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CONTRATO Nº: C-BR-T1340-P001 RELATÓRIO 4 RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO DO MONITORAMENTO DOS PROJETOS-PILOTO E DAS AÇÕES DE CONSCIENTIZAÇÃO

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CONTRATO Nº: C-BR-T1340-P001

RELATÓRIO 4

RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO DO MONITORAMENTO DOS PROJETOS-PILOTO E DAS AÇÕES DE CONSCIENTIZAÇÃO

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APOIO AO GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO NO

DESENVOLVIMENTO DE CONHECIMENTO,

INFORMAÇÕES E FERRAMENTAS PARA DISSEMINAR O

USO DE SISTEMAS DE ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA

EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS NO ESTADO

Quarto Relatório – RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO DO

MONITORAMENTO DOS PROJETOS PILOTO E DAS AÇÕES DE

CONSCIENTIZAÇÃO

Cliente: Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID

País: Brasil

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Sumário Sumário

APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................... 5

1 MONITORAMENTO DOS PROJETOS PILOTO...................................................................... 7

1.1 APAE São Vicente .......................................................................................................... 9

1.1.1 Geração Estimada x Geração Real ............................................................................... 10

1.1.2 Comparação antes e depois da instalação .................................................................. 17

1.1.3 Intervenções comportamentais realizadas ................................................................. 21

1.1.4 Emissões de carbono evitadas no período .................................................................. 22

1.2 APAE Guaíra ................................................................................................................. 22

1.2.1 Geração projetada x geração real ............................................................................... 25

1.2.2 Comparação antes e depois da instalação .................................................................. 30

1.2.3 Intervenções realizadas ............................................................................................... 34

1.2.4 Emissões de carbono evitadas no período .................................................................. 34

2 ANÁLISE COMPARATIVA (SÃO VICENTE X GUAÍRA) ........................................................ 35

3 ACOMPANHAMENTO DAS AÇÕES DE CONSCIENTIZAÇÃO .............................................. 39

3.1 1º Seminário Sistemas de Energia Solar Fotovoltaica em Prédios Públicos do Estado de

São Paulo ................................................................................................................................. 39

3.2 Planejamento do 2º e 3º Seminário ............................................................................ 48

3.3 Materiais de Divulgação Desenvolvidos ...................................................................... 48

ANEXO 1: Lista de Presença..................................................................................................... 50

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1- Manutenção dos módulos fotovoltaicos com uso de EPI ................................. 10

Figura 2- Visão aérea da manutenção realizada apenas nos módulos de baixo .............. 10

Figura 3- Comparação gráfica entre a energia gerada e estimada pelo projeto .............. 15

Figura 4- Comparação geração de energia no melhor dia, pior dia e na média............... 16

Figura 5- Geração média por mês em São Vicente .......................................................... 16

Figura 6- Comparação da geração de energia com a cobertura de nuvens em São Vicente ........................................................................................................................................ 17

Figura 7- Consumo de Energia histórico comparado ao período analisado em São Vicente ........................................................................................................................................ 20

Figura 8- Sujidade observada nos módulos em Guaíra.................................................... 23

Figura 9- Módulo metade limpo (esquerda), metade sujo (direita) ................................ 23

Figura 10- Comparação entre string limpo (acima) e string sujo (abaixo) ....................... 24

Figura 11- Verificação estrutural dos módulos ................................................................ 24

Figura 13- Comparação entre a média e dias de maior, menor geração de energia em Guaíra ............................................................................................................................. 28

Figura 14- Geração média por mês em São Vicente ........................................................ 29

Figura 15- Condição de cobertura de nuvens e precipitação na estação meteorológica de Barretos e gráfico de geração real de energia na APAE Guaíra ....................................... 30

Figura 16- Consumo de energia histórico comparado ao período analisado e ao faturado ........................................................................................................................................ 33

Figura 17- Comparação entre a maior geração nas Instalações em São Vicente e Guaíra36

Figura 18- Dados de radiação solar obtidos para a estação meteorológica automática de Bertioga .......................................................................................................................... 36

Figura 19- Dados de radiação solar obtidos na estação meteorológica automática de Barretos 5 ........................................................................................................................ 37

Figura 20- Modelo de cartaz distribuído pelo prédio da SEM para divulgação do 1º Seminário ........................................................................................................................ 40

Figura 21- Participantes presentes no Auditório da SEM ................................................ 40

Figura 22- Mesa de Abertura .......................................................................................... 41

Figura 23- Apresentação do andamento do trabalho ...................................................... 42

Figura 24- Aurélio Souza, coordenador técnico do estudo .............................................. 43

Figura 25- Sávio Mourão, resultados de viabilidade técnica e econômica obtidos.......... 44

Figura 26- Respostas aos questionamentos da plateia .................................................... 45

Figura 27- Apresentação especialista Rodrigo Poppi ....................................................... 45

Figura 28- Entrega oficial dos equipamentos do Projeto Piloto para o presidente da APAE Guaíra, Renato da Silva Santos........................................................................................ 46

Figura 29- Modelo de save the date utilizado na divulgação do 1º Seminário ................ 47

Figura 30- Modelo de convite utilizado na divulgação do 1º Seminário .......................... 47

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Atividades Estruturantes do Contrato ............................................................... 5

Tabela 2- Produtos - Conteúdos e Status .......................................................................... 5

Tabela 3- Agenda de vistorias aos projetos piloto............................................................. 8

Tabela 4- Comparação entre o potencial de energia a partir dos dados climáticos e dos dados da estação meteorológica .................................................................................... 12

Tabela 5- Dados obtidos de geração real de energia comparado com os dados de projeto ........................................................................................................................................ 12

Tabela 6- Dados obtidos de geração real de energia comparado com os dados da estação meteorológica ................................................................................................................. 13

Tabela 7- Dados obtidos de geração real de energia comparado com os dados da estação meteorológica ................................................................................................................. 14

Tabela 8- Consumo total e faturas da APAE São Vicente ................................................ 18

Tabela 9- Comparação entre o consumo antes e depois da energia solar fotovoltaica ... 18

Tabela 10- Consumo e fatura acompanhado através de cenários de faturas da concessionária ................................................................................................................ 19

Tabela 11- Comparativo de resultados da análise econômica para o projeto APAE São Vicente ............................................................................................................................ 21

Tabela 12- Comparação entre o potencial de energia a partir dos dados climáticos e dos dados da estação meteorológica de Barretos ................................................................. 26

Tabela 13- Dados obtidos de geração real de energia em Guaíra comparado com os dados de projeto ....................................................................................................................... 26

Tabela 14- Dados obtidos de geração real de energia comparado com os dados da estação meteorológica de Barretos ............................................................................................. 27

Tabela 15- Consumo total e faturas da APAE Guaíra ....................................................... 30

Tabela 16- Comparação entre o consumo antes e depois da energia solar fotovoltaica na APAE Guaíra .................................................................................................................... 31

Tabela 17- Consumo e fatura acompanhados através das faturas da concessionária ..... 33

Tabela 18- Comparativo de resultados da análise econômica para o projeto APAE Guaíra ........................................................................................................................................ 34

Tabela 19- Resultados médios de geração dos sistemas instalados nas APAEs São Vicente e Guaíra .......................................................................................................................... 35

Tabela 20- Performance ratio ......................................................................................... 37

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APRESENTAÇÃO

O presente documento se refere ao Quarto Relatório do Contrato Nº C-BR-T1340-P001,

firmado entre o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Consórcio NIPPON KOEI

LAC – COBRAPE, formado pelas empresas Nippon Koei Latin America Caribbean Co. Ltda

(Nippon Koei Lac do Brasil Ltda.) e a Cia Brasileira de Projetos e Empreendimentos (Cobrape).

O referido Contrato objetiva fornecer apoio ao Governo do Estado de São Paulo (GESP) no

desenvolvimento de conhecimento, informações e ferramentas para disseminar o uso de

sistemas de energia solar fotovoltaica em edifícios públicos no Estado. O contrato está

previsto para ser realizado num prazo de 24 meses, contados a partir de fevereiro de 2018. O

escopo do contrato é estruturado por 5 (cinco) atividades, identificadas na Tabela 1 a seguir.

Tabela 1- Atividades Estruturantes do Contrato

ATIVIDADES DESCRIÇÃO

1 Avaliação do potencial do uso de Módulo Solar Fotovoltaico com Geração Distribuída em edifícios e espaços públicos estaduais do Estado de São Paulo

2 Estudo e demonstração da viabilidade técnica e econômica dos projetos-piloto de Geração Distribuída.

3 Desenvolvimento de mecanismos de financiamento para sistema solares fotovoltaicos em Geração Distribuída.

4 Apoio às autoridades e entidades públicas no estabelecimento de diretrizes e manuais sobre os processos de instalação de sistemas solar fotovoltaico em edifícios públicos estaduais, assim como o estabelecimento de códigos e padrões.

5 Campanha de conscientização para promover a Geração Distribuída de energia solar fotovoltaica no setor público.

Tabela 2 a seguir destaca os produtos que fazem parte do contrato e sua relação com as

atividades previstas. O Quadro também informa o status da elaboração de cada produto.

