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Relatório Anual Balanço Social 2008

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Relatório Anual

Balanço Social 2008

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ÍndiCemensagem dO PrOvedOr ............................... 04ÓrgÃOs dirigentes ......................................... 06estrUtUra OrganiZaciOnaL .......................... 08Pilares de sustentação ........................................ 09assistÊncia ..................................................... 10 indicadores do grupo santa casa .............................. 11complexo Hospitalar josé maria alckmim .................. 12 Hospital Emygdio Germano .............................. 13 Maternidade Hilda Brandão ............................. 14 Clínica Pediátrica ........................................... 15 CTI Adulto ....................................................... 16 Clínica Neurológica e Neurocirúrgica ................ 17 Clínica Pneumológica ...................................... 17 Clínica Oncológica e Centros de Radioterapia e Quimioterapia ................................................. 18 Clínica Otorrinolaringológica ........................... 18 Unidade de Cuidados Prolongados ................... 18 Centro de Transplantes .................................... 19 Centro de Diagnóstico e Tratamento ................. 20 Centro de Nefrologia ....................................... 21 Clínica de Olhos .............................................. 22 Centro de Especialidades Médicas Dr. Dario de Faria Tavares – CEM........................................ 23 Hospital São Lucas...........................................24 Pronto Atendimento São Lucas ........................ 26 Clínica São Lucas ........................................... 26 Santa Casinha ................................................ 27 Unidade Lourdes ............................................. 27 Unidade de Internação Cybele Pinto Coelho ...... 27gestÃO PeLa eXceLÊncia: fOcO na sUstentabiLidade ........................................... 28 Santa Casa Saúde ............................................... 29Serviço funerário da Santa Casa .......................... 29Ensino e Pesquisa ............................................... 32 Escola Técnica de Enfermagem ....................... 32 Pós-Graduação ............................................... 33 MBA Executivo em Saúde ................................ 33Pessoas ............................................................. 34 Recursos Humanos ......................................... 34 Clientes .......................................................... 37 Processos ......................................................... 40 Comitê Executivo Operacional .......................... 40 Planejamento e Gestão .................................... 40 Gestão Tecnológica ......................................... 41 Comunicação Institucional ............................... 42 Ouvidoria ........................................................ 43sOciedade ........................................................ 44 Resgate da história ............................................. 452º Congresso de Medicina .................................. 45Encontro de Santas Casas ................................... 45As voluntárias da Santa Casa ............................... 46Capelania ........................................................... 46IGAP .................................................................. 47Prêmio Empresa Cidadã ...................................... 47Fábrica Social ..................................................... 47Reciclagem de papéis ......................................... 47baLanÇO sOciaL .............................................. 48demOnstraÇÕes cOntÁbeis .......................... 50

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Santa Casa de Minas Gerais, esta denominação não é a nossa ofi cialmente, mas no dia-a-dia é assim que atuamos, recebendo milhares de pacientes de todos os cantos do Estado. Somos a Santa Casa de Belo Horizonte e de todos os demais 852 municípios des-te grande Estado que têm em nossos serviços uma referência qualifi cada. Sempre prontos para renovar a nossa missão de garantir atendimento integral e huma-nizado, entendemos a dimensão da responsabilidade de cuidar da saúde dos mineiros, inovando, crescendo e atuando com responsabilidade para que as nossas unidades de negócios se mantenham sustentáveis e ativas solidariamente.

Nosso desempenho em 2008 mostra bem o que isso quer dizer. Fechamos o ano com uma receita operacio-nal bruta da ordem de R$ 286.970.064,00. Somente na assistência ao SUS tivemos um crescimento na re-ceita operacional de 43%. O número global de leitos foi ampliado de 957 para 975, e o total de atendimentos alcançou 2.353.194.

A Saúde Suplementar foi outro destaque. Os investi-mentos em novos equipamentos, na Unidade de Cui-dados Intermediários Dr. João Carlos Zerbini de Faria e na Unidade de Internação Cybele Pinto Coelho pos-sibilitaram a ampliação do modelo de atendimento à saúde com foco na qualidade do acolhimento oferecido ao paciente. A receita operacional de convênios e par-ticulares, em 2008, representou 19% do faturamento total do Grupo Santa Casa.

Os investimentos na área assistencial se aperfeiçoaram ainda mais com a implantação do Centro de Transplan-tes da Santa Casa, um modelo construído de forma pioneira no Estado, unindo equipes multidisciplinares, treinadas em parceria com grandes centros de exce-lência como o Hospital do Rim e o Hospital Israelita Albert Einstein, ambos em São Paulo. O resultado em 2008 foi a realização de 26 transplantes renais, sendo

mensagem do Provedor

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21 deles referenciados pelo SUS, e o aumento na notificação de óbitos para 85%.

Já o Santa Casa Saúde, nosso plano de saúde mantido pela Fundação Santa Casa, amadureceu seus processos de gestão e comercialização, confirmando seu posicionamento estratégico ao alcançar o status de grande operadora no primeiro trimestre de 2008, passando a integrar o seleto rol das 50 maiores do Brasil. Esse excelente desempenho redundou em grande con-tribuição para a manutenção da missão do Grupo Santa Casa. Da receita de R$128.670.380,71 o plano de saúde repassou R$42.150.000,00 à Santa Casa em pagamento por serviços assistenciais prestados, tornando o Santa Casa Saúde a unidade de negócios com maior participação e consequente responsa-bilidade social para as nossas ações. (O detalhamento sobre as ações deste importante braço do Grupo Santa Casa está apre-sentado em relatório próprio).

Falar em responsabilidade social também significa registrar a importância da nossa parceria com o Poder Público Municipal, gestor do Sistema Único de Saúde, e os Poderes Estadual e Fe-deral. Dos 975 leitos que integram nosso Complexo Hospitalar, 773 são dedicados ao SUS, com média de ocupação de 86%. Para atender a estes pacientes, foram realizados cerca de 900 mil exames, 253 mil consultas e servidas 1 milhão e 900 mil refeições. O Centro Metropolitano de Especialidades Médicas Dr. Dario de Faria Tavares (CEM) é outro exemplo importante desta parceria. Em pleno funcionamento desde novembro de 2007, o CEM se transformou em referência para o atendimento SUS, referenciado pelo Gestor Municipal, em consultas e exames previamente agendados, mostrando como eficiência e organi-zação permitem oferecer ao cidadão atendimento humanizado, moderno e de acordo com as melhores práticas assistenciais. Em 2008, o CEM realizou cerca de 220 mil atendimentos, entre consultas, exames e procedimentos. Estado e União contribu-íram com R$ 23.083.545,00 enquanto as doações somaram R$ 1.005.571,00, verbas que possibilitaram o atendimento de 60% de pacientes originários da Capital e outros 40% do interior de Minas. Nossa ação social se completa pelo desafio de ofere-cer serviço geriátrico a 40 idosos instalados no IGAP - Instituto

Geriátrico Afonso Pena, ao custo anual de R$ 534.252,00 e pela realização de 1.654 sepultamentos gratuitos pelo Serviço Funerário da Santa Casa.

Outro projeto importante é a restauração do antigo prédio da Maternidade Hilda Brandão. Construção tombada pelo patri-mônio público, datada de 1916, o prédio está em obras desde meados de 2008. O local vai abrigar o Centro Administrativo e Centro de Memória Dr. José de Laurentys Medeiros liberando áreas do Hospital Emygdio Germano, hoje ocupadas pelas ativi-dades administrativas, para o atendimento assistencial.

O ano de 2008 representou também a reafirmação das boas práticas contábeis que têm sido uma característica da Santa Casa de Misericórdia (SCM) nos últimos anos. Em sua exposi-ção ao Conselho Fiscal da Instituição, analisando as contas re-lativas ao Balanço Patrimonial e às Demonstrações do Superávit ou Déficit correspondentes ao exercício findo em 31.12.08, o Sr. Ronaldo Brandão Teixeira, representante dos auditores indepen-dentes, detalhou em sua apresentação os avanços que as boas práticas têm conseguido na Santa Casa. Para o auditor, a Santa Casa de Belo Horizonte é a pioneira no Brasil – entre as filantró-picas, a introduzir as mudanças legais em curso no campo da contabilidade e que buscam integrar e uniformizar as práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais – International Financial Reporting Standard (IFRS). Quanto ao Balanço Patri-monial e as demonstrações contábeis analisadas, informou o auditor que as análises realizadas resultaram em um Parecer “limpo”, “sem ressalvas”, produto da qualidade dos registros e das práticas contábeis atualmente em curso na Santa Casa.

Enfim, as realizações são muitas e importantes. Nas próximas páginas estão registrados detalhes sobre o nosso desempe-nho e um aprofundamento das informações institucionais, em um painel amplo e rico, composto pelo trabalho de mais de 4.600 colaboradores, milhares de fornecedores e parceiros, com os quais contamos para continuar cuidando da saúde dos mineiros.

Saulo Levindo CoelhoProvedor

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órgãos dirigentes

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Conselho da irmandade

Provedor

Saulo Levindo Coelho

1º secretário

Lindolfo Coelho Paoliello

2º secretário

Roberto Otto Augusto de Lima

Conselheiros

Agostinho Patrus Filho

Antônio Carlos dos Santos

Carlos Batista Alves de Souza

Dirceu Efi gênio Reis

Jésus Trindade Barreto Júnior

João Batista Couto

Jorge Perutz

José Ângelo Lima Duarte

Luiz Felippe de Lima Vieira

Maria Regina Calsolari

Newton de Paiva Ferreira Filho

Olguinha Géo Leite Soares

Oswaldo Fortini Levindo Coelho

Reynaldo Arthur Ramos Ferreira

Santiago Ballesteros Filho

Wladimir Eustáquio Costa

santa Casa de miseriCórdia de belo horizonte

Conselho Fiscal

Amilcar Viana Martins

Carlos Ediber Richard Carvalhais

Delson de Miranda Tolentino

Christiano Renault

João Afonso Baeta da Costa Machado

Saulo Converso Lara

Comitê executivo operacional do grupo santa Casa

superintendente-geral

Porfírio Marcos Rocha Andrade

superintendente de administração Financeira

César Cristiano de Lima

superintendente de assistência ao sUs

Paulo Tarcísio Pinheiro da Silva

superintendente de assistência à saúde suplementar

Guilherme Gonçalves Riccio

superintendente executivo da Provedoria

Gonçalo de Abreu Barbosa

superintendente-geral da Fundação santa Casa

Diógenes Coelho Vieira

diretor Clínico

Hermann Alexandre Vivacqua Von Tiesenhausen

vice-diretor Clínico

Francisco Eustáquio Valadares

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estrUtUra organizaCional

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integram o grUPo santa Casa as segUintes Unidades:

- Hospital Emygdio Germano (Hospital Central Santa Casa)- Hospital São Lucas- Maternidade Hilda Brandão- Centro Metropolitano de Especialidades Médicas Dr. Dario de Faria Tavares (CEM)- Santa Casinha – Ambulatório Pediátrico- Serviço Funerário da Santa Casa- Instituto Geriátrico Afonso Pena (IGAP) - Creche João Paulo II- Escola de Enfermagem João Paulo II- Instituto de Ensino e Pesquisa da Santa Casa - Fundação Santa Casa, operadora do Plano de Saúde Santa Casa Saúde.

Pilares de sUstentação

A Santa Casa de Belo Horizonte vem, ao longo dos anos, acom-panhando e se adaptando às políticas de saúde dos governos federal, estadual e municipal. Mantendo o compromisso do aten-dimento especializado e humanizado à população, o Grupo desti-na grande parte de seus leitos aos usuários do Serviço Único de Saúde (SUS).

Como forma de aumentar o faturamento e continuar investindo na ampliação de serviços e na modernização de equipamentos, a Instituição criou serviços que geram receita extra. Hoje o Grupo Santa Casa possui pilares de sustentação que contribuem para a modernização e qualifi cação dos serviços prestados à saúde para toda a população de Minas Gerais. São eles:

• Assistência ao Sistema Único de Saúde (SUS)

A Santa Casa é prestadora de serviços ao Sistema Único de Saú-de. O SUS foi criado a partir da Constituição Federal de 1988 e seu fi nanciamento é de responsabilidade comum dos três níveis de Governo (federal, estadual e municipal). São estes recursos que mantêm o atendimento à saúde pública. Em 2008, a Assistência ao SUS foi responsável por uma receita de R$ 80.109.234,00.

• Saúde Suplementar

A Assistência à Saúde Suplemetar gerou, em 2008, para o Grupo Santa Casa, receita de R$ 60.826.941,00. É também o foco es-tratégico do Grupo Santa Casa na busca da autossustentação.

Atualmente, a Saúde Suplementar mantém diversas unidades de atendimento exclusivo a convênios e particulares: Ala C do Hos-pital Emygdio Germano (Hospital Central), Unidade de Internação Cybele Pinto Coelho (12º andar do Hospital Central), Santa Casi-nha, Clínica São Lucas, Pronto Atendimento São Lucas e Hospital São Lucas, unidades Santa Efi gênia e Lourdes.

• Santa Casa Saúde

O Santa Casa Saúde, administrado pela Fundação Santa Casa, é a unidade de negócios mais representativa do Grupo Santa Casa, em termos de contribuição fi nanceira. Em 2008, gerou receita de R$ 128.670.380,71. A administração do Santa Casa Saúde é fo-cada na excelência dos serviços prestados ao cliente, na inovação tecnológica e na autossustentabilidade. A estratégia comercial pri-vilegia o fortalecimento das vendas de planos coletivos, customi-zação dos planos de saúde e consolidação de grandes parcerias.

• Serviço Funerário da Santa Casa

Pioneiro na capital, o Serviço Funerário da Santa Casa tem sido, desde a criação, importante braço do Grupo, tendo se con-solidado como forte unidade de negócios, gerando receita de R$ 13.457.706,79 em 2008.

• Ensino e Pesquisa

Em 2008, a Gerência de Ensino e Pesquisa ampliou seu trabalho e reestruturou seus quadros. Atualmente é a gestora da Esco-la de Enfermagem João Paulo II, importante contribuidora para a manutenção dos leitos ofertados pela Santa Casa, e do Instituto de Ensino e Pesquisa, mantenedor de todos os programas de edu-cação continuada da Santa Casa. Em 2008, o contínuo trabalho de formação de profi ssionais em diversas áreas gerou receita de R$1.974.329,27.

No gigante complexo hospitalar do Grupo Santa Casa,circulam mais de 15 mil pessoas por dia.

SAÚDE. EDUCAÇÃO. AÇÃO SOCIAL. PILARES DO GRUPO SANTA CASA.

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assistênCia

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PrinCiPais nÚmeros indiCadores 2005 2006 2007 2008

Leitos 855 943 957 975Colaboradores 3.122 3.011 3.321 3.474Corpo Clínico 1.150 1.175Refeições Servidas 1.740.547 2.235.181 3.311.252 3.306.727Kg Roupas Lavadas 924.171 960.714 968.740 1.524.367

atendimentos no grUPo santa CasaindiCadores 2005 2006 2007 2008

Partos 2.425 3.415 3.521 3.595Curetagens 245 235 258 262Quimioterapia 12.467 17.666 21.592 16.087Hemodiálise 61.642 64.757 68.175 68.261Fisioterapia 59.774 73.337 72.557 77.407Consultas Obstétricas 6.118 11.600 15.477 15.337Radioterapia 104.144 110.036 88.148 70.914Exames 984.026 1.141.630 1.257.433 1.304.713Consulta / Procedimentos 670.752 660.483 702.281 796.618total de atendimentos 1.901.593 2.083.159 2.229.442 2.353.194

Exames55%

Radioterapia3%

Consultas Obstétricas

1%

Fisioterapia3%

Hemodiálise3%

Quimioterapia1%

Consultas/Procedimentos34%Em 2008, o Grupo Santa Casa continuou investindo e promovendo

a ampliação da prestação dos seus serviços, com foco na quali-dade do atendimento, na humanização dos procedimentos e na sustentabilidade administrativo-fi nanceira. Com 975 leitos ativos, 4.637 colaboradores, entre estes 1.175 profi ssionais do corpo clí-nico, a Instituição apresentou produtividade dentro das previsões, incrementando sua capacidade com a entrada em pleno funcio-namento do Centro de Especialidades Médicas Dr. Dario de Faria Tavares e os investimentos em saúde suplementar. Os exames realizados responderam por 55% dos atendimentos, enquanto as consultas e procedimentos aparecem com 34% da demanda realizada.

indiCadores do grUPo santa Casa

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* Leitos disponibilizados de acordo com a demanda ** Em 2008, no SUS estão incluídos os atendimentos do CEM

*Em 2008, foi incluído o número de atendimentos do CEM

O Complexo Hospitalar José Maria Alkmim é formado por todas as unidades do Grupo Santa Casa de assistência à saúde. Atua em 32 especialidades médicas e vem, ao longo do tempo, ampliando sua capacidade de atendimento com crescimento na taxa de ocupação de quase 8% em 2008.

ComPlexo hosPitalar José maria alkmim

ComPlexo hosPitalar José maria alkmim

indiCadoressUs/Conv/PartiCUlar

2005 2006 2007 2008Leitos (nº ) 855 943 957 975

Leitos CTI Infantil (nº ) 18 18 18 18

Leitos CTI Adulto (nº ) 37 38 49 49

Leitos Cuidados Intermediários (n°) 16 24 24 32

Taxa de Ocupação (%) 79,55 75,39 82,17 83,81

Internações (nº ) 31.098 32.362 32.940 35.774

Consultas (nº ) 466.301 455.620 521.113 604.476

Exames (nº ) 984.026 1.141.630 1.257.433 1.304.713

Procedimentos (nº ) 194.265 198.676 181.168 191.294

Cirurgias (nº ) 20.733 21.573 19.705 21.257

Refeições Servidas (nº ) 1.740.547 2.235.181 2.532.651 2.615.681

ComPlexo hosPitalar José maria alkmim

indiCadoressUs Conv+Part

2005 2006 2007 2008 2005 2006 2007 2008Leitos (nº ) 685 763 773 773 170 180 184 202Leitos CTI Infantil (nº )* 18 18 18 18 0 0 0 0Leitos CTI Adulto (nº ) 28 29 29 29 9 9 20 20Taxa de Ocupação (%) 85,65 85,83 85,06 79,47 73,88 75,50 77,82 71,83Internações (nº ) 20.038 21.324 21.678 24.450 11.060 11.038 11.262 11.324Consultas (nº ) 150.822 151.354 178.178 253.300 315.479 304.266 342.935 351.176Exames (nº ) 743.834 876.553 907.806 892.707 240.192 265.077 349.927 412.006Procedimentos (nº ) 135.816 138.212 139.186 134.845 58.449 60.464 48.480 56.449Cirurgias (nº ) 8.532 7.857 7.922 9.631 12.201 13.716 15.216 11.626Refeições Servidas (nº ) 1.311.620 1.578.707 1.856.277 1.869.828 428.927 656.474 676.374 745.753

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hosPital emYgdio germano

O Hospital Emygdio Germano (Hospital Central), unidade assistencial que teve a construção iniciada em 1941, hoje ocupa cerca de 32 mil metros quadrados. Com o passar dos anos foi recebendo novos serviços, que o tornam um dos mais importantes centros de atendimento integral à saúde de Minas Gerais.

Em relação às cirurgias, o Hospital teve foco predominante nas intervenções de médio porte, que responderam por 58% dos procedimentos, enquanto que o incremento no atendimento ao paciente originário do Sistema Único de Saúde cresceu 17% em relação a 2007, mantendo-se o mesmo número de salas cirúrgicas.

hosPital emYgdio germano

indiCadoressUs + Conv/Part sUs ALA C (CONV+PART)

2005 2006 2007 2008 2005 2006 2007 2008 2005 2006 2007 2008Leitos (nº ) 760 839 850 861 685 763 773 773 75 76 77 88

Leitos CTI Infantil (nº )* 18 18 18 18 18 18 18 18 * * * *

Leitos CTI Adulto (nº ) 28 29 29 29 28 29 29 29 * * * *

Leitos Cuidados Intermediários 16 24 24 24 12 20 20 20 4 4 4 4

Taxa de Ocupação (%) 86,00 75,00 80,52 78,36 85,65 85,83 85,06 86,00 74,66 75,22 77,36 70,73

Internações (nº ) 24.857 25.887 26.312 29.270 20.038 21.324 21.678 24.450 4.819 4.563 4.634 4.820

Consultas (nº ) 362.266 340.928 402.547 125.940 150.822 151.354 178.178 88.272 211.444 189.574 224.369 37.668

Exames (nº ) 793.489 921.426 1.208.309 1.225.694 743.834 876.553 907.806 863.851 49.655 44.873 300.503 361.843

Procedimentos (nº ) 182.993 189.648 178.638 155.855 135.816 138.212 139.186 108.219 47.177 51.436 39.452 47.636

Cirurgias (nº ) 15.460 14.571 11.861 13.290 8.532 7.857 7.922 9.312 6.928 6.714 3.939 3.978

Refeições Servidas (nº ) 1.520.929 1.940.420 2.133.896 2.106.303 1.311.620 1.578.707 1.856.277 1.832.400 209.309 361.713 277.619 273.903

indiCadores PorteCentro CirÚrgiCo da santa Casa

2005 2006 2007 2008

Cirurgias Realizadas (nº )

Pequeno 1.503 672 404 2.131

Médio 8.004 9.299 9.696 7.760

Grande 2.863 1.793 1.761 3.399

total (nº) 12.370 11.764 11.861 13.290

hosPital emYgdio germanoCirUrgias realizadas (sUs)

8.532

2005 2006 2007 2008

7.857 7.9229.312

* Leitos disponibilizados de acordo com a demanda* Em 2008 não inclui os atendimentos do CEM.

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total de Partos

2.302

2005 2006 2007 2008

3.415 3.521 3.595

ConsUltas obstétriCas

6.118

2005 2006 2007 2008

11.60015.477 15.337

maternidade hilda brandão

Atualmente, a Maternidade funciona no 11º andar do Hospital Central, em um área de 2.400 metros quadrados, equipada com aparelhos de última geração, com equipe constantemente capaci-tada. São, em média, 300 partos/mês.

A estrutura conta com bloco obstétrico com quatro salas; pré-parto com oito leitos; alojamento conjunto com 28 leitos; e dois leitos de observação pós-parto. Com o alojamento conjunto, mãe e filho têm contato desde o nascimento até a alta. São 10 leitos de CTI e 20 de cuidados intermediários, exclusivos para os neonatos e seis leitos de alojamento materno para descanso de mães cujos filhos estão sob cuidados intensivos.

O prédio da rua Álvares Maciel, onde a Maternidade funcionou por 90 anos, é tombado pelo patrimônio histórico e começou a ser restaurado em 2008. O local será transformado em Cen-tro Administrativo e Centro de Memória Dr. José de Laurentys Medeiros. O projeto de restauração e reforma do prédio começou pelo telhado, como forma de preservar as demais estruturas e manter um dos mais belos exemplos do ecletismo e da arquitetura neogótica da Capital. Dessa forma, serão liberados importantes espaços do Hospital Emygdio Germano, hoje ocupados com ativi-dades administrativas, que voltarão a ser dedicadas exclusivamen-te ao atendimento assistencial.

Ações

Como forma de despertar a cidadania dos pais, a Maternidade Hilda Brandão desenvolveu, em parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), o programa “Uma Vida, Uma Árvore”, que propõe o plantio de uma muda para cada recém-nascido na Capital. As assistentes sociais informam aos pais sobre o Programa e quanto

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aos procedimentos para a inclusão do bebê. Os pais de crianças nascidas em Belo Horizonte e que aderirem ao Programa estarão dando ao seu fi lho uma árvore alusiva ao seu nascimento. Para isso, basta que preencham um cadastro disponível nos cartórios de registro civil da Capital.

De acordo com o Programa, as árvores plantadas, que estão em parques municipais da Capital, recebem o nome da criança. O programa é pioneiro no País e o pai que aderiu ao Programa, rece-beu certifi cado de inclusão com a localização da árvore plantada em seu nome, para que a família possa acompanhar o desenvol-vimento da planta.

Com o objetivo de manter a gestante e o pai da criança uni-dos nos meses da gravidez e na amamentação, a Materni-dade Hilda Brandão mantém, como programação fixa, o Cur-so para Gestantes quando os pais aprendem também a criar mais vínculo com o bebê por meio do conhecimento de suas necessidades. O curso conta com a participação de médicos (obstetra, pediatra e anestesiologista), enfermeira, psicóloga, assistente social, nutricionista, fisioterapeuta e fonoaudióloga. Para sensibilizar todos os profissionais da Santa Casa, e não só da área médica, a Maternidade promove, ainda, sessões de

incentivo à prática do aleitamento materno. Um dos objetivos da iniciativa é informar aos colaboradores de todas as unidades do Grupo sobre as vantagens da adoção de práticas facilitado-ras da amamentação para os bebês e mães.

