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R E L A T Ó R I O D E G E S T Ã O
2016
APRESENTAÇÃO
É com grande satisfação que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) apresenta, pelo segundo ano, o seu Relatório de Gestão Anual, agora referente ao ano de 2016. Gestão moderna é gestão transparente, que valoriza o trabalho em sinergia de todos os seus departamentos, visando o bem comum e o melhor resultado para o futebol brasileiro. Neste sentido, a entidade cumpre sua tarefa de informar suas ações e iniciativas a todos aqueles que se interessam pelo tema. Sintetizar neste Relatório um trabalho tão complexo, abrangente e dinâmico como o que realiza a CBF só foi possível com o completo envolvimento do quadro de colaboradores da instituição, que não mediram esforços no sentido de coletar e organizar os dados que pudessem oferecer uma ideia dos avanços conquistados. A CBF está presente nas competições profissionais e amadoras, masculinas e femininas, nas seleções das mais diferentes idades e se mostra, também, cada vez mais envolvida com as causas sociais. O Relatório que o leitor tem em mãos descreve e analisa como a entidade faz frente ao enorme desafio de comandar o futebol pentacampeão do mundo.
Marco Polo Del NeroPRESIDENTE
Antônio Carlos Nunes de LimaFernando José Macieira SarneyGustavo Dantas FeijóMarcus Antônio VicenteVICE-PRESIDENTES
Walter FeldmanSECRETÁRIO-GERAL
Rogério CabocloDIRETOR EXECUTIVO DE GESTÃO
Carlos Eugenio LopesDIRETOR JURÍDICO
DIRETORIAS
Manoel Medeiros Flores JúniorDIRETORIA DE COMPETIÇÕES
Reynaldo Buzzoni de Oliveira NetoDIRETORIA DE REGISTRO E TRANSFERÊNCIA
Gilberto Ratto Ferreira LeiteDIRETORIA DE MARKETING
Douglas LunardiDIRETORIA DE COMUNICAÇÕES
Reinaldo Carneiro BastosDIRETORIA DE COORDENAÇÃO
André Luiz Pitta PiresDIRETORIA DE DESENVOLVIMENTO E PROJETOS
Marcelo Guilherme de Aro FerreiraDIRETORIA DE ÉTICA E TRANSPARÊNCIA
Oswaldo Antonio Elias GentilleDIRETORIA DE PATRIMÔNIO
Vandenbergue dos Santos Sobreira MachadoDIRETORIA DE ASSESSORIA LEGISLATIVA
Vicente Cândido da SilvaDIRETORIA DE ASSUNTOS INTERNACIONAIS
Fernando FrançaDIRETORIA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Gilnei BotrelDIRETORIA FINANCEIRA
André dos Santos MegaleDIRETORIA DE GOVERNANÇA E CONFORMIDADE
SUMÁRIO1. MENSAGENS CBF 061.1 Mensagem do Presidente1.2 Mensagem do Secretário Geral1.3 Mensagen do Diretor Executivo de Gestão
2. INSTITUCIONAL 102.1 Museu “Seleção Brasileira”2.2 Sede Administrativa 2.3 Granja Comary2.4 CBF Academy2.5 Comitê de Reformas
3. SELEÇÕES 303.1 Números da Seleção 3.2 Seleção Masculina Principal 3.3 Seleção Feminina Principal3.4 Categoria de Base
4. REGISTRO 424.1 Contratos de Atletas4.2 Contratos por Faixa Etária4.3 Contratos por Gênero4.4 Transferências4.5 Intermediários4.6 Licenciamento de Clubes4.7 Avaliação Salarial
5. COMPETIÇÕES 545.1 Projetos
6. ARBITRAGEM 666.1 Projetos
7. MARKETING 807.1 Projetos
8. INOVAÇÕES E TECNOLOGIA 928.1 Ferramenta de Gerenciamento de Informação (FGI)8.2 Portal do Médico
9. SOCIAL 989.1 Seleção na Minha Cidade9.2 Copa Verde e Ações9.3 Certificado de Aposentadoria9.4 Ações por Estado9.5 Projeto
10. FINANCEIRO 10810.1 Receitas10.2 Projeção de Receitas10.3 Despesa Total10.4 Custos Diretos com o Futebol10.5 Despesas Operacionais10.6 Impostos10.7 Projeção de Custos e Despesas10.8 Resultado Operacional e Superávit Líquido
Ao longo de sua história, a Confederação Brasileira de Futebol sempre esteve associada a conquistas e vitórias. No masculino, são cinco títulos em Copas do Mundo na seleção principal, 5 na seleção sub-20 e mais três na seleção sub-17. No feminino, modalidade à qual a CBF dá cada vez mais apoio, o respeito é crescente: já fomos vice-campeãos mundiais em 2007 e tivemos, durante vários anos, a eleição de Marta como a melhor jogadora do planeta.
Em 2016, a Confederação deu um salto histórico nesta trajetória: a seleção olímpica brasileira de futebol conquistou o título que faltava. Iniciou a competição sob críticas, cresceu jogo a jogo e, após uma partida histórica no Maracanã, subiu ao pódio para receber sua primeira medalha de ouro. Esse triunfo teve um sabor especial: foi numa Olimpíada, foi no Brasil, foi sofrido e foi contra a Alemanha.
A seleção principal que disputa as Eliminatórias para a Copa do Mundo da Rússia, em 2018, também teve uma ascensão fulminante. Após amargar um desconfortável sexto lugar, nossa equipe, sob comando do técnico Tite, venceu seis jogos seguidos em 2016 e hoje lidera a competição, tendo garantida a sua classificação.
Os campeonatos que organizamos em 2016 também foram um sucesso. Os novos horários dos jogos agradaram o torcedor e as competições foram empolgantes, apresentando bom nível técnico. Ao todo, foram marcados exatos 4.619 gols durante a temporada, se computados todos os campeonatos coordenados pela entidade.
A nota triste do ano foi o trágico acidente com o avião que levava a equipe da Chapecoense. Neste episódio, a CBF fez tudo o que estava ao seu alcance para amparar as famílias das vítimas. A entidade também interrompeu o campeonato e organizou uma partida entre as seleções de Brasil e Colômbia, país amigo que se mobilizou para resgatar as vítimas e ajudar os sobreviventes, dando demonstrações inequívocas de solidariedade.
Os resultados de 2016 foram alvissareiros para nossas seleções e nossas competições foram um sucesso. Assim seguiremos trabalhando. Planejando nossas atividades, apostando na boa gestão e estando presente nas horas mais difíceis.
Marco Polo Del NeroPresidente da Confederação Brasileira de Futebol
CARTA DO PRESIDENTE
07
RELATÓRIO DE GESTÃO CBF - 2016 | 1 . MENSAGENS CBF
1. MENSAGENS CBF
06
A nova administração da CBF vem reafirmando os valores que pautam sua atuação como principal entidade no Brasil engajada na promoção e desenvolvimento do futebol. Estes vêm sendo comunicados e amplamente divulgados a seu público, torcedores da Seleção Brasileira e fãs de futebol em geral, sobretudo a partir das ações implantadas ou em curso, voltadas para o aprimoramento da governança, transparência, fair play e sustentabilidade, em seu sentido mais amplo.
As diversas iniciativas e ações que vem sendo realizadas estão alinhadas com tais premissas e são evidenciadas por relevantes metas alcançadas, tais como:
· Reforma estatutária conferindo maior transparência e rigor administrativo aos atos da gestão da CBF;
· Criação da nova estrutura organizacional com a inclusão da Diretoria de Governança e Conformidade entre as diretorias estatutárias;
· Aperfeiçoamento das instâncias judicantes com a oficialização da Câmara Nacional de Resolução de Disputas e do Tribunal Arbitral do Futebol;
· Ampliação da representatividade do colégio eleitoral da CBF com a inclusão dos clubes da Série B do Campeonato Brasileiro.
Nesta linha, a entidade ratifica o foco na gestão. Só instituições fortes, adeptas do planejamento cuidadoso e bem geridas podem crescer em momentos de cenário econômico adverso. Foi isso que aconteceu com a CBF em 2016. Apesar de todas as dificuldades, como a queda de 3,6% no PIB, aumento do desemprego, retração de investimentos e perda de alguns patrocinadores, a entidade apresentou no ano passado um crescimento de 15% na Receita Bruta, em comparação com os dados de 2015.
Os aportes diretos no futebol cresceram 28%, se comparados com 2015. Isso significa dizer uma maior atenção com as atividades-fim da Confederação, aquelas que dizem respeito diretamente à Seleção e às competições. Paralelamente, a entidade apresentou uma redução de 2% em suas despesas operacionais.
A CBF apresenta resultados relevantes e segue forte no cumprimento de seu papel institucional. Hoje e nos próximos anos.
Rogério CabocloDiretor Executivo de Gestão da Confederação Brasileira de Futebol
GESTÃO E EVOLUÇÃO
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RELATÓRIO DE GESTÃO CBF - 2016 | 1 . MENSAGENS CBF
A CBF, em 2016, trabalhou mais e trabalho melhor. O Campeonato Brasileiro da Série D foi ampliado: passou de 40 para 68 times. Neste formato, todas as Federações foram contempladas com, ao menos, uma vaga a mais. Os 68 clubes foram divididos em 17 grupos de quatro clubes, dos quais restaram 32 na segunda fase, disputada no sistema de “mata-mata”. Neste sentido, é possível dizer que a Série D do Brasileiro é o mais “nacional” dos campeonatos nacionais organizados pela entidade.
Inovamos, ainda, no novo horário de jogos das nossas competições, que passaram a ser realizados também nas segundas-feiras às 20 horas. Trata-se de mais uma oportunidade para o torcedor acompanhar o futebol. Realizamos, pela primeira vez, o show de abertura do Campeonato Brasileiro da Série A. Tudo para tornar nossos campeonatos mais atrativos e interessantes.
Quando o talento se alia ao planejamento, os resultados só podem melhorar. Por este motivo, nossa entidade desenvolveu, em 2016, uma série de workshops, cursos e eventos com o objetivo de aprimorar a preparação de todos aqueles que se envolvem com o futebol de alto nível em nosso país. Nesta área, merece destaque o “Somos Futebol”, com o evento Semana da Evolução do Futebol, que discutiu os caminhos do futebol brasileiro. É a CBF nos auditórios dando condições para que nossos atletas brilhem nos campos.
A Confederação também iniciou seu projeto CBF Social. Não é um simples programa de realização de eventos. A ideia é estimular as escolinhas de formação de jogadores, promovendo a inclusão social através do esporte, e também a contribuir para a formação de cidadãos que o Brasil merece ter. Uma das iniciativas foi a “Seleção na Minha Cidade”, realizada em sete municípios, que atendeu 43 mil pessoas. O mesmo sucesso foi alcançado na Copa Verde, na qual 13 mil ingressos foram trocados por 1.951 kg de garrafas pet. Também foram plantadas 1.222 árvores nativas.
Walter FeldmanSecretário Geral da Confederação Brasileira de Futebol
CBF SOCIAL E SUSTENTÁVEL
08
2. INSTITUCIONAL10
13
RELATÓRIO DE GESTÃO CBF - 2016 | 2 . INSTITUCIONAL
Fonte: Departamento de Recursos Humanos – Dezembro/2016
QUANTIDADE EM 2016FAIXA ETÁRIA
< 25 ANOS
ENTRE 25 E 40 ANOS
ENTRE 40 E 50 ANOS
> 50 ANOS
TOTAL
28
117
22
72
239
FEMININOMASCULINOHIERARQUIA
PRESIDENTE E VICE
DIRETOR
COORDENADOR E GERENTE
ANALISTAS/ASSISTENTES ADMINISTRATIVOS
JOVEM APRENDIZ E ESTAGIÁRIOS
TOTAL
6
17
26
120
14
183
-
-
5
42
9
56
2016
PRESIDENTE E VICE
COORDENADOR E GERENTE
ANALISTAS/ASSISTENTES ADMINISTRATIVOS
JOVEM APRENDIZ E ESTAGIÁRIOS
DIRETOR
PRESIDENTE E VICE
COORDENADOR E GERENTE
ANALISTAS/ASSISTENTES ADMINISTRATIVOS
JOVEM APRENDIZ E ESTAGIÁRIOS
DIRETOR
ENTRE 25 E 40 ANOS
ENTRE 40 E 50 ANOS
> 50 ANOS
< 25 ANOS
ENTRE 25 E 40 ANOS
ENTRE 40 E 50 ANOS
> 50 ANOS
< 25 ANOS
2015
2016
FEM
ININ
OFE
MIN
INO
MA
SCU
LIN
OM
ASC
ULI
NO
FAIXA ETÁRIA
FAIXA ETÁRIA
HIERARQUIA
HIERARQUIA
22 6 13
13126
10 0
0 56 1714
26120
28
117
22
72 429
454
7
79
48
84
2. INSTITUCIONAL
Neste capítulo nos ocupamos em descrever as realizações e fatos marcantes que, ao longo de 2016, impactaram mais fortemente a Confederação Brasileira de Futebol, do ponto de vista interno, e naturalmente com reflexos externos, mas fundamentalmente questões que a marcaram como instituição.
Em sua essência, a entidade ratifica suas missões fundamentais, tal qual preconiza seu estatuto social: promove, apoia, colabora, incentiva, financia e, em suma, ajuda a desenvolver o futebol brasileiro, através de ações e iniciativas diversas, descritas ao longo deste relatório.
Neste sentido, abordamos aspectos em várias esferas de interesse da instituição: seu capital humano, a valorização de seu passado histórico, sua estrutura de trabalho para os profissionais administrativos e para aqueles diretamente ligados a cada uma das seleções brasileiras, masculinas ou femininas, principais e de base. Por fim, buscamos apresentar uma foto do andamento de um dos grandes projetos da entidade, cujo objetivo audacioso é promover transformações importantes: o projeto de governança, gestão de riscos e de conformidade.
Iniciamos, a seguir, com o detalhamento de aspectos do capital humano da CBF.
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PERFIL ETÁRIO
O ano de 2016 reforçou uma tendência de uma continuidade de transformação no perfil dos colaboradores da Confederação Brasileira de Futebol. Há poucos anos a CBF era uma empresa com colaboradores com idade predominantemente mais avançada. O seu retrato mais recente é diferente: mostra 40% dos funcionários com mais de 40 anos, 60% com menos de 40 anos e, destes, cerca de 12% tem menos de 25 anos de idade.
Em termos práticos, a referida mudança aumenta o dinamismo da CBF, pois aprimora o conhecimento dos mais novos e rejuvenesce a estrutura da entidade. Acompanhando tendência entre equipes de sucesso, a entidade vem mesclando os atributos dos mais experientes com a juventude e energia dos mais novos.
Outro fator que apresentou mudança relevante foi a presença da mulher na entidade verde-amarela.
Na confederação mais vitoriosa do mundo, observa-se que 23% do seu quadro é formado por mulheres, profissionais atualmente ocupando cargos de gerência, coordenação e de analista, entre outras posições.
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RELATÓRIO DE GESTÃO CBF - 2016 | 2 . INSTITUCIONAL
VISITAÇÃO
O museu recebeu a visita de cerca de 22 mil pessoas, ao longo de 2016. Num único dia, foram registradas 444 visitas, o que representou praticamente o esgotamento do limite de sua capacidade, que é de 500 pessoas/dia.
2.2 SEDE ADMINISTRATIVA
Desde que passou a contar com sua nova sede administrativa, em junho de 2014, a CBF reuniu melhores condições para focar, planejar e implementar as ações de apoio e suporte ao futebol nacional, na medida em que disponibilizou uma melhor estrutura de trabalho a seus colaboradores, cujas funções são essencialmente voltadas para este fim.
A referida inauguração coincidia com as vésperas da abertura da Copa do Mundo FIFA 2014, a grande festa do futebol mundial, que pela segunda vez, desde 1950, voltava a brindar os brasileiros em seu país,
Muitas pessoas passaram por ele naquele ano, incluindo convidados ilustres e ligados ao universo da “bola”, tais como o Presidente da FIFA, Gianni Infantino, Alejandro Dominguez e ainda o Presidente da Associação de Futebol do Catar, o sheik Hamad Bin Khalifa Bin Ahmed Al-Thani. Assim como ocorrido durante o ano anterior, este espaço cultural e educacional recebeu também a visita de estudantes de inúmeras escolas da rede pública de ensino.
VISITANTES EM 2016 VISITANTES EM 2015
201622 MIL VISITANTES
201512 MIL VISITANTES
Presidente da Associação de Futebol do Catar visita o Museu Seleção Brasileira.O presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, em visita à sede da CBF.
2.1 MUSEU “SELEÇÃO BRASILEIRA”
O local que foi concebido com o fim de contar a história da “seleção canarinho”, focado em enaltecer cada conquista, cada marco importante, permanece disponível e aberto a todo o público amante de futebol e, acima de tudo, da seleção de futebol mais vitoriosa de todos os tempos.
Atualmente, o museu possui cerca de 1.000 metros quadrados de um vasto acervo que se inicia nos primórdios da seleção verde-amarela, retratando sua formação, primeiros integrantes, primeiras vitórias, heróis e títulos, passando por transmissões de rádio e TV que ficaram eternizadas. Os arquivos históricos remontam os tempos em que seu uniforme ainda era predominantemente branco, até os registros das consagrações mais recentes.
Nesse sentido, voltado para sua atualização contínua, a administração do “Museu Seleção Brasileira” planejou e iniciou a ampliação de seu acervo. Com isso, a galeria de troféus, que conta com cerca de 300 itens, receberá prateleiras extras para expor de 100 a 150 novas peças. Entre as novas atrações, naturalmente haverá um espaço de destaque para a inédita medalha de ouro do futebol masculino, conquistada nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016.
