RELATÓRIO DE PROJETO · Por estar sem qualquer tipo de revestimento o arruamento não apresenta...

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PREFEITURA MUNICIPAL DA SERRA ESTADO DO ESPÍRITO SANTO SECRETARIA DE OBRAS PROJETO BÁSICO DE ENGENHARIA DE DRENAGEM, PAVIMENTAÇÃO E SINALIZAÇÃO DE DIVERSAS VIAS DO BAIRRO SOLAR DE ANCHIETA. RELATÓRIO DE PROJETO SETEMBRO/2015 Rua Campinho, nº. 66, bairro Caçaroca - Serra/ES - CEP: 29.176-438 Telefones: 3291-2148 – Fax: 3291-2147 E-mail:[email protected]

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PROJETO BÁSICO DE ENGENHARIA DE DRENAGEM,

PAVIMENTAÇÃO E SINALIZAÇÃO DE DIVERSAS VIAS

DO BAIRRO SOLAR DE ANCHIETA .

RELATÓRIO DE PROJETO

SETEMBRO/2015

Rua Campinho, nº. 66, bairro Caçaroca - Serra/ES - CEP: 29.176-438Telefones: 3291-2148 – Fax: 3291-2147

E-mail:[email protected]

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1. PLANTA DE LOCALIZAÇÃO

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2. APRESENTAÇÃO2. APRESENTAÇÃO

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Este relatório apresenta o PROJETO BÁSICO DE ENGENHARIA DE DRENAGEM,

PAVIMENTAÇÃO E SINALIZAÇÃO DE DIVERSAS VIAS DO BAIR RO SOLAR DE

ANCHIETA , desenvolvido pela Prefeitura Municipal da Serra.

Os trabalhos foram desenvolvidos em conformidade com os critérios e orientações

necessárias ao empreendimento desde sua concepção, obviamente atendendo às

normas contidas nas instruções de serviço do Departamento de Estradas de

Rodagem do Espírito Santo, dos Manuais de Disponíveis no Departamento de

Infraestrutura de Transportes do Ministério dos Transportes, além das normas da

Associação Brasileira de Normas Técnicas. Importa sobremaneira ainda a

experiência dos consultores que aqui aportam tecnologias para solução dos

problemas naquele local.

O objetivo principal desse projeto foi atender as necessidades de conformação

geométrica, de pavimentação e sinalização das ruas do bairro Solar de

Anchieta, no município de Serra/ES.

Para isso tem-se a seguir os itens desenvolvidos neste projeto:

• Projeto Geométrico (plantas e perfis longitudinais);

• Projeto de Drenagem (planta, perfis longitudinais e projetos-tipo);

• Projeto de Pavimentação (seções típicas);

• Projeto de Sinalização (planta);

• Memorial Descritivo;

• Planilha de Quantitativo e Custos;

• Cronograma Físico-financeiro;

• Notas de Serviço; e

• Dimensionamento Hidráulico dos Bueiros Tubulares

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As ruas contempladas são:

1. Ramo 0 - Rua Maranhão

2. Ramo 100 - Rua Fortaleza

3. Ramo 200 - Rua Alagoas

4. Ramo 300 – Rua Rio Grande do Norte

5. Ramo 400 – Rua Cecília Guimarães

6. Ramo 500 – Rua Pernambuco

A definição dos seus eixos, bem como sua extensão serão apresentados no

item de Projeto Geométrico.

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3. PROJETOS3. PROJETOS

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3.1. PROJETO GEOMÉTRICO

3.1.1. Aspectos Gerais

A geometria encontrada nas ruas do bairro são regulares, com plataforma bem

definida quanto a largura de pista e das calçadas. Em relevo a região pode ser

classificada como plana a mediamente ondulada, com rampas do terreno

natural não ultrapassando os 3%.

Por estar sem qualquer tipo de revestimento o arruamento não apresenta

caimentos transversais definidos. O descritivo de cada uma das ruas será

apresentado no item específico.

3.1.2. Metodologia e Premissas Técnicas

O Projeto Geométrico fora elaborado de acordo com a Instrução de Serviço IS-

208, IS-234 (área urbana) e IS-241 do Departamento Nacional de Infraestrutura

de Transportes (DNIT).

Aportando-se nas boas práticas já estabelecidas nos manuais de vias urbanas

primou-se por manter, com a máxima exatidão possível, a geometria das vias

existentes.

Assim, estabeleceu-se as seguintes premissas de projeto para as ruas em

geral:

• Planta : (1) largura mínima de pista = 3,00 m; (2) largura mínima de

calçada = 1,50 m; (3) eixo com tangentes e curvas circular simples;

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• Perfil: (1) rampa máxima de 48,02 %; (2) rampa mínima 0,09% (3)

perfil com tangentes e curvas com parábolas de 2º grau;

• Seção Transversal : abaulamento transversal = 2,00% para cada

lado a partir do eixo.

Os critérios para desenvolvimento do projeto geométrico baseou-se em:

Características Planimétricas

A elaboração da planta consistiu no processamento eletrônico dos dados do

levantamento topocadastral e lançamento no software AutoCAD Civil 3D 2014.

Com essa rotina foi possível a criação de uma nuvem de pontos cotados que

resultaram nos seguintes elementos:

• Desenho tridimensional da área do levantamento com curvas de

nível espaçadas a cada 1,0 metro.

• Eixos planimétricos com estacas a cada 20,00 metros contendo a

indicação de pontos notáveis das curvas horizontais.

Características Altimétricas

Através da sobreposição do eixo planimétrico sobre a superfície tridimensional

criada, fez-se possível a definição de elementos que compõe as características

altimétricas, sendo eles:

• Perfil longitudinal do terreno primitivo (terreno existente);

• Perfil longitudinal da linha de projeto proposto;

• Elementos de concordância vertical.

3.1.3. Resultados obtidos

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Com a aplicação da metodologia e premissas estabelecidas apresenta-se os

resultados referentes a geometria deste projeto:

(I) Planta

Ramo Nome da rua BairroEstacaInicial

Estaca Final Comprimento Total (m)

RaioMínimo

(m)

RaioMáximo

(m)

0 Maranhão Solar de Anchieta 0 + 0,00 7 + 2,53 142,53 18,0 0 500,00

100 Fortaleza Solar de Anchieta 100 + 0,00 103 + 15,00 75 ,00 - -

200 Alagoas Solar de Anchieta 200 + 0,00 206 + 3,87 123,8 7 - 148,00

300 Rio Grande do Norte Solar de Anchieta 300 + 0,00 316 + 9,10 329,10 100,00 200,00

400 Cecília Guimarães Solar de Anchieta 400 + 0,00 407 + 9,01 149,01 68,00 200,00

500 Pernambuco Solar de Anchieta 500 + 0,00 501 + 18,53 38 ,53 - 18,00

Assim a extensão total das ruas em projeto somam 858,34 m.

(II) Perfil

Ramo Nome da rua BairroEstacaInicial

EstacaFinal

RampaMínima (m)

RampaMáxima

(m)

AbaulamentoTransversal

0 Maranhão Solar de Anchieta 0 + 0,00 7 + 2,53 0,10% 1,78% -2,00

100 Fortaleza Solar de Anchieta 100 + 0,00 103 + 15,00 0, 09% 1,65% -2,00

200 Alagoas Solar de Anchieta 200 + 0,00 206 + 3,87 - 0,28 % -2,00

300 Rio Grande do Norte Solar de Anchieta 300 + 0,00 316 + 9,10 0,15% 9,75% -2,00

400 Cecília Guimarães Solar de Anchieta 400 + 0,00 407 + 9,01 5,00% 46,02% -2,00

500 Pernambuco Solar de Anchieta 500 + 0,00 501 + 18,53 0, 93% 1,78% -2,00

(III) Seções Tipo

As seções tipo foram baseadas na necessidade de melhor acomodação do

usuário em uma largura favorável da faixa de rolamento e um abaloamento

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transversal garantindo sua segurança na execução de manobras e cooperando

com o escoamento de águas pluviais. A seguir apresenta-se uma seção tipo:

Figura 1 - Seção Tipo adotada (Ramo 0)

Figura 2 - Seção Tipo adotada (Ramo 200)

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Figura 3 - Seção Tipo adotada (Ramo 300)

Figura 4 - Seção Tipo adotada (Ramo 400)

Figura 5 - Seção Tipo adotada (Ramo 500)

Por fim pode-se verificar o resultado da geometria definitiva das ruas no item

de desenhos.

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3.2. PROJETO DE PAVIMENTAÇÃO

3.2.1. Aspectos Gerais

A abordagem dada no desenvolvimento deste trabalho é de configurar

condições mínimas para melhor acomodação do pavimento a ser implantado,

no qual será capaz de suportar as solicitações de carga pelo tráfego.

A esse respeito, portanto, considera-se uma solução tecnológica aquela

suficientemente capaz de prover as condições técnicas equivalentes às vias

existentes e atender o tráfego local.

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3.2.2. Estudo de Tráfego

O estudo de tráfego preocupou-se em definir um Número “N” fruto de geração

de tráfego local nas vias do bairro. O tráfego local de bairros residenciais é

comumente definido pelas viagens diárias realizadas. Além disso, parâmetros

como o crescimento populacional, poder aquisitivo e econômico da região

influenciam diretamente no esforço resistente do pavimento. Tendo isso em

vista buscou-se estabelecer parâmetros de tráfego local para definição da frota

e consequentemente do Número “N”.

A princípio estipulou-se que a circulação local das ruas objeto deste projeto é

composta apenas por veículos leves e caminhões e ônibus leves. Assim sendo,

tem-se a estimativa, em função da ocupação local, desses veículos por trecho

de rua:

• Veículos de Passeio (VP): 550 viagens/dia

• Caminhonetes (CT): 20 viagens/dia

• Ônibus leve no máximo de 2 eixos] (O): 5 viagens/dia

• Caminhões leves [no máximo de 3 eixos] (C): 20 viagens/dia

Com uma estimativa de crescimento de 3% a.a da frota buscou-se expandir o

volume diário para uma vida útil de 10 anos. A seguir apresenta-se o Tráfego

Médio Diário Anual (TMDA) para o bairro Solar do Porto .

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Quadro 1 - Tráfego Médio Diário Anual (TMDA)

Por conseguinte calculou-se o Fator de Veículo pelos métodos AASTHO e

USACE. Verificou-se que o mais conservador fora esse último no qual obteve-

se um valor de FV total igual a 4,89, como descrito na tabela a seguir.

Quadro 2 - Fator de Veículo pelos métodos AASTHO e USACE

Por fim definiu-se o Número “N” acumulado para horizonte de projeto, sendo

apresentado a seguir.

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Quadro 3 - Fator de Veículo pelos métodos AASTHO e USACE

3.2.3. Dimensionamento das Camadas de Pavimento

O projeto de pavimentação consiste na análise do tráfego existente e sua

projeção, a fim de dimensionar camadas sobre o subleito as quais suportarão a

força (carga) exercida sobre a plataforma viária. Basicamente, todas as ruas

encontram-se em situação de leito natural, necessitando da execução de

terraplenagem e das camadas do pavimento.

O período de projeto foi determinado em 10 anos o que acarretou em um

número “N” estimado por fatores de equivalência estrutural indicados pela

USACE (Corpo de Engenheiros dos Estados Unidos) com ano de abertura em

2016 e horizonte de projeto de 2025.

O método do Eng. Murilo Lopes de Souza, considera o número N de oscilações

do eixo padrão de 8,2 toneladas, menores de 5x106, para revestimento em

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Tratamento Superficial Duplo igual a 3,0 cm, combinado com o suporte do

subleito, no caso igual ou superior a 7% (ensaiado em laboratório para Proctor

Normal), Reforço de Subleito de 17% (ensaiado em laboratório para Proctor

Intermediário), e Base Granular de 60% (ensaiado em laboratório) e

considerando ainda o coeficiente de equivalência estrutural de cada camada

constituinte do pavimento, conforme as inequações de dimensionamento:

R.Kr + B.Kb > H20, porquanto R=3; Kr=1,2; B=20; Kb=1; H20=20

R.Kr + B.Kb + h20.Ksb >= Ht , porquanto h20=20; h20=0; Ksb=1; Ht=23

R.Kr + B.Kb + h20.Ksb + hn.KRef >= Hm , porquanto hn=20 (mínimo);

KRef=0,71; Hn=37

Onde:

- R = espessura da camada de revestimento;

- B = espessura da camada de base;

- h20 = espessura da camada de subbase;

- Kr = coeficiente de equivalência estrutural da camada de revestimento;

- Kb = coeficiente de equivalência estrutural da camada de base;

- Ksb = coeficiente de equivalência estrutural da camada de subbase;

- H20 = espessura em termos de material granular necessária para

proteger a camada de subbase (Ábaco de Dimensionamento – N x ISp x

espessura);

- Ht = espessura em termos de material granular necessária para proteger

o subleito (Ábaco de Dimensionamento – N x ISp x espessura);

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Figura 6 - Ábaco de determinação das espessuras de pavimento

Ainda que o dimensionamento aponte para uma solução de Tratamento

Superficial adotar-se-á uma camada mínima de 5,0 cm de Concreto

Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ), tendo em vista que tal material

suportará com mais eficiência os esforços causados ao longo do tempo.

Por fim, apresenta-se o resumo do dimensionamento das camadas de

pavimento:

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Quadro 4 - Resumo do dimensionamento

Vale salientar que deve-se garantir, durante a construção, que o grau de

compactação do material do subleito seja de, no mínimo, 100 % do Proctor

normal, além de a espessura mínima a adotar para compactação de camadas

granulares é de 10 cm. A espessura máxima para compactação é de 20 cm.

3.2.4. Pavimento em Bloco Intertravado

Tendo em vista as características de tráfego da região (N = 2,56x105), tem-se

o dimensionamento do pavimento pelo Procedimento B da Portland Cement

Association (PCA), que é indicado para vias de tráfego médio (N entre 105 e

1,5x106).

Este procedimento pode ser descrito como uma evolução do Método USACE

para pavimento flexíveis, tendo como diferença a consideração do

intertravamento dos blocos e admitindo bases tratadas com cimento com fator

de equivalência estrutural de 1,65.

Em relação à espessura do bloco de concreto, o procedimento recomenda a

adoção de blocos de no mínimo 8 cm, sendo este dependente da intensidade

do tráfego. Portanto, em função das solicitações da Rua Águas Formosas,

tem-se bloco de concreto com espessura desejada de 8,00cm.

TráfegoEspessura do

Revestimento

Resistência a

compressão simples5x105 <N< 107 8,00 cm 35 a 50 MPa

N> 107 10,00 cm 50 MPaQuadro 5 - Espessura e resistência dos blocos de re vestimento

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Já o dimensionamento da camada de base é baseada no tráfego da região (N

= 2,56105) e no CBR do subleito (CBR ≥ 9 %). Com esses dados é possível

determinar a espessura da camada de base (HBG) a ser assentada sob o

subleito, sendo este composta puramente por material granular. Esta

determinação se faz através da tabela apresentada no Quadro 6.

