RELATÓRIO 2018 PROJETO “DEFENDENDO NOSSOS DIREITOS ... · Declaração da ONU sobre os Direitos...
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Assembleia Geral de Eleição e Posse da Nova Diretoria da Associação das Guerreira
Indígenas de Rondônia – AGIR Foto: Deborah Monteiro dos Santos
Porto Velho, RO, Janeiro de 2019
RELATÓRIO 2018 PROJETO “DEFENDENDO NOSSOS DIREITOS”
KANINDÉ - ASSOCIAÇÃO DE DEFESA ETNOAMBIENTAL
Kanindé - Associação de Defesa Etnoambiental Rua Dom Pedro II, 1892, sala7, Bairro Nossa Senhora das Graças, Porto Velho - RO. Home page: www.kaninde.org.br. E-mail: [email protected] Conselho Deliberativo Ivanete Bandeira Cardozo Thamyres Mesquita Ribeiro Aritano Cinta Larga Coordenação Geral Ivaneide Bandeira Cardozo Coordenação Administrativa e Financeira Karen Ribeiro da Silva Conselho Fiscal Neide Faccin Elisabete Ribeiro Rodrigues Wladir Vasquez Coordenadora do Projeto Ivanete Bandeira Cardozo – Oficial do Projeto Oficial de Programa para o Projeto em Rondônia – Amigos da Terra Rebeca Borges Machado Corpo Técnico Ivaneide Bandeira Cardozo - Historiadora/ Mestre em Geografia Israel Vale Junior – Biólogo/ Mestre em Gestão de Áreas Protegidas Alcilene Pereira Paes - Turismóloga Vicente Ferreira Filho - Tec. em Agropecuária Alexsander Santa Rosa – Biólogo/ Mestre em Gestão de Áreas Protegidas Odair Bira - Auxiliar de Campo Elcir Macedo Bandeira - Auxiliar de Serviços Gerais Thamyres Mesquita Ribeiro – Bióloga/ Mestre em Geografia Selma Borges - Engenheira Florestal Diego Rudieli Scheffer – Biólogo Deborah Monteiro dos Santos - Bióloga Texto: Ivanete Bandeira Cardozo
Resumo Executivo
Este relatório de atividades do Projeto “Defendendo Nossos Direitos”,
apoiado pelo Amigos da Terra – Suécia, traz as principais atividades realizadas
durante o ano de 2018.
O ano de 2018 marca a história do Brasil com a eleição de um presidente
da República de partido de extrema direita, com promessas de campanha
baseadas no agronegócio, anti-indígenas, diminuição de áreas protegidas e
retrocessos na área socioambiental. Este acontecimento demonstrou ser um
grande desafio na execução do projeto e ao que tudo indica será muito maior em
2019.
O provável aumento na pressão sobre os recursos naturais dentro das
Terras Indígenas (e outras áreas protegidas) demonstra a necessidade de
planejamento, reflexão e maior atenção sobre as questões socioambientais em
Rondônia e sul do Amazonas visando a preservação dos Direitos Indígenas e de
outros povos da floresta.
O relatório está dividido por objetivos, conforme consta no Acordo
assinado entre Amigos da Terra-Suécia e a Kanindé, facilitando a leitura e
entendimento das ações desenvolvidas e seus resultados.
OBJETIVO GERAL DO PROJETO
Contribuir com o manejo sustentável das terras indígenas e unidades de
conservação com a visão de gestão de territórios etnoambientais e corredor
ecológico, buscando a solução para os problemas socioambientais.
CONQUISTA /HISTÓRIA DE SUCESSO
Destacamos três principais conquistas do projeto:
1) A certificação da castanha dos Paiter Surui foi um dos resultados mais
importantes. O apoio dado a Associação Metareilá do Povo Indígena
Surui contribuiu para que estes pudessem fazer o manejo correto dos
castanhais e assim conseguir a certificação FSC (Forestry Stewardship
Council), já que demonstra aos compradores que os indígenas tem boas
práticas socioambientais na coleta e comercialização da castanha. O Café
Suruí está entre os melhores de Rondônia e esta é a primeira etnia a
conquistar um pódio de 2º melhor café na região amazônica.
2) A forte participação das mulheres indígenas no 15ºAcampamento Terra
Livre (ATL). A AGIR tomou a frente da mobilização da delegação do
estado de Rondônia, reunindo 40 mulheres que foram à Brasília lutar
contra os retrocessos e ameaças aos direitos indígenas e pela
manutenção dos seus territórios.
3) O Curso de Comercialização e Marketing trouxe conhecimentos sobre o
mercado de produtos orgânicos e artesanais, técnicas de vendas,
aprimoramento dos produtos e os ajudou a ter a percepção de valorização
da própria produção. Nele também foram inclusas oficinas de pintura em
tela e pintura em tecido. Com isso, após o curso, vários indígenas
aumentaram sua produção e venda e deram continuidade na confecção
de telas e pintura de camisetas.
OFICINA DE LEGISLACAO INDIGENA E AMBIENTAL, NORMAS DE
GESTÃO DE TERRITÓRIO E DO TERCEIRO SETOR PARA OS TECNICOS E
ASSOCIADOS DA KANINDÉ.