Além da expansão do número de troféus, o museu passará por uma manutenção em seus sistemas e por uma repintura. A finalização desta etapa está prevista para o primeiro semestre de 2017, momento no qual suas diversas seções com recursos multimídia, interatividade e exposições estarão ainda mais completas e atualizadas.
14
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RELATÓRIO DE GESTÃO CBF - 2016 | 2 . INSTITUCIONAL
• 2º Encontro de Técnicos – desenvolvido com o fim de fortalecer um canal direto de informação entre a entidade e os treinadores, dando espaço para que os profissionais sugiram mudanças ou propostas de adaptação ao futebol brasileiro. O evento aconteceu pelo segundo ano consecutivo e contou com a participação de cerca de 20 comandantes de equipes das séries A e B, além do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero;
• Festa de Encerramento do “Brasileirão” 2016 – evento que fechou a temporada, promovido pela CBF com o objetivo de parabenizar, incentivar e tornar o público o reconhecimento aos profissionais de futebol que mais se destacaram durante o campeonato nacional, envolvendo técnicos, jogadores e árbitros. Os melhores foram escolhidos por votação através da internet, via site da entidade, tendo ainda a participação de diversos representantes da mídia especializada.
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EVENTOS
Com instalações que funcionam integradas ao “Museu Seleção Brasileira”, além de seus visitantes, a sede administrativa recebeu diversos eventos em 2016, uma vez que o prédio é palco de convocações de seleções, cursos, treinamentos e sorteios envolvendo as competições organizadas pela CBF, além de outros eventos tais como conferências de imprensa e eventos institucionais: as reuniões de diretoria e da assembleia da entidade.
ALGUNS DOS EVENTOS RELEVANTES FORAM:
• 18º Encontro de Executivos do Futebol - promovido pela Associação Brasileira dos Executivos de Futebol (ABEX), cujo objetivo é incentivar o aprimoramento do ofício, com a profissionalização e a formatação de cursos para capacitar os gestores. Estiveram presentes diretores de clubes das Séries A e B e profissionais que estão, no momento, fora do mercado;
impulsionando o turismo e serviços nas cidades-sede prioritariamente, mas de uma forma geral trazendo um senso de orgulho e empolgação a todos, que já começavam a respirar uma “atmosfera de futebol”.
Esta estrutura incluiu um edifício próprio e exclusivo, inteiramente novo e planejado de acordo com as necessidades da maior confederação esportiva do Brasil. Além de moderna e adaptada, foi planejada de forma a prover importantes requisitos de sustentabilidade: um sistema de coleta de água da chuva e reuso da água gerada pelos condicionadores de ar, e ainda um sistema de painéis solares, adotado para a redução do consumo energético de fontes convencionais.
RELATÓRIO DE GESTÃO CBF - 2016 | 2 . INSTITUCIONAL
Conhecido popularmente como “Granja Comary”, o Centro de Treinamento da Seleção Brasileira, localizado em Teresópolis, região serrana do Estado do Rio de Janeiro, foi inaugurado em 21 de abril de 1987. Este espaço de preparação possui estrutura de dar inveja a muitos hotéis pelo mundo, dispondo de:
Além desta estrutura, dispõe ainda de salas recreativas e de entretenimento, dentre outros ambientes distribuídos em seus quase 145 mil metros quadrados.
A taxa de ocupação da Granja Comary foi de 95% na temporada, sendo o maior índice desde a inauguração em 2014. Cumpre destacar que a Seleção Feminina Principal esteve na Granja por 80 vezes, além da Seleção Olímpica masculina, que fez toda a preparação para a campanha vitoriosa, na qual conquistou a inédita medalha de ouro, no Centro de Treinamento da granja.
Adicionalmente, foram realizados 672 treinamentos, além de cerca de 11 mil avaliações físicas, fisiológicas e de monitoramento. Tudo isso utilizando as instalações dos 5 campos, da academia e do centro médico e de fisiologia.
2.3 GRANJA COMARY
19
36QUARTOS
DE HÓSPEDES
5 CAMPOS
DE FUTEBOL
1 RESTAURANTE COM COZINHA PROFISSIONAL
1 ACADEMIA COM
EQUIPAMENTOS DE ÚLTIMA GERAÇÃO
1 PISCINA COBERTA P/ TREINAMENTOS
REGENERATIVOS
1 PEQUENO CENTRO
MÉDICO DE FISIOLOGIA E FISIOTERAPIA
18
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RELATÓRIO DE GESTÃO CBF - 2016 | 2 . INSTITUCIONAL
SERVIÇOS DO CENTRO DE TREINAMENTO
A lavanderia da Granja Comary lavou mais de 38 toneladas de material, desde camisa de treino a toalhas e roupas de cama. Vale ressaltar que toda a água utilizada para a irrigação e lavagem dos locais é de reuso, o que gera volume significativo tanto para alimentar as necessidades da lavanderia do complexo, quanto para endereçar objetivos ambientais de redução do consumo hídrico.
O Centro de Treinamento dispõe de um restaurante para 120 pessoas, implantado conforme layout padrão para atendimento às seleções. Somente em 2016, serviu mais de 20 mil refeições, entre café da manhã, almoço, jantar e lanches. São quase 60 refeições por dia, ao longo de um ano inteiro, o que corresponde a aproximadamente 31 toneladas de alimentos.
Outro dado muito interessante é a quantidade de material reciclado recolhido na Granja: são aproximadamente 6 toneladas de material reciclado em 2016, com destaque para o papelão, material que, sozinho, contribuiu com 4 toneladas.
Por fim, outro número que dá dimensão de volume e complexidade da operação do centro de treinamento foram os 20 mil litros de combustíveis, os quais foram consumidos em 2016 pelo maquinário utilizado para a manutenção dos campos e outros equipamentos, incluindo o que foi necessário para abastecer os ônibus que transportaram as diversas delegações que lá se hospedaram.
Fonte: Diretoria de Patrimônio CBF – Dezembro/2016
2014SELEÇÕES (dias) 2015 2016PRINCIPAL (M)
PRINCIPAL (F)
SUB-20 (M)
SUB-20 (F)
SUB-17 (M)
SUB-17 (F)
SUB15 (M)
SUB15 (F)
SELEÇÃO OLÍMPICA
PATROCINADORES
TOTAL
46
24
10
-
6
-
-
-
-
-
86
6
34
12
0
13
0
19
0
7
-
91
6
80
61
31
25
13
5
0
14
13
248
Estrutura do restaurante da Granja Comary.
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RELATÓRIO DE GESTÃO CBF - 2016 | 2 . INSTITUCIONAL
2.4 CBF ACADEMY
Partindo de um ideal antigo e de um planejamento iniciado ainda em 2015, a nova gestão da CBF, com o objetivo de contribuir de forma relevante na capacitação e formação de profissionais que atuam no futebol, fundou em 2016 a CBF Academy.
Esta nova área encampou a gestão de licenças técnicas e cursos específicos, já realizados pela entidade desde 2005, porém ampliando as áreas de atuação incluindo: gestão de futebol, direito desportivo, preparação física e treinamento de goleiros, intermediação no futebol, coordenação técnica e comunicação, dentre outras. Desde o início das atividades educacionais até 2015 foram emitidos cerca de 800 certificados a profissionais que se capacitaram através dos cursos da CBF. Os números mais recentes mostram uma evolução: somente em 2016 este número alcançou 343. A meta é, até 2020, ultrapassar a marca de 4 mil certificados.
Além da capacitação acadêmica e técnica propriamente dita, dois dos objetivos fundamentais da iniciativa são: promover a troca de experiências entre os participantes e a criação de relacionamento positivo entre os profissionais do setor, com o fim de aprimorar a cadeia de valor do futebol, se configurando num importante instrumento de desenvolvimento continuado do esporte.
METODOLOGIA
A partir da análise de modelos de formação de treinadores especializados de diversas escolas de referência mundial, pesquisas e visitas de campo, entrevistas individuais e seminários de formação de instrutores, foi criada a metodologia de ensino da CBF Academy. Além disso, foram consultados treinadores e especialistas em diversas áreas correlacionadas ao esporte para identificar as competências e habilidades necessárias para a formação de profissionais do futebol. Por fim, uma comissão de profissionais se reuniu para discutir e validar um formato estrutural que se assemelhasse aos modelos internacionais, mas que respeitasse também a cultura futebolística, peculiaridades e inspirações brasileiras.
2322
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RELATÓRIO DE GESTÃO CBF - 2016 | 2 . INSTITUCIONAL
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CURSOS
Ao longo do ano foram disponibilizados 11 cursos que registraram um total de 576 alunos inscritos. Dentre os participantes, grande parte era membro de clubes que atualmente integram as quatro séries do campeonato brasileiro. O atendimento às turmas contemplou até mesmo representantes de clubes que não estão ranqueados em nenhuma divisão nacional. Desta forma, a CBF Academy gera oportunidade a profissionais que buscam desbravar suas regiões e desenvolver o futebol em áreas com menos tradição no esporte.
Uma lista dos cursos oferecidos é demonstrada a seguir:
Fonte: CBF Academy
QUAIS CURSOS QUANTIDADE DE ALUNOS EM 2016PREPARAÇÃO FÍSICA: BASE
ANÁLISE DE DESEMPENHO: BASE
LICENÇA A
LICENÇA B
LICENÇA C
ANÁLISE DE DESEMPENHO: PROFISSIONAL
TREINADOR DE GOLEIRO: BASE
LICENÇA PRO
CURSO DE GESTÃO DE FUTEBOL
TOTAL
40
80
79
101
50
84
38
17
87
576
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RELATÓRIO DE GESTÃO CBF - 2016 | 2 . INSTITUCIONAL
Da parte dos palestrantes, cumpre ressaltar a presença de professores renomados dentro do cenário futebolístico mundial e profissionais de mercado, tais como:
• LUIZ FELIPE SANTORO (advogado esportivo), abordando o direito desportivo;
• MARCOS MOTTA, (advogado esportivo) abordando o registro de atletas e licenciamento de clubes;
• ANTÔNIO CARLOS GOMES (PhD em Ciências do Treinamento Esportivo) abordando o tema gestão de equipes multidisciplinares;
• RUBENS FIGUEIREDO (cientista político), abordando o tema gestão de crises;
• EDU GASPAR, Coordenador das seleções masculinas, abordando o planejamento de equipes;
• RODOLFO KUSSAREV (ex-presidente da Red Bull Brasil futebol) abordando o planejamento estratégico de clubes;
• JOSÉ COLAGROSSI, Diretor da Ibope Repucom, abordando análises/estudos de exposição da marca e retorno em mídias.
Por fim, apresentamos as áreas de interesse que compõem a grade curricular do curso de gestão do futebol:
Fonte: CBF Academy
CURSO DE GESTÃO DE FUTEBOL 2016DURAÇÃO
MÓDULOS
GOVERNANÇA E ORGANIZAÇÃO DO FUTEBOL
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
DIREITO DESPORTIVO
MARKETING ESPORTIVO
FINANÇAS E RECURSOS HUMANOS
GESTÃO DE COMPETIÇÕES
GESTÃO DO DEPARTAMENTO DE FUTEBOL
COMUNICAÇÃO NO FUTEBOL
ABRIL A DEZEMBRO
(8 MÓDULOS)
ABRIL
MAIO
JUNHO
JULHO
SETEMBRO
OUTUBRO
NOVEMBRO
DEZEMBRO
26
licença a para treinadores
Este curso inclui um programa intensivo de disciplinas diretamente relacionadas às funções dos treinadores de futebol. A Licença A atualmente representa a principal licença para técnicos no Brasil, uma vez que, ao alcançar tal certificação, os profissionais são habilitados perante o mercado nacional para comandar equipes de nível da Série A do campeonato brasileiro. O curso contou com 79 alunos participantes em 2016.
A despeito da importância de todos, cada qual com suas especificidades, dois deles em particular merecem destaque. São detalhados a seguir.
CURSO DE GESTÃO DO FUTEBOL
Foi uma iniciativa concebida, num primeiro momento, com o suporte de recursos do fundo de legado da Copa do Mundo FIFA 2014. Atualmente é viabilizado com recursos próprios da entidade, sendo voltado para a qualificação de gestores esportivos que atuam no ramo de futebol em diversas áreas, tais como as de planejamento, marketing, gestão de pessoas e direito esportivo, entre outras.
No ano de 2016 a turma contou com representantes dos clubes da Série B, de federações estaduais, ex-atletas da seleção feminina e o tetracampeão mundial Mauro Silva, além de representantes da mídia esportiva como radialistas e comentaristas.
29
De fevereiro a junho de 2016, o Comitê de Reformas do Futebol Brasileiro reuniu-se periodicamente na sede da Confederação Brasileira de Futebol com o objetivo de identificar os principais obstáculos ao desenvolvimento do futebol no país e elaborar sugestões para ajudar a transformar essa realidade.
Formado por 18 integrantes de diversos segmentos ligados ao futebol, o Comitê deu origem aos grupos de trabalhos (GTs) que se aprofundaram nos temas propostos: Código de Ética, Reforma do Estatuto, Calendário do Futebol, Futebol Feminino, Licenciamento e Registro de Clubes, CBF Social e Internacionalização do Futebol.
Os GTs contaram com a participação de 75 colaboradores, como ex-jogadores, técnicos, juristas, jornalistas, pesquisadores, representantes de clubes, de federações, da CONMEBOL e da FIFA. Ao todo, foram 24 reuniões para discussões sobre diferentes aspectos, sob os mais variados olhares.
E os principais resultados desse trabalho foram a elaboração do primeiro Código de Ética do Futebol Brasileiro e dos pilares da reforma do Estatuto da CBF, a criação de um novo Calendário do Futebol Brasileiro, a criação de um novo Calendário do Futebol Brasileiro, um plano de ação estruturante para o futebol feminino, a elaboração do Regulamento Nacional de Concessão de Licença de Clubes, que já era um projeto anterior da Diretoria de Registro e Transferência, além da aprovação para o desenvolvimento de uma metodologia oficial da CBF para o ensino de futebol para crianças.
RELATÓRIO DE GESTÃO CBF - 2016 | 2 . INSTITUCIONAL
2.5 COMITÊ DE REFORMAS
28
30 3. SELEÇÕES
33
RELATÓRIO DE GESTÃO CBF - 2016 | 3 . SELEÇÕES
O grupo de jogadores que participaria da estreia do Brasil nas Olimpíadas do Rio entrava em campo às 16 horas do dia 4 de agosto. O adversário era a África do Sul e o jogo terminaria em 0x0. Placar que, de certa forma, frustrou a torcida, que ansiava pela vitória. Resultado que não agradaria ao eterno Mané Garrincha, saudoso craque que dá nome ao estádio palco da partida.
A segunda rodada se realizaria no mesmo estádio da primeira, desta vez contra o Iraque. Para desencanto da torcida, novamente prevaleceu o resultado do primeiro jogo. Um 0x0 que deixava a todos preocupados sobre as reais possibilidades de classificação para a próxima fase da competição, colocando à prova toda a confiança depositada no trabalho da comissão técnica.
Mas o início da virada viria em solo baiano, onde a seleção, “arretada” e com as bênçãos dos orixás presentes no dique do tororó, vizinho ao Estádio Fonte Nova, goleou a seleção dinamarquesa: 4x0, com dois gols do atacante Gabigol, um de Gabriel Jesus e um de Luan, com isso se classificando em primeiro lugar do grupo.
A próxima etapa seria a de quartas de final. Era a vez de enfrentar a Colômbia, adversário contra o qual a seleção conseguiu impor seu jogo, vencendo por 2x0, em partida realizada na capital paulista. A cada passo, a cada obstáculo superado, crescia a esperança da torcida e de todo o país na medalha inédita, o que ensejava também mais confiança à equipe para enfrentar a Honduras na semifinal.
Naquela que seria a penúltima partida da campanha olímpica, realizada no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, a equipe demonstrou toque de bola e eficiência, assim conquistando uma vitória que jamais fora ameaçada, contra um adversário que não conseguiu reagir. O resultado de 6x0 contra Honduras serviu para “lavar a alma” da torcida brasileira e assim convocá-la, de uma vez por todas, para um apoio maciço na partida final, que decidiria a cor da tão sonhada medalha olímpica. A esta altura, a seleção já assegurava, na pior das hipóteses, a prata.
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3. SELEÇÕES
VIRADA DE JOGO
Este capítulo busca apresentar uma síntese dos momentos marcantes ocorridos ao longo da temporada de 2016 para as seleções nacionais, masculinas e femininas, principais e de base, que são administradas e coordenadas pela Confederação Brasileira de Futebol, em especial através da Diretoria de Seleções.
Para a seleção principal, o ano começou com um empate (2x2) com um dos maiores rivais sul-americanos, o Uruguai. Na sequência novo empate agora fora de casa e pelo mesmo placar contra a sempre aguerrida Seleção Paraguaia. Na sequência, também não teve desempenho esperado na Copa América Centenário, realizada em junho nos EUA, culminando na eliminação precoce.
Todo este cenário parecia reforçar a tendência de um ano difícil para a seleção. Alguns setores da mídia especializada já demonstravam preocupação com a classificação para o mundial de 2018. No entanto, após mudanças profundas realizadas pela direção da CBF, envolvendo toda a comissão técnica da equipe, o cenário anterior de incertezas deu lugar a muita esperança e confiança.
Sob o comando do técnico Rogério Micale, a Seleção Olímpica começaria a “virar esse jogo:” iniciava sua caminhada de preparação para os Jogos Olímpicos do Rio em 29 de junho, com a convocação definitiva da equipe. Na elaboração da lista, o técnico ratifica suas opções, incluindo aqueles que, conforme permitido pelo regulamento da competição, seriam os convocados com idade acima de 23 anos e, portanto, inspiração aos mais jovens: os atacantes Neymar (Barcelona) e Douglas Costa (Bayer de Munique), além do goleiro Fernando Prass (Palmeiras).
