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1 RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2019

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RELATÓRIODE ATIVIDADES2019

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Associação Humana | Relatório de Atividades 2019

Por um Planeta mais justo e sustentável

Quem somos

Humana em números

O que fazemos com as doaçoes de roupa e calzado?

Em linha com o European Green Deal

A economia circular e a proteção do meio ambiente

Lojas de moda sustentável

A roupa como motor de cooperação para o desenvolvimento e apoio local

O fim social da roupa usada

Programa de Voluntariado Internacional

Apoio local

Prémios Humana Circular

Sensibilizaçao e dimensão artística da roupa usada

Contas claras

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ÍNDICE

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5Diretora Geral

POR UM PLANETA MAIS JUSTO E SUSTENTÁVELAtualmente, estamos a atravessar a maior crise de saúde da história recente deste Planeta, que tem demonstrado que somos todos vulneráveis, independentemente da parte do mundo onde nos encontramos. Por esse motivo, devemos manter uma perspectiva global de todos os desafios que enfrentamos a curto, médio e longo prazo. Com a crise do COVID-19, o povo português tem demonstrado que é capaz de enfrentar os maiores desafios. Aproveito, por este meio, para prestar uma modesta homenagem às vítimas da pandemia e a todos aqueles que, durante estas semanas, lutaram e continuam a lutar contra o coronavírus.

A luta contra a pobreza, contra a desigualdade e injustiça, deve permanecer como sociedade, como comunidade, como povo, o nosso principal desafio. É verdade que a pandemia pode representar um antes e um depois para a humanidade como ym todo. No entanto, isso não impede que os nossos valores como organização permaneçam intactos. Neste momento, eles são ainda mais significativos, mais importantes. Melhorar as condições de vida daqueles que mais precisam, e proteger o meio ambiente, são a nossa razão de ser, agora mais do que nunca.

O nosso compromisso com as dezenas de milhares de pessoas envolvidas nos nossos programas de cooperação internacional da Associação e com os seus parceiros locais, deve ser redobrado, mantendo uma visão que priorize a sustentabilidade, e que seja abrangente. Desde 1998, temos sido muito claros sobre o grande poder transformador de algo tão simples como a roupa usada, tratada de forma apropriada, se torne num ativo com tanto valor. A sua gestão adequada facilita a promoção de diretrizes de consumo mais responsáveis e respeituosas pelo meio ambiente, o que nos permite colaborar na luta contra as consequências causadas pelas mudanças climáticas. Da mesma forma, esta gestão ajuda a diminuir o impacto causado pela indústria têxtil, favorecendo a moda sustentável.

No caso específico da Humana, todo este processo de valorização de roupa e calçado, tem um poderoso componente social: a gestão têxtil é um impulsionador de emprego verde, e um gerador de recursos para programas sociais. É um maravilhoso efeito borboleta, no qual os nossos doadores, clientes e colaboradores têm um papel fundamental. Com um simples gesto, o de depositar as suas roupas num dos nossos contentores, é ativada uma poderosa espiral de progresso e proteção do meio ambiente, que se reflete em comunidades localizadas a milhares de quilómetros dos nossos municípios e cidades, e no nosso ambiente mais próximo.Os desafios que estão à nossa frente são ainda mais poderosos, devido ao momento que estamos atualmente a passar. Por este motivo, pedimos que nos continues a acompanhar neste caminho, de forma a ajudar a tornar este planeta um lugar mais justo e sustentável.

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Enfrentamos a maior crise de saúde da história recento do Planeta. No entanto, o nosso principal objetivo continua a ser o mesmo: a luta contra a pobreza.

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A Humana Portugal é uma associação sem fins lucrativos que, desde 1998, trabalha a favor da proteção do meio ambiente atra vés da reutilização têxtil e realiza tanto programas de cooperação para o desenvolvimento em Moçambique e Guiné-Bissau, como de apoio local em Portugal.

Com os nossos valores procuramos melhorar as condições de vida das pessoas tanto em Portugal como nos países do Sul, aparte de contribuir para a proteção ambiental graças à gestão que fazemos dos têxteis usados. Esta permite-nos ser suficientemente independentes fnanceiramente para contribuir para o desenvolvimento dos países acima referidos.

Depois de mais de 20 anos, a Humana consolidou-se como uma entidade de relevância na sociedade portuguesa, estando presente em várias regiões do território nacional. A nossa sede está localizada em Alcochete, na área metropolitana de Lisboa.

Dispomos do Alvará de Licença para a Realização de Operações de Gestão de Resíduos, documento emitido pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo.

