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Relatório de Revisão Sistemática da Literatura (SLR): Educação a distância, design e tecnologias assistivas para surdos: um panorama de 2007 a 2013 RT.FALE/2014 Autores: Letícia Capelão de Souza Hugo Leonardo Canalli Orientação: Reinildes Dias Outubro 2014

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Relatório de Revisão Sistemática daLiteratura (SLR): Educação a distância, design e

tecnologias assistivas para surdos: um panorama de

2007 a 2013

RT.FALE/2014

Autores:

Letícia Capelão de Souza

Hugo Leonardo Canalli

Orientação:

Reinildes Dias

Outubro

2014

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Lista de ilustrações

Figura 3.1 – Estágios da etapa do relatório de revisão da SLR . . . . . . . . . . . . . 29Figura 3.2 – Tela de busca avançada da ACM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30Figura 3.3 – Metodologia para seleção dos estudos da SLR . . . . . . . . . . . . . . . 32Figura 3.4 – Planilha com os resultados dos testes das combinações de strings - parte 1 36Figura 3.5 – Planilha com os resultados dos testes das combinações de strings - parte 2 37Figura 3.6 – Tela da IEEE para busca avançada com palavras-chave . . . . . . . . . . 38Figura 3.7 – Tela da IEEE para busca avançada com a combinação completa de strings 39Figura 4.1 – Planilha para registro dos dados obtidos dos sites a partir de busca direta 47Figura 4.2 – Coluna de justificativa de exclusão usada na planilha de registro dos dados

obtidos dos sites a partir de busca direta . . . . . . . . . . . . . . . . . 47Figura 4.3 – Tela principal de busca do aplicativo Reviewer . . . . . . . . . . . . . . . 49Figura 4.4 – Tela com os total de resultados encontrados . . . . . . . . . . . . . . . . 50Figura 4.5 – Tela com as pesquisas de resultados gravadas (Base ACM, Base Springer) 50Figura 4.6 – Tela para inclusão ou exclusão dos trabalhos . . . . . . . . . . . . . . . 51Figura 4.7 – Tela com listagem das publicações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51Figura 4.8 – Tela com planilha gerada pelo Reviewer . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52Figura 4.9 – Planilha de registro dos dados obtidos dos sites a partir de busca utilizando

o aplicativo Reviewer . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52Figura 4.10 – Parte da planilha exibindo a marcação de etapas e justificativas de exclusão 61Figura 4.11 – Planilha representando os campos e alguns trabalhos registrados para a

base de dados ACM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62Figura 4.12 – Aba modelo resumo a ser seguida para registro de trabalhos de uma nova

base de dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62Figura 4.13 – Aba modelo análise com as questões para avaliar a qualidade . . . . . . . 63Figura 4.14 – Aba critérios de análise da planilha geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64Figura 4.15 – Campo aspecto abordado da planilha geral . . . . . . . . . . . . . . . . 64Figura 4.16 – Campo contexto da planilha geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65Figura 4.17 – Campo estratégia de comunicação da planilha geral . . . . . . . . . . . . 65Figura 4.18 – Campo tipo de trabalho da planilha geral . . . . . . . . . . . . . . . . . 66Figura 4.19 – Tela do programa com a exibição dos trabalhos . . . . . . . . . . . . . . 68Figura 4.20 – Planilha com a definição das atividades de cada grupo . . . . . . . . . . 69Figura 5.1 – Resultado final da SLR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75Figura B.1 – Exemplo Estrela e Lua – Operador AND . . . . . . . . . . . . . . . . . . 138Figura B.2 – Exemplo Estrela e Lua – Operador OR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 138Figura B.3 – Exemplo Estrela e Lua – Operador NOT . . . . . . . . . . . . . . . . . . 139Figura E.1 – Tela do programa com a exibição dos trabalhos . . . . . . . . . . . . . . 179

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Figura E.2 – Tela de análise do trabalho – Visão Geral . . . . . . . . . . . . . . . . . 180Figura E.3 – Tela de análise do trabalho – Características . . . . . . . . . . . . . . . . 180Figura E.4 – Tela de análise do trabalho – Metodologia de Avaliação . . . . . . . . . . 181Figura E.5 – Tela de análise do trabalho – Resultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . 181Figura E.6 – Tela do programa com a exibição dos trabalhos . . . . . . . . . . . . . . 182Figura E.7 – Tela de avaliação da qualidade – Visão Geral . . . . . . . . . . . . . . . 182Figura E.8 – Tela de avaliação da qualidade – Características . . . . . . . . . . . . . . 183Figura E.9 – Tela de avaliação da qualidade – Metodologia da avaliação . . . . . . . . 183Figura E.10 – Tela de avaliação da qualidade – Resultados . . . . . . . . . . . . . . . 184

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Lista de mapas

Mapa 2.1 – Estágios da etapa de PLANEJAMENTO da SLR . . . . . . . . . . . . . . . 15Mapa 2.2 – Estágios da etapa de CONDUÇÃO da SLR . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16Mapa 3.1 – Itens do protocolo de revisão da SLR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25Mapa 5.1 – Estudos resultantes da SLR por categoria . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78Mapa 5.2 – Estudos Mais Relevantes (EMR) por categoria . . . . . . . . . . . . . . . . 79

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Lista de quadros

Quadro 3.1 – Resultado da seleção dos estudos sobre SLR (busca em português) . . . . 18Quadro 3.2 – Resultado da seleção dos estudos sobre SLR(busca em inglês) . . . . . . . 20Quadro 3.3 – Questões de pesquisa e motivações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22Quadro 3.4 – Sinônimos de palavras-chave para os termos definidos . . . . . . . . . . . 27Quadro 4.1 – Strings de busca utilizadas nos sites de pesquisa . . . . . . . . . . . . . . 56Quadro 4.2 – Instituições selecionadas com conceitos Capes/Qualis 6 e 7 . . . . . . . . 70Quadro 5.1 – Estudos resultantes da SLR - Categoria “Educação a Distância para surdos“ 81Quadro 5.2 – Estudos resultantes da EMR – Categoria Educação a Distância para surdos 83Quadro 5.3 – Estudos resultantes da SLR – Categoria “Design na web para surdos” . . . 85Quadro 5.4 – Estudos resultantes da EMR – Categoria “Design na web para surdos” . . 86Quadro 5.5 – Estudos resultantes da SLR – Categoria “Tecnologias Assistivas para surdos” 87Quadro 5.6 – Estudos resultantes da EMR – Categoria “Tecnologias Assistivas para surdos” 88Quadro A.1 – Base de dados na área de Ciência da Computação . . . . . . . . . . . . . 125Quadro A.2 – Base de dados na área de Informática na Educação . . . . . . . . . . . . 125Quadro A.3 – Base de dados na área da surdez . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 126Quadro A.4 – Base de dados de Linguagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 126Quadro A.5 – Base de dados na área de Teses e Dissertações . . . . . . . . . . . . . . . 126Quadro A.6 – Dados coletados - VISÃO GERAL dos estudos selecionados na etapa 4 . . 127Quadro A.7 – Dados coletados - CARACTERÍSTICAS dos estudos selecionados na etapa 4128Quadro A.8 – Dados coletados - METODOLOGIA de AVALIAÇÃO dos estudos selecio-

nados na etapa 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 130Quadro A.9 – Dados coletados - RESULTADOS dos estudos selecionados na etapa 4 . . 130Quadro A.10–Critérios de qualidade para avaliação de estudos desta SLR . . . . . . . . 131

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Lista de tabelas

Tabela 5.1 – Estudos resultantes da SLR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76Tabela 5.2 – Resultados das pesquisas nas bases de dados de artigos . . . . . . . . . . 76Tabela 6.1 – Aspectos abordados nos estudos resultantes da SLR . . . . . . . . . . . 90Tabela 6.2 – Forma de comunicação adotada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103Tabela A.1 – Ranking de qualidade dos estudos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 134

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Sumário

1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 112 ETAPAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 133 PLANEJAMENTO DA REVISÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 173.1 Identificação da necessidade de revisão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 173.2 Questões de pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 223.3 Protocolo de Revisão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24

3.3.1 Estratégia de pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 263.3.2 Critérios de seleção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 303.3.3 Metodologia para seleção dos estudos . . . . . . . . . . . . . . . . . 323.3.4 Critérios de qualidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 333.3.5 Dados a serem coletados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 333.3.6 Avaliação do protocolo de revisão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 333.3.7 Lições aprendidas com a construção do protocolo . . . . . . . . . . . 373.3.8 Combinação de Strings Validadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42

4 CONDUÇÃO DA REVISÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 434.1 Identificação da pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 434.2 Seleção dos estudos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43

4.2.1 Critérios para seleção dos estudos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 444.2.2 Processo de seleção dos estudos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 464.2.3 Confialibilidade dos critérios de inclusão . . . . . . . . . . . . . . . . 69

4.3 Avaliação da qualidade dos estudos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 714.3.1 Instrumentos para avaliação da qualidade . . . . . . . . . . . . . . . 714.3.2 Usando os instrumentos de qualidade . . . . . . . . . . . . . . . . . 714.3.3 Limitações dos intrumentos de qualidade . . . . . . . . . . . . . . . 71

4.4 Extração dos dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 724.4.1 Design dos formulários de extração dos dados . . . . . . . . . . . . . 724.4.2 Conteúdos dos formulários de extração dos dados . . . . . . . . . . . 73

5 RESULTADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 756 ANÁLISE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 896.1 Análise - Questões de pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89

6.1.1 [QE1] - Quais são os ambientes virtuais de aprendizagem abordadosnas pesquisas? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89

6.1.2 [QE2] - Quais aspectos do ambiente de aprendizagem são abordados?(conteúdo, ensino/aprendizagem, interface, material didático) . . . . 90

6.1.3 [QE3] - Quais são as principais dificuldades dos surdos ao interagircom ambientes virtuais de aprendizagem? . . . . . . . . . . . . . . . 93

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6.1.4 [QE4] - Qual a forma de comunicação adotada? (Língua Portuguesa,Libras e Escrita de Sinais) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102

6.1.5 [QE5] - Quais são as tecnologias assistivas utilizadas em ambienteson-line? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103

6.1.6 [QE6] - Quais tipos de contribuições foram feitas em relação à inclusãodigital dos surdos? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107

7 DISCUSSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111

Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 115

Apêndices 123APÊNDICE A PROTOCOLO DE REVISÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . 125A.1 Base de dados pesquisadas na SLR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125A.2 Dados a serem coletados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 127A.3 Critérios de qualidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 131A.4 Strings Validadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 135APÊNDICE B OPERADORES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 137B.1 Operadores Booleanos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 137APÊNDICE C PLANEJAMENTO DA SLR . . . . . . . . . . . . . . . . . . 141C.1 Links diretos de pesquisa das bases de dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 142C.2 Dados dos Estudos Mais Relevantes (EMR) já conhecidos . . . . . . . . . . . . 151C.3 Buscas de testes nas bases de dados - Resultados . . . . . . . . . . . . . . . . 162C.4 Tabela de resultados de SLRs já existentes com pesquisa em PORTUGUÊS . . 166C.5 Tabela de resultados de SLRs já existentes com pesquisa em INGLÊS . . . . . . 173APÊNDICE D PARTICIPANTES SLR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 177APÊNDICE E APLICATIVO DESENVOLVIDO PARA SLR . . . . . . . . . 179

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1 Introdução

A Systematic Review Literature (SLR) se destaca como técnica de pesquisa uma vezque segue uma metodologia bem definida com vários passos devidamente documentados e,com isso, permite a garantia da qualidade e confiabilidade dos resultados. (KITCHENHAM,2004; KITCHENHAM, 2004; REIS; PRATES, 2011a; REIS; PRATES, 2011b; JAMSHIDI et al.,2012).

A proposta de realização desta Systematic Literature Review (SLR) na temática deEAD e surdez se deve ao propósito de levantamento de estudos desenvolvidos nesta área, afim de atender as necessidades especiais deste público surdo, possibilitar maior acessibilidade,assim como a uma melhor comunicação e compreensão de conteúdos on-line, especialmenteem contexto de aprendizagem.

Uma Systematic Literature Review (SLR) ou Revisão Sistemática da Literatura temcomo objetivos identificar, avaliar e interpretar pesquisas relevantes para uma questão depequisa específica, área temática ou fenômeno de interesse. Pode ser aplicada para resumir asevidências existentes em relação a um tema (assunto, problema etc), identificar possíveis estudosfuturos ou o estado da arte para que seja possível realizar atividades relacionadas. Tambémpode ser usada para investigar a extensão em que uma evidência empírica suporta/contradizhipóteses teóricas ou, até mesmo, para auxiliar a geração de novas hipóteses. (KITCHENHAM,2004; KITCHENHAM, 2004; KITCHENHAM, 2007; KITCHENHAM et al., 2010). Nesta tese,a SLR foi utilizada para realizar um levantamento de estudos a fim de identificar e avaliar aspesquisas já desenvolvidas na área de surdez, EAD e design, no período de 2007 a 2011.

O rigor do processo de busca é um fator que distingue as revisões sistemáticas dasrevisões tradicionais. A maioria das pesquisas começa com uma revisão da literatura com umobjetivo específico, contudo, sem seguir uma técnica. Por isso, podem ser incompletas, uma vezque não se definem os critérios para busca que se realiza através de revisões sistemáticas. Comisso, podem se caracterizar com pouco valor científico (KITCHENHAM, 2007; KITCHENHAMet al., 2010).

No âmbito da Engenharia de Software, essa técnica de pesquisa foi proposta porKitchenham (2004). A autora apresenta vantagens e desvantagens para o seu uso e destaca:por ser uma metologia bem definida, é menos provável que os resultados da literatura sejamprejudicados, embora ainda não protejam contra os vieses nos estudos primários. Além disso,através da SLR é possível obter informações sobre os efeitos de algum fenômeno em umavariedade de configurações e métodos empíricos. Se os estudos fornecerem resultados consis-tentes, a revisão sistemática fornece evidência que o fenômeno é robusto e transferível. Se osestudos fornecerem resultados inconsistentes, as fontes de variação devem ser estudadas. No

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12 Capítulo 1. Introdução

caso de estudos quantitativos, é possível de combinar dados usando técnicas de meta-análise.Isso aumenta a possibilidade de detectar efeitos reais que pequenos estudos individuais nãosão capazes de detectar. A maior desvantagem da SLR é requerer um esforço considerável,comparando-se com as revisões tradicionais de literatura. Além disso, pode ser necessáriotambém um esforço maior para a meta-análise, visto que podem ser detectados pequenosvieses assim como a necessidade de confirmação de resultados, se o processo e suas etapas nãoforem cuidadosamente seguidos. Conforme destacam Mariano, Machado e LOBATO (2013,p. 137–138),

As principais vantagens do uso da revisão sistemática estão relacionadas àsegurança no processo seguido, a possibilidade de replicabilidade do estudo,bem como, a confiabilidade do processo, uma vez que este é executado demodo planejado e sistemático. No entanto, apesar das vantagens apresen-tadas, o processo manual de revisão sistemática é trabalhoso e propenso afalhas, caso não seja cuidadosamente seguido.

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2 Etapas

A metodologia da SLR é composta por três etapas: (1) planejamento da revisão, (2)condução da revisão e (3) relatório da revisão (KITCHENHAM, 2004; KITCHENHAM et al.,2010). A seguir apresentamos uma visão geral de cada uma destas etapas e suas subetapas.

No planejamento de revisão, etapa inicial da SLR, deve-se identificar a necessidade darealização da pesquisa e se elaborar um protocolo de revisão, onde são definidos os métodosque serão utilizados para realizar uma revisão sistemática específica. Veja Mapa 2.1 na páginaseguinte. Os estágios presentes nesta etapa são:

• Identificação da necessidade de uma revisão: deve-se pesquisar e avaliar as revisõessistemáticas já existentes relacionadas ao objetivo de realização da SLR. Desta forma,a SLR deve ser executada, se realmente houver necessidade, ou seja, se não houverpesquisas já desenvolvidas que respondem ao propósito da SLR.

• Questões de pesquisa: deve-se definir as questões de pesquisa que tem relação com aoobjetivo de realização da SLR. São o elemento chave de toda condução da metodologia.

• Protocolo de revisão: após a definição das questões de pesquisa, deve-se elaborar umdocumento definindo os métodos que utilizados para realizar a revisão (estratégias debusca, critérios de inclusão e exclusão dos trabalhos, critérios de qualidade para avaliação,metodologia para seleção dos estudos, dados a serem coletados).

• Avaliação do protocolo de revisão: antes de realizar as buscas nas bases de dados,deve-se avaliar a consistência do protocolo de revisão para confirmar que cada processoda pesquisa é derivado das questões de pesquisa.

Na condução da revisão (etapa 2), os estudos são selecionados a partir do que foidefinido no protocolo de revisão. Veja Mapa 2.2 na página seguinte.

• Seleção de estudos primários: é realizada a seleção dos estudos nos sites das basesde dados a partir dos critérios de seleção já definidos no protocolo da revisão, por suavez, relacionados às questões de pesquisa.

• Avaliação da qualidade do estudo: após a seleção dos estudos a partir da metodologiaproposta para a SLR, deve-se realizar uma avaliação da qualidade também a partir decritérios pré-definidos no protocolo de revisão da SLR.

• Extração dos dados: neste estágio, deve-se identificar e registrar as informações relevantesnos estudos “aprovados” na última etapa da SLR e selecionados para uma análise maisprofunda.

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14 Capítulo 2. Etapas

• Síntese dos dados: neste estágio, deve-se realizar uma síntese descritiva, quantitativae qualitativa dos resultados encontrados.

O relatório de revisão (etapa 3) é a etapa final da revisão quando se registram osresultados da revisão, divulgação e avaliação por especialistas.

Nas seções seguintes apresentamos o detalhamento de cada uma destas etapas erespectivas subetapas, quando apontamos as questões que a nortearam, as estratégias dapesquisa, os passos para sua realização, análise e resultados encontrados.

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Mapa 2.1 – Estágios da etapa de PLANEJAMENTO da SLR

Fonte: Elaborado pela pesquisadora, 2014

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Mapa 2.2 – Estágios da etapa de CONDUÇÃO da SLR

Fonte: Elaborado pela pesquisadora, 2014

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3 Planejamento da revisão

3.1 Identificação da necessidade de revisão

Antes de se realizar uma SLR, deve-se pesquisar se já há alguma SLR desenvolvida naárea de interesse da pesquisa. A partir dos resultados encontrados, estas revisões sistemáticas jáexistentes devem ser analisadas e a SLR só deve ser feita, se realmente for necessário. Ou seja,se não houver nenhuma SLR já desenvolvida. Logo, antes de se definir o protocolo da revisãodeve-se buscar por revisões sistemáticas existentes que respondam às questões de pesquisa quemotivaram a proposta de uma SLR.

Em nossa SLR, buscamos por trabalhos relacionados a educação a distância, design,tecnologias assistivas e avaliação de interfaces voltadas para o público surdo, em ambienteson-line.

Para isso, realizamos pesquisas a partir dos conjuntos de strings1 (palavras-chave),em português e inglês. As pesquisas foram realizadas na base de dados Google Acadêmico2,que abrange várias bases de dados de publicações, dentre as quais as próprias bases de dadosrelevantes na temática de nossa pesquisa (computação, linguagem, design etc).

As combinações de palavras utilizadas na busca, o total de estudos encontrados e ototal de estudos após análise de título e resumo estão apresentados no arquivo no Apêndice C –Planejamento da SLR na seção C.4 – Tabela de resultados de SLRs já existentes com pesquisaem PORTUGUÊS e na seção C.5 – Tabela de resultados de SLRs já existentes com pesquisaem INGLÊS.

Como exemplo, seguem algumas combinações de buscas utilizadas: (1) "RevisãoSistemática da Literatura"+ "deficiente auditivo"+ interface; (2) "Systematic LiteratureReview"+ deafness + "Distance Education"; (3) "Systematic Literature Review"+ deaf +"Distance Education"; (4) "Systematic Literature Review"+ "Hard of Hearing"+design +"Distance Education".

Na pesquisa em português, encontramos um total de 158 trabalhos, dentre os quaisrestaram 53, pois havia muitos trabalhos repetidos ou que não tinham relação com a nossapesquisa definida na SLR. A partir da análise da etapa 1 (seleção pelo título) encontramos umtotal de sete trabalhos relevantes. Os trabalhos que apareceram em um conjunto de strings serepetiram nas outras buscas.

Para seleção dos sete estudos encontrados, adotamos o seguinte critério para seleção:

1 Na Ciência da Computação, o termo string é um conceito comumente utilizado. Ele se refere a um conjuntode caracteres, ou seja, um conjunto de letras. Em nosso caso, uma string se refere a uma palavra

2 <http://scholar.google.com.br>

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18 Capítulo 3. Planejamento da revisão

(1) seleção pelo título, (2) seleção pelo resumo, (3) seleção pela leitura diagonal. Pela leiturana diagonal já foi possível identificar os objetivos de cada um dos trabalhos encontrados.

Estes sete estudos foram analisados a partir da leitura na diagonal. O Quadro 3.1apresenta a justificativa para exclusão de cada um dos estudos.

Quadro 3.1 – Resultado da seleção dos estudos sobre SLR (busca em português)

(continua)

Id. Ano Autor Titulo Justificativa de Exclusão1 2013 BERG, Carlos Hen-

riqueAvaliação de ambi-entes virtuais de en-sino aprendizagemacessíveis atravésde testes de usabili-dade com emoções

- O foco da pesquisa foi a usabili-dade "Usability AND Website, Usabi-lity AND "Learning Management Sys-tem"e Usability AND Emotion- Bases de dados: Scopus e a Web ofKnowledge- Outubro de 2011 a dezembro de 2012

2 2013 BITTENCOURTet al

Designing for Diffe-rent Users and Mul-tiple Devices : ARoadmap towardsInclusive Environ-ments

– Outro foco de pesquisa:QP1. Quais abordagens para design deinterface estão sendo usados para lidarcom múliplos dispositivos e usuárioscom diferentes condições?QP2. Quais ferramentas estão sendousadas para auxiliar o design de aplica-ções inclusivas com múltiplos disposi-tivos?– Bases: IEEE, ACM, Science Direct,Scopus, ISI Web of Science

3 2012 ARAÚJO, TiagoMaritan Ugulinode

Uma Soluçãopara GeraçãoAutomática deTrilhas em LínguaBrasileira de Sinaisem ConteúdosMultimídia

Foco da SLR:– Lingua de sinais;– Tecnologia para reduzir as barreirasde acesso à informação das pessoassurdas nas TIC, especialmente quandointérpretes humanos não estão dispo-níveis;– Bases: IEEE, ACM, Science Direct,Scopus, ISI Web of Science

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3.1. Identificação da necessidade de revisão 19

Quadro 3.1 – Resultado da seleção dos estudos sobre SLR (busca em português)

(conclusão)

Id. Ano Autor Titulo Justificativa de Exclusão4 2012 BRITO, Ronnie Fa-

gundes deModelo de Referên-cia para Desenvolvi-mento de Artefatosde Apoio ao Acessode Surdos ao Audi-ovisual

Foco da SLR:– recursos audiovisuais: ((deaf OR de-afness OR sign language) AND (tele-vision OR TV OR DTV OR IDTV ORcaptions OR legenda OR subtitles ORdigital OR broadcast OR web OR au-diovisual OR vídeo OR movie)– Bases: Bibliotecas Nacional de Te-ses e Dissertações, Networked Libraryof Thesis and Dissertations, Scopus,ScienceDirect, Google Scholar

5 2012 SCHNEIDER, El-ton Ivan

Uma contribuiçãoaos Ambientes Vir-tuais de Aprendi-zagem (AVA) su-portados pela Teo-ria da Cognição Si-tuada (TCS) parapessoas com Defici-ência Auditiva

Foco da SLR:– Comunidades de prática e teoria dacognição situada, na área de educação,uso de ambientes virtuais ou Educaçãoa Distância (EAD) e/ou surdos– Bases: Google Scholar, Japan Scienceand Tecnology Information Aggrega-tor Eletronic, Library os Congress (Uni-ted States Library os Congress (LOC),OAIster, SciELO.ORG, SCIRUS (EL-SEVIER), TEL (théses-en-ligne)

6 2008 SHEEHY, Kieron Virtual Environ-ments: Issues andOpportunities forResearching Inclu-sive EducationalPractices (capítulode livro)

Capítulo de livro

7 2008 SHEEHY, Kieron Virtual environ-ments: Issues andopportunities fordeveloping inclu-sive educationalpractices

Conjunto de artigos. Não apresentarevisão sistemática da literatura.

Fonte: Quadro obtido pela pesquisa direta.

Realizamos então a pesquisa com a string em inglês. Os resultados das pesquisas dacombinação de strings em inglês e português foram descritos no Apêndice C – Planejamentoda SLR na seção C.5 – Tabela de resultados de SLRs já existentes com pesquisa em INGLÊS.

Nesta busca em inglês encontramos somente quatro estudo relacionados, dois jáencontrados na busca em português (BITTENCOURT et al., ; SHEEHY, 2008) e os outros

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20 Capítulo 3. Planejamento da revisão

dois também não respondiam a nossa questão proposta na SLR (ver quadro a seguir).

Vários estudos apareceram em diversas buscas com diferentes combinações. Apesar dasbuscas em inglês terem retornado muito mais estudos que a busca com palavras em português,os estudos não tinham relação com o objetivo da SLR. Eram estudos relacionados com a áreade saúde, área clínica ou livros. O quadro a seguir apresenta a justificativa para exclusão decada um dos estudos:

Quadro 3.2 – Resultado da seleção dos estudos sobre SLR(busca em inglês)

(continua)

Id. Ano Autor Título Justificativa de Exclusão1 2013 Soraia de Souza

Reis and RaquelOliveira Prates

Applicability of thesemiotic inspectionmethod: a systema-tic literature review

Não respondia à questão da nossa SLR:- Questão de pesquisa: Qual a aplicabili-dade do Método de Inspeção Semiótica(MIS)?- Bases: IEEE Electronic Library, ACMDigital Library, Science Direct andSpringerLink- SERG (Semiotic Engineering Rese-arch Group)- Base digital de teses e dissertaçõesda PUC-Rio e do DCC-UFMG.- Brazilian Symposium on Human Fac-tors in Computing Systems (IHC):

2 2008 Luiz Paulo Damil-ton Corrêa, Flá-vio R. S. Couti-nho, Raquel Oli-veira Prates, LuizChaimowicz Depar-tamento de Ciên-cia da Computação(DCC)

Uso do MIS paraavaliar signos so-noros: quando umproblema de co-municabilidade setorna um problemade acessibilidade

Não tratava de SLR.

Fonte: Quadro obtido pela pesquisa direta.

Na condução de nossa pesquisa, encontramos uma pesquisa da UFSC em que foirealizada uma SLR (QUEVEDO, 2013)3. Contudo, a SLR realizada por ela também nãorespondeu à nossa questão de pesquisa da SLR apesar de haver um temática relacionada. Apesquisa de Quevedo (2013) foi realizada nas bases Scopus e Web of Knowledge a partir dasseguintes combinações: learning management system and libras; LMS and libras; AVA andlibras; AVEA and libras; learning management system and bilingual, encontrando apenas otrabalho de Saito et al. (2013)4 encontrado em nossa SLR. Na base de dados da CAPES,3 p1UFSC6; p2UFSC64 p1IEEE13; p2IEEE14. Learning Management Systems and face-to- face teaching in bilingual modality

(libras-portuguese)

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3.1. Identificação da necessidade de revisão 21

Quevedo (2013) utilizou as seguintes combinações "ambiente virtual de aprendizagem libras"e"ambiente virtual de aprendizagem inclusivo"encontrando 17 teses e dissertações em nívelnacional. A autora também realizou uma busca sistemática no Google a partir das seguintespalavras-chave: "ambiente virtual de aprendizagem acessível; ambiente virtual de aprendizagembilíngue, e ambiente virtual de aprendizagem surdo."Quevedo (2013). Teve como resultado 12endereços de universidades e blogs pessoais com informações de AVAs inclusivos.

Consideramos as combinações de strings focadas em um ambiente virtual bilíngue e nouso de Libras, o que não foi o foco da nossa SLR, que buscou justamente ambientes focados nouso da LP. Apesar disso, consideramos que os resultados estavam dentro do nosso escopo, mascom outro foco mais restrito. Como o tema da SLR tratou das áreas de surdez, educação e IHC,nossa SLR abrangeu também as principais bases de dados de artigos na área de Computação,Informática na Educação, Surdez e Linguagem. Também foram incluídos trabalhos de conclusãode curso, dissertações e teses pesquisadas em instituições universitárias de todo o Brasil5.

Dentre os trabalhos resultantes nas pesquisas de Quevedo (2013), seis foram resultantesem nossa SLR (RIBAS, 2008; SILVA; RAMOS, 2010; GOES, 2010; SOUZA; MONTEIRO;INTRATOR, 2010; AVELAR, 2010; OBREGON, 2011)6. Buscamos dois trabalhos que poderiamser do nosso interesse e não foram resultantes da nossa SLR, contudo um deles foi excluídopor não ter alcançado a pontuação mínima para nossa SLR (VALENTIM, 2006) e o outro foitambém excluído pois foge do escopo da questão de pesquisa da SLR (SALES, 2010).

Contudo as conclusões de Quevedo (2013, p. 54) justificaram e reforçaram a originalidadee relevância de nossa pesquisa, comprovada também nesta nossa SLR, quando a autoraressaltou “a baixa incidência de estudos sobre ambientes virtuais inclusivos”, como resultadosde sua pesquisa. De 13 trabalhos encontrados, Quevedo (2013) selecionou seis trabalhos queapresentavam formalmente suas experiências empíricas com AVAs inclusivos. E justificou queos demais foram desconsiderados por serem modelos fechados para testes e, por isso, nãodisponíveis; ou “eram propostas de modelo, não chegando a ser implementadas em ambientevirtual”.

5 Em um total foram realizadas buscas de publicações em 38 bases de dados: nas 26 principais bases dedados de artigos na área de Computação (10 bases de dados), Informática na Educação (6 bases de dados),Surdez (5 bases de dados) e Linguagem (5 bases de dados). Também foram incluídos trabalhos de conclusãode curso, dissertações e teses pesquisadas em 12 bases de dados de instituições universitárias de todo oBrasil

6 RIBAS (2008) – p1UFSC7 – Aceitável; RENNEBERG (2010) – p1p2UFSC14 - Ótimo; GOES (2010) =p1p2UFRGS1 - Ótimo; SOUZA (2010) - p1p2UFSC15 – Excluído - Outro foco de estudo; AVELAR (2010)= p1p2UFSC4 = Excluído - Outro foco de estudo; OBREGON (2011) – UFSC9 - Excluído - Outro foco deestudo

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22 Capítulo 3. Planejamento da revisão

3.2 Questões de pesquisa

As questões de pesquisa correspondem aos objetivos de realização da SLR. Ela é a basede toda condução da pesquisa:

• O processo de pesquisa deve identificar estudos primários que tratam das questões depesquisa.

• O processo de extração de dados deve extrair os itens de dados necessários para responderàs perguntas.

• O processo de extração de dados deve extrair os itens de dados necessários para responderàs perguntas.

• O processo de análise de dados deve sintetizar os dados, de forma que as perguntaspossam ser respondidas. (KITCHENHAM, 2007, p. 54)

O objetivo da nossa SLR foi identificar os estudos relacionados a educação a distânciae surdez e apresentar um panorama das pesquisas realizadas que atendem ao público surdo,em ambientes on-line, com foco em ambientes de aprendizagem. Diante disso, nosso focofoi encontrar a maior quantidade possível de estudos relacionados com a seguinte questãoprincipal:

[QP1] Qual o panorama atual de pesquisas que envolvem aspectos da Edu-cação a Distância voltados para um público surdo?

Baseando-se nesta questão principal, outras seis questões específicas foram propostaspara serem investigadas. As questões e suas motivações estão apresentadas no quadro a seguir:

Quadro 3.3 – Questões de pesquisa e motivações

(continua)

Questões de pesquisa Motivação[QE1] Quais são os ambientes de aprendizagem on-line abordados nas pesquisas?

Há vários ambientes de aprendizagem on-line sendodesenvolvidos e utilizados nas universidades e/ou es-colas, tanto gratuitos quanto pagos. A resposta destaquestão permite identificar os principais ambientesde aprendizagem on-line, suas características, suasvantagens, desvantagens e problemas encontradosem relação ao uso por um público surdo.

[QE2] Quais aspectos do ambiente de aprendizagemsão abordados? (conteúdo, ensino/aprendizagem, in-terface, material didático)

Os estudos podem envolver vários focos em um am-biente de aprendizagem. A resposta desta questãoé relevante para identificar as diferentes abordagensde estudos.

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3.2. Questões de pesquisa 23

Quadro 3.3 – Questões de pesquisa e motivações

(conclusão)

Questões de pesquisa Motivação[QE3] Quais são as principais dificuldades dos surdosao interagir com ambientes virtuais de aprendizagem?

O público surdo caracteriza-se como um público comnecessidades especiais, devido às características desua cultura surda e sua primeira língua ser a Libras(Língua Brasileira de Sinais) e não a língua portu-guesa. Devido a isso, eles apresentam dificuldadesde integração, inclusão e interação em ambienteseducacionais presenciais ou on-line. Com isso, a res-posta a essa questão é importante para se identificare compreender as principais dificuldades dos surdosa fim de se propor soluções que soluções que possamatender suas demandas especiais.

Qual a forma de comunicação adotada? (LínguaPortuguesa, Libras e Escrita de Sinais)

As soluções que podem possibilitar uma melhor in-teração dos surdos em ambientes on-line podem serdesenvolvidas de forma a facilitar sua compreensãoda língua portuguesa, através de vídeos legendados,vídeos e avatares em Libras e escrita de sinais. Aresposta a essa questão permite identificar quais sãoas principais formas de comunicação adotadas nes-tas soluções e, consequentemente, seus resultados econtribuições.

[QE5] Quais são as tecnologias assistivas utilizadasem ambientes on-line?

As tecnologias assistivas caracterizam-se como re-cursos (produtos, instrumentos, estratégias, serviçose práticas) que possibilitem uma melhor autonomiae contribua para a realização de alguma atividade,como foco em pessoas com necessidades especiais.No caso de nossa pesquisa, pessoas surdas ou deficien-tes auditivas. O uso destas tecnologias em ambientesde aprendizagem podem possibilitar uma melhor aces-sibilidade e comunicação dos surdos. Assim sendo,a resposta a esta questão é relevante, pois além deapresentar as tecnologias, pode também, apresentarsuas características que atendem às demandas dopúblico surdo.

[QE6] Quais tipos de contribuições foram feitas emrelação à inclusão digital dos surdos?

As contribuições dos estudos podem ser focadas emaspectos da linguagem, design, proposta de um pro-tótipo, avaliação de interface etc. A resposta destaquestão é relevante para identificar os principais estu-dos e seus resultados que contribuem para o acessodos surdos tanto à informação e, especialmente, emníveis educacionais universitários (ensino superior).

Fonte: Quadro obtido pela pesquisa direta, 2013.

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24 Capítulo 3. Planejamento da revisão

3.3 Protocolo de Revisão

O protocolo de revisão é um documento elaborado que contém definições essenciaisque direcionam o desenvolvimento da SLR a partir da definição das questões de pesquisa:estratégias de busca, critérios de inclusão e exclusão dos trabalhos, critérios de qualidade paraavaliação, metodologia para seleção dos estudos.

É uma ferramenta que auxilia o pesquisador a reduzir o viés na seleção dos estudos.Sem a definição de um protocolo, é possível que a seleção de estudos individuais ou a análisepossam ser impulsionadas pelas expectativas do pesquisador e, consequentemente, incompletas.Logo, as buscas são baseadas em uma estratégia de pesquisa definida que tem como objetivodetectar o maior número possível de estudos relevantes. Toda estratégia de busca da SLRdeve ser documentada para que os leitores possam acessar o seu rigor e completude. Paraseleção das pesquisas, é necessário definir os critérios para inclusão e exclusão. Além disso, sãodefinidos também os critérios de qualidade (informações a serem verificadas) para se avaliar osestudos encontrados e, com isso, incluí-los ou descartá-los para fins da revisão da literatura.

A seguir, segue o detalhamento de cada um dos itens do protocolo que utilizamos emnossa SLR.

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Mapa 3.1 – Itens do protocolo de revisão da SLR

Fonte: Elaborado pela pesquisadora, 2014

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26 Capítulo 3. Planejamento da revisão

3.3.1 Estratégia de pesquisa

As estratégias de pesquisa envolvem duas etapas:

Etapa 1 – Identificação das strings de pesquisa: neste etapa é realizada aidentificação das strings através das palavras-chave de trabalhos já conhecidos e sinônimospara os termos definidos, quando então a combinação das strings é pré-definida.

Etapa 2 – Definição de parâmetros da pesquisa: nesta etapa, deve-se definiro período em que serão realizadas as buscas (por exemplo, de 2007 a 2013 que foi nossointervalo), as bases de dados com os respectivos parâmetros (critérios) de busca e os EMR jáconhecidos que deverão aparecer como resultados nas buscas.

Etapa 1 - Identificação das strings de pesquisa

As strings de pesquisa foram derivadas das palavras-chave das questões de pesquisa edos estudos mais relevantes (EMR) já conhecidos. (Beecham at al, 2006; Kitchenham et al,2010). Para cada uma das questões de pesquisa, derivamos as seguintes palavras-chave:

QP1 Educação a Distância, surdo

QE1 ambientes de aprendizagem on-line

QE2 aspectos, conteúdo, ensino, aprendizagem, interface, material didático

QE3 surdos, dificuldades, interação, ambientes de aprendizagem on-line

QE4 comunicação (língua de sinais, português, imagens)

QE5 tecnologias digitais

QE6 contribuições inclusão digital

O quadro com as palavras-chave derivadas dos EMRs pode ser consultado no Apêndice C– Planejamento da SLR na seção C.2 – Dados dos Estudos Mais Relevantes (EMR) já conhecidos.