A Maternidade Hilda Brandão mantém uma série de ações que se inserem no Programa Humaniza-SUS, como o de Doulas (vo-luntárias que assistem as gestantes durante o trabalho de parto), implantado pioneiramente em 2006 e o Registre Seu Filho, co-ordenados pelo Serviço Social. Neste último, a Maternidade dis-ponibiliza um veículo, três vezes por semana, que leva os pais ao cartório para que a criança obtenha registro civil.

hosPital emYgdio germanomaternidade hilda brandão

indiCadores 2005 2006 2007 2008 Leitos Neonatologia (nº ) 31 31 31 31 Leitos Obstetrícia (nº ) 28 28 28 28 Consultas Obstétricas (nº ) 6.118 11.600 15.477 15.337 Curetagem (nº ) 222 235 258 262 Parto Normal (nº ) 1.420 2.164 2.173 2.191 Parto Cesáreos (nº ) 882 1.251 1.348 1.404 Taxa de Cesariana (%) 38,31 36,63 38,28 39,05

Cti infantil e Clínica Cirúrgica Pediátrica

O Grupo Santa Casa está cumprindo mais uma etapa do proje-to de modernização das suas unidades com o início, em outu-bro de 2008, da reforma do CTI-Infantil, localizado no 3º andar, ala D do Hospital Central. Para realizar a reforma, o CTI-Infantil foi provisoriamente transferido ao 11º andar do hospital, ao lado da Maternidade Hilda Brandão.

A obra é realizada com recursos próprios e verbas de doação. O CTI-Infantil, que atualmente dispõe de 18 leitos, passará a contar com 20, sendo dois leitos de isolamento, atendendo desde o neo-natal à criança de até 12 anos.

Em boxes individualizados e equipados com modernos aparelhos de terapia intensiva, o ambiente tem projeto de climatização e sis-tema de tratamento e condicionamento de ar. Contará com mo-derno sistema de supervisão para equipamentos médico-hospi-talares, que acusam qualquer problema nos equipamentos assim que aconteçam, agilizando o reparo.

Dos 25 casos de gêmeos conjugados admitidos na Santa Casa em 38 anos de registros do CTI-Infantil e Clínica Cirúrgica Pedi-átrica, sete chegaram à cirurgia, cinco com êxito. Somente em 2008, a Santa Casa recebeu três casos de siameses.

ClÍniCa PediÁtriCa

Com equipe formada por enfermeiros, assistente social, psicólogo, psicopedagoga, médicos, fonoaudiólogo, fi sioterapeuta e nutricio-nista, a unidade desenvolveu importantes e variados projetos em 2008.

Como forma de integrar acompanhantes de crianças internadas na unidade, desenvolver o gosto pela leitura e proporcionar momen-tos de lazer, a Pediatria da Santa Casa realizou, em 2008, dentro do projeto Girolê, uma parceria com a Biblioteca Pública Munici-pal, trazendo contadores de história para sessões que obtiveram grande público. A atividade segue calendário pré-estabelecido, para que todos tenham a oportunidade de participar e faz parte do Programa de Humanização da unidade.

Para assegurar o vínculo da criança hospitalizada com a Escola em que está matriculada, a unidade realizou contatos com escolas de 63 pacientes internados. Este trabalho possibilita às crianças acompanharem as atividades escolares (prova, recuperação e ou-tras) no período de hospitalização, sem perda de vínculo com a comunidade escolar.

Em 2008, a Pediatria disponibilizou para a Secretaria Municipal de Saúde, 20 leitos exclusivos para atender pacientes pediátricos com diagnóstico de dengue e afecções respiratórias agudas. A ação representou importante suporte para a Prefeitura Municipal de Saúde no cuidado com as crianças atingidas pela epidemia.

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ClÍniCa PediÁtriCa e Cti inFantil

indiCadores (nº )hsC - sUs + Conv/Part sUs ala C (Conv + Part)

2005 2006 2007 2008 2005 2006 2007 2008 2005 2006 2007 2008Leitos 72 75 78 80 59 63 65 65 13 12 13 15Leitos CTI Infantil 28 18 18 18 28 29 18 18 * * * *Internações 3.112 3.019 3.044 2.887 2.260 2.184 2.186 2.101 852 835 858 786Admissões CTI Infantil 477 516 445 503 473 469 403 441 4 47 42 62

Em 2008, a Santa Casa, o CTI-Infantil, a Clínica Cirúrgica Pedi-átrica e a Pediatria comemoraram sucesso de mais um caso de separação de gêmeas xifoanfalópagas. Em 29 maio, Ana Clara e Ana Flávia Caovila, que até os sete meses (10/05/2008) de vida eram unidas pelo abdômen e fígado, se submeteram à cirurgia de separação com total sucesso. As gêmeas, vindas da cidade de Monsenhor Paulo, no Sul de Minas, foram para casa 10 dias

após a cirurgia, onde comemoraram o primeiro aniversário com excelente saúde.

Ana Flávia e Ana Clara chegaram ao CTI-Infantil da Santa Casa em 9 de novembro de 2007, com 45 dias de vida. Ao nascerem prematuras por parto cesário, em 24 de setembro daquele ano, as gêmeas pesavam 2.250 kg e mediam 37 centímetros.

Cti adUltoEm 2008 o CTI adulto apresentou evolução no número de inter-nações em relação aos anos anteriores. Houve incorporação de novas tecnologias, com a disponibilização do balão intra-aórtico para manejo de pacientes com patologias cardíacas de tratamento clínico e cirúrgico de alta complexidade. Houve também aquisi-ção de mantas térmicas, para tratamento agressivo de hipotermia, condição frequente em cirurgias de grande porte e de pacientes em morte encefálica. Em parceria com a PUC e a Gerência de Recursos Humanos foram desenvolvidos dezenas de treinamentos focados nos profissionais de enfermagem de nível técnico e supe-rior, melhorando a qualificação de toda a equipe.

A pesquisa científica também se desenvolveu em 2008. Foi inicia-do estudo epidemiológico interno sobre o diagnóstico topográfico de úlceras de pressão, como forma de identificar os principais pacientes de risco e as principais lesões, visando estratégias pre-ventivas e melhores resultados no tratamento. Em parceria com a Comissão de Controle da Infecção Hospitalar (CCIH), houve a participação da equipe em estudos multicêntricos internacionais envolvendo novos antibióticos e medicamentos que atuam na res-

posta inflamatória de pacientes com choque séptico.

A equipe médica e de fisioterapia vem desenvolvendo, ainda, es-tudos na área de desmame de ventilação mecânica, visando a melhora da qualidade da assistência.

Também em 2008, a unidade obteve, junto à Comissão Nacional de Residência Médica, o credenciamento do Programa de Resi-dência Médica em Terapia Intensiva, ampliando o número de mé-dicos em formação para 2 vagas anuais de Residência, além das 4 vagas de Especialização já mantidas. Em parceria com o ILAS (Instituto Latino Americano de Sepse), o CTI Adulto da Santa Casa participou da campanha “Sobrevivendo à Sepse”, que visa reduzir a morbimortalidade provocada pela síndrome, altamente prevalen-te em ambientes de terapia intensiva.

Para 2009, está prevista a ampliação de 10 novos leitos, visando aumentar a oferta de vagas para pacientes de alta complexidade, principalmente do Sistema Único de Saúde e a oferta de cursos de pós-graduação na área de fisioterapia respiratória, em parceria com a Gerência de Ensino e Pesquisa.

Centro tratamento intensivo

indiCadoresCti adUlto - santa Casa

2005 2006 2007 2008Leitos Adulto (nº ) 29 29 29 29

Admissões Anuais Adulto (n°) 1.614 1.426 1.409 1.547

Taxa de Ocupação Adulto (%) 97,03 97,04 87,9 91,57

Média de Permanência Adulto (%) 5,85 7,19 7,38 6,78

Paciente Dia Adulto (n°) 9.800 10.272 10.378 10.396

hosPital santa CasaCti adUlto (admissões anUais)

1.614

2005 2006 2007 2008

1.4261.409

1.547

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A Clínica Neurológica e Neurocirúrgica da Santa Casa de Belo Horizonte é hoje Centro de referência em Neurocirurgia, es-tando autorizada, desde março de 2008, a realizar cirurgia de epilepsia endovascular, funcional e radiocirurgia.

Os pacientes do SUS com indicação para o tratamento cirúr-gico de epilepsia começaram, em 2008, a ser encaminhados à Clínica de Neurologia e Neurocirurgia da Santa Casa, por meio do Centro Metropolitano de Especialidades Médicas Dr. Dario de Faria Tavares (CEM). Em agosto de 2008, a equipe de Neurocirurgia da Santa Casa realizou a primeira cirurgia para tratamento de epilepsia pelo SUS, graças à implantação do serviço de vídeo eletroencefalografia. O Grupo Santa Casa de Belo Horizonte foi o 8º credenciado no País pelo Ministério da Saúde para o procedimento.

O serviço de atendimento ambulatorial em Neurologia e Neuro-cirurgia da Santa Casa, que funcionava no Hospital Central, foi transferido em 2008 para o Centro Metropolitano de Especia-lidades Médicas e ampliou a sua assistência aos pacientes do SUS, por meio de uma reestruturação, dando origem a novos

ClÍniCa neUrológiCa e neUroCirÚrgiCa

ambulatórios para tratar de: epilepsia, acidente vascular cere-bral (AVC), doenças degenerativas e cognitivas, neurocirurgia, neuropediatria, doenças neuromusculares, movimentos anor-mais, esclerose múltipla, cefaléia e neurologia geral.

A excelência no tratamento neurológico foi, ainda, ampliada com a realização, em agosto de 2008, do “1º Simpósio Multi-disciplinar sobre Esclerose Múltipla”.

Também em 2008, a Clínica de Neurocirurgia da Santa Casa passou a contar duas salas exclusivas no Centro Cirúrgico e aumentou a disponibilidade de vagas no CTI, sendo quatro leitos destinados exclusivamente a neurocirurgia. Com isso, aumentou-se de maneira importante o rodízio de leitos, e con-sequentemente, reduziu-se o tempo de espera para internação dos pacientes. Ainda nesse ano, a clínica Neurológica criou um arquivo digital para facilitar a localização do prontuário dos pacientes e agilizar o atendimento.

ClÍniCa PneUmológiCa

Em funcionamento na Santa Casa desde a desativação do Sa-natório Imaculada Conceição, onde hoje está o Centro Metro-politano de Especialidades Médicas Dr. Dario de Faria Tavares, a Clínica Pneumológica oferece, além dos serviços médicos à população, o Curso de Especialização em Pneumologia em convênio com a Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais.

A Clínica de Pneumologia da Santa Casa apresentou franca ex-pansão em 2008, com a implantação de novos ambulatórios e grupos de atividades, visando o aprimoramento da assistência aos pacientes. A evolução da Clínica se faz principalmente pela união dos pneumologistas do Grupo Santa Casa, que buscam

agregar conhecimentos, visando à concretização de atividades relacionadas a essa especialidade.

Em maio de 2008 foi montado um Laboratório de Função Pul-monar, que conta agora com mais um espirômetro, aparelho que mede a capacidade respiratória. O equipamento é utilizado na propedêutica funcional de várias doenças, além de exames pré-operatórios para cirurgias pulmonares e extrapulmonares.

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ClÍniCa onCológiCa e Centros de radioteraPia e qUimioteraPia

O Serviço de Oncologia da Santa Casa de Belo Horizonte, des-de sua fundação, já atendeu quase 90 mil pacientes. Possui uma equipe multidisciplinar qualifi cada, formada por médicos, equipe de enfermagem e farmácia especializada, Serviço Social, psico-logia, bioestatística, além dos setores de ciência da informação, comunicação e administrativo. Cerca de 2500 pacientes são aten-didos por mês, entre adultos e crianças.

O Serviço deu início, também, ao processo de ampliação e me-lhorias de suas instalações. O objetivo principal das mudanças é proporcionar aos pacientes, acompanhantes e funcionários maior conforto durante o período que passam na clínica e adequar o espaço às novas demandas. As mudanças incluíram novos mobi-liários e pintura, reforma e aumento do número de banheiros para pacientes, e sinalização com placas que facilitam a circulação das pessoas.

A sala de quimioterapia ganhou um novo espaço, que possibili-ta maior agilidade no atendimento. Outra mudança importante e necessária, foi a alteração de toda a parte elétrica. A rede anti-ga foi substituída, para comportar a demanda do serviço. Outras mudanças estão previstas, como as reformas da recepção e da farmácia sendo que a fase de projetos já está concluída.

O Centro de Quimioterapia da Santa Casa realizou, em 2008, 14.692 sessões pelo SUS; 451 sessões para pacientes do Santa Casa Saúde; 260 sessões para pacientes de outros planos; e 684 sessões para particulares.

Visando possibilitar a melhoria da qualidade e precisão do trata-mento oncológico, a Santa Casa de Belo Horizonte inaugurou, em 2008, um simulador no Centro de Radioterapia. O equipamento, considerado um importante aliado para a radioterapia, é de última geração e custou US$ 250 mil, recurso doado pelo Ministério da Saúde por meio do Instituto Nacional do Câncer (INCA).

Com o equipamento, o Centro de Radioterapia da Santa Casa pas-sa a ser completo, contando com simulador, braquiterapia de alta taxa de dose e acelerador linear de partículas, permitindo trata-mento de alta tecnologia aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).

Em 2008 o serviço de radioterapia realizou 59.035 aplicações em cerca de 131 pacientes/dia pelo SUS; 9.628 aplicações em cerca de 22 pacientes/dia conveniados do Santa Casa Saúde; e 2.250 aplicações em 5 pacientes de outros convênios.

Unidade deCUidados Prolongados

A Unidade de Cuidados Prolongados funciona no 9º andar da Ala A do Hospital Central e acolhe pacientes com perfi l diferenciado: são portadores de doenças crônicas, muitas vezes sequelados ou acamados, em sua maioria portadores de necessidades especiais e com maior demanda por cuidados e assistência integral.

Por meio da percepção da grande demanda e a fi m de padronizar o processo da prevenção de lesões e da técnica de curativo, foi criado, em maio de 2008, o Procedimento Operacional Padrão – POP, revisado e aprovado pela equipe da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar da Santa Casa (CCIH/SC). Para a sua im-plantação, a equipe de enfermagem da unidade foi especialmente capacitada.

ClÍniCa otorrinolaringológiCa

Em outubro de 2008, o Serviço de Otorrinolaringologia da Santa Casa fez a aquisição de equipamentos para exames com-plementares na avaliação do paciente vertiginoso, com surdez e zumbido. Para isso foi feita a implantação de um ambulatório no Centro Metropolitano de Especialidades Médicas Dr. Dario de Faria Tavares (CEM) e incrementada a produção científi ca na área de Otoneurologia.

A unidade recebeu, ainda, em doação, um aparelho de vectoeletronostagmógrafo digital computadorizado, além de um vídeo-Frenzel, que serão instalados no Centro Metropolitano de Especialidades Médicas (CEM), e passarão a compor o atendimento ambulatorial.

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Centro de transPlantesCriado pela Portaria 015 em 23 de agosto de 2005, o Núcleo de Transplantes da Santa Casa de Belo Horizonte foi transformado em Centro de Transplantes em abril de 2007, baseado em projeto inova-dor de gerenciamento centralizado e aumento das modalidades de transplante. Para implementar o projeto, o Centro de Transplantes estabeleceu parcerias entre a Santa Casa e centros de referência em cada uma das modalidades, para treinamento, capacitação de profi ssionais e transferência de tecnologia. O acordo de coopera-ção estabelecido com o Hospital do Rim, de São Paulo (SP), para implementar o sistema de acompanhamento e preparação para a realização de transplantes renais e o Termo de Cooperação Técnica fi rmado com o Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo (SP), em julho de 2008, que dá suporte ao programa de transplante he-pático, em fase de credenciamento, no Hospital Emygdio Germano (Hospital Central) são exemplos desta parceria.

A cooperação entre o Centro de Transplantes da Santa Casa e o Hospital Israelita Albert Einstein permitiu que médicos, técnicos e pessoal administrativo do Centro passassem a ser capacitados naquela unidade, sem ônus para a instituição mineira, visando es-tabelecer uma cooperação permanente entre as duas instituições, podendo se estender a outras áreas.

Já a parceria com o Hospital do Rim permitiu que o Centro de Trans-plantes da Santa Casa investisse na reciclagem constante da equipe

transplantadora de rim ao longo de 2008, quando foram estabeleci-dos novos protocolos clínico, cirúrgico e imunológico, com o objetivo de evitar as intercorrências no peri e pós-transplante. Os aprendi-zados e os novos protocolos partiram de avaliações clínicas e imu-nológicas dos receptores e doadores no pré-transplante e acompa-nhamento clínico e imunológico no pós-transplante, na tentativa de individualizar o tratamento, evitar rejeições e aumentar a sobrevida.

Ao longo do ano, os profi ssionais do Centro de Transplantes da Santa Casa colaboraram ativamente com a Liga de Transplantes de Minas Gerais (LTMG), fundada em março de 2008, com a partici-pação de médicos, residentes e alunos das Faculdades de Medicina da UFMG, UninCor, FCMMG e FASEH. A entidade é vinculada ao MG Transplantes/Fhemig e conta com apoio da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), colaborando na busca ativa de po-tenciais doadores, em campanhas de conscientização para doação de órgãos e tecidos e pesquisas científi cas sobre os transplantes.

Visando à mobilização dos colaboradores da Santa Casa para a importância da doação de órgãos e, em especial, a de córneas, a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) do Grupo Santa Casa capacitou 321 profi ssionais entre psicólogos, assistentes sociais e enfermeiros para a busca ativa de doadores de córneas, informando-os sobre os aspectos técnicos e legais e o papel social da doação de córneas.

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Com o mesmo objetivo, os residentes da instituição receberam treinamento quanto ao diagnóstico de morte encefálica e manejo do potencial doador de órgãos.

Durante a Semana Nacional de Doação de Órgãos, a CIHDOTT pro-moveu ampla campanha interna de conscientização sobre doação de órgãos com cartazes, banners, camisetas, distribuição de bo-tons, pins e adesivos alusivos ao tema.

Visando à melhor preparação do corpo clínico do Centro, os mem-bros da Comissão participaram ativamente do Curso de Formação de Coordenadores Intra-Hospitalares da ABTO-SNT-MG Transplan-tes-Santa Casa e do I Encontro de Doação de Órgãos da SOMITI – ABTO – MG Transplantes, sobre Morte Encefálica e Manejo do Potencial Doador de Órgãos.

Com o apoio da Gerência de Internação, foi estruturado e implanta-do o sistema informatizado de registro de notificações de potenciais doadores de córneas ao MG Transplantes. A partir daí, houve mais de 85% de notificações de óbito, acima do preconizado pela lei.

números

Com a implantação do Centro de Transplantes da Santa Casa, o Programa de Transplante Renal realizou, ao longo de 2008, 26 transplantes renais, com 16 doadores falecidos e 10 doadores vi-vos, sendo 21 pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e cinco pelo Santa Casa Saúde. Para este tipo de cirurgia, foram realizados 12 procedimentos de retirada de enxertos renais em doadores fale-cidos.

Na Clínica de Olhos, foram realizados 138 transplantes de tecidos (córneas) e realizadas, ao longo do ano, reuniões científicas e gru-pos de discussão sobre transplante de córnea. Em 2008, no total de doações de órgãos em Belo Horizonte, 50 saíram de pacientes da Santa Casa e 14 do Hospital São Lucas.

Centro de diagnóstiCo e tratamento

O Serviço de Ultrassonografia do Centro de Diagnóstico e Trata-mento da Santa Casa (CDT-SC), adquiriu em 2008, dois apare-lhos de ultrassom de última geração, com capacidade para realizar exames com maior resolução em todos os tipos de procedimentos ecográficos, comparáveis aos hoje disponíveis nos grandes cen-tros de imagem do Estado.

Um outro aparelho de ultrassom portátil, também de grande re-solução, foi comprado para ser utilizado nas unidades neonatais e CTIs (adulto e infantil), proporcionando maior conforto aos pacien-tes sem condição de deslocamento e agilizando o atendimento dos pedidos médicos, inclusive nas unidades da Saúde Suplementar.Ainda em 2008, o Setor de Hemodinâmica, que integra o CDT da Santa Casa, ampliou o leque de procedimentos disponíveis, com a aquisição de um novo equipamento de hemodinâmica avaliado em US$ 1 milhão, o que permite a realização de novos e sofisticados procedimentos, principalmente nas áreas cardiológica e neurológi-ca, passando a oferecer além de angioplastia, implante de stents,

cateterismo e aortoplastia, o fechamento das comunicações in-teratrial (CIA) e interventricular (CIV) e do canal arterial patente (PCA) pela via percutânea com implante de endoprótese.

O aparelho permite ainda a ampliação do Serviço de Neurorradio-logia e a realização de todos os exames e procedimentos necessá-rios ao setor. O CDT da Santa Casa, ainda nesse ano, investiu na infraestrutura, ampliando a sua capacidade para mais de 40 pro-cedimentos hemodinâmicos, diariamente. A aquisição de Aparelho de Anestesia e equipamentos de Monitorização, faz parte desta ampliação que possibilita o atendimento de pacientes com casos cada vez mais complexos e de todas as idades, com segurança, agilidade, conforto e economia.

Em 2009 os aparelhos de hemodinâmica e neurorradiologia pas-sarão a funcionar em duas salas de exame, simultaneamente. Atu-almente, são realizados no Centro de Diagnóstico e Tratamento da Santa Casa, cerca de 1 milhão e 300 mil exames.

2005 2006 2007 2008

Cdt - exames (Conv+Part)

240.192 265.077

349.627411.973

2005 2006 2007 2008

Cdt - exames (sUs)

743.834876.553

907.806878.268

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2005 2006 2007 2008

sessões de FisioteraPia (total)

59.77473.337 72.557 77.407

hosPital emYgdio germano

examesCentro de diagnóstiCo e tratamento - exames

2005 2006 2007 2008Anatomia Patológica 15.527 17.432 21.912 29.985

Audiometria 1.316 771 727 1.146

Broncoscopia 865 888 917 808

Cistoscopia 1.042 1.030 850 411 Citologia 1.103 0 0 0 Ecocardiograma 4.515 7.382 9.199 10.778 Eletrocardiografi a 22.997 22.818 24.309 31.556 Endoscopia Digestiva 3.111 3.820 4.505 4.140 Ergometria 401 1.734 2.762 2.961 Hemodinamica 2.431 2.776 2.377 2.477 Histeroscopia 196 0 0 0 Laboratório Clínico 804.384 968.388 1.062.100 1.077.637 Mamografi a 4.556 5.811 6.880 6.927 Marcapasso 817 629 629 768 Medicina Nuclear 1.783 3.225 4.277 4.906 Neuroradiologia 265 264 306 301 Radiologia 98.716 82.715 90.561 91.990 Tomografi a 3.577 5.073 5.942 4.516 Ultrassonografi a 16.424 16.874 19.180 18.934 Total 984.026 1.141.630 1.257.433 1.290.241

Centro de neFrologia

Com objetivo de ampliar conhecimentos científi cos e promover in-tercâmbio de informações, o Centro de Nefrologia da Santa Casa promoveu, em junho de 2008, o I Seminário Interdisciplinar com a participação de médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psi-cólogos, nutricionistas e administradores. O Seminário teve como tema central “Saúde e Qualidade de Vida: Em foco, o Paciente Renal”. O evento foi uma oportunidade de proporcionar a troca de experiência com outros centros de diálise e entre profi ssionais do Serviço Social que se informaram a respeito da abordagem e do atendimento aos pacientes.

O Centro está em permanente renovação do parque tecnológico, recebendo cerca de 15 novos equipamentos por ano. O objetivo é ampliar a tecnologia do atendimento e garantir mais recursos de segurança no tratamento aos pacientes. Somente em 2008, foram realizadas mais de 5.600 sessões de hemodiálise/mês. Também nesse ano foi retomado o serviço de transplante renal, totalizando 26 cirurgias.

Em 2008, o Centro ampliou o atendimento expandindo-se para o ambulatório do Centro Metropolitano de Especialidades Médicas Dr. Dario de Faria Tavares (CEM), garantindo ampliação para cerca de 750 atendimentos ao mês.

O Centro de Nefrologia da Santa Casa visa ainda, o aprimora-mento do atendimento aos colaboradores e pacientes a partir da criação de atividades coordenadas pelo Serviço Social. A ioga, o canto coral e as comemorações de festas de Natal e Junina são atividades realizadas com esses objetivos.

hosPital santa Casasessões de hemodiÁlise (total)

2005 2006 2007 2008

61.642 64.757 68.175 68.261

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ClÍniCa de olhos

Inaugurada em 1915, a Clínica de Olhos foi o primeiro serviço de Oftalmologia organizado em Minas. Atualmente ocupa a 3ª colo-cação no ranking dos centros de excelência do País, e é mundial-mente reconhecida.