Fazemos parte da Federação Humana People to People, que é constituída por 30 organizações congéneres com objetivos, estra tégias e sensibilidades comuns. A sua sede está no Zimbabwe.

Membros da

QUEM SOMOS

Uma equipa de mais de 100 pessoas torna possível o trabalho diário da organização, partilhando os valores sociais e ambientais que nos caraterizam.

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484.000doadores de têxtil

948contentores

162parceiros públicos

e privados

3.400toneladas de

roupa recolhidas e

10.775toneladas de CO2

não emitidas

464.577clientes nas 11 lojas de

Lisboa e Porto e

1.157.269peças de roupa

vendidas

111funcionários

1 posto de trabalho permanente por cada

39.845 kg de têxtil recolhidos

200.535€de fundos próprios

destinados a 9 projetos de cooperação em 3 países, envolvendo

32.989 pessoas

134Vales de Ajuda

distribuídos num valor

total de 4.020€37.132€

destinados a iniciativas de Apoio Local

HUMANA EM NÚMEROS

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atividadeSobre a nossa

Na Humana colocamos à disposição dos municípios e entidades interessadas, um serviço gratuito de recolha seletiva de têxtil através da nossa moderna rede de contentores.

Para que tal seja possível, trabalhamos intensamente para celebrar acordos de colaboração com entidades públicas e privadas, nos quais se estabelece um plano de instalação dos mesmos tendo em conta critérios de acesso, visibilidade, mobilidade e integração na via pública, assim como o volume de população.

Depois de recolhida, a roupa é levada até ao nosso armazém em Alcochete. Parte da roupa (24%) é enviada para as centrais de preparação para a reutilização da Humana Fundación Pueblo para Pueblo em Espanha, organização irmã. O restante (76%) é vendido a empresas de reutilização e reciclagem têxtil.

Humana Fundación Pueblo para Pueblo é a responsável pela classifcação da roupa que recolhemos, que segue a Hierarquia de Resíduos (estabelecida pela Diretiva Quadro de Resíduos da União Europeia) para uma melhor gestão do têxtil. Esta estabelece que a prevenção e a reutilização e prolongamento da vida dos produtos, são a estratégia prioritária, antes da reciclagem, valorização energética ou eliminação.

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Contamos com o apoio de mais de 480.000 doadores têxteis, que no ano passado depositaram 3.400 toneladas

de peças nos quase 1.000 contentores que dispomos.

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EM PORTUGAL

Apoio Local

Proteção doMeio Ambiente

INTERNACIONAIS

Educação e Inserção Laboral

Agricultura e Desenvolvimento Rural

Desenvolvimento Comunitário

Saúde e Doenças Infectocontagiosas

Assistência e Emergência

Fortalecimento Institucional

Energias Renováveis e Eficiência Energética

Recolha e transporte do têxtil dos contentores

Armazém em Alcochete

REUTILIZAÇÃO

IMPRÓPRIOS

7% 37.5%1.5%

40%14%

ELIMINAÇÃO

Em Portugallojas HUMANA

Fora de Portugal

PROJETOS SOCIAIS

Tecidos EducativosSensibilização

3C Cultivemos o Clima e a ComunidadeAgricultura Social e Urbana

Uma parte do têxtil é vendida a empresas

especialistas em reutilização e reciclagem

O restante é canalizado para a central de preparação para a reutilização da Fundación Pueblo para Pueblo em Espanha

RECICLAGEM

O QUE FAZEMOS COM AS DOAÇÕESDE ROUPA E CALÇADO?

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Graças à colaboração da Fundación Pueblo para Pueblo, a Humana aproveita ao máximo o têxtil recuperado,

promovendo a sua reutilização e reciclagem.

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EM LINHA COM A ESTRATÉGIA EUROPA 2020

Na Humana trabalhamos cada dia para cumprir com as metas estabelecidas pela União Europeia, orientados para uma economia circular e verde:

• Preparamos para a reutilização

• Prolongamos a vida dos têxteis através das nossas lojas secondhand promovendo assim a prevenção de resíduos

• Fomentamos a reciclagem de fibras têxteis

• Promovemos a valorização energética da roupa que não se pode aproveitar

• Protegemos o meio ambiente e desenvolvemos programas de sensibilização ambiental

• Geramos postos de trabalho permanentes e desencadeamos um signifcativo motor de emprego verde

Além disso, em 2025, a recolha seletiva de têxteis usados será obrigatória em todos os municípios da União Europeia. Por este motivo, é essencial que Portugal continue a progredir na recuperação de roupas e calçados.

