse possível analisar melhor a pratica. Baseado em uma das propostas metodológicas de K. Swanwick, que se refere à audição, proveniente do TECLA, a audição é uma das principais coisas dentro do processo de musicalização de uma pessoa. Sendo assim Leila Sugahara, comenta: De acordo com SWANWICK (2003), “um dos objetivos do professor de música é trazer a consciência musical do último para o primeiro plano”, isto é, trazer à tona a percepção da música assim que ela é tocada, bem como a sua compreensão a partir da intencionalidade de quem a faz. Dessa maneira, afirma que: “o método específico de ensino não é tão importante quanto nossa percepção do que a música é ou do que ela faz”.[1] O QUE É APRECIAÇÃO MUSICAL  Segun do Thezolin, há muitos benefícios através da audição de músicas pelos alunos: “a apreciação musical pode despertar nas pessoas o interesse em continuar a estudar música, em ouvir de maneira crítica e diferenciada e ao ter a música como referência qualitativa e crítica, melhorar a qualidade da audição, tornando assim sua vida mais rica.”[2]  Quando abordada conscie ntemente, há maior consci ência auditiva, o que faz o indivíduo desenv olver um a maior atenção e con centração ao qu e ou ve, transform ando isto em uma escu ta mais consciente. Moreira 2010, coloca a importância da música no cotidiano, sendo que ela está “nos rádios, na televisão, nos celulares, jogos eletrônicos, bares, salas de concerto, computadores”, alem de a música e seus elementos fazerem parte também de ambientes e realidades diferenciados como “temos música no trabalho, na festa, no esporte, na sala de concerto, no show de rock, em casa, no carro”. Visto isto, é importante falarmos do desenvolvimento do ouvido, da escuta e dos níveis de escuta num sentido de que se tenha uma mai or “necessidade de difere nc iar ouvir como MEIO e o ou vir como FIM em si mesmo”, ainda comentados pela autora. Segundo França e Swanwick (2002): “No prim eiro caso, o ou vir estará monitoran do o resultado musi cal na s vári as atividades. No segundo, reafirma-se o valor intrínseco da atividade de se ouvir música enquanto apreciação musical. O status da apreciação enquanto ‘atividade’ pode ser qu es ti on ado: como ela não implica neces sa riamen te um comportamento"externalizável", é freqüentemente considerada a mais passiva das atividades musicais. No entanto, a aparência de uma atitude receptiva não deve mascarar o ativo processo perceptivo que acontece, uma vez que a mente e o espírito do ouvinte são mobilizados (FRANÇA e SWANWICK, 2002; p.12, apud Moreira 2010 p. 282)[3]

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AUTOR: JAIR DOS SANTOS GONÇALVES MÚSICO, PRODUTOR CULTURAL E MUSICAL, PROFESSOR, MAESTRO, MULTI-INSTRUMENTISTA E PESQUISADORE-Mail: [email protected]

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Início  Trabalhos

RELATOS SOBRE DOCÊNCIA EM EDUCAÇÃO MUSICAL NA SALA DE AULA

ABORDANDO ASSUNTO DA APRECIAÇÃO MUSICALJAIR DOS SANTOS GONÇALVES 1

Resumo

OBJETIVOS GERAIS:

Analisar uma experiência de docência musical em sala de aula, com intuito de construir saber, de aperfeiçoar aspráticas pessoais em educação musical, através da análise, desconstrução e elaboração de aulas de música.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Analisar a imaginação e percepção sonora musical através de uma aula de musicalização infantil. Realizar umaexperiência auditiva com crianças através da sonoplastia proporcionada pela apreciação de um desenho animado.Proporcionar a conscientização dos alunos da importância sobre a importância do saber escutar, através de uma atividadede Apreciação e Sonoplastia.

METODOLOGIA E MATERIAIS:

Análise de uma aula de apreciação, realizada com a educação infantil, na escola Tomé de Souza, no município de Ijui – RS. O material utilizado para esta aula foi uma caixa de som, um notebook, um vídeo de desenho animado dos TrêsPorquinhos, e uma câmera digital para registro da aula, para que depois fosse possível analisar melhor a pratica. Baseadoem uma das propostas metodológicas de K. Swanwick, que se refere à audição, proveniente do TECLA, a audição é umadas principais coisas dentro do processo de musicalização de uma pessoa. Sendo assim Leila Sugahara, comenta:

De acordo com SWANWICK (2003), “um dos objetivos do professor de música é

trazer a consciência musical do último para o primeiro plano”, isto é, trazer à tonaa percepção da música assim que ela é tocada, bem como a sua compreensão apartir da intencionalidade de quem a faz. Dessa maneira, afirma que: “o métodoespecífico de ensino não é tão importante quanto nossa percepção do que amúsica é ou do que ela faz”.[1]

O QUE É APRECIAÇÃO MUSICAL

Segundo Thezolin, há muitos benefícios através da audição de músicas pelos alunos:

“a apreciação musical pode despertar nas pessoas o interesse em continuar aestudar música, em ouvir de maneira crítica e diferenciada e ao ter a música como

referência qualitativa e crítica, melhorar a qualidade da audição, tornando assimsua vida mais rica.”[2]

Quando abordada conscientemente, há maior consciência auditiva, o que faz o indivíduo desenvolver uma maioratenção e concentração ao que ouve, transformando isto em uma escuta mais consciente. Moreira 2010, coloca aimportância da música no cotidiano, sendo que ela está “nos rádios, na televisão, nos celulares, jogos eletrônicos, bares,salas de concerto, computadores”, alem de a música e seus elementos fazerem parte também de ambientes e realidadesdiferenciados como “temos música no trabalho, na festa, no esporte, na sala de concerto, no show de rock, em casa, nocarro”. Visto isto, é importante falarmos do desenvolvimento do ouvido, da escuta e dos níveis de escuta num sentido deque se tenha uma maior “necessidade de diferenciar ouvir como MEIO e o ouvir como FIM em si mesmo”, aindacomentados pela autora. Segundo França e Swanwick (2002):

“No primeiro caso, o ouvir estará monitorando o resultado musical nas váriasatividades. No segundo, reafirma-se o valor intrínseco da atividade de se ouvir

música enquanto apreciação musical. O status da apreciação enquanto ‘atividade’pode ser questionado: como ela não implica necessariamente umcomportamento"externalizável", é freqüentemente considerada a mais passiva dasatividades musicais. No entanto, a aparência de uma atitude receptiva não devemascarar o ativo processo perceptivo que acontece, uma vez que a mente e oespírito do ouvinte são mobilizados (FRANÇA e SWANWICK, 2002; p.12, apudMoreira 2010 p. 282)[3]

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Este é um dos motivos pelos quais é importante começar a realização de trabalhos de audição desde a educaçãoinfantil, para que tenham desde cedo um maior desenvolvimento educacional e vivências musicais. Num futuro próximo serãomelhores ouvintes, estarão mais atentos a paisagem sonora dos ambientes e realidades em que estiverem inseridos.

Gohn, (2005) [4] fala da dificuldade de se tratar do assunto com os alunos em sala de aula, visto ser a apreciaçãomusical um assunto complexo. Além disto, o juízo de valor e a questão do gosto em si não é uma coisa que pode serexplicado ou representado de maneira superficial, pois se questiona do seguinte:“Como explicar os critérios (se é querealmente tais critérios existem) para se avaliar música, algo tão subjetivo e efêmero, que desaparece depois de umaaudição e deixa como rastros apenas as anotações sem sons em um caderno? Sendo assim, existem outras situações emque pode acontecer este juízo do gosto musical, impressões sobre o que se escuta em outros lugares, de diferentesformas:

As questões de julgamento de valor na música são mais usualmente colocadas noscorredores do que dentro das salas de aulas. É nas situações informais docotidiano, ouvindo gravações com amigos ou discutindo opiniões sobre umaperformance assistida, que procura-se justificar a preferência por este ou aqueleintérprete, por determinado estilo musical, por uma canção. A formação musical deum indivíduo também ocorre nestes momentos, quando suas idéias e visões demundo são confrontadas com a de outras pessoas, e quando deve-se defenderseus pontos e encontrar formas verbais de justificativa. ( Gohn, 2005, p.618) [5]

Tamanha a importância da audição consciente para que o escutador se desprenda do desengano de uma escutavoluntária e gratuita de automatismos e condicionamentos instintivos, predominantemente animalescos. É uma elevação desua capacidade intelectual, uma forma de resgatar o ouvinte de um plano inferior de escuta, elevando suas condições de

entrar em contato definitivo com um ato mais criativo e consciente, mais inteligente também, em seu ato de escutar.

