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CapaAutor: Jorge GumbeTítulo: A mística do Embondeiro IAno: 1998Técnica: Acrílico sobre telaDimensões: 180x140

Agradecimentos à ENSAAgradecemos à ENSA - Seguros de Angola, SA por todo o apoio e colaboração na publicação da sua Colecção ENSA-ARTE para a ilustração do Relatório e Contas do Banco Keve do ano de 2010 e 2011 com obras de pintores angolanos e, deste modo, permitir-nos ajudar a promover a cultura do nosso país.

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Banco Keve | Relatório e Contas 2011

Índice

Mensagem do Presidente 04

Principais Indicadores 05

Perfil 06

Enquadramento Macroeconómico 07

A Economia Mundial 07

A Economia em Angola 08

Análise Financeira 28

Canais de Distribuição 33

Principais Acções Desenvolvidas 36

Estrutura de Gestão 43

Composição dos Órgãos Sociais 43

Modelo de Gestão 44

Controlo dos Riscos 48

Enquadramento Regulamentar 54

Perspectivas para 2012 59

Proposta de Aplicação de Resultados 60

Agradecimentos 61

Demonstrações Financeiras 62

Balanço 62

Demonstração de Resultados 63

Demonstração de Fluxos de Caixa 64

Demonstração de Mutações nos Fundos Próprios 65

Notas às Contas 66

Parecer do Conselho Fiscal 99

Parecer dos Auditores Externos 100

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Mensagem do Presidente

Em 2011 assistimos a uma economia angolana em mudança, verificando-se uma convergência dos sectores não petrolíferos para as previsões de crescimento da economia angolana. Foi projectado um crescimento do PIB anual de Angola de 1,7%. A desaceleração na projecção do crescimento anual da economia nacional, deveu-se essencialmente à redução do PIB petrolífero em 2011, consequência na quebra da produção de crude.

O sector real da economia teve um desempenho positivo em 2011, devendo observar um crescimento de 8,1%, com destaque para os sectores de energia, indústria e construção.

A taxa de inflacção anual acumulada em 2011, foi de 11,38%, contra 15,3% em 2010, pela primeira vez abaixo do objectivo estimado para o ano (12%), consequência do controle fiscal e melhoria da posição externa.

A condução da política monetária foi determinada pela necessidade de adequação da oferta monetária aos objectivos da estabilidade de preços, pelos princípios de equilíbrio no mercado cambial e das contas externas do país.

O BNA disponibilizou um volume de divisas ao mercado, superior em 25% face a 2010.

O saldo orçamental em % do PIB foi de 2,6%, face a 5,8% em 2010. Ao longo de 2011 verificou-se um contexto de redução das taxas de juro, uma redução do coeficiente de reservas obrigatórias em MN e o BNA apresentou o Novo Quadro Operacional para a Política Monetária.

Os resultados líquidos do banco atingiram os 6,6 MUS$ em 2011 fortemente impulsionado pelo aumento da margem financeira, cerca de 43% face ao ano anterior, e dos resultados de intermediação financeira. O produto bancário cresceu cerca de 24% face a 2010. Verificou-se uma estabilização nos custos operacionais e a consequente melhoria no rácio de eficiência (cost-to-income). Os recursos de clientes cresceram em 42,5% face a 2010, consequência do novo modelo de actuação comercial implementado ao longo do ano. O racio de solvabilidade regulamentar atingiu os 14,2%. O rácio de transformação (crédito sobre depósitos) baixou para cerca de 48%, tendo a carteira de crédito aumentado em 25%.

O banco continuou a sua política de expansão comercial, alargando os canais de distribuição, atingindo 32 agências, 67 ATM’s e 666 TPA’s.

Face a 2010 o número de clientes cresceu 49%. O banco continuou a alargar a sua base de produtos direccionado para o mercado de empresas e alguns nichos particulares.

O banco continuou ao longo de 2011 a política de consolidação do seu organigrama e reforço das competências das diversas àreas operacionais.

Em 2011 o banco prosseguiu a sua política de acções no âmbito da responsabilidade social, junto das comunidades onde está inserido, patrocinando actividades nas àreas da saúde, inclusão financeira, cultura e desporto, realçando o patrocínio ao Recreativo do Libolo, campeão de Angola de Futebol em 2011.

Depois de um ano de mudança, o Banco Keve prapara-se para enfrentar os novos desafios da economia em 2012, sempre tendo como ultimo objectivo construir um banco mais sólido e transparente.

Rui Costa CamposPresidente do Conselho de Administração

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Milhões de USD, excepto percentagens 2007 2008 2009 2010 2011 ∆ 10/11

1. Actividade Resultados líquidos 5,9 15,1 13,1 2,0 6,6 230%

Margem financeira 11,4 19,6 19,7 17,0 24,3 43%

Produto bancário 24,6 41,6 46,2 33,7 46,5 38%

Margem financeira / Produto bancário 46% 47% 43% 50% 52% 2 p.p.

Cash flow operacional 6,9 13,0 27,1 7,7 16,1 110%

2. Rentabilidade ROAE - Rentabilidade capitais próprios médios 13,9% 21,8% 16,9% 3,4% 15,5% 12 p.p.

ROAA - Rentabilidade activos médios 3,9% 4,5% 3,0% 0,6% 1,2% 1 p.p.

3. Estrutura Activo total 228,6 440,3 416,0 476,5 645,7 36%

Recursos totais de clientes 144,8 317,8 296,1 374,9 534,1 42%

Crédito sobre clientes (líq.) 104,0 168,0 201,2 202,2 257,2 27%

Fundos próprios 61,9 76,9 77,8 77,0 82,9 8%

Nº de Agências 18 21 25 29 32 10%

Nº de Colaboradores 161 218 244 305 303 -1%

4. Eficiência Cost-to-income 47% 42% 45% 87% 69% -18 p.p.

Colaboradores/Agência 9 10 10 10 9 -5,3%

Custos de estrutura / Activo total médio 6,4% 5,2% 5,0% 6,3% 5,7% -1 p.p.

Activo total médio / Colaboradores 1,1 1,5 1,8 1,5 1,9 23,5%

5. Solidez Crédito vencido s / Crédito bruto 2,8% 5,3% 13,1% 12,0% 4,2% -8 p.p. Provisões p / Crédito s / Crédito vencido 60,0% 81,0% 64,0% 77,0% 195,4% 118 p.p.

6. Liquidez Crédito sobre Depósitos 84% 61% 71% 54% 48% -6 p.p.

Rácio de Liquidez em moeda estrangeira 41% 28% 37% 43% 37% -6 p.p.

7. Regulamentares Rácio de Solvabilidade Regulamentar 30,4% 20,2% 22,1% 19,9% 14,2% - 6 p.p.

Rácio de Imobilizado 15% 30% 44% 27% 37% 10 p.p.

Rácio de Exposição Cambial - -38% 23% 23% -10% -33 p.p.

