Relatório e Contas 2008 - Banco de Portugal · milhares de milhões de euros entre imparidades e...

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Banco BAI Europa, SA, sociedade anónima com sede na Av. António Augusto Aguiar, n.º130, em Lisboa, registada na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa com o número de matricula 11262. Capital Social EUR 30.000.000,00. NIPC N.º 505 274 922 Av. António Augusto Aguiar, n.º130, 6º andar 1050-020 Lisboa Tel. 21 351 37 50 Fax: 21 351 37 57 Swift BAIPPTPLXXX Banco BAI Europa, S.A. Relatório e Contas 2008

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Banco BAI Europa, SA, sociedade anónima com sede na Av. António Augusto Aguiar, n.º130, em Lisboa, registada na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa com o número de matricula 11262.

Capital Social EUR 30.000.000,00. NIPC N.º 505 274 922

Av. António Augusto Aguiar, n.º130, 6º andar 1050-020 Lisboa

Tel. 21 351 37 50 Fax: 21 351 37 57

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Banco BAI Europa, S.A.

Relatório e Contas 2008

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Índice

Relatório de Gestão ...................................................................... 3

Apreciação Geral ................................................................................................................4 Perspectivas Futuras ..........................................................................................................6 Agradecimentos ..................................................................................................................7 Enquadramento Macroeconómico 2008 ............................................................................9 Enquadramento da actividade do Banco BAI Europa ......................................................18 Avaliação e Gestão de Riscos ..........................................................................................21 Análise Financeira ............................................................................................................24 Proposta de Aplicação de Resultados .............................................................................28

Demonstrações Financeiras .................................................................... 29

Notas às Demonstrações Financeiras .................................................................... 34

Relatórios e Pareceres dos Auditores e Fiscal Único ............................................................. 87

Disciplina de Mercado .................................................................... 92

Nota introdutória .................................................................... 93

Declaração de Responsabilidade .................................................................... 94

Âmbito de Aplicação e Políticas de Gestão de Risco ...................................................... 95

Âmbito de aplicação ...............................................................................95

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Objectivos e políticas em matéria de gestão de risco ............................95

Adequação de Capitais .................................................................. 105

Síntese das principais características das diferentes rubricas e componentes dos fundos próprios: .................................................... 106 Síntese do método utilizado para auto-avaliação da adequação do capital interno .................................................................................................. 108

Risco de Crédito de Contraparte .................................................................. 111

Risco de Crédito .................................................................. 111

Aspectos Gerais – Informação Qualitativa .......................................... 111 Aspectos Gerais – Informação Quantitativa ........................................ 114 Método Padrão – Informação Qualitativa ............................................ 118 Método Padrão – Informação Quantitativa .......................................... 118

Técnicas de Redução do Risco de Crédito (RRC) .............................................................. 119

RRC - Informação Qualitativa .............................................................. 119 RRC - Informação Quantitativa ........................................................... 120

Risco Operacional ........................................................................ 121

Análise de Sensibilidade dos Requisitos de Capital ............................................................ 121

Risco de taxa de juro da carteira bancária – Informação Qualitativa . 121 Testes de esforço ................................................................................ 122 Risco de taxa de juro da carteira bancária – Informação Quantitativa 124

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Apreciação Geral

A actividade económica ao longo de 2008 decorreu num cenário de muitas incógnitas, em resultado da

crise dos mercados financeiros que se iniciou no verão de 2007. A incerteza sobre a real extensão das

perdas suportadas pelo sector financeiro mundial, na sequência do colapso do mercado imobiliário de

alto risco nos Estados Unidos, sub-prime, resultou numa redução significativa da confiança na solidez

das instituições financeiras, com a consequente perda de valor das acções representativas do capital

destas instituições.

Adicionalmente, muitas instituições financeiras, com receio de estarem expostas ao risco das suas

congéneres, começaram a mostrar uma forte relutância em colocar fundos no mercado interbancário.

Esta situação determinou numa crescente dificuldade de funding pelas instituições financeiras, tendo

colocado em risco a sobrevivência de algumas e suscitado sérios temores de alastramento da crise, o

que levou a que os Bancos Centrais efectuassem diversos tipos de intervenções no sistema financeiro,

desde cortes nas taxas de juro a injecções de liquidez nos mercados.

Como resposta aos efeitos desta crise, as taxas dos Federal Funds que no início de 2007 se

encontravam em 5,25%, foram drasticamente reduzidas, estando agora em níveis entre 0,00% e 0,25%.

Por seu turno, o BCE viu-se também obrigado a interromper o seu ciclo de subidas de taxas, que depois

de terem atingido 4,25%, a 9 de Julho de 2008, fecharam o ano em 2,50%, tendo já no corrente ano

baixado para 2,0%.

A crise financeira levou a maioria dos bancos internacionais a acumular prejuízos que ascendem a

milhares de milhões de euros entre imparidades e provisões. Em 15 de Setembro de 2008 verificou-se a

apresentação à falência do Lehman Brothers, o que elevou a crise para níveis inéditos tendo colocado

em sério risco a estabilidade do sistema financeiro internacional, forçando os Bancos Centrais, em

paralelo com os governos, a intervir novamente e em grande escala, desta vez com medidas de apoio às

instituições financeiras que incluíram a injecção de montantes elevados de capital e a concessão

extraordinária de garantias para viabilizar a emissão de dívida, tendo como objectivo facilitar o seu

financiamento no mercado e possibilitar o “funcionamento regular da economia”.

Neste cenário de grande instabilidade e incerteza, o Banco BAI Europa, S.A. (BAIE) desenvolveu a sua

actividade com extrema prudência, analisando atentamente os riscos acrescidos do mercado a que se

encontrava exposto, mas sem perder de vista as oportunidades apresentadas, ajustando a estrutura dos

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seus activos com o objectivo de maximizar os resultados ao mesmo tempo que mantinha os níveis de

risco sob controlo.

A actividade do Banco em 2008 foi caracterizada por um forte crescimento dos activos e passivos, bem

como por uma evolução favorável dos seus resultados, tendo-se registado um resultado liquido de €

2.015.842, mais 20,9% do que em 2007.

Outro factor significativo em 2008 foi o aumento do capital do Banco, de € 17,5 milhões para € 30

milhões, adequando assim a sua estrutura financeira ao crescimento verificado.

Os resultados alcançados advêm de vários factores, entre eles: (i) crescimento relevante da carteira de

crédito a clientes, (ii) aumento e volatilidade significativa das taxas de juro interbancárias durante o

segundo semestre e (iii) aumento do volume de transacções com a Casa Mãe.

Conforme acima referido, e não obstante o Banco ter mantido a sua política conservadora de concessão

de crédito, a carteira de crédito a clientes (não titulado) registou um aumento de 153,3%, atingindo €

89.585.549 no final do ano (2007 = € 35.370.417).

Os recursos de clientes também evidenciam um aumento relevante de 47,2% sobre o saldo no final do

ano transacto, tendo atingido € 119.264.913 em 31 de Dezembro de 2008. Os recursos de instituições

financeiras aumentaram 232,2%, tendo atingido € 1.002.460.453 na mesma data.

O rácio de cost to income foi de 35,1% no ano, evidenciando uma melhoria significativa de eficiência

comparativamente ao nível registado em 2007 de 65,9%.

Em 1 de Janeiro de 2008 o Banco implementou o Novo Acordo de Capital emitido pelo Comité de

Supervisão Bancária de Basileia (Basileia II). A implementação deste Novo Acordo envolveu um projecto

abrangente, que compreendeu não só a alteração dos requisitos de adequação de capital seguindo estas

novas regras (Pilar I), mas também uma análise detalhada dos sistemas de controlo interno do Banco

com especial ênfase nos sistemas de medição, gestão e reporte de riscos (Pilar II). O objectivo deste

projecto não se limita apenas a assegurar o cumprimento da regulamentação emitida pelo Banco de

Portugal, mas, visa também, um aperfeiçoamento da eficiência e da eficácia no modelo de gestão do

Banco.

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O rácio de solvabilidade no final de 2008 situava-se em 8,4%, apresentando uma redução significativa do

nível de 15,8% em 2007. Esta redução é consequência do crescimento significativo do balanço e da

diversificação dos activos que se traduziu em investimentos de risco, maturidade e rendimento

superiores aos detidos no ano transacto. A alteração das ponderações de posições de risco de crédito

em activos e em extrapatrimoniais e a introdução de requisitos de capital para risco operacional,

conforme previsto no Novo Acordo de Capital - Basileia II, também contribui para a redução deste

indicador.

Em 2008 deu-se, ainda, a alteração da imagem corporativa do Banco, integrada por um novo logótipo e

assinatura, acompanhando a mudança efectuada pela nossa Casa Mãe em Angola, o Banco Africano de

Investimentos, S.A. (BAI), e lançada no dia 25 de Maio, dia de Africa. A nova imagem reflecte o

desenvolvimento do BAI desde a sua inauguração em 1996, o espaço que ocupa não só em Angola, mas

igualmente nos outros países em que está presente e tem ainda em conta o futuro delineado para o

Banco.

Perspectivas Futuras

O FMI prevê para 2009 um cenário fortemente negativo, com uma antevisão de quase estagnação da

economia mundial e de contracção significativa, de -2%, das economias mais avançadas que, a verificar-

se, será a primeira contracção deste grupo de economias após a 2ª Guerra Mundial. No conjunto das

economias mais avançadas releva-se a previsão de contracção de -1,6% nos EUA, -2,0% na Zona Euro

(Alemanha, -2,5%; França, -1,9%; Itália, -2,1%; Espanha, -1,7%), -2,8% no Reino Unido e no Japão -

2,6%.

Para Portugal, a previsão oficial mais recente aponta para uma contracção da actividade de 0,8% em

2009. No entanto, declarações posteriores de alguns responsáveis pela politica económica bem como o

desempenho da economia, (muito aquém do esperado em 2008 – em especial a forte contracção

registada no 4º trimestre, de 2,1%), sugerem que o cenário poderá ser ainda mais desfavorável.

Para as economias emergentes e em desenvolvimento, a nova previsão é de um crescimento de 3,3%,

sendo de 3,4% para África (3,5% para a África ao sul do Sahara).

Neste cenário macroeconómico, as perspectivas para o BAIE, muito pouco exposto ao risco de crédito

do mercado português, tanto de particulares como de empresas, e actuando sobretudo num nicho de

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mercado que consiste no financiamento de transacções ou de investimentos dirigidos à economia

angolana, não são propriamente negativas, apesar da crise que afecta a generalidade dos sectores de

actividade em Portugal e do forte crescimento do crédito de cobrança duvidosa que se vem registando

no mercado bancário.

Entretanto, é expectável que a redução de taxas de juro, tanto do Euro como do USD – sobretudo deste

– poderão significar um menor potencial de proveitos em aplicações interbancárias e noutros

instrumentos de curto prazo, traduzindo-se numa redução da margem financeira.

Para a actividade e para as condições de exploração do BAIE será particularmente importante a

confirmação de um crescimento económico sustentado em Angola e, sobretudo, a manutenção de um

saldo positivo da balança de pagamentos com o exterior, incluindo os fluxos de capitais privados,

favorecendo a expansão das transacções e dos investimentos realizados por empresas residentes em

Portugal, alargando o espaço do nicho de mercado que constitui o seu principal alvo.

A valorização do USD em relação ao Euro, que se registou nos últimos meses, bem como a estabilidade

da relação KWANZA-USD, pode ter um impacto favorável para as empresas situadas nesse mesmo

nicho, com reflexos positivos para as operações do BAIE.

Parece, assim, que estão reunidas condições que recomendam ou até reforçam o prosseguimento da

estratégia de negócio que o BAIE adoptou nos últimos anos e que se tem caracterizado por uma elevada

prudência no crescimento da exposição aos riscos de crédito.

Neste contexto, o BAIE prosseguirá os seus objectivos, devendo no entanto admitir-se um crescimento

pouco significativo do negócio para o ano de 2009, face ao cenário macro económico subjacente

bastante mais adverso.

Agradecimentos Salienta-se, com muito agrado, o empenho de todos os Colaboradores do Banco, que continuam a

demonstrar elevada responsabilidade e competência no desempenho das suas tarefas. O

profissionalismo e dedicação demonstrado por esta equipa torna possível o cumprimento dos objectivos

que nos propomos realizar.

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Também se regista e agradece a confiança que os Clientes têm depositado no Banco, que nos estimula

para continuarmos a prestar um serviço de qualidade e de valor acrescentado, em especial visando o

aprofundamento das relações comerciais e económicas entre Portugal e Angola.

Agradecemos ainda o apoio e colaboração da Casa Mãe em Luanda, que muito tem contribuído para o

sucesso do nosso negócio.

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Enquadramento Macroeconómico 2008

A actividade económica mundial registou em 2008 um abrandamento sensível: de acordo com as últimas

estimativas divulgadas em finais de Janeiro pelo FMI em Update ao World Economic Outlook (WEO), o

crescimento terá abrandado de 5,2% em 2007 para 3,4% em 2008 (PIB calculado pelo método da

paridade dos poderes de compra).

O abrandamento foi bastante mais acentuado nas economias mais desenvolvidas, de 2,7% para 1% -

com realce para os EUA e a zona Euro - e nas novas economias industrializadas da Ásia, de 5,6% para

2,1%, sendo menos acentuado no grupo das economias emergentes onde se destacam a China e a

Índia, verificando-se neste caso uma redução da taxa de crescimento de 8,3% para 6,3%.

A desaceleração da actividade foi particularmente sensível no segundo semestre de 2008, em que

algumas das mais importantes economias entraram mesmo em fase de recessão - casos mais notáveis

os EUA, a Alemanha, o Japão e o Reino Unido – explicando-se, segundo a análise do próprio FMI, pelo

agravamento da crise financeira internacional.

A proliferação da crise financeira internacional, detonada pela implosão já em 2007 do mercado

hipotecário de mais alto risco nos EUA, conhecido por sub-prime e continuada através da generalizada

correcção dos preços dos activos financeiros e reais, veio, com efeito, introduzir uma perturbação

extraordinária nos cenários macro-económicos para 2008 e, em especial, para 2009.

Assim, no seu WEO publicado em Outubro de 2008 o FMI admitia já um cenário de recessão ou quase

recessão para as economias desenvolvidas no segundo semestre do ano e em 2009. Para a economia

mundial, depois do crescimento de 5,2% registado em 2007, a previsão era de desaceleração para 3,9%

em 2008 e 3,0% em 2009.

O FMI advertia, então, ainda, para a existência de substanciais riscos de um cenário mais adverso,

referindo em especial a persistência de um elevado stress nos mercados financeiros e o facto de o

processo de deleveraging, a seguir referido, poder vir a ser mais profundo e mais demorado, impondo

restrições adicionais no crédito à economia.

Após essas previsões, o FMI apresentou a 6 de Novembro, num primeiro Update do WEO, um cenário

mais desfavorável para 2008, com a redução do crescimento da economia mundial de 3,9 para 3,7%, e

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com as economias mais avançadas crescendo 1,4% e as economias emergentes e em desenvolvimento

6,6%.

Como se pode verificar, no mais recente Update, referido em 1., o cenário é ainda mais negativo quanto

a 2008 e é bastante negativo quanto a 2009, neste último ano com uma antevisão de quase estagnação

da economia mundial e de contracção significativa, de -2%, das economias mais avançadas. (ver quadro

seguinte)

Overview of the World Economic Outlook Projections

Year over Year Projections 2008 2009

World output1 3.4 0.5Advanced economies 1.0 -2.0 United States 1.1 -1.6 Euro area 1.0 -2.0 Germany 1.3 -2.5 France 0.8 -1.9Japan -0.3 -2.6United Kingdom 0.7 -2.8Emerging and developing economies2 6.3 3.3 Africa 5.2 3.4 Sub-Sahara 5.4 3.5Developing Asia 7.8 5.5 China 9.0 6.7 India 7.3 5.1 ASEAN-5 5.4 2.7Middle East 6.1 3.9World trade volume (goods and services) 4.1 -2.8Consumer prices Advanced economies 3.5 0.3Emerging and developing economies2 9.2 5.8London interbank offered rate (percent)3 On U.S. dollar deposits 3.0 1.3On euro deposits 4.6 2.2On Japanese yen deposits 1.0 1.0

Note: Real effective exchange rates are assumed to remain constant at the levels prevailing during December 08, 2008-January 05, 2009. Country weights used to construct aggregate growth rates for groups of countries were revised. 1The quarterly estimates and projections account for 90 percent of the world purchasing-power-parity weights. 2The quarterly estimates and projections account for approximately 76 percent of the emerging and developing economies. 3Six-month rate for the United States and Japan. Three-month rate for the euro area. Fonte: FMI

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Uma das consequências mais relevantes da crise financeira mundial e da forte correcção de valor dos

activos financeiros e reais que arrastou, é a necessidade de uma redução significativa do nível de

“leverage” – relação entre activos totais e fundos próprios – apresentado pelos balanços das instituições

financeiras na sequência das elevadas perdas de valor (ou imparidades) de uma boa parte dos seus

activos, com o seu reflexo directo na situação líquida e nos fundos próprios.

Essa redução, habitualmente designada por deleveraging pode ser feita mediante reforço dos seus

fundos próprios e/ou da redução dos níveis de exposição ao risco, com destaque para os riscos de

crédito. Acontece que o forte agravamento do cenário de crise de confiança a partir do final do 3º

Trimestre de 2008, em especial após a queda do Lehman Brothers um dos maiores bancos de

investimento americanos, precipitou um movimento acelerado de aversão ao risco e quebras acentuadas

nas cotações bolsistas.

Como resultado, o reforço dos fundos próprios das instituições financeiras tem-se revelado muito difícil

ou quase impossível, mesmo através de operações de mercado.

Esta situação viria a determinar, já no último trimestre de 2008, a intervenção forçada dos próprios

estados nacionais ou federais no provimento desses recursos, de forma mais ou menos concertada e a

partir do exemplo adoptado nos EUA com o TARP (Troubled Assets Relief Program), adoptado no final

do mês de Setembro pelo Congresso norte americano.

O TARP permitirá ao Tesouro americano, ao longo dos próximos dois anos, adquirir uma diversidade de

activos creditícios problemáticos (também designados por toxic assets) – em especial, os activos

suportados em ou relacionados com hipotecas sobre habitações ou espaços comerciais - detidos por

instituições de crédito com actividade nos EUA, até um total de USD 700 mil milhões.

Na Europa tem prevalecido a ajuda directa a instituições bancárias sob a forma de (i) subscrição de

reforços de capital, normalmente acções preferenciais, solução adoptada por exemplo no Reino Unido,

em França, na Bélgica, na Alemanha e na Holanda, (ii) prestação de garantia do Estado para operações

de financiamento, casos de Espanha e de Portugal, (iii) alargamento da cobertura nos sistemas de

garantia de depósitos, caso mais notável da Irlanda, ou ainda (iv) afectação de fundos públicos, via

sistema bancário, ao financiamento de sectores económicos tidos por prioritários no caso de Itália e

também de Espanha.

Face à dificuldade em obter fundos próprios através do mercado, a outra componente do deleveraging -

a redução das exposições de risco – tem vindo a desempenhar neste quadro de ajustamento um papel

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bastante importante, obrigando muitas instituições a conter rigidamente a aquisição de novos activos de

risco, em especial restringindo a concessão de crédito e/ou agravando o respectivo preço.

Ao mesmo tempo, o ambiente de extrema incerteza que se criou no tocante ao desempenho futuro da

actividade económica tem induzido a um agravamento da percepção do risco económico associado à

actividade das empresas não financeiras e aos seus investimentos, reforçando uma atitude mais

conservadora na concessão de credito.

A observação empírica do comportamento do mercado do crédito nos últimos tempos permite-nos

constatar esta nova realidade, ou seja, uma significativa mudança nos critérios de concessão de crédito

por parte dos bancos depois de vários (longos) anos em que as condições de acesso ao crédito

estiveram amplamente liberalizadas e em que os bancos, de uma forma geral, assumiram políticas

bastante agressivas de aumento das suas exposições de risco.

Como reflexo das maiores limitações no acesso a crédito bancário, as próprias empresas não financeiras

estão a ajustar os seus planos de actividades, restringindo ou adiando despesas correntes ou de

investimento, ou mesmo tentando desinvestir – dessa forma contribuindo para o abrandamento da

actividade económica e deprimindo mais os valores de activos reais e financeiros.

Ainda no tocante aos desenvolvimentos da crise financeira, cumpre destacar que foi possível, através de

vigorosas intervenções das autoridades monetárias e financeiras - a começar nos EUA, epicentro da

crise - evitar os riscos de uma catástrofe generalizada do sector bancário, a qual teria tido consequências

dramáticas para o funcionamento das economias.

O papel dos bancos centrais através de maciças injecções de liquidez no sistema bancário terá sido

neste contexto decisivo, conseguindo ultrapassar a extrema rigidez que chegou, sobretudo no final do 3º

e início do 4º trimestres de 2008, a afectar o funcionamento dos mercados interbancários em resultado

da desconfiança em relação à saúde financeira de muitas das instituições participantes.

A liquidez injectada pelos bancos centrais forneceu às instituições, de um modo geral, a liquidez

indispensável para poderem continuar a operar, cumprindo as suas próprias obrigações de passivo e

satisfazendo, embora com as restrições já mencionadas, a procura de moeda para transacções.

Nesta altura, a situação dos mercados interbancários pode considerar-se próxima da normalidade, sendo

já reduzidos os diferenciais entre as taxas oficiais de intervenção e as taxas de juro interbancárias, tanto

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no caso do USD como do Euro. Convém, no entanto, acrescentar que esta situação de quase

normalidade se verifica nos segmentos mais curtos dos mercados interbancários, existindo ainda

elevada resistência nos segmentos mais longos onde a percepção do peer risk é mais sensível.

Quanto ao processo de deleveraging aparenta encontrar-se numa fase inicial, pelo que os seus efeitos

deverão ainda fazer-se sentir por um período de tempo bastante mais longo.

Talvez pelas razões mencionadas nos dois parágrafos anteriores se começa a falar, também na Europa,

de iniciativas públicas dirigidas à clarificação dos balanços das principais instituições de crédito, visando

a separação dos chamados “activos tóxicos” (activos suspeitos de imparidades dificilmente

quantificáveis). A ideia, ainda em fase embrionária, parece consistir na criação de uma nova entidade –

tipo IFIC – cujo objecto consistiria em adquirir esses activos ao fair price, procurando depois coloca-los

no mercado pelo método da securitização.

Uma das consequências naturais do forte abrandamento económico assinalado pelo FMI consiste no

desaparecimento das tensões inflacionistas que marcaram, em especial, os dois primeiros trimestres de

2008, beneficiando da forte descida que se tem verificado nos preços das principais matérias-primas e,

também, na menor pressão para aumentos salariais que um cenário de crise económica propicia.

Com a eliminação das pressões inflacionistas num cenário de forte abrandamento da actividade, era de

esperar que as taxas de juro dos bancos centrais voltassem a níveis baixos – historicamente baixos - em

termos nominais e reais, procurando oferecer algum estímulo à actividade económica.

Assim, assistimos a reduções generalizadas nas taxas de juro mais representativas - a do FED em 0,5%

para 1% em Novembro e já em Dezembro para valores entre 0,00% e 0,25% - a mais baixa taxa de

sempre - a do BCE em 0,5% para 3,25% em Novembro, em Dezembro para 2,5% e em Janeiro de 2009

para 2,0%, e a do Banco de Inglaterra para 3,0% em Novembro, para 2,0% em Dezembro%, 1,5% em

Janeiro e em Fevereiro de 2009 para 1,0% - a taxa de juro mais baixa de sempre na história deste

Banco Central.

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ECB interest rates and the overnight interest rate

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

3,50

4,00

4,50

5,00

5,50

Jan-06 Abr-06 Jul-06 Out-06 Jan-07 Abr-07 Jul-07 Out-07 Jan-08 Abr-08 Jul-08 Out-08 Jan-09

minimum bid rate/f ixed rate in the main refinancing operations

deposit rate

overnight interest rate (EONIA)

marginal rate in the main refinancing operations

marginal lending rate

Fonte: Boletim mensal Fevereiro 2009 BCE

Money market interest rates(percentagens anuais; spread em pontos percentuais; dados diários)

1,5

1,8

2,1

2,4

2,7

3

3,3

3,6

3,9

4,2

4,5

4,8

5,1

5,4

5,7

6

Jul-07 Out-07 Jan-08 Abr-08 Jul-08 Out-08 Jan-09-1,2

-0,6

0

0,6

1,2

1,8

2,4

3

3,6

4,2

one-month EURIBOR (left-hand scale)

three-month EURIBOR (left-hand scale)

tw elve-month EURIBOR (left-hand scale)

spread betw een tw elve-month and one-month EURIBOR (right-hand scale)

Fonte: Boletim mensal Fevereiro 2009 BCE

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[ 15 ]

Money market interest rates (USD)(percentagens anuais; spread em pontos percentuais; dados diários)

0,00000

0,40000

0,80000

1,20000

1,60000

2,00000

2,40000

2,80000

3,20000

3,60000

4,00000

4,40000

4,80000

5,20000

5,60000

6,00000

Jul-07 Out-07 Jan-08 Abr-08 Jul-08 Out-08 Jan-09-1,2

-0,6

0

0,6

1,2

1,8

2,4

3

3,6

4,2

one-month LIBOR (left-hand scale)

three-month LIBOR (left-hand scale)

tw elve-month LIBOR (left-hand scale)

spread betw een tw elve-month and one-month LIBOR (right-hand scale)

Fonte: Boletim mensal Fevereiro 2009 BCE

Não são de excluir novas descidas das taxas de juro na Europa em 2009, caso o cenário de contracção

económica se acentue, podendo vir a verificar-se uma situação próxima da de Money for nothing

adoptada pela Reserva Federal americana. As expectativas inflacionistas baixaram, admitindo-se em

2009 uma inflação não superior a 1%.

Resta saber até que ponto um mercado bancário/financeiro em processo de deleveraging e sob o efeito

de um acentuado agravamento da percepção do risco terá condições para funcionar como transmissor

eficiente do alívio da política monetária para a economia, através de taxas de juro activas mais baixas –

e, também, até que ponto uma economia com expectativas tão baixas e um cenário tão incerto será

capaz de aproveitar o estímulo da política monetária para expandir os seus consumos ou investimentos.

Este problema é particularmente agudo no caso de países, como Portugal, em que todos os sectores

institucionais apresentam taxas de endividamento muito elevadas e em que um mais intenso recurso ao

crédito, tanto para consumo como para investimento, constitui uma opção sujeita a grandes limitações.

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[ 16 ]

O cenário de abrandamento económico e de entrada em fase recessiva a “reboque” dos insucessos da

economia americana por um lado e, por outro, a percepção da maior dificuldade em aplicar na Europa e

na zona Euro em particular, o mesmo tipo de medidas de estímulo monetárias, financeiras ou fiscais

projectadas ou anunciadas nos EUA para combater os efeitos da crise, criaram, a partir do 3º trimestre

de 2008, a noção de que o downturn poderia vir a ser mais prolongado e acentuado na Europa do que

nos EUA.

A percepção referida no parágrafo anterior explicará que, apesar da descida muito mais rápida das taxas

de juro nos EUA do que na Europa, a partir do início do 3º trimestre de 2008 o câmbio Euro/USD, depois

de um longo período de valorização que atingiu um pico histórico de quase 1,60 em Julho, tenha

invertido essa tendência, verificando-se, apesar de algumas oscilações em Novembro, uma apreciação

do USD que se tem mantido em 2009.