Fazendo uso dos dados apresentados na Figura 5, tem-se determinada a

espessura da base igual a 15,00cm. Este valor representa o valor mínimo

especificado pelo método, já que pela figura apresentada a seguir os valores

da região se interceptam na região de espessura mínima.

Além das camadas dimensionadas acima, vale frisar que faz-se necessário a

implantação de uma camada de areia de 5,00 cm para assentamento dos

blocos, bem como regularização do subleito de 20,00 cm.

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Quadro 6 – Espessura necessária de base puramente g ranular – Procedimento B (Fonte:

IP-06 PMSP)

Desta forma tem-se a seção tipo do pavimento determinada, sendo esta

composta por:

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Quadro 7– Seção tipo de pavimento de bloco intertra vado

Vale ressaltar que este tipo de pavimento será utilizado apenas no Ramo 400,

já que trata-se de um trecho com inclinação bem acentuada (48,02%).

Sabendo que existe uma potencial tendência desses blocos sofrerem

deslocamento devido à intensa declividade das rampas, serão executadas

trincheiras a cada 30,00m que desempenharam papel importante no sistema

de drenagem, bem como travamento desses blocos (funcionamento como

travessão).

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3.3. PROJETO DE DRENAGEM

3.3.1. Aspectos Gerais

O presente item buscou determinar a forma de coletar as águas precipitadas

que influenciam diretamente no bom funcionamento e preservação das vias.

Para isso estimou-se a vazão escoada nas vias e, por conseguinte, seu

caminhamento até um deságue adequado e seguro.

Em visita verificou-se que não há qualquer tipo de drenagem na extensão das

vias, salvo algumas caixas-ralo e bocas de lobo posicionadas nas

extremidades dessas, principalmente entre as ruas perpendiculares.

Foram adotados dispositivos comerciais e usualmente aplicados em vias

urbanas, como caixas-ralo e poços de visita, além de bueiros simples tubular

de concreto.

Para os bueiros admitiu-se um comprimento máximo entre PV’s de 40 metros ,

salvo nos lançamentos. Tal valor é obedecido para o posicionamento das

coletas (caixas-ralo).

Vale frisar que nas ruas com declividades elevadas serão utilizadas trincheiras,

também com espaçamento máximo de 40 metros, tendo em vista a alta

velocidade que escoa pela via.

3.3.1.1. Drenagem de Transposição de Talvegue

Tem-se para este estudo a delimitação das bacias hidrográficas, bem como

sua caracterização, para o correto dimensionamento dos dispositivos de

transposição de talvegue existente nas ruas deste projeto.

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Em visita verificou-se que há a necessidade de implantação de novos bueiros

de grota, bem como a substituição de bueiros existentes. Em algumas ruas os

bueiros existentes não são hidraulicamente suficiente, fato que de acordo com

moradores, tem gerado constante alagamento nas regiões mais planos dos

bairros em estudo.

Assim, foram adotados dispositivos comerciais, sendo estes bueiros simples

tubular de concreto com diâmetro mínimo de 0,80m .

3.3.2. Estudos Hidrológicos

Nos estudos hidrológicos buscou-se definir as características climáticas da

região. A determinação da chuva de projeto foi realizada com base no software

Plúvio 2.1, desenvolvido pelo GPRH (Grupo de Pesquisa em Recursos

Hídricos) do Departamento de Engenharia Agrícola da Universidade Federal de

Viçosa (DEA - UFV). Este software fornece os parâmetros da Equação de

Chuvas Intensas e permite a realização de interpolação dos dados fornecidos

por estações pluviográficas encontradas em todo o território brasileiro e vem

sendo utilizado em larga escala por profissionais da área, além de compor

dados validados de parâmetro. A seguir tem-se a interface do software

utilizado:

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Figura 3 - Interface do software Pluvio 2.1 (dados para o Município de Serra/ES)

A equação de chuva intensa para o município da Serra é dada pela a seguir:

Onde:

- i = intensidade máxima média de precipitação (mm/h);

- TC = tempo de duração ou de concentração (min);

- Tr = período de recorrência ou de retorno da chuva (anos);

- K, a, b, c = parâmetros hidrológicos (obtido pelo Pluvio 2.1).

Os demais parâmetros adotados para determinação dos dados hidrológicos

são tido:

3.3.2.1. Tempo de Concentração (Tc)

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Para as galerias o tempo de concentração - Tc é obtido pela soma entre o

tempo de entrada e o tempo de percurso na galeria.

Onde;

� TE : Tempo de escoamento superficial ou de entrada

� TP: Tempo de percurso dentro da galeria

Conforme conclusão do Manual de Hidrologia Básica para Estruturas de

Drenagem do DNIT, 2005, os métodos mais usuais para bacias de qualquer

tamanho são o de Kirpich, DNOS, Kirpich modificado, George Ribeiro, Ventura,

Pasini. Assim todos esses foram calculados nesse estudo até mesmo para a

verificação e validação a fim de se obter um norteamento mais conciso do

comportamento de cada bacia. Todavia, bem como recomendado por esse

manual também, foi adotado o método DNOS no qual retrata uma valor mais

aproximado da média entre todos os outros tempos de concentração descritos.

Como todas as bacias foram menores que 10km² não se fez necessário a

utilização de um Tc que caracteriza melhor esse tipo de bacia, no caso o

Método de LAG.

Vale atentar que para obras de simples transposição o Tempo de Percurso Tp

é nulo, desta forma é usual denominar o tempo de escoamento superficial

simplesmente de Tempo de Concentração.

O tempo de concentração para o Método KIRPICH é expresso:

Onde:

� Tc: Tempo de concentração (h)

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� L: Comprimento do curso d`’agua (km);

� H: Desnível máximo na bacia (m); e,

A fórmula para cálculo do tempo de concentração pelo Método DNOS é:

Onde:

� Tc: Tempo de concentração (h);

� A: área de bacia (ha);

� L: Comprimento do curso d’água (m);

� I: declividade (%);

� K: depende das características da bacia, conforme descrito em seguida:

o Terreno areno-argiloso, coberto de vegetação intensa, elevada

absorção – K=2,0;

o Terreno comum, coberto de vegetação, absorção apreciável –

K=3,0;

o Terreno argiloso, coberto de vegetação, absorção média – K=4,0;

o Terreno argiloso de vegetação média, pouca absorção – K=4,5;

o Terreno com rocha, escassa vegetação, baixa absorção – K=5,0;

o Terreno rochoso, com vegetação rala, reduzida absorção –

K=5,5.

O Método de KIRPICH modificado para determinação do Tc é a seguinte;

Onde:

� Tc: Tempo de concentração (h)

� L: Comprimento do curso d`’agua (km);

� H: Desnível máximo na bacia (m); e,

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O Método de George Ribeiro é tido:

Onde:

� Tc: Tempo de concentração (min)

� L: Comprimento do curso d`’agua (km);

� I: Declividade da bacia (m/m); e,

� pr: parâmetro dado pela proporção da bacia coberta por vegetação.

Segundo o Método de Ventura o tempo de concentração é dado por:

� Tc: Tempo de concentração (h)

� A: Área da bacia (km²); e

� I: Declividade da bacia (m/m).

Para o Método de Pasini, o tempo de concentração é dado por:

� Tc: Tempo de concentração (h)

� A: Área da bacia (km²);

� L: Comprimento do curso d`’agua (km); e

� I: Declividade da bacia (m/m).

Avaliando-se os valores obtidos com a expressão admitiu-se como premissa

para o desenvolvimento deste projeto valores nunca inferiores a 10 min,

conforme preconiza o PLANEPAR para avaliação de sistemas de drenagem

inseridos no contexto urbano/semi-urbano.

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Por fim, fez-se eleito os valores do método KIRPICH modificado, visto que

fora o que apresentou tempos de concentração razoáveis e que, segundo

experiência dessa consultoria e recomendações do Manual de Hidrologia

Básica para Estruturas de Drenagem do DNIT, 2005, é a metodologia mais

indicada para todas as bacias e com características semelhantes.

3.3.2.2. Período de Recorrência (Tr)

Tempo estimado de verificação da máxima chuva em função do dispositivo.

Como no presente projeto tem-se apenas drenagem superficial e de grota, tem-

se os tempos de recorrência dotados conforme descritos a seguir:

� Drenagem Superficial e Subsuperficial: 10 anos;

� Drenagem de grota, Bueiros tubulares: 15 anos (como canal) e 25 anos

(como orifício);

Drenagem de grota, Bueiros Celulares: 25 anos (como canal) e 50 anos (como

orifício).

3.3.2.3. Vazão de Projeto

Por fim calcula-se o valor da vazão escoando nas bacias pelo Método

Racional. Este consiste no cálculo da descarga máxima de uma enchente de

projeto por uma expressão relacionando o valor dessa descarga com a área

da bacia e a intensidade pluviométrica conforme o tipo de região donde a

água irá escoar na bacia. Para determinação dessas descargas, com área

inferior a 10 km², adotou-se o Método Racional, cuja expressão é enunciada

pela seguinte fórmula:

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Onde:

• Qc: Descarga de projeto (m³/s);

• C: Coeficiente de escoamento superficial – Coeficiente de Run-Off

(adimensional);

• I: Intensidade para chuva com duração igual ao TC (mm/h);

• A : Área da bacia drenada (km²);

• 3,6: Fator de conversão de unidades.

O Coeficiente de Run-Off baseia-se na verificação de todas as formas

possíveis, o comportamento do solo sob a chuva, a retenção da água pela

cobertura vegetal, além da análise da bacia contribuinte (forma, declividade,

comprimento do talvegue principal e rede de drenagem, etc.). A fixação deste

coeficiente é de clara importância na obtenção das vazões das bacias

hidrográficas interceptadas pelo projeto em questão.

Considerando uma área completamente urbanizada adotou-se um valor de C

igual a 0,80 para áreas com alta declividade 0,90 para área s com baixa

declividade.

A seguir são apresentadas as tabelas contendo os valores de “C” em função

da natureza do solo e sua cobertura vegetal.

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Quadro 8 - Coeficiente de Escoamento Superficial/Ru nOff

3.3.2.4. Dimensionamento

O dimensionamento hidráulico dos bueiros é obtido com a aplicação da

Equação de Manning associada com a Equação da Continuidade, expressa

por:

Onde:

- Q : Vazão (m³/s);

- A : Área molhada do dispositivo (m²);

- R: Raio hidráulico (m);

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- i :Declividade longitudinal do dispositivo (m);

- n: Coeficiente de rugosidade de Manning (adimensional).

Os valores para o coeficiente de rugosidade mínimo a adotar foi obtido no

Hydraulic Design Criteria - Corps of Engineers - Carta 631 ou Open Channel

Hydraulics - Ven Te Chow, cujos valores constam da tabela a seguir:

Natureza das Paredes n Concreto 0,015

Solo natural 0,030

Grama 0,025

Córregos com cascalho e vegetação 0,040

Pedra argamassada 0,020

Cimento alisado 0,015

Aço corrugado 0,025

Figura 9 – Coeficiente de Manning

Os resultados dos cálculos hidrológicos/hidráulicos para o sistema de

drenagem superficial podem ser verificados juntamente com a Nota de Serviço

de Drenagem.

3.3.2.5. Resultados Obtidos

No que diz respeito a drenagem de transposição de talvegue, a planilha

seguinte demonstra o processo de cálculo pelo Método Racional, o qual se

utiliza das intensidades de chuva para 15 anos, 25 anos e 50 anos, para áreas

de contribuições mais modestas (menores que 10 km²), seguindo-se da

indicação ou não de se fazer por outros métodos.

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Quadro 9 - Estudos Hidrológicos - Características das Bacias

Quadro 10 - Determinação das Descargas de Pico das Bacias

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Quadro 11 - – Dimensionamento Hidráulico Dos Bueir os

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4. DESCRITIVO DAS VIAS

4. DESCRITIVO DAS VIAS

4.1. Ramo 0 - Rua Maranhão

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Com 146,43m de extensão, o Ramo 0 inicia-se no entroncamento com a Rua

Rio Grande do Norte e se prolonga até encontrar a Rua Pernambuco (Ramo

100). Sua pista apresenta largura média de 8,00m, sendo esta desenvolvida

sobre leito natural.

A rua está localizada em uma região que pode ser considerada como uma

região de planície, aonde de acordo com moradores alagamentos são

frequentes e os dispositivos existentes não conseguem drenar toda agua que

escoa para a região.

Pela verificação de PV’s visíveis não há sistema de drenagem superficial

existente, apenas dois bueiros de grota que conforme citado acima são

hidraulicamente insuficientes.

4.2. Ramo 100 - Rua Fortaleza

A Rua Fortaleza tem início logo após o término da Rua Maranhão e estende-

se por 75,00m. Cerca de 64,00m da rua já encontra-se pavimentada, mas o

projeto aqui descrito realizara a pavimentação em todo o trecho devido as

más condições do pavimento existente.

A via apresenta largura média de 7,00m e segundo visita à campo não foi

identificada a presença de sistema de drenagem superficial, nem mesmo

meio fio no trecho pavimentado.

Assim como a Rua Maranhão, a Rua Fortaleza está localizada na região mais

baixa do bairro, sendo também uma área de constantes alagamentos, já que

esta se caracteriza por ser uma região de aterro sobre área alagada (brejo).

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Figura 8 - Ramo 100

4.3. Ramo 200 - Rua Alagoas

A Rua Alagoas possui 123,87m de extensão e inicia-se no entroncamento

com a Rua Paraná. A rua caracteriza-se por ser uma rua sem saída, já que

esta faz divisa com a área alagada (brejo) que se encontra logo atrás do final

do trecho.

A via possui largura média de 7,00m, se desenvolve sobre leito natural e é

delimitada por vegetação em toda sua extensão com apenas algumas

residências no início da rua (Ver Figura 4).

De acordo com visita à campo não foi identificado sistema de drenagem

superficial nem de transposição de talvegue. Na lateral da rua corre um valão

que coleta todo o esgoto do bairro.

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Figura 9 - Ramo 200

4.4. Ramo 300 – Rua Rio Grande do Norte

A Rua Rio Grande do Norte possui 329,40 m de extensão a rua se

desenvolve sobre terreno natural, sendo paralela à Rua Cuiabá.

A largura média da vai é igual a 8,00m e em seu lado direito é possível ver a

presença de várias residências em toda a extensão da rua, já no lado

esquerdo as residências se concentram na segunda metade do trecho.

Através de visita à campo não foi identificado sistema de drenagem superficial

ou sistema de esgotamento sanitário. No entanto, foi possível identificar a

presença de um bueiro de grota no qual corre também o esgoto das

residências do entorno.

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Figura 10 - Ramo 300

4.5. Ramo 400 - Rua Cecília Guimarães

Com 149,01m de extensão a Rua Cecília Guimarães (Ramo 400) tem início

no entroncamento com a Rua Caviúna e se estende até encontrar a Rua José

de Freitas.