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O impulso da recolha seletiva de tecidos pela Humana coloca municípios e empresas parceiras na vanguarda da gestão de recursos, antecipando a agenda da União Europeia em matéria de resíduos.

O Pacto Verde da Europa ou o European Green Deal estabelece um roteiro com ações para:

• Impulsionar o uso eficiente dos recursos, mudando para uma economia limpa e circular

• Restaurar a biodiversidade e reduzir a poluição.

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Na Humana concentramos os nossos esforços em reintroduzir o têxtil descartado como peça de roupa em segunda-mão ou sob a forma de um novo produto. Assim minimizamos o impacto ambiental e contribuímos para uma sociedade mais responsável e sustentável.

A reutilização e a reciclagem de têxtil contribuem para a poupança de recursos, a proteção do meio ambiente e a luta contra a mudança climática.

Reduzem o desperdício em depósitos controlados e usinas de incineração, e consequentemente, a emissão de gases com efeito de estufa.

A Comissão Europeia calcula que por cada kilo de têxtil reutilizado e não incinerado evitamos a emissão de 3,169 kg de CO2.

Durante o ano de 2019, a Humana esteve presente em vários eventos de dimensão nacional, para oferecer

o seu ponto de vista sobre o desenvolvimento da economia circular associada ao setor têxtil. A presença nesses eventos permitiu à organização partilhar experiências e boas práticas, com as quais melhora o dia a dia da organização.

Como exemplo, participámos como oradores no evento “Agendas Regionais para a Economia Circular, a convite do Ministério do Ambiente e da Transição Energética. No mesmo evento, também estiveram várias entidades e Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) de várias regiões do país, onde foi assinado o Protocolo Agendas Regionais em EC 2019.

Esta sessão contou com a presença da Ajunta do Ministro do Ambiente, Inês Costa, com a Secretária de Estado do Desenvolvimento Regional e com o Secretário de Estado Adjunto da Mobilidade, Dr. José Mendes, que tratou do encerramento do evento.

Apostamos por dar uma nova vida ao têxtil descartado e evitar que mais seja produzido.

matéria- prima

desenho

fabricação

distribuição

consumo

recolha

reciclagem

preparação para areutilização

REUTILIZAÇÃO

Sabemos que 9 em cada 10 peças de roupa são passíveis de ter uma segunda vida

A ECONOMIA CIRCULAR E A PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE

*que circulam em média 15.000 km por ano.

3.400 toneladas recolhidas em Portugal em 2019

representam uma poupança aproximada de 10.775

toneladas de CO2 para a atmosfera

que equivalem à emissão anual de 4.047 viaturas* ou à absorção anual de dióxido de carbono de 80.407 árvores

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A moda secondhand e sustentável contribui para reduzir o impacto da indústria têxtil sobre o ambente, uma das mais poluentes do planeta.

LOJAS DE MODA SUSTENTÁVEL

Durante 2019 recebemos um total de 464.577 clientes, que adquiriram 1.157.269 peças de roupa e acessórios.

Seis em cada dez compradores afirmam que, ao comprar uma peça de vestuário nos estabelecimentos da Associação, não precisam adquiri-la noutro ponto de venda convencional, segundo pesquisa realizada com 900 clientes da Humana.

Esta taxa de substituição confirma o valor ambiental da reutilização. Porque não há nenhuma peça mais sustentável do que a que já foi fabricada.

A organização possui 15 lojas de segunda mão, através das quais é promovido um modelo de consumo responsável, a prevenção de resíduos é favorecida - dando uma segunda vida às roupas, evitando o seu descarte - e, por fim, moda sustentável.

Os clientes da loja Humana compraram mais de 1,15 milhão de peças de vestuário no ano passado. Isso implica que, no mínimo, o compromisso de reutilização em 2019 evitou o consumo de mais de 714.000 novos itens, tendo em consideração etsa taxa de substituição de 60%.

É através das nossas lojas que conseguimos:

• Manter um contacto mais próximo com a sociedade

• Comunicar os nossos valores ao promover a moda sustentável e o consumo responsável pelo bem do ambiente

• Dar a conhecer a nossa atividade de reutilização têxtil

• Prevenir os resíduos

Incentivamos a doação e promovemos a reutilização

A peça de roupa mais sustentável é aquelaque já foi fabricada.

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A ROUPA COMO MOTOR DE COOPERAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO, APOIO LOCAL E SENSIBILIZAÇÃO

É sobretudo devido à nossa atividade e a gestão do têxtil, que conseguimos obter os recursos necessários para assegu rar a sustentabilidade e o bom funcionamento da organização e fnanciar os vários projetos de cooperação ao desenvolvimento nos Países do Sul e de apoio local em Portugal.