Rácios:Cost-to-income = Custos de estrutura / Produto bancárioCustos de estrutura = Fornecimentos e serviços + Custos com o pessoal + Out. custos operacionais + AmortizaçõesRácio de liquidez Moeda estrangeira (ME) = Activos ME em correspondentes / Total depósitos em MERácio de Imobilizado = Imobilizações líquidas (exclui Participações financeiras) / Fundos Próprios Regulamentares (FPR)Exposição cambial = Exposição cambial liquida / FPR. O sinal positivo (negativo) significa que é longa (curta)

Principais Indicadores

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O Banco Keve é uma instituição financeira angolana de capitais privados fundada em 2003, com um capital realizado equivalente a US$ 50 milhões, e que tem por objectivo actuar em todo o território nacional.

O Banco oferece uma gama completa de serviços financeiros, estando principalmente direccionado para o mercado das empresas (banca comercial). Com a Sede no Sumbe e Agência Central em Luanda, o Banco criou uma ampla rede, que conta com 32 agências e 5 postos de atendimento.

Privilegiamos uma grande aproximação ao cliente, conhecendo e satisfazendo as suas necessidades no domínio das operações e prestação de serviços bancários, assumindo o compromisso, sempre presente, dum serviço de qualidade e personalizado. Para atingir este fim, o Banco procura continuamente aprofundar os seus valores essenciais, da atitude, eficiência e integridade.

Na actividade comercial, o segmento das Pequenas e Médias Empresas (PME´s) constitui uma das estratégias de crescimento do Banco. Faz ainda parte da estratégia a prestação de serviços de seguros, através da Global – Companhia de Seguros, da qual o Banco é o maior accionista.

Assumimo-nos como um Banco moderno e inovador e, por isso, particular atenção é prestada na adopção das melhores práticas de gestão, assegurando aos seus parceiros uma marca credível e sólida.

Produtos e serviços prestados pelo Banco

Empresas Particulares Mercados Operações

• Centro de AtendimentoPersonalizado

• Depósitos a Prazo • Títulos do Banco Central e Bilhetes do Tesouro

• Ordens de Pagamento - Nacionais - Estrangeiras

• Pagamentos aFornecedores

• Cartões de Débito • Obrigações do Tesouro • Créditos Documentários - Importação - Exportação

• Pagamento de Salários • Moeda Estrangeira • Bancos Correspondentes • Garantias e Avales

• Recolhas de Valores nas Instalações dos Clientes

• Conta Funcionário Público • Gestão de Tesouraria • Sistemas de Transferências a Crédito (STC)**

• Postos de Atendimento Especializados (outsourcing da função caixa)

• Transferências Internacionais Rápidas

(MoneyGram)

• Compra e Venda deMoeda Estrangeira

• Financiamentos Externos

• Facilidades de Crédito • Cartões de Crédito (VISA)* • Swaps/Forwards • Serviços de Mensagens Swift

• Linhas de Crédito a Médio e Longo prazo para PME’s

• Contas Poupança* • Serviços de Custódia • Licenciamento de Operações junto do BNA

• Garantias e Avales • Internet Banking (iKeve) • Estudos de Mercado (Research)

• Internet Banking (iKeve)

• Consultadoria, Apoio aoinvestidor

* Em fase de lançamento. ** Lançado em Fevereiro de 2012.

Perfil

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A ECONOMIA MUNDIAL

PRODUTO MUNDIAL

Em 2011, a conjuntura macroeconómica verificou uma desaceleração no seu crescimento baseada no enfraquecimento da actividade económica global, no aumento dos riscos de mercado e na queda de confiança acentuada dos agentes económicos. O FMI prevê uma redução do crescimento da economia mundial em 2011 de 5,1% para 4,0%.

Comportamento do PIB global, 2009 – 2012(Taxas de crescimento reais, %)

Projecções2009 2010 2011 2012

Mundo -0,7 5,1 4,0 4,0Economias Avançadas -3,2 3,1 1,6 1,9Estados Unidos -2,6 3,0 1,5 1,8Zona Euro -4,1 1,8 1,6 1,1África Subsahariana 2,6 5,4 5,2 5,8

Angola 1/ 2,4 3,4 1,7 12,8Médio Oriente e Norte de África 2,0 4,4 4,0 3,6América Central e do Sul -1,7 6,1 4,5 4,0Ásia em desenvolvimento 6,9 9,5 8,2 8,0Comunidade dos Países Independentes -6,5 4,6 4,6 4,4

Fonte: Fundo Monetário Internacional (World Economic Outlook, Set-11) 1/ Ministério das Finanças (Relatório de Fundamentação do OGE 2012)

A revisão em baixa das previsões do FMI não foi inesperada, visto que as perspectivas económicas mundiais enfraqueceram como resultado de uma série de indicadores, principalmente da zona Euro e dos EUA, aliado à lenta recuperação das economias avançadas desde o início do ano (crescimento do PIB 1,6%, abaixo do previsto) e ao aumento da incerteza na política fiscal e financeira desde o segundo semestre de 2011. O baixo crescimento dificultou o alcance da sustentabilidade da dívida em alguns mercados e levou a que estes se preocupassem ainda mais com a estabilidade fiscal.

Fonte: Fundo Monetário Internacional (World Economic Outlook, Set-11).

Enquadramento Macroeconómico

Taxa de Crescimento do PIB Global(Variação homóloga, %)

MundoEconomias avancadasEconomias emergentes e em desenvolvimentoÁfrica Sub-Sahariana

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2016

10

5

0

- 5

7

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Em 2011, os EUA tiveram uma queda anual no crescimento económico de 1,5 pp., tendo o seu PIB passado de 3% para 1,5%. Para 2012, existem previsões de aumento modesto no crescimento desta economia (situado em 1,8%).

O crescimento do PIB da zona Euro teve uma queda face a 2010, situando-se em 1,6% em 2011, e apresenta tendência a continuar a baixar. A fragilidade apresentada pelas instituições financeiras aponta para uma necessidade de entrada de capitais para evitar situações de falência. O Banco Central Europeu (BCE) deverá continuar a intervir fortemente para manter controláveis as dívidas soberanas do mercado europeu.

O PIB das economias emergentes e em desenvolvimento deverá crescer 6,4% em 2011, tal como previsto inicialmente. As economias asiáticas emergentes vão continuar a registar um forte crescimento, o PIB dessa região deverá crescer 8,2% sustentado principalmente pela China (9,5%) e pela Índia (7,8%).

No Japão, o PIB observou uma recessão de 0,5%, resultado do devastador terramoto e tsunami do Grande Oriente. No curto prazo, o FMI considera que a actividade no Japão deverá ser conduzida para a recuperação actividade que foi afectada pelas quedas recentes na produção de petróleo e alimentos.

COMÉRCIO INTERNACIONAL

Após ao aumento da actividade económica verificado em 2010, situado em 12,8%, estima-se que em 2011 o comércio mundial tenha uma desaceleração no seu crescimento para 7,5%. Uma das principais razões para esta redução está no declínio dos preços das commodities.