O início da rua caracteriza-se por uma área plana aonde tem-se a presença

de bueiro de grota que faz a transposição de um pequeno filete de água e do

esgoto da região. Já o final do trecho apresenta uma inclinação natural de

48%, onde a velocidade da água que escoa pela via tem causado erosão na

plataforma da via que se encontra em leito natural.

No que diz respeito a drenagem, tem-se apenas a presença de um bueiro de

grota como mencionado acima. Também foi possível identificar a ausência de

sistema de drenagem superficial ou rede de esgotamento sanitário.

4.6. Ramo 500 - Rua Pernambuco

A extensão da Rua Pernambuco a ser pavimentada é de apenas 38,53m, já

que trata-se apenas de uma pequena ligação entre o trecho já pavimentado

da rua Pernambuco e a Rua Paraíba no Bairro de José de Anchieta II.

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A largura da via será reduzida devido a existência de residências bem

próximas à via, assim a maior largura possível de plataforma é de 4,00m.

Através de visita a campo, foi possível identificar a ausência de rede de

drenagem superficial e presença de rede de esgoto sanitário apenas na Rua

Paraíba.

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5. PROJETOS E ART

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6. MEMORIAL DESCRITIVO

6. MEMORIAL DESCRITIVO

Obra: Pavimentação, Drenagem e Sinalização de diversas vias do bairro Solar

de Anchieta.

Área de pavimentação: 5.340,72 m²

Local de intervenção: Ruas Maranhão, Fortaleza, Alagoas, Rio Grande do

Norte, Cecília Guimarães e Pernambuco.

6.1. DESCRIÇÃO DA OBRA

O presente memorial descritivo refere-se à execução de pavimentação asfáltica

da rua supracitada.

As soluções propostas para a rua estão descritas da seguinte maneira:

• Base em brita graduada a ser executada com espessura de 15,00 cm e

revestimento asfáltico flexível do tipo CBUQ, com espessura de 5,00 cm.

• Base em brita graduada a ser executada com espessura de 15,00 cm e

revestimento em bloco pré-moldado de concreto com espessura de 8,00 cm,

assentado sobre uma camada de 5,00cm de areia.

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6.2. PAVIMENTAÇÃO

6.2.1. Pavimento Flexível

Nos trechos definidos, os serviços de pavimentação serão realizados com

concreto betuminoso usinado a quente (CBUQ), para tanto, seguir-se-á a

sequência executiva:

Regularização do Subleito

A seguir apresentar-se-á a sistemática empregada na execução e controle da

qualidade da regularização do subleito de rodovias a pavimentar, de acordo

com a Norma DNIT 137/2010 - ES.

Objetivo

Esta especificação de serviço tem por objetivo estabelecer a sistemática a ser

empregada na execução da regularização do subleito de rodovias a

pavimentar, com a terraplanagem já concluída.

Definições

a. Regularização do Subleito

Operação destinada a conformar o leito estradal, transversal e

longitudinalmente, obedecendo às larguras e cotas das notas de serviço de

regularização de terraplanagem do projeto, compreendendo cortes ou aterros

até 20 cm de espessura.

b. Nota de Serviço de Regularização

Documento de projeto que contém o conjunto de dados numéricos relativos às

larguras e cotas a serem obedecidas na execução da camada final de

regularização do subleito.

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c. Condições Gerais

A regularização deve ser executada prévia e isoladamente da construção de

outra camada do pavimento.

Cortes e aterros com espessuras superiores a 20 cm devem ser executados

previamente à execução da regularização do subleito, de acordo com as

normas DNIT 105/2009-ES, DNIT 106/2009-ES, DNIT 107/2009-ES e DNIT

108/2009-ES.

Não deve ser permitida a execução dos serviços em dias de chuva. É de

responsabilidade da execução a proteção dos serviços e materiais contra a

ação destrutiva das águas pluviais, do tráfego e de outros agentes que possam

danificá-los.

d. Condições Específicas

� Material

Os materiais empregados na regularização do subleito devem ser

preferencialmente os do próprio.

Em caso de substituição ou adição de material, estes devem estar de acordo

com a norma DNIT 108/2009-ES, inclusive no que diz respeito à determinação

do CBR. Caso sejam submetidos aos ensaios de caracterização, não devem

possuir partículas com diâmetro superior a 76 mm e seu Índice de Grupo (IG)

deve ser no máximo igual ao subleito indicado em projeto.

� Equipamento

São indicados os seguintes equipamentos para a execução da regularização:

Motoniveladora pesada com escarificador, carro tanque distribuidor de água,

rolos compactadores autopropulsados, grades de discos, arados de discos e

tratores de pneu, pulvi-misturador.

e. ExecuçãoToda a vegetação e material orgânico devem ser removidos.

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Após a execução de cortes e aterros e adição do material para atingir o greide

de projeto deve-se proceder à escarificação geral profundidade de 20 cm,

seguida de pulverização umedecimento ou secagem, compactação ou

acabamento.

f. Condicionantes Ambientais

O conjunto de soluções e procedimentos específicos atinentes ao tema

ambiental deve ser observado ao definido no instrumental técnico-normativo

pertinente à Norma DNIT 070/2006 PRO, e demais exigências dos órgãos

ambientais.

g. Inspeções

� Controle dos Insumos

Os materiais utilizados na execução da regularização devem ser examinados

mediante a execução dos seguintes procedimentos:

• Ensaios de caracterização do material espalhado na pista. Deve ser

coletada uma amostra, para cada 200 m de pista ou por jornada diária de

trabalho.• Ensaios de compactação pelo método DNER-ME 129/94, para material

coletado no pista. Deve ser coletada uma amostra, para cada 200 m de pista

ou por jornada diária de trabalho.

• Ensaios de Índice de Suporte Califórnia (ISC) e expansão, pelo método

DNER-ME 049/94, com energia de compactação, para o material coletado na

pista, a cada 400 m, onde foram retiradas as amostras para o ensaio de

compactação.

• Para pistas de extensão limitada com área de até 4.000 m², devem ser

coletadas pelo menos 5 amostras, para execução do controle dos insumos.

h. Controle da Execução

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O controle da execução da regularização do subleito deve ser exercido

mediante a coleta de amostras, ensaios e determinações feitas de maneira

aleatória. Devem ser efetuados os seguintes ensaios:

• Ensaio de umidade higroscópica do material, antes da compactação,

para cada 100 m de pista (método DNER-ME 052/94 ou DNER-ME 088/94). A

tolerância admitida para a umidade higroscópica deve ser de + 2% em relação

à umidade ótima.

• Ensaio de massa específica aparente seca "in situ", determinada pelos

métodos DNER-ME 092/94 ou DNER-ME 036/94. Para pistas com extensão

limitada, com volumes de, no máximo, de 1250 m³ de material, devem ser

feitas, pelo menos 5 determinações para o grau de compactação (GC).

• Os cálculos de grau de compactação devem ser realizados utilizando-se

os valores da massa específica aparente seca máxima obtida no laboratório e

na pista. Não devem ser aceitos valores de grau de compactação inferiores a

100% em relação à massa específica aparente seca máxima obtida em

laboratório.

i. Verificação do Produto

A verificação final da qualidade da camada de regularização do subleito deve

ser exercida através das determinações executadas de acordo com o Plano de

Amostragem Variável.

Após a execução da regularização do subleito, deve-se proceder ao controle

geométrico, mediante a relocação e o nivelamento do eixo e das bordas,

permitindo-se as seguintes tolerâncias:

• + 10 cm, quanto à largura da plataforma;• até 20%, para a flecha de abaulamento;• + 3 cm em relação às cotas do greide do projeto.

j. Plano de Amostragem - Controle Tecnológico

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O número e a frequência de determinações correspondentes aos diversos

ensaios para o controle tecnológico aos diversos ensaios para o controle da

execução devem ser estabelecidos conforme Plano de Amostragem, aprovado

pela Fiscalização, de acordo com a Norma DNER-PRO 277/97.

k. Condições de Conformidade e Não-conformidade

Todos os ensaios de controle e determinações, realizados de acordo com o

Plano de Amostragem, devem cumprir as condições desta Norma.

Quando especificado um valor máximo a ser atingido, devem ser verificadas as

seguintes condições:

• Os resultados do controle estatístico devem ser registrados em relatórios

periódicos, de acordo com a norma DNIT 011-PRO.

• Todo detalhe incorreto ou mal executado deve ser corrigido, de forma a

atenderem às especificações estabelecidas.

l. Critérios de Medição

A regularização do subleito deve ser medida em metros quadrados,

considerando a área efetivamente executada. Não devem ser medidos em

separado: mão-de-obra, materiais, transporte, equipamentos e encargos,

devendo os mesmos ser incluídos na composição do preço unitário.

No cálculo da área de regularização devem ser consideradas as larguras

médias da plataforma obtidas no controle geométrico.

A medição deve ser processada somente após anexada a ela um relatório de

controle da qualidade, contendo os resultados dos ensaios, caracterizando a

qualidade do serviço executado.

1. Base Estabilizada Granulometricamente

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A seguir apresentar-se-á a sistemática empregada na execução e controle da

qualidade da camada de base, quando utilizados solos estabilizados

granulometricamente, de acordo com a Norma DNIT 141/2010 - ES.

Objetivo

Esta especificação tem por objetivo estabelecer a sistemática empregada na

execução de camada de base, quando empregados solos estabilizados

granulometricamente.

Definições

a. Base

Camada de pavimentação destinada a resistir aos esforços verticais oriundos

dos veículos, distribuindo-os adequadamente à camada subjacente, executada

sobre a sub-base, subleito ou reforço do subleito devidamente regularizado e

compactado.

b. Estabilização Granulométrica

Processo de melhoria da capacidade resistente de materiais "in natura" ou

mistura de materiais, mediante emprego de energia de compactação

adequada, de forma a se obter um produto final com propriedades adequadas

de estabilidade e durabilidade.

c. Base estabilizada Granulometricamente

Camada de base executada com utilização do processo de estabilização

granulométrica.

d. Condições Gerais

É de responsabilidade da executante a proteção dos serviços e materiais

contra a ação destrutiva das águas pluviais, do tráfego e de outros agentes que

possam danificá-los. Além disso, não deve ser permitida a execução dos

serviços em dias de chuva.

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e. Condições Específicas

� Material

Os materiais constituintes são solos, misturas de solos e materiais britados.

Quando submetidos aos ensaios de caracterização DNER-ME 080/94, DNER-

ME 082/94 e DNER-ME 122/94, e ao ensaio DNER-ME 054/97, os materiais

devem apresentar as seguintes características:

Devem possuir composição granulométrica de acordo com a Tabela 1.

Tabela 1 – Granulometria do material

TiposPara N < 5x10⁶ Tolerâncias

da faixa de

projeto

Para N > 5x10⁶

PeneirasA B C D E F% em peso passando

2" 100 100 - - - - + 71" - 75-90 100 100 100 100 + 73/8" 30-65 40-75 50-85 60-100 - - + 7N° 4 25-55 30-60 35-65 50-85 55-100 70-100 + 5N° 10 15-40 20-45 25-50 40-70 40-100 55-100 + 5N° 40 8-20 15-30 15-30 24-45 20-50 30-70 + 2N° 200 2-8 5-15 5-15 10-25 6-20 8-25 + 2

No caso de N > 5 x 106, o material deve se enquadrar nas faixas A, B, C e D. E

no caso de N < 5 x 106, o material deve se enquadrar nas faixas A, B, C, D, E e

F.

• A fração que passa na peneira nº 40 deve apresentar limite de liquidez

inferior ou igual a 25%, e índice de plasticidade inferior ou igual a 6%; quando

esses limites foram ultrapassados, o equivalente de areia deve ser maior que

30%.

• A porcentagem do material que passa na peneira nº 200 não deve

ultrapassar 2/3 da porcentagem que passa na peneira nº 40.

Índice de Suporte Califórnia - ISC > 60% para Número N < 5 x 106, ISC > 80%

para Número N > 5 x 106, e expansão < 0,5%, determinados através do Ensaio

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de Compactação (DNER-ME 129/94) e Ensaio de Índice de Suporte Califórnia

(DNER-ME 049/94).

O agregado retido na peneira nº 10, quando submetido ao ensaio de abrasão

Los Angeles (DNER-ME 035/98), não devem apresentar desgaste superior a

55%, admitindo-se valores maiores, no caso de terem apresentado

desempenho satisfatório.

� Equipamento

São indicados os seguintes equipamentos para a execução da base:

motoniveladora pesada com escarificador, carro tanque distribuidor de água,

rolos compactadores, grades de discos e/ou pulvimisturador, pá-carregadeira,

arado de disco, central de mistura, rolo vibratório portátil ou sapo mecânico.

f. Execução

� Execução da Base

A execução da base compreende as operações de mistura e pulverização,

umedecimento ou secagem dos materiais, em central de mistura ou na pista,

seguidas de espalhamento, compactação e acabamento, realizadas na pista

devidamente preparada, na largura desejada, nas quantidades que permitam,

após a compactação, atingir a espessura projetada.

� Mistura de Materiais

No caso de mistura de materiais devem ser obedecidos os seguintes

procedimentos:

• Mistura prévia - Deve ser executada preferencialmente em centrais de

mistura próprias para este fim. Caso as quantidades a serem executadas não

justifiquem a instalação de central de mistura, a mesma pode ser feita com pá-

carregadeira. Conhecidos os números da medida-padrão de cada material que

melhor reproduza a dosagem projetada, dever ser iniciado o processo de

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mistura em local próximo a uma das jazidas. Depositar alternadamente os

materiais e na proporção desejada. Após a mistura prévia o material deve ser

transportado, por meio de caminhões basculantes e depositado sobre a pista. A

seguir, realizado o espalhamento pela ação motoniveladora.

• Mistura na pista - A mistura na pista deverá ser procedida quando for

utilizado material da pista existente, ou quando as quantidades a serem

executadas não justificarem a instalação de central de mistura. Inicialmente o

material em maior quantidade na mistura deve ser espalhado na pista,

posteriormente, deve-se proceder o espalhamento do segundo material. O

material espalhado deve receber adequada conformação, de forma que a

camada apresente espessura constante.

� Espalhamento

O material distribuído deve ser homogeneizado mediante ação combinada de

grade de discos e motoniveladora. No decorrer desta etapa, devem ser

removidos materiais estranhos ou fragmentos de tamanho excessivo.

� Correção e Homogeneização da Umidade

A variação do teor de umidade admitida para o material é de menos de 2

pontos percentuais até mais 1 ponto percentual da umidade ótima de

compactação. Caso o teor de umidade apresente valor abaixo do especificado,

deve ser umedecida a camada através de caminhão-tanque irrigador, seguindo

de homogeneização. Se o teor de umidade exceder o limite superior, o material

deve ser aerado , para que o material atinja o intervalo da umidade

especificada. Concluída a correção o material deve ser conformado, para

obtenção da espessura desejada após a compactação.

� Espessura da Camada Compactada

Não deve ser inferior a 10 cm, nem superior a 20 cm.