Câmbio EUR / USD

1,2

1,25

1,3

1,35

1,4

1,45

1,5

1,55

1,6

1,65

Jan-08 Fev-08 Mar-08 Abr-08 Mai-08 Jun-08 Jul-08 Ago-08 Set-08 Out-08 Nov-08 Dez-08

Câmbio EUR/USD

Embora a incerteza seja a nota dominante no que respeita às expectativas económicas, não

surpreenderá que a tendência de apreciação do USD ainda possa manter-se, nomeadamente se o

desequilíbrio da balança comercial norte americana continuar a diminuir, como tem sucedido nos últimos

meses e se as taxas de juro de longo prazo do USD vierem a superar as do Euro.

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[ 17 ]

Economia Angolana Passando ao caso particular da economia angolana, a previsão do WEO do inicio de Outubro era de

alguma desaceleração - de 16,0% em 2008 para 12,8% em 2009 - sendo mesmo assim, a taxa mais

elevada da amostra de países de África seleccionada pelo IMF.

Esta desaceleração da actividade em Angola era explicável sobretudo pela estabilização da produção de

petróleo que em 2009 não deverá crescer, podendo mesmo vir a registar algum decréscimo por força

das restrições já adoptadas ou ainda a adoptar pela OPEP, para tentar travar uma deterioração mais

acentuada dos preços do mercado do crude.

Em contraponto, deve esperar-se que o crescimento em Angola em 2009 venha a ter um maior

contributo dos sectores não-petrolíferos, traduzindo uma desejada redução da vulnerabilidade da

economia a choques adversos, como, por exemplo, o de uma quebra muito mais acentuada dos preços

do petróleo.

Saliente-se que já depois de apresentada a previsão do FMI, o Governo Angolano divulgou uma previsão

mais moderada, com um crescimento de 11,8%. Mas, tendo em conta as revisões em baixa entretanto

divulgadas, para o resto do mundo, não surpreenderá que em 2009 a economia angolana desacelere

mais do que o previsto, podendo vir a registar uma taxa de crescimento significativamente inferior a 10%.

Já quanto à balança de pagamentos, o IMF continuava a prever um saldo positivo bastante confortável

em 2009, de cerca de 15,9% do PIB (18,0% em 2008); mesmo que essa previsão não seja agora

realista, deverá esperar-se, não obstante, um excedente nos pagamentos com o exterior, o que será

importante para os países como Portugal que pretendem incrementar as suas trocas comerciais com

Angola.

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[ 18 ]

Enquadramento da actividade do Banco BAI Europa

Actividades Operacionais - Banca de Investimentos (BI) Em 2008, a Banca de Investimento manteve uma tendência de crescimento muito acentuada, conforme

evidenciado pelo aumento da sua carteira de crédito em operações de financiamento estruturadas não

tituladas em cerca de 288,1%.

A Banca de investimento tem vindo a desenvolver uma política de rigor e qualidade nos serviços

prestados e na personalização da relação com os seus Clientes, orientando-se pelos princípios

estratégicos da flexibilidade, profissionalismo e selectividade nas oportunidades de negócio.

Foram estruturadas diversas operações de financiamento, tendo a Banca de Investimentos sido capaz

de desenvolver a sua actividade, não apenas em Portugal e em Angola, mercados naturais para o BAIE,

mas também em países como o Uruguai, a Inglaterra e a Austrália.

Essa actividade incluiu, ainda, a prestação de serviços de assessoria financeira, análise e participação

em financiamentos estruturados por outros bancos e de produtos alternativos para investimento dos

recursos do Banco, de acordo com a política definida e implementada pela Administração. Merece

destaque a operação de financiamento de 80 Milhões de USD do Investec Bank (Australia) Limited, na

qual o BAIE actuou como “Mandated Lead Arranger”.

O quadro seguinte apresenta um resumo da evolução da carteira de crédito do BAIE: € Milhões

2008 2007 Δ %

DBC 36,9 21,8 69,3% DBI 52,4 13,5 288,1% Crédito vencido 0,3 0,2 50,0% Provisões Crédito vencido e de cobrança duvidosa -0,3 -0,2 50,0% Provisões Rísco-país -1,9 -0,1 1800,0%

Carteira de crédito a clientes líquida não titulada 87,4 35,2 148,3%

Papel Comercial 14,7 16,0 -8,1% Obrigações 5,6 4,8 16,7% Provisões Rísco-país -0,5 -0,5 - Carteira de crédito líquida titulada 19,8 20,3 -2,5% Total carteira de crédito 107,2 55,5 93,2%

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[ 19 ]

- Banca Comercial (BC) A área de Banca Comercial tem como missão a prestação de serviços de elevada qualidade ao sector

empresarial, ao abrigo de uma estratégia de negócio claramente definida, que envolve a captação

selectiva de clientes. O prosseguimento desta estratégia proporcionou um aumento da sua carteira de

clientes, pese embora o facto de o Banco ter continuado a seguir uma política de crédito muito

conservadora e focalizada no seu mercado alvo.

No actual cenário de crise económica, as vantagens desta politica tornam-se mais visíveis e, no

respeitante ao crédito vencido, a carteira do BAI não mostra qualquer correlação com a evolução do

crédito vencido no restante sistema bancário português. De facto, a qualidade do crédito continua a

demonstrar bons níveis, não obstante a forte degradação da conjuntura, sendo o indicador Credito

Vencido / Crédito Total de, apenas 0,3% no final de 2008, e de 0,4% no período homólogo.

A captação de recursos foi também bem sucedida em 2008. Os recursos de clientes cresceram 47,2%

relativamente ao ano anterior, e no final de 2008 totalizaram €119.264.913 (€ 81 milhões em 2007). Este

aumento foi acompanhado por uma alteração na composição da carteira em termos de moeda. No final

de 2008, a percentagem de depósitos denominados em EUR atingiu 32,0% do total da carteira. (20,8%

em 2007).

- Mercados Financeiros A área de Mercados Financeiros desempenha funções em duas vertentes distintas, designadamente,

uma de negócio, com o objectivo de rentabilizar os recursos do Banco que não estão aplicados em

crédito concedido, e outra de gestão dos riscos financeiros do balanço.

Na vertente de negócio, esta área evidenciou em 2008 um desempenho muito positivo, com reflexo no

produto bancário do BAIE. A crise financeira e a escassez de liquidez nos mercados interbancários

criaram oportunidades para o Banco, que se empenhou em obter o máximo proveito do seu excesso de

liquidez aplicando fundos em instituições e instrumentos com perfis de risco adequados à sua politica.

Para além disso, é de assinalar um acréscimo significativo no volume das operações realizadas com

clientes a nível do mercado cambial, e, também, a participação em operações de papel comercial

emitidas por empresas portuguesas, colocadas por outros bancos da praça.

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[ 20 ]

No que se refere à gestão dos riscos do balanço é matéria contemplada na secção seguinte, “Avaliação

e Gestão de Riscos”.

Actividades de Suporte - Sistemas de Informação (DSI) Este Departamento tem por missão gerir e garantir a segurança do parque informático (hardware), dos

sistemas de informação (software), das bases de dados e das redes de comunicação do Banco.

Ao DSI cabe ainda prestar apoio a todos os utilizadores dos sistemas informáticos do Banco e analisar

as suas necessidades com o objectivo de assegurar um ambiente de trabalho, tão eficiente e produtivo

quanto possível.

Entre os vários projectos desenvolvidos ao longo do ano destacam-se os seguintes:

• A migração do sistema TEI (Transferências Electrónicas Interbancárias) para o sistema SEPA

(Single Euro Payments Área) na vertente de transferências a crédito;

• A implementação de uma aplicação suportada em tecnologia Outsystems para a gestão das

respostas a pedidos de informação ou de execução judicial ou fiscal provenientes de organismos

públicos (tribunais e administração fiscal);

• A implementação de uma solução integrada, o SAP Business One, para a gestão administrativa

e tratamento contabilístico de operações com fornecedores, clientes não financeiros e

imobilizado.

Foi também efectuado o trabalho de preparação e testes para a adopção do Target 2 e do novo sistema

de informação da Central de Responsabilidades de Crédito do Banco de Portugal, com implementação

prevista para o início de 2009.

- Auditoria Interna (DAI) É da responsabilidade do DAI assegurar que os processos operacionais do Banco são adequados para

identificar, monitorizar e controlar os riscos a que este se encontra exposto, numa perspectiva de

custo/benefício. Adicionalmente, o DAI tem por incumbência acompanhar todas as actualizações das

normas e instruções emitidas pelo Banco de Portugal, assegurando, segundo orientações da

Administração, o seu efectivo cumprimento.

Durante o ano, o DAI efectuou várias acções de auditoria interna e continuou o seu trabalho no apoio à

formalização dos procedimentos de controlo interno do Banco.

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[ 21 ]

O controlo e prevenção de actividades de branqueamento de capitais continuam a constituir uma área

relevante, requerendo uma monitorização das operações e um acompanhamento constante, com

actualizações regulares das normas emitidas pelo Banco de Portugal e por outras entidades nacionais e

estrangeiras.

- Recursos Humanos (RH) Em 31 de Dezembro de 2008 o Banco contava com um total de 20 Colaboradores (20 em 2007). O

pessoal ao serviço do Banco é, com certeza, o seu activo mais valioso e determinante do seu sucesso.

O Banco possui uma equipa de jovens profissionais de talento e com um leque de experiências variado,

muito centrada na qualidade da prestação de serviços aos clientes, com a preocupação de conduzir a

sua actividade em observância das normas legais e regulamentares aplicáveis.

Tem-se procurado criar ao longo dos últimos anos uma cultura própria, de rigor e de exigência,

mantendo ao mesmo tempo um ambiente de trabalho estimulante, factores que muito têm contribuído

para alcançar os objectivos comerciais, operacionais e económicos estabelecidos.

Avaliação e Gestão de Riscos

A gestão e controlo dos riscos tem por base a identificação e análise da exposição do BAIE aos diversos

riscos que decorrem do exercício da sua actividade e a definição de estratégias e politicas de prevenção

e mitigação desses riscos.

- Risco de Crédito O Departamento de Risco de Crédito foi constituído em 2007 para assegurar qualidade e eficiência na

aprovação das operações de crédito e, também, melhorar o controlo e gestão do risco proveniente das

operações do DBC. A concessão de crédito e subsequente gestão da exposição estão sujeitos a

procedimentos rigorosos que asseguram o cumprimento da estratégia definida e, outrossim, das normas

prudenciais estabelecidas pelo organismo de supervisão bancária.

A melhoria dos indicadores de risco da carteira de crédito é fruto dos procedimentos que têm vindo a ser

adoptados ao longo do tempo, a nível quer da monitorização e avaliação da exposição aos riscos, quer

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[ 22 ]

do accionamento de mecanismos adequados de intervenção e de detecção de situações de alerta. O

rácio de Credito Vencido / Crédito Total era de 0,32%, no final de 2008.

Riscos de Balanço A gestão do risco do balanço envolve os riscos financeiros referentes aos activos e passivos no balanço,

abrangendo liquidez, taxa de juro e taxa de câmbio. (Asset and Liability Management, ALM).

A área de Mercados Financeiros (MF) é responsável pela gestão destes riscos, actuando dentro das

políticas e linhas orientadoras estabelecidas pela Administração Executiva.

- Risco de Liquidez O risco de liquidez consiste no risco do Banco não dispor de fundos suficientes para dar satisfação às

suas responsabilidades monetárias, especialmente no curto prazo.

A área de MF é responsável pela gestão da liquidez, efectuada em função dos montantes e prazos dos

compromissos assumidos e dos recursos obtidos, actuando no mercado na colocação de fundos, em

especial no mercado interbancário.

O Banco tem assumido uma posição conservadora na gestão da liquidez, mantendo sempre uma

posição muito líquida a curto prazo, de forma a poder satisfazer as suas necessidades de tesouraria em

qualquer situação de stress.

Considerando a percentagem dos activos aplicados em contrapartes financeiras, o recente contexto dos

mercados financeiros exigiu a atenção especial por parte da área de MF no que diz respeito à

reavaliação e acompanhamento dos limites das contrapartes com as quais o Banco estabelece

transacções.

- Risco de Taxa de Juro O risco de taxa de juro representa o impacto na margem financeira de alterações na taxa de juro,

originadas pela existência de mismatches nos prazos de repricing dos activos e passivos.

A área de MF é responsável pela gestão diária do risco de taxa de juro, sendo a política do Banco nesta

matéria também conservadora.

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[ 23 ]

São feitas avaliações periódicas dos mismatches das taxas de juro nos activos e passivos e das

tendências dos movimentos das taxas de juro do EUR e USD de forma a monitorizar e gerir a possível

exposição do Banco a situações de risco.

- Risco Cambial O Banco opera principalmente com activos/passivos em USD e EUR. A política adoptada vai no sentido

de não manter posições cambiais abertas de montantes significativos e, consequentemente, posições

resultantes de operações em USD são cobertas com os instrumentos adequados e de acordo com

limites definidos.

A área de MF é também responsável pela gestão diária do risco cambial, dentro dos limites e seguindo

os procedimentos estabelecidos.

A monitorização deste risco é feita numa base intra-diária através do acompanhamento permanente da

posição cambial global, bem como da análise da natureza da posição em aberto face ao comportamento

de cada divisa no mercado.

- Risco de Mercado A actividade de negociação em mercados financeiros não tem expressão na actuação do Banco, e por

essa razão, o Banco não está exposto a risco de mercado que mereça atenção especial.

Os activos financeiros titulados apresentados no balanço do Banco representam investimentos em que o

objectivo de rentabilidade encontra-se fundamentado nos respectivos cash-flows futuros esperados, e

não em ganhos de estratégias especulativas de mercado, pelo que a análise destes activos é baseada

na componente de risco de crédito das contrapartes.

- Risco Operacional O risco operacional é o risco de prejuízo resultante de processos, da intervenção de pessoas, ou de

sistemas, inadequados ou insuficientes, ou ainda de eventos externos adversos.

O Banco tem vindo e continuará a prosseguir todos os esforços, tendo em vista a melhoria contínua do

seu funcionamento, mitigando, na maior extensão possível, o risco operacional inerente à sua actividade.

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[ 24 ]

Análise Financeira

Apresenta-se, de seguida, uma breve análise das Demonstrações Financeiras e da actividade do BAIE

em 2008.

Demonstração de Resultados

31-Dez-08 31-Dez-07 Δ %

Juros e rendimentos similares 28 978 042 18 729 861 54,7%

Juros e encargos similares (24 180 466) (16 458 625) 46,9%

Margem Finaceira (MF) 4 797 576 2 271 236 111,2% Operações Finaceiras (OF) 1 369 541 516 605 165,1%

Margem bruta (MF+OF) 6 167 117 2 787 841 121,2% Comissões Liquidas (CL) 1 349 314 928 508 45,3%

Outros Resultados Operacionais (ORO) 2 475 ( 34 297) -107,2%

Produto Bancário (PB=MF+MC+ORO) 7 518 906 3 682 052 104,2%

Custos de Transformação (CT) (2 503 333) (2 125 570) 17,8%

EBITA (PB-CT) 5 015 573 1 556 482 222,2% Amortizações do exercício (A) ( 136 994) ( 302 645) -54,7%

Provisões e imparidade líquidas de reposições e reversões (2 157 336) 343 716 -727,7%

Resultado antes de impostos 2 721 243 1 597 553 -70,3% Impostos ( 705 401) 69 167 -1119,9%

Resultado líquido do exercício 2 015 842 1 666 720 -20,9% Cost to income [(CT+A)/PB] -35,1% -65,9% -46,8% O BAIE registou assim um resultado positivo de € 2.015.843 na conta de Resultados do Exercício,

superior ao apurado em 2007.

A margem financeira ascendeu a € 4.797.576 (€ 2.271.236 em 2007). Este aumento significativo deriva,

não só do incremento do volume de recursos captados junto de instituições financeiras e clientes, mas

também da subida das taxas de juro activas resultante da maior diversificação dos activos.

As comissões líquidas também evidenciaram um acréscimo expressivo em resultado de um aumento

da actividade relacionada com créditos documentários e, também, das actividades de concessão de

crédito das áreas de negócio de Banca Comercial e Banca de Investimentos.

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Os custos de transformação de € 2.503.333 reflectem um aumento de 17,8% sobre o montante

registado no ano transacto, essencialmente em resultado do reforço do quadro de colaboradores do

Banco (evidenciado pela diferença entre o numero médio de colaboradores durante o ano, 2008 – 19;

2007 – 17) e, também, da adjudicação de um projecto de consultoria à empresa Ernst &Young no âmbito

de Basileia II/Pilar II e do Controlo Interno, que implicou um custo relevante para o Banco. Todavia, o

acréscimo do produto bancário foi significativamente superior ao aumento nos custos de transformação,

resultando num rácio cost to income de 35,1%, evidenciando o compromisso do Banco na gestão e

controlo dos seus custos de estrutura.

A rubrica de Provisões e imparidade líquidas de reposições e reversões reflecte um débito de € 2

157 336, comparado com um crédito no ano transacto de € 343 716. O movimento líquido a crédito em

2007 resultou da reversão de uma provisão referente a um financiamento de valor significativo,

recuperado. Em 2008, o BAIE constituiu provisões para risco-país em cerca de € 1,8 milhões, referentes

a operações com entidades residentes na República de Angola e em Cabo Verde, sobre as quais o

Banco de Portugal impõe provisões de 10% e 25% respectivamente, anotando-se contudo, que o BAIE

considera bastante reduzido o risco de incumprimento nessas operações.

Balanço

31-Dez-08 31-Dez-07 Δ %

Activos financeiros: Disponibilidades 123 543 147 34 494 181 258,2%

Aplicações em instituições de crédito 925 302 519 311 159 162 197,4%

Crédito a clientes 87 403 960 35 062 627 149,3%

Investimentos detidos até à maturidade 15 315 005 16 585 102 -7,7%

Outros activos financeiros 12 498 962 6 602 251 89,3%

Total activos financeiros 1164 063 593 403 903 323 -188,2% Activos não financeiros 516 899 1 114 562 -53,6% Total activos 1164 580 492 405 017 885 -187,5% Passivos financeiros:

Recursos de instituições de crédito 1002 460 453 301 758 449 232,2%

Recursos de clientes 119 264 913 81 012 318 47,2%

Passivos Subordinados 4 500 508 4 500 721 0,0%

Outros passivos financeiros 5 784 345 40 051 14342,4%

Total passivos financeiros 1132 010 219 387 311 539 -192,3%

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[ 26 ]

Outros passivos não financeiros 1 954 642 1 216 925 60,6%

Capital 30 000 000 17 500 000 71,4%

Reservas de reavaliação ( 374 414) 15 217 0,0%

Outras reservas e resultados transitados (1 025 797) (2 692 516) -61,9%

Resultado do exercício 2 015 842 1 666 720 20,9%

Total passivos e capital próprio 1164 580 492 405 017 885 -187,5%

Activos O aumento verificado na rubrica de Disponibilidades reflecte, na sua maioria, os depósitos no Banco de

Portugal no final do ano, que representaram cerca de 90% desta rubrica.

O Crédito a clientes registou um aumento significativo de € 52,3 milhões, sobretudo consequência das

acções comerciais que o Banco tem vindo a desenvolver, sem prejuízo de uma política de crédito

conservadora.

O aumento de 89,3% na rubrica de Outros activos financeiros (Activos financeiros detidos para venda

e ao justo valor por via de resultados) é fruto maioritariamente do investimento do Banco num Fundo de

Investimento no início do ano, tendo o Fundo ao longo de 2008 efectuado várias chamadas de capital.

Passivo e capitais próprios Os Recursos de IC no estrangeiro são representados em 57,2% por depósitos do nosso accionista

maioritário e de outra entidade relacionada do grupo. Durante o ano, o BAIE teve sucesso na angariação

de depósitos em montantes significativos de outras instituições, alargando assim as suas contrapartes. A

grande maioria dos depósitos no passivo do Banco continua a ser denominados em USD, estando assim

sujeitos a variações cambiais desta divisa, quando reflectidos no balanço em Euros.

Os Recursos de clientes aumentaram significativamente em 47,2%. No entanto, conforme referido em

anos anteriores e devido também ao facto de o Banco não lidar com clientes de retalho, a carteira de

depósitos continua a ser caracterizada por uma elevada concentração, o que implica necessariamente

uma certa volatilidade.

O Capital foi aumentado durante o ano, de € 17,5 milhões para € 30,0 milhões. Este aumento

possibilitou o crescimento do balanço, tendo o activo atingido € 1 165 milhões no final de 2008. (2007 - €

405 milhões).

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[ 27 ]

A 31 de Dezembro de 2008, o rácio de solvabilidade, apurado de acordo com as regras definidas pelo

Banco de Portugal para efeitos de adequação de requisitos de fundos próprios, ascendia a 8,4%,

estando acima do limite mínimo de 8%.

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Banco BAI Europa, S.A. Relatório de Gestão 2008

[ 28 ]

Proposta de Aplicação de Resultados

Nos termos das disposições legais e estatutárias, o Conselho de Administração propõe que o Resultado Líquido de

Euros 2.015.842 seja transferido para Resultados Transitados.

Lisboa, 19 de Fevereiro de 2009

O Conselho de Administração

José Paiva Manuel Vicente

Presidente Vice-Presidente

Paula Gray António Pinto Duarte

Vice-Presidente Administrador

José Massano

Administrador

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Banco BAI Europa, S.A. Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2008

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BANCO BAI EUROPA, S.A.BALANÇOS (NCA)EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008 E 2007

Activo PassivoCaixa e disponibilidades em bancos centrais 3 111 445 417 111 445 417 18 910 492 Recursos de bancos centrais 16 440 370 186 1 453 256 Disponibilidades em outras instituições de crédito 4 12 097 730 12 097 730 15 583 689 Passivos financeiros detidos para negociação 5 2 651 376 40 051 Activos financeiros detidos para negociação 5 899 525 - 899 525 881 077 Outros passivos financ. ao justo valor através de resultados 6 3 132 969 - Outros activos financ. ao justo valor através de resultados 6 3 132 969 - 3 132 969 - Recursos de outras instituições de crédito 16 562 090 267 300 305 193 Activos financeiros disponíveis para venda 7, 18 8 020 981 ( 502 982) 7 517 999 4 772 705 Recursos de clientes e outros empréstimos 17 119 264 913 81 012 318 Aplicações em instituições de crédito 8 925 302 519 - 925 302 519 311 159 162 Responsabilidades representadas por títulos - - Crédito a clientes 9,18 89 585 549 (2 181 589) 87 403 960 35 062 627 Passivos financeiros associados a activos transferidos - - Investimentos detidos até à maturidade 10 15 315 005 - 15 315 005 16 585 102 Derivados de cobertura - - Activos com acordo de recompra - - - - Passivos não correntes detidos para venda - - Derivados de cobertura - - - - Provisões 18 663 218 339 150 Activos não correntes detidos para venda - - - - Passivos por impostos correntes 14 44 382 30 445 Propriedades de investimento - - - - Passivos por impostos diferidos 14 16 465 20 794 Outros activos tangíveis 11 1 107 475 ( 859 994) 247 481 271 987 Instrumentos representativos de capital - - Activos intangíveis 12 639 829 ( 550 940) 88 889 19 582 Outros passivos subordinados 19 4 500 508 4 500 721 Investimentos em filiais e associadas 13 948 469 - 948 469 948 469 Outros passivos 20 1 230 577 826 536 Activos por impostos correntes - - - Total de Passivo 1 133 964 861 388 528 464 Activos por impostos diferidos 14 28 492 - 28 492 696 163 Capital PróprioOutros activos 15 152 037 - 152 037 126 830 Capital 21 30 000 000 17 500 000

Prémios de emissão - - Outros instrumentos de capital - - (Acções próprias) - - Reservas de reavaliação 21 ( 374 414) 15 217 Outras reservas e resultados transitados 21 (1 025 797) (2 692 516)Resultado do exercício 21 2 015 842 1 666 720 (Dividendos antecipados) - - Total de Capital Próprio 30 615 631 16 489 421

Total de Activo 1 168 675 997 ( 4 095 505) 1 164 580 492 405 017 885 Total de Passivo + Capital Próprio 1 164 580 492 405 017 885

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras

31-Dez-08

Provisões, imparidade e amortizações

Valor líquidoNotas

Valor antes de provisões,

imparidade e amortizações

(Montantes expressos em euros)

31-Dez-07 31-Dez-0731-Dez-08Notas

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BANCO BAI EUROPA, S.A.

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS (NCA)

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DEZEMBRO DE 2008 E 2007

(Montantes expressos em euros) Notas 31-Dez-08 31-Dez-07

Juros e rendimentos similares 22 28 978 042 18 729 861

Juros e gastos similares 22 (24 180 466) (16 458 625)

Margem financeira 22 4 797 576 2 271 236

Rendimentos de instrumentos de capital - -

Rendimentos de serviços e comissões 23 1 411 224 975 744

Encargos com serviços e comissões 23 ( 61 910) ( 47 236)

Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados 24 ( 205 171) 152 030

Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 7 29 510 555

Resultados de reavaliação cambial 1 545 202 364 160

Resultados de alienação de outros activos - ( 140)

Outros resultados de exploração 25 2 475 ( 34 297)

Produto bancário 7 518 906 3 682 052

Custos com pessoal 26 (1 418 341) (1 190 488)

Gastos gerais administrativos 27 (1 084 992) ( 935 082)

Amortizações do exercício 11, 12 ( 136 994) ( 302 645)

Provisões líquidas de reposições e anulações 18 ( 324 068) ( 57 857)

Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (líquidas de reposições e anulações) 18 (1 734 874) 877 084

Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações 18 ( 98 394) ( 475 511)

Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações - -

Resultado antes de impostos 2 721 243 1 597 553

Impostos 28 ( 705 401) 69 167

Correntes 28 ( 44 661) ( 84 737)

Diferidos 28 ( 660 740) 153 904

Resultado após impostos 2 015 842 1 666 720

Do qual: Resultado após impostos de operações descontinuadas - -

Resultado líquido do exercício 2 015 842 1 666 720

Resultado por acção 0,44 0,48

As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

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BANCO BAI EUROPA, S.A.