Hoje a clínica mantém 10 unidades terapêuticas, clínicas e cirúr-gicas e serviço de urgência 24 horas. Anualmente, a Clínica de Olhos realiza cerca de 264.900 atendimentos, sendo 67% pa-cientes do Sistema Único de Saúde (SUS), e os demais vindos de convênios e particulares. Em 2008 foram realizadas 9.404

cirurgias oftalmológicas sendo 4.092 cirurgias de catarata e 138 transplantes de córnea. Na unidade de urgência 24 horas foram atendidos 38.805 pacientes.

Além de cumprir sua destinação histórica de dar assistência aos pacientes, a Clínica de Olhos oferece, em alto nível, ensino aca-dêmico, formação profi ssional e especialização em Oftalmologia, e também presta os mais qualifi cados serviços à comunidade médica.

Clínica de olhos

indicadores 2005 2006 2007 2008

Consultas (nº ) 88.540 89.636 97.019 101.529

Procedimentos (nº ) 153.268 147.823 143.547 154.003

Cirurgias

Ambulatoriais (nº ) 9.014 7.576 9.221 9.404

total 250.822 245.035 249.787 264.936

ProCedimentos

2005 2006 2007 2008

153.268 147.823 143.547154.003

ConsUltas

2005 2006 2007 2008

88.540 89.636 97.019 101.529

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RELATÓRIO ANUAL | BALANÇO SOCIAL 2008 | www.santacasabh.org.br 23

Ao completar um ano em 2008, o Centro Metropolitano de Es-pecialidades Médicas Dr. Dario de Faria Tavares revelou-se como uma importante unidade no atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Somente nesse primeiro ano, foram re-alizados cerca de 19 mil atendimentos mensais entre consultas, exames e procedimentos.

Seguindo fi rmemente as diretrizes da Política Nacional de Huma-nização (PNH), foi implantado em 2008 o Colegiado Gestor do CEM, que objetiva a excelência no atendimento, a humanização da assistência e a melhoria do trabalho dos profi ssionais, garantindo motivação, capacidade de refl exão e aumento da autoestima da equipe. Neste sentido, foram criados programas de incentivo à sa-tisfação dos colaboradores como o “Cine Pipoca”, que proporciona momentos de descontração a partir da exibição de fi lmes esco-lhidos e comentados por psicólogos; ginásticas laboral e vocal; sensibilização; educação continuada e atendimento nutricional.

Para os usuários, foi criado o “Projeto Quer Saber?”, com o objeti-vo de orientá-los sobre exames e procedimentos. E para incentivar as práticas de saúde e bem-estar, além de aumentar a aderência ao tratamento, o CEM criou, em 2008, diversos Grupos de Apoio,

Centro de esPeCialidades médiCas dr. dario de Faria tavares - Cem

que contam com equipe multidisciplinar.

Os pacientes portadores de doenças crônicas têm a oportunidade de, além das consultas de rotina, frequentarem palestras e gru-pos de discussão sobre a sua saúde. Atualmente, são oferecidos grupos de atendimento diferenciado a diabéticos, a gestantes de alto risco, aos tabagistas, aos obesos mórbidos, aos portadores de fi bromialgia e esclerose múltipla.

Complementando o diagnóstico e possibilitando novas aborda-gens para o tratamento, o CEM possui o Centro de Diagnóstico e Tratamento Ministro José Saraiva Felipe. Em 2008 o CDT reali-zou em torno de 6.500 exames/mês e procedimentos, dos quais 60% foram encaminhados pelo gestor público (postos de saúde) e 40% gerados pelo próprio ambulatório. O CDT realizou, ao longo de 2008, exames de endoscopia digestiva, eletroencefalograma, eletrocardiograma, ultrassom (ginecológico e medicina interna), colonoscopia, eletroneuromiografi a, ecocardiograma, teste ergo-métrico e duplex scan.

O CDT, em 2009, receberá os equipamentos para realização de BERA, audiometria e raios X.

Cem

indiCadoressUs2008

Consultas (nº ) 164.860

Exames (nº ) 28.856

Procedimentos (nº ) 26.268

Cirurgias (nº ) 319

Refeições Servidas (nº ) 37.528

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hosPital são lUCas

Reconhecido na Capital pela tradição na excelência em serviços e atendimento médico-hospitalar, o Hospital São Lucas ampliou, em 2008, o atendimento à saúde suplementar inaugurando novos leitos e serviços. O planejamento das obras foi feito em 2007 e previa reformas e ampliação da parte física da unidade, além da aquisição de diversos equipamentos para a realização de exames e cirurgias.

Na unidade, são ofertados 114 leitos, que tiveram todo o mobiliário trocado por equipamentos de última geração. Visando o alto pa-drão de atendimento, o Hospital São Lucas deu início às obras de reforma do 2º andar, que passará a contar com nove apartamen-tos individuais. Com localização estratégica, o objetivo principal da reforma é proporcionar melhor acolhimento do paciente no pós-cirúrgico. A previsão é que as obras terminem em 2009.

Em 30 de junho de 2008, o Hospital inaugurou a Unidade de Cuidados Intermediários Dr. João Carlos Zerbini de Faria (UCI), com oito leitos destinados à assistência intermediária de saúde. O nome é uma homenagem a um dos mais brilhantes proctolo-gistas do Estado, que trabalhou por longos anos no São Lucas e na Santa Casa de Belo Horizonte. A UCI proporciona atendimento semi-intensivo a pacientes da rede privada e conveniada e fechou o ano com média mensal de 88% de ocupação. Dão assistência à Unidade médicos intensivistas e equipe exclusiva de enferma-gem, que também conta com suporte de equipe multidisciplinar

do CTI: fonoaudiólogos, psicólogos, fisioterapeutas, nutricionistas e assistente social.

A UCI está instalada ao lado do Centro de Tratamento Intensi-vo Dona Marina Annes Guimarães, que conta com 20 leitos, no 3º andar da unidade. Para melhor comodidade dos visitantes de pacientes internados na UCI e no CTI, uma sala de espera foi es-pecialmente elaborada e inaugurada em 2008 com o objetivo de proporcionar melhor acolhimento durante o tempo que antecede à visita.

O Centro Cirúrgico do São Lucas também recebeu novos equipa-mentos em 2008. A unidade atua com seis salas para cirurgias de pequena, média e alta complexidade e uma sala para pequenas cirurgias que atende em média 200 procedimentos/mês.

Entre as novidades está a aquisição de mais um arco cirúrgico. O aparelho melhora a qualidade das intervenções fornecendo informações em tempo real para os procedimentos cirúrgicos em Angiologia, Neurologia, Cardiologia e Cardiovascular, permitindo a redução do tempo da cirurgia, uma vez que possibilita aumento da precisão e segurança nos procedimentos.

Para cirurgias oncológicas de tratamento do câncer de estômago, intestino e colorretal, o Hospital São Lucas adquiriu três moder-nos equipamentos de videocirurgia. E para marcar a nova fase do Centro cirúrgico, foram implementadas, em 2008, as cirurgias cardíacas e de transplante de rins.

A retomada das cirurgias de alta complexidade resulta de sólidos investimentos na área da saúde suplementar, transformando o

hosPital são lUCas

indiCadoresConv+Part

2005 2006 2007 2008Leitos (nº) 95 104 107 114

Leitos UCI (nº) 0 0 0 8

Leitos CTI Adulto (nº) 9 9 20 20

Taxa de Ocupação (%) 73,09 75,77 78,28 77,93

Internações (nº) 6.241 6.475 6.628 6.504

Consultas (nº) 104.035 114.692 118.566 313.508

Exames (nº) 190.537 220.204 49.424 50.163

Procedimentos (nº) 11.272 9.028 9.028 8.813

Cirurgias (nº) 5.273 7.002 7.844 7.648

Refeições Servidas (nº) 219.618 294.761 398.755 471.850

internaçãohosPital são lUCas

2005 2006 2007 2008Particular 378 470 600 643

Santa Casa Saúde 4.564 4.640 4.752 4.701

Outros Convênios 1.299 1.365 1.276 1.160

total 6.241 6.475 6.628 6.504

Centro tratamento intensivo

indiCadoresCti - são lUCas

2005 2006 2007 2008Leitos Adulto (nº) 9 9 20 20Admissões (n°) 441 419 766 1.021Taxa de Ocupação Adulto (%) 92,39 91,05 91,29 86,56

Média de Permanência Adulto (%) 6,88 6,69 6,49 6,10Paciente Dia Adulto (n°) 3.035 2.991 4.936 6.336

hosPital são lUCasCti (admissões anUais)

2005 2006 2007 2008

441 419

7661.021

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RELATÓRIO ANUAL | BALANÇO SOCIAL 2008 | www.santacasabh.org.br 25

Hospital São Lucas em uma unidade assistencial com tecnologia de ponta e a caminho de se consolidar como referência em cirur-gias. Com este objetivo, o Centro Cirúrgico do São Lucas recebeu novo e completo instrumental cirúrgico e uma lavadora ultrassôni-ca. O equipamento, um dos mais modernos do mundo, permite a eliminação completa de resíduos, reduzindo os riscos de infecção hospitalar no pós-operatório. O centro cirúrgico recebeu, também em 2008, uma autoclave para esterilização a vapor para uso em casos de urgência.

Nos últimos quatro anos, a média de cirurgias/ano da unidade tem sido de 6.700 procedimentos, fechando 2008 com 7.648 inter-venções, mostrando-se importante apoio aos clientes do Santa Casa Saúde, que foram responsáveis por 79% da ocupação, em um movimento de alta que vem se consolidando desde 2005.

indiCadoresCentro CirÚrgiCo

Categoria 2005 2006 2007 2008Salas Cirúrgicas (nº) 6 6 6 7

Cirurgias Realizadas (nº)

Particular 410 561 654 594

Santa Casa Saúde 3.921 5.381 6.126 6.053

Outros Convênios 939 1.060 1.064 1.001

total (nº) 5.270 7.002 7.844 7.648

CirUrgias realizadas (santa Casa saÚde)

2005 2006 2007 2008

3.9215.381

6.126 6.053

PorteCentro CirÚrgiCo são lUCas

2005 2006 2007 2008Pequeno 1.063 2.709 2.864 2.726 Médio 2.618 3.260 3.957 4.141 Grande 1.592 1.033 1.023 781 total 5.273 7.002 7.844 7.648

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indiCadoresPronto atendimento

2005 2006 2007 2008 Exames (nº) 6.742 6.614 6.051 4.494

total 6.742 6.614 6.051 4.494

Consultas Adulto (nº) 83.562 94.656 99.242 100.183

Consultas Infantil (nº) 20.473 23.047 19.324 21.619

total 104.035 117.703 118.566 121.802

Procedimentos Adulto (nº) 7.652 6.519 7.165 7.377

Procedimentos Infantil (nº) 3.620 2.509 1.156 1.086

total 11.272 9.028 8.321 8.463

Pronto atendimento são lUCas

Para o atendimento a urgências e emergências, o Hospital São Lu-cas disponibiliza um serviço de Pronto Atendimento com 12 con-sultórios em regime de plantão. Em 2008, o PA São Lucas, que recebe em média 300 pacientes/dia em situações de urgência/emergência clínica ou cirúrgica, totalizando 121.802 atendimentos em 2008, recebeu novos piso e pintura, bem como novas camas, enquanto a sala de observação recebeu um novo respirador ne-onatal. Para a revitalização da unidade, está prevista uma nova obra para 2009.

O projeto prevê a instalação, já no primeiro semestre do ano, de todos os equipamentos necessários para a implantação do Proto-colo de Classificação de Risco de Manchester, com o suporte dos softwares Alert Manchester e Alert Edis, soluções tecnológicas na área de saúde de origem portuguesa e amplamente reconhecidas na Europa, Ásia e América do Norte. A partir de então, os pacien-tes serão atendidos conforme a classificação de riscos prevista no protocolo, com maior agilidade no registro das informações pes-soais e histórico médico.

atendimentos 2008Pronto atendimento são lUCas

Consultas Procedimentos Exames

121.802

8.463 4.494

ClÍniCa são lUCas

Para as consultas eletivas, a Clínica São Lucas disponibiliza aos convênios e particulares 28 consultórios. São 201 profissionais atendendo a mais de 30 especialidades com o conforto da hora marcada.

Em 2008 a Clínica São Lucas teve o 1º e o 2º andares reforma-dos, com troca de piso, instalação de lavabo e de ar-condicionado, sinalização e bebedouros, além de ter recebido nova pintura. A reforma contemplou ainda a recepção, que recebeu nova e acon-chegante decoração. Os consultórios foram contemplados com novos mobiliários e enxoval, e informatizados, como preparação para a implantação do prontuário eletrônico já em 2009.

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RELATÓRIO ANUAL | BALANÇO SOCIAL 2008 | www.santacasabh.org.br 27

santa Casinha

A Santa Casinha, unidade dedicada exclusivamente ao atendimen-to pediátrico dos clientes da Saúde Suplementar recebeu nova pintura externa. Localizada em frente ao Hospital São Lucas, a unidade presta atendimento em 14 especialidades pediátricas e conta com 33 médicos em sete consultórios. Em 2008, a média de atendimento por mês foi de 1.700 crianças.

Unidade loUrdes

Para proporcionar a ampliação do atendimento à saúde suplemen-tar, o Grupo Santa Casa adquiriu em 2008, por meio de investi-mentos do Santa Casa Saúde, um tradicional hospital localizado na região Sul da capital que recebeu o nome de Hospital São Lu-cas Unidade Lourdes. Entre aquisição do imóvel, equipamentos e reformas na unidade, a estimativa é de investimentos de cerca de R$ 4 milhões.

A previsão é para a entrada em funcionamento dos primeiros con-sultórios, logo no início de 2009, com atendimento em reumatolo-gia, clínica médica, nutrição, pneumologia, geriatria, cardiologia e neurologia, em seis consultórios, e ainda a realização de exames em cardiologia. Unidade de internação

CYbele Pinto Coelho

Dentro da política de investimento em saúde suplementar, o Gru-po Santa Casa inaugurou, em setembro de 2008, a Unidade de Internação Cybele Pinto Coelho, instalada no 12º andar do Hospi-tal Central, no Complexo Hospitalar José Maria Alkmim, em uma área de 2012 metros quadrados. Com a nova unidade, 72 leitos foram disponibilizados, sendo que os leitos de cuidados especiais entrarão em funcionamento no primeiro bimestre de 2009. Com investimento de R$ 2,5 milhões, a unidade foi totalmente revita-lizada utilizando o que há de mais moderno e adequado para o ambiente hospitalar. Toda a rede hidráulica e elétrica foi substitu-ída e as alas receberam acabamento de primeira qualidade. Os leitos hospitalares que compõem os apartamentos e enfermarias possuem alta tecnologia, com camas automatizadas e um servi-ço exclusivo de atendimento ao cliente. Para o acesso à unidade, os clientes contam com dois elevadores, localizados na Ala C do Hospital Central.

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gestão Pela exCelênCia: fOcO na sUstentabiLidade

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RELATÓRIO ANUAL | BALANÇO SOCIAL 2008 | www.santacasabh.org.br 29

O compromisso em oferecer atendimento integral e humanizado à

saúde faz com que o Santa Casa Saúde esteja em constante de-

senvolvimento para satisfazer os seus clientes. O reconhecimento

deste esforço foi comprovado com o crescimento da carteira em

19%. Mais de 115 mil usuários utilizam os serviços e benefícios

criados, entre eles ações de promoção à saúde, que receberam

investimentos da ordem de R$608.457,00, atingindo 3.800 pes-

soas, em 25 eventos e o atendimento domiciliar que, em 2008,

cuidou da saúde de 1.150 pacientes em sua própria residência,

com investimentos de R$ 3.353.000,00.

O detalhamento destas e outras importantes realizações mereceu

destaque em um relatório de gestão personalizado, apresentado

em conjunto com este relatório do Grupo Santa Casa, de forma a

ampliar a informação aos diversos públicos e parceiros do Santa

Casa Saúde e garantir um análise profunda de todas as vertentes

que compõem a prestação de serviços de planos de saúde, fa-

cilitando a consulta aos dados, conforme se poderá verifi car no

documento anexo.

Desde a sua criação, em outubro de 1996, o Santa Casa

Saúde tem uma missão: cuidar da saúde dos clientes com quali-

dade e segurança, fortalecendo o Grupo Santa Casa na promoção

da responsabilidade social. É para o cumprimento dessa missão

que todas as atividades são desenvolvidas, com resultados cada

vez mais positivos. Da receita de R$ 128.670.380,71 o plano de

saúde repassou R$ 42.150.000,00 à Santa Casa em pagamento

por serviços assistenciais prestados, mantendo-se como grande

colaborador na manutenção do equilíbrio fi nanceiro-operacional

da Instituição e cumprindo integralmente os objetivos listados no

artigo 4º do seu Estatuto, entre eles o de “contribuir para a manu-

tenção e funcionamento da Santa Casa de Misericórdia (...)”.

Cumprindo, ainda, seu papel estatutário, o Santa Casa Saúde

incentiva a pesquisa, o ensino e o desenvolvimento institucional

das unidades de negócios do Grupo. Exemplo disso são os sólidos

investimentos em educação continuada. Em 2008, implantou com

recursos próprios o MBA Executivo em Saúde e oferece suporte

integral às atividades da Gerência de Ensino e Pesquisa, criada

para organizar tais demandas.

No atendimento ao cliente, o destaque é o crescimento da rede

credenciada que teve incremento em 20%. Os clientes do pla-

no de saúde contaram, em 2008, com uma rede composta por

624 médicos credenciados em todas as especialidades clínicas e

cirúrgicas, 81 clínicas para consultas e exames, 20 hospitais e 17

laboratórios de ponta.

serviço FUnerÁrio da santa Casa

A Santa Casa de Belo Horizonte, além de cuidar da saúde dos

mineiros dá assistência também às famílias enlutadas da Capital.

A designação foi dada pelo prefeito da então Cidade de Minas

(antigo nome da Capital), Bernardo Pinto Monteiro. Pioneiro em

Belo Horizonte, o Serviço Funerário da Santa Casa consolidou-se,

ao longo dos anos, como uma importante unidade de negócios do

Grupo Santa Casa, gerando receita de cerca de R$ 14 milhões

em 2008.

Ao ser criado, o Serviço Funerário da Santa Casa assumiu tam-

bém a assistência aos mais necessitados, sendo o único em Belo

Horizonte a realizar sepultamentos gratuitos para as famílias ca-

rentes. A Funerária também é responsável pelo sepultamento das

pessoas falecidas sem identifi cação. Em 2008, foram realizados

1654 sepultamentos gratuitos, ao custo de R$ 651.676,00 sem

qualquer reembolso ofi cial.

indiCadoresano

2007 2008Consultas 565.433 600.463Exames 1.414.847 1.590.601Internações 11.545 10.912

santa Casa saÚde

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3030

Fazendo parte de um Grupo ancorado pelo hospital com o maior

número de leitos destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS), o

Serviço Funerário cumpre sua Responsabilidade Social contribuin-

do para salvar vidas na Santa Casa.

O Serviço Funerário da Santa Casa possui equipe qualifi cada e

formada em curso próprio de tanatopraxia, também oferecido ao

público externo e referência para outros estados do País.

Junto à Funerária funciona, desde 2004, o Santa Casa Flores, res-

ponsável pela ornamentação dos corpos e pelas homenagens pós-

tumas. O Serviço oferece, ainda, o plano funerário Santa Vida.

A frota de atendimento ao cliente é composta por 14 veículos,

sendo dois de apoio às famílias. Também é colocado à disposi-

ção um velório comunitário com capacidade de atendimento a

06 famílias.

indiCadores 2005 2006 2007 2008 Sepultamentos Pagos (nº) 6.680 7.424 7.214 6.812

Sepultamentos Gratuitos (nº) 1.941 1.723 1.694 1.654

Urnas Vendidas (nº) 8.186 8.563 7.924 7.194

Coroas (nº) 9.289 9.947 10.039 9.414

Pré-velórios (nº) 748 757 1.463 527

meio ambiente

O Grupo Santa Casa e o Grupo CNT Ambiental assinaram, em

agosto de 2008, contrato para a execução da complementação

dos projetos técnicos referenciados pela Norma T-187/2, da

Copasa, e gestão técnica para a implantação de novas fossas sép-

ticas do Serviço Funerário da Santa Casa. O trabalho é fruto do

cadastramento, pioneiro no Estado, da Funerária no Programa de

Recebimento e Controle de Efl uentes Não-Domésticos – Precend,

que estabelece as condições e critérios para o lançamento e moni-

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31RELATÓRIO ANUAL | BALANÇO SOCIAL 2008 | www.santacasabh.org.br 31

toramento dos parâmetros dos efl uentes líquidos não-domésticos

a serem lançados na rede pública coletora de esgotos.

Para cumprir a Norma, o Grupo Santa Casa investiu R$ 100 mil.

Está concluída, numa primeira fase, a separação dos efl uentes

domésticos, não-domésticos e pluviais.

No fi nal de 2008, a Copasa aprovou todo o projeto, transformando

o Serviço Funerário em pioneiro no setor, em todo o Estado.

aprovação

Partindo do princípio da sua missão de oferecer uma assistência

qualifi cada e humanizada à comunidade é que a Funerária atua

para sempre obter a aprovação das famílias para as quais são

prestados os serviços. Exemplo disso é o relatório de atendimento

elaborado pelo Hospital Felício Rocho, um dos maiores da Capi-

tal. Em relação à qualidade do atendimento de auxílio funerário

prestado às famílias de pacientes que tiveram óbito no Hospital,

o Serviço Funerário da Santa Casa obteve 97% de aprovação.

Foram avaliados os quesitos: cordialidade, pontualidade, organiza-

ção, clareza no fornecimento de informações entre outros.

Atualmente, são mantidos postos de apoio às famílias nos se-

guintes hospitais: Odilon Behrens, Luxemburgo, Risoleta Tolentino

Neves, Baleia, Santa Casa de Belo Horizonte, Instituto de Previ-

dência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (IPSEMG), Hos-

pital Felício Rocho e todas as unidades da Fundação Hospitalar do

Estado de Minas Gerais (Fhemig).

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32

ensino e PesqUisa

Criada em agosto de 2008, a Gerência de Ensino e Pesquisa re-

cebeu como atribuições interagir com os gestores do Grupo Santa

Casa no sentido de estabelecer políticas e regras de funcionamen-

to das atividades de pós-graduação, graduação, pesquisa, ensino

técnico, residência e estágio; supervisionar o desenvolvimento de

atividades de ensino e pesquisa da Santa Casa, viabilizando a dis-

ponibilidade de recursos necessários para o seu desenvolvimento;

acompanhar, sob os pontos de vista administrativo, pedagógico e

científi co os resultados das atividades desenvolvidas nas áreas de

ensino e pesquisa; prospectar demandas para o desenvolvimento

de atividades de ensino e pesquisa, inclusive pesquisas interna-

cionais; e estabelecer a integração entre os núcleos de ensino e

pesquisa, estágios e áreas assistenciais, buscando assegurar sus-

tentabilidade fi nanceira e científi ca, bem como o desenvolvimento

dos programas da Santa Casa.

Desta forma, a Gerência centralizou em uma única estrutura todas

as áreas de ensino e pesquisa do Grupo Santa Casa (Escola de

Enfermagem João Paulo II, Programa de Pós-Graduação, estágios,

Cursos de Extensão Curricular, Centro de Estudos e Pesquisa Clí-

nica), atuando ainda como gestora do curso MBA Executivo em

Saúde, realizado em parceria com a Fundação Getulio Vargas e

patrocinado pelo Santa Casa Saúde.

Após completo diagnóstico situacional realizado pela Gerência e

apresentado ao Comitê Gestor, em novembro, deu-se início à im-

plementação dos projetos, desenhados a partir do Planejamento

Estratégico 2009/2015.

Para a nova Gerência alcançar seus objetivos, a Fundação passou

a destinar recursos para viabilizar o desenvolvimento da pesquisa,

do ensino e o desenvolvimento institucional junto às unidades de

sua instituidora e a acompanhar a aplicação dos recursos por ela

disponibilizados. Profi ssionais com ampla experiência na área

de educação foram contratados para dar o suporte necessário à

empreitada.

esCola téCniCa de enFermagem

O Curso Técnico de Enfermagem foi desenvolvido para auxiliares

que desejam investir em suas carreiras profi ssionais e para os

concluintes do Ensino Médio que desejam se tornar técnicos e

oferece estágio nas dependências da Santa Casa, supervisionado

por enfermeiros contratados e treinados pela Escola. Durante o

curso o aluno tem oportunidade de conhecer as dependências do

Hospital e ainda participar de palestras com os melhores profi s-

sionais da Santa Casa.

As aulas práticas são ministradas em laboratório da Escola com

modernos manequins de simulação de técnicas e todo material

existente no hospital e em salas equipadas com televisão e vídeo.