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� Compactação

Deve ser estabelecido o número de passadas necessárias dos equipamentos

de compactação para atingir o grau de compactação especificado. A

compactação deve evoluir longitudinalmente, iniciando pelas bordas. Nos

trechos em tangente, a compactação deve prosseguir das duas bordas para o

centro, em percursos equidistantes da linha base, o eixo. Os percursos e

passadas devem distar entre si de tal forma que, em cada percurso, seja

coberta metade da faixa do percurso anterior. Nos trechos com superelevação,

a compactação deve progredir da borda mais baixa para a mais alta. Nas

partes adjacentes ao início e ao fim da base, a compactação deve ser

executada transversalmente à linha base, o eixo. Nas partes inacessíveis aos

rolos compactadores, tais como cabeceira de pontes e viadutos, a

compactação deve ser executada com rolos vibratórios portáteis ou sapos

mecânicos. Durante a compactação, se necessário, pode ser promovido o

umedecimento da superfície da camada.

� Acabamento

O acabamento deve ser executado pela ação conjunta de motoniveladora e de

rolos de pneus e liso-vibratório.

� Abertura do Tráfego

A base estabilizada granulometricamente não deve ser submetida à ação do

tráfego, devendo ser imprimada imediatamente após a sua liberação pelos

controles de execução.

g. Condicionantes Ambientais

Objetivando a preservação ambiental, devem ser devidamente observadas e

adotadas as soluções e os respectivos procedimentos específicos atinentes ao

tema ambiental com atenção especial a Norma DNIT 070/2006 PRO, e as

recomendações e exigências dos órgãos ambientais.

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h. Inspeções

� Controle dos insumos

Os materiais utilizados na execução da base devem ser rotineiramente

examinados, mediante a execução dos seguintes procedimentos:

• Ensaios de caracterização e de equivalente de areia pelos métodos

DNER-ME 054/97, DNER-ME 080/94, DNER-ME 082/94, DNER-ME 122/94,

em locais escolhidos aleatoriamente. Deve ser coletada uma amostra por

camada para cada 200 m de pista, ou por jornada diária de trabalho.

• Ensaios de compactação pelo método DNER-ME 129/94, com energia

indicada no projeto, com material coletado na pista. Deve ser coletada uma

amostra por camada para cada 200m.

• No caso da utilização de mistura de solo e material britado, a

compactação deve ser com a energia modificada, de modo a atingir o máximo

de densificação.• Ensaios de Índice de Suporte Califórnia - ISC e expansão pelo método

DNER-ME 049/94, na energia de compactação indicada, em locais escolhidos

aleatoriamente. Deve ser coletada uma amostra para cada 400m de pista ou

por camada por jornada diária de trabalho.

• Para pistas de extensão limitada, com área de até 4.000 m², devem ser

coletadas pelo menos 5 amostras, para execução do controle dos insumos.

� Controle da execução

O controle da execução da base estabilizada deve ser exercido mediante a

coleta de amostras, ensaios e determinações feitas de maneira aleatória, de

acordo com o Plano de Amostragem Variável. Devem ser efetuadas as

seguintes determinações e ensaios:

• Ensaio de teor de umidade do material, imediatamente após a

compactação, para cada 100 m de pista (métodos DNER-ME 052/94 ou DNER-

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ME 088/94). A tolerância admitida para o teor de umidade deve ser de + 2

pontos percentuais em relação à umidade ótima.

• Ensaio de massa específica aparente seca "in situ" para cada 100 m de

pista, por camada, pelos métodos DNER 092/94 ou DNER-ME 036/94. Para

pistas de extensão limitada, com área de até 4.000 m², devem ser coletadas

pelo menos 5 amostras, para o cálculo do grau de compactação (GC).

• Os cálculos do grau de compactação devem ser realizados utilizando-se

os valores da massa específica aparente seca máxima obtida no laboratório e

da massa específica aparente seca "in situ", obtida na pista. Não devem ser

aceitos valores de grau de compactação inferiores a 100%.

� Verificação do produto

A verificação final da qualidade da camada de base deve ser exercida através

das determinações executadas de acordo com o Plano de Amostragem

Variável.

Após a execução da base, deve-se proceder ao controle geométrico, mediante

a relocação e o nivelamento do eixo e das bordas, permitindo-se as seguintes

tolerâncias:

• + 10 cm, quanto à largura da plataforma;• até 20%, para a flecha de abaulamento;• + 10% quanto à espessura da camada indicada no projeto.

� Plano de amostragem - Controle tecnológico

O número e a frequência de determinações correspondentes aos diversos

ensaios para o controle tecnológico dos insumos, da execução devem ser

estabelecidos conforme Plano de Amostragem, aprovado pela Fiscalização, de

acordo com a Norma DNER-PRO 277/97.

� Condições de conformidade e não-conformidade

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Todos os ensaios de controle e determinações, realizados de acordo com o

Plano de Amostragem, devem cumprir as condições desta Norma.

Os resultados do controle estatístico devem ser registrados em relatórios

periódicos, de acordo com a norma DNIT 011/2004-PRO.

Todo detalhe incorreto ou mal executado deve ser corrigido, de forma a

atenderem às especificações estabelecidas.

i. Critérios de medição

A base deve ser medida em metros cúbicos, considerando o volume

efetivamente executado. Não devem ser medidos em separado: mão-de-obra,

materiais, transporte, equipamentos e encargos, devendo os mesmos ser

incluídos na composição do preço unitário.

No cálculo dos volumes devem ser consideradas as larguras e espessuras

médias da camada obtidas no controle geométrico.

A medição deve ser processada somente após anexada a ela um relatório de

controle da qualidade, contendo os resultados dos ensaios, caracterizando a

qualidade do serviço executado.

6.2.1. Imprimação com Ligante Asfáltico

A seguir apresentar-se-á a sistemática empregada na execução e controle da

qualidade da imprimação sobre a camada de base concluída, de acordo com a

Norma DNIT 144/2012 - ES.

Objetivo

Esta especificação de serviço estabelece a sistemática empregada na

aplicação uniforme de material asfáltico sobre a camada de base concluída.

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Definição

Imprimação consiste na aplicação de material asfáltico sobre a superfície da

base concluída, antes da execução do revestimento asfáltico, objetivando

conferir coesão superficial, impermeabilização e permitir condições de

aderência entre esta e o revestimento a ser executado.

a. Condições gerais

Os ligantes asfáltico não deve ser distribuído quando a temperatura ambiente

for inferior a 10 ºC, ou em dias de chuva, ou quando a superfície a ser

imprimada apresentar qualquer sinal de excesso de umidade.

Todo carregamento de ligante asfáltico deve apresentar certificado contendo os

resultados dos ensaios de caracterização exigidos nesta especificação. Deve

trazer também indicação clara de sua procedência, do tipo e quantidade do seu

conteúdo e distância de transporte entre o fornecedor e o canteiro de obra.

É de responsabilidade da executante a proteção dos serviços a materiais

contra a ação destrutiva das águas pluviais, do tráfego e de outros agentes que

possam danificá-los.

b. Condições específicas

� Material

O ligante asfáltico empregado na imprimação deve ser o asfalto diluído CM-30,

em conformidade com a Norma DNER-EM 363/97.

A taxa de aplicação "T" que pode ser absorvida pela base em 24 horas,

devendo ser experimentalmente na obra. As taxas de aplicação do asfalto

diluído usuais são da ordem de 0,8 a 1,6 I/m², conforme o tipo e a textura da

base.

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� Equipamentos

Para a varredura da superfície da base, usam-se vassouras mecânicas

rotativas, podendo ser executada manualmente, ou com a utilização do jato de

ar comprimido.

A distribuição do ligante deve ser feita por carros equipados com bomba

reguladora de pressão e sistema completo de aquecimento que permitam a

aplicação do ligante asfáltico em quantidade uniforme.

Os carros distribuidores do ligante asfáltico, devem ser providos de dispositivos

de aquecimento, dispondo de velocímetro, calibradores e termômetros com

precisão de 1 ºC e, possuir espargidor manual para tratamento de pequenas

superfícies e correções localizadas. As barras de distribuição devem ser do tipo

de circulação plena, com dispositivo de ajustamento vertical e larguras

variáveis de espalhamento uniforme do ligante asfáltico.

O depósito de material asfáltico deve ser equipado com dispositivo que permita

o aquecimento adequado e uniforme do conteúdo do recipiente. O depósito

deve ter uma capacidade tal que possa armazenar a quantidade de ligante a

ser aplicada em, pelo menos, um dia de trabalho.

c. Execução

Antes da execução dos serviços, deve ser implantada a adequada sinalização,

visando à segurança do tráfego no segmento rodoviário e, efetuada sua

manutenção permanente durante a execução dos serviços.

Após a perfeita conformação geométrica da base, proceder à varredura da

superfície.

Antes da aplicação do ligante asfáltico a pista deve ser levemente umedecida.

Aplicam-se, a seguir, os ligantes asfáltico, na temperatura adequada, na

quantidade recomendada e de maneira uniforme. As temperaturas de aplicação

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devem ser fixadas para o tipo de ligante, em função da relação temperatura x

viscosidade, escolhendo-se a temperatura que proporcione a melhor

viscosidade para espalhamento. A faixa de viscosidade recomendada é de 20

a 60 segundos "Saybolt-Furol" (DNER-ME 004/94).

A tolerância admitida para a taxa de aplicação do ligante definida em projeto e

ajustada no campo é de + 0,2 I/m².

Deve-se imprimar a largura total da pista em um mesmo turno e deixá-la

fechada ao tráfego. O tempo de exposição da base imprimada, depois da cura,

deve ser condicionado ao comportamento da mesma, não podendo ultrapassar

30 dias.

A fim de evitar a superposição ou excesso nos pontos iniciais e finais das

aplicações, devem ser colocadas faixas de papel transversalmente na pista, de

modo que o início e o término da aplicação do ligante situem-se sobre essas

faixas. Qualquer falha na aplicação do ligante deve ser imediatamente

corrigida.

d. Condicionantes ambientais

Objetivando a preservação ambiental, devem ser devidamente observadas e

adotadas as soluções e os respectivos procedimentos específicos atinentes ao

tema ambiental com atenção especial a Norma DNIT 070/2006 PRO, e as

recomendações e exigências dos órgãos ambientais.

e. Inspeções

� Controle do insumo

O material utilizado na execução da imprimação deve ser rotineiramente

examinado em laboratório, obedecendo à metodologia indicada pelo DNIT.

Para todo carregamento que chegar à obra deve ser realizado ensaio de

viscosidade cinemática a 60ºC (ABNT NBR 14756:2001).

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Para cada 110t deve ser realizado ensaio de viscosidade "Saybolt-Furol"

(DNER-ME 004/94), ensaio de ponto de fulgor e combustão (ABNT NBR

5765:2004), ensaio de destilação para os asfaltos diluídos (DNER-ME 012/94).

� Controle da execução

i. Temperatura

A temperatura do ligante asfáltico deve ser medida no caminhão distribuidor

antes da aplicação, a fim de verificar se satisfaz ao intervalo definido pela

relação viscosidade x temperatura.

ii. Taxa de Aplicação (T)

O controle da quantidade do ligante asfáltico aplicado deve ser efetuado

aleatoriamente, mediante a colocação de bandejas, de massa (P1) e área (A)

conhecidas, na pista onde está sendo feita a aplicação. O ligante é coletado na

bandeja na passagem do carro distribuidor.

Com a pesagem da bandeja depois da cura total do ligante (P2), se obtém a

taxa de aplicação do resíduo (TR) da seguinte forma:

TR = P2 - P1

A

A partir da taxa de aplicação do resíduo (TR) se obtém a Taxa de Aplicação (T)

do asfalto diluído CM-30.

Para trechos de imprimação de extensão limitada ou com necessidade de

liberação imediata, com área de no máximo 4.000 m², devem ser feitas 5

determinações de T, para controle. Nos demais casos, para segmentos com

área superior a 4.000 m² e inferior a 20.000 m², o controle da execução deve

ser exercido mediante coleta de amostras para determinação da taxa de

aplicação, de acordo com o Plano Amostragem Viável.

� Verificação do produto

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Devem ser verificadas visualmente a homogeneidade da aplicação, a

penetração do ligante na camada da base e sua efetiva cura.

� Plano de amostragem - Controle tecnológico

O número e a frequência de determinações da taxa de aplicação (T) do ligante

devem ser estabelecidos conforme Plano de Amostragem, aprovado pela

Fiscalização, de acordo com a Norma DNER-PRO 277/97.

� Condições de conformidade e não-conformidade

Os resultados do controle estatístico devem ser registrados em relatórios

periódicos, de acordo com a norma DNIT 011/2004-PRO.

Todo detalhe incorreto ou mal executado deve ser corrigido, de forma a

atenderem às especificações estabelecidas.

f. Critérios de medição

A imprimação deve ser medida em metros quadrados, considerando a área

efetivamente executada. Não devem ser medidos em separado: mão-de-obra,

materiais (exceto asfalto diluído), transporte do ligante dos tanques de

estocagem até a pista, armazenamento e encargos, devendo os mesmos ser

incluídos na composição do preço unitário.

A quantidade de asfalto diluído aplicada é obtida pela média aritmética dos

valores medidos na pista, em toneladas.

O transporte do asfalto diluído efetivamente aplicado deve ser medido com

base na distância entre o fornecedor e o canteiro de serviço.

A medição deve ser processada somente após anexada a ela um relatório de

controle da qualidade, contendo os resultados dos ensaios, caracterizando a

qualidade do serviço executado.

6.2.2. Concreto Asfáltico

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A seguir, será definido a sistemática ser empregada na execução de camada

do pavimento flexível de estradas de rodagem, pela confecção de mistura

asfáltica a quente em usina apropriada utilizando ligante asfáltico, agregados e

material de enchimento (filer).

Objetivo

Estabelecer a sistemática a ser empregada na produção de misturas asfálticas

para a construção de camadas do pavimento de estradas de rodagem, de

acordo com os alinhamentos, greide e seção transversal de projeto.

Definições

Concreto Asfáltico - Mistura executada a quente, em usina apropriada, com

características específicas, composta de agregado graduado, material de

enchimento (filer) se necessário e cimento asfáltico, espalhada e compactada a

quente.

a. Condições Gerais

O concreto asfáltico pode ser empregado como revestimento, camada de

ligação (binder), base, regularização ou reforço do pavimento.

Não é permitida a execução dos serviços, objeto desta Especificação, em dias

de chuva.

O concreto asfáltico somente deve ser fabricado, transportado e aplicado

quando a temperatura ambiente for superior a 10ºC.

Todo o carregamento de cimento asfáltico que chegar à obra deve apresentar

por parte do fabricante/distribuidor certificado de resultados de análise dos

ensaios de caracterização exigidos pela especificação, correspondente à data

de fabricação ou ao dia de carregamento para transporte com destino ao

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canteiro de serviço, se o período entre os dois eventos ultrapassar de 10 dias.

