Relatório de Economia Regional Dinâmica produtiva do café ... · “Dinâmica produtiva do café...

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA FACULDADE DE ECONOMIA CONJUNTURA E MERCADOS CONSULTORIA JR (CMCJR) Relatório de Economia Regional Dinâmica produtiva do café e do leite da Zona da Mata e Campo das VertentesEquipe Coordenador Geral Fernando Salgueiro Perobelli Coordenadores Técnicos Vinícius de Almeida Vale Verônica Lazarini Cardoso Assistentes de Pesquisa Felipe Lanziotti Túlio Mesquita Belgo Juiz de Fora 2015

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

FACULDADE DE ECONOMIA

CONJUNTURA E MERCADOS CONSULTORIA JR (CMCJR)

Relatório de Economia Regional

“Dinâmica produtiva do café e do leite da Zona da Mata e Campo das

Vertentes”

Equipe

Coordenador Geral

Fernando Salgueiro Perobelli

Coordenadores Técnicos

Vinícius de Almeida Vale

Verônica Lazarini Cardoso

Assistentes de Pesquisa

Felipe Lanziotti

Túlio Mesquita Belgo

Juiz de Fora

2015

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Conjuntura e Mercados Consultoria Jr (CMC Jr.) é um projeto de extensão desenvolvido na

Faculdade de Economia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) por professores e

alunos de graduação e pós-graduação stricto sensu, voltado a análises macroeconômicas,

regionais, setoriais e de ativos específicos.

Missão:

Levar a Economia ao dia-a-dia das pessoas e ajudá-las na tomada de decisões

econômico-financeiras.

Áreas de Atuação:

Análises microeconômicas;

Análises regionais;

Acompanhamento de setores econômicos; e

Análises fundamentalistas.

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SUMÁRIO

LISTA DE ILUSTRAÇÕES E TABELAS ................................................................................ ii

LISTA DE SIGLAS .................................................................................................................. iii

SUMÁRIO EXECUTIVO ......................................................................................................... iv

1. Café e Leite da Zona da Mata e Campo das Vertentes: uma breve contextualização ......... 7

2. Base de dados ...................................................................................................................... 8

3. Análise da estrutura produtiva do Café e do Leite na Zona da Mata e Campo das

Vertentes .............................................................................................................................. 9

3.1. Café da Zona da Mata e Campo das Vertentes ............................................................................ 9

3.2. Leite da Zona da Mata e Campo das Vertentes ......................................................................... 15

4. Considerações Finais ......................................................................................................... 21

Referências ............................................................................................................................... 22

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES E TABELAS

Gráfico 1 – Participação (%) de Minas Gerais na produção brasileira de café (2000 a 2012)... 9

Gráfico 2 – Participação (%) da Zona da Mata e Campo das Vertentes na produção brasileira

de café (2000 a 2012) ............................................................................................ 10

Gráfico 3 – Participação (%) da Zona da Mata e Campo das Vertentes na produção mineira de

café (2000 a 2012) ................................................................................................. 10

Gráfico 4 – Participação (%) de Minas Gerais na Produção brasileira de leite (2000 a 2012) 16

Gráfico 5 – Participação (%) da Zona da Mata e Campo das Vertentes na produção mineira de

leite (2000 a 2012) ................................................................................................. 16

Figura 1 – Rendimento médio da produção cafeeira de Minas Gerais (2012) ......................... 12

Figura 2 – Rendimento médio da produção cafeeira da Zona da Mata e Campo das Vertentes

(2000) ....................................................................................................................... 13

Figura 3 – Rendimento médio da produção cafeeira da Zona da Mata e Campo das Vertentes

(2006) ....................................................................................................................... 13

Figura 4 – Rendimento médio da produção cafeeira da Zona da Mata e Campo das Vertentes

(2012) ....................................................................................................................... 14

Figura 5 – Rendimento médio da produção leiteira da Zona da Mata e Campo das Vertentes

(2000) ....................................................................................................................... 18

Figura 6 – Rendimento médio da produção leiteira da Zona da Mata e Campo das Vertentes

(2006) ....................................................................................................................... 18

Figura 7 – Rendimento médio da produção leiteira da Zona da Mata e Campo das Vertentes

(2012) ....................................................................................................................... 19

Tabela 1 – Dados de colheita e produção de café (2000, 2005 e 2012) ................................... 11