DEMONSTRAÇÃO DE ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO (NCA)

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008 E 2007

(Montantes expressos em euros)

Capital Prémios de

emissão

Outros instrumentos

de capital

(Acções próprias)

Reservas de reavaliação

Outras reservas e resultados transitados

Resultado do exercício

(Dividendos antecipados) Total Capital

Saldos em 31 de Dezembro de 2006 17 500 000 - - - - (2 925 943) 233 425 - 14 807 482

Incorporação em reservas do resultado líquido de 2006 - - - - - 233 425 ( 233 425) - -

Reservas reavaliação: activos disponíveis para venda - - - - 15 217 - - - 15 217

Resultado gerado no exercício de 2007 - - - - - - 1 666 720 - 1 666 720

Saldos em 31 de Dezembro de 2007 17 500 000 - - - 15 217 (2 692 516) 1 666 720 - 16 489 421

Incorporação em reservas do resultado líquido de 2007 - - - - - 1 666 720 (1 666 720) - -

Reservas reavaliação - - - - ( 389 631) - - - ( 389 631)

Aumento de capital 12 500 000 - - - - - - - 12 500 000

Resultado gerado no exercício de 2008 - - - - - - 2 015 842 - 2 015 842

Saldos em 31 de Dezembro de 2008 30 000 000 - - - ( 374 414) (1 025 797) 2 015 842 - 30 615 631

As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

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BANCO BAI EUROPA, S.A. DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008 E 2007

(Montantes expressos em euros)

31-Dez-08 31-Dez-07

Actividades operacionais Juros, comissões e outros proveitos recebidos 26 593 926 21 294 346 Juros, comissões e outros custos pagos (20 237 256) (18 602 981)Resultados cambiais e de outras operações financeiras 7 055 335 ( 223 903)Pagamento a empregados e fornecedores (2 278 772) (2 054 325)

Fluxo líquido operacional antes das variações nos activos e passivos 11 133 233 413 137 Diminuições (aumentos) em:

Investimentos detidos até à maturidade 1 347 317 (12 979 304)Aplicações em instituições de crédito (610 622 568) 44 829 660 Crédito a clientes (53 662 796) (11 054 030)Outros activos 9 226 ( 11 356)

Fluxo líquido proveniente de activos operacionais (662 928 821) 20 784 970 Aumentos (diminuições) em:

Recursos de outras instituições de crédito e de bancos centrais 696 945 169 (8 962 055)Recursos de clientes 38 148 582 3 123 262 Outros passivos e contas de regularização ( 146 167) ( 111 965)

Fluxo líquido proveniente de passivos operacionais 734 947 584 (5 950 758)Contribuição para responsabilidades com pensões de reforma ( 207 774) ( 142 152)Pagamento de impostos sobre lucros ( 84 737) ( 37 619)

Caixa ilíquida das actividades operacionais 82 859 485 15 067 578 Actividades de investimento Rendimento de activos financeiros disponíveis para venda 29 510 555 Aquisições de investimentos em filiais e associadas, líquidas de alienações - - Aquisições de activos financeiros disponíveis para venda, líquidas de alienações (2 783 732) (5 074 684)Aquisições de outros activos financeiros ao justo valor líquidas de alienações (3 132 969) - Aquisições de activos tangíveis e intangíveis, líquidas de alienações ( 152 090) ( 80 496)Caixa líquida das actividades de investimento (6 039 281) (5 154 625)Actividades de financiamento Juros de passivos subordinados ( 271 240) ( 230 263)Aumentos de capital 12 500 000 - Dividendos distribuídos - - Caixa líquida das actividades de financiamento 12 228 760 ( 230 263)Aumento (diminuição) líquido de caixa e seus equivalentes 89 048 964 9 682 690 Caixa e seus equivalentes no início do período (notas 3 e 4) 34 494 182 24 811 492

Caixa e seus equivalentes no final do período (notas 3 e 4) 123 543 146 34 494 182

As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

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Banco BAI Europa, S.A. Notas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2008

(Montantes expressos em euros)

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Banco BAI Europa, S.A. Notas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2008

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1 Introdução O BANCO BAI EUROPA, S.A. (“BAIE” ou “Banco”) tem sede em Lisboa, foi constituído em 26 de Agosto de 2002 ao abrigo da autorização concedida por Portaria da Ministra de Estado e das Finanças, de 10 de Maio de 2002, sucedendo à Sucursal do BANCO AFRICANO DE INVESTIMENTOS, S.A. (“BAI”) em Portugal e tem como objecto o exercício da actividade bancária. Actualmente o Banco exerce a sua actividade através da sua sede e de um balcão em Lisboa. A actividade do BAIE está sujeita à supervisão do Banco de Portugal, sendo considerado uma instituição financeira de acordo com o Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de Dezembro. 2. Bases de apresentação e principais políticas contabilísticas As Demonstrações financeiras agora apresentadas foram preparadas no sentido de dar cumprimento à legislação em vigor. 2.1 Bases de apresentação As demonstrações financeiras anexas foram preparadas com base nos registos contabilísticos do BAIE e processadas de acordo com as Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA) estabelecidas pelo Banco de Portugal no Aviso n.º 1/2005, de 21 de Fevereiro, e nas Instruções n.º 23/2004 e n.º 9/2005, na sequência da competência que lhe foi atribuída pelo n.º 1 do artigo 115 do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de Dezembro. As NCA correspondem em geral às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS) tal como adoptadas pela União Europeia (EU) no âmbito do disposto no Regulamento (CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, transposto para legislação portuguesa através do Decreto-Lei n.º 35/2005, de 17 de Fevereiro, e do Aviso n.º 1/2005 do Banco de Portugal, de 21 de Fevereiro, excepto quanto às seguintes matérias:

i) Valorimetria dos créditos a clientes e outros valores a receber – Na data do reconhecimento inicial são registados pelo valor nominal, sendo a componente de juros, comissões e custos externos imputáveis às respectivas operações subjacentes reconhecida segundo a regra de pro rata temporis, quando se trate de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês;

ii) Provisionamento de créditos a clientes e outros valores a receber – As provisões para esta classe de activos financeiros encontra-se sujeito a um quadro mínimo de referência para constituição de provisões específicas, gerais e risco-país, nos termos definidos no Aviso n.º 3/95 do Banco de Portugal, com as alterações introduzidas pelos Avisos n.º 8/2003 e n.º 3/2005;

iii) Activos tangíveis – Na data do reconhecimento inicial são registados ao custo de aquisição, mantendo-se subsequentemente ao custo histórico, salvo quando se verifiquem reavaliações legalmente autorizadas; e

iv) o impacto ao nível das responsabilidades por pensões de reforma, resultante da aplicação da IAS 19 com referência a 31 de Dezembro de 2005 poderá ser reconhecido em resultados transitados, através de um plano de prestações uniformes por um prazo de 5 anos, com excepção da parte relativa a responsabilidades por cuidados médicos pós-emprego e alteração dos pressupostos relativos à tábua de mortalidade, para as quais o prazo se estende até aos 7 anos, conforme definido nos Avisos do Banco de Portugal n.º 4/2005 e n.º12/2005, de 21 de Fevereiro e 22 de Dezembro, respectivamente.

As IAS/IFRS são as normas e interpretações adoptadas pelo International Accounting Standards Board (IASB) que compreendem as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS), as Normas Internacionais de Contabilidade (IAS) e as Interpretações emitidas pelo Internacional Financial Reporting Interpretation Committee (IFRIC) ou pelo anterior Standard Interpretation Committee (SIC). Estas demonstrações financeiras foram aprovadas para emissão pelo Conselho de Administração em 19 de Fevereiro de 2009.

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Banco BAI Europa, S.A. Notas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2008

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2.2 Uso de estimativas nas demonstrações financeiras A preparação das demonstrações financeiras requer que a gestão do Banco adopte pressupostos e efectue estimativas que afectam activos, passivos, réditos e custos, nomeadamente nas áreas de: Provisões para crédito concedido O Banco apreciou a sua carteira de crédito no sentido de apurar sobre a necessidade de provisões para crédito adicionais aos limites mínimos definidos pelo Banco de Portugal, utilizando para o efeito estimativas sobre os fluxos de caixa recuperáveis incluindo os originados pelas eventuais recuperações e realizações de colaterais. Impostos sobre lucros O Banco reconheceu impostos diferidos activos no pressuposto da existência de matéria colectável futura e tendo por base legislação fiscal em vigor ou já publicada para aplicação futura. Eventuais alterações futuras na legislação fiscal podem influenciar as quantias expressas nas demonstrações financeiras relativas a impostos diferidos. Justo valor de derivados e activos financeiros não cotados O justo valor de instrumentos financeiros derivados e activos financeiros não cotados foi estimado com base em métodos de avaliação e teorias financeiras, utilizando pressupostos de mercado ou de entidades terceiras. Os resultados alcançados com estes modelos dependem dos pressupostos utilizados. Pensões de reforma e outros As responsabilidades por pensões de reforma e sobrevivência são estimadas com base em tábuas actuariais e pressupostos de crescimento das pensões e dos salários (nota 30). Estes pressupostos são baseados nas expectativas do BAIE à data de balanço, para o período durante o qual irão ser liquidadas as responsabilidades. 2.3 Conversão de saldos e transacções em moeda estrangeira (IAS 21) As demonstrações financeiras são expressas na moeda funcional, Euros, em virtude de ser a moeda utilizada no ambiente económico principal em que o Banco opera. Os activos e passivos financeiros em moeda estrangeira são registados nas respectivas moedas de denominação. A conversão para euros dos activos e passivos expressos em moeda estrangeira é efectuada da seguinte forma:

i) Os activos e passivos monetários são convertidos para moeda funcional à taxa de câmbio em vigor à data de balanço;

ii) Os activos e passivos não monetários valorizados ao custo histórico são convertidos para a moeda funcional à taxa de câmbio em vigor à data da transacção; e

iii) Os activos e passivos não monetários valorizados ao justo valor são convertidos para a moeda funcional à taxa de câmbio em vigor à data em que o justo valor foi determinado.

As diferenças de câmbio apuradas na conversão cambial das posições líquidas são reflectidas em resultados do exercício. A posição líquida cambial à vista numa moeda resulta do saldo líquido dos activos e passivos nessa moeda, acrescido dos montantes das operações à vista a aguardar liquidação e das operações a prazo que se vençam nos dois dias úteis subsequentes. A posição líquida cambial a prazo numa moeda é dada pelo saldo líquido das operações a prazo a aguardar liquidação, com exclusão das que se vençam nos dois dias úteis subsequentes. A conversão dos réditos e dos custos em moedas estrangeiras é efectuada numa base mensal ao câmbio do final do mês. As taxas de câmbio utilizadas no processo de conversão para a moeda funcional dos activos, passivos, réditos e custo expressos em moeda estrangeira, são as taxas divulgadas a título indicativo pelo Banco Central Europeu, designadas por taxas fixing.

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Banco BAI Europa, S.A. Notas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2008

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De forma a mitigar a sua exposição ao risco cambial, o BAIE utiliza instrumentos financeiros derivados como “forwards cambiais” e “swaps cambiais”. As políticas contabilísticas utilizadas no registo destas operações são descritas nas notas 2.4.2 e 2.4.6. 2.4 Instrumentos financeiros 2.4.1 Crédito a clientes e outros valores a receber 2.4.1.1 Valorimetria, reconhecimento inicial e subsequente (Aviso n.º 1/2005 do Banco de Portugal): O crédito e outros valores a receber compreende todos os activos financeiros correspondentes ao fornecimento de dinheiro, bens ou serviços a um devedor. Este conceito abrange a actividade típica da concessão de crédito a clientes, bem como as posições credoras resultantes de operações com terceiros realizadas no âmbito da actividade da instituição e exclui as operações com instituições de crédito. Conforme referido na nota 2.1, estes activos financeiros são inicialmente registados pelo valor nominal, que em geral, no momento inicial, coincide com o justo valor. Posteriormente, a componente de juros, comissões e custos externos imputáveis às respectivas operações subjacentes é reconhecida segundo a regra de pro rata temporis, quando se trate de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês. O rédito referente a comissões por serviços prestados que sejam directamente associadas a operações de crédito é reconhecido ao longo do período da execução do serviço. O Banco procede ao abate de créditos ao activo (write-offs) de operações que considere irrecuperáveis e cujas provisões estejam constituídas pelo valor total da operação. 2.4.1.2 Desreconhecimento (IAS 39) O crédito a clientes só é desreconhecido do balanço quando expiram os direitos contratuais do Banco à sua recuperação ou forem transferidos substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção. 2.4.1.3 Provisionamento (Aviso n.º 3/95) A carteira de créditos a clientes (nota 9), de garantias prestadas e compromissos irrevogáveis registados (nota 29) encontra-se sujeito a um quadro mínimo de referência para constituição de provisões específicas, gerais e de risco-país, nos termos definidos no Aviso n.º 3/95 do Banco de Portugal, de 30 de Junho, com as alterações introduzidas pelos Avisos n.º 8/2003 e n.º 3/2005. a) Provisões para risco específico de crédito As provisões para risco específico de crédito são constituídas para crédito, títulos e juros vencidos e para outros créditos de cobrança duvidosa. As provisões para crédito, títulos e juros vencidos destinam-se a fazer face aos riscos de não cobrança de créditos com prestações de capital ou juros vencidos não regularizados (nota 18), dependendo de eventuais garantias existentes e sendo o seu montante crescente em função do tempo decorrido desde a entrada em incumprimento (escalonamento temporal). A prorrogação ou renovação dos créditos vencidos relativamente aos quais não foram integralmente pagos os juros ou encargos vencidos não interrompe o escalonamento temporal referido no parágrafo anterior, nem determina a isenção de constituição das respectivas provisões para crédito e juros vencidos. As provisões para outros créditos de cobrança duvidosa destinam-se a fazer face aos riscos de não cobrança das prestações vincendas, designadamente: • As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se verifique, relativamente às

respectivas prestações em mora de capital e juros, pelo menos uma das seguintes condições:

I) Excederem 25% do capital em dívida, acrescido dos juros vencidos;

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Banco BAI Europa, S.A. Notas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2008

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II) Estarem em incumprimento há mais de: - Seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco anos; - Doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a 5 e inferior a 10 anos; - Vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou superior a 10 anos.

• Os créditos vincendos sobre um mesmo cliente se, de acordo com a reclassificação prevista na alínea

anterior, o crédito e juros vencidos de todas as operações, relativamente a esse cliente, excederem 25 % do crédito total, acrescido dos juros vencidos.

b) Riscos gerais de crédito Estas provisões são constituídas para fazer face a riscos gerais de crédito, nos termos do Aviso do Banco de Portugal n.º 3/95, de 30 de Junho. De acordo com o regime disposto neste Aviso, estas provisões deverão corresponder a 1,5% do crédito ao consumo e do crédito a particulares de finalidade não determinada e a um mínimo de 1% do restante crédito concedido, incluindo o representado por aceites, garantias e outros instrumentos de natureza idêntica (nota 18). c) Provisões para risco-país As provisões para risco-país são constituídas para fazer face ao risco imputado aos activos financeiros e elementos extrapatrimoniais sobre residentes de países considerados de risco (nota 18). O regime de constituição destas provisões é o que está previsto no Aviso do Banco de Portugal n.º 3/95, de 30 de Junho, na Instrução do Banco de Portugal n.º 94/96, publicada no Boletim de Normas e Informações n.º 1, de 17 de Junho de 1996 e em Carta do Banco de Portugal sob a referência 46/07/DSBDR, de 22 de Junho. d) Anulação de juros (Aviso n.º 3/95) Os juros vencidos e não cobrados são contabilizados como juros vencidos a regularizar na data em que a cobrança se deveria ter efectivado, ficando a aguardar, pelo período máximo de 90 dias, a respectiva regularização. Decorrido este prazo, é suspensa a contabilização dos juros em contas de proveitos relativamente ao capital registado em crédito vencido e são anulados os juros contados a partir da última prestação de juros paga, com excepção das operações de crédito com garantia das entidades indicadas no Aviso n.º 3/95 que continuarão a ser contabilizados como proveitos, durante todo o tempo em que os créditos se mantenham nesta situação. Igual tratamento será dado aos juros de créditos com garantias reais até que seja atingido o limite de cobertura, prudentemente avaliado. 2.4.2 Activos financeiros ao justo valor através de resultados (IAS 39) Nesta categoria encontram-se registados activos financeiros detidos para negociação, que corresponde essencialmente a instrumentos financeiros derivados, excluindo aqueles que cumpram os requisitos de contabilidade de cobertura. Esta categoria inclui os activos financeiros detidos para negociação e os activos financeiros designados na opção de justo valor. Um activo financeiro é classificado nesta categoria se o principal objectivo associado à sua aquisição for a venda no curto prazo ou se for designado na opção de justo valor pela gestão, respectivamente. Apenas podem ser designados na opção de justo valor os activos que cumpram os seguintes requisitos:

• elimina ou reduz significativamente uma inconsistência na mensuração ou no reconhecimento (por vezes,

denominada “uma falta de balanceamento contabilística”); • um grupo de activos financeiros, passivos financeiros ou ambos é gerido e o seu desempenho avaliado

numa base de justo valor, de acordo com uma estratégia documentada de gestão do risco ou de investimento, e a informação sobre o grupo é fornecida internamente ao pessoal chave da gerência da entidade nessa base; ou

• se um contrato contiver um ou mais derivados embutidos, que segundo a IAS 39 têm de ser bifurcados.

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Os instrumentos financeiros derivados com valor positivo, também são classificados nesta categoria como activos financeiros detidos para negociação, excepto quando fazem parte de uma relação de cobertura (nota 2.4.8). Os activos financeiros classificados nesta categoria são registados ao justo valor, sendo os ganhos e perdas gerados pela valorização subsequente reflectidos no resultado do exercício nas contas de “Resultados de activos e passivos financeiros ao justo valor através de resultados”. O valor de balanço dos instrumentos de dívida que se encontram registados nesta categoria inclui o montante de juros corridos e não cobrados. Os ganhos e perdas resultantes de variações de justo valor são reconhecidos em resultados. 2.4.3 Investimentos detidos até à maturidade (IAS 39) São activos financeiros não derivados com pagamentos fixos ou determináveis e maturidades fixas para os quais o Banco tem intenção e capacidade financeira de deter até aos respectivos vencimentos previstos. Nesta categoria encontra-se registada essencialmente a carteira de títulos de papel comercial. No reconhecimento inicial estes activos são registados pelo justo valor, deduzido de eventuais comissões incluídas na taxa efectiva, e acrescido de todos os custos incrementais directamente atribuíveis à transacção. Subsequentemente, estes activos financeiros são mensurados ao custo amortizado usando o método do juro efectivo, deduzido de eventuais perdas por imparidade e de provisões para risco-país. A taxa de juro efectiva é a taxa que desconta exactamente todos os recebimentos ou pagamentos de caixa futuros estimados durante a vida estimada do instrumento financeiro ou, quando apropriado, um período mais curto na quantia escriturada desse instrumento. A IAS 39 considera as seguintes situações como sendo indícios de imparidade em activos financeiros mensurados ao custo amortizado: • Significativa dificuldade financeira do devedor ou do emissor da dívida; • Incumprimentos contratuais relacionados com pagamentos de juros ou de capital; • Reestruturações dos planos financeiros do crédito para prazos mais dilatados; • Probabilidade significativa de processo de falência ou reestruturação financeira do devedor; • Desaparecimento de um mercado activo para esse activo financeiro em virtude de dificuldades financeiras; • Histórico de incumprimento ou atraso nos pagamentos do plano financeiro do crédito; • Condições económicas adversas que se correlacionam com o efectivo ou potencial incumprimento por parte

do devedor. 2.4.4 Empréstimos concedidos e contas a receber (IAS 39) São activos financeiros não derivados com pagamentos fixados ou determináveis, não cotados num mercado activo, e não incluídos nas restantes categorias de activos financeiros acima referidas. Esta categoria abrange apenas valores a receber de instituições de crédito. A mensuração inicial e subsequente destes activos financeiros é em tudo idêntica à dos investimentos detidos até à maturidade (nota 2.4.3). 2.4.5 Activos financeiros disponíveis para venda (IAS 39) Activos financeiros disponíveis para venda são aqueles: (i) cuja intenção do Banco é a sua detenção por um período indeterminado de tempo (ii) que são designados como disponíveis para venda no momento do seu reconhecimento inicial ou (iii) que não se enquadrem nas categorias acima referidas. Os activos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo valor, excepto no caso de instrumentos de capital próprio não cotados num mercado activo e cujo justo valor não possa ser determinado com fiabilidade, que permanecem registados ao custo.

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Os activos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo valor sendo, no entanto, as respectivas variações reconhecidas em reservas de reavaliação em capitais próprios, até que os investimentos sejam desreconhecidos ou seja identificada uma perda por imparidade, momento em que o valor acumulado dos ganhos e perdas potenciais registados em reservas de reavaliação é transferido para resultados. As variações cambiais associadas a estes investimentos são reconhecidas também em reservas, no caso de acções, e em resultados, no caso de instrumentos de dívida. Os juros corridos, diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) e comissões incrementais, são registados em resultados, de acordo com o método de taxa efectiva. Os dividendos são também reconhecidos na demonstração dos resultados. Quando existe evidência de imparidade nos activos disponíveis para venda, a perda potencial acumulada em reservas, correspondente à diferença entre o custo de aquisição e o justo valor actual, deduzida de qualquer perda de imparidade no investimento anteriormente reconhecida em resultados, é transferida para resultados. Se num período subsequente o montante da perda de imparidade diminui, a perda de imparidade anteriormente reconhecida é revertida por contrapartida de resultados do exercício até à reposição do custo de aquisição, excepto no que se refere a acções ou outros instrumentos de capital, caso em que a reversão da imparidade é reconhecida em reservas. A evidência de imparidade resulta de um ou mais eventos que ocorreram após o seu reconhecimento inicial, designadamente:

(i) para os títulos cotados, uma desvalorização continuada ou de valor significativo na sua cotação de montante superior a 30% do respectivo valor de aquisição, e

(ii) para títulos não cotados, quando se verifica um evento (ou eventos) que tenha um impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro, que possa ser estimado com razoabilidade, ou quando os títulos são avaliados por entidades independentes e se essas avaliações apresentam uma desvalorização contínua, significativa e inesperada face à estratégia de investimento e rendibilidade inicialmente estimada.

Tendo em conta a actual conjuntura de turbulência, a administração do Banco dedicou especial atenção na análise rigorosa da carteira destes activos financeiros no sentido de verificar a existência de prova objectiva de imparidade. O BAIE regista actualmente nesta categoria instrumentos de capital, instrumentos de dívida e fundos de investimento (nota 7). 2.4.6 Passivos financeiros ao justo valor através de resultados (IAS 39) Esta categoria inclui os passivos financeiros detidos para negociação que, excluindo aqueles que cumpram os requisitos de contabilidade de cobertura, correspondem a instrumentos financeiros derivados com reavaliação negativa (nota 2.4.8), e aos passivos financeiros designados na opção de justo valor. Um passivo financeiro é classificado nesta categoria se o principal objectivo associado à sua aquisição for a venda no curto prazo ou se for designado na opção de justo valor pela gestão, respectivamente. Os passivos financeiros que se encontram classificados nesta categoria são registados ao justo valor, sendo os ganhos e perdas gerados pela valorização subsequente reflectidos no resultado do exercício na rubrica de “Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. Apenas podem ser designados na opção de justo valor os passivos que cumpram os requisitos enumerados na nota 2.4.2. 2.4.7 Outros passivos financeiros (IAS 39) Esta categoria inclui os recursos de bancos centrais, de outras instituições de crédito e de clientes, e outros passivos subordinados. Estes passivos financeiros são mensurados inicialmente ao seu justo valor acrescido de eventuais comissões incluídas na taxa efectiva, e acrescido de todos os custos incrementais directamente atribuíveis à transacção. Subsequentemente, estes activos financeiros são mensurados ao custo amortizado usando o método do juro efectivo.

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2.4.8 Instrumentos financeiros derivados (IAS 39) Os instrumentos financeiros derivados são registados ao justo valor, na data em que o Banco negoceia os contratos e são subsequentemente mensurados ao justo valor. Os justos valores são obtidos através de preços de mercado cotados em mercados activos, incluindo transacções de mercado recentes, e modelos de avaliação, nomeadamente: modelos de fluxos de caixa descontados e modelos de valorização de opções. Os derivados são considerados como activos quando o seu justo valor é positivo e como passivos quando o seu justo valor é negativo. Certos derivados embutidos em outros instrumentos financeiros, como seja a indexação da rendibilidade de instrumentos de dívida ao valor das acções ou índices de acções, são bifurcados e tratados como derivados separados, quando o seu risco e características económicas não sejam claramente relacionadas com os do contrato hospedeiro e este não seja mensurado ao justo valor com variações reconhecidas em resultados. Estes derivados embutidos são mensurados ao justo valor, com as variações subsequentes reconhecidas na demonstração de resultados. Os derivados são também registados em contas extrapatrimoniais pelo seu valor teórico (valor nocional). O Banco só possui derivados de negociação nos termos da IAS 39, os quais são mensurados ao justo valor, sendo as alterações no seu valor reconhecidas imediatamente em resultados. 2.5 Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis (Aviso n.º 1/2005, Instruções n.º 23/2004 e n.º 4/96) As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em rubricas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões e outros réditos registados em contas de resultados ao longo da vida das operações (nota 29). 2.6 Outros activos tangíveis e locações (IAS 16, Aviso n.º1/2005 e IAS 17) Os outros activos tangíveis do Banco encontram-se valorizados ao custo de aquisição, deduzido das respectivas amortizações e perdas por imparidade. As amortizações são calculadas pelo método das quotas constantes, de acordo com o número de anos de vida útil esperada, os quais se situam dentro dos limites permitidos pela legislação fiscal Portuguesa, como a seguir se indica:

Número de

anos

Imobilizações em edifícios arrendados 10

Equipamento 3 a 5

Outras imobilizações corpóreas 4 a 12

O custo de aquisição inclui despesas que sejam directamente atribuíveis à aquisição dos bens. As despesas de manutenção e reparação são reconhecidas como custo do exercício, nas contas de “Gastos gerais administrativos”. De acordo com a IAS 16, estes activos encontram-se sujeitos a testes de imparidade sempre que eventos ou circunstâncias que indiciam que o valor de balanço excede o seu valor realizável, sendo a diferença, caso exista, reconhecida em resultados. O valor realizável resulta do maior entre dois valores, o valor de mercado do activo deduzido de custos e o seu valor de uso. Conforme a IAS 17, o Banco classifica as operações de locação como locações financeiras ou locações operacionais. São classificadas como locações financeiras todas as operações em que os riscos e benefícios inerentes à propriedade de um activo são substancialmente transferidos para o locatário. As restantes operações são classificadas como locações operacionais.

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O Banco enquanto locatário, regista os contratos classificados como de locação financeira da seguinte forma:

i) No seu início, o bem em regime de locação financeira é registado no activo em “Outros activos tangíveis” e no passivo em “Outros passivos” pelo seu justo valor que é equivalente ao seu custo de aquisição;

ii) Subsequentemente, aquando da liquidação das rendas, a parte referente ao encargo financeiro (juros) é registada em resultado em “Juros e encargos similares”. A parte respeitante à amortização financeira do capital é deduzida à divida registada no passivo.

Os contratos classificados como de locação operacional são registados em resultados em “Gastos gerais administrativos” no período a que respeitam. O Banco actualmente não realiza operações de locação como locador. 2.7 Activos intangíveis (IAS 38) Esta rubrica compreende essencialmente custos de aquisição, desenvolvimento e implementação de software para ser utilizado na actividade do Banco. Os activos intangíveis são registados ao custo de aquisição deduzido de perdas por imparidade e amortizações pelo método das quotas constantes, ao longo do período de vida útil esperada, que em geral corresponde a um período de 3 anos. As despesas com manutenção de software são registadas como custo no exercício em que são incorridas. O Banco não reconhece activos intangíveis gerados internamente. 2.8 Investimentos em associadas (IAS 28) Esta rubrica inclui a participação de 17% do capital e direito de voto numa empresa em que o BAIE exerce influência significativa. Este activo é registado ao custo histórico (nota 13). A participação financeira é expressa em moeda estrangeira tendo sido convertida para a moeda funcional à taxa de câmbio em vigor à data da respectiva aquisição (nota 2.3). 2.9 Impostos sobre lucros (IAS 12) O BAIE está sujeito ao regime fiscal consignado no Código sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (CIRC) e do Estatuto dos Benefícios Fiscais (EBF). Os impostos sobre lucros compreendem os impostos correntes e os impostos diferidos. Os impostos sobre lucros são reconhecidos em resultados, excepto quando estão relacionados com itens que são reconhecidos directamente nos capitais próprios, caso em que são também registados por contrapartida dos capitais próprios. O imposto corrente é calculado com base no lucro tributável do exercício às taxas de imposto legalmente em vigor em Portugal para o período em que reportam os resultados, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos à matéria colectável resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos contabilísticos. Os impostos diferidos correspondem ao montante do imposto a recuperar e a pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos activos e passivos e a sua base fiscal. Os prejuízos fiscais reportáveis e os créditos fiscais são também registados como activos por imposto diferido. Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias tributáveis, enquanto que os impostos diferidos activos só são reconhecidos até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou de reporte de prejuízos fiscais. Os prejuízos fiscais apurados num exercício são dedutíveis aos lucros fiscais nos seis anos seguintes.