Projetos esses que vão totalmente ao encontro dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), a Agenda 2030 e como não poderia deixar de ser da própria Federação Humana People to People, e que procuram mobilizar

A Humana promove uma abordagem de cooperação multissetorial, através de programas e projetos que afetam simultaneamente setores como educação, saúde, agricultura ou uso de energia limpa.

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O FIM SOCIAL DA ROUPA USADA

Depois de mais de duas décadas de atividade, milhares de pessoas puderam beneficiar dos programas de desenvolvimento da Humana nos países do Hemisfério Sul, através de doações ecolaborações locais

Estes programas de cooperação na Guiné-Bissau e em Moçambique são desenvolvidos em zonas rurais com altos níveis de pobreza, promovendo um crescimento sustentável e a melhoria das condições de vida junto das comunidades onde operam. Os programas são desenvolvidos pela ADPP Guiné-Bissau e ADPP Moçambique, parceiros da Associação.

A Humana destinou este ano 200 mil euros para a formação de professores de educação primária, apoio de pequenos agricultores, campanhas de saúde, desenvolvimento comunitário, fortalecimento institucional de assistência e emergência.

Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, a Agenda 2030, e o roteiro estabelecido pela Federação Humana People to People, são os grandes guarda-chuvas sob os quais a atividade da Associação e dos seus parceiros locais no campo de ajuda ocorre desenvolvimento Internacional.

Com base nessa estrutura, são definidas ações cujo objetivo é melhorar as condições de vida daqueles que mais precisam, agindo de acordo com as estratégias e local de cada país. Sempre, também, adotando uma abordagem multi setorial, através de programas e projetos que tenham impacto simultâneo em setores como educação, saúde, agricultura ou uso de energia limpa.

GUINE-BISSAU

MOÇAMBIQUE

• População: 1,8 milhões de habitantes

• Renda per capita: 590 euros

• Expectativa de vida: 57,8 anos

• Índice de Desenvolvimento Humano: posição 175

• Capital: Bissau

• Divisão territorial: é dividida num setor autónomo (Bissau) e oito regiões, que por sua vez são dividida em setores

• Idioma: português e crioulo, além de outras línguas tribais

• Moeda: franco CFA (franco da comunidade financeira africana)

• Parceiro local: ADPP Guine Bissau (adpp-gb.org)

• População: 29,7 milhões de habitantes

• Renda per capita: 590 euros

• Expectativa de vida: 54,4 anos

• Índice de Desenvolvimento Humano: posição 180

• Capital: Maputo

• Divisão territorial: está dividida em 11 províncias, incluindo Maputo, que possui status de província.

• Língua: português e existem várias línguas nativas.

• Moeda: metical

• Parceiro local: ADPP Moçambique (adpp-mozambique.org)

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Guiné-Bissau

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Uma formação de qualidade num contexto educacional equitativo e inclusivo, prepara as mulheres com as

ferramentas apropriadas para ter mais opções para entrar no mercado de trabalho e iniciar pequenos negócios.

Escola Profissional de BissoraA formação profissional para jovens, combinada com a aquisição de outras habilidades e uma sólida base de conhecimento e cultura geral, é a espinha dorsal da Escola de Formação Profissional Bissora na Guiné-Bissau. O centro também presta atenção especial ao ensinamento de meninas para promover a sua incorporação no mercado de trabalho e, com isso, a sua independência económica. Os alunos também participam ativamente na administração da própria escola, realizando trabalhos de manutenção, trabalhando no campo modelo e na pequena fazenda de galinhas localizada no local.Ao mesmo tempo, ampliam as suas atividades para além das salas de aula, estabelecendo vínculos com as comunidades vizinhas, colaborando em serviços básicos como parte do seu ensinamento prático, em ações de mobilização, em eventos culturais e na procura de possíveis novos alunos.

A escola possui 8 itinerários de treinamento:

• Energía solar e eletricidade• Agricultura, especializada no cultivo de arroz e desenvolvimento de toda a cadeia de valor para comercialização• Mecânica aplicada ao reparo de pequenas máquinas agrícolas• Alfaiataria• Computação básica e manutenção de computadores• Empreendedorismo e start-up de pequenas empresas• Integração no mercado de trabalho• Reparação de motocicletas e bicicletas

O número de estudantes de graduação em 2019 era de 225.

Fundos alocados pela Humana Portugal ao projeto: 16.718 €

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O cultivo do caju é realizado organicamente, com o objetivo de obter um produto certificado como tal, de maior valor no mercado, o que permite

que os pequenos agricultores tenham recursos mais abundantes.