Tabela 2 – Dados de ordenha e produção de leite (2000, 2006, 2012) .................................... 17

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LISTA DE SIGLAS

AIC – Associação Internacional do Café

EMATER-MG – Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais

EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

EPAMIG – Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais

FAEMG– Federação da Agricultura de Minas Gerais

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IMA– Instituto Mineiro de Agropecuária

SCAA – Associação Americana de Cafés Especiais

SEBRAE MINAS – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas

Gerais

SIDRA – Sistema IBGE de Recuperação Automática

UFSJ – Universidade Federal de São João Del Rei

VBP – Valor Bruto da Produção

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SUMÁRIO EXECUTIVO

1) O conjunto da Zona da Mata e Campo das Vertentes aparece em quarto lugar na

produção de café e em terceiro na produção de leite entre as mesorregiões mineiras.

2) No ano de 2012, o VBP de café na Zona da Mata foi de mais de R$ 1,5 bilhão e no

Campo das Vertentes se aproximou de R$240 milhões. O VBP do leite na Zona da Mata

foi de R$ 612 milhões, em 2012, enquanto que no Campo das Vertentes foi de R$ 300

milhões.

3) Em 2012, Minas Gerais foi responsável por 53% da produção nacional, uma evolução

considerável quando comparado com 2000, quando foi responsável por 43% da

produção de café brasileiro.Com relação à participação da Zona da Mata e Campo das

Vertentes no total nacional, as duas regiões respondiam por 7% do café brasileiro no

ano 2000, 9% em 2006, e, por fim, 10% em 2012.No ano 2000 as duas regiões, em

conjunto, responderam por aproximadamente 16% da produção estadual (Minas Gerais)

e em 2012 por 17%. Entretanto, o período foi marcado por grandes oscilações, com

grandes diferenças nas participações de um ano para outro.

4) Uma queda da produção estadual (Minas Gerias) de aproximadamente 3,44% é vista

entre 2000 e 2012. E de forma similar, uma queda de 12,94% entre 2000 e 2006 é vista

na produção da Zona da Mata. Entretanto, em termos de saldo final, de 2000 a 2012,

nota-se um acréscimo de aproximadamente 12,88%. Em termos de área colhida, é

possível observar que as três divisões geográficas, Brasil, Minas Gerais e as

mesorregiões, tiveram um aumento de área colhida para os anos em questão.

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5) Por um lado, Brasil, Minas Gerais e Campo das Vertentes perderam produtividade

(Kg/Hc) no período, e, por outro lado, Zona da Mata teve um pequeno incremento. Os

municípios com maior rendimento médio concentram-se na faixa que compreende o

Cerrado Mineiro (onde partes das mesorregiões Nordeste e Triângulo Mineiro e Alto

Paranaíba se encontram) e a porção sul do estado. A média dos rendimentos vem

diminuindo na Zona da Mata e Campo das Vertentes, inclusive, o número de munícipios

com rendimento abaixo de 400 Kg/Hc vem aumentando nas regiões analisadas.

6) Diante do quadro negativo, principalmente com relação a produtividade é importante

reforçar a credibilidade e a confiança na qualidade do café da região. Uma forma

interessante de fazer isso é pela concessão de certificados de produção. Atualmente, há

duas certificações que abrangem a Zona da Mata: o “Certifica Minas Café” e o “Marca

Região das Matas de Minas”, ambas sediadas em Manhuaçu.

7) Minas Gerais foi responsável por 29,7% da produção nacional de leite no ano de 2000.

Após uma trajetória de queda até 2011, a produção teve um pequeno crescimento no

ano seguinte, sendo o estado responsável por 27,6% da produção leiteira do país em

2012.

8) No ano 2000, a Zona da Mata e Campo das Vertentes respondiam por aproximadamente

13,6% da produção estadual, entretanto, após grandes oscilações nos últimos anos, tal

produção foi de aproximadamente 12,2% em 2012.Entre 2000 e 2012 a produção

nacional aumentou 63,42%, e a estadual (Minas Gerais) 51,84%. Por outro lado, a Zona

da Mata e Campo das Vertentes tiveram um crescimento um pouco menos expressivo

no mesmo período: 32,12% e 38,84%, respectivamente. Em termos de rebanho e

produtividade, as três divisões geográficas tiveram aumento nos treze anos analisados

(2000 a 2012).