A oficina ministrada abordou temas relacionados com o dia-a-dia da
Kanindé e seus parceiros. Foi realizada no período de 19 a 21 de dezembro de
2018 e contou com aproximadamente 28 participantes (8 pessoas da Kanindé e
20 indígenas das etnias Paiter, Oro nao, Tupari, Sabanê, Cinta Larga e Uru eu
wau wau), sendo 12 mulheres e 16 homens. Vale ressaltar que, para otimizar
OBJETIVO 1: Contribuir com o manejo sustentável das terras indígenas e das Unidades de conservação com uma visão de gestão de territórios etnoambientais e corredor ecológico, buscando solução para os problemas socioambientais via a participação da sociedade civil.
recursos e logística, o curso foi oferecido para os indígenas e para o pessoal da
Kanindé, unindo dessa forma a atividade deste objetivo com o objetivo 2.5 (curso
para 20 indígenas de legislação ambiental e indígena).
A oficina foi apresentada com a seguinte ementa:
• Legislação Fundamental: Declaração das Nações Indígenas sobre o
Direito dos Povos Indígenas, Capítulo VIII – Dos Índios da Constituição
Federal, Estatuto do Índio;
• Ordenamento Territorial, Meio Ambiente e Defesa: Política Nacional
de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas, Lei de crimes
ambientais, Normas sobre a participação da Fundação Nacional do Índio
– Funai, no processo de licenciamento ambiental de empreendimentos ou
atividades potencial e efetivamente causadoras de impactos ambientais e
socioculturais que afetem terras e povos indígenas - Instrução Normativa
Funai nº 1, de 09.01.2012, Código Florestal.
• Legislação trabalhista: Relação de Emprego x Relação de Trabalho;
Contrato de Trabalho; Duração da Jornada de Trabalho; Principais
alterações promovidas pela Reforma Trabalhista; Tratamento
diferenciado do empregado indígena;
• Terceiro Setor: Terceiro Setor e o Direito Administrativo. Bases
constitucionais. Atuação do Terceiro Setor. Natureza jurídica das
entidades do Terceiro Setor: associações, fundações, sociedades
cooperativas e organizações religiosas. Lei Federal n.º 9.790/1999.
Regulação do Terceiro Setor. Responsabilidade das entidades do
Terceiro Setor.
Figura 1 - Participantes da Oficina de Legislação
Figura 2 - Palestra na Oficina de Legislação
CONSELHOS, FORUNS E SEMINÁRIOS
A Kanindé tem participado e contribuído na construção de espaços
coletivos de discussão indígena e ambiental buscando avanços na formulação
de leis, propostas, metodologias e fiscalização. Participa nos seguintes espaços:
• Conselho Municipal de Meio Ambiente de Porto Velho – COMDEMA;
• Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental de Rondônia – CIEARO;
• Conselho Estadual de Política Ambiental – CONSEPA;
• Conselho Consultivo do Parque Nacional Serra da Cutia;
• Comissão Nacional de Biodiversidade - CONABIO;
• Conselho da gestão integrada Cuniã/Jacundá;
• Grupo de Trabalho Externo GTE/PRA;
• Conselho gestor da Estação Ecológica de Samuel;
• Fórum municipal de mudanças climáticas;
• Fórum de enfrentamento a violência contra as mulheres;
• Conselho Consultivo do Parque Estadual Guajará Mirim;
• Comitê técnico-cientifico municipal de mudanças climáticas.
A participação no CONDEMA e CONSEPA, além da participação nas
reuniões, houve também análise de pareceres técnicos referentes a processos
de crimes ambientais. Ao longo do ano, a Kanindé elaborou 77 (setenta e sete)
pareceres. Verificamos que a maioria dos processos estavam relacionados a
transporte irregular de madeira e desmatamento em Unidade de Conservação.
Figura 3 - Conselheira Deborah na Reunião do COMDEMA.
PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS
• Acampamento Terra Livre: O Acampamento Terra Livre (ATL) é a maior
mobilização nacional que reúne há 15 anos, na capital federal, pelo menos
mil representantes de povos indígenas de todo o Brasil, com objetivo de
disseminar não só a sua diversidade e riqueza sociocultural, mas também
como forma de pressionar o Estado pela manutenção e efetivação de seus
direitos, em respeito à Constituição Nacional e ás leis internacionais, como
a Convenção 169 da Organizações Internacional do Trabalho (OIT) e a
Declaração da ONU sobre os Direitos dos Povos Indígenas. Neste ano, o
evento aconteceu de 23 a 27 de Abril e reuniu na sua programação plenárias,
debates, encontros temáticos, marchas, audiência com parlamentares,
rituais e atos culturais, além dos livres espaços de vivência entre os mais
diversos povos presentes. Houve forte participação das mulheres indígenas
no 15ºAcampamento Terra Livre (ATL). A AGIR tomou a frente da
mobilização da delegação do estado de Rondônia reunindo 40 mulheres que
foram a Brasília lutar contra os retrocessos e ameaças aos direitos
indígenas, manutenção dos territórios.
Figura 4 - Acampamento Terra Livre
• Oficina de integração de metodologias de monitoramento para o
Programa REDD+ do Acre: Realizada nos dias 10 e 11 de maio de 2018
em Rio Branco onde, a convite do Instituto de Mudanças Climáticas e
Regulação de Serviços Ambientais – IMC e World Wide Fund for Nature –
WWF, pudemos palestrar sobre a Metodologia de Monitoramento da
Biodiversidade que utilizamos na TI Sete de Setembro.
Figura 5 - Palestra sobre a Metodologia de Monitoramento da Biodiversidade,
no Acre.