Mas o caminho definitivamente não seria fácil: o Bayer de Munique não liberou o Douglas Costa, um dos pilares da equipe de Micale. Para o seu lugar, o treinador selecionou Renato Augusto, jogador que atuava no Beijing Guoan da China.
Para começar a preparação para o Torneio Olímpico de Futebol, os convocados se apresentaram em 18 de julho, na Granja Comary em Teresópolis, Rio de Janeiro. Tudo ia bem até que, decorridos oito dias de treinamento, o goleiro titular Fernando Prass sente uma lesão no cotovelo que o deixaria fora da caminhada olímpica. Com mais uma baixa, Rogério Micale se vê forçado a promover o “corte” do jogador e a conceder chance a um novo atleta. Nesse momento, o selecionado foi Weverton, do Clube Atlético Paranaense. Não imaginaria, contudo, o que lhe reservaria o destino.
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ELIMINATÓRIAS SUL-AMERICANAS
3.1 NÚMEROS DA SELEÇÃO
Como que embalada e inspirada pela conquista do ouro olímpico pelos “garotos”, assim como pela transformação causada pela substituição de toda a comissão técnica, a Seleção Brasileira Principal, àquela altura comandada pelo técnico Tite e o Coordenador Edu Gaspar, também começaria a ensaiar sua reação.
Com os resultados anteriores até o primeiro semestre, a equipe amargava a sexta colocação nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo FIFA 2018, fora da zona de classificação para o mundial, com 9 pontos conquistados.
No primeiro jogo oficial do segundo semestre, já sob o comando do novo treinador, a seleção conquista importante vitória contra o Equador, em Quito. O resultado e a atuação convincente parecia definitivamente ter recuperado a confiança do grupo. A nova equipe, com a nova comissão, nas rodadas subsequentes teria atuações que surpreenderiam até mesmo o mais otimista dos torcedores. Numa ascensão “meteórica”, a equipe emplacaria mais 5 vitórias seguidas, emendando no total 6 vitórias:
Com isso, a Seleção Brasileira encerraria 2016 como líder das eliminatórias com 27 pontos ganhos, 4 a mais que o Uruguai, segundo colocado, que somou 23.
Nesta seção apresentamos alguns dados estatísticos relevantes relacionados ao desempenho, mas também outras curiosidades que envolvem a Seleção Brasileira. A seguir, destaca-se o quantitativo de países nos quais a equipe esteve presente na disputa dos diversos torneios ao longo da temporada.
(Quito)
(Arena da Amazônia, Manaus)
(Arena das Dunas, Natal)
(Mérida)
(Mineirão, Belo Horizonte)
(Estádio Nacional, Lima)
X 3 Brasil
X 1 Colômbia
X 0 Bolívia
X 2 Brasil
X 0 Argentina
X 2 Brasil
Equador 0
Brasil 2
Brasil 5
Venezuela 0
Brasil 3
Peru 0
34
TRIUNFO OLÍMPICO
E o confronto final ficou marcado para 20 de agosto, no qual a equipe brasileira teria pela frente a seleção alemã, que apresentou campanha sólida: 2 empates e 1 vitória ainda na primeira fase, e mais 2 vitórias nas quartas e semifinais, contra Portugal (4x0) e Nigéria (2x0) respectivamente. Foram 21 gols marcados e 5 sofridos. Embora não fosse a mesma Alemanha de dois anos antes, ainda assim a equipe chegava à final com números importantes e, por isso, causava apreensão.
A Seleção Brasileira entrava completa e iria a campo com Weverton, Zeca, Rodrigo Caio, Marquinhos e Douglas Santos; Walace, Renato Augusto e Neymar; “Gabigol”, Gabriel Jesus e Luan. No tempo regulamentar, o Brasil abriu o placar com Neymar, cobrando falta. Porém, no segundo tempo, depois de jogada coletiva de troca de passes, a Alemanha chegaria ao empate com Meyer. O resultado de 1x1 levaria o jogo para a prorrogação. E nos dois tempos extras o placar não se modificou, levando a decisão para os pênaltis.
Na série de cobranças alternadas, o goleiro Weverton, que substituíra Fernando Prass, cortado por lesão, defendeu aquela que seria a última cobrança alemã. Isso porque, logo a seguir, viria a consagração: Neymar bate e marca o último tento, decretando a vitória final (5x4). A tão esperada medalha de ouro olímpica chegava, deixando em êxtase torcedores, jogadores e todo o país que os acompanhava pela TV. Coroando o trabalho de atletas, comissão técnica, além da CBF como um todo, o único título que faltava para a coleção brasileira, agora não escaparia mais. O Brasil sagrou-se campeão olímpico de futebol talvez em seu palco mais tradicional, o místico estádio do Maracanã.
Neymar ergue a medalha de ouro inédita durante os Jogos Olímpicos do rio. Weverton realiza defesa consagradora, na disputa de pênaltis.
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3.2 SELEÇÃO MASCULINA PRINCIPAL
No ano de 2016, a seleção pentacampeã mundial de futebol disputou 12 partidas, nas quais obteve 8 vitórias, 3 empates e 1 derrota. Dentre as competições oficiais que integraram este retrospecto, receberam destaque especial os jogos válidos pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo FIFA 2018.
Em 2016, a Seleção focou suas atividades na Américas do Sul e do Norte, se deslocando por 40.472 quilômetros, incluindo transportes de ônibus e avião, correspondendo a uma volta completa em torno da Terra. Como parte desta logística, foram reservados e utilizados 3.386 quartos de hotéis, assim como foram consumidas 16.930 refeições.
Durante o triênio 2014-2016, a equipe disputou 42 jogos alcançando 30 vitórias, 7 empates e 5 derrotas.
RESULTADO - SELEÇÃO PRINCIPAL
BASES ANUAIS
Fonte: CBF – Diretoria de Seleções
14
12
10
8
6
4
2
0
2014 2015 2016
1210
8
13
2 222
Seleção Brasileira em jogo válido pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo FIFA 2018.
VITÓRIAS DERROTAS EMPATES
36
PAÍSES VISITADOS
PARTICIPAÇÃO EM COMPETIÇÕES
O total de países visitado é menor, se comparado a 2014 e 2015, o que sofreu influência direta dos Jogos Olímpicos, que teve diversos jogos realizados no Brasil, abrangendo as seleções masculina e feminina. No entanto, as seleções brasileiras principais visitaram todos os continentes, com destaque para a América do Norte (Estados Unidos) e Ásia (Coreia do Sul), onde a seleção masculina esteve por mais vezes. Já no caso da feminina, o país que mais recebeu a “seleção canarinho” foi a Venezuela.
Em 2016, foram registradas 16 participações em competições, merecendo destaque a conquista da medalha de ouro nas Olimpíadas do Rio de Janeiro pela Seleção Olímpica Masculina.
Nos últimos 3 anos de análise, o Sudeste foi a região que mais teve a oportunidade de ver de perto a seleção entrar em campo, somando 33 vezes. Em contrapartida, a Região Sul recebeu a seleção apenas uma vez durante a temporada.
TOTAL DE PAÍSES VISITADOS PELA SELEÇÃO BRASILEIRA
BASES ANUAIS30
25
20
15
10
5
0
Fonte: CBF – Diretoria de Seleções2014 2015 2016
2824
16
TOTAL DE JOGOS - SELEÇÃO PRINCIPAL - 2014 A 2016
35
30
25
20
15
10
5
0
Fonte: CBF – Diretoria de SeleçõesNORTE NORDESTE SUDESTE SULCENTRO-OESTE
10
1619
33
1
39
RELATÓRIO DE GESTÃO CBF - 2016 | 3 . SELEÇÕES
3.4 CATEGORIA DE BASE
As equipes que constituem os alicerces do que no futuro pode vir a ser a seleção principal são as chamadas “Categorias de Base”, as quais são subdivididas em 3 subcategorias, para efeito de conformidade com os principais torneios nacionais e internacionais e de acordo com a faixa etária que delimita os atletas.
São elas:
• Sub-20, masculino e feminino, nas quais podem atuar todos os atletas com até 20 anos de idade; • Sub-17, abrangendo meninos e meninas com idade de até 17 anos;• Sub-15, contendo atletas masculinos e femininos com até 15 anos.
Na temporada, a CBF administrou e coordenou competições envolvendo 5 das 6 equipes de base existentes. Isto porque não houve datas oficiais para a Seleção Feminina Sub-15 em 2016, ou seja, não houve competições internacionais de relevância que justificassem a mobilização do grupo. No total, foram disputados 10 torneios ao longo de 2016, ano que registrou 3 títulos conquistados, todos com as seleções masculinas. Foram eles:
• Torneio Olímpico, pela seleção olímpica masculina (Rio de Janeiro);• Torneio Quadrangular, pela seleção masculina Sub-20 (Talca, Chile);• Brics Cup, pela seleção masculina Sub-17 (Goa, Índia).
Seleção Brasileira Sub-20, durante campanha vitoriosa no Chile.
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3.3 SELEÇÃO FEMININA PRINCIPAL
A Seleção Brasileira Feminina Principal, comandada em parte do ano pelo técnico Vadão e em campo pela capitã Marta, eleita cinco vezes consecutivas a melhor jogadora de futebol do mundo, participou ao longo da temporada de 18 jogos, incluindo 3 torneios e amistosos. Dentre eles, merecem destaque:
• O título alcançado no Torneio de Manaus, disputado em dezembro na capital amazonense com a participação de Costa Rica, Itália e Rússia. A esta altura da temporada, a equipe já era comandada pela técnica Emily Lima, a primeira mulher a estar à frente de uma Seleção Brasileira feminina. A competição marcou a despedida da jogadora “Formiga”, que registra no currículo seis participações olímpicas, entre as quais conquistou medalhas de prata em Atlanta 2004 e Pequim 2008.
• O quarto lugar alcançado no Torneio Olímpico de Futebol das Olimpíadas do Rio de Janeiro, com a participação das principais forças mundiais do esporte.
Considerando a campanha global, foram 11 vitórias, 3 empates e 4 derrotas, durante a qual foram marcados 41 gols, com destaque para a artilheira da equipe, Beatriz Zaneratto. A Seleção esteve em 9 países diferentes, passando por América do Sul, Ásia e Europa.
RESULTADOS DOS JOGOS - SELEÇÃO FEMININA
BASES ANUAIS
Fonte: CBF – Diretoria de SeleçõesTOTALVITÓRIAS DERROTAS EMPATES
25
20
15
10
5
0
2014
12
64
18
15
11
8
3
23
2
23
3
2015 2016
41
RELATÓRIO DE GESTÃO CBF - 2016 | 3 . SELEÇÕES
FEMININA
No que se refere ao desempenho consolidado das seleções femininas de base, que incluem em 2016 a Sub-20 e a Sub-17, podemos apresentar os seguintes números:
NÚMEROS CONSOLIDADOS
No ano de 2016, considerando-se todas as categorias, foram disputados 63 jogos com 136 gols marcados, encerrando uma média de aproximadamente 2,2 gols por jogo.
NÚMEROS CONSOLIDADOS 2016 - CATEGORIA DE BASE FEMININA
Fonte: CBF – Diretoria de SeleçõesDERROTAJOGOS VITÓRIA EMPATE
25
20
15
10
5
0
2014
7 79
7
14
21
22 3 34 5
2015 2016
RESULTADOS DOS JOGOS - CONSOLIDADO DAS SELEÇÕES DE BASE
BASES ANUAIS
Fonte: CBF – Diretoria de SeleçõesTOTALVITÓRIAS DERROTAS EMPATES
110
100
80
60
40
20
0
2014
59
2715
6365
35
1512
86
16
108
13
2015 2016
40
MASCULINA
Dentre os títulos mencionados, vale destacar a conquista da seleção Sub-17 na Brics Cup realizada na Índia, entre os países integrantes do referido bloco econômico: África do Sul, Brasil, Rússia, Índia e China.
A equipe do técnico Carlos Amadeu apresentou uma campanha inquestionável, terminando a competição invicta. Na estreia, derrotou a China por 2 a 0; em seguida, passou pela Rússia também por 2 a 0. Contra a África do Sul, fez 3 a 0 no terceiro jogo da primeira fase. Na penúltima partida, marcou 3 a 1 na anfitriã, Índia. Por fim, encerrou sua participação confirmando os 100% de aproveitamento com a vitória final sobre os sul-africanos por 5x1.
Os números consolidados que abrangem todas as seleções masculinas de base (Olímpica, Sub-20, Sub-17 e Sub-15) podem ser verificados a seguir:
Fonte: CBF – Diretoria de SeleçõesDERROTAJOGOS VITÓRIA EMPATE
NÚMEROS CONSOLIDADOS 2016 - CATEGORIA DE BASE MASCULINA
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
9
2
6
1 1
43
5 6
10
26
2 2 1 25
10
18
42
13
SUB-15SUB-17SUB-20OLÍMPICA TOTAL
4. REGISTRO, TRANSFERÊNCIA E LICENCIAMENTO
42
45
RELATÓRIO DE GESTÃO CBF - 2016 | 4 . REGISTRO, TRANSFERÊNCIA E L ICENCIAMENTO
Durante o ano 2016, a região que mais celebrou contratos foi a Região Sudeste, com 20.333 contratos. A Região Nordeste que, se comparada às demais regiões do país, apresenta o maior número de unidades da federação, posiciona-se logo a seguir, com aproximadamente 6.000 contratos a menos que o Sudeste.
QUANTIDADE DE CONTRATOS POR REGIÃO - 2016
Durante o ano de 2016, o estado brasileiro que mais registrou atletas profissionais foi São Paulo, apresentando o total de 11.752 registros, mais do que o dobro do número de 2015 – conforme gráfico comparativo a seguir.
SUL
NORTE
NORDESTE
CENTRO-OESTE
SUDESTE
4880
6892
20333
12020
14822
QUANTIDADE EM 2016ESTADOS
SÃO PAULO
PARANÁ
RIO GRANDE DO SUL
MINAS GERAIS
RIO DE JANEIRO
TOTAL
11.752
4.802
4.176
3.808
3.464
28.002
Fonte: Diretoria de Registro e Transferência
2015 2016
MINAS GERAIS
SÃO PAULO
RIO GRANDE DO SUL
GOIÁS
RIO DE JANEIRO
RIO DE JANEIRO
SÃO PAULO
RIO GRANDE DO SUL
MINAS GERAIS
PARANÁ
5.752 11.752
2.5284.802
4.176
3.808
3.464
2.292
1.875
1.837
44
Este capítulo busca a abordagem das questões e principais números envolvendo os procedimentos adotados pela CBF, ao longo de 2016, para o registro de jogadores, de modo a torná-los aptos a participar dos variados campeonatos que promove, assim como aqueles relacionados às transferências nacionais e internacionais de atletas entre clubes.
Da mesma forma, também se propõe a apresentar um resumo das ações realizadas no mesmo período para a estruturação do Programa de Licenciamento de Clubes de futebol.
Inspirada pelo pioneirismo da UEFA na criação do manual de licenciamento e dos padrões de qualidade para o licenciamento de clubes, a Confederação Brasileira de Futebol, através de sua Diretoria de Registro e Transferência, reafirma seu posicionamento em favor da transparência e profissionalização do futebol, assumindo a vanguarda desta iniciativa na América do Sul.
E ainda, na última seção, contempla a atualização da pesquisa que abrange os níveis salariais dos jogadores que atuam no país, tendo como referência a primeira avaliação realizada em 2015.
4.1 CONTRATOS DE ATLETAS
Na temporada de 2016, período em que o sistema de registro da CBF esteve em pleno funcionamento, o número de contratos registrados teve um pequeno aumento de 2015 para 2016, se comparado à variação registrada de 2014 para 2015.
Ao longo do triênio 2014-2016 foram firmados e formalizados 170.409 contratos envolvendo atletas de futebol, considerando-se tanto atletas amadores quanto profissionais.
2014 2015 2016
62.000
60.000
58.000
56.000
54.000
52.000
50.000
48.000
46.000
Fonte: Diretoria de Registro e Transferência
QUANTIDADE DE CONTRATOS FIRMADOS
BASES ANUAIS
51.206
59.514 59.689
47
RELATÓRIO DE GESTÃO CBF - 2016 | 4 . REGISTRO, TRANSFERÊNCIA E L ICENCIAMENTO
4.2 CONTRATOS POR FAIXA ETÁRIA
Conforme apresentado no gráfico anterior, observando 2016 verifica-se que foram celebrados 29.878 primeiros contratos profissionais. Destes, podemos realizar a estratificação por faixa etária, observando uma distribuição homogênea, excetuando-se a faixa etária de menores de 17anos, conforme demonstrado a seguir:
• As chamadas “joias” dos clubes, os jovens jogadores com idades até 17 anos recém-completos somam 391 contratos;
• 8.487 são maiores de 17 e até 20 anos;
• Aqueles com idades entre 21 e 23 anos totalizam 8.645;
• Os maiores de 23 anos somam 12.355 atletas.
< 17 ANOS 17 A 20 ANOS 21 A 23 ANOS MAIOR DE 23 ANOS
14000
12000
10000
8000
6000
4000
2000
0
391
8487 8645
12355
Fonte: Diretoria de Registro e Transferência
PRIMEIROS CONTRATOS PROFISSIONAIS - TOTAL DE REGISTROS46
PRIMEIRO REGISTRO PROFISSIONAL
De 2014 a 2016, verificou-se que 94.301 ou 55% dos atletas celebraram seu primeiro registro profissional, ou seja, aqueles jogadores que, ou modificaram seu instrumento contratual amador firmando contrato profissional, ou que, neste momento, assinaram o seu primeiro contrato com um clube profissional. No comparativo entre os anos do período, observa-se que, após uma queda acentuada entre 2014 e 2015, o total de “primeiro registro” em 2016 estabilizou quando comparado com 2015, registrando uma pequena queda.