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9) O Campo das Vertentes se mostra uma região de destaque na produção leiteira em Minas

Gerais, concentrando municípios com altas médias de rendimento no ano 2000.

Entretanto, com o passar dos anos, esses bons resultados se espalharam também pela

Zona da Mata.

10) Como quase sempre, a libertação da “crise” de produtividade do leite passa pelo

treinamento e por incentivos corretos aos pequenos produtores dessas duas

microrregiões.

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Relatório de Economia Regional

“Dinâmica produtiva do café e do leite da Zona da Mata e Campo das Vertentes”

1. Café e Leite da Zona da Mata e Campo das Vertentes: uma breve

contextualização

É inegável a importância do café e do leite para a economia mineira, estado líder na

produção de ambos. O reflexo dessa importância da produção cafeeira e leiteira fica evidente

quando se faz uma análise da estrutura produtiva dos municípios de Minas Gerais, sendo

possível observar que alguns municípios têm suas economias quase que completamente

apoiadas nesses dois gêneros agropecuários.

Em termos de produção cafeeira, as mesorregiões de Minas Gerais com maiores valores

de produção são: Noroeste; Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba; Sul e Sudoeste Mineiro; Zona

da Mata e Campo das Vertentes, nesta ordem. E em termos de produção leiteira, as

mesorregiões com maiores valores de produção são: Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba; Sul e

Sudoeste Mineiro; Zona da Mata e Campo das Vertentes, nesta ordem. Ou seja, o conjunto da

Zona da Mata e Campo das Vertentes aparece em quarto lugar na produção de café e em terceiro

na produção de leite.

No ano de 2012, para se ter uma ideia, o valor bruto da produção (VBP) de café na Zona

da Mata foi de mais de R$ 1,5 bilhão e no Campo das Vertentes se aproximou de R$ 240

milhões. A importância desse produto para os pequenos municípios das duas regiões fica

evidente quando se constata que os pequenos produtores, aqueles cujas propriedades alcançam

no máximo cinquenta hectares1, representam aproximadamente 88% dos produtores de café da

Zona da Mata e cerca de 82% dos produtores do Campo das Vertentes.

No mesmo ano, 2012, o VBP do leite na Zona da Mata foi de R$ 612 milhões, enquanto

que no Campo das Vertentes foi de R$ 300 milhões. Cabe ressaltar que a Zona da Mata possui

142 municípios, enquanto que o Campo das Vertentes possui apenas 36, o que explica de certa

forma a diferença nos valores supracitados.

A importância da produção cafeeira e leiteira é evidente para a economia mineira como

um todo. Entretanto, o presente relatório de pesquisa tem como foco principal duas

1Classificação dos produtores segundo a Lei Federal n° 11.428 de 22 de dezembro de 2006.

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mesorregiões especificas de Minas Gerais: Zona da Mata e Campo das Vertentes. O objetivo

principal consiste em analisar a estrutura produtiva do café e do leite através do rendimento

médio desses produtos na Zona da Mata e Campo das Vertentes nos anos recentes, 2000 a 2012.

Além disso, o relatório tem como objetivo secundário apresentar uma síntese e

importante discussão acerca das alternativas de fomentar a produtividade desses gêneros e

elevar definitivamente a participação das regiões na produção total do estado de Minas Gerais,

e por conseguinte, no total nacional.

Para tanto, o relatório de pesquisa está dividido além dessa breve

introdução/contextualização da seguinte forma: a segunda seção descreve de forma sucinta a

base de dados, a terceira apresenta os resultados analíticos para a economia do café e do leite,

e por fim, a quarta seção traz as considerações finais.

2. Base de dados

A base de dados utilizada neste estudo é construída a partir de informações do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais especificamente do Censo Agropecuário

disponível pelo Sistema IBGE de Recuperação Automática (SIDRA).

As variáveis escolhidas para fazer a análise da produção cafeeira são: área destinada a

colheita; área colhida; quantidade produzida; valor da produção; e rendimento médio. E as

variáveis escolhidas para se fazer a análise da produção leiteira são: número de vacas

ordenhadas; quantidade produzida; valor da produção; e produção média por vaca ordenhada

(calculada a partir dos dados obtidos). Cabe ressaltar que tais variáveis foram extraídas para o

estado de Minas Gerais e para os municípios pertencentes as mesorregiões da Zona da Mata e

Campo das Vertentes, e para o seguinte período: 2000 a 2012.