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Não são registados impostos diferidos relativos a diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de activos e passivos em transacções que não afectem o resultado contabilístico ou o lucro tributável. Não são igualmente registados activos por impostos diferidos referentes a participações financeiras em associadas, por não ser provável que a diferença reverta no futuro previsível. As principais situações que originam diferenças temporárias ao nível do BAIE dizem respeito a prejuízos fiscais reportáveis, provisões temporariamente não dedutíveis, activos financeiros disponíveis para venda e benefícios a empregados de longo prazo. Os impostos diferidos são calculados numa base anual utilizando taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, as quais correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço. 2.10 Benefícios dos empregados (IAS 19) As responsabilidades com benefícios dos empregados são reconhecidas de acordo com a IAS 19. Os principais benefícios de empregados são pensões de reforma e sobrevivência, encargos com saúde pós-emprego, outros e benefícios de longo prazo e benefícios de curto prazo: 2.10.1 Pensões de reforma e de sobrevivência e encargos com saúde De acordo com o Plano de Pensões anexo ao contrato de adesão ao Fundo de pensões da PENSÕESGERE – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A., o BAIE assume o compromisso de atribuir aos seus colaboradores que se encontram abrangidos em matéria de segurança social pelo Acordo Colectivo de Trabalho Vertical para o Sector Bancário Português (ACTV) ou às suas famílias prestações pecuniárias a título de reforma por velhice ou invalidez, de reforma antecipada ou de sobrevivência. Presentemente, estas prestações consistem numa percentagem crescente do número de anos de serviço do colaborador na banca, aplicada aos seus salários. Nesta medida, o plano classifica-se como um plano de benefício definido. O BAIE determina numa base anual o valor total das responsabilidades, através de cálculos efectuados por actuários independentes, utilizando o método “Unit Credit Projected”, e pressupostos actuariais considerados adequados (nota 30). O valor das responsabilidades inclui, para além dos benefícios com pensões de reforma e sobrevivência, os benefícios com cuidados médicos pós-emprego (Serviços de Assistência Medico-Social- SAMS). Os pressupostos actuariais têm por base as expectativas de crescimento dos salários e das pensões e baseiam-se em tábuas de mortalidade utilizadas por algumas instituições que operam no mercado financeiro português. A taxa de desconto utilizada na actualização das responsabilidades reflecte as taxas de juro de mercado de obrigações de empresas de elevada qualidade, denominadas na moeda em que são pagas as responsabilidades, e com prazos até ao vencimento similares aos prazos médios de liquidação das responsabilidades. As responsabilidades são cobertas por um fundo de pensões, sendo reconhecido em balanço na rubrica “Outros passivos” ou “Outros activos” o montante correspondente à diferença entre o valor actual das responsabilidades e o justo valor dos activos do fundo de pensões à data do balanço, caso aplicável, ajustado pelos ganhos e perdas actuariais diferidos, consoante o valor dessa diferença seja positivo ou negativo. O valor do fundo de pensões corresponde ao justo valor dos seus activos à data de balanço. Os ganhos e perdas decorrentes de diferenças entre os pressupostos actuariais e financeiros utilizados e os valores efectivamente verificados no que se refere às responsabilidades e ao rendimento esperado do fundo de pensões, bem como os resultantes de alterações de pressupostos actuariais, são diferidos numa rubrica de activo ou passivo (“corredor”), até ao limite do maior dos seguintes valores apurados à data do balanço:

• 10% do valor actual das responsabilidades por serviços passados; • 10% do valor do fundo de pensões, dos dois o maior.

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Caso os ganhos e perdas actuariais excedam o valor do corredor, esse excesso deverá ser reconhecido em resultados pelo período de tempo médio remanescente de serviço dos colaboradores no activo abrangidos pelo plano. Os acréscimos de responsabilidades com serviços passados, nomeadamente os decorrentes da passagem de colaboradores à situação de reforma antecipada são reconhecidos como custos em resultados no período em que ocorrem. Adicionalmente, o Aviso n.º 12/2001 do Banco de Portugal obriga a um financiamento integral das responsabilidades com pensões em pagamento e a um nível de financiamento de 95% das responsabilidades com serviços passados de colaboradores no activo. O Banco não adoptou o regime transitório estabelecido pelo Aviso n.º 4/2005, do Banco de Portugal, que permitia o diferimento dos impactos decorrentes da adopção da IAS 19 – Benefícios aos empregados, tendo reconhecido os mesmos em resultados transitados, de acordo com o previsto nas IFRS. Os custos com pessoal do Banco incluem os seguintes custos relativos a responsabilidades por pensões de reforma:

− custo do serviço corrente (custo do ano); − custo dos juros da totalidade das responsabilidades; − rendimento esperado do fundo de pensões; e − amortização de desvios actuariais ou de alterações de pressupostos fora do corredor.

2.10.2 Outros benefícios de longo prazo Nos termos da cláusula 150 do ACTV, o Banco assumiu a responsabilidade de atribuir aos seus Colaboradores abrangidos no activo, no ano em que completem 15, 25 e 30 anos de bom e efectivo serviço, um prémio de antiguidade de valor igual, respectivamente a um, dois ou três meses da sua retribuição mensal efectiva. Por outro lado, na data da passagem à situação de invalidez ou invalidez presumível, o trabalhador tem direito a um prémio de antiguidade de valor proporcional àquele de que beneficiaria se continuasse ao serviço até reunir os pressupostos do escalão seguinte. O Banco determina anualmente o valor actual das responsabilidades passadas com prémios de antiguidade através de avaliações efectuadas por actuários qualificados e independentes utilizando o método de “Project Unit Credit”. Os pressupostos actuariais (financeiros e demográficos) utilizados têm por base expectativas à data de balanço para o crescimento dos salários e uma tábua de mortalidade que se adequa à população do Banco. A taxa de desconto é determinada com base em taxas de mercado de obrigações de empresas com baixo risco, de prazo semelhante ao da liquidação das responsabilidades. Estes pressupostos são iguais aos utilizados no cálculo da responsabilidade por pensões de reforma. Contabilisticamente, o Banco regista o montante das responsabilidades apuradas como um encargo a pagar (nota 20) por contrapartida de resultados do exercício. Os pagamentos efectuados ao trabalhador abatem ao valor de provisão constituída. Os custos com pessoal do Banco incluem os seguintes custos relativos a responsabilidades por prémios de antiguidade:

- custo do serviço corrente (custo do ano); - custo dos juros; e - ganhos e perdas resultantes de desvios actuariais (reconhecidos integralmente em resultados no exercício

em que são originados). 2.10.3 Benefícios de curto prazo Os benefícios de curto prazo (vencimentos e encargos com vencimentos) são registados pelo valor não descontado em “Gastos com pessoal” no período a que respeitam de acordo com o regime contabilístico do acréscimo.

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2.11 Provisões e passivos contingentes (IAS 37) Uma provisão deve ser reconhecida quando se verifique i) uma obrigação presente (legal ou construtiva) ii) resultante de um acontecimento passado, relativamente à qual se verifique iii) uma forte probabilidade de se efectuar um dispêndio de recursos e que seja iv) quantificável de um modo fiável. Quando não seja provável a ocorrência de um dispêndio de recursos, ou a estimativa da quantia da obrigação não possa ser apurada de forma fiável, estamos perante um passivo contingente, que apenas deve ser sujeito a divulgação, a menos que seja remota a possibilidade de ocorrência. 3. Caixa e disponibilidades em bancos centrais Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-Dez-08 31-Dez-07

Caixa 211 364 157 420

Depósitos à ordem do Banco de Portugal 111 234 053 18 753 072

111 445 417 18 910 492 A rubrica de Depósitos à ordem no Banco de Portugal inclui os depósitos constituídos para satisfazer as exigências do Sistema de Reservas Mínimas do Sistema Europeu de Bancos Centrais (“SEBC”). Estes depósitos são remunerados à taxa de referência definida pelo Banco Central Europeu (“BCE”). 4. Disponibilidades em outras instituições de crédito Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-Dez-08 31-Dez-07

Disponibilidades sobre instituições de crédito no país

Depósitos a ordem 3 383 668 8 515 025

Cheques a cobrar 3 263 58 796

Disponibilidades sobre instituições de crédito no estrangeiro

Depósitos a ordem 8 689 225 7 005 227

Cheques a cobrar 21 574 4 641

12 097 730 15 583 689 Os cheques a cobrar correspondem a cheques sobre clientes de outros bancos, os quais, em regra, são cobrados nos primeiros dias úteis seguintes.

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5. Activos e passivos financeiros detidos para negociação Nestas rubricas encontram-se registados o justo valor positivo e negativo de instrumentos derivados negociados com clientes e outras instituições de crédito.

31-Dez-08 31-Dez-07

Activo Passivo Activo Passivo Passivos financeiros detidos para negociação

Swaps cambiais 780 291 (2 639 413) 740 745 ( 35 488)

Currency Interest Rate Swaps 101 325 - 133 633 -

Contratos a prazo de taxa de câmbio 17 909 ( 11 963) 6 699 ( 4 563)

899 525 (2 651 376) 881 077 ( 40 051) Nestas rubricas verifica-se o registo de operações com instrumentos financeiros que apesar de se encontrarem classificadas como de negociação nos termos da IAS 39, muitas das operações têm natureza de cobertura económica de acordo com a política do Banco de gestão de riscos cambiais e de risco de liquidez. O resultado com estas operações apresenta-se na rubrica “Resultados de activos e passivos ao justo valor através de resultados” (nota 24). Apresentam-se em seguida os respectivos valores nocionais:

31-Dez-08 31-Dez-07

Swaps cambiais - compra 33 758 752 42 440 408

Swaps cambiais - venda 36 288 374 41 732 783

Currency Interest Rate Swaps - a receber 4 500 000 4 500 000

Currency Interest Rate Swaps - a pagar 3 947 402 3 731 812

Contratos a prazo de taxa de câmbio - compra 1 992 348 453 791 Contratos a prazo de taxa de câmbio - venda 1 986 401 451 659 82 473 277 93 310 453

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6. Outros activos e passivos financeiros ao justo valor através de resultados Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-Dez-08 31-Dez-07 Activo Passivo Activo Passivo

Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados

Não residente 3 132 969 - - - 3 132 969 - - - Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados

Recursos financeiros obtidos estruturados - (3 132 969) - -

- (3 132 969) - -

Na rubrica de “Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados” o recurso financeiro apresentado encontra-se relacionado e caucionando na totalidade ao activo subjacente indicado no quadro. Em 31 de Dezembro de 2008, os títulos classificados como Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados apresentam o seguinte detalhe:

Quantidade Justo Valor Moeda Valor de

balanço Valor de aquisição

Provisões Rísco-país

Reservas de reavaliação

Outros

Fundos de investimento

Valorizados ao justo valor

CARLYLE DISTRES. & CO. FUND 5 422 387 0,804 USD 3 132 969 3 896 233 - ( 763 264)

5 422 387 3 132 969 3 896 233 - ( 763 264)

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7. Activos financeiros disponíveis para venda Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-Dez-08 31-Dez-07

Instrumentos de capital

Valorizados ao custo histórico

Residente 353 000 125 000

Não residente 479 270 173 222

Valorizados ao justo valor

Residente 103 602 146 350

Instrumentos de dívida

Valorizados ao justo valor

Não residente 5 029 820 4 755 112

Juros a receber 37 566 48 532

Outros - fundos de investimento

Valorizados ao justo valor - -

Não residente 2 017 723 -

Provisões Risco-País ( 502 982) ( 475 511)

7 517 999 4 772 705

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Banco BAI Europa, S.A. Notas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2008

[ 49 ]

Em 31 de Dezembro de 2008, os títulos classificados como activos financeiros disponíveis para venda apresentam o seguinte detalhe:

Quantidade Valor

nominal/ / Justo Valor

Moeda Valor de balanço

Valor de aquisição

Imparidade/ Provisões Risco-país

Reservas de

reavaliação

Instrumentos de capital

Acções

Valorizados ao custo histórico

FOMENTINVEST - SGPS S.A. 353 000 1,00 EUR 353 000 353 000 - -

CONNAUGHT PCC LTD - ALPHA CELL 255 000 1,00 USD 183 229 183 229 - -

CONNAUGHT PCC LTD - BETA CELL 208 000 1,00 USD 149 457 149 457 - -

CONNAUGHT PCC LTD - GAMA CELL 204 000 1,00 USD 146 583 146 583 - -

Valorizados ao justo valor (Ver nota 20) (a) -

REN-RED ENERG 20 000 2,80 EUR 56 000 55 000 - 1 000

BRISA-PRIV 3 000 5,35 EUR 16 053 30 780 ( 14 727) -

BCP NOM/P. REG 38 998 0,81 EUR 31 549 87 745 ( 56 196) -

Instrumentos de dívida

Obrigações

Valorizados ao justo valor

OT ANGOLA 07/12 (b) 14 000 000 5.000,00 USD 5 029 820 5 029 820 ( 502 982) -

Outros

Fundos de investimento

Valorizados ao justo valor

CARLYLE DISTRES. & CO. FUND 2 711 194 0,804 USD 1 566 485 1 948 117 - ( 381 632)

CB CENTRALE USD 40 15.700,00 USD 451 239 442 416 - 8 823

17 793 232 7 983 415 8 426 147 ( 573 905) ( 371 809)

Nota: não inclui juros a receber

(a) Cotação BID divulgada na Reuters para a data de referência

(b) Provisão risco-país No exercício de 2008 foi registado na rubrica de “Resultados de activos financeiros disponíveis para venda“ dividendos recebidos dos instrumentos de capital no montante de Euros 29 510.

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Banco BAI Europa, S.A. Notas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2008

[ 50 ]

Em 31 de Dezembro de 2007, os títulos classificados como activos financeiros disponíveis para venda apresentam o seguinte detalhe:

Quantidade

Valor nominal/

Valor mercado

Moeda Valor de balanço

Valor de aquisição

Imparidade/ Provisões Risco-país

Reservas de

reavaliação

Instrumentos de capital

Acções

Valorizados ao custo histórico

FOMENTINVEST – SGPS S.A. 125 000 1,00 EUR 125 000 125 000 - -

CONNAUGHT PCC LTD 255 000 1,00 USD 173 222 173 222 - -

Valorizados ao justo valor (Ver nota 20) (a)

REN-RED ENERG 20 000 3,62 EUR 72 400 55 000 - 17 400

BRISA-PRIV 3 000 10,05 EUR 30 150 30 953 - ( 803)

BCP NOM/P. REG 15 000 2,92 EUR 43 800 45 179 - ( 1 380)

Instrumentos de dívida

Obrigações

Valorizados ao justo valor

OT ANGOLA 07/12 (b) 14 000 000 5.000,00 USD 4 755 112 4 755 112 ( 475 511) -

14 418 000 5 199 684 5 184 466 ( 475 511) ( 15 217)Nota: não inclui juros a receber (a) Cotação BID divulgada na Reuters para a data de referência (b) Provisão rísco-país

8. Aplicações em instituições de crédito Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-Dez-08 31-Dez-07

Aplicações em instituições de crédito no país

Aplicações a muito curto prazo - 108 119 693

Depósitos 449 091 040 132 463 827

Aplicações subordinadas 1 200 000 -

Juros a receber 3 364 016 553 797

Aplicações em instituições de crédito no estrangeiro

Aplicações a muito curto prazo 14 370 913 12 770 872

Depósitos 395 200 115 33 965 084

Empréstimos 14 370 913 -

Aplicações subordinadas 550 000 2 837 175

Outras aplicações 45 541 218 19 544 981

Juros a receber 1 647 692 903 733

Receitas com proveito diferido comissões ( 33 388) -

925 302 519 311 159 162

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Banco BAI Europa, S.A. Notas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2008

[ 51 ]

O montante correspondente a “Aplicações subordinadas” constitui um conjunto de depósitos caução (nota 29). Em 31 de Dezembro de 2008 esta rubrica apresenta a seguinte estrutura, de acordo com os prazos residuais de vencimento:

31-Dez-08 31-Dez-07

Até 3 meses 859 932 506 289 053 325

De 3 meses a 1 ano 60 391 693 1 103 325

De 1 a 5 anos - 19 544 982

920 324 199 309 701 632 Nota: não inclui juros a receber e receitas com proveito diferido

9. Crédito a clientes Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-Dez-08 31-Dez-07

Crédito não titulado

Interno

Empréstimos 33 448 679 20 764 545

Outros créditos 47 295 116 818

Créditos em conta corrente 12 680 764 2 084 672

Descobertos em depósitos à ordem 2 374 158 1 832 101

Externo

Empréstimos 39 741 716 8 195 594

Outros créditos - -

Descobertos em depósitos à ordem 661 781 2 327 966

Juros a receber 786 892 258 033

Comissões mensualizadas ( 437 589) ( 352 793)

Crédito e juros vencidos 281 853 143 481

89 585 549 35 370 417 Provisões para crédito

Rísco-país (1 916 090) ( 151 161)

Cobrança duvidosa e credito vencido ( 265 499) ( 156 629)

87 403 960 35 062 627

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Banco BAI Europa, S.A. Notas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2008

[ 52 ]

O movimento ocorrido nas provisões durante o exercício de 2008 é apresentado na nota 18. Em 31 de Dezembro de 2008 e 2007, as provisões para crédito de cobrança duvidosa e crédito vencido, apresentam um nível de provisionamento acima do mínimo exigido pelo Aviso n.º 3/95 do Banco de Portugal de Euros 124 210 e de Euros 121 474, respectivamente. Em 31 de Dezembro de 2008 esta rubrica apresenta a seguinte estrutura por indústria:

31-Dez-08 31-Dez-07

Agricultura, produção animal, caça e actividades dos serviços relacionados 2 877 293 3,2% 144 557 0,4%

Fabricação de produtos metálicos, excepto máquinas e equipamentos 800 000 0,9% 1 033 148 2,9%

Promoção imobiliária (desenvolvimento de projectos de edifícios); construção de edifícios 19 305 183 21,6% 9 447 709 26,6%

Engenharia civil 433 250 0,5% 531 250 1,5%Comércio por grosso (inclui agentes), excepto de veículos automóveis e motociclos

13 067 219 14,6% 6 699 731 18,9%

Comércio a retalho, excepto de veículos automóveis e motociclos

240 735 0,3% 242 948 0,7%

Transportes por água 3 978 947 4,5% - 0,0%Alojamento 4 479 912 5,0% - 0,0%Telecomunicações - 0,0% 509 477 1,4%Actividades de serviços financeiros, excepto seguros e fundos de pensões 23 712 007 26,6% - 0,0%

Actividades imobiliárias 10 169 354 11,4% 9 824 878 27,7%Actividades jurídicas e de contabilidade - 0,0% - 0,0%Actividades das sedes sociais e de consultoria para a gestão 4 947 550 5,5% 1 535 348 4,3%

Actividades de arquitectura, de engenharia e técnicas afins; actividades de ensaios e de análises técnicas

62 500 0,1% 212 500 0,6%

Outras actividades de consultoria, científicas, técnicas e similares

243 258 0,3% 420 358 1,2%

Crédito a particulares 4 919 038 5,5% 4 863 273 13,7% 89 236 246 100,0% 35 465 177 100,0%Nota: inclui crédito e juros vencidos, não incluindo juros a receber, e comissões mensualizadas

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Banco BAI Europa, S.A. Notas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2008

[ 53 ]

Em 31 de Dezembro de 2008 esta rubrica apresenta a seguinte estrutura, de acordo com os prazos residuais de vencimento:

31-Dez-08 31-Dez-07

Até 3 meses 46 913 202 8 486 965

De 3 meses a 1 ano 1 454 976 1 774 374

De 1 a 5 anos 34 322 555 21 514 582

Mais de 5 anos 6 263 660 3 545 775

88 954 393 35 321 696

Nota: não inclui juros a receber, crédito e juros vencidos, e comissões mensualizadas 10. Investimentos detidos até à maturidade Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-Dez-08 31-Dez-07

Títulos emitidos por residentes

Instrumentos de dívida

De dívida pública portuguesa 534 382 544 923

De outros emissores públicos nacionais - 4 500 000

De outros residentes

Dívida não subordinada 14 643 422 11 480 198

Juros a receber 137 201 65 171

Juros pré-pagos - ( 5 190)

15 315 005 16 585 102

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Banco BAI Europa, S.A. Notas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2008

[ 54 ]

Em 31 de Dezembro de 2008, a carteira de títulos classificados como investimentos até à maturidade apresenta o seguinte detalhe:

Quantidade Valor nominal Moeda Valor de

balanço Valor de

aquisição Imparidade

Instrumentos de dívida

Obrigações do Tesouro

OT 5,85 05/2010 5 000 100,00 EUR 514 414 563 550 -

OT 4,2 10/16 200 100,00 EUR 19 968 19 840 -

Papel Comercial

SONAE SGPS 235 EMI 1 2 500 000 EUR 2 500 000 2 500 000 -

FUND I.PINHO 01 600 000 50.000,00 USD 2 155 637 2 155 637 -

IP HOLDING 1 EM 1 400 000 50.000,00 USD 5 029 820 5 029 820 -

VICAIMA FIN 01 460 000 50.000,00 USD 1 652 655 1 652 655 -

VICAIMA INV 01 460 000 50.000,00 USD 1 652 655 1 652 655 -

VICAIMA PART 01 460 000 50.000,00 USD 1 652 655 1 652 655 -

3 385 201 15 177 804 15 226 812 -

Nota: não inclui juros a receber e juros pré pagos Em 31 de Dezembro de 2007, a carteira de títulos classificados como investimentos até à maturidade apresenta o seguinte detalhe:

Quantidade Valor nominal Moeda Valor de

balanço Valor de

aquisição Imparidade

Instrumentos de dívida

Obrigações do Tesouro

OT 5,85 05/2010 5 000 100,00 EUR 525 072 563 550 -

OT 4,2 10/16 200 100,00 EUR 19 850 19 840 -

Papel Comercial

REN - 311ª EMI 450 000 100,00 EUR 4 500 000 4 500 000 -

FUND I.PINHO 01 600 000 50.000,00 USD 2 037 905 2 037 905 -

IP HOLDING 1 EM 1 400 000 50.000,00 USD 4 755 112 4 755 112 -

VICAIMA FIN 01 460 000 50.000,00 USD 1 562 394 1 562 394 -

VICAIMA INV 01 460 000 50.000,00 USD 1 562 394 1 562 394 -

VICAIMA PART 01 460 000 50.000,00 USD 1 562 394 1 562 394 -

3 835 200 16 525 121 16 563 589 -

Nota: não inclui juros a receber e juros pré pagos

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[ 55 ]

Os títulos OT 5,85 05/2010 e OT 4,2 05/2016 encontram-se penhorados a favor do Banco de Portugal e do Fundo de Garantia de Depósitos, respectivamente (nota 29) para efeitos de garantia da participação do BAIE no SPGT - Sistema de Pagamentos de Grandes Transacções e de substituição de parte do pagamento da contribuição anual ao FGD através de prestação de compromisso irrevogável. Em 31 de Dezembro de 2008 esta rubrica apresenta a seguinte estrutura, de acordo com os prazos residuais de vencimento:

31-Dez-08 31-Dez-07

Até 3 meses 9 685 457 4 500 000

De 3 meses a 1 ano 4 957 965 11 480 198

De 1 a 5 anos 534 382 544 923

15 177 804 16 525 121

Nota: não inclui juros a receber e juros pré pagos 11. Outros activos tangíveis O movimento ocorrido nesta rubrica no decorrer do exercício de 2008 foi a seguinte:

31-Dez-07 31-Dez-08

Valor bruto

Amortiza-ções e

imparidade acumuladas

Valor líquido Aquisições

Amortiza-ções do exercício

Abates (Valor

líquido)

Alienações (Valor

líquido) Valor bruto

Amortiza-ções e

imparidade acumuladas

Valor líquido

Imóveis em uso

Obras em imóveis arrendados 209 917 ( 80 054) 129 863 2 919 ( 17 125) - - 212 836 ( 97 179) 115 657

Equipamento

Mobiliário e material 179 265 ( 149 450) 29 815 - ( 14 032) - - 179 265 ( 163 482) 15 783

Máquinas e ferramentas 21 948 ( 21 755) 193 2 679 ( 450) - - 24 635 ( 22 213) 2 422

Equipamento informático 371 888 ( 337 877) 34 011 46 904 ( 26 100) - - 418 792 ( 363 977) 54 815

Instalações interiores 186 768 ( 130 946) 55 822 - ( 18 215) - - 186 768 ( 149 161) 37 607

Equipamento de segurança 76 683 ( 54 400) 22 283 4 342 ( 5 428) - - 81 026 ( 59 829) 21 197

Outros equipamentos 4 153 ( 4 153) - - - - - 4 153 ( 4 153) -

Activos tangíveis em curso - - - - - - - - - -

1 050 622 ( 778 635) 271 987 56 844 ( 81 350) - - 1 107 475 ( 859 994) 247 481

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Banco BAI Europa, S.A. Notas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2008

[ 56 ]

A rubrica de “Amortizações do exercício” na Demonstração de Resultados inclui uma amortização extraordinária no valor de Euros 29.714 relativa a um conjunto de obras de arte (quadros) que se encontravam registados na rubrica de Balanço de “Outros activos” (nota 15). O movimento ocorrido nesta rubrica no decorrer do exercício de 2007 foi a seguinte:

30-Dez-06 31-Dez-07

Valor bruto

Amortiza-ções e

imparidade acumuladas

Valor líquido Aquisições

Amortiza-ções do exercício

Abates (Valor

líquido)

Alienações (Valor

líquido) Valor bruto

Amortiza-ções e

imparidade acumuladas

Valor líquido

Imóveis em uso

Obras em imóveis arrendados 402 326 ( 146 311) 256 015 40 212 ( 38 422) ( 127 942) - 209 917 ( 80 054) 129 863

Equipamento

Mobiliário e material 178 910 ( 132 730) 46 180 801 ( 15 705) - ( 1 461) 179 265 ( 149 450) 29 815

Máquinas e ferramentas 21 725 ( 19 719) 2 006 223 ( 2 036) - - 21 948 ( 21 755) 193

Equipamento informático 357 979 ( 308 317) 49 662 18 303 ( 33 954) - - 371 888 ( 337 877) 34 011

Instalações interiores 184 468 ( 115 375) 69 093 5 020 ( 15 572) ( 2 719) - 186 768 ( 130 946) 55 822

Equipamento de segurança 70 383 ( 52 684) 17 699 9 870 ( 3 203) ( 2 083) - 76 683 ( 54 400) 22 283

Outros equipamentos 4 153 ( 4 153) - - - - - 4 153 ( 4 153) -

Activos tangíveis em curso - - - - - - - - - -

1 219 944 ( 779 289) 440 655 74 429 ( 108 892) ( 132 744) ( 1 461) 1 050 622 ( 778 635) 271 987 12. Activos intangíveis O movimento ocorrido nesta rubrica no decorrer do exercício de 2008 foi a seguinte:

31-Dez-07 31-Dez-08

Valor bruto

Amortiza-ções e

imparidade acumuladas

Valor líquido Aquisições Amortiza-ções do exercício

Abates (Valor

líquido)

Alienações (Valor

líquido) Valor bruto

Amortiza-ções e

imparidade acumuladas

Valor líquido

Sistemas de tratamento automático de dados (software) 544 591 ( 525 009) 19 582 93 136 ( 25 930) - - 637 728 ( 550 940) 86 788

Activos intangíveis em curso

- - - 2 101 - - - 2 101 - 2 101

544 591 ( 525 009) 19 582 95 237 ( 25 930) - - 639 829 ( 550 940) 88 889

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Banco BAI Europa, S.A. Notas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2008

[ 57 ]

O movimento ocorrido nesta rubrica no decorrer do exercício de 2007 foi a seguinte:

31-Dez-06 31-Dez-07

Valor bruto

Amortiza-ções e

imparidade acumuladas

Valor líquido Aquisições Amortiza-ções do exercício

Abates (Valor

líquido)

Alienações (Valor

líquido) Valor bruto

Amortiza-ções e

imparidade acumuladas

Valor líquido

Sistemas de tratamento automático de dados (software) 538 078 ( 485 549) 52 529 6 513 ( 39 460) - - 544 591 ( 525 009) 19 582

Activos intangíveis em curso

20 088 - 20 088 - - ( 20 088) - - - -

558 166 ( 485 549) 72 617 6 513 ( 39 460) ( 20 088) - 544 591 ( 525 009) 19 582 13. Investimentos em filiais e associadas Nesta rubrica encontra-se registado o valor correspondente à participação financeira numa empresa associada, Founton, Ltd (nota 2.8), o qual se resume como segue:

Impacto da aplicação método de equivalência patrimonial (b) (c) Participação

efectiva (%) Valor balanço

BAIE (a)

Custo de aquisição em

USD Em reservas de reavaliação

No resultado líquido

17,0% 948 469 834 937 ( 949 502) 109 149

(a): Taxa de conversão EUR/USD é de 0,8803 referente a taxa fixing histórica à data de aquisição em Novembro de 2001.

