RELATÓRIO DE ATIVIDADES - Azores...5 INTRODUÇÃO Este documento pretende dar a conhecer todas as...
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SECRETARIA REGIONAL DE AGRICULTURA E FLORESTAS
DIREÇÃO REGIONAL DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO
DIREÇÃO DE SERVIÇOS DE AGRICULTURA E PECUÁRIA
RELATÓRIO DE ACTIVIDADES
2011
Ponta Delgada
Março 2012
1
ÍNDICE
INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 5
1. FITOSSANIDADE ................................................................................................................. 6
1.1 INSPEÇÃO FITOSSANITÁRIA ............................................................................................. 6
1.2 PRODUÇÃO, CIRCULAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE VEGETAIS ...................................... 6
1.3 PROGRAMAS DE PROSPEÇÃO .......................................................................................... 8
1 – Citrus tristeza vírus (ZP) ............................................................................................ 9
2 – Plum pox vírus - Sharka ............................................................................................ 9
3 – Erwinia amylovora (ZP) ........................................................................................... 10
4 – Tryoza erytreae, Diaphorina citri, Toxoptera citricidus .......................................... 10
5 – Gonipterus scutellatus (ZP) ..................................................................................... 11
6 – Bemisia tabaci (ZP) ................................................................................................. 12
7 – Beet necrotic yellow vein vírus (Rhizomania) (ZP) ................................................. 12
8 – Thrips palmi ............................................................................................................ 13
9 – Scaphoideus titanus ................................................................................................ 13
10 – Pepino mosaic virus .............................................................................................. 14
11 – Ralstonia solanacearum e Clavibacter michiganenis ssp. sepedonicus ............... 14
12 – Leptinotarsa decemlineata (ZP) ............................................................................ 16
13 – Diabrotica virgifera ............................................................................................... 16
14 – Phytophtora ramorum .......................................................................................... 17
15 – Rhynchophorus ferrugineus .................................................................................. 18
16 – Gibberella circinata ............................................................................................... 18
17 – Anoplophora chinensis.......................................................................................... 19
18 – Bursaphelenchus xylophilus .................................................................................. 19
19 – Ciborinia camelliae ............................................................................................... 20
PROSPEÇÃO DE NEMÁTODOS ............................................................................................. 20
POPILLIA JAPONICA ...................................................................................................... 24
1.4 CONSULTAS FITOSSANITÁRIAS ...................................................................................... 25
LABORATÓRIOS DE MICOLOGIA E DE VIROLOGIA ....................................................... 27
LABORATÓRIO DE NEMATOLOGIA ............................................................................... 30
LABORATÓRIO DE ENTOMOLOGIA ............................................................................... 38
LABORATÓRIO DE BACTERIOLOGIA .............................................................................. 39
2
2. VARIEDADES, SEMENTES E PROPÁGULOS ....................................................................... 40
2.1 BATATA-SEMENTE ......................................................................................................... 40
2.1.1 ENSAIO DE CONTROLO A POSTERIORI DE BATATA DE SEMENTE DE 2011 ......... 40
2.2 CATÁLOGO NACIONAL DE VARIEDADES ........................................................................ 46
2.2.1 ENSAIOS DE ADAPTAÇÃO DE VARIEDADES DE BATATA ...................................... 46
2.2.2 ENSAIOS DE ADAPTAÇÃO DE VARIEDADES DE ESPÉCIES FORRAGEIRAS ............ 51
3. CONTROLO OFICIAL DE RESÍDUOS .................................................................................. 54
3.1 LIMITE MÁXIMO DE RESÍDUOS DE PESTICIDAS ............................................................. 54
4. CONTROLO DE ROEDORES ............................................................................................... 62
4.1 AQUISIÇÃO E CEDÊNCIA DE RODENTICIDAS .................................................................. 62
4.2 ACONSELHAMENTO E APOIO TÉCNICO ......................................................................... 65
4.3 AÇÕES DE FORMAÇÃO, DIVULGAÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO ............................................. 66
4.4 PROJETO “EPIDEMIOLOGIA E CONTROLO DA LEPTOSPIROSE NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES” .......................................................................................... 66
4.5 PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL INTEGRADA DE ROEDORES PARA O ARQUIPÉLAGO DOS AÇORES ........................................................................................ 69
4.6 AVALIAÇÃO DOS DANOS PROVOCADOS PELOS ROEDORES NAS PRINCIPAIS CULTURAS ..................................................................................................................... 71
4.7 DETERMINAÇÃO DA EXISTÊNCIA DE MUTAÇÕES AO NÍVEL DO GENE VKORC1, CONHECIDAS PELA SUA ASSOCIAÇÃO COM A PRESENÇA DE RESISTÊNCIAS AOS RODENTICIDAS ANTICOAGULANTES, EM ROEDORES DA ILHA DE SÃO MIGUEL ......... 71
5. PLANO DE CONTROLO À IMPORTAÇÃO DE GÉNEROS ALIMENTÍCIOS DE ORIGEM NÃO ANIMAL ................................................................................................................ 83
6. IMPLEMENTAÇÃO DO DECRETO-LEI N.º 173/2005 ......................................................... 83
7. DIVULGAÇÃO AGRÁRIA .................................................................................................... 87
7.1 AVISOS AGRÍCOLAS ........................................................................................................ 87
7.2 FOLHETOS DE DIVULGAÇÃO E FICHAS TÉCNICAS .......................................................... 89
7.3 EVENTOS ...................................................................................................................... 117
7.4 COMUNICAÇÕES .......................................................................................................... 117
8. FORMAÇÃO PROFISSIONAL AGRÁRIA ........................................................................... 119
9. EXPERIMENTAÇÃO ......................................................................................................... 124
9.1 PROJETO DE PROTEÇÃO INTEGRADA EM HORTOFRUTICULTURA AO ABRIGO DO ACORDO DE COOPERAÇÃO E DEFESA ENTRE PORTUGAL E OS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA. ...................................................................................................................... 124
9.2 ESTUDO DA ABUNDÂNCIA E CONTROLO DA PRAGA CERATITIS CAPITATA (WIEDEMANN) (DIPTERA: TEPHRITIDAE) ...................................................................... 135
3
9.3 ESTUDO DAS DOENÇAS DO LENHO DA VIDEIRA ......................................................... 144
9.4 PROJECTO ANÁLISE DE SOLOS E FERTILIZAÇÃO DOS AÇORES .................................... 151
9.5 PROJECTO: “PREVENÇÃO DA HEMATÚRIA ENZOÓTICA BOVINA POR CONTROLO DO FETO COMUM (PTERIDIUM AQUILINUM) NAS PASTAGENS MICAELENSES” ......... 156
9.6 CONSERVAÇÃO DA RAÇA BOVINA AUTÓCTONE RAMO GRANDE ............................... 160
9.7 PROGRAMA EXPERIMENTAL DE TRANSFERÊNCIA EMBRIONÁRIA EM BOVINOS NA ILHA GRACIOSA ............................................................................................................. 161
10. APOIO JURÍDICO .......................................................................................................... 164
11. SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS ...................................................................................... 172
5
INTRODUÇÃO
Este documento pretende dar a conhecer todas as atividades desenvolvidas pela
Direção de Serviços de Agricultura e Pecuária (DSAP) durante o passado ano de 2012 a
todos os que se interessam pela agricultura em geral e/ou por um ou outro sector
particular desta importante atividade primária, como por exemplo, a proteção das
culturas, a inspeção fitossanitária, a experimentação, a pecuária, a divulgação agrária e
a formação profissional agrária. Uma vez que as competências da DSAP são
transversais a todos os Serviços de Desenvolvimento Agrários da Região e que a
respetiva supervisão é da responsabilidade da DSAP, são também incluídos neste
relatório atividades efetuadas por técnicos desses diversos Serviços de
Desenvolvimento Agrário.
Ponta Delgada, 7 de março de 2012
O DIRECTOR
CARLOS EDUARDO COSTA SANTOS
6
1. FITOSSANIDADE
1.1 INSPEÇÃO FITOSSANITÁRIA
Para dar cumprimento à regulamentação comunitária para as questões fitossanitárias,
transposta para o direito interno pelo Decreto-Lei nº 154/2005, de 6 de setembro,
alterado e republicado pelo Decreto-Lei nº 243/2009, de 17 de setembro, foram
efetuadas inspeções de modo a assegurar as medidas de protecção fitossanitária
destinadas a evitar a introdução e dispersão no território nacional e comunitário,
incluindo nas zonas protegidas, de organismos prejudiciais aos vegetais e produtos
vegetais qualquer que seja a sua origem ou proveniência. As inspeções para controlo
fitossanitário foram efetuadas aos locais de produção dos agentes económicos
registados, à importação e exportação de e para países terceiros, sendo emitidos
passaportes e certificados fitossanitários sempre que necessário.
Nos pontos de entrada para mercadorias provenientes de países terceiros, aeroporto,
porto e correios, foram efetuadas inspeções sempre que solicitado pela Alfândega ou
operador económico. Manteve-se um técnico à chegada dos aviões provenientes dos
Estados Unidos da América e Canadá (290 voos).
Foram emitidos 558 certificados fitossanitários e efetuaram-se 60 interceções nos pontos
de entrada de países terceiros. Os produtos interceptados tinham como origem os
Estados Unidos da América (28), Canadá (19), Brasil (6), Bermudas (3), Cabo Verde (2),
China e Australia e na maioria dos casos são sementes variadas (feijão, milho,
ornamentais, hortícolas), bolbos e outros materiais de propagação vegetativa.
1.2 PRODUÇÃO, CIRCULAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE VEGETAIS
O Decreto-Lei nº 154/2005 de 6 de setembro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei nº
243/2009 de 17 de setembro, estabelece regras para a produção, circulação e
comercialização, de determinados vegetais, produtos vegetais e outros objectos
7
originários da UE considerados potenciais factores de risco fitossanitário. Assim os
operadores ecomónicos devem efetuar o seu registo nos serviços oficiais para que
possam ser controlados através de inspeções que, são efetuadas por inspectores
fitossanitários devidamente credenciados pela DGADR, permitindo a emissão do
passaporte fitossanitário que deverá acompanhar as remessas no espaço comunitário
sempre que necessário.
No final de 2010 tivemos um operador que se registo para efetuar tratamento térmico de
madeira e de material de embalagem de madeira, a firma Amaral e Januário, Lda. Foram
efetuadas 14 inspeções para verificar o cumprimento dos requisitos e validação do
tratamento efetuado.
Foram efetuadas visitas aos produtores de materiais de propagação de fruteiras e/ou
plantas ornamentais em maio e/ou novembro para que fossem preenchidas as
declarações anuais de previsão de produção e as declarações anuais de produção.
Foram licenciados 6 novos operadores, em que 4 se dedicam à produção e/ou
comercialização de materiais de propagação vegetativa e 2 que comercializam batata-
consumo, e foram entregues 2 declarações de encerramento de actividade.
Neste momento estão inscritos no Registo Oficial 107 operadores da área agrícola, em
que 28 se dedicam à produção e/ou comercialização de batata e os restantes 71 a outro
tipo de vegetais.
8
1.3 PROGRAMAS DE PROSPEÇÃO Anualmente são realizados os programas de prospeção oficial destinados a confirmar o
estatuto de zona protegida assim como verificar a presença ou ausência de determinados
organismos de quarentena.
Durante o ano 2011 a Região Autónoma dos Açores cumpriu em termos globais as
prospeções propostas pela DGADR e os dados foram carregados, na maioria dos casos, no
programa INFINET.
De seguida são apresentados de forma resumida e esquemática os dados e resultados das
prospeções efetuadas em 2011.
9
1 – Citrus tristeza vírus (ZP)
ILHA Concelho Hospedeiros observados
Nº de locais
Tipo
Nº total de amostras colhidas
Santa Maria Vila Porto Citrus sp. 4 P 12
S. Miguel
Ponta Delgada Citrus sp. 3 P 9
Lagoa Citrus sp. 1 P 3
Ribeira Grande Citrus sp. 7 P 21
Vila Franca Campo Citrus sp. 1 P 4
Povoação Citrus sp. 2 P 6
Terceira Angra do Heroísmo Citrus sp. 7 P 21
Praia da Vitória Citrus sp. 3 P 9
Graciosa Santa Cruz Citrus sp. 4 P 12
S. Jorge Velas Citrus sp. 4 P 12
Calheta Citrus sp. 3 P 9
Pico
Lages Citrus sp. 1 P 3
Madalena Citrus sp. 11 P 33
S. Roque Citrus sp. 3 P 9
Faial Horta Citrus sp. 4 P 12
Flores Lajes Citrus sp. 2 P 6
Santa Cruz Citrus sp. 2 P 6
62 187
Tipo de Locais: P - pomares, V- viveiros, CPM - campos de pés – mãe, LP - Citrinos ornamentais
em locais públicos
2 – Plum pox vírus - Sharka
ILHA Concelho Hospedeiros observados
Nº de locais
Tipo
Nº total de amostras colhidas
Santa Maria Vila Porto Am.; Pess.; Dam. 4 P 8
S. Miguel
Ponta Delgada Am.; Pess.; 2 P 6
Lagoa Am.;. 1 P 3
Ribeira Grande Am.; Pess.; Dam. 2 P 9
Vila Franca Campo Pess. 2 P 6
Nordeste Am.; Pess.; Dam. 1 P 9
Povoação Am.; Pess. 2 P 7
Terceira Angra do Heroísmo Am.; Dam. 3 P 9
Praia da Vitória Am.; Pess.; Dam. 16 P 317
Graciosa Santa Cruz Am.; Dam. 4 P 12
S. Jorge Velas Pess. 5 P 5
Calheta Pess. 2 P 2
Pico
Lages Pess. 1 Pl.Is 1
Madalena Am.; Pess 6 P e Pl.Is 6
S. Roque Am.; Pess 3 P 3
Faial Horta Am.; Pess. 4 Pl.Is 4
Flores Lajes Am. 2 P 6
Santa Cruz Am. 2 P 6
62 419
Tipo de Locais: P - pomares, V- viveiros, CPM - campos de pés – mãe, Pl. Is. – plantas isoladas
10
3 – Erwinia amylovora (ZP)
ILHA Concelho Hospedeiros observados
Nº de locais
Tipo
Nº total de amostras colhidas
Santa Maria Vila Porto Macieira 2 P 1
S. Miguel
Ponta Delgada - 0 - 0
Lagoa Pereira 1 P 1
Ribeira Grande Macieira 1 P 1
Vila Franca Campo Macieira 1 P 1
Povoação Macieira 3 P 1
Nordeste Macieira/Piracanta 3 P/ JP 1
Terceira Angra do Heroísmo
Macieira/ Piracanta
4 P/JP 1
Praia da Vitória Macieira/Pereira 7 P 5
Graciosa Santa Cruz Macieira/Pereira 8 P 4
S. Jorge Velas Macieira 6 P 4
Calheta Macieira 1 P 0
Pico
Lages - 0 - 0
Madalena Macieira 9 P 9
S. Roque Macieira 1 P 1
Faial Horta Macieira/Pereira 6 P 4
Flores Lajes Macieira/Pereira 2 P 2
Santa Cruz Macieira/Pereira 2 P 2
57 38
Tipo de Locais: P - pomares, V - viveiros, CPM - campos de pés-mãe, JP – Jardins Públicos
4 – Tryoza erytreae, Diaphorina citri, Toxoptera citricidus Diaphorina citri
ILHA Concelho Hospedeiros observados
Nº de locais
Tipo
Nº de armadilhas colocadas
Santa Maria Vila Porto Citrus sp. 4 P 24
S. Miguel
Ponta Delgada Citrus sp. 2 P 12
Lagoa Citrus sp. 1 P 6
Ribeira Grande Citrus sp. 2 P 12
Vila Franca Campo Citrus sp. 1 P 6
Povoação Citrus sp. 2 P 12
Terceira Angra do Heroísmo Citrus sp. 6 P 6
Praia da Vitória Citrus sp. 3 P 3
Graciosa Santa Cruz Citrus sp 4 P 24
S. Jorge Velas Citrus sp 4 P 4
Calheta - 0 - 0
Pico
Lages Citrus sp 4 P 4
Madalena Citrus sp 7 P 7
S. Roque Citrus sp 4 P 4
Faial Horta Citrus sp: 2 P 2
Flores Lajes Citrus sp: 2 P 24
Santa Cruz Citrus sp: 2 P 24
50 174
11
Tryoza erytreae, Toxoptera citricidus
ILHA Concelho Hospedeiros observados
Nº de locais
Tipo
Nº de armadilhas colocadas
Santa Maria Vila Porto Citrus sp. 4 P 40
S. Miguel
Ponta Delgada Citrus sp. 2 P 12
Lagoa Citrus sp. 1 P 6
Ribeira Grande Citrus sp. 2 P 12
Vila Franca Campo Citrus sp. 1 P 6
Povoação Citrus sp. 2 P 12
Terceira Angra do Heroísmo Citrus sp. 6 P 6
Praia da Vitória Citrus sp. 3 P 3
Graciosa Santa Cruz Citrus sp 4 P 48
S. Jorge Velas Citrus sp 4 P 4
Calheta - 0 - 0
Pico
Lages Citrus sp 4 P 4
Madalena Citrus sp 7 P 7
S. Roque Citrus sp 4 P 4
Faial Horta Citrus sp: 2 P 2
Flores Lajes Citrus sp: 2 P 6
Santa Cruz Citrus sp: 2 P 6
50 178
5 – Gonipterus scutellatus (ZP)
ILHA Concelho Nº de locais Tipo Nº total de amostras colhidas
Santa Maria Vila Porto 2 AD 0
S. Miguel
Ponta Delgada 3 Arv. Dispersas 0
Lagoa 3 Arv. Dispersas 0
Ribeira Grande 5 Arv. Dispersas 0
Vila Franca Campo 0 - 0
Povoação 7 Arv. Dispersas 0
Terceira Angra do Heroísmo 8 Eucalipto 0
Praia da Vitória 2 Eucalipto 0
Graciosa Santa Cruz 2 Parques Públicos 0
S. Jorge Velas 5 Arv. Dispersas 0
Calheta 0 - 0
Pico
Lages 1 Povoamento 0
Madalena 0 - 0
S. Roque 0 - 0
Faial Horta 2 Parques
florestais de recreio
0
Flores Lajes 2 Arv. Dispersas 0
Santa Cruz 2 Arv. Dispersas 0
44 0
12
6 – Bemisia tabaci (ZP)
ILHA Concelho Hospedeiros observados
Nº de locais
Tipo
Nº total de
inspeções visuais
Nº total de armadilhas colocadas
Santa Maria
Vila Porto Tomateiro 2 Estufa 4 2
S. Miguel
Ponta Delgada Tomateiro 3 Estufa 6 20
Lagoa Tomateiro e pepino 2 Estufa 4 12
Ribeira Grande Tomateiro e
pimento 5 Estufa 10 30
Povoação Pepino 1 Estufa 2 4
Terceira Angra do Heroísmo Hibiscus/Hortícolas 6 Garden/Estufa 10 12
Praia da Vitória Hibiscus/Hortícolas 5 Garden/Estufa 9 10
Graciosa Santa Cruz Tomateiro 2 Estufa 4 4
S. Jorge Velas Tomateiro 2 Estufa 2 3
Calheta Tomateiro 1 Estufa 1 1
Faial Horta Pimento 1 Estufa 6 1
Flores Lajes Tomateiro 1 Estufa 2 3
Santa Cruz Tomateiro 1 Estufa 2 3
32 105
7 – Beet necrotic yellow vein vírus (Rhizomania) (ZP)
ILHA Concelho Nº de locais Nº total de inspeções
visuais
Nº total de amostras colhidas
S. Miguel
Ponta Delgada 71 2430 2430
Lagoa 11 390 390
Ribeira Grande 81 2760 2760
Vila Franca Campo 4 210 210
Nordeste 8 270 270
175 6060 6060
13
8 – Thrips palmi
ILHA Concelho Hospedeiros observados
Nº de locais
Tipo
Nº total de
inspeções visuais
Nº de armadilhas colocadas
Santa Maria
Vila Porto Meloa 2 P 4 0
S. Miguel
Ponta Delgada Tomateiro 3 Estufa 6 20
Lagoa Tomateiro, pepino e
orquídeas 3
Estufa e Garden-center
5 12
Ribeira Grande Tomateiro e
pimento 5 Estufa 10 30
Povoação Pepino 1 Estufa 2 4
Terceira
Angra do Heroísmo Ficus
Pepino 6 Garden/Estufa/Comércio 6
10
Praia da Vitória Orquídeas
Pepino Ficus
3 Garden/Estufa/Comércio 3 6
Graciosa Santa Cruz Tomateiro 2 Estufa 4 4
S. Jorge Velas Tomateiro 2 Estufa 2 3
Calheta Tomateiro 1 Estufa 1 1
Faial Horta Pimento 1 Estufa 6 2
Flores Lajes
Ficus spp. e Dendranthema
spp 3
Viveiro JP
6 0
Santa Cruz - 0 - 0 0
32 55 92
9 – Scaphoideus titanus
ILHA Concelho Nº de locais
Tipo Nº total de armadilhas
colocadas
Santa Maria Vila Porto 1 Vinha 2
S. Miguel Ponta Delgada 1 Vinha 20
Lagoa 1 Vinha 20
Terceira
Angra do Heroísmo
1 Vinha 1
Praia da Vitória 1 Vinha 1
Graciosa Santa Cruz 1 Vinha 16
6 60
14
10 – Pepino mosaic virus
ILHA Concelho Nº de locais
Tipo Nº total de amostras colhidas
Santa Maria Vila Porto 2 Estufa 20
S. Miguel
Ponta Delgada 5 Estufa 50
Lagoa 0 - 0
Ribeira Grande 5 Estufa 50
Vila Franca Campo 0 - 0
Povoação 0 - 0
Terceira Angra do Heroísmo 4 Estufa 40
Praia da Vitória 2 Estufa 20
Graciosa Santa Cruz 2 Estufa 20
S. Jorge Velas 1 Estufa 10
Calheta 1 Estufa 10
Faial Horta 2 Estufa 20
Flores Lajes 1 Estufa 10
Santa Cruz 1 Estufa 10
26 260
11 – Ralstonia solanacearum e Clavibacter michiganenis ssp. sepedonicus BATATA Estrangeira
ILHA Categoria do
material Origem do
material
Nº total de inspeções
visuais
Nº total de amostras colhidas
S. Miguel
Bs Reino Unido 4 3
Bs Holanda 2 2
Bs França 2 1
Bc França 2 2
Terceira
Bs Reino Unido 7 7
Bs Holanda 1 1
Bc França 1 1
Bc Espanha 1 1
São Jorge Bs Reino Unido 1 1
Flores Bs Reino Unido 2 2
23 21
Categoria: Batata-semente (Bs); Batata consumo (Bc); Tomateiro (T); Outros hospedeiros (especificar a espécie); Água de rega (A)
15
BATATA Nacional
ILHA Concelho Categoria
do material
Origem do
material
Nº total de inspeções
visuais
Nº total de amostras colhidas
Santa Maria Vila Porto Bc N 2 0
S. Miguel
Ponta Delgada Bc N 4 0
Lagoa Bc N 2 0
Ribeira Grande Bc N 42 0
Vila Franca Campo - - 0 0
Nordeste Bc N 48 23
Terceira
Angra do Heroísmo
Bc N 33 3
Praia da Vitória Bc N 27 4
Graciosa Santa Cruz Bc; T N 17 5
S. Jorge Velas Bc N 10 4
Calheta Bc N 10 4
Pico
Lajes Bc N 33 0
Madalena Bc N 84 0
S. Roque Bc N 33 0
Faial Horta Bc N 15 0
Flores Lajes Bc T N 12 3
Santa Cruz Bc T N 9 3
381 49
Categoria: Batata-semente (Bs); Batata consumo (Bc); Tomateiro (T); Outros hospedeiros (especificar a espécie); Água de rega (A) Origem: Nacional (N)
Das 23 amostras analisadas no concelho do Nordeste, 17 obtiveram resultado positivo para Ralstonia solanacearum. OUTRAS SOLANÁCEAS Nacional
ILHA Concelho Espécie Nº total de inspeções
visuais
Nº total de amostras colhidas
S.Miguel Ribeira Grande Pimenteiro 1 0
Nordeste Pimenteiro 2 0
16
12 – Leptinotarsa decemlineata (ZP)
ILHA Concelho Nº de locais Nº total de inspeções
visuais
Santa Maria Vila Porto 9 9
S. Miguel
Ponta Delgada 2 4
Lagoa 2 2
Ribeira Grande 42 42
Vila Franca Campo 0 0
Povoação 0 0
Nordeste 48 48
Terceira
Angra do Heroísmo
11 33
Praia da Vitória 9 27
Graciosa Santa Cruz 20 20
S. Jorge Velas 6 5
Calheta 4 5
Pico
Lages 11 33
Madalena 28 84
S. Roque 11 33
Faial Horta 15 15
Flores Lajes 9 9
Santa Cruz 6 6
233 375
13 – Diabrotica virgifera
ILHA Concelho Nº de locais Nº total de armadilhas colocadas
Nº total de observações das
armadilhas
Santa Maria Vila Porto 0 0 0
S. Miguel
Ponta Delgada 11 11 44
Lagoa 0 0 0
Ribeira Grande 1 1 4
Vila Franca Campo 0 0 0
Povoação 0 0 0
Terceira
Angra do Heroísmo
7 7 21
Praia da Vitória 13 13 39
Graciosa Santa Cruz 4 5 14
S. Jorge Velas 4 4 4
Calheta 0 0 0
Pico
Lages 3 3 6
Madalena 3 3 6
S. Roque 4 4 8
Faial Horta 10 10 10
Flores e Corvo
Lajes 2 4 8
Santa Cruz 2 4 8
Corvo 2 4 8
66 73 180
17
14 – Phytophtora ramorum
ILHA Concelho Hospedeiros observados Nº de locais
Tipo
Nº total inspeções
visuais
Nº total amostras colhidas
Santa Maria
Vila Porto (1J; 1AD) 10 J e AD 10 0
S. Miguel
Ponta Delgada Camelia, Quercus,
Castanea 4 J, V, PF 4000 5
Lagoa - 0 - 0 0
Ribeira Grande - 0 - 0 0
Vila Franca Campo
Camelia, Castanea 1 PV 61 0
Povoação Camelia, Quercus,
Castanea, Magnolia 9 J,PF,V,AD 6000 5
Nordeste Camelia,Quercus,Castanea 5 JP, V, AD 5000 5
Terceira
Angra do Heroísmo
Rhododendron 3 V e C 3 0
Praia da Vitória Rhododendron 1 V 1 0
Graciosa Santa Cruz Camelia 2 AD 2 0
S. Jorge Velas Rhododendron 2 - 2 0
Calheta - 0 - 0 0
Pico
Lages Carvalho 2 - 8 0
Madalena Rhododendron 1 - 4 0
S. Roque Carvalho 2 - 8 0
Faial Horta Camelia 2 V 2 0
Flores Lajes Camelia 1 V 2 0
Santa Cruz Camelia 1 JP 2 0
46 15105 15
Tipos de locais: JP- jardim; PF- Povoamento Florestal, V- Viveiros, AD – Árvore dispersa; C- Comércio
18
15 – Rhynchophorus ferrugineus
ILHA Concelho Nº Viveiros e Garden
Centers Nº de Locais Públicos e
Privados TOTAL
Santa Maria Vila Porto 0 10 10
S. Miguel
Ponta Delgada 2 78 80
Lagoa 1 11 12
Ribeira Grande 1 44 45
Vila Franca Campo 0 13 13
Povoação 0 19 19
Nordeste 0 14 14
Terceira
Angra do Heroísmo
0 Públicos:4
Privados:18 22
Praia da Vitória 0 Públicos: 4 Privados: 4
8
Graciosa Santa Cruz 0 10 10
S. Jorge Velas 0 9 9
Calheta 0 11 11
Faial Horta 0 20 20
Flores Lajes 0 6 6
Santa Cruz 0 4 4
4 60 283
16 – Gibberella circinata
ILHA Concelho Hospedeiros observados
Nº de locais
Tipo
Nº total inspeções
visuais
Nº total amostras colhidas
S. Miguel
Ponta Delgada - 0 - 0 0
Lagoa - 0 - 0 0
Ribeira Grande - 0 - 0 0
Vila Franca Campo
- 0 - 0 0
Povoação - 0 - 0 0
Nordeste Pinus 1 V 75 75
Terceira
Angra do Heroísmo
- 6 - 18 0
Praia da Vitória - 4 - 12 0
Graciosa Santa Cruz Pinus 1 PF 1 0
S. Jorge Velas Pinus 3 AD 6 0
Calheta - 0 - 0 0
Faial Horta - 0 - 0 0
Flores Lajes - 0 - 0 0
Santa Cruz Pinus,Pseudotsuga 1 V 25 25
16 137 100
Tipos de locais: JP- jardim; PF- Povoamento Florestal, V- Viveiros, AD – Árvore dispersa; C- Comércio
19
17 – Anoplophora chinensis
ILHA Concelho Hospedeiros observados
Nº de locais Nº total de inspeções
visuais
S. Miguel
Lagoa Citrus sp. 1 1
Ribeira Grande Citrus sp.e Malus sp. 4 4
Vila Franca Campo Citrus sp. 1 1
Povoação Citrus sp. 2 2
Terceira
Angra do Heroísmo
Citrus sp. 2 2
Praia da Vitória Citrus sp. 4 4
Graciosa Santa Cruz Citrus; Pereira 2 2
S. Jorge Velas Malus sp 4 8
Calheta - 0 0
Faial Horta Citrus sp. 2 2
Flores Lajes Cotoneaster 1 3
Santa Cruz Acer 1 3
24 32
18 – Bursaphelenchus xylophilus
ILHA Concelho Hospedeiros observados
Nº de locais
Tipo
Nº total inspeções
visuais
Nº total amostras colhidas
Santa Maria
Vila Porto Pinus sp. 2 2 2
S. Miguel
Ponta Delgada Coniferas 5 Arv. dispersas 15 0
Lagoa Coniferas 1 Arv. dispersas 3 0 Vila Franca Campo Coniferas 1 Arv. dispersas 3 0
Povoação Coniferas 4 Arv. dispersas 12 0
Nordeste Coniferas 2 Arv. dispersas 6 0
Terceira
Angra do Heroísmo
Pinus sp 6 - 18 0
Praia da Vitória Pinus sp 4 - 12 0
Graciosa Santa Cruz Pinus sp. 2 AD 4 0
S. Jorge Velas Pinus sp. 3 - 6 3
Calheta -
- 0 0
Pico
Lages Pinus pinaster 1 Povoamento 4 0
Madalena - 0 - 0 0
S. Roque Pinus pinaster 2 Povoamento 8 0
Faial Horta Pinus pinaster 2 Parques florestais 2 0
Flores Lajes Pinus sp. 2 1JP; 1V 4 0
Santa Cruz Pinus sp. 1 JP 2 0
101 5
20
19 – Ciborinia camelliae
PROSPEÇÃO DE NEMÁTODOS Plano de Prospeção de Nemátodos
No ano de 2011 deu-se continuidade ao Plano de Prospeção de Nemátodos tendo sido
efetuadas prospeções nas diversas ilhas do Arquipélago. Os pontos foram assinalados na
Carta Militar 1:25000 mediante a utilização de quadrículas e sub-quadrículas previamente
definidas e georeferenciação.