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3. Análise da estrutura produtiva do Café e do Leite na Zona da Mata e Campo das

Vertentes

3.1.Café da Zona da Mata e Campo das Vertentes

Os Gráfico 1 a Gráfico 3 mostram a participação relativa de Minas Gerais na produção

brasileira de café, da Zona da Mata e Campo das Vertentes na produção brasileira, e da

produção da Zona da Mata e Campo das Vertentes na produção mineira, respectivamente.

A partir do Gráfico 1 é possível observar, por exemplo, que em 2012, último ano da

análise, Minas Gerais foi responsável por 53% da produção nacional, uma evolução

considerável quando comparado com o ano inicial da análise,2000, quando foi responsável por

43% do café brasileiro.

Gráfico 1–Participação (%) de Minas Gerais na produção brasileira de café (2000 a

2012)

Fonte: elaboração própria a partir de dados do IBGE.

Com relação à participação da Zona da Mata e Campo das Vertentes no total nacional,

Gráfico 2, é possível observar que as duas regiões respondiam por 7% do café brasileiro no ano

2000, 9% em 2006, e, por fim, 10% em 2012. Ou seja, dado que se trata da produção brasileira

como um todo, é possível afirmar que tais mesorregiões se destacam no que tange a participação

na produção nacional de café. Além disso, é possível observar que com o passar dos anos a

importância relativa vem aumentando, apesar da queda observada em 2012 em comparação

com 2011.

40%

42%

44%

46%

48%

50%

52%

54%

MG/BR Linear (MG/BR)

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Gráfico 2 – Participação (%) da Zona da Mata e Campo das Vertentes na produção

brasileira de café (2000 a 2012)

Fonte: elaboração própria a partir de dados do IBGE.

Por fim, o Gráfico 3 traz a participação da Zona da Mata e Campo das Vertentes no total

da produção mineira para o período de 2000 a 2012.No ano 2000 as duas regiões, em conjunto,

responderam por aproximadamente 16% da produção estadual e em 2012 por 17%. Entretanto,

cabe ressaltar que o período foi marcado por grandes oscilações, com grandes diferenças nas

participações de um ano para outro.

Gráfico 3 – Participação (%) da Zona da Mata e Campo das Vertentes na produção

mineira de café (2000 a 2012)

Fonte: elaboração própria a partir de dados do IBGE.

5%

6%

7%

8%

9%

10%

11%

12%

ZM+CV/BR Linear (ZM+CV/BR)

15%

16%

17%

18%

19%

20%

21%

22%

23%

24%

Zm+CV/MG Linear (Zm+CV/MG)

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Para fins de comparação em termos de colheita e produção, a Tabela 1 traz dados de

área colhida e produção em toneladas de café para três anos específicos, 2000, 2006 e 2012.

Além disso, a tabela traz informações para o Brasil como um todo, para o estado de Minas

Gerais e para as duas mesorregiões na qual o presente trabalho tem como foco, Zona da Mata

e Campo das Vertentes. A escolha de tais anos se dá pela maior abundância informacional.

Tabela 1 – Dados de colheita e produção de café (2000, 2005 e 2012)

Ano 2000 2006 2012

Região Produção

(toneladas)

Área

colhida Kg/Hc

Produção

(toneladas)

Área

colhida Kg/Hc

Produção

(toneladas)

Área

colhida Kg/Hc

Brasil 3.807.124 2.267.968 1.678 2.573.368 2.312.1

54 1.112 3.037.534

2.120.08

0 1.433

Minas Gerais 1.651.261 993.118 1.663 1.325.238 1.074.4

70 1.233 1.596.341

1.032.20

7 1.547

Zona da Mata 230.203 187.503 1.228 203.831 200.53

3 1.016 259.853 205.669 1.263

Campo das

Vertentes 39.635 23.955 1.655 39.585 27.459 1.442 37.925 26.507 1.431

Fonte: elaboração própria a partir de dados do IBGE.