O aluno conta com acervo bibliográfi co dentro da própria Escola.

alUnos 2005 2006 2007 2008Pós-Graduação (nº ) 25 38 48 26Escola de Enfermagem (nº ) 607 639 585 630

Residência Médica (nº ) 96 104 123 133

MBA (nº ) 112total 728 781 756 901

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Pós-gradUação

Para a Pós-Graduação, foram contratados, por meio de concurso,

conforme os critérios da Capes, docentes pesquisadores doutores

em Ciências na área de saúde e com produção científi ca regular

comprovada.

A importância do Programa ultrapassa os interesses da Institui-

ção, benefi ciando médicos e profi ssionais de saúde, facilitando o

intercâmbio entre esses. Assim, o Programa de Pós-Graduação

contribui não só com a ampliação do conhecimento, mas também

com avanços signifi cativos na medicina e na qualidade de vida da

comunidade.

Em 2008, os alunos da Santa Casa de Belo Horizonte defenderam

duas teses para doutorado e 17 dissertações para mestrado.

O ano de 2008 fechou com 75 estudos diferentes, entre eles,

efi ciência e efi cácia de indicadores de qualidade no hospital, alte-

rações metabólicas em aidéticos sob tratamento e vias de sinali-

zação celular em diabetes melitus.

alUnos 2005 2006 2007 2008 Mestrado (nº ) 17 28 8 17

Doutorado (nº ) 16 15 1 2

total 33 43 9 19

CorPo doCente 2005 2006 2007 2008 Professores Permanentes (nº ) 9 12 12 10

Professores Visitantes (nº ) 0 1 1 1

Professores Colaboradores (nº ) 6 4 5 7

total 15 17 18 18

Já na área de Pesquisa Clínica, 2008 registrou 100 trabalhos em

andamento, sendo 35 deles patrocinados. Os estudos estão con-

centrados em Medicina Interna, Cardiologia, Neurologia, Endocri-

nologia, Oncologia, Infectologia, Reumatologia e Nefrologia.

mba exeCUtivo em saÚde

Dentro da perspectiva da promoção do nivelamento de conhe-

cimentos dos profi ssionais estratégicos do Grupo Santa Casa, a

Gerência de Ensino e Pesquisa assumiu a implementação da par-

ceria com a Fundação Getulio Vargas, que desenvolveu o curso

MBA Executivo em Saúde, exclusivamente para os colaboradores

do Grupo. Um dos objetivos do curso é levar a Organização a obter

maior excelência na prestação de serviços de saúde. O interesse

pelo curso correspondeu às expectativas com a formação de três

turmas, fechando o ano de 2008 com 112 alunos. Como proposta

inovadora, o investimento do colaborador no curso contou com

50% de desconto. O restante foi fi nanciado pela Fundação Santa

Casa, mantenedora do Santa Casa Saúde.

As aulas são ministradas na Sala Ouro, instalada na Gerência de

Recursos Humanos do Grupo Santa Casa, que foi totalmente re-

formada e equipada com todos os recursos áudio-visuais, o que

permite maior comodidade para os alunos.

Para 2009, projeta-se o desenvolvimento de pesquisa com cola-

boração internacional; parceria com Instituições de Ensino Supe-

rior; a ampliação da abrangência das disciplinas isoladas para pro-

fi ssionais não-matriculados no Programa específi co de mestrado

e doutorado; o estímulo ao programa de iniciação científi ca para

desenvolver vocações e talentos para a pesquisa; o encaminha-

mento de projetos para instituições de fomento, visando captação

de recursos; a prestação de colaboração aos órgãos administrati-

vos da Santa Casa, no que couber; e a colaboração com a política

de treinamento e ensino da Instituição.

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reCUrsos hUmanos

Dando prosseguimento ao Plano de Ação de Recursos Humanos previsto para o biênio 2007/2008, o Grupo Santa Casa focou es-forços em projetos que visam dar maior sustentabilidade e trans-parência às suas ações.

Foi discutido, com o sindicato da categoria, aprovado e implantado o Plano de Cargos. A operacionalização ocorreu em duas etapas, nos meses de junho e outubro de 2008, e envolveu todos os em-pregados da Instituição. O acordo assinado representou signifi cati-vas alterações nas distorções salariais que existiam até então.

Ressalta-se que o acordo foi aprovado para vigorar até o ano de 2012 e possibilitou o reconhecimento da Santa Casa como uma organização competitiva no mercado em termos salariais, o que, em síntese, apresenta uma série de vantagens, dentre as quais, a maior possibilidade de retenção de profi ssionais estratégicos e especializados.

A implantação do Plano de Cargos no Grupo Santa Casa constitui-se ação inovadora no setor hospitalar, uma vez que o mercado, até então, apresentava poucas alternativas sobre este tema. Ressalta-se que, a partir da sua implantação, o Plano de Cargos e Salários

passou a oferecer inúmeras possibilidades no que se refere às políticas de administração do quadro de pessoal.

Foram implantadas ações de controle constante sobre o quadro de pessoal, relativas a custos por empregado, horas extras e absen-teísmo, formatando indicadores que permitem obter elementos de análise de racionalização da mão-de-obra, mantendo-se a quali-dade dos serviços.

Também foi implantado o cadastro de currículos via portal, que passou a ser aliado importante nos processos de recrutamento e seleção, tendo em vista as alternativas de busca dos profi ssio-nais no mercado, o que propicia redução signifi cativa no tempo de operacionalização.

Durante todo o ano, foram feitos 6.100 contatos com candidatos a diversas vagas, gerando 3.300 entrevistas, 2.538 avaliações psicológicas, fi nalizando com a realização de 1.665 processos

se ação inovadora no setor hospitalar, uma vez que o mercado, até então, apresentava poucas alternativas sobre este tema. Ressalta-se que, a partir da sua implantação, o Plano de Cargos e Salários

Pessoas

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www.santacasabh.org.br 35RELATÓRIO ANUAL | BALANÇO SOCIAL 2008 | www.santacasabh.org.br

de admissão. Dentre outros atendimentos, foram realizadas 538 entrevistas de desligamento e 600 avaliações para a Escola de Enfermagem João Paulo II.

Parte signifi cativa das admissões efetuadas atendeu prioridades importantes da Santa Casa e da comunidade de modo geral, re-lacionadas a programas de implantação da UCI Dr. João Carlos Zerbini de Faria, do Hospital São Lucas; atendimento à enfermaria especial para dengue, criada para atendimento pediátrico; funcio-namento da Unidade de Internação Cybele Pinto Coelho, no 12º andar do Hospital Central; preenchimento dos cargos de Docentes Pesquisadores na Gerência de Ensino e Pesquisa; provimento de pediatras do PA do Hospital São Lucas; e absorção das atividades de motorista do Serviço Funerário.

Nas ações de qualifi cação de pessoal por meio de treinamento e desenvolvimento pessoal foram realizados programas que envol-veram cerca de 3.290 treinandos que participaram das atividades da Casa, com ou sem repetição, em objetivos relativos à Integra-

ção, Desenvolvimento de Equipe, Atendimento Especial a Clientes, Atualização e Revisão Tecnológica.

A abordagem tecnológica utilizada nos eventos, aliada aos as-pectos de comportamento humano contribuiu e vem contribuindo substancialmente para a integração dos empregados e melhoria dos ambientes de trabalho por meio do melhor conhecimento da estrutura da Instituição.

No que tange à especialização do corpo profi ssional de nível universitário, superintendentes, gerentes e coordenadores, o RH tem importância signifi cativa no apoio logístico e operacional no desenvolvimento do MBA Executivo em Saúde, abrangendo 112 alunos.

Nas ações de Saúde e Segurança Ocupacional, importantes mu-danças foram processadas para melhoria no atendimento a exa-mes médicos, convocação e acompanhamento por meio de siste-ma informatizado, cadastramentos e controles mais efi cientes de rotinas, criando interfaces com outros sistemas de RH e materiais, que propiciam maior fl uidez e agilidade aos processos necessários às demais funções de acompanhamento e controle do quadro de pessoal.

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Preventivamente, foram desenvolvidos a Semana Interna de Pre-venção a Acidentes de Trabalho (Sipat), programas laborais, pa-lestras e outras atividades que junto a outras ações contribuíram para a redução signifi cativa nas perdas por acidente de trabalho com afastamento temporário em relação ao ano anterior (estimada em 21,43%).

Em termos de serviço médico foram realizados em torno de 4.851 exames de várias espécies (admissionais, demissionais, de retor-no ao trabalho, mudanças de função e controle). Além dos exames médicos propriamente ditos foram realizados 1143 procedimentos relativos a PPP´s, CAT´s e perícias judiciais.

Nas ações de cuidado e integração com a comunidade, foram re-alizados 96 levantamentos ambientais e emitidos laudos e pare-ceres. Promoveu-se o programa de ginástica laboral que atingiu 3.380 empregados em 302 sessões com a convicção de que es-tes programas, associados a outras medidas preventivas, levam à redução da incidência de afastamentos.

Como programas importantes de suporte às ações das demais áreas foram feitas a implementação do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), que dá uma visão mais concreta sobre as áreas que apresentam maior risco de incidência de doenças e a atualização do Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO).

Ações administrativas importantes estão sendo desenvolvidas para melhoria da qualidade e mais transparência relativa à folha de pagamentos. A ligação estreita entre a folha de pagamento e o processo admissional permite que o novo empregado inicie suas atividades na empresa, já no primeiro dia, com todas as medidas de apoio concluídas, o que reduz signifi cativamente a ansiedade e o trabalho do supervisor da área.

Procurando estender ações que atingem a todos os segmentos de faixa etária, foi desenvolvido o projeto de revitalização pedagógica da creche, com capacitação técnica da equipe monitora e obten-ção de infraestrutura e instrumentos de apoio ao desenvolvimento completo da criança. Na outra vertente, dentro das atividades co-memorativas dos 109 anos da Santa Casa, foram homenageados os veteranos que prestam seus serviços há mais tempo na Casa. Os 87 homenageados tinham entre 20 e 40 anos de trabalho na Instituição.

Procurou-se ainda desenvolver ações de treinamentos às equipes da Superintendência Adjunta de Suporte à Saúde, com padroniza-ções necessárias à criação e fortalecimento de uma boa imagem institucional junto aos clientes e à comunidade.

No fi m do ano, como forma de incentivar o colaborador a criar vínculos com o Grupo, foi lançada a campanha “História da Minha Vida”, promovida pela Assessoria de Comunicação Institucional do Grupo Santa Casa. A idéia foi fazer com que o funcionário con-tasse uma história real acontecida com ele, dentro do ambiente de trabalho.

As melhores histórias foram publicadas no Calendário 2009 da Instituição, distribuído como brinde aos prestadores de serviços, colaboradores, dentre outros. Os vencedores receberam, ainda, presente de fi m de ano e uma fotografi a preparada especialmente para registrar os seus rostos no calendário 2009.

PerFil do Colaborador

Outra pesquisa, esta realizada para conhecer os colaboradores da Santa Casa, mostrou que 73,24% do total dos colaboradores são do sexo feminino. Estavam, em 2008, registrados pela CLT, 76,55% do total dos colaboradores. As mulheres ocupavam 13 cargos de Gerência contra 26 para os homens, mas tinham su-premacia no cargo de Coordenação (26 contra 13 para homens). No item idade, a Santa Casa tinha 29,91% dos colaboradores com idade entre 29 e 38 anos e 34,84% com idade de 39 a 48 anos.

Já na Fundação Santa Casa, do total de pessoas trabalhan-do 58,67% eram mulheres. Tinham de 18 a 28 anos de idade 42,44% dos colaboradores e 30,67% estavam com idade entre 29 a 38 anos.

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RELATÓRIO ANUAL | BALANÇO SOCIAL 2008 | www.santacasabh.org.br 37

A pesquisa é aplicada por meio de formulários distribuídos pelas profi ssionais do Serviço Social, que, no momento da alta hospi-talar, sugerem a participação. O paciente também tem oportuni-dade de responder ao questionário espontaneamente, já que os formulários encontram-se à disposição de todos junto a uma urna em cada ala do Hospital Central. Os resultados são apresentados mensalmente às gerências e grupos de humanização.

Até 31 de dezembro de 2008, 1.175 pacientes participaram da pesquisa. Dos questionários respondidos, 97,02% disseram que gostariam de, em caso de necessidade, ser internados na San-ta Casa novamente, sendo que 74,98% fi caram muito satisfeitos com o atendimento médico e 96,59% satisfeitos ou muito satis-feitos com o horário de visitas.

O resultado da pesquisa em 2008 foi considerado bom, uma vez que quase todos os itens consultados tiveram respostas positivas. Os itens abordados são: recepção/portaria; internação, acomo-dação, alimentação, limpeza, médico, enfermeiro, técnico de en-fermagem, fi sioterapeuta, fonoaudiólogo, psicólogo, nutricionista, assistência social, terapeuta ocupacional, CTI - Adulto, CTI - Pe-diátrico, Bloco Cirúrgico, horário de visita, informações recebidas na alta do hospital e o atendimento como um todo. Na folha de pesquisa, que não precisa ser assinada, há também espaço para comentários e sugestões. O cliente, em caso de queixa, é também informado sobre o serviço de Ouvidoria disponível. No resultado consolidado do ano, 60,42% dos entrevistados disseram ter fi ca-do muito satisfeitos com o atendimento e 37,02% satisfeitos.

Os dados da pesquisa são repassados pelas assistentes sociais ao Sistema SEP - Solicitação Eletrônica de Procedimentos do Grupo Santa Casa, que gera os relatórios de resultados.

PerFil do CorPo ClÍniCo

Em novembro de 2008, a Santa Casa divulgou a pesquisa “Perfi l dos Médicos da Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte”, resultado de convênio entre ENC/Fiocruz, Nescon/UFMG, SCM-BH e SantaCoop, com o apoio fi nanceiro do Setes/Ministério da Saúde. O objetivo da pesquisa, entre outros, foi traçar o papel dos médicos na instituição e saber quem são eles, quais são suas necessidades e anseios.

A pesquisa revelou que 33% do total de médicos que prestam serviços à Santa Casa têm idade entre 30 e 39 anos. A gran-de maioria é brasileira e reside na Capital. É interessante notar que 78,4% têm linhagem médica. Entre os que responderam à pesquisa, 68,8% têm título de especialista; 58% estão satisfeitos com o trabalho na Santa Casa e a maioria deles está concentrada no atendimento ambulatorial. Do total, 47,2% fi zeram estágios ou cursos em instituições do exterior; 47,7% têm mestrado/douto-rado/pós-graduação; 52,3% têm cursos de aperfeiçoamento; e 22,6% de especialização.

Clientes

PesqUisa sUs

O Grupo de Trabalho de Humanização, organizado pela Superin-tendência de Assistência ao SUS do Grupo Santa Casa realiza, desde junho de 2008, Pesquisa de Satisfação do Cliente SUS, que verifi ca os diversos aspectos de infraestrutura e assistencial. O objetivo é avaliar a qualidade do atendimento, além de medir a efi cácia das ferramentas de gestão introduzidas e, consequente-mente, aprimorar a assistência.

0

20

40

60

80

Muito satisfeito Satisfeito Insatisfeito Não sei/Não foi atendido

Médico Enfermeiro Técnico Enfermagem

PesqUisa da satisFação do Cliente sUsavaliação do atendimento geral

Não sei / Não foi atendido1,28%

Insatisfeito1,28%

Satisfeito37,02%

Muito satisfeito60,42%

PesqUisa da satisFação do Cliente - sUsmédiCo / enFermeiro / téCniCo em enFermagem

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satisFação Com a atUação da eqUiPe

desemPenho das eqUiPes dia/noite

0

20

40

60

80

100Sem resposta

Não sabe

Não teve

Ruim

Regular

Bom

Ótimo

NoiteDia

0

20

40

60

80

100Sem resposta

Não sabe

Não teve

Ruim

Regular

Bom

Ótimo

A Maternidade Hilda Brandão também realiza pesquisa de atendi-mento com as suas usuárias. Diferentemente das demais, a desta unidade segue um modelo proposto pela Prefeitura de Belo Hori-zonte a todas as maternidades que prestam serviços ao SUS com o objetivo de comprovar se o atendimento realizado foi o preconi-zado pela PBH. Em 2008, 3.777 pacientes passaram por atendi-mento da Maternidade e 922 Usuárias (24,41%) responderam à

pesquisa. No item Atendimento da Equipe, a média foi de 92,76% de aprovação por parte das usuárias, somando-se o desempenho das equipes dia e noite nas respostas ótimo e bom. No item Aten-dimento Médico, a pesquisa mostrou 79,08% de satisfação com o anestesista; 94,45% com o obstetra; e 92,32% com o pediatra, incluindo respostas ótimo e bom.

Méd ico Obstetra

EnfermeiroObstetra

EnfermeiroTécnicoEnfermagem

Anestesista Méd i co Pediatra

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saC – saÚde sUPlementar

O Serviço de Atendimento ao Cliente da Saúde Suplementar – SAC, realiza, desde 2006, uma Pesquisa de Avaliação de Atendimento. Os impressos, que são disponibilizados junto às urnas instaladas na recepção do Hospital São Lucas, Pronto Atendimento, Ala C e 12º andar do Hospital Central, são respondidos espontaneamente pelos usuários da Saúde Suplementar e por clientes particulares. A pesquisa também é entregue pelas assistentes sociais ao clien-te, no momento da alta.

O levantamento funciona como um termômetro para medir o grau de expectativa e de satisfação dos clientes, além de estimar a qualidade da assistência, conhecer melhor os anseios e satisfação dos usuários, bem como aprimorar os serviços prestados.

A pesquisa tem caráter permanente e é analisada mensalmente pelas assistentes sociais que compõem o Serviço de Atendimento ao Cliente. Os resultados das avaliações dos clientes são divulga-dos internamente, mensalmente, com o objetivo de aprimorar os serviços prestados. Desde a sua implantação, a Superintendência de Assistência à Saúde Suplementar considerou o resultado da avaliação muito bom, uma vez que quase todos os setores avalia-dos tiveram respostas positivas.

Na folha de avaliação, além do espaço para dados do paciente, está contemplado o de comentários e sugestões. O Serviço fun-ciona todos os dias da semana, com atendimento presencial das 8 às 19 horas, de modo a facilitar a avaliação.

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ProCessos

Comitê exeCUtivo oPeraCional

Com o objetivo de aumentar a eficiência operacional e rentabi-lidade dos negócios ligados ao Grupo Santa Casa e a partir da necessidade da adaptação em função da alteração estatutária, a Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte criou o Comitê Exe-cutivo Operacional visando ao fortalecimento do conceito de negó-cio integrado e garantindo unicidade, participação, transparência e descentralização da tomada de decisões. Ao mesmo tempo, com a implantação do Comitê a administração das funções de suporte à saúde, Saúde Suplementar, assistência ao SUS e jurídica foram centralizadas em superintendências com atuações específicas e especializadas. O Comitê tem entre suas funções deliberar sobre questões estratégicas e operacionais envolvendo todo o Grupo Santa Casa, é composto por 7 membros e coordenado pelo supe-rintendente-geral.

Os bons resultados obtidos a partir da gestão participativa adotada há 5 anos levaram o Grupo Santa Casa a investir em um planeja-mento de longo prazo, amplamente discutido em seminários que envolveram todas as áreas administrativas, coordenado pela As-sessoria de Planejamento & Gestão e conduzido por consultoria especialmente contratada.

Com o tema “Pensando o Grupo Santa Casa de 2009/2015”, os objetivos e diretrizes para o Planejamento Estratégico foram desen-volvidos pela administração, superintendentes e superintendentes adjuntos das diversas áreas, baseados na missão e princípios do Grupo Santa Casa e nos cenários internos e externos. Também fo-ram avaliadas as propostas do planejamento 2006/2008 quando foram constatadas a experiência frente à crise que a Instituição vivia, a importância da validação de seus pilares de sustentação, a prioridade dada a algumas áreas vitais, a falta de investimentos em tecnologia da informação e a captação de recursos esporádica.

As discussões possibilitaram um planejamento estratégico de cur-to, médio e longo prazos para os negócios Assistência ao Sistema Único de Saúde (SUS), Saúde Suplementar, Santa Casa Saúde, Ensino e Pesquisa, Serviço Funerário e novos negócios no Grupo Santa Casa.

ObjetivOs estratégicOs

Os objetivos do Planejamento Estratégico 2009/2015 prevêem um modelo de assistência autossustentável; rede estratégica para atendimento de alta complexidade; duplicação do número de vidas cobertas pelo Santa Casa Saúde; retomada do Programa de Pós-Graduação lato sensu e início do stricto sensu; oferta de serviço funerário de alta complexidade aos hospitais da Região Metropoli-tana de Belo Horizonte; e a gestão do patrimônio imobiliário como fonte de renda.

O desdobramento do plano estratégico aconteceu nos níveis tático e operacional, possibilitando que os gestores e colaboradores do Grupo Santa Casa participassem da construção das estratégias, planos e metas para alcance dos objetivos traçados. Todas as pro-postas foram consolidadas e serão acompanhadas por meio dos planos de ação e cronogramas gerados a fim de garantir os resul-tados pactuados. Participaram dos trabalhos mais de 230 colabo-radores e foram investidos aproximadamente R$ 45 mil.

refinamentO de idéias

Os encontros permanentes da alta direção das empresas vêm se transformando, ao longo dos anos, em fóruns qualificados para o refinamento de idéias e exposição de conceitos sobre a visão de futuro que cada executivo tem acerca da organização que dirige.

O Comitê Executivo Operacional, que atua em parceria e com a mesma composição há quase cinco anos, tem possibilitado a liber-dade e a confiabilidade entre seus membros, que são estimulados a exporem com clareza e transparência o que pensam sobre o futuro do Grupo Santa Casa.

Estes encontros servem ainda como momento de reflexão e plane-jamento para que o Grupo Santa Casa possa se posicionar, anali-sando os avanços já conseguidos e buscando novos desafios.

PlaneJamento & gestão

O sistema de gestão do Grupo Santa Casa vem, desde 2003, pas-sando por reformulações com foco no desenvolvimento de suas lideranças e na melhoria de seus resultados.

A cada ano são estabelecidos planos de metas, orçamentos e re-sultados para todos os negócios da Instituição. O gerenciamento e análise crítica dos resultados são feitos mensalmente por meio de reuniões de acompanhamento que acontecem em todos os ní-veis hierárquicos. As reuniões de acompanhamento são realizadas entre Equipe e Gerências, Superintendências e Gerências, estas com acompanhamento da área de Planejamento e Gestão, que é responsável pela consolidação dos resultados e propostas para apresentação ao Comitê Executivo.

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RELATÓRIO ANUAL | BALANÇO SOCIAL 2008 | www.santacasabh.org.br 41

Entre os projetos implantados conforme o planejamento 2006/2008, destacam-se: operacionalização do Centro de Espe-cialidades Médicas; acompanhamento do Contrato Global; quali-fi cação do negócio Saúde Suplementar para ampliação do aten-dimento; oferta de novos serviços para as Operadoras de Plano de Saúde; direcionamento dos clientes Santa Casa Saúde para os serviços próprios; treinamento em TI para profi ssionais da saú-de; consolidação da política de contratação de recursos humanos; implantação do Plano de Cargos e Salários e revisão da estrutura organizacional, dentre outros.

Outro projeto que o Grupo Santa Casa iniciou em 2008 foi a Ges-tão da Informação e Conhecimento que tem como objetivo mape-ar todos os processos da Casa, fazendo uso de uma ferramenta moderna e de fácil aplicação que possibilita realizar modifi cações nos processos com maior agilidade. Este projeto propicia, além da automação e gestão dos processos, a gestão por competências.

mais gestÃO

A Santa Casa de Belo Horizonte participou como Hospital “Âncora” e “Referência” em Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro do Programa de Melhoria de Gestão em Hospitais Filantrópicos - Mais Gestão. Lançado em janeiro de 2008 pela Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB) e pelo Fórum Nacional dos Programas Estaduais e Setoriais de Qualidade, Produtividade e Competitividade (QPC), o Mais Ges-tão foi realizado pela Santas Casas Unidas, Federassantas, Femerj, Fehopfes, Fórum QPC e contou com o patrocínio da Gerdau e da Petrobras.

Na Santa Casa, o gestor do projeto foi a Assessoria de Planeja-mento & Gestão, que conduziu a mobilização das equipes, organi-zou as ações e consolidou os resultados, compartilhando-os com as diversas áreas envolvidas. De acordo com o programa, o Estado de Minas Gerais foi dividi-do em sub-regiões. Como Hospital Âncora, a Santa Casa de Belo Horizonte sediou os treinamentos comuns dos representantes de todos os que compuseram a sua sub-região, dando apoio e su-porte. Como Hospital Referência, realizou as visitas programadas de “benchmarking” em gestão operacional, fi nanceira e de pro-cessos.