A partir das palavras-chave derivadas das questões de pesquisa e estudos relevantes,definimos as seguintes strings e seus sinônimos apresentados no quadro a seguir.

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3.3. Protocolo de Revisão 27

Quadro 3.4 – Sinônimos de palavras-chave para os termos definidos

(continua)

String derivada da questão depesquisa

Sinônimos derivados dos EMR(Português)

Sinôminos (Inglês)

Educação a Distância(QP1)

EAD educação a distânciaeducação de surdosensino onlineeducação onlineeducação AND distânciaensino AND surdoseducação AND online

(education or teaching) and (dis-tance or online)distance educationdistance learningd-learningdeaf education

Surdos(QP1, QE3 )

surdossurdezdeficiente auditivodeficiência auditiva

(deaf or deafness or hearing loss)hearing impairment

Interface(QE2, QE3)

interfacedesigninteração

interfacedesigninteractionuser interface

Ambiente online de aprendizagem(QP1, QE1)

ambiente online de aprendizagemambiente virtual de aprendizagemAVAambientes on-lineambiente de aprendizagemambientes webinterface

virtual learning environment(VLE)learning platformeducational technologyonline educationinterface

Linguagem(QE4)

LinguagemLíngua de sinaisLibras

LanguageSign languageBrazilian Sign Language

Tecnologias(QE5)

Tecnologias digitaisTecnologias assistivasTecnologia para surdosTecnologias de Informação e Co-municaçãoTICsNovas tecnologiashipermídias

Digital technologyAssistive technologyInformation and communicationstechnologyICTinformation technologyHypermedia

Inclusão(QE6)

inclusão digitalinclusão

digital dividedigital inclusion

Fonte: Quadro obtido pela pesquisa direta.

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28 Capítulo 3. Planejamento da revisão

Etapa 2 – Definição de parâmetros da pesquisa

A definição das combinações da strings de busca e suas combinações é um processoque requer uma atenção especial e muito cuidado. Uma definição da combinação de formaequivocada pode invalidar todo o processo de busca por não garantir que os resultadosretornados façam realmente parte de todo o escopo de busca pretendido7.

Para realização da pesquisa e dos testes preliminares, deve-se definir o período em queserão realizadas as buscas, as bases de dados com os respectivos parâmetros (critérios) debusca, além de já definidos os estudos relevantes já conhecidos que deverão aparecer comoresultados nas buscas. Para o escopo da nossa SLR, definimos os seguintes critérios: período(2007 a 2013) e parâmetros de busca (temas/tópicos em várias bases de dados – quadros 3, 4,5, 6, 7)

Período avaliado: O objetivo desta SLR foi realizar um panorama sobre o temaeducação a distância e surdez. Desta forma, optou-se por se avaliar no período de 2007 a 2013.O período de sete (7) anos foi considerado um período suficiente para esta análise, visto que aárea de tecnologia é dinâmica e o período anterior pode abranger estudos que não refletem arealidade. O ano de 2007 foi incluído por apresentar um trabalho relevante já encontrado empesquisas anteriores.

Strings de estudos mais relevantes: Ao se realizar a busca nas bases de dados, éimportante que os estudos mais relevantes já conhecidos sejam selecionados na busca a partirdas combinações de strings. Para isso, devemos identificar as palavras-chave destes trabalhos eincluir como strings de busca. Os resultados devem ser documentados e se os EMR não vieremcomo resultado das buscas, deve-se identificar as respectivas razões.

O quadro com os EMRs, palavras-chave e suas respectivas bases de dados pode serconsultado no Apêndice C – Planejamento da SLR na seção C.2 – Dados dos Estudos MaisRelevantes (EMR) já conhecidos. Os resultados da definição dos strings estão apresentados naseção seguinte de Condução da Revisão.

Base de dados e parâmetros de pesquisa: Como o tema da SLR trata de surdez,educação e IHC/EngSem, realizamos buscas em 38 bases de dados: nas 26 principais bases dedados de artigos na área de Computação (10 bases), Informática na Educação (6 bases), Surdez(5 bases ) e Linguagem (5 bases). Incluímos também TCC, dissertações e teses pesquisadasem 12 bibliotecas de instituições universitárias de todo o Brasil8.

7 A autora da tese teve uma experiência inicial com a SRL e especialmente, com a definição de stringsquando realizou uma SLR anterior a essa junto a profa. Raquel Prates e uma aluna de mestrado, KarinaHadassa. Essa SLR foi realizada para fins didáticos de aprendizagem da metodologia na disciplina dePesquisa Qualitativa, oferecida no Departamento de Ciência da Computação da UFMG, no 2o.semestre de2013, quando a autora fez parte como aluna convidada

8 A busca seria realizada na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD). Contudo,

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3.3. Protocolo de Revisão 29

Estes dados foram organizados em uma planilha do Google Drive para fins de compar-tilhamento com toda a equipe e, posteriormente, formatada no aplicativo Excel para fins dedocumentação para esta tese. Esta planilha foi organizada por abas de áreas: 1. Computação,2. Informática e Educação, 3. Surdez, 4. Linguagem, 5. Diversos, 6. Teses e Dissertações, 7.Outras bases. Para cada uma das bases de dados, registramos as seguintes informações: nomeda base de dados, URL principal, URL da busca avançada, informações sobre as formas debuscas, tópicos pesquisados, exemplo de strings. O registro destas informações foi de grandeimportância para fins de documentação dos testes, dicas de uso, facilidades e dificuldades.

As bases de dados pesquisadas para cada uma dessas áreas específicas com sua URLprincipal podem ser consultadas em seção A.1 – Base de dados pesquisadas na SLR doApêndice A – Protocolo de Revisão. No Apêndice C – Planejamento da SLR na seção C.1 –Links diretos de pesquisa das bases de dados, apresentamos as URLs de pesquisa (diretas) decada uma das base de dados. 9.

A seguir apresentamos telas de buscas de duas base de dados: ACM - Association forComputing Machinery da área de Computação e ETD - Educação Temática Digital) da áreade surdez.

Figura 3.1 – Estágios da etapa do relatório de revisão da SLR

Fonte: Site da ETD: <http://www.fae.unicamp.br/revista/index.php/etd/index>

percebemos que a busca não retornou alguns estudos relevantes. Confirmamos que os trabalhos seencontravam na base de dados das próprias Universidades. Ou seja, nem todos os trabalhos estavam naBDTD. Com isso, optamos por buscar em universidades que tivessem conceito Qualis 6 e 7 e outrasnas quais deveriamos buscar os EMR. A consulta foi realizada em outubro de 2013 no link de cursosrecomendados e reconhecidos: http://www.capes.gov.br/cursos-recomendados

9 Foi disponibilizada uma planilha com as bases de dados em http://www.leticiacapelao.com/curriculo_prof_pesquisa_public.html

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30 Capítulo 3. Planejamento da revisão

A busca no site da ETD é feita através de palavras-chave, configurando um tipo debusca simples. Já a busca no site da ACM oferece recursos avançados: busca por combinaçãode palavras-chave ou o preenchimento de um formulário com vários dados opcionais.

Figura 3.2 – Tela de busca avançada da ACM

Fonte: Site da ACM: <http://dl.acm.org/advsearch.cfm?coll=DL&dl=GUIDE&query>

3.3.2 Critérios de seleção

Para realização da pesquisa da SLR é necessário se definir no protocolo de revisão: oscritérios para seleção (inclusão/exclusão) dos estudos encontrados, os dados que devem sercoletados de cada estudo e os critérios de qualidade para avaliá-los. A partir da definição destescritérios e dados, inicia-se a pesquisa nas bases de dados através das strings definidas e faz-sea seleção dos estudos a partir da metodologia da SLR para seleção de estudos.

Em cada etapa da pesquisa devem ser aplicados critérios de inclusão/exclusão. Oscritérios que utilizamos foram:

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3.3. Protocolo de Revisão 31

Critérios de inclusão

• Artigos completos (técnico ou experiência)

• Artigos resumidos

• Monografias, dissertações ou teses

• Outros: informações de especialistas na área e trabalhos relacionados já encontrados

Critérios de Exclusão

• Estudos explicitamente NÃO relacionados com o tema da pesquisa

– Área de física

– Área de fonoaudiologia (som/voz)

– Área de saúde/médica

– Área de surdez com foco em aspectos emocionais, familiares etc

– Área de surdez com foco na aprendizagem infantil

– Outras necessidades especiais e não incluem a deficiência auditiva/surdez (e.g,deficiência visual, deficiência motora)

– Tecnologias para TV

• Artigos duplicados sobre o mesmo estudo foram considerados como equivalentes. Oartigo mais recente foi mantido para análise, o mais antigo será excluído. Em caso dedúvidas quanto ao foco e resultados dos estudos (se são similares, mesmos resultados ounão), eles foram mantidos para avaliação na próxima etapa

• Livros, tutoriais, editoriais, posters, painéis, palestras, mesas redondas, oficinas, demons-trações, workshops não foram considerados na pesquisa

• Estudos escritos em outras línguas diferentes de inglês, português e espanhol foramexcluídos

• Estudos que não atingiram a pontuação de qualidade mínima definida a partir dos critériosde qualidade foram excluídos

• Estudos anteriores a 2007

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32 Capítulo 3. Planejamento da revisão

3.3.3 Metodologia para seleção dos estudos

A seleção dos estudos encontrados é um processo que contempla cinco etapas: (1)seleção pelo título, (2) seleção pelo resumo, (3) seleção pela leitura diagonal, (4) leituracompleta e (5) análise do dados.

Figura 3.3 – Metodologia para seleção dos estudos da SLR

Fonte: Imagem obtida pela pesquisa direta.

Em cada uma das etapas da metodologia, deve-se rever e enquadrar os critérios jádefinidos para seleção (inclusão/exclusão) dos estudos encontrados, os dados a serem coletadosde cada estudo e os critérios de qualidade para avaliá-los. A partir da definição destes critériose dados, inicia-se a pesquisa nas bases de dados através das strings definidas e faz-se a seleçãodos estudos a partir da metodologia da SLR para seleção de estudos.

Em caso de dúvidas em relação à seleção de alguns trabalhos, a estratégia a ser adotadaé permanecerem na lista a fim de serem verificados na próxima etapa. Em todas as etapas cadatrabalho deve ser avaliado por um ou mais avaliadores e as divergências devem ser discutidas.

As etapas para seleção dos estudos estão descritas a seguir. Os critérios de inclu-são/exclusão adequados em cada uma delas estão discriminados na seção 5.4. Condução daPesquisa.

Etapa 1 – Seleção através do título: Nesta etapa é realizada a leitura dos títulos dosartigos selecionados. São excluídos da seleção os artigos considerados irrelevantes e duplicados,a partir dos critérios a seguir. As questões de pesquisa não devem ser analisadas nesta etapa.Em caso de dúvida, o trabalho deve permanecer para análise na etapa seguinte (estudos maisrecentes, tema da pesquisa, tipo de estudo etc.).

Etapa 2 – Seleção através do resumo: Nesta etapa, é realizada a leitura dos resumose palavraschaves de todos os estudos selecionados na etapa anterior. Em caso de dúvida, otrabalho deve permanecer para análise na etapa seguinte.

Etapa 3 – Seleção através de leitura diagonal: Nesta etapa, a seleção é feita através daleitura diagonal que se caracteriza pela leitura da introdução, principais tópicos e conclusãodos trabalhos selecionados. Durante a leitura, deve-se ter atenção para verificar se o trabalhoestá relacionado às questões de pesquisa.

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3.3. Protocolo de Revisão 33

Etapa 4 – Leitura completa com coleta de dados e avaliação da qualidade: Somentenesta última etapa é feita a leitura completa dos estudos selecionados. Durante a leituracompleta, deve-se realizar a coleta dos dados conforme definido na seção Dados coletados.Nesta etapa, também ocorre a avaliação da qualidade dos trabalhos. Logo, os trabalhos devemser pontuados de acordo com os critérios apresentados na seção Critérios de Qualidade.

Etapa 5 – Análise da Pesquisa: Nesta etapa, as questões de pesquisa são analisadas atravésdas informações coletadas na etapa anterior. Esta análise é registrada em um relatório com osresultados e está apresentada com detalhes na Seção 5.4 – Análise e Resultados.

3.3.4 Critérios de qualidade

Os critérios de qualidade definem um padrão mínimo de qualidade a fim de garantirque apenas publicações relevantes e relacionadas às questões de pesquisa permanecem paraanálise. A partir destes critérios é possível avaliar os estudos encontrados e, com isso, incluí-losou descartá-los para fins da revisão da literatura. Estes critérios podem ser consultados noApêndice A – Protocolo de Revisão em seção A.3 – Critérios de qualidade.

3.3.5 Dados a serem coletados

Para cada estudo selecionado para a etapa 4, deve-se verificar um conjunto de informa-ções a fim de validar sua qualidade e importância para a revisão da literatura realizada.

Nesta SLR, organizamos as informações em quatro categorias: visão geral, características,metodologia, resultados. Inicialmente, registramos os dados em uma planilha e, posteriormente,para tornar o processo mais ágil e confiável, migramos para um aplicativo criado para organizaros resultados da SLR. Na seção de Extração dos Dados, explicamos este processo com maisdetalhes. Os dados de cada uma das categorias podem ser consultados no Apêndice A –Protocolo de Revisão em seção A.2 – Dados a serem coletados.

3.3.6 Avaliação do protocolo de revisão

A avaliação do protocolo de revisão é uma simulação do processo de busca da SLR e érealizado nas próprias base de dados. O objetivo é validar as combinações de strings encontradase garantir que a combinação de strings atende às questões de pesquisa proposta. Para isso, osresultados dos testes devem retornar, preferencialmente, grande parte dos estudos de relevânciae relacionados às questões pesquisadas. Caso isso não ocorra, deve-se rever as combinações destrings e definir uma nova combinação para testes e validação.

A partir da definição das prováveis strings, para testes, e as respectivas bases de dadosa serem pesquisadas, devem ser realizados testes preliminares antes de se definir a combinaçãode strings definitiva. Para realização dos testes, utiliza-se uma combinação de strings para

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34 Capítulo 3. Planejamento da revisão

serem validadas. Os resultados então vão sendo refinados até que se encontre uma combinaçãode strings mais adequada à proposta da SLR. Deve-se ainda verificar se os dados a seremextraídos irão resolver adequadamente as questões de pesquisa e se o procedimento de análisedos dados está apropriado para responder às questões de pesquisa (KITCHENHAM, 2007,p. 13).

Para este fim, seguimos as seguintes etapas preliminares e essenciais antes de iniciarnossas buscas nas bases de dados, descritas detalhadamente nas subseções seguintes:

• Etapa 1 – Buscas de testes nas bases de dados: nesta etapa, deve-se realizar buscas deteste usando várias combinações de termos de pesquisa derivado da questão de pesquisae revisar os resultados retornados nas buscas a fim de validar as combinações.

• Etapa 2 – Consulta de especialistas: deve-se consultar especialistas na área a fim devalidar os resultados.

Antes de apresentarmos cada uma destas etapas, convém definir e esclarecer um conceitoessencial para as estratégias de busca avançadas utilizadas para se restringir os resultados debusca. Quando se realiza uma busca na base de dados do Google, por exemplo, muitas vezessurgem muitas páginas com resultados que não estão relacionadas ao que realmente se interessa.Para evitar que isso aconteça, devemos fazer uso dos operadores booleanos AND (E), OR (OU)e NOT (NÃO), derivados dos estudos da Ciência da Computação e da Ciência Cognitiva. Parasaber mais sobre os operadores booleanos, consulte o Apêndice B – Operadores.

Etapa 1 - Buscas de testes nas bases de dados

Antes de se iniciar a pesquisa definitiva em cada uma das bases de dados, devem serrealizados testes para validação das strings. Nestes testes verifica-se se, a partir da combinaçãode strings de pesquisa definida, tem-se como resultados da busca: 1) estudos que estejamrelacionados às questões de pesquisas; 2) estudos importantes já conhecidos. Nos dois casos,devem-se analisar os resultados com cuidado e avaliar se a combinação está adequada para oobjetivo pretendido.

Esta etapa de definição da combinação de strings é essencial para o sucesso da SLR. Epor isso, os testes devem ser planejados, registrados e avaliados com muita cautela. Em relaçãoaos testes com estudos relevantes, não é obrigatório que todos retornem nas buscas, por causado período da pesquisa ou pelo foco não se enquadrar nas questões da SLR. Com isso, elespodem ou não ser resultantes da busca. Por isso, torna-se necessário realizar uma análise dosresultados encontrados, para validação dos testes e, consequentemente, das strings de busca.

Com isso, inicialmente, realizamos vários testes nas bases de dados das diversas áreas,de forma a garantir que os resultados das publicações encontradas fossem adequados e que a

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3.3. Protocolo de Revisão 35

maioria dos EMRs retornassem nas buscas. A título de exemplo, seguem algumas combinaçõesiniciais de strings utilizadas em nossos testes:

• Com aspas: "educação a distância"or "educação online"or interface AND "Surdos"OR"Deficiente auditivo"OR "Surdez"OR "deficiência auditiva"

• Com parentêsis: (educação OR ensino) AND (distância OR online) AND (surdos ORsurdez OR auditiva)

• Com aspas e parentesis: ("educação a distância"or "educação online") AND ("Sur-dos"OR "Deficiente auditivo"OR "Surdez"OR "deficiência auditiva")

Neste momento de testes, também se verifica as estratégias de busca em cada umadas bases de dados. Logo, ficamos atentos aos seguintes aspectos:

• Como funcionam os operadores lógicos AND e OR, uso de parêntesis em cada uma dasbases?

• Podemos usar aspas para delimitar as palavras compostas? A base de dados faz uso deaspas? Por exemplo, “deficiência auditiva”, “deficiente auditivo”

• Podemos usar hífen ou a base de dados não considera o hífen em seu cadastro depalavras-chave? Por exemplo, na palavra on-line

• As bases de dados tratavam intervalos de datas? Ou seja, em nosso caso, seria possívelselecionar somente trabalhos com datas superiores a 2007?

• Havia seleção por tópicos de assuntos? Como funcionava?

• Eles retornavam os EMR que estávamos buscando? Se não, porque? A nossa combinaçãode strings precisava ser melhorada? Ou onde eram realizadas as buscas: somente nostítulos e resumos ou em todo o conteúdo das publicações?

Esse foi um processo bem cuidadoso, demorado e exaustivo. Na maioria das vezes,cada base de dados tinha sua forma particular de tratar as buscas e lidar com os operadoreslógicos. Isto porque as estratégias de busca nas bases de dados pode variar em termos deuso de operadores lógicos e em termos de filtros (por tema, por período etc). Por exemplo:para se buscar por surdez e educação, podemos usar no Google esta forma de busca: ”surdezeducação”. No caso de algumas bases de dados, torna-se necessários avaliar a necessidade deuso dos operadores lógicos AND, NOT e OR.

Com isso, foi necessário também documentar todos os passos, resultados, insucessos esucessos para cada uma delas. Os integrantes da equipe participaram desta fase e colaboraram

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36 Capítulo 3. Planejamento da revisão

com testes, sugestões e análise das conclusões. Em alguns momentos, tornou-se necessáriovários integrantes realizarem testes na mesma base de dados a fim de validar os resultados.

Realizamos vários testes com várias combinações e documentamos estes testes em umaplanilha do Google Docs, compartilhada entre os integrantes do grupo da SLR. A Figura 3.4 ea Figura 3.5 ilustram a planilha utilizada para testes nas bases de dados. Criamos uma abapara cada base de dados e os testes foram documentados e avaliados pela equipe.

Figura 3.4 – Planilha com os resultados dos testes das combinações de strings - parte 1

Fonte: Imagem obtida pela pesquisa direta.

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3.3. Protocolo de Revisão 37

Figura 3.5 – Planilha com os resultados dos testes das combinações de strings - parte 2

Fonte: Imagem obtida pela pesquisa direta.

As nossas conclusões foram apresentadas na seção seguinte “Lições aprendidas com aconstrução do protocolo” e um resumo dos esultados dos testes realizados nas bases de dadosforam registrados em planilha e podem ser consultados no Apêndice C – Planejamento da SLRna seção C.3 – Buscas de testes nas bases de dados - Resultados.

Etapa 2 - Consultar especialistas na área

Além dos estudos encontrados nas buscas nas base de dados, alguns estudos foramtambém recomendados pela profa. Raquel Prates, pesquisadora na área de IHC e EngSem epelos autores de alguns estudos já conhecidos ou encontrados na SLR.

O contato com pesquisadores de estudos relacionados ao tema se deu na seguintessituações: publicações não disponíveis para download ou publicações com estudos muitointeressantes. Algumas publicações foram listadas nas bases mas não estavam disponíveis paradownload. Caso de bases de dados com acesso restrito ou anais de congressos que listavamsomente o resumo. Com isso foi necessário realizar contato com os pesquisadores. No retornoàs nossas consultas, os pesquisadores enviavam também outros estudos já realizados.

3.3.7 Lições aprendidas com a construção do protocolo

A partir dos testes realizados chegamos a algumas importantes conclusões descritas aseguir.

A combinação de strings com palavras em inglês e português pode gerar duplicaçãode resultados. Isto porque as publicações, em grande parte, possuem resumo em português etambém em inglês. Então quando as palavras apareciam também no resumo, a busca podia

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38 Capítulo 3. Planejamento da revisão

retornar trabalhos duplicados, dependendo dos operadores lógicos usados e da forma que abase de dados fazia a pesquisa. Isso aumentava o volume de publicações para análise. Isso foium fator contornado logo na fase inicial da SLR, quando então, os trabalhos duplicados foramexcluídos.

Os número de resultados, por vezes variava, com uma mesma combinação de strings, emuma mesma base. Isso ocorreu em três situações específicas identificadas por nós. Primeira delas,foi a opção de dois links para busca avançada no site, que resultava, por vezes, em combinaçõeserradas fornecidas por nós. Naturalmente, os resultados tinham valores diferenciados. E, aidentificação do erro acontecia após muitas tentativas e troca dos prints das telas de busca pelosintegrantes. Um exemplo é o site da IEEE que oferece: (1) preenchimento dos campos de stringse a própria ferramenta tratava os operadores lógicos disponível em Advanced keyword/phrases> > Full Text & Metadata10; (2) informação da combinação completa das strings em umúnico campo no link Command search > Full Text & Metadata11.

Figura 3.6 – Tela da IEEE para busca avançada com palavras-chave

Fonte: IEEE: <http://ieeexplore.ieee.org/search/advsearch.jsp?advanced-search>

10 <http://ieeexplore.ieee.org/search/advsearch.jsp?advanced-search>11 <http://ieeexplore.ieee.org/search/advsearch.jsp?expression-builder>

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3.3. Protocolo de Revisão 39

Figura 3.7 – Tela da IEEE para busca avançada com a combinação completa de strings

Fonte: IEEE: <http://ieeexplore.ieee.org/search/advsearch.jsp?expression-builder>

Uma outra situação que houve variação do número de resultados foi em função do usodo VPN12 (Virtual Private Network ou Rede Virtual Privada). O VPN é um serviço oferecido porempresas, instituições, universidade que possibilita o acesso aos recursos que normalmente estãoacessíveis apenas dentro das redes internas, de forma segura, a partir de qualquer computadorconectado à Internet. Para isso, basta instalar o aplicativo em seu computador e conectar-se àrede VPN13. Houve divergência nos resultados, em caso de testes por integrantes, dentro daUFMG e outros fora da UFMG (sem conexão com o VPN). Dentro da rede interna da UFMG,a quantidade era relativamente menor (1 a 3 trabalhos). Ou seja, torna-se necessário que oacesso ao VPN fosse feito pro todos os integrantes a fim de possibilitar um resultado válido atodos. Além disso, o acesso ao VPN, possibilitou o acesso aos arquivos em PDF do site daACM. E sem esta conexão, os arquivos PDF não ficavam disponíveis para download.

Uma terceira e última situação de divergência de resultados, relaciona-se com o usode aspas. Em alguns momentos, ao copiar e colar as strings para busca, as aspas era coladas

12 Virtual Private Network = Rede Virtual Privada13 O Serviço de VPN (Virtual Private Network) do DCC está disponível para todos os usuários e permite de

forma segura o acesso direto aos recursos e serviços (que normalmente estão acessíveis apenas dentro daRede do DCC) a partir de qualquer computador conectado à Internet.” Fonte: <http://www.crc.dcc.ufmg.br/servicos/vpn/start>

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40 Capítulo 3. Planejamento da revisão

como “ ”, ou seja, aspas tipográfica esquerda e aspas tipográfica direita. São caracteres deinterfaces mais atuais. Contudo, as aspas consideradas nas buscas são as aspas duplas e semcurvas, padronizadas na tabela ASCII14 e utilizadas na Ciência da Computação. Esse foi umoutro aspecto, muitas vezes, identificado após vários testes, comparações e “fumacinhas” nosneurônios.

Ainda em relação ao uso de aspas, limitar strings com aspas pode não ser recomendado,pois os estudos podem apresentar as palavras em ordem trocadas ou sem o artigo/preposição(ex. o, o, a, as, of, the) no meio da expressão. Por exemplo: "Hard of Hearing", "Hard Hearing".A estratégia que utilizamos então foi separar os "assuntos"com AND e as variações com OR.Um exemplo hipótetico com três assuntos: educação, distância e surdos. Um possível conjuntode strings seria: educação AND distância AND surdez (em inglês: education AND distanceAND deaf) com as variações (educação OR ensino) AND (distância OR online) AND (surdezOR surdo OR deficiente auditivo) e as seguintes variações em inglês: (education OR teaching)AND (distance OR online) AND (deaf OR deafness OR hearing).

O uso do hífen variava de uma base para outra, em nossos testes. Logo, durante oprocesso da busca nas bases de dados, tínhamos que confirmar os resultados e, se necessário,substituir a palavra on-line por online.

Algumas bases tinham formas diferenciadas de realizar as buscas com os operadoreslógicos. A base de dados da ACM, por exemplo, realizava as buscas a partir destes operadores.[(educação OR ensino) AND (distância OR online) AND (surdos OR surdez OR auditiva)].Já a base HCBIB, usava outros operadores & = AND e "= OR. [(educação | ensino) &(distância | online) & (surdos | surdez | auditiva). Algumas ofereciam a opção de informaçãoda combinação completa de strings com os operadores, quando outras fornecaim um formuláriopara se preencher string por string ou ainda limitavam o tamanho da combinação das strings.Registramos os resultados dos testes realizados nas bases de dados em uma planilha e podemser consultados no no Apêndice C – Planejamento da SLR na seção C.3 – Buscas de testesnas bases de dados - Resultados.

O filtro por data foi possível em quase todas as bases de dados de artigos. Em algumasbases de dados, apesar de oferecerem o recurso, os resultados não retornavam os valores dointervalo selecionado. Um exemplo foi o site da Capes e da Springer. No caso da Springer,optamos por usar a base de dados da ACM que também indexa os artigos da Springer.

Uma outra configuração oferecida em algumas bases foi o filtro por áreas. Ou seja, os

14 “A codificação ASCII é usada para representar textos em computadores, equipamentos de comunicação,entre outros dispositivos que trabalham com texto. Desenvolvida a partir de 1960, grande parte dascodificações de caracteres modernas a herdaram como base. ASCII, do inglês American Standard Codefor Information Interchange, é o Código Padrão Americano para o Intercâmbio de Informação. Trata-sede um código binário (cadeias de bits: 0s e 1s) que codifica um conjunto de 128 sinais: 96 sinais gráficos(letras do alfabeto latino, sinais de pontuação e sinais matemáticos) e 32 sinais de controle”. Fonte:<http://pt.wikipedia.org/wiki/ASCII>

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3.3. Protocolo de Revisão 41

resultados que retornavam das buscas referiam-se apenas às publicações das áreas marcadas. Porexemplo, de acordo com o que se deseja buscar, marcamos a opção Education & Learning, dentreoutras e desmarcamos Arts and Humanities. Estas configurações em Ciência da Computaçãosão chamadas de parâmetros (ou critérios) que devem ser definidos e informados nos campos aserem preenchidos ou marcados.

Outros aspectos que identificamos foi a opção de seleção por idiomas. No site da Capes,por exemplo, não apresentou resultados confiáveis. Quando marcávamos o idioma, o númerode artigos reduzia muito, deixando de trazer outros que estavam dentro do escopo do idiomaselecionado. Logo, também tivemos cuidado com as configurações de idiomas.

Algumas bases não retornavam resultados para a combinação completa de strings, emfunção de conter muitas palavras. Logo tivemos que fazer uso do caracter coringa “*”. Essecaracterer * é substituído por letras formando palavras, de forma automática. Esse é um recursooferecido pelos sistemas de busca. Por exemplo, no caso de “surd*”, recuperavam documentoscontendo "surdez"ou "surdo"ou "surda"ou “surdos” ou “surdas”. A opção pelo asterisco nãopode ser utilizada em todas as bases, pois algumas delas não ofereciam a busca usando ocoringa “*”.

Em relação a busca em títulos, resumos ou textos completos, identificamos nos testesque em algumas bases de dados, a busca era realizada somente nos títulos e resumos. Emoutros, a busca era feita em todo conteúdo dos artigos, trazendo um número muito grande depublicações (variando de 3000 a 5000), dependendo da base. Neste caso, tivemos que estudaruma alternativa de realizar as buscas, de acordo com cada base de dados (ou usando scripts ouusando seleção por palavras através de títulos e resumo, usando comandos de busca, oferecidospela própria base). Esses detalhes das buscas foram descritos na seção 5.3 - Condução daRevisão.

Quando as strings não estavam presentes no título ou resumo, a fim de identificare validar as strings, nestes casos, foi necessário recorrer ao próprio texto das publicaçõesencontradas. Muitos sites de busca exibiam uma lista dos resultados encontrados com asinformações de título, resumo e um link para efetuar o download do texto completo dotrabalho, geralmente em formato PDF. Acessando os conteúdos (dos PDFs) era possívelcompreender como era o processo de busca da base de dados, para avaliar onde se encontravaa string da busca: se estava presente em algum conteúdo de alguns estudos. Analisandoesses resultados, percebemos que alguns sites pesquisavam nossa string no título e resumo eoutros sites pesquisavam nossa string no conteúdo do texto completo. E, então, a partir desteentendimento, foi possível validar ou não determinado conjunto de strings. E também validaras estratégias de busca da base de dados.

Alguns EMR não retornaram nas buscas, pois apesar de serem relevantes para nossapesquisa, não se enquadraram na combinação de strings proposta para a questão principal danossa SLR. Desta forma eles continuaram fazendo parte de nossa fundamentação da literatura,

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42 Capítulo 3. Planejamento da revisão

sendo enquadrados como EMR somente.

A partir da experiência inicial de uma outra SLR realizada em agosto de 2013, compro-vamos que havia poucos trabalhos publicados sobre a temática de EAD e surdez. Com isso,optamos por explorar também a área de design. Logo, o uso de duas combinações de stringsrelacionados a educação e design, foi uma estratégia que possibilitou avaliar os resultados deestudos voltados para a temática de educação e surdez, assim como para a temática de designe surdez.

3.3.8 Combinação de Strings Validadas

A partir destes testes realizados nas próprias bases de dados, as nossas combinações destrings (em português) sugeridas foram então validadas.

Para o tema relacionado a educação a distância e surdez, chegamos a validação dasseguintes combinações de strings em português (identificamos por “p1”). A combinação dastring em inglês pode ser consultada em Apêndice A – Protocolo de Revisão, em seção A.4 –Strings Validadas. Os resultados encontrados em testes com as strings em português estavamde acordo com a proposta da questão principal da SLR, logo não utilizamos as combinaçõesem inglês.

Além disso, tratamos de uma temática que envolvem as pessoas surdas, com sua culturae identidade surdas com relação direta com sua língua, a Língua Brasileira de Sinais. Com issoapresentamos os resultados de estudos publicados por autores e pesquisadores brasileiros, tantono Brasil quanto em outros países, desde que cadastrados nas bases de dados já indicadas.

(educação OR ensino OR EAD OR aprendizagem OR aprendizado OR "e-learning"OR elearning) AND (online OR "on-line"OR internet OR distanciaOR virtual) AND (surdo OR surdos OR surda OR surdas OR surdez ORauditiva OR auditivos OR auditivo OR auditivas)

E para o tema relacionado a design, interface e surdez, chegamos às seguintes combi-nações de strings em português:

(design OR interface OR interação OR tecnologia OR tecnologias OR IHC)AND (online OR "on-line"OR internet OR virtual OR web) AND (surdoOR surdos OR surda OR surdas OR surdez OR auditiva OR auditivos ORauditivo OR auditivas)

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43

4 Condução da revisão

A condução da revisão prevê a realização da pesquisa seguindo os itens já definidos noprotocolo da revisão: questões de pesquisa, estratégias de busca com a definição da combinaçãode strings, critérios de seleção dos estudos encontrados, critérios para avaliação da qualidade edados a serem coletados. Todas estas informações já foram apresentadas nesta seção anteriorquem descrevemos os itens do nosso protocolo de revisão.

Nas subseções seguintes descrevemos as etapas do processo da condução da SLR:etapas preliminares, apresentadas anteriormente; seleção dos estudos, seguindo a metodologiadescrita na subseção 5.1.4 - Avaliação da qualidade do estudo e extração dos dados.

4.1 Identificação da pesquisa

O processo de realização de uma revisão sistemática deve ser documentado, detalhada-mente, de forma que seja possível avaliar o rigor da pesquisa. Todos os processos devem sertransparentes e replicáveis. As mudanças necessárias também devem ser anotadas e devida-mente justificadas. Se houver resultados da pesquisa que não foram avaliados, eles devem serarmazenados para uma possível análise.

A identificação da SLR envolve dados sobre o período de realização e pesquisadoresenvolvidos. É de suma importância que ela seja devidamente identificada para fins de contribuiçãocom trabalhos futuros.

Conforme já destacado, a SLR é um trabalho que deve ser realizado por duas ou maispessoas a fim de que os resultados sejam validados. Nossa SLR contou com a colaboraçãode profissionais e pesquisadores da UFMG, da UFPE, Fiocruz e Texto Livre (FALE-UFMG).Somente um dos integrantes se manteve até o final do processo da SLR.

4.2 Seleção dos estudos

Foram realizadas buscas e análise dos estudos nas bases de dados com as combinaçõesem português, obedecendo aos operadores lógicos e tipos de buscas disponibilizadas em cadauma das bases de dados.

Esse também foi outro processo também cuidadoso, demorado e exaustivo. Após jáconhecer a estratégia de busca, encontrar os resultados deveríamos então recuperar os resultadosencontrados em planilhas para fins de documentação (necessária na SLR) e posterior análisedos estudos.

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44 Capítulo 4. Condução da revisão

A seguir apresentamos os critérios utilizados para seleção dos estudos baseados emnosso protocolo já definido e apresentado anteriormente neste capítulo. Descrevemos tambémo processo de seleção dos estudos e discutimos o quesito de confiabilidade para tratamentodos critérios de inclusão dos estudos.

4.2.1 Critérios para seleção dos estudos

A seleção dos estudos foi feita a partir dos critérios de inclusão e exclusão definidos noprotocolo de revisão. Estes critérios foram então adequados em cada uma das etapas, conformesegue abaixo:

Seleção através do título: em nossa SLR, nesta etapa, consideramos os seguintes critériosde inclusão/exclusão:

• Devem ser excluídos apenas estudos que NÃO estão relacionados com o tema da pesquisadas respectivas áreas:

– Área de física

– Área de fonoaudiologia (som/voz)

– Área de saúde/médica

– Área de surdez com foco em aspectos emocionais, familiares etc

– Área de surdez com foco na aprendizagem infantil

– Outras necessidades especiais e não incluem a deficiência auditiva/surdez (e.g,deficiência visual, deficiência motora)

– Tecnologias para TV

• Estudos duplicados devem ser excluídos

• Estudos com títulos em outras línguas diferentes de inglês, português e espanhol devemser excluídos

• Livros, tutoriais, editoriais, posters, painéis, palestras, mesas redondas, oficinas, demons-trações, workshops não dever ser considerados na pesquisa

Seleção através do resumo: nesta etapa, consideramos os seguintes critérios de inclu-são/exclusão.

• Estudos sem resumo devem ser mantidos para análise na próxima etapa

• Estudos com resumos em outras línguas diferentes de inglês, português e espanhol devemser excluídos

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4.2. Seleção dos estudos 45

• Estudos duplicados devem ser excluídos

• Livros, tutoriais, editoriais, posters, painéis, palestras, mesas redondas, oficinas, demons-trações, workshops não serão considerados na pesquisa

• Estudos que tratam de Educação a Distância e surdez, mas com foco em aspectosde ensino/aprendizagem, conteúdo, linguagem devem ser mantidos para avaliação napróxima etapa

• Estudos que tratam de temas relacionados a surdez que envolvam sistemas interativos(ambientes web, jogos, tecnologias assistivas, softwares) devem ser mantidos para análisena próxima etapa

• Estudos que tratam de avaliação de interface, mas não explicitam qual o método deavaliação ou a propriedade de qualidade de uso que esta sendo avaliada (e.g., usabilidade,comunicabilidade) devem ser mantidos para avaliação na próxima etapa

Seleção através de leitura diagonal: em nossa SLR, nesta etapa, consideramos os seguintescritérios de inclusão/exclusão.

• Estudos que NÃO estiverem dentro do escopo das questões de pesquisa devem serexcluídos

• Livros, tutoriais, editoriais, posters, painéis, palestras, mesas redondas, oficinas, demons-trações, workshops não serão considerados na pesquisa

• Estudos que tratam de Educação a Distância e surdez, mas com foco em aspectosde ensino/aprendizagem, conteúdo, linguagem devem ser mantidos para avaliação napróxima etapa

• Estudos que tratam de temas relacionados a surdez que envolvam sistemas interativos(ambientes web, jogos, tecnologias assistivas, softwares) devem ser mantidos para análisena próxima etapa

• Estudos que tratam de avaliação de interface, mas não explicitam qual o método deavaliação ou a propriedade de qualidade de uso que esta sendo avaliada (e.g., usabilidade,comunicabilidade) devem ser mantidos para avaliação na próxima etapa

Leitura completa com coleta de dados e avaliação da qualidade: nesta etapa, osestudos que não atingiram a pontuação mínima de qualidade definida foram excluídos. Elesforam selecionados a partir dos critérios de qualidade pré-definidos no protocolo. Ver noApêndice A – Protocolo de Revisão, em seção A.3 – Critérios de qualidade.