2014 2015 2016
34.000
33.000
32.000
31.000
30.000
29.000
28.000
27.000
33.695
30.728
29.878
Fonte: Diretoria de Registro e Transferência
PRIMEIROS CONTRATOS PROFISSIONAIS - TOTAL DE REGISTROS
BASES ANUAIS
49
RELATÓRIO DE GESTÃO CBF - 2016 | 4 . REGISTRO, TRANSFERÊNCIA E L ICENCIAMENTO
4.4 TRANSFERÊNCIAS
O ano de 2016 registrou um aumento na quantidade de atletas “exportados” pelos clubes brasileiros, ou seja, nas transferências do país para clubes estrangeiros. Foram registrados 1.372 jogadores contratados por clubes do exterior, o que representou um incremento de cerca de 13% sobre o ano anterior, 2015.
Considerando o biênio 2015-2016, pelo segundo ano seguido Portugal posicionou-se como o país que mais “importou” jogadores brasileiros profissionais. Em 2016, Portugal contratou 342 atletas, enquanto que a Espanha ficou em segundo lugar, com 108, e em terceiro a Alemanha, com 91.
ALEMANHA91
TOTAL: 541
1º2º 3ºPORTUGAL
342ESPANHA
108
2014 2015 2016
1400
1350
1300
1250
1200
1150
1100
1219 1220
1372
Fonte: Diretoria de Registro e Transferência
QUANTIDADE DE ATLETAS “EXPORTADOS”
BASES ANUAIS
48
4.3 CONTRATOS POR GÊNERO
Ao realizarmos uma estratificação de contratos por gênero, pelo segundo ano consecutivo pode se observar que o futebol brasileiro ainda carece de uma participação mais significativa das mulheres nos gramados país afora. Este fato fica evidenciado através dos números do estudo, que mostrou que, ao longo do triênio 2014-2016, a quantidade total de contratos assinados por mulheres representou apenas 2% dos contratos firmados por atletas masculinos, no mesmo período. Na comparação entre 2015 e 2016, verificou-se um aumento de 1% do primeiro para o segundo ano.
2014 2015 2016
70.000
60000
50000
40000
30000
20000
10000
0
50 665
541 1.419 1.647
58.095 58.039
Fonte: Diretoria de Registro e Transferência
FEMININOMASCULINO
QUANTIDADE DE CONTRATOS POR GÊNERO
BASES ANUAIS
51
RELATÓRIO DE GESTÃO CBF - 2016 | 4 . REGISTRO, TRANSFERÊNCIA E L ICENCIAMENTO
4.5 INTERMEDIÁRIOS
Nesta seção, apresentamos números relevantes envolvendo os entes, pessoas físicas ou jurídicas, que também são parte do processo e que possuem participação decisiva nas transferências e registros de contratos de atletas, sejam estes nacionais ou internacionais.
Referimo-nos àqueles que, segundo o Regulamento Nacional de Intermediários, atuam “como representante de jogadores, técnicos de futebol e/ou de clubes, seja gratuitamente, seja mediante o pagamento de remuneração, com o intuito de negociar ou renegociar a celebração, alteração ou renovação de contratos de trabalho, de formação desportiva e/ou de transferência de jogadores”.
A cada ano, a Diretoria de Registro e Transferência promove a revisão e atualização do referido regulamento, também atualizando o cadastro de intermediários da CBF à medida que novas solicitações são recebidas, analisadas e aprovadas. O trabalho inclui ainda a divulgação periódica da relação de profissionais ou empresas autorizados no site institucional da entidade. As questões relativas ao descumprimento da regulamentação estabelecida, tanto para registros quanto transferências, são arbitradas pela Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD), conforme previsto no Regulamento Geral de Competições.
Na temporada de 2016, a entidade oficializou o registro de 251 intermediários. Do total de transferências no período, 14.983 - sendo 12.793 nacionais e 2.190 internacionais, a Diretoria de Registro e Transferência foi informada que 344 ou 2,3% delas foram realizadas através de intermediação. Vale ressaltar que existe a obrigatoriedade de que, para toda transferência realizada, também seja informado o intermediário envolvido, se existente.
Em termos de valores envolvidos nas intermediações, observou-se que houve 72 operações com valor declarado que totalizaram R$ 18.517.478,00 - dos quais R$ 15.720.379,00 pagos por clubes e R$ 2.797.099,00 pagos por atletas.
INTERMEDIAÇÕES EM 2016
INTERMEDIÁRIOS REGISTRADOS
TRANSFERÊNCIAS COM INTERMEDIAÇÃO
OPERAÇÕES COM VALOR DECLARADO
VALORES DE INTERMEDIAÇÃO
251
344
72
R$ 18.517.478,00
Fonte: Diretoria de Registro e Transferência
50
VALORES FINANCEIROS DAS TRANSFERÊNCIAS
Durante as janelas de transferência de 2016, ressalta-se a busca de muitos clubes brasileiros por reforços no exterior, sobretudo em países vizinhos da América do Sul. Apesar disso, Portugal liderou também no número de jogadores contratados por nossos clubes, com 89 jogadores, embora seguido de Argentina e Uruguai, ambos com 31 atletas contratados por clubes do Brasil.
As duas janelas de transferência anuais, a primeira entre janeiro e abril, e a segunda entre junho e julho, possibilitaram a contabilização de um montante de recursos bastante significativo em 2016. Historicamente, o Brasil é um dos países que registra altos índices de transferências de jogadores e, na temporada observada, tal fato se manteve alcançando cifra quase bilionária, se considerarmos os valores monetários em real. A soma das transferências, tanto nacionais quanto internacionais, que em termos quantitativos foi de 14.983, movimentou R$ 945.330.457,00.
Do total, observa-se que o maior montante refere-se a jogadores que foram do Brasil para o exterior – 1.372 transações, totalizando R$ 654.125.738,00. O segundo maior montante envolveu a contratação de jogadores de outros mercados por clubes brasileiros – 818 operações, movimentando R$ 212.464.373,00. E o valor remanescente de R$ 78.740.346,00 representou as transferências realizadas entre clubes dentro do país, totalizando 12.793.
TRANSFERÊNCIA DO EXTERIOR PARA O BRASIL
TRANSFERÊNCIA INTERNA
URUGUAI31TOTAL: 151
1º2º 3ºPORTUGAL
89ARGENTINA
31
69,2%8,3%
22,5%
TRANSFERÊNCIA DO BRASIL PARA O EXTERIOR
53
RELATÓRIO DE GESTÃO CBF - 2016 | 4 . REGISTRO, TRANSFERÊNCIA E L ICENCIAMENTO
4.7 AVALIAÇÃO SALARIAL
Por fim, o levantamento realizado pelo Departamento de Registro e Transferência pelo segundo ano consecutivo mostra os salários (remuneração dos atletas, excetuando-se gratificações e valores referentes a direito de imagem) dos jogadores profissionais habilitados a participar de competições organizadas pela Confederação Brasileira de Futebol.
O resultado novamente mostrou que apenas 1(um) jogador recebia mais do que 500 mil reais mensais. Em contraposição, observou-se que cerca de 80% do total de 39.376 atletas recebe até R$ 1.000,00 como remuneração mensal.
O resultado completo por faixa salarial pode ser encontrado a seguir:
Fonte: Diretoria de Registro e Transferência
R$ 50.000,01 aR$ 100.000,00
R$ 100.000,01 aR$ 200.000,00
R$ 200.000,01 aR$ 500.000,00
< R$ 1.000,00 R$ 1.000,01 aR$ 5.000,00
R$ 5.000,01 aR$ 10.000,00
R$ 10.000,01 aR$ 50.000,00
> R$ 500.000,01
SUL
NORTE
CENTRO-OESTE
SUDESTE
NORDESTE
SUL
NORTE
CENTRO-OESTE
SUDESTE
NORDESTE
SUL
NORTE
CENTRO-OESTE
SUDESTE
NORDESTE
SUL
NORTE
CENTRO-OESTE
SUDESTE
NORDESTE
SUL
NORTE
CENTRO-OESTE
SUDESTE
NORDESTE
SUL
NORTE
CENTRO-OESTE
SUDESTE
NORDESTE
SUL
NORTE
CENTRO-OESTE
SUDESTE
NORDESTE
SUL
NORTE
CENTRO-OESTE
SUDESTE
NORDESTE
12545 5162
131
72 371538
27
4
93 36 1
0000
106327102
3935 309 20 17955 120 202
417 79 51
2841 406 449
2674 205 294
52
4.6 LICENCIAMENTO DE CLUBES
Esta iniciativa representa, acima de tudo, a reafirmação do compromisso da CBF para com a igualdade de condições entre os participantes de competições de futebol. Isto porque o processo de licenciamento se baseia no princípio de que os clubes que desejem participar das competições reúnam condições semelhantes de disputa, incluindo melhorias quanto à infraestrutura, gestão financeira, organização interna, além de investimento nas categorias de base e no futebol feminino.
Vale ressaltar que, a partir deste projeto, a CBF torna-se uma das primeiras confederações filiadas à Conmebol a criar o sistema de Licença de Clubes cujas regras, já aprovadas, deverão prever um modelo escalonado de adequação: será obrigatório inicialmente para os clubes que disputarem a Série A do Campeonato Brasileiro e também competições continentais, como a Copa Sul-Americana e a Copa Libertadores da América. Em seguida, será expandido para os clubes que disputam as Séries B, C e D do Campeonato Brasileiro. Além disso, cumpre esclarecer que mesmo para os clubes da Série A, os requisitos estabelecidos não serão plenamente exigidos desde o primeiro ano. A implementação será realizada de forma gradual, de modo a respeitar a realidade dos clubes face o regulamento do Licenciamento.
O sistema de Licença de Clubes estabelece uma série de critérios a serem cumpridos pelos clubes de futebol para se tornarem aptos a disputar determinada competição. O objetivo é estimular boas práticas de gestão, que contribuam para um ambiente de bem-estar, saúde financeira e desenvolvimento do esporte. O equilíbrio financeiro dos clubes é fundamental para a sustentabilidade e credibilidade do futebol, tendo como desdobramento a melhoria do nível competitivo.
Nesse aspecto, ao longo de 2016 a CBF adotou diversas ações para o desenvolvimento e discussão do tema. O Comitê de Reformas da entidade o incorporou, ajudando a ampliar o debate com federações estaduais e clubes. Nesse período, o diretor de Registros e Transferências da CBF, Reynaldo Buzzoni, visitou a Espanha, Inglaterra, UEFA e FIFA para estudar os modelos de Licença de Clubes.
O modelo brasileiro de Licença de Clubes atual é composto por cinco critérios (desportivo, financeiro, administrativo e pessoal, infraestrutura e jurídico) distribuídos em 37 itens. Um dos mais importantes é o financeiro, que se configura num instrumento idealizado para estimular os clubes a profissionalizar sua gestão e a honrar seus compromissos como, por exemplo, o pagamento de salários dos jogadores no prazo devido. No momento, o sistema segue em avaliações e pode ainda sofrer possíveis ajustes para brevemente ser implantado.
Diretor de Registro e Transferência, em palestra sobre o sistema de Licença de Clubes.
5. COMPETIÇÕES54
67
CAMPEONATOS COORDENADOS
Reafirmando o objetivo de fomentar o futebol brasileiro em todos os cantos do país, no ano de 2016 a CBF coordenou e ajudou a realizar 10 campeonatos nacionais e 3 regionais, dentre os quais 7 competições profissionais masculinos, 2 competições femininas e 4 envolvendo as categorias de base.
Não resta dúvida que o destaque desse ano foi o Campeonato Brasileiro da Série D, que foi ampliado de 40 para 68 clubes, o que incrementou o total de jogos de 190 para 266. Este aumento de participantes veio abrigar uma reivindicação antiga dos clubes, na medida em que lhes traz benefícios importantes: com mais jogos a disputar, o clube gera mais renda e receitas e tem sua temporada prolongada, podendo manter seu elenco em atividade por mais tempo.
RELATÓRIO DE GESTÃO CBF - 2016 | 5 . COMPETIÇÕES
Celebração do título pelo campeão do Campeonato Brasileiro feminino de 2016.
QUANTIDADE DE PARTIDAS
Nesta seção nos ocupamos em destacar as realizações da Confederação Brasileira de Futebol, centralizadas em sua Diretoria de Competições, no âmbito dos campeonatos, nacionais e regionais, sob sua coordenação ao longo de 2016.
E, neste aspecto, o referido ano foi um desafio à parte para a CBF, sobretudo no que diz respeito a sua organização. O aumento do número de equipes da Série D do Campeonato Brasileiro, que passou de 40 para 68, os ajustes no Regulamento Geral de Competições e em cada um dos regulamentos específicos de cada disputa representam apenas alguns ingredientes.
No ano em que o Brasil recebeu pela primeira vez na História os Jogos Olímpicos, em sua trigésima primeira edição, o Departamento de Competições coordenou 14 torneios, sendo um deles a primeira edição do e-Brasileirão, que se configura na versão virtual do Campeonato Brasileiro da Série A, estruturado a partir da plataforma do jogo Pro Evolution Soccer – PES 2017, no qual o representante do Santos Futebol Clube, Guilherme Fonseca, sagrou-se o primeiro campeão, derrotando o representante do Cruzeiro Esporte Clube, Claudio Henrique Silva. Considerando este torneio, a entidade mantém o mesmo número global de competições registrado em 2015.
No que se refere ao volume de partidas de 2016, verificou-se que houve um incremento de 79 em relação ao ano anterior. E observou-se que as partidas da temporada foram disputadas utilizando a estrutura de 172 estádios, um acréscimo de 3 quando comparado a 2015.
56
2014 2015 2016
169 172
1757 18361648
2000
1800
1600
1400
1200
1000
800
600
400
200
0
ESTÁDIOS JOGOS Fonte: Diretoria de Competições
ESTÁDIOS X JOGOS - BASES ANUAIS
189
59
RELATÓRIO DE GESTÃO CBF - 2016 | 5 . COMPETIÇÕES
ARTILHEIRO DAS COMPETIÇÕES CBF
O maior goleador de 2016, considerando todas as séries do Campeonato Brasileiro, além dos campeonatos regionais e da Copa do Brasil, vem do Ceará Sporting Club, que também já tinha sido responsável pela artilharia de 2014. Agora o grande nome foi o jogador Bill que balançou as redes 20 vezes, conquistando o título de artilheiro do Brasil, de todos os campeonatos coordenados pela CBF.
O Departamento de Competições da CBF, motivado em levar o esporte bretão para todas as regiões do país, ratifica que as competições em 2016 estiveram em todos os 26 estados e no Distrito Federal. Este ano a distribuição dos jogos foi ainda mais democrática do que no ano anterior, pois houve uma divisão mais equilibrada de jogos entre as regiões do país.
Houve um maior número de jogos nas regiões Norte, Nordestes e Centro-Oeste em comparação com 2015, já as regiões Sul e Sudeste receberam um número menor de partidas. Em 2015, a cidade que mais recebeu jogos foi o Rio de Janeiro, com 129. Em 2016, São Paulo foi a cidade que mais recebeu jogos, com 85.
Fonte: Diretoria de Competições
SULNORTE NORDESTE CENTRO-OESTE SUDESTE
JOGOS POR REGIÃO - BASES ANUAIS
2014 2015 2016
107 107 129
463494
528
163 152180
565
632 617
316350
382
700
600
500
400
300
200
100
0
58
GOLS MARCADOS
E-BRASILEIRÃO 2016
Em 2016, a bola balançou as redes 240 vezes a mais do que em 2015 e cerca de 580 vezes a mais do que em 2014, atingindo uma média de 2,5 gols por partida. Isto representou uma estabilidade em relação a 2015, que registrou a mesma média. Por outro lado, 2016 totalizou 1.836 partidas, 79 a mais que o ano anterior.
Com patrocínio da Pepsi e Brahma, o e-Brasileirão contou com 9.627 inscrições na primeira fase, que teve duelos online. Na segunda fase, torcedores do mesmo time se enfrentaram, presencialmente, em estações montadas dentro dos estádios onde, mais tarde, seriam disputados os jogos reais da tabela do Campeonato Brasileiro Série A. Da disputa entre os torcedores, saiu a definição dos representantes dos 20 clubes da Série A na fase final, que foi disputada na sede da CBF, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.
Fonte: Diretoria de Competições
QUANTIDADE DE GOLS
POR CAMPEONATO
CAMPEONATO BRASILEIRO A
CAMPEONATO BRASILEIRO B
CAMPEONATO BRASILEIRO C
CAMPEONATO BRASILEIRO D
CAMPEONATO BRASILEIRO FEMININO
CAMPEONATO BRASILEIRO SUB 20
COPA DO BRASIL
COPA DO BRASIL SUB 20
COPA DO BRASIL SUB 17
COPA DO BRASIL FEMININO
COPA DO NORDESTE
COPA DO NORDESTE SUB 20
COPA VERDE
4039
860
924
424
506
254
NÃO APLICÁVEL
435
149
190
215
NÃO APLICÁVEL
NÃO APLICÁVEL
82
4379
897
925
461
427
251
166
418
155
194
193
176
51
74
4619
912
894
435
669
215
176
370
150
194
231
179
108
86
2014 2015 2016
67
RELATÓRIO DE GESTÃO CBF - 2016 | 5 . COMPETIÇÕESComemoração da conquista pelo campeão da Copa do Brasil 2016.