Clube dos fazendeiros em Oio. Cultivo, processamento e agricultores de cajuUma das chaves para promover o desenvolvimento de comunidades baseadas na atividade agrícola é capacitar pequenos agricultores, promover o seu treino e organização, e criar estruturas com maior resiliência. No caso específico deste Oio Farmers Club, o trabalho é realizado em toda a cadeia de valor da castanha de caju: cultivo, processamento e comercialização dessa fruta, combinada com outros tipos de produtos, como as maçãs fornecidas pela empresa. cajueiro.

Além disso, foram realizados trabalhos sobre técnicas de produção orgânica, com o objetivo de obter uma castanha de caju certificada, mais apreciada no mercado que, por sua vez, poderá ser comercializada a um preço mais elevado. Outro dos pilares do projeto é a fábrica de processamento de frutas, na qual trabalham 40 pessoas, todas treinadas na Escola de Formação Profissional de Bissora, nas proximidades, também apoiada pela Humana Portugal.

O projeto trabalha intensamente no ensinamento de pequenos agricultores em tópicos como novos métodos de produção, consorciação e gestão de pequenas propriedades. Também é dada muita atenção à incorporação de técnicas simples de marketing e merchandising para obter maior faturação. No total, 2.775 agricultores foram envolvidos nessas sessões de treino.

Fundos alocados pela Humana Portugal ao projeto: 31.478 €

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Os profissionais de saúde são essenciais para consciencializar o público sobre a importância de ir aos centros de saúde, caso se apercebam que

têm sintomas, para além dos possíveis estigmas sociais.

Programa de profissionais de saúde A mobilização comunitária é essencial para melhorar as condições sanitárias da população, especialmente nas áreas rurais, longe dos centros de saúde. Essa mobilização também é fundamental para disseminar bons hábitos de higiene e nutrição, e ajudar a controlar possíveis epidemias. Estes são os pilares em que nasce este projeto de profissionais de saúde (Corpo de Saúde), que integra 14 pessoas, apoiadas por voluntários e comités comunitários interessados em colaborar neste trabalho.

Fornecer à população informações práticas e úteis sobre questões básicas de saúde é fundamental: a importância de uma higiene adequada das mãos, o uso de latrinas e fontes operadas pelo pé, o uso de suportes para pratos simples e outros utensílios de cozinha –Para evitar que caiam no chão quando estiverem limpos-, conhecimento de doenças transmitidas pela água e sexualmente transmissíveis, o uso de redes mosquiteiras ou o manejo correto do lixo doméstico são alguns dos tópicos que o pessoal envolvido no projeto é responsável por divulgá-lo nas comunidades.

Eles também promovem a consciencialização sobre a importância de aderir a campanhas de vacinação, de ir aos centros de saúde quando certos sintomas são percebidos ou de ruptura de estigmas associados a certas doenças.

Fundos atribuídos pela Humana Portugal ao projeto: 39.572 €

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Fortalecimento institucionalA filosofia de trabalho da Humana People to People e do grupo de organizações que fazem parte dela é promover um modelo mais aberto e horizontal entre os países parceiros, favorecendo o fortalecimento recíproco de capacidades técnicas e a troca de experiências de interesse. Neste quadro, as ações de fortalecimento institucional lançadas concentram-se no ensinamento de pessoal. O que se trata é ter equipas locais mais bem treinadas, capazes de preparar propostas de projetos, desenvolvê-las e concretizá-las, e despertar o interesse de doadores internacionais. Outro objetivo é equipar as equipas com argumentos e ferramentas para estabelecer redes de colaboração com outros atores locais, promovendo a criação de alianças.

Sempre com um objetivo comum: promover o desenvolvimento das comunidades que mais precisam. Neste caso, na Guiné-Bissau.

Fundos alocados pela Humana Portugal ao projeto: 31.478 €

Ao aprimorar as estruturas locais e as capacidades técnicas das pessoas encarregadas de implementar

ações de desenvolvimento, são alcançados melhores resultados e mais duradouros.

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Moçambique

Tão importante é um modelo educacional de qualidade quanto criar um ambiente afetivo no

qual meninos e meninas estejam seguros e felizes.

Cidade das Crianças de MaputoNa população que tem mais dificuldades em progredir, um certo grupo aparece com um maior grau de vulnerabilidade: as crianças, muitas delas órfãs ou longe das suas famílias e lares, devido a várias circunstâncias. A cidade infantil de Maputo, capital de Moçambique, trabalha para treinar esses meninos e meninas, a fim de promover sua integração na sociedade, proporcionando-lhes a educação necessária, num ambiente emocional adequado. O Departamento de Mulheres, Crianças e Ação Social do governo de Moçambique é responsável pela seleção dos meninos e meninas que ingressam no centro. Em 2019, um total de 38 moraram juntos na cidade.