Foi feita a prospeção de Globodera sp. em várias ilhas conforme os resultados
apresentados no quadro 1.1, não tendo sido detetado este nemátodo em nenhuma das
amostras analisadas.
ILHA Concelho Hospedeiros observados
Nº de locais
Nº total de inspeções
visuais
Nº total de amostras colhidas
Santa Maria
Vila Porto C. japonica 2 2 2
S. Miguel
Ponta Delgada C. japonica 3 3 20
Nordeste C. japonica 3 3 30
Vila Franca Campo C. japonica 1 1 10
Povoação C. japonica 8 8 30
S. Jorge Velas C. japonica 1 1 1
Calheta C. japonica 1 1 1
23 19 94
21
Quadro 1.1 – Culturas nas quais foi feita a prospeção de Globodera sp. na Região Autónoma dos Açores.
HOSPEDEIRO Sta.
Maria S. Miguel Terceira Graciosa Faial S. Jorge Pico
Flores e Corvo
Acelgas, Alface, Couve chinesa, Feijão, Tomate
1
Acelgas, Alface, Couve Chinesa e Couve Inglesa
1
Agrião 3
Agrião, Cebola, Nabo, Salsa
1
Agrião, Couve, Nabo, Salsa
1
Agrião, Nabo, Repolho
1
Alface 20 6
Alface, Alho, Beterraba
1
Alface, Alho, Couve, Fava
1
Alface, Melancia 2
Alface, Pepino 1
Alface, Pimento 1
Alho 2
Alho, Batata, Batata-doce, Inhame
1
Alho, Batata, Cebola, Ervilha, Fava
1
Alho, Cebola, Couve
1
Alho, Cebola, Pimenta
1
Alho-francês, 1
Alho-francês, Batata, Batata-doce
1
Alho-francês, Couve
1
Ameixeira, Batata, Citrinos, Pessegueiros
1
Ananás 45
Araçaleiro, Batata, Citrinos
1
Bananeira 28 2 2 32
Bananeira, Fava 1
Bananeira, Citrinos
2
22
Quadro 1.1 – Culturas nas quais foi feita a prospeção de Globodera sp. na Região Autónoma dos Açores (continuação)
HOSPEDEIRO Sta.
Maria S. Miguel Terceira Graciosa Faial S. Jorge Pico
Flores e Corvo
Bananeira, Nespreira
1
Batata 45 5 22
Batata, Cebola 1
Batata, Cebola, Couve, Nabo
1
Batata, Cebola, Fava
1
Batata, Citrinos 1
Batata, Couve 1
Batata, Ervilha, Inhame
1
Batata, Fava 2
Batata-doce 4 1
Batata-doce, Citrinos
1
Batata-doce, Vinha
1
Capuchos 3
Cebola 7 1
Cebola, Cenoura 2
Cebola, Citrinos, Couve
1
Cebola, Couve, Nabo
1
Cenoura 2
Cenoura, Nabo 1
Citrinos 1 11
Coentros,Couve, Nabiça
1
Coentros, Feijão, Nabiça
1
Courgete 2
Courgete, Meloa, Pepino
1
Couve 3
Couve, Batata 1
Couve, Couve Chinesa, Salsa
1
Couve, Fava, Salsa
1
Couve, Feijão 1
Couve, Nabo 1
Couve, Pepino 2
Couve, Pimento 1
Couve, Repolho 3
Couve, Salsa 2
23
Quadro 1.1 – Culturas nas quais foi feita a prospeção de Globodera sp. na Região Autónoma dos Açores (continuação)
HOSPEDEIRO Sta.
Maria S. Miguel Terceira Graciosa Faial S. Jorge Pico
Flores e Corvo
Couve-flor 2
Espinafre 1
Espontânea 5
Fava 5 1
Fava, Feijão 1
Fava, Inhame 1
Fava, Repolho 1
Fava, Salsa 1
Feijão 2 4
Figueira 2
Floricultura 1
Floricultura -
Proteas
1 1
Forrageira 10 9
Forrageira,
Hortícolas
4
Frutícola 6 2 3
Frutícola -
Citrinos
1
Frutícola -
Pereira
2
Hortícolas 15 4 12 3 12 64 18
Hortícola -
Meloa
3
Inhame 1
Macieiras 1 3
Maracujá 2
Melancia 12
Meloa 1
Milho 29 7 5 7 23 8
Milho, Batata
1
Milho,Batata,Ba
tatadoce
1
Milho doce 2 1
Morango
2 2
Nabo 2
Nabo, Repolho 1
Ornamental 1
Pastagem 14 69 7 8 33
Pepino 16
Pimento 1 1
Repolho 4
Terreno Nu 2 2 1
Tomate 15 4
Vinha 7 6 13 19
24
POPILLIA JAPONICA Tal como nos anos anteriores, o trabalho de prospeção de Popillia japonica na ilha de S.
Miguel envolveu uma equipa de vários técnicos, alguns do quadro de pessoal desta
Direção de Serviços e outros contratados para o efeito. Envolveu também muitos
recursos materiais e financeiros, como por exemplo armadilhas e atrativos florais e
sexuais, e a utilização de viaturas e respetivo combustível.
Este trabalho de prospeção será descrito com mais pormenor em relatório próprio,
intitulado “Relatório Popillia japonia Newman 2011”, no qual serão também incluídos os
dados referentes ao trabalho de prospeção de P. japonica efetuado nas restantes ilhas do
arquipélago. Contudo, indicam-se de forma resumida, os dados mais significativos:
Foram instaladas 377 armadilhas do tipo Ellisco em toda a ilha de S. Miguel, das quais
148 foram colocadas em zonas onde a presença P. japonica ainda não era conhecida
Foram capturados 328514 adultos de P. japonica
À semelhança dos anos anterirores, o mês de julho foi aquele em que se registou o
maior número de insectos capturados, cerca de 54% do total
Foi dada continuidade à produção em massa do fungo entomopatogénico
Metarhizium robertsii, tendo sido produzidos 10 462 g de esporos
Foram instaladas 150 armadilhas modificadas na área infestada, tendo sido aplicados
cerca de 1500 g de esporos do fungo M. robertsii
25
1.4 CONSULTAS FITOSSANITÁRIAS
Durante o ano de 2011 o Laboratório Regional de Sanidade Vegetal recebeu 364 amostras
para consulta fitossanitária. Na figura 1.1 apresentam-se os valores da percentagem de
consultas fitossanitárias solicitadas por cada uma das ilhas da região e no gráfico da figura
1.2 a distribuição das consultas fitossanitárias por tipo de cultura. Foram atendidas e
respondidas (sem encaminhamento para os laboratórios) 15 consultas pelos técnicos do
gabinete de consultas fitossanitárias, cuja lista se apresenta no quadro 1.2. No quadro 1.3
apresenta-se o número e a percentagem de amostras enviadas para os diversos
laboratórios do Laboratório Regional de Sanidade Vegetal após a triagem realizada pelos
técnicos do gabinete de consultas fitossanitárias.
Figura. 1.1 – Gráfico onde se pode observar a percentagem de consultas fitossanitárias
solicitadas pelas diferentes ilhas da região.
66%
19%
7%
3%
2% 2% 1%
São Miguel
Terceira
Faial
Flores
S. Jorge
Pico
Graciosa
2011
26
55%
22%
11%
2% 2% 2% 2% 2% 1% 1%
2011 Horticultura
Fruticultura
Floricultura
Viticultura
Silvicultura
Industriais
Outros
Pastagens
Ananás
Ornamentais
Figura. 1.2 – Gráfico da distribuição percentual das consultas fitossanitárias por tipo de
cultura no ano de 2011.
Quadro 1.2 – Lista das consultas fitossanitárias atendidas exclusivamente
no gabinete de consultas fitossanitárias no ano de 2011.
Consulta N.º Data Cultura
2011/1 11-Jan Erva Azeda (Oxalis corniculata L.)
2011/2 15-Fev Laranjeira
2011/3 22-Fev Nespereira
2011/4 22-Fev Cebola
2011/5 2-Mar Vinha
2011/6 2-Mar Laranjeira
2011/7 28-Fev Limoeiro
2011/8 1-Abr Pastagem
2011/9 7-Abr Roseiras
2011/10 14-Jun Morangueiro
2011/11 16-Jun Fruteiras diversas
2011/12 17-Jun Cedros
2011/13 29-Jul Limoeiro
2011/14 2-Ago Melancia
2011/15 25-Out Citrinos
27
Quadro 1.3 – Distribuição das amostras pelos vários laboratórios.
Laboratórios N.º de amostras Percentagem de
amostras
Bacteriologia 5 1,4
Entomologia 18 5,0
Micologia 80 22,3
Nematologia 254 70,8
Virologia 2 0,6
Total 359
LABORATÓRIOS DE MICOLOGIA E DE VIROLOGIA
Por solicitação dos vários Serviços de Desenvolvimento Agrário de Ilha, de agricultores e
de outras entidades, deram entrada nos laboratórios de micologia e de virologia 83
amostras de material vegetal para identificação dos agentes patogénicos. Em alguns casos
foi necessária a deslocação do técnico responsável por estes laboratórios ao local onde as
culturas estavam instaladas para uma melhor apreciação do estado sanitário das mesmas.
Em laboratório, a identificação dos agentes patogénicos causadores das doenças, foi feita
com recurso a técnicas específicas, a fim de preconizar as soluções a adoptar.
Assim, foram identificados por hospedeiro os seguintes organismos fitopatogénicos:
28
HOSPEDEIRO ORGANISMO DETETADO
Abacateiro
Armillaria spp. Botrytis spp. Colletotrichum spp. Phomopsis spp.
Alface Botrytis cinerea
Amoreira Pestalotiopsis spp. Phyllosticta spp.
Anoneira Capnodium spp. Archontophoenix Armillaria spp.
Azevinho Cylindrocladium spp. Gloeosporium spp. Puccinia spp.
Bananeira
Armillaria spp. Colletotrichum spp. Fusarium spp. Pestalotiopsis spp. Stachylidium theobromae
Batateira Fusarium spp. Helminthosporium spp. Sclerotinia spp.
Beringela Verticillium spp.
Beterraba Fusarium spp. Rhizoctonia spp.
Cafeeiro Colletotrichum spp. Phomopsis spp.
Cameleira Ciborinia camellia
Castanheiro Armillaria spp. Polyporus spp.
Chamaedora Fusarium spp. Chamaecyparis Armillaria spp.
Criptomeria Cylindrocarpon spp. Pestalotiopsis spp.
Crisântemo Puccinia horiana Couve Plasmodiophora brassicae
Faia Pestalotiopsis spp. Phyllosticta spp.
Feijoeiro Rhizoctonia spp.
Gerbera Fusarium spp. Phytophthora cryptogea
Lillium Botrytis cinerea Pestalotiopsis spp.
Macieira Colletotrichum gloeosporioides Phomopsis spp.
Melância Fusarium spp. Rhizoctonia spp.
Orquidea Colletotrichum spp. Phytophthora cactorum
29
HOSPEDEIRO ORGANISMO DETETADO
Palmeira Botryosphaeria spp. Fusarium spp. Pestalotiopsis spp.
Pau branco Gloeosporium spp. Pestalotiopsis spp. Phomopsis spp.
Pepino Fusarium spp. Pessegueiro Taphrina deformans
Physalis Alternaria spp. Phomopsis spp.
Pinheiro Cylindrocarpon spp. Pestalotiopsis spp.
Poinsetia Botrytis cinerea
Protea Alternaria spp. Fusarium spp. Pestalotiopsis spp.
Telopea corroboe
Alternaria spp. Botryosphaeria spp. Cladosporium spp. Epicoccum spp. Nigrospora spp. Pestalotiopsis spp. Phomopsis spp.
Tomateiro
Alternaria spp. Botrytis cinerea Cladosporium fulvun Fusarium spp. Leveillula taurica Phytophthora infestans Rhizoctonia solani Sclerotinia sclerotiorum
Uva da serra Gloeosporium spp. Pestalotiopsis spp. Pucciniastrum spp.
Videira Botryosphaeria spp. Colletotrichum spp. Phomospsis viticola
Vinhático
Cylindrocarpon spp. Gloeosporium spp. Pestalotiospsis spp. Phytophthora cinnamomi
30
LABORATÓRIO DE NEMATOLOGIA
As análises nematológicas efetuadas no decurso do ano de 2011 tiveram como objetivos
principais os seguintes tópicos:
─ Plano de Prospeção de nemátodos nas diversas ilhas do arquipélago;
─ Consultas fitossanitárias;
─ Apoio à cultura de beterraba sacarina;
─ Apoio à instalação de novas culturas
Consultas fitossanitárias
Efetuaram-se duzentas e setenta e três (273) análises com o objetivo de responder aos
diferentes Serviços de Desenvolvimento Agrário, aos agricultores e a outras entidades
cujos resultados obtidos são os descritos abaixo:
HOSPEDEIRO ORGANISMOS
IDENTIFICADOS Globodera sp.
Acelgas, Alface, Couve chinesa, Couve Inglesa
-
Acelgas, Alface, Couve chinesa, Feijão, Tomate
-
Agrião Pratylenchus
Xiphinema
Alface Pratylenchus
Xiphinema Criconemella
Alface, Alho, Beterraba -
Alface, Melancia Pratylenchus
Alface, Pimenta -
Alho -
Alho-francês Pratylenchus
Ananás Pratylenchus -
Antúrio - -
Bananeira Pratylenchus
Xiphinema -
31
HOSPEDEIRO ORGANISMOS
IDENTIFICADOS Globodera sp.
Batateira Helicotylenchus
Pratylenchus -
Batata, Alho-francês, Batata-doce -
Batata, Couve -
Batata-doce -
Beladona -
Castanheiro - -
Cebola Pratylenchus
Xiphinema
Cebola,Cenoura -
Cenoura Pratylenchus
Xiphinema
Conteira -
Courgetes Xiphinema
Couve -
Couve, Agrião, Salsa, Nabo -
Couve, Alho-francês -
Couve, Couve chinesa, Salsa Pratylenchus
Couve, Feijão -
Couve, Nabo Pratylenchus
Couve, Nabo, Cebola -
Couve, Pepino Pratylenchus
Couve, Repolho -
Couve, Salsa Pratylenchus
Couve, Salsa, Fava -
Couve-flor Pratylenchus
32
HOSPEDEIRO ORGANISMOS
IDENTIFICADOS Globodera sp.
Cove, Nabiça, Coentros -
Crinum -
Espinafre -
Fava Pratylenchus
Fava, Feijão Helicotylenchus
Feijão -
Feijão, Coentros, Nabo -
Frutícola - -
Gerbera Pratylenchus
Hortícolas Pratylenchus
Xiphinema -
Hortícolas, Pomar - -
Liliáceas Pratylenchus -
Maracujá Xiphinema
Melancia Pratylenchus
Meloa Xiphinema
Meloa, Courgetes, Pepino -
Milho doce Pratylenchus
Morango -
Nabo Pratylenchus
Nabo, Cenoura -
Nabo, Repolho -
Pepino Helicotylenchus
Pratylenchus
Pepino, Couve -
33
HOSPEDEIRO ORGANISMOS
IDENTIFICADOS Globodera sp.
Pimenta Pratylenchus
Xiphinema
Pimento Pratylenchus
Pimento, Couve Pratylenchus
Relvado Pratylenchus
Repolho -
Salsa, Fava -
Salsa, Nabo, Cebola, Agrião Pratylenchus
Xiphinema
Tabaco Pratylenchus
Tomateiro Pratylenchus
Vinha -
Apoio à cultura de beterraba sacarina
Efetuaram-se análises nematológicas em duzentas e trinta e seis (236) amostras de solo,
colhidas em campos de beterraba sacarina, de acordo com o quadro abaixo mencionado:
CONCELHO FREGUESIA ÁREA (Ha) Nº PONTOS
PROSPETADOS
Ponta Delgada
Arrifes Candelária Covoada Fafã de Baixo Fajã de Cima Fenais da Luz Feteiras Ginetes Livramento Mosteiros Relva Santa Clara São Sebastião São Vicente Ferreira
21.78 1.13 4.74 0.78
30.12 4.59 5.11 2.96 6.93 3.54
10.54 0.41 0.67 0.67
22 1 4 1
29 5 5 4 8 3
12 1 1 1
Total 93.97 97
34
CONCELHO FREGUESIA ÁREA (Ha) Nº PONTOS
PROSPETADOS
Lagoa Água de Pau Cabouco Santa Cruz
13.3 1.63 7.2
11 1 5
Total 22.13 17
Ribeira Grande
Calhetas Conceição Fenais d’Ajuda Maia Matriz Pico da Pedra Rabo de Peixe Ribeira Seca Ribeirinha Santa Bárbara
4.56 5.08 2.05 1.3
4.23 10.75 27.22 16.9 5.21
14.19
4 4 3 1 4
11 30 17 5
22
Total 91.49 101
Nordeste Achadinha Lomba da Fazenda São Pedro Nordestinho
2.1 7.07 1.34
2 7 2
Total 10.51 11
Vila Franca do Campo
Água d’ Alto Ponta Garça Ribeira das Tainhas
3.39 6.63 1.43
3 6 1
Total 11.45 10
As amostras de solo prospetadas encontraram-se isentas de Globodera pallida e de
Globodera rostochiensis. Em catorze (14) das amostras de solo mencionadas detetaram-
se quistos de Heterodera sp. em infestações com densidades populacionais muito baixas.
Em vinte (20) amostras de raízes de beterraba foram observadas infestações de
Meloidogyne conforme o quadro abaixo:
35
Nº de Amostra Organismos Identificados Densidade Populacional
5 Meloidogyne Média
19 Heterodera Muito Baixa
27A Meloidogyne Baixa
27B Meloidogyne Baixa
31 Meloidogyne Média
43 Heterodera Muito Baixa
64 Meloidogyne Baixa
65 Meloidogyne Média
74 Heterodera Muito Baixa
77 Heterodera Muito Baixa
86 Meloidogyne Elevada
89 Heterodera Muito Baixa
102 Meloidogyne Média
105A Meloidogyne Baixa
105B Meloidogyne Baixa
105C Meloidogyne Baixa
107A Meloidogyne Média
107B Meloidogyne Média
107C Meloidogyne Média
107D Meloidogyne Média
107E Meloidogyne Heterodera
Média Muito Baixa
114 Meloidogyne Média
117 Heterodera Muito Baixa
118 Heterodera Muito Baixa
126 Meloidogyne Baixa
130A Heterodera Muito Baixa
130B Heterodera Muito Baixa
141A Meloidogyne Média
143B Heterodera Muito Baixa
167 Heterodera Muito Baixa
170 Heterodera Muito Baixa
172 Meloidogyne Heterodera
Baixa Muito Baixa
36
Apoio à Instalação de novas culturas
Realizaram-se trezentas e quarenta e sete (347) análises laboratoriais em amostras de
solo. Estas foram colhidas em parcelas de terreno que irão ter as culturas descritas no
quadro abaixo:
Cultura Prevista Organismos identificados
Globodera sp.
Amoras Pratylenchus
Xiphinema Helicotylenchus
-
Bananeira - -
Batateira Pratylenchus -
Beterraba Xiphinema
Helicotylenchus -
Castanheiros Xiphinema -
Castanheiros, Citrinos
Helicotylenchus Pratylenchus
-
Floricultura Pratylenchus
Xiphinema -
Framboesas Helicotylenchus
Xiphinema -
Fruteiras, Hortícolas Pratylenchus
Xiphinema Helicotylenchus
Frutícolas - -
Hortícolas
Helicotylenchus Pratylenchus Criconemella
Xiphinema
-
Hortícolas, Mirtilos Pratylenchus
Xiphinema -
Horticultura e Florícultura
- -
Kiwis Pratylenchus
Xiphinema -
Maracujá - -
Melancias Xiphinema -
Meloa - -
37
Cultura Prevista Organismos identificados
Globodera sp.
Mirtilos Helicotylenchus
Pratylenchus -
Pomar - -
Proteas Helicotylenchus
Pratylenchus Xiphinema
-
Proteas, Hortícolas Pratylenchus
-
Stevia Rebaudiana Xiphinema -
Vinha Criconemella Pratylenchus
-
38
LABORATÓRIO DE ENTOMOLOGIA A seguir apresenta-se a lista dos insetos identificados no Laboratório de Entomologia.
As consultas 2011/6 e 2011/15, 16 e 17 não estão incluídas no quadro acima, porque
referem-se a identificações feitas no âmbito de Programas de prospeção.