Destaque em verde para os produtos já disponibilizados.

Tabela 2- Produtos - Conteúdos e Status

PRODUTOS CONTEÚDO STATUS Relatório Inicial Revisão e adequação do Plano de Trabalho. 22/02/2018

Primeiro Relatório Resultados da Atividade 1 e planejamento da Atividade 2, até a proposição e hierarquização das intervenções piloto.

14/08/2018

Segundo Relatório Resultados da Atividade 3. 16/08/2018

Relatório de Instalação Projeto executivo e documentos para a homologação da instalação e o Relatório de Instalação finalizado

30/09/2018

Projetos Executivos Projetos executivos para instalação nos edifícios do DEINTER-9, Centro Paraolímpico Brasileiro e Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação

07/11/2018

Terceiro Relatório Resultados da Atividade 4 e parte da Atividade 5 (não entra a realização dos seminários de apresentação de resultados).

02/02/2019

Quarto Relatório Resultados da campanha de conscientização com as atas e relatórios dos seminários realizados.

13/05/2019

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Resultados de seis (6) meses de operação dos sistemas solares fotovoltaicos instalados em continuidade à Atividade 2.

Relatório Final

Resultados do monitoramento dos 12 meses dos projetos piloto dos sistemas solares fotovoltaicos. Revisão e conclusão sobre a viabilidade técnica e econômica. Conclusões do contrato.

30/11/2019

Este documento – Quarto Relatório - está estruturado da seguinte forma, além deste capítulo

de apresentação:

O Capítulo 1 apresenta as ações de monitoramento realizadas nos Projetos Piloto. Na

sequência, o Capítulo 2 analisa os resultados de geração e compara com a expectativas

previstas tanto no estudo de geral quanto no estudo de viabilidade técnica e econômica

elaborado a partir dos dados obtidos do Projeto Executivo de cada unidade instalada.

O Capítulo 3 apresenta os resultados do 1º Seminário realizado em 30 de novembro de 2018

e o planejamento em andamento para os próximos dois seminários. Apresenta também o

folder entregue e relata os documentos apresentados.

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1 MONITORAMENTO DOS PROJETOS PILOTO

Como parte da estratégia de verificação da viabilidade técnica e econômica dos sistemas de

geração e energia fotovoltaica em geração distribuída conectada à rede, foram instalados dois

projetos pilotos de geração distribuída em dois prédios indicados pelo Governo do Estado,

localizados em pontos estratégicos do território.

Conforme metodologia de seleção apresentada no Relatório 1, foram selecionados os prédios

das APAEs – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – das cidades de São Vicente e

Guaíra. Guaíra localiza-se no noroeste paulista, fronteira com o estado de Minas Gerais, e

local com uma das maiores irradiações solares do estado.

São Vicente, por outro lado, localiza-se no litoral, em área de intensa pluviosidade e umidade,

condições que reduzem a irradiação solar, ainda que a sensação térmica litorânea possa não

justificar os dados.

As instalações foram realizadas com o mesmo número de módulos e capacidade nominal

instalada de 6,8kWp. Os projetos passarão 12 meses sob monitoramento para comprovação

da geração de energia e comparação com os dados projetados.

Os dados de entrada utilizados no estudo serão revisados quanto ao projeto executivo, perdas

consideradas e irradiação e geração efetiva de energia. Todos esses fatores influenciam a

viabilidade técnica e econômica dos projetos e serão analisados com objetivo de validar ou

aprimorar o cálculo de viabilidade apresentado no estudo.

Este relatório apresenta os dados obtidos até o presente momento, concluindo 6 meses de

acompanhamento comparativo entre os projetos. Com a finalização do período de

monitoramento, em novembro de 2019, será produzido um relatório conclusivo sobre a

avaliação indicando possíveis revisões nos cálculos de viabilidade que, até o momento,

indicam um desempenho acima do esperado dos sistemas.

Para isso, foi realizado o monitoramento da geração de energia nos módulos fotovoltaicos

com dados obtidos diretamente dos inversores por meio da plataforma online. Os dados

acumulam a geração em um período de 1 minuto e são transmitidos e armazenados em um

banco de dados armazenado na “nuvem”.

O monitoramento do sistema fotovoltaico permite a visualização da quantidade de energia gerada e demais dados da geração como corrente, tensão e frequência de saída (AC) nos diferentes strings e totalizados, temperatura do inversor tensão e corrente (CC). Com o monitoramento é possível diagnosticar falhas no sistema, prever manutenção e

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limpeza nos módulos fotovoltaicos e comparar diferentes períodos de geração com base nos dados armazenados.

As variáveis armazenadas no equipamento são as seguintes: energia gerada no dia, energia

gerada total, tensão e corrente de entrada CC, tensão e corrente de saída CA, fator de

potência, frequência, histórico de falhas, modelo e versão do equipamento.

Também foram realizadas visitas técnicas de avaliação da situação do sistema com o objetivo

de garantir a plena geração de energia pelo equipamento. Durante o período chuvoso foram

realizadas duas vistorias e durante o período seco serão realizadas mais três vistorias

conforme agenda apresentada na Tabela 3 a seguir.

Tabela 3- Agenda de vistorias aos projetos piloto

São Vicente Guaíra

1ª Vistoria 17/02/2019 19/02/2019

2ª Vistoria 12/04/2019 08/04/2019

3ª Vistoria 17-21/06/2019

4ª Vistoria 19-23/08/2019

5ª Vistoria 21-25/10/2019

Durante a vistoria, foi realizado um procedimento de manutenção, cujo objetivo final é avaliar

o grau de sujidade e o impacto da sujeira sobre a geração de energia nos módulos nas

diferentes condições climáticas apresentadas.

A limpeza dos módulos fotovoltaicos é uma tarefa simples, extremamente importante e com

benefícios imediatos. Conforme visto no Relatório 3, a presença de sujeira nos módulos

impacta diretamente na qualidade da produção de energia.

A frequência de limpeza dos módulos varia conforme as condições do local de instalação

(locais com alto índice de poeira, poluição ou áridos tendem a sujar mais os módulos) e a

época do ano (períodos menos chuvosos representam mais sujeira nos módulos). Para se

verificar a necessidade de limpeza basta olhar para os módulos e verificar se os mesmos estão

sujos ou caso seja detectada alguma redução inesperada na produção de energia medida pelo

monitoramento.

A limpeza é feita utilizando uma escova macia de boa qualidade ou um rodo com uma lâmina

de plástico em um lado e um pano amarrado no outro, e água. A recomendação para a

limpeza dos módulos é em um dia nublado, preferencialmente no início da manhã, devido ao

orvalho da noite ter “amolecido” a sujeira facilitando o processo de limpeza, ou à noite,

lembrando que o processo de limpeza afeta a produtividade. A opção de limpeza durante os

períodos de menor isolação é também para evitar ou minimizar o efeito do choque térmico

na superfície aquecida do módulo.

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A instalação em telhado requer que o responsável pela mesma siga as recomendações de

segurança do trabalho citadas na NR35.

NR 35 – Trabalho em Altura

Para a NR 35, trabalho em altura é toda atividade executada acima de 2 metros do nível

inferior, onde haja risco de queda. A norma detalha como o trabalho deve ser executado com

segurança e as principais medidas para evitar a ocorrência de acidentes. Considera-se

trabalhador capacitado para trabalho em altura aquele que foi submetido e aprovado em

treinamento, teórico e prático.

A área deverá ser isolada e permanecer assim durante toda a execução da atividade. O uso

de EPC (Equipamento de Proteção Coletiva) é obrigatório para a sinalização da área de

trabalho. O trabalhador deverá utilizar os EPIs (Equipamento de Proteção Individual)

apropriados, trabalhando sempre ancorado a uma linha de vida ou guarda-corpo com o uso

do cinto de segurança com talabarte.

Como o objetivo é medir o impacto da sujeira na geração, foi realizada a limpeza de metade

dos módulos de cada localidade de tal forma que a geração de metade dos módulos limpos

possa ser comparada com a geração da metade dos módulos que permanecem sujos.

Essa atividade foi realizada apenas na segunda vistoria. O mesmo procedimento ainda será

realizado na visita a ser realizada em outubro, em que serão limpos, novamente, os mesmos

módulos já limpos pela primeira vez. Assim, poderão ser comparados os dados de geração

entre módulos sujos e limpos com 6 meses de intervalo e a geração entre módulos sujos e

limpos com 12 meses de sujidade depositada.

Isso é possível porque cada grupo de 10 módulos está conectado em um arranjo (string)

diferente. Foram limpos os módulos de um único arranjo (string), permitindo a obtenção de

dados e futura avaliação.