O método Kaizen foi o adotado na gestão operacional e possibilitou rápida redução de desperdícios, aumento na produtividade e qua-lidade via melhoria dos processos, gerando sinergia com ganho setorial, capacitação, engajamento e motivação da equipe profi s-sional, o que deve resultar, certamente, no aumento da satisfação do cliente. Os trabalhos foram realizados por módulos: Workshop Pensamen-to Estratégico; Workshop Gestão Financeira; Workshop Gestão de Processo; Workshop 5S; Seminário Kaizen e Kaizen Blitz.

O Mais Gestão, além de servir como uma reciclagem profi ssional para os participantes da Santa Casa de Belo Horizonte, foi também uma oportunidade para teste da gestão implantada, hoje copiada por diversas instituições do gênero. Ao todo, 300 pessoas partici-param dos eventos.

gestão teCnológiCa

Com o objetivo de aprimorar a gestão dos negócios e serviços ofe-recidos, o Grupo Santa Casa assinou contrato em setembro de 2008, com as empresas Alert e a Sign Health, para implantação de sofi sticados softwares, já adotados em vários países da Europa.

Com os novos sistemas, o Grupo Santa Casa terá, em breve, to-dos os fl uxos e processos redesenhados e mapeados visando mais agilidade no atendimento.

Para acompanhar a implantação do Sistema de Gestão Hospitalar integrado à suíte Alert e o sistema de mapeamento de processos denominado Sign Health, foi criado um grupo de trabalho compos-to por 40 colaboradores do Grupo Santa Casa de diversas áreas.

A decisão de investir no uso inteligente de informações (cerca de R$ 10 milhões em cinco anos) foi tomada durante a elaboração do Planejamento Estratégico de 2009-2015. Com a decisão, o Grupo Santa Casa é o pioneiro no Brasil, no setor Saúde, a colocar em funcionamento, simultaneamente, estes softwares de ponta em gestão e processos.

Os softwares contratados permitirão que o Grupo mantenha aten-dimento humanizado à população, aliando sua assistência à mais alta tecnologia e performance técnico-científi ca. Todos os pro-cessos serão mapeados para permitir o melhor entendimento das rotinas e implantar novos benefícios e soluções abrangentes que permitirão controle sobre o produto fi nal, qualidade da prestação dos serviços da Saúde Suplementar e aos usuários do SUS, com menos perdas.

Sem o uso de papéis e com a mais alta tecnologia, o paciente que estiver em uma das unidades do Grupo Santa Casa será acom-panhado pelos gestores que terão condições de fazer as compras

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necessárias ao seu atendimento e dar baixa no estoque do que for utilizado. Poderão ainda ter controle sobre tudo que a permanência do cliente demandar, desde serviços de hotelaria até quantidade de fios cirúrgicos a serem utilizados, por exemplo. A segurança das informações possibilita também agilidade no faturamento, melho-rando os resultados como um todo.

Nos primeiros meses de 2009, os softwares serão implantados no Centro de Especialidades Médicas Dr. Dario de Faria Tavares (CEM), Hospital São Lucas, Saúde Suplementar, Bloco Cirúrgico da Santa Casa, CTIs, 3º e 4º andares da Santa Casa.

Como preparação à entrada das novas tecnologias a Gerência de Tecnologia da Informação inaugurou em agosto as novas insta-lações da Central de Processamentos de Dados do Grupo Santa Casa. Com investimentos da ordem de R$ 420 mil, a unidade ga-rante o acompanhamento do crescimento do Grupo Santa Casa com garantia da qualidade da informação, segurança e monitora-mento das informações reduzindo as possibilidades de falhas.

Também em 2008, foi contratado link ótico incorporando a uni-dade Padre Marinho à rede do Grupo Santa Casa, resultando em ganho de eficiência na comunicação de dados, que passou a ope-rar numa velocidade de 1.024 kbps (20 vezes mais rápido que anteriormente).

A reforma do CPD propiciou a ampliação da capacidade dos ser-vidores de rede e sistemas de informática. Foi implantada nova solução de alta-disponibilidade com a montagem de um rack com cinco servidores trabalhando em colaboração, isto é, quando é su-perada a capacidade de um, o outro entra em operação. Com a mesma lógica, foi implantado também um storage externo (depó-sito com armazenamento de todos os dados). São dois servidores de bancos de dados, dois de aplicação, além de um servidor para backup automático das informações. Todo o rack é gerenciado por um único terminal. A estrutura será totalmente duplicada já em 2009.

Os servidores convencionais foram acondicionados em novo mobi-liário confeccionado sob medida e que facilita toda a operação. A rede foi reorganizada e toda identificada com fibras óticas interliga-das aos vários sites da rede do Grupo Santa Casa.

Outra novidade no CPD é o novo grupo gerenciador de energia (nobreak) com capacidade de suprimento de até quatro horas.Um rack central gerencia, monitora e controla todos os serviços e sistemas do Grupo. O Sistema de Solicitação Eletrônica – SEP, concebido e elaborado pela Gerência de TI, continua operando pa-ralelamente às demais soluções adquiridas.

O SEP foi implantado em 2006, racionalizando, regulando e au-tomatizando todo o processo de solicitação de procedimentos de apoio ao diagnóstico. Hoje permite a total integração entre o am-biente Santa Casa e o prestador de serviços laboratoriais, possi-bilitando que os médicos tenham as informações sobre exames e pacientes em tempo real, na tela de seu computador. A solução eli-minou a burocracia nos pedidos de exame agilizando o processo.

O SEP permite, ainda, à gerência de CTI a administração das vagas existentes; a solicitação de interconsultas pelos médicos; o plane-jamento terapêutico e acompanhamento de auditoria; o controle do acesso de visitantes ao Hospital São Lucas, bem como emissão de crachás e carteirinhas, com o armazenamento de fotos de pa-cientes e visitantes.

PRONTUÁRIO UNIFICADO

A Clínica Cirúrgica da Santa Casa implantou, em 2008, projeto-piloto de Prontuário Transdisciplinar unificando a forma de acom-panhar a evolução do paciente. Numa mesma pasta e de maneira sequencial, passaram a ser feitas as anotações de médicos e en-fermeiros.

A implementação do projeto iniciada na Ala C do 10º andar do Hos-pital Central, foi estendida para outras alas da Clínica de Especia-lidades Cirúrgicas. Gradativamente, o Prontuário Transdisciplinar será aplicado em todas as outras clínicas da Santa Casa e, cada vez mais, aprimorado e adaptado conforme as particularidades de cada Serviço.

O Prontuário Transdisciplinar, ou unificado, se caracteriza por reu-nir as informações do médico, do pessoal de enfermagem e, se for o caso, de outros profissionais como fisioterapeuta, nutricionista, psicólogo, etc., que estiverem acompanhando o paciente. Desta maneira, todas as informações são compartilhadas, oferecendo maior integração.

O Prontuário Transdisciplinar faz parte da Política Nacional do Projeto Humaniza SUS, estimulando e fortalecendo o trabalho em equipe e o diálogo entre os profissionais, favorecendo a troca de conhecimentos, inclusive com os pacientes e familiares. Contribui também para a produção de vínculos e para o fortalecimento do sentido de grupo, que visa sustentar construções elaboradas cole-tivamente, além de estimular o empenho no trabalho, entre outras vantagens.

ComUniCação institUCional

Para melhor cuidar da comunicação interna e externa do Grupo Santa Casa, foi criada, por meio da Portaria nº 012/2008, de 26

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de março de 2008, a Assessoria de Comunicação Institucional do Grupo Santa Casa, unindo as Assessorias de Imprensa e de Marketing Corporativo que até então trabalhavam descentralizadas.

A partir daí, sob a mesma orientação, passaram a trabalhar as equi-pes de jornalismo, publicidade, relações públicas e marketing, aten-dendo às demandas de todas as unidades do Grupo Santa Casa.

Em seu escopo, a Assessoria de Comunicação Institucional e suas consequentes subdivisões passaram a trabalhar com o objetivo de administrar a imagem e a reputação do Grupo Santa Casa, pre-servando seus princípios, sua missão e visão; orientando as es-tratégias de comunicação integrada para o relacionamento com a comunidade, colaboradores, clientes, fornecedores, poder público e entidades; além de facilitar o fl uxo de informações e assegurar aos públicos envolvidos e aos gestores atuação constante, disponí-vel e técnica, capacitada para apoiar ações e verifi car a adequação de soluções às demandas de comunicação.

AÇÕES

Em 2008, as unidades do Grupo destinaram cerca de 1% da re-ceita às ações de comunicação, com destaque para o Santa Casa Saúde que estreitou o relacionamento com os prestadores de ser-viços e clientes. Somente na promoção à saúde e informação ao cliente foram investidos R$608.457,00, produzidas 120 mil carti-lhas com temas variados, 280 mil jornais impressos em 4 edições e 171 minutos de vídeos educativos, veiculados em parceria com a Rede Minas de Televisão. No total, 459.337 peças foram produ-zidas com este foco.

Dentro de suas diversas atuações, a Assessoria de Comunicação Institucional criou e/ou aprovou diversas peças para todas as uni-dades do Grupo Santa Casa, tais como a nova logomarca do Hos-pital São Lucas e o site do Santa Casa Saúde, além de promover a diversifi cação de informações nos sites da Instituição, hoje consi-derada importante ferramenta de consulta para públicos diversos, tendo recebido 78 mil visitas no domínio Santa Casa Saúde e 72 mil no domínio Santa Casa ao longo do ano. Em 2008 foram pu-blicadas 196 notícias sobre assuntos e eventos ligados à Casa nos sites institucionais, enquanto nas emissoras de rádio e televisão e na mídia impressa de Minas Gerais e Brasil o Grupo Santa Casa foi mencionado ou serviu como fonte em 583 matérias.

Foi a Assessoria, importante parceira do Grupo na promoção e divulgação de eventos internos, bem como de campanhas para os colaboradores, como a antitabagista, defl agrada durante a Se-mana Interna de Prevenção a Acidentes do Trabalho – Sipat, que instalou 104 placas fi xas e informativas, 10 totens e banners, além de 4 mil botons e fl yers sobre o tema.

Com intuito de divulgar o Grupo Santa Casa como um todo, uma campanha publicitária chamou a atenção para a magnitude do Grupo Santa Casa. Anúncios, empenas e o encarte de 300 mil exemplares da revista do Grupo Santa Casa em jornais também fi -zeram parte da mídia impressa nos principais veículos da Capital.

Para dar maior visibilidade às ações da Santa Casa, a Assessoria foi ainda responsável pela organização de entrevistas coletivas, que levaram ao grande público os feitos da Instituição, como a ci-rurgia de separação das gêmeas siamesas Ana Clara e Ana Flávia, manchete internacional.

SANTA CASA NOTÍCIAS

Criado em agosto de 1991, o Santa Casa Notícias, órgão ofi cial de comunicação do Grupo, tornou-se importante aliado da Assessoria de Comunicação Institucional para cobertura e divulgação de even-tos para seu público interno. Distribuído aos hospitais do Estado, o jornal serve de importante elo entre as unidades do Grupo Santa Casa e as unidades de saúde do interior, tendo inspirado publica-ções semelhantes em outros hospitais.

Circulando ininterruptamente, o jornal é um importante banco de dados para as instituições que formam o Grupo Santa Casa e tem contribuído de forma signifi cativa para o resgate da história da saú-de nos primórdios da Capital e em outras regiões do Estado. Tem se revelado ainda importante fonte de consulta para os estudiosos da história recente de Belo Horizonte.

oUvidoria

Partindo da necessidade de se estabelecer um canal de comuni-cação da Santa Casa com seu público interno e externo, e de se receberem regularmente observações sobre o funcionamento da Instituição; foi criada, em junho de 2000, a Ouvidoria da Santa Casa, que atende, por ano, mais de mil casos.

Em 2008 constatou-se que 82% dos casos foram encaminha-dos, equacionados ou resolvidos. Diariamente são recebidas re-clamações, solicitações de ajuda quanto a pacientes e familiares, elogios, informações e sugestões. A Ouvidoria atende ao público com a fi nalidade de dirimir dúvidas e incentivar adoção de padrões de comportamento e de relacionamento da Santa Casa com seus clientes, bem como contribuir para evitar problemas em sua ori-gem e a correção daqueles registrados.

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soCiedade

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anos, o seu Congresso de Medicina. Em 2008, a segunda edição do encontro médico realizou-se sob o tema “Integrar para melhor servir à Saúde” e foi realizado em quatro dias, na Associação Mé-dica de Minas Gerais, como parte da programação de comemora-ção do aniversário de 109 anos da Santa Casa.

Paralelo ao Congresso, aconteceram o 4º Encontro de Iniciação Científi ca e Pesquisa do Grupo Santa Casa de BH; o 2º Simpósio de Saúde Integral - Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Fonoau-diologia, Nutrição, Psicologia, Serviço Social e Voluntariado; e o 2º Encontro de Residentes e Ex-Residentes da Santa Casa de Belo Horizonte.

Ao todo, 120 trabalhos foram inscritos sob os mais variados te-mas. As palestras que mais atraíram público foram Células Tron-co; Gêmeos Xifópagos; e Síndrome da Abstinência, temas em que a Santa Casa de Belo Horizonte é referência.

enContro de santas Casas

A Santa Casa de Belo Horizonte participou, nos dias 6 e 7 de mar-ço de 2008, do I Encontro Especial de Provedores e Executivos das 26 Maiores Santas Casas do Brasil, realizado em Porto Ale-

resgate da história

Como instituição de saúde mais antiga da Capital, o Grupo Santa Casa abraçou a missão de resgatar a história da medicina em Belo Horizonte. Pelos corredores do Complexo Hospitalar em que hoje passam os funcionários e usuários do SUS, passaram também, a trabalho, Juscelino Kubitschek, Pedro Nava, Hugo Werneck e Joaquim Santa Cecília, além de tantos outros importantes perso-nagens da vida deste País.

Com este propósito, o Grupo Santa Casa tem apoiado iniciativas como a do gastroenterologista José de Laurentys Medeiros, que, em 2008, na abertura do 2º Congresso de Medicina da Santa Casa, lançou o livro “Vultos da História da Medicina 2”, patrocina-do pelo Santa Casa Saúde. Com 89 páginas amplamente ilustra-das, o médico, que em 2008 comemorou 80 anos de vida e 60 de dedicação à Santa Casa, conta a história dos mestres da Medicina mineira que prestaram serviços na Instituição. O livro dedica ca-pítulo especial às mulheres, lembrando as primeiras profi ssionais mineiras e as difi culdades por elas encontradas para se forma-rem em área até então dominada por homens. Dois anos antes, Dr. Laurentys já havia lançado o “Vultos da História da Medicina 1899/2006”.

Também em 2008, no mês de julho, o ouvidor da Santa Casa, Manoel Hygino dos Santos, lançou o livro “Reverência pela Vida: a pediatria em Minas”, que narra os primeiros tempos da pediatria em Minas e na Capital. A edição dedica capítulo especial à com-plexa cirurgia de separação de gêmeos conjugados e as cirurgias realizadas na Santa Casa de Belo Horizonte, referência nacional em casos deste tipo. O lançamento se deu na noite de abertura da campanha pela restauração do antigo prédio da Maternidade Hilda Brandão, que será transformado em Centro Administrativo e Cultural da Santa Casa.

Antes deste, o ouvidor já havia lançado o “Clínica de Olhos – 90 anos – Uma história de pioneirismo em Minas”, e “Santa Casa de Belo Horizonte – uma história de amor à vida”, ambos em 2005.O próximo livro, “Tempo de nascer – a Obstetrícia em Minas”, que conta a idealização e a construção da primeira maternidade da Capital, a Hilda Brandão, está pronto para ser lançado. Neste, como nos outros livros, o autor narra a história da especialidade em Minas e em Belo Horizonte, ilustrando com fatos curiosos e fotos da época.

Todos os livros são verdadeiros documentos da origem da Capital, dos tratamentos médicos e sua evolução e o importante papel que a Santa Casa de Belo Horizonte exerce na vida de cada mineiro.

2º Congresso de mediCina

Contando com o maior corpo clínico da rede fi lantrópica de Mi-nas Gerais, a Santa Casa de Belo Horizonte promove, a cada dois

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gre. O evento foi uma parceria entre a Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB) e a Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, e teve como objetivo principal promover um amplo debate sobre as especifi cidades originárias e estatutárias destas instituições brasi-leiras e promover a troca de experiências.

Durante o encontro, sete temas principais foram abordados: Missão das Santas Casas: Original, Evolução e Atualização; Filantropia: Legislação, Fiscalização, Realidade Prática e o Futuro; Relações com o Sistema Único de Saúde: Contratualização, Realidade Prática com os Gestores, Sustentabilidade; Sistema de Gestão e Estrutura de Governança Corporativa: Modelo Aplicado, Compromisso Estatutário e Regimento Interno; Relações com o Corpo Clínico: Regulamento Interno do Corpo Clínico, Inclusões, Exclusões, Regimes de Plantões, Terceirização; Organização Sindical, Estruturas Associativas Locais e Nacional: Sistema Confederativo, Federações e Sindicatos; e Planejamento Estratégico e Autossustentabilidade: Modelo de Elaboração, Principais Estratégias e Indicadores.

Como resultado do encontro foi redigida a “Carta de Porto Alegre” reunindo um conjunto de propostas para orientação de políticas de gestão para as entidades, as relações com usuários e gestores públicos.

Na Carta Aberta, os gestores das Santas Casas pediram a atu-alização da legislação que versa sobre a fi lantropia, considera-da ultrapassada para os nossos dias. Assinaram o documento, além da Santa Casa de Belo Horizonte, as Santas Casas de Londrina; Curitiba; Limeira; Marília; Mogi Mirim; Piracicaba; Porto Alegre; Santos; São Paulo; Vitória; Anápolis; Bahia; Cachoeiro de Itapemirim; Campos; Cuiabá; Goiânia; Juiz de Fora; Maceió; Pelotas; Ribeirão Preto; São José dos Campos; a Irmandade do Senhor Jesus dos Passos e Hospital de Caridade Florianópolis; e a Irmandade Nossa Senhora das Mercês de Montes Claros.

as volUntÁrias da santa Casa

A Associação das Voluntárias da Santa Casa (Avosc), foi criada em 1971, quando senhoras de Belo Horizonte começaram a fre-quentar o Hospital Central da Santa Casa, levando carinho e aten-ção aos pacientes. Inicialmente, elas visitavam as crianças do 3º andar para distraí-las com atividades de recreação. Com o passar do tempo, se instalaram em todos os andares.

No balanço de atividades, em 2008, as voluntárias realizaram as comemorações de Páscoa, Festa Junina e Natal com distribuição de lanches e atividades lúdicas para as crianças. Para os pacien-tes carentes da Santa Casa foram feitas doações de artigos e medicamentos, no valor de R$ 149.232,72. Foram também doa-dos vales-transporte, exames de laboratório e pensão no valor de R$ 30.066.18.

Foram doados, ainda, para a Santa Casa de Belo Horizonte apa-relhos diversos, como glicosímetro, bota ortopédica, tipóia, BtC, cadeiras de rodas e de banho, roupas, agasalhos e fraldas de teci-do e descartáveis. Para o Serviço de Pneumologia, foram doados espirômetro, manovacuômetro, armário, computador, impressora, notebook e DVDF, no valor de R$48.410.79. O total geral da as-sistência social foi de RS 227.709,69.

Na Maternidade Hilda Brandão, as voluntárias presenteiam as mães carentes com um “kit” completo de roupinhas para bebê, curativos esterilizados para umbigo, medicamentos receitados, vales-transporte para as mães que precisam amamentar diaria-mente os bebês que fi caram retidos no berçário de alto risco, além de noções de puericultura; distribuição de lanche para pacientes do ambulatório; e recuperação de brinquedos doados.

Para arrecadação de dinheiro, a Associação recolhe mensalmente a contribuição de suas voluntárias e ainda promove eventos artís-ticos, bingos, rifas e bazares.

CaPelania

A campanha da fraternidade foi lançada pela Igreja Católica em 6 de fevereiro de 2008 (quarta-feira de cinzas) e teve como objetivo chamar a atenção das pessoas para a ameaça à vida humana. O lema foi “Escolhe, pois, a vida”. Na Santa Casa, a campanha foi lançada no mesmo dia na Capela do Hospital Central, graças ao trabalho da Pastoral da Saúde. O tema era “Fraternidade e Defesa da Vida”.

Em todos os momentos da Santa Casa, a Pastoral da Saúde está presente, comemorando ou orando com usuários do SUS e seus familiares ou com a comunidade da Instituição. São celebradas missas em datas festivas e no Dia do Enfermo.

Em 2008, o capelão padre Hans Krieg, que há nove anos trabalha-va na Santa Casa se despediu da Instituição, e voltou à sua terra natal, a Suiça. Assumiu a vaga o padre Márcio Herculano, vindo do interior de São Paulo. Durante o ano foram realizadas 2.028 visitas a doentes e 619 missas nas capelas do Hospital São Lucas e Santa Casa.

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A Pastoral da Saúde realizou ainda 1003 confi ssões e 885 bên-çãos a enfermos. A Capelania é ainda responsável pelo Ensino Religioso no Curso Técnico de Enfermagem e na Creche, celebra-ção de eucarística, visita aos doentes e acompanhantes, distribui-ção da eucaristia nas enfermarias e quartos.

igaP

O Instituto Geriátrico Afonso Pena (IGAP) foi fundado em 19 de mar-ço de 1912, para ser um asilo de defi cientes carentes, em prédio anexo da Santa Casa, onde ainda hoje funciona.

Em junho de 1994, o asilo recebeu novos nome e funções, mantendo o vínculo com a Santa Casa e o caráter fi lantrópico, mas oferecendo moradia e assistência completa aos idosos moradores. Atualmente, são oferecidas 40 vagas. O novo espaço foi reformado pela equipe de manutenção da Santa Casa, que também está revitalizando a sala das voluntárias com recursos captados por eles.

Prêmio emPresa Cidadã

Como parte das comemorações dos 109 anos do maior Comple-xo Hospitalar de Minas Gerais, em solenidade no Salão Nobre, a Santa Casa conferiu o Prêmio de Empresa Cidadã à HAP Enge-nharia e à Pratike Marketing e a Medalha de Menção Honrosa à promotora de Justiça e coordenadora da 21ª Promotoria de Tutela de Fundações de Belo Horizonte, Valma Leite da Cunha e ao pre-feito Fernando Damata Pimentel, que foi representado pelo secre-tário Municipal de Saúde, Helvécio Miranda Magalhães Junior.

O prêmio Empresa Cidadã foi criado em 2005 como forma de re-conhecer e agradecer o engajamento de organizações no desen-volvimento do Grupo Santa Casa. Cada edição da outorga eviden-cia o apoio que o Grupo vem recebendo de entidades solidárias com os propósitos da Santa Casa. Junto ao título, as empresas recebem a permissão de uso do selo Santa Casa de Responsabi-lidade Social.

A Pratike Marketing, junto com o Instituto Brasileiro de Controle do Câncer (IBCC), promove a Corrida e Caminhada contra o Câncer de Mama. A verba arrecadada com as inscrições é repassada a hospitais parceiros do IBCC. A Santa Casa foi agraciada duas ve-zes: recebeu R$ 54.861,96 em 2004 e R$ 44.856,98 em 2005.

A entrega da Medalha de Menção Honrosa Edição 2008 à pro-motora de Justiça Valma Leite da Cunha e ao prefeito de Belo Horizonte Fernando Damata Pimentel representa o reconhecimen-to público pela participação de cidadãos conscientes na vida da Santa Casa.

FÁbriCa soCial

A Santa Casa de Belo Horizonte mantém, desde 2006, convênios com cooperativas para geração de emprego e renda. Esta foi a maneira encontrada pelo Grupo Santa Casa de contribuir para a inclusão da população carente no mercado formal de trabalho e

melhorar sua qualidade de vida, permitindo que a renda lhes ga-ranta melhor saúde.

O primeiro convênio de cooperação comercial foi assinado em abril de 2006, com a Associação dos Catadores de Papel, Papelão e Material Reaproveitável de Belo Horizonte (Asmare) e um grupo de costureiras, constituído por ex-moradores de rua e familiares de catadores, do projeto Fábrica Social. Desde então, a Santa Casa adquire peças têxteis hospitalares desta fábrica, garantindo renda fi xa para as famílias destas costureiras. Em contrapartida, os cus-tos de confecção e venda seguem os praticados pelo mercado. A iniciativa é apoiada pela Caixa Econômica Federal e passou a ser referência para a instituição apresentar o projeto às Santas Casas e hospitais fi lantrópicos em âmbito nacional.