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46 Capítulo 4. Condução da revisão

4.2.2 Processo de seleção dos estudos

Este processo envolve a seleção de estudos a partir das buscas realizadas nas bases dedados (etapa 1), organização em planilhas para realização das etapas (etapa 1 a etapa 4).

Em virtude de ser uma metodologia com vários passos, etapas, análises e grande númerode trabalhos a serem analisados tornou-se necessário automatizar o processo. Logo, o processode seleção de estudos envolveu diferentes estratégias, de acordo com os desafios e necessidadesque foram surgindo em cada nova base de dados pesquisada; assim como uso de recursos paratornar o processo mais eficiente. Com isso, a seleção dos estudos foi realizada inicialmenteem uma planilha e, posteriormente, desenvolvemos um aplicativo para automatizar o processo.Para a seleção dos estudos utilizamos as seguintes estratégias detalhadas a seguir.

Realizamos buscas com as combinações de strings completa p1 e p2, diretamentenos sites das bases de dados (Estratégia 1) e utilizando aplicativos para auxiliar nas buscas(Estratégia 2). Devido a dificuldades e/ou limitações encontradas nos procedimentos anteriores,foi necessário realizar buscas com conjunto de strings derivadas das combinações p1 e p2utilizando scripts (Estratégia 3) e busca manual (Estratégia 4). Os estudos selecionados a partirdas estratégias anteriores foram organizados utilizando as seguintes ferramentas: Utilizandoplanilhas no Excel (Registro 1); Utilizando planilhas no Calc (Registro 2) e utilizando umaplicativo desenvolvido pela equipe (Registro 3). Seguem as descrições de cada um desteprocessos a seguir. Inicialmente usando as combinações de strings completas:

Estratégia 1 - Diretamente nos sites das bases de dados

Inicialmente, realizamos as buscas com as combinações completas de strings (p1 e p2)diretamente nos sites das bases de dados. Utilizamos um modelo de planilha (já utilizada pelogrupo Pensi) onde organizamos os estudos encontrados. Os dados coletados foram registradosem uma planilha, com códigos de acordo com a base de dados. Por exemplo, p1ACM1 =publicação 1 da base da ACM, p1 = da string em português = p1 (EAD e surdez). A planilhafoi organizada com as seguintes colunas: ID, base de dados, autor, título, resumo, referência elink. (ver Figura 4.1 e Figura 4.2).

Em toda SLR que é aplicada, os resultados precisam ser registrados para fins de validaçãoentre os integrantes da equipe. Logo, foi necessário guardar as informações resultantes dasbuscas. Algumas bases ofereciam o recurso de gerar uma planilha com os resultados da tela.Mesmo assim, as planilhas não estavam organizadas da mesma forma que era necessário paranossa seleção. Então, era necessário copiar e reorganizar em nossas planilhas. Outras bases nãoofereciam este recurso e, foi necessário então, realizar um “salvamento” manual: titulo a titulo,resumo a resumo, nomes de autores por autores e colar nas planilhas. Para tornar o processomais eficiente, recorremos a aplicativos que pudessem facilitar nossas buscas e registros dosresultados. (ver seção seguinte).

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4.2. Seleção dos estudos 47

Figura 4.1 – Planilha para registro dos dados obtidos dos sites a partir de busca direta

Fonte: Imagem obtida pela pesquisa direta.

Figura 4.2 – Coluna de justificativa de exclusão usada na planilha de registro dos dadosobtidos dos sites a partir de busca direta

Fonte: Imagem obtida pela pesquisa direta.

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48 Capítulo 4. Condução da revisão

Estratégia 2 - Utilizando aplicativos para auxiliar na busca

O contato com outros pesquisadores1 nos possibilitou o conhecimento de aplicativos quepudessem auxiliar nesta fase: StART e Reviewer. Na Apresentamos as principais característicase experiências encontradas no uso dessas duas ferramentas.

O START2 é uma ferramenta de apoio ao processo de revisão sistemática. Possui recursospara apoio no processo de revisão sistemática, busca nas bases de dados cadastradas (IEEE,Scopus, ACM e ISI) e geração de gráficos. É uma ferramenta mais completa comparando-secom o Reviewer, pois permite o cadastro também dos dados do protocolo de revisão. Entretanto,como nosso protocolo estava já concluído, isso não foi uma vantagem para nós. Desta forma,analisamos o Start e encontramos algumas desvantagens. Não permitia o acompanhamentopor etapas. Ou seja, o que foi excluído na etapa 1 (seleção por título), etapa 2 (seleçãopor resumo), etapa 3 (leitura na diagonal), etapa 4 (leitura completa). Além disso não erapossível categorizar as publicações (por exemplo, se tratava de ambientes de aprendizagem,jogos, sistemas web, softwares, tecnologias assistivas para surdos etc.). Em relação aos dadosde saída, o StART gerava dois gráficos com informações mais básicas e não exportava osresultados das publicações encontradas para arquivos CSV3 ou planilhas do Excel. Ou seja,não poderiamos tratar os dados de uma maneira independente. Outra desvantagem é que seuprograma executável não é capaz de ser executado em todas as plataformas, por exemplo, noOS X da Apple. Alguns participantes de nossa equipe de análise não conseguiram testar aferramenta por causa dessa limitação. O Start não nos atendeu, pois não gerava planilhas comos resultados.

A partir desta última limitação, buscamos por outras soluções na Web, quando identifi-camos uma ferramenta SysReTool, proposta por pesquisadores da UFBA e UFGO, apresentadaem um artigo “Em Direção a uma Ferramenta de Suporte a Revisão Sistemática de Literatura”.4

Foi feito um contato com os pesquisadores, solicitando mais informações sobre a implementaçãoda ferramenta. Tivemos a informação que a ferramenta havia sido descontinuada por se tratarde um trabalho de conclusão de curso, quando nos indicaram o aplicativo Reviewer5.

A partir de uma análise mais superficial, identificamos que o aplicativo Reviewer possuiauma interface minimalista (ou seja, mais simples), executava em plataformas Windows, Linux e

1 Agradecimento especial pelas sugestões de aplicativos e colaboracão de Williamson Silva da faculdade deManaus/Amazonas, participante da comunidade de IHC no Brasil. E também a equipe do Start, Ivan C.Machado que nos indicou o aplicativo Reviewer, proposto por pesquisadores da UFPE, visto que o Startnão executava na plataforma do OS X da Apple.

2 Site com informações sobre a Start: <http://lapes.dc.ufscar.br/tools/start_tool> Mais detalhes so-bre o Start podem ser obtidos no artigo: START: Uma ferramenta para apoio ao processo de revisãosistemática disponível no link: <https://uspdigital.usp.br/siicusp/cdOnlineTrabalhoVisualizarResumo?numeroInscricaoTrabalho=2936&numeroEdicao=18>

3 CSV (comma-separated values) é um formato simples para representação de dados tabulares. As linhas databela são separadas em linhas no arquivo CSV e os campos são separados por um caractere delimitador,como a vírgula.

4 Artigo disponível em http://www.aptor.com.br/enacomp2013/pdf/18.pdf5 https://sites.google.com/site/eseportal/tools/reviewer

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4.2. Seleção dos estudos 49

Mac1 e oferecia as principais funcionalidades úteis para nossa SLR: (1) Pesquisa nas bases dedados selecionadas (ACM, IEEE, Science Direct, Scopus, Springer, Engineering Village), atravésde uma combinação de strings informada (dispensando a nossa busca manual em cada umadessas bases). (2) Exibição dos resultados encontrados em uma listagem com possibilidadesde salvar a busca no próprio aplicativo e, ainda, incluir ou excluir os trabalhos listados; (3)Visualização dos estudos e todos os resultados da revisão. Nessa tela podemos selecionar,respectivamente pelas cores (verde, vermelha e amarela) quais trabalhos foram incluídos,excluídos ou ainda não foram marcados. (4) Opção de salvar os resultados ou a própria buscainicial em uma planilha no formato CSV. A planilha gerada inclui os campos código, situaçãoda revisão, título, autores, resumo e link para a publicação. Isso possibilitou fácil adaptação jáque essa planilha continha uma organização semelhante a que já estávamos trabalhando, parasalvar resultados das outras bases.

Figura 4.3 – Tela principal de busca do aplicativo Reviewer

Fonte: Aplicativo Reviewer

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50 Capítulo 4. Condução da revisão

Figura 4.4 – Tela com os total de resultados encontrados

Fonte: Aplicativo Reviewer

Figura 4.5 – Tela com as pesquisas de resultados gravadas (Base ACM, Base Springer)

Fonte: Aplicativo Reviewer

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4.2. Seleção dos estudos 51

Figura 4.6 – Tela para inclusão ou exclusão dos trabalhos

Fonte: Aplicativo Reviewer

Figura 4.7 – Tela com listagem das publicações

Fonte: Aplicativo Reviewer

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52 Capítulo 4. Condução da revisão

Figura 4.8 – Tela com planilha gerada pelo Reviewer

Fonte: Aplicativo Reviewer

Os dados foram então reorganizados em nossa planilha da SLR que teve uma novacoluna adicionada: CR identificando o código do Reviewer.

Figura 4.9 – Planilha de registro dos dados obtidos dos sites a partir de busca utilizando oaplicativo Reviewer

Fonte: Imagem obtida pela pesquisa direta.

Para validar a utilização do Reviewer, efetuamos testes com a combinação de stringsdiretamente nos sites de busca. Observamos que os resultados correspondiam às bases ACM,IEEE, Science Direct e Springer, mas não funcionou corretamente com a base IEEE. Testamoscombinações de strings de tamanho menor e os números não correspondiam com o site da

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4.2. Seleção dos estudos 53

base. O Reviewer retornava menos resultados para a base IEEE do que a busca direta no sitedo IEEE. A partir desta análise optamos por usar o aplicativo Reviewer para as bases ACM,Science Direct e Springer. E efetuamos a busca na base de dados IEEE pelo método manual(explicado nas seções seguintes)6.

Estratégia 3 - Utilizando scripts

Conforme já descrito, iniciamos as buscas com as combinações de strings completasdiretamente nas bases de dados e, devido a custo alto de salvar manualmente os resultados emalgumas bases (que não ofereciam o recurso de gerar planilhas com os resultados), buscamosuma solução alternativa através de uso de aplicativos. Contudo, o Reviewer realizava busca emalgumas bases da nossa SLR. E com isso, tornou-se necessário uma nova solução alternativautilizando scripts para busca e recuperação dos dados, de uma forma mais automatizada, emoutras bases de dados.

Uma das dificuldades encontradas que nos motivou ao uso de scripts foi que algumasbases de dados7 não aceitavam ou não interpretavam corretamente a combinação de stringscompleta (p1 e p2). Uma solução foi quebrar a combinação de strings em várias combinações,usando o caracter coringa asterisco (*) para reduzir o número de consultas por cada combinação.O caractere asterisco (*) possibilita, por exemplo, a inclusão das palavras surda, surdas, surdo,surdos e surdez em uma única pesquisa no site. Usando a combinação <educação AND onlineAND surd*>, retornaria os resultados com todas as palavras obrigatórias (por causa do AND= E), educação e online e surd*. Onde para a string “surd*”, a busca é feita pelas palavras"surdez"ou "surdo"ou "surda"ou “surdos” ou “surdas”. Contudo, nem todas as bases de dadosaceitavam o uso de caracteres coringa. Além disso, uma outra dificuldade, foi que, mesmo como uso do caractere coringa para redução do número de pesquisas, havia um número muitogrande de resultados listados a serem organizados. Encontramos buscas que retornavam maisde 200 resultados apenas para uma combinação de string de três palavras, mantendo essamédia para as demais combinações. E dentre esses resultados, havia publicações que eramresultantes de uma ou mais combinações de strings, gerando resultados duplicados. Ou seja,a realização da busca desta forma foi se tornando impraticável. Logo, para solucionar estesproblemas apresentados, um dos integrantes da equipe, da área de Ciência da Computação,sugeriu a criação de scripts, que foi imediatamente implementada.

Esses scripts foram criados na linguagem de programação Python e foram executados,com um tempo médio de 2 a 3 horas, entre cada busca de combinação de strings, devido aoalto número requisições no site de busca pesquisado. É importante ressaltar que foi necessáriodesenvolver scripts diferenciados para cada uma das bases de dados em que ele foi considerado

6 Agradecimento também aos desenvolvedores do aplicativo XY (que não usamos) e do Reviewer que usamosetc

7 Um exemplo é o site da Unicamp. http://www.bibliotecadigital.unicamp.br

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54 Capítulo 4. Condução da revisão

necessário. Isto porque a forma de organização dos dados se diferencia de uma base de dadospara outra, logo a leitura e recuperação dos dados também deveria ser diferenciada.

O objetivo dos scripts foi gerar todas as combinações de strings com três palavras. Eleselecionava uma combinação de strings com três palavras e executava uma busca no site. Osresultados retornados eram salvos. Esse processo se repetia até que todos os resultados fossemgerados e salvos para todas as combinações de strings. Os métodos de busca podem variar acada site, embora as descobertas encontradas podem ser aproveitadas em outros sites.

Segue abaixo o processo de geração das combinações de nossas strings p1 e p2.

A nossa combinação de strings p1 foi quebrada em três partes:

Combinação principal p1: (educação OR ensino OR EAD OR aprendi-zagem OR aprendizado OR "e-learning"OR elearning) AND (online OR"on-line"OR internet OR distancia OR virtual) AND (surdo OR surdos ORsurda OR surdas OR surdez OR auditiva OR auditivos OR auditivo ORauditivas)

Parte 1 = [’educação’, ’ensino’, ’EAD’, ’aprendizagem’, ’aprendi-zado’, ’e-learning’, ’elearning’]Parte 2 = [’online’, ’on-line’, ’internet’, ’distância’, ’virtual’]Parte 3 = [’surdo’, ’surdos’, ’surda’, ’surdas’, ’surdez’, ’auditiva’, ’auditivos’,’auditivo’, ’auditivas’]

Gerando um total de 315 combinações: a parte 1 com sete strings, a parte 2 com cincostrings e a parte três com nove strings (7 x 5 x 9 = 315 combinações).

Uma combinação era gerada selecionando uma palavra de cada parte. Por exemplo,combinação 1 gerada com as strings [’educação’, ’online’, ’surdo’], combinação 2 gerado comas strings [’educação’, internet, ’surdez’].

Devemos ressaltar que essas 315 combinações foram geradas para responder ao nossotema de pesquisa relacionado com educação a distância e surdez. Por isso o script foi executadonovamente para selecionar os resultados relacionado ao tema de design, interface e surdez.Logo, foram geradas outras combinações para a nossa string p2.

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4.2. Seleção dos estudos 55

Combinação principal p2: (design OR interface OR interação ORtecnologia OR tecnologias OR IHC) AND (online OR "on-line"OR internetOR virtual OR web) AND (surdo OR surdos OR surda OR surdas ORsurdez OR auditiva OR auditivos OR auditivo OR auditivas)

Parte1 = [’design’, ’interface’, ’interação’, ’tecnologia’, ’tecnolo-gias’, ’IHC’]Parte2 = [’online’, ’on-line’, ’internet’, ’virtual’, ’web’]Parte3 = [’surdo’, ’surdos’, ’surda’, ’surdas’, ’surdez’, ’auditiva’, ’auditivos’,’auditivo’, ’auditivas’]

Gerando um total de 270 combinações: a parte 1 com seis strings, a parte 2 com cincostrings e a parte três com nove strings (6 x 5 x 9 = 270 combinações). De forma similar, umacombinação era gerada selecionando uma palavra de cada parte. Por exemplo, combinação1 gerada com as strings [’design’, ’online’, ’surdez’], combinação 2 gerado com as strings[’tecnologia’, internet, ’surdez’].

Após esse processo era feita a remoção dos resultados duplicados e gerados dois arquivosCSV, para que pudessem ser consultados em um leitor de planilhas. O conteúdo desses arquivosincluia: nome dos autores, título, resumo, link do trabalho no site de busca e ano de publicação.No primeiro arquivo, todos os resultados encontrados foram gravados para serem submetidos aum segundo filtro via script.

No primeiro arquivo, todos os resultados foram gravados, para a aplicação de umsegundo filtro via script8. No segundo arquivo, os resultados foram filtrados conforme nossoobjetivo de busca da SLR. Esse filtro se caracterizou por verificar as combinações em cadatrabalho encontrado e selecionar apenas quando uma combinação estivesse presente no conteúdodo título ou resumo, ou seja, as três strings de uma combinação deveriam estar presentes. Aopção de busca somente no título e resumo foi necessária pois, a partir de testes realizados,verificamos que a busca realizada no conteúdo do corpo das publicações traziam muitostrabalhos (em média, 1000 a 5000, dependendo da base) que não tinham qualquer relaçãocom a questão da nossa SLR (área médica, de esportes, física, saúde etc). Além disso, o usodos scripts foi necessário pois os resultados gerados automaticamente pelos sites de busca,muitas vezes não contemplavam as três palavras de uma combinação e as publicações eramlistadas nos resultados por possuírem uma ou duas palavras. Verificamos que, a partir de umamédia de 1000 resultados salvos, apenas três resultados correspondiam à nossa questão da

8 O primeiro arquivo registrava o resultado das combinações a partir do script aplicado via site queimpossibilitava o uso do operador AND. Logo, o resultado apresentava trabalhos relacionados a uma stringsomente. Por exemplo, na busca por “design online surdo”, retornavam trabalhos que continham somente apalavra design. Ou seja, o site não fazia um AND. Então no segundo arquivo eu mesmo fazia um AND viascript ;-)

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56 Capítulo 4. Condução da revisão

SLR. Dessa forma, o uso dos scritps se tornou uma solução essencial para condução da SLR ecom resultados validados e pertinentes.

Estratégia 4 - Busca manual nos sites das bases de dados

A busca manual se caracterizou por duas estratégias diferentes: busca manual comstrings, cuja pesquisa realizada nos sites de busca através do copy/paste, string por string, nocampo de busca da base de dados e busca manual a partir da seleção feita visualmentepelo pesquisador, quando algumas bases de dados não ofereciam a opção de busca.

A busca manual com strings foi necessária em algumas bases que não ofereciambusca para o conjunto inteiro de string e o uso de scripts foi considerado inviável em virtudedo custo de elaboração de um novo script ser bem mais alto que o custo para busca manual.Conforme já ressaltamos, na maior parte dos casos, foi necessário implementar um novo scriptpara cada base de dados. Logo, antes de implementá-lo, avaliamos o tempo necessário parabuscar manualmente e implementar um novo script. Nestes casos, optamos pela busca manualcom string pois, a partir de testes rápidos, verificamos que o buscador do site da base de dadosretornava poucos resultados. Por exemplo, usando somente as palavras “surdez”, os resultadosapresentavam em média 2 a 3 publicações (em outros casos, de 8 a 10). Ou seja, o processode busca e registro dos resultados na planilha seria relativamente rápido. Por isso, tornou-senecessário quebrar a string em seus elementos combinatórios. O quadro abaixo apresenta asstrings num total de 315 combinações (strings p1) e 270 combinações (strings p2).

Quadro 4.1 – Strings de busca utilizadas nos sites de pesquisa

(continua)

Strings Strings Stringseducação online surd* EAD online surd* aprendiza* distancia surd*

educação on-line surd* EAD on-line surd* aprendiza* distancia auditiv*

educação "on-line"surd* EAD "on-line"surd* aprendiza* virtual surd*

educação online auditiv* EAD online auditiv* aprendiza* virtual auditiv*

educação on-line auditiv* EAD on-line auditiv* aprendiza* online surd*

educação "on-line"auditiv* EAD "on-line"auditiv* aprendiza* on-line surd*

educação internet surd* EAD internet surd* aprendiza* "on-line"surd*

educação internet auditiv* EAD internet auditiv* e-learning online surd*

ensino online surd* EAD distancia surd* e-learning on-line surd*

ensino on-line surd* EAD distancia auditiv* e-learning "on-line"surd*

ensino "on-line"surd* EAD virtual surd* e-learning online auditiv*

ensino online auditiv* EAD virtual auditiv* e-learning on-line auditiv*

ensino on-line auditiv* aprendiza* online surd* e-learning "on-line"auditiv*

ensino "on-line"auditiv* aprendiza* on-line surd* e-learning internet surd*

ensino internet surd* aprendiza* "on-line"surd* e-learning internet auditiv*

ensino internet auditiv* aprendiza* online auditiv* e-learning virtual surd*

ensino distancia surd* aprendiza* on-line auditiv* e-learning virtual auditiv*

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4.2. Seleção dos estudos 57

Quadro 4.1 – Strings de busca utilizadas nos sites de pesquisa

(conclusão)

Strings Strings Stringsensino distancia auditiv* aprendiza* "on-line"auditiv* e-learning distância surd*

ensino virtual surd* aprendiza* internet surd* e-learning distância auditiv*

ensino virtual auditiv* aprendiza* internet auditiv*

Fonte: Quadro obtido pela pesquisa direta.

A busca no sites SBIE, RBIE, WIE, ETD, Anpoll, HCBIB caracterizou por pesquisarstring por string, manualmente, no campo de pesquisa. O pesquisador responsável copiava ecolava uma string no campo de busca e avaliava os resultados. Essa opção se deu a partir detestes realizados, quando observamos que estas bases apresentavam poucos trabalhos a partirda busca de combinação de strings, tanto p1 quanto p2. Seguem alguns exemplos de stringsprincipais: surd*, auditiv*, aprendiza*, tecnolog*, defic*, ensino*. Os trabalhos aprovadosforam então copiados, um a um, em uma planilha com os trabalhos resultantes da SLR paraposterior análise da etapa 2.

Um site de busca que obteve variação foi o HCBIB. A ferramenta de busca utilizaos operadores & = AND e "= OR. Logo, foi necessário reestruturar nossas combinações destrings. Contudo, houve restrição com o tamanho da combinação de strings. Como esta basede dados utilizava o recurso do caractere coringa, reestruturamos novamente nossa combinação.Abaixo apresentamos as duas combinações usadas no HCBIB.

Combinação principal p1: (educação OR ensino OR EAD OR aprendi-zagem OR aprendizado OR "e-learning"OR elearning) AND (online OR"on-line"OR internet OR distancia OR virtual) AND (surdo OR surdos ORsurda OR surdas OR surdez OR auditiva OR auditivos OR auditivo ORauditivas)

Primeira combinação gerada para o HCBIB p1: (educação |ensino | EAD | aprendizagem | aprendizado | "e-learning elearning) &(online | "on-line internet | distancia | virtual) & (surdo | surdos | surda |surdas | surdez | auditiva | auditivos | auditivo | auditivas)Segunda combinação gerada para o HCBIB p1: (educação | ensino| EAD | aprendiza* | elearning) & (online | internet | distância | virtual) &(surd* | auditiv*)

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58 Capítulo 4. Condução da revisão

Combinação principal p2: (design OR interface OR interação ORtecnologia OR tecnologias OR IHC) AND (online OR "on-line"OR internetOR virtual OR web) AND (surdo OR surdos OR surda OR surdas ORsurdez OR auditiva OR auditivos OR auditivo OR auditivas)

Primeira combinação gerada para o HCBIB p2: (design | in-terface | interação | tecnologia | tecnologias | IHC) & (online | "on-lineinternet | virtual | web) & (surdo | surdos | surda | surdas | surdez | auditiva| auditivos | auditivo | auditivas)

Segunda combinação gerada para o HCBIB p2: (design | in-terface | interação | tecnologi* | IHC) & (online | internet | virtual | web) &(surd* | auditiv*)

Para combinação p1, com foco em educação e surdez, não encontramos nenhumtrabalho. Na busca da combinação p2, encontramos três trabalhos, sendo que dois eram de1994. Logo, optamos por fazer a busca manual da combinação de strings como copy/paste.

A busca manual a partir da seleção visual do pesquisador foi necessária poisalgumas bases de dados (MoodleMoot, ABED – Associação Brasileira de Educação a Distânciae RBAAD - RBAAD : Revista Brasileira de Aprendizagem Aberta e a Distância) não ofereciamo recurso de busca. E também não apresentavam os resumos disponíveis nas páginas paraleitura. Nestes sites, os resumos podiam ser consultados somente pelo acesso aos arquivos daspublicações, disponíveis em links para arquivos em formato PDF ou DOC. Esta característicaimpossibilitou a criação de um script, pois a leitura dos dados em arquivos (PDF e DOC)via script teria um custo muito alto de implementação, inviabilizando sua utilização. Logo,optamos pela busca manual com um esforço maior do pesquisador, mas com custo menor.

Na base do MoodleMoot, a busca foi realizada nos próprios arquivos de Anais de 2007a 2013 (arquivo único do tipo PDF). As únicas exceções foram para os anos de 2009, cujo sitecom as publicações não foi localizado. E no ano de 2012, não foi disponibilizado um arquivoúnico com os Anais. Desta forma, a busca foi realizada diretamente no próprio site, sendonecessário solicitar os arquivos das publicações com os próprios autores. A partir da seleçãodos trabalhos, tornou-se necessário buscar uma solução para separar os artigos selecionadosem cada um dos Anais (de 2007 a 2013). A partir de pesquisa, encontramos o aplicativo PDFToolkit9 utilizado para separar os artigos em arquivos unitários.

9 O PDF Toolkit é uma ferramenta multiplataforma para manipular arquivos PDFs. Permite ações comojuntar, dividir, rotacionar etc. Foi utilizada a versão cli (modo texto) para Linux. É um software gratuito eopensource (ou seja, com código aberto para se realizar alterações de acordo as regras de distribuição doproduto). <http://www.pdflabs.com/tools/pdftk-the-pdf-toolkit>

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4.2. Seleção dos estudos 59

No site da ABED a busca manual foi feita a partir da seleção visual pelo própriopesquisador e exigiu uma carga trabalho muito exaustiva. Na página principal de cada um dosconjuntos de publicações de cada ano, havia disponível somente a informação dos títulos. Destaforma, em caso de dúvidas da inclusão ou não do trabalho, pela metodologia, devemos inclui-lona etapa seguinte. Neste caso, tornou-se necessário salvar os arquivos PDFs das publicaçõescandidatas a responderem às questões da SLR. Além disso, a seleção feita por um programade computador seguem uma lógica diferenciada da seleção feita por uma pessoa humana. Oprograma de computador é essencialmente lógico. A pessoa já pode ter interferências emocionaisdo próprio processo repetitivo, de nível de atenção e foco, das preferências pessoais por algumtema, curiosidades despertadas por alguns títulos interessantes. Esse processo teve um altocusto de tempo e esforço na realização da SLR, em virtude do processo de seleção: desdea pesquisa nos links em cada ano (sete anos, com uma média de 200 publicações por ano,totalizando, em média 1400 publicações), até o processo de salvar cada arquivo, ler seu resumono próprio PDF, copiar e salvar na planilha e, por fim, registrar a inclusão ou exclusão. Esseesforço se evidenciou no alto número de publicações presentes em cada uma das etapas: de469 selecionadas, ficaram 441 para etapa 1, 241 para etapa 2, 100 para etapa 3 e 13 paraetapa 4. E para a etapa 5, nenhum deles respondeu às nossas questões de pesquisa da SLR.

Além do MoodleMoot e ABED, outra base de dados que exigiu a busca manual apartir da seleção visual feita pelo próprio pesquisador foi a RBAAD (Revista Brasileira deAprendizagem Aberta e a Distância). Nesta base, assim como na ABED, na página principalde cada um dos conjuntos de publicações de cada ano, havia disponível somente a informaçãodos títulos. Contudo, como havia uma média de 10 publicações por ano, o processo foi rápido.Além disso, pelos títulos foi possível realizar a seleção pois se relacionavam a assuntos quenão respondiam a nossa questão de pesquisa. Desta forma, nesta base, tivemos a seleção deapenas um artigo.

A busca da base UFSC exigiu também uma nova estratégia de busca, pois o siterealizava busca em todo o texto dos conteúdos dos trabalhos, apresentando como resultadoum grande número de trabalhos (em média 600 trabalhos), cuja maioria não respondiam anossa questão da SLR. O uso das palavras-chave abstract e title encontradas na documentaçãodo site. Dessa forma conseguimos adaptar a string p1, da seguinte forma:

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60 Capítulo 4. Condução da revisão

Exemplo de teste efetuado na UFSC:(((abstract:educação) OR (abstract:ensino)OR (abstract:EAD) OR (abstract:aprendizagem)OR (abstract:aprendizado) OR (abstract:ë-learning)̈ OR (abstract:elearning))OR((title:educação) OR (title:ensino) OR (title:EAD) OR (title:aprendizagem)OR (title:aprendizado) OR (title:"e-learning") OR (title:elearning))))

Conforme já descrito, organizamos os estudos selecionados a partir das estratégiasanteriores utilizando as seguintes ferramentas: Utilizando planilhas no Excel (Registro 1);Utilizando planilhas no Calc (Registro 2) e utilizando um aplicativo desenvolvido pela equipe(Registro 3). A seguir apresentamos detalhes de cada uma dessas formas utilizadas.

Registro 1 - Utilizando planilhas do Excel

Os critérios para seleção dos estudos foram organizados, inicialmente, em uma planilhado Excel para classificação dos estudos encontrados. Essa planilha foi uma adaptação ummodelo que já foi utilizado em outra SLR e compartilhada pelo grupo Pensi. O modelo foiorganizado em várias abas, uma para cada base de dados, identificando as pesquisas realizadaspara combinação de strings p1 ou p2. Em cada uma dessas abas, organizamos colunas paraseleção dos trabalhos, marcando “sim” ou “não”, nas respectivas etapas (etapa 1, etapa 2, etapa3 e etapa 4). Também havia uma coluna para seleção das justificativas (já definidas e listadas)de exclusão quando consideramos a exclusão de um artigo em quaisquer uma das etapas.

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4.2. Seleção dos estudos 61

Figura 4.10 – Parte da planilha exibindo a marcação de etapas e justificativas de exclusão

Fonte: Imagem obtida pela pesquisa direta.

Os trabalhos foram salvos e organizados na planilha em colunas contendo seu iden-tificador, nome da base de dados em questão, nome do autor, título, resumo, referência elink. O identificador foi um código criado por nós para nomear cada um dos trabalhos. Eracomposto por: que identificava a string – p1 ou p2, e o nome da base seguido de um númerosequencial). Podemos ver um exemplo desse identificador na figura abaixo, com o primeiroresultado iniciado por p1ACM1.

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62 Capítulo 4. Condução da revisão

Figura 4.11 – Planilha representando os campos e alguns trabalhos registrados para a basede dados ACM

Fonte: Imagem obtida pela pesquisa direta.

Mantivemos como modelo uma aba “Modelo Resumo” usada para como padrão paracópia para novas abas das bases de pesquisas a serem pesquisadas, tanto para combinação destrings p1 quanto para p2.

Figura 4.12 – Aba modelo resumo a ser seguida para registro de trabalhos de uma nova basede dados

Fonte: Imagem obtida pela pesquisa direta.

Outra aba em nossa planilha, definida como “Modelo Análise”, apresentava informaçõesdos dados de análise utilizadas na avaliação dos artigos selecionadas para a Etapa 3 (dados).Esses dados podem ser consultados na seção 5.3.5 de Extração dos Dados, deste capítulo.

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4.2. Seleção dos estudos 63

Figura 4.13 – Aba modelo análise com as questões para avaliar a qualidade

Fonte: Imagem obtida pela pesquisa direta.

Essa aba foi utilizada como modelo a ser copiada para cada artigo selecionado para aetapa 3 de avaliação. E, neste momento, o processo para criação de abas foi explicado paracada integrante que participou da SLR. Conforme a quantidade de abas foi aumentando emvirtude de novos trabalhos encontrados para as novas pesquisas, a navegação e localizaçãodos trabalhos pela planilha tornaram-se inviáveis, em virtude da demora e complexidade. Poressa razão, decidimos criar um novo modelo de uma planilha separando cada base de dados. Efoi neste momento que tornou-se necessário migrar as planilhas para o aplicativo Calc10. Oaplicativo Excel, versão para OS X do Mac, não suportava a comunicação entre diferentesplanilhas. Essa comunicação tornou-se necessária pois criamos uma planilha GERAL ondeorganizamos as informações das listas de seleção comuns a todas as abas. Essa planilhageral continha as seguintes informações cadastradas: área da base de dados dos artigos (ex:Informática e Educação, Ciência da Computação), nome da base de dados (ex: ABED, ACMetc), nome da biblioteca de teses (ex: PUC-Rio, PUC-RS etc), ano da publicação (2007 a2013); Língua (ex: português, inglês etc), Contexto (ex: ambiente de aprendizagem, jogosetc), Aspecto abordado (ex: conteúdo, ensino/aprendizagem etc), Nível de ensino (ex: infantil,básico etc), Estratégia de comunicação (ex: imagens, língua portuguesa etc), Avalia interfaceou tecnologia assistiva? (sim ou não), Tipo de análise (qualitativa ou quantitativa), Públicoparticipante (ex: especialistas, estudantes ouvintes etc), Qualidade de uso (ex: acessibilidade,comunicabilidade etc), Tipo (ex: artigo completo, artigo resumido), Critérios de Exclusão (ex:ano anterior a 2007, área de física etc).

10 Isso foi necessário pois a integrante principal da SLR, autora desta tese utiliza o sistema OS paracomputadores Macintosh.

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64 Capítulo 4. Condução da revisão

Figura 4.14 – Aba critérios de análise da planilha geral

Fonte: Imagem obtida pela pesquisa direta.

Figura 4.15 – Campo aspecto abordado da planilha geral

Fonte: Imagem obtida pela pesquisa direta.

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4.2. Seleção dos estudos 65

Figura 4.16 – Campo contexto da planilha geral

Fonte: Imagem obtida pela pesquisa direta.

Figura 4.17 – Campo estratégia de comunicação da planilha geral

Fonte: Imagem obtida pela pesquisa direta.

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66 Capítulo 4. Condução da revisão

Figura 4.18 – Campo tipo de trabalho da planilha geral

Fonte: Imagem obtida pela pesquisa direta.

As demais planilhas foram então vinculadas aos dados cadastrados nesta planilhaGERAL.

Registro 2 - Utilizando planilhas do Calc

Nesta nova organização das planilhas no Calc, foi necessário realizar testes de comu-nicação entre as planilhas nos diferentes sistemas operacionais: Linux, Windows e Mac, emvirtude das diferentes plataformas utilizadas pelos integrantes da equipe. Após realizados evalidados os testes com todos os integrantes da equipe, reorganizamos as novas planilhas noCalc.

As novas abas de todos os artigos a serem avaliados já foram sendo criadas antes deserem disponibilizadas para os avaliadores, integrantes da equipe. Isso foi feito para possibilitaruma padronização, além de que, alguns integrantes não apresentavam grandes habilidades tec-nológicas para interação com aplicativos computacionais. Ou seja, nosso objetivo foi simplificaro processo para os demais integrantes, sem exigir habilidades tecnológicas avançadas.

Organizamos uma das planilhas de base para realização de testes entre os integrantese pedimos para que compartilhassem as experiências de uso. Tivemos feedbacks positivos eoptamos por seguir esse modelo. Na criação de novos modelos para as demais bases de dados,vivenciamos um trabalho muito exaustivo, pois as abas deveriam ser criadas para todos os

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4.2. Seleção dos estudos 67

integrantes do grupo e encontramos bases de dados em que deveriam ser criadas 50 abas.Fizemos um script que auxiliava na geração das abas, mas mesmo assim, envolvia processomanual e estimamos que demandaria de um tempo de vários dias para a criação de todas asabas. Um outro problema, a longo prazo, seria a junção de todas as planilhas ao final, para finsde quantificação dos dados e geração de gráficos com os resultados da análise. Para contornaresses problemas, um dos integrantes da equipe sugeriu o desenvolvimento de um programa deapoio a SLR, a ser desenvolvido por ele mesmo, descrito a seguir.

Registro 3 - Utilizando o aplicativo desenvolvido pela equipe

O aplicativo para auxiliar no processo da nossa SLR foi desenvolvido usando a linguagemde programação Java. Isso foi um fator positivo pois facilitou a execução em vários sistemasoperacionais, possibilitando, então, o uso por todos os integrantes da equipe.

O aplicativo teve como objetivo facilitar e deixar mais rápida a avaliação dos trabalhosque antes eram registrados em vários arquivos de planilhas.

Ele foi organizado com as opções de listagem do trabalhos e importação das planilhas,que já havíamos coletados em nossa pesquisa nas bases de dados. Foi criado um importador noprograma para os dados das abas resumo das planilhas já existentes, assim não foi necessário oretrabalho de inserir os dados de forma manual no aplicativo.

Na tela de exibição de trabalhos, é possível selecionar a inclusão ou exclusão dostrabalhos em cada uma das etapas, além da justificativa de exclusão. Para os trabalhosaprovados na etapa 4, foi incluída uma funcionalidade para análise e avaliação de cada trabalho.A figura abaixo apresenta a tela principal do aplicativo. Apresentamos mais detalhes sobre esteaplicativo na seção de Extração de dados e monitorização da pesquisa.

Todas as questões de pesquisas da planilha, aba Modelo Análise, foram inseridas noaplicativo. Foi uma forma de avaliação por artigo que facilitou muito para os integrantes daSLR.

O aplicativo não foi desenvolvido com suporte a usos simultâneos por vários usuários.Esse recurso demandaria um alto custo de implementação e não se tornou essencial para nossoobjetivo atual. Além disso, exigiria a instalação em um servidor. A troca de dados é facilitada,enviando um arquivo, banco de dados, para o avaliador da vez. É necessário apenas efetuar asubstituição em uma pasta onde está gravado o aplicativo.

A figura a seguir apresenta a tela principal do aplicativo com exibição dos trabalhos aserem analisados e avaliados.