1.1 APAE São Vicente

A primeira vistoria na APAE São Vicente foi realizada em 17/02/2019. A segunda foi efetuada

em 12/04/2019. Em ambas foram verificados a sujidade nos módulos fotovoltaicos, a fixação

dos módulos nas estruturas metálicas, os possíveis desgastes corrosivos nas estruturas

metálicas e as condições do inversor fotovoltaico. Apenas na segunda foi realizada a

manutenção seletiva de 10 módulos com a limpeza dos mesmos. Durante as vistorias não

foram identificadas adversidades nos equipamentos instalados. A limpeza dos módulos foi

realizada pela equipe técnica devidamente equipada.

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Figura 1- Manutenção dos módulos fotovoltaicos com uso de EPI

Figura 2- Visão aérea da manutenção realizada apenas nos módulos de baixo

1.1.1 Geração Estimada x Geração Real

O processo de planejamento realizado contou com duas etapas, ambas realizadas no

Relatório 1. Num primeiro cenário, foram aplicados os dados de consumo de energia elétrica

e o potencial de geração de energia do município. Os dados estimados foram produzidos para

o Relatório 1.

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Num segundo momento, o sistema foi dimensionado em um software específico para o

dimensionamento de projetos fotovoltaicos e elaboração do projeto executivo. O software

utiliza como base de cálculo os índices de irradiação anual do Atlas Solarimétrico do Brasil

2017, o consumo médio anual do consumidor, as perdas decorrentes a temperatura,

conversões de energia, orientação e inclinação dos módulos. Além disso, o software avalia o

impacto na geração fotovoltaica com a análise do sombreamento causado pelo entorno. A

potência total instalada do sistema fotovoltaico foi limitada ao investimento disponível na

época de R$ 38.562,50, o que possibilitou instalar módulos somando 6,8kWp de potência

nominal e inversor de 5kW.

Antes de iniciar a instalação foi efetuada uma vistoria de possíveis sombreamentos no telhado

causado por árvores ou prédios no entorno. Para esta vistoria foi utilizado um drone que

permitiu uma análise mais precisa das condições atuais. O local selecionado para a instalação

dos módulos fotovoltaicos não apresentou nenhum possível sombreamento.

Os dados considerados de irradiação tiveram como base no Atlas Solarimétrico do Brasil 2017

que apresenta uma irradiação média anual de 4,17 kWh/m²-dia, tendo como referência os

dados históricos de radiação solar no município de São Vicente/SP. O índice de irradiação

aplicado considera a orientação de -128º em relação ao sul e uma inclinação dos módulos de

15º. Essa inclinação representa uma redução menor que 1% no potencial de geração anual.

Os dados elaborados mês a mês possibilitaram construir uma estimativa de geração média

para cada mês com base nos dados climáticos estáticos de 20 anos, apresentada na Tabela 4

a seguir. Para comparar os dados climáticos com a irradiação real obtida no período foi

utilizado o dado de uma Estação Meteorológica Automática, localizada no município de

Bertioga, denominada Estação Bertioga A765 - código OMM: 86900, latitude: -23.844678º,

longitude: -46.143376º, altitude: 5 metros - inaugurada em 01/02/2017. Os dados disponíveis

estão limitados aos últimos 12 meses1 e a estação encontra-se a 30 km da instalação de São

Vicente em uma projeção linear. Os dados foram tabulados, analisados e convertidos em

irradiação máxima potencial (kWh/m²-dia) e estimativa de geração de energia pelo sistema

instalado, considerando as perdas em 20,4% apresentadas no Relatório 1 no projeto

executivo.

1 http://www.inmet.gov.br/portal/index.php?r=estacoes/estacoesAutomaticas

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Tabela 4- Comparação entre o potencial de energia a partir dos dados climáticos e dos dados da estação meteorológica

Observa-se que o ano em andamento apresenta uma redução de 10% na irradiação solar

média incidente. Isso sugere que a geração de energia seja menor do que a originalmente

projetada, sendo recuperado em outros anos onde a irradiação seja, naturalmente, 10%

maior, equilibrando a média histórica. Se comparada a energia estimada com base nos dados

climatológicos com a energia efetivamente gerada temos o resultado apresentado na Tabela

5 a seguir.

Tabela 5- Dados obtidos de geração real de energia comparado com os dados de projeto

*O mês de setembro considera dados climáticos de 20 dias, compatível com o período de

operação.

Observa-se que a geração de energia obtida, quando comparada à geração estimada, sugere

que houve perdas maiores que o projetado. Também sugere que apenas em setembro e

dezembro a geração atingiu e superou o potencial de conversão esperado de irradiação solar

em elétrons na corrente elétrica.

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Mas isso não é a pura verdade porque a geração efetiva não pode ser comparada com um

ano hipotético estacionário já que existem relevantes interferências climáticas na irradiação.

Para grandes plantas (5MW) é indicada a construção de uma estação solarimétrica própria

para o acompanhamento acurado e instantâneo das perdas e definição do desempenho do

sistema - ou performance ratio.

No caso dos projetos piloto o resultado das estações meteorológicas mais próximas é

suficiente para ajustar os dados médios e comparar a geração mensal com melhor precisão,

frente à irradiação efetivamente disponível. Os resultados comparados apresentados na

Tabela 6 indicam que a geração neste ano atípico foi melhor do que a esperada. O sistema

teve um desempenho acima das perdas, provavelmente por serem equipamentos novos. Os

dados de geração de energia são bem mais aderentes aos dados estimados e apenas em um

momento existe uma discrepância negativa, o mês de março. Também é conhecido que os

módulos fotovoltaicos possuem uma maior degradação e perda de rendimento no primeiro

ano de operação, podendo chegar a uma perda de 1,5% no ano 1. Nos anos seguintes, os

módulos podem perder eficiência em cerca de 0,5%.

Tabela 6- Dados obtidos de geração real de energia comparado com os dados da estação

meteorológica

*O mês de setembro considera dados meteorológicos de 20 dias, compatível com o período

de operação.

Em março a APAE realizou uma manutenção no sistema elétrico e desenergizou a rede

elétrica. Nesse momento o sistema foi desligado automaticamente. Isso ocorreu porque o

sistema possui um mecanismo de proteção anti-ilhamento que desconecta o inversor quando

o mesmo não estiver energizado. Após a manutenção, a rede não foi energizada por

completo. Até que fosse percebida a falha 5 dias haviam transcorrido. Caso a geração de

energia tivesse seguido a expectativa a geração seria a correspondente aos resultados da

Tabela 7.

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Tabela 7- Dados obtidos de geração real de energia comparado com os dados da estação meteorológica

*O mês de setembro considera dados meteorológicos de 20 dias, compatível com o período

de operação.

Espera-se que até o final do ano os dados possam ser obtidos garantindo a geração plena

durante todo o período para melhor qualificar o desempenho dos sistemas e do projeto.

É importante ressaltar que, conforme observado em relação ao desempenho de outras

plantas de maior porte no Brasil, é considerado ótimo o performance ratio de 80% (perdas de

20%) e bom perdas até 22%.

Também, a distância entre a localização da estação meteorológica e o sistema da APAE São

Vicente pode significar alguma variação de dados, mas pouco significativa se levada em conta

a posição geográfica litorânea e a particularidade dos dados. Nos projetos piloto não estamos

disputando margens de erro menores que 1%, que fariam diferença em grandes plantas.

A Figura 3 a seguir apresenta a comparação entre o esperado e o efetivamente gerado

durante o período estudado.

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Figura 3- Comparação gráfica entre a energia gerada e estimada pelo projeto

Adicionalmente, é importante registrar que o monitoramento necessita de suporte de um

sistema de internet adequado. A Geração contínua é registrada no DataLogger do inversor,

mas o banco de dados que acompanha diariamente a geração é alimentado por dados

emitidos pelo inversor e transmitidos via internet e armazenado na nuvem. Quando a rede

não está disponível o dado se perde e apenas o acumulado total de energia pode ser

recuperado.

A APAE passou alguns dias sem internet ou houve a substituição de senhas de acesso. Foram

identificados 18 dias sem informações detalhadas de geração2, mas que em nada prejudicam

o desempenho do equipamento, apenas a falta de dados detalhados que comprometem

apenas a avaliação diária e horária do desempenho.

Com os dados obtidos foram analisados os desempenhos diários dos equipamentos e

considerados plenamente operacionais e adequados. Em um dia de pleno sol foi possível

obter uma geração de energia de 42,4 kWh, como ocorrido no dia 9/12/2018. Já num dia

totalmente encoberto e chuvoso como em 14/09/2018, o sistema produziu 3 kWh de energia.

A geração diária média até o momento foi de 23,6 kWh, e corresponde à dinâmica de geração

apresentada na Figura 4 a seguir.

2 Três períodos, 03 a 07/12/2018, 26/01 a 04/02/2019 e 23 a 25/03/2019, além de dias com informação parcial.

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Figura 4- Comparação geração de energia no melhor dia, pior dia e na média

A média mensal de geração também oscila bastante em função do tempo de exposição solar

e dos eventos climáticos. A Figura 5 a seguir apresenta os dados médios de geração mês a

mês, pelos 8 meses já registrados. Dezembro e Janeiro despontam como os melhores meses,

conforme previsto.