(b) Taxa de conversão EUR/USD utilizada é de 1,3917 que corresponde à taxa fixing com referência a 31 de Dezembro de 2008. (c) Valores apurados com base nas demonstrações financeiras da empresa participada com referência a 31 de Dezembro de 2008 e considerando os devidos ajustamentos para o referencial contabilístico utilizado pelo Banco BAI Europa - NCA.

Com base numa estimativa para apuramento do justo valor da participação financeira efectuada pelo Conselho de Administração do Banco com referência a 31 de Dezembro de 2008, utilizando para o efeito informação financeira da empresa e o modelo de projecção de cash flows descontados, concluiu-se que o justo valor é superior ao valor de balanço, não existindo portanto qualquer evidência de imparidade ou necessidade de registar qualquer perda para esse efeito em relação ao montante do investimento reconhecido em balanço. A 31 de Dezembro de 2008 os saldos em aberto nas demonstrações financeiras do Banco com a empresa participada encontram-se apresentados na nota 31.

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Banco BAI Europa, S.A. Notas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2008

[ 58 ]

14. Activos e Passivos por impostos Estas rubricas têm a seguinte composição (nota 28):

31-Dez-08 31-Dez-07

Activos por impostos diferidos

Por diferenças temporárias

Em passivos 14 234 72 991

Por prejuízos fiscais 14 258 623 172

28 492 696 163

Passivos por impostos correntes

IRC a pagar ( 44 382) ( 30 445)

Passivos por impostos diferidos

Por diferenças temporárias

Em activos ( 16 465) ( 20 794)

( 60 847) ( 51 239) 15. Outros activos Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-Dez-08 31-Dez-07

Devedores e outras aplicações

Sector público administrativo

IVA a recuperar 14 142 11 556

Outros 12 538 -

Outros devedores diversos 6 072 709

Outros activos

Património artístico (nota 11) - 29 714

Outros rendimentos a receber

Créditos documentários 40 928 34 788

Despesas com encargo diferido

Seguros 28 563 23 885

Outras 7 672 26 178

Responsabilidades com pensões e outros benefícios (notas 20 e 30)

Pensões reforma ( 180 571) - Pós-emprego com cuidados médicos ( 48 012) -

Desvios actuariais 270 705 -

152 037 126 830

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[ 59 ]

16. Recursos de bancos centrais e outras instituições de crédito Estas rubricas têm a seguinte composição:

31-Dez-08 31-Dez-07

Recursos de outros bancos centrais

A ordem 79 958 76 256

A prazo 437 883 545 1 366 924

Juros a pagar 2 406 683 10 076

440 370 186 1 453 256 Recursos de instituições de crédito no estrangeiro

A ordem 30 013 104 5 646 111

A muito curto prazo - 1 358 603

A prazo 529 545 811 292 129 355

Juros a pagar 2 531 352 1 171 124

562 090 267 300 305 193 1 002 460 453 301 758 449

O montante correspondente a Euros 33 320 047 (2007 – Euros 18 868 304) do valor total da rubrica de “Recursos de instituições de crédito no estrangeiro – A prazo”, encontra-se a contra-garantir responsabilidades com operações de garantias e avales, operações de crédito sobre clientes e aplicações em instituições de crédito. Em 31 de Dezembro de 2008 esta rubrica apresenta a seguinte estrutura, de acordo com os prazos residuais de vencimento:

31-Dez-08 31-Dez-07

Até 3 meses 992 201 871 291 164 257

De 3 meses a 1 ano 5 320 547 9 412 992

997 522 418 300 577 249

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[ 60 ]

17. Recursos de clientes e outros empréstimos Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-Dez-08 31-Dez-07

Depósitos à ordem

De emigrantes - 913

De outros residentes 7 776 438 6 501 008

De não residentes 29 679 251 17 625 821

Depósitos a prazo

De outros residentes 13 630 017 2 163 190

De não residentes 67 896 451 53 302 269

Outros recursos 62 1 240 436

Juros a pagar 282 694 178 681

119 264 913 81 012 318 O montante correspondente a Euros 310 564 (2007 – Euros 433 755) do valor total da rubrica de “Recursos de clientes e outros empréstimos”, encontra-se a contra-garantir responsabilidades com operações de crédito sobre clientes. Em 31 de Dezembro de 2008 esta rubrica apresenta a seguinte estrutura, de acordo com os prazos residuais de vencimento:

31-Dez-08 31-Dez-07

Até 3 meses 115 755 286 80 058 135

De 3 meses a 1 ano 3 226 933 775 502

118 982 219 80 833 637

Nota: não inclui juros a pagar

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[ 61 ]

18. Provisões e imparidade O movimento ocorrido nestas rubricas no decorrer do exercício de 2008 foi o seguinte:

31-Dez-07 31-Dez-08

Saldo inicial

Reforços Reposições /Reversões

Recuperações /(Utilizações)

Diferenças cambiais

Saldo final

Crédito a clientes (nota 9)

Crédito de cobrança duvidosa 123 356 112 603 ( 192 803) - 81 052 124 208

Crédito vencido 33 273 235 184 ( 185 040) 108 273 ( 50 400) 141 290

Risco-país 151 161 2 000 784 ( 235 854) - - 1 916 091

Activos financeiros disponíveis para venda

Risco-país (nota 7) 475 511 114 640 ( 87 169) - - 502 982

783 301 2 463 211 ( 700 866) 108 273 30 652 2 684 571

Riscos gerais de crédito

Credito concedido 255 484 460 080 ( 178 735) - - 536 829

Credito por assinatura 83 666 167 939 ( 125 216) - - 126 389

Outras provisões - - - - - -

339 150 628 019 ( 303 951) - - 663 218

1 122 451 3 091 230 (1 004 817) 108 273 30 652 3 347 789 O movimento ocorrido nestas rubricas no decorrer do exercício de 2007 foi a seguinte:

31-Dez-06 31-Dez-07

Saldo inicial Reforços Reposições

/Reversões Recuperações /(Utilizações)

Diferenças cambiais

Saldo final

Crédito a clientes (nota 9)

Crédito de cobrança duvidosa 17 273 124 477 ( 18 393) - - 123 357

Crédito vencido 3 595 701 87 468 (1 218 296) (2 463 188) 31 587 33 272

Risco-país 3 501 324 130 ( 176 470) - - 151 161

Activos financeiros disponíveis para venda

Risco-país (nota 7) - 475 511 - - - 475 511

3 616 475 1 011 586 (1 413 159) (2 463 188) 31 587 783 301

Riscos gerais de crédito

Credito concedido 222 501 125 064 ( 92 081) - - 255 484

Credito por assinatura 86 863 93 239 ( 96 436) - - 83 666

Outras provisões 12 120 28 071 - ( 40 191) - -

321 484 246 374 ( 188 517) ( 40 191) - 339 150

3 937 959 1 257 960 (1 601 676) (2 503 379) 31 587 1 122 451

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[ 62 ]

19. Outros passivos subordinados Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-Dez-08 31-Dez-07

Dívida titulada emitida 4 500 000 4 500 000

Juros a pagar 508 721

4 500 508 4 500 721 Em 31 de Dezembro de 2008, o valor correspondente à dívida titulada emitida consiste na emissão de obrigações de caixa subordinadas, apresentando as seguintes características técnicas: Emitente: Banco BAI Europa, S.A. Modalidade: Emissão de obrigações de caixa subordinadas. Data de emissão: 30 de Junho de 2004. Data de vencimento: 8 anos, a contar da data de emissão. Subordinação do:

Em caso de falência ou liquidação do emitente, o reembolso das obrigações, bem como o pagamento de juros, ficam subordinados ao prévio reembolso de todos os demais créditos não subordinados sobre o emitente, tendo, todavia, os respectivos detentores prioridade sobre os accionistas da sociedade emitente.

Fundos próprios:

Considerado para efeitos de fundos próprios complementares ("lower tier 2"), dentro dos limites estabelecidos no Aviso n.º 12/92, de 22 de Dezembro, de acordo com autorização expressa do Banco de Portugal.

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[ 63 ]

20. Outros passivos Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-Dez-08 31-Dez-07

Credores e outros recursos

Sector público administrativo

IVA - 78

Retenção de impostos na fonte 253 272 63 936

Contribuições para a segurança social 12 786 10 836

Cobranças por conta de terceiros 549 523

Contribuições para outros sistemas de saúde 3 446 4 610

Credores diversos

Credores por fornecimento de bens 1 197 27 098

Outros credores - ( 66 534)

Despesas com encargos a pagar

Por gastos com pessoal

Encargos com férias e outros subsídios 247 810 196 605

Outros encargos a pagar 195 987 38 332

Receitas com rendimento diferido

De garantias prestadas (nota 29) 28 776 26 870

De créditos documentários (nota 29) 151 087 26 762

Outros (nota 29) 8 982 8 491

Responsabilidades com pensões e outros benefícios (notas 15 e 30)

Pensões reforma - 272 331 Pós-emprego com cuidados médicos - 57 918

Desvios actuariais - ( 237 317)

Benefícios de longo prazo - prémios de antiguidade

50 404 48 531

Operações activas a regularizar 276 281 347 466

1 230 577 826 536

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[ 64 ]

21. Capital próprio Em 31 de Dezembro de 2008 e 2007, o capital próprio apresenta a seguinte estrutura:

31-Dez-08 31-Dez-07

Capital realizado 30 000 000 17 500 000

Outras reservas e resultados transitados

Reservas de reavaliação

De activos financeiros disponíveis para venda

Instrumentos de capital (nota 7) 998 15 217

Outros (nota 7) ( 372 809) -

Reservas por impostos diferidos (nota 28)

Por diferenças temporárias

De activos financeiros disponíveis para venda ( 2 602) -

Reserva legal 257 379 257 379

Resultados transitados

Aprovados (2 113 441) (3 780 159)

Ajustamentos de transição IFRS1 - NCA 830 264 830 264

Resultado do exercício 2 015 842 1 666 720

30 615 631 16 489 421 O capital, totalmente subscrito e realizado, encontra-se representado por 6.000.000 acções, escriturais e nominativas, com o valor nominal de Euros 5 cada. A 31 de Dezembro de 2008, o BAI - instituição de crédito residente em Angola, detém 99,99% do capital do Banco. Nos termos definidos no art. 97º do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298/91, de 31 de Dezembro e respectivas alterações subsequentes, o Banco deve dispor uma fracção não inferior a 10% dos lucros líquidos apurados em cada exercício à formação de reserva legal, até ao limite igual ao valor do capital social ou ao somatório das reservas livres constituídas e dos resultados transitados se superior. 22. Margem financeira Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-Dez-08 31-Dez-07

Juros e rendimentos similares em:

Aplicações em instituições de crédito 24 082 560 16 342 720

Crédito a clientes 3 409 045 2 039 909

Investimentos detidos até à maturidade 1 124 164 289 817

Activos disponíveis para venda 337 688 48 532

Comissões recebidas ao custo amortizado em:

Aplicações em instituições de crédito 24 585 8 883

28 978 042 18 729 861

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[ 65 ]

Juros e gastos similares de:

Recursos de instituições financeiras (21 877 489) (14 600 721)

Recursos de clientes (2 030 912) (1 624 737)

Passivos subordinados ( 271 027) ( 231 970)

Outros - ( 335)

Comissões pagas ao custo amortizado de:

Recursos de instituições financeiras - ( 862)

Crédito a clientes ( 1 038) -

(24 180 466) (16 458 625) Margem financeira 4 797 576 2 271 236

23. Rendimentos e encargos com serviços e comissões Estas rubricas têm a seguinte composição:

31-Dez-08 31-Dez-07

Rendimentos de serviços e comissões:

Por garantias prestadas 681 661 409 713

Por compromissos assumidos perante terceiros 6 104

Por serviços prestados 728 563 565 877

Outras comissões recebidas 994 50

1 411 224 975 744

Encargos com serviços e comissões

Por garantias recebidas ( 12 776) -

Por serviços prestados por terceiros ( 48 894) ( 47 236)

Por operações realizadas por terceiros ( 240) -

( 61 910) ( 47 236) 1 349 314 928 508

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[ 66 ]

24. Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados Estas rubricas têm a seguinte composição (nota 6):

31-Dez-08 31-Dez-07

Ganhos em activos financeiros detidos para negociação 155 255 453 12 382 919 Perdas em activos financeiros detidos para negociação (155 460 624) (12 230 889)

( 205 171) 152 030 25. Outros resultados de exploração Estas rubricas têm a seguinte composição:

31-Dez-08 31-Dez-07

Outros proveitos de exploração

Prestação de serviços diversos 109 643 82 184

Outros proveitos de exploração 19 587 13 922

129 230 96 106

Outros custos de exploração

Quotizações ( 4 504) ( 2 820)

Contribuições para o Fundo Garantia de Depósitos ( 15 750) ( 14 875)

Impostos indirectos e taxas ( 90 503) ( 102 065)

Outros encargos e gastos operacionais ( 15 998) ( 10 643)

( 126 755) ( 130 403) 2 475 ( 34 297)

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[ 67 ]

26. Custos com pessoal Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-Dez-08 31-Dez-07

Remunerações dos órgãos de gestão e de fiscalização ( 312 000) ( 321 000)

Remuneração de empregados ( 793 689) ( 646 638)

Encargos sociais obrigatórios ( 271 433) ( 215 935)

Outros custos com pessoal ( 41 219) ( 6 915)

(1 418 341) (1 190 488) O Banco não assume quaisquer compromissos em matéria de pensões de reforma por velhice ou invalidez, de reforma antecipada ou sobrevivência, adiantamentos, créditos ou garantias de qualquer espécie para com os membros dos órgãos de gestão e de fiscalização. O número de efectivos apresenta a seguinte estrutura:

31-Dez-08 31-Dez-07

Média

do período Final

do período Média

do período Final

do período

Administradores 2 2 2 2

Quadros superiores 5 5 4 5

Outros quadros e colaboradores 14 15 13 15

21 22 19 22

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[ 68 ]

27. Gastos gerais administrativos Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-Dez-08 31-Dez-07

Serviços especializados ( 566 521) ( 404 589)

Rendas e alugueres ( 239 809) ( 280 188)

Comunicações ( 111 676) ( 100 562)

Conservação e reparação ( 37 011) ( 35 477)

Deslocações, estadas e representação ( 47 721) ( 40 397)

Água energia e combustíveis ( 21 341) ( 21 369)

Material de consumo corrente ( 16 101) ( 10 688)

Publicações e publicidade ( 25 067) ( 20 881)

Formação de pessoal ( 10 526) ( 8 713)

Seguros ( 7 727) ( 11 292)

Outros ( 1 492) ( 926)

(1 084 992) ( 935 082) 28. Impostos sobre lucros O movimento ocorrido nos impostos diferidos durante o exercício de 2008 foi o seguinte (nota 14):

31-Dez-07 31-Dez-08

Saldo inicial Reservas Resultados

Saldo final

Activos por imposto diferido

Provisão p/crédito e créditos abatidos não dedutíveis 35 503 - ( 34 626) 877

Pensões de reforma e cuidados médicos pós-emprego 24 627 - ( 24 627) -

Prémio antiguidade ACTV 12 861 - 496 13 357 Prejuízos fiscais reportáveis 623 172 - ( 608 914) 14 258

696 163 - ( 667 671) 28 492

Passivos por imposto diferido

Activos financeiros disponíveis para venda -

(2.602) - ( 2 602)

Ajustamentos transição NCA ( 20 794) - 6 931 ( 13 863)

( 20 794) ( 2 602) 6 931 ( 16 465)

675 369 ( 2 602) ( 660 740) 12 027

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[ 69 ]

O movimento ocorrido nos impostos diferidos durante o exercício de 2007 foi o seguinte (nota 14):

31-Dez-06 31-Dez-07

Saldo inicial

Capitais Próprios Resultados

Saldo final

Activos por imposto diferido

Provisão p/crédito e créditos abatidos não dedutíveis 115 092 - ( 79 589) 35 503

Pensões de reforma e cuidados médicos pós-emprego 21 839 - 2 788 24 627

Prémio antiguidade ACTV 6 887 - 5 974 12 861

Perdas em operações com derivados não liquidados 41 767 - ( 41 767) -

Ajustamentos transição NCA 11 909 - ( 11 909) -

Prejuízos fiscais reportáveis 441 292 - 181 880 623 172

638 786 - 57 377 696 163

Passivos por imposto diferido

Ganhos em operações com derivados não liquidados ( 117 321) - 117 321 -

Ajustamentos transição NCA - - ( 20 794) ( 20 794)

( 117 321) - 96 527 ( 20 794)

521 465 - 153 904 675 369 No exercício de 2008 e 2007, o custo com impostos sobre lucros reconhecido em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos e o lucro do exercício antes daquela dotação, são apresentados em seguida:

2008 2007

Impostos correntes

Do exercício ( 45 220) ( 30 556)

Correcções de impostos de exercícios anteriores 559 ( 54 181)

Impostos diferidos

Registo e reversão de diferenças temporárias ( 660 740) 153 904

Total dos impostos em resultados ( 705 401) 69 167

Resultado antes de impostos 2 721 243 1 597 553

Carga fiscal -25,9% 4,3%

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[ 70 ]

A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efectiva de imposto verificadas no exercício de 2008 e 2007 é apresentada em seguida:

2008 2007

Taxa Imposto Taxa Imposto

Resultado antes impostos 2 721 243 1 597 553

Imposto apurados com base na taxa nominal 26,5% ( 721 129) 26,5% ( 423 352)

Ajustamentos ao lucro contabilístico:

Ajustamentos transição NCA 3,4% 93 623 -0,4% ( 6 931)

Provisões -1,9% ( 51 252) -2,6% ( 41 851)

Outros proveitos e custos tributáveis -0,6% ( 15 402) -0,4% ( 5 778)

Pensões de reforma e outros benefícios 1,4% 38 155 1,4% 22 794

Resultados de sociedade em regime transparência fiscal 0,0% - 0,0% -

Mais e menos valias 0,0% - 0,0% 217

Benefícios fiscais 0,0% 982 0,0% 374

Utilização (aumento) prejuízo fiscal 24,1% 655 023 28,5% 454 527

Tributação autónoma e derrama -1,7% ( 45 220) -1,9% ( 30 556)

Correcções de impostos de exercícios anteriores 559 ( 54 181)

Impostos diferidos:

Provisão p/crédito e créditos abatidos não dedutíveis -1,3% ( 34 626) -5,0% ( 79 589)

Pensões de reforma e cuidados médicos pós-emprego -0,9% ( 24 627) 0,2% 2 788

Prémio antiguidade ACTV 0,0% 496 0,4% 5 974

Ganhos e Perdas em operações derivadas não liquidadas 0,0% - 4,7% 75 554

Ajustamentos de transição NCA 0,3% 6 931 -2,0% ( 32 703)

Prejuízos fiscais -22,4% ( 608 914) 11,4% 181 880

-25,9% ( 705 401) 4,3% 69 167 A taxa nominal de imposto decompõe-se como segue:

31-Dez-08 31-Dez-07

IRC 25,0% 25,0%

Derrama 1,5% 1,5%

26,5% 26,5%

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[ 71 ]

29. Rubricas extrapatrimoniais Os passivos e activos contingentes encontram-se registados em rubricas extrapatrimoniais e apresentam a seguinte composição:

31-Dez-08 31-Dez-07

Passivos eventuais

Garantias e avales (nota 16) 7 772 911 6 583 211

Créditos documentários abertos 137 289 107 51 199 063

Activos dados em garantia (notas 8 e 10) 2 740 890 3 377 293

Fianças 500 500

Compromissos perante terceiros

Contratos a prazo de depósitos 552 187 -

Linhas de crédito irrevogáveis 16 469 521 7 880 922

Outros 1 197 576 1 132 169

Responsabilidades por prestação de serviços

De depósito e guarda de valores 14 452 128 17 313 855

De cobrança de valores 35 355 103 284

Compromissos assumidos por terceiros

Linhas de crédito irrevogáveis 500 000 500 000

Garantias recebidas (notas 16 e 17) 100 215 853 59 102 061

281 226 028 147 192 358 Os valores registados nas rubricas de “Garantias e avales””, encontram-se garantidos por depósitos de instituições de crédito no montante de Euros 6 374 585, respectivamente (nota 16). O saldo apresentado na rubrica “Contrato a prazo de depósitos” diz respeito a responsabilidades assumidas com depósitos a prazo a serem constituídos pelo Banco em data posterior. A rubrica correspondente a “Compromissos perante terceiros – Linhas de crédito irrevogáveis” diz respeito a linhas de crédito concedidas irrevogavelmente a clientes que não se encontram a ser utilizadas. O valor apresentado na rubrica “Compromissos assumidos por terceiros – Linhas de crédito irrevogáveis” diz respeito a uma linha de crédito intra-day concedida para o Banco efectuar transacções via SPGT - Sistema de Pagamentos de Grandes Transacções.

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[ 72 ]

A rubrica de “Activos recebidos em garantia” apresenta em 31 de Dezembro de 2008 a seguinte decomposição:

Instituições de crédito Clientes Total

Depósitos caução recebidos (notas 16 e 17) 33 320 047 310 564 33 630 611

Depósitos caução junto de instituições do grupo - 1 913 467 1 913 467

Outros instrumentos financeiros caucionados (nota 5) 3 132 969 - 3 132 969

Penhores e cauções de títulos - 16 951 519 16 951 519

Hipotecas de imóveis e terrenos - 12 837 108 12 837 108

Avales e outras garantias pessoais - 31 750 179 31 750 179

36 453 016 63 762 837 100 215 853 A rubrica de “Activos recebidos em garantia” apresenta em 31 de Dezembro de 2007 a seguinte decomposição:

Instituições de crédito Clientes Total

Depósitos caução recebidos 18 868 304 433 755 19 302 059

Penhores e cauções de títulos - 11 431 253 11 431 253

Hipotecas de imóveis e terrenos - 11 871 820 11 871 820

Avales e outras garantias pessoais - 16 496 929 16 496 929

18 868 304 40 233 757 59 102 061 Os Depósitos caução recebidos dizem respeito a depósitos a prazo constituídos junto do Banco e encontram-se valorizados pelos respectivos montantes apresentados no balanço. As hipotecas de imóveis e terrenos encontram-se registadas pelo menor dos dois valores, o valor de avaliações efectuadas por técnicos especializados independentes, ou o valor do crédito associado. Os Penhores e as cauções de títulos de capital e de dívida referem-se a garantias recebidas para cobertura do risco de operações de crédito a clientes os quais se encontram valorizados ao valor nominal. Os avales e outras garantias pessoais dizem igualmente respeito a garantias recebidas para cobertura do risco de operações de crédito a clientes encontrando-se valorizados pelo valor da responsabilidade a cobrir que se encontra em aberto à data de referência. 30. Responsabilidade com pensões de reforma e de sobrevivência e outros benefícios de empregados pós-

emprego e de longo prazo Tal como descrito na nota 2.10, o Banco assume o compromisso de atribuir aos seus colaboradores abrangidos pelo ACTV ou às suas famílias, prestações pecuniárias a título de reforma por velhice ou invalidez, de reforma antecipada ou de sobrevivência, nos termos acordados no âmbito do ACTV anexo ao contrato de adesão ao Fundo de pensões da Pensõesgere - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A..

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A determinação do montante das responsabilidades por serviços passados de colaboradores do Banco, é efectuada em conformidade com o estabelecido na IAS 19. A PensõesGere – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. é a entidade a quem compete a responsabilidade de elaborar as avaliações actuariais necessárias ao cálculo das responsabilidades por pensões de reforma e sobrevivência, bem como a de gerir o fundo de pensões. O método de valorização actuarial utilizado é o Projected unit credit. Em 31 de Dezembro de 2008 os colaboradores e pensionistas beneficiários de plano de pensões financiados pelo fundo de pensões são em número de:

31-Dez-08 31-Dez-07

Colaboradores 12 14

Pensionistas 1 1

Reformados por velhice 1 1

Ex-participantes 20 18

Os principais pressupostos actuariais e financeiros utilizados no cálculo das responsabilidades por pensões são:

Pressupostos Verificados

31-Dez-08 31-Dez-07 31-Dez-08 31-Dez-07

Hipóteses financeiras verificadas:

Taxa de rendimento do Fundo 5,50% 5,50% -11,91% 0,85%

Taxa de crescimento salarial 3,50% 3,50% 18,71% 8,75%

Taxa técnica de juro 5,50% 5,00% 5,50% 4,75%

Taxa de crescimento das pensões 2,50% 2,50% 4,89% 2,50%

Hipóteses demográficas verificadas:

Tábua de mortalidade TV88/90 TV88/90 - - Tábua de invalidez SuisseRe SuisseRe - - Idade normal de reforma 65 anos 65 anos - - Percentagem de casados 80,00% 80,00% - -

Conforme informação acima apresentada, em 31 de Dezembro de 2008, o Banco alterou o pressuposto actuarial referente à taxa técnica de juro. Esta alteração de pressupostos deu origem a um desagravamento de responsabilidades em Euros 185 312. Para além do Plano de Pensões do ACTV, o BAIE concedeu aos seus trabalhadores uma pensão complementar até 30 de Junho de 2005, prevista no Plano Complementar ao ACTV. No âmbito deste plano, os trabalhadores

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[ 74 ]

vinculados nessa data têm direito a uma pensão complementar de reforma e sobrevivência, calculada em função do tempo de serviço prestado no BAIE e o salário auferido até essa mesma data. No âmbito do Plano de Pensões do ACTV, o estudo actuarial que serviu de base aos registos a 31 de Dezembro de 2008 contempla o período de serviço total na banca de todos os colaboradores ao serviço do BAIE nessa data. Relativamente à população composta pelos ex-participantes no fundo, o período considerado para efeito de cálculo de responsabilidades foi o tempo de serviço no BAIE. Adicionalmente, o Banco reconhece as responsabilidades com cuidados médicos pós-emprego (SAMS) e com benefícios de empregados de longo prazo (prémio de antiguidade ACTV). O montante de responsabilidades com o SAMS e com os prémios de antiguidades é a seguinte:

31-Dez-08 31-Dez-07

Responsabilidades com serviços passados com

cuidados médicos - SAMS (notas 15 e 20) 48 012 57 918

Variação custo (ganho) do exercício ( 9 906) 6 128

Responsabilidades com serviços passados com prémio antiguidade - ACTV (nota 20)

50 404 48 531

Utilização provisão - -

Variação custo (ganho) do exercício 1 873 ( 3 444)

Em 31 de Dezembro de 2008 o valor actual das responsabilidades por pensões de reforma e sobrevivência é como se segue:

31-Dez-08 31-Dez-07

Responsabilidades por serviços passados

Responsabilidades por pensões em pagamento 255 841 270 779

Responsabilidades por serviços passados

de colaboradores no activo 1 144 458 1 199 119

1 400 299 1 469 898

Responsabilidades por serviços futuros 991 413 1 365 384

Responsabilidades por serviços totais 2 391 712 2 835 282

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[ 75 ]

A cobertura das responsabilidades com invalidez e sobrevivência imediata de todos os colaboradores é efectuada, de forma irrevogável, através de um contrato de seguro de vida risco que apresenta a seguintes condições:

Seguradora: Ocidental – Companhia Portuguesa de Seguros de Vida, S.A. Tomador do seguro: Banco BAI Europa, S.A. Duração do Contrato: Contrato anual, sendo automaticamente renovado por períodos sucessivos de

um ano no dia 1 de Janeiro de cada ano. Grupo segurável: Trabalhadores permanentes do tomador do seguro, que tenham idade actuarial

inferior a 65 anos, que não se encontrem em baixa clínica à data de aceitação do risco pela seguradora, e que sejam aceites as respectivas propostas de adesão.