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68 Capítulo 4. Condução da revisão

Figura 4.19 – Tela do programa com a exibição dos trabalhos

Fonte: Aplicativo desenvolvido para SLR

Como a maioria dos integrantes estavam localizados em outros estados tornou-senecessário utilizar diversas estratégias para possibilitar uma melhor comunicação: reuniões porskype, uso do dropbox para compartilhamento dos arquivos, elaboração de um manual parauso da SLR (ver ?? – ??).

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4.2. Seleção dos estudos 69

Figura 4.20 – Planilha com a definição das atividades de cada grupo

Fonte: Imagem obtida pela pesquisa direta

4.2.3 Confialibilidade dos critérios de inclusão

A confiabilidade da SLR, conforme já destacamos é uma de suas principais vantagens.Essa característica relaciona-se ao planejamento e sistematização de todos os passos, possibili-tando um nível de segurança e confiança, além da possibilidade de replicabilidade do estudo.Logo, para fins de garantia de confiabilidade dos critérios de inclusão, algumas ações devemser realizadas. Destacamos abaixo nossas ações para possibilitar essa garantia.

A pesquisa inicialmente foi realizada diretamente nas base de dados pela própria autorae uma pesquisadora do grupo PENSI, juntamente com a profa. Raquel Prates. Ressaltamosque essa SLR teve um total apoio do grupo PenSi e seus integrantes que já haviam aplicado ametodologia. Com isso, a partir dos desafios iniciais de recuperação dos dados encontrados nasbases de dados, buscamos outras alternativas.

Como a base da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) estavadesatualizada, nao encontramos os trabalhos relevantes já conhecidos. Então realizamosas buscas nos próprios sites das instituições. A fim de garantir a qualidade dos trabalhosencontramos, pesquisamos nas bases de dados das universidades avaliadas pela Capes comconceitos 6 e 7 (CAPES, 2014)11. Desta forma, foram selecionadas as seguintes instituições

11 Consulta realizada em outubro de 2013. Cursos recomendados e reconhecidos: <http://www.capes.gov.

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70 Capítulo 4. Condução da revisão

apresentadas no quadro a seguir:

Quadro 4.2 – Instituições selecionadas com conceitos Capes/Qualis 6 e 7

(continua)

Instituição Conceito (5-6-7)/Universidade/Área SelecionadasGrande área: Ciências Exa-tas e da TerraÁrea: Computação1

(5) USP - Ciência da Computação(6) UNICAMP - Ciência da Computação(7) UFMG Ciência da Computação(6) UFPE - Ciência da Computação(6) UFRGS - Computação(6) USP/SC - Ciencia da Computação e MatemáticaComputacional(5) UFF - Computação(7) UFRJ - Engenharia de Sistemas de Computação(7) PUC-RIO -Informática

UNICAMPUFMGUFPEUFRGSUSP/SCUFRPUC-RIO

Grande área: Linguística,Letras e ArtesÁrea: Letras

(6) UFMG Estudos linguisticos(5) PUC/MG Letras(5) UFPE Letras(5) UFPR Letras(5) UERJ Letras(5) PUC-RIO Letras(5) UFRGS Letras(5) UFSM Letras(5) UNESP/SJRP Letras(5) UPM Letras(5) PUC/SP Língua Portuguesa(5) UFBA Língua e cultura

UFMG

Grande área: Linguística,Letras e ArtesÁrea: Linguística

(5) PUC-RIO - Estudos da linguagem(5) UFF Estudos da linguagem(5) UNESP/SJRP - Estudos linguísticos(5) UCPEL - Letras(5) UFRJ - Linguística(6) UFSC - Linguística(7) USP - Linguística(7) UNICAMP - Linguística(5) PUC/SP- Linguística aplicada e estudos da linguagem(7) PUC/RS - Linguística e letras(6) UNESP/ARAR - Linguística

UFSCUSPUNICAMPPUC-RSUNESP/ARAR

Fonte: Quadro obtido pela pesquisa direta.

Um outro elemento que garante a confiabilidade desta SLR foi a realização de testesexaustivos para validação da combinação das strings, nas bases de dados. Estes testes foramdevidamente documentados e discutidos entre os integrantes da equipe. E permitiram tambémvalidar o protocolo de revisão proposto, a fim de garantir um nível de segurança e confiança.

br/cursos-recomendados>.

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4.3. Avaliação da qualidade dos estudos 71

A experiência da pesquisadora em outra SLR também foi um fator que contribuiu paraa confiabilidade dos resultados.

Toda documentação com a devida identificação dos trabalhos encontrados, estratégiase recursos de pesquisa, registro dos dados em planilhas e posteriormente em um aplicativo,também se configuraram como elementos de confiabilidade desta SLR.

Nas seções seguintes apresentamos a etapa de avaliação da qualidade de estudo.

4.3 Avaliação da qualidade dos estudos

4.3.1 Instrumentos para avaliação da qualidade

Para realizar a avaliação da qualidade de estudos, inicialmente utilizamos planilhas doExcel, que foram migradas para planilhas Calc do BrOffice e, finalmente, para um aplicativodesenvolvido por um dos integrantes da nossa equipe. Esse processo foi descrito e já justificadonas seções anteriores. Todos os instrumentos seguiram as definições descritas no protocolo derevisão.

4.3.2 Usando os instrumentos de qualidade

A utilização de cada uma das ferramentas apresentou suas vantagens e desvantagens deuso. O uso de planilhas se tornou viável inicialmente por utilizamos um modelo já disponibilizadopelo Grupo Pensi. Contudo, tornou-se necessário realizarmos várias adaptações ao longo doprocesso. Desta forma, avaliamos o uso de uma nova ferramenta que pudesse tornar o processomais ágil.

O processo de avaliação dos trabalhos resultantes de uma SLR é algo que exige muitaatenção e cuidado, além de exigir bastante tempo, em função das variadas etapas, devidamentedocumentadas. Logo, exploramos recursos que pudessem tornar nosso trabalho mais eficaz eeficiente. Mesmo assim, o esforço considerável inerente a metodologia da SLR se evidencioudesde o início do processo até o seu fim. Especialmente por ser realizado por integranteslocalizados em diferentes estados e alguns com poucas habilidades tecnológicas.

Apresentamos mais detalhes nas seções seguintes que tratam da extração dos dados.

4.3.3 Limitações dos intrumentos de qualidade

Dentre as limitações dos instrumentos de qualidade, citamos as limitações oferecidaspelos próprios aplicativos encontrados que não atendiam a nossa necessidade de análise eavaliação da SLR, assim como dos aplicativos para gerenciamento de dados da Microsoft Excele LivreOffice Calc. A dificuldade de uso em virtude das várias abas e planilhas nos fez optar por

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72 Capítulo 4. Condução da revisão

uma solução focada em nossa proposta da SLR, a partir do desenvolvimento de um aplicativoespecífico.

Uma limitação que identificamos em termos de qualidade dos trabalhos foi que aavaliação da qualidade do trabalho foi feita a partir da perspectiva de nossas questões depesquisa. Com isso, encontramos alguns trabalhos com lacunas metodológicas que foramaprovados em nossa SLR. Por exemplo, um trabalho que apresentou uma metodologia semuma boa fundamentação, pode ter seus resultados comprometidos. E, mesmo assim, em nossaavaliação da qualidade do trabalho, pode ser considerado “Aceitável” a partir de outros aspectosda qualidade da avaliação. Isso ocorreu, por exemplo, com o trabalho de Ribas (2008) queteve um valor “Qualidade: 21,5; 63,24%; Aceitável.” Contudo, por apresentar lacunas nasinformações sobre a metodologia, comprometeu a sua validação para nossa pesquisa. Por outrolado, encontramos publicações de excelente qualidade e metodologia, contudo não foi aprovadopelos nossos critérios. Isso não foi um fator que comprometeu a qualidade do trabalho, nem denossa pesquisa. Apenas informou se o trabalho estava dentro do contexto de nossa SLR ounão. E, neste caso, sendo relevante para nossa pesquisa, incluímos nos EMRs.

4.4 Extração dos dados

Neste estágio, identificamos e registramos os dados já definidos no protocolo de revisãopara os estudos que responderam às questões de pesquisa da SLR, ou seja, que obtiveram umaavaliação de qualidade que os incluiu na seleção final. O objetivo desta etapa foi criar umaforma de extração de dados que permitissem uma certa organização e precisão das informaçõesrelevantes. Os dados extraídos foram definidos no protocolo de revisão no item 5.2.3.

4.4.1 Design dos formulários de extração dos dados

Conforme já citado, os dados foram extraídos, inicialmente para uma planilha do Excel,posteriormente para o Calc (por questões de funcionalidades do Calc para Mac). E, por fim,optamos pela implementação e uso de um aplicativo. Os conteúdos dos formulários das planilhasforam mantidos no aplicativo com algumas adaptações em termos de design da interface.

O processo no uso do aplicativo seguia a etapas da SLR. Inicialmente era necessárioselecionar o tipo de base e tipo de trabalho (artigos ou teses/dissertações e TCC), a combinaçãode strings (str1 ou str2) e, então, exibir os trabalhos. A partir desta exibição, bastava selecionaro trabalho e realizar sua avaliação.

Ressaltamos que no decorrer do processo, foram necessários alguns ajustes em termosde usabilidade, acessibilidade e comunicabilidade, para fins de uma melhor utilização doaplicativo. Esses ajustes foram realizados pelo próprio integrante da equipe, responsável peloseu desenvolvimento.

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4.4. Extração dos dados 73

As telas do aplicativo desenvolvido podem ser consultadas em Apêndice E – Aplicativodesenvolvido para SLR.

4.4.2 Conteúdos dos formulários de extração dos dados

Os campos presentes nos formulários de extração de dados do aplicativo seguiram asdefinições do protocolo de pesquisa.

Após a seleção dos estudos, a partir da metodologia proposta para a SLR, realizamos aavaliação da qualidade dos estudos selecionados. Os trabalhos foram pontuados de acordo comos critérios também definidos no protocolo de revisão. Os critérios de qualidade definem umpadrão mínimo de qualidade a fim de garantir que apenas publicações relevantes e relacionadasàs questões de pesquisa permanecem para análise. A partir destes critérios foi possível avaliaros estudos encontrados e, com isso, incluí-los ou descartá-los na etapa 4 para fins da análisena etapa 5. Estes critérios podem ser consultados no Apêndice A – Protocolo de Revisão, naseção A.3 – Critérios de qualidade.

Na última etapa de análise da pesquisa, as questões de pesquisa foram analisadasatravés das informações coletadas na etapa anterior. Esta análise foi apresentada com detalhesna seção seguinte (Capítulo 5).

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75

5 Resultados

A proposta da nossa SLR teve como objetivo levantar estudos, identificar e avaliar, naspublicações (artigos, trabalhos de conclusão de curso, dissertações e teses) encontradas de2007 a 2013, aspectos voltados da EAD voltados para o público surdo. Diante disso, buscamosencontrar a maior quantidade possível de estudos relacionados com a seguinte questão principal:

[QP1] Qual o panorama atual de pesquisas que envolvem aspectos daEducação a Distância voltados para um público surdo?

A partir de nossas buscas nas bases de dados, encontramos um total de 1320 artigos e5431 trabalhos (teses, dissertações e TCC). Dentre essas, somente 20 artigos e 9 trabalhos (7dissertações e 2 teses) responderam a nossa questão de pesquisa.

Figura 5.1 – Resultado final da SLR

Fonte: Imagem obtida pela pesquisa direta.

Conforme definido no protocolo de revisão, os estudos foram incluídos/excluídos deacordo com os critérios pré-definidos já apresentados. A Figura 5.1 apresenta os resultados da

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76 Capítulo 5. Resultados

seleção dos estudos em cada uma das etapas da SLR. A redução de muitos trabalhos da etapa1 para etapa 2 se deve ao grande volume de estudos selecionados na busca manual. 1.

Conforme a Tabela 5.1, percebe-se que a partir do ano de 2013, foram desenvolvidosmais trabalhos (8) com foco em soluções para os surdos. Podemos concluir que, apesar dopouco número de trabalhos desenvolvidos, já nos indicam ações dos pesquisadores da área dedesign e IHC em desenvolverem soluções e tecnologias assistivas para os surdos. É um númeroextremamente baixo considerando que realizamos a pesquisa, nos últimos 7 anos (desde 2007a 2013), em 38 bases de dados das áreas de Computação, Informática na Educação, Surdez,Linguagem e bibliotecas de instituições universitárias de todo o Brasil.

Tabela 5.1 – Estudos resultantes da SLR

Fonte: Dados obtidos da pesquisa direta.

Os artigos que trataram dos temas relacionados a SLR (surdez, EAD, design) concentraram-se na área de computação (13 artigos), conforme apresenta a Tabela 5.2. Podemos considerarque, por se tratar de uma área que envolve os aspectos de interface para EAD, os estudosforam publicados em bases de dados da área de Computação. São bases de dados que tratamde áreas interdisciplinares. As 7 teses e 2 dissertações resultaram de pesquisas desenvolvidas naUFMG (2), UFRGS (1), UFSC (5) e USP (1).

Tabela 5.2 – Resultados das pesquisas nas bases de dados de artigos

Fonte: Dados obtidos pela pesquisa direta

Além destes trabalhos resultantes da SLR, conforme destacado nos critérios de seleção,consideramos outros estudos relevantes a que chamamos de Estudos Mais Relevantes (EMR).1 O relatório do protocolo apresentou todos os detalhes deste processo e os seus resultados

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77

Como a nossa SLR envolveu estudos desenvolvidos no período de 2007 a 2013, os estudos foradeste período (anteriores a 2007 ou posteriores a outubro de 2013, mês em foi realizada a buscana base de dados) foram enquadrados nos EMR. Foram publicações já conhecidas por nós,indicadas por pesquisadores e especialistas da área, mas que não foram resultantes de nossabusca na SLR. Dentre estes estudos, consideramos como mais relevantes um total de 18 artigose 7 trabalhos (1 TCC, 4 dissertações, 2 teses). Alguns estudos tiveram contribuição diretacom a tese e o guia de recomendações. Outras contribuíram somente para o embasamentoda tese como pesquisas já desenvolvidas com foco no público surdo, além de servirem deembasamento para o guia. A partir do foco destas pesquisas (artigos, trabalhos de conclusão decurso, dissertações e teses), foi possível categorizá-las em três temáticas principais: educação adistância (EAD), design (DES) na web para surdos e tecnologias assistivas (TA) para surdos.

• Educação a distância para surdos: nesta categoria, incluímos os estudos com foco naaprendizagem dos surdos, na perspectiva da EAD. Logo, consideramos estudos envolvendoAVAs, ambientes digitais, objetos de aprendizagem, cursos propostos para EAD, e-learning,repositórios de aprendizagem, estudos de recomendações com foco na educação dossurdos. Encontramos 15 estudos aprovados na SLR: 10 artigos, 4 dissertações e 1 tese,correspondendo a 52% dentre o total resultantes. Como EMR, selecionamos também 16estudos: 14 artigos, 1 TCC, 1 dissertação e 1 tese.

• Design na web para surdos: nesta categoria, consideramos estudos voltados parao público surdo, envolvendo sites, Intranets, redes sociais, ambientes colaborativos,ambientes digitais. Encontramos contribuições importantes para nossa SLR, contudo,em um número bem reduzido, correspondendo a 24% Foram 7 estudos: 5 artigos e 2dissertações. Dentre os EMR selecionados, tivemos 3 artigos, 1 dissertação e 1 tese.

• Tecnologias assistivas para surdos: como TA para surdos, consideramos tantosoluções e/ou tecnologias desenvolvidas para auxiliar na aprendizagem ou promovermelhor acessibilidade para surdos. Tivemos como resultado final da SLR, 6 estudos: 5artigos, 1 dissertação e 1 tese, correspondendo a 24%. Todos eles se caracterizaramcomo tecnologias desenvolvidas com foco no público surdo (aplicativo para alfabetização,histórias em quadrinhos, sistema de ajuda para navegação na web). Dentre os EMR daárea de TA, encontramos 3 artigos e 1 dissertação.

Os mapas Mapa 5.1 e Mapa 5.2 apresentam uma síntese dos estudos encontrados naSLR e nos EMR, para estas três categorias. Cada um dos mapas contém: o autor/ano dapublicação, sua identificação (EAD1, EAD2, DES1, DES2...), o título da publicação, o códigona SLR e tipo da publicação. 2

2 Estudos Resultantes SRL:https://www.mindmeister.com/432634932?t=NKeJZF4O5WEstudos Mais Relevantes (EMR):https://www.mindmeister.com/432699600?t=NsfHCYf5LZ

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Mapa 5.1 – Estudos resultantes da SLR por categoria

Fonte: Elaborado pela pesquisadora, 2014

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Mapa 5.2 – Estudos Mais Relevantes (EMR) por categoria

Fonte: Elaborado pela pesquisadora, 2014

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80 Capítulo 5. Resultados

Os estudos também foram listados em três quadros para cada uma das categorias:SLR-EAD (Quadro 5.1), SLR-DES (Quadro 5.3), SLR-TA (Quadro 5.5); e os EMR-EAD(Quadro 5.2), EMR-DES (Quadro 5.4), EMR-TA (Quadro 5.6).

Os quadros contém as seguintes informações: código do estudo; tipo (artigo, TCC,dissertação, tese); autores/ano, título, local de publicação (base de dados); qualidade (valorabsoluto/percentual/avaliação); contexto ou ambiente de aprendizagem (Jogos, Sistema Web,Softwares, Tecnologias assistivas para surdos, Tecnologia em Libras, Tecnologia em língua desinais); qualidade de uso avaliada no estudo (acessibilidade, usabilidade, comunicabilidade,apreensibilidade, sociabilidade); forma de comunicação (LP, Libras e Escrita de Sinais), as-pecto abordado (Conteúdo, Ensino/aprendizagem, Estratégias adaptativas, Interface, Materialdidático, Leitura para surdos, Linguagem).3.

3 O resumo destes trabalhos pode ser consultado em http://www.leticiacapelao.com/curriculo_prof_pesquisa_public.html

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Quadro 5.1 – Estudos resultantes da SLR - Categoria “Educação a Distância para surdos“(continua)

Código Tipo Autores/Ano Título Local Pub. Qualidade Contexto Qualidade Uso Aspecto avaliadoSLR-EAD1

Art. Bueno, Garciae Borrego(2007)

E-learning content adaptationfor deaf students

ACM, Capes 32 (94%)Ótimo

CursoInformática adistância

Nãoespecificaramqualidade de uso

- LP, Libras- Linguagem

SLR-EAD2

Dis. Ribas (2008) A interface do ambiente virtualde ensino-aprendizagem docurso Letras/Libras segundo ascaracterísticas da cultura surdae os critérios de usabilidade

UFSC 21 (63%)Aceitável

AVA MoodleUFSC

Usabilidade - LP, Libras e escritade sinais- Interface

SLR-EAD3

Art. Osorio,Schmidt eDuarte (2008)

Parceria universidade-empresapara inclusão digital

ACM 24 (72%)Bom

Sistema Web AcessibilidadeUsabilidade

- LP- Interface, Linguagem,Conteúdo

SLR-EAD4

Art. Amorim eSilva (2009)

Produção de multimídia eacessibilidade em cursos deaprendizagem a distância

Capes, ETD 23 (64%)Aceitável

Não se aplica(relato)

Acessibilidade - LP e Libras- Conteúdo

SLR-EAD5

Art. Quadros eStumpf(2009)

O primeiro curso de graduaçãoem letras língua brasileira desinais: educação a distância

Capes, ETD 20 (60%)Aceitável

AVA MoodleUFSC

Não se aplica(relato)

- LP, Libras e escritade sinais- Interface, Linguagem,Conteúdo

SLR-EAD6

Art. Santarosa,Conforto eBasso (2009)

AVA inclusivo: validação daacessibilidade na perspectiva deinteragentes com limitaçõesvisuais e auditivas

SBIE 22 (64%)Aceitável

AmbienteDigital deaprendizagemEduquito eferramentaOficinaMultimídia

Acessibilidade - LP, Libras e escritade sinais- Interface, Linguagem

SLR-EAD7

Dis. Goes (2010) Curso de Letras/LIBRAS:análise das experiências dosalunos surdos no ensino àdistância do Rio Grande do Sul

UFRGS 30 (88%)Ótimo

AVA MoodleUFSC

Acessibilidade - LP e Libras- Interface, Linguagem

SLR-EAD8

Dis. Renneberg(2010)

Contribuições do design para aevolução do hiperlivro doAVEA-LIBRAS

UFSC 34(100%)Ótimo

Hiperlivro doAVA MoodleUFSC

AcessibilidadeUsabilidade

- LP e Libras- Interface, Linguagem,Conteúdo

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Quadro 5.1 – Estudos resultantes da SLR - Categoria “Educação a Distância para surdos“(conclusão)

Código Tipo Autores/Ano Título Local Pub. Qualidade Contexto Qualidade Uso Aspecto avaliadoSLR-EAD9

Art. Capelão et al.(2011b)

Uma Avaliação da Qualidade deUso do Moodle na UFMG porAlunos Surdos e Ouvintes

MoodleMoot 32 (94%)Ótimo

Ava MoodleUFMG

Comunicabilidade - LP- Interface

SLR-EAD10

Art. Silva (2011) Usuários de língua brasileira desinais

UFSC 27 (79%)Bom

Repositório noAVA MoodleUFCS

Acessibilidade - LP, Libras e escritade sinais- Interface, Linguagem,Conteúdo

SLR-EAD11

Art. Saito eUlbricht(2012)

Learning Managent Systemsand Face-to-Face Teaching inBilingual Modality(Libras/Portuguese)

UFSC 27 (79%)Bom

AVA Moodle,Sakai, Claroline,Atutor

Acessibilidade - LP e Libras- Interface

SLR-EAD12

Art. Flor, Vanzin eUlbricht(2013)

Recomendações da WCAG 2.0(2008) e a acessibilidade desurdos em conteúdos da Web

Scielo 23 (66%)Aceitável

RecomendaçõesWeb

Acessibilidade - LP e Libras- Interface, Linguagem

SLR-EAD13

Tes. Quevedo(2013)

Narrativas hipermidiáticas paraambiente virtual deaprendizagem inclusivo

UFSC 32 (94%)Ótimo

AVA MoodleUFSC

Acessibilidade - LP e Libras- Interface, Linguagem,Conteúdo

SLR-EAD14

Art. Saito et al.(2013)

Evaluation of Accessibility withthe Deaf User

Springer 29 (85%)Bom

AVA Moodle Acessibilidade - LP- Interface, Linguagem,Conteúdo

SLR-EAD15

Art. Silva eRodrigues(2013)

Características de repositórioeducacional aberto parausuários de língua brasileira desinais

Scielo 28 (85%)Bom

Repositório noAVA MoodleUFCS

Acessibilidade - LP, Libras e escritade sinais- Interface, Linguagem,Conteúdo

Fonte: Elaborado pela própria autora.

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Quadro 5.2 – Estudos resultantes da EMR – Categoria Educação a Distância para surdos(continua)

Código Tipo Autores/Ano Título Local Pub. Qualidade Contexto Qualidade uso Aspecto avaliadoEMR-EAD1

Art. Bittencourt eSilva (2006)

Modelo de qualificaçãoprofissional para portadores dedeficiência auditiva

ABED 20 (57%)Aceitável

Quali-PDA –Moodle

Nãoespecificaramqualidade de uso

- LP e Libras- Interface,Linguagem, Conteúdo

EMR-EAD2

TCC Renneberg(2007)

O processo de design do sitedo curso Letras/Libras: teoriasque fundamentam e aplicaçõespráticas

UFSC 24 (69%)Aceitável

AVA MoodleUFSC

Acessibilidade - LP, Libras e escritade sinais- Interface,Linguagem, Conteúdo

EMR-EAD3

Art. Renneberg,Gonçalves eGonçalves(2008)

Método de avaliação deinterface para AmbientesVirtuais de EnsinoAprendizagem - AVEA’s:diretrizes para a avaliação dohiperlivro do CursoLetras/LIBRAS

AnhembiMorumbi,PUC-Rio eUnesp-Bauru

22 (63%)Aceitável

AVA MoodleUFSC

Usabilidade - LP e Libras- Interface, Linguagem

EMR-EAD4

Tes. Macedo(2010)

Diretrizes para a criação deobjetos de aprendizagemacessíveis

UFSC 21 (62%)Aceitável

Objeto deAprendizagem(para todos)

Acessibilidade - LP- Interface, Linguagem

EMR-EAD5

Art. Magalhães etal. (2010)

Impacto da Usabilidade naEducação a Distância: UmEstudo de Caso no MoodleIFAM

ACM 31 (91%)Ótimo

AVA MoodleIFAM

UsabilidadeComunicabilidade

- LP- Interface, Linguagem

EMR-EAD6

Art. Renneberg eGonçalves(2010)

Um processo de projeto parainterfaces de objetos deaprendizagem: o caso dohiperlivro do ambiente virtualde Letras/LIBRAS

UFSC (LivroDesign deHipermídia:processos econexões)

34(100%)Ótimo

Hiperlivro doAVA MoodleUFSC

AcessibilidadeUsabilidade

- LP e Libras- Interface,Linguagem, Conteúdo

EMR-EAD7

Art. Pereira, Cernye Quadros(2010)

Ambiente Virtual deEnsino-Aprendizagem do cursoLetrasLIBRAS

Revista Técnico-Científica doIFSC

20 (58%)Aceitável

AVA MoodleUFSC

Nãoespecificaramqualidade de uso

- LP, Libras e escritade sinais- Interface,Linguagem, Conteúdo

EMR-EAD8

Art. Stumpf(2010)

Educação de Surdos e NovasTecnologias

UFSC 22 (63%)Aceitável

Educação e TApara surdos

Não se aplica(relato)

- LP, Libras e escritade sinais- Interface,Linguagem, Conteúdo

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Quadro 5.2 – Estudos resultantes da EMR – Categoria Educação a Distância para surdos(conclusão)

Código Tipo Autores/Ano Título Local Pub. Qualidade Contexto Qualidade uso Aspecto avaliadoEMR-EAD9

Art. Amorim eLins (2011)

Educação e surdez: aspectosda ciência cognitiva aplicados aproblemas de acessibilidade

Revista deEducaçãoPUC-Campinas

20 (57%)Aceitável

AmbienteMultiagenteEAD

Acessibilidade - LP e Libras- Interface, Linguagem

EMR-EAD10

Art. Capelão et al.(2011a)

Avaliação de comunicabilidadedo Moodle para usuáriossurdos e ouvintes

IHC2011 – AnaisEstendidosCompetição.

32 (94%)Ótimo

AVA MoodleUFMG

Comunicabilidade - LP- Interface

EMR-EAD11

Art. Moretto et al.(2011)

Características para oAprendizado do Aluno Surdoem Ambientes Web com baseno Moodle

CongressoNacional deAmbientesHipermídia paraAprendizagem

23 (68%)Aceitável

AVA Moodle AcessibilidadeUsabilidade

- LP- Interface

EMR-EAD12

Dis. Amorim(2012)

Estilos de Interação Web deNavegação e Ajuda Contextualpara Usuários Surdos emPlataformas

UFPE 32 (93%)Ótimo

AVA Amadeus Acessibilidade - LP e Libras- Interface, Linguagem

EMR-EAD13

Art. Moura et al.(2012)

Implementação de umametodologia para a traduçãoda língua portuguesa paralíngua de sinais brasileira noscursos do Senai da Bahia

TISL, 2012 (SC) 28 (81%)Bom

Quali-PDA –Moodle

Nãoespecificaramqualidade de uso

- LP e Libras- Interface,Linguagem, Conteúdo

EMR-EAD14

Art. Moura et al.(2013)

AVA-PDA: Um ambientevirtual de aprendizagemacessível para pessoas comdeficiência auditiva

2o CongressoBrasileiro deRecursos Digitaisna Educação(SP)

28 (82%)Bom

Quali-PDA –Moodle

Acessibilidade - LP e Libras- Interface,Linguagem, Conteúdo

EMR-EAD15

Art. Pivetta et al.(2013)

Contribuições para o design deinterface de um AmbienteVirtual de EnsinoAprendizagem acessível asurdos

Revista Brasileirade Design daInformação

31 (91%)Ótimo

AVA Moodle Acessibilidade - LP e Libras- Interface,Linguagem, Conteúdo

EMR-EAD16

Art. Trindade eGarcia (2013)

Framework Conceitual de apoioao Design de AmbientesColaborativos inclusivos aosSurdos

SBIE, 2013 29 (85%)Bom

AVA Acessibilidade - LP e Libras- Linguagem,Conteúdo

Fonte: Elaborado pela própria autora.

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Quadro 5.3 – Estudos resultantes da SLR – Categoria “Design na web para surdos”

Código Tipo Autores/Ano Título Local Pub. Qualidade Contexto Qualidade deuso

Aspecto avaliado

SLR-DES1

Art. Martins eFilgueiras(2010)

Avaliando modelos de interaçãopara comunicação de deficientesauditivos

ACM 31 (91%)Ótimo

Sistema Web(Sites parasurdos)

AcessibilidadeApreensibilidade

- LP, Libras e escritade sinais- Interface, Linguagem

SLR-DES2

Art. Barbosa ePrates (2011)

Analise da Sociabilidade deComunidades Online para osUsuários Surdos: Um Estudo deCaso do Orkut

ACM 30 (87%)Ótimo

Sistema Web(Orkut)

Sociabilidade - LP- Interação

SLR-DES3

Art. Alves et al.(2012a)

Comunicabilidade em sistemasde informação web corporativos:analisando a interação desurdos bilíngues

ACM, HCIBIB 31 (91%)Ótimo

Sistema Web(IntranetFioCruz)

Comunicabilidade - LP- Interface, Linguagem

SLR-DES4

Art. Alves et al.(2012b)

Evaluation of PotentialCommunication Breakdowns inthe Interaction of the Deaf inCorporate Information Systemson the Web

Science Direct 26 (76%)Bom

Sistema Web(IntranetFioCruz)

Comunicabilidade - LP- Interface, Linguagem

SLR-DES5

Dis. Barbosa(2012)

Caracterização da interaçãosocial de usuários em redessociais online: Um estudo decaso no orkut

UFMG 30 (87%)Ótimo

Sistema Web(Orkut)

Sociabilidade - LP- Interação

SLR-DES6

Dis. Martins(2012)

CLAWS: uma ferramentacolaborativa para apoio àinteração de surdos compáginas da web.

USP 34(100%)Ótimo

Sistema Web(Sites parasurdos eprotótipoCLAWS)

AcessibilidadeApreensibilidade

- LP, Libras e escritade sinais- Interface, Linguagem

SLR-DES7

Art. Ferreira eBonacin(2013)

Analyzing barriers for peoplewith hearing loss on the web: asemiotic study

ACM, Springer 25 (72%)Bom

Sistema Web(Sites)

Nãoespecificaramqualidade de uso

- LP- Interface, Linguagem,Conteúdo

Fonte: Elaborado pela própria autora.

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Quadro 5.4 – Estudos resultantes da EMR – Categoria “Design na web para surdos”

Código Tipo Autores/Ano Título Local Pub. Qualidade Contexto Qualidade deuso

Aspecto avaliado

EMR-DES1

Dis. Corradi(2007)

Ambientes informacionaisdigitais e usuários surdos:questões de acessibilidade

UniversidadeEstadual Paulista

30 (87%)Ótimo

Ambientedigitais deaprendizagem

Acessibilidade - LP, Libras e escritade sinais- Interface, Linguagem

EMR-DES2

Art. Oliveira et al.(2010)

Avaliaçao de acessibilidade dositio da Receita Federal paraDeficientes Auditivos

IHC2010 – AnaisEstendidosCompetição.

32 (95%)Ótimo

Sistema Web Acessibilidade - LP e Libras- Interface, Linguagem

EMR-DES3

Art. Piccolo et al.(2010)

Modelo de interação inclusivopara interfaces de governoeletrônico

Cartilha:Campinas, SP:CPqD, Fundação

30 (88%)Ótimo

Sistema Web(para todos)

AcessibilidadeUsabilidadeInteligibilidade

- LP e Libras- Interface, Linguagem

EMR-DES4

Art. Flor eBleicher(2014)

Recomendações para o designde interfaces web acessíveis aopúblico surdo

VII WorldCongress onCommunicationand Arts

27 (78%)Bom

Interfaces webacessíveis

Acessibilidade - LP e Libras- Linguagem,Conteúdo, Interface

Fonte: Elaborado pela própria autora.

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Quadro 5.5 – Estudos resultantes da SLR – Categoria “Tecnologias Assistivas para surdos”

Código Tipo Autores/Ano Título Local Pub. Qualidade Contexto Qualidade deuso

Aspecto avaliado

SLR-TA1

Art. Abreu, Pratese Bernardino(2010)

Recomendações deacessibilidade para projetos deTICs para alfabetização decrianças surdas

SEMISH 31 (94%)Ótimo

Aplicativo dealfabetizaçãopara criançassurdas

Acessibilidade - LP e Libras- Interface, Linguagem,Conteúdo

SLR-TA2

Dis. Abreu (2010) Recomendações para projetosde TICs para apoio aalfabetização com libras

UFMG 31 (90%)Ótimo

Aplicativo dealfabetizaçãopara criançassurdas

AcessibilidadeComunicabilidade

- LP e Libras- Interface, Linguagem,Conteúdo

SLR-TA3

Tes. Busarello(2011)

Geração de conhecimento parausuário surdo baseada emhistórias em quadrinhoshipermidiáticas

UFSC 30 (87%)Ótimo

Histórias emquadrinhos parasurdos

AcessibilidadeUsabilidade

- LP e Libras- Interface, Linguagem,Conteúdo

SLR-TA4

Art. Correa et al.(2012)

Uso do MIS para avaliar signossonoros: quando um problemade comunicabilidade se tornaum problema de acessibilidade

ACM 29 (85%)Bom

Jogos AcessibilidadeComunicabilidade

- LP- Interface, ConteúdoSonoro

SLR-TA5

Art. Monteiro,Alves e DeSouza (2013)

Using mediated communicationto teach vocational concepts todeaf users

ACM, Springer 28 (82%)Bom

Sistema Web(WebNavigationHelper – WNH)

Nãoespecificaramqualidade de uso

- LP e Libras- Interface, Linguagem,Conteúdo

SLR-TA6

Art. Inácio,Biening eUlbricht(2013)

Deaf students and comichypermedia: proposal ofaccessible learning object

ACM, Springer 26 (75%)Bom

Histórias emquadrinhos parasurdos

AcessibilidadeUsabilidade

- LP e Libras- Interface, Linguagem,Conteúdo

SLR-TA7

Art. Alves et al.(2013)

Using mediatingmetacommunication to improveaccessibility to deaf in corporateinformation systems on the web

ACM, Springer 27 (79%)Bom

Sistema Web(WebNavigationHelper – WNH)

Comunicabilidade - LP- Interface, Linguagem,Conteúdo

Fonte: Elaborado pela própria autora.

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Quadro 5.6 – Estudos resultantes da EMR – Categoria “Tecnologias Assistivas para surdos”

Código Tipo Autores/Ano Título Local Pub. Qualidade Contexto Qualidade deuso

Aspecto avaliado

EMR-TA1

Art. Martins eFilgueiras(2007)

Métodos de Avaliação deApreensibilidade dasInformações Textuais: umaAplicação em Sítios deGoverno Eletrônico

CLIHC, 2007,Scielo

20 (57%)Aceitável

Sistema Web(Sites dogoverno)

Apreensibilidade - LP e Libras- Linguagem,Conteúdo

EMR-TA2

Art. Blasco eSilveira(2009)

Um Método paraDesenvolvimento de Agentesde Ajuda para Usuários Surdos

UFMG 30 (88%)Ótimo

Chat para AVA Acessibilidade - LP- Interface,Linguagem, Conteúdo

EMR-TA3

Dis. Coutinho(2012)

Revisitando a acessibilidade dejogos para jogadores surdos oucom deficiência auditiva

ScienceDirect 31 (92%)Ótimo

Jogos AcessibilidadeComunicabilidade

- LP- Interface, ConteúdoSonoro

EMR-TA4

Dis. Alves (2012) Estudo do uso de diálogos demediação para melhorarinteração de surdos bilínguesna Web

ScienceDirect 31 (92%)Ótimo

Sistema Web(WebNavigationHelper - WNH)

Comunicabilidade - LP- Interface,Linguagem, Conteúdo

EMR-TA5

Art. Alves et al.(2013)

Novas estratégiascomunicativas como fator dequalidade na interação desurdos em um sistemaorganizacional

ACM 31 (91%)Ótimo

Sistema Web(WebNavigationHelper - WNH)

Comunicabilidade - LP- Interface,Linguagem, Conteúdo

Fonte: Elaborado pela própria autora.

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89

6 Análise

Apresentamos, nesta seção, a análise dos estudos encontrados baseando-se em cadauma das questões de pesquisa. Destacamos também os EMR e sua relação com a questão depesquisa.

6.1 Análise - Questões de pesquisa

[QE1] - Quais são os ambientes de aprendizagem online abordados nas pesquisas?[QE2] - Quais aspectos do ambiente de aprendizagem são abordados? (conteúdo, ensino/aprendizagem,interface, material didático)[QE3] - Quais são as principais dificuldades dos surdos ao interagir com ambientes virtuais deaprendizagem?[QE4] - Qual a forma de comunicação adotada? (Língua Portuguesa, Libras e Escrita de Sinais)[QE5] - Quais são as tecnologias assistivas utilizadas em ambientes on-line?[QE6] - Quais tipos de contribuições foram feitas em relação à inclusão digital dos surdos?

6.1.1 [QE1] - Quais são os ambientes virtuais de aprendizagem

abordados nas pesquisas?