• IX Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação: Realizado em
Florianópolis – SC, no período de 31 de julho a 2 de agosto de 2018. A
Kanindé apresentou palestras sobre a situação das Unidades de
Conservação em Rondônia, lançando publicação com mesmo título.
Elaboramos moção repudiando os decretos da Assembleia Legislativa de
Rondônia que revogavam a criação ou redução de 11 Unidades de
Conservação no Estado. Mais informações em:
(www.wwf.org.br/informacoes/noticias_meio_ambiente_e_natureza/?66922/
CBUC-Mocoes-aprovadas-chamam-atencao-para-ameacas-a-UCs).
Figura 6 - IX Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação(CBUC)
• XVI Congresso da Sociedade Internacional de Etnobiologia e XII
Simpósio Brasileiro de Etnobiologia e Etnoecologia (Belém +30):
Realizado entre os dias 7 e 10 de agosto de 2018 em Belém do Pará. O
evento foi organizado pela Universidade Federal do Pará e o Museu
Paraense Emílio Goeldi, em colaboração com a Sociedade Internacional de
Etnobiologia (ISE) e a Sociedade Brasileira de Etnobiologia e Etnoecologia
(SBEE). Este teve como tema principal os direitos dos povos indígenas e
populações tradicionais e a conservação da biodiversidade. A participação
da Kanindé foi ampla e em diversos espaços do evento. Participamos do pré-
congresso, dias 4 e 5 de agosto, onde pudemos da atividade “Turismo de
base comunitária na ilha de Cotijuba”, onde pudemos adquirir mais
conhecimentos sobre a prática do turismo de base comunitária e
organização de mulheres; Lançamos a publicação “Automonitoramento
Paiter Suruí sobre o uso de mamíferos de médio e grande porte na Terra
Indígena Sete de Setembro” que demonstra a utilização da metodologia de
biomonitoramento em uma terra indígena e ministramos duas palestras
tratando sobre essa experiência; Além disso, ministramos o mini curso:
Metodologia de Diagnóstico Etnoambiental, Etnozoneamento e Plano de
Gestão Participativo em Terras Indígenas, que contou com a participação de
30 inscritos (número máximo por minicurso); Participamos da oficina “Povos
da Floresta: conexões e autodeterminação, ferramentas jurídicas e
tecnológicas para a gestão territorial na Amazônia”, onde foi possível trocar
experiências com povos de diversos locais da Amazônia e do mundo; Outra
contribuição importante da Kanindé foi na oficina para regulamentar o direito
à caça de subsistência para populações indígenas e tradicionais no Brasil
onde viabiliza o manejo da fauna e garante autonomia e segurança alimentar
dos povos da floresta; Finalizando o evento, participamos da elaboração e
aprovação da Carta de Belém.
Figura 7 - Lançamento do livro no Congresso de Etnobiologia (Belém +30)
Figura 8 – Minicurso no Congresso de Etnobiologia (Belém +30)
• I Seminário de Construção Coletiva de Aprendizados e Conhecimentos:
promovido pelo Instituto Chico Mendes de Biodiversidade – ICMBIO e o
Instituto de Pesquisas Ecológicas – IPE ocorreu em Brasília/DF no período de
04 a 06 de dezembro de 2018. A Kanindé foi convidada para palestrar durante
o momento de trocas de experiências sobre o monitoramento e conservação
de biodiversidade em Terras Indígenas. Os encaminhamentos deste
seminário servirão de fortalecimento do Programa Nacional de Monitoramento
de Biodiversidade – MONITORA a ser aplicado na UCs em todo território
nacional.
BIOMONITORAMENTO: OFICINA DE CONSOLIDAÇÃO DE DADOS PAITER
SURUÍ
O monitoramento da biodiversidade na TI Sete de Setembro teve suas
atividades continuadas no ano de 2018. A coleta de dados, as reuniões dos
agentes de biomonitoramento e assistência técnica foram consolidadas durante
o ano.
Nos dias 29 a 31 de outubro de 2018 foi realizada a oficina de
consolidação dos dados do biomonitoramento da TI Sete de Setembro. Esta
OBJETIVO 2: Implementar o Plano de Gestão das Terras Indígenas Sete
de Setembro, Roosevelt, Uru-eu-wau-wau e Pacaás Novos.
ocorreu na aldeia Lapetanha e consistiu num momento de discussão e
construção de novas perspectivas em relação a metodologia onde os indígenas
puderam avaliar sua participação, as parcerias, os dados e propor mudanças.
Através dessa avaliação percebeu se que o biomonitoramento vem servindo
como base de informação para a aplicação de outros projetos ligados ao plano
de gestão daquela TI. Um exemplo, conforme relato da Metareilá, é o uso de
dados e da metodologia como suporte para a construção do projeto de manejo
e certificação da Castanha do Brasil.
Na oficina também foi possível atualizar as áreas de caça apontadas em
2009 durante a elaboração do etnozoneamento da TI Sete de Setembro. Essa
atualização possibilitou a percepção dos indígenas de que a área de caça atual
é bem menor do que a anterior. Além disso, os dados de local de caça do
biomonitoramento demonstram o mesmo. Na oficina também discutiu se a
mudança na cultura, visto que algumas famílias já não caçam ou mesmo tem se
alimentado de espécies restritas conforme os tabus Paiter Suruí. Isso demandou
uma ação de valorização e registro da cultura baseando se nos tabus
alimentares e na caça. No momento uma parte do dados estão sendo preparado
para publicação cientifica e divulgação.
Figura 9 - Comunidade da aldeia lapetanha e biomonitores durante a oficina de
biomonitoramento.