60
PÚBLICO
A CBF inovou mais uma vez nos horários dos jogos do Campeonato Brasileiro da série A. Depois do sucesso dos jogos aos domingos, às 11 horas da manhã, em 2016 foi a vez das segundas-feiras receberem os jogos do principal torneio nacional, no horário das oito horas da noite.
Com as novidades, todo dia é dia de futebol: na segunda-feira tem série A, enquanto terça-feira é dia da série B; quarta-feira contempla as séries A e C, quinta-feira tem série A e na sexta-feira são realizados jogos da série B. Além disso, o final de semana é recheado de futebol, pois no sábado temos séries A e B e, no domingo, A, C e D.
O ano de 2016 consolidou o sucesso das partidas realizadas aos domingos, no horário das 11 da manhã. A média de público de 17.761 superou a média do campeonato, que foi de 15.843 pessoas. No total, as partidas nesse horário levaram cerca de 670 mil expectadores aos estádios na temporada.
O segundo ano da realização dos jogos às 11 da manhã, no Campeonato Brasileiro da Série A, 2016, como já era esperado, representou um sucesso. Este ano serviu para consolidar este horário de jogos, especialmente considerando que sua média de público superou a média do torneio todo e, além disso, que os jogos das 11 da manhã foram o escolhido pelas famílias, tendo registrado expressiva presença de mulheres e crianças.
O novo dia e o horário de jogos, introduzido em 2016, também foi muito bem aceito pelo público. As partidas das segundas-feiras às 20 horas apresentaram média de 17.626 pessoas, levando aproximadamente 370 mil torcedores aos estádios. Além do bom público observado, o novo horário contribui para que a semana fique recheada de bom futebol, de segunda a domingo.
63
RELATÓRIO DE GESTÃO CBF - 2016 | 5 . COMPETIÇÕES
MAIORES PÚBLICOS – SÉRIE A
O Campeonato Brasileiro da Série A em 2016 foi considerado um dos mais equilibrados e disputados dos últimos anos, tendo sido decidido de fato somente nas últimas rodadas. Um dos indicativos relevantes do interesse do público pode ser evidenciado pela realização de partidas com número significativo de presentes. Nesse sentido, apresentamos os dez maiores públicos:
DIA JOGO PÚBLICOPRESENTE
17:00
11:00
16:00
19:30
17:00
17:00
17:00
11:00
11:00
16:30
DOMINGO
DOMINGO
DOMINGO
SÁBADO
SÁBADO
SÁBADO
DOMINGO
SÁBADO
DOMINGO
SÁBADO
FLAMENGO (RJ)
SÃO PAULO (SP)
FLAMENGO (RJ)
SÃO PAULO (SP)
SÃO PAULO (SP)
FLAMENGO (RJ)
GRÊMIO (RS)
CRUZEIRO (MG)
GRÊMIO (RS)
ATLÉTICO (MG)
CORINTHIANS (SP)
CHAPECOENSE (SC)
PALMEIRAS (SP)
CORINTHIANS (SP)
PONTE PRETA (SP)
BOTAFOGO (RJ)
INTERNACIONAL (RS)
SANTA CRUZ (PE)
CORINTHIANS (SP)
FLAMENGO (RJ)
65.743
54.996
54.665
53.781
49.673
49.382
47.622
46.591
46.163
45.952
HORÁRIO
Fonte: Diretoria de Competições
62
De modo geral, prevalece a preferência dos fãs de futebol em comparecer aos estádios e assistir ao vivo, bem de perto, seus times do coração. Desde 2014, os estádios nacionais têm atraído anualmente números superiores a 6 milhões de aficionados. No entanto, o ano de 2016 foi marcado pelos Jogos Olímpicos, o que de certa forma dividiu as atenções com uma imensa gama de esportes. Além disso, verificou-se o baixo grau de utilização do Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, cedido em grande parte do ano ao Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos.
A seguir, apresentamos a média de público do Campeonato Brasileiro da Série A, ao longo do triênio 2014-2016.
2014 2015 2016
16.727
15.801
17.339
Fonte: Diretoria de Competições
MÉDIA DE PÚBLICO
CAMPEONATO BRASILEIRO SÉRIE A
RELATÓRIO DE GESTÃO CBF - 2016 | 5 . COMPETIÇÕES
5.1 PROJETOS
CERIMÔNIA DE ABERTURA DO CAMPEONATO BRASILEIRO - SÉRIE A
O ano de 2016 foi especial para o Campeonato Brasileiro da Série A, uma vez que a Diretoria de Competições juntamente com a Diretoria de Marketing criou a abertura oficial do torneio.
Após 45 anos, o Campeonato Brasileiro da Série A teve uma abertura digna do seu tamanho. A Arena Corinthians em São Paulo recebeu o primeiro jogo do torneio, a partida entre Corinthians e Grêmio, para dar o ponta pé inicial no principal torneio do país.
A abertura contou um novo protocolo, coreografia e a abertura de grande bandeira alusiva ao campeonato e seu patrocinador, além de show do cantor de samba Péricles, que interpretou o hino nacional e a canção tema da competição.
Além das atrações mencionadas, uma peça muito importante que também não poderia ficar de fora desse espetáculo, apareceu momentos antes de começar o jogo de abertura: a majestosa Taça de Campeão Brasileiro de 2016, o objeto mais desejado entre os 20 clubes participantes.
6564
Cerimônia de abertura realizada em Itaquera, na Arena Corinthians em São Paulo.
6. ARBITRAGEM66
69
RELATÓRIO DE GESTÃO CBF - 2016 | 6 . ARBITRAGEM
Além dos diversos eventos esportivos no ano olímpico, 2016 foi marcante devido à aprovação de mudanças importantes no cenário da arbitragem mundial, naturalmente com reflexos no Brasil e para a Confederação Brasileira de Futebol. Talvez possa se dizer que 2016 representou o começo da maior mudança envolvendo as regras do futebol desde 1958, quando foi criada e implantada a substituição de jogadores nas partidas oficiais, o que não era permitido até então.
A IFAB (International Football Association Board - Associação de Diretores do Futebol Internacional), entidade máxima no que se refere às regras do futebol, aprovou a adoção experimental do projeto Árbitro de Vídeo, de modo que, após uma fase de testes, possa vir a ser implantado no ano de 2017.
Neste processo, a CBF foi mais longe. Não só ganhou o direito de ser um dos pioneiros a utilizar o arbitro de vídeo, como também buscou aprimorar o uso desta tecnologia através da criação de um setor específico dedicado à análise de desempenho dos árbitros. Esta concepção seguiu os mesmos moldes e premissas adotados pela equipe criada pela Diretoria de Seleções para analisar os jogadores da Seleção Brasileira.
68
71
RELATÓRIO DE GESTÃO CBF - 2016 | 6 . ARBITRAGEM
INSÍGNIA
FIFA
MASTER
ASPIRANTE À FIFA
ESPECIAL
CBF-1
CBF-2
CBF-3
TOTAL
ÁRBITROS
4
0
3
0
2
4
2
15
ÁRBITROSASSISTENTES
10
5
20
4
59
104
60
262
ÁRBITROSASSISTENTES
4
3
8
3
18
10
12
58
ÁRBITROS
10
3
19
8
44
80
39
203
MASCULINO FEMININO 2016
Fonte: Comissão de Arbitragem
FEM
ININ
O
2015
2016
FEM
ININ
O
MA
SCU
LIN
OM
ASC
ULI
NO
CBF 3
CBF 2
CBF 1
ESPECIAL
ASPIRANTE
MASTER
FIFA
CBF 3
CBF 2
CBF 1
ESPECIAL
ASPIRANTE
MASTER
FIFA
CBF 3
CBF 2
CBF 1
ESPECIAL
ASPIRANTE
MASTER
FIFA
CBF 3
CBF 2
CBF 1
ESPECIAL
ASPIRANTE
MASTER
FIFA
20
20 8 3912
103184
99
8
83
11
3
20
14
14
0
3
12
33
178 15
15
124
42
210
RELAÇÃO NACIONAL DE ÁRBITROS
Dentro do contexto apresentado, a Relação Nacional de Árbitros (RENAF) no ano de 2016 registrou um incremento de 35 novos membros, entre árbitros e árbitros assistentes, em relação ao ano anterior (2015).
De modo a melhor apresentar a composição da referida relação de oficiais, relacionamos e detalhamos suas categorias e o sumário explicativo que as resume:
FIFA
Possuem esta insígnia aqueles que estão habilitados a participar de competições nacionais e internacionais, após aprovação em testes de conformidade com rigorosos critérios da FIFA.
MASTER
Aqueles que não reúnem mais os requisitos de exigência da FIFA, sobretudo relacionados ao limite etário.
ASPIRANTES À FIFA
Aqueles que estão em conformidade com os requisitos para postulantes à insígnia da FIFA.
ESPECIAL
Aqueles que não reúnem mais os requisitos de conformidade com classificação “aspirante à FIFA”.
CBF 1, 2 E 3
Aqueles que estão habilitados a apitar qualquer competição nacional, graduados normalmente pelo tempo de experiência.
Entre homens e mulheres, 218 árbitros e 320 árbitros assistentes estiveram à disposição de todas as competições nacionais e internacionais de futebol em 2016.
70
TEMPO DE BOLA EM JOGO
A temporada 2016 registrou uma média bastante expressiva, em termos de bola em jogo, nas partidas pelos campos Brasil afora. A primeira divisão nacional teve 92 jogos cujo tempo de bola em jogo foi maior do que 60 minutos. Este número é três vezes maior do que índice de 2014 e, se comparado com 2015, representou 34 jogos a mais, quase um turno inteiro de jogos com nível de bola em jogo acima do esperado.
73
RELATÓRIO DE GESTÃO CBF - 2016 | 6 . ARBITRAGEM
35
30
25
20
15
10
5
0
30,45
2014 2015 2016
100
80
60
40
20
0
27
58
92
Fonte: Comissão de Arbitragem
Fonte: Comissão de Arbitragem
MÉDIA DE FALTAS
NÚMERO DE JOGOS COM MAIS DE 60 MINUTOS DE BOLA EM JOGO
21,52
25,66
27,7 28,99
CAMPEONATOBRASILEIRO
SÉRIE AINGLESA
SÉRIE AFRANCESA
MÉDIA GERAL
SÉRIE AESPANHOLA
SÉRIE AALEMÃ
SÉRIE AITALIANA
30,3927,9
FALTAS MARCADAS
De modo geral, o número de faltas assinaladas acaba sendo o índice de maior interesse. Em 2016, os árbitros apitaram 11.571 faltas durante o Campeonato Brasileiro da Série A, o que representou 684 faltas a mais que no ano anterior. Considerando a média de faltas por partida, isto significou apenas 2 faltas a mais por jogo. Na análise comparativa com o ano de 2014, houve 779 faltas a menos.
Se compararmos a média de faltas do principal torneio nacional com os principais campeonatos da Europa, o Campeonato Brasileiro da primeira divisão fica em quinto lugar, com 2,75 faltas a mais que a média de todos os campeonatos e supera em cerca de 8 faltas a média da Premier League, a primeira divisão inglesa.
72
2014 2015 2016
33
32
31
30
29
28
27
26
TRIÊNIO 2014/2015/2016
32,65
28,65
30,45
Fonte: Comissão de Arbitragem
MÉDIA DE FALTAS DO CAMPEONATO BRASILEIRO SÉRIE A
75
RELATÓRIO DE GESTÃO CBF - 2016 | 6 . ARBITRAGEM
Em relação aos cartões vermelhos, os árbitros nacionais escalados advertiram os jogadores a mesma quantidade de vezes que nas principais competições no mundo. Foi anotada média de 0,23 cartões vermelhos por jogo, representando 23 cartões vermelhos a menos do que 2015.
0,130,16
0,23 0,230,27
0,290,31
0,35
0,3
0,25
0,2
0,15
0,1
0,05
0
ALEMANHA INGLATERRA MÉDIA GERAL BRASIL ITÁLIA ESPANHA FRANÇA
Fonte: Comissão de Arbitragem
MÉDIA DE CARTÕES VERMELHOS POR PARTIDA
3,1
3,76 3,794,24 4,69
4,875,27
6
5
4
3
2
1
0
INGLATERRA FRANÇA ALEMANHA MÉDIA GERAL BRASIL ITÁLIA ESPANHA
MÉDIA DE CARTÕES AMARELOS POR PARTIDACARTÕES APLICADOS
No que diz respeito à quantidade de jogadores advertidos com cartões durante as partidas, notou-se que houve uma queda tanto no número de cartões amarelos, quanto no número de cartões vermelhos. Em 2016, foram aplicados 1.782 cartões amarelos e 88 vermelhos. Uma redução de quase 42 cartões amarelos em comparação com o ano anterior. Analogamente, comparando as quantidades anuais observa-se que o total de jogadores que “foram para o chuveiro mais cedo” também foi menor, ou seja, foram registrados 21 cartões vermelhos a menos.
Na temporada de 2015, os árbitros brasileiros mostraram 0,57 cartões a menos que a média dos principais torneios mundiais, enquanto que em 2016 essa média foi ainda menor e se aproximou cada vez mais dos torneios que registram as menores taxas de aplicação de cartões amarelo: foram apenas 0,45 cartões a mais que a média dos principais campeonatos do planeta.
74
Fonte: Comissão de Arbitragem
CARTÕESAMARELOS
2014
CARTÕESAMARELOS
2015
CARTÕESAMARELOS
2016
CARTÕESVERMELHOS
2014
CARTÕESVERMELHOS
2015
CARTÕESVERMELHOS
2016
4,33
4,8 4,69
0,22 0,29 0,23
6
5
4
3
2
1
0
2014/2015/2016
MÉDIA DE CARTÕES APLICADOS POR PARTIDA
INSTRUMENTOS DA ARBITRAGEM
No ano de 2016, a Comissão de Arbitragem enviou 641 kits com instrumentos de trabalho para os árbitros e assistentes presentes em seu quadro, 41 kits a mais do que no ano anterior. No total, foram contabilizados 2000 unidades de cartões amarelos e vermelhos, 522 camisas, 174 calções e 348 pares de meias oficiais para serem utilizadas nas competições.
Para as Federações Estaduais, a Comissão de Arbitragem também enviou cerca de 2000 unidades do livro da regra, assim como 2000 súmulas em papel e ainda 150 cartões verdes, para serem utilizados em caso de fair play na Copa Verde.
Ao longo do ano de 2016 foram avaliados 509 árbitros e árbitros assistentes, os quais apresentaram excelente índice de aprovação: 92%. Tal fato demonstra a excelência no grau de preparação da parte física dos árbitros, que evidenciou estarem em plenas condições de aplicar seus conhecimentos técnicos a partir de um bom posicionamento em campo, proporcionado pela condição física.
Quanto às avaliações teóricas, foram avaliados 674 árbitros e assistentes, com uma taxa de aprovação de 96%. Por extensão, agregando aspectos físicos e técnicos, os oficiais demonstraram plena aptidão e capacitação para mediar as partidas das competições coordenadas pela CBF, bem como eventuais competições internacionais.
77
RELATÓRIO DE GESTÃO CBF - 2016 | 6 . ARBITRAGEM
CAPACITAÇÃO
AVALIAÇÕES
ANOS
2014
2015
2016
TOTAL
FÍSICAS
524
545
509
1.578
TEÓRICAS
503
628
674
1.805
Fonte: Comissão de Arbitragem
OUVIDORIA DA ARBITRAGEM
Como uma forma de promover maior participação e buscar ouvir representantes de todo o público dos campeonatos promovidos, a Comissão de Arbitragem tornou ainda mais atuante seu canal de ouvidoria. Com isso, o fortaleceu tornando-o um órgão da referida comissão com a atribuição de receber, analisar e dar processamento a reclamações e sugestões referentes a diversas questões envolvendo a arbitragem brasileira.
E, neste sentido, 2016 também foi de muito trabalho para a Ouvidoria, que recebeu e processou 224 indagações, das quais 43% foram consideradas procedentes. A seguir, apresentamos quadro resumo dos chamados recebidos:
76
Fonte: Comissão de Arbitragem
PROCEDECONTESTAÇÕESRECLAMAÇÕESCOMPETIÇÃO
SÉRIE “A”
SÉRIE “B”
SÉRIE “C”
SÉRIE “D”
COPA DO NORDESTE
SUB-17
TOTAIS
36
15
00
01
03
01
56
111
047
000
001
008
001
168
62
32
00
01
02
00
097
79
ANÁLISE DE DESEMPENHO
6.1 PROJETOS
Em 2016, a CBF criou a Central de Pesquisa e Análise de Desempenho dentro da Comissão Nacional de Arbitragem, a qual ficou encarregada por analisar todos os jogos de campeonatos promovidos pela entidade, com foco direcionado para a avaliação da atuação do trio de arbitragem.
O objetivo da análise de desempenho é estudar os lances polêmicos e/ou marcações que tenham sido feitas de forma equivocada com o fim de, posteriormente, usar os dados produzidos de forma educativa para a correção e o aprendizado do árbitro em questão, assim como para novos árbitros e assistentes.
A CBF criou esse setor com o objetivo de, continuamente, aprimorar a qualidade da arbitragem brasileira. Com uma atuação constante, diária, a entidade pretende que este setor contribua para uma melhoria ainda mais acentuada do nível geral dos jogos e, consequentemente, da técnica e atratividade dos campeonatos.