É possível perceber uma queda da produção estadual (Minas Gerias) de

aproximadamente 3,44% entre 2000 e 2012. E de forma similar, uma queda de 12,94% entre

2000 e 2006 é vista na produção da Zona da Mata. Entretanto, em termos de saldo final, de

2000 a 2012, nota-se um acréscimo de aproximadamente 12,88%.

Entre 2000 e 2006, o Campo das Vertentes teve um decréscimo, mesmo que ínfimo, em

termos de produção. E de forma mais expressiva, uma diminuição de aproximadamente 4,31%

para o período como um todo, 2000 a 2012.

Em termos de área colhida, é possível observar que as três divisões geográficas, Brasil,

Minas Gerais e as mesorregiões, tiveram um aumento de área colhida para os anos em questão.

Dado as informações para produção e área colhida, é possível observar a produtividade2

das respectivas unidades espaciais. Por um lado, Brasil, Minas Gerais e Campo das Vertentes

perderam produtividade (Kg/Hc) no período, e, por outro lado, Zona da Mata teve um pequeno

incremento.

Além dessa análise em termos de produto, área colhida e produtividade, com o objetivo

de analisar espacialmente a produção cafeeira, a Figura 1 traz um mapa do rendimento médio

2 Entende-se por produtividade aqui quantidade produzida (kg) por área colhida (hectare).

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do valor da produção (valor da produção por área colhida) para os municípios de Minas Gerais

no ano de 2012.Além disso, as Figuras 2 e 4 apresentam a concentração do rendimento da

produção do café em cada um dos municípios da Zona da Mata e do Campo das Vertentes para

os anos de 2000, 2006 e 2012, respectivamente.

A partir da Figura 1, como aludido na seção introdutória, evidencia que os municípios

com maior rendimento médio concentram-se na faixa que compreende o Cerrado Mineiro (onde

partes das mesorregiões Nordeste e Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba se encontram) e a

porção sul do estado.

Em termos de resultados para a Zona da Mata e Campo das Vertentes, Figuras 2 e 4, é

possível observar que a média dos rendimentos vem diminuindo nessas duas regiões, inclusive,

o número de munícipios com rendimento abaixo de 400 Kg/Hc vem aumentando nas regiões

analisadas.

Figura 1 – Rendimento médio da produção cafeeira de Minas Gerais (2012)

Fonte: elaboração própria a partir de dados do IBGE.

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Figura 2 – Rendimento médio da produção cafeeira da Zona da Mata e Campo das

Vertentes (2000)

Fonte: elaboração própria a partir de dados do IBGE.

Figura 3 – Rendimento médio da produção cafeeira da Zona da Mata e Campo das

Vertentes (2006)

Fonte: elaboração própria a partir de dados do IBGE.

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Figura 4 – Rendimento médio da produção cafeeira da Zona da Mata e Campo das

Vertentes (2012)

Fonte: elaboração própria a partir de dados do IBGE.

Diante do quadro negativo, principalmente com relação a produtividade, a pergunta é:

o que fazer para reverter a situação? É importante reforçar a credibilidade e a confiança na

qualidade do café da região.

Uma forma interessante de fazer isso é pela concessão de certificados de produção.

Atualmente, há duas certificações que abrangem a Zona da Mata: o “Certifica Minas Café” e o

“Marca Região das Matas de Minas”, ambas sediadas em Manhuaçu.

O programa “Certifica Minas Café” é uma iniciativa do Governo de Minas Gerais

executada pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais

(EMATER-MG) e Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). Para que seja certificada, a

propriedade deve cumprir 95 itens de produção. Atualmente, 214 municípios mineiros e 1.643

propriedades participam do programa (EMATER-MG, 2014a). O certificado “Marca Região

das Matas de Minas” foi criado em 2010 por meio de uma parceria entre o Serviço Brasileiro

de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (SEBRAE MINAS) e a Federação

da Agricultura de Minas Gerais (FAEMG). Um dos critérios para que o café receba a

certificação é possuir uma pontuação maior que 80 na tabela da Associação Americana de Cafés

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Especiais (SCAA), da Associação Internacional do Café (AIC). Em 2013, 16% do café

produzido na Zona da Mata cumpriu esse requisito (REGIÃO DAS MATAS DE MINAS,

2014).