Figura 5- Geração média por mês em São Vicente

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A cobertura de nuvens influencia diretamente na produção de energia elétrica pelo sistema,

uma vez que, apesar de continuar produzindo energia elétrica em dias de céu encoberto, sua

eficiência energética diminui, devido à menor incidência de raios solares nos módulos

fotovoltaicos.

A Figura 6 apresenta a cobertura de nuvens e precipitação para todos os dias do mês de abril

de 2019, onde as áreas amarelas representam dias de sol pleno e a escala de cinza, os dias de

céu encoberto.

Ao comparar os dias de maior e menor geração do sistema durante o mês de abril com o

gráfico de nebulosidade, fica clara a relação entre os dois parâmetros. Em abril temos os três

dias de maior geração, que correspondem à 02/04, 19/04 e 18/04, concentrados em áreas

amarelas do gráfico de cobertura de nuvens, logo são dias de céu limpo. Já em relação aos

dias de menor geração temos: 23/04, 09/04 e 08/04, que se concentram em regiões cinza, de

céu nublado.

A correspondência fica ainda mais explícita ao adicionar a linha de geração de energia elétrica

sobre o gráfico de cobertura de nuvens, pode-se observar grandes quedas na produção de

energia ao longo das áreas cinza de céu encoberto, conforme Figura 6.

Figura 6- Comparação da geração de energia com a cobertura de nuvens em São Vicente

1.1.2 Comparação antes e depois da instalação

A instalação elétrica da APAE São Vicente conta com três entradas registradas sob o mesmo

CNPJ. As contas foram avaliadas conjuntamente em termos de consumo e custo de energia

elétrica. A instalação do sistema fotovoltaico foi realizada na estrutura principal que também

representa a maior parcela do consumo energético da unidade. Na Tabela 8 a seguir são

apresentados os dados de consumo e fatura desde setembro de 2017. Os estudos do Projeto

Executivo e avaliação econômica foram realizados sobre esses dados, inclusive a comparação

sobre a economia projetada.

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Tabela 8- Consumo total e faturas da APAE São Vicente

A partir do início da operação os dados foram monitorados e acompanhado o consumo e as

faturas emitidas pela concessionária para as três ligações da APAE São Vicente. Na Tabela 9 a

seguir são demonstrados os dados do consumo real das instalações, considerando o

consumido medido, mais a energia gerada menos a energia injetada na rede, que não foi

consumida instantaneamente. Também é apresentado o consumo efetivamente faturado. A

instalação foi colocada em operação no dia 11 de setembro de 2018. Dessa forma, os dados

desse mês possuem uma economia parcial.

Tabela 9- Comparação entre o consumo antes e depois da energia solar fotovoltaica

*O mês de setembro considera dados geração de 20 dias.

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Observa-se que se somados apenas os valores dos meses passíveis de comparação - entre

setembro e abril - temos uma redução real no consumo energético das instalações da APAE

São Vicente em 7,5% (de 27.842kWh para 25.729kWh), com média superior a 10% entre

janeiro a abril deste ano.

Foi perguntado se houve qualquer modificação nas instalações que reduzisse ou aumentasse

o consumo e a resposta foi negativa. Isto pode significar que toda a mobilização e divulgação

ocorridas no processo de planejamento e instalação do sistema solar fotovoltaico tenha

produzido uma sensibilização em torno do assunto, gerando comportamentos de economia

de recursos e sustentabilidade ambiental.

Dos 25.729 kWh consumidos, 20.254 kWh foram efetivamente faturados pela concessionária,

economia de 21,3% a partir da geração de energia fotovoltaica. Parte porque, dos 5.475 kWh

que foram produzidos pelo sistema, 4.371 kWh foram consumidos internamente, parte

porque 1.104 kWh foram injetados na rede e foram convertidos em crédito abatido da fatura.

Para comparar a economia financeira é necessário comparar valores sob uma mesma base de

preços. Isso porque no final de 2018 houve um reajuste de 15,2% nas tarifas da CPFL

Piratininga. Por isso foram elaborados dois cenários. O primeiro com a tarifa de R$ 0,625 por

kWh, incidente entre novembro de 2017 e outubro de 2018, compatível com os dados da

avaliação econômica. Um segundo cenário foi elaborado comparando os resultados a preços

a partir de novembro de 2018 com a tarifa de R$0,72 por kWh. O resultado em termos de

economia nos dois cenários pode ser avaliado na Tabela 10. A Figura 7 apresenta a evolução

do consumo de energia da unidade.

Tabela 10- Consumo e fatura acompanhado através de cenários de faturas da concessionária

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Figura 7- Consumo de Energia histórico comparado ao período analisado em São Vicente

O cálculo do custo projetado não reflete diretamente a fatura porque nela ainda são

adicionadas a tarifa de iluminação pública, variações do PIS/Cofins, multas e outras partilhas

de custos. Em média a fatura final é R$200,00 a mais do custo projetado.

Todo o cálculo de viabilidade econômica do projeto executivo utilizou uma inflação a 6% e

um reajuste acima de inflação de 3% ao ano de forma linear, conforme Relatório 1, somando

9% ao ano. O reajuste de 15,2% é bastante superior à inflação do ano de 2018, próxima a

3,75% (IPCA). Isso significa que houve um incremento real no custo de energia de pouco mais

de 11%. Com o tempo, essa diferença se mostrará mais vantajosa para o resultado econômico

do projeto. O mercado ainda espera outros reajustes na tarifa de energia acima da inflação.

Comparando os resultados sob a mesma base tem-se que a economia varia bastante em

função da quantidade de energia gerada, resultante das condições climáticas e da irradiação

solar. Em dezembro e janeiro os índices atingem os R$600,00 enquanto em outros meses que

deveriam ser tão bons quanto - novembro e fevereiro, por exemplo - ficaram abaixo do

esperado pelas médias climáticas.

É importante analisar a economia de 21% proveniente da energia fotovoltaica, obtida até

agora pelo sistema. Se a geração correspondesse ao ano climático hipotético médio teríamos

um resultado 7,7% superior em função da maior incidência solar. Como verificado, não foi a

sujidade um fator determinante, até o momento. É provável que: (i) o período desconectado

da rede no mês de março; (ii) o mês de setembro parcialmente considerado; e (iii) um ano

atípico para baixo da média, representem os principais fatores de correção que deveriam ser

considerados. Ainda que o resultado financeiro não tenha sido atingido é de grande

relevância observar que o sistema opera com Performance Ratio superior ao projetado e

superior ao considerado ótimo em sistemas em grande escala, provavelmente fruto da

qualidade dos equipamentos instalados.

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Considerando os dados disponíveis até o momento, sem que seja realizada nenhuma

correção em função de ajustes à média climática do ano e dados faltantes, a economia

compatível com a data marco do estudo de viabilidade, expandida para um ano, seria de

R$5.132,72 ao ano, o que representa um incremento no tempo de retorno previsto em 2 anos

em relação ao projeto executivo (Cenário 1 - Tabela 11). Por outro lado, é possível observar

que o impacto do incremento tarifário acima da inflação resultará em uma melhoria dos

resultados tanto em termos de prazo de retorno quanto ao longo de todos os 25 anos de

geração prevista para o sistema (Cenário 2 - Tabela 11).

Tabela 11- Comparativo de resultados da análise econômica para o projeto APAE São Vicente

1.1.3 Intervenções comportamentais realizadas

Adicionalmente à economia obtida pela geração de energia com o sistema fotovoltaico na

APAE São Vicente é relevante destacar o resultado de economia obtida pela melhoria da

gestão do tema na instituição.

É possível projetar uma economia de mais de 10% no ano apenas com mudanças

comportamentais e gerenciais na unidade. Mérito de seus gestores, a economia com esse

esforço pode atingir pouco mais de R$3 mil no ano.

Consultado se houve alguma modificação estrutural que justificasse a economia, como a

substituição de equipamentos antigos por equipamentos com novas tecnologias, foi

informado que não houve qualquer modificação.

Em termos comportamentais, a APAE alugava a quadra para prática de esporte no período

noturno até o final do ano, prática que foi encerrada em 2019. Essa locação resultava em

entradas bastante módicas para a instituição que não justificam o consumo energético

gerado. Esse é um dos principais esforços realizados e que podem justificar a economia

verificada.

Estudo

Geral

Projeto

ExecutivoCenário 1 Cenário 2

Performance

Ratio80% 79,60% 81,10% 81,10%

Custo R$ 32.640,00 R$ 38.562,50 R$ 38.562,50 R$ 38.562,50

Payback 6,5 anos 7,5 anos 7,5 anos 6,5 anos

Economia em

25 anosR$ 88.325,47 R$ 108.648,27 R$ 83.971,09 R$ 103.475,43

TIR - 12,55% - -

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1.1.4 Emissões de carbono evitadas no período

Visando atender as necessidades de avançar com uma economia mais sustentável, de baixa

emissão de carbono e redução de emissões de demais gases de efeito estufa (GEE), o sistema

fotovoltaico instalado na APAE São Vicente produziu 5.475 kWh de energia por fonte não

emissora de GEE.