Além das cooperativas de costureiras, o acordo comercial gera outros postos de trabalho por meio dos serviços de silk screen, que são terceirizados para outros empreendimentos sociais. Em 2007 e 2008, a Santa Casa comprou o enxoval hospitalar da Fá-brica Social, permitindo a ampliação de postos de trabalho e gera-ção de renda para mais de 40 famílias. Esta experiência demons-trou que a implantação de um programa de inclusão produtiva que articula simultaneamente, capacitação e geração de trabalho e renda, promove várias conquistas dentre as quais o incremen-to na remuneração de seus trabalhadores; formação profi ssional com comprovação da experiência prática e inserção em alto nível profi ssional no mercado competitivo.

No caso específi co da confecção das peças hospitalares para a Santa Casa, alguns resultados positivos para o empreendimento social se mostraram presentes e se destacaram como de grande interesse e novidade. Devido às características técnicas das peças hospitalares, é exigido o mínimo possível de costuras e cortes para possibilitar a não-proliferação de bactérias e facilidades na higie-nização. Como a produção é de fácil execução, não requer grande especialização. E ainda, da matéria-prima utilizada é gerada uma quantidade signifi cativa de aparas, sendo possível buscar novas redes de mercado, como exemplo a produção de uniformes para trabalhadores da construção civil, indústrias, limpeza urbana entre outras categorias.

reCiClagem de PaPéis

A Santa Casa é uma grande geradora de papéis recicláveis de-vido a sua área de atuação. Diariamente, são descartadas gran-des quantidades de papelões, principalmente acondicionantes de produtos hospitalares. Para dar uma destinação ecologicamente correta a todo o papelão e ainda gerar renda para populações carentes, a Santa Casa mantém acordo de comercialização. Uma vez por semana, todo o material é recolhido, pesado e vendido mediante relatório e recibo.

Atualmente, o papel vendido para ser reciclado gera pequena re-ceita fi nanceira para a Santa Casa, mas representa ocupação e renda para várias famílias. A média anual coletada é de 30 mil quilos.

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balanço soCial | modelo ibase

grUPo santa Casa de belo horizonte - balanço soCial

1 - base de CÁlCUlo 2008 valor (reais) 2007 valor (reais)

Receita líquida (RL) 284.327.568 254.591.652

Resultado Operacional (RO) (a) (14.824.935) (7.260.768)

Folha de Pagamento Bruta (FPB) 63.136.757 51.698.097

2 - indiCadores eConÔmiCos valor (reais) % sobre FPb % sobre rl valor (reais) % sobre FPb % sobre rl

Alimimentação (Subsídio a Funcionários 524.234 0,83 0,18 405.069 0,78 0,16

Saúde (Subsídio de Plano de Saúde a Funcionários) 1.304.906 2,07 0,46 1.517.358 2,94 0,60

Segurança e Medicina no Trabalho 647.863 1,03 0,23 373.906 0,72 0,15

Capacitação e Desenvolvimento Profissional 375.915 0,60 0,13 180.966 0,35 0,07

Creches ou Auxílio-Creche 206.935 0,33 0,07 206.926 0,40 0,08

total - indicadores sociais internos 3.059.854 4,85 1,08 2.684.225 5,19 1,05

3 - indiCadores soCiais externos valor (reais) % sobre ro % sobre rl valor (reais) % sobre ro % sobre rl

Saúde e Saneamento (SUS) 57.025.689 384,66 20,06 39.906.607 549,62 15,67

Atendimentos Gratuitos 2.498 0,02 0,00 123.844 1,71 0,05

Funerária - Sepultamentos Gratuitos (b) 651.676 4,40 0,23 410.982 5,66 0,16

IGAP - Instituto Geriátrico Afonso Pena 534.252 3,60 0,19 503.482 6,93 0,20

Programas de Promoção e Prevenção à Saúde 11.339 0,08 0,00 - - -

total das Contribuições para a sociedade 58.225.454 392,75 20,48 40.944.916 563,92 16,08

Tributos (Excluídos Encargos Sociais) 1.465 9,88 0,52 2.623.993 36,14 1,03

total - indicadores sociais externos 59.690.855 402,64 20,99 43.568.909 600,06 17,11

5 - indiCadores do CorPo FUnCional 2008 2007

total de mão de obra empregada 3975 3791

N° de Empregados ao Final do Período 3474 3321

N° de Empregados Terceirizados 131 128

N° de Estagiários 67 60

N° de Médicos Especializandos 170 159

N° de Médicos Residentes 133 123

N° de Admissões Durante o Período 1059 943

N° de de RCT’s Durante o Período 906 633

N° do Corpo Clínico Funcional 662 660

N° de Empregados acima de 45 anos 667 666

N° de Mulheres que Trabalham na Empresa 2946 2557

% de Mulheres que Trabalham na Empresa 85% 77%

% de Cargos de Chefia Ocupados p/ Mulheres 48% 62%

N° de Portadores de Deficiência ou Necessidades

Especiais (c)

35 41

4 - indiCadores ambientais valor (reais) % sobre ro % sobre rl valor (reais) % sobre ro % sobre rl

Investimentos Relacionados com a Produção / Ope-

ração da Empresa 141.971 (0,9536) 0,0497 89.161 (1,2280) 0,0350

Investimentos em Programas e/ou Projetos Externos 25.080 (0,1692) 0,0088 - - -

total de investimentos em meio ambiente 166.451 (1,1228) 0,0585 89.161 (0,6014) 0,0314

Quanto ao estabelecimento de “metas anuais” ( ) Não possui meta ( ) Não possui meta

para minimizar resíduos, o consumo em geral ( ) Cumpre de 0 a 50% ( x ) Cumpre de 0 a 50%

na produção / operação e aumentar a eficácia ( x ) Cumpre de 51 a 75% ( ) Cumpre de 51 a 75%

na utilização de recursos naturais, a empresa ( ) Cumpre de 76 a 100% ( ) Cumpre de 76 a 100%

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RELATÓRIO ANUAL | BALANÇO SOCIAL 2008 | www.santacasabh.org.br 49

grUPo santa Casa de belo horizonte - balanço soCial

Relação entre a maior e a menor remuneração na empresa: 16,89 15,40

Número total de acidentes de trabalho: 223 (d) 148

Os projetos sociais e ambientais desenvolvidos pela

empresa foram defi nidos por:( ) Direção

( x ) Direção e

Gerência

( ) Todos

mpregados( ) Direção

( x ) Direção e

Gerência

( ) Todos

mpregados

Os padrões de segurança e salubridades no ambiente de

trabalho foram defi nidos por:

( x ) Direção,

Gerência e CIPA

( ) Todos

Empregados( ) Todos

( x ) Direção,

Gerência e CIPA

( ) Todos

Empregados( ) Todos

Quanto a liberdade sindical, ao direito de negociação

coletiva e à representação interna dos trabalhadores, a

empresa:

( ) Não se envolve( x ) Segue as

normas da OIT

( ) Incentiva e

segue a OIT

( ) Não se

envolverá

( x ) Seguirá

normas da OIT

( ) Incentivará e

seguirá a OIT

Na seleção dos fornecedores, os mesmos padrões éticos

e de responsabilidade social ambiental adotados pela

empresa:

( ) Não são

considerados( ) São sugeridos ( x ) São exigidos

( ) Não serão

considerados

( ) Serão

sugeridos( x ) Serão exigidos

Quanto a participação de empregados em programas de

trabalho voluntário, a empresa:( ) Não se envolve ( x ) Apóia

( ) Organiza e

Incentiva

( ) Não se

envolverá( x ) Apoiará

( ) Organizará e

Incentivará

Número de Atendimento a Usuários: 2.353.194 2.647.006

Número total de reclamações e críticas de consumidores: Na Empresa: 217SMSA / Procon /

ANS: 97Na Justiça: 172 Na Empresa: 176

SMSA / Procon /

ANS: 36Na Justiça: 143

% de reclamações e críticas atendidas ou solucionadas: Na Empresa: 82%SMSA / Procon /

ANS: 74%Na Justiça: 33%

Na Empresa:

100%

SMSA / Procon /

ANS: 80%Na Justiça: 40%

Valor adicionado total a distribuir: em 2008: R$ 81.712.247 em 2007: R$ 70.777.787

Distribuição do Valor Adicionado (DVA)

Colaboradores: 85,52%

Governo: 1,83%

Terceiros: 30,79%

Retido: (18,14%)

Colaboradores: 77,22%

Governo: 1,35%

Terceiros: 31,69%

Retido: (10,26%)

7 - oUtras inFormações

A empresa não utiliza mão-de-obra infantil

NOTAS:

(a) Com a extinção da classifi cação das receitas e despesas não operacionais a partir de 2008, com base na Lei 11.638/07,

MP 449/08 e Res. CFC - 1.159/009, o resultado operacional de 2007, foi ajustado para fi ns de comparabilidade.

(b) Foram realizados 1.654 sepultamentos gratuitos no ano de 2008 (1.702 em 2007). Em 2007, foi revisto o cálculo do custo unitário do sepultamento.

(c) Compromisso assumido de preencher, no prazo máximo de 12 meses, o percentual de empregados previsto nos artigos 93 da Lei 8.213/91 e 36 do Decreto 3.298/99.

(d) Pela natureza da prestação de serviços (hospitalares), 37,22% deste total refere-se a perfuros.

rl - Receita Líquida

ro - Resultado Operacional

FPb - Folha de Pagamento Bruta

rCt’s - Rescisão de Contrato de Trabalho

6 - inFormações relevantes qUanto ao

exerCÍCio da Cidadania emPresarial2008 meta 2009

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demonstrações ContÁbeis

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RELATÓRIO ANUAL | BALANÇO SOCIAL 2008 | www.santacasabh.org.br 51

exercício fi ndo em

ativo 31.12.08 31.12.07 CirCUlanteCaixa e bancos 3.221.848 49.614 Aplicações fi nanceiras 67.215 291.064 SUS - Sistema Único de Saúde 4.581.572 5.187.168 Convênios e particulares 5.041.392 5.060.675 Outras contas a receber (nota 15) 7.575.769 7.641.547 Provisão para créditos de liquidação duvidosa (nota 3.c) (1.335.815) (1.661.305)Estoques (nota 3.b) 2.453.147 1.954.412 Adiantamentos 2.892.259 1.409.781 24.497.386 19.932.956

não CirCUlante

realizÁvel a longo PrazoAplicações fi nanceiras 29.000 22.000 Depósitos Judiciais 1.995.743 796.050 Outros créditos a receber (nota 16) 732.730 915.912

2.757.473 1.733.962

Investimentos (nota 4) 6.821.998 6.972.259

Imobilizado (nota 5) 119.225.676 128.482.061

Intangível (nota 6) 3.166.409 62.835

131.971.556 137.251.117

total do ativo 156.468.943 157.184.073

exercício fi ndo em

Passivo e Passivo a desCoberto 31.12.08 31.12.07

Passivo CirCUlanteFornecedores 53.813.431 45.356.023 Obrigações com pessoal (nota 3.d) 9.500.896 7.909.437 Impostos e contribuições (nota 19) 145.849.525 124.729.866 Instituições fi nanceiras (nota 7.b) 8.077.414 5.018.552 Financiamentos - BNDES (nota 7.a) 19.995.245 25.270.280 Processos trabalhistas (nota 20) 3.811.595 3.600.000 Outras exigibilidades 7.726.267 6.656.685 248.774.372 218.540.842

Passivo não CirCUlante

Instituições fi nanceiras (nota 7.b) 16.715.033 14.982.656 Financiamentos - BNDES (nota 7.a) 21.530.525 23.324.736 Fornecedores 6.249.545 6.570.481 Provisões cíveis e trabalhistas (nota 20) 14.865.357 19.427.836 Receitas diferidas (nota 14) 458.141 726.406 59.818.601 65.032.115

Passivo a desCobertoPatrimônio social 22.072.602 22.072.602 Reserva de doações e subvenções 38.948.287 42.063.203 Reserva de reavaliação 51.419.729 57.013.300 Défi cits acumulados (264.564.648) (247.537.990) (152.124.031) (126.388.885)

total do Passivo e Passivo a descoberto 156.468.943 157.184.073

santa Casa de miseriCórdia de belo horizonte

santa Casa de miseriCórdia de belo horizonte

balanço Patrimonial(Em R$ 1)

As notas explicativas integram as demonstrações contábeis

demonstração do sUPerÁvit oU déFiCit (Em R$ 1)

exercício fi ndo em

31.12.08 31.12.07reCeita oPeraCional brUta (nota 8) 157.647.739 135.885.193 Glosas (1.089.298) (1.265.029)reCeita oPeraCional lÍqUida 156.558.441 134.620.164 Custo dos serviços prestados (nota 9) (141.905.209) (118.020.347)

resUltado brUto 14.653.232 16.599.817

desPesas (reCeitas) oPeraCionaisGerais e administrativas (13.703.996) (11.704.718)Provisão para contingências (1.315.280) (3.345.318) Insubsistência Ativa (nota 18) 7.006.741 9.680.167 (8.012.535) (5.369.869)sUPerÁvit (déFiCit) oPeraCional antes do resUltado FinanCeiro 6.640.697 11.229.948

Despesas fi nanceiras (nota 10) (22.952.364) (20.246.922)Receitas fi nanceiras 142.618 757.133

déFiCit (16.169.049) (8.259.841)

As notas explicativas integram as demonstrações contábeis

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As notas explicativas integram as demonstrações contábeis

reservas Patrimoniais

Fundo Patrimonial

doações e subvenções

reserva de reavaliação

Déficits acumulados total

saldo em 31.12.06 22.072.602 28.839.329 57.980.576 (243.746.623) (134.854.116)

Ajustes de exercícios anteriores (nota 11) - - - 3.501.198 3.501.198

Doações e Subvenções - 13.223.874 - - 13.223.874

Realização de reserva - - (967.276) 967.276 -

Déficit do exercício - - - (8.259.841) (8.259.841)

saldo em 31.12.07 22.072.602 42.063.203 57.013.300 (247.537.990) (126.388.885)

Ajustes de exercícios anteriores (nota 11) - - - (1.822.742) (1.822.742)

Doações e Subvenções - 5.829.156 - - 5.829.156

Realização de reserva - - (965.132) 965.132 -

Reversão de reservas (nota 5) - (8.944.072) (4.628.440) - (13.572.511)

Deficit do exercício - - - (16.169.049) (16.169.049)

saldo em 31.12.08 22.072.602 38.948.287 51.419.729 (264.564.648) (152.124.031)

demonstração das mUtações do PatrimÔnio soCial (Passivo a desCoberto) (Em R$ 1)

santa Casa de miseriCórdia de belo horizonte

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demonstração dos FlUxos de Caixa(Em R$ 1)

santa Casa de miseriCórdia de belo horizonte

exercício fi ndo em

31.12.08 31.12.07Fluxo de Caixa das atividades operacionais Defi cit (16.169.049) (8.259.841)Ajustes por: Depreciação 3.790.114 3.406.312 Baixas e reversões de imobilizado (nota 5) 14.209.793 456.911 Ajustes de exercícios anteriores (1.822.742) 3.501.198

superavit (defi cit) ajustado 8.116 (895.420)Redução (aumento) de clientes 365.167 (843.084)Aumento de estoques (498.735) (397.012)(Aumento) redução de outros créditos (1.306.295) 1.233.449 (Aumento) redução de depósitos judiciais (1.199.694) 640.356 Aumento (redução) de fornecedores 8.136.472 (11.650.850)Aumento (redução) de obrigações com pessoal 1.591.460 (371.815)Aumento de impostos e contribuições 21.119.658 14.764.417 (Redução) aumento de contingências cíveis e trabalhistas (4.350.884) 1.755.131 Redução de receitas diferidas (268.265) (260.963)Aumento (redução) das outras exigibilidades 1.069.583 (2.608.750)Caixa líquido proveniente das atividades operacionais 24.666.582 1.365.458

Fluxo de Caixa das atividades de investimentoRedução de investimentos 150.261 151.980 Aquisição de imobilizado (8.743.522) (10.214.220)Aquisição de intangíveis (3.103.574) (9.214)Caixa líquido utilizado nas atividades de investimento (11.696.835) (10.071.455)

Fluxo de Caixa das atividades de FinanciamentoAumento das instituições fi nanceiras 4.791.239 6.673.222 Redução dos fi nanciamentos - BNDES (7.069.245) (11.544.981)Aumento das doações e subvenções 5.829.156 13.223.874 Reversão das reservas de doação e reavaliação (nota 5) (13.572.511) Caixa líquido utilizado nas atividades de fi nanciamento (10.021.362) 8.352.115

aumento (redução) de Caixa e equivalente de Caixa 2.948.385 (353.881)

Caixa e equivalente de caixa no início do exercício 340.678 694.560 Caixa e equivalente de caixa ao fi nal do exercício 3.289.063 340.678 aumento (redução) 2.948.385 (353.881)

As notas explicativas integram as demonstrações contábeis

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As notas explicativas integram as demonstrações contábeis

As notas explicativas integram as demonstrações contábeis

santa Casa de miseriCórdia de belo horizonte

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demonstração do valor adiCionado( Em R$ 1 )

resUltado antes dos JUros, imPostos, dePreCiação e amortização (geração de Caixa oPeraCional - ebitda) ( Em R$ 1 )

exercício findo em 31.12.08 31.12.07 reCeitas

Venda de Mercadorias, Produtos e Serviços 156.558.441 134.620.164 Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (1.335.815) (1.613.777) Demais receitas operacionais 7.823.841 10.367.126 163.046.467 143.373.512 insUmos adqUiridos de terCeiros Custo das mercadorias e serviços vendidos 32.595.386 28.203.689 Materiais, energia, serviços de terceiros e outros 53.802.534 48.258.317 86.397.919 76.462.006 retenções

Depreciação 3.790.114 3.406.312

valor adiCionado lÍqUido ProdUzido 72.858.434 63.505.193

valor adiCionado reCebido em transFerênCia

Receitas financeiras 142.618 757.133

valor adiCionado total a distribUir 73.001.052 64.262.326

distribUição do valor adiCionado:

Pessoal e encargos 64.755.428 51.897.854 Impostos, taxas e contribuições 1.226.618 151.443 Despesas financeiras e alugueis 23.188.055 20.472.871 Deficit do exercício (16.169.049) (8.259.841) total distribUido 73.001.052 64.262.326

exercício findo em 31.12.08 31.12.07

deFiCit do exerCÍCio (16.169.049) (8.259.841)

imPostos, taxas e ContribUições 1.226.618 151.443 Impostos, taxas e contribuições 1.226.618 151.443

resUltado FinanCeiro 22.809.746 19.489.789 Despesas financeiras (nota 10) 22.952.364 20.246.922 Receitas financeiras (142.618) (757.133)

dePreCiação e amortização 3.790.114 3.406.312 Depreciação 3.790.114 3.406.312

ebitda 10.430.810 14.636.260

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notas exPliCativas das demonstraçõesContÁbeis em 31 de dezembro de 2008

1. Contexto oPeraCionalA Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte, fundada em 21 de Maio de 1899, é uma Associação, sem fi ns lucrativos, de caráter fi lantrópico, reconhecida de Utilidade Pública pelo Decreto Federal nº 47.778/60, e tem por objetivo principal a manutenção de hospitais onde prepondera o tratamento de enfermos reconhecidamente carentes, sobretudo os custeados pelo SUS, através de convênio. A administração da Instituição é exercida pelo Provedor, em cargo não remunerado, eleito pela Assembléia Geral.

Integram a Santa Casa as seguintes unidades: Hospital Central Emygdio Germano (Santa Casa), Maternidade Hilda Brandão, Hospital São Lucas, Ambulatório Pediátrico Santa Casinha, Ambulatório Mello Alvarenga, Creche João Paulo II, Núcleo de Pós-Graduação e Pesquisa, Escola de Enfermagem João Paulo II, Funerária Santa Casa, Santa Vida – Plano Funerário, IGAP – Instituto Geriátrico Afonso Pena, CEM – Centro de Especialidades Médicas Dario Faria Tavares.

Em outubro de 2008, de acordo com a escritura de registro do imóvel do CEM – Centro de Especialidades Médicas Dario Faria Tavares, ex-Cardiominas, antes, integralmente da Santa Casa, teve sua fração ideal reduzida para 0,50034931.

Em 23 de setembro de 2008, a Instituição assinou o acordo coletivo de trabalho junto ao SINDEESS – Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Belo Horizonte, com vigência a partir de 01 de abril de 2008 até 31 de março de 2012.

2. aPresentação das demonstrações ContÁbeisa. As demonstrações contábeis são elaboradas nos termos da Lei nº 6.404/76 e do Decreto nº. 2.536/98 e demais dispositivos legais e normativos pertinentes às Instituições de Fins Filantrópicos, em especial a NBC T 10.19, a Lei 11.638/07, MP 449/08 e, no que for aplicável, a Resolução CFC nº 1.159/09.

b. Em atendimento à Resolução nº 1.125/08, do Conselho Federal de Contabilidade, que aprovou a NBC T 3.8 - Demonstração dos Fluxos de Caixa, essa peça contábil passa a ser apresentada pela primeira vez, em substituição à Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos. Conforme disposto no Pronunciamento Técnico CPC 09, a Demonstração do Valor Adicionado passa a ser apresentada de forma comparativa com a do exercício anterior.

3. PrinCiPais PrÁtiCas ContÁbeis a. A Instituição adota o regime contábil de competência para a apuração do resultado.

b. Os estoques são demonstrados pelo preço médio de aquisição, inferior aos valores de reposição e de mercado.

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c. A Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa é constituída em bases consideradas suficientes para cobrir eventuais perdas nas contas a receber.

d. A Provisão para férias e respectivos encargos é calculada de acordo com a análise individualizada do direito do empregado na data do balanço.

4. investimentos

31.12.08 31.12.07

Descrição Custo Depreciação Líquido Custo Depreciação Líq do

·Terrenos 3.588.858 - 3.588.858 3.588.858 - 3.588.858

·Edificações 3.756.525 525.892 3.230.634 3.756.525 375.631 3.380.895

·Ações e Cotas 2.507 - 2.507 2.507 - 2.507

·Total Geral – R$1 7.347.890 525.892 6.821.998 7.347.890 375.631 6.972.259

5. imobilizado

O ativo imobilizado, avaliado ao custo de aquisição e corrigido monetariamente até 31.12.95, foi objeto de reavaliação em 31.12.01. As cotas de depreciação são calculadas pelo método linear e reconhecidas no resultado do exercício. A sua com-posição é a seguinte:

31.12.08 31.12.07 Taxa Anual

descrição Custo depreciação líquido Custo depreciação líquido depreciação

Edificações e Benfeitorias

87.232.864 9.479.798 77.753.066 59.152.904 7.766.344 51.386.560 4%

Equip. Hospitalares 18.408.081 7.205.662 11.202.419 16.211.347 5.972.529 10.238.818 10%

Equipamentos Informática

1.873.352 1.123.089 750.263 1.705.939 946.381 759.558 20%

Elevadores 468.561 217.828 250.733 468.561 184.987 283.574 10%

Instrumentais Cirúrgicos

161.470 138.657 22.813 161.470 118.635 42.835 10%

Instalações 1.174.952 359.215 815.737 1.174.952 307.170 867.782 10%

Máquinas e Equipamentos

2.362.106 1.180.918 1.181.188 2.264.323 996.092 1.268.231 10%

Móveis e Utensílios 2.343.298 1.258.267 1.085.031 2.243.580 1.081.010 1.162.570 10%

Veículos 223.748 174.843 48.905 270.076 151.521 118.555 20 e 33,33%

sub total 114.248.432 21.138.277 93.110.155 83.653.152 17.524.670 66.128.482

Terrenos 20.652.205 - 20.652.205 15.641.000 - 15.641.000 -

Obras em andamento

4.506.785 - 4.506.785 46.455.673 - 46.455.673 -

Adiant. a fornecedores

950.622 - 950.622 250.997 - 250.997 -

Outras Imobilizações

5.909 - 5.909 5.909 - 5.909 -

total geral – r$ 1 140.363.953 21.138.277 119.225.676 146.006.731 17.524.670 128.482.061 -

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RELATÓRIO ANUAL | BALANÇO SOCIAL 2008 | www.santacasabh.org.br 57

as obras em andamento podem ser assim detalhadas: 31.12.08 31.12.07

Custo Custo

Centro Metropolitano de Especialidades Médicas – Ex Cardiominas - 27.164.000

Centro de Especialidades Médicas – Edifi cação - 18.205.698

Adequação do 12º Andar 2.262.210 -

Outras obras 2.244.575 1.085.974

total geral – r$ 1 4.506.785 46.455.673

Fração Ideal do Centro de Especialidades Médicas Dario Faria Tavares – 0,50034931

Centro de especialidade médicas 31.12.2008

Doação Custo Total Reversão Fração Ideal

Ex – Cardiominas Terreno 10.015.413 5.004.208 5.011.205

Ex – Cardiominas Edifi cação 17.148.587 8.568.303 8.580.284

Sub Total 27.164.000 13.572.511 13.591.489

Edifi cação

CEM – Edifi cação 19.129.547 - 19.129.547

total geral 46.293.547 13.572.511 32.721.035

6. intangÍvel

softwares em desenvolvimento: 31.12.08 31.12.07

Custo Custo

Aquisição do Software Alert 2.829.496 -

Aquisição do Software Wpd 299.430 -

total geral – r$ 1 3.128.926 -

31.12.08 31.12.07 Taxa Anual

Descrição Custo Amortização Líquido Custo Amortização Líquido amortização

Softwares Implantados 611.751 574.269 37.483 610.878 548.044 62.835 20%

Em desenvolvimento 3.128.926 - 3.128.926 - - - -

total geral - r$ 1 3.740.677 574.269 3.166.409 610.878 548.044 62.835 -

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7. emPréstimos e FinanCiamentos

a. BNDES

Os empréstimos contratados com o BNDES, através dos agentes Bancoob, Bandeirantes, CEF e Banco Real, dentro do Programa de Fortalecimento e Modernização das Instituições Filantrópicas de Saúde Integrantes do Sistema Único de Saú-de – SUS, têm prazo de amortização de 96 meses, incluindo um ano de carência, com vencimento em setembro/08. Em outubro de 2005, o financiamento da Caixa Econômica Federal - CEF, teve o prazo de amortização alongado para 196 meses e os vencimentos estendem-se até dezembro de 2021. As garantias estão representadas por cessão de direitos creditórios de recursos a receber do SUS, recebíveis do Plano Santa Casa Saúde, hipoteca de bens do ativo imobilizado e aval dos dirigentes.

exercício findo em

31.12.08 31.12.07

agentes Financeiros encargos Circulante não Circulante Circulante não Circulante

Bancoob 50% TJLP + 2% a.a. - - 238.797 -

Bandeirantes 50% TJLP + 1% a.a. 18.113.397 - 22..911.698 -

CEF 50% TJLP + 1% a.a. 1.881.848 21.530..525 1.881.129 23.324.736

Banco Real 50% TJLP + 2% a.a. - - 238.655 -

total – r$ 1 19.995.245 21.530.525 25.270.280 23.324.736

b. OUTRAS INSTITUIÇÕES

Os empréstimos contraídos com demais instituições financeiras são destinados a capital de giro, sujeitos a encargos usuais de mercado, mediante contratos com vencimentos variados e com cláusulas de renovação periódica. As garantias estão representadas por cessão de direitos creditórios de recursos a receber do SUS e aval dos dirigentes.