Ao certificar as propriedades produtoras de café, as entidades promotoras visam a uma

melhoria na gestão das propriedades, na preservação do meio ambiente e na qualidade e

rastreabilidade do produto. Como consequência dos processos pelos quais o café passa, as

certificações implicam num aumento no valor agregado do produto, bem como facilitam a

inserção dos produtores no mercado internacional, onde a exigência quanto aos processos de

controle de qualidade e segurança alimentar são maiores. Em julho de 2013, pela primeira vez,

um lote de café cultivado em propriedades inscritas no “Certifica Minas Café” embarcou para

a Europa. O café desse lote recebeu uma premiação de R$3,00 por saca sobre o preço de

mercado (EMATER-MG, 2014b). É um valor considerável, se for levado em conta que, em

2012, a Zona da Mata produziu 5 milhões de sacas.

O avanço prova aquilo que todo mineiro já sabe: que o café da nossa região tem

qualidade e potencial, só precisa dos incentivos corretos para mostrar seus atributos para o resto

do mundo.

3.2. Leite da Zona da Mata e Campo das Vertentes

A partir de agora, analisa-se a produção de leite nas Mesorregiões da Zona da Mata e

Campo das Vertentes, do estado de Minas Gerais. Os Gráficos 4 e 5 mostram a participação

relativa de Minas Gerais na produção brasileira de leite, e da Zona da Mata e Campo das

Vertentes na produção mineira, respectivamente.

O Gráfico 4 mostra que Minas Gerais foi responsável por 29,7% da produção nacional

de leite no ano de 2000. Após uma trajetória de queda até 2011, a produção teve um pequeno

crescimento no ano seguinte, sendo o estado responsável por 27,6% da produção leiteira do país

em 2012.

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Gráfico 4 – Participação (%) de Minas Gerais na Produção brasileira de leite (2000 a

2012)

Fonte: elaboração própria a partir de dados do IBGE.

Gráfico 5 – Participação (%) da Zona da Mata e Campo das Vertentes na produção

mineira de leite (2000 a 2012)

Fonte: elaboração própria a partir de dados do IBGE.

26.00%

26.50%

27.00%

27.50%

28.00%

28.50%

29.00%

29.50%

30.00%

11.00%

11.50%

12.00%

12.50%

13.00%

13.50%

14.00%

14.50%

CV+ZM

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A partir do Gráfico 5, é possível observar que para o ano 2000, a Zona da Mata e Campo

das Vertentes respondiam por aproximadamente 13,6% da produção estadual, entretanto, após

grandes oscilações nos últimos anos, tal produção foi de aproximadamente 12,2% em 2012.

Para fins de comparação, a Tabela 2 traz dados de ordenha e produção de leite para os

anos 2000, 2006 e 2012. Cabe ressaltar que a escolha dos anos, assim como adotado para a

produção cafeeira, se dá pela maior abundância informacional.

Tabela 2 – Dados de ordenha e produção de leite (2000, 2006, 2012)

Ano 2000 2006 2012

Região Produção

(mil litros) Vacas L/vaca

Produção

(mil litros) Vacas L/vaca

Produção

(mil litros) Vacas L/vaca

Brasil 19.767.206 17.885.019 1.105 25.398.219 20.942.812 1.212 32.304.421 22.803.519 1.416

Minas Gerais 5.865.486 4.414.779 1.328 7.094.111 4.805.390 1.476 8.905.984 5.674.293 1.569

Zona da Mata 587.832 403.002 1.458 707.049 453.197 1.560 776.617 492.576 1.576

Campo das

Vertentes 259.058 139.689 1.854 295.017 141.442 2.086 359.671 172.539 2.084

Fonte: elaboração própria a partir de dados do IBGE.

Entre 2000 e 2012a produção nacional aumentou 63,42%, e a estadual (Minas Gerais)

51,84%. Por outro lado, a Zona da Mata e Campo das Vertentes tiveram um crescimento um

pouco menos expressivo no mesmo período: 32,12% e 38,84%, respectivamente. Em termos de

rebanho e produtividade3, as três divisões geográficas tiveram aumento nos treze anos

analisados (2000 a 2012).

Em adição aos dados de produtividade apresentados, as Figura 5 a Figura 7trazem os

mapas de concentração para verificar o rendimento da produção do leite em cada município das

regiões para os anos de 2000, 2006 e 2012, respectivamente.