Consulta N.º Data Cultura Organismo Identificado
2011/1 31-mar Cenoura Listronotus oregonensis (Le Conte)
2011/2 31-mar Uva da Serra Ácaros
2011/3 31-mar Papaeira Hegetes tristis (Fabricius, 1792)
2011/4 11-mai Macieira e Pereira Dysaphis plantaginea (Passerini, 1860) e Dasineura pyri (Bouché, 1847)
2011/5 21-jun Tomateiro Não foi observada a presença de insectos ou de ácaros
2011/7 29-jul Interior de habitação Anobium punctatum (De Geer, 1774)
2011/8 18-jul Maracujá Tripes e ácaros
2011/9 28-jul Exterior e interior de habitação Não foi feita a identificação específica
2011/10 8-set Alface Meligethes aeneus Fab.
2011/11 6-set Crisântemos Frankliniella occidentalis, Macrosiphum euphorbiae e lagartas de tortricídeo
2011/12 5-set Citrinos, araçaleiro e couve Diversas
2011/13 6-set Batata Phthorimaea operculella (Zeller)
2011/14 8-set Batata Phthorimaea operculella (Zeller)
2011/18 7-out Maracujá Ceratitis capitata (Wiedemann,1824)
2011/19 17-out Anoneira Planococcus sp.
2011/20 26-out Maracujá e Tomate arbóreo Ceratitis capitata (Wiedemann,1824)
2011/21 7-dez Interior de habitação Nabis sp.
2011/22 19-dez Citrinos Cacoecimorpha pronubana (Hübner)
39
LABORATÓRIO DE BACTERIOLOGIA
No âmbito das consultas fitossanitárias foram realizadas análises de deteção e
identificação de bactérias fitopatogénicas, a 4 amostras provenientes de agricultores
particulares das ilhas de S. Miguel, Pico e Flores.
Apenas numa amostra foi detetada a presença de um microrganismo fitopatogénico,
como se pode observar na tabela seguinte.
Data Nº Consulta Hospedeiro Bactéria fitopatogénica
detetada
27 de maio 2011/61 Tomateiro Pseudomonas corrugata
2 de junho 2010/62 Batateira -
21 de junho 2011/98 Tomateiro -
6 de setembro 2011/140 Crisântemo -
40
2. VARIEDADES, SEMENTES E PROPÁGULOS
2.1 BATATA-SEMENTE
2.1.1 ENSAIO DE CONTROLO A POSTERIORI DE BATATA DE SEMENTE DE 2011
Com o objetivo de verificar as classificações atribuídas e a qualidade dos lotes de batata
de semente provenientes do exterior da Região Autónoma dos Açores em 2011, a Direção
de Serviços de Agricultura e Pecuária efetuou um ensaio de controlo a posteriori com
amostras de 14 (catorze) lotes provenientes da União Europeia e inspeccionados pelos
técnicos da DSAP e dos vários Serviços de Desenvolvimento Agrário da Secretaria
Regional da Agricultura e Florestas.
Todas as amostras testadas neste ensaio de controlo a posteriori estavam conformes com
as normas comunitárias e nacionais em vigor, à exceção das amostras dos talhões 3 e 4,
em que foram observadas plantas com um índice de viroses superior ao admitido. Visto
tratar-se de amostras de variedades destinadas a ensaios de adaptação e, que por este
motivo não foram comercializadas na Região, não foi necessário tomar nenhuma medida
adicional.
41
ENSAIO DE CONTROLO A POSTERIORI - 2011 IDENTIFICAÇÃO DOS LOTES
Nº Amostra
Variedade Origem Nº Registo N.º Lote Categ. /Classe Operador económico/
/Local de Inspeção
1 Faluka Reino Unido Amostras para ensaio Base Agromaçanita/S.Miguel
2 Manitou Reino Unido Amostras para ensaio Base Agromaçanita/S.Miguel
3 Picasso Reino Unido Amostras para ensaio Base Agromaçanita/S.Miguel
4 Roko Reino Unido Amostras para ensaio Base Agromaçanita/S.Miguel
5 Romano Reino Unido Amostras para ensaio Base Agromaçanita/S.Miguel
6 Rudolph Reino Unido Amostras para ensaio Base Agromaçanita/S.Miguel
7 Cara Reino Unido
(Escócia) UK/S/3990 55197 B/CE 2/E1 FG 6 Agromaçanita/S.Miguel
8 Fabula Holanda 10428 B/CE 1/E Olivério Melo/S.Miguel
9 Merlin Reino Unido
(Escócia) UK/S/2120 54092 B/CE 2/E António Cordeiro/S.Miguel
10 Red Scarlett Holanda 11506 B/CE 1/E Olivério Melo/S.Miguel
11 Romano Reino Unido
(Escócia) UK/S/41 50620 B/CE 2/SE 2 Agromaçanita/S.Miguel
12 Rudolph Reino Unido
(Escócia) UK/S/41 50493 B/CE 2/E Agromaçanita/S.Miguel
13 Yona França 008218 F112060500200 B/CE 3 António Cordeiro/S.Miguel
14 Yona França 040561 F111600300140 B/CE 3 António Cordeiro/S.Miguel
42
ENSAIO DE CONTROLO A POSTERIORI
- 2011 -
INSPEÇÕES DE CAMPO (%)
PRAGAS E DOENÇAS
AMOSTRA DATAS
2010/06/03
1 --
2 --
3 12 MG
4 11 MG; 1 RIZ
5 --
6 --
7 --
8 3 MG; 1 PN; 2 RIZ
9 --
10 --
11 1 PN
12 3 PN
13 2 MG
14 --
PN - Pé negro MG - Mosaico grave RIZ - Rizoctonia
43
Condições do ensaio de controlo a posteriori
LOCAL: Quinta de S.Gonçalo – Ponta Delgada
ANO: 2011
DELINEAMENTO EXPERIMENTAL:
- Nº DE TUBÉRCULOS/TALHÃO: 100 (4 x 25)
- COMPASSO DE PLANTAÇÃO: 70 cm x 30 cm
- ÁREA DO TALHÃO: 21,00 m2 (7,0 m x 2,8 m)
- Nº DE AMOSTRAS: 14
TIPO DE SOLO: Franco-argiloso
CULTURA ANTERIOR: luzerna
PREPARAÇÃO DO TERRENO: Lavoura e frezagem
FERTILIZAÇÃO:
MINERAL DE FUNDO: 110 U N/ha DATA: 2011/03/23
135 U P2O5/ha DATA: 2011/03/23
85 U K2O/ha DATA: 2011/03/23
PLANTAÇÃO:
DATA: 2011/03/23
44
OUTRAS OPERAÇÕES CULTURAIS:
Monda Química: ver quadro dos tratamentos fitossanitários;
Amontoa: 2011/04/26
TRATAMENTOS FITOSSANITÁRIOS:
DATA FINALIDADE PRODUTO COMERCIAL CONCENTRAÇÃO/ /DOSE
2011/03/28 Infestantes AFALON 1,5 kg/ha
2011/04/11 Míldio MANCOZAN 2,0 l/ha
2011/04/19 Míldio MANCOZAN 2,0 l/ha
2011/04/19 Insetos de solo DECISPRIME 0,4 l/ha
2011/04/26 Míldio EKYP MZ 2,5 l/ha
2011/05/10 Míldio EKYP MZ 2,5 l/ha
2011/05/23 Míldio EKYP MZ 2,5 l/ha
2011/06/06 Míldio CALDA BORDALESA SAPEC 20,0 kg/ha
2011/06/15 Míldio CALDA BORDALESA SAPEC 20,0 kg/ha
2011/06/24 Míldio CALDA BORDALESA SAPEC 20,0 kg/ha
45
ENSAIO DE CONTROLO A POSTERIORI
- 2011 - PRODUÇÕES
Nº da amostra DATA PRODUÇÃO (kg)
FALHAS < 30 mm ≥30 mm
01 2011/06/20 0,5 69,0 0
02 2011/06/21 1,0 69,0 0
03 2011/06/27 0,3 115,0 0
04 2011/06/27 0,3 100,0 0
05 2011/06/20 0,1 65.0 0
06 2011/06/21 0,6 85,0 0
07 2011/07/21 2,0 90,0 0
08 2011/06/21 0,5 66,0 0
09 2011/06/21 1,5 110,0 0
10 2011/06/20 0,5 62,5 0
11 2011/06/21 0,5 81,0 0
12 2011/06/21 0,5 99,0 0
13 2011/06/21 0,5 91,5 0
14 2011/07/21 4,0 49,0 0
46
2.2 CATÁLOGO NACIONAL DE VARIEDADES
Tendo por objetivo avaliar o Valor Agronómico (VA), o Valor de Utilização (VU) e a
Distinção, Homogeneidade e Estabilidade (DHE) foram instalados ensaios de variedades
integrados na Rede Nacional de Ensaios.
2.2.1 ENSAIOS DE ADAPTAÇÃO DE VARIEDADES DE BATATA
No ano de 2011, o ensaio de Valor Agronómico (VA) foi constituído por 6 (seis)
variedades, encontrando-se 3 (três) delas em processo de inscrição no Catálogo Nacional
de Variedades pelo segundo ano e sendo as restantes 3 (três) as testemunhas (Desiree,
Rosanna e Yona).
Da produção obtida foram retiradas amostras de cada variedade que foram enviadas para
a Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural, com o objetivo de se avaliar o
Valor de Utilização (VU) e a Distinção, Homogeneidade e Estabilidade (DHE).
Os resultados obtidos nos ensaios de valor agronómico da Rede Nacional de Ensaios
foram considerados válidos, permitindo a inscrição destas três variedades no Catálogo
Nacional de Variedades.
Nas páginas seguintes apresentam-se alguns elementos referentes ao ensaio de VA
realizado na Região Autónoma dos Açores em 2011.
47
Condições do ensaio de valor agronómico
LOCAL: Quinta de S.Gonçalo – Ponta Delgada
ANO: 2011
DELINEAMENTO EXPERIMENTAL:
- BLOCOS CASUALIZADOS
- Nº DE TUBÉRCULOS/TALHÃO: 100 (4 x 25)
- COMPASSO DE PLANTAÇÃO: 70 cm x 30 cm
- ÁREA DO TALHÃO: 21,00 m2 (7,0 m x 2,8 m)
- Nº DE VARIEDADES: 6
- Nº DE REPETIÇÕES: 4
TIPO DE SOLO: Franco-argiloso
CULTURA ANTERIOR: luzerna
PREPARAÇÃO DO TERRENO: Lavoura e frezagem
FERTILIZAÇÃO:
MINERAL DE FUNDO: 110 U N/ha DATA: 2011/03/23
135 U P2O5/ha DATA: 2011/03/23
85 U K2O/ha DATA: 2011/03/23
48
PLANTAÇÃO:
DATA: 2011/03/23
OUTRAS OPERAÇÕES CULTURAIS:
Monda Química: ver quadro dos tratamentos fitossanitários;
Amontoa: 2011/04/26
Colheita:
- 2011/06/20: modalidades 09138 e 09145;
- 2011/06/28: modalidades 09139 e 09140;
- 2011/07/04: modalidades 08110 e 09144.
TRATAMENTOS FITOSSANITÁRIOS:
DATA FINALIDADE PRODUTO COMERCIAL CONCENTRAÇÃO/
/DOSE
2011/03/28 Infestantes AFALON 1,5 kg/ha
2011/04/11 Míldio MANCOZAN 2,0 l/ha
2011/04/19 Míldio MANCOZAN 2,0 l/ha
2011/04/19 Insetos de solo DECISPRIME 0,4 l/ha
2011/04/26 Míldio EKYP MZ 2,5 l/ha
2011/05/10 Míldio EKYP MZ 2,5 l/ha
2011/05/23 Míldio EKYP MZ 2,5 l/ha
2011/06/06 Míldio CALDA BORDALESA SAPEC 20,0 kg/ha
2011/06/15 Míldio CALDA BORDALESA SAPEC 20,0 kg/ha
2011/06/24 Míldio CALDA BORDALESA SAPEC 20,0 kg/ha
49
PRODUÇÃO
VARIEDADE REPETIÇÃO
CALIBRE MÉDIA
(ton/ha) <30/40 mm >31/41 mm Total
(kg/talhão) (kg/talhão) (kg/talhão)
08110
1ª 1,0 87,0 88,0
40,65 2ª 1,0 83,0 84,0
3ª 1,5 82,0 83,5
4ª 1,0 85,0 86,0
09138
1ª 2,0 69,0 71,0
32,56 2ª 1,0 52,0 53,0
3ª 1,5 76,0 77,5
4ª 1,0 71,0 72,0
09139
1ª 1,0 70,0 71,0
41,01 2ª 1,0 90,0 91,0
3ª 0,5 81,0 81,5
4ª 2,0 99,0 101,0
09140
1ª 1,0 56,0 57,0
36,01 2ª 1,5 64,0 65,5
3ª 2,0 81,0 83,0
4ª 2,0 95,0 97,0
50
PRODUÇÃO
VARIEDADE REPETIÇÃO
CALIBRE MÉDIA
(kg/ha) <30/40mm >31/41mm Total
(kg/talhão) (kg/talhão) (kg/talhão)
09144
1ª 2,5 60,0 62,5
36,49
2ª 1,0 66,0 67,0
3ª 0,5 97,0 97,5
4ª 0,5 79,0 79,5
09145
1ª 4,0 46,0 50,0
27,56
2ª 3,5 43,0 46,5
3ª 3,0 60,0 63,0
4ª 20 70,0 72,0
51
2.2.2 ENSAIOS DE ADAPTAÇÃO DE VARIEDADES DE ESPÉCIES FORRAGEIRAS
Integrado na Rede Nacional de Ensaios de Espécies Forrageiras, Pratenses e
Proteaginosas, foi instalado em S. Miguel um ensaio de Azevém anual, que iria cumprir
um 2º ano de ensaios. No entanto, condições atmosféricas muito adversas, na semana
seguinte ao da sua instalação, originaram o arrastamento de alguns talhões pelo que, e
na falta sementes para ressemear os talhões em falta, teve de ser anulado.
Em conformidade com o disposto no Decreto-lei nº 154/2005 foi admitida para inscrição
no CNV uma variedade de Azevém anual pelo que, a sua aceitação, depende dos
resultados dos ensaios de valor agronómico (VA) realizados com objetivo de determinar a
sua aptidão e produção nas condições nacionais e regionais, em comparação com outras
variedades eleitas para testemunhas.
Ao longo do ciclo vegetativo serão efetuados os seguintes registos:
- Emergência e regularidade da emergência (quando mais de 50% das plantas tiverem
1 folha);
- Vigor e homogeneidade das plantas (um mês após a data da emergência);
- Povoamento (efetuada um mês após a data da emergência e é determinado pelo
número de plantas existentes em um metro linear na zona central da 4ª linha);
- Início do espigamento (quando se verificarem 10 espigas fora da bainha por metro
linear);
- Crescimento após o corte;
- Sensibilidade ao frio, geada, excesso de humidade e acama;
- Sensibilidade ao herbicida (efeitos da fitotoxidade caso tenha sido efetuado monda
química);
- Pragas e doenças (as pragas e doenças que ocorrem naturalmente no ensaio deverão
ser registadas quando ultrapassam os 5% de área foliar à exceção das ferrugens,
assim como a data da sua ocorrência. Regista-se a % de infeção em 3 zonas do talhão
e em níveis de 1-9 (fig. 2.1):
52
0 – ausência de observação
1 – 0 a 5% da planta atacada
3 – 25% da planta atacada
5 – 50% da planta atacada
7 – 75% da plantas atacada
9 – 100% da planta atacada
1 3 5 7 9
Fig 2.1 - Escala para avaliação da intensidade de ataque das doenças
foliares (Fonte: DGADR)
Neste ensaio instalado no campo de ensaios de S. Gonçalo, serão ainda avaliadas as
produções de matéria verde e de matéria seca de cada variedade, sobre uma “área útil”
constituída pelo comprimento do talhão e pela largura correspondente ao número de
linhas cortadas.
53
ESQUEMA DE CAMPO DE VA
Espécie: Azevém anual
Área do talhão: 8,4 m2 (1,2 m x 7,0m)
Nº de variedades: 7
Largura do talhão: 1,2 m
Comprimento do talhão: 7 m
Nº de linhas/ talhão: 6
Rua:1,0m/1,5m
REP.IV
B
5
7
2
1
3
4
6
B
REP.III
B
2
3
7
4
6
5
1
B
REP.III
B
2
4
6
3
1
5
7
B
REP.I
B
5
7
3
2
1
4
6
B
Legenda:
Variedade: 1 – 08098
2 – 90041
3 – 97004
4 – 11170
5 – 11171
6 – 11172
7 – 11173
B - Bordadura
54
3. CONTROLO OFICIAL DE RESÍDUOS
3.1 LIMITE MÁXIMO DE RESÍDUOS DE PESTICIDAS
Em cumprimento do disposto no Regulamento (CE) nº 396/2005, de 23 de fevereiro, relativo
aos limites máximos de resíduos de pesticidas no interior e à superfície dos géneros
alimentícios e dos alimentos para animais, de origem vegetal ou animal, deu-se continuidade
ao programa de execução do controlo de resíduos de pesticidas em produtos de origem
vegetal, tendo-se procedido à colheita de 71 (setenta e uma) amostras de produtos vegetais,
produzidos ou não na região.
O programa de controlo teve por base para a sua elaboração o programa coordenado da
União Europeia que definiu os produtos agrícolas a analisar (feijão sem vagem, fresco ou
congelado, cenouras, pepinos, batatas, arroz e espinafres frescos ou congelados). O
programa nacional e regional foi ainda alargado a outros produtos como: laranja/mandarina,
pera rocha, ananás, meloa, alho, pimenta, couve-flor, banana, nabo, beringela, pimento e
uvas vínicas e aos quais estão associados um quadro potencialmente sensível em termos de
resíduos ou são produtos regionais com denominação de origem e que interessa preservar a
qualidade.
Avaliar a exposição dos consumidores aos resíduos de pesticidas nos produtos agrícolas de
origem vegetal, através de uma seleção apropriada de produtos agrícolas e pesticidas,
segundo um plano de amostragem representativo e exequível é o objetivo deste controlo.
Recorreu-se ao Laboratório de Resíduos de Pesticidas do INRB, e ao Laboratório de
Qualidade Agrícola da Direção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural na ilha da
Madeira, para análise das amostras relativamente às combinações produto/resíduos de
pesticidas conforme o indicado no Anexo I da Recomendação da Comissão relativa ao
programa comunitário de fiscalização coordenada.
Os resultados laboratoriais obtidos são os que se discrimina nos quadros abaixo:
55
CONTROLO OFICIAL DE RESÍDUOS DE PESTICIDAS
ANO 2011
Código
Regional
Tipo de Produto
Data
Recolha
Origem do
Produto
Estabelecimento
Comercial
Ilha
Resultado
LRP
Data
Resultado do
Laboratório
Data
Informação
Entidades
Laboratório
110501 Ananás 17/08/11 Regional Coop. Profrutos S. Miguel Isenta 18/11/11 6/12/11 INRB
110502 Ananás “ Regional “ “ Isenta 18/11/11 6/12/11 INRB
114503 Ananás “ Regional Luis Machado “ Isenta 18/11/11 6/12/11 INRB
114504 Ananás “ Regional “ “ Isenta 18/11/11 6/12/11 INRB
114505 Ananás “ Regional “ “ Isenta 18/11/11 6/12/11 INRB
110406 Cenoura 1/09/11 Nacional Merc. da Graça “ Isenta 13/10/11 3/11/11 Lab. Mad.
110407 Batata “ Regional “ “ Isenta 29/09/11 13/10/11 Lab. Mad.
110408 Laranja “ Nacional “ “ Isenta 29/09/11 13/10/11 Lab. Mad.
110409 Espinafre “ Regional “ “ Isenta 27/09/11 13/10/11 Lab. Mad.
110410 Couve-flor “ Regional “ “ Isenta 29/09/11 13/10/11 Lab. Mad.
110411 Nabo “ Nacional “ “ INFRAÇÃO 20/10/11 8/11/11 Lab. Mad.
110412 Alface “ Regional “ “ Isenta 13/10/11 3/11/11 Lab. Mad.
110413 Pimento “ Regional “ “ Isenta 4/10/11 24/10/11 Lab. Mad.
110414 Pepino “ Regional “ “ Isenta 29/09/11 13/10/11 Lab. Mad.
56
CONTROLO OFICIAL DE RESÍDUOS DE PESTICIDAS
ANO 2011
Código
Regional
Tipo de Produto
Data
Recolha
Origem do
Produto
Estabelecimento
Comercial
Ilha
Resultado
LRP
Data
Resultado
do
Laboratório
Data
Informação
Entidades
Laboratório
110415 Couve-flor 1/09/11 Regional Merc. da Graça S. Miguel Isenta 29/09/11 13/10/11 Lab. Mad.
110416 Beringela “ Regional “ “ Isenta 29/09/11 13/10/11 Lab. Mad.
110417 Pepino “ Regional “ “ Isenta 29/09/11 13/10/11 Lab. Mad.
110418 Pera Rocha “ Regional “ “ Isenta 29/09/11 13/10/11 Lab. Mad.
114319 Pimenta 8/09/11 Regional Fábrica Lagoa “ Isenta 12/10/2011 31/10/2011 Lab. Mad.
114320 Pimenta “ Regional “ “ Isenta 12/10/2011 31/10/2011 Lab. Mad.
111521 Banana 14/03/11 Regional Hiper Modelo Terceira INFRAÇÃO 24/10/11 18/11/11 INRB
111522 Espinafre “ Regional “ “ Isenta 12/04/11 21/04/11 Lab. Mad.
111523 Beringela “ Regional “ “ Isenta 15/04/11 4/05/11 Lab. Mad.
111524 Couve-flor “ Regional “ “ Isenta 13/04/11 21/04/11 Lab. Mad.
112025 Nabo “ Regional Frutercoop “ Isentas 26/04/11 11/05/11 Lab. Mad.
110926 Alface “ Regional “ “ Isenta 13/04/11 21/04/11 Lab. Mad.
112027 Batata “ Regional Emater “ Isenta 14/04/11 4/05/11 Lab. Mad.
112028 Cenoura “ Regional “ “ Isenta 26/04/11 11/05/11 Lab. Mad.
57
CONTROLO OFICIAL DE RESÍDUOS DE PESTICIDAS
ANO 2011
Código
Regional
Tipo de Produto
Data
Recolha
Origem do
Produto
Estabelecimento
Comercial
Ilha
Resultado
LRP
Data
Resultado
do
Laboratório
Data
Informação
Entidades
Laboratório
112029 Couve-flor 14/03/11 Regional Emater Terceira Isenta 11/04/11 21/04/11 Lab. Mad.
112030 Laranja “ Nacional “ “ Isenta 27/04/11 11/05/11 Lab. Mad.
112031 Pimento “ Nacional “ “ Isenta 12/04/11 21/04/11 Lab. Mad.
112032 Pepino “ Nacional “ “ Isenta 12/04/11 21/04/11 Lab. Mad.
112033 Pêra Rocha “ Nacional “ “ Isenta 18/04/11 04/05/11 Lab. Mad.
115534 Uva Terratez 8/09/11 Regional Manuel Simas “ Isenta 3/10/11 25/10/11 Lab. Mad.
115535 Uva Verdelho “ Regional “ “ Isenta 3/10/11 25/10/11 Lab. Mad.
111036 Meloa 18/07/11 Regional Agromariensecoop St. Maria Isenta 18/11/11 06/12/11 INRB
111037 Meloa “ Regional “ “ Isenta 18/11/11 06/12/11 INRB
115038 Banana “ Regional T. Dobreira Lda “ Isenta 18/11/11 06/12/11 INRB
110439 Espinafres 17/08/11 Regional Mercado da Graça S. Miguel Isenta 29/09/11 13/10/11 Lab. Mad.
110440 Cenoura “ Regional “ “ Isenta 29/09/11 13/10/11 Lab. Mad.
112141 Meloa 02/09/11 Regional Adega cooperativa Graciosa Isenta 18/11/11 06/12/11 INRB
112142 Meloa “ Regional “ “ Isenta 18/11/11 06/12/11 INRB
58
CONTROLO OFICIAL DE RESÍDUOS DE PESTICIDAS
ANO 2011
Código
Regional
Tipo de Produto
Data
Recolha
Origem do
Produto
Estabelecimento
Comercial
Ilha
Resultado
LRP
Data
Resultado
do
Laboratório
Data
Informação
Entidades
Laboratório
112243 Alho 02/09/11 Regional Niogénio Lima Graciosa Isenta 18/11/11 06/12/11 INRB
113844 Uva vínica 10/09/11 Regional Luis Vasco Silva “ Isenta 3/10/11 25/10/11 Lab. Mad.
114945 Uva vínica “ Regional Mª Lourdes Santos “ Isenta 17/05/11 7/07/11 Lab. Mad.
114746 Cenoura 16/09/11 Regional Almeida Azevedo SA S. Jorge Isenta 17/05/11 7/07/11 Lab. Mad.
114747 Pêra rocha “ Regional “ “ Isenta 17/05/11 7/07/11 Lab. Mad.
114748 Clementina “ Regional “ “ Isenta 17/05/11 7/07/11 Lab. Mad.
114749 Batata “ Regional “ “ Isenta 17/05/11 7/07/11 Lab. Mad.
114750 Clementina “ Regional “ “ Isenta 17/05/11 7/07/11 Lab. Mad.
115151 Uva vínica “ Regional Almeida Azevedo SA Pico Isenta 14/10/11 25/10/11 Lab. Mad.
115252 Uva vínica “ Regional “ “ Isenta 14/10/11 25/10/11 Lab. Mad.
115353 Uva vínica “ Regional “ “ Isenta 14/10/11 25/10/11 Lab. Mad.
113154 Batata “ Regional “ “ Isenta 14/10/11 25/10/11 Lab. Mad.
113155 Cenoura “ Regional “ “ Isenta 14/10/11 25/10/11 Lab. Mad.
115456 Uva vínica “ Regional “ “ Isenta 14/10/11 25/10/11 Lab. Mad.
59
CONTROLO OFICIAL DE RESÍDUOS DE PESTICIDAS
ANO 2011
Código
Regional
Tipo de Produto
Data
Recolha
Origem do
Produto
Estabelecimento
Comercial
Ilha
Resultado
LRP
Data
Resultado do
Laboratório
Data
Informação
Entidades
Laboratório
110857 Laranja 15/07/11 Nacional Hiper Modelo Faial Isenta 26/07/11 2/09/11 Lab. Mad.
110858 Pêra rocha “ Nacional “ “ Isenta 27/07/11 2/09/11 Lab. Mad.
110859 Batata “ Nacional - “ Isenta 27/07/11 6/09/11 Lab. Mad.
110860 Espinafre “ Nacional “ “ Isenta 27/07/11 2/09/11 Lab. Mad.
110861 Pepino “ Nacional “ “ Isenta 26/07/11 2/09/11 Lab. Mad.
110862 Couve-flor “ Nacional “ “ Isenta 27/07/11 6/09/11 Lab. Mad.
110863 Couve-flor “ Nacional “ “ Isenta 27/07/11 6/09/11 Lab. Mad.
111464 Banana 09/09/11 Regional Frutaçor S. Miguel Isenta 30/11/11 6/12/11 INRB
111465 Banana “ Regional “ “ Isenta 30/11/11 6/12/11 INRB
110866 Alface 17/11/11 Nacional “ “ Isenta 28/07/11 2/09/11 Lab. Mad.
113467 Cenoura “ Nacional FreitasBraga & Braga Flores Isenta 26/07/11 2/09/11 Lab. Mad.
113468 Pêra rocha “ Nacional “ “ Isenta 26/07/11 2/09/11 Lab. Mad.
113469 Laranja “ Nacional “ “ Infração 26/07/11 2/09/11 Lab. Mad.
113470 Batata “ Regional “ “ Isenta 26/07/11 2/09/11 Lab. Mad.
60
CONTROLO OFICIAL DE RESÍDUOS DE PESTICIDAS
ANO 2011
Código
Regional
Tipo de Produto
Data
Recolha
Origem do
Produto
Estabelecimento
Comercial
Ilha
Resultado
LRP
Data
Resultado do
Laboratório
Data
Informação
Entidades
Laboratório
110371 Couve-flor 05/09/11 Regional Frutaria S. Miguel S. Miguel Isenta 3/10/11 25/10/11 Lab. Mad.
110372 Pepino “ Regional “ “ Isenta 3/10/11 25/10/11 Lab. Mad.
110373 Nabo “ Regional “ “ Isenta 3/10/11 25/10/11 Lab. Mad.
CONTROLO OFICIAL DE RESÍDUOS DE NITRATOS
ANO 2011
Código
Regional
Tipo de Produto
Data
Recolha
Origem do
Produto
Estabelecimento
Comercial
Ilha
Resultado
LRP
Data
Resultado do
Laboratório
Data
Informação
Entidades
Laboratório
115801 Espinafres 03/05/11 Regional Armazém Produtor S. Miguel Isenta 26/05/11 2/06/11 ASAE
115802 Espinafres “ Regional “ “ Isenta 26/05/11 2/06/11 ASAE
115803 Alface “ Regional “ “ Isenta 26/05/11 2/06/11 ASAE
62
4. CONTROLO DE ROEDORES
4.1 AQUISIÇÃO E CEDÊNCIA DE RODENTICIDAS A Direção de Serviços de Agricultura e Pecuária, da Direção Regional do Desenvolvimento
Agrário, à semelhança de anos anteriores, adquiriu em 2011 produtos rodenticidas para
cedência gratuita através das Autarquias (Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia) de
forma a contribuir para o controlo das populações de roedores nocivos, na ilha de São
Miguel. No corrente ano foram adquiridas, por concurso público, 46,5 toneladas de
Lanirat, um rodenticida de uso agrícola, em grão de cereal, à base da substância ativa
bromadiolona (15 toneladas para a Direção de Serviços de Agricultura e Pecuária, 15
toneladas para o Serviço de Desenvolvimento Agrário do Pico, 7,5 toneladas para o
Serviço de Desenvolvimento Agrário de Flores e Corvo e 9 toneladas para o Serviço de
Desenvolvimento Agrário da Graciosa); 80,5 toneladas do rodenticida de uso agrícola
Ratatox, formulado à base da substância ativa difenacume, em grão de cereal (20
toneladas para a Direção de Serviços de Agricultura e Pecuária, 14 toneladas para o
Serviço de Desenvolvimento Agrário da Terceira, 7 toneladas para o Serviço de
Desenvolvimento Agrário de Santa Maria, 18 toneladas para o Serviço de
Desenvolvimento Agrário de São Jorge, 14 toneladas para o Serviço de Desenvolvimento
Agrário do Faial e 7,5 toneladas para o Serviço de Desenvolvimento Agrário de Flores e
Corvo); e 4,26 toneladas do rodenticida de uso veterinário Ratservice, formulado à base
da substância ativa bromadiolona, em grão de cereal (2,5 toneladas para o Serviço de
Desenvolvimento Agrário do Pico, 1,260 toneladas para o Serviço de Desenvolvimento
Agrário de Flores e Corvo e 0,5 toneladas para o Serviço de Desenvolvimento Agrário da
Graciosa). O custo total foi de 218.750,00€ (sem IVA).
O quadro 4.1 apresenta a quantidade de produto adquirido por ilha em 2011 e o gráfico
4.1 apresenta a variação anual da quantidade de rodenticida adquirido para a ilha de São
Miguel nos últimos 7 anos.
63
Quadro 4.1 – Quantidade de rodenticida adquirido por ilha, em 2011.
ILHA QUANTIDADE DE RODENTICIDA ADQUIRIDO (TONELADAS)
São Miguel 35
Terceira 14
Faial 14
Pico 17,5
São Jorge 18
Graciosa 9,5
Flores e Corvo 16,260
Santa Maria 7
Total 131,260
Gráfico 4.1 – Variação anual das quantidades de rodenticida adquirido para a ilha de São
Miguel.
Durante 2011, foram cedidos ou utilizados em ações diretas realizadas pela DSAP 33.534
kg de rodenticida [32.540 kg (97,04%) foram cedidos a autarquias e o restante foi
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
45
33
22
27
31,5
40
35
TON
ELA
DA
S
ANO
Variação anual das quantidades de rodenticida adquirido para São Miguel (2005-2011)
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
64
utilizado em ações de desratização desenvolvidas diretamente pela DSAP ou cedido a
outras entidades/particulares que solicitaram apoio].
O Gráfico 4.2 apresenta a quantidade de rodenticida cedido/utilizado pela DSAP, nos
últimos 7 anos.
Gráfico 4.2 – Quantidade de rodenticida cedido/utilizado pela DSAP nos últimos 7 anos.
O gráfico 4.3 apresenta a variação mensal da quantidade de rodenticida cedido/utilizado
pela DSAP ao longo do ano.
.
Gráfico 4.3 – Variação mensal da quantidade de rodenticida cedido/utilizado ao longo de
2011 na ilha de São Miguel.
0
20000
40000
60000
14005
42755 35310 32668
13737
26517 33534
Kg
ANO
Quantidade de rodenticida cedido/utilizado por ano pela DSAP (2005-2011)
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Kg
MÊS
Variação mensal das quantidades de rodenticida cedido/utilizado em 2011 (São Miguel)
65
O quadro seguinte (Quadro 4.2) apresenta a quantidade de rodenticida cedido às
Autarquias, por Concelho.
Quadro 4.2 – Quantidade de rodenticida cedido às Autarquias, por Concelho, na ilha de São
Miguel.
Concelho Peso (kg)
Ponta Delgada 10840
Ribeira Grande 9600
Lagoa 2100
Vila Franca do Campo 4400
Povoação 3800
Nordeste 1800
Total 32540
A variação de existências do rodenticida na DSAP encontra-se indicada no quadro 4.3.
Quadro 4.3 – Variação de existências do rodenticida na DSAP (2011).
Variação de existências em
2011
Quantidade por produto comercial (Kg)
Lanirat Rat Service Ratatox
Stock inicial 10816 22667 10000
Entrada 15000 0 20000
Saída 4338 22324 6872
Stock Final 21478 343 23128
4.2 ACONSELHAMENTO E APOIO TÉCNICO
Foi dado aconselhamento e apoio técnico sobre as boas práticas de controlo de roedores
a todos os particulares e/ou entidades que o solicitaram, tendo-se realizado sempre que
possível visitas aos locais em causa, para uma melhor avaliação do problema. Além disso,
66
a DSAP realizou e/ou acompanhou diretamente algumas ações de controlo e
desratização, em determinadas situações específicas.
4.3 AÇÕES DE FORMAÇÃO, DIVULGAÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO
Foi elaborado um manual de boas práticas intitulado “Controlo de Roedores nas
Explorações Agrícolas e Pecuárias da Região Autónoma dos Açores” (página seguinte) e
editados 2000 exemplares do mesmo, posteriormente distribuídos pelos Serviços de
Desenvolvimento Agrário de cada ilha para divulgação junto dos agricultores/lavradores
da Região – fevereiro de 2011.
4.4 PROJETO “EPIDEMIOLOGIA E CONTROLO DA LEPTOSPIROSE NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES”
No âmbito do envolvimento da DSAP no Projeto “Epidemiologia e Controlo da
Leptospirose na Região Autónoma dos Açores” (USA Scientific Cooperative Agreement No.
58-4001-3-F185), e no seguimento de convite elaborado pela Associação Portuguesa de
Buiatria, foi proferida a palestra “LEPTOSPIROSE BOVINA NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS
AÇORES E SEU IMPACTE NA SAÚDE PÚBLICA” no V Congresso da Sociedade Portuguesa de
Ciências Veterinárias – As Ciências Veterinárias para uma só Saúde, realizado de 13 a 15
de outubro na Estação Zootécnica Nacional – Fonte Boa, Santarém.
68
Resumo da apresentação publicado no livro de resumos do congresso:
LEPTOSPIROSE BOVINA NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES E SEU
IMPACTE NA SAÚDE PÚBLICA
Borrego, S.1, Flor, L.
2, Mota-Vieira, L.
3, Vieira, M.L.
4, Santos, C.
1, Collares-Pereira, M.
4
1 Direção de Serviços de Agricultura e Pecuária, Direção Regional do Desenvolvimento Agrário (DRDA), Secretaria Regional de
Agricultura e Florestas (SRAF), São Miguel
2Laboratório Regional de Veterinária, Direção de Serviços de Veterinária – DRDA, SRAF, Terceira
3Unidade de Genética e Patologia Moleculares, Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada, EPE, São Miguel
4Unidade de Microbiologia Médica, Instituto de Higiene e Medicina Tropical, Universidade Nova de Lisboa
Nos Açores, a taxa de incidência média anual da leptospirose humana (11,1 casos/100.000 habitantes) é
cerca de 10 vezes superior à de Portugal continental (1,7 casos). De 1993 a Junho de 2011 (inclusive),
foram confirmados laboratorialmente 500 casos de leptospirose, 15 dos quais fatais; os adultos em idade
ativa (25-44 anos) e com profissões relacionadas com actividades agrícolas e/ou pecuárias são dos mais
infectados. Os principais serogrupos presuntivos responsáveis pela infecção humana têm sido
Icterohaemorrhagiae (≈54%) e Ballum (≈33%), cujos reservatórios dominantes são os roedores
(murinos), e Sejroe (≈10%), que tem, nos bovinos, o principal reservatório para o serovar Hardjo. No
âmbito do Projecto “Epidemiologia e Controlo da Leptospirose nos Açores (2003-2008)”, desenvolvido
por uma equipa multidisciplinar ao abrigo do Acordo de Cooperação e Defesa entre Portugal e os EUA
(No. 58-40001-3-F185), realizou-se um estudo em bovinos das ilhas Terceira (T) e São Miguel (SM),
com o objetivo de: i) identificar as leptospiras transmitidas por estes animais (após isolamento por
cultura de rim); e ii) determinar a seroprevalência da infecção por Leptospira (pela técnica de
aglutinação microscópica - TAM) em explorações leiteiras, não vacinadas. As explorações com, pelo
menos, um animal positivo foram incluídas no cálculo da respectiva taxa global ao nível da exploração.
No primeiro trimestre de 2008, 365 bovinos adultos, para abate, foram seleccionados, com vista ao
isolamento de leptospiras; obteve-se um total de 11 isolados - 8+/245 (3,3%) na T e 3+/120 (2,5%) em
SM - todos pertencentes à espécie genómica Leptospira borgpetersenii, serovar Hardjo, tipo Hardjo-
bovis. As serologias foram efetuadas em 5438 animais (nT=1477 e nSM=3961), desenvolvendo a TAM
contra 13 serovares pertencentes a 10 serogrupos do complexo L. interrogans sensu lato, num total de 63
e 93 explorações da T (Julho-Dezembro/2007) e SM (Janeiro-Julho/2008), respectivamente. A
seroprevalência, ao nível das explorações, foi de 66,7% na T e 70,9% em SM; em termos individuais, a
taxa foi de 6,8% (T) e 7,5% (SM). Em ambas as ilhas, o serogrupo Sejroe foi o mais reactivo na TAM, o
que, aliado ao isolamento da espécie L. borgpetersenii serovar Hardjo, confirma o papel relevante dos
bovinos na transmissão endémica destas bactérias, responsáveis por uma forma mais benigna da doença
nos humanos. Paralelamente, a deteção de anticorpos contra leptospiras dos serogrupos
Icterohaemorrhagiae e Ballum indica que estes animais podem também ter importância na infecção
antropozoonótica por estes agentes.
69
4.5 PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL INTEGRADA DE ROEDORES PARA O
ARQUIPÉLAGO DOS AÇORES
No seguimento do protocolo de cooperação técnica estabelecido entre a DRDA,
através da DSAP, e o Instituto Nacional dos Recursos Biológicos, na pessoa da Dra. Ana
Vinhas (atualmente ligada à Direção Geral das Atividades Económicas) e da publicação
do Decreto Legislativo Regional n.º 31/2010/A de 17 de novembro - Medidas de
prevenção, controlo e redução da presença de roedores invasores e comensais foi
criada, pela Resolução do Conselho do Governo n.º 28/2011 de 4 de março, a
Comissão de Gestão integrada de Pragas – Roedores, formada por representantes dos
departamentos governamentais com competência em matéria de agricultura e
florestas, de ambiente e mar; de ciência e equipamentos; de saúde; de inspeção das
atividades económicas, do trabalho e solidariedade social; de economia; de educação e
formação; de alimentação e mercados agrícolas; de ordenamento agrário; e por um
representante das autarquias locais. Como representante do departamento
governamental competente em matéria de agricultura e florestas e Coordenador das
atividades da Comissão foi nomeado o Dr. Carlos Santos, Diretor de Serviços de
Agricultura e Pecuária.
Uma das competências definidas para esta Comissão, e a mais prioritária, consistia em
formar grupos de trabalho para a elaboração de uma proposta de requisitos técnicos a
que deverão obedecer os planos de controlo de roedores e de uma proposta de
Manual de Boas Práticas de Controlo de Roedores a aplicar na Região Autónoma dos
Açores às atividades humanas dos vários setores da economia cujos métodos de
produção, transformação, distribuição e/ou comercialização atuem como geradores de
distúrbios no ecossistema e distribuidores de recursos, proporcionando atrativos à
proliferação e dispersão de roedores.
Os grupos de trabalho foram criados, tendo a Dra. Sofia Borrego, técnica superior da
Direção de Serviços de Agricultura e Pecuária, sido nomeada para fazer parte de 4 dos
70
10 grupos de trabalho criados, coordenar as atividades de todos os grupos, efetuar a
revisão técnica dos trabalhos realizados e fazer a ponte entre estes e a Comissão.
No âmbito das competências atribuídas à referida Comissão, e das tarefas atribuídas
por esta aos grupos de trabalho, desenvolveram-se as seguintes atividades:
1. Reuniões de trabalho;
2. Participação na elaboração da proposta de Manual de Boas Práticas de Controlo
de Roedores para a Região Autónoma dos Açores e da proposta de requisitos
técnicos a que deverão obedecer os planos de controlo de roedores;
3. Revisão técnica do Manual de Boas Práticas de Controlo de Roedores para a
Região Autónoma dos Açores e da proposta de requisitos técnicos a que deverão
obedecer os planos de controlo de roedores;
4. Edição e envio da proposta de Manual e da
proposta de requisitos técnicos aos membros
do Governo com tutela nas áreas de atividade
a que estes documentos dizem respeito,
nomeadamente ao Secretário Regional da
Agricultura e Florestas, ao Secretário Regional
do Ambiente e do Mar, ao Secretário Regional da Ciência, Tecnologia e
Equipamentos, ao Secretário Regional da Saúde, à Secretária Regional do
Trabalho e Solidariedade Social, ao Secretário Regional da Economia e à
Secretária Regional da Educação e Formação, dando conhecimento ao Instituto
de Alimentação e Mercados Agrícolas, ao Instituto Regional do Ordenamento
Agrário e à Associação de Municípios da Região Autónoma dos Açores, para
cumprimento do disposto no n.º 3 do artigo 5.º e no artigo 6.º do Decreto
Legislativo Regional n.º 31/2010/A de 17 de novembro;
5. Preparação de proposta de ações a desenvolver dentro da temática do controlo
de roedores para apresentação às entidades competentes, dando cumprimento
ao disposto na alínea e) do artigo 9.º do Decreto Legislativo Regional n.º
31/2010/A de 17 de novembro.
71
4.6 AVALIAÇÃO DOS DANOS PROVOCADOS PELOS ROEDORES NAS PRINCIPAIS CULTURAS
No que diz respeito ao estudo para avaliar os danos provocados
pelos roedores na cultura do ananás, em curso desde 2009,
continuou-se o acompanhamento e monitorização do processo de
produção em 23 locais de produção, pertencentes a 7 dos 8
produtores selecionados. O trabalho foi interrompido num dos
produtores por não se encontrarem reunidas as condições
necessárias à continuação do estudo, nomeadamente no que diz respeito ao
necessário envolvimento e participação responsável do produtor e respetivos
funcionários. No final de 2011, o número de ciclos de produção em estudo totalizavam
os 188, envolvendo 157 estufas.
4.7 DETERMINAÇÃO DA EXISTÊNCIA DE MUTAÇÕES AO NÍVEL DO GENE VKORC1, CONHECIDAS PELA SUA ASSOCIAÇÃO COM A PRESENÇA DE RESISTÊNCIAS AOS RODENTICIDAS ANTICOAGULANTES, EM ROEDORES DA ILHA DE SÃO MIGUEL Conforme foi referido no relatório de 2010, os primeiros resultados relativos ao
primeiro conjunto de amostras de Mus musculus enviado em 2009 foram rececionados
nesta Direção de Serviços em setembro de 2010 e revelaram a presença da mutação
Tyr139Cys em 5 dos 14 animais sequenciados (3 homozigóticos e 2 heterozigóticos).
Face aos resultados obtidos, decidiu-se aumentar o tamanho da amostra e em
fevereiro de 2011 foram enviadas, para extração de ADN no Federal Research Centre
for Cultivated Plants – Julius Kuhn-Institut, Vertebrate Research de Munster e
sequenciação na Universidade de Wuerzburg, amostras de mais 33 animais da espécie
Mus musculus e de mais 2 animais da espécie Rattus norvegicus, capturados na ilha de
São Miguel entre outubro de 2010 e janeiro de 2011.
72
Os resultados, incluindo os dos 15 animais da espécie R. norvegicus cujas amostras
(ponta das caudas) haviam sido enviadas em setembro de 2010, chegaram em
novembro sendo que no grupo dos 33 Mus musculus foi detetada a mutação
Tyr139Cys em 3 animais (1 homozigótico e 2 heterozigóticos) e o grupo de mutações
Arg12Trp/p.Ala26Ser/p.Ala48Thr/p.Arg61Leu, vulgarmente designada por sequência
Mus spretus, em 3 animais (1 homozigótico e 2 heterozigóticos).
Concluindo, em relação à espécie Mus musculus, foram detetadas, no total, mutações
em 11 das 48 amostras enviadas (22,91%). A mutação Tyr139Cys foi encontrada em 8
animais (16,66%) e o grupo de mutações Arg12Trp/p.Ala26Ser/p.Ala48Thr/p.Arg61Leu
foi encontrado em 3 animais (6,25%).
79
Neste artigo podemos observar terem também sido analisados 20 animais da espécie
Mus musculus capturados na ilha Terceira e enviados para o Dr. Pelz pelo Sr. U. Klaus
Köhler. Nesses animais foi detetada a mutação Leu128Ser com a mutação Tyr139Cys
em 4 animais, a mutação Leu128Ser em 1 animal e a mutação Tyr139Cys em 15
animais, ou seja 100% dos animais amostrados apresentava alguma mutação.
As mutações encontradas nas ilhas de São Miguel e Terceira têm sido associadas, por
vários autores, à perda de eficácia dos rodenticidas anticoagulantes de primeira
geração (e.g. warfarina e cumatetralil) e do rodenticida anticoagulante de segunda
geração bromadiolona, conforme descrito no artigo seguinte por Pelz et al. (2011).
A mutação Tyr139Cys é uma das mutações do gene VKORC1 mais prevalentes na
espécie Rattus norvegicus, particularmente na Alemanha e na Dinamarca onde é
conhecida por conferir resistência a anticoagulantes de primeira geração e a alguns de
segunda geração, incluindo a bromadiolona e o difenacume (Pelz – comunicação
pessoal).
Em relação aos 17 animais da espécie R. norvegicus, 2 ratos foram sequenciados
enquanto os restantes foram apenas rastreados para a presença da mutação
Tyr139Cys. A mutação Tyr139Cys não foi detetada em nenhuma das amostras de R.
norvegicus enviadas.
Em novembro fomos ainda informados que a Universidade de Wuerzburg não poderia
continuar a colaborar e a fazer a sequenciação gratuita do ADN.
No quadro seguinte (Quadro 4.4) encontra-se reunida toda a informação relativa às
amostras enviadas e respetivos resultados.
80
Quadro 4.4 – Resumo dos dados relativos às amostras enviadas para sequenciação de ADN e
respetivos resultados.