Figura 10 - Atualização das áreas de caça utilizadas pelas comunidades da
terra indígena sete de setembro
Figura 11 - Luan Suruí e Alexsander discutindo as informações coletadas junto
aos monitores
OFICINA DE FORMAÇÃO PARA GUIAS TURISTICOS NA TI SETE DE
SETEMBRO
O curso foi realizado no Centro de Formação Paiter Suruí (Sede da
Metareilá) em Cacoal no período de 11 a 14 de dezembro de 2018. Contou com
a participação de 12 indígenas Paiter (sendo 10 homens e 2 mulheres de 5
aldeias). Todo o curso foi produzido de acordo com a realidade da comunidade
local, interligando o conhecimento empírico com a experiência de cada um dos
cursistas, utilizando teoria e prática. A ideia é que estes participantes atuem
como condutores turísticos dentro da TI Sete de Setembro.
Figura 12 - Aula teórica do curso de condutor turístico
Figura 13 - Aula prática do curso de condutor turístico
APOIO NAS ATIVIDADES EXTRATIVISTA E MELHORIA DOS ROCADOS DE
20 FAMILIAS NA TI PACAAS NOVOS.
As atividades consistiram no apoio a tres aldeias: Santo Andre, Santo
Andre II e Bom Futuro. O apoio foi realizado através de parceria com o Serviço
Nacional de Aprendizagem Rural – SENAR que disponibilizou tecnico para
prestar assistencia durante as atividades de construcão do viveiro e producão de
mudas na aldeia Santo André. A Kanindé efetuou a compra de insumos para os
viveiros, combustível para o transporte de pessoal no trecho Guajara Mirim – TI
Pacaas Novos – Guajara Mirim, manutençao do veículo 4x4 que está baseado
na aldeia Santo Andre, reforma/construção de casas de farinha (estas ainda
estao sendo reformadas por conta do periodo chuvoso ter atrapalhado esta
atividade), além do apoio direto a Associacao Indígena para participar de
reuniões e demandas relacionadas as questões indigenas.
No viveiro foram produzidas cerca de 3 mil mudas de frutiferas (cupuaçu,
biribá, mamão, café), hortaliças (coentro, cebolinha, pepino, tomate). As mudas
foram plantadas dentro dos roçados nas aldeias e as hortaliças consumidas
pelos indígenas.
Figura 14 - Mudas produzidas
Figura 15 – SENAR, KANINDÉ e indígenas
Figura 16 - indígenas trabalhando no viveiro
APOIO NAS ATIVIDADES EXTRATIVISTA E MELHORIA DOS ROCADOS DE
20 FAMILIAS NA TI URU EU WAU WAU.
As atividades na TI Uru Eu Wau Wau foram concentradas no apoio a
Associação Jupaú, garantindo uma gestão objetiva e de forma a atender as
demandas da comunidade. Estas foram desde o acompanhamento a rede
bancária para atualização do cartão de assinaturas dos diretores até o
agendamento/participação de reuniões em diversas instâncias como o Ministério
Público Federal, Funai/CR Ji Paraná, SESAI, SEDUC, Polícia Federal. Essa
reunião serviu para a criação deste grupo de trabalho (GT) para atualizar o Plano
de Proteção da TI Uru Eu Wau Wau/Parna Pacaas Novos. O GT vem se reunindo
a cada mês desde essa data.
A assistência técnica para o manejo de roçados foi intensa, ocorrendo
desde a orientação para planejamento, limpeza, plantio, colheita e finalizando na
comercialização. As culturas foram diversificadas: milho, banana, café,
mandioca e frutíferas diversas. Parte dos roçados foram monitorados e colhidas
as coordenadas geográficas.
Foram feitas melhorias nas casas de farinha das aldeias Alto Jamari,
Jamari, Alto Jaru, 621. A manutenção buscou o incremento na produção de
farinha. Além disso foi construído um viveiro de produção de mudas na aldeia
Nova. Foram produzidas aproximadamente 1000 mudas de café que
posteriormente foram plantadas na roça daquela aldeia.
Figura 17 - Colheita de feijão na aldeia nova
Figura 18 - Entrega de suprimentos para o trabalho com a produção agrícola
Figura 19 - Reforma na casa de Farinha da aldeia Alto Jaru
Figura 20 - Produção de farinha da Aldeia Nova
Tabela 1 - Venda da castanha TI Uru Eu Wau Wau:
PRODUTOR QUANT.