Exercício findo em

31.12.08 31.12.07

agentes Financeiros encargos Circulante não Circulante Circulante não Circulante

Bradesco De 1,5% a 1,8 % a..m. 5.184.130 6.906.952 2.676.645 4.300.780

BMG 1,5 % a..m. 1.025.897 4.475.771 777.375 5.383.689

Credicom 1,7 % a..m. 383.810 464.897 718.146 -

Bicbanco 1,6 % a..m. 1.013.130 4.330.101 846.387 5.298.187

Banco Real 1,8 % a..m. 470.447 537.313 - -

total – r$ 1 8.077.414 16.715.033 5.018.552 14.982.656

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8. reCeita oPeraCional brUta

31.12.08 31.12.07

SUS – Sistema Único de Saúde 57.025.689 39.906.607

Convênio Fundação - Santa Casa Saúde 43.978.333 40.558.890

Outros Convênios 8.716.260 9.198.538

Funerária 12.990.780 12.903.366

Particulares 1.591.443 1.532.870

Subvenções 23.083.545 20.208.482

Doações 1.005.571 1.205.375

Serviços Administrativos e Assistenciais 6.540.905 7.583.885

Escola de Enfermagem e Pós-Graduação 1.974.329 1.959.957

Outras 740.884 827.223

total – r$ 1 157.647.739 135.885.193

9. CUsto dos serviços Prestados

31.12.08 31.12.07

Gastos com Pessoal 58.322.662 47.805.387

Serviços de Terceiros 44.129.739 37.105.389

Materiais 38.720.837 32.564.947

Outros Custos 731.971 544.624

total – r$ 1 141.905.209 118.020.347

A evolução do custo dos serviços prestados - Gastos com Pessoal em 2008, R$ 58.322.662 (R$ 47.805.387 em 2007), é refl exo da implantação do plano de cargos e salários da Santa Casa, através do acordo coletivo com o SINDEESS – Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Belo Horizonte, pactuado em setembro de 2008, com efeitos a partir de junho de 2008.

10. desPesas FinanCeiras – detalhamento

31.12.08 31.12.07

Juros e Atualização Monetária s/ Empréstimos 6.339.745 5.786.942

Juros e Correção sobre o FGTS 1.723.162 1.543.272

Juros e Multas Tributárias 7.868.089 6.840.072

Multas 75.337 110.560

Mora de Fornecedores 180.788 197.345

Juros e Parcelamento de Fornecedores 718.083 1.792.559

Juros e Atualização monetária 5.095.799 3.202.867

Taxas e Comissões Bancárias 132.124 126.957

Outras 819.239 646.348

total - r$ 1 22.952.364 20.246.922

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11. aJUstes de exerCÍCios anteriores

Em 2008, foram processados ajustes, basicamente referentes aos incentivos de abertura de novos leitos e produção de média complexidade, de R$ 1.823 mil (R$ 3.501 mil, em 2007).

12. gratUidade

A Instituição atendeu ao SUS – Sistema Único de Saúde acima de 60% de sua capacidade instalada, cumprindo o disposto no Decreto nº 2.536/98, sendo atendidos em média 668 pacientes/dia (86%) de um total de 773.

O Serviço Funerário da Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte realizou durante o exercício de 2008 o sepultamento de 1.654 indigentes e carentes, com média mensal de 139 funerais, ao custo anual de R$ 657 mil.

A Filantropia presente no Serviço de Geriatria da Santa Casa (Instituto Geriátrico Afonso Pena) gerou, no exercício de 2008, custo de R$ 534 mil, referente ao atendimento a 40 idosos que residem em suas instalações.

O critério utilizado para mensuração dos custos com Gratuidade é decorrente da determinação do Decreto nº 4.327/02, ou seja, obtido mediante a valoração dos procedimentos realizados com base nas tabelas de pagamentos do SUS, cujo montante em 31.12.08 foi de R$ 57.026 mil (R$ 39.907 mil em 31.12.07). Tais valores estão contabilizados em contas de compensa-ção por não dispor a Instituição de sistema de custo integrado.

13. inss Patronal – isenção

A Santa Casa atende os requisitos legais para isenção da referida contribuição, estando a mesma contabilizada em contas de compensação, produzindo os seguintes efeitos:

31.12.08 31.12.07

Total das isenções fiscais (13.230.707) (10.540.997)

Aplicação em Gratuidade 57.025.689 39.906.607

Excedente – R$ 1 43.794.982 29.365.610

14. reCeitas diFeridas

É decorrente da antecipação do recebimento de aluguéis dos imóveis de renda.

15. oUtras Contas a reCeber de CUrto Prazo

Decorrem, substancialmente, de aluguéis a receber vinculados aos imóveis de renda e subvenções a receber do MS - Fun-do Nacional de Saúde, Secretaria Estadual de Saúde e Secretaria Municipal de Saúde.

16. oUtros Créditos a reCeber de longo Prazo

São decorrentes de trânsito em julgado do processo judicial impetrado pela Federação Brasileira de Hospitais contra a União, visando resgatar a perda ocorrida na conversão da URV para o Real em percentual aplicado sobre a tabela de procedimentos do SUS, recebível em dez parcelas anuais, desde abril de 2004.

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17. CobertUra de segUros

Para atender medidas preventivas adotadas permanentemente, a Instituição efetua contratação de seguros em valor sufi cien-te para cobertura de eventuais sinistros.

18. item extraordinÁrio

A Instituição reconheceu o montante de R$ 7.007 mil (R$ 9.680 em 2007) como insubsistência ativa, apresentada como Despesas (Receitas) Operacionais na Demonstração do Superavit ou Defi cit, devidamente suportado por parecer dos asses-sores jurídicos da Instituição.

19. Fatos relevantes

a. A Santa Casa é autora do processo nº 200301007196-3 contra a União, e o mesmo refere-se ao efeito refl exo da perda de 9,5% sobre a tabela SUS em junho de 1994, estendendo seus efeitos até os dias atuais. Em dezembro de 2008, o valor dessa ação monta em R$ 116 milhões. Os créditos deste processo serão utilizados para compensar débitos tributários da Santa Casa para com a União. b. Em 2007, a Santa Casa aderiu à Lei 11.345/06 – denominada Timemania (*), regulamentada em agosto de 2007 pelo Decreto 6.187. Esta adesão possibilitou à Santa Casa consolidar e enquadrar em instrumento legal apropriado todas as dívi-das com INSS, FGTS e parte das dívidas com a Receita Federal e Procuradoria da Fazenda Nacional até agosto de 2007.

impostos e Contribuições total em Corrente até Posição em

31.12.2008 31.12.2008 31.08.2007

INSS 49.668.294 9.940.089 39.728.205

FGTS 31.839.359 3.822.730 28.016.629

REFIS 26.442.567 1.532.168 24.910.399

IRRF 20.854.541 4.947.632 15.906.909

PIS 5.063.883 1.423.070 3.640.813

COFINS 5.281.674 2.103.945 3.177.729

ISSQN 4.335.248 2.325.853 2.009.395

CSLL 1.784.617 715.090 1.069.527

OUTROS 579.342 84.635 494.707

total – r$ 1 145.849.525 26.895.212 118.954.313

(*) TimemaniaINSS – adesão total até 31.08.2007.FGTS – adesão total até 31.08.2007.TRIBUTOS FEDERAIS ( IRRF, PIS, COFINS, CSLL) – adesão parcial.

c. Em outubro de 2008, a Santa Casa parcelou em 180 meses o ISSQN devido até 31.07.2007, junto a Prefeitura Municipal de Belo Horizonte.

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20. ContingênCias

A Instituição reconhece o seu passivo trabalhista decorrente da não aplicação dos reajustes salariais desde 1º de abril de 2001 até 1º de abril de 2008. Em acordo com o SINDEESS – Sindicato dos Empregados em Estabelecimento de Serviços de Saúde de Belo Horizonte para apuração do valor devido a cada empregado, as partes ajustaram aguardar o laudo pericial que está sendo realizado nos processos em trâmite perante o JAE – Juízo Auxiliar de Execuções. A Administração e seus assessores jurídicos vislumbram que os desfechos das teses defendidas serão condizentes com as condições financeiras da Instituição.

A Provisão para Contingências para processos trabalhistas e cíveis movidos contra a Instituição, da ordem de R$ 13.812 mil trabalhistas e R$ 4.865 mil cíveis (R$ 15.998 mil trabalhistas e R$ 7.030 mil cíveis em 2007), foi constituída baseando-se no grau de risco avaliado pela Assessoria Jurídica da Santa Casa, sendo considerada como suficiente pela sua Direção. O montante de R$ 3.812 mil apresentado no Passivo Circulante de 2008 refere-se ao JAE – Juízo Auxiliar de Execuções / TRT.

ProvedorSaulo Levindo Coelho

superintendente geralPorfírio Marcos Rocha Andrade

superintendente de administração FinanceiraCésar Cristiano de Lima

superintendente de assistência ao sUsPaulo Tarcísio Pinheiro da Silva

superintendente de assistência a saúde suplementarGuilherme Gonçalves Riccio

diretora ClínicaMaria Nunes Álvares

vice-diretor ClínicoCarlos Eduardo Carvalho Coelho

superintendente executivo da ProvedoriaGonçalo de Abreu Barbosa

Contador responsávelTales de Pinho TavaresCRC - MG 87.342

PareCer dos aUditores indePendentes

PAR-09/036

Aos Srs. Membros do Conselho da Irmandade daSANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE BELO HORIZONTE

Examinamos o balanço patrimonial da SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE BELO HORIZONTE, levantado em 31 de de-zembro de 2008, e as respectivas demonstrações do superavit ou deficit, das mutações do patrimônio social (passivo a descoberto), dos fluxos de caixa e do valor adicionado, correspondentes ao exercício findo naquela data, elaborados sob a responsabilidade de sua Administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis.

2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controles internos da Instituição; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informa-ções contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Administração da Instituição, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.

3. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE BELO HORIZONTE, em 31 de de-zembro de 2008, e o resultado de suas operações, as mutações do seu patrimônio social (passivo a descoberto), os seus fluxos de caixa e os valores adicionados referentes ao exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

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4. Consoante detalhado na nota 20, a Santa Casa vem desenvolvendo tratativas junto ao Sindicato dos seus empregados buscando solucionar questão envolvendo dissídios salariais coletivos de exercícios anteriores. Com base em pareceres de seus assessores jurídicos, a Administração da Instituição julga que os montantes provisionados contabilmente serão sufi cien-tes para fazer face às perdas estimadas nos processos, entendimento que, todavia, somente poderá ser corroborado quando do desfecho das questões.

5. A Instituição vem acumulando defi cits e apresenta, na posição de 31 de dezembro de 2008, insufi ciência de capital de giro de R$ 224.277 mil (R$ 198.608 mil em 2007) e passivo a descoberto de R$ 152.124 mil (R$ 126.389 mil em 2007), revelando a necessidade do aporte de novos recursos e geração de superavits futuros, pressupostos nos quais foram elabo-radas as demonstrações contábeis.

6. Anteriormente, examinamos as demonstrações contábeis do exercício fi ndo em 31 de dezembro de 2007, ora apresen-tadas para fi ns de comparação, compreendendo o balanço patrimonial, as demonstrações do resultado do exercício, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, tendo expressado opinião favorável sobre as mesmas e enfatizado os mesmos assuntos descritos nos parágrafos 4 e 5 retro, conforme parecer datado de 11 de abril 2008.

Belo Horizonte, 03 de abril de 2009.

FERNANDO MOTTA & ASSOCIADOSAuditores Independentes

CRCMG – 757

Ronaldo Brandão TeixeiraContador CRCMG - 40.233

Fernando Carneiro da MottaContador CRCMG – 4.419

PareCer do Conselho FisCal

SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE BELO HORIZONTEexercício encerrado em 31.12.2008

O Conselho Fiscal da Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte, após examinar o balanço Patrimonial levantado em 31.12.2008, suas respectivas demonstrações do sUPeravit oU deFiCit, das mUtações do PatrimÔnio soCial (Passivo a descoberto), dos FlUxos de Caixa e do valor adiCionado, das notas exPliCativas Às demonstrações e o PareCer dos aUditores indePendentes, é de parecer que os documentos devam ser aprovados, considerando sua exatidão e a observação das práticas contábeis adotadas no Brasil. Não obstante, ratifi ca a ênfase contida em Parecer anterior deste Conselho, exarado no exercício fi ndo em 31.12.2007, ressaltando a necessidade do aporte de novos recursos e a geração de superavits futuros, objetivando reverter a insufi ciência de Capital de Giro e o Passivo a Descoberto da Instituição. Os conselheiros ressaltam ainda a recomendação para que a Instituição efetue sistematicamente o repasse às fontes credoras de todos os encargos tributários por ela retidos de terceiros.

Belo Horizonte, 15 de abril de 2009

Conselheiros:

Delson de Miranda Tolentino

Amílcar Viana Martins Filho

Carlos Ediber Richard Carvalhaes

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FUndação santa Casa de miseriCórdia de belo horizonte

balanço Patrimonial enCerrado em 31 de dezembro de 2008(Em R$ 1)

ativO PassivO

31.12.08 31.12.07

Reclassificado

CIRCULANTE 14.159.203 12.117.873

DISPONÍVEL 415.757 960.734

REALIZÁVEL 13.743.447 11.157.139

Aplicações 9.290.337 8.990.365

Crédito de Operações com

Planos de Assistência à Saúde 2.466.279 1.634.423

Contraprestações

Pecuniárias Receber 2.229.341 1.498.847

Outros Créditos de Operações

com Planos de Assistência

à Saúde 236.937 135.577

Títulos e Créditos a Receber 584.500 519.709

Outros Valores e Bens 1.402.331 12.641

NÃO CIRCULANTE 5.667.002 1.892.501

INVESTIMENTOS 3.668.550 932.119

Participações Societárias -

Investimentos no País 2.204.022

Outros Investimentos 1.464.528 932.119

IMOBILIZADO 567.219 527.467

Bens Móveis - Não Hospitalares 469.998 437.946

Outras Imobilizações - Não Hospitalares 97.220 89.521

INTANGÍVEL 1.431.233 432.915

TOTAL DO ATIVO 19.826.205 14.010.374

31.12.08 31.12.07

Reclassificado

CIRCULANTE 15.676.436 11.585.961

Provisões Técnicas de Operações de Assistência à Saúde 6.490.039 4.138.570

Provisão de Risco 5.644.233 4.091.891

Provisão de Benefícios Concedidos 40.827 46.678

Provisão de Eventos Ocorridos e Não Avisados 804.980

Eventos a Liquidar de Operações de Assitência à Saúde 7.364.633 6.302.581

Débitos de Operações de Assistência à Saúde 174.912 169.105

Comercialização sobre Operações 172.066 166.243

Outros Débitos de Operações com Planos de Assistência à Saúde 2.846 2.863

Obrigações com Pessoal 201.637 137.283

Tributos e Contribuições a Recolher 359.036 221.017

Fornecedores 586.279 344.212

Aluguéis a Pagar 14.139 3.504

Provisões 482.043 259.226

Débitos Diversos 3.718 10.463

NÃO CIRCULANTE 498.464 83.212

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 498.464 83.212

Provisões Técnicas de Operações de Assistência à Saúde 89.920 83.212

Provisões (Contingências Passivas) 408.544

PATRIMÔNIO SOCIAL 3.651.305 2.341.202

Patrimônio Social 960.000 960.000

Reservas 1.381.202 5.058

Reservas Patrimoniais 5.058 5.058

Reservas de Retenção de Superávits 1.376.144

Superávits/Déficits 1.310.103 1.376.144

Superávits do Exercício 1.310.103 1.376.144

TOTAL DO PASSIVO 19.826.205 14.010.374

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demonstração do sUPerÁvit aCUmUlado (Em R$ 1)

demonstração das mUtações do PatrimÔnio soCial

CONTRAPRESTAÇÕES EFETIVAS COM PLANO DE ASSIST. À SAÚDE

Contraprestações Líquidas

Variação das Provisões Técnicas

Tributos Diretos de Operações com Planos de Assistência à Saúde da Operadora

EVENTOS INDENIZÁVEIS LÍQUIDOS

Eventos Indenizáveis

Recuperação de Eventos Indenizáveis

Variação da Provisão de Eventos Ocorridos e Não Avisados

RESULTADO DAS OPERAÇÕES COM PLANOS DE ASSIST. À SAÚDE

RESULTADO BRUTO

Despesas de Comercialização

Despesas Administrativas

Outras Receitas Operacionais

Outras Despesas Operacionais

Provisão Para Perdas Sobre Créditos

Outras

RESULTADO OPERACIONAL

Resultado Financeiro Líquido

Receitas Financeiras

Despesas Financeiras

Resultado Não Operacional

RESULTADO ANTES DOS IMPOSTOS E PARTICIPAÇÕES

SUPERÁVIT LÍQUIDO

31.12.08

127.401.735

128.954.933

(1.553.198)

(106.941.852)

(111.112.350)

4.975.478

(804.980)

20.459.883

20.459.883

(2.174.924)

(17.478.520)

399.244

230.567

232.996

(2.429)

1.436.250

(166.856)

1.630.094

(1.796.950)

40.709

1.310.103

1.310.103

31.12.07

119.503.830

118.609.470

1.480.085

(585.725)

(104.607.781)

(108.576.543)

3.968.762

14.896.049

14.896.049

(1.621.276)

(11.787.446)

286.140

(485.468)

(478.817)

(6.651)

1.288.000

(458.599)

1.354.554

(1.813.153)

3.000

832.400

832.400

eventosPatrimônio

socialreservas

Patrimoniaisreservas de retenções

reserva de reavaliação

ajustes de avaliação

Patrimonial

superávits/défi cits

acumuladostotais

saldo em 31 de dezembro de 2006 960.000 6.357 - - - (5.773.195) (4.806.838)

Ajustes de Exercícios Anteriores - - - - - 6.316.939 6.316.939

Baixa de doações Santa Casa de BH - (1.299) - - - - (1.299)

Superávit do Exercício - - - - - 832.400 832.400

saldo em 31 de dezembro de 2007 960.000 5.058 - - - 1.376.144 2.341.202

Transferência de Superavits - - 1.376.144 - - (1.376.144) -

Superávit do Exercício - - - - - 1.310.103 1.310.103

saldo em 31 de dezembro de 2008 960.000 5.058 1.376.144 - - 1.310.103 3.651.305

FUndação santa Casa de miseriCórdia de belo horizonte

FUndação santa Casa de miseriCórdia de belo horizonte

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ATIVIDADES OPERACIONAIS

Recebimentos de Plano Saúde (+)

Outros Recebimentos Operacionais (+)

Pagamentos a Fornecedores/Prestadores de Serviço de Saúde (-)

Pagamentos de Comissões (-)

Pagamentos de Pessoal (-)

Pagamentos de Serviços Terceiros (-)

Pagamentos de Tributos (-)

Pagamentos de Aluguel (-)

Pagamentos de Promoção/Publicidade (-)

Outros Pagamentos Operacionais (-)

CAIXA LÍQUIDO DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS

ATIVIDADES DE INVESTIMENTO

Pagamentos de Aquisição de Ativo Imobilizado - Hospitalar (-)

Pagamentos de Aquisição de Participação em Outras Empresas (-)

Outros Pagamentos das Atividade de Investimento (-)

CAIXA LÍQUIDO DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO

ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO

Resgate de Aplicações Financeiras (+)

Aplicações Financeiras (-)

CAIXA LÍQUIDO DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO

VARIAÇÃO LÍQUIDA DO CAIXA

CAIXA - SALDO INICIAL

CAIXA - SALDO FINAL

31.12.08

128.732.161

2.963.200

(106.604.608)

(2.040.386)

(4.675.834)

(5.680.365)

(2.693.360)

(141.536)

(3.085.946)

(1.598.124)

5.175.201

(560.000)

(1.380.000)

(3.480.207)

(5.420.207)

6.294.853

(6.594.825)

(299.972)

(544.978)

960.734

415.757

demonstração dos FlUxos de Caixa - direto

FUndação santa Casa de miseriCórdia de belo horizonte

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RELATÓRIO ANUAL | BALANÇO SOCIAL 2008 | www.santacasabh.org.br 67

notas exPliCativas das demonstraçõesContÁbeis em 31 de dezembro de 2008

1. Contexto oPeraCional

A Fundação Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte, fundada em 25.07.2002, é pessoa jurídica de direito privado, sem fi ns lucrativos, tendo como instituidora a Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte, e tem por objetivos principais e permanentes: criar, administrar e operar planos de saúde e contribuir com a manutenção e o funcionamento da Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte. A administração da Instituição é exercida por uma Superintendência Geral.Em setembro de 2005, a Fundação Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte, de comum acordo com a Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte e a ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar, suspendeu as suas atividades operacionais. O objetivo deste procedimento foi de aguardar e preparar, pelas vias normativas, a migração das operações do Plano de Saúde para a Fundação, a qual foi autorizada pela ANS em junho de 2006.Após a concretização da transferência da carteira de planos de assistência à saúde, em 01 de julho de 2006, iniciou-se operacionalmente a atividade desta Fundação.Em 2007, a ANS através de sua Diretoria Colegiada, considerando a Fundação Santa Casa como sendo suces-sora da extinta Santa Casa de Misericórdia como operadora de Planos de Saúde, pronunciou-se favorável ao enquadramento da Fundação nas mesmas exigências aplicáveis às operadoras que iniciaram suas operações antes de 19 de julho de 2001.Em 16 de fevereiro do ano de 2008, foi assinado “Instrumento Particular de Promessa de Cessão de Cotas ou de Transferência de Participações Societárias, com cláusula de Assunção de obrigações e outros pactos, entre Fundação Santa Casa e Assistência Médica Hospitalar Ltda., pessoa jurídica de direito privado, com sede na cidade de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, a qual passou a ser sua empresa controlada.

2. 2. elaboração e aPresentação das demonstrações ContÁbeis

As Demonstrações Contábeis são elaboradas e apresentadas conforme normas e instruções da Agência Na-cional de Saúde Suplementar – ANS, da Lei nº. 8.742/83 e alterações posteriores e de acordo com as praticas contábeis adotadas no Brasil.Em 28 de dezembro de 2007, foi promulgada a Lei nº 11.638, que altera, revoga e introduz novos dispositivos à Lei das Sociedades por Ações, notadamente em relação ao capítulo XV, sobre matéria contábil que entrou em vigor a partir do exercício que se iniciou em 1º de janeiro de 2008 e alterada pela Medida Provisória nº.449, provocando mudanças nas práticas contábeis adotadas no Brasil. Esta Fundação, operadora de plano de saúde, está adotando a referida Lei pela primeira vez no exercício de 2008. Assim, as demonstrações do exercício ante-rior, apresentadas para fi ns de comparabilidade foram reclassifi cadas, de acordo com estas mudanças.A demonstração dos fl uxos de caixa foi elaborada pelo método direto, conforme modelo padrão da ANS e não esta sendo apresentada de forma comparativa, conforme facultado pela citada legislação societária. A conciliação da atividade operacional, pelo método indireto esta demonstrado na nota 14.