Em geral, através dos mapas e da tabela, o Campo das Vertentes se mostra uma região

de destaque na produção leiteira em Minas Gerais, concentrando municípios com altas médias

de rendimento no ano 2000. Entretanto, com o passar dos anos, esses bons resultados se

espalharam também pela Zona da Mata, como se pode observar nas Figura 6 e Figura 7, para os

anos 2006 e 2012, respectivamente.

3Entende-se por produtividade aqui quantidade produzida (litros) por vacas ordenhadas (vaca).

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Figura 5 – Rendimento médio da produção leiteira da Zona da Mata e Campo das

Vertentes (2000)

Fonte: elaboração própria a partir de dados do IBGE.

Figura 6 – Rendimento médio da produção leiteira da Zona da Mata e Campo das

Vertentes (2006)

Fonte: elaboração própria a partir de dados do IBGE.

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Figura 7 – Rendimento médio da produção leiteira da Zona da Mata e Campo das

Vertentes (2012)

Fonte: elaboração própria a partir de dados do IBGE.

Apesar de animadores, os resultados acima ainda estão longe do ideal e apontam para

uma atual crise de produtividade leiteira no Brasil. Para se ter uma ideia, segundo IBGE (2012),

em 2012, a produtividade das vacas brasileiras foi de 1.416 litros de leite por vaca por ano. Já

para os Estados Unidos, por exemplo, foi de 9.593 litros (ICAR, 2012).

Esse prognóstico se confirma quando se cruzam os dados da produção de leite e do

tamanho do rebanho dos dois países. O Brasil, dono do segundo maior rebanho bovino do

mundo, possuía aproximadamente 215 milhões de cabeças de gado em 2012, contra 91 milhões

dos Estados Unidos. Apesar disso, o Brasil produziu aproximadamente 32 milhões de litros de

leite nesse ano, bem abaixo dos mais de 90 milhões dos Estados Unidos, hoje o maior produtor

do mundo (IBGE, 2012; ICAR, 2012).

Essa discussão pode ser facilmente transportada para o âmbito regional. Entre 2000 e

2012, a produtividade da Zona da Mata se manteve praticamente inalterada, indo de 1.458 litros

por vaca para 1.576 nesses doze anos (Tabela 2). Em parte, isso se deve ao relevo muito

acidentado e montanhoso das regiões, que assim como no caso das lavouras de café, dificulta o

aumento no volume e a mecanização da produção.

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O Campo das Vertentes teve um resultado mais animador, indo de 1.854 litros por vaca

para 2.084 no mesmo período (Tabela 2). Isso se deve em parte à parceria da Universidade

Federal de São João Del Rei (UFSJ) com entidades como Empresa de Pesquisa Agropecuária

de Minas Gerais (EPAMIG), EMATER-MG, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

(EMBRAPA), IMA, entre outras.

De fato, apesar do baixíssimo grau de especialização dos rebanhos brasileiros, a

pesquisa científica em bovinocultura está a todo vapor no país. A EMBRAPA - Gado de Leite

já dispõe de diversas técnicas que prometem aumentar a produtividade do leite nos próximos

anos.

Dentre as técnicas mais modernas destacam-se: a automação, consistindo da robotização

da mão-de-obra e do desenvolvimento de sensores para o monitoramento de parâmetros físicos,

químicos e biológicos do rebanho; a nanotecnologia, podendo ser aplicada, por exemplo, na

criação de antibióticos nano estruturados para o controle da mastite; a seleção genômica, que

permite o melhoramento genético de raças leiteiras pela identificação de alelos indesejáveis

relacionados a doenças hereditárias; e biotécnicas reprodutivas, como a inseminação artificial

e a fertilização in vitro.

Certamente, os pequenos produtores – maioria na Zona da Mata e Campo das Vertentes

– não têm recursos para arcar com essas técnicas. Como mencionado, as regiões ainda contam

com o agravante do relevo extremamente acidentado, que dificulta a mecanização. A

EMBRAPA vem desenvolvendo outros procedimentos mais acessíveis como: a elaboração de

dietas voltadas para raças e climas específicos e rações especializadas que aumentam a

produção e melhoram as características do leite.

Como quase sempre, a libertação da “crise” de produtividade do leite por aqui passa

pelo treinamento e por incentivos corretos aos pequenos produtores dessas duas microrregiões.