Com base nas emissões de GEE associadas à matriz energética brasileira, que em 2018 emitiu

em média 0,5390 tCO2e/MWh (2018), o sistema solar evitou emissões de 2,95 toneladas de

CO2e, o que equivale ao carbono sequestrado por 20 árvores da Mata Atlântica, mantidas até

os 20 anos.

Fatores de Emissão de CO2 pela geração de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional

do Brasil são disponibilizados pelo Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovação e

Comunicações em base mensal e média anual. Dados do MCTIC são disponibilizados no seu

site eletrônico3:

1.2 APAE Guaíra

Da mesma forma que a APAE São Vicente, a APAE Guaíra foi vistoriada durante os meses de

fevereiro e abril, sendo que a primeira vistoria foi realizada em 19/02/2019 e a segunda em

08/04/2019. Novamente, realizou-se a avaliação estrutural e de fixação dos módulos,

sujidade nos painéis e desempenho do inversor, sem identificação de quaisquer adversidades

que pudessem prejudicar a performance do sistema.

A limpeza dos módulos foi realizada durante a segunda visita e, novamente, em apenas

metade dos módulos (um arranjo), de modo que a geração entre módulos limpos e sujos

possa ser comparada ao longo do desenvolvimento do projeto.

3 https://www.mctic.gov.br/mctic/opencms/ciencia/SEPED/clima/textogeral/emissao_despacho.html

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Figura 8- Sujidade observada nos módulos em Guaíra

Figura 9- Módulo metade limpo (esquerda), metade sujo (direita)

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Figura 10- Comparação entre string limpo (acima) e string sujo (abaixo)

Figura 11- Verificação estrutural dos módulos

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1.2.1 Geração projetada x geração real

O dimensionamento do sistema para a APAE Guaíra com a metodologia geral de avaliação

dos prédios públicos do GESP e com o mesmo software empregado para o projeto executivo

da APAE São Vicente, que utilizou os índices de irradiação anual do Atlas Solarimétrico do

Brasil 2017 como base de cálculo. Sendo assim, a irradiação média considerada para o projeto

mês está apresentada na Tabela 12, correspondente ao município de Guaíra, com um ângulo

de azimute de 171º em relação ao sul e inclinação dos módulos em 8º em relação ao solo.

A potência total instalada do sistema fotovoltaico foi limitada ao investimento disponível na

época de R$ 38.562,50, o que possibilitou instalar módulos somando 6,8kWp de potência

nominal e inversor de 5kW, idêntico ao de São Vicente, possibilitando comparações diretas

entre a geração nas duas localidades.

Antes da instalação foi utilizado um drone para analisar possíveis sombreamentos no telhado

causado por árvores ou prédios no entorno nas condições iniciais de operação. O local

selecionado para a instalação dos módulos fotovoltaicos não apresentou nenhum possível

sombreamento.

Os dados considerados de irradiação tiveram como base no Atlas Solarimétrico do Brasil 2017

que apresenta uma irradiação média anual de 5,3 kWh/m²-dia, tendo como referência os

dados históricos de radiação solar no município de Guaíra/SP.

Os dados elaborados mês a mês possibilitaram construir uma estimativa de geração média

para cada mês com base nos dados climáticos estáticos de 20 anos, apresentada na Tabela

12 a seguir. Para comparar os dados climáticos com a irradiação real obtida no período foi

utilizado o dado de uma Estação Meteorológica Automática, localizada no município de

Barretos, denominada Estação Barretos A748 - código OMM: 86816, latitude: -20.559175º

Longitude: -48.544997º, altitude: 534 metros - inaugurada em 16/06/2010.

Os dados disponíveis estão limitados aos últimos 12 meses4 e a estação encontra-se a 35 km

da instalação de Guaíra em uma projeção linear. Os dados foram tabulados, analisados e

convertidos em irradiação máxima potencial (kWh/m²-dia) e estimativa de geração de energia

pelo sistema instalado, considerando as perdas em 22% apresentadas no Relatório 1 no

projeto executivo.

4 http://www.inmet.gov.br/portal/index.php?r=estacoes/estacoesAutomaticas

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Tabela 12- Comparação entre o potencial de energia a partir dos dados climáticos e dos dados da estação meteorológica de Barretos

Observa-se que o ano em andamento apresenta uma redução de 11,3% na irradiação solar

média incidente. Isso sugere que a geração de energia foi menor do que a originalmente

projetada, sendo recuperado em outros anos onde a irradiação seja, naturalmente, 11%

maior, equilibrando a média histórica. Se comparada a energia estimada com base nos dados

climatológicos com a energia efetivamente gerada temos o resultado apresentado na Tabela

13 a seguir.

Tabela 13- Dados obtidos de geração real de energia em Guaíra comparado com os dados de

projeto

*O mês de novembro considera dados climáticos de 19 dias, compatível com o período de

operação.

Vale ressaltar que a instalação de Guaíra iniciou sua operação apenas em 12 de novembro de

2018, cerca de 2 meses após a ativação do sistema de São Vicente, devido à necessidade de

novo dimensionamento elétrico e estrutural do Padrão de Entrada para adequação à nova

carga informada.

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Observa-se que a geração de energia obtida, quando comparada à geração estimada, sugere

que as perdas - ou performance ratio - estão muito próximas ao esperado, contudo, existe

alguma oscilação mês a mês no potencial de conversão esperado de irradiação solar em

elétrons na corrente elétrica.

Novamente, quando os dados de geração são comparados com os dados obtidos pela estação

meteorológica, e não com o padrão climático estático, os resultados parecem mais positivos

do que o previsto em projeto. Conforme visto na Tabela 14, a geração foi pouco maior que o

efetivamente disponível pela irradiação solar, em um ano cuja variação foi de apenas 1% a

menos que a previsão média climatológica. O sistema teve um desempenho que pode ser

considerado empatado com a performance prevista em projeto. Os dados de geração de

energia são bem mais aderentes aos dados estimados e apenas em um momento existe uma

discrepância negativa, o mês de março.

Tabela 14- Dados obtidos de geração real de energia comparado com os dados da estação

meteorológica de Barretos

*O mês de novembro considera dados meteorológicos de 19 dias, compatível com o período

de operação.

A geração média diária no sistema de Guaíra até então foi de 29,7 kWh, sendo que no dia de

maior geração, ocorrido em 10/01/2019, produziu-se 41,4 kWh e no de menor insolação,

01/12/2018, 10 kWh, que equivale a aproximadamente 24% do dia de maior insolação. A

Figura 12 representa os períodos de geração médios comparados com os dias de maior e

menor geração.

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Figura 12- Comparação entre a média e dias de maior, menor geração de energia em Guaíra

A média mensal de geração oscila menos em Guaíra que em São Vicente no período estudado

até agora, principalmente em função do tempo de exposição solar e dos eventos climáticos.

A Figura 13 a seguir apresenta os dados médios de geração mês a mês, pelos 6 meses já

registrados. Janeiro e Dezembro despontam como os melhores meses, conforme previsto. Os

dados subavaliados de fevereiro refletem um problema comentado anteriormente, a APAE

Guaíra possui problemas de intermitência de sinal de internet. No mês de fevereiro a ausência

de dados soma mais de 11 dias e diversos outros meses não registraram a geração em

algumas horas do dia em pelo sol. Ainda assim, os dados de geração total foram obtidos dos

registros do DataLogger do próprio inversor, viabilizando o estudo.

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Figura 13- Geração média por mês em São Vicente

Conforme já comentado, a cobertura de nuvens influencia diretamente na produção de

energia elétrica pelo sistema, uma vez que, apesar de continuar produzindo energia elétrica

em dias de céu encoberto, sua eficiência energética diminui, devido à menor incidência de

raios solares nos módulos fotovoltaicos.

A Figura 14 apresenta a cobertura de nuvens e precipitação para todos os dias do mês de abril

de 2019, onde as áreas amarelas representam dias de sol pleno e a escala de cinzas, os dias

de céu encoberto.

Novamente, ao comparar os dias de maior e menor geração do sistema durante o mês de

abril com o gráfico de nebulosidade, observamos a correlação entre ambos. Em abril temos

os três dias de maior geração, que correspondem à 10/04, 19/04 e 20/04, concentrados em

áreas amarelas de céu limpo do gráfico, e os dias de menor geração: 08/04, 14/04 e 06/04,

que se concentram em regiões cinzas, de céu nublado. Na Figura 14 a seguir está sobreposto

o gráfico de geração de energia elétrica sobre a incidência de nuvens em Barretos.

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Figura 14- Condição de cobertura de nuvens e precipitação na estação meteorológica de Barretos

e gráfico de geração real de energia na APAE Guaíra5

1.2.2 Comparação antes e depois da instalação

A instalação elétrica de Guaíra conta com apenas uma entrada de energia na qual foi realizada

a conexão do sistema de geração fotovoltaica. Na Tabela 15 a seguir são apresentados os

dados de consumo e valor de fatura desde outubro de 2017 até outubro de 2018, mês que

antecedeu a instalação do sistema que iniciou operação no dia 12 de novembro de 2018.