VENDIDA/KG PREÇO/KG/R$ VALOR DA
VENDA/R$ DATA COMUNIDADE
Mandu Uru Eu Wau Wau
229 4,50 1.030,40 04/01/2018 Alto Jamari
Uka Uru Eu Wau Wau
231 4,50 1.040,00 04/01/2018 Alto Jamari
Mongtá Uru Eu Wau Wau
437 4,50 1.966,10 04/01/2018 Alto jamari
Arino Uru Eu Wau Wau
156 4,50 750,00 13/01/2018 Alto Jamari
Taroba Uru Eu Wau Wau
150 4,50 744,00 13/01/2018 Alto jamari
Makana Uru Eu Wau Wau
191 4,50 917,00 13/01/2018 Alto Jamari
Mongtá Uru Eu Wau Wau
202 4,50 970,00 13/01/2018 Alto Jamari
Awapu Uru Eu Wau Wau
619,28 5,00 3.096,40 17/01/2017 Alto Jamari
Kunhawé Uru Eu Wau Wau
566,40 5,00 2.832,00 17/01/2018 Alto Jamari
Kuembú Uru Eu Wau Wau
287,04 5,00 1.435,20 17/01/2018 Alto Jamari
Makana Uru Eu Wau Wau
309,46 5,00 1.547,30 17/01/2018 Alto Jamari
Taroba Uru Eu Wau Wau
200,06 5,00 1.100,30 17/01/2018 Alto Jamari
Arino Uru Eu Wau Wau
615 4,50 2.767,50 20/01/2018 Alto Jamari
Taroba Uru Eu Wau Wau
306,50 4,50 1.379,25 20/01/2018 Alto jamari
Mandú Uru Eu Wau Wau
394,00 4,50 1.773,90 20/01/2018 Alto Jamari
Uka Uru Eu Wau Wau
101,50 4,50 456,75 20/01/2018 Alto Jamari
Tari Uru Eu Wau Wau
891 4,50 4.009,50 20/01/2018 Jamari
Puruem Uru Eu Wau Wau
785 4,50 3.532,50 20/01/2018 Jamari
Awapy Uru Eu Wau Wau
188 4,50 846,00 20/01/2018 Jamari
O início de 2018 foi marcado com invasões e roubo de madeira na TI
Uru Eu Wau Wau, principalmente na região das aldeias 623 e Alto Jaru. Um outro
grupo, dessa vez de grileiros atuou na parte norte da TI. Uma força tarefa
composta de IBAMA, Ministério Público Federal, FUNAI, ICMBio, Policia
Ambiental, Kanindé, Associação Jupaú realizaram planejamento para
desenvolver vigilância e fiscalização nas áreas afetadas. A situação foi sanada,
porém próximo ao período eleitoral retornou com maior força se agravando ainda
mais com a vitória do candidato do partido PSL, sendo que este baseou toda sua
campanha contra a política socioambiental.
No fim de 2018 várias invasões de grileiros foram identificadas, estas de
forma escancarada (uma delas na estrada de acesso a aldeia 623, bem embaixo
da placa de limite da TI). Os indígenas foram por diversas vezes ameaçados e
intimidados pelos grileiros.
Figura 21 - Fiscalização na Terra Indígena Uru Eu Wau Wau
TOTAL GERAL QUANTIDADE VENDIDA/KG VALORES RECEBIDOS/R$
6.879,44 31.879,44
Figura 22 - Equipe de Fiscalização em conversa com os indígenas
Figura 23 - Equipe da fiscalização prendendo invasor
Figura 24 - Indígenas denunciando as invasões para jornalista
Figura 25 – Coordenadora Geral da Kanindé e indígenas sendo entrevistados
sobre as invasões
Figura 26 - Indígenas preparados para fazer a vigilância no território
Figura 27 - Homens e mulheres fazendo a vigilância do território
ASSISTENCIA TECNICA NA PISCICULTURA DA ALDEIA LAPETANHA, TI
SETE DE SETEMBRO
A piscicultura na Aldeia Lapetanha, onde estão instalados também os
tanques rede, atende aquela comunidade e também outras aldeias que
trabalham com a Associação Metareilá. Dessa forma, os peixes criados são
posteriormente pescados por toda a comunidade para a sua alimentação.
O manejo da piscicultura da aldeia Lapetanha vem sendo aplicado pelos
indígenas de acordo com as capacitações realizadas anteriormente. Em 2018 a
responsabilidade por esta atividade foi da indígena Raquel Suruí. Todos os dias
no período da manhã e tarde ela alimentou os peixes, além de ser o ponto focal
da Metareilá.
No início de 2018 foi realizada manutenção no açude. Esta consistiu em
diminuir o volume de água, retirar a maioria dos peixes (despesca), galhos secos
que estavam no fundo, limpeza das margens, entre outros. A despesca
considerou os peixes acima de 1kg para distribuição para a comunidade e abaixo
disso eram devolvidos ao tanque. Infelizmente não temos dados quantitativos
sobre essa etapa. A partir disso foram adquiridos mais 3.000 alevinos (filhotes)
de diversas espécies (tambaqui, piau, curimba) e 600kg de ração para peixe.
Esses filhotes passaram dois meses dentro dos tanques rede até alcançarem
tamanho maior e daí foram soltos no açude. Estima-se que a produtividade final
destes filhotes inseridos em 2018 chegue a 7 toneladas de peixe em 2019, na
próxima despesca.
Figura 28 - Tanques rede instalados na Aldeia Lapetanha-Cacoal/RO.
Figura 29 - Soltura de alevinos nos tanques
Figura 30 - Raquel Surui alimentando os peixes nos tanques
APOIO NAS ATIVIDADES EXTRATIVISTA E MELHORIA DOS ROÇADOS DE
20 FAMILIAS NA TI SETE DE SETEMBRO.
A Metareilá recebeu assistência técnica atuando diretamente nas aldeias
no incremento da produção de banana e café. No total, 47 produtores indígenas
foram atendidos em seus 42 plantios de café (74.980 mudas de café), 23 de
banana (43.700 mudas de banana) e 4 de cacau (1.050 mudas de cacau). Vale
ressaltar que o café Paiter recebeu prêmio de qualidade nacional - 2º melhor
café na região amazônica (relatado no destaque deste relatório). Outro avanço
foi com a certificação da castanha, o que permitiu vendê-la a um preço melhor.
Figura 31 - Produção de café Aldeia Lapetanha
Figura 32 - Os Suruí conquista o prêmio de 2º melhor café na região amazônica.