Fonte: Fundo Monetário Internacional (World Economic Outlook, Set-11).

As economias mais afectadas pela crise devem aumentar as suas exportações, como é o caso dos EUA, que possui como uma das prioridades de topo a elaboração de um plano de médio prazo de consolidação fiscal para colocar a dívida pública numa órbita sustentável e implementar políticas que visam garantir a sua recuperação.

Enquadramento Macroeconómico

Economias avancadasZona EuroEconomias emergentes e em desenvolvimentoÁsia em desenvolvimentoÁfrica Sub-Sahariana

1.000

US$Mil milhões

500

0

-500

-1.000

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2016

Economia MundialSaldo da Conta Corrente

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Fonte: Reuters Fonte: OPEC

Os preços dos alimentos verificaram aumentos temporários ao longo do ano afectados por más colheitas e mau tempo. O mercado de petróleo apresenta perspectivas a médio prazo problemáticas. Espera-se que o crescimento da oferta desacelere para 1,3% no período 2011-2015. Não obstante o retorno da produção da Líbia, é provável que as tensões nos mercados de petróleo se mantenham elevadas. Para o ano de 2012 prevê-se que os riscos relacionados com o petróleo permaneçam em alta e influencie negativamente o crescimento global.

INFLAÇÃO

A inflação aumentou em vários países do mundo e estima-se que continue alta principalmente nas economias emergentes e em desenvolvimento. A taxa média de inflação prevista para as economias avançadas é de 2,6% em 2011 e de 1,4% em 2012. Nas economias emergentes e em desenvolvimento espera-se uma inflação de 7,5% em 2011 e de 5,9% em 2012.

Fonte: Fundo Monetário Internacional (World Economic Outlook, Set-11).

Na Zona Euro verifica-se a pressão da inflação e o crescimento de tensões financeiras. A inflação prevista para esta zona em 2011 é de 2,5%, o que representa um aumento de 0,9 pp. comparativamente a 2010.

Enquadramento Macroeconómico

Evolução mensal dos preços dosCereais (US$/ton)

750Arroz Trigo Milho

625

500

375

250

125

0

Dez-09

Mar-10

Jun-10

Set-10

Dez-10

Mar-11

Jun-11

Set-11

Dez-11

Preço diário do barril de Petróleo(Média mensal; US$/barril)

150

120

90

60

30

0

Dez-09

Mar-10

Jun-10

Set-10

Dez-10

Mar-11

Jun-11

Set-11

Dez-11

Economias avancadasEconomias emergentes e em desenvolvimentoZona EuroÁsia em desenvolvimentoÁfrica Sub-Sahariana

14%

12

10

8

6

4

2

0

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2016

Índice de Preços no Consumidor(média mensal)

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Enquadramento Macroeconómico

TAXAS DE JURO

Em 2011, com excepção para o Banco Central Europeu, as taxas de juros de referência mantiveram-se estáveis. A taxa de juros da zona euro registou aumentos de 0,25 pp. em Abril e em Julho, situando-se em 1,5% até Novembro. Em finais de Novembro e em Dezembro registou-se quedas consecutivas na mesma ordem, voltando ao nível apresentado no início do ano (1%).

Fonte: Reuters

De acordo com o BCE, as alterações foram justificadas pelas perspectivas económicas altamente incertas e pela materialização de alguns riscos de quedas. Os economistas defendem que existe a necessidade de se efectuar supervisões progressivas no sector financeiro e a criação de políticas macroprudenciais para conter os riscos de alavancagem excessiva, resultante do período prolongado de taxas de juros baixas, tal como se verificou em 2011.

Fonte: Reuters

EUA: Fed funds rateUK: Repo rateJapão: Overnight target rateECB: MRO

%

0,0

1,0

1,5

0,5

2,0

2,5

Dez

- 09

Mar

- 10

Jun

- 10

Set -

10

Dez

- 10

Mar

- 11

Jun

- 11

Set -

11

Dez

- 11

Taxas de Juro de Referência

LIBOR USD 3MEURIBOR 3M

%2,0

1,6

1,2

0,8

0,4

0,0

Taxa de JuroMercado Monetário

Dez

- 09

Mar

- 10

Jun

- 10

Set -

10

Dez

- 10

Mar

- 11

Jun

- 11

Set -

11

Dez

- 11

10

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Enquadramento Macroeconómico

TAXAS DE CÂMBIO

Em 2011, o dólar norte-americano depreciou-se em relação a libra (+1,6%) e ao yen (+5%) como reflexo do enfraquecimento da economia norte americana. Entretanto, face a crise da dívida soberana europeia, verificou-se um aumento da aversão ao euro, que teve como resultado a apreciação do dólar em relação ao euro de 3% no ano.

Fonte: Reuters

Não obstante as catástrofes que afectaram o Japão, o yen observou uma apreciação resultante da intervenção das autoridades japonesas para controlar as excessivas flutuações e movimentos desordenados no mercado.

EUR/USD

1,7 100

80

60

40

20

0

1,6

1,5

1,4

1,3

1,2

Taxas de Câmbio

Dez

- 09

Mar

- 10

Jun

- 10

Set -

10

Dez

- 10

Mar

- 11

Jun

- 11

Set -

11

Dez

- 11

GBP/USD

11

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Enquadramento Macroeconómico

A ECONOMIA EM ANGOLA

EVOLUÇÃO DO PIB

De 2009 a 2010, a economia angolana cresceu em termos reais em 3,4%. Para 2011, foi projectado um crescimento anual de 1,7%. A desaceleração na projecção do crescimento anual da economia nacional, baseia-se essencialmente na redução do PIB petrolífero de 2,7% em 2010 para -8,8% em 2011.

Não obstante o preço médio do petróleo ter-se mantido acima de US$ 100 por barril, o PIB foi afectado pela quebra na produção, tendo atingido uma média de 1,7 milhões barris/dia. As quebras na produção basearam-se na interrupção parcial ou total da exploração petrolífera de alguns blocos decorrente da necessidade de obras de manutenção. Importa no entanto realçar, que o sector petrolífero decresce em termos reais desde 2009.

Indicadores Macroeconómicos

2009 2010 2011 Var.11/10

Inflação (%) 14,0 15,3 11,4 -3,9 p.pTaxa de crescimento real (%) 1/ 2,4 4,5 1,7 -2,8 p.p

Sector Petrolífero -5,1 2,7 -8,8 -11,5 p.pSector não Petrolífero 8,3 5,7 8,1 2,4 p.p

Exportação de petróleo (milhões de barris) 657,0 635,8 594,4 -7%Preço médio exportação petróleo (US$/barril) 60,2 77,9 110,8 42%

Comércio externo

Exportações (MMUS$) 51,2 52,3 66,0 26%Importações (MMUS$) 20,7 19,1 20,7 8%

Reservas internacionais líquidas (MMUS$) 12,6 17,7 25,0 42%Vendas de US$ no BNA (MMUS$) 10,6 11,5 14,7 28%Taxa de câmbio 1 US$= Kz (fim de período) 89,620 92,991 95,520 3%Saldo orçamental global em % do PIB -5,2 5,8 2,6 -3,2 p.p

Fonte: Ministério das Finanças (OGE 2012 e Estatísticas sobre receitas petrolíferas), BNA e SNA. MMUS$ = Mil milhões de dólares. 1/ A informação de 2011 é preliminar.