Escutar não é uma ação instintiva ou automática, mas é o fruto de uma respostaconsciente a um estímulo acústico, se bem que existem formas diferentes de ouvir,Podemos ouvir uma música com o nosso corpo quando respondemos commovimentos corporais (dança) a um estímulo musical. Podemos ouvir uma músicacom a nossa mente quando cantamos e prestamos atenção na letra ou na melodia.E podemos ouvir uma música com a nossa alma, quando sabemos que estamosestabelecendo uma comunicação, um discurso, em um nível que não é o verbalnem o físico. É esta audição que importa, pois é ela que nos conduz aos reinosarquetípicos da beleza. (Cornelissen, May 12, '05 1:32 PM)[6]

Assim, é destacado também o princípio do valor da música pra vida dos sujeitos. Em Swanwick, encontramos essesfundamentos. Ele explica o valor da música pra uma sociedade. Se a música é importante pra sociedade, e dentro damúsica temos o assunto da escuta, da sensibilização do indivíduo para isto, e o desenvolvimento que isto causa para osmesmos, por que não pensar que no momento em que uma criança aprende a escutar conscientemente ela estáamadurecendo socialmente. Música é um ato social. Em um grupo deve-se saber escutar e entender, por questões desobrevivência. Por isto Swanwick, (1999 p.56), afirma:

Até esse ponto tenho tentado dar uma perspectiva sobre a natureza e o valor damúsica e seu papel na sociedade. Tenho dedicado atenção àquelas facetas dodiscurso que a música compartilha com outras formas e identificado três modospelos quais a música funciona metaforicamente. Por meio do processo dametáfora, nós: 1. transformamos sons em “melodias”, gestos; 2. transformamosessas “melodias”, esses gestos, em estruturas; 3. transformamos essas estruturassimbólicas em experiências significativas. Quando tentamos descrever a terceiradessas transformações, termos como “experiência estética”, “fluência” e “ponto

culminante’ parecem permutáveis. Esse forte senso de significado pessoal ocorrecom freqüência para motivar muitas pessoas a se colocarem em buscas deexperiências musicais. (SWANWICK, 1999 p.56) [7]

Desta forma temos a certeza, que a música escutada pode interferir na maneira de como um ou outro ser humanopossa se expressar, como no caso acima vimos, podendo ser através da dança, ao compreender as “melodias”, e nomontante final, se constrói o que é significativo para o sujeito, em termos de vivencia, relações sociais, interpretações davida, do meio em que vive, bem como ele transforma e modifica este meio. A música interfere diretamente nestasexperiências do ser humano, e além do sentido metafórico, pode resultar em motivação e inclinação para as experiênciasmusicais, tanto buscadas por tantas pessoas e grupos de pessoas.

DESCRIÇÃO DA AULA DE MUSICALIZAÇÃO INFANTIL EM QUE FORAM REALIZADAS ATIVIDADE DE AUDIÇÃO ESONOPLASTIA.

“Nesta aula, propus que as crianças assistissem um desenho animado, dos Três porquinhos sem o som. Então eles éque imaginavam o som e que reproduziam o som, pensando na imagem assistida. A idéia era explorar um universo sonoro,provocado pela imagem cinematográfica. Assim, os alunos seriam desafiados a perceberem, a se concentrarem bastante.Foi bem interessante a maneira que eles se dedicavam a olhar e reproduzir alguns sons. Conforme a historia ia passandoas crianças iam pedindo pra ouvir. Eu dizia que era para eles fazerem os sons, imaginando, por exemplo, a risada do lobo,os porquinhos cantando, a casa voando e todas as situações que visualmente davam pra sonorizar. A Sonoplastia ficou acritério deles. Por exemplo, quando o lobo soprava, eu pedia pra eles imitarem, fazerem o som, imaginassem e tentassem

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fazer tudo o que produzisse som, barulhos, e situações sonoras apresentadas no desenho animado. Com o som eles entãointeragiam mais com a história e naqueles momentos enfatizados isto se percebia com mais clareza. Conclui que parecia termais sentido da vez escutada com a inserção dos sons. Conversamos ao final da aula sobre a importância de saberimaginar os sons, também como é importante se concentrar quando está se assistindo algo. Foi bem interessante estaaula. (Relato do Prof. Jair Gonçalves)

TRABALHAR COM O INTERESSE ESTÉTICO DOS EDUCANDOS, PARA APROXIMAR DE UM PROCESSO DEEDUCAÇÃO MUSICAL

Tentar entender por que pareceu que eles se sentiram bem ouvindo a historia do desenho animado, e depois mais avontade quando assistiram e ouviram os sons reais sem ter que produzir os sons, é um desafio que foi proposto por este

trabalho. Sobre a questão do gosto estético DINIZ (2005) comenta:

Ao longo de seu percurso histórico, leia-se; desde que constatamos que o homemse preocupa em avaliar o que lhe rodeia e buscar uma classificação e uma escalade valores, sempre há uma busca pela beleza, sempre há uma busca de umretrato de tudo que nos parece belo e que nos faz sentir bem, uma busca a deixarcomo lembrança tudo o que naquele momento nos chamou atenção como belo.Seja nas pinturas das cavernas, seja nos adornos das ferramentas, seja naorganização de casas e vielas, seja na construção simétrica de edifícios, seja naaplicação de cores em obras plásticas, seja no que for. DINIZ (2005)[8]

Tentei me aproximar mais deles com as audições, com o desenho animado, com a sonoplastia, que provocou uminteresse maior, uma curiosidade diferente para o material substancial, que naquele momento transitava entre música, sons

do ambiente imaginado para o desenho, como vento, batidas, desmoronamentos, instrumentos de trabalho, uivos, gritos,sons de árvores e frutos caindo, efeitos de situações de velocidade, água fervendo, explosões, sons de subir e descer,além de alguns instrumentos musicais como o piano, flauta e violino. Tendo eles imaginação, ludicidade pra dar e vender,foram produzindo os sons como podiam, como sabiam, como tinham em suas memórias. É certo que foram orientados aproduzirem estes sons por um profissional em música, que não deixou que ficasse despercebido tão poderoso elementoque está agregado ao visual, que é o áudio. Por isto hoje se fala muito em audiovisual, onde temos os elementos fotografiae som, como base. Assim, a falta de um deles pode causar diferentes experiências estéticas, e foi isto que se buscou nestaatividade. A reação final, foi a mais interessante, como resultado uma maior proximidade com os sons, com a sonoplastiadestes sons provocados pelo visual de uma história já conhecida por eles. Assim o interesse fluiu com mais exatidão, commais perspicácia, pois a curiosidade foi a porta de entrada para a música e toda a paisagem sonora contida e escondidaatravés do filme mudo.

CURIOSIDADES O DESENVOLVIMENTO DE UMA ATIVIDADE DE SONOPLASTIA COM CRIANÇAS

Como uma Rádio Novela existiria sem sonoplastia? Como o som pode dar um sentido para uma cena, uma fotografia.Que sons se pode imaginar, por exemplo, com uma foto de um fundo com o pôr dos sol, ou talvez de uma amanhecer, deum pássaro voando sobre o oceano. E se escutarmos o som, podemos imaginar cenas também? Todas essaspossibilidades de atividades musicais de audição, foram realizadas com a turma. Em outros momentos, foram levados ossons e eles foram quem fizeram os desenhos. Partimos de diversas idéias, geralmente histórias que inventamos na hora. Acriação, como processo mental, a liberdade que estimulou nas crianças ao inventarem os sons, deu vazão a uma série derepresentações simbólicas que este ou aquela imagem carregava em si. Neste sentido, tentar construir uma sonoplastiacom eles foi um ato inovador e desafiador, tanto pra mim, como para eles. A sonoplastia é o seguinte:

Sonoplastia é a comunicação pelo som. Abrangendo todas as formas sonoras -música, ruídos e fala, e recorrendo à manipulação de registos de som, asonoplastia estabelece uma linguagem através de signos e significados. B. (do Lat.sono, som + Gr. plastós, modelado) ...surge na década de 60 com o teatro

radiofónico, como a reconstituição artificial dos efeitos sonoros que acompanham aação. Antes designada como composição radiofónica, tinha por função a recriaçãode sons da natureza, de animais e objectos, de ações e movimentos, elementosque em teatro radiofónico têm que ser ilustrados ou aludidos sonoramente. Incluíaainda a gravação e montagem de diálogos e a selecção, a gravação e alinhamentode música com uma função dramatúrgica na acção ou narração...Todo o somutilizado em uma construção sonora audiovisual tem o objetivo de ilustrar/destacarmovimentos ou ações que ocorrem na sequência de uma cena, diálogo, locução,etc. (Wikipédia)[9]