Beneficiários: Fundo de Pensões Horizonte Valorização.

A cobertura financeira das responsabilidades por serviços passados é:

31-Dez-08 31-Dez-07

Responsabilidades totais

Responsabilidade de pensões em pagamento 255 841 270 779

Responsabilidades por serviços passados de pessoal no activo

1 144 458 1 199 119

1 400 299 1 469 898

Situação patrimonial do fundo de pensões

Saldo inicial 1 197 542 1 057 240

Rendimento do fundo de pensões (líquido) ( 172 402) 9 761

Contribuições para o fundo de pensões 212 269 147 388

Pensões de reforma pagas pelo fundo de pensões ( 5 168) ( 4 335)

Pensões de sobrevivência pagas pelo fundo de pensões ( 12 514) ( 12 486)

1 219 727 1 197 568

Grau de cobertura 87,1% 81,5%

Nível mínimo de responsabilidades a cobrir (95%) 1 343 076 1 409 942

Valor necessário a transferir para o fundo de pensões 123 349 212 374

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[ 76 ]

Da análise da informação apresentada no quadro acima, salienta-se que o grau de cobertura de responsabilidades pelo fundo de pensões é inferior ao nível mínimo legalmente exigido a 31 de Dezembro de 2008. No entanto, a 8 de Janeiro de 2009, para efeitos de contribuição para o fundo de pensões, foi transferido o montante de Euros 123 348. Em 31 de Dezembro de 2008 as demonstrações financeiras registam os seguintes elementos relacionados com a cobertura de responsabilidades por pensões:

31-Dez-08 31-Dez-07

Responsabilidades totais

Total de responsabilidades por pensões em pagamento 255 841 270 779

Total de responsabilidades por serviços passados 1 144 458 1 199 119

1 400 299 1 469 898

Situação patrimonial do fundo de pensões (notas 15 e 20) 1 219 727 1 197 568

Provisão para responsabilidades com pensões de reforma (nota 15 e 20) 1 400 299 1 469 898 Responsabilidade não reconhecida - -

Corredor, maior dos dois valores: 140 030 146 990 10% total de Responsabilidades Serviços Passados 140 030 146 990

10% valor dos activos do Fundo de Pensões 121 973 119 757

Desvios actuariais (notas 15 e 20) : ( 270 705) ( 237 317)

Ganhos (perdas) actuariais incluídas no corredor ( 140 030) ( 146 990)

Ganhos (perdas) actuariais fora do corredor ( 130 675) ( 90 327)

Ganhos (perdas) actuariais fora do corredor de anos anteriores reconhecidos em resultados

3 613 -

Na composição dos activos do fundo de pensões não se encontra nenhum: i) activo que esteja a ser utilizado pelo Banco; e ii) título emitido pelo Banco.

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[ 77 ]

Os valores reflectidos nos custos com pessoal (nota 26) com responsabilidades com pensões de reforma do Banco no exercício de 2008 e de 2007 são os seguintes:

31-Dez-08 31-Dez-07

Acréscimos anual de responsabilidades:

Custo do serviço corrente 60 108 50 470

Custo dos juros 73 061 67 519

Rendimento esperado dos activos do fundo de pensões ( 49 686) ( 48 612) Reconhecimento de custos não reconhecidos em

períodos anteriores e responsabilidades suportadas por colaboradores 37 002 ( 10 690)

Total custos reconhecidos em resultados 120 485 58 687 O movimento ocorrido durante o exercício de 2008 e 2007, no valor actual das responsabilidades por serviços passados foi como segue:

31-Dez-08 31-Dez-07

Responsabilidades no início do exercício 1 469 898 1 258 260

Custo do serviço corrente 60 108 50 470

Custo dos juros 73 061 67 519

Rendimento esperado dos activos do fundo de pensões ( 49 686) ( 48 612)

Perdas e (ganhos) actuarias reconhecidos no corredor ( 6 959) 58 994

Perdas e (ganhos) actuarias fora do corredor 43 961 90 327

Pensões de reforma pagas pelo fundo de pensões ( 5 168) ( 4 335)

Pensões de sobrevivência pagas pelo fundo de pensões ( 12 514) ( 12 486)

Rendimento líquido do fundo ( 172 402) 9 761

Responsabilidades no final do exercício 1 400 299 1 469 898

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[ 78 ]

Os desvios actuariais que ocorreram nos exercícios de 2008 e 2007 foram registados como segue:

31-Dez-08 31-Dez-07

Perdas e (ganhos) actuarias reconhecidos no corredor

Relativos a diferenças entre os pressupostos e os valores realizados

222 314 ( 198 789)

Relativos a alterações verificadas nos pressupostos e nas condições dos planos:

( 185 312) 348 110

Pressupostos demográficas - - Pressupostos financeiros ( 185 312) 280 937 Metodologia - 67 173

Total 37 002 149 321

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Banco BAI Europa, S.A. Notas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2008

[ 79 ]

31. Partes relacionadas Nos termos da IAS 24, são consideradas partes relacionadas do BAIE as empresas controladas pelo grupo BAI, os Administradores das empresas do grupo BAI, as empresas associadas e outras entidades com relação de influência significativa. Em 31 de Dezembro de 2008 o balanço, as rubricas extrapatrimoniais e a demonstração dos resultados do Banco incluem os seguintes saldos com entidades relacionadas:

Associada Órgãos sociais

grupo BAI Empresas do

grupo BAI Outras

entidades relacionadas

Total

Activos

Aplicações em instituições de crédito (nota 8) - - 41 493 600 - 41 493 600

Crédito a clientes (nota 9) 2 599 445 1 762 924 - 5 862 023 10 224 392

Investimentos em filiais e associadas (nota 13) 948 469 - - - 948 469

Passivos

Outros passivos fin. ao justo valor via resultados (nota 6) - - 3 132 969 - 3 132 969

Recursos de outras instituições de crédito (nota 16) - - 553 139 459 - 553 139 459

Recursos de clientes e outros empréstimos (nota 17) 1 140 662 545 405 - 138 446 1 824 513

Outros passivos subordinados (nota 19) - - 4 500 508 - 4 500 508

Outros passivos (nota 20) - - - 69 69

Rubricas Extrapatrimoniais (nota 29)

Garantias e avales - - 5 521 972 - 5 521 972

Créditos documentários abertos - - 137 289 107 - 137 289 107

Activos recebidos em garantia - 798 185 29 727 319 1 858 467 32 383 971

Compromissos perante terceiros -

Linhas de crédito irrevogáveis - - 3 000 000 771 397 3 771 397

Swaps cambiais - - 22 790 174 - 22 790 174

Total 4 688 576 3 106 514 800 595 108 8 630 402 817 020 600

Rendimentos

Juros e rendimentos similares (nota 22) 269 906 24 065 950 755 121 822 1 366 548

Rendimentos de serviços e comissões (nota 23) 5 255 729 723 137 1 982 731 103

Gastos

Juros e gastos similares (nota 22) ( 20 815) ( 20 756) (15 558 711) ( 62 765) (15 663 047)

Custos com pessoal (nota 26) - ( 312 000) - - ( 312 000)

Gastos gerais administrativos (nota 27) - - - ( 10 301) ( 10 301)

Total 254 346 ( 307 962) (13 884 819) 50 738 (13 887 697)

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Relativamente aos saldos e transacções com outras entidades relacionadas, referem-se essencialmente com empresas do grupo Sonangol, accionista de referência do BAI, SARL. Em 31 de Dezembro de 2007 o balanço, as rubricas extrapatrimoniais e a demonstração dos resultados do Banco incluem os seguintes saldos com entidades relacionadas:

Associada Órgãos sociais

grupo BAI Empresas do

grupo BAI Outras

entidades relacionadas

Total

Activos

Aplicações em instituições de crédito (nota 8) - - 19 544 981 - 19 544 981

Crédito a clientes (nota 9) 2 817 104 552 456 - 1 534 348 4 903 908

Investimentos em filiais e associadas (nota 13) 948 469 - - - 948 469

Passivos

Outros passivos fin. ao justo valor via resultados (nota 6) - - - - -

Recursos de outras instituições de crédito (nota 16) - - 296 340 123 - 296 340 123

Recursos de clientes e outros empréstimos (nota 17) 864 304 734 952 - 27 260 527 28 859 783

Outros passivos subordinados (nota 19) - - 4 500 721 - 4 500 721

Outros passivos (nota 20) - - - 4 192 4 192

Rubricas Extrapatrimoniais (nota 29)

Garantias e avales - - 4 870 593 - 4 870 593

Créditos documentários abertos - - 51 167 986 - 51 167 986

Activos recebidos em garantia - 754 591 18 868 304 1 756 965 21 379 860

Compromissos perante terceiros -

Linhas de crédito irrevogáveis - - - 4 532 4 532

Swaps cambiais - - 22 890 815 - 22 890 815

Total 4 629 877 2 041 999 418 183 523 30 560 564 455 415 963

Rendimentos

Juros e rendimentos similares (nota 22) 288 075 39 193 603 829 114 776 1 045 873

Rendimentos de serviços e comissões (nota 23) 7 088 250 448 003 92 455 433

Gastos

Juros e gastos similares (nota 22) ( 15 118) ( 30 497) (14 600 217) ( 84 596) (14 730 428)

Custos com pessoal (nota 26) - ( 321 000) - - ( 321 000)

Gastos gerais administrativos (nota 27) - - - ( 19 496) ( 19 496)

Total 280 045 ( 312 054) (13 548 385) 10 776 (13 569 618)

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Banco BAI Europa, S.A. Notas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2008

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32. Divulgações relativamente a instrumentos financeiros (IFRS 7) Além de outras divulgações já efectuadas neste âmbito ao longo de algumas das notas anteriores, apresentamos em seguida informação adicional exigida nos termos da IFRS 7. Risco de crédito e Fundos próprios Globalmente, o risco de crédito do activo do Banco é representado por dois grandes grupos de operações, crédito no mercado monetário interbancário e crédito a clientes titulado ou não titulado. A carteira de crédito a clientes é composta quase na sua totalidade por crédito a empresas (nota 9). O actual processo de gestão do risco de crédito a clientes é em função das características específicas do cliente e do produto, e da fase do ciclo de crédito. São efectuadas análises de risco de crédito com base na informação financeira actualizada do cliente e com base em outra informação adicional (capacidade de gestão, expectativas futuras, comportamento e expectativas do mercado específico, capacidade competitiva, cah-flow previsional, etc.). Periodicamente é solicitado aos clientes informação financeira actualizada para efeitos de acompanhamento da qualidade do risco da exposição. Adicionalmente, são definidos limites máximos de exposição por cliente ou por grupo de clientes ligados entre si e por mercados emergentes em função dos fundos próprios do Banco, conforme se apresenta em seguida.

31-Dez-08 31-Dez-07

Fundos próprios 33 280 526 19 139 475 Limites de exposição:

Cliente ou grupo de clientes interligados 25,00% 8 320 132 4 784 869 Entidade com participação qualificada 10,00% 3 328 053 1 913 948 Mercados emergentes 30,00% 9 984 158 5 741 843

Apresenta-se em seguida os fundos próprios e requisitos de fundos próprios do Banco determinados nos termos do Aviso do Banco de Portugal n.º 12/92, de 29 de Dezembro:

31-Dez-08 31-Dez-07

Fundos próprios totais (1+2+3) 33 280 525 19 139 475 1. Fundos Próprios de Base (TierI) 28 987 150 14 681 942

Capital realizado (nota 21) 30 000 000 17 500 000 Reservas legais (nota 21) 257 379 257 379 Reservas por impostos diferidos (nota 21) ( 2 602) - Perdas não realizadas com activos disponíveis para venda (notas 7 e 21) ( 438 827) ( 15 633)Resultados transitados (nota 21) (1 283 177) (2 949 895)Activos intangíveis líquidos (nota 12) ( 88 889) ( 19 582)Resultado líquido do primeiro semestre auditado (a) 673 941 - Perdas actuariais com responsabilidades com pensões ainda não reconhecidas como custo acima do corredor ( 130 675) ( 90 327)

2. Fundos Próprios Complementares (TierII) 4 293 375 4 853 033

Empréstimos subordinados - 80% de elegibilidade (nota 19) 3 600 000 4 500 000 Provisões para riscos gerais de crédito (nota 18) 663 218 339 150 45% dos ganhos não realizados com activos disponíveis para venda (notas 7 e 21) 30 157 13 883

3. Riscos cobertos por fundos próprios - ( 395 500)(a) O RLE referente ao exercício de 2008 só elegível de fundos próprios após a data de emissão da respectiva Certificação Legal de Contas.

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Banco BAI Europa, S.A. Notas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2008

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31-Dez-08 31-Dez-07

Fundos próprios totais 33 280 525 19 139 475 Risco crédito (activos e extrapatrimoniais ponderados) e risco operacional 396 561 619 129 185 661 Rácio de solvabilidade 8,4% 14,8%

Durante os exercícios de 2008 e de 2007 o Banco cumpriu todos os requisitos de fundos próprios definidos pela entidade de supervisão bancária, o Banco de Portugal, nomeadamente as exigências definidas pelos Avisos n. º 5/2007 e n.º 9/2007, ambos de 27 de Abril, os quais definem as obrigações das instituições de crédito e empresas de investimento relativamente aos requisitos de fundos próprios para cobertura dos riscos de crédito e operacional. Relativamente às operações de crédito no mercado monetário interbancário, são definidos limites de contraparte com base na informação financeira disponível por instituição de crédito, incluindo a respectiva notação de rating definida pelas agências internacionais. Periodicamente, são revistos os limites de contraparte através da obtenção da informação financeira actualizada. Em 31 de Dezembro de 2008 o crédito e juros vencidos apresentam a seguinte decomposição por classe de incumprimento:

31-Dez-08 31-Dez-07

Crédito e juros vencidos:

Créditos e juros vencidos a menos de 90 dias 16 917 73 824 Créditos vencidos entre 90 e 180 dias 758 - Créditos vencidos entre 6 a 12 meses 4 194 50 000 Créditos vencidos entre 12 a 36 meses 239 976 1 Créditos vencidos a mais de 36 meses 20 008 19 656

Total 281 853 143 481 Risco de mercado O risco de mercado provém da variação do preço de instrumentos que resulta de alterações em taxas de juro, taxas de câmbio, preço de acções ou preço de commodities. Na actual estratégia de gestão do balanço do Banco, o activo que se encontra mais sujeito a alterações de mercado é a carteira de crédito titulado que se encontra classificada quer como investimento detido até à maturidade quer como activos disponíveis para venda. A análise de risco destes instrumentos financeiros é efectuada na perspectiva do risco de crédito e não na perspectiva do risco de mercado, considerando que a tomada de posição nestes activos é efectuada numa óptica de investimento e não tem como objectivo a realização de mais valias com venda antecipada. Paralelamente, existe uma carteira de títulos de capital que representa uma parcela sem expressão relevante do total dos activos do Banco. Consequentemente o seu acompanhamento não necessita de desenvolvimento de um modelo de gestão de risco específico.

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Risco de liquidez Diariamente, semanalmente e mensalmente são produzidos vários mapas com informação sobre os prazos residuais dos activos e passivos financeiros por moeda, calculando-se para cada intervalo de tempo, a diferença, em montante, entre cash inflow e cash outflows e o respectivo gap de liquidez. Com este conjunto de informação, torna-se possível identificar atempadamente alguns dos gaps de liquidez no sentido de planear a cobertura dinâmica dos mesmos, e por outro lado apurar os recursos financeiros disponíveis para serem aplicados. Por outro lado, na estratégia de gestão de activos e passivos do balanço, o Banco mantém, actualmente, uma carteira significativa de activos líquidos ou liquidáveis a muito curto prazo, face à natureza e duração dos passivos, que facilita a gestão da liquidez para o período crítico de 1 a 7 dias. Em 31 de Dezembro de 2008 os prazos residuais contratuais dos instrumentos financeiros são os seguintes:

Até 3 meses De 3 meses a 1

ano De 1 a 5 anos Mais de 5 anos ou

indeterminado Total

Activo

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 111 445 417 - - - 111 445 417

Disponibilidades em outras instituições de crédito 12 097 730 - - - 12 097 730

Outros activos financeiros ao justo valor via resultados - - - 3 132 969 3 132 969

Activos financeiros disponíveis para venda 37 566 - 5 029 820 2 450 613 7 517 999

Aplicações em instituições de crédito 864 910 826 60 391 693 - - 925 302 519

Crédito a clientes 62 245 009 5 530 305 14 914 986 4 713 660 87 403 960

Investimentos detidos até à maturidade 9 822 658 4 957 965 534 382 - 15 315 005

Investimentos em filiais e associadas - - - 948 469 948 469

1 060 559 206 70 879 963 20 479 188 11 245 711 1 163 164 068

Passivo

Recursos de bancos centrais (440 370 186) - - - (440 370 186)

Recursos de outras instituições de crédito (556 769 720) (5 320 547) - - (562 090 267)

Recursos de clientes e outros empréstimos (116 037 980) (3 226 933) - - (119 264 913)

Outros passivos subordinados - - (4 500 508) - (4 500 508)

(1 113 177 886) ( 8 547 480) ( 4 500 508) - (1 126 225 874)

Derivados (nocional) - 339 171 552 598 - 891 769

Diferencial / Gap (52 618 680) 62 671 654 16 531 278 11 245 711 37 829 963

Diferencial / GapAcumulado (52 618 680) 10 052 974 26 584 252 37 829 963

Diferencial / GapAcumulado 31-12-2007 (34 479 302) (30 324 584) 11 890 721 16 814 319

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Risco cambial Na actual política de gestão de risco cambial, são definidos limites de posição cambial, pelo que diariamente são acompanhadas as várias posições cambiais por moedas no balanço do Banco e o comportamento das respectivas divisas no mercado. Considerando os limites de exposição definidos, as necessidades de liquidez por moeda, e o comportamento das várias divisas no mercado, as posições cambias são cobertas economicamente, quer através de negociação no mercado cambial à vista, quer através da utilização de instrumentos financeiros derivados. Em 31 de Dezembro de 2008, a decomposição por moeda dos instrumentos financeiros é a seguinte:

Euros USD expressos em

Euros Outras Total

Activo

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 111 389 245 56 172 - 111 445 417

Disponibilidades em outras instituições de crédito 4 773 212 7 043 189 281 329 12 097 730

Outros activos financeiros ao justo valor via resultados - 3 132 969 - 3 132 969

Activos financeiros disponíveis para venda 456 602 7 061 397 - 7 517 999

Aplicações em instituições de crédito 2 489 909 922 812 610 - 925 302 519

Crédito a clientes 30 233 640 57 170 320 - 87 403 960

Investimentos detidos até à maturidade 3 060 707 12 254 298 - 15 315 005

Investimentos em filiais e associadas 948 469 - - 948 469

153 351 784 1 009 530 955 281 329 1 163 164 068

Passivo

Recursos de bancos centrais ( 555 687) (439 814 499) - (440 370 186)

Outros passivos financeiros ao justo valor via resultados - (3 132 969) - (3 132 969)

Recursos de outras instituições de crédito (65 185 171) (496 632 021) ( 273 075) (562 090 267)

Recursos de clientes e outros empréstimos (38 196 847) (81 068 066) - (119 264 913)

Outros passivos subordinados (4 500 508) - - (4 500 508)

( 108 438 213) (1 020 647 555) ( 273 075) (1 129 358 843)

Derivados (nocional)

Valor positivo 11 840 971 22 256 951 - 34 097 922

Valor negativo (25 000 000) (10 949 202) - (35 949 202)

( 13 159 029) 11 307 749 - ( 1 851 280)

Diferencial /Gap N/A 191 149 8 254 199 403

Diferencial /Gap 31-12-2007 N/A ( 498 342) 61 986 ( 436 356)

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Risco de taxa de juro O risco de taxa de juro ocorre sempre que existe um desfasamento entre activos e passivos ou instrumentos financeiros registados fora do balanço sensíveis a variações dos níveis de taxa de juro. Para este efeito foi desenvolvido um modelo para análise do risco de taxa de juro do balanço através do cálculo do repricing gap sobre os activos e passivos sensíveis a variações de taxa de juro. Para cada um dos intervalos deve-se calcular o gap resultante da diferença entre total de fluxos activos e passivos e, caso aplicável, às operações registadas em rubricas extrapatrimoniais. O objectivo é verificar os mismatches existentes entre activos e passivos, e também a natureza destes face às perspectivas de comportamento de taxa de juro. Como medidas de risco são calculadas por cada moeda, o gap de taxa de juro, a duração de activos e passivos, a duration gap, e a sensibilidade da margem financeira. Em 31 de Dezembro de 2008 a estrutura dos instrumentos financeiros por sensibilidade à taxa de juro é a seguinte:

À vista - 1 mês 1 - 3 meses 3 - 6 meses 6 a 12 meses 1 - 2 anos Mais de 2 anos

Euros

Total de activos 139 373 328 18 723 710 18 144 494 22 157 569 21 472 082 12 525 920

Total de passivos (29 350 229) (50 624 161) (5 561 380) (4 555 469) (4 500 000) (4 500 000)

Total extrapatrimoniais - - 4 500 000 4 500 000 4 500 000 4 500 000

Diferencial /Gap 110 023 099 (31 900 451) 17 083 114 22 102 100 21 472 082 12 525 920

Diferencial /Gap 31-12-2007 41 593 700 9 977 487 13 477 058 17 073 637 17 128 137 13 614 165

USD

Total de activos 522 315 507 628 464 262 33 286 536 28 133 452 28 133 452 27 707 783

Total de passivos (464 523 497) (665 281 717) (6 264 312) (2 213 477) - -

Total extrapatrimoniais - - (4 489 260) (4 489 260) (4 489 260) (4 489 260)

Diferencial /Gap 57 792 010 (36 817 455) 22 532 964 21 430 715 23 644 192 23 218 523

Diferencial /Gap 31-12-2007 (45 980 909) 7 407 039 18 364 131 36 973 189 13 201 022 13 201 022 Justo Valor dos activos e passivos financeiros O Banco não divulga a diferença entre o valor contabilístico e o justo valor dos activos/passivos financeiros mensurados ao custo amortizado, isto porque estes instrumentos financeiros não têm um mercado activo disponível e entendemos que as respectivas condições de preço (taxas de juro aplicadas) não diferem significativamente das taxas de mercado, bem como os instrumentos financeiros de maior maturidade encontram-se sujeitos a taxas de remuneração variável e os instrumentos de taxa de remuneração fixa apresentam maturidade inferior a 6 meses, logo o Valor Actualizado Líquido (técnica de valorização alternativa para apuramento do justos valor) corresponde, de uma forma geral, ao valor apresentado em balanço.

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Banco BAI Europa, S.A. Notas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2008

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33. Processos judiciais e outras responsabilidades contingenciais Em 2004, o Conselho de Administração aprovou um plano de reestruturação do banco com o objectivo de reduzir custos e redireccionar o negócio do Banco, visando o seu crescimento. A sua implementação teve início em Abril de 2004 tendo da mesma resultado a redução de 9 postos de trabalho. O Banco chegou a acordo com 3 dos trabalhadores abrangidos pela reestruturação para a rescisão dos respectivos contratos de trabalho, tendo desencadeado um processo de despedimento colectivo relativamente aos restantes colaboradores. Tendo os trabalhadores abrangidos pelo despedimento colectivo impugnado a decisão do Banco em tribunal, este será obrigado a continuar a suportar custos adicionais com a defesa da sua posição, não se conhecendo a esta data o seu desfecho final e consequentes impactos nas demonstrações financeiras. 34. Eventos subsequentes Conforme referido na nota 30, o grau de cobertura de responsabilidades pelo fundo de pensões é inferior ao nível mínimo legalmente exigido a 31 de Dezembro 2008, em virtude do atraso na entrega do respectivo estudo de avaliação por parte da sociedade gestora do fundo. No entanto, em Janeiro de 2008 o Banco procedeu à transferência para o fundo de pensões o montante de Euros 123 348, pelo que a situação de incumprimento se encontra regularizada a essa data.

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Banco BAI Europa, S.A. Relatórios e Pareceres dos Auditores e Fiscal Único

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Banco BAI Europa, S.A. Relatórios e Pareceres dos Auditores e Fiscal Único

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Banco BAI Europa, S.A. Relatórios e Pareceres dos Auditores e Fiscal Único

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Banco BAI Europa, S.A. Relatórios e Pareceres dos Auditores e Fiscal Único

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Banco BAI Europa, S.A. Relatórios e Pareceres dos Auditores e Fiscal Único

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Banco BAI Europa, S.A. Disciplina de Mercado em 31 de Dezembro de 2008

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Banco BAI Europa, S.A. Disciplina de Mercado

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Nota introdutória

O presente documento visa a divulgação pública de informação relativa à solvabilidade desta Instituição

no âmbito do Pilar 3 referente ao Acordo de Capital de Basileia, designado por Basileia II, e nos termos

definidos pelo Aviso do Banco de Portugal nº. 10/2007, de 27de Abril.

A informação apresentada respeita a sequência definida no índice dos anexos do referido Aviso. Apenas

foram consideradas as secções do Aviso tidas por aplicáveis e materialmente relevantes para o Banco.

.

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Banco BAI Europa, S.A. Disciplina de Mercado

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Declaração de Responsabilidade

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Banco BAI Europa, S.A. Disciplina de Mercado

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Âmbito de Aplicação e Políticas de Gestão de Risco

Âmbito de aplicação Designação O Banco BAI Europa, S.A. (“BAIE” ou “Banco”) tem sede em Lisboa, foi constituído em 26 de Agosto de

2002 ao abrigo da autorização concedida por Portaria da Ministra de Estado e das Finanças, de 10 de

Maio de 2002, sucedendo à Sucursal do Banco Africano de Investimentos, S.A. (“BAI”) em Portugal e

tem como objecto o exercício da actividade bancária.

A actividade do BAIE está sujeita à supervisão do Banco de Portugal, e enquanto instituição de crédito é

designado como banco, nos termos do Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de Dezembro.

Diferenças ao nível da base de consolidação para efeitos contabilísticos e prudenciais O BAIE é filial em Portugal do BAI, instituição de crédito sedeada em Angola e supervisionada pelo

Banco Nacional de Angola, a qual detém 99,9% do seu capital, correspondente a 5.999.996 acções.

Com referência a 31 de Dezembro de 2008, as demonstrações financeiras do BAIE foram consolidadas

nas demonstrações referência do BAI.

Por sua vez, o BAIE detém somente uma participação financeira numa empresa associada1 não

financeira, Founton Ltd., pelo que apenas apresenta demonstrações financeiras individuais para efeitos

contabilísticos, e consequentemente, para efeitos prudenciais.

Impedimentos significativos a uma transferência rápida de fundos próprios ou de reembolso de passivos entre a casa-mãe e sua filial Não existem impedimentos significativos a assinalar neste tipo de operações entre o BAIE e a sua casa-

mãe.

Objectivos e políticas em matéria de gestão de risco

A gestão de riscos é um processo essencial para a condução do negócio de qualquer instituição

financeira. No BAIE a gestão dos riscos é focalizada na manutenção do risco a um nível aceitável, que

1 Conceito nos termos das Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), designadamente a IAS 28.

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Banco BAI Europa, S.A. Disciplina de Mercado

[ 96 ]

nos permita optimizar a relação entre o risco e o respectivo retorno, com o objectivo de garantir sempre a

solvabilidade do Banco em qualquer circunstância.

A gestão de riscos assenta na constante identificação e análise da exposição a diferentes riscos

(internos e externos) a que a actividade do Banco se encontra sujeita, e que podem afectar a

prossecução dos objectivos operacionais, de informação e de compliance.