A semelhança de 2010, o sector real da economia foi o que melhor desempenho teve em 2011, devendo observar um crescimento anual de 8,1%. Os sectores que maiores crescimentos apresentaram são, nomeadamente, Energia (15,0% em 2011 contra 10,9% em 2010), Indústria (14,0% contra 10,7%) e Construção (6,1% contra 16,1%).

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Composição do Produto Interno Bruto

Estimativa

2009 2010 2011 2012

PIB a preços correntes (mil milhões Kz) 5.989 7.580 9.307 9.845

Composição (%)

Agricultura, Pecuária e Pescas 10,4 10,1 10,2 12,2Indústria extractiva 46,7 46,9 47,4 39,7

Petróleo bruto e Gás 45,6 45,9 46,6 38,8Diamantes e outras extractivas 1,1 1,0 0,8 0,9

Indústria transformadora 6,2 6,3 6,5 7,3Energia eléctrica 0,1 0,1 0,1 0,2Construção 7,7 8,1 7,9 8,9Serviços mercantis 21,2 21,0 20,4 23,3Outros 7,8 7,4 7,4 8,1

Fonte: Ministério das Finanças (OGE 2012)

Para 2012, prevê-se um bom desempenho para a economia nacional (12,8%), impulsionado pelo crescimento do PIB do sector petrolífero (13,4%) resultante da entrada de novos campos de exploração bem como do aumento de investimentos nos campos já existentes. Prevê-se igualmente um bom desempenho do sector não petrolífero (crescimento de 12,5%), com maior dinamismo para os sectores de Agricultura, Energia e Diamantes, com crescimentos de, respectivamente, 13,9%, 11,8% e 10,1%.

SECTOR FISCAL

A evolução da conjuntura económica no primeiro semestre impulsionou o ajustamento de alguns pressupostos na economia nacional. Para 2011, prevê-se uma receita fiscal de Kz 3.929 mil milhões (US$ 42,1 mil milhões), com uma variação de +15% face ao OGE inicial, e despesas fiscais de Kz 3.105 mil milhões (US$ 33,3 mil milhões), com uma variação de -0,2% face ao OGE inicial.

O saldo orçamental que inicialmente apresentava um superavit de Kz 293 mil milhões (US$ 3,1 mil milhões) foi ajustado para Kz 824 mil milhões (US$ 8,8 mil milhões), o equivalente a 8,9% do PIB.

Finanças Públicas2009 2010 2011 Em % do PIB ∆ 10/11

Mil Milhões de USD Exec Exec Prel 2010 2011

1. Receitas 23,2 35,6 42,1 43,5% 42,2% 18,3%Impostos 22,2 33,4 40,8 40,8% 40,9% 22,1%

Petrolíferos 16,2 27,0 33,3 33,0% 33,4% 23,3%Não petrolíferos 6,0 6,4 7,5 7,8% 7,5% 17,1%

Contributos S.Social/Outras 0,9 2,2 1,3 1,0% 2,6% 1,3%2. Despesas 26,4 30,0 33,3 36,7% 33,4% 10,9%

Correntes 18,1 22,1 26,1 27,0% 26,2% 18,1%Capital 8,3 7,9 7,2 9,7% 7,2% -9,4%

3. Saldo primário [1-2] -3,3 5,6 8,8 6,8% 8,9% 58,6%Financiamento líquido 3,5 -4,8 -2,6 5,2% -5,8% -46,3%

Valores convertidos para US$ ao câmbio referido no OGE Fonte: Ministério das Finanças (OGE 2012)

Enquadramento Macroeconómico

13

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Banco Keve | Relatório e Contas 2011

Enquadramento Macroeconómico

A receita fiscal projectada representa 42,2% do PIB anual e é constituída maioritariamente pela receita petrolífera (79,0%) que, por sua vez, representa 33,4% do PIB.

Fonte: Ministério das Finanças; OPEC

Em 2011, as receitas petrolíferas registaram um aumento resultante do aumento do preço do petróleo. Conforme referido anteriormente, não obstante a manutenção dos preços do petróleo acima de US$ 100 ao longo do ano, as receitas foram afectadas pela quebra na produção, tendo atingido uma média de 1,7 milhões barris/dia, abaixo do orçamentado (1,9 milhões barris/dia).

Foi concluído o processo de validação de atrasados do PIP 2008-2009, tendo sido apurado em 2011 o valor de US$ 2,6 mil milhões1. Deste montante, cerca de US$ 1 mil milhões foram pagos em dinheiro2 e o remanescente convertido em dívida titulada.

No ano, as agências de rating FITCH (em Maio) e STANDARD & POOR’S (Julho) elevaram a notação da economia angolana de “B+” com perspectiva positiva para “BB” com perspectiva estável, e aagência MOODY´S (Junho) elevou a notação de “B1” com perspectiva positiva para “Ba3” com perspectiva estável.

Em Novembro de 2011, o FMI concluiu a quinta avaliação do acordo Stand-By estabelecido com o Governo angolano em 2009. Esta avaliação permitiu a aprovação do desembolso imediato de US$ 134 milhões, totalizando no fim do ano o equivalente a US$ 1,2 mil milhões em desembolsos.

Na área das finanças públicas, destacam-se ainda as acções em torno da Reforma Fiscal, a Lei de abertura de contas do Estado e o recadastramento do fundo salarial da função pública.

Impostos da concessionária (em milhões de US$)Impostos excluindo a concessionária (em milhões de US$)Produção diária x1000 b/dPreço médio de exportação (US$/barril) (esc. direita)

Impostos do Sector Petrolífero

Dez

- 09

Mar

- 10

Jun

- 10

Set -

10

Dez

- 10

Mar

- 11

Jun

- 11

Set -

11

Dez

- 11

4.000

3.000

2.000

1.000

0

140

120

100

80

60

40

20

0

14

1 O montante total da dívida a regularizar do PIP 2008-2009 e com corte em 31/12/09 estava provisoriamente certificada em US$ 4,8 mil milhões. Deste montante estão pagos US$ 2,2 mil milhões até Dezembro de 2010, pelo que o montante a regularizar em 2011 era de US$ 2,6 mil milhões (fonte: Relatório do Executivo 2º trimestre 2011). 2 De realçar que parte dos pagamentos (a entidades residentes cambiais) foram feitos directamente em dólares, contrário ao princípio da esterilização monetária ex-ante.