Identificação Espécie Local de captura
Data de captura
Data de envio das amostras
Resultado
Mm1 Mus musculus São Roque 10-09-2009 10-11-2009 Tyr139Cys (TAT>TGT) heterozigótico
Mm2 Mus musculus São Roque 10-09-2009 10-11-2009 (não se conseguiu extrair o ADN)
Mm3 Mus musculus Vila Franca do Campo
22-10-2009 10-11-2009 Tyr139Cys (TAT>TGT) homozigótico
Mm4 Mus musculus São Roque 26-10-2009 10-11-2009 Tyr139Cys (TAT>TGT) homozigótico
Mm5 Mus musculus São Roque 27-10-2009 10-11-2009 Sem mutações
Mm6 Mus musculus São Roque 27-10-2009 10-11-2009 Sem mutações
Mm7 Mus musculus Quinta de São Gonçalo - Ponta Delgada
27-10-2009 10-11-2009 Sem mutações
Mm8 Mus musculus Quinta de São Gonçalo - Ponta Delgada
27-10-2009 10-11-2009 Sem mutações
Mm9 Mus musculus Quinta de São Gonçalo - Ponta Delgada
28-10-2009 10-11-2009 Sem mutações
Mm10 Mus musculus Quinta de São Gonçalo - Ponta Delgada
28-10-2009 10-11-2009 Sem mutações
Mm11 Mus musculus São Roque 29-10-2009 10-11-2009 Tyr139Cys (TAT>TGT) homozigótico
Mm12 Mus musculus São Roque 30-10-2009 10-11-2009 Tyr139Cys (TAT>TGT) heterozigótico
Mm13 Mus musculus São Roque 30-10-2009 10-11-2009 Sem mutações
Mm14 Mus musculus São Roque 30-10-2009 10-11-2009 Sem mutações
Mm15 Mus musculus São Roque 30-10-2009 10-11-2009 Sem mutações
Mm16 Mus musculus Mosteiros 06-10-2010 07-02-2011 Sem mutações
Mm17 Mus musculus Mosteiros 06-10-2010 07-02-2011 Sem mutações
Mm18 Mus musculus Mosteiros 06-10-2010 07-02-2011 Sem mutações
Mm19 Mus musculus Mosteiros 06-10-2010 07-02-2011 Sem mutações
Mm20 Mus musculus Mosteiros 07-10-2010 07-02-2011 Sem mutações
Mm21 Mus musculus Mosteiros 07-10-2010 07-02-2011 Sem mutações
Mm22 Mus musculus Mosteiros 07-10-2010 07-02-2011 Sem mutações
Mm23 Mus musculus Mosteiros 11-10-2010 07-02-2011 Sem mutações
Mm24 Mus musculus Mosteiros 11-10-2010 07-02-2011 Sem mutações
Mm25 Mus musculus Mosteiros 11-10-2010 07-02-2011 Sem mutações
Mm26 Mus musculus Cabouco Nov-10 07-02-2011 Sem mutações
Mm27 Mus musculus Cabouco Nov-10 07-02-2011 Sem mutações
Mm28 Mus musculus Cabouco Nov-10 07-02-2011 Sem mutações
Mm29 Mus musculus Cabouco Nov-10 07-02-2011 Sem mutações
Mm30 Mus musculus Cabouco Nov-10 07-02-2011 Sem mutações
Mm31 Mus musculus Cabouco Nov-10 07-02-2011 Tyr139Cys heterozigótico
Mm32 Mus musculus Cabouco Nov-10 07-02-2011 Sem mutações
Mm33 Mus musculus Cabouco Nov-10 07-02-2011 Sem mutações
Mm34 Mus musculus Cabouco Nov-10 07-02-2011 Sem mutações
Mm35 Mus musculus Cabouco Nov-10 07-02-2011 Sem mutações
Mm36 Mus musculus Cabouco Nov-10 07-02-2011 Sem mutações
81
Identificação Espécie Local de captura
Data de captura
Data de envio das amostras
Resultado
Mm37 Mus musculus Cabouco Nov-10 07-02-2011 Sem mutações
Mm38 Mus musculus Cabouco Nov-10 07-02-2011 Sem mutações
Mm39 Mus musculus Cabouco Nov-10 07-02-2011 Sem mutações
Mm40 Mus musculus Vila Franca do Campo
03-Dez-10 07-02-2011 Tyr139Cys homozigótico
Mm41 Mus musculus Ribeira das Taínhas
19-01-2011 07-02-2011 Sem mutações
Mm42 Mus musculus Ribeira das Taínhas
19-01-2011 07-02-2011 Ala48Thr/Ala26Ser/Arg12trp/Arg61Leu heterozigótico
Mm43 Mus musculus Ribeira das Taínhas
20-01-2011 07-02-2011 Sem mutações
Mm44 Mus musculus Ribeira das Taínhas
19-01-2011 07-02-2011 Sem mutações
Mm45 Mus musculus Ribeira das Taínhas
19-01-2011 07-02-2011 Ala48Thr/Ala26Ser/Arg12trp/Arg61Leu heterozigótico
Mm46 Mus musculus Ribeira das Taínhas
19-01-2011 07-02-2011 Ala48Thr/Ala26Ser/Arg12trp/Arg61Leu homozigótico
Mm47 Mus musculus Ribeira das Taínhas
19-01-2011 07-02-2011 Sem mutações
Mm48 Mus musculus Ribeira das Taínhas
19-01-2011 07-02-2011 Sem mutações
Mm49 Mus musculus Ribeira das Taínhas
19-01-2011 07-02-2011 Tyr139Cys heterozigótico
Rn1 Rattus norvegicus
Capelas 13-11-2009 10-09-2010 Ausência da mutação Tyr139Cys
Rn2 Rattus norvegicus
Capelas 13-11-2009 10-09-2010 Ausência da mutação Tyr139Cys
Rn3 Rattus norvegicus
Capelas 14-11-2009 10-09-2010 Ausência da mutação Tyr139Cys
Rn4 Rattus norvegicus
Capelas 15-11-2009 10-09-2010 Ausência da mutação Tyr139Cys
Rn5 Rattus norvegicus
Capelas 16-11-2009 10-09-2010 Ausência da mutação Tyr139Cys
Rn6 Rattus norvegicus
Capelas 16-11-2009 10-09-2010 Ausência da mutação Tyr139Cys
Rn7 Rattus norvegicus
Capelas 14-04-2010 10-09-2010 Ausência da mutação Tyr139Cys
Rn8 Rattus norvegicus
Capelas 15-04-2010 10-09-2010 Ausência da mutação Tyr139Cys
Rn9 Rattus norvegicus
Capelas 15-04-2010 10-09-2010 Ausência da mutação Tyr139Cys
Rn10 Rattus norvegicus
Capelas 15-04-2010 10-09-2010 Ausência da mutação Tyr139Cys
Rn11 Rattus norvegicus
Capelas 15-04-2010 10-09-2010 Ausência da mutação Tyr139Cys
Rn12 Rattus norvegicus
Capelas 10-07-2010 10-09-2010 Ausência da mutação Tyr139Cys
Rn13 Rattus norvegicus
Capelas 10-07-2010 10-09-2010 Ausência da mutação Tyr139Cys
Rn14 Rattus norvegicus
Capelas 05-09-2010 10-09-2010 Ausência da mutação Tyr139Cys
Rn15 Rattus norvegicus
Capelas 05-09-2010 10-09-2010 Ausência da mutação Tyr139Cys
Rn16 Rattus norvegicus
São Gonçalo - Ponta Delgada
21-11-2010 07-02-2011 Ausência da mutação Tyr139Cys
Rn17 Rattus norvegicus
São Gonçalo - Ponta Delgada
21-11-2010 07-02-2011 Ausência da mutação Tyr139Cys
Os resultados obtidos com este estudo, em particular na espécie Mus musculus,
reforçam a importância da monitorização dos resultados de cada ação de desratização.
82
Uma das melhores formas de avaliar a eficácia dos rodenticidas no campo e de nos
apercebermos se já poderão existir resistências ao produto utilizado é monitorizar e
registar regularmente os consumos em cada posto ao longo da desratização. Uma vez
que a morte dos animais ocorre apenas alguns dias após a ingestão do veneno, é
natural que os animais se refugiem nos seus ninhos ou noutro ponto de abrigo quando
se começam a sentir doentes e acabem por morrer nesses locais menos visíveis. Desta
forma, é raro encontrar animais mortos nos locais tratados, não sendo possível avaliar
o resultado das desratizações através do número de cadáveres encontrados. Só a
evolução dos consumos em cada posto permite avaliar os resultados da desratização.
Se estes forem diminuindo significa que, provavelmente, o número de animais
presente está também a diminuir. Quando os consumos permanecem constantes
semana após semana e foram excluídas todas as outras causas que possam provocar
esse tipo de situação, como por exemplo migração constante de animais de áreas
vizinhas ou quantidade de isco insuficiente para o nível de infestação presente, deverá
desconfiar-se de resistência ao rodenticida utilizado e intervir com produtos mais
tóxicos ou com outras medidas de combate, de forma a evitar a sobrevivência e
proliferação dos animais potencialmente resistentes.
De um modo geral, recomenda-se que se comecem as desratizações com os
rodenticidas menos tóxicos, como o difenacume ou a bromadiolona, por exemplo, e
que nos casos em que não se consiga alcançar o controlo total estes produtos sejam
substituídos por outros à base de substâncias ativas mais tóxicas, como por exemplo o
brodifacume, o flocumafene ou a difetialona. Devido à sua elevada toxicidade, estes
produtos não devem ser utilizados por rotina, mas apenas nos casos em que há
evidência de que os outros compostos não foram capazes de conduzir a um
tratamento completo.
83
5. PLANO DE CONTROLO À IMPORTAÇÃO DE GÉNEROS ALIMENTÍCIOS DE ORIGEM NÃO ANIMAL À semelhança dos anos anteriores deu-se cumprimento ao Plano Nacional de Controlo
Plurianual Integrado previsto no Reg. (CE) 882/2004 tendo sido efetuados em S. Miguel
um total de 22 (vinte e dois) controlos à importação (16) e exportação (6) de géneros
alimentícios de origem não animal. Não foi efetuada nenhuma colheita de amostras.
6. IMPLEMENTAÇÃO DO DECRETO-LEI N.º 173/2005 No âmbito do Decreto-Lei n.º 173/2005, de 21 de outubro, deu-se continuidade ao
processo de avaliação dos pedidos de autorização para o exercício de distribuição e/ou
venda de produtos fitofarmacêuticos solicitados pelas empresas da Região Autónoma
dos Açores.
No ano de 2011 deram entrada na DSAP quatro pedidos de autorização, que após
análise dos processos e respectivas vistorias efetuadas pelos técnicos da SRAF, foram
encaminhados para a Direção-Geral da Agricultura e Desenvolvimento Rural para
emissão de parecer final.
Assim, no final do ano em curso estavam licenciados na RAA 55 locais de venda e/ou
distribuição de produtos fitofarmacêuticos cuja identificação consta do seguinte
quadro:
Nº Autorização Empresa Concelho
1006-DV A Granja, Lda. Ponta Delgada
987-V Agripecupes – Comércio. de Rações e Adubos, Lda. Calheta
145-DV AGRO ESPANHOL, Prod. para a Agric. e Pecuária, Lda. Vila do Porto
976-V Agrocapelense – Coop. A. C. V. A. F. das Capelas, CRL. Ponta Delgada
1043-V AGROCOMB, Comércio de Combustíveis, Lda. Lages do Pico
1017-V AGRODAMIÃO – Prod. para a Agric. e Pecuária, Lda. Vila Franca do Campo
350-V Agro-Ferragens Clementino, Lda. Ribeira Grande
84
Nº Autorização Empresa Concelho
986-V Agrogança Comércio Agrícola da Gança, Lda. Calheta
177-DV Agro-Maçanita, Produtos para a Agric. e Pecuária, Lda. Ponta Delgada
661-V AGRO-NORTE de Maria de Fátima G. Azevedo Goulart São Roque do Pico
957-DV AGROÚTIL - Especialidades Farmacêuticas, Lda. Ponta Delgada
1048-V António M. Fernandes e Filhos, Lda. Nordeste
662-V BORGES E SILVA, Lda. Horta
866-V Casa do Povo de Candelária Madalena
988-V Ciclo Agro Pecuário de São Jorge, Lda. Velas
950-V Cooperativa Agrícola Bom Pastor, CRL. Ponta Delgada
996-V Cooperativa Agrícola Camponeses da Achada, CRL. Nordeste
1037-V Cooperativa Agrícola de Lacticínios do Faial, CRL. Horta
1209-V Cooperativa Agrícola de Lacticínios do Faial, CRL. Horta
975-V Cooperativa Agrícola de Leste da Ilha de S. Miguel, CRL. Povoação
1170-V Cooperativa Agrícola Nortilha, CRL S.Roque do Pico
664-V Cooperativa Agrícola Santo Antão, CRL. Vila Franca do Campo
826-V Cooperativa Agrícola União Popular do Pico Lages do Pico
961-V Cooperativa Agrícola União Sebastianense Angra do Heroísmo
960-DV Cooperativa União Agrícola, CRL Ribeira Grande
995-V Cooperativa União Agrícola, CRL Nordeste
1182-V Drogaria Açoreana de José dos Reis & Filhos, Lda. Ponta Delgada
989-D EQUIPRAIA - Comércio e Representações, Lda. Praia da Vitória
990-V EQUIPRAIA - Comércio e Representações, Lda. Praia da Vitória
997-V FAV - Comércio Agrícola, Lda. Angra do Heroísmo
1096-DV Flores & Parreira, Lda. Angra do Heroísmo
665-V IRMÃOS PIMENTEL, Lda. São Roque do Pico
666-DV IRMÃOS PIMENTEL, Lda. Lages do Pico
1171-V J.M.Ortins Bettencourt & Filhas, Lda. Stª Cruz da Graciosa
178-V JardimCampo, Comércio de Plantas Ornamentais, Lda. Lagoa
985-V João Moniz Caetano Martins Ribeira Grande
1099-V João Moniz Caetano Martins Lagoa
905-V José Manuel Bettencourt da Silveira Madalena
663-V Manuel Rodrigues Dutra da Costa Madalena
973-V Manuel Rodrigues Luís Madalena
827-V Maria das Candeias Costa Dias Xavier Madalena
882-V Maria Ivone de Serpa Sousa São Roque do Pico
1018-V Mariano Vidal – Alim. Animais Turi. Rural Unipes., Lda. Ribeira Grande
85
Nº Autorização Empresa Concelho
571-V Mário Sarmento, Lda. Horta
1175-V Melos, Lda. Vila do Porto
1185-V Moagem Lagense, Lda. Praia da Vitória
958-V NUTRIVEG Unipessoal, Lda. Ponta Delgada
311-V PLANTIVIME - GRANJA de José Luís Raposo Maré Ribeira Grande
572-V Raul Manuel Rodrigues Pessoa Calheta
1019-DV SOTERLAC- Sociedade Terceirense de Lacticínios, Lda. Angra do Heroísmo
938-DV SOUSA & FARIA, Lda. Madalena
1049-V TERCEIRA FARMA, Comércio e Indústria de P.F., Lda. Angra do Heroísmo
1050-DV TERCEIRA FARMA, Comércio e Indústria de P.F., Lda. Praia da Vitória
991-V Terceirense de Rações, S.A. São Roque do Pico
959-DV Unicol - União das Coop. de Lacticí. Terceirenses, UCRL. Angra do Heroísmo
Relativamente às empresas de aplicação terrestre de produtos fitofarmacêuticos,
encontra-se licenciada, na Região Autónoma dos Açores, a seguinte empresa de
aplicação:
Nº Autorização Empresa Concelho
005-AT SINAGA-Sociedade de Indústrias Agrícolas Açoreanas, SA Ponta Delgada
No ano de 2011 deu-se continuidade ao trabalho de monitorização dos procedimentos
relativos ao conceito de Venda Responsável introduzido pelo Decreto-Lei n.º
173/2005, de 21 de outubro, e de avaliação da implementação deste diploma nos
estabelecimentos de distribuição e/ou venda de produtos fitofarmacêuticos na Região
Autónoma dos Açores.
O trabalho incidiu sobre as empresas a exercerem nas ilhas de Santa Maria, Terceira,
Graciosa, São Jorge, Pico e Faial e com autorizações concedidas até ao mês de Maio,
conforme consta do quadro seguinte:
86
Ilha Nº empresas/locais de venda licenciadas
Nº empresas/locais de venda vistoriados
Santa Maria 2 2
Terceira 10 8
Graciosa 1 1
São Jorge 4 4
Pico 14 6
Faial 3 3
TOTAL 34 24
Relativamente a cada vistoria, foi elaborado um relatório que, posteriormente, foi
enviado às empresas, a fim de se poderem efetuar as devidas correções às infrações
detetadas.
Na ilha de São Miguel, e como complemento do trabalho de monitorização realizado
em 2010, deu-se início a um conjunto de vistorias às empresas licenciadas para
verificação do cumprimento das melhorias sugeridas no ano anterior. Foram
vistoriadas 12 empresas/locais de venda.
Ainda no âmbito da implementação do DL nº 173/2005, colaborou-se com o Serviço de
Desenvolvimento Agrário de Santa Maria na disponibilização de um técnico para
participar como formador em quatro ações de formação sobre “Aplicação de Produtos
Fitofarmacêuticos”.
Promoveu-se, igualmente, cinco ações de divulgação sobre o tema “Aplicação de
Produtos Fitofarmacêuticos”, respetivamente, nas ilhas da Terceira, Graciosa, São
Jorge, Pico e Faial.
87
7. DIVULGAÇÃO AGRÁRIA 7.1 AVISOS AGRÍCOLAS
A Direção de Serviços de Agricultura e Pecuária deu início à emissão de Avisos Agrícolas,
em 2006. Esta importante atividade tem como grande objetivo alertar os agricultores em
tempo oportuno para a presença dos principais organismos nocivos associados a
determinadas culturas e de lhes indicar várias soluções para evitar ou minimizar as suas
consequências. Deste modo, os agricultores poderão diminuir os custos de produção,
nomeadamente com a aplicação de produtos fitofarmacêuticos e, em simultâneo,
contribuir para a melhoria das condições ambientais dos ecossistemas agrícolas. Além
disso, poderão obter produtos em maior quantidade e de melhor qualidade, com reflexos
positivos nos seus rendimentos.
Em 2011 foi emitida uma circular de Avisos Agrícolas sobre o combate a afídeos em
citrinos (ver página seguinte).
88
AVISO AGRÍCOLA
Circular n.º 1/2011 Ponta Delgada, 20 de Janeiro de 2011
Citrinos Sr. Agricultor, as plantas de citrinos estão neste momento a emitir a primeira rebentação do ano e estes novos rebentos, folhas e botões florais são muito susceptíveis ao ataque de afídeos. Por isso recomendamos que esteja vigilante. Observe regularmente as suas plantas para poder intervir atempadamente e evitar estragos ou prejuízos.
Combate aos Afídeos
Os afídeos, também chamados de pulgões ou piolhos, são geralmente responsáveis por infligir grandes ataques aos novos rebentos e podem causar:
Diminuição do vigor das plantas Enrolamento e/ou deformação das folhas Excreção de melada em abundância que é
depositada nas folhas e ramos; Desenvolvimento de fumagina (folhas cobertas
por uma “capa” ou “camada” negra); Presença de formigas; Viroses.
Para evitar ou minimizar estes problemas, aconselhamos a observar regularmente os novos rebentos e quando for detectada a presença de afídeos, deverá tratar as plantas com um dos produtos indicados no Quadro 1. Sempre que possível deve ser dada preferência à realização de tratamentos localizados, tratando apenas as plantas e os rebentos atacados.
Quadro 1 – Insecticidas homologados para o combate a afídeos em citrinos.
Substância activa Produto Comercial Modo de acção
Concentração Produto
Comercial/hl
Intervalo de segurança
(dias)
Aconselhado em Protecção
Integrada
acetamiprida EPIK EPIK SG GAZELLE GAZELLE SG
sistémico contacto e ingestão
25 ml 14 X
azadiractina (1) ALIGN FORTUNE AZA
regulador de crescimento de origem vegetal
75-125 ml 3
pimetrozina (2) PLENUM 50 WG sistémico
contacto e ingestão
20 g 21 X
pirimicarbe (3) PIRIMOR G aficida sistémico
contacto, ingestão e fumigação
50-75 g 14 X
tiametoxame (2) (4) ACTARA 25 WG sistémico
contacto e ingestão
12 g 28 X
(1) Para utilização exclusiva em agricultura biológica. Tratar ao aparecimento das pragas quando estas estão nos primeiros estados de desenvolvimento.
(2) Não efectuar mais de uma aplicação. (3) Não efectuar mais de duas aplicações. (4) Em laranjeiras, limoeiros e mandarineiras. A aplicação deve ser feita logo que se observem os primeiros sintomas de ataque.
Direcção de Serviços de Agricultura e Pecuária Laboratório Regional de Sanidade Vegetal Quinta de S. Gonçalo – 9500-343 PONTA DELGADA Tel. 296204350 – Fax 296653026 Email: [email protected]
89
7.2 FOLHETOS DE DIVULGAÇÃO E FICHAS TÉCNICAS
Em 2011, a Direção de Serviços de Agricultura e Pecuária, apoiando-se na sua experiência
laboratorial e em pesquisa bibliográfica, publicou os seguintes folhetos:
1. “Actividades desenvolvidas pela Direção de Serviços de Agricultura e Pecuária” para
atualização e substituição do folheto de 2006;
2. “Escaravelho japonês – Popillia japonica” para atualização e substituição do folheto
de 2007;
3. “Tabaca – Solanum mauritianum” da série Plantas Infestantes para alertar os
agricultores para o combate a esta importante infestante e planta hospedeira da
mosca do mediterrâneo;
4. “Nemátodos - Bursaphelenchus xylophilus” da série Pragas e Doenças para alertar
os agricultores e a população em geral para este organismo nocivo de quarentena,
até à data inexistente na Região;
5. “Nemátodos - Ditylenchus” da série Pragas e Doenças para informação e divulgação
sobre este importante género de nemátodo fitoparasita;
6. “Nemátodos - Heterodera” da série Pragas e Doenças para informação e divulgação
sobre este importante género de nemátodo fitoparasita;
7. “Nemátodos - Meloidogyne” da série Pragas e Doenças para informação e
divulgação sobre este importante género de nemátodo fitoparasita;
8. “Nemátodos - Pratylenchus” da série Pragas e Doenças para informação e
divulgação sobre este importante género de nemátodo fitoparasita;
9. “Nemátodos - Xiphinema” da série Pragas e Doenças para informação e divulgação
sobre este importante género de nemátodo fitoparasita;
10. “Esca da vinha” da série Doenças da Videira para informação e divulgação e para
atualização e substituição do folheto de 2008;
11. “Escoriose da videira” da série Doenças da Videira para informação e divulgação e
para atualização e substituição do folheto de 2008;
90
12. “Eutipiose da videira” da série Doenças da Videira para informação e divulgação e
para atualização e substituição do folheto de 2008;
13. “Instalação de pastagens permanentes” da série Doenças da Videira para
informação e divulgação
Todos estes folhetos apresentam-se nas páginas seguintes.
117
7.3 EVENTOS
Foram realizados, ao longo do ano de 2011, diversos eventos para promoção dos
produtos da agricultura regional:
Dia de Santo Antão – 14 de janeiro - Corvo;
X Concurso Micaelense da Raça Holstein Frísia – 20 a 22 de maio;
Dia do Agricultor de S. Miguel - 23 de maio;
Festa Encontro do Mundo Rural - 16 a 18 de junho - Faial;
Exposição Monográfica de Bovinos de Carne de Sta. Maria - 18 a 19 de junho –
Sto. Espírito;
Feira Agrícola Açores - 8 a 10 de julho – Piedade – Pico;
Feira Agrícola de S. Jorge - 15 a 17 de julho;
Dia do Agricultor da Terceira - 23 de julho - Terceira;
Dia do Agricultor das Flores e Corvo – 21 de julho - Corvo;
Dia de Agricultor da Graciosa – 1 de outubro;
Feira Agro Comercial – 13 a 16 de outubro – Praia da Vitória – Terceira;
Inauguração da Central de Logística AGOMARIENSECOOP - 28 de outubro - Sta.
Maria.
7.4 COMUNICAÇÕES
Durante o ano de 2011 foi apresentada uma palestra sobre instalação e manutenção de
pastagens em diferentes ilhas (no Corvo em julho, na Graciosa em outubro, no Pico,
Terceira e Santa Maria em novembro).
No âmbito da implementação do Decreto-Lei nº 173/2005, de 21 de Outubro,
promoveram-se cinco palestras relativas ao tema “Aplicação de Produtos
Fitofarmacêuticos (Decreto-Lei nº 173/2005)” nas seguintes datas e locais:
118
Ilha Local Data
Terceira Serviço de Desenvolvimento Agrário da Terceira – Angra do Heroísmo
2011/05/24
Graciosa Seviço de Desenvolvimento Agrário da Graciosa – Santa
Cruz
2011/05/25
São Jorge Sociedade de Terreiros - Manadas 2011/05/30
Pico Casa do Povo da Criação Velha 2011/05/31
Faial Serviço de Desenvolvimento Agrário do Faial – São Lourenço
2011/06/07
119
8. FORMAÇÃO PROFISSIONAL AGRÁRIA
Durante o ano de 2011 foram realizados 54 cursos de formação profissional agrária para
agricultores em todas as ilhas da Região, abrangendo 787 agricultores, num total de 2809
horas. Para 72 técnicos que desenvolvem a sua atividade profissional no arquipélago
foram ministrados 5 cursos num total de 170 horas.
Foram ainda realizados 4 cursos no âmbito de outros apoios da DRDA aos agricultores,
nomeadamente:
AGRICULTURA BIOLÓGICA (BIOAZÓRICA Terceira)
INICIAÇÃO À APICULTURA (AAIlha FAIAL)
CRIAÇÃO DE RAINHAS (AAIlha Terceira)
INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL DE BOVINOS EM SUBCENTROS PARTICULARES (Associação de
Jovens Agricultores do Pico).
Foi publicado um Manual do Formador sobre Bovinicultura de Carne em papel e em
formato digital sob a forma de apresentação em Powerpoint, com a finalidade de servir
de suporte técnico aos formadores dos cursos ministrados pela SRAF e pela Federação
Agrícola dos Açores e suas associadas, cuja capa aqui se inclui.
120
FORMAÇÃO PROFISSIONAL AGRÁRIA 2011 – DRDA
N.º Ordem
DESIGNAÇÃO DA AÇÃO Duração (Horas)
DATA FORMANDOS LOCAL
Início Fim N.º Tipo Ilha Concelho
1 Aplicação PF's (APF 01/11 STM) 35 30-Abr 13-Mai 16 Jovens agricultores Sta. Maria VPT
1 Aplicação PF's (APF 02/11 STM) 35 30-Abr 13-Mai 16 Jovens agricultores Sta. Maria VPT
1 APICULTURA (FB) 95 15-Jul 17-Set 14 Apicultores Sta. Maria VPT
1 HORTICULTURA (FB) 95 27-Set 03-Nov 16 Jovens agricultores Sta. Maria VPT
1 Aplicação PF's (APF 03/11 STM) 35 27-Set 20-Out 16 Jovens agricultores Sta. Maria VPT
1 Aplicação PF's (APF 04/11 STM) 35 27-Set 20-Out 16 Jovens agricultores Sta. Maria VPT
6 AÇÕES de CARÁTER FORMATIVO - STM 330
94
1 Formação Geral em Agricultura (FB) 87 21-Jan 02-Mar 15 Jovens Agric.1ª Inst. S.Miguel PDL
1 Bovinicultura de Leite (FB) 95 04-Mar 27-Abr 15 Jovens Agric.1ª Inst. S.Miguel PDL
1 Cultura da Macieira 14 11-Fev 02-Mar 14 Ativos Sector Agric. S.Miguel PDL
1 IA de Bovinos em Subcentros Particulares 58 01-Jun 28-Jun 11 Ativos Sector Agric. S.Miguel Rib. Gde
1 Aplicação PF's (Entidade Externa) 35 02-Mai 11-Mai 17 Ativos Sector Agric. S.Miguel Povoação
1 Aplicação PF's (Entidade Externa) 35 02-Mai 11-Mai 17 Ativos Sector Agric. S.Miguel PDL
1 Aplicação PF's (Entidade Externa) 35 16-Mai 25-Mai 17 Ativos Sector Agric. S.Miguel PDL
1 Aplicação PF's (Entidade Externa) 35 16-Mai 25-Mai 13 Ativos Sector Agric. S.Miguel PDL
1 Cultura do Kiwi 14 11-Jul 13-Jul 13 Ativos Sector Agric. S.Miguel PDL
1 Formação Geral em Agricultura (FB) 87 10-Out 29-Nov 14 Jovens Agric.1ª Inst. S.Miguel PDL
1 Fertilidade do Solo e Fertilizantes -
Hort/Frut/Flor. 39 11-Out 02-Nov 12 Ativos Sector Agric. S.Miguel PDL
1 Horticultura (FB) 95 10-Out 10-Dez 15 Ativos Sector Agric. S.Miguel Rib. Gde
1 Agricultura Biológica Geral (Programa
DGADR) 68 02-Nov 14-Dez 14
Ativos Sector Agric. e Jovens Agr.