Figura 33 - Roça de café Paiter Suruí na Aldeia Tikã
Figura 34 - Roça de banana e cacau na Aldeia Lapetanha
Figura 35 - Auditoria Imaflora
Figura 36 - Conquista da Certificação da castanha
CURSO DE AGENTE AMBIENTAL INDÍGENAS
O curso de agente ambiental indígena sofreu uma mudança positiva no
ano de 2018: foi realizado dentro de uma aldeia. Essa foi uma decisão tomada
após uma experiência na TI Igarapé Lourdes que teve bons resultados e
aproveitamento pela comunidade.
O curso de agentes ambientais foi realizado na aldeia Tanajura, TI
Pacaás Novos no período de 23 a 27 de julho de 2018 e contou com 34
participantes, entre indígenas (26) e palestrantes (8). Foram abordados os temas
como: 1) o papel do agente ambiental indígena; 2) função da FUNAI; 3) combate
a incêndios; 4) primeiros socorros; 5) resgate e salvamento aquático; 6) uso de
gps; 7) mapa de risco; 8) relatórios e denúncias.
Figura 37 - Curso de Agente Ambiental Indígena
Figura 38 - Aula prática de resgate e salvamento aquático
Figura 39 - Aula de Primeiros Socorros
Figura 40 - Aula de Elaboração de Mapa de riscos
CURSO DE COMERCIALIZAÇÃO E MARKETING PARA 20 INDÍGENAS
Este curso contou com a presença de aproximadamente 27 indígenas
dos povos Uru Eu Wau Wau, Cinta Larga, Suruí, Oro Nao, Oro At. Foi realizado
no Centro de Formação e Cultura Kanindé no período de 29 junho a 01 julho de
2018. Este consistiu de aulas teóricas e práticas com técnicas de marketing
(conceitos, estratégias, ferramentas), vendas (atendimento ao cliente,
apresentação de produtos e serviços, negociação) e fidelização de clientes. Os
alunos do curso puderam utilizar os conhecimentos adquiridos: fracionamento
de produtos, etiquetagem, criação de portfólio com grafismos indígenas
aplicando em camisetas, quadros e outros.
Todo o material produzido foi comercializado em uma feira de produtos
indígenas organizada em um espaço público de grande circulação na cidade de
Porto Velho. A feira foi bem-sucedida, praticamente tudo que foi produzido por
eles na oficina foi vendido nesta feira (mais de R$2.000,00 em produtos:
artesanato, banana, coco, farinha, óleo de babaçu e de copaíba, camisetas e
telas pintadas durante a oficina). O recurso foi repassado aos indígenas
conforme produção previamente registrada em etiquetas.
Figura 41 – Abertura do curso de Comercialização e Marketing
Figura 42 - Banner de divulgação da Feira de produtos indígenas
Figura 43 - Feira de Produtos Indígenas
Figura 44 - Camisetas produzidas durante o curso
Figura 45 - Indígenas na Feira
Figura 46 - Aula teórica do curso de comercialização e marketing
Figura 47 - Professora auxiliando os indígenas a colocar a etiquetas nos
produtos
CURSO DE INCLUSÃO DIGITAL E PRODUÇÃO DE MATERIAL
AUDIOVISUAL PARA 20 INDÍGENAS
Esta atividade foi denominada de “1º Encontro de Educomunicação: em
defesa do meio ambiente e dos povos indígenas”. Contou com a participação de
cerca de 30 participantes de diversos povos indígenas (Zoró, Oro Nao, Paiter,
Ikolen, Oro At, Canoé, Karitiana), extrativistas (Reserva Extrativista Lago do
Cuniã). As oficinas consistiram em produção e edição musical, vídeo, fotografia.
Todo o material produzido subsidiou a criação de uma coletânea e material
audiovisual. Além disso foi uma grande oportunidade dos participantes trocarem
experiências através das rodas de diálogo diárias possibilitando cada grupo/povo
contar um pouco de sua cultura.
Figura 48 - Produção de Áudio
Figura 49 - Produção de vídeo
Figura 50 - Aula teórica
AS MULHERES INDÍGENAS E SUAS DEMANDAS
Realização da III Assembleia da Associação de Guerreiras Indígenas de
Rondônia – AGIR para Eleição e Posse da Nova Diretoria. Na pauta também
estavam diversos assuntos: Análise de conjuntura atual, demarcação das Terras
Indígenas, violência contra as mulheres indígenas, educação escolar, ingresso
e permanência dos indígenas na universidade, saúde.
A presidente da AGIR participou de mesa redonda em evento na
Universidade Federal de Rondônia onde palestrou sobre o protagonismo da
mulher indígena. As diretoras da AGIR e das Associações indígenas receberam
orientação sobre o funcionamento das suas organizações e a importância do seu
papel dentro da diretoria.
Figura 51 - III Assembleia da Associação de Guerreiras Indígenas de Rondônia
– AGIR
ASSISTENCIA TÉCNICA PARA AS ASSOCIAÇÕES INDÍGENAS
Foi realizado um curso de capacitação em gestão administrativa e
financeira nos dias 29 e 30 de junho no Centro de Formação e Cultura Kanindé
com a participação de 8 indígenas representantes das Associações Jupaú,
AGIR, Metareilá, Patjamaaj, Tanajura e Santo André. No curso foram abordados
de forma teórica e prática os temas: Legislação do terceiro setor, elaboração de
projetos, procedimentos administrativos e financeiros.