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Banco Keve | Relatório e Contas 2011

Enquadramento Macroeconómico

TAXA DE INFLAÇÃO

Em 2011, a taxa de inflação anual acumulada foi de 11,38%. Pela primeira vez, a taxa de inflação observada esteve abaixo do objectivo de inflação estimado para o ano (12%). Este resultado foi possível de alcançar devido ao controlo fiscal e a melhoria da posição externa3.

Fonte: INE Fonte: BNA

POLÍTICA MONETÁRIA E CAMBIAL

Em 2011, a condução da política monetária foi determinada pela necessidade de adequação da oferta monetária aos objectivos da estabilidade de preços e pelos princípios de equilíbrio no mercado cambial e das contas externas do país. Das medidas de política monetária e cambial adoptadas no ano, destacam-se:

3 Notar que, em Janeiro de 2011 entrou em vigor a nova base de cálculo do IPC, resultante de um inquérito integrado sobre o bem-estar da população (IBEP), realizado entre os meses de Maio 2008 e Maio 2009.4 Nas operações extrapatrimoniais apenas são incluídas as Garantias prestadas, até 30% do valor total destas.

• Redução do coeficiente de reservas obrigatórias em MN de 25% para 20%;

• Introdução das operações de mercado aberto (OMA) de absorção e cedência de liquidez;

• Redução da taxa de redesconto de 25% para 20%;

• Alteração das regras de funcionamento dos leilões de dólares, com destaque a limitação das licitações a 20% dos Fundos próprios regulamentares;

• Limitação do 3% spread máximo na venda de divisas ao público, introdução de sessões específicas para venda às Casas de Câmbio e limitação do correspondente spread a 2%;

• Redução do limite de exposição cambial, a partir de 30 de Junho, para 50% (posições longas) e restrição das componentes integrantes do seu cálculo4;

• Restrições na concessão de crédito em moeda estrangeira;

• Alteração ao cálculo do rácio de solvabilidade regulamentar tendo, entre outros, sido agravado o coeficiente para os activos denominados em ME;

• Apresentação do Novo Quadro Operacional para a Política Monetária pelo BNA.

Dez

-09

Mar

-10

Jun-

10

Set-1

0

Dez

-10

Mar

-11

Jun-

11

Set-1

1

Dez

-11

16

% %

2,5

2,0

1,5

1,0

0,5

0,0

12

8

4

0

Inflação mensal (esc. direita)Inflação Homóloga

Comportamento da Taxa de inflaçãoEvolução mensal

Dez

- 09

Mar

- 10

Jun

- 10

Set -

10

Dez

- 10

Mar

- 11

Jun

- 11

Set -

11

Dez

- 11

75

65

55

45

35

25

15

5

-5

M1 M3

M2

Inflação

Massa monetária e inflaçãoT.v.a homóloga (%)

15

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Banco Keve | Relatório e Contas 2011

Enquadramento Macroeconómico

No âmbito da operacionalização do Novo Quadro Operacional para a Política Monetária, o BNA introduziu as operações de mercado aberto (OMA) de absorção e cedência de liquidez, a par da manutenção facilidades de cedência de liquidez (FCL)5.

Em Novembro de 2011, a Assembleia Nacional aprovou o novo Regime Cambial do Sector Petrolífero. Esta lei visa permitir, por um lado, um aumento da circulação de moeda nacional e, por outro lado, uma maior integração do sector petrolífero na economia angolana.

MASSA MONETÁRIA

Em 2011, a liquidez na economia (M3) registou um crescimento de 35% e a dolarização da economia, medida pelo peso da moeda estrangeira (ME) sobre o M3, diminuiu ligeiramente face a 2010, em 1 pp., tendo-se situado em 48% no final do ano.

Fonte: BNA Fonte: BNA

Nota: as linhas a tracejado representam momentos de alteraçãodo coeficiente de reservas obrigatórias em MN.

TAXAS DE JURO DE REFERÊNCIA

As taxas de juro relativas às operações de política monetária (redesconto, facilidades de liquidez e TBC) desceram no ano em função dos objectivos do BNA em promover a redução das taxas de juro activas dos bancos e de controlar a inflação. A taxa de redesconto desceu para 20%. A taxa básica do BNA e a taxa das facilidades de absorção de liquidez, introduzidas pela primeira vez no final de Outubro, foram definidas em, respectivamente, 10,5% e 2% e mantiveram-se estáveis até Dezembro.

5 Desde Outubro de 2011 o BNA passou a publicar a taxa Luibor que veio substituir a taxa do mercado monetário interbancário.

M3, Base monetária e inflaçãoTaxas de crescimento anual

(t.v. homóloga)

Dez

- 09

Mar

- 10

Jun

- 10

Set -

10

Dez

- 10

Mar

- 11

Jun

- 11

Set -

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Dez

- 11

100

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60

40

20

0

17% %

16

15

14

13

12

11

10

Base monetáriaMassa monetáriaInflação (esc. direita)

Esterlização monetáriaD

ez -

09

Mar

- 10

Jun

- 10

Set -

10

Dez

- 10

Mar

- 11

Jun

- 11

Set -

11

Mil

milh

ões K

z

Dez

- 11

80

120

160

40

0

20%

10%

-10%

0%

Venda de divisasVenda de títulos (TBC e BT)Base Monetária (Variação mensal) (esc. direita)

16

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Banco Keve | Relatório e Contas 2011

Fonte: BNA

MERCADO CAMBIAL

Em 2011, o BNA procurou responder, embora nem sempre satisfazendo na totalidade, às necessidades do mercado com divisas para a cobertura da importação de bens e serviços, tendo disponibilizado durante o ano cerca de US$ 14,7 mil milhões nos leilões de venda de divisas, mais 27% face a 2010 (contra um aumento de 12% em 2010) .

Fonte: BNA — Sistema de Gestão de Mercado Cambial Fonte: BNA — Panorama Monetário

Em simultâneo, foi possível assegurar o contínuo aumento do nível de reservas internacionais líquidas (RIL), que se situou em US$ 25,0 mil milhões em Dezembro de 2011, representando um aumento de 44% comparativamente a Dezembro de 2010.