S.Miguel PDL
13 AÇÕES de CARÁTER FORMATIVO - SM 697
187
1 Formação Geral em Agricultura (FB) 87 17 Jan 24 Fev 17 Jovens Agric.1ª Inst. Terceira AH
1 Aplicação PF's (APF 01/11 TER) 35 1 Fev 16 Fev 18 Jovens Agric.1ª Inst. e
Ativos Sector Agr. Terceira AH
1 Aplicação PF's (APF 02/11 TER) 35 28 Fev 18 Mar 18 Jovens Agric.1ª Inst. Terceira AH
1 Introdução à Vitivinicultura 15 14 Mar 18 Mar 15 Ativos Sector Agric. Terceira AH
1 Horticultura (FB) 95 22 Mar 9 Mai 14 Jovens Agric.1ª Inst. Terceira AH
1 Bovinicultura de Carne (FB) 95 22 Mar 9 Mai 8 Jovens Agric.1ª Inst. Terceira AH
1 Análise de Parâmetros na Produção de
Bovinos de Carne (DRDA) 25 10 Mai 13 Mai 12 Ativos Sector Agric. Terceira AH
1 CRIAÇÃO DE RAINHAS EM APICULTURA 26 15 Jun 29 Jun 11 Ativos Sector Agric. Terceira AH
1 Floricultura (FB) 95 10 Mai 30 Jun 11 Jovens Agric.1ª Inst. Terceira AH
1 Aplicação PF's 35 3 Out 19 Out 18 Ativos Sector Agric. Terceira AH
121
13 AÇÕES de CARÁTER FORMATIVO - SM
1 Aplicação PF's 35 14 Nov 28 Nov 16 Ativos Sector Agric. Terceira AH
1 Formação Geral em Agricultura (FB) 87 24 Out 6 Dez 16 Jovens Agric.1ª Inst. Terceira AH
1 Bovinicultura de Leite (FB) 95 12 Dez 2 Fev 20 Jovens Agric.1ª Inst. Terceira AH
13 AÇÕES de CARÁTER FORMATIVO - TER 760
194
1 Formação Geral em Agricultura (FB) 87 10 Jan 12 Fev 12 Jovens Agric.1ª Inst. Graciosa GRW
1 Aplicação PF's (APF 01/11 GRW) 35 21 Mar 31 Mar 13 Jovens Agric.1ª Inst. Graciosa GRW
1 Aplicação PF's (APF 02/11 GRW) 35 21 Mar 31 Mar 13 Jovens Agric.1ª Inst. Graciosa GRW
1 Iniciação à Apicultura 33 13 Mai 21 Mai 17 Jovens Agric.1ª Inst. Graciosa GRW
1 Informática para utilizadores 48 10 Out 31 Out 10 Jovens Agric.1ª Inst. Graciosa GRW
5 AÇÕES de CARÁTER FORMATIVO - GRW 238
65
1 Bovinicultura de Leite (FB) 95 10 Jan 18 Jan 11 Jovens Agric.1ª Inst. e
Ativos Sector Agr. S Jorge Velas
1 Aplicação PF's (APF 01/11 SJ) 35 21 Fev 4 Mar 14 Jovens Agric.1ª Inst. e
Ativos Sector Agr. S Jorge Velas
1 Horticultura (FB) 95 23 Mar 29 Abr 15 Jovens Agric.1ª Inst. e
Ativos Sector Agr. S Jorge Velas
1 Aplicação PF's (APF 02/11 SJ) 35 31 Mai 14 Jun 17 Jovens Agric.1ª Inst. e
Ativos Sector Agr. S Jorge Calheta
1 Preparação Animais para Concursos 37 4 Jul 7 Jul 14 Ativos Sector Agric. S Jorge Calheta
1 Exame Inicial de caça menor abatida em
zonas de caça 16 1 Out 3 Out 14 Caçadores S Jorge Velas
1 Aplicação PF's (APF 03/11 SJ) 35 21 Nov 2 Dez 16 Jovens Agric.1ª Inst. e
Ativos Sector Agr. S Jorge Velas
7 AÇÕES de CARÁTER FORMATIVO - SJ 348
101
1 Preparação Animais para Concursos 37
14 Ativos Sector Agric. Pico Lajes do Pico
1 AÇÕES de CARÁTER FORMATIVO - PIC 37
14
1 Aplicação PF's (APF 01/11 FAL) 35 21 Mar 1 Abr 16 Jovens Agric. e Ativos
Sector Agr. Faial Horta
1 Aplicação PF's (APF 02/11 FAL) 35 11 Abr 27 Abr 15 Jovens Agric. e Ativos
Sector Agr. Faial Horta
1 Formação Geral em Agricultura FGA(FB)
01/11 FAL 87 6 Mai 31 Ago 13
Jovens Agric. e Ativos Sector Agr.
Faial Horta
1 Formação Geral em Agricultura FGA(FB)
02/11 FAL 87 7 Mai 31 Ago 16
Jovens Agric. e Ativos Sector Agr.
Faial Horta
1 Aplicação PF's (APF 03/11 FAL) 35 12 Set 30 Set 16 Jovens Agric. e Ativos
Sector Agr. Faial Horta
1 Bovinicultura de Leite (FB) 95 3 Out 21 Jan 15 Jovens Agric. e Ativos
Sector Agr. Faial Horta
1 Horticultura (FB) 95 3 Out 13 Jan 16 Jovens Agric. e Ativos
Sector Agr. Faial Horta
7 AÇÕES de CARÁTER FORMATIVO - FAL 469
107
1 Aplicação PF's 35 10 Nov 25 Nov 13 Ativos Sector Agric. Flores Sta. Cruz
1 Aplicação PF's 35 28 Nov 15 Dez 12 Ativos Sector Agric. Flores Sta. Cruz
2 AÇÕES de CARÁTER FORMATIVO - FLW 70
25
54 AÇÕES CARÁTER FORMATIVO
AGRICULTORES . 2011 2 949
787
122
N.º Ordem
DESIGNAÇÃO DA AÇÃO Duração (Horas)
DATA FORMANDOS LOCAL
Início Fim N.º Tipo Ilha Concelho
1 Distribuição, Comercialização e Aplicação PF´s
77 14 a 18 Junho
27 Junho a 2 Julho
14 Técnicos SRAF e
O.A´s S. Miguel PDL
1 Aperfeiçoamento em Máquinas e Equipamentos de Tratamento de Protecção de Plantas
35 19-Set 23-Set 19 Técnicos SRAF e
O.A´s S. Miguel PDL
1 Inspeção Sanitária de caça menor 7 1 Out 3 Out 9 Inspetores sanitários
S.DA's S Jorge Velas
1 LAMAS 30 17-Out 22-Out 14 Técnicos SRAF/SRA S. Miguel PDL
1 APLICAÇÃO ESPECIALIZADA DE FOSFORETOS
21 20-Out 22-Out 16 Aplicadores PF's S. Miguel PDL
5 170 72
59 AÇÕES FP DRDA 2011 3 119 Horas 859 formandos
124
9. EXPERIMENTAÇÃO
9.1 PROJETO DE PROTEÇÃO INTEGRADA EM HORTOFRUTICULTURA AO ABRIGO DO ACORDO DE COOPERAÇÃO E DEFESA ENTRE PORTUGAL E OS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA.
Os trabalhos desenvolvidos em 2011 no âmbito deste projeto de cooperação
apresentam-se a seguir:
Mirtilos – Furnas
No dia 18 de maio 2011, terminamos este ensaio, dado que as plantas apresentavam
fraco vigor vegetativo e pouca ou nenhuma floração. Todas as plantas foram arrancadas e
destruídas pelo fogo, à exceção de um pequeno número de plantas que foram
transplantadas para o ensaio a decorrer na Quinta de S. Gonçalo. De um modo geral, ao
longo dos cinco anos de duração deste ensaio a maior parte das plantas foram perdendo
vigor. Além disso, apenas a variedade ‘Emerald’ produziu frutos em quantidade razoável,
embora essa produção não tenha sido regular de uns anos para os outros.
Por julgarmos então que estas variedades não se adequam às nossas condições
climáticas, foi decidido dar por terminado o ensaio.
Mirtilos – Ponta Delgada (S. Gonçalo) – Primeiro Ensaio
À semelhança do ano passado, as plantas das variedades ‘Misty ‘ e ‘O’Neal’ (variedades
do tipo Southern Highbush) demonstraram um desenvolvimento satisfatório, ao contrário
das plantas das outras três variedades, ‘Brigitta’, ‘Elliot’ e ‘Duke’ (variedades do tipo
Northern Highbush), cujos gomos vegetativos e florais tardaram a abrir e a desenvolver-
se e quando tal aconteceu não se verificou em todos os gomos (muitos não chegam
mesmo a abrir) (fig. 9.1 e 9.2).
É de notar, no entanto, que apesar da percentagem de plantas das variedades, ‘Brigitta’,
‘Elliot’ e ‘Duke’ com rebentação e com floração atingir, por vezes, valores razoáveis, a
quantidade de flores e de rebentos em desenvolvimento foi sempre muito reduzida (fig.
9.3 e 9.4).
125
Figura 9.1 – Gráfico com a percentagem de plantas com nova rebentação vegetativa em desenvolvimento de cada uma das cinco variedades existentes no ensaio de mirtilos em S. Gonçalo em 2011.
Figura 9.2 – Gráfico com a percentagem de plantas em floração de cada uma das cinco variedades existentes no ensaio de mirtilos em S. Gonçalo em 2011.
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28-Mar 11-Abr 26-Abr 9-Mai 23-Mai 31-Mai 14-Jun 20-Jun
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Data
Misty
O'Neal
Elliot
Duke
Brigitta
126
Figura 9.3 – Gráfico com a percentagem de plantas em floração da variedade ‘Elliot’ para três
graus de floração (escassa, média e abundante), no ensaio de mirtilos em S. Gonçalo em 2011.
Figura 9.4 – Gráfico com a percentagem de plantas em floração das variedades ‘Duke’ e ‘Brigitta’
para o grau de floração escassa, no ensaio de mirtilos em S. Gonçalo em 2011.
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Data
Variedade 'Elliot'
Escassa
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Abundante
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Data
Floração escassa
Duke
Brigitta
127
Figura 9.5 – Gráfico com a percentagem de plantas da variedade ‘Misty’ com diferentes graus de
carga de frutos (nula, baixa, média e elevada), no ensaio de mirtilos em S. Gonçalo em 2011.
Figura 9.6 – Gráfico com a percentagem de plantas da variedade ‘O’Neal’ com diferentes graus de
carga de frutos (nula, baixa, média e elevada), no ensaio de mirtilos em S. Gonçalo em 2011.
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Carga em frutos - Misty
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Elevada
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13-Jan 28-Mar 11-Abr 26-Abr 9-Mai 23-Mai 31-Mai 14-Jun 20-Jun
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pla
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s
Data
Carga em frutos - O'Neal
Nula
Baixa
Média
Elevada
128
As plantas das variedades ‘Misty‘ e ‘O’Neal’ foram as únicas que produziram frutos (fig.
9.5 e 9.6), num total de 8995,1 g (≈ 9 kg). O período de colheita foi sensivelmente o
mesmo para as duas, embora o máximo de produção da variedade ‘O’Neal’ tenha
ocorrido uma semana mais cedo (2 de maio) do que no caso da variedade ‘Misty‘ (9 de
maio). A produção desta última variedade (6941,4 g) foi superior à da variedade ‘O’Neal’
(2053,7 g), querendo isto significar que a produção média por planta da variedade ‘Misty’
foi de 217 g, cerca do triplo da variedade ‘O’Neal’, que foi de 64 g (fig. 9.7).
Figura 9.7 – Gráfico com o peso da fruta produzida pelas variedades ‘Misty’ e ‘O’Neal’ em 2011
(1º ano de produção, 3º ano de cultura) no ensaio de mirtilos instalado em S. Gonçalo.
No dia 31 de janeiro foram aplicados de 100 g por planta do adubo orgânico Vitalor e nos
dias 16 de maio e 15 de junho, foi feita a aplicação de 40 g de sulfato de amónio 20,5%
em cada planta.
No fim do ano observou-se em todas as plantas, independentemente da variedade, um
ataque generalizado de ferrugem, doença causada pelo fungo Naohidemyces vaccinii
(Wint.) Sato, Katsuya et Hiratsuka (=Pucciniastrum vaccinii (Wint.) Joerst.), causando a
queda prematura de quase todas as folhas das plantas.
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26-Abr 2-Mai 9-Mai 16-Mai 23-Mai 31-Mai 8-Jun 14-Jun 17-Jun 20-Jun 27-Jun 4-Jul
Fru
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(g)
Data
Misty
O'Neal
129
Mirtilos – Ponta Delgada (S. Gonçalo) – Segundo Ensaio
No mês de maio de 2011 foi instalado um segundo ensaio com 13 variedades de mirtilos
produzidas pela empresa Royal Berries S. L., sediada em Huelva, Espanha, cujas
exigências em horas de frio para a quebra de dormência são muito reduzidas a nulas. O
esquema do ensaio encontra-se na página seguinte. Com este novo ensaio pretende-se
averiguar se essas novas variedades estarão mais adaptadas às nossas condições
climáticas do que as variedades de origem Norte-americana.
Amoras – Ponta Delgada (S. Gonçalo)
O início da rebentação ocorreu no fim do mês de março (dia 28) e o início da floração
teve lugar no dia 10 de maio (fig. 9.8). A colheita prolongou-se desde 22 de julho a 18 de
janeiro de 2012 (começou cerca de duas semanas mais tarde do que em 2010 e
prolongou-se por muito mais tempo). Tal como em 2010, o grosso da produção verificou-
se a partir da primeira semana de agosto até à terceira semana de setembro. A produção
total de amoras foi de 350 kg e a produção total média por planta foi de 2,4 kg (fig. 9.9).
Figura 9.8 – Vista geral do ensaio de amoras em S. Gonçalo (20 de junho de 2011).
131
No dia 17 de março foi aplicado em todas as linhas o regulador de crescimento DORMEX,
na concentração de 2,5l/hl, com a finalidade de antecipar e uniformizar a quebra de
dormência dos gomos.
A aplicação de adubo foi repartida por três momentos (14 de abril, 17 de maio e 16 de
junho), fornecendo-se em cada um deles a quantidade de 130 g de adubo Foskamónio
111 por planta.
No dia 12 de julho foi feito um tratamento com óleo de verão (GARBOL) para o combate
a um ataque de ácaros da espécie Poliphagotarsonemus latus, na concentração de
1000ml/hl.
Figura 9.9 – Gráfico da produção total de amoras da variedade ‘Triple Crown’ em 2011 e Janeiro
de 2012 no ensaio de S. Gonçalo.
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JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN
Pro
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ção
to
tal (
kg)
Data
132
Amoras – Ponta Delgada (S. Gonçalo) – Segundo Ensaio
No dia 3 de março de 2011, foi instalado um novo ensaio de amoras da variedade
‘Chester’, igualmente sem espinhos e do tipo semi-ereto, tal com a variedade ‘Triple
Crown’. Foram plantadas 100 plantas, dispostas em 4 linhas, no sentido N-S, cujo
compasso é de plantação de 1 x 2 m (ver esquema na página 127). O objetivo deste novo
ensaio é verificar o comportamento desta outra variedade com a finalidade de aumentar
a diversidade de opções dos agricultores.
A aplicação de adubo a estas plantas foi repartida por três momentos (14 de abril, 17 de
maio e 16 de junho), fornecendo-se em cada um deles a quantidade de 90 g de adubo
Foskamónio 111 por planta.
Amoras – Pico da Pedra (Pico da Cruz - Cascalho)
Foram disponibilizadas 900 plantas de amoras (750 da variedade ‘Triple Crown’ e 150 da
variedade ‘Chester’) ao Sr. Armando Soares, com o qual foi celebrado um protocolo de
cooperação, pelo período de 5 anos, com a finalidade de se observar o comportamento e
produtividade desta cultura numa exploração comercial e em simultâneo proceder-se à
transmissão para os agricultores dos conhecimentos entretanto adquiridos nos ensaios
realizados.
Framboesas – Ponta Delgada (S. Gonçalo)
No dia 27 de janeiro, todas as plantas de framboesas foram podadas. As varas das plantas
da variedade ‘Heritage’, por serem do tipo remontante, foram podadas até junto ao solo.
No caso da variedade ‘Taylor’ (não remontante), foram deixadas as melhores varas do
ano anterior, com uma altura compreendida entre 1 a 1,5 m, conforme o vigor das varas.
133
No dia 17 de março foi aplicado sobre as varas da variedade ‘Taylor’ o regulador de
crescimento DORMEX, na concentração de 3l/hl, com a finalidade de antecipar e
uniformizar a quebra de dormência dos gomos.
A aplicação de adubo foi repartida por três momentos (14 de abril, 17 de maio e 16 de
junho), fornecendo-se em cada um deles a quantidade de 60 g de adubo Foskamónio 111
por planta. No dia 24 de Junho foi feita a aplicação de Complesal 12-4-6 na água de rega.
Em cada um dos dois sectores, foram aplicados 250ml de adubo diluídos num contentor
de 50 l de água.
Este foi o primeiro ano em que ambas as variedades, ‘Heritage’ e ‘Taylor’ produziram
frutos (fig. 9.10). A época de colheita da variedade ‘Taylor’ iniciou a 24 de junho e
terminou a 27 do mês seguinte (fig. 9.11). A produção total desta variedade foi de
aproximadamente 4,8 kg. Por seu turno, a colheita da variedade ‘Heritage’ começou em
finais de julho e terminou no início de Janeiro de 2012, sendo outubro o mês em que se
registou o máximo de produção (fig. 9.12). A produção total desta variedade foi de
aproximadamente 60 kg.
Figura 9.10 – Framboesas em crescimento da variedade ‘Taylor’ no ensaio de S. Gonçalo em Ponta
Delgada (20 de junho de 2011).
134
Figura 9.11 – Gráfico da produção total (g) de framboesas da variedade ‘Taylor’ em 2011 no
ensaio de S. Gonçalo.
Figura 9.12 – Gráfico da produção total (kg) de framboesas da variedade ‘Heritage’ em 2011 e
Janeiro de 2012, no ensaio de S. Gonçalo.
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Junho Julho
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Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro
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Data
135
9.2 ESTUDO DA ABUNDÂNCIA E CONTROLO DA PRAGA CERATITIS CAPITATA (WIEDEMANN) (DIPTERA: TEPHRITIDAE)
De acordo com o protocolo estabelecido com a SYNGENTA a substituição dos iscos foi
efetuada a partir da última semana de maio na zona de estudo de Rabo de Peixe e no pomar
de araçá localizado na Fajã de Cima, tendo sido colocados 1851 iscos ADRESS® num total de
165 pomares.
Na zona da Lagoa continuamos a monitorizar um pomar para servir como zona sem
ADRESS®, tendo também sido instalada uma armadilha com a feromona utilizada pela
Syngenta.
Para a monitorização mantiveram-se as 18 armadilhas de captura Easy Trap® em que o
atrativo foi a feromona fornecida pela Syngenta. Na apresentação dos resultados estas
armadilhas são designadas por Syngenta.
Mantivemos também as armadilhas de monitorização que já existiam na Lagoa, Fajã de Cima
e Rabo de Peixe com os atrativos feromona trimedlure e Isco FERAG da empresa BIOSANI. Na
apresentação dos resultados estas armadilhas são designadas respetivamente por feromona
e isco.
Foi efetuada semanalmente a recolha e contagem em laboratório dos adultos capturados
nas armadilhas de monitorização.
A localização das armadilhas de monitorização, na área de estudo de Rabo de Peixe está
representada na figura 9.13.
137
Os dados obtidos nas armadilhas de monitorização da praga nos vários locais foram
transformados em capturas por dia e por armadilha – FTD (Fly/Trap/Day) e estão
representados nos gráficos das figuras 9.14 a 9.16.
Figura 9.14 – Número total de adultos de C. capitata capturados por armadilha e por dia (FTD), durante o ano de 2011 no pomar de Rabo de Peixe, tendo em conta os diferentes atrativos.
Figura 9.15 – Número total de adultos de C. capitata capturados por armadilha e por dia (FTD), durante o ano de 2011 no pomar da Fajã de Cima, tendo em conta os diferentes atrativos.
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FTD
Fajã Cima
Feromona
Isco
Syngenta
138
Figura 9.16 – Número total de adultos de C. capitata capturados por armadilha e por dia (FTD), durante o ano de 2011 no pomar da Lagoa, tendo em conta os diferentes atrativos.
As armadilhas com isco Ferag continuam a ser as que capturam o menor número de adultos
de C. capitata nos três locais em estudo, enquanto as armadilhas com a feromona (Biosani e
Syngenta) capturam o maior número de adultos. É interessante verificar que os dois tipos de
armadilha com as feromonas comportam-se de forma inversa quando comparamos Rabo de
Peixe com os outros dois locais (Tabela 9.1).
Tabela 9.1 – Valores de capturas por armadilha e por dia, FTD (± erro padrão),
nos diferentes locais em estudo para os três tipos de armadilhas em 2011.
Médias seguidas pela mesma letra minúscula (coluna) ou pela mesma letra maiúscula (linha) não
são significativamente diferentes, teste LSD com P <0,05.
Comparando os dados obtidos nos anos 2009 a 2011 verifica-se a ocorrência do esperado
pico populacional nos meses de setembro/outubro no entanto as capturas são bastante
heterogéneas entre os anos e os locais (Figuras 9.17 a 9.20). O aumento das temperaturas
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06-Jan 06-Fev 06-Mar 06-Abr 06-Mai 06-Jun 06-Jul 06-Ago 06-Set 06-Out 06-Nov 06-Dez
FTD
Lagoa
Feromona
Isco
Syngenta
FTD Rabo Peixe Fajã Cima Lagoa
Feromona Biosani 4,7±1,2bB 11,1±3,5aA 8,4±1,8aA
Feromona Syngenta 15,9±8,0aA 7,5±2,3aA 3,3±0,7bA
Isco FERAG 1,7±0,8bB 4,7±1,2aA 0,1±0,0cB
139
médias e a diminuição da pluviosidade durante o Verão e Outono do ano de 2011
poderão explicar o aumento do nº de capturas de adultos de C. capitata.
Figura 9.17 – Número médio de adultos de C. capitata capturados por armadilha e por dia no pomar de Rabo de Peixe (com ADRESS®) nos anos de 2009 - 2011.
Figura 9.18 – Número médio de adultos de C. capitata capturados por armadilha e por dia no pomar da Fajã de Cima (com ADRESS®) nos anos de 2009 – 2011.
0,00
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JAN FEV MAR ABR MAIO JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Rabo Peixe
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JAN FEV MAR ABR MAIO JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Fajã de Cima
2009
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2011
140
Figura 9.19 – Número médio de adultos de C. capitata capturados por armadilha e por dia no pomar da Lagoa (sem ADRESS®) nos anos de 2009 – 2011.
Ao avaliarmos o número médio de adultos capturados por armadilha por dia em cada
ano, na Fajã de Cima foi idêntico em 2009 e 2010 tendo aumentado em 2011, na Lagoa
foi elevado em 2009 e decresceu nos anos seguintes. O mesmo foi observado em Rabo de
Peixe, zona em estudo com ADRESS®. Dada a grande heterogeneidade dos dados, não
existem diferenças significativas entre os resultados obtidos, para cada local, nos anos
avaliados (Tabela 9.2).
Tabela 9.2 – Média anual de FTD, capturas por armadilha e por dia, (±
erro padrão) nos diferentes locais para os três anos em análise.
Médias seguidas pela mesma letra minúscula (coluna) ou pela mesma letra
maiúscula (linha) não são significativamente diferentes, teste LSD com P <0,05.
0,00
10,00
20,00
30,00
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50,00
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70,00
JAN FEV MAR ABR MAIO JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Lagoa
2009
2010
2011
Ano Fajã de Cima Lagoa Rabo de Peixe
2009 53,07±2,04aB 140,06±2,96aA 88,44±2,02aB
2010 52,69±2,73aA 86,12±2,87aA 78,20±2,52aA
2011 104,40±5,17aA 70,28±2,31aA 72,11±2,55aA
141
Na zona de Rabo de Peixe, onde estão instalados os iscos ADRESS® não é evidente, nestes
3 anos de estudo, o efeito na redução das populações de C. capitata. Mas como este
produto tem uma ação cumulativa, será necessário aguardar os resultados dos próximos
anos. Em relação aos valores obtidos nos outros locais, também não se verificam
diferenças significativas entre os vários anos (Tabela 9.2).
Figura 9.20 – Número médio de adultos de C. capitata capturados por armadilha e por dia na zona
com ADRESS® nos anos de 2009 - 2011, nas 17 armadilhas de monitorização.
A amostragem dos frutos, para determinação da infestação, tentou abranger o máximo
de espécies hospedeiras da mosca da fruta e foi efetuada nas diferentes épocas de
maturação. Colheram-se 50 frutos por espécie hospedeira e em laboratório estes foram
pesados e as presumíveis picadas que existiam em cada fruto marcadas, sendo depois
mantidos em caixas, à temperatura ambiente, a aguardar o aparecimento das larvas,
pupas e emergência dos adultos.
Sempre que possível procurou-se colher os mesmos hospedeiros em zonas onde não foi
utilizado o ADRESS®, de modo a termos um controlo positivo sem a ação do esterilizante.
O número de picadas e de pupas foi muito variável dependendo do tipo de fruto.
0
5
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15
20
25
jan fev março abril maio jun julho ago set out nov dez
2009
2010
2011
142
Os resultados da amostragem dos frutos estão resumidos na Tabela 9.3.
Tabela 9.3 – Número de picadas e de pupas de C. capitata por grama de fruto (média±erro padrão), obtidos nos frutos colhidos em vários pomares de Rabo de Peixe, tendo em conta os três anos em estudo 2009- 2011.
Para cada espécie de fruto as médias seguidas pela mesma letra minúscula (coluna) não são significativamente
diferentes, ANOVA; LSD com P <0,05
Ao compararmos os valores obtidos nos três anos em estudo (2009 - 2011) verificou-se,
de um modo geral, uma diminuição no número de picadas e de pupas por grama de fruta
colhida (Tabela 9.3).