As Associações indígenas tiveram acompanhamento da Kanindé bem
próximo, sanando dúvidas, apoio na elaboração de propostas, prestações de
contas e outras demandas. Foram realizadas visitas aos escritórios sede das
associações para in loco verificar as pendencias e trocar informações sobre o
andamento das atividades de cada uma das organizações.
Apoiamos as Associações na realização de suas assembleias e reuniões
para discutir a situação de invasões dos limites de seus territórios. Estas
reuniões aconteceram dentro de aldeias, no Ministério Público Federal, FUNAI,
Universidade; a luta por direitos também foi garantida nos espaços de discussão
da saúde e educação.
A Associação Jupaú por exemplo realizou em março um Seminário para
discutir a situação da TI Uru eu wau wau, convidando diversas instituições
governamentais e da sociedade civil. Os técnicos da Kanindé disponibilizados
foram responsáveis por diversas atividades, tais como: vigilância de territorial,
assistência administrativa na elaboração e execução de projetos, assistência
financeira na elaboração de prestação de contas.
Figura 52 - curso de capacitação em gestão administrativa e financeira
Figura 53 - Turma do curso de “Capacitação em Gestão administrativa e
financeira
-
Figura 54 - Visita ao escritório da Associação Metareilá pela equipe da Kanindé
Figura 55 – Reunião entre Kanindé, indígenas Uru Eu Wau Wau e Funai.
PLANO DE GESTÃO DA TI JUMA
Na TI Juma a metodologia de elaboração do Plano de Gestão Territorial
e Ambiental foi apresentada no mês de maio na comunidade, construindo assim
os acordos. Os dados para a construção do PGTA foram reunidos ao longo de
2018. Estes consistem em dados bibliográficos e também dados primários. Em
dezembro foi realizada uma oficina na aldeia Juma onde foi possível elaborar o
Plano de Gestão e o Etnozoneamento daquela TI, priorizando atividades,
apontando parceiros (e potenciais parceiros), definindo responsáveis, prazos e
estratégias de ação. As informações estão sendo compiladas em um único
volume, de leitura fácil e será apresentado para a comunidade em breve. Com
certeza este documento irá facilitar ainda mais a execução das atividades na
busca da melhoria da qualidade de vida do povo Juma.
Uma maloca tradicional foi construída na aldeia de forma a servir de local
de apoio para visitas e principalmente como aprendizado para os indígenas mais
jovens que nunca haviam visto uma maloca Juma, uma vez que o único que
tinha esse conhecimento é o Aruká Juma.
Durante o ano de 2018 os Juma receberam apoio e assistência técnica
na formação e manejo de roçados, reuniões com diversos órgãos como a Funai
para denunciar invasões de pescadores e caçadores, como as Secretarias de
Estado de Saúde e Educação buscando melhorias no atendimento na aldeia.
Vale ressaltar que a situação na região do sul do Amazonas, nesse caso
específico a TI Juma encontra-se delicada. Em dezembro um veículo da FUNAI
foi alvejado por tiros próximo ao acesso a TI Juma. Por sorte ninguém foi ferido.
As investigações apontam que a motivação do crime seja retaliação de invasores
por conta de uma operação de fiscalização que retirou alguns invasores de
dentro daquela TI.
Figura 56 - Maloca tradicional
Figura 57 - Oficina de elaboração do Etnozoneamento
Figura 58 - Apresentação do mapa do etnozoneamento
VISITA DAS REPRESENTANTES DO AMIGOS DA TERRA
Figura 59 - Café da manhã para recepcionar Rebeca e Sofie
Figura 60 - Ida à Terra Indígena Juma
Figura 61 - Foto Oficial da visita à aldeia dos Juma
Figura 62 - Visita à Terra Indígena Igarapé Lourdes
Figura 63 - Rebeca e Sofie no escritório da Associação Metareila
Figura 64 - Visita à Loja de Artesanatos Paiter Surui
Figura 65 - Visita a aldeia Lapetanha
Figura 66 - Rebeca e Sofie na Aldeia lapetanha
ANEXO – PLANO DE TRABALHO
WORK PLAN ADT 2018
Budget
WORK PLAN ADT 2018
General Objective Expected Resultad Indicator Activyt Month 1º Semestre 2º Semestre
To contribute with the sustainable management of the indigenous land and conservation units in the Brazilian Amazon with the vision of management of ethno environmental territories (Tupi-Mondé e Kwahiva) and ecological zone (Binational Guaporé Itenez Mamoré), seeking the solution to the social environmental problems through the strengthening and participation of the civil society in the governance of their territories.
The consolidation of the management plan for the indigenous lands Sete de Setembro, Roosevelt, Rio Pacaás Novos e Uru-eu-wau-wau e Parque Natural Municipal Serra dos Parecis.
4 indigenous lands (Sete de Setembro, Uru-eu-wau-wau, Roosevelt and New Pacaas) being implemented Management Plan and 01 Indigenous Juma with his elaborate Management Plan 01 Plan Management Consolidated Park.
1.1 Ampliar a capacidade institucional da Kanindé Realizar 01 oficina para atualizar o corpo técnico nas mudanças de legislação e normas da gestão de território e do terceiro setor Equipe participando de eventos e conselhos que tratem de questão indígena e ambiental(passagens aereas, terrestre e fluvial, diárias).
1.2. Avaliar a execução do projeto
Sept/2018 Every month Every month
48.810,00 216.275,41
strengthened and able to ACT to act in defense of women's rights.