A taxa de câmbio do Kwanza face ao dólar registou uma depreciação de 3% no ano, próximo da depreciação verificada no ano anterior (4%). A taxa de câmbio manteve-se praticamente inalterada de Fevereiro a Julho de 2011. A maior depreciação no ano ocorreu em Setembro, com 1,3%, não tendo sido possível contrariar não obstante o substancial aumento das vendas neste mês. Para a maior

Enquadramento Macroeconómico

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

Taxas de juro de referência Kz

Redesconto Facilidades de cedência de liquidez MMI (overnight) TBC/BT 91dias Facilidades de absorção de liquidez Taxa básica de juro - Taxa BNA

Dez

- 09

Mar

- 10

Jun

- 10

Set -

10

Dez

- 10

Mar

- 11

Jun

- 11

Set -

11

Dez

- 11

Dez

- 09

Mar

- 10

Jun

- 10

Set -

10

Dez

- 10

Mar

- 11

Jun

- 11

Set -

11

Dez

- 11

85

87

89

91

93

95

97

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

Milhões US$

Vendas mensais Taxa de câmbio (esc.direita)

1 US$ =Kz

Vendas de US$ - Leilões do BNA

12,6

17,3

25,0

-2

3

8

13

18

23

28

Mil milhões US$

Reservas internacionais líquidas

Dez

- 09

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- 10

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- 10

Set -

10

Dez

- 10

Mar

- 11

Jun

- 11

Set -

11

Dez

- 11

17

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Banco Keve | Relatório e Contas 2011

EnquadramentoMacroeconómico

estabilidadedataxadecâmbiotemcontribuídoarecorrênciaàpolíticadeoutlier6asregrasdeacessoaosleilõese,deumaformageral,oimpactofavorávelsobreasexpectativasdeevoluçãodataxadecâmbiodecorrentedoelevadopreçodopetróleoedoaumentodasRIL.

TÍTULOS PÚBLicOS

Em 2011, as vendas acumuladas de Bilhetes do tesouro (BT) e Títulos do banco central (TBC)atingiram,respectivamente,Kz333milmilhões(correspondendoaumaumentode223%facea2010)eKz405milmilhões(umareduçãode49%facea2010).

Fonte:BNA—SistemadeGestãodeMercadosActivos

Em2011,asvendasdeBTconcentraram-senamaturidadede364dias(Kz218milmilhões),enquantonasvendasdeTBCamaiorconcentraçãoregistou-separaamaturidadede63dias(Kz337milmilhões).

Oráciodeprocurasobreoferta(bid-to-cover ratio)detítulosdecurtoprazosituou-se,emtermosmédios,em197%paraosBT´s(istoé,aprocurasituou-se2vezessuperioràoferta).ParaosTBComesmoráciosituou-seem90%(istoé,aprocurasituou-seabaixoàoferta).

Fonte:BNA—SistemadeGestãodeMercadosActivos

0

100

200

300

1T 2T 3T 4T 1T 2T 3T 4T

2010 2011

Mil

milh

ões

Kz

Venda de TBC e BTVolume trimestral

BT TBC

Venda de Títulos por Maturidade2011

(TBC, BT e OT)

91 dias7%

182 dias8%

364 dias29%

3 anos1%

4 anos1%

5 anos1% 6 anos

1% 14 dias

0% 28 dias

3%

63 dias49%

0

100

200

300

400

500 %

TBC, BT e OT - Rácio Procura sobre oferta

TBC BT OT

Dez

- 09

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- 10

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- 10

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10

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- 10

Mar

- 11

Jun

- 11

Set -

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Dez

- 11

186Apolíticadeoutlierconsistenaexclusãodoleilãodevendadedivisasdosparticipantesquepropõemtaxasdecâmbioconsideradascomotaxasforadomercado,ouseja,taxasmuitoacimaouabaixodataxadereferência.

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Banco Keve | Relatório e Contas 2011

As taxas de juro dos BT caíram desde o início ano de níveis acima de 10% para níveis abaixo de 5,5%. Para os TBC, as taxas de juros também apresentaram uma tendência de redução até Setembro, tendo subido ligeiramente no final do ano (atingido 7% em Dezembro).

Fonte: BNA

BALANÇO DO BNA

O total do balanço do BNA aumentou 43% em 2011, tendo atingido Kz 2.636 mil milhões em Dezembro de 2011, decorrente do aumento nominal das reservas internacionais líquidas (RIL) em 49% (44% em termos de dólar) e da redução do crédito a instituições financeiras em 97% (Kz 36 mil milhões7).

Fonte: Balanço do BNA

O saldo da Conta Única do Tesouro em Moeda Estrangeira (CUT-ME) atingiu Kz 1.194 mil milhões (cerca de US$ 1,2 mil milhões) em finais de Dezembro de 2011, representando um aumento nominal de 111% (Kz 627 mil milhões). O saldo da mesma conta em moeda nacional (CUT-MN) situou-se em Kz 162 mil milhões em Dezembro de 2011, representando um aumento de 252% comparativamente a 2010.

As notas e moedas emitidas registaram uma redução no 1º semestre de Kz 170 mil milhões derivada da retirada de notas de circulação. No 4º trimestre verificou-se a emissão de notas no valor de cerca Kz 50 mil milhões.

Enquadramento Macroeconómico

7Este crédito inclui as operações de redesconto, as facilidades de cedência de liquidez e as operações de mercado aberto.

0

5

10

15

20

25 %

TBC e BT - Taxas de juro nominais(Mercado primário)

Dez

- 09

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- 10

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- 10

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10

Dez

- 10

Mar

- 11

Jun

- 11

Set -

11

Dez

- 11

14 dias28 dias63 dias91 dias

182 dias364 das

Depósitosdos Bancos

Comerciais

Notas emcirculação

TBC's

CUT - MN

CUT - ME

0

300

600

900

1,200

1,500

Kz M

il M

ilhõe

s

Passivos selecionados do BNA

Dez

- 09

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- 10

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- 10

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- 11

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- 11

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Banco Keve | Relatório e Contas 2011

Enquadramento Macroeconómico

OPERAÇÕES DE MERCADO ABERTO

A partir de Abril de 2011, com a introdução, pela primeira vez, dos leilões de operações de mercado aberto (OMA) de venda de títulos com acordo de recompra (REPOs) e compra de títulos com acordo de revenda (Reverse REPOs)8, e a melhoria da liquidez, o crédito líquido do BNA ao sistema bancário9 passou a apresentar frequentemente um saldo negativo (o que significa que o saldo das REPOs ultrapassou o saldo das operações de activas), tendo atingido um saldo nulo em Dezembro de 2011.

O saldo das operações de redesconto atingiu o seu nível mais elevado em Outubro (Kz 193 mil milhões), tendo implicado que o crédito líquido do BNA às instituições financeiras fosse positivo neste mês.

Fonte: BNA

Nas operações de absorção, de Abril a Dezembro, foram emitidos Kz 1.245 mil milhões e vendidos Kz 688 mil milhões, o que resulta num rácio médio de colocação de 55%. Nas operações de cedência, realizadas através da compra de títulos com acordo de revenda foram adquiridos, até Novembro, Kz 389 mil milhões.

Com a implementação do novo quadro operacional da política monetária no final de Outubro, os excessos de liquidez dos bancos junto do Banco central passaram a ser remunerados diariamente à taxa de juro de 2%, por via da sua aplicação em facilidades permanentes de depósito.

LIQUIDEZ EM MOEDA NACIONAL

Com a redução do coeficiente de reservas obrigatórias em MN de 25% para 20% no inicio de Abril, verificou-se uma libertação de liquidez estimada em Kz 61 mil milhões e uma redução drástica das operações de redesconto. Em simultâneo, foram introduzidas outras medidas de política monetária tendo em vista melhorar a condição de liquidez do sistema bancário para a promoção do crédito à economia, assim como a redução das taxas de juro activas (crédito).