De acordo com o actual modelo de gestão de risco do Banco identificam-se como riscos relevantes, os

seguintes:

− Risco de Crédito

− Riscos de Balanço - Risco de Liquidez

- Risco de Taxa de Juro.

- Risco de Taxa de Câmbio

− Risco Operacional e de Compliance

Risco de Crédito

O risco de crédito, entendido como o risco de perda potencial incorrida pelo Banco no caso de uma

“contraparte” não cumprir as obrigações contratadas junto do Banco, é um dos riscos mais relevantes da

sua actividade. Assim, a contratação de risco de crédito no balanço está sujeita a procedimentos

rigorosos que asseguram o cumprimento da estratégia definida e, também, das normas prudenciais

estabelecidas pelo organismo de supervisão bancária.

Risco de crédito é assumido pelo Banco nos activos originados pelos seguintes departamentos e que

representam exposições em:

i) Departamento Banca Comercial (DBC) - crédito concedido a clientes comerciais, sendo clientes

corporativos. O Banco não comercializa produtos de crédito a particulares;

ii) Departamento Banca de Investimentos (DBI) – crédito estruturado concedido a clientes corporativos

para projectos específicos e investimentos em activos financeiros detidos até à maturidade ou com

uma estratégia de investimento de médio/longo prazo;

iii) Sala de Mercados (SdM) - cedências de fundos a outras instituições financeiras, crédito titulado

concedido a clientes (papel comercial).

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Banco BAI Europa, S.A. Disciplina de Mercado

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De notar que o risco de crédito mais significativo assumido pelo Banco refere-se à sua exposição a

instituições financeiras, uma vez que do conjunto dos seus activos o investimento nestas contrapartes é

o mais representativo.

Estratégias e processos de gestão de riscos A gestão de riscos constitui, para o Banco, uma actividade importante para a qual estão definidos

princípios orientadores, processos, uma estrutura organizacional e sistemas de medição, cobertura e

monitorização de risco.

O processo de gestão de riscos de crédito inicia-se com a avaliação dos riscos associados à concessão

de cada crédito/ decisão de investimento / cedência de fundos a outras instituições financeiras.

Os aspectos considerados nesta avaliação têm como objectivo analisar, essencialmente, a capacidade

do cliente para liquidar o crédito contratado. Esta análise envolve a consideração da situação financeira

do cliente, do sector e do país. Paralelamente, são consideradas as questões de concentração de riscos

por sector e país, a liquidez do Banco e os limites de exposição internos e externos.

As exposições de risco analisadas que se enquadram dentro da estratégia do Banco, são propostas para

aprovação.

Estrutura Organizacional i) Conselho de Administração (CA) define as orientações estratégicas para o Banco e os limites de

concessão de crédito de cada órgão, cabendo ao CA aprovar exposições de risco de valores

superiores a montantes pré-definidos.

ii) Os Administradores Executivos garantem a implementação das orientações estratégicas do CA e

são os responsáveis pela coordenação da gestão de riscos, aprovando também todas as exposições

de risco inferiores aos limites estabelecidos para aprovação do CA.

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[ 98 ]

iii) O Departamento de Risco de Crédito (DRC) assegura uma análise independente do risco de

crédito existente em cada exposição de risco assumido pelo Banco, excepto para as operações do

DBI.

Para operações do Departamento Banca Comercial, o processo de análise é iniciado nesse

departamento e subsequentemente desenvolvido em mais detalhe pelo DRC.

Para as operações da Sala de Mercados, o DRC analisa a situação financeira de cada instituição /

entidade, utilizando como suporte dessa análise de risco a informação financeira relevante e os

ratings externos quando disponíveis. Em face da análise realizada, o DRC propõe limites para as

instituições / entidades.

Semestralmente, são revistos os limites das instituições / entidades, podendo este período ser

encurtado, sempre que ocorram alterações significativas das condições de mercado ou das

contrapartes.

O DRC é também responsável pelo acompanhamento das posições em risco que envolvem risco de

crédito, bem como da gestão dos processos de recuperação em caso de incumprimento.

iv) Departamento Banca de Investimento efectua a análise do risco de crédito referentes às

operações originadas neste departamento.

Todo o risco de crédito assumido pelo Banco é necessariamente autorizado por um ou mais

administradores, de acordo com os limites estabelecidos pelo Conselho de Administração. Estes limites

estão reflectidos numa norma interna, publicada na rede interna do Banco.

Sistemas de informação e de medição de riscos Os sistemas de informação do Banco estão parametrizados de forma a assistirem o DRC no

acompanhamento, avaliação e quantificação do risco, através de controlos automáticos e da produção

de informação sob a forma de relatórios específicos.

Existe um acompanhamento activo da globalidade das exposições de risco de crédito assumido pelo

Banco por parte do DRC, sendo que todos os incumprimentos são reportados em relatórios específicos e

é feito o “follow up” destes até à sua regularização, ou se for o caso, à sua passagem para contencioso.

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Banco BAI Europa, S.A. Disciplina de Mercado

[ 99 ]

Para clientes considerados de risco mais elevado, é preparada informação adicional mensal que permite

a monitorização mais focalizada desses clientes.

Politica de Cobertura e redução do risco A mitigação do risco é assegurada pela estrutura da operação que garante os fluxos de caixa suficientes

para a liquidação da divida e, quando necessário, por garantias adicionais. O BAIE exige garantias reais

para classes de operações predefinidas, procurando sempre que as operações de médio/longo prazo

tenham associadas garantias reais. De notar, que a grande maioria da carteira de crédito do BAIE é

constituída por operações de curto prazo, sendo que o Banco não oferece crédito à habitação.

Estratégia e processos de monitorização da eficácia sustentada das operações de cobertura e dos factores de redução do risco

O DRC acompanha mensalmente a relação das garantias recebidas, considerando a sua adequação

face à posição em risco.

Riscos de Balanço

A gestão do risco do balanço envolve os riscos financeiros referentes aos activos e passivos no balanço,

abrangendo liquidez, taxa de juro e taxa de câmbio (Asset and Liability Management, ALM).

A Sala de Mercados (SdM) que se encontra integrada no Departamento de Banca de Investimento (DBI)

é responsável pela gestão destes riscos, actuando dentro das políticas e linhas orientadoras

estabelecidas pela Administração Executiva.

O Departamento Financeiro e de Controlo (DFC) é responsável por monitorizar se o ALM do Banco se

encontra dentro dos limites das políticas internas definidas para o efeito.

Risco de Liquidez O Risco de liquidez é a probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou no capital,

decorrentes da incapacidade da instituição dispor de fundos líquidos para cumprir as suas obrigações

financeiras, à medida que as mesmas se vencem.

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Banco BAI Europa, S.A. Disciplina de Mercado

[ 100 ]

Estratégias e processos de gestão de risco A estratégia do Banco define a assunção de uma posição conservadora na gestão da liquidez, mantendo

sempre uma posição muito líquida a curto prazo, e com a maior parte dessa liquidez aplicada em

instituições financeiras, sobre as quais são feitas análise de risco periódicas.

Encontram-se previstos limites de posição de tesouraria e patamares de referência para alerta em função

do volume dos recursos captados para os prazos temporais mais curtos.

Estrutura e organização da função de gestão de risco i) Conselho de Administração (CA) define as orientações estratégicas para o Banco.

(ii) Os Administradores Executivos garantem a implementação das orientações estratégicas do CA e

são os responsáveis pela coordenação da gestão de riscos.

iii) O Departamento Financeiro e de Controlo (DFC) monitoriza de forma independente, numa base

diária, as posições de tesouraria por moeda face aos limites e às políticas estabelecidas pela

Administração do Banco.

iv) Sala de Mercados (SdM) assegura numa base diária a gestão do risco de liquidez.

Sistemas de Informação e de medição de risco Diariamente são produzidos mapas com informação sobre os prazos residuais dos activos e passivos

financeiros por moeda e outras responsabilidades assumidas fora do balanço (ex. linhas de crédito não

utilizadas, swaps cambiais, obrigações de constituição de reservas de caixa junto do BCE, etc.),

calculando-se para cada intervalo de tempo, o montante líquido, entre cash inflows e cash outflows e o

respectivo gap de liquidez. Com esta informação, a SdM identifica atempadamente os gaps de liquidez

no sentido de planear a cobertura dinâmica dos mesmos, e, por outro lado, apurar os recursos

financeiros disponíveis para serem aplicados. Nestes mapas são também apurados os níveis de

concentração de fontes de recursos financeiros, e informação histórica de comportamento da posição de

tesouraria face aos limites e patamares de referência para alerta definidos. Esta informação é produzida

em folhas de cálculo e actualizada diariamente, com base em ficheiros extraídos directamente do

sistema central, sendo que são efectuados procedimento de controlo de reconciliação da informação

produzida.

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Banco BAI Europa, S.A. Disciplina de Mercado

[ 101 ]

Adicionalmente, é utilizado um módulo aplicacional integrado de tesouraria que reconcilia diariamente

todas as contas de disponibilidades juntos de outras instituições de crédito com os respectivos extractos

recebidos diariamente via Swift, no sentido de apurar com total rigor a posição over-night de tesouraria.

Políticas de cobertura e redução do risco A SdM identifica diariamente os gaps de liquidez através de mapas produzidos com o objectivo de

planear a cobertura dinâmica dos mesmos, de forma a manter a situação líquida do Banco dentro dos

limites estabelecidos para a gestão dos riscos de liquidez.

Na sua estratégia de gestão de activos e passivos do balanço, o Banco mantém, actualmente, uma

carteira significativa de activos líquidos ou liquidáveis a muito curto prazo, face à natureza e duração dos

passivos, o que facilita a gestão da liquidez para o período crítico de 1 a 7 dias.

Risco de Taxa de Juro O risco de taxa de juro equivale ao impacto na margem financeira de alterações na taxa de juro, que se

dá quando existem mismatches nos prazos dos activos e passivos, ou de actualização das respectivas

taxas de juros.

Estratégia e processos de gestão de risco O Banco gere este risco com o objectivo de reduzir a sensibilidade da margem financeira às alterações

na taxa de juro e, consequentemente, preservar o valor económico do balanço do Banco.

Estrutura e organização da função de gestão de risco i) Conselho de Administração (CA) define as orientações estratégicas para o Banco.

ii) Os Administradores Executivos garantem a implementação das orientações estratégicas do CA e

são os responsáveis pela coordenação da gestão de riscos..

iii) O Departamento Financeiro e de Controlo (DFC) assegura avaliação e monitorização do risco de

taxa de juro numa base mensal.

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iv) Sala de Mercados (SdM) assegura numa base diária a gestão do risco de taxa de juro.

Sistemas de informação e de medição de riscos O DFC efectua avaliações mensais em folhas de cálculo dos mismatches das taxas de juro nos activos e

passivos para as duas moedas mais relevantes (EUR e USD) e das tendências dos movimentos das

respectivas taxas de juro, de forma a monitorizar e gerir a possível exposição do Banco a situações de

risco. Esta informação é produzida com base em ficheiros extraídos directamente do sistema central,

sendo igualmente efectuados procedimentos de controlo de reconciliação e verificação da informação

produzida. Como medidas de risco são calculadas por cada moeda, o gap de taxa de juro, a duração de

activos e passivos, a duration gap, e a sensibilidade da margem financeira.

Políticas de cobertura e de gestão do risco Em geral, não são utilizados instrumentos para macro cobertura das posições expostas a risco de taxa

de juro, considerando que a grande parte dos activos e passivos apresentam prazos de vencimento ou

de repricing relativamente curtos (inferiores a 1 ano).

A Sala de Mercados tem orientações no sentido de efectuar o “matching” dos activos e passivos para

reduzir ao máximo o risco de taxa de juro, sempre que possível, considerando os objectivos da gestão do

risco de liquidez,

Risco de Taxa de Câmbio O risco de taxa de câmbio é a probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou no

capital, devido a movimentos adversos nas taxas de câmbio de elementos da carteira bancária,

provocados por alterações nas taxas de câmbio utilizadas na conversão para a moeda funcional ou pela

alteração da posição competitiva da instituição, devido a variações significativas das taxas de câmbio.

Pela natureza do seu negócio e das suas relações internacionais, o Banco opera principalmente com

activos/passivos em USD e EUR, sendo o risco de taxa de câmbio relevante apenas para aquela divisa.

Estratégia e processos de gestão de risco

O Banco gere este risco com o objectivo de manter a exposição ao risco cambial dentro dos limites

definidos.

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[ 103 ]

Estrutura e organização da função de gestão de risco i) Conselho de Administração (CA) define as orientações estratégicas para o Banco.

ii) Os Administradores Executivos garantem a implementação das orientações estratégicas do CA e

são os responsáveis pela coordenação da gestão de riscos.

iii) O Departamento Financeiro e de Controlo (DFC) assegura avaliação e monitorização do risco de

taxa de câmbio.

iv) Sala de Mercados (SdM) assegura numa base diária a gestão do risco de taxa de câmbio.

Sistemas de informação e de medição de riscos Numa base intra-day, a SdM acompanha as várias posições cambiais (por moeda), bem como o

comportamento das respectivas divisas no mercado. Também é analisada a posição cambial global e o

comportamento da posição em aberto face ao comportamento de cada divisa. Considerando os limites

de exposição definidos, as necessidades de liquidez por moeda, e o comportamento das várias divisas

no mercado, as posições cambiais são cobertas, quer através de negociação no mercado cambial à

vista, quer através da utilização de instrumentos financeiros derivados, nomeadamente swaps. O

apuramento das posições cambiais á vista é efectuado diariamente por um módulo aplicacional

integrado.

O DFC monitoriza de forma independente e numa base diária o comportamento da posição das posições

cambiais face aos limites estabelecidos, com base na informação disponibilizada pela aplicação. Os

dados históricos são arquivados em folhas de cálculo para compilação e reporte à Administração

Executiva.

Por outro lado, as flutuações da divisa norte-americana afectam o valor de conversão dentro e fora do

balanço das posições em risco nessa moeda, e consequentemente, os respectivos requisitos de fundos

próprios. O DFC efectua o acompanhamento desta situação, desencadeando mecanismos de alerta

sempre que os indicadores de solvabilidade se mantenham muito próximo dos limites definidos,

designadamente informando a Administração Executiva para que em conjunto com a SdM sejam

tomadas decisões ao nível de ALM no sentido de aliviar a ponderação das posições em risco ou de

reforço de fundos próprios.

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[ 104 ]

Políticas de cobertura e de gestão do risco Encontram-se estabelecidos limites para posições cambiais abertas à vista, enquanto que as posições

cambiais a prazo devem ser sempre integralmente cobertas com os instrumentos adequados (forwards e

swaps).

Risco Operacional e de Compliance Risco operacional é definido como a probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados

ou no capital, decorrentes de falhas na análise, processamento ou liquidação de operações, de fraudes

internas e externas, da utilização de recursos em regime de subcontratação, de processos de decisão

internos ineficazes, de recursos humanos insuficientes ou inadequados ou da inoperacionalidade das

infra-estruturas.

O risco de compliance é a probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou no

capital, decorrentes de violações ou da não conformidade relativamente a leis, regulamentos,

determinações especificas, contratos, regras de conduta e de relacionamento com clientes, práticas

instituídas ou princípios éticos, que se materializarem em sanções de carácter legal, na limitação das

oportunidades de negócio, na redução do potencial de expansão ou na impossibilidade de exigir o

cumprimento das obrigações contratuais.

Risco operacional e de compliance são inerentes a todas as actividades de negócio e embora nunca

possam ser totalmente eliminados, podem ser geridos, mitigados e em alguns casos, segurados.

Estratégia e processos de gestão de risco Na gestão deste risco, o Banco tem como objectivo a melhoria contínua do seu funcionamento, para

mitigar, na maior extensão possível, o risco operacional inerente à sua actividade.

Estrutura e organização da função de gestão de risco i) Conselho de Administração (CA) define as orientações estratégicas para o Banco.

ii) Os Administradores Executivos garantem a implementação das orientações estratégicas do CA e

são os responsáveis pela coordenação da gestão de riscos.

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Banco BAI Europa, S.A. Disciplina de Mercado

[ 105 ]

iii) O Departamento de Auditoria Interna (DAI) é responsável por identificar, analisar e propor a

implementação de medidas para mitigar o risco operacional do Banco

Sistemas de informação e de medição de riscos O forte ambiente de controlo existente no Banco é considerado um factor importante na mitigação do

risco operacional inerente às operações do BAIE.

Por outro lado, a actividade do Departamento Auditoria Interna (DAI) tem como objectivo avaliar a

adequação e a eficácia do sistema de controlo interno, emitir recomendações para a sua melhoria e

verificar a sua implementação. Neste sentido, o trabalho do DAI contribui para a melhoria global da

gestão do risco, e para assegurar a integridade da informação processada e produzida e também reduzir

a possibilidade de erros e fraudes.

No que diz respeito ao risco de compliance, o BAIE conduz a sua actividade com a máxima atenção às

normas e procedimentos do Banco de Portugal, bem como a toda a legislação aplicável à actividade

bancária, de forma a mitigar o risco de incumprimento dos mesmos.

Políticas de cobertura e de redução do risco Através da aplicação de controlos e técnicas de mitigação dos riscos, o BAIE efectua uma gestão activa

do seu perfil de risco no seu todo, que permite ao Banco melhorar a gestão de risco operacional numa

base continua.

Actualmente, e conforme já referido, encontra-se a ser desenvolvido em conjunto com consultores

externos um projecto no âmbito do sistema de controlo interno, que prevê o levantamento, a revisão e o

reforço da formalização de todos as políticas e processos internos, no sentido de garantir que os novos

requisitos sobre estas matérias definidos pelo Banco de Portugal no seu Aviso n.º 5/2008 são

devidamente observados.

Adequação de Capitais Até ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2007, o Banco encontrou-se sujeito ao regime de

requisitos de fundos próprios para cobertura risco de crédito definido pelo Banco de Portugal no seu

Aviso nº 1/93, de 8 de Junho.

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[ 106 ]

Durante o exercício de 2007 o Banco permaneceu neste regime de forma transitória nos termos definidos

no Aviso do Banco de Portugal n. º 5/2007, de 27 de Abril, e do Decreto-Lei nº 104/2007, de 3 de Abril.

Em 31 de Dezembro de 2007 o Banco apresentava os seguintes indicadores e requisitos de fundos

próprios:

31-Dez-07

Fundos Próprios totais para efeitos de solvabilidade 19 139 975

Fundos próprios de base 14 681 942 Fundos próprios complementares 4 853 033 Dedução aos Fundos Próprios Totais ( 395 000)

Requisitos de fundos 10 659 251

Para risco de crédito (derrogação transitória do método padrão) 10 659 251 Excesso (+) / Insuficiência (-) de fundos próprios 8 480 724 Rácio de solvabilidade (%) 14,4%

Em 1 de Janeiro de 2008, na sequência da transposição para ordem jurídica interna da Directiva n.º

2006/48/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho relativa ao acesso e exercício da actividade das

instituições de crédito, o Banco transitou para o novo regime de requisitos de fundos próprios para

cobertura dos riscos de crédito e operacional (designado pelo novo acordo de capital, Basileia II) definido

nos Avisos do Banco de Portugal n. º 5/2007 e n.º 9/2007, ambos de 27 de Abril.

Nestes termos, de forma a assegurar a comparabilidade da informação quantitativa agora apresentada

com referência a 31 de Dezembro de 2008, a informação quantitativa comparativa apresentada foi re-

expressa com base no regime actualmente em vigor.

Síntese das principais características das diferentes rubricas e componentes dos fundos próprios:

Capital realizado O capital realizado é representado por 6.000.000 acções, escriturais e nominativas, com o valor nominal

de Euros 5 cada. Durante o exercício de 2008, verificou-se um aumento de capital no valor de 12.500.00

EUR, totalmente subscrito e realizado pelo Banco Africano de Investimentos, S.A..

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[ 107 ]

Reservas Esta rubrica inclui resultados transitados de exercícios anteriores, reservas legais e reservas por

impostos diferidos.

Resultados do último exercício e resultados provisórios do exercício em curso Esta rubrica inclui os resultados do exercício após certificação pelo Revisor Oficial de Contas. A 31 de

Dezembro de 2008, o montante apresentado nesta rubrica corresponde ao resultado líquido certificado

referente ao primeiro semestre de 2008. O resultado líquido do segundo semestre de 2008 só foi

incorporado nos fundos próprios em Fevereiro de 2009, mês em que se procedeu à emissão da

respectiva Certificação Legal de Contas.

Diferenças de reavaliação elegíveis para fundos próprios base Os valores apresentados nesta rubrica referem-se à totalidade das menos valias latentes da carteira de

activos financeiros disponíveis para venda que não sejam títulos de dívida, créditos e outros valores a

receber.

Outros elementos dedutíveis aos fundos próprios de base Nesta rubrica encontram-se apresentadas as perdas actuariais resultantes de alterações de

pressupostos actuariais e/ou de desvios entre os pressupostos actuariais e financeiros utilizados no

apuramento das responsabilidades com pensões de reforma e os valores efectivamente verificados que

se encontram acima do montante apurado pela regra do corredor, de acordo com as Normas

Internacionais de Relato Financeiro (IAS 19).

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[ 108 ]

Passivos Subordinados - Lower Tier 2 Esta rubrica correspondente à dívida titulada subordinada emitida pelo Banco que apresenta as

seguintes características:

Emitente: Banco BAI Europa, S.A.

Modalidade: Emissão de obrigações de caixa subordinadas.

Montantes: EUR 4.500.000

Data de emissão: 30 de Junho de 2004.

Data de vencimento: 8 anos, a contar da data de emissão.

Subordinação:

Em caso de falência ou liquidação do emitente, o reembolso das

obrigações, bem como o pagamento de juros, ficam subordinados ao

prévio reembolso de todos os demais créditos não subordinados sobre

o emitente, tendo, todavia, os respectivos detentores prioridade sobre

os accionistas da sociedade emitente.

Elegibilidade:

Considerado para efeitos de fundos próprios complementares ("lower

tier 2") de acordo com autorização expressa do Banco de Portugal e

dentro dos limites estabelecidos no seu Aviso n.º 12/92, de 22 de

Dezembro, e sua Carta-Circular n.º 29/97, de 17 de Dezembro.

O montante elegível para o efeito é reduzido, a uma cadência de 20%

ao ano, nos 5 anos que antecedem o respectivo reembolso

Dedução aos Fundos Próprios Totais Nesta rubrica encontra-se registado um montante relativo a excesso de exposição de crédito a clientes,

nos termos definidos no Aviso do Banco de Portugal nº. 6/2007, de 27 de Abril.

Síntese do método utilizado para auto-avaliação da adequação do capital interno

O método utilizado actualmente pelo BAIE para avaliar a adequação do seu capital interno baseia-se nas

regras de solvabilidade definidas pelo Banco de Portugal. Esta politica foi definida considerando as

características, a dimensão e o nível de complexidade do Banco, bem como a respectiva natureza e os

riscos inerentes às actividades que desenvolve.

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[ 109 ]

O capital regulamentar do BAIE é calculado nos termos dos Avisos do Banco de Portugal

nº. 12/92, nº. 5/2007 e nº. 9/2007, que estabelecem um rácio de solvabilidade superior a 8%. A 31 de

Dezembro de 2008, o rácio de solvabilidade do BAIE ascendia a 8,4%, tendo o Banco adoptado medidas

internas de forma a assegurar em permanência um rácio de solvabilidade superior a 8%.

Na sequência da publicação da Instrução nº. 15/2007, denominada “ Processo de Auto Avaliação da

Adequação do Capital Interno (ICAAP)” e da Instrução nº. 18/2007 sobre os Testes de Esforço, o Banco

iniciou em 2008 um projecto com o apoio de consultores externos que visa o cumprimento das referidas

instruções, pelo que o processo de avaliação da adequação do capital interno encontra-se actualmente a

ser revisto.

31-Dez-08 31-Dez-07

1 Fundos Próprios totais para efeitos de solvabilidade (=∑(1.1 a 1.5)) 33 280 525 19 139 975 1.1 Fundos próprios de base (=∑(1.1.1 a 1.1.5)) 28 987 150 14 681 942

1.1.1 Capital elegível (=∑(1.1.1.1 a 1.1.1.4)) 30 000 000 17 500 000 1.1.1.1 Capital realizado 30 000 000 17 500 000

1.1.2 Reservas e resultados elegíveis (=∑(1.1.2.1 a 1.1.2.6)) ( 793 285) (2 708 149)1.1.2.1. Reservas (1 028 399) (2 692 516)1.1.2.2. Interesses minoritários elegíveis - - 1.1.2.3. Resultados do último exercício e resultados provisórios do exercício em

curso 673 941 -

11.2.4. (-) Lucros líquidos resultantes da capitalização de receitas futuras provenientes de actos titularizados - -

1.1.2.5 Diferenças de reavaliação elegíveis para fundos próprios base ( 438 827) ( 15 633)

1.1.3. Fundo para riscos bancários gerais - - 1.1.4 Outros elementos elegíveis para fundos próprios de base (1.1.4.1 + 1.1.4.2) - -

1.1.4.1. Impacto na transição para as NIC/NCA (impacto negativo) - - 1.1.4.2. Outros elementos elegíveis para os fundos próprios de base - -

1.1.5. (-) Outros elementos dedutíveis para fundos próprios de base (=∑(1.1.5.1 a 1.1.5.3)) ( 219 565) ( 109 909)

1.1.5.1 (-) Imobilizações incorpóreas/Activos intangíveis ( 88 890) ( 19 582)1.1.5.2 (-) Excedente em relação aos limites da elegibilidade de instrumentos

incluídos nos fundos próprios de base - -

1.1.5.3 (-) Outros elementos dedutíveis aos fundos próprios de base ( 130 675) ( 90 327) 1.2- Fundos próprios complementares (=∑(1.2.1 a 1.2.3)) 4 293 375 4 853 033

1.2.1. Fundos próprios complementares - Upper Tier 2 693 375 353 033 1.2.1.1. Provisões para riscos gerais de crédito 663 218 339 150 1.2.1.2. Correcção das diferenças de reavaliação de activos disponíveis para venda 30 157 13 883

1.2.2. Fundos próprios complementares - Lower Tier 2 3 600 000 4 500 000 1.2.3. (-) Deduções aos fundos próprios complementares - -

1.3. (-) Deduções aos fundos próprios de base e complementares - -

1.3a. Das quais: (-) aos fundos próprios de base - - 1.3b Das quais: (-) aos fundos próprios de complementares - -

1.4. Dedução aos Fundos Próprios Totais - ( 395 000) 1.5. Fundos Próprios suplementares totais disponíveis para cobertura de riscos de mercado - -

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[ 110 ]

1.6. Por memória 1.6.1 (+) Excesso/(-) Insuficiência de provisões nas posições ponderadas pelo risco

através do método das Notações Internas - -

1.6.1.1. Montante de provisões no método das Notações Internas - - 1.6.1.2. (-) Perdas esperadas determinadas pelo método das Notações Internas - -

1.6.2. Valor nominal dos empréstimos subordinados reconhecidos como elemento positivo dos fundos próprios 4 500 000 4 500 000

1.6.3. Requisito mínimo de capital social (a) 17 457 926 17 457 926 1.6.4. Fundos próprios de referência para efeito dos limites relativos aos grandes

riscos 33 280 525 19 139 975

(a) Corresponde ao capital mínimo definido nos termos do Art. 95.º do RGICSF e da portaria do Ministro das Finanças n.º 95/94, de 9 de Fevereiro. Unidade: 0,00 Euro

31-Dez-08 31-Dez-07

2. Requisitos de fundos Próprios (=∑(2.1 a 2.6)) 31 774 950 13 131 645

2.1 Para risco de crédito, crédito de contraparte, risco de redução dos valores a receber e risco de entrega (=2.1.1+ 2.1.2) 2.1.1 . Método Padrão (=∑(2.1.1.1+2.1.1.2)) 31 039 574 12 726 070

2.1.1.1 Classes de risco no Método Padrão, excluindo posições de titularização 31 039 574 12 726 070 2.1.1.1.1. Créditos ou créditos condicionais sobre administrações centrais ou

sobre bancos centrais 365 152 346 251

2.1.1.1.2. Créditos ou créditos condicionais sobre administrações regionais ou autoridades locais

- -

2.1.1.1.3. Créditos ou créditos condicionais sobre organismos administrativos e empresas sem fins lucrativos

- -

2.1.1.1.4. Créditos ou créditos condicionais sobre bancos multilaterais de desenvolvimento

- -

2.1.1.1.5. Créditos ou créditos condicionais sobre organizações internacionais - - 2.1.1.1.6. Créditos ou créditos condicionais sobre instituições 23 799 304 8 717 206 2.1.1.1.7. Créditos ou créditos condicionais sobre empresas 6 140 242 3 258 521 2.1.1.1.8- Créditos ou créditos condicionais sobre a carteira de retalho 155 198 88 788 2.1.1.1.9. Créditos ou créditos condicionais com garantia de bens imóveis 239 888 180 010 2.1.1.1.10. Elementos vencidos 9 892 - 2.1.1.1.11. Elementos pertencentes a categorias regulamentares de risco elevado - - 2.1.1.1.12. Créditos sob a forma de obrigações hipotecárias ou obrigações sobre o

sector público - -

2.1.1.1.13. Créditos sob a forma de organismos de investimento colectivo (OIC) - - 2.1.1.1.14 Outros elementos 329 898 135 294

2.1.1.2. Posições de titularização no método padrão - - 2.1.2 Método das Notações Internas - -

2.2. Risco de liquidação - - 2.3. Requisitos de fundos próprios para riscos de posição, riscos cambiais e riscos

sobre mercadorias (=2.3.1+2.3.2) - -

2.3.1. Método Padrão - - 2.3.2 Método dos modelos internos - -

2.4. Requisitos de Fundos Próprios para risco operacional 735 377 405 576 2.4.1. Método Indicador Básico 735 377 405 576

2.5. Requisitos de fundos próprios - despesas gerais fixas - -

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[ 111 ]

2.6 Requisitos transitórios de fundos próprios e outros requisitos de fundos próprios

- -

Unidade: 0,00 Euro

31-Dez-08 31-Dez-07

Excesso (+) / Insuficiência (-) de fundos próprios 1.505.575 6.008.330Rácio de solvabilidade (%) 8,4% 11,7% Adequação de fundos próprios ao nível do conglomerado financeiro - -

Risco de Crédito de Contraparte Relativamente ao risco de crédito de contraparte, o BAIE utiliza o método do risco inicial, previsto na

parte 4 do Anexo V do Aviso do Banco de Portugal nº. 5/2007.