Apresentamos, a seguir, exemplo do sistema adotado para suportar o trabalho da equipe da Central de Análise de Desempenho:
RELATÓRIO DE GESTÃO CBF - 2016 | 6 . ARBITRAGEM
7. MARKETING80
83
RELATÓRIO DE GESTÃO CBF - 2016 | 7 . MARKETING
PATROCÍNIOS
Neste período, os convidados dos patrocinadores da Seleção tiveram a oportunidade de participar de experiências únicas, como assistir aos jogos da campanha da primeira medalha de ouro da Seleção nas Olimpíadas, sentar no banco de reservas nos treinamentos, além de tirar fotos e colher autógrafos dos seus ídolos. Ao longo da temporada, foram realizadas 63 ações deste tipo, também nas Eliminatórias para a Copa do Mundo FIFA 2018, Copa América Centenário 2016 e amistosos.
Os patrocinadores da Seleção realizaram diversas ações de ativação ao longo do ano. Durante o período que antecedeu as Olimpíadas, a Vivo desenvolveu uma campanha voltada para as mulheres com vídeos das atletas da Seleção Feminina nas redes sociais. Na Copa América Centenário 2016, a Gatorade realizou um inovador programa de hidratação personalizada para cada atleta da Seleção.
Patrocinadores em evento de confraternização na Granja Comary.
Nos dias atuais, o marketing assume função de destaque em todos os setores da economia e, da mesma forma, também aparece em evidência no mundo do futebol. Para a Confederação Brasileira de Futebol, em especial, a Diretoria de Marketing possui um papel de extrema relevância. Em seu objetivo de entender e satisfazer as necessidades dos consumidores de futebol no país pode-se afirmar que a referida diretoria enfrentou e precisou superar muitos desafios em 2016.
Em sua missão de maximizar a atratividade não só da Seleção Brasileira, em nível mundial, mas também de todos os campeonatos coordenados pela CBF, o ano olímpico, apesar de despertar a atenção do público, também trouxe obstáculos para o Marketing da CBF. Os Jogos Olímpicos, diferentemente da Copa do Mundo, não possuem foco somente no futebol, mas em uma gama extensa de esportes, o que divide a atenção do mundo. Por tudo isso, o cenário olímpico incrementou ainda mais o trabalho da Diretoria de Marketing em 2016, a qual esteve integralmente presente durante as competições feminina e masculina, acompanhando todos os treinamentos e partidas das respectivas equipes.
7. MARKETING
82
Neymar faz “selfie” com a torcida durante treinamento na Granja Comary em Teresópolis/RJ.
RELATÓRIO DE GESTÃO CBF - 2016 | 7 . MARKETING
85
Um ano de Olimpíadas afeta diretamente as decisões de investimentos de patrocinadores no mundo esportivo. Em suas estratégias de mercado, as empresas podem optar por outros esportes olímpicos que estejam em grande evidência, em função da exposição que proporciona um evento de alcance mundial. Mesmo considerando tal premissa, ao longo de 2016 a CBF alcançou a marca de 17 patrocinadores.
É importante ressaltar que, além dos patrocínios da seleção brasileira, com reflexo direto na entidade, as ações de coordenação de campeonatos em 2016 atraíram 4 patrocinadores. Estes optaram por investir diretamente no desenvolvimento do futebol no país, sendo responsáveis por patrocinar os seguintes campeonatos oficiais coordenados pela CBF: Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil.
Nas Eliminatórias da Copa do Mundo FIFA 2018, a Gol Linhas Aéreas lançou, em primeira mão no voo da Seleção para a Venezuela, o serviço de wi-fi a bordo, o qual foi massivamente divulgado pelos jogadores. No final do ano, a Cimed realizou um exclusivo evento de integração, na Granja Comary, com seus diretores, clientes e parceiros com hospedagem no quarto dos atletas e jogo amistoso no dia seguinte. No Campeonato Brasileiro, a Chevrolet, detentora dos naming rights, presenteou todos os clubes participantes com carros da sua marca.
87
RELATÓRIO DE GESTÃO CBF - 2016 | 7 . MARKETING
O ano de 2016 marcou a entrada de mais uma grande empresa para o time de patrocinadores da Seleção Brasileira quando a Cimed, líder no segmento farmacêutico, assinou contrato de patrocínio.
MÍDIAS SOCIAIS
Fundamentais nos dias de hoje, as mídias sociais se configuram em recursos de grande relevância para as estratégias de marketing no mundo atual. Em linha com esta tendência, a CBF programa e disponibiliza farto e abrangente conteúdo digital voltado para seus fãs.
Hoje as mídias sociais da CBF contabilizam cerca de 17 milhões de seguidores, um aumento de 31% em comparação com o ano de 2015. Estratificando um pouco este resultado, observa-se que o Facebook foi a rede social que mais impulsionou este crescimento. E um dos principais motivos para esse aumento de quase 4 milhões de seguidores foi a realização de transmissões, ao vivo, tanto de jogos da seleção brasileira feminina, quanto das convocações da seleção brasileira principal.
20162015
Fonte: Diretoria de Marketing
2014POR PLATAFORMA
FACEBOOK (fãs)
INSTAGRAM (seguidores)
YOUTUBE (inscritos)
TWITTER (seguidores)
ÍNDICE COMBINADO
7.714.421
NA
81.175
2.470.006
10.265.602
8.942.115
960.000
86.520
3.242.429
13.231.064
11.846.880
1.534.880
129.807
3.818.154
17.329.721
86
PATROCINADORES E APOIADORES EM 2016
Fonte: Diretoria de MarketingParceiros que patrocinaram ou apoiaram durante algum período da temporada.
89
RELATÓRIO DE GESTÃO CBF - 2016 | 7 . MARKETING
WEBSITE INSTITUCIONAL - CBF
Também como um dos índices relevantes, cumpre reportar que o site institucional da CBF registrou perto de 26 milhões de acessos em 2016 (exatos 25.927.796).
SITE
88
MÍDIAS SOCIAIS - TOTAL DE “CURTIDAS” EM 2016
Fonte: Diretoria de Marketing
2016POR PLATAFORMA
ÍNDICE COMBINADO 57.501 .086
42.655.028FÃS
6.524.485SEGUIDORES
625.029SEGUIDORES
7.696.544INSCRITOS
YOU TUBE
91
RELATÓRIO DE GESTÃO CBF - 2016 | 7 . MARKETING
7.1 PROJETO
Pouco antes de começar a principal competição nacional, a CBF realizou em sua sede o evento chamado “Semana de Evolução do Futebol”, que também se popularizou como “Somos Futebol”, com o objetivo de discutir os rumos do futebol no país. Como parte desta iniciativa, foram apresentados diversos painéis e fóruns de discussão. Como exemplo, podem ser citados os fóruns de Competições, de Licenciamento e, por fim, o de Medicina Esportiva, que marcou a conclusão das conversas do evento.
De modo a ratificar e demonstrar sua importância, o “Somos Futebol” contou com presenças ilustres e nomes consagrados no cenário mundial do futebol, tais como Antonio Conte, na ocasião treinador da Seleção Italiana de Futebol. Além dele, José Roberto Guimarães, multicampeão de vôlei, Arturo de la Fuente, diretor de desenvolvimento de negócios do Barcelona FC, Jair Bertoni, diretor de confederações associadas das Américas da FIFA, Joaquim Milheiro, coordenador das categorias de base da Federação Portuguesa de Futebol, Ann Carolin Onnen, gerente de projetos executivos da Bundesliga, Hugo Figueiredo, diretor de competições da Conmebol e Marcio Utsch, CEO da Alpargatas.
E-BRASILEIRÃO
Em iniciativa pioneira, a Confederação Brasileira de Futebol promoveu um campeonato oficial de jogos virtuais de futebol. Para a primeira edição, foi firmado contrato com a empresa Konami, responsável pelo game PES – Pro Evolution Soccer. No mercado brasileiro, o game é líder de vendas, com mais de 500 mil cópias comercializadas por ano. Esta edição contou com Pepsi, Brahma Zero e Konami como patrocinadores.
Participaram do torneio mais de 9.500 “e-jogadores”, cada um representando um dos 20 clubes da Série A do Campeonato Brasileiro de 2016. O campeão garantiu automaticamente vaga para o torneio intercontinental do PES, conhecido como “PES League” – Torneio Mundial da Konami, além de outros prêmios.
Com cobertura ao vivo pelo canal de TV fechado Sportv, números expressivos de audiência foram alcançados pelo e-Brasileirão. No segundo jogo da final, realizado durante o programa “Tá na Área”, foi registrada uma audiência significativa de mais de 1 milhão de telespectadores.
Premiação ao campeão, representante do Santos Futebol Clube.
90
MÍDIAS SOCIAIS – TRANSMISSÕES AO VIVO
Conforme mencionado, as transmissões ao vivo através de mídias sociais representaram um fator de significativa alavancagem para a comunicação entre a entidade e seu público.
Exemplos relevantes foram os jogos das seleções brasileiras, como totalizam os números a seguir, que somam as interações dos jogos listados:
AMISTOSO BRASIL X FRANÇASeleção Feminina
TORNEIO INTERNACIONAL DE MANAUSBrasil x Itália
TORNEIO INTERNACIONAL DE MANAUSBrasil x Rússia
FINAL DO TORNEIO INTERNACIONAL DE MANAUSBrasil x Itália
TORNEIO INTERNACIONAL DE MANAUSBrasil x Costa Rica
VISUALIZAÇÕES
REAÇÕES
COMPARTILHAMENTOS
COMENTÁRIOS
2.630.000
99.000
9.038
55.100
TOTAL DE INTERAÇÕES
Fonte: Diretoria de Marketing
8. INOVAÇÕES E TECNOLOGIA92
95
RELATÓRIO DE GESTÃO CBF - 2016 | 8 . INOVAÇÕES E TECNOLOGIA
Outra funcionalidade importante que já está habilitada na ferramenta é a que permite o “upload” ou a importação de vídeos de partidas disputadas, ou de trechos já editados, para uso nas avaliações técnicas. Além disso, treinadores e auxiliares podem preparar os vídeos de interesse, envolvendo os adversários de futuras partidas, e enviar para os atletas, como num grupo de comunicação instantânea, por exemplo. Ou, de modo parecido, podem encaminhar vídeos individualizados de adversários para determinados jogadores, com os quais confrontarão, para que possam ter o máximo de informações necessárias e, assim, buscar uma vantagem competitiva na disputa.
Na atualização que está programada para 2017, a ferramenta suportará os dados de fisiologia e relatórios médicos, assim enriquecendo os controles de convocação com todas as informações médicas dos atletas, inclusive automatizando relatórios oficiais de medicamentos por eles utilizados, durante as competições.
Essa funcionalidade ajudará o treinador não só na hora de convocar os atletas, tendo uma melhor informação das condições físicas de cada um, como também facilitará o trabalho da equipe médica e de fisiologia da seleção - preparadores físicos, fisioterapeutas e médicos, que poderão obter acesso à ferramenta, analisar dados quantitativos e qualitativos e, a partir daí, escolher o tratamento mais assertivo para cada lesão sofrida. Com isso, o departamento médico da CBF disporá de um relatório rápido e abrangente sobre o estado e histórico físico, clínico e fisiológico de cada atleta convocado, disponível em apenas alguns cliques.
A ferramenta está disponível através de um aplicativo compatível com as plataformas Android e iOs (Apple), possibilitando fácil acesso aos próprios atletas selecionados nas convocações da Seleção Brasileira.
Fonte: Diretoria de TI
EXEMPLO DA FERRAMENTA DE GERENCIAMENTO DE INFORMAÇÕES
94
EM BUSCA DA EXCELÊNCIA
8.1 FERRAMENTA DE GERENCIAMENTO DE INFORMAÇÃO (FGI)
Perseguindo a evolução contínua e o aprimoramento das ferramentas e recursos tecnológicos utilizados pela CBF para suportar suas operações, a Diretoria de Tecnologia da Informação trabalha em permanente acompanhamento para manter a entidade atualizada com as mais modernas e eficientes soluções disponíveis no mercado. As ações incluem avaliar, planejar e executar projetos que deverão tornar mais ágeis e produtivos os processos que demandam recursos de TI. Nesse sentido, desenvolve respostas para as questões criadas pelas demandas operacionais, com o objetivo de maximizar o funcionamento das diversas áreas da Confederação Brasileira de Futebol, de forma global. Na temporada 2016, algumas foram especialmente impactadas, tais como a Coordenação de Seleções, a Coordenação das Competições, a função dos árbitros e a dos médicos da Comissão Nacional de Médicos do Futebol. Todo o esforço tendo em vista a meta principal de melhorar o futebol não só dentro de campo, mas também fora dele.
A Diretoria de Tecnologia da Informação seguiu firme nesse caminho durante a temporada, trabalhando na criação e aprimoramento de soluções para a entidade. Este capítulo propõe-se a abordar duas das iniciativas mais relevantes do período, durante o qual se destacaram a nova ferramenta para as Seleções Brasileiras e o Portal do Médico. São instrumentos que têm por objetivo proporcionar a melhoria de desempenho das nossas seleções dentro de campo, bem como criar condições capazes de reforçar a qualidade do futebol jogado nos campos do país.
Ferramenta criada com o objetivo de facilitar o trabalho dos treinadores e gestores das seleções nacionais, a FGI, como ela tornou-se conhecida, visa suportar o gerenciamento das informações da Diretoria de Seleções no período das convocações das equipes de todas as categorias.
Utilizando a FGI, os administradores das seleções podem gerar as listas de convocações contendo as principais informações dos atletas em poucos minutos, automatizando o processo de coleta e análise de informações. Com isso, a convocação pode transcorrer de forma ágil e com risco mínimo de falhas, também evitando a necessidade de se buscar informações de todos os convocados junto a cada um dos seus respectivos clubes.
Através da FGI também é possível adicionar as informações completas de eventos, jogos, treinos e notificações administrativas para melhor preparar o dia a dia da concentração, contribuindo decisivamente para o planejamento de cada jogo durante uma competição.
97
RELATÓRIO DE GESTÃO CBF - 2016 | 8 . INOVAÇÕES E TECNOLOGIA
Hoje, a ferramenta dispõe de funcionalidades que possibilitam descrever, nos mínimos detalhes e através de dados integrados, toda a extensão da lesão do jogador. Isto porque funciona como um banco de dados com o histórico médico, através do qual, numa futura transferência do atleta, o médico do clube que está prestes a contratar o jogador poderá acessar sua “vida médica”.
Da mesma forma, se o jogador futuramente sofrer uma lesão, seu responsável médico no período poderá melhor avaliar o grau de reincidência, as prováveis causas e, com isso, avaliar tratamentos que possam apresentar resultados melhores e mais efetivos.
Outros tipos de dados que estão disponíveis no portal incluem as características climáticas do dia no qual o atleta sofreu a lesão (por exemplo: qual a altitude do campo de jogo, condições de pressão e temperatura, etc) e até mesmo a distância que foi percorrida pela delegação até o local do jogo, podendo influenciar em algum grau de desgaste.
As informações descritas poderão contribuir de forma decisiva para um melhor tratamento da lesão e para que sua equipe seja menos impactada com sua indisponibilidade, ou seja, para que o jogador fique o menor tempo possível no departamento médico. Tal fato pode trazer um ganho técnico às partidas e para que o campeonato ganhe em qualidade. Da mesma forma, para que os clubes tenham seus ativos que valem cifras milionárias atuando de forma mais segura e regular.
Para 2017, a Diretoria de Tecnologia de Informação planeja seguir aprimorando o Portal, que deverá ser expandido de modo a também contemplar dados relevantes para o controle antidoping de atletas. Com isso, através de uma ferramenta on-line e100% digital, os profissionais médicos deverão dispor de uma base de dados ainda mais precisa e confiável para referência sobre cada medicamento prescrito aos atletas, contribuindo assim para a minimização de quaisquer eventuais riscos de doping de jogadores.
Fonte: Diretoria de TI
EXEMPLO DEMONSTRATIVO DE DADOS DISPONÍVEIS NO PORTAL DO MÉDICO
96
8.2 PORTAL DO MÉDICO
Na temporada 2016, a área da medicina esportiva e, em especial no campo futebolístico, deu um passo de grande relevância para uma evolução consistente para o bem-estar e para a qualidade da atuação esportiva de nossos atletas. A Comissão Nacional de Médicos recebeu um portal na web, totalmente dedicado à área.
O Portal do Médico foi concebido com o objetivo de centralizar todas as ações e informações necessárias para fisiologistas, médicos, fisioterapeutas e outros profissionais da saúde de todos os clubes envolvidos em competições coordenadas pela CBF.
Anteriormente, o Portal do Médico era um recurso que dispunha de uma gama menor de funcionalidades, as quais incluíam o Sistema de Controles de Lesões, sistema responsável por fornecer de forma rápida e objetiva um formulário eletrônico para cadastro e acompanhamento das lesões de atletas.
EXEMPLO DA FERRAMENTA DE GERENCIAMENTO DE INFORMAÇÕES
Fonte: Diretoria de TI
9. SOCIAL98
33
RELATÓRIO DE GESTÃO CBF - 2016 | 9 . SOCIAL
9.1 SELEÇÃO NA MINHA CIDADE
A primeira cidade a receber o projeto “Seleção na Minha Cidade” em 2016 foi a capital pernambucana, Recife. Lá foram realizadas cinco ações, dentre as quais podem ser destacados os seguintes workshops:
FIFA 11+Voltado para a prevenção de lesões nas partidas de futebol.
CBF SocialTem como foco a fase de iniciação ao futebol.
Ambos contaram com a presença de 60 participantes.
Outra ação que obteve enorme sucesso naquela capital foi a exposição de troféus de competições com confrontos entre Brasil e Uruguai. Este evento foi idealizado de modo a aproveitar o ambiente de expectativa para o jogo que seria realizado entre as duas equipes, válido pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo FIFA 2018. Nesta iniciativa, vale registrar que o Shopping Recife recebeu aproximadamente 6500 pessoas que foram visitar a exibição.