Podemos dizer então que as crianças articularam sons, imagindo-os conforme uma fonte de inspiração que foram osdesenhos, e em seguida emitindo-os. Por que não dizer que trabalharam composição, sendo que todos os sons produzidospor eles eram de sua criação, oriundos de suas vivências sonoras em seu dia-a-dia? Pensando nisto, imagina-se que o som

 já criou outro sentido, o não mecânico e automático, mas um som pensado, refletido e buscado de um “banco de dadossonoro” vindos da memória das crianças. Esses sons são escutados desdo o feto. Já se nasce com a idéia do som. O somé algo muito primitivo e intrínseco ao ser humano, pois como todos sabem não existe silencio absoluto a não ser quando seestá morto. Num processo de comunicação sabe-se que a ausencia de discurso é o silêncio. Na música o discurso ésonoro, de um colorido tímbrico, com intensidades e formas. Isto tudo enriquece uma experiência como a feita com ascrianças onde tanto o educador como os educandos aprenderam, vivenciaram e socializaram conhecimentos. CONCLUSÃOComo se percebeu, foi possível proporcionar aos educandos estímulos e desafios para o desenvolvimento de suaimaginação e percepção sonora musical, através de recursos como o desenho animado, sendo que a experiência auditiva e

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criadora foi possível por parte das crianças. Além disto, notou-se um processo de educação, de conscientização dos alunosda a cerca da importância do saber escutar, compreender para depois reproduzir os sons. Não obstante, pode-se concluirque manipularam idéias que viraram sons, que foram provocados movimentos corporais na tentativa de reproduzirem-se ossons. Isto aconteceu de diversas formas, seja com a boca, com o corpo, ou com auxílio de materiais do ambiente em quese encontravam, gestos entre outras formas expressivas. Consolida-se assim, ainda mais a idéia da valorização daeducação musical na escola.

BIBLIOGRAFIA

CORNELISSEN, Willy. Apreciação Musical – Disponível em: http://willycornelissen.multiply.com/journal/item/8/8 - acesso26/06/2011 acesso em 26/06/2011.

DINIZ, Leandro - O que é Beleza - Publicado no Recanto das Letras em 08/07/2005 – Disponível em:http://www.recantodasletras.com.br/ensaios/32243 Código do texto: T32243

GOHN, Daniel - Educação A Distância: Como Desenvolver A Apreciação Musical? - ANPPOM – Décimo QuintoCongresso/2005 - Disponível em: http://www.anppom.com.br/anais/anaiscongresso_anppom_2005/sessao12

 /daniel_gohn.pdf

MOREIRA, Lucia Regina - Representações Sociais: Caminhos Para A Compreensão Da Apreciação Musical? - Disponívelem: http://www.unirio.br/simpom/textos/SIMPOM-Anais-2010-LuciaReginaMoreira.pdf SONOPLASTIA - Disponível em:http://pt.wikipedia.org/wiki/Sonoplastia

SUGAHARA, Leila - O Que É Musicalização? Disponível em: http://www.rededuc.com/page_28.html SWANWICK, Keith. -Ensinando Música Musicalmente – tradução de Alda Oliveira e Cristina Tourinho – São Paulo – Moderna – 2003

THEZOLIM, Ronei A. - Apreciação Musical: Melhorando A Vida Com Música – Disponível em: http://www.unicamp.br /dgrh/informativo/005/apreciacaomusical.html

 

NOTAS: [1] Fonte: http://www.rededuc.com/page_28.html - O Que É Musicalização? Leila Sugahara [2] Fonte:http://www.unicamp.br/dgrh/informativo/005/apreciacaomusical.html - Apreciação Musical: Melhorando a vida com música -Ronei A Thezolim. [3] Fonte: http://www.unirio.br/simpom/textos/SIMPOM-Anais-2010-LuciaReginaMoreira.pdf -Representações Sociais: Caminhos Para A Compreensão Da Apreciação Musical? [4 e 5] Fonte:http://www.anppom.com.br/anais/anaiscongresso_anppom_2005/sessao12/daniel_gohn.pdf - Educação A Distância: ComoDesenvolver A Apreciação Musical? - ANPPOM – Décimo Quinto Congresso/2005 [6] Fonte:http://willycornelissen.multiply.com/journal/item/8/8 - acesso 26/06/2011 [7] Fonte: Ensinando Música Musicalmente – K.SWANWICK, tradução de Alda Oliveira e Cristina Tourinho – São Paulo – Moderna - 2003 [8] Fontehttp://www.recantodasletras.com.br/ensaios/32243 - acessado em 11/05/2011. [9] Fonte: http://pt.wikipedia.org

 /wiki/Sonoplastia - Sonoplastia – acesso em 26/06/2011.

1 apresentador, 2 orientador, 3 co-autor