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3. PrinCiPais PrÁtiCas ContÁbeis a) regime de esCritUraçãoAdotado o regime de competência para o registro das mutações patrimoniais ocorridas no exercício, o que implica no reconhe-cimento das receitas, custos e despesas no período em que efetivamente ocorrerem, independentemente de seu pagamento ou recebimento.A apropriação das receitas de contraprestações decorrentes de contratos com preços pré-estabelecidos é efetuada, considerando-se o período de cobertura do risco. Nos contratos com preços pós-estabelecidos, a apropriação da receita ocorre na data do efetivo direito ao valor a ser faturado.A apropriação dos eventos indenizáveis foi efetuada, considerando-se a data de apresentação da conta médica ou do aviso pelos prestadores, correspondente aos eventos ocorridos.

b) ativo CirCUlante Demonstrado pelos valores de custo ou aquisição, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e variações monetárias auferidos em base “pro rata dia”, ajustado por faturamento antecipado ao período de competência e da provisão para perdas sobre as con-traprestações a receber e outros créditos a receber.

C) ativo não CirCUlante1. InvestimentosDemonstrados ao custo de aquisição e ajustados pelo método de equivalência patrimonial, conforme nota 7.2. ImobilizadoDemonstrado ao custo de aquisição, deduzido da depreciação acumulada. As depreciações são calculadas pelo método linear, com taxas anuais, conforme nota 8.3. Intangível Correspondem aos direitos adquiridos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da entidade ou exercidos com essa finalidade. Os ativos intangíveis com vida útil definida são geralmente amortizados de forma linear no decorrer de um período estimado de benefício econômico. d) Passivos CirCUlante e não CirCUlanteDemonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e variações monetárias.

4.aPliCações (ativo CirCUlante)

Composto das seguintes operações:

31.12.08

aPliCações vinCUladas 6.489.126

Cotas de Fundo de Investimentos 6.489.126

aPliCações não vinCUladas 2.801.211

CDB 1.384.603

Operações Compromissadas 1.032.057

Títulos de Capitalização 384.551

total de aPliCações 9.290.337

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5. Créditos de oPerações Com Planos de assistênCia a saÚde

Composição dos créditos a receber:

31.12.08 31.12.07

Faturas a Receber 5.211.181 3.878.171

Mensalidades a Receber 7.815.810 7.935.385

Faturamento Antecipado (10.561.966) (9.774.522)

Provisão para Perdas sobre Créditos (235.684) (540.188)

2.229.341 1.498.846

Participação dos Benefi ciários 232.070 127.960

Provisão para Perdas sobre Créditos (3.491) (2.763)

228.579 125.197

Outros Créditos Operacionais 10.308 14.210

Provisão para Perdas sobre Créditos (1.950) (3.830)

8.358 10.380

total líquido a receber 2.466.279 1.634.423

Foram constituídas provisões no valor de R$ 241 mil, sobre as parcelas de contratos de contraprestações a receber de planos individuais, inadimplentes a mais de 60 (sessenta) dias, e planos coletivos, inadimplentes a mais de 90 dias, e ainda, sobre outros créditos a receber vencidos a mais de 90 dias

6. tÍtUlos e Créditos a reCeber e oUtros valores e bens

Referem-se basicamente a créditos permutáveis por serviços junto a clientes do plano e depósitos judiciais no valor de R$ 1.230 mil, provenientes de reclamações de benefi ciários junto ao Juizado Especial no valor de R$ 25 mil e bens arrematados em leilão no valor de R$ 1.205 mil, adquiridos com fi nalidade de venda, a serem alienados até o término do exercício de 2009, conforme disposto em reunião do Conselho Curador e Superintendência Geral no dia 27 de novembro de 2008.

7. investimentos

31.12.08 31.12.07

CUsto de aqUisição

dePreCiaçõesCUsto

CorrigidoCUsto

Corrigido

Participações Societárias 2.204.022 - 2.204.022 -

Terrenos 833.269 - 833.269 833.269

Edifícios 126.731 32.950 93.781 98.850

Equipamentos Hospitalares 563.431 25.953 537.478 -

Total de Investimentos 3.727.453 58.903 3.668.550 932.119

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Foram adquiridas 100% das cotas da Assistência Médica Hospitalar Ltda conforme abaixo:

“O preço total fixado para a promessa de cessão de cotas ou transferência de participações societárias é de R$ 1.550.000,00 (hum milhão, quinhentos e cinqüenta mil reais), que deverá ser liquidado pela PROMISSÁRIA CESSIONÁRIA junto aos PROMITENTES CEDENTES, proporcionalmente à participação detida por cada um na sociedade Assistência Médica. A título de sinal e princípio de pagamento, a PROMISSÁRIA CESSIONÁRIA efetuou o pagamento da quantia de R$1.050.000,00 (hum milhão e cinqüenta mil reais). Ficou convencionado que o valor de R$ 500.000,00 restantes ficará retido em poder da própria PROMISSÁRIA CESSISONÁRIA, até que sejam adimplidas todas as condições suspensivas e resolutivas, bem como a confirmação expressa e formal de que o passivo ora informado e declarado pelos PROMITENTES CEDENTES de responsabilidade da Assistência Médica não excedeu o equivalente a mais de 18% (dezoito por cento) daquele valor total apresentado de R$ 2.589.243,93 (dois milhões, quinhentos e oitenta e nove mil, duzentos e quarenta e três reais e noventa e três centavos), que deverá ocorrer mediante levantamento a ser promovido por parte de auditores independentes, com prazo de conclusão estimado em até 60 (sessenta) dias contados da data de assinatura do instrumento retro mencionado.”

Os valores efetivamente pagos aos sócios referente a aquisição da participação societária da Assistência Médica Hospitalar Ltda somam R$ 1.380 mil. Da data da assinatura do contrato até o encerramento do exercício de 2008, foram pagos ainda o montante de R$ 2.059 mil, referentes a quitação de passivos da referida Instituição adquirida.

Os valores pagos a título de adiantamento para futuro aumento de capital referentes a baixas de passivos da Assistência Médica Hospitalar Ltda foram devidamente formalizados através de contrato entre as partes, sendo os mesmos tratados de forma irrevogável e irretratável e classificados como investimentos.

Os valores de ativos e passivos adquiridos são apresentados a seguir:

16.02.08Ajustado

Caixa 1.000

Bancos - Conta Movimento 4

Aplicações de Curto Prazo 315

Bloqueio Judicial 865

Recolhimento Recursal 15.745

Investimentos 1

Terrenos* 1.150.000

Edificacões* 3.584.362

Móveis e Utensílios / Comp. e Periféricos / Máq. e Equipamentos 7.089

Fornecedores** (121.886)

Obrigações Trabalhistas** (5.173)

Obrigações Tributarias** (1.986.661)

Credores Diversos** (420.233)

Empréstimos e Adiantamentos** (21.406)

valor patrimonial da assistência médica hospitalar ltda 2.204.022

ajustes ao valor patrimonial

(- ) adiantamento para futuro aumento de capital (2.059.359)

valor patrimonial da controlada ajustado 144.663

* Avaliados ao valor justo

** Foram baixadas várias obrigações tributárias e com terceiros, dentre eles, ban-

cos e fornecedores, através de ingressos efetuados pela Fundação Santa Casa.

Estes ingressos foram anulados para fins de cálculo do ágio.

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8. imobilizado

31.12.08 31.12.07

TAXA ANUAL DE DEPRECIAÇÃO

CUSTO DE AQUISIÇÃO

DEPRECIAÇÕESCUSTO

CORRIGIDOCUSTO

CORRIGIDO

Instalações não hospitalares 10% 3.510 2.598 912 1.614

Máquinas e equipamentos não hospitalares 10% 24.076 3.514 20.562 6.771

Equipamentos de informática 20% 598.091 310.436 287.655 360.268

Móveis e utensílios 10% 145.790 35.579 110.211 69.293

Veículos 20% 60.790 10.132 50.658 -

Imobilizações em curso 97.220 - 97.220 89.521

Total Imobilizado 929.477 362.259 567.218 527.467

9. intangÍvel

31.12.08 31.12.07

CUsto de aqUisição

dePreCiaçõesCUsto

CorrigidoCUsto

Corrigido

Softwares 742.747 546.851 195.896 432.915

Ágio por expectativa de rentabilidade futura

1.235.337 - 1.235.337 -

total de itangível 1.978.084 546.851 1.431.233 432.915

demonstração do cálculo do ágio

Valor patrimonial da controlada ajustado 144.663

Valor de aquisição de 100% das cotas 1.380.000

Valor do ágio por expectativa de rentabilidade futura (1.235.337)

10. Provisões téCniCas

Em 03 de julho de 2007, a Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS publicou a Resolução Normativa nº 160, que revoga a Resolução RDC nº 77, de 17 de julho de 2001, estabelecendo novas regras para constituição de provisões técnicas de manutenção de patrimônio líquido mínimo, provisão de risco, provisão para eventos ocorridos e não-avisados, provisão de remissão e de dependência operacional. a) Provisão de risCoA Fundação constituiu a Provisão de Risco na forma do art. 16 da RN 160/07 da ANS, a qual determina a obrigatoriedade do seu cálculo mensal, tomando-se por base o valor de 50% (cinqüenta por cento) da média mensal das contraprestações emitidas líquidas, nos últimos três meses, incluindo o mês de cálculo, na modalidade de preços pré-estabelecidos.O valor desta provisão está devidamente suportado por ativo garantidor.

b) Provisão Para eventos oCorridos e não avisadosO valor da Provisão Para Eventos Ocorridos e Não Avisados – PEONA, de acordo com os critérios estabelecidos no art. 19 da RN 160/07, atualizada mensalmente através de metodologia anteriormente aprovada pela ANS por meio do Ofício nº 131/2006/GGNAM(HAB)/DIOPE/ANS/MS é de R$ 4.829 mil, em dezembro de 2008. O valor da provisão atualizada em dezembro de 2006 foi estornado, após autorização dada pela Agência pelo Processo 33902.033023/2007-71, considerando esta operadora como “antiga”, ou seja, iniciou suas operações antes de 19 de julho de 2001. De acordo com o Artigo 20 da resolução 160/07, a

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operadora que iniciou suas operações antes de 19 de julho de 2001 poderá constituir a referida provisão, no prazo máximo de 06 (seis) anos, contados a partir de janeiro de 2008, na proporção cumulativa mínima de 1/72 (um setenta e dois avos), a cada mês, do valor calculado da PEONA, em obediência as boas práticas contábeis adotadas no Brasil.

O valor proporcional desta Provisão é de R$ 804 mil, equivalente a 12/72 do valor total atualizado em dezembro de 2008 que é de R$ 4.829 mil.

Os impactos decorrentes da constituição da PEONA e demais mudanças introduzidas pela RN 160 serão implementados pela administração da Fundação nos prazos estipulados na referida resolução.

C) Provisão de remissão A Instituição constituiu a Provisão para Remissão, no valor de R$ 130 mil, o qual se divide em R$ 40 mil no Circulante e R$ 90 mil no Não Circulante, com base no Parecer Atuarial nº 11.966/09, emitido pela empresa Plurall Soluções em Saúde Suplementar.

11. ContingênCias As declarações de rendimentos, assim como outros tributos e contribuições sociais, estão sujeitos à revisão e eventual lançamento adicional por parte das autoridades fiscais durante um período de cinco anos.

Foram constituídas provisões no valor de R$ 455 mil, referente a diversos processos, nas esferas trabalhista e cível, de acordo com o parecer do departamento jurídico da Fundação.

ações trabalhistas VALOR TOTAL A PROVISIONAR % PROVISIONADO

Em fase de conhecimento 223.527 178.822 80%

Em fase de execução 47.363 47.363 100%

TOTAIS 270.890 226.185

ações CÍveis VALOR TOTAL A PROVISIONAR % PROVISIONADO

Perda provável da Fundação Santa Casa 229.722 229.722 100%

Perda possível da Fundação Santa Casa 1.023.781 - Divulgar

TOTAIS 1.253.503 229.722

12. desPesas FinanCeiras

O montante de R$ 1.796 mil refere-se principalmente a tarifas de cobrança bancária na emissão de boletas no valor de R$ 887 mil, a descontos concedidos no valor de R$ 670 mil, e imposto de renda retido sobre rendimentos de aplicações financeiras no valor de R$ 177 mil.

13. Partes relaCionadas

A Fundação Santa Casa mantém diversos contratos com sua instituidora a Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte. Os con-tratos possuem como objeto a Prestação de Serviços Assistenciais aos beneficiários do plano Santa Casa Saúde, Apoio Adminis-trativo, Aluguel de Imóvel e Venda de Equipamentos. Em 23.03.2009 foi assinado “Termo de Confissão de Dívida” pela Santa Casa, referente a mensalidades do plano de saúde dos funcionários da instituidora em atraso, a ser quitado em 36 parcelas. A Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte é hoje o maior prestador de serviços assistenciais do plano de saúde Santa Casa Saúde, movimentando em média mais R$ 4 milhões por mês com a Fundação Santa Casa.

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A posição dos saldos fi nanceiros das duas empresas em 31 de dezembro de 2008 é composta da seguinte forma:

Valores a Receber da Santa Casa R$ 1.060.296Valores a pagar para Santa Casa R$ 393.210

A Fundação Santa Casa, no ano de 2008, contabilizou despesas com prestação de serviços da Santa Casa no valor de R$ 49.352 mil, sendo que destes, R$ 46.189 mil se referem a serviços de atendimento a benefi ciários do Santa Casa Saúde e R$ 3.163 mil a serviços de apoio administrativo e outros.

A relação entre a Fundação Santa Casa e a Assistência Médica Hospitalar Ltda foi mencionada na nota 7.

14. ConCiliação do FlUxo de Caixa - método indireto

CONCILIAÇÃO DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS

superávit do exercício 1.310.103

ajustes para reconciliar o superávit ao caixa gerado pelas atividades operacionais

Depreciações e Amortizações 440.707

Variação em Provisões Técnicas 2.358.178

Provisões Para Contingências 455.907

= Superávit do Exercício Ajustado 4.564.895

AUMENTO NOS ATIVOS E PASSIVOS OPERACIONAIS

Variação nas contas dos Ativos Circulante e Não Circulante (Créditos de Operações com Planos, Títulos e Créditos a Receber e Outros Valores e Bens)

(1.081.336)

Variação nas contas dos Passivos Circulante e Não Circulante (exceto Provisões Técnicas) 1.691.642

Caixa gerado Pelas atividades oPeraCionais 5.175.201

15. PatrimÔnio soCial

O patrimônio social da Instituição se encontra de acordo com as exigências da Agência e está representado pela integração de bens do ativo imobilizado, no valor de R$ 960 mil, acrescido das reservas patrimoniais, somado de superávit apurado no exercício.

16. alteração da legislação soCietÁria e ContÁbil Em 28 de dezembro de 2007, foi promulgada a Lei nº 11.638, que altera, revoga e introduz novos dispositivos à Lei das Sociedades por Ações, notadamente em relação ao capítulo XV, sobre matéria contábil que entrou em vigor a partir do exercício que se iniciou em 1º de janeiro de 2008 e alterada pela Medida Provisória nº.449, provocando mudanças nas práticas contábeis adotadas no Brasil. Essa Lei teve, principalmente, o objetivo de atualizar a legislação societária brasileira para possibilitar o processo de conver-gência das práticas contábeis adotadas no Brasil com aquelas constantes nas normas internacionais de contabilidade

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(IFRS) e permitir que novas normas e procedimentos contábeis sejam expedidas em consonância com os padrões internacionais de contabilidade. Em 31 de dezembro de 2008, a Fundação avaliou que, no momento, os principais efeitos dessas alterações são os seguintes:a) Reclassificações de ativos diferidos para intangível e imobilizado;b) A Fundação não possui ativos e passivos decorrentes de operações de longo prazo, ou de curto prazo, para os quais fossem requeridos ajustes relevantes a valor presente, conforme requerido pela referida Instrução, uma vez que suas operações, quando aplicável, estão concentradas em prazo de vencimento entre 30 e 60 dias.c) A Fundação, através de análises internas identificou que os seus ativos estão contabilizados por valor inferior àquele passível de ser recuperado por uso ou venda, não necessitando de ajustes ao valor recuperável de ativos não circulantes neste exercício.

Conselho Curador

Saulo Levindo Coelho, Presidente

Porfírio Marcos Rocha Andrade, Secretário

Castellar Guimarães Filho, Conselheiro

Roberto Otto Augusto de Lima, Conselheiro

Odilon Lobato, Conselheiro

Orlando Pinto Rodrigues Júnior, Conselheiro

Wladimir Eustáquio Costa, Conselheiro

Contador responsável

Ciro Gustavo Bragança CRC/MG 75390

atuário responsável

Plurall Soluções em Saúde Suplementar – CIBA 83

auditoria independente

Grunitzky – Auditores Independentes – CRC-PR 4552/O-5-S/MG

Conselho Fiscal

César Cristiano de Lima, Presidente

Flávio Mendonça Andrade Silva, Conselheiro

Carlos Eduardo Coelho, Conselheiro

superintendente geral

Diógenes Coelho Vieira

PareCer dos aUditores indePendentes

Ilmos. Srs.DIRETORES E CONSELHEIROS daFUNDAÇÃO SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE BELO HORIZONTEBelo Horizonte - MG

1. Examinamos o balanço patrimonial da FUNDAÇÃO SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE BELO HORIZONTE, levantado em 31 de dezembro de 2008, as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio social e dos fluxos de caixa corres-pondentes ao exercício findo naquela data, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis.

2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planeja-mento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controles internos da entidade; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da entidade, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.

3. Em nossa opinião, exceto quanto aos efeitos mencionados na nota explicativa 10 – letra “b” – Provisão para Eventos Ocorridos e não Avisados - PEONA, as demonstrações contábeis acima referidas, representam adequadamente, em todos os aspectos relevan-tes, a posição patrimonial e financeira da FUNDAÇÃO SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE BELO HORIZONTE, em 31 de dezembro de 2008, o resultado de suas operações, as mutações do patrimônio social e a demonstração dos fluxos de caixa, referentes ao exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

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4. As demonstrações contábeis referentes ao exercício fi ndo em 31 de dezembro de 2007, apresentadas para fi ns comparativos, foram também por nós examinadas, com parecer emitido em 17 de março de 2008, contendo ressalvas quanto ao não provisiona-mento total da PEONA e contingências. Conforme mencionado na nota explicativa nº 16, as práticas contábeis adotadas no Brasil foram alteradas a partir de 1º de janeiro de 2008. As demonstrações contábeis referentes ao exercício fi ndo em 31 de dezembro de 2007, apresentadas de forma conjunta com as demonstrações contábeis de 2008, foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil vigentes até 31 de dezembro de 2007 e, como permitido pelo Pronunciamento Técnico CPC 13 – Adoção Inicial da Lei nº 11.638/07 e da Medida Provisória nº 449/08, não estão sendo reapresentadas com os ajustes para fi ns de comparação entre os exercícios.

Belo Horizonte, 20 de março de 2009.

GRUNITZKY - AUDITORES INDEPENDENTES S/S.CRC-PR 4552/O-5-S/MG

MOACIR JOSÉ GRUNITZKYContador CRC-PR 025.759/0-1–S/MG

Parecer do Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal da Fundação Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte, após serem esclarecidos os valores das contas, as demonstrações contábeis, com base no parecer dos auditores, considerando sua exatidão, é de comum acordo que os documentos devam ser aprovados.

Belo Horizonte, 31 de março de 2009.Conselheiros: Flávio Mendonça Andrade da Silva / César Cristiano de Lima / Carlos Eduardo Coelho

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exercício findo em

ativo 2008 2007 CirCUlante Caixa e bancos 3.765.376 1.111.143 Aplicações financeiras 9.357.552 9.281.429 SUS - Sistema Único de Saúde 4.581.572 5.187.168 Crédito de Oper.Plano Assist. à Saúde 2.466.279 1.634.423Convênios e particulares 5.041.392 5.060.675 Outras contas a receber 9.438.664 8.245.914 Provisão para créditos de liquidação duvidosa (1.335.815) (1.661.305)Estoques 2.453.147 1.954.412 Adiantamentos 3.089.590 1.422.422 38.857.756 32.236.282

não CirCUlante

realizÁvel a longo Prazo Aplicações financeiras 29.000 22.000 Depósitos Judiciais 1.995.743 796.050 Outros créditos a receber 732.730 915.912 2.757.473 1.733.962

Investimentos 10.490.548 6.972.259

Imobilizado 119.913.209 130.055.189

Intangível 4.597.642 495.750 137.758.872 139.257.160

total do ativo 176.616.628 171.493.442

exercício findo em

Passivo e Passivo a desCoberto 2008 2007

Passivo CirCUlante Fornecedores 61.764.342 52.003.041 Obrigações com pessoal 10.196.577 8.329.234 Impostos e contribuições 146.208.588 124.950.921 Instituições financeiras 8.077.414 5.018.552 Financiamentos - BNDES 19.995.245 25.270.280 Processos trabalhistas 3.811.595 3.600.000 Provisões Técnicas de Oper. Assist. à Saúde 6.490.039 4.138.570Outras exigibilidades 7.919.034 6.839.758 264.462.835 230.150.356

Passivo não CirCUlante

Instituições financeiras 16.715.033 14.982.656 Financiamentos - BNDES 21.530.525 23.324.736 Fornecedores 6.249.545 6.570.481 Provisões cíveis e trabalhistas 14.865.357 19.427.836 Provisões Técnicas de Oper. Assist. à Saúde 498.464 83.212 Receitas diferidas 458.141 726.406 60.317.065 65.115.326

Passivo a desCobertoPatrimônio social 23.032.602 23.032.602 Reserva de doações e subvenções 39.061.587 42.176.503 Reserva de reavaliação 51.424.787 57.018.358 Déficits acumulados (261.682.248) (245.999.703) (148.163.272) (123.772.240)

total do Passivo e Passivo a descoberto 176.616.628 171.493.442

grUPo santa Casa de miseriCórdia de belo horizonte

balanço Patrimonial(Em R$ 1)

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exercícios Finodos em

2008 2007

reCeitas oPeraCionais brUtas 286.970.064 254.962.294

Variação das Provisões Técnicas (1.553.198) 1.480.085

Glosas (1.089.298) (1.265.029)

Tributos Direitos de Oper. com Plano de Assist. à Saúde da Operadora - (585.725)

reCeitas oPeraCionais lÍqUidas 284.327.568 254.591.625

Custo dos Serviços Prestados (249.066.853) (222.890.866)

resUltados brUtos 35.260.715 31.700.759

desPesas (reCeitas) oPeraCionais (27.107.609) (19.010.540)

Despesas Gerais e Administrativas (33.029.637) (24.859.922)

Provisão para Contingências (1.084.713) (3.830.786)

Insubsistência Ativa 7.006.741 9.680.167

sUPerÁvits (déFiCits) oPeraCionais antes dos resUltados FinanCeiros 8.153.106 12.690.219

Despesas Financeiras (24.750.753) (22.062.673)

Receitas Financeiras 1.772.712 2.111.686

déFiCit (14.824.935) (7.260.768)

2008 2007

reCeita 291.488.751 263.741.022

Venda de Mercadorias, Produtos e Serviços 284.327.568 255.177.350

Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (1.102.818) (2.092.594)

Demais Receitas Operacionais 8.264.002 10.656.266

insUmos adqUiridos de terCeiros 207.303.259 191.315.667

Custos das mercadorias e serviços vendidos 139.794.911 133.114.195

Materiais, energia, serviços de terceiros e outros 67.508.348 58.201.472

valor adiCionado brUto 84.185.492 72.425.355

retenções 4.245.956 3.759.254

Depreciação 4.245.956 3.759.254

valor adiCionado lÍqUido ProdUzido Pela entidade 79.939.536 68.666.101

valor adiCionado reCebido em transFerênCia 1.772.712 2.111.686

Receitas Financeiras 1.772.712 2.111.686

valor adiCionado total a distribUir 81.712.247 70.777.787

distribUição do valor adiCionado 81.712.247 70.777.787

Pessoal e Encargos 69.883.276 54.654.643

Impostos, Taxas e Contribuições 1.493.538 957.130

Despesas Financeiras e Aluguéis 25.160.369 22.426.782

Défi cit do Período (14.824.936) (7.260.768)

grUPo santa Casa de miseriCórdia de belo horizonte

grUPo santa Casa de miseriCórdia de belo horizonte

demonstração do sUPerÁvit oU déFiCit(Em R$ 1)

demontração do valor adiCionado

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