Tabela 15- Consumo total e faturas da APAE Guaíra

Concomitantemente ao início da operação do sistema, iniciou-se o monitoramento dos dados

de geração e acompanhamento de faturas emitidas para a APAE Guaíra. A partir dos valores

obtidos, é demonstrado na Tabela 16 o consumo real da unidade, calculado através da soma

do consumo medido pela concessionária com a energia gerada, e subtraindo a quantidade de

5 https://www.meteoblue.com/pt/tempo/previsao/semana/gua%C3%ADra_brasil_3461995

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energia que foi injetada na rede. Foi levado em conta apenas os meses subsequentes à

instalação do sistema, ou seja, a partir de novembro de 2018.

Tabela 16- Comparação entre o consumo antes e depois da energia solar fotovoltaica na APAE

Guaíra

* O mês de novembro considera a geração de 19 dias de operação.

Alguns problemas foram observados nas faturas recebidas pela APAE Guaíra. Desde o início

o valor de energia injetado na rede aparece como 1, o que é pouco provável, tendo em vista

que o sistema funciona de final de semana, quando não há utilização das estruturas e,

portanto, há geração de energia excedente nestes dias.

No mês de fevereiro não houve emissão de fatura. A entidade não recebeu nenhuma fatura

nem no próprio site da concessionária é possível emitir uma segunda via desse mês.

Simplesmente não houve cobrança.

Em dezembro e janeiro pode-se observar que o consumo faturado foi, respectivamente, 80 e

43 kWh, de acordo com a primeira via da fatura emitida. Quando observada a fatura de

março, o relatório de consumo dos meses anteriores aponta consumo de 3200 kWh em

Dezembro, 1720 kWh em Janeiro e 2840 kWh em fevereiro. Esses dados não são compatíveis

com os valores faturados.

Nas faturas de março e abril é aplicado um fator multiplicador sobre os dados de leitura do

relógio da entidade de 40 vezes, e a leitura da energia injetada continua sinalizando 1 kWh

injetado por mês, que corrigido vai a 40 kWh. O mesmo acontece com os dados de consumo,

foi medido 1.100 kWh de consumo que foi multiplicado pelo fator e apresentado como 4.400

kWh de consumo.

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Sem validar os dados coletados pela concessionária é impossível acompanhar precisamente

a energia injetada na rede. Esta é extremamente relevante no sistema fotovoltaico porque

retorna para a entidade como crédito, abatendo o custo do consumo.

A despeito dos meses de dezembro, janeiro e fevereiro onde a geração parece “zerar” a conta,

é possível que o valor faturado seja incompatível com a energia injetada na rede. De toda

forma, os dados obtidos na fatura indicam uma dificuldade da concessionária em coletar e

processar adequadamente os dados de geração e consumo em uma instalação com sistema

fotovoltaico no município de Guaíra. Fato este que tem sido verificado em outros clientes

conectados nas diversas concessionárias no país.

A partir dos dados disponíveis não foi possível verificar um padrão de economia da entidade.

a oscilação do consumo é bastante elevada, com incrementos e reduções de demanda de

quase 40% por mês. Na soma total, o consumo da APAE Guaíra permanece pouco alterado,

com uma redução de 2% comparado ao mesmo período de um ano antes.

Dos 22.424 kWh consumidos entre os meses de novembro e abril, apenas 9.865 kWh foram

faturados pela concessionária, apresentando uma economia de 56%. Enquanto isso apenas

5.048 kWh foram produzidos, que representam 22,5% da demanda. Assim, 33,5% da

economia se refere a aparente erro de cálculo da concessionária.

Entretanto se o horizonte de dados analisados for limitado aos meses de março e abril de

2019, que apresentam dados completos na fatura, observa-se uma economia

representativamente menor que o esperado, de 17,8%. Devido à falta de dados sobre

quantidade de energia injetada na rede e a aplicação de fator de correção inclusive para o

consumido novamente ressalta-se que é possível que a energia injetada na rede não esteja

sendo considerada, nem o correto consumo da APAE Guaíra.

Pela imprecisão dos dados não é possível analisar de forma confiável a porcentagem de

energia que foi efetivamente consumida pela unidade e injetada na rede, a partir dos 5.048

kWh gerados pelo sistema desde o início da operação.

A tarifa que foi aplicada no estudo de viabilidade econômica foi de R$ 0,58 por kWh, incidente

entre abril de 2018 e abril de 2019. A tarifa atual é R$0,65 por kWh. Novamente, foi aplicado

um aumento de 12%, muito superior à inflação do ano de 2018, em 3,5% pelo IPCA. Assim, a

Tabela 17 a seguir apresenta dois cenários de economia projetada. A Figura 15 apresenta a

evolução do consumo de energia da unidade

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Tabela 17- Consumo e fatura acompanhados através das faturas da concessionária

Figura 15- Consumo de energia histórico comparado ao período analisado e ao faturado

Todo o cálculo de viabilidade econômica do projeto utilizou uma inflação a 6% e reajuste

acima da inflação de 3% no custo da energia, conforme Relatório 1. Assim, qualquer reajuste

acima da inflação maior que o aplicado significa um benefício em favor do empreendimento

aumentando o retorno esperado.

Para avaliar parcialmente o resultado financeiro obtido até o momento foram considerados

3 cenários, conforme apresentados na Tabela 18. O Primeiro considera os resultados

econômicos obtidos até o momento sobre uma base de preços igual à aplicada no estudo de

viabilidade econômica elaborado inicialmente e para o projeto executivo e nos dados obtidos

pelas faturas.

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O segundo cenário considera o preço reajustado acima da inflação e mantendo os valores

presentes nas faturas, e o terceiro considera os preços compatíveis com o estudo de

viabilidade e a relação de economia entre o consumo histórico do ano anterior e a quantidade

de energia projetada para um ano, a partir do efetivamente produzido pelo sistema.

Observa-se que os “erros” de faturamento da concessionária interferem muito sobre o

resultado propondo número tão atrativos que parecem irreais. Por outro lado, a consideração

simples do abatimento da energia gerada sobre o consumo do ano anterior aparenta um

resultado bem mais compatível com as previsões originais.

Tabela 18- Comparativo de resultados da análise econômica para o projeto APAE Guaíra

1.2.3 Intervenções realizadas

A economia gerada com a instalação do sistema de energia fotovoltaica proporcionou

melhorias imediatas para a população atendida pela APAE Guaíra, uma vez que possibilitou a

reativação de uma piscina aquecida utilizada para prática de hidroterapia, que antes se

encontrava inativa devido à falta de recursos. Era esperado haver um incremento do consumo

da unidade, contudo isso não foi verificado. Mas como os dados de consumo não foram

considerados confiáveis é possível que isso seja verificado a média das faturas no próximo

período de monitoramento.

1.2.4 Emissões de carbono evitadas no período

Visando atender as necessidades de avançar com uma economia mais sustentável, de baixa

emissão de carbono e redução de emissões de demais gases de efeito estufa (GEE), o sistema

fotovoltaico instalado na APAE Guaíra produziu 5.048 kWh de energia por fonte não emissora

de GEE.

Com base nas emissões de GEE associadas à matriz energética brasileira, que em 2018 emitiu

em média 0,5390 tCO2e/MWh (2018), o sistema solar evitou emissões de 2,7 toneladas de

CO2e, o que equivale ao carbono sequestrado por 19,4 árvores da Mata Atlântica, mantidas

até os 20 anos.

Estudo GeralProjeto

ExecutivoCenário 1 Cenário 2 Cenário 3

Performance

Ratio80% 78% 78% 78% 78%

Custo R$32.640,00 R$ 38.565,50 R$ 38.565,50 R$ 38.565,50 R$ 38.565,50

Payback 4,8 anos 6,5 anos 3,5 anos 2,9 anos 6 anos

Economia em

25 anosR$126.965,11 R$ 159.413,34 R$228.805,75 R$ 295.067,24 R$ 112.805,79

TIR - 16,7% - - -

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Fatores de Emissão de CO2 pela geração de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional

do Brasil são disponibilizados pelo Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovação e

Comunicações em base mensal e média anual. Dados do MCTIC são disponibilizados no seu

site eletrônico6:

2 ANÁLISE COMPARATIVA (SÃO VICENTE X GUAÍRA)

A partir dos dados apresentados nos relatórios individuais de geração das APAEs Guaíra e São

Vicente, é possível avaliar que existe maior geração de energia com o mesmo equipamento

instalado na APAE Guaíra do que em São Vicente. O que já era esperado, visto que o município

de Guaíra está situado em uma das áreas de maior irradiação solar no estado de São Paulo.

Durante os 232 dias de operação, o sistema de São Vicente gerou um total de energia de

5.475 kWh, ou seja, uma média de 23,6 kWh/dia, enquanto o sistema de Guaíra produziu uma

média de 29,7 kWh/dia, somando um total de 5.048 kWh gerados em 170 dias de operação.