Ao compararmos os resultados obtidos nos araçás colhidos em dois locais diferentes,
Rabo de Peixe (pomares mistos) e Fajã de Cima (pomares com monocultura), verificou-se
Ano n Peso fruto Nºpicadas/g Nºpupas/g Local
Araçás 2009 50 10,44±0,30b 0,33±0,03a 0,04±0,01a Rabo Peixe
2010 50 8,52±0,38c 0,27±0,03a 0,00±0,00c Rabo Peixe
2011 50 12,52±0,57a 0,14±0,02b 0,03±0,01b Rabo Peixe
Diospiros 2009 26 111,97±5,19b 0,05±0,02a 0,00±0,00b Rabo Peixe
2010 50 164,25±4,60a 0,02±0,00b 0,02±0,00a Rabo Peixe
2011 50 123,92±4,44b 0,05±0,01a 0,01±0,00b Rabo Peixe
Feijoas 2009 50 31,79±1,46b 0,21±0,02a 0,39±0,05b Rabo Peixe
2010 50 45,00±1,33a 0,08±0,01b 0,28±0,04b Rabo Peixe
2011 50 30,02±1,30b 0,20±0,03a 0,53±0,03a Rabo Peixe
Figos 2009 37 11,08±0,33c 0,91±0,06a 0,00±0,00b Rabo Peixe
2010 50 32,64±1,48a 0,45±0,04b 0,07±0,01a Rabo Peixe
2011 50 25,06±1,83b 0,41±0,07b 0,04±0,02ab Rabo Peixe
Goiaba 2009 50 54,59±2,50a 0,05±0,01a 0,03±0,01a Rabo Peixe
2011 50 56,75±1,88a 0,02±0,00b 0,00±0,00b Rabo Peixe
Laranjas 2010 50 159,74±5,87a 0,01±0,00a 0,00±0,00a Rabo Peixe
2011 25 147,22±6,73a 0,01±0,00a 0,00±0,00a Rabo Peixe
Mandarinas 2009 42 83,43±3,10a 0,02±0,00a 0,00±0,00a Rabo Peixe
2011 51 39,92±1,21b 0,03±0,01a 0,00±0,00a Rabo Peixe
Pêssegos 2010 50 84,94±4,90a 0,09±0,01a 0,01±0,01b Rabo Peixe
2011 50 61,83±2,36b 0,12±0,02a 0,19±,003a Rabo Peixe
143
que em Rabo de Peixe, o número de picadas por grama de fruta foi ligeiramente inferior e
o número de pupas por grama de fruta foi significativamente inferior (Tabela 9.4).
Em relação aos resultados obtidos nas feijoas colhidas em Rabo de Peixe (com Adress) e
em Ponta Delgada SDASM, sem Adress), verificou-se que, o número de picadas por grama
de fruta foi significativamente inferior em Rabo de Peixe, no entanto, o mesmo não foi
observado para o número de pupas por grama de fruta (Tabela 9.4).
Tabela 9.4 – Comparação do número de picadas e de pupas de C. capitata por grama de fruta (média±erro padrão), obtidos nos frutos colhidos em dois locais (com e sem Adress), no ano de 2011.
Médias seguidas pela mesma letra minúscula (coluna) não são significativamente diferentes, teste-t com P <0,05
À semelhança do que tem acontecido nos anos anteriores a Doutora Luísa Oliveira do
Departamento de Biologia – CIRN, CBA, Universidade dos Açores manteve a sua
colaboração na análise estatística dos dados recolhidos. A identificação do novo
parasitóide de C. capitata está terminada tendo este sido identificado como Aphaereta
ceratitivora van Achterberg & Oliveira (Hymenoptera: Braconidae: Alysiinae).
Ano n Peso fruto Nºpicadas/g Nºpupas/g Local
Araçás 2011 30 15,17±0,65a 0,18±0,03a 0,41±0,05a Fajã de Cima
2011 50 12,52±0,57b 0,14±0,02a 0,03±0,01b Rabo Peixe
Feijoas 2011 50 34,98±1,47a 0,44±0,04a 0,30±0,02b SDASM
2011 50 30,02±1,30b 0,20±0,03b 0,53±0,03a Rabo Peixe
144
9.3 ESTUDO DAS DOENÇAS DO LENHO DA VIDEIRA
Durante o ano de 2011 procedeu-se à zonagem e diagnose dos fungos causadores de
doenças do lenho em videira nas ilhas de S. Miguel e Sta. Maria. Com este trabalho
pretendeu-se identificar os fungos causadores das doenças do lenho da videira e prestar
aconselhamento técnico para o seu controlo.
Procedeu-se à colheita de amostras de plantas de diversas castas, com sintomas
associados à presença de fungos do lenho da videira. A análise de cada planta foi
efetuada em duas regiões: braço e vara, tendo-se realizado isolamentos microbiológicos a
partir de seis fragmentos dos tecidos do lenho, colhidos em cada uma das referidas
regiões
Na ilha de Santa Maria foram colhidas setenta e duas (72) amostras em vinte e três
campos (23) (Quadro 9.1), cuja idade das plantas oscilava entre os 40 e 60 anos e
analisados oitocentos e sessenta e quatro (864) fragmentos do lenho.
Em S. Miguel foram prospetados vinte e oito campos (28) (Quadro 9.2) onde se colheu
setenta e sete (77) amostras de plantas cuja idade variava entre os 6 e mais de 40 anos,
analisando-se um total de novecentos e vinte e quatro (924) fragmentos do lenho.
A identificação dos fungos isolados e purificados baseou-se nas suas carateríticas
culturais e morfológicas.
14
5
Quadro 9.1 – Identificação dos campos de Santa Maria
Nº Viticultor Casta Porta-enxerto Idade da
vinha Área (ha) Concelho Freguesia
1 Eduardo Soares Isabela vinha brava 30 anos 0,1 Vila do Porto Almagreira
2 José Maria Braga Sousa Isab/Bastardinho/Jaq 40 anos 0,25 “ Santo Espirito
3 Arnaldo Braga Bettencourt Isab. Bast. Jacquez vinha brava 50anos 0,5 “ “
4 João Bairos Amaral Hebremont/ Jacq. “ 30 anos 0,1 “ “
5 António Isidro Figueiredo Isab./Ormond/Jacq. “ 40 anos 0,1 “ “
6 António M. S. Andrade Isabela/Jacquez “ 40 anos 0,25 “ “
7 Manuel Moura Bast/Isab/Jacq/Heb “ 30 anos 0,1 “ “
8 Serafim Coelho Isabela “ 60 anos 0,3 “ “
9 Manuel dos Reis Piriquita/Jacq/Isab/Heb “ 35 anos 0,5 “ Santa Bárbara
10 António Soares Bairos Isabela “ 40 anos 0,1 “ “
11 António Moura Melo Isabela “ 40 anos 0,1 “ “
12 José da Ladeira Isabela/Jacquez “ ? anos - “ “
13 Maria Helena Ormond/Jacquez “ ? anos - “ Santo Espirito
14 Manuel Raimundo Bast/Jacq/Isabela “ ? anos - “ “
15 Arnaldo Bettencourt Isabela/Orm/Jacq “ ? anos - “ “
16 Bento Freitas Ormonde/Jacquez “ ? anos - “ “
17 David Coelho Jacq/Bast/Isab “ ? anos - “ “
18 Genro do tio Freitas Isabela/Jacquez “ ? anos - “ “
19 Eduardo Sapateiro Isabela/Jacquez “ ? anos - “ “
20 José Ernesto Costa Isabela “ ? anos - “ “
21 António Raulino Isabela/Orm/Jacquez “ ? anos - “ “
22 José Machado Jacquez/Isabela “ ? anos - “ “
23 João Machado Jacquez/Isabela “ ? anos - “ “
14
6
Quadro 9.2 – Identificação dos campos de S. Miguel
Nº Viticultor Casta Porta-enxerto Idade da
vinha Área (ha) Concelho Freguesia
1 Manuel Benevides Isabela Desconhecido 40 anos 0,5 Vila Franca Conceição
2 António Cabral A. Melo ” “ 40 anos 1 “ “
3 Daniel Cabral “ “ ? anos - “ “
4 António Cabral Melo Jacquez “ ? anos 0,1 “ “
5 Daniel Cabral Isabela “ ? anos 0,5 “ “
6 João Melo “ “ ? anos 0,4 “ “
7 Manuel Sousa “ “ ? anos 0,5 “ “
8 R. N. Sra da Paz “ “ ?anos 0,2 “ S. Miguel
9 Rua das Hortas Isabela/Jacquez “ ? anos 0,6 “
10 Estrada Regional Isabela “ ? anos 1 “ “
11 Rua do Porto Isabela/Jacquez “ ? anos - “ “
12 Pico d’El Rei Isabela “ ? anos 0,2 “ Ribeira Seca
13 Estrada “ “ ? anos 0,5 “ Ribeira Tainhas
14 Maria do Carmo Pacheco “ “ 50 anos 0,5 “ Ribeira Seca
15 Leonardo dos Santos “ “ ? anos 1,2 “ “
16 Ribeira do Caldeirão “ “ ? anos 2 “ Água d’Alto
17 R. Padre Eduíno Dutra “ “ ? anos 1 “ “
18 Estrada Regional “ “ ? anos 1 “ “
19 Caminho da Rib. da Praia “ “ ? anos 0,5 “ “
20 Caminho da Rib. da Praia “ “ ? anos 0,4 “ “
21 Caloura Isabela/Jacquez “ ? anos 0,2 Lagoa Água de Pau
22 Pisão Isabela “ ? anos 0,5 Vila Franca Água d’Alto
23 Pisão II Isabela/Jacquez “ ? anos 0,15 “ “
24 Estrada Isabela “ ? anos 0,05 “ Ribeira Chã
14
7
Nº Viticultor Casta Porta-enxerto Idade da
vinha Área (ha) Concelho Freguesia
25 Rua do Botelho Isabela/Jacquez “ ? anos 0,05 Lagoa Ribeira Chã
26 SDASM Verdelho/Cardinal SO4/R99 10 anos 0,14 Lagoa Ribeira Chã
27 Rua do Gaspar Isabela Desonhecido ? anos 0,1 “ “
28 António Fernando Frias “ “ 30 anos 0,05 “ “
29 Rua do Gaspar “ “ ? anos 0,1 “ “
30 Rua do Gaspar “ “ “ 0,05 “ “
31 Cam. Porto Sta. Iria ” “ “ 0,05 Ribeira Grande Ribeirinha
32 Eduíno Silva Cabral Isabela/Jacquez “ 40 anos 0,15 “ “
33 Estrada Municipal Isabela/Jaqué “ ? anos 0,1 “ “
34 Estada Municipal Isabela “ ? anos 0,05 “ “
35 Augusto Vizinho Isabela “ 40 anos 0,15 Nordeste Algarvia
36 João Luis Câmara Isabela “ 10 anos 0,1 “ “
37 João Medeiros Fernão Pires SO4 6 anos 0,1 Ponta Delgada Capelas
38 SDASM Saborinho SO4 9 anos 0,1 Ponta Delgada S. Pedro
148
A identificação dos fungos isolados e purificados baseou-se nas suas carateríticas culturais
e morfológicas.
A análise microbiológica efetuada ao material colhido revelou a presença de fungos dos
géneros Botryosphaeria, Pestalotiopsis, Elsinöe, Cylindrocarpon, e Phomopsis (Quadros
9.3 e 9.4).
Quadro 9.3 – Percentagem de Incidência dos fungos do lenho nos campos de Sta. Maria.
Campo
Nº
Plantas analisadas
Botryosphaeria Pestalotiopsis Elsinöe Phomopsis Cylindrocarpon
1 4 50 75 0 25 0
2 3 33 66 0 0 0
3 4 50 50 0 25 0
4 4 25 50 0 0 0
5 3 66 100 0 0 0
6 4 100 75 0 0 0
7 4 50 100 0 25 0
8 2 0 100 0 0 0
9 4 25 75 0 75 0
10 2 50 100 0 50 0
11 3 66 66 0 33 0
12 3 33 100 0 0 0
13 3 100 33 0 0 0
14 3 33 100 0 33 0
15 4 100 75 0 0 0
16 3 33 100 0 33 0
17 3 100 100 0 66 0
18 2 50 100 0 100 0
19 2 100 100 0 100 0
20 1 100 100 0 0 0
21 3 100 100 0 66 0
22 4 50 50 0 0 0
23 4 75 75 0 50 0
149
Quadro 9.4 – Percentagem de Incidência dos fungos do lenho nos campos de S. Miguel.
Campo Nº
Plantas analisadas
Botryosphaeria Pestalotiopsis Elsinöe Phomopsis Cylindrocarpon
1 2 100 100 0 0 0 2 2 50 100 0 100 0
3 2 50 100 0 100 0
4 2 0 50 0 100 0
5 2 0 100 0 100 0
6 2 50 50 0 100 0
7 2 100 100 0 0 0
8 2 100 100 0 0 0
9 2 100 50 0 0 0
10 2 50 100 0 50 0
11 2 50 100 0 100 0
12 2 100 50 0 0 0
13 2 100 50 0 0 0
14 2 50 100 0 50 0
15 2 100 50 0 0 0
16 4 25 75 0 25 0
17 4 75 50 0 0 0
18 2 50 100 0 100 0
19 2 100 50 0 0 0
20 2 100 50 0 0 0
21 2 100 100 0 50 0
22 2 100 50 0 0 0
23 2 100 100 0 100 0
24 2 50 100 0 50 0
25 2 100 50 0 0 0
26 2 100 50 0 50 0
27 2 50 50 0 0 0
28 2 50 100 0 50 0
29 2 100 50 0 0 0
30 2 100 50 0 0 0
31 2 50 50 0 100 0
32 3 100 100 0 33 0
33 2 100 100 0 0 0
34 2 50 100 0 100 0
35 1 100 100 0 0 0
36 1 100 0 100 0 0
37 2 0 100 0 50 0
38 2 0 100 0 0 100
150
Pela análise dos resultados obtidos para cada um dos campos estudados nas duas ilhas
verificou-se que a escoriose europeia, causada por fungos do género Botryosphaeria, está
presente na quase totalidade dos campos prospetados e com uma incidência média (nº
médio de plantas infetadas) elevada. A escoriose americana, atribuída ao fungo
Phomopsis vitícola, tem uma incidência média. Verificou-se ainda que a incidência das
doenças do pé negro e antracnose da videira, causadas pelos fungos dos géneros
Cylindrocarpon e Elsinöe, é baixa e só foram detetados em S. Miguel. A incidência de
Pestalotiopsis spp. é elevada na maioria dos campos, o que mostra uma boa adaptação da
espécie às nossas condições ambientais (Quadro 9.5).
Quadro 9.5 – Percentagem de Incidência média dos fungos do lenho.
Botryosphaeria Pestalotiopsis Cylindrocarpon Phomopsis Elsinöe
Sta. Maria 60,4 82,2 0 29,6 0
S. Miguel 71,1 75,7 2,6 37,1 2,6
151
9.4 PROJECTO ANÁLISE DE SOLOS E FERTILIZAÇÃO DOS AÇORES A vertente do Projeto “Análise do Solo e Fertilização” com experimentação em vasos
iniciou-se no Serviço de Desenvolvimento Agrário do Pico em 2008, com orientação
técnica e de apoio laboratorial das Universidades dos Açores e de Trás-os-Montes e Alto
Douro, relatando-se a seguir os trabalhos já efetuados e os que se perspetivam para
2012.
Justificação
As frequentes reservas dos agricultores do Pico em aceitar a nova estratégia de
adubações preconizada depois do survey de 2006/2007, designadamente a indicação de
diminuir ou mesmo anular as adubações com fósforo em face dos elevados teores deste
nutriente constantes nos boletins de análise, determinou a necessidade de realizar
ensaios para clarificar um conjunto de aspetos, que pela sua diversidade e relevância
justificaram o uso duma metodologia expedita - os ensaios em vaso.
Objetivos
Os ensaios visam genericamente estudar a fertilidade dos solos da Região, integrando
terras representativas das classes e sistemas de produção mais frequentes em cada ilha.
Os objetivos específicos dos trabalhos já realizados ou em curso são os seguintes:
• Identificar um método de análise do Fósforo assimilável fiável nos solos dos
Açores e aferir a tabela de classificação desses teores para a Região (Fi P - 1ª e 2ª
Fases e Holcus)
• Estudar os efeitos do esgotamento progressivo do fósforo de solos enriquecidos,
sobre a produção de erva e sua qualidade (Dpl P - Lolium perene e Holcus)
• Comparar a eficácia dos fosfatos atacados com os naturais (Fo P milho e L.
multiflorum)
• Avaliar os efeitos da calagem em solos de pastagem (Ca Pi 1ª Fase).
152
Material e métodos
Os trabalhos decorrem em estufa com vasos do tipo floreira, em polietileno com cerca de
5 litros de capacidade útil e 520 cm2 de área de crescimento (Fi P e Ca Pi) ou 7 litros e 660
cm2 (Fo P e Dpl P).
As terras de enchimento em estudo proveem de leivas de pastagens ou terrenos de milho
até 10 ou 20 centímetros de profundidade, respetivamente. A tabela 9.5 sintetiza a
distribuição dos solos já testados por ilha e ensaio, num total de 102.
Após crivagem a 11 mm e homogeneização, são-lhes incorporados os vários tipos de
nutrientes e corretivos correspondentes aos tratamentos a estudar.
Cada vaso é tratado individualmente, sendo-lhe dispensadas as seguintes operações de
manutenção, sempre que se justifiquem: cortes, fertilizações, regas, mondas, controlo de
pragas e doenças.
Depois de cortada, a erva por vaso é lavada, seca, pesada e moída e posteriormente
analisada.
Tabela 9.5 – Solos testados por ilha e ensaio
Todos os ensaios decorrem segundo esquemas em splitplot com 4 repetições, exceto o Fo
P milho e L. multiflorum que decorreu com 3.
Na tabela 9.6 resumem-se os tratamentos e a dimensão e duração dos ensaios já
realizados.
153
Tabela 9.6 – Tratamentos, dimensão e duração dos ensaios
Determinações efetuadas
Cada solo é descrito com base nas caraterísticas relevantes na situação de campo e
objeto de determinações físicas nas condições de trabalho (Porosidade, Densidade
Aparente e Capacidade de Campo). Para além disso, é exaustivamente estudado
laboratorialmente, quer usando as amostras das terras iniciais (102) quer finais dos
ensaios (2532). Em anexo e a título de exemplo, inclui-se a ficha caraterizadora e de
comportamento dum dos solos elaborado pelo orientador técnico da UTAD, destacando-
se o seu detalhe relativamente a cada uma das seguintes determinações: classificação,
análise mecânica, M.O., acidez, capacidade de troca catiónica, disponibilidade inicial e
final do fósforo (14 métodos) e teores deste nutriente nos vários estados e respetiva
curva de adsorção.
Por outro lado, foram determinadas as produções de Matéria seca, vaso a vaso e corte a
corte, totalizando até agora cerca de 31 mil amostras, que, na sua maioria, foram moídas
e remetidas para análise química dos elementos em cada ensaio mais relevantes (ver
ficha anexa).
Resultados
Todos os ensaios terminaram a fase de campo, exceto o do esgotamento progressivo do
Fósforo (Dpl P Lp e H), que se prevê acabar em finais de 2012. As produções de matéria
seca registada são objeto de tratamento estatístico (descrição e análise de variância) o
154
qual, em conjunto com os resultados das análises laboratoriais efetuadas (ver ficha
anexa), permitem adiantar já um conjunto de conclusões e tendências muito importante
para o suporte do aconselhamento sobre fertilizações aos agricultores regionais. As
análises laboratoriais ainda em curso permitirão não apenas uma melhor compreensão
dos resultados obtidos, mas também estabelecer uma base de dados sobre a fertilidade
dos solos dos Açores que suporte todo o aconselhamento técnico para o seu uso
adequado.
Conclusões e tendências já averiguadas
Ensaios Fi P 1ª e 2ª Fases e Holcus:
O método de Olsen é o mais fiável para o P assimilável nos solos dos Açores;
Nos solos pouco densos das pastagens açorianas é de extrema importância afetar
os teores de P do fator densidade da terra fina ou exprimi-los em mg/l e não
mg/kg;
A tabela de classes de P foi aferida para os solos da Região e indica maior
amplitude das classes do que a tradicionalmente usada (o ponto médio da classe
média é 20mg/l e não 15mg/kg);
Ensaios Fo P 1ª Fase e L. multiflorum:
O método de Olsen apresentou a mesma calibração para o milho e
azevém+dactylis;
Nos terrenos de milho do Pico, é pouco provável haver resposta à aplicação de
fósforo e os fosfatos naturais não têm melhor resposta produtiva do que o
superfosfato se pH>5,5 e acidez potencial < 5cmolc/l, isto é, a aplicação de
superfosfato de cálcio e de fosfatos naturais moídos é agronomicamente
equivalente, para solos de reação ácida a moderadamente ácida;
A eficiência nutricional dos fosfatos naturais é mais reduzida que a do
superfosfato de cálcio;
A opção entre as duas formas de P não se relaciona com questões técnicas;
prende-se com questões económicas (o custo de aquisição do superfosfato de
cálcio é menor) e ambientais (o fosfato natural moído tem uma impacto ambiental
(consumo energético/emissão de CO2) menor no processo de fabrico e menor
risco de perda para as águas).
155
Ensaios Ca Pi 1ª Fase:
A calagem de pastagens em doses moderadas pode ser favorável em alguns casos,
sendo o Calcário agrícola e o Óxido de cálcio, mais eficazes do que o Calcário
marinho.
A opção entre aqueles dois corretivos não se relaciona com questões técnicas;
prende-se com questões económicas (quantidades a aplicar e custos de aquisição
e de transporte) e ambientais, visto o calcário agrícola moído ter um impacto
ambiental (consumo energético/emissão de CO2) menor no processo de fabrico.
Divulgação de resultados
A informação recolhida foi sendo gradualmente divulgada, salientando-se as reuniões e
visitas dos técnicos da SRAF ligados ao Projeto ASF (4), uma reunião com agricultores e a
apresentação de posters em duas reuniões internacionais. Por outro lado, aguarda-se
para breve a publicação dum pequeno caderno sobre a fertilização dos solos regionais e a
realização duma reunião com os técnicos que no Pico dão aconselhamento na área da
fertilidade do solo.
Prosseguimento e Perspetivas
Em 2012, para além do prosseguimento do ensaio sobre o esgotamento progressivo do
Fósforo (Dpl P Lp e H), está prevista instalação dum novo conjunto de trabalhos, com vista
ao aprofundamento dos temas já abordados (Fo P L. perene e Ca Pi 2ª Fase) e ao
esclarecimento de novas questões (Ca Ní, P Org e N Esp), como a seguir se indica:
• Comparar a eficácia dos fosfatos atacados com os naturais em pastagem (Fo P L.
perene)
• Avaliar os efeitos da calagem em solos de pastagem (Ca Pi 2ª Fase)
• Avaliar o nível técnico ótimo da aplicação de calcário agrícola nos solos dos Açores
(Ca Ní)
• Avaliar a evolução do grau de disponibilização do Fósforo Orgânico em solos de
pastagem (P Org)
• Avaliar a evolução da disponibilização do Azoto em adubos de libertação lenta e
controlada (“especiais”) (N Esp).
156
9.5 PROJECTO: “PREVENÇÃO DA HEMATÚRIA ENZOÓTICA BOVINA POR CONTROLO DO FETO COMUM (PTERIDIUM AQUILINUM) NAS PASTAGENS MICAELENSES”
Na sequência das actividades desenvolvidas no âmbito do projecto: “Prevenção da
Hematúria Enzoótica Bovina por Controlo do Feto Comum (Pteridium aquilinum) nas
Pastagens Micaelenses”, durante o ano de 2011, vimos apresentar um relatório dos
trabalhos realizados pela equipa coordenada pela Direção de Serviços de Agricultura e
Pecuária em colaboração com o Serviço de Desenvolvimento Agrário de São Miguel, bem
como, o ponto actual da situação relativo à incidência de tumores de bexiga (Tbx) na ilha
de São Miguel (ISM). Relembramos que os Tbx são a principal manifestação lesional da
hematúria enzoótica bovina (HEB), doença vulgarmente designada pelos produtores por
“Vacas que urinam com sangue”.
Os dados relativos à monitorização dos Tbx desde julho de 1989 até dezembro de 2011
permitem constatar uma diminuição gradual e consistente do número de reprovações de
carcaças de bovino por apresentarem Tbx (figura 9. 21). No ano 2011 registaram-se 6,04%
de reprovações por Tbx.
Figura 9.21 – Monitorização da incidência de tumores de bexiga nas vacas abatidas no Matadouro
Industrial de São Miguel (MISM) no período compreendido entre 1 de julho de 1989 e 31 de
dezembro de 2011. Fonte: Serviço de Inspeção Sanitária do MISM.
Na tabela 9.7 apresentam-se os dados relativos à evolução do número de explorações e
0
2
4
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16000
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Nú
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e a
nim
ais
Anos
Incidência de tumores de bexiga nas vacas abatidas
Nº animais Incidência
157
de vacas leiteiras candidatas ao programa POSEI vacas leiteiras na ISM, desde 1995 a
2011. Apresenta-se ainda o número total e percentual de explorações que apresentaram
para abate no MISM pelo menos uma vaca com diagnóstico de Tbx no exame post-
mortem, bem como o número total de Tbx diagnosticados em cada ano.
A tendência decrescente no n.º total de casos de Tbx diagnosticados pelos inspectores
sanitários de serviço no MISM é corroborada pela análise dos dados mencionados na
tabela 9.7.
Tabela 9.7 – Dados anuais do número de vacas leiteiras e de explorações na ilha de São Miguel,
distribuição total e percentual de explorações com pelo menos um caso diagnosticado de tumor
de bexiga no Matadouro Industrial de São Miguel (MISM) e número total de tumores
diagnosticados no período compreendido entre Jan/95 a Dez/11. Fonte: Serviço de Inspeção
Sanitária do MISM, Sistema Nacional de Identificação e Registo de Bovinos e POSEI vacas leiteiras.