Todos os estudos sobre AVA foram incluidos na categoria EAD, totalizando 31 estudos(15 trabalhos da SLR, 16 dos EMR). Dentre esses, 21 estudos trataram do ambiente deaprendizagem Moodle (10 da SRL e 11 da EMR). Os outros estudos trataram de: curso adistância [Bueno, Garcia e Borrego, 2007 - SLR-EAD1], sistema web com foco educacionalde parceria universidade-empresa [Osorio, Schmidt e Duarte, 2008 - SLR-EAD3]; AmbienteDigital de aprendizagem Eduquito e ferramenta Oficina Multimídia [SLR-EAD6 :: Santarosa,Conforto e Basso, 2009], repositório educacional aberto para surdos com foco no uso de Libras[Silva, 2011 - SLR-EAD10 e Silva e Rodrigues, 2013 - SLR-EAD15]; avaliaram a acessibilidadedo Moodle, Sakai, Claroline, Atutor na perspectiva do aluno surdo [Saito e Ulbricht, 2012- SLR-EAD11]; avaliaram recomendações Web na perspectiva da educação bilingue para ossurdos [Flor, Vanzin e Ulbricht, 2013 - SLR-EAD12].

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90 Capítulo 6. Análise

6.1.2 [QE2] - Quais aspectos do ambiente de aprendizagem são

abordados? (conteúdo, ensino/aprendizagem, interface, ma-

terial didático)

Os estudos sobre AVA abordaram aspectos relacionados a conteúdo, interface, linguagempara surdos (ver Tabela 6.1). Os respectivos estudos podem ser consultados nos Quadro 5.1e Quadro 5.2. Os estudos de interface avaliaram aspectos de design, ergonomia (interface,cognitiva e visual), acessibilidade, usabilidade, comunicabilidade.

Esses dados demonstraram que as soluções na educação para surdos se pautam, emsua maioria, no contexto de aprendizagem (conteúdo), interface e linguagem (48,4%), seguidasde interface e linguagem (25,8%). Ou seja, são aspectos de grande relevância para promoveracessibilidade para alunos surdos. Já no design para web, o foco se manteve na interface elinguagem (64%), visto que não há um foco contexto de aprendizagem. Apesar de ter havidoestudos que também consideraram interface, linguagem e conteúdo (18%) e somente interface(18%). A ênfase em soluções para web ou tecnologias assistivas foi em interface, linguagem econteúdo (75%) e linguagem e conteúdo (25%), considerando a perspectiva de serem usadastanto na web, quanto em AVAs.

Tabela 6.1 – Aspectos abordados nos estudos resultantes da SLR

Fonte: Dados obtidos pela pesquisa direta.

Dentre estes estudos com foco em AVA, somente dois avaliaram a comunicabilidadeda interface do Moodle em LP, na perspectiva de usuários surdos. [Capelão et al., 2011b -SRL-EAD9 e Capelão et al., 2011a - EMR-EAD10]. Os autores apresentaram os resultados daavaliação de comunicabilidade da interface do sistema Moodle utilizado na UFMG, a UFMGVirtual. Na avaliação, utilizaram dois métodos baseados na EngSem: MIS (realizado por dois

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6.1. Análise - Questões de pesquisa 91

avaliadores) e MAC (realizado com três surdos e três ouvintes). Os autores buscaram identificarrupturas na interface do sistema que pudessem interferir na interação de alunos surdos. Apartir das rupturas identificadas, os autores concluíram os problemas de comunicabilidadeestavam relacionados à interface e não às dificuldades relacionadas à LP pelos surdos. A nossapesquisa trouxe um diferencial através do MISI, com o qual, foi possível identificar as rupturasde interface, linguística (relacionadas à LP ou Libras) e do conteúdo (disponibilizado peloprofessor).

Já dentre os EMR, encontramos um outro estudo que também avaliou a comunicabili-dade do Moodle em LP com usuários ouvintes (não teve como foco usuários surdos). [Magalhãeset al., 2010 - EMR-EAD5] . Neste estudo, foi realizada uma avaliação de usabilidade no AVA(Moodle) do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia – Amazonas (IFAM). Comométodo de avaliação, utilizaram o Percurso Cognitivo (avaliaram a usabilidade a partir dafacilidade de aprendizagem por inspeção feita por 4 especialistas) e o Método de Avaliação deComunicabilidade (MAC) (avaliaram a comunicabilidade através de experimento em ambientecontrolado com 8 usuários ouvintes). A motivação dos autores também foi contribuir com umamelhoria na usabilidade do Moodle, já avaliada com aspectos negativos em outros trabalhoscitados pelos autores: Martin et al (2008)1 que comparou três AVAs (Moodle, Sakai e dotLRN)a partir das Heurísticas de Nielsen, classificando o Moodle com 68% de conformidade (piordentre os três); Castro e Fuks (2009)2 identificaram problemas de usabilidade no Moodleatravés do Método de Inspeção Semiótica (MIS); e Melton3 apresentou sugestões de melhoriasde usabilidade a partir de avaliação usando o framework DECIDE.

Além destes dois estudos, outros trouxeram mais contribuições para nossa SLR, sendoavaliados como “Ótimo“. Na SLR, foram mais 1 artigo, 2 dissertações e 1 tese (ver Quadro 5.1).E na EMR, 3 artigos e 1 dissertação. (ver Quadro 5.2).

Uma dissertação, avaliada em 100% de qualidade em nossa SLR [Renneberg, 2010- SLR-EAD8], focou em aspectos de design e ergonomia (interface, cognitiva e visual) parao público surdo. A autora apresentou o processo de redesign da interface do Hiperlivro, umobjeto de aprendizagem desenvolvido a partir da estrutura do recurso Livro, da plataformaMoodle, disponibilizado no curso a distância de Letras/Libras da UFSC. A validação da interfaceproposta foi realizada através de questionário on-line com alunos surdos. Os resultados foramcategorizados em 76 diretrizes para desenvolvimento de objetos de aprendizagem, divididas em:6 diretrizes gerais, 40 pedagógicas e 30 ergonômicas.

Bueno, Garcia e Borrego (2007) [SLR-EAD1] apresentaram um estudo sobre as ne-cessidades de leitura de estudantes surdos no ensino superior, destacando que uma grande

1 Martin, L.; Martínez, D.R.; Revilla, O.; José, M. Usability in e-Learning Platforms: Heuristics comparisonbetween Moodle, Sakai and dotLRN. 6th Int. Conf. on Community based environments, 2008.

2 Castro, T.; e Fuks, F. Inspeção Semiótica do ColabWeb. Revista Brasileira de Informática na Educação,2009

3 Melton, J. The LMS Moodle: A Usability Evaluation. Language Issues: HCI, 2005.

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92 Capítulo 6. Análise

dificuldade que eles enfrentam e a compreensão de textos. Logo, tiveram como foco aspectos doconteúdo e linguagem utilizadas. A fim de minimizar esses problemas, os autores propuseram umcurso de informática a distância com algumas adaptações a fim de contribuir para uma melhorcompreensão do termos e textos presentes na interface. Os resultados demonstraram o nívelde compreensão aumentou significativamente no curso adaptado. Alguns deles conseguiramalcançar uma nota de 80% mesmo tendo surdez profunda. A partir destas informações foigerada uma base de conhecimento com vocabulário e expressões de difícil compreensão parapessoas surdas com nível linguístico intermediário. Além disso, algumas sugestões de recursosvisuais que colaboram com a compreensão dos textos também foram registradas.

Goes (2010) [SLR-EAD7], pesquisadora surda, analisou os aspectos de acessibilidadepara surdos do curso de de Licenciatura em Letras/LIBRAS criado pela UFSC, na EAD. Ofoco da pesquisa foram os aspectos de acessibilidade, comunicação/interação no AVA. Estaanálise foi realizada a partir de aplicação de questionário on-line com 36 alunos surdos. Aautora apresentou aspectos positivos e negativos, identificados pela pesquisa, relacionados ainteração dos alunos surdos com tutores, professores dentre outros, além da acessibilidade.Identificou problemas e sugestões para uso do fórum, chat, vídeos em Libras, videoconferênciase material didático.

Quevedo (2013) [SLR-EAD13] descreveu um estudo de diferentes discursos narrativospresentes em um ambiente virtual de ensino aprendizagem (AVEA) bilíngue com alunos surdose ouvintes. O objetivo do estudo foi propor recomendações para o desenvolvimento de AVEAsinclusivos e compartilhamento de conhecimento. Essas narrativas hipermidiáticas foram avaliadasem um AVEA (Moodle), por alunos surdos do curso Letras-Libras da UFSC. O resultado destesexperimentos mostraram que a aprendizagem por meio de diferentes gêneros de narrativas,independente do seu perfil, “atendeu às diferentes formas que o aluno gosta de aprender”.(QUEVEDO, 2013, p. 353).

Renneberg e Gonçalves (2010) [EMR-EAD6] apresentaram métodos para auxiliarna aplicação de estratégias ergonômicas e pedagógicas, centradas no usuário surdo, paradesenvolvimento de conteúdos de aprendizagem com foco em Objetos de Aprendizagem (emespecial, no Hiperlivro), para alunos surdos. Este estudo também apresentou a pesquisa eresultados encontrados por Renneberg (2010) [SLR-EAD8] em sua pesquisa de mestrado. Osresultados indicaram uma aceitação da interface com as alterações previstas neste redesign,tornando o uso e o reuso do Objeto de Aprendizagem mais viável, eficiente e satisfatório.(RENNEBERG; GONÇALVES, 2010, p. 63).

Amorim (2012) [EMR-EAD12], pesquisador surdo, propôs o uso de estilos de interaçãobaseados em 44 ícones em plataformas como o Amadeus, para minimizar as dificuldades deacesso às informações pelos surdos, possibilitando uma nova proposta educacional para essesusuários. A pesquisa envolveu usuários surdos, do curso de Letras Libras da UFSC polo UFPE,para geração de problemas através da técnica de brainstorming e análise de imagens sugeridas

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6.1. Análise - Questões de pesquisa 93

para ícones através da técnica Icon Sorting. Além disso, contou com 25 usuários surdos, paraavaliação do protótipo, usando análise de tarefas cognitivas GOMS (Goals, Operators, Methods,and Selection). O autor identificou também a necessidade de implementação das seguintesmelhorias: um guia sobre o ambiente; um tutorial explicando como se usa o protótipo; umglossário português + figuras; uma introdução sobre Ajuda Contextual. E como ações futurassugeriu a ampliação do uso de Libras na veiculação das informações existentes nos sistemasvirtuais de ensino; o aumento de suporte a recursos multimídias mais ricos nos AVAs e aplicaçãodo resultado desta pesquisa na próxima versão do Amadeus LMS (1.0).

Pivetta et al. (2013) [EMR-EAD15] investigaram as principais barreiras de interaçãopara pessoas surdas em ambientes virtuais de ensino aprendizagem e o que qualifica umambiente adequado para pessoas surdas. A partir da pesquisa, propuseram as contribuiçõespara a gestão de interface e gerenciamento do conteúdo, identificados a partir de elementosque causam maiores problemas de acessibilidade para surdos. A pesquisa foi realizada em umaescola básica e secundária de ensino bilíngue para surdos, em Portugal: Escola Bilíngue AugustoLessa (EB1/JI), na cidade do Porto em Portugal, durante o primeiro semestre de 2013. Foramavaliados dois modelos de ambientes da plataforma Moodle: o Moodle Geral, cujo padrãode design da informação é o padronizado da plataforma Moodle; e o Moodle Libras, cujainterface foi projetada para atender ao curso de graduação Letras/Libras, utilizando “elementosrepresentativos para a cultura surda como o sign writing e conteúdos em vídeo usando a Línguade Sinais”.

6.1.3 [QE3] - Quais são as principais dificuldades dos surdos ao

interagir com ambientes virtuais de aprendizagem?

As principais dificuldades dos surdos ao interagir em ambientes virtuais de aprendizagemestão relacionadas diretamente com os surdos, assim como seus stakeholders, pessoas eprocessos relacionados para promover melhor acessibilidade.

Diante da diversidade de expressão e comunicação no universo dos surdos, identifica-mos nas pesquisas, aspectos positivos e negativos no contexto educacional para surdos, quecorroboraram para a busca de soluções de acessibilidade e uma melhor comunicabilidade paraos surdos na EAD, com foco no uso da LP. As principais dificuldades estão relacionadas àcomunicação em LP e Libras, presentes tanto na interface, quanto no conteúdo.

1. Predominância de interfaces e conteúdos em LP (sua L2)

2. Falta de conhecimento sobre o ser surdo, aspectos que envolvem a surdez e a culturasurda;

3. Custo alto do processo de gravação de vídeos em LS;

4. Processo de tradução da LP para Libras apresenta lacunas;

5. Desconhecimento da LS por alguns surdos ou DAs;

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94 Capítulo 6. Análise

Para cada um destes aspectos, apresentamos uma análise com base na análise dosresultadas da SLR.

1) Predominância de interfaces e conteúdos em LP (sua L2)

A maior parte das informações na web está apresentada textualmente em LP. Com isso,a autonomia dos surdos na web ou em ambientes virtuais de aprendizagem projetados para umpúblico ouvinte se torna bastante limitada.

Alves et al. (2013) [EMR-TA5], Corradi e Vidotti (2009), Corradi (2007) [EMR-DES]dentre outros pesquisadores, destacaram essa dificuldade em relação à LP tendo que recorrer aoauxílio de outras pessoas para auxiliar na compreensão dos conteúdos (ouvintes, amigos surdosou intérpretes) ou a um dicionário para compreender o significado de palavras desconhecidas, oque pode gerar ainda mais dúvidas e frustrações. Na pesquisa de Corradi e Vidotti (2009), umdos participantes surdos relatou essa realidade vivenciada pelos surdos:

Eu gostaria muito de web sobre Surdos, mas infelizmente por causa damatéria “português – (por exemplo: - verbo, mais as palavras não conheço),mas eu pedi alguma pessoa me explica e eu entendo ou procura o dicionáriopara saber (depoimento de SA, 47 anos, auxiliar de operações)(CORRADI;VIDOTTI, 2009, p. 2315)

Desta forma, o uso de tecnologias assistivas de apoio ao conteúdo para os surdos é umcaminho que pode possibilitar sua autonomia, acesso à informação e qualidade de vida, em umcontexto social, político e educacional. Algumas tecnologias assistivas foram encontradas emnosso estudos e estão apresentadas em respostas à QE5 (ver subseção 6.1.5).

Em sua pesquisa sobre “Uma reflexão sobre a influência das novas tecnologias naeducação e inclusão social dos surdos”, Plácido (2004) identificou fatores que dificultam ainteração dos surdos em ambientes computacionais: pouco uso da LS, existência de palavras dedifícil compreensão, presença de textos em inglês e palavras com animações. A autora destacou,também, exemplos de vocabulário específico em LP usados em aplicativos computacionais quedificultam a interação pelos surdos (identificado em entrevistas de professoras de alunos surdos).Por exemplo, as palavras exibir, inserir, ferramentas e outras. Com intuito de contribuir pararedução destas barreiras comunicacionais e na construção de interfaces adequadas ao públicosurdos, Plácido (2004) sugeriu: valorizar os “textos pequenos (curtos) e de fácil entendimento,assim como imagens; ícones animações; filmes; utilizar a linguagem de sinais (LIBRAS); evitaro uso de “gírias e jargões; textos longos e de difícil entendimento; palavras difíceis e poucoutilizadas; metáforas; linguagem conotativa; expressões; mesóclises; onomatopéias.”

Dentre palavras de difícil compreensão pelos surdos, (BUENO; GARCIA; BORREGO,2007) [SLR-EAD1] distinguiram quatro grupos: o grupo (1) representou um nível de dificuldadede 7,94% com palavras em inglês ou palavras derivadas do inglês (por exemplo, PC, BIOS,

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6.1. Análise - Questões de pesquisa 95

CD-ROM, “resetear”4); o grupo (2), 29,76%, continha palavras técnicas utilizadas somenteno contexto da Ciência da Computação (por exemplo, periféricos, placa mãe, disco rígido); ogrupo (3) representou 5,95% contendo termos comuns utilizados fora do seu contexto natural(por exemplo, monitor = instrutor, monitor de computador); (4) termos de uso comum (como,mostrar e abaixo) representou 56,35%.

Saito et al. (2013) [SLR-EAD14], a partir da avaliação realizada com usuários surdos,envolvendo o ambiente Moodle, evidenciaram dificuldades dos surdos com a LP. Após identifi-cação e reflexão sobre as dificuldades apontadas pelos surdos, os resultados foram organizadosem quatro categorias: para os quais as autoras apresentaram algumas conclusões e reflexões:(1) língua portuguesa; (2) valorização da LS; (3) recursos visuais; (4) EAD e novas ferramentas.Em relação a língua portuguesa, as reflexões se basearam na relação dos surdos com a formaescrita da língua portuguesa: dificuldades com textos longos, dificuldades com navegação emuma estrutura baseada em texto, desconhecimento de certas palavras escritas/termos em LP,resultando em um grande esforço cognitivo na atividade de leitura.

Em relação aos obstáculos na aprendizagem dos surdos, Busarello (2011) [SLR-TA3]citou alguns estudos focados em aspectos do aprendizado de crianças surdas (que fogem aoescopo de nossa pesquisa) e também adultos surdos. Ressaltamos estes estudos com adultos ealguns com crianças surdas, que podem ser extensíveis para adultos: (1) As dificuldades dossurdos (que não se comunicam com LS ou língua falada) na aprendizagem de disciplinas de umcurso a distância, comparadas com não surdos foi avaliada por (Richardson e Woodley, 20015

apud Busarello (2011, p. 39): os surdos tiveram mais dificuldades em relacionar ideias sobretemas diferentes, intensificadas para os que se comunicam pouco por línguas de sinais. Ashipóteses apresentadas foram: o baixo conhecimento técnico dos intérpretes em relação ao temada disciplina; medo de fracasso pelos surdos em atividades acadêmicas (que, por outro lado,pode ser fator de sucesso quando os leva a ter mais atenção); (2) a dificuldade de compreensãodas palavras escritas e o processo de leitura pelos surdos e sua relação com a fonologia foramestudados por (Ormel et al., 20086 apud Busarello (2011, p. 43): no uso de fonologia limitadapor surdos, os autores presumiram que o conhecimento semântico pode prestar apoio a leituracrítica e concluíram que a falta de acesso “a linguagem completa, escrita e gestual, nos primeirosanos de vida do indivíduo surdo, adia o desenvolvimento das categorizações semânticas.“; (3)Comparando-se categorizações semânticas com crianças surdas e não surdas, (Ormel et al.,

4 Resetear em espanhol, derivada da palavra RESET em inglês, traduzida para o português é resetar, quesignifica reiniciar.

5 RICHARDSON, J. T. E.; WOODLEY, A. Approaches to studying and communication preferences amongdeaf students in distance education. Higher Education, 42, 2001. Institute of Educational Technology. 2001.Disponível em:<http://oro.open.ac.uk/cgi/export/932/SummaryPage/oro-eprint-932.html>. Acesso em:9 março 2011.

6 ORMEL, E. A. et al. Semantic categorization: A comparison between deaf and hearing children. Journalof Communication Disorders, 2008. Disponível em:<http://www.kentalis.com/Kentalis_C01/Modules/ItembankA/ItembankA_Item.asp?ModID=1975&ItemID=1442&bottest=&custid=711&sessionid=58390730661976034518765233172&time=15115&comid=25>. Acesso em: 11 abr. 2011

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96 Capítulo 6. Análise

2008 apud Busarello (2011, p. 40) identificaram que o conhecimento semântico facilitou acompreensão da leitura. As crianças surdas apresentaram melhor desempenho com relação aimagens, enquanto as não surdas obtiveram melhor desempenho nas palavras escritas. Esteestudo avaliou a qualidade da classificação semântica entre as crianças a partir de palavrasescritas e imagens. ”Com relação às palavras escritas, estas foram correlacionadas ao vocabuláriogestual e compreensão da linguagem de sinais para os surdos.”

A partir da análise dos vídeos e conclusões possibilitadas pela aplicação do MAC, Alveset al. (2012b) [SLR-DES4] apresentaram uma lista de potenciais falhas de comunicação nainteração dos usuários surdos bilíngües pré-linguísticos em sistemas de informação corporativosna web sintetizando problemas de acessibilidade e de usabilidade. Os problemas foram agrupadosem cinco tópicos principais: (1) informação significativa; (2) o uso de siglas; (3) diferençaslinguísticas; (4) informações do contexto do usuário; (5) personalização da interface. E cadatópico apresentou três elementos: problemas, possíveis soluções e benefícios que, quandoaplicados, buscam resolver problemas específicos.

2) Falta de conhecimento sobre o ser surdo, aspectos que envolvem a surdez e acultura surda

De igual relevância é a falta de conhecimento sobre os aspectos que envolvem o sersurdo, em suas habilidades e dificuldades. O desconhecimento da competência e inteligênciados surdo ocorre, tanto pela sociedade quanto pelos próprios professores e colegas. Há, ainda, oestigma que os surdos ou deficientes auditivos são, de fato, deficientes e incapazes de aprender,crescer, se comunicar, compreender, interagir. Por outro lado, há quem não tenha conhecimentoe não compreenda a dificuldades dos surdos com a LP e formas de comunicação com os surdos.

Conforme destacaram Quadros e Karnopp (2004), a parcela ouvinte da sociedade, emgrande parte, considera que as pessoas surdas são capazes de se comunicar nas línguas orais.Porém, conforme já destacamos em nossa pesquisa, essa não é a realidade, pois não existeuma correspondência direta em nível sintático e semântico entre as línguas orais e as línguasde sinais.

E em face desse desconhecimento, os surdos enfrentam barreiras de comunicação atémesmo com os professores, que deveriam ter informação e formação para atendê-los de maneiraintegrada e consciente. Quevedo (2013) [SLR-EAD13] destacou que “faltam campanhas deinformação e esclarecimento do que é ser surdo para o ouvinte. A sociedade ouvinte é ignorantecom relação a surdez, faltam informações.”

“O surdo só irá se integrar se houver acessibilidade, o que vai significar que a sociedadeo acolhe”, afirmou Stumpf (2010) [EMR-EAD8]. E continuou em sua reflexão sobre “a inclusãoque os surdos desejam” ressaltando, que o acolhimento começa na família e na escola. Casoele exista, o surdo aprende a se integrar. Logo, a autora pondera que a inclusão acontece a

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6.1. Análise - Questões de pesquisa 97

partir de dois movimentos: ”da construção social de toda a sociedade que entende e acolhe, edos surdos, que vão participar porque se sentem acolhidos.” (STUMPF, 2008, p. 26).

Logo, é necessário além de criar condições de acesso e permanência das pessoas comnecessidades especiais nas universidades, possibilitar que seja feita de forma efetiva, tanto nosaspectos físicos, tecnológicos, sociais e relacionais.

3) Custo alto do processo de gravação de vídeos em LS

O custo do processo de gravação de vídeos em língua de sinais é bastante alto, poisdemanda investimento em profissionais qualificados (intérprete, vídeos, filmagem), recursostecnológicos e infraestrutura, assim como tempo para planejamento e desenvolvimento. (Debevc,2009 apud Alves (2012) - [EMR-TA4])7

Em virtude dos requisitos de qualidade para comunicação em LS, sua produção emlarga escala é dificultada (BRITO, 2012; AMARAL, 2012). Alguns fatores dificultam seu uso:alto custo de produção de vídeos em padrões profissionais, dificuldades em produzir vídeosconsistentes (mesmo sinalizante, mesma roupa, mesmo plano de fundo) para que partes possamser unidas e haja uma padronização; necessidade de participação de pessoas especializadasem LS (TILS); atualização de conteúdo demanda regravações, alto investimento em espaçode armazenamento e velocidade para transmissão de vídeos, tecnologia em compressão devídeos; e por fim, em algumas situações de videoconferência, há necessidade de uma sofisticadaarquitetura de servidor para geração de conteúdo ao vivo. Logo, apesar de sua grande importânciacomo forma de acessibilidade para os surdos em sua L1, os vídeos em LS por intérpretes humanos,ainda apresentam algo custo de manutenção e atualização.

4) Processo de tradução da LP para Libras apresenta lacunas

O processo de tradução de LP para Libras apresenta lacunas tanto no uso de aplicativos,quanto em aulas presenciais, conforme destacou Goes (2010) [SLR-EAD7].

Algumas faculdades têm intérpretes de LIBRAS, profissionais que tem for-mação e certificação. O profissional intérprete de LIBRAS tem a tarefa detraduzir para LIBRAS, dentro da sala de aula, todo tipo de informações. Adificuldade de interpretação em sala de aula são os cursos das ciências exatas,ciência da computação, administrador de redes, sistemas de informação eoutros. Essa é a parte mais difícil para traduzir, porque há várias palavras eminglês e algumas palavras em português que não tem sinais correspondentes(GOES, 2010, p. 51).

7 DEBEVC, M., KOSEC, P., ROTOVNIK, M., HOLZINGER, A. Accessible multimodal web pages with Signlanguage translations for deaf and hard of hearing users. In: 20th International Workshop on Database andExpert Systems Application. IEEE, 31 Set. 2009

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98 Capítulo 6. Análise

A partir das dificuldades enfrentadas em aulas presenciais, Goes (2010, p. 51) [SLR-EAD7] refletiu sobre as possibilidades de estudos dos surdos na EAD, considerando ser recente aparticipação de intérpretes nas salas de aula presenciais, “como será na EAD e nos AVEAs? Estãoos ambientes adaptados as condições linguísticas do aluno surdo, proporcionando acessibilidadee efetivo aprendizado?“

Há, hoje, tecnologias disponíveis que fazem a conversão da LP para LS. Podemos citar,por exemplo ProDeaf, HandTalk etc8. Contudo, o processo de tradução ainda não atinge umnível de comunicação que possibilite a compreensão de todo o contexto por diversas razões: ossinais traduzidos pelas tecnologias podem ser não ter o nível de perfeição de um sinal humano;os sinais são diferenciados de região para região (variações linguísticas da Língua de Sinais);algumas tecnologias tem uma limitação na quantidade de sinais; o uso da tecnologia parafins de tradução pode ser um processo que torna a aprendizagem mais lenta e dificulta acompreensão do contexto. Alves et al. (2013, p. 123) [SLR-TA7] destacaram essa limitação daleitura e interpretação dos usuários surdos, “uma vez que grande parte dos vocábulos da línguaportuguesa não existe na Libras, dificultando a interação deste grupo de usuários na Web”.

Uma necessidade que também contribui para acentuar os desafios da tradução de LPpara Libras, em especial, no ensino superior é a questão do léxico em Libras, visto que oingresso dos alunos surdos no ensino superior apresenta números muito baixos. E com isso, aspalavras comuns em ambientes acadêmicos, nomenclaturas específicas de determinadas áreasdo conhecimento ainda não se constituem como parte do léxico na LS. Este desafio perpassapor questões que envolvem o processo de formação de palavras na LS, seu desenvolvimentopara atender as necessidades comunicativas na LS, a formação e criação de novos sinais e arelação da LS com outras línguas (QUADROS; KARNOPP, 2004).

A formação do léxico na LS é um processo histórico e dinâmico que vai se modificandoa partir da criação de novos sinais, assim como da transformação de sinais que, a partir deseu uso ou desuso, vão se tornando sinais nativos. E com isso, a criação de novos sinais se dáa partir da necessidade de comunicação com a inclusão dos surdos no contexto de inserção.Sendo assim, se há poucos surdos no ensino superior, naturalmente, há poucos sinais parasignificar a vasta terminologia que abrange as áreas do conhecimento: Ciências Exatas e daTerra, Ciências Biológicas, Engenharias, Ciências da Saúde, Ciências Agrárias, Ciências SociaisAplicadas, Ciências Humanas, Linguística, Letras e Artes, dentre outros. E com isso, a medidaque os surdos se integram nestas áreas (que ainda são muito poucos), há uma expansão doléxico da LS para estas determinadas áreas.

8 ProDeaf e HandTalk são aplicativos gratuitos. Um pequeno documentário sobre dois aplicativos gratuitosdesenvolvidos no Brasil: ProDeaf e HandTalk - tradutores de português para Libras e vice-versa foidisponibilizado na TV Ines: http://tvines.com.br/?p=771

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6.1. Análise - Questões de pesquisa 99

5) Desconhecimento da Libras por alguns surdos

Devido a fatores históricos e sociais já apresentados em nossa pesquisa, o surdo ficoudesprovido de ter contato com a LS, por mais de um século. Especialmente no Brasil, em que oreconhecimento da Libras deu-se somente neste ano de 2002. Com isso, ainda há muitos surdosque desconhecem a LS, por uma imposição social e/ou familiar, opção pessoal por não fazeruso da LS. Ou ainda, alguns deles “por viverem isolados ou em locais onde não exista umacomunidade surda, apenas se comunicam por gestos.” (ABREU; PRATES; BERNARDINO,2010, p. 3) [SLR-TA1]

Sobre a diversidade de perfil dos surdos e conhecimento da LP e Libras, Martins (2012,p. 27) [SLR-DES6] destacou a importância de se explorar diversas formas de comunicação:

Compreende-se que a diversidade da população e a diversidade de letramentona língua escrita e mesmo na própria língua de sinais fazem com que se devaesperar que na interação das pessoas surdas com websites, a compreensãoda mensagem seja parcial. Assim, é importante lançar-se mão de conteú-dos corroborativos, conforme Miyamaru,(2008) 9, entendendo-se aqui esteconceito como a transmissão de uma mesma informação por canais, meiose/ou formatos diversos. O aspecto de corroboração contribui para ampliar acompreensão da mensagem.

Desta forma, quando tratamos os aspectos de acessibilidade na comunicação parapessoas surdas, devemos ter atenção que, apesar de uma minoria linguística, essa minoria édiversa: alguns foram oralizados e aprenderam Libras na adolescência; outros já aprenderamnos primeiros anos de vida. Com isso, a competência linguística dos surdos na Libras também édiversa. Portanto, para pensarmos em uma universidade ou qualquer ambiente escolar inclusivo,devemos partir dessa multiplicidade e entender quais são as características das pessoas comsurdez às quais tentamos nos comunicar e/ou prover o acesso às informações.

4) Dificuldades de aprendizagem em ambiente presencial com intérprete Goes (2010)

[SLR-EAD7] e Saito e Ulbricht (2012) [SLR-EAD11] destacaram as dificuldades dos surdos emaulas presenciais mesmo com a presença de intérpretes.

9 MIYAMARU, F. et al. Mídia cruzada em serviços de governo: conceito e aplicação. In: In Proceedings ofthe VIII Brazilian Symposium on Human Factors in Computing Systems ACM International ConferenceProceeding Series. Porto Alegre, Brazil: Sociedade Brasileira de Computação, 2008. v. 378, p. 330–331.

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100 Capítulo 6. Análise

Enquanto alunos ouvintes têm a possibilidade de registrar os conceitosconstruídos no espaço de interação da sala de aula de forma concomitante àexplanação dos conteúdos pelo professor, os surdos não a têm. Com isso,os alunos têm sua fixação de conteúdos prejudicada por não terem outrasferramentas ou materiais que os auxiliem na fixação e retomada dos conceitostransmitidos em sala. Além disso, como a maioria dos materiais de apoioindicados (como livros e apostilas) são puramente textuais e muitos surdosencontram barreiras com a língua portuguesa em sua modalidade escrita, oestudo dos conceitos ali contidos também fica prejudicado. Neste sentido, osambientes hipermídia e a Educação a Distância (EaD) apresentam grandepotencial para contribuir com a educação de alunos surdos, pois permitemo acesso às multimídias que facilitam o aprendizado dos mais variadosconteúdos. (SAITO; ULBRICHT, 2012, p. 2169)

As aulas presenciais requerem atenção dos alunos ouvintes suas anotações, assim comopara a exposição do professor, que evidencia a sua comunicação por expressões faciais ecorporal, elocução vocal, anotações do quadro ou apresentação de slides, dentre outros. Oaluno surdo, por sua vez, deve remeter sua atenção, quase exclusiva ao intérprete. Essa atençãodedicada provoca algumas perdas na comunicação que é feita por outros recursos da aula e, atémesmo pelo próprio professor. Além disso, essa situação também dificulta, ou até mesmo, podeimpedi-los de fazer anotações. De maneira diferente, os ouvintes podem ouvir, ver e registrar oque o está sendo discutido no decorrer das interações em sala. Neste sentido, Stumpf (2008,p. 24) cita uma observação apresentada por Beyer (2005):

“O saudoso Prof. Hugo Beyer observou que o ponto crítico parece ser que osrecursos e o know-how para um bem-sucedido processo de inclusão escolar, nocaso dos surdos, parecem faltar ou existir de forma muito precária, resultandoem experiências de frustração para os participantes, sejam professores, pais,ou os próprios alunos.“ (BEYER, 200510 citado por STUMPF, 2008, p. 24)

Busarello (2011, p. 38–39) [SLR-TA3] e Quevedo, Busarello e Vanzin (2011, p. 137)[SLR-EAD13] apresentaram as dificuldades dos surdos universitários, resultados de uma pesquisarealizada por realizada por Marschark et al. (2008)11 em um ambiente de aula presencial,com tradução em LS, quando “examinaram como a utilização da língua de sinais por meiostecnológicos – através de vídeos – pode favorecer a comunicação entre os alunos.” A conclusãoapresentada foi que a presença do intérprete não é garantia de acesso ao aprendizado, ressaltandoa dificuldade dos surdos em dividir atenção ao intérprete e ao professor; a qualificação dointérprete, além da fluência na língua de sinais. Além da capacidade de atenção dos alunos, osautores identificaram, também, um desafio enfrentado pelos intérpretes, em situações variadasque ocorrem em ambientes de sala de aula.

10 BEYER, H. O. Inclusão e Avaliação na Escola de alunos com necessidades educacionais especiais.Porto Alegre: Mediação, 2005.

11 MARSCHARK, M. et al. Learning via direct and mediated instruction by deaf students. Journal of DeafStudies and Deaf Education, n. 13, 2008. Disponível em: <https://arc.uchicago.edu/reese/projects/cognitive-and-metacognitive-foundations-stem-learning-deaf-students>.

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6.1. Análise - Questões de pesquisa 101

“Dentre as várias dificuldades encontradas, a primeira foi que os alunossurdos não são capazes de dividir a atenção entre duas fontes diferentesde informação visual, ou seja o professor e o intérprete; e a segunda foi afalta de qualificação de muitos intérpretes quando confrontados com váriasinterrupções em salas de aula diante de uma grande quantidade de alunos.Busarello (2011, p. 38–39)

A noção de acesso para alunos surdos consiste de duas questões relacionadas.Externa que é a questão de saber se o intérprete de língua gestual ou qualqueroutro meio de instrução pode plenamente ou suficientemente capturar ecomunicar o conteúdo dado em aula, por um professor ou outra formainstrucional. Interna [...] é a questão de saber se algum aluno particulartem o conhecimento de fundo, a estrutura conceitual e ferramentas deaprendizagem para fazer uso efetivo do que é comunicado. [...] Fluência dalíngua também faz parte desta questão [...]“. (MARSCHARK et al., 2008apud BUSARELLO, 2011, p. 39)

Ao identificarem as dificuldades dos surdos no aprendizado de disiciplinas com a presençade intérpretes em aulas, (RICHARDSON; WOODLEY, 200112 citado por BUSARELLO, 2011)levantaram uma hipótese relacionando-se essa dificuldade ao baixo conhecimento técnico dointérprete em relação a uma disiciplina. Os autores identificaram, também, que a dificuldade seintensifica para aqueles que têm restrições quanto à comunicação por LS.

Um outro problema, também evidenciado em ambiente de ensino presencial, é adificuldade dos surdos de interação em grupos de trabalho, devido ao problema natural dabarreira da língua e ainda por uma questão informativa e social. Os ouvintes dominam a LP e,em situações raras, alguns ouvintes se comunicam em Libras. Neste sentido, Amorim (2012)[EMR-EAD12] destacou:

Com relação aos surdos, sua inclusão deve levar em consideração sua forma decomunicação: a língua de sinais. Entretanto, essa fica restrita ao intérpretee ao surdo, desconsidera a interação com o professor e com os demaiscolegas, a importância das relações humanas, dos processos de formação deidentidade e do estabelecimento de conexão entre os conteúdos escolares e asformas particulares (visuais) de apreensão e de construção de conhecimentos.(AMORIM, 2012, p. 32) [EMR-EAD12]

Diante disso, percebemos que o contexto de uma aula presencial com a presença deintérprete envolve um grande número de variáveis desde o professor, os colegas, o próprio surdoe a qualificação do intérprete. Logo, é um processo que perpassa por diferentes elementos deintegração e inclusão, além da simples presença física do intérprete de LS em sala de aula. ParaMarschark et al. (200913 citado por AMORIM, 2012, p. 45),

12 RICHARDSON, J. T. E.; WOODLEY, A. Approaches to studying and communication preferences amongdeaf students in distance education. Higher Education, n. 42, 2001. Disponível em: <http://oro.open.ac.uk/cgi/export/932/SummaryPage/oro-eprint-932.html>>.

13 MARSCHARK, M. et al. Are deaf students’ reading challenges really about reading? American Annals ofthe Deaf, p. 154, 2009. Disponível em: <http://www.rit.edu/ntid/cerp/marc>. Acesso em: 24 mar. 2011.

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102 Capítulo 6. Análise

“não só a falta de plena comunicação impede o processo de aprendizagem,mas também a falta de domínio de uma língua relacionada pode fazer comque os surdos desconheçam muito do conteúdo que lhes deveria ser ensinado.Isso levou à conclusão de que existe falta de monitoramento na compreensãoda leitura de alunos surdos. Depoimento de estudantes universitários surdosrelataram reconhecer que não são totalmente compreendidos em sala deaula.“

Stumpf (2010) [EMR-EAD8] apontou para as questões linguísticas que afligem os surdosem sala de aula, na tentativa de comunicarem-se com os professores, além da necessidade deajustes curriculares ou didáticos especiais para atender estes alunos surdos.

As experiências comunicativas frustrantes são sentidas por ambas as partes,porém as dificuldades geradas por questões metodológicas ou curricularessão mais difíceis de serem percebidas pelo professor e o surdo, muitas vezes,fica excluído tentando disfarçar seu estado de abandono. Se os professoresagora se angustiam com a falta de uma língua comum com seus alunos,outras necessidades ainda não são percebidas. (STUMPF, 2010, p. 25)[EMR-EAD8].