Fazer avaliação do Projeto com ADT Fazer Avaliação independente 1.3 Divulgar as atividades do Projeto Contratar jornalista que deverá buscar divulgar as atividades do projeto e dos parceiros indígenas
Abril janeiro
2.Indigenous associations and communities of the indigenous land from Rondônia, Mato Grosso and Amazonas, involved in the proposal
To have the organizations and communities from the ethno environmental zones Tupi-Mondé and Kwahiva and the binational ecological zone Guaporé-Itenez-Mamoré to act in meaningful changes referent to the environmental and cultural management of their territory.
4 indigenous lands (Sete de Setembro, Uru-eu-wau-wau, Roosevelt and New Pacaas) being implemented Management Plan and 01 Indigenous Juma with his elaborate Management Plan strengthened and able to ACT to
2.1. Consolidar as atividades de biomonitoramento e produtivas das Terras Indígenas. Realizar 01 Oficina de Consolidação Surui Realizar 01 Oficina de Formação Cinta Larga 2.2 Consolidar as atividades de turismo na Terra Indígena Sete de Setembro Realizar 01 Oficina de formação para 10 guias turistico na aldeia, por ano.
outubro julho
62.000,00 105.953,00
act in defense of women's rights.
2.3. Apoiar as atividades produtivas na terra indígena Roosevelt, Uru-eu-wau-wau e Pacaas Novos Apoiar as atividades extrativista e a melhoria dos roçados de 20 famílias de 02 aldeias Pacaas Novos (Santo Andre) Apoiar as atividades extrativista e a melhoria dos roçados de 10 famílias de 03 aldeias( Cinta Larga) Apoiar as atividades extrativista e a melhoria dos roçados de 20 famílias de 05aldeiasUru-eu-wau-wau. 2.4. Apoiar as atividades de piscicultura na terra indígena Sete de Setembro Dar assistência técnica na aldeia Lapetanha e
Every month Every month Every month Every month
buscando aumentar o plantel e preparar a produção para atender as exigencies do Mercado. 2.5 Capacitar os beneficiarios do projeto para atuar na Defesa dos seus direitos 01 cursos para 20 indigenas de legislação indigena e ambiental indígena; 01 curso de agente ambiental indígena para 15 indigena (por ano)da TI Pacaas Novos(2017-2018-2021). 01 Curso sobre comercialização e marketing para 20 indígenas beneficiaries do projeto. 1 curso de inclusão digital para 20 indígenas por ano
Every month Every month abril maio março Fevereiro
Produção de material audiovisual pelos indígenas(1 video).
fevereiro
3. Local and regional government involved in the proposal
To have the environment secretary and FUNAI’s coordination supporting and developing the management plans, with an integrated vision of the territories related to social environmental problems. In this proposal we work with communities and governments ensuring the partaking of indigenous people and representatives from the government in the qualification and implementation of the management plans.
Representatives of governments and indigenous organizations participating in training and management of the territory.
3.1 Mulheres indígenas se articulando no Estado 01 Assembléia Geral da mulheres indígenas e apoiar o funcionamento da AGIR 3.2. Apoiar as atividades produtivas das mulheres 01 curso para desenvolver o marketing da produção de mulheres indígenas para colocar no mercado Dar assistencia técnica para a gestão administrativa-financeira para as Associação indígena Patjamaaj(Cinta Larga) Dar assistencia técnica para a gestão administrativa-
junho junho Every Month Every Month
72.968,00 93.372,00
financeira para as Associação Metareilá do Povo Indígena Surui para atuarem na defesa dos seus direitos. Dar assistencia técnica para a gestão administrativa-financeira para as Associação indígena Santo André(Oro nao)para atuarem na defesa dos seus direitos. Dar assistencia técnica para a gestão administrativa-financeira para as Associação indígena Uru-eu-wau-wau(Jupaú) para atuarem na defesa dos seus direitos. Produção de material audio visual dos beneficiaries do projeto (grafico e audio visual e impressão do Diagnóstico Pacaas Novos) Apoiar a AGIR na articulação com as mulheres indígenas,
Every month Every month Maio Every month
dando condições para estas participarem dos eventos que tratam dos direitos das mulheres
4. Municipal Government and Conservation unit
To have the environmental secretary consolidating the management plans with the support from the surrounding communities, ensuring the participation of the rural landowner in the council for the Management of the Serra dos Parecis Municipal Natural Park. The qualification and communication of the Conservation Unit will be implemented as strategy of transparency of the actions to make the Park known thus giving access to all municipalities to the Conservation unit.
Municipio assuming the effective management of the Park and running tourism
4.1 Plano de Gestão da Terra Indigena Juma elaborado Elaborar o diagnostic Etnoambiental, o etnozoneamento e Plano de Gestão da Terra Indigena Juma 4.2. Juma produzindo para subsistência e comercialização Apoiar as atividades extrativistas e Agricola do povo Juma, para que estes tenham aumento na renda familiar. 4.3.Fazer com que o secretário ambiental consolide os planos de manejo com o apoio das comunidades envolventes, assegurando a
Janeiro a agosto Every month
116.895,00 214.314,44
participação do proprietário rural no conselho de Gestão do Parque Natural Municipal da Serra dos Parecis. Realizar 01 Oficina para capacitar os conselheiros do Parque Fazer a comunicação audiovisual do Parque
março fevereiro a junho
Total semester
300.673,00 629.914,85
Total Geral 930.587,85