Ano Vacas
Leiteiras
N.º de
Explorações
Explorações com
Tumores de Bexiga (%)
Tumores de
Bexiga
1995 47922 2093 190 (9,1) 232
1996 49790 2102 155 (7,4) 182
1997 50108 2101 130 (6,2) 160
1998 52119 2132 326 (15,3) 418
1999 53037 2089 439 (21,0) 628
2000 53476 2026 573 (28,3) 1028
2001 51892 1945 793 (40,8) 1423
2002 52325 1917 899 (46,9) 1879
2003 49260 1847 1006 (55,0) 2224
2004 49587 1810 1082 (59,8) 2101
2005 48937 1711 903 (52,8) 1992
2006 48610 1659 829 (50,0) 1664
2007 49409 1639 699 (42,6) 1382
2008 49927 1564 579 (37,0) 987
2009 50352 1540 512 (33,2) 849
2010 50118 1455 445 (30,6) 727
2011 50587 1454 437 (30,1) 681
158
Registou-se um decréscimo do número de explorações atingidas por Tbx de cerca de 60%
(1082) em 2004 para 30% (437) em 2011, correspondendo a uma redução de 50% neste
período. Constata-se assim uma diminuição consistente no número total de explorações
atingidas pela HEB. Verificou-se ainda uma redução para menos de um terço no número
total de Tbx observados no MISM: 2224 em 2003 para 681 em 2011.
Figura 9.22 – Evolução do número de explorações afetadas por tumores de bexiga desde
1995 até 2011. Fonte: Serviço de Inspeção Sanitária do MISM, Sistema Nacional de
Identificação e Registo de Bovinos e POSEI vacas leiteiras.
Os resultados obtidos sugerem que as ações desenvolvidas no âmbito do programa de
prevenção da HEB pelos Serviços da Secretaria Regional de Agricultura e Florestas estão a
surtir efeito muito positivo.
A estratégia de intervenção incluiu a sensibilização dos produtores para este problema,
implementação no terreno de medidas de controlo e erradicação do feto comum por
utilização criteriosa de herbicidas apropriados ao combate desta infestante (asulame e/ou
glifosato) e ainda correção das carências em oligoelementos.
O programa de controlo do feto das pastagens foi iniciado no Verão de 2001 e continuado
até 2011, tendo-se notado desde então um interesse crescente dos produtores na
prevenção da doença. Os produtores que aderiram mais cedo a este programa revelaram
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
19951996199719981999200020012002200320042005200620072008200920102011
%
Anos
159
que houve diminuição significativa dos casos de HEB, tendo mesmo desaparecido os
casos clínicos na exploração. Contudo, no matadouro como se abrem todas as bexigas dos
bovinos abatidos de uma forma sistemática, ainda vão aparecendo alguns casos de Tbx
nos bovinos provenientes das explorações que aderiram ao programa de prevenção da
HEB acima mencionado. Estes tumores detetados no exame post-mortem, sem qualquer
manifestação clínica de hematúria enzoótica podem considerar-se manifestações sub-
clínicas da doença.
Foram monitorizados os resultados obtidos com a aplicação de herbicidas nos últimos 9
anos. Desde 2003 que se verifica uma tendência decrescente no número de rejeições de
carcaças de bovino por apresentarem tumores de bexiga (Tabela 9.7).
No primeiro ano após a primeira aplicação de herbicida selectivo nas pastagens verificou-
se uma redução do grau de infestação pelo Pteridium aquilinum de 50 a 90%. O sucesso
desta medida de controlo da HEB implica a aplicação do herbicida em pelo menos três
anos consecutivos. Nas explorações com problemas de HEB onde se implementaram há
mais tempo medidas de controlo do feto das pastagens, constata-se actualmente uma
diminuição acentuada do número de animais com sinais clínicos da doença, bem como
diminuição do número de casos de tumores de bexiga nos bovinos abatidos.
Nos meses de julho a outubro de 2011 decorreram os trabalhos de combate ao feto das
pastagens (P. aquilinum). Foram tratados 764 alqueires, aproximadamente 108 ha, de
pastagens pertencentes a 21 produtores de bovinos em diferentes freguesias da ilha de
São Miguel. No total foram gastos 298 litros de herbicida e realizada a quantia de 4033 €
a pagar pelos produtores abrangidos por este programa.
Face aos resultados francamente positivos obtidos no controlo da doença ao nível das
explorações e à tendência decrescente no número de casos observados de Tbx no MISM,
julgamos imperioso dar continuidade ao projecto em curso, mantendo em
funcionamento pelo menos uma brigada de aplicação de herbicida durante os meses de
junho a outubro. À semelhança dos anos anteriores esta brigada deverá ser coordenada
pela Direção de Serviços de Agricultura e Pecuária em colaboração com o Serviço de
Desenvolvimento Agrário de São Miguel.
160
9.6 CONSERVAÇÃO DA RAÇA BOVINA AUTÓCTONE RAMO GRANDE
1. Enquadramento
No âmbito da preservação de recursos genéticos animais têm vindo a ser desenvolvidas
várias ações no sentido da manutenção e aumento do efectivo em linha pura da Raça
Bovina Autóctone Ramo Grande. Esta raça possui actualmente cerca de 1640 animais,
distribuídos por 274 explorações, inscritos no Livro Genealógico da raça.
2. Objetivo Principal
Assegurar a conservação da raça e encontrar em conjunto com os criadores da raça,
técnicos ligados à preservação de outras raças autóctones e com dirigentes dos Serviços
Oficiais a definição de objetivos para a raça em termos da melhoria da sua conformação
para a produção de carne e/ou para a utilização de outras estratégias de valorização dos
seus produtos de forma a garantir a sua sustentabilidade futura.
3. Abrangência
Criadores da raça Ramo Grande nas ilhas S. Miguel, Terceira, Graciosa, S. Jorge, Pico e
Faial.
4. Ações desenvolvidas
- Inscrição de animais no Livro de Nascimentos e classificação morfológica de
animais com vista a permitir a sua inscrição no Livro de Adultos;
- Compilação de dados no programa informático GENPRO de forma a permitir uma
melhor gestão do efectivo da raça, nomeadamente no que concerne à manutenção da
diversidade genética e à minimização da consanguinidade.
- Aconselhamento dos criadores durante as visitas de campo com vista à selecção
dos animais que possuem melhores caraterísticas para a raça, bem como dos
acasalamentos mais adequados quer com touros de Inseminação Artificial quer de
Cobrição Natural.
- Apoio aos técnicos dos Serviços de Desenvolvimento Agrário afetos a esta área
no esclarecimento de questões relacionadas com a inscrição de animais no Livro
161
Genealógico, nomeadamente no que respeita ao funcionamento do Regulamento Técnico
da raça.
- Elaboração das Declarações comprovativas, por criador, da inscrição dos animais
no respectivo Livro Genealógico para efeitos de candidatura às medidas agro-ambientais.
- Elaboração de artigos técnicos divulgativos da raça solicitados sobretudo por
revistas ligadas às áreas da Agricultura Biológica e da Preservação da Biodiversidade dos
Recursos Genéticos.
- Elaboração de fichas técnicas de touros da raça Ramo Grande para utilização em
Inseminação Artificial para publicação em Catálogos difundidos por Subcentros da Região.
- Em junho de 2011, com a participação de uma equipa especializada da Direção-
Geral de Veterinária, concretização de um programa de recolha, acondicionamento e
congelação de sémen de reprodutores da raça previamente seleccionados nas ilhas
Terceira, S. Jorge, Pico e Faial, do qual resultou a constituição de um stock de 5082 doses
de sémen proveniente de 7 touros da raça para utilização em inseminação artificial.
9.7 PROGRAMA EXPERIMENTAL DE TRANSFERÊNCIA EMBRIONÁRIA EM BOVINOS NA ILHA GRACIOSA
1. Enquadramento
A importância de manter o estatuto sanitário da ilha Graciosa aliado à necessidade de
fortalecer de forma mais rápida o melhoramento genético dos efectivos bovinos leiteiros
conduziu ao desenvolvimento, por parte do Governo Regional, deste Programa
Experimental.
2. Objetivo Principal
Potenciar a obtenção de fêmeas de elite, adaptadas às condições ambientais locais.
3. Abrangência
Produtores de leite da ilha Graciosa.
162
4. Intervenientes
O Programa Experimental de Transferência Embrionária em Bovinos na ilha Graciosa é
coordenado pela Direção Regional do Desenvolvimento Agrário e tem contado com a
colaboração de uma equipa técnica especializada da Faculdade de Medicina Veterinária
(FMV) da Universidade Técnica de Lisboa, bem como com o apoio técnico e logístico do
Serviço de Desenvolvimento Agrário da Graciosa.
5. Ações desenvolvidas/Resultados
Este programa envolve os produtores de leite da Graciosa que disponibilizam
novilhas das suas explorações que são seleccionadas para receptoras de embriões
importados, congelados e sexados, de elevada qualidade genética.
Inicialmente foram transferidos 83 embriões importados do Canadá e de França,
tendo-se obtido uma taxa média no diagnóstico de gestação efetuado aos 45 a 60 dias
pós-parto de 63%, o que é considerado muito bom sobretudo quando se trabalha com
embriões congelados e sexados.
Resultaram 30 fêmeas provenientes de embriões cuja cria e recria foi efetuada
pelos respectivos produtores e que entraram como dadoras de embriões (embriões de 2ª
geração) em Programas de Ovulação Múltipla e Transferência Embrionária.
Estes programas possibilitaram uma disseminação da genética de elite por mais
animais e produtores da ilha que dispunham de fêmeas receptoras para a realização da
Transferência Embrionária em fresco cuja taxa de sucesso é mais elevada do que com
embriões congelados. Os embriões excedentários foram congelados também para
utilização quer na ilha Graciosa quer nas ilhas do Pico e Faial.
As actividades técnicas desenvolvidas no âmbito deste programa têm sobretudo a
ver com os critérios de selecção dos embriões importados, registo de todas as ocorrências
declaradas pelos produtores (deteção de cios, abortos, nascimentos), registo dos
resultados dos exames ginecológicos e das transferências embrionárias efetuadas pela
equipa da FMV, elaboração dos Certificados de Transferência Embrionária e compilação
das genealogias dos embriões, selecção de touros de Inseminação Artificial para
emparelhamento com as potenciais dadoras controlando a consanguinidade, consulta a
163
diversas empresas para providenciar a aquisição de materiais e equipamentos específicos
necessários à prossecução do Programa.
Na ilha Graciosa, no final de 2011, resultaram do trabalho com 9 explorações
leiteiras:
- 40 programas de superovulação;
- 477 corpos lúteos avaliados (média 11,9 por novilha tratada);
- 380 estruturas recolhidas (média 9,5 por novilha trada);
- 210 embriões viáveis (média 5,3 por novilha tratada);
- 124 embriões transferidos em fresco, 86 embriões congelados dos quais 65
foram transferidos após descongelação;
- 116 gestações em curso.
Na ilha do Pico foram transferidos 6 embriões em novilhas pertencentes a 6
explorações de leite desta ilha e no Faial foram transferidos 9 embriões igualmente em 6
explorações.
164
10. APOIO JURÍDICO
A Direção de Serviços de Agricultura e Pecuária tem afeta ao seu quadro de pessoal uma
jurista que presta apoio jurídico à Direção Regional do Desenvolvimento Agrário,
respetivas Direções de Serviços e, sempre que necessário, ao Sr. Secretário Regional da
Agricultura e Florestas, no respetivo gabinete em Ponta Delgada. O apoio jurídico
prestado consiste essencialmente na elaboração de informações, pareceres jurídicos e
apoio jurídico à instrução de processos de contra-ordenação, a processos de contratação
pública e de recrutamento de pessoal, elaboração de propostas de diplomas legislativos e
regulamentares e participação em comissões, júris e grupos de trabalho.
No ano de 2011 foram executadas as seguintes ações:
I FASE DO PARQUE DE EXPOSIÇÕES DA ILHA TERCEIRA
Apoio jurídico no acompanhamento da execução da empreitada de construção da
I fase do Parque de Exposições da ilha Terceira;
LABORATÓRIO REGIONAL DE ENOLOGIA
Apoio jurídico no acompanhamento da execução da empreitada de construção do
novo Laboratório Regional de Enologia;
Apoio jurídico e membro do Júri do Concurso público para aquisição do
equipamento de laboratório para o Laboratório Regional de Enologia.
LABORATÓRIO REGIONAL DE VETERINÁRIA
Apoio jurídico no acompanhamento da execução da empreitada de construção do
Laboratório Regional de Veterinária.
PARQUE DE EXPOSIÇÕES SANTANA - SÃO MIGUEL
Apoio Jurídico no processo de regularização da propriedade e posse dos terrenos
onde será implantado o Parque de Exposições Santana - São Miguel;
165
Elaboração de Protocolo de cooperação entre a SRAF e a Cooperativa União
Agrícola, com vista à implantação, gestão e exploração do futuro Parque de
Exposições Santana – São Miguel;
Apoio jurídico e Membro do Júri do concurso público com publicação internacional
com vista à construção do Parque de Exposições de Santana - São Miguel.
EQUIPAMENTO ANALISADOR DE LEITE
Apoio jurídico e membro do Júri do concurso público com publicação internacional
com vista à aquisição de um equipamento analisador de leite.
SERVIÇOS DE LIMPEZA DA DSAP
Apoio jurídico ao procedimento por ajuste direto para contratação dos serviços de
limpeza da Direção de Serviços de Agricultura e Pecuária.
RODENTICIDA
Apoio jurídico no Concurso Público com publicação internacional para aquisição por
lotes de rodenticida de uso agrícola e de uso veterinário.
CARREIRAS, VÍNCULOS E REMUNERAÇÕES DOS TRABALHADORES QUE EXERCEM FUNÇÕES PÚBLICAS
Apoio ao procedimento concursal comum, para recrutamento de um Técnico
Superior (área de Medicina Veterinária), em regime de contrato de trabalho
em funções públicas por tempo indeterminado, a afetar ao Serviço de
Desenvolvimento Agrário de São Miguel.
Membro do júri do procedimento concursal comum, para recrutamento
interno de um Técnico Superior (área de Biologia), em regime de contrato de
trabalho em funções públicas por tempo indeterminado, tendo em vista a
ocupação de um lugar na categoria e carreira de técnico superior, do quadro
regional da ilha de São Miguel, para afetar à Direção de Serviços de Agricultura
e Pecuária, da Direção Regional do Desenvolvimento Agrário, Secretaria
Regional da Agricultura e Florestas;
166
Membro do júri do procedimento concursal comum, e instrução do respetivo
processo, para recrutamento de dois assistentes técnicos (área de agricultura
e pecuária) em regime de contrato de trabalho em funções públicas por tempo
indeterminado, com vista à ocupação de dois lugares da categoria e carreira
de assistente técnico, do quadro regional da ilha de São Miguel, para afetar à
Direção de Serviços de Agricultura e Pecuária, da Direção Regional do
Desenvolvimento Agrário da Secretaria Regional da Agricultura e Florestas.
SIADAPRA
Membro da Comissão Paritária da SRAF, como 2º vogal efetivo representante da
Administração, designado por despacho de Sua Exª. o Secretário Regional da
Agricultura e Florestas de 14 de Janeiro de 2010;
Análise e organização dos processos de trabalhadores que suscitaram a
apreciação da comissão paritária no âmbito do processo de avaliação do
SIADAPRA 3 e preparação dos trabalhos da referida Comissão;
Membro da Equipa de auto-avaliação da DRDA, no âmbito da CAF e do
SIADAPRA 1, designada por despacho do Sr. DRDA de 12 de julho de 2010.
PROCESSOS DE CONTRA-ORDENAÇÃO
Apoio jurídico no âmbito dos processos de contra-ordenação instruídos nos
Serviços de Desenvolvimento Agrário;
Análise e encaminhamento de todos os autos de notícia remetidos à DRDA por
infrações à legislação na área da Veterinária.
SANIDADE VEGETAL
Apoio jurídico na elaboração da Portaria que define medidas destinadas a evitar a
introdução e a propagação do inseto Rhynchophorus ferrugineus (Olivier, 1790) na
Região Autónoma dos Açores;
Apoio jurídico na elaboração da Portaria que define define medidas destinadas a
evitar a introdução e a propagação do inseto Paysandisia archon (Burmeister,
1880) na Região Autónoma dos Açores;
167
Apoio jurídico na elaboração da Portaria que define medidas destinadas a evitar a
introdução e a propagação P. japonica.
ROEDORES
Elaboração de uma proposta de Resolução do Conselho de Governo que aprova a
criação da Comissão de gestão integrada de pragas – roedores, prevista no artigo 9º do
Decreto Legislativo Regional nº 31/2010/A, de 17 de novembro, que estabelece
medidas de prevenção, controlo e redução da presença de roedores invasores e
comensais na Região Autónoma dos Açores.
IDENTIFICAÇÃO E CIRCULAÇÃO ANIMAL
Apoio jurídico, no âmbito de um processo de sequestro administrativo imposto a
bovinos na sequência de uma ação de penhora, e esclarecimento sobre a extensão da
responsabilidade e da intervenção da entidade competente em matéria de veterinária
em casos de penhora de animais, nos termos do regime jurídico da penhora, previsto
no Código do Processo Civil.
SANIDADE ANIMAL
Elaboração de parecer jurídico sobre a possibilidade de aprovação de Portarias
do Governo Regional que autorizem o pagamento de indemnizações por abate
sanitário de pequenos ruminantes detetados com Brucelose na Região;
Elaboração de Portaria que altera a Portaria n.º 17/2008 de 14 de fevereiro,
alterada pelas Portarias n.º 19/2009 de 20 de março e 16/2010 de 12 de fevereiro,
que determina o abate de bovinos, e da última filha nascida com idade inferior a 1
ano à data do diagnóstico laboratorial, diagnosticados como portadores de
Leucose Bovina Enzoótica e/ou de Brucelose Bovina, bem como o abate de todos
os animais infectados ou suspeitos de infecção tuberculosa;
Elaboração de edital relativo à vigilância epidemiológica das encefalopatias
espongiformes transmissíveis;
Elaboração de Portaria que determina os valores e formas de cálculo das
indemnizações devidas pelo abate compulsivo de animais portadores de Leucose
168
Bovina Enzoótica na Região Autónoma dos Açores ou de animais portadores de
Brucelose Bovina nas ilhas declaradas oficialmente indemnes a esta doença.
Apoio jurídico na elaboração de uma proposta de Portaria que visa atribuir uma
comparticipação financeira à organização de produtores da ilha do Pico pela
execução, através do seu serviço médico-veterinário de campo, de
intradermotuberculinizações comparadas;
Apoio jurídico na elaboração de uma proposta de alteração da Portaria n.º
63/2008, de 5 de agosto, alterada e republicada pela Portaria n.º 46/2009, de 5 de
junho, que, no âmbito do plano de vigilância epidemiológica das Encefalopatias,
regulamenta a atribuição de uma comparticipação financeira às organizações de
produtores que executem, através dos seus serviços médico-veterinários de
campo, a recolha dos troncos cerebrais de bovinos, ovinos e caprinos,
acidentalmente mortos nas explorações.
LICENCIAMENTO DE EXPLORAÇÕES PECUÁRIAS
Realização de Trabalhos para elaboração de proposta legislativa que substitua
aplicação do regime jurídico do exercício das atividades pecuárias na RAA.
Realização de Parecer sobre proposta de alteração do DL nº 214/2008, de 10 de
novembro, que aprova o regime jurídico do exercício das atividades
pecuárias (REAP).
BOVINICULTURA
Apoio Jurídico na elaboração de proposta de despacho do Secretário Regional da
Agricultura e Florestas que determina encerramento do regime de ajudas a
conceder à aquisição de produto de categoria fibrosa destinado à alimentação do
efetivo pecuário da Região Autónoma dos Açores, considerando que, no ano de
2010, a comparticipação financeira atribuída por quilograma, atingiu o montante
máximo regional previsto de 21.376.000 (vinte e uma mil trezentas e setenta e
seis) toneladas.
169
HIGIENE PÚBLICA VETERINÁRIA
Elaboração de informação sobre o procedimento de aprovação dos
estabelecimentos que manipulam os produtos de origem animal previstos no
anexo III do Regulamento (CE) Nº 853/2004, de 29 de abril;
Elaboração de informação sobre a entrada em vigor do Regulamento (CE) n.º
1069/2009, de 21 de outubro, relativo a subprodutos de origem animal e a
aplicabilidade do Dl nº 122/2006, que visa o cumprimento no ordenamento
jurídico nacional do Regulamento (CE) nº 1774/2002, revogado pelo Regulamento
(CE) n.º 1069/2009, de 21 de outubro;
Elaboração de informação sobre diplomas em vigor que determinam o
pagamento de taxas pela prestação de serviços na área de competência da
Direção de Serviços de Veterinária.
Apoio jurídico no estudo da possibilidade de se estabelecerem isenções de
pagamento de taxas no licenciamento de centros de atendimento médico-
veterinário;
Apoio Jurídico sobre aprovação de Unidades intermédias de Subprodutos da
categoria 3 – Tratamento de Peles e Couros.
ANIMAIS DE COMPANHIA
Elaboração de informação sobre regras para viajar com os seus animais de
companhia entre os estados membros da União Europeia
Elaboração de informação sobre licenciamento de lojas de animais de companhia
no âmbito do Decreto-Lei n.º 276/2001, de 17 de outubro, na redação dada pelo
DL nº 315/2003, de 17 de dezembro, que estabelece as medidas complementares
das disposições da Convenção Europeia para a Proteção dos Animais de
Companhia, e do Decreto-Lei n.º 48/2011 de 1 de abril.
BEM-ESTAR ANIMAL
Elaboração de informação sobre as regras aplicáveis ao transporte rodoviário de
animais nos Açores.
170
APOIO AO GABINETE DO SECRETÁRIO REGIONAL EM PONTA DELGADA
Elaboração de proposta de Decreto Legislativo Regional que estabelece medidas
de incentivo à produção de ananás de qualidade, e de proteção das zonas de
estufas da cultura do ananás;
Apoio jurídico na elaboração de contratos de produção e entrega de beterraba
sacarina a celebrar entre a empresa pública SINAGA e os produtores de beterraba;
Elaboração de informação ao Sr. Secretário Regional da Agricultura e Florestas
sobre os valores máximos das rendas de prédios rústicos praticados entre os anos
agrícolas de 1987 até 2010;
Apoio jurídico na elaboração de proposta de estatutos do futuro Centro Açoriano
do Leite e Lacticínios, enquanto associação de direito privado sem fim lucrativo que
assegura a participação das organizações representativas dos intervenientes na
fileira do leite e lacticínios na Região.
Apoio jurídico e participação na elaboração de um relatório sobre uma possível
reestruturação orgânica da Secretaria Regional da Agricultura e Florestas;
Apoio jurídico e participação na elaboração de uma proposta de Decreto
Regulamentar Regional que aprova uma nova orgânica da Secretaria Regional da
Agricultura e Florestas;
Apoio jurídico na elaboração da Proposta de Decreto Legislativo Regional que
estabelece o regime jurídico dos planos de ordenamento, de gestão e de
intervenção de âmbito florestal;
Elaboração de parecer Jurídico sobre o projeto de lei nº 16/XII, que estabelece que
60% de produtos alimentares utilizados na confeção das refeições das cantinas
públicas sejam obrigatoriamente de origem local.
APOIO AO DIRETOR REGIONAL DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO
Elaboração de uma Proposta de Resolução do Conselho de Governo Regional que
autoriza a atribuição de um apoio financeiro extraordinário como forma de
impedir e/ou minimizar prejuízos à produção agropecuária regional.
171
Apoio jurídico na elaboração de nota justificativa interna para uma proposta de
Decreto Legislativo Regional que declara a Região Autónoma dos Açores zona livre
de cultivo de variedades de organismos geneticamente modificados (OGM).
Elaboração de nota justificativa interna para proposta de Decreto Regulamentar
Regional que estabelece o regime jurídico da atribuição de apoios a conceder pelo
departamento governamental com competência em matéria de agricultura,
pecuária, florestas e desenvolvimento rural, destinados ao desenvolvimento de
atividades que se enquadrem nas referidas áreas, na Região Autónoma dos
Açores.
Elaboração de nota justificativa interna de uma proposta de Resolução do
Conselho de Governo Regional que autoriza o Secretário Regional da Agricultura e
Florestas a promover o apoio financeiro das organizações de produtores, visando
o fomento da modernização, da produtividade, da rentabilidade e da melhoria
qualitativa dos produtos das explorações agropecuárias, bem como da divulgação
agrária, da melhoria organizacional na concentração dos fatores e produtos
agrícolas e, do empreendimento de serviços de assistência técnica junto dos
agricultores da Região.
172
11. SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS
O funcionamento dos Serviços Administrativos desta Direção de Serviços foi garantido pelos
Assistentes Administrativos Especialistas Luis Carvalho, Ilda Rego e Clélia Bettencourt e pelo
Auxiliar Administrativo João Rocha. De entre as várias ações desenvolvidas pelos Serviços
Administrativos durante o ano de 2011, salientam-se as seguintes:
- Ofícios e telecópias recebidos............................................................ 429
- Ofícios e telecópias expedidos ........................................................... 840
- Mapas de assiduidade ...........................................................................24
- Mapas de processamento da A.D.S.E. ..................................................12
- Folhas de vencimentos, salários, ajudas de custo, horas
extraordinárias e pagamentos diversos ............................................ 275
- Requisições a fornecedores ............................................................... 289
- Transferências orçamentais ..................................................................32
- Guias de receitas enviadas à Secretaria Regional das Finanças
e Planeamento .....................................................................................10
- Relações de desconto para a C.G.A. .....................................................12
- Relações de desconto para a Segurança Social ....................................12
- Fotocópias tiradas (Serviços administrativos) ................................. 3 339
- Certificados fitossanitários ................................................................. 437
- Fotocópias a preto e branco tiradas na reprografia ........................ 3 677
- Fotocópias a cores tiradas na reprografia ....................................... 7 716