O centro também integra uma escola primária, em colaboração com o Ministério da Educação, na qual 458 meninos e meninas, com 7 anos de idade, estudaram em 2019. O corpo docente emprega métodos que facilitam o ensino participativo e o aprendizado da língua portuguesa, pois as aulas são ministradas em português (a maioria da população mais desfavorecida de Moçambique usa o crioulo como idioma).Juntamente com o ensino formal, outros tipos de atividades culturais são promovidos para completar a educação dos alunos. Também é incentivado o cuidado da horta escolar e da pequena fazenda de gado que eles possuem. Com isso, eles desenvolvem um senso de responsabilidade e compromisso que é muito útil em todas as facetas da vida.

Fundos atribuídos pela Humana Portugal ao projeto: 31.724 €

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Clube de Agricultores de NhamatandaO objetivo geral das grupos e clubes de Agricultores é promover sua organização e ensino, para que eles obtenham melhores resultados, e que o próprio clube se torne uma alavanca para o desenvolvimento da comunidade. No caso do projeto Nhamatanda, na província de Sofala, envolve 2.250 pequenos agricultores, distribuídos em 45 clubes, que trabalham em torno da agricultura de conservação. Para isso, possuem um campo modelo no qual colocam em prática o conhecimento teórico adquirido. Não é apenas essencial melhorar as próprias culturas e melhorar os níveis de produtividade: são estabelecidos contatos com mercados próximos e o trabalho é feito em técnicas simples de marketing para melhorar a comercialização de excedentes e, assim, obter faturação extra.

Para isso, é essencial a criação de pequenas instalações para o processamento e armazenamento de culturas, o que lhes permite fornecer alimentos nos próximos meses e gerir esses excedentes à venda no mercado.

A resiliência das comunidades é essencial nesses casos, especialmente quando ocorrem desastres como os ciclones Idai e Kenneth, que em março de 2019 devastaram grande parte do país. Por esse motivo, o projeto inclui ações de aprendizagem sobre proteção ambiental, saúde, água e saneamento, alfabetização de adultos e aquisição de outras habilidades. Com tudo isso, a população tem mais ferramentas e sente-se mais preparada para possíveis catástrofes, como a passagem de ciclones, que estragam plantações, campos, vilas etc., causando milhares de vítimas.

Fundos atribuídos pela Humana Portugal ao projeto: 46.521 €

A passagem dos ciclones Idai e Kenneth tornou prioritário ajudar as comunidades a se tornarem

mais resilientes e a ter melhores ferramentas para enfrentar desastres naturais tão devastadores.

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Projeto de apoio às vítimas do ciclone IdaiCerca de 2,6 milhões de pessoas de Moçambique, Malawi e Zimbabué foram afetadas pelo devastador ciclone Idai. A ONU diz que este é talvez o “maior desastre deste tipo vivido no Hemisfério Sul”. Calcula-se que mais de 400.000 pessoas tenham perdido as suas casas.

A Associação e outras organizações pertencentes à Federação Humana People to People, puseram em marcha uma campanha “HELP MOZAMBIQUE” com o fim de reunir fundos para poder suprimir as necessidades mais básicas, como alimentos, roupa, purificação da água e assistência médica.

Em Portugal, os fundos recolhidos através das lojas rondaram os 793 euros, fruto das doações dos clientes nas nossas 12 lojas, e do esforço e dedicação da equipa. Este montante, somado aos 1.915 euros reunidos através da plataforma de fundraising GoFundMe, ajudará os nossos colegas da ADPP-Moçambique a continuar a trabalhar com as comunidades afetadas, principalmente do distrito de Nhamatanda.

Após a passagem do ciclone, a ADPP ativou o programa “Começar De Novo”, constituído por diversas iniciativas: distribuição de kits de emergência, formação de pessoal para pôr em marcha ações de prevenção de doenças contagiosas, campanhas de vacinação contra a cólera, distribuição de alimentos, água potável, sementes e ferramentas para o campo. Uma das últimas ações empreendidas até à data foi a entrega de sementes de tomate, cebola e alface, assim como outros suprimentos, como regadores para utilizarem nas usas hortas. Fundos atribuídos pela Humana Portugal ao projeto: 2.268 € Nas primeiras semanas após os ciclones, a distribuição

de necessidades básicas - comida, água potável, roupas, cobertores, utensílios de cozinha - foi essencial

para as comunidades afetadas.