8As REPOs podem ser suportadas por BT e OT. As Reverse REPOs podem ser suportadas por TBC, BT ou OT. Estas operações passaram a ser regulamentadas com a implementação do Novo Quadro Operacional para a Política Monetária, que entrou em vigor em Novembro de 2011.9Reflectido no activo do balanço do BNA e correspondente à diferença entre as operações activas – de redesconto, as facilidades de cedência de liquidez (FCL) e as Reverse REPOs – e as passivas – REPOs.

Dez

-09

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0

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-10

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1

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-11

-150

-90

-30

30

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Mil

milh

ões d

e Kz

Operações com o Banco CentralSaldos do fim do mês

Crédito do BNA a IF's (info balanço BNA) Repos com o BNA (info balanço bancos) Responsabilidades com o BNA (info balanço bancos)

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20

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100

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160

Jan-

11

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11

Mar

-11

Abr

-11

Mai

o-11

Jun-

11

Jul-1

1

Ago

-11

Set-1

1

Out

-11

Nov

-11

Dez

-11

Mil

milh

ões K

z

Operações de mercado aberto

Absorção (REPOs) Cedência (Reverse REPOs)

20

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Banco Keve | Relatório e Contas 2011

Fonte: BNA – Síntese Monetária e Consolidado da Banca Comercial

Desde o início do ano, verificou-se uma situação de forte assimetria de liquidez no mercado (poucos bancos a tomar e vários a ceder fundos no MMI) o que, conjugado com a existência de elevadas reservas livres e a redução das taxas de juros dos TBC e BT, implicou a descida da taxa de juro overnight no MMI10.

LIQUIDEZ EM MOEDA ESTRANGEIRA

A liquidez dos bancos em moeda estrangeira (ME), medida pelo rácio das disponibilidades em ME (junto do BNA e exterior) sobre os depósitos em ME, aumentou de 51% em Dezembro de 2010 para 68% em Dezembro de 2011.

Fonte: BNA – Balanço Consolidado da Banca Comercial

A posição cambial do sistema bancário (que mede a cobertura de posições em ME e deve ser analisada em conjunto com o rácio de liquidez em ME) manteve-se longa (activos em ME superiores a passivos em ME), tendo apresentado uma tendência de queda de Março a Setembro e um aumento no 4º trimestre, situando-se em US$ 3,4 milhões em Dezembro de 2011.

Enquadramento Macroeconómico

10Não existe informação pública disponível sobre as cedências para prazos superiores ao overnight.

0%

5%

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500

1.000

1.500

2.000

2.500

Mil

milh

ões d

e Kz

Volume de operações de Redescontoe Cedências no MMI (Kz)

Volume - Redesconto (esc. esquerda) Volume - Cedências (esc. esquerda) Taxa de juro - Redesconto (esc. direita) Taxa de juro - Cedências (esc. direita)

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$ M

il m

ilhõe

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Rácio de Posição cambial e Liquidez em MESector bancário

Activos ME Passivos ME Posição cambial Posição Cambial / Fundos Próprios (esc. direita) Rácio de Liquidez ME (esc. direita) Exposição Cambial Aberta Liq./Fundos Próprios (esc. direita)

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Banco Keve | Relatório e Contas 2011

Enquadramento Macroeconómico

O aumento da liquidez em ME (e da posição cambial) em Dezembro de 2011 comparativamente a igual período de 2010, reflectida no aumento das disponibilidades em ME acima do aumento dos depósitos ME (as disponibilidades aumentaram US$ 5,3 mil milhões contra um aumento dos depósitos de US$ 4,0 mil milhões), é explicada pela redução do crédito em ME em US$ 1,1 mil milhões. No período em análise, verificou-se uma redução contínua do peso do crédito em ME sobre o total do crédito, situando-se em 49,4% em Dezembro de 2011 (contra 62,9% em Dezembro de 2010).

Fonte: BNA – Balanço Consolidado da Banca Comercial

A entrada em vigor do novo limite de exposição cambial sobre os fundos próprios regulamentares (FPR) a partir de Julho, mais restritivo, de 50% para as posições longas11 (contra um limite de 70% em vigor desde Dezembro de 2010), assim como a introdução em Junho de limites qualitativos à concessão de crédito em ME12, terão contribuído para a redução do peso do crédito em ME sobre o total do crédito e, por conseguinte, do rácio de posição cambial até Setembro de 2011. De realçar que o rácio de exposição cambial sobre os FPR acompanhou a evolução do rácio de posição cambial sobre os FPR de Setembro de 2010 a Junho de 2011.

TESOURARIA DOS BANCOS COMERCIAIS

O rácio dos valores em caixa MN sobre os depósitos em MN situou-se em 5,1% em Dezembro de 2011 (-1 pp. comparativamente a 2010) pelo facto dos depósitos em MN terem tido no período um aumento de 18,9% e o saldo da tesouraria ter reduzido 22,7%, para Kz 63 mil milhões. De igual modo, o rácio para ME observou uma redução, passando de 2,7% para 2,1%.

No que diz respeito aos levantamentos de numerário em caixas automáticos (ATM), o indicador atingiu o montante de Kz 415 mil milhões em termos acumulados em 2011, mais 39,6% face a 2010.

11Aviso nº 5/2010 de 10 de Novembro.12Aviso nº 4/2011 de 8 de Junho que estabelece, de uma forma genérica, a proibição da concessão de crédito em ME a curto prazo (até 1 ano) e o encerramento de todas as contas nesta condição até 31 de Dezembro de 2012.

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milh

ões

US

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Composição da posição cambialActivos c/ sinal positivo; Passivos c/ sinal negativo

Outras Responsabilidades c/ Exterior Outros Recursos Depósitos Outros activos Crédito à Economia Crédito ao Governo Central Disponibilidades junto do BNA e do Exterior

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Banco Keve | Relatório e Contas 2011

Fonte: BNA – Balanço Consolidado da Banca Comercial Fonte: EMIS

CRÉDITO

Em 2011, a taxa anual de crescimento do crédito concedido ao Estado pelos bancos comerciais reduziu 4%, situando-se o stock em Kz 862 mil milhões em Dezembro de 2011, e o crédito concedido a economia aumentou 29% (+3 pp. comparativamente a 2010), situando-se o stock em Kz 2.155 mil milhões em Dezembro de 2011.

Fonte: BNA – Balanço Consolidado da Banca Comercial

O crescimento do crédito à economia foi impulsionado pelos seguintes sectores:

• Actividades financeiras, seguros e fundos de pensões, com um crescimento anual de 136%, tendo o seu peso no total de crédito aumentado de 2,3% em 2010 para 4,3% em 2011;

• Actividades de educação, saúde, acção social e outras, com um crescimento anual de 132%, tendo o seu peso no total de crédito aumentado de 9,3% em 2010 para 16,8% em 2011.