Ou seja, o sistema de Guaíra gerou aproximadamente 26% de energia por dia a mais do que

o sistema de São Vicente, conforme observado na Tabela 19 a seguir.

Tabela 19- Resultados médios de geração dos sistemas instalados nas APAEs São Vicente e Guaíra

Mesmo com a mesma potência instalada em ambos os sistemas, a estimativa de geração

prevista no Relatório 1 já apontava para a maior geração em Guaíra em decorrência da melhor

irradiação disponível na região norte e noroeste do estado de São Paulo. Esperava-se uma

diferença de 27% entre as localidades e foi obtido 26%. Isso pode ser comprovado pela

comparação dos dados médios de geração diária obtido até o momento nas instalações. Na

Figura 16 observa-se que Guaíra produz mais energia e por mais tempo no dia, em termos

médios.

6 https://www.mctic.gov.br/mctic/opencms/ciencia/SEPED/clima/textogeral/emissao_despacho.html

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Figura 16- Comparação entre a maior geração nas Instalações em São Vicente e Guaíra

A Figura 17 Figura 18 a seguir representam a variação da radiação solar durante os meses de

setembro a dezembro de 2018, nas estações meteorológicas automáticas de Bertioga e

Barretos, cidades próximas à São Vicente e Guaíra, respectivamente. A radiação solar em

Bertioga atinge menos vezes o máximo diário de geração do que em Barretos, onde se

observa uma disposição mais uniforme dos valores.

Figura 17- Dados de radiação solar obtidos para a estação meteorológica automática de Bertioga7

7 http://www.inmet.gov.br/portal/index.php?r=home/page&page=rede_estacoes_auto_graf

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Figura 18- Dados de radiação solar obtidos na estação meteorológica automática de Barretos 5

Ao compararmos o Performance Ratio de ambas as localidades, o sistema de São Vicente

parece apresentar um desempenho superior ao de Guaíra, isso pode ser explicado pelo fato

de que o inversor de Guaíra apresenta temperaturas médias superiores às de São Vicente. Em

20% do tempo medido o inversor de São Vicente acusou temperaturas superiores a 50º

Celsius enquanto o inversor de Guaíra apresentou mais de 50ºC em 39% do tempo.

A temperatura é um importante fator para o aumento das perdas de eficiência tanto nos

módulos quanto nos inversores. Comparando com o resultado de grandes geradores pelo

país, o Performance Ratio deve ficar entre 78% (considerado bom) e 80% (considerado

ótimo). A Tabela 20 apresenta os dados de Performance Ratio obtidos até o momento.

Lembrando que os dados de geração devem ser sempre comparados com os dados de

estações solarimétricas próximas ao local de geração.

Tabela 20- Performance ratio

É importante ressaltar a necessidade de melhoria no registro das faturas emitidas pelas

concessionárias, que demandam a conferência dos valores apresentados, e na estabilidade

do funcionamento da internet no local, uma vez que a obtenção de dados para o

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monitoramento depende do envio de medições através do registro DataLogger do inversor,

que é feito via web.

Também, as ações de manutenção na rede elétrica devem ser, preferencialmente, realizadas

no início do dia ou final do dia, sempre lembrando de verificar o acionamento do sistema

solar após a energização da rede interna do imóvel.

Até o presente momento a sujidade não se mostrou um fator que interfere na geração de

energia em nenhum dos casos. Será possível realizar uma análise mais assertiva transcorridos

os próximos meses de monitoramento, uma vez que está programada uma segunda limpeza

seletiva dos mesmos módulos limpos da primeira vez. Assim, com aproximadamente 1 ano

de deposição será possível comparar a geração entre os arranjos sujos e limpos e o impacto

da sujidade na geração.

Em termos gerais, o resultado técnico está acima do esperado. Em São Vicente, com uma

disponibilidade de radiação 10% menor que a média esperada, a geração superou as

expectativas e o Performance Ratio está além do nível considerado ótimo. Em Guaíra o

Performance Ratio está dentro do nível projetado e considerado bom. Em termos econômicos

o erro de faturamento em Guaíra não permite uma avaliação conclusiva até o momento. Em

São Vicente, os cenários de economia em 25 anos e tempo de retorno estão próximos ao

esperado. Com a avaliação dos próximos 6 meses de geração será possível apresentar dados

mais conclusivos e permitir uma avaliação confirmatória da análise elaborada para o estado

de São Paulo.

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3 ACOMPANHAMENTO DAS AÇÕES DE CONSCIENTIZAÇÃO

A campanha de conscientização proposta pelo Consórcio, tem como objetivo fomentar a

aplicação de energia solar fotovoltaica nos prédios públicos do Estado de São Paulo, através

de um plano de ação estruturado para divulgação dos resultados do trabalho, por meio de

atividades continuadas de comunicação, bem como ações de imprensa, elaboração de

material gráfico, e realização de seminários ao longo do Estado de São Paulo. Os objetivos

são, além de disseminar os resultados obtidos durante o desenvolvimento do projeto,

promover o conhecimento sobre energia solar como uma fonte renovável, sustentável e

economicamente atraente, além de incentivar a criação de políticas públicas voltadas para

este setor.

A proposta de Campanha e o Plano de Ação da mesma foi apresentado no Relatório 3 para

que seja encampada pela Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (SIMA). Foram

estabelecidas as diretrizes para a campanha, com público alvo, ferramentas de comunicação

aplicadas, linguagem, lead information, cronograma de atividades e descrição detalhada as

ações. Além disso, foram desenvolvidos diversos materiais de comunicação, como folder, 3

manuais, cartaz convite certificado e listagem de stakeholders. A seguir apresenta-se o

cronograma proposta

Parte integrante do contrato é a realização de 3 seminários. O Primeiro foi realizado em 30

de novembro de 2018 e os demais estão previstos para 26 de junho de 2019 e 30 de junho de

2019, podendo haver alterações conforme interesse e disponibilidade da SIMA e do BID. O

objetivo destes seminários é a divulgação do projeto, lançamento de produtos,

acompanhamento dos resultados dos Projetos piloto e disseminação do conhecimento e

projetos sobre energia solar fotovoltaica para os gestores das diversas secretarias do governo

do estado. A seguir são descritas as atividades realizadas no âmbito da preparação do 1º

Seminário e que envolvem os resultados das ações de disseminação de conhecimentos da

campanha de conscientização.

3.1 1º Seminário Sistemas de Energia Solar Fotovoltaica em Prédios Públicos do Estado de São Paulo

O primeiro seminário previsto no contrato foi realizado no dia 30 de novembro de 2018, na

sede da antiga Secretaria de Energia e Mineração no auditório localizado no 5º andar do

(Endereço). Com a fusão das secretarias no início de 2019 as atividades foram encampadas

pela Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente. O evento emitiu 165 convites e contou

com a presença de 83 pessoas, entre profissionais do poder público representantes das

Secretarias e Órgãos Estaduais e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID),

associações brasileiras relacionadas a energia solar e geração distribuída, como a ABSOLAR e

ABINEE, ONGs, concessionárias de energia do Estado da São Paulo, Fundações e

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Universidades e empreendedores do setor energético. O detalhamento da lista de presença

do evento pode ser encontrado no Anexo 1, deste relatório.

Figura 19- Modelo de cartaz distribuído pelo prédio da SEM para divulgação do 1º Seminário

Figura 20- Participantes presentes no Auditório da SEM

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Local: Praça Ramos de Azevedo, 254, 4º Andar – São Paulo

Agenda:

08:30- Credenciamento e Welcome Coffee

09:00- Abertura

09:30- Panorama Mundial e Estadual, Marco Regulatório e Condições de Financiamento

10:00- Viabilidade econômica de GD em Prédios Públicos

1º Bloco de perguntas

11:00- Coffee Break

11:15- Instalação de Projetos e Resultados dos Projetos Piloto

11:45- Gestão de Energia e Modelos de Negócio

2º Bloco de perguntas

12:45- Entrega dos Projetos Piloto e Projetos Executivos

13:00- Encerramento

As apresentações tiveram início às 09:00 horas com um discurso dos membros componentes

da mesa, Sr. Antônio Celso de Abreu Junior, coordenador do projeto junto à Secretaria de

Energia e Mineração; Sr. Ricardo Toledo Silva, Secretário Adjunto de Energia e Mineração à

época, Sr. Arturo Alarcón, especialista em energia do Banco Interamericano de

Desenvolvimento (BID) e o Sr. Luis Eduardo Gregolin Grisotto, que representou as empresas

componentes do Consórcio Nippon Koei LAC – Cobrape.

Figura 21- Mesa de Abertura

Da esquerda para direita: Antônio Celso de Abreu Junior, Ricardo Toledo Silva, Arturo D.

Alarcón, e Luis Eduardo G. Grisotto.

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Foi realizada uma breve apresentação sobre o status do trabalho para situar os participantes

sobre a origem do contrato, bem como os objetivos e andamento do mesmo, e resultados

esperados após a conclusão do projeto.