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PROGRAMA DEVOLUNTARIADO INTERNACIONAL

A presença de voluntários internacionais no terreno demonstrou no movimento Huma-na People to People ser determinante para o futuro das ações de desenvolvimento, dado que contribuem com o seu conheci-mento, pontos de vista diferentes e uma capacidade de gestão muito positiva em todos os aspetos.

Por este motivo a Humana pôs em marcha o seu novo Programa de Voluntariado In-ternacional, em parceria com a One World Center OWC), entidade com sede na Dina-marca, com a qual trabalhamos há vários anos.

O programa tem a duração de 10 meses:

• 3 de formação na Dinamarca

• 6 no terreno, em Moçambique, Malawi, Zâmbia ou Índia

• 1 de sensibilização e comunicação já de volta à Europa

O objetivo é conseguir que os voluntários se transformem em participantes ativos dodesenvolvimento sustentável no seu regresso à Europa.

A presença de voluntários internacionais no campo, contribui com novos pontos de vista e capacidades que contribuem para o progresso das comunidades do sul.

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APOIO LOCAL

Na Humana aplaudimos o trabalho dos municípios que promovem a recolha seletiva de têxtil e insistimos na importância de impulsionar um modelo de gestão sustentável que priorize a componente social. As administrações locais devem entender que têm um compromisso a cumprir.

Todas as partes implicadas devem redobrar os esforços para aumentar os valores de recolha seletiva, não só para respeitar o objetivo imposto por Bruxelas como também para potencializar o benefício ambiental, social e humanitário da roupa usada.

É por isso que ano após ano organizamos diversas atividades em conjunto com os nossos parceiros, para desta forma dar-lhes um fm social a nível local e permitir-nos apoiar instituições com os recursos obtidos.

A gestão das doações de roupapermite obter recursos que sedestinam a ações concretas eque causam um impacto positivona sociedade portuguesa

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Os Vales de Ajuda são distribuídos no âmbito do programa de Apoio Local. Têm um valor unitário de 30 euros e são atribuídos a instituições e entidades com as quais a Associação colabora, dando assim a possibilidade aos mais carenciados de adquirir roupa e calçado de forma gratuita na nossa rede de lojas.

Vales de Ajudaao Vestuário

Em 2019, foram entregues 134 Vales no valor de 4.020 euros.

Com a nossa atividade conseguimos angariar os fundos necessários para poder apoiar iniciativas locais, nos municípios com os quais colaboramos

Em 2019, apoiámos 6 entidades em atividades de carácter social e ambiental. Todos os anos, a Associação fortalece o seu trabalho em conjunto com os parceiros públicos e privados.

Em maio de 2018, foram entregues Vales de Ajuda ao Vestuário à Junta de Freguesia do Parque das Nações, que por sua vez os

fez chegar a pessoas em possível risco de exclusão social.

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Os Vales de Ajuda ao Vestuário permitem a compra de roupas e calçado de forma gratuita nas nossas

lojas. Eles são distribuídos pela mão de nossos colaboradores.

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Em 2018, a Humana iniciou o Programa de agricultura urbana e social 3C: Cultivemos o Clima e a Comunidade. O primeiro 3C começou no município do Seixal, com a participação de 20 pessoas e um técnico agrícola da Humana. Uma das atividades levadas a cabo em 2019, relativamente a este projeto, foi o ciclo de workshops de agricultura biológica. O objetivo destes workshops teórico-práticos, é promover um modelo de agricultura sustentável em meio urbano. O que se pretende com estas atividades é, sobretudo, aproveitar os recursos locais disponíveis na criação de produtos para autoconsumo, por pessoas que queiram criar laços com outros membros da sua comunidade com os quais partilhem interesses.

Este é um programa que parte da experiência acumulada pelas organizações da Humana People to People no âmbito da agricultura sustentável nos países do Hemisfério Sul, e tem como objetivo promover um modelo de agricultura sustentável em meio urbano. O técnico agrícola é o responsável por levar a cabo a formação teórica e prática dos participantes, e das ferramentas necessárias para trabalhar nos talhões disponibilizados pela Câmara Municipal do Seixal.

3C Cultivemos o Clima e a Comunidade

Nestas atividades dirigidas pela Humana, são fomentadas técnicas de agricultura com um mínimo de impacto sobre o ambiente, hábitos nutricionais saudáveis e coesão social mediante a relação com outras pessoas. O técnico agrícola fornecido pela Humana é o responsável pela formação teórica e prática dos ativistas e das ferramentas necessárias para trabalhar nas parcelas. Este técnico não só informa, ajuda e acompanha, como também promove valores como a responsabilidade, o desenvolvimento pessoal, o trabalho em equipa, fomentando assim as relações e conhecimentos sobre o clima e a nutrição.