Workshop FIFA 11+ em Goiânia (Goiás).
32
9. CBF SOCIAL
Além das realizações esportivas da entidade na temporada 2016, descritas ao longo deste relatório, também pode-se afirmar que o período representou a reafirmação do compromisso da Confederação Brasileira de Futebol com a responsabilidade social, sobretudo porque foi o ano da consolidação da CBF Social.
Lançado em 27 de junho de 2015, o departamento que, naquele momento começava a se estruturar e realizar, em seus primeiros seis meses, suas ações iniciais, teve a oportunidade de intensificar seu trabalho em 2016. As ações aumentaram, ganharam relevante recorrência e puderam ampliar sua área de atuação, com isso ajudando a melhorar a vida de pessoas em todas as regiões do país.
Enquanto em 2015 foram contabilizadas cerca de 8.000 pessoas beneficiadas pela CBF Social, já ao final do ano de 2016 esse número chegou a quase 53 mil pessoas, representando um aumento de 662% .
E aprimorou também suas atividades qualitativamente. A CBF Social criou o projeto “Seleção na minha Cidade”, que consiste numa série de ações integradas que são realizadas na localidade onde a Seleção Brasileira tem um jogo agendado, as quais se iniciam na semana que antecede o evento até seu dia efetivo. Estas ações, além de promover a cidade, buscam aproximar cada vez mais a Seleção do povo que representa. Sobretudo as crianças e pessoas carentes que dificilmente teriam a possibilidade de vê-la de perto. As atividades vão desde treinamentos para capacitação de profissionais locais, passando pelo acompanhamento dos treinos da Seleção até, naturalmente, a cessão de ingressos ao público para que possam assistir à partida.
Ações da CBF SociaL.
103
RELATÓRIO DE GESTÃO CBF - 2016 | 9 . SOCIAL
9.2 COPA VERDE E AÇÕES
Aproveitando a realização da Copa Verde 2016 na capital federal, a CBF Social promoveu ações sociais relacionadas. Realizou o workshop com o tema “Futebol na Infância e Adolescência”, no Centro de Ensino Unificado de Brasília (UniCEUB). Também em Brasília, o Estádio Mané Garrincha foi o palco do Festival de Futebol. Cerca de 200 crianças de projetos sociais, centros olímpicos e escolas públicas do Distrito Federal tiveram a oportunidade de entrar no gramado de uma das arenas da Copa do Mundo FIFA 2014, onde jogadores como Messi, Neymar e Cristiano Ronaldo se apresentaram e encantaram o mundo com seus gols e dribles.
Ainda aproveitando o “clima” da Copa Verde, em conjunto com as Secretarias de Educação das cidades de Manaus e Belém foi realizado um concurso de redação abordando o tema “consciência ecológica”, segundo o qual os alunos foram chamados a desenvolver e a refletir sobre esta temática, cada vez mais necessária e presente no cotidiano das metrópoles.
Crianças participam do festival de futebol, no Estádio Mané Garrincha, com o mascote da Copa Verde.
34
A Cidade de Goiânia também recebeu o projeto “Seleção na Minha Cidade”, na qual foram realizadas oito ações que beneficiaram cerca de 20.000 pessoas. Destas, destacaram-se a doação de 10 toneladas de alimentos para a Organização das Voluntárias de Goiás (OGV), entidade que se dedica a desenvolver programas de assistência social baseados nos princípios da Lei Orgânica da Assistência Social - LOAS, contribuindo para a inclusão e proteção social e a redução das desigualdades. Tal ação atendeu cerca de 10.000 pessoas carentes.
Outra ação que chamou a atenção foi o festival de futebol promovido para crianças e adolescentes das comunidades de Goiás, evento que reuniu cerca de 130 participantes, com a finalidade de promover a integração através do futebol.
105
RELATÓRIO DE GESTÃO CBF - 2016 | 9 . SOCIAL
9.3 CERTIFICADO DE APOSENTADORIA
A Confederação Brasileira de Futebol, por intermédio do Departamento de Registro e Transferência e com apoio da Gerência de Memória e Acervo, realiza um relevante e contínuo trabalho de recuperação de registros de atletas. Esse esforço é determinante para que os ex-atletas consigam solicitar, junto aos órgãos competentes, o benefício previdenciário, que se fundamenta no tempo trabalhado. A partir da emissão deste certificado, obtém-se a comprovação necessária para o tempo de trabalho que o atleta requerente haja exercido como jogador de futebol profissional.
No transcorrer do triênio 2014-2016 foram emitidos 1.040 certificados de aposentadoria para ex-jogadores que possuíam registro na CBF. Se analisarmos somente os dois últimos anos do período, verificamos que houve um aumento de quase 100% de 2015 para 2016. Comparando de 2014 até 2016, o incremento chega a 251%.
Apenas em 2016, a CBF recuperou cerca de 5 mil registros de atletas. Atualmente, o Departamento de Registro e Transferência conta com uma base de dados de mais de 54 mil registros de atletas do passado e o esforço continua com a audaciosa meta de que todos os ex-atletas, aqueles que um dia já foram registrados junto à CBF, sejam apropriadamente cadastrados no sistema de controle.
2014 2015 2016
600
500
400
300
200
100
0
Fonte: CBF Social
CERTIDÕES DE APOSENTADORIA EMITIDAS
215
285
540
36
Além das atividades envolvendo as secretarias de governo, a CBF Social realizou algumas doações de materiais como bolas de futebol, cones para treinamentos e coletes, entre outros. Foram atendidas cerca de 1.200 pessoas de diversas unidades da federação, como por exemplo:
• Projeto social “Fazendo História Jogando Bola”, em Sidrolândia, Mato Grosso do Sul - 143 pessoas foram assistidas.
• Projeto carioca “Gerando Vidas” - Aproximadamente 90 pessoas diretamente beneficiadas pelos materiais doados.
2 FOTOS
Festival de Futebol promovido pela CBF Social em “Jaboatão dos Guararapes” - Pernambuco (Créditos: Marlon Costa/CBF).
107
RELATÓRIO DE GESTÃO CBF - 2016 | 9 . SOCIAL
9.5 PROJETO
Como seu principal projeto, a CBF Social começou a desenvolver em 2016 a metodologia do futebol brasileiro. Uma iniciativa que pretende transcrever o DNA do futebol brasileiro, de modo que possa ser ensinado aos nossos cidadãos e a praticantes em geral, em diferentes formatos e em conformidade com as especificidades que requerem as diversas faixas etárias.
E todo este esforço busca superar um grande desafio: pretende extrapolar a esfera estritamente técnica das “quatro linhas” do campo. Tem em sua concepção o fim de abranger aspectos comportamentais e sociais, como a temática da prática do futebol como ferramenta de integração social, moldando os relacionamentos, fundamentado na ética e no fair play esportivo. A metodologia deverá abranger a relação dos professores com os alunos e familiares. Seu objetivo é ensinar muito mais do que o estilo brasileiro de jogar futebol, mas também formar cidadãos, por um lado agregando experiência aos professores no tratamento com a diversidade cultural das comunidades, por outro lado ensinando valores de igualdade, companheirismo e respeito para os alunos.
A Escolinha Seleção Brasileira deverá estar prioritariamente ligada à rede pública de ensino em todo o país, com o objetivo de alcançar sua população mais humilde e, naturalmente, a parcela mais necessitada.
106
9.4 AÇÕES POR ESTADO
Diante das diversas iniciativas, projetos e ações descritos ao longo deste capítulo, apresentamos os números consolidados de atividades por unidade da federação:
Fonte CBF Social
UNIDADE DA FEDERAÇÃO PESSOAS BENEFICIADASRIO DE JANEIRO
SÃO PAULO
PERNAMBUCO
DISTRITO FEDERAL
AMAZONAS
CEARA
GOIÁS
PARÁ
MINAS GERAIS
ESPIRITO SANTO
RIO GRANDE DO NORTE
TOTAL
424
365
7390
263
11105
1890
20550
140
9570
272
590
52559
10. FINANCEIRO108
111
RELATÓRIO DE GESTÃO CBF - 2016 | 10 . F INANCEIRO
10.1 RECEITAS
A receita total da CBF, representando tudo que a entidade arrecadou no ano, atingiu em 2016 a marca de R$ 646,972 milhões. Isto representou um aumento de 11% em relação à receita total de 2015.
O total de receitas pode ser dividido em receitas operacionais e receitas financeiras. As receitas operacionais podem ser segregadas em 5 grandes grupos, conforme mostra a tabela a seguir. Dentre estes, pode-se observar que o segundo maior grupo de receitas é o de “Direitos de Transmissão e Comerciais”, que equivale a 18% do total da receita. E o grupo que corresponde às receitas derivadas de patrocínio representa a maior fatia da receita total da entidade, equivalendo a 64% do total.
Se tomadas isoladamente, as duas maiores linhas de receita equivalem somadas a 82% do total das receitas.
Fonte: Diretoria Financeira – valores em milhares de reais.
Fonte: Diretoria Financeira – valores em milhares de reais.
2015 2016
RECEITA TOTAL – BASES ANUAIS
660.000650.000640.000630.000620.000610.000600.000590.000580.000570.000560.000550.000
VALORES EM MILHARES DE REAIS
646.972
583.922
% DO TOTALDA RECEITA
% DO TOTALDA RECEITA2016 2015RECEITA TOTAL
PATROCÍNIOS
DIREITOS DE TRANSMISSÃO E COMERCIAIS
RECEITAS FINANCEIRAS
PARTIDAS REALIZADAS
LICENÇAS, TRANSFERÊNCIAS E INSCRIÇÕES
EVENTUAIS
TOTAL
410.988
117.264
49.294
43.342
15.172
10.912
646.972
64%
18%
7%
7%
2%
2%
100%
339.604
112.482
65.048
30.988
12.082
23.718
583.922
58%
19%
12%
5%
2%
4%
100%
(EM MILHARES DE REAIS)
110
10. INFORMAÇÕES FINANCEIRAS
São apresentados neste capítulo os principais números financeiros da Confederação Brasileira de Futebol, relativos ao ano fiscal de 2016. Cumpre ressaltar que as informações aqui descritas foram auditadas, validadas e aprovadas sem ressalvas por auditoria independente. Adicionalmente, a entidade reafirma a transparência mantendo no site oficial as demonstrações financeiras auditadas disponíveis para consulta.
A CBF segue afirmando e cumprindo sua função institucional de incentivo e apoio ao desenvolvimento do futebol nacional, o que é evidenciado a partir do conteúdo das seções seguintes.
Os números corroboram o incremento global dos investimentos em três pontos de atuação fundamentais para a entidade: as Seleções, as Competições coordenadas e o suporte a suas entidades filiadas, as Federações Estaduais (responsáveis por fomentar o futebol local).
A Seleção Brasileira Principal teve relevante aporte de recursos, sendo possível citar como exemplo a substituição da Comissão Técnica e da Coordenação de Seleções. Merece destaque especial a seleção olímpica, que conquistou título inédito e a medalha de ouro, mas também tiveram boa participação as seleções de base e femininas, nos respectivos torneios disputados.
Os campeonatos coordenados tiveram reiterada importância, sobretudo a partir da decisão da entidade em expandir o Campeonato Brasileiro da Série D, que incluiu 28 clubes a mais que em 2015, tornando-o ainda mais democrático. A partir de 2016, foram 68 clubes que passaram a receber o aporte de recursos da entidade no que tange às despesas de logística envolvidas na disputa da competição (transporte, hospedagem e alimentação, além daquelas relativas à arbitragem).
Adicionalmente, o torneio regional Copa Verde também recebeu significativo aumento de suporte financeiro, assim como os clubes integrantes do Campeonato Brasileiro das Séries B, C e D.
Os Programas de Auxílio às Federações Estaduais, os Programas de Auxílio Fixo e Eventual também receberam aumento de recursos, possibilitando o fomento dos campeonatos locais, a melhoria e racionalização da operação de processos de antidoping, arbitragem e a capacitação de gestores.
A seguir, apresentamos cada um dos aspectos financeiros de interesse, os quais serão detalhados nas seções correspondentes:
1) Receitas;2) Projeção de Receitas;3) Despesa Total;4) Custos Diretos com o Futebol;5) Despesas Operacionais;6) Impostos;7) Projeção de Custos e Despesas;8) Resultado Operacional e Superávit Líquido.
113
RELATÓRIO DE GESTÃO CBF - 2016 | 10 . F INANCEIRO
DIVISÃO DA RECEITA DE PATROCÍNIO DE 2016
DIREITOS DE TRANSMISSÃO E COMERCIAIS
As receitas totais de Patrocínio tiveram um aumento de 21% quando comparadas a 2015. Este aumento se deve à alta da moeda americana no início de 2016, em relação ao início de 2015.
Conforme apresenta em seu site institucional, a CBF não dispõe de nenhum patrocinador de origem estatal, ou seja, tanto os Patrocinadores especificamente focados na Seleção Brasileira, assim como aqueles que apoiaram exclusivamente os campeonatos são de origem privada.
Esta rubrica contabiliza as receitas auferidas com os valores de direitos comerciais e televisivos das partidas da Seleção Brasileira, bem como das competições promovidas pela CBF.
Estas receitas, conforme exposto anteriormente, equivalem a 20% do total de receitas operacionais da entidade. Os direitos comerciais e televisivos relacionados à Seleção Brasileira representam 48% do valor total desta rubrica, enquanto que os valores relativos às competições correspondem à parte restante: 52% do total.
Em 2016, os direitos comerciais e televisivos de campeonatos foram representados pelos direitos dos Campeonatos Brasileiros das Séries B, C e D, da Copa do Brasil e do Campeonato Brasileiro Feminino. Neste sentido, cumpre reiterar que a negociação dos Direitos de Transmissão do Campeonato Brasileiro da Série A não teve a participação da CBF, tendo sido realizada diretamente entre a empresa detentora dos direitos e os clubes participantes.
Fonte: Diretoria Financeira – valores em milhares de reais.
SELEÇÃO OUTROSRECEITA OPERACIONAL 2016
PATROCÍNIOS
DIREITOS DE TRANSMISSÃO E COMERCIAIS
PARTIDAS REALIZADAS
EVENTUAIS
LICENÇAS, TRANSFERÊNCIAS E INSCRIÇÕES
TOTAL
382.421
55.981
43.342
-
-
481.744
27.289
61.283
-
-
15.172
103.744
1.277
-
-
10.912
-
12.189
410.988
117.264
43.342
10.912
15.172
597.698
(EM MILHARES DE REAIS) COMPETIÇÕES TOTAL
112
SELEÇÃO BRASILEIRA E COMPETIÇÕES
PATROCÍNIO
As receitas financeiras em 2016 totalizaram R$ 49,294 milhões, sendo um aumento significativo em relação a 2015 que atingiu R$ 37,578 milhões, desconsiderando a variação cambial (alcançando R$ 65,048 milhões, conforme apresentado, somando-se os valores auferidos com a variação do câmbio).
Considerando a estratificação das receitas operacionais verifica-se que a maior variação positiva da receita total, em relação a 2015, foi de patrocínios, que teve um aumento de R$ 71,384 milhões. Observa-se ainda que esta variação dos patrocínios está substancialmente relacionada à alta da moeda americana no início de 2016, visto que parte dos contratos de patrocínio da CBF estão lastreados na moeda americana. Importante ressaltar também o esforço da atual gestão da CBF na manutenção e renovação dos contratos de patrocínio mesmo em ano de cenário econômico desfavorável e de redução dos investimentos em marketing das empresas no Brasil.
A receita de partidas realizadas também apresentou uma variação substancial e aumentou para R$ 12,354 milhões, devido ao aumento do número de jogos realizados no Brasil.
Observando a receita total operacional da CBF, segundo os dois principais segmentos de atuação da entidade (Seleção e Competições), podemos verificar que 81% dela está relacionada à Seleção Brasileira. Este valor representou R$ 481,744 milhões em 2016.
As receitas geradas pelos campeonatos coordenados pela CBF representaram 17% do total.
O grupo de receitas de patrocínio é composto pelas receitas oriundas do patrocínio da Seleção Brasileira de futebol e aquelas oriundas do patrocínio dos campeonatos coordenados pela CBF. Vale ressaltar que a entidade não recebe recursos públicos de qualquer natureza.
Em 2016, as receitas de patrocínio oriundas exclusivamente da Seleção Brasileira perfizeram 93% do total da rubrica de patrocínios e 64% da receita operacional total da entidade.
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RELATÓRIO DE GESTÃO CBF - 2016 | 10 . F INANCEIRO
A entidade arrecadou um total de R$ 43 milhões em 2016, tendo um incremento significativo em relação a 2015 quando o valor foi de R$ 30,968 milhões. Este incremento foi derivado principalmente da realização das partidas das Eliminatórias para a Copa do Mundo FIFA 2018, além da Copa América Centenário realizada nos Estados Unidos.
EVENTUAIS
10.2 PROJEÇÕES DE RECEITAS
Esta linha de receita é composta por valores oriundos de cursos promovidos pela CBF Academy e de multas do STJD, dentre outros.
A expectativa para 2017 é de estabilidade com viés de redução na receita total da entidade, sobretudo em função do cenário macroeconômico no Brasil e de estabilização da taxa de câmbio. A queda do dólar impacta principalmente a receita de patrocínio visto que parte dos contratos estão lastreados na moeda estrangeira. As receitas de patrocínio, excluindo o efeito do câmbio, devem se manter estáveis.
Importante reafirmar que a CBF vem atuando de forma incisiva em estratégias de marketing e ativação, de forma a cada vez mais demonstrar a relevância e benefícios da marca da Seleção Brasileira e de seus Campeonatos.