Risco de Crédito

Aspectos Gerais – Informação Qualitativa 6.1.1. Definições para efeitos contabilísticos Crédito vencido

Consideram-se crédito vencido todos os créditos (capital), qualquer que seja a sua titulação, que se

encontrem por regularizar decorridos, no máximo, trinta dias sobre o seu vencimento. De igual modo,

consideram-se juros vencidos, os juros por liquidar na data em que a cobrança se deveria ter efectivado

ficando a aguardar, pelo período máximo de 3 meses, a respectiva regularização contabilística.

A situação analítica reflecte o escalonamento temporal dos créditos e juros vencidos em função do

período decorrido após o respectivo vencimento, ou o período decorrido após a data em que tenha sido

formalmente apresentada ao devedor a exigência da sua liquidação.

Credito objecto de imparidade O conceito de crédito objecto de imparidade, engloba os activos (posições em risco), relativamente aos

quais existem indícios de perda por incumprimento, de acordo com o estabelecido na IAS 39.

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[ 112 ]

Crédito em incumprimento O conceito de crédito em incumprimento, engloba o crédito vencido há mais de 90 dias e o crédito de

cobrança duvidosa reclassificado como vencido para efeitos de provisionamento [aplicação da alínea a)

do ponto 1 do nº 4.º do Aviso do Banco de Portugal nº. 3/95, de 30 de Junho].

6.1.2 Método adoptado para determinação das provisões e de correcções de valor i) Carteira de crédito a clientes não titulada Provisões Mensalmente, o BAIE analisa a sua carteira de crédito a clientes de forma a avaliar a necessidade de

reconhecimento de um nível mínimo de provisões, nos termos do Aviso nº. 3/95, designadamente:

• As provisões para risco específico de crédito a clientes são baseadas na avaliação dos créditos

vencidos e dos créditos vincendos associados, tomando em consideração a antiguidade do

incumprimento e as garantias associadas;

Complementarmente, são constituídas provisões adicionais sempre que a estimativa de

provisões apurada segunda a análise anterior se demonstre insuficiente face a uma análise

numa óptica económica que coincide com o conceito de imparidade, o qual é apresentado no

ponto seguinte;

• As provisões para risco gerais de crédito, destinam-se a cobrir potenciais riscos existentes na

carteira de crédito concedido, que não estejam cobertos por provisões específicas, incluindo os

créditos por assinatura.

ii) Restante carteira de activos Correcções de valor (Imparidade) O BAIE analisa regularmente a sua carteira de activos de forma a avaliar a necessidade de

reconhecimento de imparidade.

Os indícios de imparidade para activos (posições em risco) valorizados ao custo amortizado nos termos

da IAS39, são os seguintes:

• Significativa dificuldade financeira do devedor ou do emissor da dívida;

• Incumprimentos contratuais relacionados com pagamentos de juros ou de capital;

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[ 113 ]

• Reestruturações dos planos financeiros do crédito para prazos mais dilatados;

• Probabilidade significativa de processo de falência ou reestruturação financeira do devedor;

• Desaparecimento de um mercado activo para esse instrumento financeiro em virtude de

dificuldades financeiras;

• Histórico de incumprimento ou atraso nos pagamentos do plano financeiro do crédito;

• Condições económicas adversas que se correlacionam com o efectivo ou potencial

incumprimento por parte do devedor.

Actualmente nesta categoria de activos encontram-se registados créditos a clientes titulados e outros

instrumentos de dívida.

A evidência de imparidade para posições em risco classificadas como activos financeiros disponíveis para venda nos termos da IAS39, resulta do seguinte:

1. Para os títulos cotados, uma desvalorização continuada ou de valor significativo na sua cotação

de montante superior a 30% do respectivo valor de aquisição, e

2. Para títulos não cotados, quando se verifica um evento (ou eventos) que tenha um impacto no

valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro, que possa ser estimado com

razoabilidade, ou quando os títulos são avaliados por entidades independentes e se essas

avaliações apresentam uma desvalorização contínua, significativa e inesperada face à estratégia

de investimento e rendibilidade inicialmente estimada.

Actualmente nesta categoria de activos encontram-se registados instrumentos de capital, instrumentos

de dívida e fundos de investimento.

Ainda nos termos do Aviso n.º 3/95, todas as posições em risco encontram-se sujeitas ao regime de

provisões específicas para risco-país sempre que os activos e elementos extrapatrimoniais sejam

residentes em países considerados de risco, de acordo com lista divulgada pelo Banco de Portugal. A 31

de Dezembro de 2008, as provisões específicas para risco-país contabilizadas pelo BAIE ascendiam a €

2.419.072 incidindo sobre activos e elementos extrapatrimoniais residentes nomeadamente em Angola,

Cabo Verde, e África do Sul.

6.1.3 Risco de concentração Entende-se por concentração de risco, uma posição em risco, ou grupo de posições em risco, com

potencial para produzir perdas de tal modo elevadas que coloquem em causa a solvabilidade da

instituição ou a capacidade para manter as suas principais operações. Em particular, o risco de

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[ 114 ]

concentração decorre da existência de factores de risco comuns ou correlacionados entre diferentes

contrapartes, de tal modo que a deterioração daqueles factores implica um efeito adverso simultâneo na

qualidade de crédito de cada uma daquelas contrapartes.

O BAIE, avalia individualmente cada posição em risco, de forma a evitar eventuais perdas que coloquem

em causa a solvabilidade da instituição ou a capacidade para manter as suas principais operações.

Relativamente à concentração de risco perante um cliente não financeiro ou um grupo de clientes ligados

entre si, o BAIE toma como referência para definição do limite de concentração de risco o montante

correspondente a 10% dos Fundos Próprios.

No que se refere à concentração de risco perante uma contraparte financeira ou um grupo de

contrapartes financeiras ligadas entre si, o BAIE determina o limite de concentração de risco em função

da respectiva análise económica-financeira e do prazo das operações (até 3 meses ou até 1 ano).

Na análise de correlação entre entidades, é considerada a totalidade da exposição perante um grupo

económico, ou seja, empresas detidas directa ou indirectamente por um determinado accionista que

detenha posição de controlo.

Aspectos Gerais – Informação Quantitativa

Posições em risco agregadas: elementos do activo, extrapatrimoniais e instrumentos financeiros

Posição em risco original Posição em Risco original Média ao longo do período

Classes de Risco

31-Dez-08 31-Dez-07 31-Dez-08 31-Dez-07

Administrações e Bancos Centrais 116 909 201 24 827 599 45 354 582 12 955 777

Instituições 1 088 025 475 386 118 337 867 557 365 383 145 169

Empresas 110 622 335 55 557 918 93 693 998 39 217 205

Carteira de retalho 2 034 971 1 109 854 1 345 373 694 071

Garantia de bens imóveis 5 997 194 4 527 480 6 219 004 5 314 118

Elementos vencidos 264 937 19 657 194 518 2 063 902

Outros elementos 8 347 921 2 677 975 7 716 843 2 600 968

Total 1 332 202 034 474 838 821 1 022 081 684 445 991 209

Unidade: 0,00 Euro

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[ 115 ]

Elementos do activo

Posição em risco original Posição em Risco original Média ao longo do período

Classes de Risco

31-Dez-08 31-Dez-07 31-Dez-08 31-Dez-07

Administrações e Bancos Centrais 116 909 201 24 827 599 45 354 582 12 955 777

Instituições 937 408 801 326 679 414 784 492 153 345 850 576

Empresas 96 529 377 46 128 133 79 773 050 30 601 410

Carteira de retalho 2 034 971 1 109 854 1 345 373 694 071

Garantia de bens imóveis 5 997 194 4 527 480 6 219 004 5 314 118

Elementos vencidos 264 937 19 657 194 518 2 063 902

Outros elementos 8 347 921 2 677 975 7 716 843 2 600 968

Total 1 167 492 402 405 970 112 925 095 523 400 080 822

Peso sobre o agregado 87,6% 85,5% 90,5% 89,7%

Unidade: 0,00 Euro

Elementos extrapatrimoniais

Posição em risco original Posição em Risco original Média ao longo do período

Classes de Risco 31-Dez-08 31-Dez-07 31-Dez-08 31-Dez-07

Instituições 148 685 262 57 369 657 81 093 496 35 598 836

Empresas 14 043 853 9 425 709 13 908 672 8 613 103 Total 162 729 115 66 795 366 95 002 168 44 211 939 Peso sobre o agregado 12,2% 14,1% 9,3% 9,9% Unidade: 0,00 Euro

Instrumentos financeiros

Posição em risco original Posição em Risco original Média ao longo do período

Classes de Risco 31-Dez-08 31-Dez-07 31-Dez-08 31-Dez-07

Instituições 1 931 412 2 069 267 1 971 716 1 695 757

Empresas 49 105 4 076 12 276 2 692

Total 1 980 517 2 073 343 1 983 992 1 698 449 Peso sobre o agregado 0,1% 0,4% 0,2% 0,4%

Unidade: 0,00 Euro

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[ 116 ]

Distribuição Geográfica das Posições em Risco (em % da posição em risco original)

Portugal Angola Resto do Mundo Classes de Risco

31-Dez-08 31-Dez-07 31-Dez-08 31-Dez-07 31-Dez-08 31-Dez-07

Administrações e Bancos Centrais 96% 81% 4% 19% 0% 0%Instituições 42% 65% 17% 20% 41% 15%Empresas 59% 76% 5% 8% 35% 16%Carteira de retalho 4% 13% 16% 65% 81% 23%Garantia de bens imóveis 99% 97% 1% 3% 0% 0%Elementos vencidos 4% 0% 0% 0% 96% 100%Outros elementos 21% 19% 0% 0% 79% 81%

Risco Total 642 488 429 316 864 505 198 782 143 87 295 099 490 931 463 70 679 216 % do total da posição em risco original 48,2% 66,7% 14,9% 18,4% 36,9% 14,9% Unidade: 0,00 Euro

Distribuição Sectorial da Posições em Risco (em % da posição em risco original)

Sector Financeiro Promoção Imobiliária e Construção Civil Comércio por grosso Outros Sectores ou sem

sector Classes de Risco

31-Dez-08 31-Dez-07 31-Dez-08 31-Dez-07 31-Dez-08 31-Dez-07 31-Dez-08 31-Dez-07

Administrações e Bancos Centrais 95% 76% 0% 0% 0% 0% 5% 24%

Instituições 100% 100% 0% 0% 0% 0% 0% 0%

Empresas 32% 14% 14% 21% 22% 16% 32% 49%

Carteira de retalho 0% 0% 0% 0% 0% 0% 100% 100%

Garantia de bens imóveis 0% 0% 52% 76% 0% 1% 48% 23%

Elementos vencidos 0% 0% 0% 0% 0% 1% 100% 99%

Outros elementos 6% 4% 11% 35% 0% 0% 83% 61%

Risco Total 1 235 216

922 412 935 432 19 933 293 16 004 806 23 851 317 8 692 333 53 200 503 37 206 250

% do total da posição em risco original 93% 87% 1% 3% 2% 2% 4% 8%

Unidade: 0,00 Euro

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[ 117 ]

Repartição das posições em risco vencidas e objecto de imparidade

Posições em risco vencidas

Posições em risco objecto de imparidade

Correcção de valor e provisões

Classes de Risco

31-Dez-08 31-Dez-07 31-Dez-08 31-Dez-07 31-Dez-08 31-Dez-07

Administrações e Bancos Centrais - - - - 502 982 475 511

Empresas - - - - 1 916 652 288 133

Elementos vencidos 264 937 19 657 - - 264 937 19 657

Outros elementos - - 118 526 - 70 923 - % do total da posição em risco original 264 937 19 657 118 526 - 2 755 494 783 301

Unidade: 0,00 Euro

Correcções de Valor e Provisões

31-Dez-08 31-Dez-07

Saldo inicial 783 301 3 616 475

Dotações 2 534 134 1 011 586

Utilizações - (2 463 188)

Reposições/anulações ( 700 866) (1 413 160)

Outros ajustamentos:

- Ajustamentos por diferenças cambiais 30 652 31 587

- Transferências de provisões 108 273 - Saldo final 2 755 493 783 301 Unidade: 0,00 Euro

Prazo de vencimento residual

VR < 1 ano 1 ano < VR < 5 ano 5 anos < VR < 10 anos Sem prazo residual Classes de Risco

31-Dez-08 31-Dez-07 31-Dez-08 31-Dez-07 31-Dez-08 31-Dez-07 31-Dez-08 31-Dez-07

Administrações e Bancos Centrais 95% 78% 5% 22% 0% 0% 0% 0%

Instituições 100% 100% 0% 0% 0% 0% 0% 0%

Empresas 69% 60% 26% 35% 5% 5% 0% 0%

Carteira de retalho 14% 33% 67% 3% 20% 64% 0% 0%

Garantia de bens imóveis 9% 56% 78% 44% 13% 0% 0% 0%

Elementos vencidos 0% 0% 0% 0% 0% 0% 100% 100%

Outros elementos 0% 0% 0% 0% 0% 0% 100% 100%

Risco Total 1275 479 671 440 351 819 42 290 430 28 255 654 6 318 947 3 443 340 8 112 986 2 788 008

% do total da posição em risco original 96% 93% 3% 6% 0% 1% 1% 1%VR: Vencimento residual Unidade: 0,00 Euro

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[ 118 ]

Método Padrão – Informação Qualitativa Nos termos do Aviso do Banco de Portugal nº. 5/2007, de 27 de Abril, ao BAIE adoptou o Método Padrão como metodologia de cálculo de requisitos mínimos de Fundos Próprios para cobertura de risco

de crédito.

Para aplicação da referida metodologia, o BAIE, baseia-se nos ratings definidos pelas agências Standard

& Poor’s Ratings Services (S&P) e Moody’s Investors Services (Moody’s) os quais traduzem a qualidade

de crédito nos termos do Anexo I da Instrução nº. 10/2007, de 27 de Abril.

Método Padrão – Informação Quantitativa

Ponderadores de risco 0% 20% 50% 100% Total 1.Posição em risco original por classe de risco

Administrações e Bancos Centrais 111 841 816 - - 5 067 385 116 909 201

Instituições 1 305 000 885 006 079 - 201 714 396 1 088 025 475

Empresas - - - 110 622 335 110 622 335

Carteira de retalho - - - 2 034 971 2 034 971

Garantia de bens imóveis - - 5 997 194 - 5 997 194

Elementos vencidos - - - 264 937 264 937

Outros elementos 211 364 24 836 - 8 111 721 8 347 921

Total posições em risco original 113 358 180 885 030 915 5 997 194 327 815 745 1 332 202 034 2. Posição em risco por classe de risco (base de incidência dos ponderadores)

Administrações e Bancos Centrais 111 841 816 - - 4 564 403 116 406 219

Instituições 1 305 000 885 006 079 - 120 492 018 1 006 803 097

Empresas - - - 76 753 031 76 753 031

Carteira de retalho - - - 1 939 971 1 939 971

Garantia de bens imóveis - - 5 997 194 - 5 997 194

Elementos vencidos - - 123 647 123 647

Outros elementos 211 364 24 836 - 4 116 821 4 353 020

Total posições em risco original 113 358 179 885 030 915 5 997 194 207 989 891 1 212 376 180 3. Total posições ponderadas pelo risco(=∑(2. x ponderadores de risco)): - 177 006 183 2 998 597 207 989 891 387 994 671 Posição em risco deduzida aos fundos próprios por classe de risco -Total posições em risco deduzidos aos fundos próprios: -

Unidade: 0,00 Euro Data de referência: 31-12-2008

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[ 119 ]

Técnicas de Redução do Risco de Crédito (RRC)

RRC - Informação Qualitativa

Políticas e processos de reconhecimento, avaliação e gestão de cauções incluindo o processo de monitorização da evolução do respectivo valor ao longo do tempo

O Banco tem implementado um sistema para gerir as técnicas de redução de risco, englobando o

processo de avaliação, monitorização e gestão das cauções.

O valor da caução é baseado no valor de mercado ou no valor (estimado) que a venda do activo possa

vir a realizar.

Mais concretamente:

- As cauções referentes a hipotecas de bens imóveis são sempre sujeitas a avaliação técnica prévia e

documentada, efectuada por entidade independente, sendo que o valor registado é o menor entre o valor

da responsabilidade do credor original, o valor da avaliação do imóvel, e o valor máximo de execução da

hipoteca.

- As cauções financeiras relativas a penhores de:

- depósitos a prazo no Banco ou em outras instituições financeiras

- títulos de capital e de dívida não cotados numa bolsa de valores reconhecida,

são registadas pelo seu valor nominal.

- As cauções financeiras relativas a penhores de títulos de capital e de dívida cotados numa bolsa de

valores reconhecida são registadas pelo seu valor de mercado.

- As cauções referentes a garantias pessoais são registadas pelo montante em aberto da

responsabilidade do credor original.

Numa base mensal, as cauções, bem como, se aplicável, o crédito em moeda diferente à moeda de

reporte, são actualizadas com a taxa de câmbio do final do mês, estando assim assegurada a

actualização do valor da caução no caso de esta ser numa moeda diferente à do crédito que assegura. O

Banco não aceita cauções com prazos de vencimento inferiores ao crédito concedido.

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Banco BAI Europa, S.A. Disciplina de Mercado

[ 120 ]

O Banco, através dos seus advogados, assegura que todos os contratos referentes a cauções são

jurídicamente vinculativos em todos os ordenamentos jurídicos relevantes, e que o Banco cumpre os

requisitos contratuais e legais para assegurar a aplicação dos mesmos. Todas as cauções são sujeitas a

registo contabilístico em rubrica extrapatrimonial, a partir do momento da sua formalização.

Todavia, tendo em conta o entendimento estrito do conceito de Técnicas de Redução do Risco de

Crédito conforme o disposto na alínea s) do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 104/2007, de 3 de Abril, o BAIE

apenas utiliza para efeitos de cálculo de solvabilidade nos termos do Aviso do Banco de Portugal n.º

5/2007, o método simples de cauções financeiras.

Os principais tipos de cauções utilizadas pelo Banco para redução do risco de crédito são:

• Garantias pessoais: avales e livranças;

• Penhores de depósitos a prazo e outros recursos financeiros obtidos, títulos de capital e de

divida (cauções financeiras);

• Hipotecas de bens imóveis e bens móveis;

RRC - Informação Quantitativa

Técnicas de redução do risco de crédito com efeito de substituição na posição em risco líquida

Técnicas de redução de crédito do, efeito no

montante da posição em risco: protecção real de

crédito (a)

Protecção pessoal de crédito valor da

protecção totalmente ajustado

Protecção real de crédito

Posição em risco líquida

Garantias Derivados de crédito

Método simples: cauções

financeiras

Outras formas de protecção

real de crédito

Efeito de substituição em risco (líquido de saídas e

entradas)

Ajustamento de

volatilidade ao valor

da posição em risco

Caução financeira:

valor ajustado pela volatilidade e por qualquer desfasament

o entre prazos de

vencimento

Total das posições Administrações e Bancos

Centrais 116 406 219 - - - - - - -

Instituições 1 015 770 410 - - 8 967 313 - - - -

Empresas 100 105 765 - - 23 352 734 - - - -

Carteira de retalho 2 034 971 - - 95 000 - - - -

Garantia de bens imóveis 5 997 194 - - - - - - -

Elementos vencidos 123 647 - - - - - - -

Outros elementos 7 485 989 - - 3 132 969 - - - -

Total 1 247 924 196 - - 35 548 016 - - - - Unidade: 0,00 Euro

Data de referência: 31-12-2008

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Risco Operacional Nos termos definidos na alínea g) do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 104/2007, entende-se, por risco

operacional, “o risco de perdas resultantes da inadequação ou deficiência de procedimentos, do pessoal

ou dos sistemas internos ou de acontecimentos externos, incluindo os riscos jurídicos”.

Nos termos do Aviso do Banco de Portugal nº. 9/2007, de 27 de Abril, o BAIE adoptou o método do indicador Básico como metodologia de cálculo dos requisitos de fundos próprios para cobertura de

risco operacional.

Os elementos contabilísticos considerados para cálculo do indicador básico são:

(+) Juros e rendimentos similares

(-) Juros e encargos similares

(+) Comissões recebidas

(-) Comissões pagas

(+/-) Resultados de operações financeiras

(+) Outros rendimentos e receitas operacionais

Indicador Relevante

2006 2007 2008

Requisitos de Fundos Próprios

Método do Indicador Básico 2 514 762 3 813 098 8 379 670 735 377

Unidade: 0,00 Euro

Análise de Sensibilidade dos Requisitos de Capital

Risco de taxa de juro da carteira bancária – Informação Qualitativa

Identificação da natureza do risco de taxa de juro de carteira bancária Risco de taxa de juro consiste nas alterações das taxas de juro que são reflectidas em:

i) Juros recebidos e assim nos rendimentos do Banco

ii) Valor Actual Liquido dos activos e passivos, devido ao impacto no valor actual dos futuros fluxos de

fundos.

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As principais fontes de risco de taxa de juro resultam de “mismatches” nos prazos dos activos e passivos

ou de actualização das respectivas taxas de juro.

Características do modelo interno de medição e avaliação do risco de taxa de juro O Banco efectua avaliações mensais dos “mismatches” entre activos e passivos e das tendências dos

movimentos das respectivas taxas de juro, de forma a medir e avaliar o risco de taxa de juro da carteira

bancária. Como medidas de risco são calculadas por cada moeda, o gap de taxa de juro, a duração de

activos e passivos, a duration gap, e a sensibilidade da margem financeira.

Pressupostos fundamentais Os pressupostos principais do modelo são os seguintes:

• Os instrumentos de taxa fixa são imputados às classes de maturidade com base nos respectivos

prazos de vencimento residual;

• Os elementos de taxa variável são repartidos pelas classes de maturidades que coincidirem com

a data seguinte que se proceda ao repricing da respectiva taxa de juro;

• Não se verificam reembolsos antecipados e renovações dos instrumentos.

Testes de esforço Âmbito de aplicação e incidência (tipo de risco) No âmbito das obrigações decorrentes da Instrução do Banco de Portugal n.º 18/2007, de 27 de Abril, o

BAIE realiza testes de esforço abrangendo os riscos materialmente relevantes para sua actividade,

designadamente:

i) risco de taxa de juro,

ii) risco de crédito,

iii) risco de concentração e

iv) risco operacional.

Descrição, objectivos e frequência de realização O modelo definido de teste de esforço tem como principal objectivo quantificar o impacto de cenários

adversos sobre os requisitos de capital, valor económico e resultados operacionais, reflectindo os

processos de monitorização dos vários riscos, actualmente incorporados pelo BAIE no seu processo de

gestão de risco.

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As análises são efectuadas numa base semestral para um horizonte temporal de três anos, e permitem

avaliar:

• O efeito da variação súbita (choque) de um único factor de risco, assumindo que todos os

restantes factores permanecem inalterados, designado por análise de sensibilidade;

• O efeito da variação conjunta e consistente com o funcionamento e equilíbrio de mercado dos

vários factores de risco específicos à actividade do Banco, denominado por análise de cenário.

Descrição das hipóteses assumidas, cenários subjacentes, factores de risco considerados e choques introduzidos para simular acontecimentos adversos As hipóteses assumidas são baseadas no enquadramento económico actual (corrente ano) e o previsto

para os próximos 2 anos, para os países de maior relevância para a actividade do Banco.,

nomeadamente Portugal e Angola.

Os cenários subjacentes são definidos considerando o desenvolvimento esperado dos vários factores

específicos ao negócio.

Os factores de risco considerados são: taxas de juro, taxas de câmbio, PIB de Portugal, PIB de Angola,

preço do Brent e o comportamento do mercado imobiliário em Portugal.

Para este efeito, é construído previamente um cenário de estimativa referente aos factores de risco para

um horizonte temporal de 3 anos face à data de referência do exercício do teste com base em previsões

disponibilizadas pelo mercado para aqueles indicadores.

Sobre as estimativas recolhidas são aplicados choques extremos adversos plausíveis definidos de forma

subjectiva. Complementarmente, e em coerência com choques determinados, é ajustado o

comportamento e a evolução de um conjunto de variáveis de negócio para o horizonte temporal da

análise.

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Risco de taxa de juro da carteira bancária – Informação Quantitativa

Risco de Taxa de Juro em Euros

Impacto

31-Dez-08 31-Dez-07 + ¹ ( 86 883) ( 171 797)

Valor - ² 86 883 171 797 + ¹ -0,3% -0,9%

Efeito na situação líquida de um choque de 2 p.b. na taxa de juro

% dos fundos próprios -

² 0,3% 0,9%

Risco de Taxa de Juro em USD

Impacto

31-Dez-08 31-Dez-07 + ¹ ( 301 066) ( 155 466)

Valor - ² 301 066 155 466

+ ¹ -0,9% -0,8%

Efeito na situação líquida de um choque de 2 p.b. na taxa de juro

% dos fundos próprios -

² 0,9% 0,8%

Unidade: 0,00 Euro 1 "+" = choque na taxa de juro, no sentido ascendente 2 "-" = choque na taxa de juro, no sentido descendente