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O técnico agrícola da associação informa, ajuda, acompanha e promove valores como a responsabilidade, o desenvolvimento pessoal, o trabalho em equipa, fomentando assim as relações

e conhecimento sobre o clima e a nutrição.

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Os Prémios Humana Circular distinguem as entidades públicas e privadas que trabalham em prol de um modelo económico circular e de uma gestão eficiente de recursos e resíduos.

PRÉMIOS HUMANA CIRCULAR

No dia 24 de outubro de 2019, entregámos os Prémios Humana Circular, prémios que reconhecem os municípios e entidades que se destacaram pelas suas políticas, projetos ou decisões ambientais. Estes Prémios foram entregues nesta Jornada Técnica dedicada à Economia Circular na Gestão de Resíduos, um evento que pretende analisar e estabelecer as bases para continuar a avançar na gestão sustentável dos resíduos e dos recursos (da roupa, no caso da Humana, com um fim social, materializada nos seus programas de cooperação). O ato foi celebrado no Palácio Valenças, em Sintra e contou com a presença de personalidades importantes do setor, de destacar a do Secretário de Estado do Ambiente, João Ataíde, que em representação do Ministro do Ambiente, foi responsável pelo discurso de encerramento do evento. Na cerimónia participaram seis oradores na mesa redonda intitulada “Economia Circular na Gestão de Resíduos”: Nuno Bento, Coordenador do Observatório da CCDR LVT; Carlos Vieira, Diretor Delegado dos SMAS Sintra; João Teixeira, Presidente da TratoLixo; Mercês Ferreira, Vogal do Conselho Diretivo da Agência Portuguesa do Ambiente; Luís Realista, membro da Direção da Associação SmartWaste Portugal, e Sónia Almeida, Unit Manager de Recolha da Humana Portugal. Filipa Reis, Promotora Nacional da Humana Portugal foi a encarregada de moderar a mesa.

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SENSIBILIZAÇÃO E DIMENSÃO ARTÍSTICA DA ROUPA USADA

A Associação promove a sua presença em várias iniciativas e eventos, com o objetivo de promover a consciencialização de questões como a importância de dar uma segunda vida ao vestuário, ou à moda sustentável. Em março, a Humana participou na Moda Lisboa com a Terramotto, com um contentor no Pavilhão Carlos Lopes.

A reutilização do têxtil recolhido nos contentores da Humana adquire uma nova dimensão através do Programa de Empréstimo de Têxtil para iniciativas de carácter cultural.

Desde sempre nos mostrámos abertos a receber as mais variadas propostas de colaboração, sejam elas de teatro, cinema, música ou até produções fotográfcas. Normalmente contactados por produtores de cinema, teatro e televisão, artistas e estudantes de design, entidades coletivas, entre outros.

Estes projetos permitem-nos complementar o nosso trabalho de sensibilização, já que ajudam a difundir a atividade da organização e ao mesmo tempo destacar a multiplicidade de possibilidade de reutilização através da gestão apropriada do têxtil usado.

A presença da Humana em eventos como o Moda Lisboa, possibilita a visibilidade na sociedade da importância de dar uma segunda vida às peças de roupa.

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CONTAS CLARAS

Valores expressos em euros. As contas anuais da Humana em 2019 foram auditadas pela Moore Stephens & Associados, SROC, SA.

Consulte as contas claras na íntegra em humana-portugal.org

Nos termos do n.º 5 do artigo 66.º do Código das Sociedades Comerciais, o resultado líquido no valor de 198.971,11 € será aplicado em Resultados transitados

RECEITAS DETALHE VALOR GLOBAL (€)

Venda de roupaReceitas procedentes da venda de roupa em Portugal e no estrangeiro

4.850.064

Outras receitas Outras 39.330

TOTAL 4.889.393

DESPESAS E DOAÇÕES DETALHE VALOR GLOBAL (€)

Projetos de cooperaçãopara o desenvolvimento

Fundos próprios utilizados em projetos de cooperação 197.420

Fundos próprios para campanhas de emergencia 3.115

Projetos de apoio local em Portugal

Fundos próprios utilizados em projetos de apoio local em Portugal 35.000

Gastos de atividade Gastos na recolha e venda de roupa 4.337.513

Outros gastos Outros gastos vários 117.374

TOTAL 4.690.422

RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO 198.971

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