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4. Considerações Finais

Em termos gerais, constatou-se neste estudo que a Zona da Mata e o Campo das

Vertentes, regiões historicamente relevantes na produção nacional de café e leite, vêm perdendo

sua importância nos últimos anos em detrimento principalmente de duas mesorregiões:

Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba; e Sul e Sudeste Mineiro.

Esse declínio é explicado em parte pelo fato de que as cadeias produtivas do café e do

leite das regiões apresentam um severo gargalo na produtividade, o que impede que elas se

tornem mais competitivas.

Uma vez que esses dois gêneros compõe a base do setor agropecuário da Zona da Mata

e do Campo das Vertentes, onde um grande número de municípios considerados pequenos têm

suas economias totalmente apoiadas nesses produtos, é de suma importância que a atual “crise”

do setor agropecuário regional seja superada.

Uma forma de contornar tal problema é pelo controle de qualidade, caso das

certificações de produção dada a produtores de café exemplares. Como abordado, atualmente,

há duas certificações que abrangem a Zona da Mata, o Certifica Minas Café e o Marca Região

de Minas, ambas sediadas em Manhuaçu. A primeira é uma iniciativa do governo de Minas

Gerais, a segunda é uma parceria público-privada.

Em suma, espera-se que as certificações impliquem em um aumento no valor agregado

do produto. Adicionalmente, tais certificações podem facilitar a inserção do produto no

mercado internacional, exigente nos processos de controle de qualidade e segurança alimentar.

De qualquer maneira, a situação da produção cafeeira no Brasil ainda é razoavelmente

favorável, uma vez que o país ainda é o maior produtor do gênero no mundo. A produção

leiteira, todavia, encontra-se em uma situação mais crítica. Para que se tenha uma ideia, o

rebanho bovino brasileiro é duas vezes maior que o rebanho estadunidense, mas sete vezes

menos produtivo.

Entre 2000 e 2012, a produção de leite da Zona da Mata e do Campo das Vertentes

cresceu a taxas mais baixas que as nacionais e estaduais. Particularmente na Zona da Mata, a

taxa de produtividade da produção manteve-se praticamente inalterada em doze anos. A

situação do Campo das vertentes foi um pouco mais animadora, principalmente devido às

parcerias da UFSJ com entidades agropecuárias diversas.

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Curiosamente, a pesquisa científica em bovinocultura está a todo vapor no país. A

EMBRAPA - Gado de Leite já dispõe de diversas técnicas que prometem aumentar a

produtividade do leite nos próximos anos, levando em consideração a acessibilidade aos

pequenos produtores, maioria na Zona da Mata e Vertentes.

O café e o leite continuam sendo as produções agropecuárias mais importantes da região,

contudo sua manutenção e crescimento demandam estudo, investimento e incentivo em

produtividade, para não somente representarem o maior cultivo e produção na região, como

também maior fonte de renda para os produtores locais.

Referências

EMATER-MG – Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais.

Balanço Financeiro 2011. Belo Horizonte, Minas Gerais, 2011.

_____ – Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais.

Certifica Minas Café deve atingir a marca de 1.700 propriedades certificadas em

2014a. Belo Horizonte, Minas Gerais,2014. Disponível em: < http://zip.net/bpqMpV>

_____ – Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais.

Programa é desenvolvido pela Emater - MG para adequar as propriedades cafeeiras

às normas internacionais. Belo Horizonte, Minas Gerais,2014b. Disponível em: <

http://zip.net/bqqMJ0>

_____ – Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais.

Relatório de Atividades 2011. Belo Horizonte, Minas Gerais, 2011.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Indicadores IBGE: estatísticas de

produção pecuária. Brasília, Distrito Federal, 2012. Disponível em: <www.ibge.gov.br>

ICAR – International Committee for Animal Recording. Yearly milk enquiry.Roma, 2012.

Disponível em: <www.waap.it/enquiry>

IMEA – Instituto Mato Grossense de Economia Agropecuária. Diagnóstico da cadeia

produtiva do leite no Estado de Mato Grosso: relatório de pesquisa. Cuiabá: Famato,

2011.

REGIÃO DAS MATAS DE MINAS. Manhuaçu sedia o lançamento da marca Região das

Matas de Minas, que abriga 36 mil cafeicultores. Manhuaçu, Minas Gerais, 2014.

Disponível em: <http://zip.net/bgqLJp>