Deve trazer também indicação clara da sua procedência, do tipo e quantidade

do seu conteúdo e distância de transporte entre a refinaria e o canteiro de obra.

b. Condições específicas

� Materiais

Os materiais constituintes do concreto asfáltico são agregado graúdo,

agregado miúdo, material de enchimento filer e ligante asfáltico, os quais

devem satisfazer às Normas pertinentes, e às Especificações aprovadas pelo

DNIT.

o Cimento Asfáltico

Podem ser empregados os seguintes tipos de cimento asfáltico de petróleo:

– CAP-30/45

– CAP-50/70

– CAP-85/100

o Agregados� Agregado graúdo

O agregado graúdo pode ser pedra britada, escória, seixo rolado

preferencialmente britado ou outro material indicado nas Especificações

Complementares

a) desgaste Los Angeles igual ou inferior a 50% (DNER-ME 035);

admitindo-se excepcionalmente agregados com valores maiores, no caso de

terem apresentado comprovadamente desempenho satisfatório em utilização

anterior – caso o agregado graúdo a ser usado apresente um índice de

desgaste Los Angeles superior a 50%, poderá ser usado o Método DNER-ME

401 – Agregados – determinação de degradação de rochas após compactação

Marshall, com ligante IDml, e sem ligante IDm, cujos valores tentativas de

degradação para julgamento da qualidade de rochas destinadas ao uso do

Concreto Asfáltico Usinado a Quente são: IDml ≤ 5% e IDm ≤ 8%.

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b) índice de forma superior a 0,5 (DNER-ME 086);

c) durabilidade, perda inferior a 12% (DNERME 089).

� Agregado miúdo

O agregado miúdo pode ser areia, pó-de-pedra ou mistura de ambos ou outro

material indicado nas Especificações Complementares. Suas partículas

individuais devem ser resistentes, estando livres de torrões de argila e de

substâncias nocivas. Deve apresentar equivalente de areia igual ou superior a

55% (DNER-ME 054)

� Material de Enchimento ( filler )

Quando da aplicação deve estar seco e isento de grumos, e deve ser

constituído por materiais minerais finamente divididos, tais como cimento

Portland, cal extinta, pós-calcários, cinza volante, etc; de acordo com a Norma

DNER-EM 367.

� Melhorador de adesividade

Não havendo boa adesividade entre o ligante asfáltico e os agregados graúdos

ou miúdos (DNER-ME 078 e DNER-ME 079), pode ser empregado melhorador

de adesividade na quantidade fixada no projeto.

A determinação da adesividade do ligante com o melhorador de adesividade é

definida pelos seguintes ensaios:

a) Métodos DNER-ME 078 e DNER 079, após submeter o ligante asfáltico

contendo o dope ao ensaio RTFOT (ASTM – D 2872) ou ao ensaio ECA

(ASTM D-1754);b) Método de ensaio para determinar a resistência de misturas asfálticas

compactadas à degradação produzida pela umidade (AASHTO 283). Neste

caso a razão da resistência à tração por compressão diametral estática antes e

após a imersão deve ser superior a 0,7 (DNER-ME 138).

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� Composição da Mistura

A composição do concreto asfáltico deve satisfazer aos requisitos do quadro

seguinte com as respectivas tolerâncias no que diz respeito à granulometria

(DNERME 083) e aos percentuais do ligante asfáltico determinados pelo

projeto da mistura.

As porcentagens de ligante se referem à mistura de agregados, considerada

como 100%. Para todos os tipos a fração retida entre duas peneiras

consecutivas não deve ser inferior a 4% do total.

� Equipamentos

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Os equipamentos necessários à execução dos serviços serão adequados aos

locais de instalação das obras, atendendo ao que dispõem as especificações

para os serviços.

Devem ser utilizados, no mínimo, os seguintes equipamentos:

a) Depósito para ligante asfáltico;b) Silos para agregados;c) Usina para misturas asfálticas;d) Caminhões basculantes para transporte da mistura;e) Equipamento para espalhamento e acabamento;f) Equipamento para compactação.

c. Execução

1. Pintura de Ligação

Sendo decorridos mais de sete dias entre a execução da imprimação e a do

revestimento, ou no caso de ter havido trânsito sobre a superfície imprimada,

ou, ainda ter sido a imprimação recoberta com areia, pó-de-pedra, etc., deve

ser feita uma pintura de ligação.

2. Temperatura do ligante

A temperatura do cimento asfáltico empregado na mistura deve ser

determinada para cada tipo de ligante, em função da relação temperatura-

viscosidade. A temperatura conveniente é aquela na qual o cimento asfáltico

apresenta uma viscosidade situada dentro da faixa de 75 a 150 SSF, “Saybolt-

Furol” (DNER-ME 004), indicando-se, preferencialmente, a viscosidade de 75 a

95 SSF. A temperatura do ligante não deve ser inferior a 107°C nem exceder a

177°C.

3. Aquecimento dos agregados

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Os agregados devem ser aquecidos a temperaturas de 10°C a 15°C acima da

temperatura do ligante asfáltico, sem ultrapassar 177°C.

4. Produção de concreto asfáltico

A produção do concreto asfáltico é efetuada em usinas apropriadas, conforme

anteriormente especificado.

5. Transporte do concreto asfáltico

O concreto asfáltico produzido deve ser transportado, da usina ao ponto de

aplicação, nos veículos especificados no item 5.3 quando necessário, para que

a mistura seja colocada na pista à temperatura especificada. Cada

carregamento deve ser coberto com lona ou outro material aceitável, com

tamanho suficiente para proteger a mistura.

6. Distribuição e compactação da mistura

A distribuição do concreto asfáltico deve ser feita por equipamentos

adequados, conforme especificado no item 5.3. Caso ocorram irregularidades

na superfície da camada, estas devem ser sanadas pela adição manual de

concreto asfáltico, sendo esse espalhamento efetuado por meio de ancinhos e

rodos metálicos. Após a distribuição do concreto asfáltico, tem início a rolagem.

Como norma geral, a temperatura de rolagem é a mais elevada que a mistura

asfáltica possa suportar, temperatura essa fixada, experimentalmente, para

cada caso. Caso sejam empregados rolos de pneus, de pressão variável,

inicia-se a rolagem com baixa pressão, a qual deve ser aumentada à medida

que a mistura seja compactada, e, consequentemente, suportando pressões

mais elevadas. A compactação deve ser iniciada pelos bordos,

longitudinalmente, continuando em direção ao eixo da pista. Nas curvas, de

acordo com a superelevação, a compactação deve começar sempre do ponto

mais baixo para o ponto mais alto. Cada passada do rolo deve ser recoberta na

seguinte de, pelo menos, metade da largura rolada. Em qualquer caso, a

operação de rolagem perdurará até o momento em que seja atingida a

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compactação especificada. Durante a rolagem não são permitidas mudanças

de direção e inversões bruscas da marcha, nem estacionamento do

equipamento sobre o revestimento recém – rolado. As rodas do rolo devem ser

umedecidas adequadamente, de modo a evitar a aderência da mistura.

7. Abertura do tráfego

Os revestimentos recém–acabados devem ser mantidos sem tráfego, até o seu

completo resfriamento.

d. Manejo ambiental

Para execução do concreto asfáltico são necessários trabalhos envolvendo a

utilização de asfalto e agregados, além da instalação de usina misturadora. Os

cuidados observados para fins de preservação do meio ambiente envolvem a

produção, a estocagem e a aplicação de agregados, assim como a operação

da usina.

� Agregados

No decorrer do processo de obtenção de agregados de pedreiras e areias

devem ser considerados os seguintes cuidados principais:

a) caso utilizadas instalações comerciais, a brita e a areia somente são

aceitas após apresentação da licença ambiental de operação da pedreira/areal,

cuja cópia deve ser arquivada junto ao Livro de Ocorrências da Obra;b) não é permitida a localização da pedreira e das instalações de britagem

em área de preservação ambiental;c) planejar adequadamente a exploração da pedreira e do areal, de modo a

minimizar os impactos decorrentes da exploração e a possibilitar a recuperação

ambiental após o término das atividades exploratórias;d) impedir as queimadas;e) seguir as recomendações constantes da Norma DNER-ES 279 para os

caminhos de serviço;

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f) construir, junto às instalações de britagem, bacias de sedimentação para

retenção do pó de pedra eventualmente produzido em excesso;g) além destas, devem ser atendidas, no que couber, as recomendações

da DNER ISA-07 – Instrução de Serviço Ambiental: impactos da fase de obras

rodoviárias – causas/ mitigação/ eliminação.

� Cimento asfáltico

Instalar os depósitos em locais afastados de cursos d’água. Vedar o descarte

do refugo de materiais usados na faixa de domínio e em áreas onde possam

causar prejuízos ambientais. Recuperar a área afetada pelas operações de

construção / execução, imediatamente após a remoção da usina e dos

depósitos e a limpeza do canteiro de obras.

As operações em usinas asfálticas a quente englobam:

a) estocagem, dosagem, peneiramento e transporte de agregados frios;b) transporte, peneiramento, estocagem e pesagem de agregados quentes;c) transporte e estocagem de filer;d) transporte, estocagem e aquecimento de óleo combustível e do cimento

asfáltico.

� Instalação

Impedir a instalação de usinas de asfalto a quente a uma distância inferior a

200 m (duzentos metros), medidos a partir da base da chaminé, de residências,

de hospitais, clínicas, centros de reabilitação, escolas asilos, orfanatos creches,

clubes esportivos, parques de diversões e outras construções comunitárias.

Definir no projeto executivo, áreas para as instalações industriais, de maneira

tal que se consiga o mínimo de agressão ao meio ambiente. O Executante será

responsável pela obtenção da licença de instalação/operação, assim como pela

manutenção e condições de funcionamento da usina dentro do prescrito nesta

Norma.

� Operação

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Instalar sistemas de controle de poluição do ar constituídos por ciclones e filtro

de mangas ou por equipamentos que atendam aos padrões estabelecidos na

legislação. Apresentar junto com o projeto para obtenção de licença, os

resultados de medições em chaminés que comprovem a capacidade do

equipamento de controle proposto, para atender aos padrões estabelecidos

pelo órgão ambiental. Dotar os silos de estocagem de agregado frio de

proteções lateral e cobertura, para evitar dispersão das emissões fugitivas

durante a operação de carregamento. Enclausurar a correia transportadora de

agregado frio. Adotar procedimentos de forma que a alimentação do secador

seja feita sem emissão visível para a atmosfera. Manter pressão negativa no

secador rotativo, enquanto a usina estiver em operação, para evitar emissões

de partículas na entrada e na saída. Dotar o misturador, os silos de agregado

quente e as peneiras classificatórias do sistema de controle de poluição do ar,

para evitar emissões de vapores e partículas para a atmosfera. Fechar os silos

de estocagem de mistura asfáltica. Pavimentar e manter limpas as vias de

acesso internas, de tal modo que as emissões provenientes do tráfego de

veículos não ultrapassem 20% de opacidade. Dotar os silos de estocagem de

filer de sistema próprio de filtragem a seco. Adotar procedimentos operacionais

que evitem a emissão de partículas provenientes dos sistemas de limpeza dos

filtros de mangas e de reciclagem do pó retido nas mangas. Acionar os

sistemas de controle de poluição do ar antes dos equipamentos de processo.

Manter em boas condições todos os equipamentos de processo e de controle.

Dotar as chaminés de instalações adequadas para realização de medições.

Substituir o óleo combustível por outra fonte de energia menos poluidora (gás

ou eletricidade) e estabelecer barreiras vegetais no local, sempre que possível.

e. Inspeções

� Controle dos insumos

Todos os materiais utilizados na fabricação de Concreto Asfáltico (Insumos)

devem ser examinados em laboratório, obedecendo a metodologia indicada

pelo DNIT, e satisfazer às especificações em vigor.

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o Controle dos insumos

O controle da qualidade do cimento asfáltico consta do seguinte:

– 01 ensaio de penetração a 25ºC (DNER-ME 003), para todo carregamento

que chegar à obra;

– 01 ensaio do ponto de fulgor, para todo carregamento que chegar à obra

(DNERME 148);

– 01 índice de susceptibilidade térmica para cada 100t, determinado pelos

ensaios DNER-ME 003 e NBR 6560;

– 01 ensaio de espuma, para todo carregamento que chegar à obra; – 01

ensaio de viscosidade “Saybolt-Furol” (DNER-ME 004), para todo

carregamento que chegar à obra;

– 01 ensaio de viscosidade “Saybolt-Furol” (DNER-ME 004) a diferentes

temperaturas, para o estabelecimento da curva viscosidade x temperatura,

para cada 100t.

o Agregados

O controle da qualidade dos agregados consta do seguinte:

a) Ensaios eventuais

Somente quando houver dúvidas ou variações quanto à origem e natureza dos

materiais.

– ensaio de desgaste Los Angeles (DNER-ME 035);

– ensaio de adesividade (DNER-ME 078 e DNER-ME 079). Se o concreto

asfáltico contiver dope também devem ser executados os ensaios de RTFOT

(ASTM D-2872) ou ECA (ASTM-D-1754) e de degradação produzida pela

umidade (AASHTO-283/89 e DNERME 138);

– ensaio de índice de forma do agregado graúdo (DNER-ME 086);

b) Ensaios de rotina

– 02 ensaios de granulometria do agregado, de cada silo quente, por

jornada de 8 horas de trabalho (DNER-ME 083);

– 01 ensaio de equivalente de areia do agregado miúdo, por jornada de 8

horas de trabalho (DNER-ME 054);

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– 01 ensaio de granulometria do material de enchimento (filer), por jornada

de 8 horas de trabalho (DNER-ME 083).

� Controle da produção

O controle da produção (Execução) do Concreto Asfáltico deve ser exercido

através de coleta de amostras, ensaios e determinações feitas de maneira

aleatória de acordo com o Plano de Amostragem Aleatória

o Controle da usinagem do concreto asfáltico

a) Controles da quantidade de ligante na mistura Devem ser efetuadas

extrações de asfalto, de amostras coletadas na pista, logo após a passagem da

acabadora (DNER-ME 053). A porcentagem de ligante na mistura deve

respeitar os limites estabelecidos no projeto da mistura, devendo-se observar a

tolerância máxima de ± 0,3. Deve ser executada uma determinação, no mínimo

a cada 700m2 de pista.

b) Controle da graduação da mistura de agregados deve ser procedido o

ensaio de granulometria (DNER-ME 083) da mistura dos agregados resultantes

das extrações citadas na alínea "a". A curva granulométrica deve manter-se

contínua, enquadrando-se dentro das tolerâncias especificadas no projeto da

mistura.

c) Controle de temperatura São efetuadas medidas de temperatura, durante a

jornada de 8 horas de trabalho, em cada um dos itens abaixo discriminados: –

do agregado, no silo quente da usina; – do ligante, na usina; – da mistura, no

momento da saída do misturador. As temperaturas podem apresentar

variações de ± 5ºC das especificadas no projeto da mistura. d) Controle das

características da mistura Devem ser realizados ensaios Marshall em três

corpos-de-prova de cada mistura por jornada de oito horas de trabalho

(DNERME 043) e também o ensaio de tração por compressão diametral a 25°C

(DNER-ME 138), em material coletado após a passagem da acabadora. Os

corpos-deprova devem ser moldados in loco, imediatamente antes do início da

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compactação da massa. Os valores de estabilidade, e da resistência à tração

por compressão diametral devem satisfazer ao especificado.

o Espalhamento e compactação na pista

Devem ser efetuadas medidas de temperatura durante o espalhamento da

massa imediatamente antes de iniciada a compactação. Estas temperaturas

devem ser as indicadas, com uma tolerância de ± 5°C. O controle do grau de

compactação - GC da mistura asfáltica deve ser feito, medindo-se a densidade

aparente de corpos-de-prova extraídos da mistura espalhada e compactada na

pista, por meio de brocas rotativas e comparando-se os valores obtidos com os

resultados da densidade aparente de projeto da mistura. Devem ser realizadas

determinações em locais escolhidos, aleatoriamente, durante a jornada de

trabalho, não sendo permitidos GC inferiores a 97% ou superiores a 101%, em

relação à massa específica aparente do projeto da mistura.