As receitas de partidas realizadas devem sofrer uma redução, considerando que em 2017 não haverá Copa América nem outro Campeonato de Seleções. Com isso, as receitas derivadas de participação, premiação e bilheteria devem ser reduzidas.
As receitas derivadas de direitos de transmissão devem se manter estáveis, sendo que a renegociação da Copa do Brasil afetará as receitas somente a partir de 2018.
As demais receitas como, por exemplo, de licenças e transferências também devem se manter estáveis para 2017, considerando que existe uma média histórica quanto ao número de registro de atletas e de clubes.
Considerando o cenário exposto, a entidade continuará a envidar esforços para manter suas finanças equilibradas, conforme detalhado nas páginas a seguir.
114
PARTIDAS REALIZADAS
Importante ressaltar que a atual gestão da CBF vem atuando no processo de negociação e revisão dos direitos de transmissão dos campeonatos coordenados pela entidade.
Este esforço foi recompensado considerando que os valores dos direitos de transmissão para a Copa do Brasil foram reajustados sendo possível assim aumentar os prêmios para os clubes participantes do torneio. Os novos valores estarão em vigor a partir de 2018, no entanto o longo processo de negociação foi realizado durante 2016.
A participação da Seleção Brasileira em partidas válidas pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018, competições e amistosos rendeu receitas de bilheteria, valores contratuais e premiações de competições. Tais valores são contabilizados nesta linha de receitas.
Em 2016, a Seleção Brasileira principal participou de 12 jogos, sendo 8 pelas Eliminatórias da Copa do Mundo FIFA 2018, 1 amistoso no exterior e 3 pela Copa América Centenário; a seleção olímpica realizou 9 jogos, sendo 6 pelas Olimpíadas do Rio e 3 amistosos.
Quanto à seleção feminina, foram 18 jogos realizados, sendo 4 pela Algarve Cup, 6 pelas Olimpíadas do Rio, 4 pelo Torneio Internacional de Manaus e 4 amistosos. Esta participação implica em receitas de bilheteria em jogos no Brasil e premiações por desempenho em jogos no exterior.
Fonte: Diretoria Financeira – valores em milhares de reais.
RECEITAS DE DIREITOS DE TRANSMISSÃO E COMERCIAIS
BASES ANUAIS
2015 2016
118.000
117.000
116.000
115.000
114.000
113.000
112.000
111.000
110.000
VALORES EM MILHARES DE REAIS
117.264
112.482
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RELATÓRIO DE GESTÃO CBF - 2016 | 10 . F INANCEIRO
1) Seleção Brasileira: A CBF mantém e administra atualmente um total de 8 seleções, sendo: • Masculinas: Principal, Olímpica, Sub 20, Sub 17, Sub 15;• Femininas: Principal, Sub 20 e Sub 17. O grupo “Seleção Brasileira” é utilizado para contabilizar os custos com todas as “seleções brasileiras”. Consiste nos desembolsos da CBF envolvendo: comissão técnica, delegações, passagens, alimentação, hospedagens e demais itens necessários para a operação e desenvolvimento das seleções, nas competições e amistosos de preparação realizados ao longo do ano.
2) Competições: O segundo grupo de custos é relativo aos desembolsos com Competições, os quais são compostos, de forma substancial, por dispêndios com arbitragem, exames antidoping, transportes aéreos e terrestres, além de custos com hospedagens das competições promovidas pela CBF.
3) Fomento do Futebol: O terceiro grupo de custos é utilizado para registrar a contribuição ao fomento do futebol nos Estados. Consiste no repasse às Federações para custeios operacionais, visando ao fomento do desenvolvimento do Futebol Regional, em consonância com o artigo 12º do Estatuto da CBF. A partir de 2015, também foram incluídos neste grupo os custos referentes à Granja Comary e aos órgãos e departamentos de apoio.
Considerando os 3 grupos, os custos diretos com futebol atingiram o valor de R$ 288,172 milhões em 2016, o que representa um acréscimo de 28% se comparado com 2015, que registrou R$ 226,015 milhões. Este aumento pode ser explicado principalmente pelo incremento nos custos da Seleção Brasileira e dos campeonatos nacionais.
Em 2016, os custos envolvendo a Seleção Brasileira foram maiores devido à participação na Copa América Centenário, sediada nos Estados Unidos, nas Olimpíadas e num número maior de jogos das Eliminatórias da Copa do Mundo FIFA 2018 (4 jogos a mais que no ano anterior). Adicionalmente, o aumento da quantidade de equipes participantes do Campeonato Brasileiro Série D e o incremento no fomento do futebol nos estados justificam o crescimento nos custos dos campeonatos.
Fonte: Diretoria Financeira – valores em milhares de reais.
CUSTOS COM FUTEBOL – BASES ANUAIS
2015 2016
350.000
300.000
250.000
200.000
150.000
100.000
50.000
VALORES EM MILHARES DE REAIS
288.172
226.015
116
10.3 DESPESA TOTAL
10.4 CUSTOS DIRETOS COM FUTEBOL
A despesa total da CBF, representando tudo que a entidade gastou no ano, atingiu em 2016 a marca de R$ 603,251 milhões. Isto representou um aumento de 18% em relação à despesa total de 2015.
Os valores contabilizados como custos diretos com o futebol podem ser divididos em três grupos:
Este aumento se deve principalmente a investimentos adicionais realizados no Futebol, conforme será demonstrado a seguir.
Fonte: Diretoria Financeira – valores em milhares de reais
CUSTOS DIRETOS COM FUTEBOL
CUSTOS X DESPESAS – BASES ANUAIS
CUSTOS DESPESASOPERACIONAIS
DESPESASFINANCEIRAS
OUTRASDESPESAS
TRIBUTOS
350.000
300.000
250.000
200.000
150.000
100.000
50.000
0
226.015
288.172
196.191
15.047
74.588 62.84160.021
0 1.78
192.039
2015 2016
1SELEÇÃO
BRASILEIRA
2COMPETIÇÕES
3FOMENTO
AO FUTEBOL
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RELATÓRIO DE GESTÃO CBF - 2016 | 10 . F INANCEIRO
CUSTOS COM FOMENTO AO FUTEBOL
RECEITA X CUSTOS COM FUTEBOL
Conforme resumido anteriormente, o grupo “Fomento ao Futebol” abrange os desembolsos com o repasse de valores para as Federações estaduais organizarem os Campeonatos Regionais, para a Granja Comary, e aos órgãos e departamentos de suporte. Em 2016 este valor atingiu R$ 66,994 milhões, o que corresponde a 23% dos custos de futebol da entidade.
Alcançamos conclusões importantes ao compararmos a receita bruta com os custos do futebol. Os custos diretos com campeonatos superaram as receitas correspondentes. Em outras palavras, verificou-se um déficit de aproximadamente R$ 5,912 milhões.
Fonte: Diretoria Financeira – valores em milhares de reais.
CUSTOS POR GRUPO – BASES ANUAIS
2015 2016
350.000
300.000
250.000
200.000
150.000
100.000
50.000
0
VALORES EM MILHARES DE REAIS
66.994
62.427
SELEÇÃO BRASILEIRA COMPETIÇÕES FOMENTO AO FUTEBOL
60.852
102.734
73.907
147.272
118
CUSTOS COM A SELEÇÃO BRASILEIRA
CUSTOS COM COMPETIÇÕES
Na análise dos grupos de custos, pode-se facilmente identificar que o mais representativo deles é aquele relativo à Seleção Brasileira. Em 2016 atingiu R$ 147,272 milhões, o que corresponde a 51% dos custos de futebol da entidade ou 25% do total da receita operacional em 2016. Conforme descrito anteriormente, a CBF é responsável por 8 seleções, incluindo as principais e de base, tanto masculina quanto feminina.
O grupo “Competições” corresponde ao segundo maior grupo de custos em relevância, respondendo por desembolsos da ordem de R$ 73,907 milhões. Isto representou 26% do total dos custos com futebol e equivaleu a 12% do total da receita operacional auferida pela entidade em 2016. Neste mesmo ano, a CBF foi responsável por promover e coordenar 13 campeonatos, nos quais foram realizadas 1.836 partidas, além de 1 campeonato virtual em plataforma de jogo eletrônico.
Do total dos custos com competições, o Campeonato Brasileiro - somando as séries C e D correspondeu a 79% ou R$ 58,442 milhões, enquanto a receita de direitos de transmissão destas competições foi de R$ 13,729 milhões.
Comparando com 2015, o ano de 2016 registrou um dispêndio 21% maior. Esta é mais uma prova de que a Confederação Brasileira de Futebol vem reafirmando seu compromisso e vocação no fomento aos campeonatos nacionais, mesmo aqueles que se apresentam financeiramente deficitários.
Fonte: Diretoria Financeira – valores em milhares de reais.
20162015DENOMINAÇÃO DO GRUPOGRUPO
GRUPO 1
GRUPO 2
GRUPO 3
TOTAL
102.735
60.852
62.428
226.015
SELEÇÃO BRASILEIRA
COMPETIÇÕES
FOMENTO AO FUTEBOL
TOTAL
147.272
73.907
66.994
288.172
CUSTOS POR GRUPO – COMPARATIVO 2015/2016
121
RELATÓRIO DE GESTÃO CBF - 2016 | 10 . F INANCEIRO
O grupo “Despesas com Pessoal”, abrangendo impostos e benefícios associados, registrou uma redução de 21% na comparação com 2015. Este percentual se deve à revisão da estrutura de cargos e salários da CBF, realizada em 2016. É importante destacar que não estão consideradas nesta rubrica as despesas com pessoal da Diretoria de Seleções e dos órgãos e departamentos de suporte, uma vez que estes foram considerados no grupo “Custos com Futebol”.
As despesas administrativas se mantiveram estáveis e são compostas pelos grupos da tabela a seguir:
1) Gerais e Administrativas – Correspondem às despesas gerais referentes à administração predial, utilidades, serviços gerais das áreas de apoio;
2) Serviços profissionais PJ / terceiros – Correspondem às despesas referentes aos serviços profissionais, tais como: assessoria contábil, auditorias, consultorias, taxas e serviços advocatícios, serviços de tecnologia da informação, além de outros prestadores de serviços especializados;
3) Marketing e ativações – Correspondem majoritariamente às despesas de ativação, operação, intermediação e despesas gerais referentes às atividades de marketing e publicidade de seleções e competições.
Os impostos e taxas apresentados anteriormente se referem especificamente aos tributos relacionados às despesas operacionais da entidade, como IPTU, IPVA, entre outros. O aumento desta despesa se deve a contingências de processos vinculados ao INSS e à COFINS. Porém, conforme antecipado, se desconsiderarmos esse fato pontual, a redução da despesa operacional seria de 9% em relação a 2015.
A despeito dos resultados e variações apresentados, cumpre observar que, num processo iniciado em meados de 2015 e que teve continuidade em 2016, a CBF vem implantando um novo modelo de gestão que se caracteriza pela readequação de pessoal, por processos mais enxutos, pela revisão e renegociação de contratos e pelo estabelecimento de controles e políticas para a redução de custos.
Fonte: Diretoria Financeira – Valores em milhares de reais.
20162015DESPESAS ADMINISTRATIVAS
GERAIS E ADMINISTRATIVAS
SERVIÇOS PROFISSIONAIS PJ/ TERCEIROS
MARKETING E ATIVAÇÕES
TOTAL
51.511
31.236
36.656
119.403
53.461
32.516
33.194
119.171
120 10.5 DESPESAS OPERACIONAIS
Por outro lado, as receitas do grupo “Seleção Brasileira”, quando comparadas com os custos correspondentes, resultaram em um superávit de R$ 334,502 milhões.
Este grupo de despesas corresponde aos dispêndios necessários para a manutenção de pessoal administrativo (retaguarda ou “backoffice”), que é responsável por garantir as operações da CBF. Todas as despesas que não forem diretamente ligadas ao futebol foram consideradas nesta rubrica.
As despesas operacionais incorridas atingiram R$ 192,039 milhões em 2016. Quando comparado com 2015, é possível verificar que estas despesas se mantiveram estáveis, com uma variação negativa de R$ 4,152 milhões ou 2%, apesar da inflação acumulada no período de 6,29%. Caso desconsideremos eventos pontuais de contingências ligadas ao INSS, o resultado apontaria uma redução de 9% das despesas em relação a 2015.
Fonte: Diretoria Financeira – Valores em milhares de reais
Fonte: Diretoria Financeira – valores em milhares de reaisVALORES EM MILHARES DE REAIS
20162015GRUPO
COM PESSOAL
ADMINISTRATIVAS
IMPOSTOS E TAXAS
TOTAL
70.539
119.403
6.249
196.191
55.636
119.171
17.233
192.039
RECEITAS X CUSTOS – 2016
SELEÇÃO BRASILEIRA COMPETIÇÕES
600.000
500.000
400.000
300.000
200.000
100.000
0
481.744
147.272103.744 109.656
RECEITA CUSTO
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RELATÓRIO DE GESTÃO CBF - 2016 | 10 . F INANCEIRO
10.8 RESULTADO OPERACIONAL E SUPERÁVIT LÍQUIDO
Portanto, prevemos uma estabilização, com viés de queda, dos gastos com o futebol e uma redução equivalente dos gastos operacionais.
A previsão do resultado operacional para 2017, com isso, deverá se situar na faixa entre R$ 35 e R$ 40 milhões.
Na avaliação do exercício 2016, a CBF registrou um superávit de R$ 43,721 milhões contra R$ 72,081 milhões verificados em 2015. Isto representou uma redução de 39%, devido ao impacto negativo da variação cambial em 2016.
Embora os custos com o futebol tenham crescido em relação a 2015 (R$ 62,157 milhões ou 28%) como parte de uma estratégia da entidade de fortalecer o fomento ao futebol, a receita bruta da entidade também aumentou em relação a 2015 (R$ 78,804 milhões ou 15%), anulando o efeito do aumento de custos.
Fonte: Diretoria Financeira – valores em milhares de reais.
20162015GRUPO
RECEITA BRUTA
DEDUÇÕES DE RECEITA - COFINS
RECEITA LÍQUIDA
CUSTOS COM FUTEBOL
SUPERÁVIT BRUTO
DESPESAS OPERACIONAIS
RESULTADO FINANCEIRO
OUTRAS RECEITAS E DESPESAS
RESULTADO ANTES DA APURAÇÃO DOS IMPOSTOS
IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
SUPERÁVIT DO EXERCÍCIO
518.874
(31.460)
487.414
(226.015)
261.399
(196.191)
50.001
0
115.209
(43.128)
72.081
597.678
(34.558)
563.120
(288.172)
274.948
(192.039)
(10.727)
(178)
72.004
(28.283)
43.721
122
Na comparação com 2015, o gasto com impostos e tributos sofreu uma ligeira redução, com uma variação negativa de 6%.
10.6 IMPOSTOS
10.7 PROJEÇÃO DE CUSTOS E DESPESAS
A Confederação Brasileira de Futebol, em conformidade com a legislação aplicável, está sujeita ao recolhimento de uma série de impostos e tributos, como o Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), a Contribuição Para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS), entre outros impostos e taxas inerentes ao negócio da CBF. Isto também decorre do fato de que a entidade não se utiliza de recursos públicos de qualquer natureza, conforme citado anteriormente.
Somando-se todos os impostos e tributos, a CBF recolheu aos cofres públicos o montante de R$ 103,854 milhões, ao longo do exercício 2016.
No que se refere à projeção de custos e despesas, consolida-se a expectativa de que os gastos totais da entidade deverão sofrer uma redução em 2017, visto que há menos competições no calendário da Seleção na próxima temporada e no fato de que a CBF deverá estar focada na redução de determinadas despesas operacionais, impactadas pela implementação de novos mecanismos de gestão, pela revisão de contratos com fornecedores e por parcerias com patrocinadores.
Fonte: Diretoria Financeira – valores em milhares de reais.
20162015GRUPO
IMPOSTO DE RENDA
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
IMPOSTOS E TAXAS OPERACIONAIS
COFINS
ENCARGOS SOCIAIS
TOTAL
31.642
11.486
6.249
31.460
30.182
111.019
20.790
7.493
17.233
34.558
23.780
103.854
124
As receitas financeiras tiveram um incremento de 31% devido a ganhos de aplicações financeiras. Contudo, a variação cambial apresentou um impacto negativo absoluto de R$ 39,022 milhões, conforme explicado anteriormente, o que contribuiu para a diminuição do superávit em relação a 2015.
Portanto, o resultado financeiro da entidade em 2016 foi negativo em R$ 10,727 milhões, contra um resultado positivo de R$ 50,001 milhões em 2015, o que representou uma redução de 121%. Esta variação negativa pode ser explicada principalmente pela variação cambial.
Em 2016, o resultado antes da apuração dos impostos foi de R$ 72,004 milhões, o que representou uma redução de 38% em relação a 2015, que apresentou R$ 115,209 milhões.
Tomando-se por base todos os números apresentados e, por fim, o superávit de R$ 43,721 milhões registrados no exercício 2016, a Confederação Brasileira de Futebol atingiu um superávit acumulado de R$ 543,054 milhões.
Sempre reiterando e concretizando suas prerrogativas estatutárias, a CBF mantém e segue aprimorando um programa de projetos através do qual pretende, nos próximos anos, como diretriz fundamental da atual gestão, investir seu superávit no incentivo, valorização e desenvolvimento do futebol brasileiro, considerando também suas variantes (futebol de salão e de areia) e ainda todas as implicações socioambientais envolvidas.
Fonte: Diretoria Financeira – valores em milhares de reais.
20162015GRUPO
DESPESAS FINANCEIRAS
RECEITAS FINANCEIRAS
VARIAÇÃO CAMBIAL
TOTAL
(15.047)
37.578
27.470
50.001
(20.998)
49.294
(39.022)
(10.727)