Por outro lado, o fato de haver poucos sinais limitam, também, o processo de traduçãoda LP para Libras, num contexto de interpretação em sala de aula. Cabe ao intérprete, então,fazer uso da datilologia (soletração da palavra no alfabeto de Libras), para traduzir determinadaspalavras ainda não existentes na Libras. Isso torna o processo de tradução um desafio paraos intérpretes que precisam acompanhar a velocidade do professor e a soletração é mais lentaque o sinal. E no contexto do aluno surdo, uma dificuldade de compreensão. A soletração dapalavra é, para ele, apenas uma palavra em LP, não tendo ainda uma representação na sualíngua, ou seja, a compreensão neste contexto pode ficar comprometida.

Silva (2010) e Lacerda (2006), pesquisadores da área de surdez e inclusão, destacaram adesvantagem linguística dos surdos no ambiente educacional como uma das grandes dificuldadesdeste processo, uma vez que não compartilham uma língua com seus colegas ouvintes. E tambémapontaram medidas e dificuldades enfrentadas por alunos surdos com foco na atuação dointérprete educacional e à língua de sinais em contexto de inclusão escolar do aluno surdo:adequação curricular, mudanças didáticas e metodológicas e o conhecimento pelos professorese outros profissionais sobre a surdez e a LS.

6.1.4 [QE4] - Qual a forma de comunicação adotada? (Língua

Portuguesa, Libras e Escrita de Sinais)

Os estudos da SLR e EMR tiveram como foco o uso de Libras, assim como em aspectospara possibilitar melhor comunicação na LP para os surdos. Alguns estudos também abordaramescrita de sinais (signwriting). Os respectivos estudos podem ser consultados em Quadro 5.1 eQuadro 5.2.

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6.1. Análise - Questões de pesquisa 103

A Tabela 6.2 apresenta os dados percentuais de cada uma das formas de comunicaçãoadotada. Na categoria EAD, houve um predomínio no uso de LP e Libras (51,6%); na categoriaDES, um predomínio de estudos com interface em LP para surdos (55%) e; na categoria TA,tivemos 50% tanto para LP quanto no uso de LP e Libras em soluções assistivas para surdos.Apesar da pouca difusão do uso da escritas de sinais, encontramos estudos que abordam seu usoem interfaces para EAD (25,8%) e no design para web (27%), neste caso em maior número quesomente LP e Libras (18%). Esses dados demonstram que as soluções na educação para surdosse pautam, em sua maioria, no bilinguismo (ou seja LP e Libras). Contudo, há também umagrande ênfase em soluções para web ou tecnologias assistivas com foco na LP, considerando aperspectiva de integração dos surdos em sua L2.

Tabela 6.2 – Forma de comunicação adotada

Fonte: Imagem obtida pela pesquisa direta.

6.1.5 [QE5] - Quais são as tecnologias assistivas utilizadas em

ambientes on-line?

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as tecnologias assistivas referem-se aprodutos, instrumentos, estratégias, serviços e práticas, especialmente produzidos ou geralmentedisponíveis para prevenir, compensar, aliviar ou neutralizar uma deficiência, incapacidade oudesvantagem, para melhorar a autonomia e a qualidade de vida dos indivíduos. Desta forma,tais tecnologias, tanto softwares quanto hardwares podem ser desenvolvidos para ajudar aspessoas a realizarem atividades cotidianas, com independência em suas capacidades funcionais,melhorando, assim sua qualidade de vida (BRASIL, 2004). Segundo documentos do W3C(1999a), tecnologia assistiva (tecnologia de apoio ou ajuda técnica) é um hardware ou softwareprojetado para apoiar pessoas com deficiência, em atividades do cotidiano.

As tecnologias assistivas, no contexto da nossa pesquisa, referem-se a recursos (produtos,instrumentos, estratégias, serviços e práticas) que possibilitam uma melhor autonomia econtribua para a realização de alguma atividade, como foco em pessoas surdas ou deficientesauditivas. Logo, consideramos também estratégias que possam contribuir para uma melhoracessibilidade dos surdos, no contexto da EAD.

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104 Capítulo 6. Análise

Alves et al. (2013, p. 123) [EMR-TA5] e Leal (2008) destacaram o uso de legendas evídeos em Libras como formas mais utilizadas para promover a acessibilidade dos surdos naweb.

Em nossa SLR, encontramos como resultado final, 6 estudos: 5 artigos, 1 dissertaçãoe 1 tese. Todos eles se caracterizaram como tecnologias desenvolvidas com foco no públicosurdo (aplicativo para alfabetização, histórias em quadrinhos, sistema de ajuda para navegaçãona web).

Dentre esses, 1 artigo, 1 dissertação e uma 1 tese foram avaliados como “Ótimo”. Orestante (4 artigos) foram avaliados como “Bom“ (ver Quadro 5.5).

Abreu, Prates e Bernardino (2010) [SLR-TA1] e Abreu (2010) [SLR-TA2] apresentaramum conjunto de recomendações e atividades para auxiliar no projeto de interfaces de sistemasdesenvolvidos para apoiar a alfabetização de crianças surdas, assim como aquisição do portuguêsatravés da Libras. As recomendações propostas pelas autoras se basearam nas recomendaçõesdo W3C Accessibility e WAI, aplicáveis no contexto de usuários surdos e, a partir de aspectosidentificados em pesquisa qualitativa (MEDS) realizada com professores de alfabetização decrianças surdas e avaliação da comunicabilidade de três sistemas de apoio à alfabetizaçãode crianças surdas (Multitrilhas, LibrasNet e Primeiras Frases Libras) a partir do Método deInspeção Semiótica – MIS. A fim de validar as recomendações propostas, dois trabalhos foramdesenvolvidos, conforme apresentado por Abreu (2010): (1) desenvolvimento do sistema “MãosMágicasLibras” pela própria autora e (2) avaliação do site da Receita Federal através dasrecomendações geradas neste trabalho. O sistema “Mãos Mágicas Libras” foi desenvolvido como objetivo de apoiar o processo de alfabetização de crianças surdas na aquisição do portuguêscom apoio da Libras. Logo, a pesquisa de Abreu, Prates e Bernardino (2010) [SLR-TA1] eAbreu (2010) [SLR-TA2] resultou em recomendações para desenvolvimento de sistemas paraalfabetização de crianças surdas e para atividades de alfabetização para crianças surdas.

Busarello (2011) [SLR-TA3] propôs um conjunto de 10 diretrizes dividida em trêscategorias (linguagem, navegação e atividades) para desenvolvimento de construção de narrativasem histórias em quadrinhos (HQ), voltadas para o aprendizado de pessoas com surdez oudeficiência auditiva. O objetivo de sua pesquisa foi verificar se a linguagem das histórias emquadrinhos, explorando o texto escrito em LP, imagens e as características dos ambienteshipermídia (navegação, hiperlinks, cores, tamanhos etc) se configurariam como “uma alternativaeficiente no processo de geração de conhecimento do indivíduo surdo e deficiente auditivo”.Busarello (2011, p. 19). Para isso, o autor explorou as vantagens da linguagem das histórias emquadrinhos e as características dos ambientes hipermídia. A avaliação da história em quadrinhosenvolveu diferentes etapas, com 12 voluntários de duas organizações de ensino para pessoassurdas da Grande Florianópolis – SC. Inácio, Biening e Ulbricht (2013) [SLR-TA6] apresentarama percepção de usuários surdos que participaram de um experimento sobre o uso de históriasem quadrinhos como objeto de aprendizagem para o conteúdo de geometria descritiva. Estes

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6.1. Análise - Questões de pesquisa 105

discursos são resultantes desta pesquisa de mestrado de Busarello (2011) [SLR-TA3].

Dentre os EMR da área de TA, encontramos 3 artigos e 1 dissertação. Todos trataramde TA voltadas para surdos, exceto Martins e Filgueiras (2007) - [EMR-TA1]. Nesta pesquisa,os autores discutiram as técnicas de avaliação da apreensibilidade de informações textuaisem LP, em textos de sites de governo eletrônico, voltados para o público em geral. (verQuadro 5.6). Incluímos nesta categoria de TA, pois consideramos que estas técnicas, podemtambém ser aplicadas a fim de promover melhor acessibilidade a pessoas surdas. Os outrostrabalhos selecionados foram avaliados como “Ótimo” (2 artigos e 2 dissertações).

Blasco e Silveira (2009) [EMR-TA2] propuseram uma metodologia para criação desistemas de ajuda, com foco em usuários surdos, utilizando como interface um agente con-versacional, em forma de chatterbot, semelhante a uma sala de bate-papo (chat). Com isso,a fim de promover uma simulação mais próxima da linguagem natural dos surdos, tornou-senecessário conhecer e criar uma base de conhecimento “conforme o seu dialeto e conhecimentosparticulares”. Este método proposto foi descrito, aplicado e validado pelos autores em umasimulação de uso do MSN, com adolescentes surdos de uma escola de educação para surdos (11alunos, de idades entre 14 e 17 anos). Os resultados das avaliações, após algumas interaçõesavaliativas e imprevistos, demonstraram que o método se configura como um recurso aplicávelno “âmbito de criar um agente de ajuda para usuários surdos, levando em conta as suasparticularidades de elocução.” (BLASCO; SILVEIRA, 2009, p. 366)

Coutinho (2012) [EMR-TA3] propôs um novo modelo de recurso assistivo para jogosbaseado na representação visual (não textual), chamado de Abordagem da Sinestesia, cujoobjetivo foi contribuir para uma melhor acessibilidade para surdos ou deficientes auditivos emjogos. Para tal, investigou o impacto da perda auditiva na experiência de jogo sob a perspectivadas pessoas surdas ou com algum grau de deficiência auditiva. A investigação foi feita atravésde questionário exploratório para avaliar acessibilidade em jogos para jogadores com deficiênciaauditiva; e o Método de Inspeção Semiótica (MIS) para avaliar como o áudio dos jogos estavasendo utilizado para transmitir informações aos jogadores. Como resultado do MIS, identificou 8classes de signos sonoros. Essas classes foram usadas para comunicar informações aos jogadoresem diferentes estratégias. Correa et al. (2012) [SLR-TA4]

Alves (2012) [EMR-TA4], (ALVES et al., 2013) [EMR-TA5], (ALVES et al., 2013)[SLR-TA7] avaliaram uma tecnologia assistiva para surdos, o Web Navigation Helper (WNH),“um assistente de navegação na Web que auxilia a realização de tarefas, particularmente poraqueles com limitações, através de diálogos previamente criados, que mediam a interaçãodo usuário com a interface”. Essa tecnologia simula a atuação de um intérprete durante anavegação pelas páginas. O usuário interage então com os diálogos previamente criados. Comisso, torna-se necessário também criar os diálogos para o uso do WNH. Os diálogos nesteestudo de caso foram criados por uma intérprete de Libras. “Os textos foram escritos emPortuguês de forma simplificada, como uma tentativa de traduzir os sinais da Libras para o

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106 Capítulo 6. Análise

Português escrito”. A avaliação foi feita através do Método de Avaliação de Comunicabilidade(MAC) fundamentado na teoria da EngSem, com oito surdos pré-linguísticos interagindo nainterface original e outra interface com o uso do WNH na Intranet da Fiocruz (tem cerca150 trabalhadores surdos).” Os resultados demonstraram que o uso de diálogos de mediaçãomelhorou a comunicabilidade de surdos bilíngue durante a interação com conteúdo web, umavez que ele funcionou como um intérprete do conteúdo apresentado. Com isso, promoveu umamelhor compreensão dos textos e do conteúdo em LP presentes nas interface.

O uso de diálogos de mediação foi utilizado na pesquisa de Monteiro, Alves e De Souza(2013) [SLR-TA5], em outro contexto. As autoras apresentaram um estudo de caso realizadocom pessoas surdas, para avaliar suas necessidades em um contexto de aprendizagem. Comisso, utilizaram o Web Navigation Helper (WNH) em um sistema web de biblioteca, comtrês funcionários surdos de uma instituição de pesquisa em saúde. Em alguns diálogos, foramadicionadas imagens para auxiliar na compreensão das informações. Além disso, conformedestacado pelas autoras, P-C solicitou que fossem adicionados vídeos14 em Libras para algumaspalavra. O uso de imagens e vídeos foi um recurso explorado e solicitado por P-C diante desua dificuldades, na criação dos diálogos, para explicar os significados de algumas palavra emportuguês. Logo, os diálogos continham texto em português simplificado, uso de imagens etradução de palavras em Libras. Os principais resultados e reflexões identificaram a dificuldadede ensino de conceitos mais complexos e abstratos, e confirmação que LS é a principal formade comunicação dos usuários surdos, logo sugere-se o uso de LS nos treinos vocacionais.

Além destas tecnologias assistivas, um estudo de design para web para surdos (Martins,2012 - [SLR-DES6]), propôs uma ferramenta denominada CLAWS, ferramenta Colaborativa deLeitura e Ajuda na Web para Surdos. Essa ferramenta, cujo protótipo ainda não foi concluídopara ser disponibilizado para uso da comunidade de surdos, foi desenvolvida para ser utilizadacomo um plug-in para os navegadores web oferecendo os seguintes recursos: dicionário depalavras em Libras, janelas de vídeo em Libras, vídeos com legenda em português, avataresanimados em 3D e recursos de atendimento pessoal. A figura a seguir mostra a interfaceprincipal da CLAWS15 e uma barra de ferramentas a ser integrada ao navegador.

Estas tecnologias podem auxiliar os surdos na interação em LP ou em Libras. No casode informações disponibilizadas em LP, as barreiras de linguagem enfrentadas pelos surdos sãoevidenciadas por Silva, Kauchakje e Gesueli (2003) que confirmam que o acesso às TICs épossível, desde que o surdo conheça (pelo menos parcialmente) a escrita da língua portuguesabrasileira. O uso da LP é defendido por Iguma (2004): “Eles [os surdos] também podem usufruiras novas tecnologias, sem necessidade de intérpretes. Como o fariam se não soubessem omínimo de Português?”

14 Todos os vídeos em Libras adicionados foram obtidos de um dicionário de LIBRAS disponível online:<http://www.acessobrasil.org.br/libras>

15 Entrevista - Notícias Univesp - Ferramenta de navegação na internet para surdos - Stefan Martins e Lúcia<https://www.youtube.com/watch?v=2b03t4_1wBU>

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6.1. Análise - Questões de pesquisa 107

Plácido (200416 citado por MARTINS; FILGUEIRAS, 2010) destacam a autonomia deuso possibilitada pela internet aos surdos, com menos “intermediários” e o auxílio possibilitadapelas TICs dois aspectos: na comunicação dos surdos com a sociedade e como ferramentano processo de aprendizagem, uma vez que possibilitam alternativas comunicacionais e delinguagem. “Como o canal visual é a principal fonte de aquisição de conhecimento para o surdo,as TICs possibilitam explorar a integração de textos, imagens, animações, vídeos e ícones parafacilitar a construção do conhecimento”. Martins e Filgueiras (2010, p. 2)

Logo, tanto na perspectiva tecnológica, quanto educacional, há um avanço em soluçõesque buscam promover condições de acesso à informação aos surdos.

6.1.6 [QE6] - Quais tipos de contribuições foram feitas em relação

à inclusão digital dos surdos?

Os estudos encontrados em nossa SLR e, também, como EMR trouxeram grandescontribuições à inclusão digital dos surdos. Além da categorização por área (EAD, DES, TA),caracterizamos também as contribuições mais relevantes de cada pesquisa:

• Categoria 1:Discussão sobre o surdo, sua cultura e suas dificuldades com alíngua portuguesa� Todos os trabalhos discutiram estes temas, exceto [Macedo, 2010 - EMR-EAD4],

Magalhães et al., 2010 - EMR-EAD5] e [Martins e Filgueiras, 2007 - EMR-TA1].

• Categoria 2: Proposta de recomendações para projetos de sistemas para sur-dos� Síntese de recomendações ergonômicas para o desenvolvimento de interfaces de três

autores: Bastien & Scapin (1993); Mandel (1997) e Shneiderman (1998). [Ribas,2008 - SLR-EAD2]

� Estratégias para desenvolvimento do ambiente digital de aprendizagem Eduquito,com foco na inclusão sociodigital. [Santarosa, Conforto e Basso, 2009 - SLR-EAD6]

� Aspectos de acessibilidade para surdos do curso de de Licenciatura em Letras/LIBRAScriado pela UFSC [Goes, 2010 - SLR-EAD7]

� 76 diretrizes para desenvolvimento de objetos de aprendizagem, divididas em: 6diretrizes gerais, 40 pedagógicas e 30 ergonômicas. [Renneberg, 2010 - SLR-EAD8e Renneberg e Gonçalves, 2010 - EMR-EAD6]

� Características dos repositórios educacionais abertos e recomendações técnicas(Norma 9241-20, Norma 9241-151), com foco nos aspectos de acessibilidade parasurdo. [Silva, 2011 - SLR-EAD10 e Silva e Rodrigues, 2013 - SLR-EAD15]

16 PLÁCIDO, E. G. R. Uma reflexão sobre a influência das novas tecnologias na educação e inclusãosocial dos surdos. 2004. 155 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) — Programa dePós-Graduação em Engenharia de Produção, UFSC, Florianópolis, Florianópolis.

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108 Capítulo 6. Análise

� Conjunto de diretrizes de acessibilidade para criação de objetos de aprendizagemacessíveis as deficiências visuais, auditivas, cognitivas, intelectuais e motoras, doequipamento de acesso e múltiplas desabilidades: Imagens, Imagens em movimentos,Textos (apresentação, linguagem e estrutura), Áudios, Tabelas e Gráficos. [Macedo,2010 - EMR-EAD4]

� Uso de estilos de interação baseados em 44 ícones em plataformas como o Amadeus, afim de minimizar as dificuldades de acesso às informações pelos surdos, possibilitandouma nova proposta educacional para esses usuários. [Amorim, 2012 - EMR-EAD12]

� 35 recomendações, para ambientes virtuais de aprendizagem inclusivos bilínguescom foco na surdez, divididas em quatro categorias: (1) conteúdos das narrativas,(2) navegação, (3) design e (4) pedagógicas (para as atividades). [Quevedo, 2013 -SLR-EAD13]

� Sugestões de design e interface de ambientes EAD acessíveis a surdos envolvendo:acessibilidade na navegação e interação com ambiente; acessibilidade nos rótulos,menus e títulos; acessibilidade em imagens, gráficos e ícones; acessibilidade emvídeos. [Pivetta et al., 2013 - EMR-EAD15]

� Conjunto de 30 requisitos para o design de Interação com foco no usuário surdocom informação do embasamento (literatura, entrevista ou padrão nas interfacesselecionadas) e a origem (informação das pesquisas e referências que justificam orequisito): Gerais (7 requisitos); Comunicação (2 requisitos), Legenda (3 requisitos),Avatar (3 requisitos), Vídeo (5 requisitos). [Martins, 2012 - SLR-DES6]� Conjunto de 4 recomendações para melhorar comunicabilidade dos sites para surdos

[Oliveira et al., 2010 - EMR-DES2]� Conjunto de 70 recomendações para divididas nas seguintes categorias: layout,

apresentação, navegação, ajuda, audiovisuais, recursos de acessibilidade, conteúdoem áudio e Libras, elaboração de textos, ícones. Foram diretrizes e recomendaçõespara o desenvolvimento de três diferentes perfis de interface, para usuários com baixoletramento e pessoas com deficiências sensoriais: interface-padrão para usuáriosanalfabetos e/ou alfabetizados, interface para deficientes auditivos ou surdos e ainterface para deficientes visuais (Modelo de interação inclusivo para interfaces degoverno eletrônico). [Piccolo et al., 2010 - EMR-DES3]

� Conjunto das principais recomendações extraídas de estudos que envolvem interfacepara surdos, organizadas em 6 tópicos: Orientações gerais para a interface; Uso detexto; Uso de vídeos em Língua de sinais; Navegação; Uso de imagens e Layout econstrução de site. Elas realizaram uma SLR na base Scopus, buscando responder"quais características de projetos de interfaces devem ser previamente solucionadaspara tornar o webdesign acessível a surdos", no período de 2000 a outubro de 2013(mês em foi realizada a busca na base de dados). O objetivo do estudo foi diminuir

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6.1. Análise - Questões de pesquisa 109

as as barreiras de conteúdo e navegação em websites para o público surdo. [Flor eBleicher, 2014 - EMR-DES4]

� Conjunto de 8 recomendações gerais, 8 recomendações específicas para sistemasde alfabetização de crianças surdas e 7 sugestões de atividades propostas pelosprofessores para alfabetização de crianças surdas. [Abreu, Prates e Bernardino, 2010- SLR-TA1] [Abreu, 2010 - SLR-TA2]� Conjunto de 10 diretrizes dividida em três categorias (linguagem, navegação e

atividades) para desenvolvimento para construção de narrativas em histórias emquadrinhos, voltadas para o aprendizado de pessoas com surdez ou deficiênciaauditiva. [Busarello, 2011 - SLR-TA3, Inácio, Biening e Ulbricht, 2013 - SLR-TA6]

� Recomendações para signos sonoros a partir da categorização de 8 classes de signossonoros. [[Correa et al., 2012 - SLR-TA4] e Coutinho, 2012 - EMR-TA3]

� Recomendações definidas pela Plain Language e apresentadas por Stephens (2007)para escrever e organizar as informações textuais, a partir de técnicas apresentadaspara avaliação de apreensibilidade de textos em lígua portuguesa brasileira, podemtambém ser aplicadas no contexto de se promover a acessibilidade a pessoas surdas.[Martins e Filgueiras, 2007 - EMR-TA1]

• Categoria 3: Avaliação de comunicabilidade de sistemas ou pelo MEDS, naperspectiva de usuários surdos� Método de inspeção semiótica (MIS) [Capelão et al., 2011b - SLR-EAD9]; [Capelão

et al., 2011a - EMR-EAD10]; [Barbosa e Prates, 2011 - SLR-DES2]; [Alves et al.,2012a - SLR-DES3]; [Barbosa, 2012 - SLR-DES5]; [Abreu, Prates e Bernardino,2010 - SLR-TA1]; [Abreu, 2010 - SLR-TA2]; [Correa et al., 2012 - SLR-TA4];

� Método de Avaliação de Comunicabilidade (MAC) [Capelão et al., 2011b - SLR-EAD9]; [Capelão et al., 2011a - EMR-EAD10]; [Magalhães et al., 2010 - EMR-EAD5];[Alves et al., 2012b - SLR-DES4]; [Oliveira et al., 2010 - EMR-DES2]; [Alves et al.,2013 - SLR-TA7]; [Alves, 2012 - EMR-TA4]; [Alves et al., 2013 - EMR-TA5];

� MEDS A metodologia utilizada pelos autores se aproxima do MEDS, apesar delesnão terem formalizado (nominalmente) a opção metodológica. [Bueno, Garcia eBorrego, 2007 - SLR-EAD1]; [Abreu, Prates e Bernardino, 2010 - SLR-TA1]; [Abreu,2010 - SLR-TA2];

• Categoria 4: Pesquisas voltadas para surdos explorando aspectos de acessibi-lidade em LP� [Capelão et al., 2011a - EMR-EAD10]; [Corradi, 2007 - EMR-DES1]; [Barbosa e

Prates, 2011 - SLR-DES2]; [Alves et al., 2012a - SLR-DES3]; [Alves et al., 2013 -SLR-TA7]; [Blasco e Silveira, 2009 - EMR-TA2]; [Alves, 2012 - EMR-TA4]; [Alveset al., 2013 - EMR-TA5];

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110 Capítulo 6. Análise

• Categoria 5: Pesquisas sobre processos de design de ambientes virtuais parapúblico surdo� [Osorio, Schmidt e Duarte, 2008 - SLR-EAD3]; [Amorim e Silva, 2009 - SLR-EAD4];

[Quadros e Stumpf, 2009- SLR-EAD5]; [Saito e Ulbricht, 2012 - SLR-EAD11]; [Flor,Vanzin e Ulbricht, 2013 - SLR-EAD12]; [Renneberg, 2007 - EMR-EAD2]; [Pereira,Cerny e Quadros, 2010 - EMR-EAD7]; [Stumpf, 2010 - EMR-EAD8]; [Amorim eLins, 2011 - EMR-EAD9]; [Moretto et al., 2011 - EMR-EAD11]; [Moura et al., 2012- EMR-EAD13]; [Moura et al., 2013 - EMR-EAD14];

• Categoria 6: Modelos, ferramentas e metodologias� Modelo conceitual para apoiar o design de ambientes colaborativos com foco em

Comunidades de Prática (CoPs) inclusivos aos surdos. [Trindade e Garcia, 2013 -EMR-EAD16]

� Modelo inclusivo focado nos aspectos de usabilidade e acessibilidade, a fim de orientaro planejamento e implantação de ambientes informacionais inclusivos como foco empessoas com necessidades especiais “com diferentes condições sensoriais, linguísticase motoras, em especial a comunidade de Surdos”. O modelo, denominado “Modelopara Análise e Desenvolvimento de Ambientes Informacionais Digitais Inclusivos(MADAIDI)”. [Corradi, 2007 - EMR-DES1]� Metodologia para criação de sistemas de ajuda, com foco em usuários surdos,

utilizando como interface um agente conversacional, em forma de chatterbot,semelhante a uma sala de bate-papo (chat). [Blasco e Silveira, 2009 - EMR-TA2]

� Modelo de recurso assistivo para jogos baseado na representação visual (não textual),chamado de Abordagem da Sinestesia, cujo objetivo foi contribuir para uma melhoracessibilidade para surdos ou deficientes auditivos em jogos Coutinho, 2012 - EMR-TA3]� Ferramenta CLAWS, ferramenta Colaborativa de Leitura e Ajuda na Web para

Surdos. Martins, 2012 - SLR-DES6]� Modelo de uma arquitetura de sistema multiagente para apoio à interação do usuário

com o ambiente de EAD. Buscou atender a acessibilidade para pessoas cegas, comdificuldade de controle dos movimentos e com baixa audição ou surdez completa.[Amorim e Lins, 2011 - EMR-EAD9]

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7 Discussão

Apresentamos estas análises dos resultados encontrados nesta SLR, que nos possibilitoucompreender o contexto em que se dá o apoio à aprendizagem para alunos surdos, na EAD.

Conforme já destacado na [QE1], somente dois estudos avaliaram a comunicabilidadeda interface de um AVA em LP, na perspectiva de usuários surdos. [Capelão et al., 2011b -SRL-EAD9 e Capelão et al., 2011a - EMR-EAD10]. Os estudos que avaliaram comunicabilidadeem LP, na perspectiva de usuários surdos, desenvolveram pesquisas voltadas para soluções emsistemas web, que não levam em conta fatores como aprendizagem e conteúdo disponibilizadopelo professor. Já dentre os EMR, encontramos um outro estudo que também avaliou acomunicabilidade do Moodle em LP, contudo não teve como foco usuários surdos. [Magalhãeset al., 2010 - EMR-EAD5] . A partir da análise e resultados apresentados neste trabalhode Magalhães et al (2010) confirmamos alguns problemas já identificados em trabalhos deavaliação do Moodle, dentre os quais, dois já publicados por Capelão et al. (2011b) e Capelão etal. (2011a), com avaliação por especialistas (pelo MIS) e surdos e ouvintes (MAC). As rupturase sugestões apresentadas nestas pesquisas, serviram como base para nossa avaliação para finsde comparação, assim como as sugestões de melhoria na qualidade da comunicabilidade daUFMG Virtual, podendo ser implementadas também com foco em usuários surdos.

Além disso, a partir dos resultados encontrados nestes estudos para as questões propostasnesta SLR, levantamos dois aspectos relevantes: (1) a potencialização do desenvolvimentolinguístico em LP através da web e (2) possibilidade de expressão pelos surdos em diversosambientes web.

Relacionado à potencialização do desenvolvimento linguístico em LP atravésda web, a interação dos surdos com a LP possibilita o seu desenvolvimento linguístico nestalíngua. Como todos os veículos comunicacionais no Brasil estão começando a buscar recursosde acessibilidade para os surdos, é importante também que os surdos possam ter contato coma LP. Silva e Rodrigues (2013)) [SLR-EAD15] ressaltaram a importância da presença da LPem repositórios para surdos, considerando a perspectiva bilíngue e a escrita em LP como umrecurso de comunicação entre surdos e ouvintes.

A perspectiva bilingue na educação expressa o uso de duas línguas para aformação do indivíduo, considerando os aspectos inerentes de cada uma.A Língua Portuguesa na sua forma escrita é considerada importante porrepresentar uma forma de comunicação com a sociedade ouvinte. O sistemade escrita da língua de sinais, que permite a comunicação entre o gruposurdo, ainda está em processo de consolidação. Silva e Rodrigues (2013,p. 71)

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112 Capítulo 7. Discussão

Silva (2011) [SLR-EAD10] destacou a importância da LP para os surdos, sendo conside-rada por “muito importante por 62,50% dos alunos surdos e 100% dos alunos ouvintes do poloda UFSC, 63,64% dos alunos surdos e 100% dos ouvintes do polo da UFRGS e 45,83% dosalunos surdos e 85,71% dos alunos ouvintes do polo da UFPR”. (SILVA, 2011, p. 99) Quevedo(2013) [SLR-EAD13] também ressaltou a importância da LP para os surdos, além da atençãoque se deve ter em relação aos conteúdos para web:

Duas páginas de texto escrito em português podem virar 45 ‘páginas de tela’na web. Que fazer? Desenvolvedores de conteúdo, design e programadoresprecisam pensar em formas de manter a consistência da informação em outroformato. Por sua vez, alunos surdos e ouvintes são “estudantes”, sua função éestudar porque todos chegarão a um mercado de trabalho. Os alunos surdos,prejudicados (mas não vitimizados) por uma série de variáveis aqui colocadasnesta pesquisa qualitativa, precisam estudar muito, e muito. Conhecer oque precisam estudar na Língua Portuguesa e onde devem aprofundar suabusca pelo conhecimento nessa área é mais uma contribuição deste trabalho.Não se trata de cair nas ‘malhas da correção’, mas de se ver onde erra parapoder corrigir o erro, acertar mais à frente e seguir em frente com qualidadede vida.(QUEVEDO, 2013, p. 354)

Martins (2005), em sua pesquisa “Cultura surda, Educação e Novas Tecnologias emSanta Catarina, analisou as potencialidades e os limites das Novas Tecnologias de Informaçãoe Comunicação (NTIC) no processo de inclusão do surdo. A partir dos estudos apresentados,Martins (2005), concluiu que por não exigir um padrão culto, a língua escrita na Internet, ampliao léxico cultural dos surdos e o seu sentimento de “empoderamento”. Com isso, para o autor,os surdos encontram “possibilidades de organização política de forma mais descentralizada ecom maior abrangência espacial”. De fato, desde 2005 até este ano de 2014, temos a criaçãode novas redes para compartilhamentos de ideias e possibilidades de inclusão nos ambientesvirtuais de aprendizagem. E, presencia-se nas redes sociais (em destaque o Facebook), blogs,sites, onde os surdos tem se manifestado se forma escrita através de posts ou através devídeos em LS. A internet vem possibilitando ao surdo uma manifestação de suas ideias e,consequentemente, de maneira informal, uma potencialização do desenvolvimento linguísticoatravés das interações em sua própria língua, ou através da língua do seu país de origem.

Em relação à possibilidade de expressão pelos surdos em diversos ambientesweb, Moretto et al. (2011, p. 2) [SLR-EAD11] publicaram uma análise sobre “Característicaspara o Aprendizado do Aluno Surdo em Ambientes Web com base no Moodle” e ressaltaramque, na internet, “os surdos são produtores e veiculadores de suas próprias narrativas, semintermediações. A web propiciou o uso de novas ferramentas para a acessibilidade e potencializouessa comunicação.” Já no contexto específico dos AVAs, apontaram a abordagem multissensorialdos ambientes virtuais de aprendizagem que, explorando os recursos hipermídia cada vez maisacessíveis, estimulam os diferentes sentidos, constituindo-se em um fator que promove efacilita a aprendizagem. Logo, a construção de uma interface que tenha qualidade de usofocada na comunicação adequada em LP para os surdos pode ser um diferencial em termos

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de aprendizagem. Abreu, Prates e Bernardino (2010) [SLR-TA1] destacaram os desafios dossurdos com a LP:

Dentre os diversos perfis de usuário a serem considerados neste desafio, osusuários surdos representam uma parcela da comunidade que tem necessida-des específicas. Embora as interfaces sejam predominantemente visuais e, namaioria das vezes, os surdos não possuam problemas visuais, a necessidadede interação dos surdos com o português pode, por si só, representar umdesafio. Isso porque para a pessoa que nasce surda o português não é suaprimeira língua e não é de modo algum simples (PEIXOTO, 20061 citadopor ABREU; PRATES; BERNARDINO, 2010, p. 2).

O ambiente on-line possiblita novas trocas, novas construções de ideias e uma re-construção do sujeito surdo enquanto sujeito capaz de se expressar, elaborar pensamentos,dialogar, interagir, argumentar, questionar a partir de suas habiidades e competências linguísticasinerentes e adquiridas da L2 em seu percurso educacional.

Amorim (2012) [EMR-EAD12] destacou algumas vantagens dos AVAs em comparaçãoa cursos presenciais, no contexto de alunos surdos, quando possibilitam a eles um papel ativo,através da interação com diversos recursos para informação e comunicação:

Os Ambientes Virtuais de Aprendizagens – AVA proporcionam uma expe-riência distinta de um curso presencial em sala de aula. Embora nos doisambientes os alunos possam ter acesso aos mesmos conteúdos, o suporteeletrônico apresenta características próprias, referentes aos recursos didáticosdisponíveis e ao gênero discursivo utilizado (FARBIARZ; JACKELINE, 20082

citado por AMORIM, 2012). Além disso, na Internet, os usuários assumemum papel ativo de navegação, escolhendo qual link clicar e em que ordem.Assim, dá-se uma nova forma de leitura, não-linear, com o estabelecimentode conexões associativas (hipertextuais) entre diferentes elementos. O usode um AVA permite ao aluno, por exemplo, realizar atividades na plataformae buscar informações complementares em outros sites simultaneamente, commúltiplas janelas de trabalho (AMORIM, 2012, p. 23).

Diante da diversidade de perfil dos surdos e necessidade de definir mais subsídios paraa criação das recomendações para cursos on-line em AVAs em LP, com foco em uma melhorcomunicabilidade em LP e na integração de alunos surdos na EAD, realizamos a aplicação doMISI, apresentado no capítulo seguinte.

Como afirmou Domingues et al. (2009, p. 90) “muitas vezes, na nossa formação ou nasinformações que temos sobre esse universo, tentamos reduzi-lo”. E neste sentido, os autoresdestacam o perfil variado das pessoas surda e confirmam essa nossa evidência: há pessoassurdas que utilizam a Libras em sua comunicação de forma efetiva como L1; há outras que1 PEIXOTO, R. C. Algumas considerações sobre a interface entre a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS)

e a Língua Portuguesa na construção inicial da escrita pela criança surda. Campinas: Cad. Cedes, 2006.205-229

2 FARBIARZ, A.; JACKELINE, F. A educação a distância online: a dicotomia no ciberespaço. In: II SimpósioABCiber – Associação Brasileira de Pesquisadores em Cibercultura. São Paulo, SP: PontifíciaUniversidade Católica de São Paulo, PUC-SP, 2008.

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114 Capítulo 7. Discussão

aprenderam a Libras enquanto adultos; temos os surdos bilíngues que fazem uso de Libras eLP, sem dificuldades de comunicação; há outros surdos oralizados que não fazem uso da LS e,ainda, surdos que utilizam gestos criados no seu entorno familiar.

Partindo dessa multiplicidade dentre o público de alunos surdos, pensando na perspectivade atingir a comunicação, também, para os alunos ouvintes, propomos para esta pesquisa, estainvestigação que possibilita oferecer o acesso ao ensino superior, como foco nesta diversidade.Com isso, nossa pesquisa buscou contribuir para integração dos surdos, através de um panoramadas pesquisas realizadas de 2007 a 2013, cujo foco foram soluções para EAD e design voltadosa fim de atender as necessidades especiais do público surdo. Possibilitou também uma reflexãosobre os aspectos que envolvem o público surdo.

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SILVA, G. M. da. Lendo e sinalizando textos: uma análise etnográfica das práticasde leitura em português de uma turma de alunos surdos. 2010. 222 f. Dissertação(Mestrado em Educação) — Faculdade de Educação, Universidade Federal de Minas Gerais,Belo Horizonte. Citado na página 102.

SILVA, I. R.; KAUCHAKJE, S.; GESUELI, Z. M. Cidadania, surdez e linguagem: desafiose realidades. São Paulo: Plexus, 2003. Citado na página 106.

SILVA, R. A. da. Usuários de Língua Brasileira de Sinais: perspectivas para repositórioeducacional aberto. 2011. 186 f. Dissertação (Mestre em Ciência da Informação) — Programade Pós-Graduação em Ciência da Informação, do Centro de Ciências da Educação, UniversidadeFederal de Santa Catarina, Florianópolis. Citado 4 vezes nas páginas 82, 89, 107 e 112.

SILVA, R. A. da; RODRIGUES, R. S. Características de repositório educacional aberto parausuários de língua brasileira de sinais. TransInformação, Campinas, v. 25, n. 1, p. 65–79,jan./abr. 2013. Citado 4 vezes nas páginas 82, 89, 107 e 111.

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122 Referências

SOUZA, C. S. D.; MONTEIRO, I.; INTRATOR, C. Questões Científicas , Técnicas eÉticas do Desafio IV : Reflexões sobre um Assistente para a Navegação na Web.2010. 20–21 p. Citado na página 21.

STUMPF, M. R. Escrita de Sinais III. 2008. Citado 2 vezes nas páginas 97 e 100.

STUMPF, M. R. Educação de Surdos e Novas Tecnologias. SC, Florianópolis:Universidade Federal de Santa Catarina, 2010. Citado 4 vezes nas páginas 83, 96, 102 e 110.