� Verificação do produto

A verificação final da qualidade do revestimento de Concreto Asfáltico

(Produto) deve ser exercida através das seguintes determinações, executadas

de acordo com o Plano de Amostragem Aleatório:

a) Espessura da camada Deve ser medida por ocasião da extração dos

corpos-de-prova na pista, ou pelo nivelamento, do eixo e dos bordos; antes e

depois do espalhamento e compactação da mistura. Admite-se a variação de ±

5% em relação às espessuras de projeto.

b) Alinhamentos A verificação do eixo e dos bordos deve ser feita durante

os trabalhos de locação e nivelamento nas diversas seções correspondentes

às estacas da locação.. Os desvios verificados não devem exceder ± 5cm.

c) Acabamento da superfície Durante a execução deve ser feito em cada

estaca da locação o controle de acabamento da superfície do revestimento,

com o auxílio de duas réguas, uma de 3,00m e outra de 1,20m, colocadas em

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ângulo reto e paralelamente ao eixo da estrada, respectivamente. A variação

da superfície, entre dois pontos quaisquer de contato, não deve exceder a

0,5cm, quando verificada com qualquer das réguas. O acabamento longitudinal

da superfície deve ser verificado por aparelhos medidores de irregularidade tipo

resposta devidamente calibrados (DNER-PRO 164 e DNER-PRO 182) ou outro

dispositivo equivalente para esta finalidade. Neste caso o Quociente de

Irregularidade - QI deve apresentar valor inferior ou igual a 35 contagens/km

(IRI ≤ 2,7).

d) Condições de segurança O revestimento de concreto asfáltico acabado

deve apresentar Valores de Resistência à Derrapagem - VDR ≥ 45 quando

medido com o Pêndulo Britânico (ASTM-E 303) e Altura de Areia – 1,20mm ≥

HS ≥ 0,60mm (NF P-98-216-7). Os ensaios de controle são realizados em

segmentos escolhidos de maneira aleatória, na forma definida pelo Plano da

Qualidade.

� Plano de amostragem

O número e a frequência de determinações correspondentes aos diversos

ensaios para o controle tecnológico da produção e do produto são

estabelecidos segundo um Plano de Amostragem aprovado pela Fiscalização,

de acordo com a seguinte tabela de controle estatístico de resultados (DNER-

PRO 277):

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� Condições de conformidade e não conformidade

Todos os ensaios de controle e determinações relativos à produção e ao

produto, realizados de acordo com o Plano de Amostragem citado em 6.4,

deverão cumprir as Condições Gerais e Específicas desta Norma, e estar de

acordo com os seguintes critérios:

a) Quando especificada uma faixa de valores mínimos e máximos devem

ser verificadas as seguintes condições:

X - ks < valor mínimo especificado ou X + ks > valor máximo de projeto: Não

Conformidade;

X - ks ≥ valor mínimo especificado ou X + ks ≤ valor máximo de projeto:

Conformidade;

Sendo:

Onde: i x – valores individuais;

X – média da amostra;

s - desvio padrão da amostra;

k - coeficiente tabelado em função do número de determinações;

n - número de determinações.

b) Quando especificado um valor mínimo a ser atingido devem ser

verificadas as seguintes condições:

Se x - ks < valor mínimo especificado: Não Conformidade;

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Se x - ks ≥ valor mínimo especificado: Conformidade.

Os resultados do controle estatístico serão registrados em relatórios periódicos

de acompanhamento de acordo com a norma DNIT 011/2004-PRO a qual

estabelece que sejam tomadas providências para tratamento das “Não-

Conformidades” da Produção e do Produto. Os serviços só devem ser aceitos

se atenderem às prescrições desta Norma. Todo detalhe incorreto ou mal

executado deve ser corrigido. Qualquer serviço só deve ser aceito se as

correções executadas colocarem-no em conformidade com o disposto nesta

Norma; caso contrário será rejeitado.

� Fiscalização do pavimento asfáltico

Após o pavimento asfáltico estar pronto deverá ser realizado um laudo técnico

que comprove a espessura especificada em projeto, a densidade do CBUQ e o

teor de CAP presente na camada asfáltica. O laudo técnico deverá ser

realizado por empresa idônea e deverá ser acompanhado de ART do

profissional responsável pelo serviço.

6.3. PAVIMENTO EM BLOCO INTERTRAVADO

Definições

Pavimento de peças pré-moldadas de concreto é o tipo de pavimentação

adequada para estacionamentos, vias de acesso, desvios ou rodovias de

tráfego leve e preferencialmente urbanos, constituído por peças pré-moldadas

de concreto, com diversos formatos, justapostas, com ou sem articulação e

rejuntadas com asfalto.

Neste projeto optou-se por utilizar tal tipo de pavimento para determinados

trechos visto a limitação de espaço físico para trabalhos mecânicos de

execução de revestimento em CBUQ.

Condições Gerais

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a. Sub-base

As peças pré-moldadas de concreto deverão assentar sobre uma sub-base,

executada com material que não apresente expansibilidade, ou seja,

bombeável, intercalando-se entre ambos um colchão de areia para melhor

assentamento.

b. Peças pré-moldadas de concreto

As peças pré-moldadas de concreto poderão ser fabricadas na obra ou

adquiridas de fornecedores.

Condições Específicas

� Materiais

a. Peças pré-moldadas de concreto

As peças pré-moldadas de concreto deverão atender as exigências da norma

NBR 9781 devendo ter formato geométrico regular e as seguintes dimensões

mínimas: comprimento de 40 cm, largura de 10 cm e altura de 6 cm. A

verificação da resistência das peças, desde que elas tenham idade entre 15 e

60 dias, poderá ser feita pelo esclerômetro, conforme a norma NBR 7584.

b. Areia ou pó-de-pedra

A areia ou pó de pedra destinado à execução do colchão para apoio das peças

pré-moldadas de concreto deverá atender à norma NBR 7211.

c. Asfalto

Para rejuntamento das peças pré-moldadas deverá ser empregado o cimento

asfáltico de penetração 40/50 ou 50/60.

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� Equipamentos

O equipamento destinado à execução do pavimento é o seguinte:

a. rolo compressor liso de 10 a 12t;

b. caldeira para asfalto, dotada de rodas pneumáticas, engate para

reboque, torneira lateral para retirada de asfalto em baldes ou regadores,

maçaricos e termômetros;

c. pegadores com capacidade de 10 a 20 litros com bico em forma de

cone;

d. outras ferramentas: pás, picaretas, carrinhos de mão, régua, nível de

pedreiro, cordões, ponteiras de aço, vassouras, alavanca de ferro, soquetes

materiais ou mecânicos, e outras.

� Execução

a. Subleito: o subleito deverá ser regularizado segundo a DNER-ES 299 e

se necessário reforçado de acordo com a DNER-ES 300.

b. Sub-base: será executada de acordo com as especificações

estabelecidas pelo DNER para o tipo empregado na execução do pavimento,

devendo manter sua conformação geométrica até o assentamento das peças

pré-moldadas. Os caimentos da superfície do pavimento, destinados à

drenagem da água superficial, deverão ser dados na sub-base. Para melhor

desempenho do pavimento sugere-se que o material da sub-base seja coesivo

ou utilizar brita graduada de granulometria fechada. A espessura da sub-base

deverá ser definida em projeto, não podendo, entretanto, ser inferior a 15 cm.

c. Colchão de areia ou pó de pedra: Para assentamento dos blocos, deverá

ser colocado sobre a sub-base, um colchão de areia ou pó de pedra, que

depois de compactado, deverá ter espessura uniforme e igual a 4 cm. O

confinamento do colchão de areia será feito pelas guias e sarjetas, cuja

colocação é obrigatória neste tipo de pavimento.

d. Pavimento de peças pré-moldadas:� Distribuição dos blocos: As peças pré-moldadas transportadas para a

pista devem ser empilhadas, de preferência à margem da pista. O número de

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peças de cada pilha deve ser tal que cubra a primeira faixa à frente mais o

espaçamento entre elas. Não sendo possível utilizar as áreas laterais para

depósito, empilhar as peças na própria pista, tendo-se o cuidado de deixar livre

as faixas destinadas à colocação das linhas de referência para o

assentamento.

� Colocação das linhas de referência: Cravam-se ponteiros de aço ao

longo do eixo da pista, afastados não mais de 10 m, uns dos outros; em

seguida, cravar ponteiros ao longo de duas ou mais linhas paralelas ao eixo da

pista, a uma distância (desse eixo), igual a um número inteiro, cinco a seis

vezes a distância entre os dois lados paralelos das peças, acrescidas às juntas

intermediárias. Marcar com giz nesses ponteiros, com o auxílio de régua e nível

de pedreiro, uma cota tal que, referida ao nível da guia, resulte a seção

transversal correspondente ao abaulamento estabelecido pelo projeto.

Distender fortemente um cordel pelas marcas de giz, de ponteiro a ponteiro,

segundo a direção do eixo da pista, de modo que restem linhas paralelas e

niveladas.

� Assentamento das peças:o Em trechos retos:

a. terminada a colocação de cordéis. Iniciar o assentamento da primeira

fiIeira, normal ao eixo;

b. quando as peças forem quadradas, faz-se a colocação da primeira peça

com a aresta coincidindo com os eixos da pista. As peças deverão ser

colocadas sobre a camada de areia, acertadas no ato do assentamento de

cada peça, de modo que sua face superior fique pouco acima do cordel. Para

tanto, o calceteiro deve pressionar a peça contra a areia, ao mesmo tempo que

acerta a sua posição. Assentada a primeira peça, a segunda será encaixada da

mesma forma que a primeira. Depois de assentadas. as peças são batidas com

o maço;

c. quando as peças forem sextavadas, faz-se o assentamento da primeira

peça com uma aresta coincidindo com o eixo da pista, restando, assim, o

vértice de um ângulo encostado à linha de origem do assentamento. Os

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triângulos deixados vazios são preenchidos com frações de peças previamente

fabricadas;

d. a fileira não apresenta mais dificuldades de colocação, uma vez que os

encaixes das articulações definem as posições das peças. Iniciar encaixando a

primeira peça, de modo a ficar a junta no centro da peça da primeira fileira que

se encontra à frente. No caso das peças sextavadas, os ângulos deixados no

assentamento da primeira fileira já definem a posição das peças da segunda,

assim como estas definem a terceira, e assim por diante;

e. imediatamente após o assentamento da peça, processar o acerto das

juntas com o auxílio da alavanca de ferro própria, igualando-se à distância

entre elas. Essa operação deve ser feita antes da distribuição do pedrisco para

o rejuntamento, pois o acomodamento deste nas juntas, prejudicará o acerto.

Para evitar que a areia da base também possa prejudicar o acerto, certos tipos

de peças possuem chanfro nas arestas da face inferior;

f. na colocação das peças, o calceteiro deverá, de preferência, trabalhar

de frente para a fileira que está assentando, ou seja, de frente para a área

pavimentada;

g. para as quinas, devem ser empregados segmentos de peças, de ¾ de

peça;

h. o controle das fileiras é feito por meio de esquadros de madeira (catetos

de 1,50 m a 2,00 m), colocando-se um cateto paralelo ao cordel, de forma que

o outro cateto defina o alinhamento transversal da fileira em execução;

i. o nivelamento é controlado por meio de uma régua de madeira, de

comprimento pouco maior que a distância entre os cordéis, e acertando o nível

dos blocos entre os cordéis, e nivelando as extremidades da régua a esses

cordéis;

j. o controle do alinhamento é feito acertando as faces das peças que

encostam nos cordéis, de forma que as juntas definam uma reta sob o cordel.

� Reajuntamento: O rejuntamento das peças será feito com pedrisco

seguido de derrame de asfalto. Distribui-se o pedrisco pelas juntas e depois,

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com a vassoura, procura-se força-lo a penetrar nessas juntas, de forma que

cerca de ¾ de sua altura fiquem preenchidos. Depois, com o regador, derrama-

se o asfalto previamente aquecido nas juntas, até que ele aflore na superfície

do pavimento. Entre o esparrame do pedrisco e o derrame do asfalto, deverá

ser procedida a compressão. Esta é feita passando-se o rolo compressor

iniciando por passadas nas bordas da pista e progredindo daí para o centro,

nos trechos retos até o bordo externo nos trechos em curva.

� Proteção, verificação e entrega ao tráfego: Durante todo o período de

construção do pavimento deverão ser construídas valetas provisórias que

desviam as águas de chuva, e não será permitido tráfego sobre a pista em

execução.

Manejo ambiental

Os cuidados a serem observados visando a preservação do meio ambiente no

decorrer das operações destinadas à execução do pavimento de concreto são:

a. Na exploração das ocorrências de materiais

Atendimento às recomendações preconizadas nas normas DNER-ES 281 e

DNER-ISA 07.

No caso de material pétreo (agregados graúdos), deverão ser tomados os

seguintes cuidados na exploração das ocorrências desses materiais:

� O material somente será aceito após a Executante apresentar a licença

ambiental de operação da pedreira, para arquivamento da cópia da licença

junto ao Livro de Ocorrências da Obra;

� Evitar a localização da pedreira e das instalações de britagem em área

de preservação ambiental;

� Planejar adequadamente a exploração da pedreira, de modo a minimizar

os danos inevitáveis durante a exploração e a possibilitar a recuperação

ambiental, após a retirada de todos os materiais e equipamentos;

� Não provocar queimadas como forma de desmatamento;

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� As estradas de acesso deverão seguir as recomendações da norma

DNER-ES 279;

� Deverão ser construídas, junto às instalações de britagem, bacias de

sedimentação para retenção do pó-de-pedra eventualmente produzido em

excesso ou por lavagem de brita, evitando seu carreamento para cursos

d'água;

� Caso seja fornecida por terceiros, exigir documentação atestando a

regularidade das instalações, assim como de sua operação, junto ao órgão

ambiental competente;

b. Na execução

Os cuidados para a preservação ambiental, referem-se à disciplina do tráfego e

ao estacionamento dos equipamentos.