Figura 22- Apresentação do andamento do trabalho

Em seguida deu-se início à apresentação do Sr. Aurélio Souza, coordenador técnico do

projeto, que contextualizou a energia solar fotovoltaica dentro do panorama mundial e

estadual, detalhando o crescimento da geração de energia solar no mundo, através de uma

análise comparativa da situação em diferentes países, e culminando com uma apresentação

sobre o panorama recente do Brasil, evolução do Marco Regulatório sobre Geração

Distribuída e condições de financiamento existentes.

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Figura 23- Aurélio Souza, coordenador técnico do estudo

Posteriormente, a viabilidade econômica para implantação de Geração Distribuída em

prédios públicos do GESP foi apresentada pelo Sr. Sávio Mourão, coordenador executivo do

projeto, que expôs os resultados obtidos durante o desenvolvimento do estudo realizado pela

equipe técnica, englobando os valores necessários de investimento para o horizonte de

imóveis contemplados no projeto, bem como o payback e economia líquida para o Estado em

25 anos, divididos em 3 cenários diferentes, sendo estes: (i) abatimento da conta de luz

individual em cada edifício, (ii) Abatimento da conta de luz por CNPJ, por concessionária e (iii)

consórcio de prédios públicos por concessionária. Previamente à abertura do primeiro bloco

de perguntas, ainda foi discutida a avaliação de oportunidades e sugestões fornecidas pelo

consórcio para o GESP, bem como a apresentação do banco de dados disponibilizado para

gestores públicos que tenham interesse em viabilizar projetos de energia fotovoltaica.

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Figura 24- Sávio Mourão, resultados de viabilidade técnica e econômica obtidos

Com o encerramento do período de perguntas e respostas do público presente, foi realizada

uma pausa para o Coffee Break, e às 11:15 deu-se início ao segundo bloco de apresentações,

com o Sr. Rodrigo Poppi, especialista em energia solar fotovoltaica, que discorreu sobre a

evolução da tecnologia dos módulos fotovoltaicos ao longo dos anos e os critérios utilizados

para determinação da viabilidade técnica dos 2 projetos piloto instalados nas APAEs de São

Vicente e Guaíra. Foram apresentadas também as especificações técnicas de ambos os

projetos, bem como os resultados obtidos pelo sistema de monitoramento.

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Figura 25- Respostas aos questionamentos da plateia

Figura 26- Apresentação especialista Rodrigo Poppi

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O segundo bloco de apresentação foi encerrado com o Sr. Sávio Mourão, que discorreu sobre

a importância e benefícios da gestão eficiente de energia e modelos de negócio propostos

para o GESP, incluindo melhoras formas de contratação e melhorias sugeridas para o sistema

de financiamento, e finalizando com uma discussão sobre políticas pública que possam

impulsionar o uso de geração distribuída dentro dos imóveis do poder público.

Com o encerramento do segundo bloco de perguntas aberto para o público, foram entregues

os projetos executivos para as 5 entidades selecionadas durante o projeto, sendo estas: (i)

APAE São Vicente, (ii) APAE Guaíra, (iii) Centro Paraolímpico brasileiro, (iv) Centro de

Tecnologia e Inovação e (v) DEINTER 9 – Piracicaba, em conjunto com a assinatura do Termo

de Doação dos Projetos Piloto, intitulado “Termo de Parceria e Doação de Equipamentos”,

entre o Consórcio e as APAEs.

Figura 27- Entrega oficial dos equipamentos do Projeto Piloto para o presidente da APAE Guaíra,

Renato da Silva Santos

Todos os produtos foram disponibilizados em site da Secretaria de Energia e Mineração, ora

indisponível em função da unificação dos sites sob nome da SIMA. Por fim, para todas as

pessoas que assinaram a lista de presença foi encaminhado um Certificado de participação

do 1º Seminário.

A seguir são apresentados os materiais produzidos durante o processo de preparação e

aplicados na divulgação do encontro.

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Figura 28- Modelo de save the date utilizado na divulgação do 1º Seminário

Figura 29- Modelo de convite utilizado na divulgação do 1º Seminário

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3.2 Planejamento do 2º e 3º Seminário

O Segundo seminário está previsto para o dia 26 de junho de 2019, no auditório do prédio da

Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (SIMA), para aproximadamente 200

convidados. Serão convidadas as entidades relacionadas na lista de presença do primeiro

Seminário, que será complementada pelos atores dos públicos alvo (profissionais do poder

público; empreendedores e investidores do setor energético; difusores e promotores sociais

como OS, ONGs, think tanks, fundações e universidades; órgãos estruturadores como

gestores federais, concessionárias e associações). A presença das mídias locais e estaduais é

de enorme importância para a divulgação do projeto, uma vez que os demais públicos que

não estarão presentes poderão rapidamente ser alcançados com informações a respeito do

projeto através da imprensa.

O debate do segundo seminário compreenderá, além da apresentação do estudo, atualização

dos produtos executados e status dos projetos pilotos, a participação de dois convidados para

discussão sobre os temas Regulação e Financiamento, que serão definidos posteriormente.

Para viabilizar a execução do segundo seminário é necessário inicialmente atualizar a lista de

convidados, uma vez que devido à troca governamental houveram muitas mudanças de

pessoal dentro dos órgãos públicos, e incluir os novos atores que serão convidados para que

possa ser elaborada uma lista de e-mail para o disparo do save the date e posteriormente do

convite oficial, vide os moldes sugeridos pela consultora para o primeiro seminário

Com a definição dos palestrantes, deverá ser elaborada uma programação para o evento, que

será enviada a todos os convidados em conjunto com o convite oficial. Após o encerramento

do evento deverá ser entregue a todos os convidados um certificado de presença, cujo molde

já foi elaborado pela consultora para a execução do primeiro seminário.

O Terceiro seminário está previsto para novembro de 2019, entretanto ainda não possui uma

data fixada, previsto para final de novembro de 2019. Inicialmente será realizado também no

auditório do prédio da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (SIMA), para

aproximadamente 200 convidados. Serão novamente convidadas as entidades relacionadas

nas listas de presença do primeiro e segundo seminários, com a participação de dois

convidados para tratar sobre os temas de Regulação e Política Pública no setor.

3.3 Materiais de Divulgação Desenvolvidos

Foram desenvolvidas 3 cartilhas com o intuído de promover a disseminação de sistemas

solares fotovoltaicos em prédios públicos do Estado de São Paulo. O Volume I – Sistemas

Fotovoltaicos: Orientações Especiais -, corresponde à um documento que possibilita o acesso

aos conhecimentos básicos sobre geração de energia solar fotovoltaica e tem como objetivo

o estímulo à reflexão sobre a possibilidade e viabilidade de instalação de sistemas

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fotovoltaicos para compensação do consumo energético em prédios públicos do GESP.

Elaborado de uma forma lúdica, este documento está pronto para ser impresso e distribuído

aos gestores públicos, com o intuito de trazer um primeiro contato com energia fotovoltaica

e fomentar a procura para instalações nos imóveis governamentais.

O Volume II – Sistemas Fotovoltaicos: Especificações Técnicas, Dimensionamento dos Painéis

e Instalação, traz um conteúdo com teor muito mais técnico, especificando conceitos básicos

para o dimensionamento de um sistema fotovoltaico e acompanhamento da instalação dos

sistemas solares por parte dos técnicos e gestores públicos. Este manual serve como um guia

que identifica os padrões mínimos de qualidade dos materiais, equipamentos e instalações,

que devem constar em contratações e processos licitatórios, de modo que os gestores

públicos possam elaborar estudos e documentos de processo para a instalação de forma

independente e acompanhar a realização das obras.

A preparação da campanha de conscientização é apresentada no Volume III – Sistemas

Fotovoltaicos: Como Elaborar Campanhas de Conscientização, Treinamentos e Certificação,

em conjunto com o sistema de treinamento e certificação de instaladores. Sendo assim, este

manual indica como promover a qualificação dos instaladores, de forma a garantir o

desempenho esperado em obras para o Governo do Estado de São Paulo, através de cursos

de capacitação e posterior processo de certificação com critérios técnicos e conteúdo

programático definidos pela consultora.

A campanha de conscientização apresenta um roteiro para promover a disseminação de

informações sobre geração distribuída de energia solar fotovoltaica no setor público,

definindo todos os públicos alvo, bem como a linguagem e as ferramentas que devem ser

utilizadas para atingi-los. Traz também todas as ações que devem ser desenvolvidas pela

equipe de comunicação do governo ao longo de 1 ano, como elaboração de uma plataforma

contendo todas as informações do estudo realizado e notícias frequentes, cadastro e

postagens em todas as redes sociais, elaboração de newsletter e contratações publicitárias

necessárias, assim como possíveis patrocínios e participações em eventos do setor.

Foi elaborada em conjunto uma agenda de implementação da campanha, com todas as

atividades listadas e orçadas em um cronograma preliminar, bem como um folder pronto para

impressão, e um modelo de release para o projeto, de modo que o Governo do Estado possa

dar início à campanha o quanto antes.

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ANEXO 1: Lista de Presença