TEIXEIRA, J. d. F. Mentes e máquinas: uma introdução a ciência cognitiva. Porto Alegre:Artes Médicas, 1998. Citado 2 vezes nas páginas 139 e 140.

TRINDADE, D. D. F. G.; GARCIA, L. S. Framework Conceitual de apoio ao Design deAmbientes Colaborativos inclusivos aos Surdos. II Congresso Brasileiro de Informáticana Educação (CBIE 2013), XXIV Simpósio Brasileiro de Informática na Educação(SBIE 2013), p. 457–466, nov. 2013. Citado 2 vezes nas páginas 84 e 110.

VALENTIM, V. D. Um ambiente virtual de aprendizagem com recursos de interfacepara usuários cegos e surdos. 2006. Tese (Doutorado). Citado na página 21.

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Apêndices

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125

APÊNDICE A – Protocolo de Revisão

A.1 Base de dados pesquisadas na SLR

Quadro A.1 – Base de dados na área de Ciência da Computação

(continua)

Base de dados URLIEEE :: Institute of Electrical and Electronics Engi-neers

http://ieeexplore.ieee.org

ACM :: Association for Computing Machinery http://portal.acm.org

Science Direct http://www.sciencedirect.com

Springer http://www.springerlink.com

HCIBIB:: Human-Computer Interaction Bibliography http://hcibib.org

Interact :: Conference on Human-Computer Interac-tion

http://www.springerlink.com

SEMISH/WEI/CSBC :: Seminário Integrado de Soft-ware e Hardware/ Workshop sobre Educação emComputação/Congresso da Sociedade Brasileira deComputação

SEMISH: UFRN, PUC Minas, SBCWEI: UFRN, PUC Minas, SBC

WebMedia :: Simpósio Brasileiro de Sistemas Multi-mídia e Web

ACM, SBBD, UFMG, SBC

SBSC :: Simpósio Brasileiro de Sistemas Colaborati-vos

WS, ACM, IEEE

IHC :: Simpósio de Fatores Humanos em SistemasComputacionais

http://portal.acm.org(a partir de 2006)

Fonte: Quadro obtido pela pesquisa direta.

Quadro A.2 – Base de dados na área de Informática na Educação

(continua)

Biblioteca URLSBIE :: Simpósio Brasileiro de Infor-mática na Educação

http://www.br-ie.org/pub/index.php/sbie/issue/archive

RBIE :: Revista Brasileira de Informá-tica na Educação

http://www.br-ie.org/pub/index.php/rbie/index

MoodleMoot http://www.moodlemoot.com.br

ABED :: Associação Brasileira deEducação a Distância

http://www.abed.org.br

RBAAD : Revista Brasileira de Apren-dizagem Aberta e a Distância

http://www.abed.org.br/revistacientifica

Fonte: Quadro obtido pela pesquisa direta.

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126 APÊNDICE A. Protocolo de Revisão

Quadro A.3 – Base de dados na área da surdez

Biblioteca URLDeaf Studies Digital Journal http://dsdj.gallaudet.edu

Journal of Deaf Studies http://jdsde.oxfordjournals.org

Daw Sign Press http://www.dawnsign.com

Por Sinal http://www.porsinal.pt1

ETD - Educação Temática Digital http://www.fae.unicamp.br/revista/index.php/etd/index

Fonte: Quadro obtido pela pesquisa direta.

Quadro A.4 – Base de dados de Linguagem

(continua)

Biblioteca URLDialnet :: Difusión de Alertas en laRed

http://dialnet.unirioja.es

Scielo :: Scientific Eletronic LibraryOn-line

http://www.scielo.org/php/index.php

Anpoll :: Associação Nacional dePós–Graduação e Pesquisa em Letrase Linguística

http://www.anpoll.org.br/revista

Directory of Open Access Journals(DOAJ)

http://www.doaj.org

Repositório Cientfico de AcessoAberto de Portugal (RCAAP)2

http://www.rcaap.pt

Fonte: Quadro obtido pela pesquisa direta.

Quadro A.5 – Base de dados na área de Teses e Dissertações

(continua)

Biblioteca URL QualisBiblioteca Digital Brasileira de Te-ses e Dissertações (BDTD)3

<http://bdtd.ibict.br/en/a-bdtd.html>

teste

PUC-Rio :: Pontifícia UniversidadeCatólica do Rio de Janeiro

<http://www.maxwell.lambda.ele.puc-rio.br/Busca_etds.php>

7 (Informática)

PUC-RS :: Pontifícia UniversidadeCatólica do Rio Grande do Sul

<http://verum.pucrs.br/F?func=find-b-0&local_base=tde>

7 (Linguística e Letras)

UENP :: Universidade Estadual doNorte do Paraná

<http://biblioteca.uenp.edu.br> 3 (Agronomia), 4 (Direito). Sele-cionado pois havia um EMR nestabase.

UFMG :: Universidade Federal deMinas Gerais

<http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace>

6 (Letras), 7 (Computação)

1 Não foi considerado pois no site não apresenta os critérios de qualidade dos trabalhos submetidos.2 Esse não foi considerado por ser de Portugal

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A.2. Dados a serem coletados 127

Quadro A.5 – Base de dados na área de Teses e Dissertações

(conclusão)

Biblioteca URL QualisUFMT :: Universidade Federal deMato Grosso

<http://www.cedes.ufsc.br:8080/xmlui/handle/123456789/208>

4 (Letras e Linguística). Selecio-nado pois havia um EMR nestabase.

UFPE :: Universidade Federal dePernambuco

<http://www.bdtd.ufpe.br/bdtd/tedeSimplificado/tde_busca/index.php>

6 (Computação)

UFRGS :: Universidade Federal doRio Grande do Sul

<http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/1>

6 (Computação)

UFRJ :: Universidade Federal doRio de Janeiro

<http://fenix2.ufrj.br:8991> 7 (Computação)

UFSC :: Universidade Federal deSanta Catarina

<https://repositorio.ufsc.br> 6 (Linguística)

UNESP :: Universidade EstadualPaulista

<http://www.athena.biblioteca.unesp.br/F/?func=find-b-0&local_base=BDTD>

6 (Linguística)

UNICAMP :: Universidade Esta-dual de Campinas

<http://www.bibliotecadigital.unicamp.br>

6 (Computação), 7 (Linguística)

USP :: Universidade de São Paulo <http://www.teses.usp.br><http://www.tcc.sc.usp.br>

7 (Linguística)

Fonte: Quadro obtido pela pesquisa direta.

A.2 Dados a serem coletados

Os dados de cada uma das categorias foram apresentados nos quadros Quadro A.6,Quadro A.7, Quadro A.8 e Quadro A.9.

Quadro A.6 – Dados coletados - VISÃO GERAL dos estudos selecionados na etapa 4

Id. Campos Valores1 Código ID Código de identificação do estudo

2 Título/Autor Título/autor do estudo selecionado

3 Base de dados Nome da biblioteca pesquisada

4 Ano Ano de publicação do estudo (2007 a 2013)

3 Realizamos uma busca também na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD). Contudo,percebemos que a busca não retornou alguns estudos relevantes. Confirmamos que os trabalhos seencontravam na base de dados das próprias Universidades. Com isso, optamos por buscar em universidadesque tivessem conceito Qualis 6 e 7 e outras nas quais deveriamos buscar os estudos relevantes. Consultarealizada em outubro de 2013. Cursos recomendados e reconhecidos: http://www.capes.gov.br/cursos-recomendados.

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128 APÊNDICE A. Protocolo de Revisão

Quadro A.6 – Dados coletados - VISÃO GERAL dos estudos selecionados na etapa 4

Id. Campos Valores5 Tipo de publicação Artigo completo

Artigo resumidoMonografia (TCC)DissertaçãoTeseOutro (informe qual)

6 Língua PortuguêsInglêsEspanhol

7 Qualidade Percentual de qualidade do artigo (calculado após o pre-enchimento dos critérios de qualidade)

8 Objetivo Identificar e registrar o objetivo do estudo

9 Contexto Ambiente de aprendizagemJogosSistema WebSoftwaresTecnologias assistivas para surdosTecnologia em LibrasTecnologia em língua de sinaisVários

10 Qual ambiente de aprendizagem,jogo, sistema web, software ou tec-nologia assistiva?

Identificar e registrar o nome do sistema interativo doestudo.

Fonte: Quadro obtido pela pesquisa direta.

Quadro A.7 – Dados coletados - CARACTERÍSTICAS dos estudos selecionados na etapa 4

Id. Campos Valores11 Aspecto abordado Conteúdo

Ensino/aprendizagemEstratégias adaptativasInterfaceMaterial didáticoLeitura para surdosLinguagemVários (informe quais)Outro (informe qual)

12 Nível de ensino InfantilBásicoTécnico/MédioUniversitárioVários (informe quais)

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A.2. Dados a serem coletados 129

Quadro A.7 – Dados coletados - CARACTERÍSTICAS dos estudos selecionados na etapa 4

Id. Campos Valores13 Estratégia de comunicação ado-

tadaImagensLíngua materna do paísLíngua portuguesaSign WritingVídeo em língua de sinais americana (ASL)Vídeo em língua de sinais espanholaVídeo em língua gestual portuguesaVídeos em LibrasVídeos legendadosVários (informe quais)Outro (informe qual)

14 Dificuldades enfrentadas pelos sur-dos em relação às restrições deconhecimento llinguístico (lexicale/ou gramatical)

Identificar e registrar as dificuldades linguísticas dos surdosapresentadas.

15 Dificuldades enfrentadas pelos sur-dos em relação ao design

Identificar e registrar as dificuldades de design apresenta-das.

16 Necessidades e preferências dossurdos em ambientes on-line

Identificar e registrar as necessidades e preferências apre-sentadas.

17 Tecnologias digitais para apoio aossurdos

Identificar e registrar as tecnologias apresentadas.

Fonte: Quadro obtido pela pesquisa direta.

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130 APÊNDICE A. Protocolo de Revisão

Quadro A.8 – Dados coletados - METODOLOGIA de AVALIAÇÃO dos estudos selecionadosna etapa 4

Id. Campos Valores18 Avalia interface ou tecnologia as-

sistiva?SimNão

19 Metodologia/motivação para aavaliação

Identificar e registrar informações sobre a avaliação apre-sentada no estudo.

20 Tipo de análise realizada QualitativaQuantitativaAmbos

21 Público participante da pes-quisa/avaliação

EspecialistasEstudantes ouvintesEstudantes surdosEstudantes ouvintes e surdosPesquisadoresProfessoresProfissionais ouvintesProfissionais surdosProfissionais ouvintes e surdosVários (informe quais)Outro (informe qual)

22 Aspectos avaliados (qualidade deuso, linguagem entre outros)

Identificar e registrar informações sobre os aspectos avali-ados

23 Avalia qualidade de uso? Qual? AcessibilidadeApreensibilidadeComunicabilidadeInteligibilidadeSociabilidadeUsabilidadeVárias (informe quais)Outra (informe)

Fonte: Quadro obtido pela pesquisa direta.

Quadro A.9 – Dados coletados - RESULTADOS dos estudos selecionados na etapa 4

(continua)

Id. Campos Valores24 Recomendações (ou classes ou ca-

tegorias) para desenvolvimento deinterface de sistemas interativospara surdos

Identificar e registrar as recomendações apresentadas.

25 Contribuições para inclusão digitaldos surdos

Identificar e registrar as contribuições apresentadas noestudo

26 Resultados obtidos na avaliação Identificar e registrar os resultados obtidos na avaliação.

27 Resultados obtidos no estudo Identificar e registrar os resultados obtidos no estudo.

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A.3. Critérios de qualidade 131

Quadro A.9 – Dados coletados - RESULTADOS dos estudos selecionados na etapa 4

(conclusão)

Id. Campos Valores28 Dificuldades encontradas na avali-

ação e/ou estudoIdentificar e registrar as dificuldades encontradas na avali-ação e/ou estudo

29 Anotações Identificar e registrar observações pertinentes sobre o es-tudo analisado.

Fonte: Quadro obtido pela pesquisa direta.

A.3 Critérios de qualidade

A lista a seguir apresenta os critérios de qualidade para avaliação dos estudos encontrados.Para cada um dos critérios, a qualidade do trabalho é avaliada como “sim”, "parcial"ou "não",pontuados, respectivamente, com os valores 1, 0,5 e 0. Os pesos para cada um dos critériosvariaram de 1 (relevante), 2 (muito relevante), 3 (extremamente relevante). A pontuação daqualidade máxima é 34 pontos (100%) e da qualidade mínima para cada estudo foi definida novalor de 19 pontos (aproximadamente 56%). Ou seja, os estudos com valores inferiores a 19pontos (56%) foram excluídos para a parte da análise da etapa 5.

O Quadro A.10 apresenta os critérios, a pontuação máxima e mínima, o peso paracada um dos critérios e a questão de pesquisa da SRL a que se refere o critério. Para cada umdos critérios, a qualidade do trabalho é avaliada como “sim”, “parcial” ou “não”, pontuados,respectivamente, com os valores 1, 0,5 e 0. Os pesos para cada um dos critérios variaram de 1(relevante), 2 (muito relevante), 3 (extremamente relevante).

Quadro A.10 – Critérios de qualidade para avaliação de estudos desta SLR

(continua)

Id. Questão Peso QualidadeG1 O estudo apresenta claramente os objetivos/questão problema?

(1) Sim, os objetivos/definição do problema do estudo estãoclaramente definidos e descritos.(0,5) Parcialmente, os autores apresentam uma descrição geraldo problema.(0) Não, os objetivos/questão problema não são claramenteapresentados.

1 Qualidade geral do es-tudo

G2 O estudo apresenta e discute os resultados relativos ao obje-tivo/questão problema?(1) Sim, os autores apresentam e discutem os resultados rela-tivos aos objetivos/definição do problema do estudo.(0,5) Parcialmente, os autores apresentam somente os resulta-dos, mas não discutem.(0) Não, os autores não apresentam os resultados relativos aoobjetivo/questão problema?

1 Qualidade geral do es-tudo

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132 APÊNDICE A. Protocolo de Revisão

Quadro A.10 – Critérios de qualidade para avaliação de estudos desta SLR

(continua)

Id. Questão Peso QualidadeG3 O estudo discute os trabalhos relacionados?

(1) Sim, os autores apresentam e discutem os trabalhos relaci-onados.(0.5) Parcialmente, os autores somente apresentam os traba-lhos relacionados, mas não discutem.(0) Não, os autores não apresentam trabalhos relacionados.

1 Qualidade geral do es-tudo

E1 O estudo trata de um sistema interativo? (ambiente onlinede aprendizagem ou ambiente web ou software ou tecnologiaassistiva para surdos)(1) Sim, o estudo trata de um ambiente online de aprendiza-gem.(0,5) Parcialmente, o estudo trata de um ambiente web, soft-ware ou tecnologia assistiva para surdos.(0) Não, o estudo não trata sobre um sistema interativo.

3 QE1

E2 O estudo trata de aspectos de interface/design de um sistemainterativo para um público surdo?(1) Sim, o estudo trata de aspectos de interface/design paraum público surdo.(0,5) Parcialmente, o estudo trata de aspectos que envolvemmaterial didático, conteúdo ou ensino/aprendizagem para umpúblico surdo.(0) Não, o estudo trata de outro foco ou não especifica clara-mente.

3 QE1

E3 O estudo apresenta as principais dificuldades dos surdos emrelação ao design ou linguagem do sistema interativo?(1) Sim, os autores apresentam as principais dificuldades dossurdos em relação a design.(0,5) Parcialmente, os autores apresentam as principais difi-culdades relacionadas somente com a linguagem.(0) Não, os autores tratam de outro foco ou não especificamclaramente.

3 QE3

hlineE4

O estudo tem como público-alvo estudantes universitários?(1) Sim, o público-alvo são estudantes universitários.(0,5) Parcialmente, o público-alvo são estudantes do ensinomédio/técnico e/ou é variável (são surdos de vários níveis deensino)(0) Não, o público-alvo são crianças surdas.

2 QE3

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A.3. Critérios de qualidade 133

Quadro A.10 – Critérios de qualidade para avaliação de estudos desta SLR

(continua)

Id. Questão Peso QualidadeE5 O estudo avalia alguma interface ou tecnologia assistiva para

surdos (via web)?(1) Sim, os autores avaliam a interface de um ambiente deaprendizagem online ou sistema interativo.(0,5) Parcialmente, os autores avaliam uma tecnologia assis-tiva para surdos.(0) Não, os autores não avaliam interface ou tecnologia assis-tiva para surdos (via web).

3 QE6

E6 A avaliação do estudo é realizada com surdos?(1) Sim, com surdos universitários e/ou ouvintes.(0,5) Parcialmente, com surdos do ensino médio/técnico e/ouvariável (surdos de vários níveis de ensino) e/ou ouvintes.(0) Não, o estudo não realiza avaliação.

3 QP1

E7 O estudo avalia aspectos da interface com os surdos explo-rando a língua portuguesa?(1) Sim, são avaliados aspectos da língua portuguesa e/ouimagens.(0,5) Parcialmente, são avaliados aspectos de vídeos legenda-dos ou vídeos em Libras.(0) Não, o estudo não avalia aspectos da interface.

3 QE4

E8 O estudo trata de questões específicas de qualidade de uso dainterface (comunicabilidade, usabilidade, acessibilidade, apre-ensibilidade?)(1) Sim, o estudo trata de questões relacionadas à qualidadede uso da interface.(0,5) Parcialmente, o estudo trata de alguns aspectos relacio-nados a qualidade de uso da interface.(0) Não, o estudo não trata de qualidade de uso de interface.

3 QE2

E9 O estudo apresenta os resultados da avaliação?(1) Sim, os resultados são apresentados e discutidos.(0,5) Parcialmente, os resultados são somente citados.(0) Não, os resultados da avaliação não são apresentados.

3 QE6

E10 Os resultados encontrados são validados?(1) Sim, os resultados são validados através uma metodologiacitada e claramente explicada.(0,5) Parcialmente, os resultados são validados através de umametodologia citada.(0) Não, os resultados não são validados.

2 QE6

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134 APÊNDICE A. Protocolo de Revisão

Quadro A.10 – Critérios de qualidade para avaliação de estudos desta SLR

(conclusão)

Id. Questão Peso QualidadeE11 O estudo apresenta recomendações para desenvolvimento de

interface de sistemas interativos e/ou específico para surdos?(1) Sim, o estudo apresenta recomendações para desenvolvi-mento de interface de sistemas interativos.(0,5) Parcialmente, o estudo apresenta recomendações paradesenvolvimento de tecnologias assistivas para surdos.(0) Não, o estudo não apresenta recomendações para desen-volvimento de tecnologias assistivas para surdos.

3 QE6

Fonte: Quadro obtido pela pesquisa direta.

Utilizamos a seguinte fórmula para a classificação e validação dos estudos.

Qualidade = [(G1*p1 + G2*p2 + G3*p3)/3 + (E1*p1+ E2*p2+ E3*p3+ E4*p4+ E5*p5+

E6*p6+ E7*p7+ E8*p8+ E9*p9+ E10*p10 + E11*p11)/11]

Para cada valor informado, pelo avaliador, para as questões (G1, G2, G3, E1, E2...E11), multiplicamos pelo peso definido para os critérios no quadro anterior, (ver Quadro A.10)e calculamos sua média. A partir disso, obtivemos o valor final de avaliação de cada um dosestudos.

A Tabela A.1 apresenta o ranking para a validação final de cada estudo. Este rankingfoi definido a partir dos valores definidos na fórmula. A pontuação da qualidade máxima é 34pontos (100%) e da qualidade mínima para cada estudo foi definida no valor de 19 pontos(aproximadamente 56%). Ou seja, os estudos com valores inferiores a 19 pontos (56%) foramexcluídos para a parte da análise da etapa 5.

Tabela A.1 – Ranking de qualidade dos estudos

Intervalo Percentual Nível

29 a 34 85% a 100% Ótimo

24 a 29 71% a 85% Bom

19 a 24 56% a 71% Aceitável

Abaixo de 19 Abaixo de 56% Excluído

Fonte: Dados obtidos pela pesquisa direta.

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A.4. Strings Validadas 135

A.4 Strings Validadas

A partir destes testes realizados nas próprias bases de dados, as nossas combinações destrings (em português) sugeridas foram então validadas.

Para o tema relacionado a educação a distância e surdez, chegamos a validação dasseguintes combinações de strings em português (identificamos por “p1”) e inglês (identificamospor “i1”). A combinação da string em inglês pode ser consultada no Apêndice. Ela não foiutilizada pois consideramos que os resultados encontrados em testes com as strings em portuguêsestavam de acordo com a proposta da questão principal da SLR.

p1: (educação OR ensino OR EAD OR aprendizagem OR aprendizado OR "e-learning"OR elearning) AND (online OR "on-line"OR internet OR distanciaOR virtual) AND (surdo OR surdos OR surda OR surdas OR surdez ORauditiva OR auditivos OR auditivo OR auditivas)

i1: (education OR teaching OR design OR interface OR interaction OR EADOR learning OR technology OR HCI OR "e-learning"OR elearning) AND(online OR "on-line"OR internet OR distance OR virtual OR web) AND(deaf OR deafness OR "Hard of Hearing"OR "Hard Hearing")

E para o tema relacionado a design, interface e surdez, chegamos às seguintes combi-nações de strings em português (p2) e inglês (i2):

p2: (design OR interface OR interação OR tecnologia OR tecnologias ORIHC) AND (online OR "on-line"OR internet OR virtual OR web) AND(surdo OR surdos OR surda OR surdas OR surdez OR auditiva OR auditivosOR auditivo OR auditivas)i2: (design OR interface OR interaction OR technology OR HCI) AND (onlineOR "on-line"OR internet OR virtual OR web) AND (deaf OR deafness OR"Hard of Hearing"OR "Hard Hearing")

Contudo, optamos por realizar a SLR somente com a combinação de strings emportuguês. Consideramos que se trata de uma temática que envolvem as pessoas surdas, comsua cultura e identidade surdas com relação direta com sua língua, a Língua Brasileira deSinais. Com isso apresentamos os resultados de estudos publicados por autores e pesquisadoresbrasileiros, tanto no Brasil quanto em outros países, desde que cadastrados nas bases de dadosjá indicadas.

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137

APÊNDICE B – Operadores

B.1 Operadores Booleanos

A Álgebra de Boole surgiu ainda no século XIX, conforme destaca Guimarães e Lages(2001, p. 71):

No Século XIX, George Boole desenvolveu um sistema de álgebra (a álge-bra das proposições) onde poderia determinar se uma sentença é falsa ouverdadeira. Em 1930, Alan Turing mostrou que com a álgebra de Boole,apenas três funções lógicas são necessárias para o processo de determinaçãodos “falsos” ou “verdadeiros. Estas funções são: E, OU e NÃO. Percebeu-seainda, por esta época, a relação entre dispositivos de chaves e de relés, aálgebra de Boole e a teoria de conjuntos.

Guimarães e Ribeiro (2007, p. 71) apresentam o seguinte exemplo para ilustrar osoperadores booleanos:

Suponha que você goste de pizza com mussarela, presunto, sem azeitonase nem cebola e que você deseja pesquisar por este sabor de pizza naInternet. Para representar este sabor utilizando operadores Booleanos vocêpode organizar a seguinte sentença: pizza E mussarela E presunto E NÃOazeitonas E NÃO cebola. Uma máquina de busca interpretaria esta expressãoBooleana da seguinte maneira: usuário deseja que eu apresente links paratodas as páginas que possuam as palavras pizza e presunto e que não possuamas palavras azeitonas e nem cebola. O operador E significa que a palavraque o segue tem que estar no texto das páginas que serão listadas. Páginasque possuem as palavras seguintes a E NÃO não serão listadas. Ainda nocaso do sabor da pizza, caso você goste também de lombinho canadense enão se importe caso o presunto seja substituído por este ingrediente vocêpode usar o operador OU. Neste caso a expressão seria: pizza E mussarelaE (presunto OU lombinho) E NÃO azeitonas E NÃO cebola. Na Web,uma expressão como esta em uma pesquisa retornaria todas as páginas quecontivessem as palavras presunto mais todas as páginas que contivessem aspalavras lombinho mais todas as páginas que contivessem ambas as palavras,desde que estas páginas satisfizessem as outras cláusulas da expressão, ouseja, contivessem a palavra pizza e a palavra mussarela e não contivessema palavra azeitonas e nem a palavra cebola. O símbolo de parênteses éutilizado para evitar confusões. Desta forma, fica claro para a máquina debuscas que presunto OU lombinho pode ser substituído por lombinho.

Os autores ainda apresentam um exemplo gráfico destes operadores lógicos, atravésdos diagramas de Veen, usados para representar conjuntos.

O exemplo abaixo apresenta uma representação do operador booleano AND = E.O conjunto representado pelas estrelas E luas é a interseção dos conjuntos Estrela e Lua,mostrados na parte central do diagrama. “Sabemos que a interseção entre dois conjuntos éformada pelos elementos que pertencem a ambos os conjuntos” (GUIMARÃES; RIBEIRO,2007).

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138 APÊNDICE B. Operadores

Figura B.1 – Exemplo Estrela e Lua – Operador AND

Fonte: Guimarães e Ribeiro, 2007, p. 88.

O operador booleano OR = OU pode ser representado pel união de dois conjuntos. Aunião dos conjuntos Estrela e Lua é representada por todos os elementos dos dois conjuntos.

Figura B.2 – Exemplo Estrela e Lua – Operador OR

Fonte: Guimarães e Ribeiro, 2007, p. 88.

E finalmente, o operador NOT = NÃO é análogo ao complemento de um conjunto. Nodiagrama abaixo é representado pelo conjunto do lado LUA = complemento da ESTRELA.

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B.1. Operadores Booleanos 139

Figura B.3 – Exemplo Estrela e Lua – Operador NOT

Fonte: Guimarães e Ribeiro, 2007, p. 88.

Quando não fazemos uso destes operadores booleanos, as bases de dados retornam aspáginas que contém todas as palavras e temos que fazer a seleção manualmente (pelos olhos).E muitas vezes, por falta de tempo ou atenção, deixamos passar resultados importantes eselecionamos resultados sem importância. O uso dos operadores booleanos torna as buscas maisrápidas e eficazes. Em algumas bases de dados, é necessário informar os operadores booleanosdiretamente como no exemplo apresentado. Em outras, devemos apenas informar as palavras eselecionar as opções “todas as palavras” ou “algumas palavras”. Ou ainda, informar se a buscadeve ser realizada somente nos títulos ou no conteúdo das publicações.

Quando realizamos uma busca no Google, por exemplo, podemos utilizar estes operado-res lógicos para tornar os resultados mais focados no que precisamos. Em nossa SLR, as strings(palavras) devem ser combinadas usando os operadores booleanos. Isso porque as buscas nasbases de dados são feitas utizando essa lógica dos operadores booleanos. Essa Álgebra de Booleé utilizada em programas desenvolvidos para computadores, celulares, em buscas na web etc.O conceito é explorado na área de Ciência da Computação, Ciência Cognitiva, em especialnos estudos da Inteligência Artificial e Redes Neurais. Teixeira (1998), em seu livro “Mentes emáquinas: uma introdução à ciência cognitiva” traz importantes informações para compreendera origem destes conceitos e sua aplicação:

Reunindo as ideias de Boole, de Shannon e o modelo super simplificado docérebro humano de que falamos, W. McCulloch e W. Pitts propuseram ummodelo de neurônio artificial. Eles acreditavam que, a partir deste modelo,seria possível simular redes de neurônios e, em última análise, a produção dopensamento. A intuição destes pesquisadores era que se neurônios artificiaispudessem efetuar computações lógicas, estaria aberto o caminho para simularo raciocínio humano. Estes neurônios artificiais eram unidades binárias, i.e.,podiam estar “ligados” ou “desligados”. Cada unidade poderia receber inputsexcitatórios ou inibitórios de outras unidades. Quando uma unidade recebe

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140 APÊNDICE B. Operadores

um input inibitório ela vai para a posição “desligado”. Quando não há inputinibitório ela vai para a posição “ligado” (se a soma de inputs excitatóriosexceder o seu limiar). McCulloch e Pitts mostraram como a configuraçãodestas unidades pode realizar as operações lógicas caracterizadas como “E”,“OU” e “NÃO”. As demais operações lógicas realizadas pela mente humanapodem ser derivadas destas três e se com isto conseguimos implementá-lasnum circuito com neurônios artificiais teremos construído uma máquina depensar Teixeira (1998, p. 38–39).

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141

APÊNDICE C – Planejamento da SLR

APÊNDICE C.1- Links diretos de pesquisa das bases de dadosAPÊNDICE C.2 - Dados dos Estudos Mais Relevantes (EMR) já conhecidosAPÊNDICE C.3 - Buscas de testes nas bases de dados - ResultadosAPÊNDICE C.4 - Tabela de resultados de SLRs já existentes com pesquisa em PORTUGUÊSAPÊNDICE C.5 - Tabela de resultados de SLRs já existentes com pesquisa em INGLÊS

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C.1 Links diretos de pesquisa das bases de dados

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APÊNDICE C.1 - Links diretos de pesquisa das bases de dados

Links das bases de dados na área de Ciência da Computação

Base de dados URLIEEE :: Insttute of Electrical and Electronics Engineers

htp://ieeexplore.ieee.org

ACM :: Associaton for Computng Machinery

htp://portal.acm.org

Science Direct htp://www.sciencedirect.com

Springer htp://www.springerlink.com

HCIBIB:: Human-Computer Interacton Bibliography

htp://hcibib.org/

Interact :: Conference on Human-Computer Interacton

htp://www.springerlink.com

SEMISH/WEI/CSBC :: Seminário Integrado de Sofware e Hardware/ Workshop sobre Educação em Computação/Congresso da Sociedade Brasileira de Computação

SEMISH (1): UFRN, PUC Minas, SBC WEI (2): UFRN, PUC Minas, SBC (1) Sites SEMISH/CSBC:htp://www.dimap.ufrn.br/csbc2011/anais/eventos/contents/CADERNO.pdfhtp://www.dimap.ufrn.br/csbc2011/anais/eventos/semish_programacao.htmhtp://www.inf.pucminas.br/sbc2010/anais/semish/index_arquivos/artgos_1.htmhtp://www.inf.pucminas.br/sbc2010/anais/semish/index_arquivos/artgos_2.htmhtp://www.sbc.org.br/sbc2009 (erro no site ao acessar em Outubro de 2013 “Internal Server Error”)htp://www.sbc.org.br/sbc2008 ( erro no site ao acessar em Outubro de 2013 “Internal Server Error”)htp://www.sbc.org.br/sbc2007 (erro no site ao acessar em Outubro de 2013 “Server not found”)(2) Sites WEI/CSBChtp://www.dimap.ufrn.br/csbc2011/anais/eventos/wei_programacao.htmhtp://www.inf.pucminas.br/sbc2010/anais/wei/index_arquivos/artgos_1.htm

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Base de dados URLhtp://www.inf.pucminas.br/sbc2010/anais/wei/index_arquivos/artgos_2.htmhtp://www.inf.pucminas.br/sbc2010/anais/wei/index_arquivos/artgos_3.htmhtp://www.sbc.org.br/sbc2009* (deu erro no site)htp://www.sbc.org.br/sbc2008* (deu erro no site)htp://www.sbc.org.br/sbc2007* (deu erro no site)

WebMedia :: Simpósio Brasileiro de Sistemas Multmídia e Web

ACM, SBBD, UFMG, SBCWEBMEDIA2012: htp://dl.acm.org/citaton.cfm?id=23826362011: htp://www.sbbd-webmedia2011.inf.ufsc.br/webmedia/index.php/pt/artgosselecionados2010: htps://www.ufmg.br/swib/?p=1358#artgos_completos2009/2008: htp://portal.acm.org2007: htp://www.sbc.org.br/webmedia2007/?c=accepted-full, htp://www.sbc.org.br/webmedia2007/?c=accepted-short

SBSC :: Simpósio Brasileiro de Sistemas Colaboratvos

SWS, ACM, IEEE2012: htp://sws2012.ime.usp.br/sbsc/artgos-selecionados.phphtp://sws2012.ime.usp.br/sbsc/SBSC2012/start.pdf#!2011: htp://portal.acm.orgA partr de 2008: htp://ieeexplore.ieee.org

IHC :: Simpósio de Fatores Humanos em Sistemas Computacionais

htp://portal.acm.org(a partr de 2006)

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Links das bases de dados na área de Informátca na Educação

Biblioteca URLSBIE :: Simpósio Brasileiro de Informátca na Educação

htp://www.br-ie.org/pub/index.php/sbie/issue/archive

RBIE :: Revista Brasileira deInformátca na Educação

htp://www.br-ie.org/pub/index.php/rbie/index

MoodleMoot (3) htp://www.moodlemoot.com.br2013: Anais em formato de imagem para CD (.iso): htp://www.moodlemoot.com.br/2013/moodle/mod/resource/view.php?id=452012: Acesso somente pelo site: htp://www.moodlemoot.com.br/2012/programacao-das-comunicacoes-orais-e-minicursos

2011: Anais disponíveis em htp://www.moodlemoot.com.br/moodle/mod/resource/view.php?id=422013: Anais em formato de imagem para CD (.iso): htp://www.moodlemoot.com.br/2013/moodle/mod/resource/view.php?

id=45

2012: Acesso somente pelo site: htp://www.moodlemoot.com.br/2012/programacao-das-comunicacoes-orais-e-minicursos2011: Anais disponíveis em htp://www.moodlemoot.com.br/moodle/mod/resource/view.php?id=422010: Anais disponíveis em htp://www.moodlemoot.com.br/2012/wp-content/uploads/2012/08/MoodleMoot_Brasil_2010.pdf2009: Anais disponíveis em htps://moodle.org/mod/forum/discuss.php?d=1360472008: Anais disponíveis em htp://www.moodlemoot.com.br/2012/wp-content/uploads/2012/08/MoodleMoot_Brasil_2008.pdf2007: Anais disponíveis em htp://www.moodlemoot.com.br/2012/wp-content/uploads/2012/08/MoodleMoot_Brasil_2007.pdf

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Biblioteca URLABED :: Associação Brasileira de Educação a Distância (4)

htp://www.abed.org.br/2013: Anais em formato HTML disponiveis em: htp://www.abed.org.br/congresso2013/cd/index1.htm2012: Anais em formato HTML disponíveis em htp://www.abed.org.br/congresso2012/anais/anais_18CIAED.pdf2011: Anais em formato HTML disponíveis em htp://www.abed.org.br/congresso2011/cd/index1.htm2010: Anais em formato HTML disponíveis em htp://www.abed.org.br/congresso2010/cd/index1.htm2009: Anais em formato HTML disponíveis em htp://www.abed.org.br/congresso2009/cd/index1.htm2008: Anais em formato HTML disponíveis em htp://www.abed.org.br/congresso2008/cd/index1.htm2007: Anais em formato HTML disponiveis em: htp://www.abed.org.br/congresso2007/trabalhos.asp

RBAAD : Revista Brasileira de Aprendizagem Aberta e a Distância (5)

htp://www.abed.org.br/revistacientfca2013: Lista de publicações disponivel em htp://www.abed.org.br/revistacientfca/_Brazilian/edicoes/2013/2013_Edicao.htm2012: Lista de publicações disponivel em htp://www.abed.org.br/revistacientfca/_Brazilian/edicoes/2012/2012_Edicao.htm2011: Lista de publicações disponivel em htp://www.abed.org.br/revistacientfca/_Brazilian/edicoes/2011/2011_Edicaov10.htm2010: Lista de publicações disponivel em htp://www.abed.org.br/revistacientfca/_Brazilian/edicoes/2010/2010_Edicao.htm2009: Lista de publicações disponivel em htp://www.abed.org.br/revistacientfca/_Brazilian/edicoes/2009/2009_Edicao.htm2008: Lista de publicações disponivel em htp://www.abed.org.br/revistacientfca/_Brazilian/edicoes/2008/2008_Edicao.htm2007: Lista de publicações disponivel em htp://www.abed.org.br/revistacientfca/_Brazilian/edicoes/2007/2007_Edicao.htm

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Links das bases de dados na área de SURDEZ

Biblioteca URLDeaf Studies Digital Journal htp://dsdj.gallaudet.edu/

Journal of Deaf Studies htp://jdsde.oxfordjournals.org

Daw Sign Press htp://www.dawnsign.com/

Por Sinal htp://www.porsinal.pt/Não foi considerado pois no site não apresenta os critérios de qualidade dos trabalhos submetdos.

ETD - Educação Temátca Digital htp://www.fae.unicamp.br/revista/index.php/etd/index

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Links das bases de dados na área dede LINGUAGEM

Biblioteca URLDialnet :: Difusión de Alertas en la Red htp://dialnet.unirioja.es/

Scielo :: Scientfc Eletronic Library On-line htp://www.scielo.org/php/index.php

Anpoll :: Associação Nacional de Pós–Graduação e Pesquisa em Letras e Linguístca

htp://www.anpoll.org.br/revista/

Directory of Open Access Journals (DOAJ) htp://www.doaj.org

Repositório Cientico de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)

htp://www.rcaap.ptNão foi considerado pois no site não apresenta os critérios de qualidade dos trabalhos submetdos.

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Links das Base de dados na área de Teses e Dissertações

Biblioteca URL Parâmetros/QualisBiblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD)

htp://bdtd.ibict.br/en/a-bdtd.htmlRealizamos uma busca também na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD). Contudo, percebemos que a busca não retornou alguns estudos relevantes. Confrmamos que os trabalhos se encontravam na base de dados das próprias Universidades. Com isso, optamos por buscarem universidades que tvessem conceito Qualis 6 e 7 e outras nas quais deveriamos buscar os estudos relevantes. Consulta realizada em outubro de2013. Cursos recomendados e reconhecidos: htp://www.capes.gov.br/cursos-recomendados.

PUC-Rio :: Pontfcia Universidade Católica do Rio de Janeiro htp://www.maxwell.lambda.ele.puc-rio.br/Busca_etds.php

7 (Informátca)

PUC-RS :: Pontfcia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

htp://verum.pucrs.br/F?func=fnd-b-0&local_base=tde 7 (Linguístca e Letras)

UENP :: Universidade Estadual do Nortedo Paraná

htp://biblioteca.uenp.edu.br 3 (Agronomia), 4 (Direito). Selecionado pois havia um EMR nesta base.