Deve ser proibido o trafego desordenado dos equipamentos nos caminhos de

serviço, para evitar danos ao meio ambiente.

Inspeção

a. Controle Ambiental

No controle de recebimento dos materiais deverão ser adotados os

procedimentos recomendados no item 5.1 desta Norma.

b. Verificação final da qualidade

Após executar cada trecho de pavimento definido para inspeção, proceder a

relocação e o nivelamento do eixo e dos bordos, de 20m em 20m, ao longo do

eixo, para verificar se a largura e a espessura do pavimento estão de acordo

com o projeto.

O trecho de pavimento será aceito quando:

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� a variação na largura da placa for inferior a +10% em relação à definida

no projeto;

� a espessura média do pavimento for igual ou maior que a espessura de

projeto e a diferença entre o maior e o menor valor obtido para as espessuras

seja no máximo de 1 cm.

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6.4. DRENAGEM

De forma a captar e direcionar as águas precipitadas sobre o leito estradal, faz-

se necessário a implantação de um sistema de drenagem eficiente que venha

prevenir o acúmulo de agua na pista, bem como e a potencial redução na

capacidade de suporte do pavimento devido a possíveis infiltrações.

Realizado antes das obras de pavimentação, o sistema de drenagem a ser

implantado tem como base a análise de pontos cruciais tais como encontros de

condutos, variações de declividade, velocidade de escoamento adequada,

cotas do terreno e a profundidade da escavação necessária, bem como o

correto dimensionamento e posicionamento de dispositivos que compõem o

sistema, como por exemplo: tubulações, poços de visita e caixas-ralo.

Escavações

Para a implantação dos dispositivos que compõem o sistema de drenagem da

via, serão feitas escavações que se dará sempre no sentido jusante para

montante. Quando a coesão do solo for baixa e as profundidades maiores que

1,20m, deverá ser efetuado escoramento de madeira para evitar o

desmoronamento.

A profundidade da tubulação será de no mínimo: 150 cm para tubos de

diâmetro igual a 40 cm, 200 cm para tubos de 60 cm e 300 cm para tubos de

80 cm. O recobrimento mínimo dos tubos em concreto simples e em concreto

armado será de 1,50 vezes o diâmetro da tubulação, acima da geratriz superior

da canalização.

A largura da vala será igual ao diâmetro externo do tubo acrescido de 80 cm

para tubos de diâmetro de 40 e 80 cm, acrescido de 90 cm para diâmetros de

tubos de 60 cm.

A reposição da terra na vala deverá ser executada da seguinte maneira:

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• Inicialmente deverá ser colocado material de granulometria fina de cada

lado da canalização;

• Em seguida, este material deverá ser cuidadosamente apiloado;

• Será conveniente tomar precauções em compactar todo solo até cerca

de 60 cm acima do tubo, fazendo-se sempre esta compactação lateralmente ao

tubo.

• Depois de 60 cm a terra será compactada em camadas de no máximo

20 cm.

No que diz respeito aos aterros, é importante salientar que o material utilizados

nos aterros deverá ser restritamente isento de matéria orgânica, sendo o aterro

executado em camadas sucessivas de 20cm, molhadas e apiloadas, de forma

a prover a devida estabilidade ao terreno.

Alvenaria

A alvenaria necessária será executada em blocos de concreto estrutural, nas

dimensões especificadas no projeto.

O assentamento será com argamassa 1:4 ou 1:5 com areia média e produto

substituto da cal. As juntas terão espessura máxima de 15 mm e rebaixadas a

ponta de colher.

O assentamento da tubulação deverá ser feito sobre a argila compactada ou

quando o solo for rochoso deverá ser realizado um colchão em areia ou

pedrisco, para então assentar a tubulação.

Tubulação

No que diz respeito a tubulação a ser utilizada no sistema de drenagem, estes

consistem em tubos concreto simples, sendo usada classe PB-CA1 para os

diâmetros de 0,40m e em concreto armado PB-CA1 nos diâmetros de 0,60 e

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0,80m. Além disso, ambos tubos (concreto simples e armado) utilizados para

bueiros devem possuir encaixe tipo ponta e bolsa.

Em relação ao assentamento, os tubos deverão ser rejuntados com argamassa

de cimento e areia no traço 1:4, visando sempre atingir toda a circunferência da

tubulação a fim de garantir a sua estanqueidade (DNER-ES 330/97).

Dispositivos complementares

Os dispositivos complementares da rede pluvial serão as bocas de lobo, caixas

de ligação e a canalização do esgotamento das caixas-ralo.

Vale ressaltar que as caixas-ralo deverão ser executadas com dimensões que

se possa ter acesso à tubulação para ser realizada a limpeza e desobstrução

quando necessária.

6.4. SINALIZAÇÃO DAS VIAS

6.4.1. SINALIZAÇÃO HORIZONTAL

A seguir apresentaremos a sistemática empregada na elaboração de projeto e

nos serviços de execução e controle de qualidade da sinalização horizontal de

rodovias, de acordo com a Norma DNIT 100/2009 - ES.

Objetivo

Esta especificação de serviço tem por objetivo estabelecer os requisitos

básicos essenciais para elaboração de projeto e execução de serviço de

sinalização horizontal em rodovias federais.

Definição

Sinalização rodoviária horizontal - Conjunto de marcas, símbolos e legendas

aplicados sobre o revestimento de uma rodovia, de acordo com um projeto

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desenvolvido para propiciar condições de segurança e de conforto ao usuário

da rodovia.

Condições Gerais

Para a sinalização horizontal proporcionar segurança e conforto aos usuários

devem ser cumpridas as seguintes funções:

• Ordenar e canalizar o fluxo dos veículos;

• Orientar os deslocamentos dos veículos em função das condições de

geometria da via, dos obstáculos e de impedâncias decorrentes de travessias

urbanas e áreas ambientais;

• Complementar e enfatizar mensagens (claras e simples) transmitidas

pela sinalização vertical;

• Possibilitar tempo adequado para uma ação correspondente;

• Orientar o usuário para a boa fluência e segurança do tráfego;

• Impor respeito aos usuários.

No projeto de sinalização devem constar as seguintes informações:

• Local da aplicação, extensão cor e largura;

• Dimensões das faixas, legendas, símbolos e demais marcas viárias;

• O material a ser empregado.

Condições específicas

• Tipos de Marcas Viárias

� Linhas Longitudinais

As linhas longitudinais separam e ordenam os fluxos de tráfego e

regulamentam a ultrapassagem, conforme a cor, podendo ser contínuas ou

tracejadas. As linhas contínuas servem para delimitar a pista e separar faixas

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de tráfego de fluxos de mesmo sentido ou de sentidos opostos de circulação,

conforme a cor. As tracejadas ou seccionadas ordenam os fluxos de mesmo

sentido ou de sentidos opostos, conforme a cor.

� Marcas Transversais

Ordenam os deslocamentos de veículos e de pedestres, induzem a redução de

velocidade e indicam posições de parada em interseções e travessias de

pedestres.

� Marcas de canalização

São usadas para direcionar os fluxos veiculares em situações que provoquem

alterações na trajetória natural, como nas interseções, nas mudanças de

alinhamento da via e nos acessos.

Marcas de delimitação e controle de parada e/ou estacionamento.

Usadas em associação à sinalização vertical, para delimitar e controlar as

áreas onde o estacionamento ou a parada de veículos é proibida ou

regulamentada.

� Inscrições no pavimento

Setas direcionais, símbolos e legendas usadas em complementação ao

restante da sinalização horizontal, para orientar e advertir o condutor quanto às

condições de operação da via.

Cores das Faixas

Podem ser aplicadas nas cores amarela, branca, vermelha, azul e preta. As

cores vermelha e azul são usadas em casos excepcionais.

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• Amarelas: destinadas à regulamentação de fluxos de sentidos opostos,

aos controles de estacionamento e paradas e à demarcação de obstáculos

transversais à pista (lombadas físicas);

• Brancas: usadas para a regulamentação de fluxos de mesmo sentido,

para a delimitação de mesmo sentido, para a delimitação das pistas destinadas

à circulação de veículos, para regular movimentos de pedestres e em pinturas,

setas, símbolos e legendas;

• Vermelha: usadas para demarcar ciclovias ou ciclofaixas e para

inscrever uma cruz, como símbolo indicativo de local reservado para

estacionamento ou embarque/desembarque de pacientes.

• Azul: inscrever símbolo indicativo de local reservado para

estacionamento ou embarque/desembarque de portadores de deficiências

físicas. Aplicada em locais às margens de rodovias, como estacionamentos de

restaurantes e postos de abastecimento.

• Preta: usada apenas para propiciar contraste entre o pavimento,

especialmente o de concreto, e a sinalização a ser aplicada.

� Insumos

� Escolha do material

Deve ser feita em função do tipo de projeto, do volume e classificação do

tráfego (VDM), qualidade e vida útil do pavimento, frequencia de manutenção,

dentre outros.

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Tabela 1 - Escolha do material

� Tipos de material

Podem ser utilizadas tintas de um ou de dois componentes, materiais

termoplásticos, películas pré-fabricadas, dentre outros.

As tintas são constituídas basicamente de solventes, resinas e pigmentos

aditivos. Os tipos de tintas podem ser: alquídica, alquídica com borracha

clorada e acrílica - estirenada (à base de solvente) e acrílica pura (à base de

água). Para as tintas adquirirem a indispensável retrorrefletorização devem ser

utilizadas microesferas de vidro com espessuras variando de 0,4 mm a 0,8 mm.

Os materiais termoplásticos são compostos de ligantes, pigmentos, aditivo e

microesferas de vidro, podendo ser aplicados por aspersão ("spray") ou por

extrusão. As espessuras de aplicação são: 1,5 mm de espessura aplicado por

aspersão e 3,0 mm aplicado por extrusão.

As microesferas de vidro são constituídas de partículas esféricas de vidro de

alta qualidade. Classificam-se quanto ao seu tipo em:

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• Tipo I-A ("Intermix") - as incorporadas aos materiais termoplásticos

durante sua fabricação, fornecendo retrorrefletorização somente após o

desgaste da superfície da película aplicada, quando se tornam expostas;

• Tipo I-B ("Premix") - incorporadas às tintas antes da sua aplicação,

fornecendo retrorrefletorização somente após o desgaste da superfície

aplicada, quando se tornam expostas;

• Tipo II ("Drop-on") - aplicadas por aspersão, concomitantemente com a

tinta ou com material termoplástico, de modo a permanecer na superfície da

película aplicada, fornecendo retrorrefletorização imediata.

� Retrorrefletorização

A retrorrefletorização inicial mínims recomendada, em milicandelas por lux por

metro quadrado, deve ser:

• para sinalização provisória: 150 mcd.m-2 .lx-1, para cor branca e 100

mcd.m-2 .lx-1, para cor amarela;

• para sinalização definitiva: 250 mcd.m-2 .lx-1, para cor branca e 150

mcd.m-2 .lx-1, para cor amarela.

� Equipamentos

� Para aplicação de tintas

• Processo de aplicação mecânica: equipamento autopropelido com

compressor de ar, tanques pressurizados para tinta solvente, mexedores

manuais, reservatório e semeador para microesferas de vidro, válvulas

reguladoras de ar, sequenciador automático, pistolas, discos delimitadores de

faixas, balizadores e miras óticas.

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• Processo de aplicação manual: compressor de ar, com tanques

pressurizados para tintas, mexedores manuais, tanques para solventes e

pistolas manuais a ar comprimido.

� Para aplicação de termoplásticos

• Por aspersão: usina móvel montada sobre caminhão, constituída de

recipiente para fusão de material, queimadores, controladores de temperatura e

agitadores, conjunto aplicador de pistolas e semeador de micro esferas de

vidro, sistema de aquecimento para conjunto aplicador, compressor,

dispositivos de aplicação contínua e intermitente para execução de linhas,

sistema de aquecimento para a massa, gerador de eletricidade e dispositivo

balizador para direcionamento da unidade aplicadora.

• Por extrusão: usina móvel montada sobre caminhão, com recipientes

para fusão do material, queimadores, controladores de temperatura e

agitadores, gerador de eletricidade, sistema de aquecimento, sapatas para

aplicação manual com largura variável e carrinho para aplicação de

microesferas.

� Para limpeza do pavimento

Escovas, vassouras e compressores para jato de ar comprimido para remoção

de poeira, óleo, graxa e demais resíduos.

� Execução

A fase de execução engloba as etapas de limpeza do pavimento, pré-marcação

e pintura.

A limpeza deve ser executada de modo a eliminar qualquer tipo de material que

possa prejudicar a aderência do produto aplicado no pavimento.

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A pré-marcação consiste no alinhamento dos pontos locados pela equipe de

pré-marcação, através dos quais o operador da máquina irá se guiar para a

aplicação do material.

� Condicionantes ambientais

Objetivando a preservação ambiental, devem ser devidamente observadas e

adotadas as soluções e os respectivos procedimentos específicos atinentes ao

tema ambiental com atenção especial a Norma DNIT 070/2006 PRO, e as

recomendações e exigências dos órgãos ambientais.

� Inspeções

Controle dos insumos

Os materiais devem ser previamente analisados e acompanhados de relatório

de ensaio do respectivo lote de fabricação, emitido pelo fabricante, se o mesmo

possuir certificação ISO. Caso o fabricante não tenha a certificação, o relatório

deve ser emitido por laboratório credenciado.

O controle tecnológico das tintas, material termoplástico e microesferas de

vidro, bem como a inspeção visual de embalagens e recipientes devem ser

realizados de acordo com as normas: NBR 11862:1992, NBR 12935:1993,

NBR 13132:1994, NBR 13159:1994, NBR 13699:1992, NBR 14281:1999, NBR

15482:2007, NBR 15543:2007, NBR 6831:2001, NBR 7396:1987, DNER EM-

368/00, DNER EM 371/00, DNER EM 373/00, DNER PRO 277/97, DNIT

011/2004-PRO, DNIT 013/2004-PRO e DNIT 070/2006-PRO.

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� Controle da execução

A aplicação dos materiais só deve ser realizada nas seguintes condições:

• A superfície a ser demarcada deve estar limpa, seca e isenta de detritos,

óleos, ou outros elementos estranhos;

• A pré-marcação deve estar de acordo com o projeto, reta nos trechos

em tangente e acompanhando o arco nos trechos em curva;

• Quando não houver ventos excessivos, sem neblina, sem chuva e com

umidade relativa do ar máxima de 90%;

• Quando a temperatura da superfície da via estiver entre 5 ºC e 40 ºC;

• Após a implantação da sinalização para estes serviços.

O controle de qualidade da aplicação deve ser realizado no decorrer da

implantação da sinalização, seguindo os seguintes padrões:

• Homogeneização da mistura da tinta;

• Consistência e temperatura de fusão do material termoplástico;

• Consumo dos materiais;

• Espessura do material aplicado;

• Cadência das linhas longitudinais seccionadas;

• Linearidade das faixas;

• Atendimento ao projeto de sinalização;

• Tempo de secagem, para a liberação ao tráfego;

• Retrorrefletorização total das linhas longitudinais, setas, inscrições no

pavimento e demais marcas viárias.