UFMG :: Universidade Federal de Minas Gerais

htp://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace 6 (Letras), 7 (Computação)

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UFMT :: Universidade Federal de Mato Grosso

htp://www.cedes.ufsc.br:8080/xmlui/handle/123456789/208 4 (Letras e Linguístca).Selecionado pois havia um EMR

nesta base.

UFPE :: Universidade Federal de Pernambuco

htp://www.bdtd.ufpe.br/bdtd/tedeSimplifcado/tde_busca/index.php 6 (Computação)

UFRGS :: Universidade Federal do RioGrande do Sul

htp://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/1 6 (Computação)

UFRJ :: Universidade Federal do Rio de Janeiro

htp://fenix2.ufrj.br:8991/ 7 (Computação)

UFSC :: Universidade Federal de Santa Catarina

htps://repositorio.ufsc.br/ 6 (Linguístca)

UNESP :: Universidade Estadual Paulista

htp://www.athena.biblioteca.unesp.br/F/?func=fnd-b-0&local_base=BDTD 6 (Linguístca)

UNICAMP :: Universidade Estadual deCampinas

htp://www.bibliotecadigital.unicamp.br/ 6 (Computação), 7 (Linguístca)

USP :: Universidade de São Paulo htp://www.teses.usp.br htp://www.tcc.sc.usp.br 7 (Linguístca)

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C.2 Dados dos Estudos Mais Relevantes (EMR) já conhecidos

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APÊNDICE C.2 - Dados dos Estudos Mais Relevantes (EMR) já conhecidos

Este quadro apresenta os estudos que deveriam aparecer na pesquisa com as strings, nas respectvas bases de dados. Além disso, listamos

também as palavras-chave das quais derivamos as strings e se era obrigatório aparecer nas buscas. Esta obrigatoriedade foi defnida a partr da relação do

foco da respectva pesquisa com a SLR.

Id. Tipo/Base de dados

Autor Referência Palavras-chave(português)

Palavras-chave(inglês)

Obrigatório aparecer? Foi encontrado?(S/N)

p1UFMG15 Dissertação UFMG

Abreu, 2010 ABREU, P. M. de. (2010). Recomendações para projetos de tcs para apoio a alfabetzação com libras. Universidade Federal de Minas Gerais.

Recomendações de sofware, Libras, TICs.

Sim Sim

SEMISH1 ArtgoSEMISH

Abreu, 2010a ABREU, P. M., PRATES, R. O., BERNARDINO, E. L. A. Recomendações de acessibilidade para projetos de TICs para alfabetzação de crianças surdas. In: XXXVII Seminário Integrado de Sofware e Hardware (SEMISH), 2010, Belo Horizonte.

Sim Sim

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Id. Tipo/Base dedados

Autor Referência Palavras-chave(português)

Palavras-chave(inglês)

Obrigatórioaparecer?

Encontrado?(S/N)

ArtRelev3 ArtgoACM

Alves et al, 2013

ALVES, A. da S., FERREIRA, S. B. L., OLIVEIRA, V. S., Silveira, D. S., & RAPOSO, A. B. (2013). Communicability in Corporate Intranet : Analyzing the Interacton among Deaf Bilingual Users, 3(6), 294–303.

Accessibility, Deaf, Interface, Communicability

Não Não

p1ACM15; p2ACM21; p2HCIBIB2

Artgo ACM

Alves et al, 2012a

ALVES, A. da S., FERREIRA, S. B. L., OLIVEIRA, V. S., & SILVA, D. S. (2012).Comunicabilidade em sistemas de informação web corporatvos: analisando a interação de surdos bilíngues. IHC 2012 Proceedings - Full Paper, pp. 13–22. Cuiabá, MT, Brazil: IHC 2012 Proceedings. Full Paper.

Observação de usuários; Acessibilidade; Avaliação de Comunicabilidade; surdos; Interação Humano-Computador.

Não Sim

p1SD1; p2SD84

ArtgoScience Direct

Alves et al, 2012b

Aline da Silva Alves, Simone Bacellar Leal Ferreira, Viviane Santos de Oliveira, Denis S. da Silva, Evaluaton of Potental Communicaton Breakdowns in the Interacton of theDeaf in Corporate Informaton Systems on the Web, Procedia Computer Science, Volume 14, 2012,Pages 234-244

Observaton of users;Accessibility; Usability; Deaf; Human-computer interfaces.

Não Sim

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Id. Tipo/Base dedados

Autor Referência Palavras-chave(português)

Palavras-chave(inglês)

Obrigatórioaparecer?

Encontrado?(S/N)

ArtRELEV5 Amorim e LIns, 2011

AMORIM, J. de A., & LINS, H. A. de M. (2011). Educação e surdez: aspectos da ciência cognitva aplicados a problemas de acessibilidade. Revista de Educação PUC-Campinas, 16(2), 191–199.

Técnicas de Criatvidade, Engenharia de Sofware, Inovação, Surdos, Educação a Distância.

Creatvity Techniques, Sofware Engineering, Innovaton, Deaf, Distance Educaton.

Não Não

TrabRELEV2

DissertaçãoUFPE

Amorim, 2012

AMORIM, M. L. C. de. (2012). Estlos de Interação Web de Navegação e Ajuda Contextual para Usuários Surdos em Plataformas Marcelo Lúcio Correia de Amorim Universidade Federal de Pernambuco.

Técnicas de Criatvidade, Engenharia de Sofware, Inovação, Surdos, Educação a Distância.

Creatvity Techniques, Sofware Engineering, Innovaton, Deaf, Distance Educaton.

Não Não

p1UFMG4 DissertaçãoUFMG

Barbosa, 2012

BARBOSA, G. A. R. (2012). Caracterização da interação socialde usuários surdos em redes sociais online: um estudo de casono orkut. Universidade Federal deMinas Gerais.

Redes Sociais Online, Comunidades Online, Sociabilidade, Comportamento de Usuários, Surdos.

Online Social Networks, Online Communites, Sociability, User Behavior, Deaf.

Não Não

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Id. Tipo/Base dedados

Autor Referência Palavras-chave(português)

Palavras-chave(inglês)

Obrigatórioaparecer?

Encontrado?(S/N)

p1p2UFSC14 TeseUFSC

BATISTA, C. R. (2008). Modelo e Diretrizes para o processo de design de interface web adaptatva. Universidade Federalde Santa Catarina.

design, hipermídia, educação a distância, surdo, Objetos de Aprendizagem, hiperlivro

design, hypermedia, distance educaton,deaf, Learning Objects, hyperbook

Não Sim

p1ACM6; p2ACM9

ArtgoIHC

Barbosa, Prates, Correa, 2012

Barbosa, G. A. R., & Prates, R. O. (2011). Análise da Sociabilidade de Comunidades Online para os Usuários Surdos : Um Estudo de Caso do Orkut. IHC+CLIHC’2011,237–246.

Comunidades Online, Sociabilidade, Surdos, Engenharia Semiótca, Redes Sociais.

Online Communites, Sociability, Engineering, Social Networks.

Não Sim

TrabRELEV5 TCC CASTILHO, A. L. C. (2011). Um estudo de avaliação do ambiente virtual de aprendizagem (AVA) Moodle através de um caso de uso. Universidade Aberta do Brasil.

Sem palavras-chave cadastradas

Sem palavras-chavecadastradas

Não Não

ArtRELEV8 Artgo CORRADI, J. A. M., & VIDOTTI, S. A. B. G. (2003). Ambientes informacionais digitais acessíveisa minorias linguístcas surdas: cidadania e/ou responsabilidadesocial, 2301–2320.

Acessibilidade, Inclusão, Tecnologia, Surdez, Cidadania, Responsabilidade Social

Accessibility, Responsibility, Inclusion, Technology, Deafness, Citzenship, Social Responsibility

Sim Não.Fora do período

de busca.

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Id. Tipo/Base dedados

Autor Referência Palavras-chave(português)

Palavras-chave(inglês)

Obrigatórioaparecer?

Encontrado?(S/N)

ArtRELEV9 Artgo Corradi et al, 2007

CORRADI, J. A. M., & VIDOTTI, S. A. B. G. (2007). Arquitetura da informação para ambientes informacionais digitais inclusivos:acessibilidade para minorias linguístcas surdas. VII CINFORM - Encontro Nacional de Ensino e Pesquisa da Informação.

Arquitetura da informação. Ambientes informacionais digitais. Acessibilidade. Minorias lingüístcas surdas

Sem palavras-chavecadastradas

Sim Não

TrabRELEV7

Dissertação

Corradi, 2007

CORRADI, J. A. M. (2007). Ambientes informacionais digitais e usuários surdos: questões de acessibilidade. Universidade Estadual Paulista.

Arquitetura da Informação Digital Inclusiva. Modelo para Análise e Desenvolvimento de Ambientes Informacionais Digitais Inclusivos - MADAIDI.

Accessibility. Digitalinformaton environments. DeafStudies. Informaton and Communicaton Technology. Inclusive Digital Informaton Architecture. Model for Analysis and Development of Inclusive Digital Informaton Environments.

Sim Não

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Id. Tipo/Base dedados

Autor Referência Palavras-chave(português)

Palavras-chave(inglês)

Obrigatórioaparecer?

Encontrado?(S/N)

p2ACM51 Artgo Correa et al, 2012

CORREA, L. P. D., COUTINHO, F. R. S., PRATES, R., & CHAIMOWICZ, L. (2012). Uso do MIS para avaliar signos sonoros – Quando um problema de comunicabilidade se torna um problema de acessibilidade. IHC 2012 - Full Paper, November 5.

Método de Inspeção Semiótca, Comunicabilidade,Acessibilidade, Engenharia Semiótca, Signos Sonoros, Jogos Digitais.

Semiotc Inspecton Method, Communicability,Accessibility, Semiotc Engineering, Sound Signs, Digital Games.

Não Sim

TrabRELEV6

Dissertação UFMG

Coutnho, 2012

COUTINHO, F. R. S. (2012). Revisitando a acessibilidade de jogos para jogadores surdos ou com defciência auditva. Universidade Federal de Minas Gerais.

Acessibilidade de Jogos, Surdos e Defcientes Auditvos, Métodode Inspeção Semiótca, Sinestesia.

Game Accessibility, Deaf and Hard ofHearing, Semiotc Inspecton Method, Synaesthesia.

Não Não

ArtRELEV10

Artgo Oliveira, et al, 2010

DIAS, J. S., OLIVEIRA, D. R. R., MULLER, M. F., PRATES, R. O., BERNARDINO, E. Avaliaçao de acessibilidade do sito da Receita Federal para Defcientes Auditvos. In: IHC, 2010, BHte. p. 91-102.

Sem palavras-chave cadastradas

Sem palavras-chave cadastradas

Não Não

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Id. Tipo/Base dedados

Autor Referência Palavras-chave(português)

Palavras-chave(inglês)

Obrigatórioaparecer?

Encontrado?(S/N)

p1ACM27; p2ACM16

ArtgoACM

Martns e Filgueiras,2010

MARTINS, S., & FILGUEIRAS, L. (2010). Avaliando modelos de interação para comunicação de defcientes auditvos. IHC 2010 – IX Simpósio de Fatores Humanos em Sistemas Computacionais., IHC2010.

Acessibilidade, Defcientes Auditvos, Comunicação Mediada e Interação acessível.

sem palavras-chave. Somente resumo em inglês.

Não Sim

USP7 Dissertação Martns, 2012

MARTINS, S. J. O. (2012). CLAWS: uma ferramenta colaboratva para apoio à interação de surdos com páginas da web. Universidade de SãoPaulo.

acessibilidade, defcientes auditvos, surdos, comunicação mediada, interação acessível, interação humano-computador

accessibility, hearing impairment, deaf, mediated communicaton, interacton accessible, human-computer interacton

Não Sim

p1ACM19; p1SPR4; p2ACM49; p2SPR4

SPRINGERACM

Monteiro Alves, Souza, 2013

MONTEIRO, I. T., ALVES, A. da S., & deSouza, C. S. (2013). Using mediated communicaton to teach vocatonal concepts to deaf users. UAHCI’13: Proceedings of the 7th internatonal conference on Universal Access in Human-Computer Interacton: applicatons and services for quality of life - Volume Part III.

Mediated communicaton, deaf learners, vocatonal educaton

Não Sim

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Id. Tipo/Base dedados

Autor Referência Palavras-chave(português)

Palavras-chave(inglês)

Obrigatórioaparecer?

Encontrado?(S/N)

p1ACM27; p2ACM16

ArtgoACM

Martns e Filgueiras,2010

MARTINS, S., & FILGUEIRAS, L. (2010). Avaliando modelos de interação para comunicação de defcientes auditvos. IHC 2010 – IX Simpósio de Fatores Humanos em Sistemas Computacionais., IHC2010.

Acessibilidade, Defcientes Auditvos, Comunicação Mediada e Interação acessível.

sem palavras-chave. Somente resumo em inglês.

Não Sim

Id. Tipo/Base dedados

Autor Referência Palavras-chave(português)

Palavras-chave(inglês)

Obrigatórioaparecer?

Encontrado?(S/N)

ArtRELEV13 Artgo Moreto,et al

MORETTO, L. A. M., QUEVEDO, S. R. P. de, BUSARELLO, R., SAVI, R., & ULBRICHT, V. R. (2010, September). Característcas para o Aprendizado do Aluno Surdo em Ambientes Web com base no Moodle. Congresso Nacional de Ambientes Hipermídia para Aprendizagem. Pelotas, RS.

Surdos, Moodle, ambientes virtuaisde aprendizagem

Deaf, Moodle, virtual learning environments

Não Não. Fora das bases de

busca.

ArtRELEV14 Artgo Pereira, Cerny, Quadros, 2010

PEREIRA, A. T. C. P., CERNY, R. Z., & QUADROS, R. M. de. (2010). O Ambiente Virtual de Ensino-Aprendizagem do curso LetrasLIBRAS. Revista Técnico-Cientfca do IFSC, v. 1(n. 1), 52–60.

Educação a distância, ambiente virtual de ensino-aprendizagem, língua de sinais, surdos

Sim Não. Fora das bases de

busca.

p1CAPES21; p1DOAJ1;

ETD Quadros, Stumpf,

QUADROS, R. M. de, & STUMPF, M. R. (2009). O primeiro curso de

Língua de sinais; Bilíngüe; Educação

Sign language; bilingual; E-

Sim Sim

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Id. Tipo/Base dedados

Autor Referência Palavras-chave(português)

Palavras-chave(inglês)

Obrigatórioaparecer?

Encontrado?(S/N)

p1ACM27; p2ACM16

ArtgoACM

Martns e Filgueiras,2010

MARTINS, S., & FILGUEIRAS, L. (2010). Avaliando modelos de interação para comunicação de defcientes auditvos. IHC 2010 – IX Simpósio de Fatores Humanos em Sistemas Computacionais., IHC2010.

Acessibilidade, Defcientes Auditvos, Comunicação Mediada e Interação acessível.

sem palavras-chave. Somente resumo em inglês.

Não Sim

p2ETD1; p2ETD2

2009 graduação em Letras Língua Brasileira de Sinais: educação a distância. Educação Temátca Digital, v.10, n.2(junho), 169–185.

a distancia learning

Id. Tipo/Base dedados

Autor Referência Palavras-chave(português)

Palavras-chave(inglês)

Obrigatórioaparecer?

Encontrado?(S/N)

p1UFSC6; p2UFSC6

Tese Quevedo, 2013

QUEVEDO, S. R. P. de, & ULBRICHT, V. R. (2013). Narratvas hipermidiátcas para ambiente virtual de aprendizagem inclusivo. UFSC

Narratvas, Surdos,Ambiente Virtual de Ensino Aprendizagem Inclusivo

Narratves, Deaf, Inclusive Learning Management System

Sim Sim

p1UFSC7 Dissert. Ribas, 2008

RIBAS, A. C. (2008). A interface do ambiente virtual de ensino-aprendizagem do curso LetraLibras segundo as característcas da cultura surda e os critérios de usabilidade. Universidade Federal de Santa Catarina.

interface, critérios ergonômicos, libras

interface, ergonomic criteria usability, sign language

Sim Sim

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Id. Tipo/Base dedados

Autor Referência Palavras-chave(português)

Palavras-chave(inglês)

Obrigatórioaparecer?

Encontrado?(S/N)

p1UFSC6; p2UFSC6

Tese Quevedo, 2013

QUEVEDO, S. R. P. de, & ULBRICHT, V. R. (2013). Narratvas hipermidiátcas para ambiente virtual de aprendizagem inclusivo. UFSC

Narratvas, Surdos,Ambiente Virtual de Ensino Aprendizagem Inclusivo

Narratves, Deaf, Inclusive Learning Management System

Sim Sim

TrabRelev15 TCC Silva, 2007

SILVA, M. R. (2007). O processo de design do site do curso Letras/Libras: teorias que fundamentam e aplicações prátcas. Universidade Federal de Santa Catarina.

Design, Hipermídia, Usabilidade, Cursoon-line, Surdo, Inclusão Social, Site.

Sim Não.

p1p2UFSC14 Dissert. Silva. 2010

SILVA, M. R. da. (2010). Contribuiçõesdo design para a evolução do hiperlivro do AVEA-LIBRAS. 2010. Universidade Federal de Santa Catarina.

design, hipermídia, educação a distancia, surdo, Objetos de Aprendizagem, hiperlivro

design, hypermedia, distance educaton, deaf, Learning objects,hyperbook

Sim Sim

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C.3 Buscas de testes nas bases de dados - Resultados

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APENDICE C.3 - Buscas de testes nas bases de dados - Resultados

Id. Combinação de strings Validação

1 "educação a distância" OR "educação online" OR interface AND "Surdos" OR "Defciente auditvo" OR "Surdez" OR "defciência auditva"

Trazia poucos resultados, em média, 30 estudos. Consideramos que seria importante incluir outras strings na combinação.

2 (educação OR ensino OR design OR educaton OR teaching) AND (surdo OR surdez OR auditva OR auditvo OR deaf OR deafness OR hearing) AND (online OR ead OR distance OR distância)

Muitos resultados (em média 5000) e alguns relevantes não apareceram).

3 (educação OR ensino OR design OR interface OR interação OR EAD OR aprendizagemOR aprendizado OR tecnologia OR IHC OR e-learning OR elearning) AND (online OR on-line OR internet OR distancia OR virtual OR web) AND (surdo OR surda OR surdez OR auditva OR auditvo)

String7 gerada com ajuda da Simone, com sugestão de QP da SLR mais ampla e uma das QE ser sobre EAD e surdos.

4 (educaton OR teaching OR design OR interface OR interacton OR EAD OR learning OR technology OR HCI OR "e-learning" OR elearning) AND (online OR "on-line" OR internet OR distance OR virtual OR web) AND (deaf OR deafness OR hearing)

Essa veio muito trabalho que considerou hearing. Então resolvemos mudar a estrategia para "defciente auditvo" e "defciência auditva". Em ingles fca "Hard of Hearing" OR "HardHearing"

5 (educação OR ensino OR design OR interface OR interação OR EAD OR aprendizagemOR aprendizado OR tecnologia OR IHC OR "e-learning" OR elearning) AND (online OR"on-line" OR internet OR distancia OR virtual OR web) AND (surdo OR surda OR surdez OR auditva OR auditvo)

6i (educaton OR teaching OR design OR interface OR interacton OR EAD OR learning OR technology OR HCI OR "e-learning" OR elearning) AND (online OR "on-line" OR internet OR distance OR virtual OR web) AND (deaf OR deafness OR hearing)

7 (educação OR ensino OR design OR interface OR interação OR EAD OR aprendizagemOR aprendizado OR tecnologia OR IHC OR "e-learning" OR elearning) AND (online OR"on-line" OR internet OR distancia OR virtual OR web) AND (surdo OR surda OR surdez OR ((defciente OR defciência) AND (auditva OR auditvo))

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8 (educaton OR teaching OR design OR interface OR interacton OR EAD OR learning OR technology OR HCI OR "e-learning" OR elearning) AND (online OR "on-line" OR internet OR distance OR virtual OR web) AND (deaf OR deafness OR "Hard of Hearing" OR "Hard Hearing")

9 (educação OR ensino OR EAD OR aprendizagem OR aprendizado OR "e-learning" OR elearning) AND (online OR "on-line" OR internet OR distancia OR virtual OR web) AND (surdo OR surdos OR surda OR surdas OR surdez OR auditva OR auditvos OR auditvo OR auditvas)

10 (educação | ensino | EAD | aprendizagem | aprendizado | "e-learning" | elearning) & (online | "on-line" | internet | distancia | virtual) & (surdo | surdos | surda | surdas | surdez | auditva | auditvos | auditvo | auditvas)

11 (educação | ensino | EAD | aprendizagem | aprendizado | elearning) & (online | internet | distância | virtual) & (surdo | surdos | surda | surdas | surdez | auditva | auditvos | auditvo | auditvas)

12 (educação | ensino | EAD | aprendiza* | elearning) & (online | internet | distância | virtual) & (surd* | auditv*)

13 (educação OR ensino OR EAD OR aprendizagem OR aprendizado OR "e-learning" OR elearning) AND (online OR "on-line" OR internet OR distancia OR virtual) AND (surdoOR surdos OR surda OR surdas OR surdez OR auditva OR auditvos OR auditvo OR auditvas)

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Id. Combinação de strings Validação

14 (design OR interface OR interação OR tecnologia OR tecnologias OR IHC) AND (onlineOR "on-line" OR internet OR virtual OR web) AND (surdo OR surdos OR surda OR surdas OR surdez OR auditva OR auditvos OR auditvo OR auditvas)

(design | interface | interação | tecnologia | tecnologias | IHC) & (online | "on-line" | internet | virtual | web) & (surdo | surdos | surda | surdas | surdez | auditva | auditvos | auditvo | auditvas)

(design | interface | interação | tecnologi* | IHC) & (online | internet | virtual | web) & (surd* | auditv*)

15 (educaton OR teaching OR learning OR "e-learning" OR elearning) AND (online OR "on-line" OR internet OR virtual OR distance) AND (deaf OR deafness OR "Hard of Hearing" OR "Hard Hearing")

16 (design OR interface OR interacton OR technology OR HCI) AND (online OR "on-line"OR internet OR virtual OR web) AND (deaf OR deafness OR "Hard of Hearing" OR "Hard Hearing")

17 (educaton OR teaching OR learning OR "e-learning" OR elearning) AND (online OR "on-line" OR internet OR virtual OR distance) AND (deaf OR deafness OR "Hard of Hearing" OR "Hard Hearing")

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C.4 Tabela de resultados de SLRs já existentes com

pesquisa em PORTUGUÊS

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APÊNDICE C.4 - Tabela de resultados de SLRs já existentes com pesquisa em português

Combinação de strings Total encontrado Total etapa 1 Nome do arquivo ou comentário sobreexclusão

1 " Ambiente online de aprendizagem" " Ambiente virtual de aprendizagem" " AVA" " Ambiente informacional digital" " Ambiente de aprendizagem" " Moodle" " curso on-line"

0 - Sua pesquisa - “Ambiente online deaprendizagem” “Ambiente virtual de

aprendizagem” “AVA” "Ambienteinformacional digital" "Ambiente de

aprendizagem" "Moodle" “curso on-line” -não encontrou nenhum artgo

correspondente.2 "Revisão Sistemátca da Literatura" + surdez + design 21 3 Grande parte dos trabalhos tratava de

aspectos clínicos e não de design.3 "Revisão Sistemátca da Literatura" + surdo + design 6 3 SCHNEIDER_2012_dissertSLR_AVA_cognic

ao_DA.pdf4 "Revisão Sistemátca da Literatura" + surdo + design + ouvinte 4 3 BERG_2013_dissertSLR_Avaliacao_acessibi

l_usabilidade_emocao.pdfBRITO_2012_teseSLR_Modelo_refer_artef

ato_acesso_surdos_audiovisual.pdf5 "Revisão Sistemátca da Literatura" + surdez + "educação a distância" 4 3 "ANAIS DO XII CONgreSSO CIeNtfICO e A

XI MOStrA De eXteNSãO (2010)"SCHNEIDER_2012_dissertSLR_AVA_cognic

ao_DA.pdfBERG_2013_dissertSLR_Avaliacao_acessibi

l_usabilidade_emocao.pdf

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Combinação de strings Total encontrado Total etapa 1 Nome do arquivo ou comentário sobreexclusão

6 "Revisão Sistemátca da Literatura" + surdo + "educação a distância" 3 2 SCHNEIDER_2012_dissertSLR_AVA_cognicao_DA.pdf

BERG_2013_dissertSLR_Avaliacao_acessibil_usabilidade_emocao.pdf

7 "Revisão Sistemátca da Literatura" + surdez + "Ambiente online de aprendizagem"

0 - -

8 "Revisão Sistemátca da Literatura" + surdo + "Ambiente online de aprendizagem"

0 - -

9 "Revisão Sistemátca da Literatura" + surdo + "Ambiente virtual de aprendizagem"

4 3 SCHNEIDER_2012_dissertSLR_AVA_cognicao_DA.pdf

BERG_2013_dissertSLR_Avaliacao_acessibil_usabilidade_emocao.pdf

BRITO_2012_teseSLR_Modelo_refer_artefato_acesso_surdos_audiovisual.pdf

10 "Revisão Sistemátca da Literatura" + "defciente auditvo" + design 3 1 -

11 "Revisão Sistemátca da Literatura" + "defciente auditvo" + design + ouvinte

2 1 SCHNEIDER_2012_dissertSLR_AVA_cognicao_DA.pdf

12 "Revisão Sistemátca da Literatura" + surdez + design + "Interação Humano-Computador"

1 1 BERG_2013_dissertSLR_Avaliacao_acessibil_usabilidade_emocao.pdf

13 "Revisão Sistemátca da Literatura" + surdez + design + ouvinte 5 2 SCHNEIDER_2012_dissertSLR_AVA_cognicao_DA.pdf

BERG_2013_dissertSLR_Avaliacao_acessibil_usabilidade_emocao.pdf

14 "Revisão Sistemátca da Literatura" + "defciente auditvo" + "Interação Humano-Computador"

0 - -

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Combinação de strings Total encontrado Total etapa 1 Nome do arquivo ou comentário sobreexclusão

15 "Revisão Sistemátca da Literatura" + "defciente auditvo" + ihc 0 - -16 "Revisão Sistemátca da Literatura" + "comparatvo" + surdo +

ouvinte4 2 SCHNEIDER_2012_dissertSLR_AVA_cog

nicao_DA.pdfBRITO_2012_teseSLR_Modelo_refer_artefato_acesso_surdos_audiovisual.pdf

17 "Revisão Sistemátca da Literatura" + surdez + "Ambiente informacional digital"

0 - -

18 "Revisão Sistemátca da Literatura" + "defciente auditvo" + "Ambiente informacional digital"

0 - -

19 "Revisão Sistemátca da Literatura" + surdez + "sistema de interação"

0 - -

20 "Revisão Sistemátca da Literatura" + surdez + design +site 13 2 BERG_2013_dissertSLR_Avaliacao_acessibil_usabilidade_emocao.pdf

BRITO_2012_teseSLR_Modelo_refer_artefato_acesso_surdos_audiovisual.pdf

21 "Revisão Sistemátca da Literatura" + surdez + "Tecnologias assistvas"

6 2 BERG_2013_dissertSLR_Avaliacao_acessibil_usabilidade_emocao.pdf

SCHNEIDER_2012_dissertSLR_AVA_cognicao_DA.pdf

22 "Revisão Sistemátca da Literatura" + surdez + "Tecnologias para surdos"

0 - -

23 "Revisão Sistemátca da Literatura" + "Tecnologias para surdos" 0 - -

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Combinação de strings Total encontrado Total etapa 1 Nome do arquivo ou comentário sobreexclusão

24 "Revisão Sistemátca da Literatura" + surdez + Tecnologias 24 3 BERG_2013_dissertSLR_Avaliacao_acessibil_usabilidade_emocao.pdf

SCHNEIDER_2012_dissertSLR_AVA_cognicao_DA.pdf

BRITO_2012_teseSLR_Modelo_refer_artefato_acesso_surdos_audiovisual.pdf

25 "Revisão Sistemátca da Literatura" +surdos +Tecnologias 16 6 (1 foi repetdo)

XAVIER_BARBOSA_PRATES_2012_SLR_Acessibilidade_SBC

SCHNEIDER_2012_dissertSLR_AVA_cognicao_DA.pdf

BERG_2013_dissertSLR_Avaliacao_acessibil_usabilidade_emocao.pdf

BRITO_2012_teseSLR_Modelo_refer_artefato_acesso_surdos_audiovisual.pdfARAUJO_2012_Solução para Geração

Automátca de Trilhas em LínguaBrasileira de Sinais em C

26 "Revisão Sistemátca da Literatura" + "defciente auditvo" + Tecnologias

3 2 (1 foi repetdo)

SCHNEIDER_2012_dissertSLR_AVA_cognicao_DA.pdf

27 "Revisão Sistemátca da Literatura" + surdos + design + diretrizes 7 2 XAVIER_BARBOSA_PRATES_2012_SLR_Acessibilidade_SBC

SCHNEIDER_2012_dissertSLR_AVA_cognicao_DA.pdf

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Combinação de strings Total encontrado Total etapa 1 Nome do arquivo ou comentário sobreexclusão

28 "Revisão Sistemátca da Literatura" + surdos + interface 12 4 XAVIER_BARBOSA_PRATES_2012_SLR_Acessibilidade_SBC

SCHNEIDER_2012_dissertSLR_AVA_cognicao_DA.pdf

BERG_2013_dissertSLR_Avaliacao_acessibil_usabilidade_emocao.pdf

ARAUJO_2012_Solução para GeraçãoAutomátca de Trilhas em Língua Brasileira

de Sinais em C29 "Revisão Sistemátca da Literatura" + "defciente auditvo" + interface 3 1 SCHNEIDER_2012_dissertSLR_AVA_cognic

ao_DA.pdf30 "Revisão Sistemátca da Literatura" + surdos + modelo + design 10 5 XAVIER_BARBOSA_PRATES_2012_SLR_Ac

essibilidade_SBCBERG_2013_dissertSLR_Avaliacao_acessib

il_usabilidade_emocao.pdfSCHNEIDER_2012_dissertSLR_AVA_cognic

ao_DA.pdfARAUJO_2012_Solução para Geração

Automátca de Trilhas em Língua Brasileirade Sinais em C

BRITO_2012_teseSLR_Modelo_refer_artefato_acesso_surdos_audiovisual.pdf

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Combinação de strings Total encontrado Total etapa 1 Nome do arquivo ou comentário sobreexclusão

31 "Revisão Sistemátca da Literatura" + "defciente auditvo" + modelo + design

3 1 SCHNEIDER_2012_dissertSLR_AVA_cognicao_DA.pdf

32 "Revisão Sistemátca da Literatura" + surdos + recomendacoes + design

0 - -

33 "Revisão Sistemátca da Literatura" + "defciente auditvo" + recomendacoes + design

0 - -

34 "Revisão Sistemátca da Literatura" + surdos + recomendacoes + ihc 0 - -

35 "Revisão Sistemátca da Literatura" + "defciente auditvo" + recomendacoes + ihc

0 - -

36 "Revisão Sistemátca da Literatura" +surdos +ihc + diretrizes 1 1 XAVIER_BARBOSA_PRATES_2012_SLR_Acessibilidade_SBC

37 "Revisão Sistemátca da Literatura" + surdos + "Arquitetura da informação"

0 - -

38 "Revisão Sistemátca da Literatura" + surdos + ouvintes + design 0 - -

39 "Systematc Literature Review" + deaf + design + ihc 3 1 Artgo da Soraia e Raquel sobre SLR:Applicability of the semiotc inspectonmethod: a systematc literature reviewArtgo do Flávio, Raquel, Chaimo e Luiz

Damilont: Uso do MIS para avaliar signossonoros: quando um problema de

comunicabilidade se torna um problemade acessibilidade

BITTENCOURT_at_all_2013_SLR_Designing for Diferent Users and Multple Devices

Total 158 53

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C.5 Tabela de resultados de SLRs já existentes com

pesquisa em INGLÊS

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APENDICE C.5 - Tabela de resultados de SLRs já existentes com pesquisa em INGLÊS

Id. Combinação de strings Total Enc. TotalEtapa1

Nome do arquivo ou comentáriosobre exclusão

1 "Systematc Literature Review" + deafness + "Distance Educaton" 2 0 Livro e um clínico

2 "Systematc Literature Review" + deaf + "Distance Educaton" 7 0 Livros

3 "Systematc Literature Review" + "Hard of Hearing" + "Distance Educaton" 2 0

4 "Systematc Literature Review" + deafness + "environment web" 0 -

5 "Systematc Literature Review" + "Hard of Hearing" + "environment web" 0 -

6 "Systematc Literature Review" + deaf + "environment web" 1 0 Livro

7 "Systematc Literature Review" + deafness + "environment web" 0 -

8 "Systematc Literature Review" + "Hard of Hearing" + design +ihc 0 -

9 "Systematc Literature Review" + deaf +design + "Distance Educaton" 7 1 SHEEBY_2008_SLR_Virtual_environments

10 "Systematc Literature Review" + "Hard of Hearing"+design + "Distance Educaton" 2 - Um era livro.

11 "Systematc Literature Review" + deaf +design + "environment web" 1 0

12 "Systematc Literature Review" + deaf + design + site 137 - Não foi boa string. Veio muita coisa que não tem nada a ver.

13 "Systematc Literature Review" + deaf + design +web 129 - Não foi boa string. Veio muita coisa que não tem nada a ver.

14 "Systematc Literature Review" +deaf +interface +ihc 3 2 Resultado identco ao 4.

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15 "Systematc Literature Review" + deaf +ihc 3 - Artgo da Soraia e Raquel sobre SLR:Applicability of the semiotc

inspecton method: a systematcliterature review

Artgo do Flávio, Raquel, Chaimo eLuiz Damilont: Uso do MIS para

avaliar signos sonoros: quando umproblema de comunicabilidade se

torna um problema de acessibilidadeBITTENCOURT_at_all_2013_SLR_Des

igning for Diferent Users andMultple Devices

16 "Systematc Literature Review" + deaf + model + design 196 - Não foi boa string. Veio muita coisaque não tem nada a ver.

17 SRL + deaf + design + ihc 10 0 Não foi boa string. Veio muita coisaque não tem nada a ver.

18 "Systematc Literature Review" + deaf + "Sofware Recommendatons" 0 -

19 "Systematc Literature Review" + deaf + interface 56 0 Não foi boa string. Veio muita coisaque não tem nada a ver.

20 "Systematc Literature Review" + Deaf + "Human-computer interfaces" 0 -

21 "Systematc Literature Review" + deaf + design + "environment" 186 1 SHEEHY_2008_SLR_Virtual_environments

22 "Systematc Literature Review" + interface + "Hard of Hearing" 0 -

Total 742 4

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177

APÊNDICE D – Participantes SLR

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APÊNDICE D - Identfcação dos partcipantes da SLR

Título da SLR: Educação a distância, design e tecnologias assistvas para surdos: um panorama de 2007 a 2013

Informações paracontato

Letcia Capelão <[email protected]> - Faculdade de Letras (FALE)/Grupo PENSI/DCC/UFMGHugo Leonardo <[email protected]> - Grupo Texto Livre/FALE/UFMG

Orientadora: Reinildes Dias <[email protected]> FALE/UFMG

Data de realização Versão 1 - Outubro de 2013

Período pesquisado 2007-2013

Colaboradores: Raquel Oliveira Prates <[email protected]>Karina Hadassa < [email protected]>Aline Santos <[email protected]>Viviane Santos de Oliveira Veiga <[email protected]>Silvane Gomes <[email protected]>Integrantes do grupo Pensi (htp://pensi.dcc.ufmg.br)Lídia Vieira < [email protected] >Natália Santos <[email protected]>Simone Xavier < [email protected]>Soraya Reis <[email protected]>

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179

APÊNDICE E – Aplicativo desenvolvidopara SLR

Figura E.1 – Tela do programa com a exibição dos trabalhos

Fonte: Aplicativo desenvolvido para esta SLR

A tela de avaliação estava dividida na parte de extração dos dados (análise) e avaliaçãoda qualidade. As figuras seguintes apresentam o design destas funcionalidades:

As abas de análise começam a partir das questões 4 a 29, solicitadas para preenchimentodos dados relacionados aos trabalhos. As questões 1 a 3 se referiam ao título, autor e tipode base de dados (seguindo o mesmo padrão da planilha). Após uma avaliação informal deusabilidade, elas foram transferidas para a parte superior da tela, se caracterizando com umainformação ubíqua, ou seja, visível em todas as fases de análise e avaliação. Logo, a partir daanálise desses dados era possível realizar a avaliação da qualidade do trabalho.

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Figura E.2 – Tela de análise do trabalho – Visão Geral

Fonte: Aplicativo desenvolvido para esta SLR

Figura E.3 – Tela de análise do trabalho – Características

Fonte: Aplicativo desenvolvido para esta SLR

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Figura E.4 – Tela de análise do trabalho – Metodologia de Avaliação

Fonte: Aplicativo desenvolvido para esta SLR

Figura E.5 – Tela de análise do trabalho – Resultados

Fonte: Aplicativo desenvolvido para esta SLR

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Figura E.6 – Tela do programa com a exibição dos trabalhos

Fonte: Aplicativo desenvolvido para esta SLR

Figura E.7 – Tela de avaliação da qualidade – Visão Geral

Fonte: Aplicativo desenvolvido para esta SLR

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Figura E.8 – Tela de avaliação da qualidade – Características

Fonte: Aplicativo desenvolvido para esta SLR

Figura E.9 – Tela de avaliação da qualidade – Metodologia da avaliação

Fonte: Aplicativo desenvolvido para esta SLR

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Figura E.10 – Tela de avaliação da qualidade – Resultados

Fonte: Aplicativo desenvolvido para esta SLR