� Verificação do produto

Controle geométrico

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O controle geométrico da execução deve ser efetuado através de

levantamentos topográficos. Devem ser observados a espessura do material,

as dimensões das faixas e sinais, e o atendimento ao projeto de sinalização.

Atendendo às seguintes tolerâncias:

• Mais ou menos 5%, do que se refere às dimensões das marcas

estabelecidas em projeto;

• Até 0,01 m em 10 m, para desvio de borda na execução de marcas

retas.

� Controle do acabamento

O controle do acabamento deve enfocar, principalmente, a linearidade das

faixas, através de inspeção visual.

� Controle qualitativo do produto

O controle qualitativo da sinalização deve ser feito através da avaliação da

retrorrefletividade, de acordo com a NBR 14723:2005.

� Condições de conformidade e não-conformidade

Todos os ensaios de controle e verificação dos insumos, da produção e do

produto, devem ser realizados de acordo com o Plano de Qualidade e atender

às condições estabelecidas nesta especificação de serviço.

Deve ser controlado o valor da refletividade, considerando-se que as medidas

referidas abaixo devem ser feitas sete dias após a abertura da rodovia ao

tráfego e adotando-se as seguintes condições:

• Cor branca: 250 mcd./m².lx para medida mínima de sinalização definitiva

e 150 mcd./m².lx para sinalização provisória;

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• Cor amarela: 150 mcd./m².lx para medida mínima de sinalização

definitiva e 100 mcd./m².lx para sinalização provisória.

Os resultados do controle estatístico devem ser registrados em relatórios

periódicos, de acordo com a norma DNIT 011/2004-PRO.

� Critérios de medição

Os serviços de sinalização horizontal por processo de aplicação mecânica

devem ser medidos pela área efetivamente aplicada e atestada pela

Fiscalização, expressa em m². Os serviços executados por processo de

aplicação manual, devem ser medidos da seguinte forma:

• Pela área efetivamente aplicada para as marcas transversais, de

canalização e de delimitação e controle de estacionamento e/ou parada.

• Pela área envoltória da figura para as inscrições no pavimento.

6.4.2. SINALIZAÇÃO VERTICAL

A seguir apresentaremos a sistemática empregada para os serviços de projeto,

execução e controle de qualidade da sinalização vertical de rodovias, de

acordo com a Norma DNIT 101/2009 - ES.

Objetivo

Esta especificação tem por objetivo estabelecer os requisitos básicos

essenciais exigíveis para elaboração de projeto e execução do serviço vertical

em rodovias federais.

Definições

Sinalização vertical

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Subsistema de sinalização, constituído por placas e painéis montados sobre

suportes, na posição vertical, implantados ao lado ou sobre a rodovia, por meio

dos quais são fornecidas mensagens de caráter permanente e, eventualmente

temporário, através de legendas e símbolos legalmente instituídos, com

propósito de regulamentar, advertir e indicar o uso das vias para condutores de

veículos e pedestres da forma mais segura e eficiente.

Considerando o disposto no Código de Trânsito Brasileiro (CTB - Art. 80), que

exige sinais com perfeita visibilidade e legibilidade durante o dia e à noite,

todos os sinais devem ser confeccionados com material refletivo.

Placas de sinalização

Dispositivos confeccionados em chapa única montados sobre suportes, na

posição vertical, implantados ao lado ou sobre a rodovia, sobre os quais se

aplicam películas com as mensagens que se pretende transmitir aos usuários

das rodovias.

Painéis

Dispositivos especiais constituídos por chapas moduladas, montados sobre

suportes, implantados ao lado ou sobre a rodovia, sobre os quais se aplicam

películas com as mensagens que se pretende transmitir aos usuários das

rodovias.

Suportes

Colunas, postes com braço projetado sobre a rodovia, pórticos, semipórticos e

acessórios de fixação, que têm a função de sustentar e manter as placas e

painéis de sinalização neles implantados na posição mais apropriada,

independente da ação do vento. Eventualmente, partes das obras-de-arte

especiais podem ser utilizadas como suporte de placas ou de painéis de

sinalização.

Película

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Tipo de material aplicado sobre as placas e painéis com o objetivo de compor

as mensagens que se pretende transmitir na cor apropriada. As películas

podem ser refletivas, não refletivas opacas e não refletivas translúcidas,

conforme disposto na Norma ABNT NBR 14644:2007.

As películas refletivas são constituídas por combinações de materiais que lhes

permitem apresentar a mesma cor tanto de dia, quanto à noite.

As películas não refletivas são constituídas por filme plástico opaco e se

destinam à representação de orlas, tarjas, legendas, setas e símbolos na cor

preta nas placas e painéis de sinalização.

As películas não refletivas coloridas translúcidas são constituídas por filme

plástico que, ao serem aplicadas sobre a superfície branca de quaisquer

película refletiva, transmitem aos sinais propriedades visuais e óticas que

atendem às especificações das respectivas cores.

Condições Gerais

Para a sinalização vertical proporcionar segurança e conforto aos usuários,

deve cumprir as seguintes funções:

• Regulamentar as obrigações, limitações, proibições e restrições que

ordenam o uso das vias;

• Advertir os condutores sobre as condições com risco na via ou nas suas

proximidades;

• Indicar direções, localidades, pontos de interesse turístico ou de

serviços;

• Transmitir mensagens educativas, claras e simples;

• Possibilitar tempo adequado para uma ação correspondente;

• Orientar o usuário para a boa fluência e segurança do tráfego;

• Impor respeito aos usuários.

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No projeto de sinalização devem constar as seguintes informações:

• Local, lado da pista, tipo de suporte e identificação da placa ou painel;

• Dimensões, cores, legendas, com respectivas alturas de letras, e

símbolos;

• O material a ser empregado na chapa e os tipos de película a serem

empregados no fundo e nas legendas e símbolos;

• Especificações dos dispositivos utilizados como suporte das placas;

• A altura e o tipo de letra utilizada na diagramação das placas.

Os projetos de sinalização vertical devem atender às normas do CONTRAN e

às especificações do DNIT.

Condições específicas

Tipos de sinalização

• Sinalização de regulamentação

Informa condições, proibições, obrigações e restrições no uso das vias.

• Sinalização de advertência

Alerta para situações potencialmente perigosas.

• Sinalização de indicação

Identifica vias e locais de interesse, orienta quanto a percursos, destinos,

distâncias e serviços auxiliares, e transmite mensagens educativas,

operacionais e institucionais.

Formas e cores

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As placas de regulamentação possuem forma circular, exceto as placas R-1 -

PARE, que têm a forma de um octógono, e R-2 - Dê a preferência, que têm

forma triangular.

Tabela 1 - Características das Placas de Regulament ação

As placas de advertência tem a forma quadrada e são implantadas com uma

das diagonais na vertical. As exceções são as placas A-26a - sentido único, A-

26b - sentido duplo, ambas na forma retangular, e A-41 - cruz de Santo André,

na forma da letra X.

Tabela 2 - Características das Placas de Advertênci a

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As placas de indicação tem formas variadas, conforme o tipo de indicação. As

placas indicativas de destino têm, em geral, a forma retangular com o lado

maior na horizontal. Nada impede que tenham o lado maior na vertical, desde

que se utilize o suporte apropriado para estas placas.

Tabela 3 - Características das Placas de Indicação

Insumos

A escolha dos materiais, das dimensões dos sinais padronizados e da altura da

letra a ser utilizada na diagramação das placas e painéis deve considerar o

volume de tráfego, a velocidade diretriz e a classe da rodovia.

� Placas e Painéis

• Chapa fina a frio de aço-carbono, para uso estrutural;

• Chapa fina a quente de aço-carbono, para uso estrutural;

• Chapa de aço-carbono, laminada a frio, aluminizada, por imersão a

quente;

• Chapa de aço-carbono zincada, por imersão a quente;

• Chapa plana de aço zincado;

• Placa de aço-carbono e de aço de baixa liiga e alta resistência;

• Chapa plana de poliéster reforçado com fibra de vidro;

• Chapa de alumínio, na espessura mínima de 1,5 mm.

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As chapas devem ter a superfície posterior preparada com tinta preta fosca. As

placas totalmente refletivas, devem ter a superfície que irá receber as películas

preparada com "primer".

� Retrorrefletividade

Todos os sinais devem ser retrorrefletivos, exceto as partes de cor preta,

sempre opacas, que aparecerão por contraste.

As letras, números, orlas, tarjas, símbolos e legendas podem ser obtidos por:

• Montagem com películas retrorrefletivas recortadas;

• Impressão em silk-screen, com pasta translúcida colorida;

• Aplicação de película translúcida colorida sobre o fundo branco, com

recorte eletrônico da mensagem.

A película refletiva deve ser resistente às intempéries e proporcionar

visibilidade sem alterações, tanto à luz diurna como à noite, sob luz refletida.

� Suportes

• Aço carbono galvanizado;

• Madeira de lei, devidamente licenciada, ou madeira tratada com

preservativos hidrossolúveis;

• Concreto de cimento Portland.

Posicionamento

� Quanto ao ângulo em relação à pista

Os sinais verticais, quando colocados ao lado da rodovia devem formar um

ângulo de 93º a 95º em relação ao eixo longitudinal da via.

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Analogamente, os sinais suspensos devem ter painéis posicionados de

maneira a formar um ângulo de 3º a 5º com a vertical.

� Quanto à altura até a parte inferior da placa

As placas colocadas ao lado da pista devem ficar a uma altura de 1,20 m do

bordo da pista, para as rodovias nas áreas rurais, e de 2,00 a 2,5 m, nos

trechos urbanos. As placas suspensas devem respeitar o gabarito rodoviário de

5,5 m nos trechos de rodovias nas áreas rurais e nas travessias urbanas,

contados a partir do ponto mais elevado do pavimento.

� Quanto ao afastamento da placa e do suporte da placa em relação ao

bordo da pista

Para rodovias rurais, o afastamento mínimo deve ser de 2,0 m, contados a

partir da projeção da placa, para placas no chão e 1,80 m contados a partir da

lateral do suporte, para placas aéreas.

Para travessias urbanas, o afastamento mínimo deve ser 0,3 m nos trechos em

tangente e de 0,4 m nos trechos em curvas, tanto para placas no chão quanto

para as aéreas. Nas placas no chão o afastamento é contado a partir da

projeção da placa e nas aéreas contado a partir da lateral do suporte da placa.

Equipamentos

Devem ser utilizados na implantação de sinalização vertical: trado, caminhão

plataforma, caminhão Munck, betoneira e cone de sinalização. Eventualmente,

pode ser utilizado equipamento para perfuração de rochas.

Execução

Inicialmente deve ser feito o levantamento da área para verificação das

condições locais, posteriormente, as seguintes atividades:

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• Limpeza do local;

• Marcação da locação dos dispositivos a serem implantados;

• Distribuição das placas;

• Escavação da área para fixação dos suportes;

• Preparação da sapata ou base, para recebimento dos suportes das

estruturas de sustentação das placas;

• Fixação das placas ou módulos de painéis aos suportes e às travessas

de braçadeiras, parafusos, arruelas, porcas e contra porcas;

• Implantação da placa.

As implantação das placas ou painéis suspensos deve contar com a utilização

de caminhão plataforma. Durante a implantação, o trânsito deve ser desviado,

com o auxílio de cones ou outros dispositivos.

Condicionantes ambientais

Objetivando a preservação ambiental, devem ser devidamente observadas e

adotadas as soluções e os respectivos procedimentos específicos atinentes ao

tema ambiental com atenção especial a Norma DNIT 070/2006 PRO, e as

recomendações e exigências dos órgãos ambientais.

Inspeções

Controle dos insumos

Os materiais devem ser previamente analisados e acompanhados de relatório

de ensaio do respectivo lote de fabricação, emitido pelo fabricante, se o mesmo

possuir certificação ISO. Caso o fabricante não tenha a certificação, o relatório

deve ser emitido por laboratório credenciado.

Deve ser observada a adequação ao projeto dos elementos de sinalização,

verificando especialmente as dimensões e cores das placas, os dizeres e a

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formatação das mensagens, tipos de película e dimensões das estruturas de

suporte.

Controle da execução

A implantação da sinalização deve ser precedida pela sinalização de obras,

sempre que necessário. O controle dos serviços deve ser realizado através da

verificação dos seguintes requisitos:

• Localização dos elementos de sinalização;

• Alteração na localização, em função de eventual obstrução à visibilidade;

• Distância lateral e altura da placa;

• Ângulo em relação ao fluxo de tráfego;

• Fundação para fixação da estrutura;

• Fixação dos suportes e das placas/painéis.

Verificação do produto

� Controle geométrico

O controle geométrico da execução dos serviços deve ser feito através de

levantamentos topográficos, observando a distância lateral e altura da placa em

relação ao bordo da pista, ou acostamento.

� Controle do acabamento

O controle do acabamento deve enfocar, a verticalidade das estruturas de

suporte e, nos casos de placas idênticas e em sequencia, a uniformidade de

altura através de inspeção visual.

� Controle qualitativo do produto

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O controle qualitativo da sinalização deve ser efetuado através da avaliação da

retrorrefletividade, de acordo com a Norma NBR 15426:2006.

Condições de conformidade e não-conformidade

Todos os ensaios de controle e verificação dos insumos, da produção e do

produto, devem ser realizados de acordo com o Plano de Qualidade e atender

às condições estabelecidas nesta especificação de serviço.

Deve ser controlado o valor da refletividade, medida em candela por lux por

metro quadrado (cad/lux.m²), conforme os valores estabelecidos na Norma

ABNT NBR 14644:2007.

Os resultados do controle estatístico devem ser registrados em relatórios

periódicos, de acordo com a norma DNIT 011/2004-PRO.

Critérios de medição

O fornecimento de placa ou painel, deve ser medido pela área na qual foi

efetivamente aplicada a mensagem, expressa em m². Dessa mesma forma, a

instalação de placa ou painel, deve ser medida pela área, em m².

O fornecimento de suporte e a instalação do suporte devem ser medidos por

unidade.

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7. PLANILHA DE QUANTIDADE E CUSTOS

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8. MEMÓRIA DE CÁLCULO

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9. NOTA DE SERVIÇO DE TERRAPLENAGEM

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10. CÁLCULO DE VOLUME DA TERRAPLENAGEM

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11. NOTA DE SERVIÇO E DIMENSIONAMENTO DA DRENAGEM

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12. CRONOGRAMA FÍSICO DA OBRA

13. PROJETOS DE SINALIZAÇÃO

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14. MANIFESTAÇÃO DO ORGÃO AMBIENTAL

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5.1. PROJETO GEOMÉTRICO

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5.2. PROJETO DE DRENAGEM

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5.3. PROJETO DE PAVIMENTAÇÃO