• Actividades imobiliárias, alugueres e serviços prestados às empresas, com um crescimento anual de 81%, tendo o seu peso no total de crédito aumentado de 10,5% em 2010 para 14,8% em 2011.

Enquadramento Macroeconómico

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6%

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Rácio Caixa nos bancos comerciaissobre total de depósitos

Moeda nacional

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Levantamento mensal em ATM's

2009 2010 2011

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Crédito - Sistema bancário

Crédito ao Estado Crédito à economia

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Banco Keve | Relatório e Contas 2011

Enquadramento Macroeconómico

O crédito a particulares teve um crescimento anual idêntico ao crédito a empresas, de 29%, mantendo-se o seu peso em cerca de 17% do total do crédito13.

Crédito por sectores de actividade

Estrutura (%) Dez-09 Dez-10 Dez-11 ∆Dez-10/ Dez-09

∆Dez-11/ Dez-10

Agricultura e Pescas 1,8 2,1 1,7 51% 4%Indústria Extrativa 5,4 2,3 2,8 -45% 54%Indústrias Transformadoras 4,9 8,4 8,5 118% 30%Construção 8,1 7,8 8,0 21% 31%Comércio por Grosso e a Retalho 18,9 20,1 17,7 34% 13%Transportes, Armazenagem e Comunicações 5,0 3,8 3,9 -4% 31%Activ. Financeiras, Seguros e F. de Pensões 0,0 2,3 4,3 0% 136%Activ. Imob., Alug. e Serv. Prest. às empresas 6,6 10,5 14,8 100% 81%Educação, Saúde, Acção Social e Outras 7,2 9,3 16,8 62% 132%Organismos internacionais 0,0 12,8 2,3 0% -77%Particulares e Famílias com Empr. Domésticos 42,1 16,7 16,8 -50% 29%Não classificado 0,0 3,7 2,5 0% -16%Total 100,0 100,0 100,0 26% 28%

Fonte: BNA

O aumento do crédito à economia (29%)14 conjugado com o aumento dos depósitos em 35% implicou uma redução do rácio de intermediação financeira (crédito sobre depósitos) em 11 p.p. para 52%.

Fonte: BNA – Balanço Consolidado da Banca Comercial

O rácio de crédito vencido sobre o total de crédito para o Sector Público Empresarial (SPE) situou-se em 3% em Dezembro de 2011 (-5 pp. comparativamente ao ano anterior), sendo que atingiu o seu pico máximo em Maio (10%). Para o sector privado, o rácio demonstrou uma tendência de decréscimo ao longo do ano, com maior incidência em Dezembro (como habitual, tendo em conta o fecho das contas), tendo reduzido de 8,0% em Dezembro de 2010 para 5,6% em Dezembro de 2011.

13Notar que, em 2011, o BNA procedeu a melhorias significativas na metodologia para apurar o crédito por sectores de actividade económica. Como reflexo destas melhorias, o peso do crédito a particulares passou a estar consentâneo com a realidade e o crédito sem classificação passou a estar evidenciado em rubrica própria. 14Notar que o crescimento total do crédito por sectores de atividade poderá não coincidir com o reflectido no balanço dos bancos comerciais e no stock de crédito por banco devido à existência de discrepâncias estatísticas.

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Rácio crédito vencido por sectores

Rácio crédito vencido / crédito - Sector privado Rácio crédito vencido / crédito - SPE

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Banco Keve | Relatório e Contas 2011

TAXAS DE JURO DE CRÉDITO E DEPÓSITOS

As taxas de juro de crédito em MN para empresas apresentaram de uma forma geral uma tendência decrescente a partir do 2º Semestre, mas mais acentuada para os prazos superiores a 1 ano. As taxas de juro em MN para os prazos de 6 meses a 1 ano reduziu de 18% em Dezembro de 2010 para 16% em Dezembro de 2011. A taxa de juro de crédito em ME para empresas para os prazos de 6 meses a 1 ano revelou-se relativamente mais estável, tendo-se situado em 9% em Dezembro de 2011 (o mesmo comparativamente a Dezembro de 2010).

Fonte: BNA – Taxas de Juros Nominais do Sistema Bancário

Para particulares, a taxa de juros MN apresentou a mesma tendência das empresas, mas ainda mais acentuada, situando-se, para os prazos de 6 meses a um ano, em 15% em Dezembro de 2011 contra 23% em Dezembro de 2010. A taxa de juro ME para o mesmo prazo diminuiu de 8% em Dezembro de 2010 para 7% em Dezembro de 2011.

Fonte: BNA – Taxas de Juros Nominais do Sistema Bancário

Enquadramento Macroeconómico

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Taxa de juro - Crédito a Empresas MN

Até 180 dias De 181 dias a 1 ano Mais de 1 ano

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Taxa de juro - Crédito a Empresas ME

Até 180 dias De 181 dias a 1 ano Mais de 1 ano

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Taxa de juro - Crédito a Particulares MN

Até 180 dias De 181 dias a 1 ano Mais de 1 ano

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Taxa de juro - Crédito a Particulares ME

Até 180 dias De 181 dias a 1 ano Mais de 1 ano

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Banco Keve | Relatório e Contas 2011

Enquadramento Macroeconómico

A taxa de juro de depósitos a prazo em MN apresentou uma tendência a redução em 2011, situando-se para os prazos de 3 a 6 meses, em 5% em finais de Dezembro de 2011, contra 10% em igual período de 2010. Esta redução esteve em linha com as alterações de política monetária, de redução das taxas de juro dos títulos de curto prazo (TBC e BT). Para os depósitos em ME, a taxa de juro de depósitos apresentou uma tendência a aumento para os prazos superiores a 6 meses, situando-se entre 3 e 4% em finais de Dezembro, e uma relativa estabilidade para os prazos inferiores a 6 meses.

Fonte: BNA – Taxas de Juros Nominais do Sistema Bancário

INDICADORES DE SOLIDEZ DO SISTEMA BANCÁRIO

A qualidade do crédito à economia apresentou uma melhoria, passando o rácio de crédito vencido de 7,8% em Dezembro de 2010 para 5,5% em Dezembro de 2011 (-2,3 pp), impulsionada pela evolução do rácio de crédito vencido em MN, que diminuiu de 15,5% em Dezembro de 2010 para 6,6% em Dezembro de 2011, uma vez que o rácio de crédito vencido em ME registou um ligeiro aumento de 4,6% para 5,0% no mesmo período.

Fonte: BNA – Balanço Consolidado da Banca Comercial

O decréscimo do crédito vencido em MN no ano, em 15,9%, e a forte expansão do crédito à economia em MN no ano, em 90% (quase que duplicou), contribuíram para a redução do rácio de crédito vencido em MN.

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% Taxa de juro - Depósitos a prazo 3 a 6 meses

Em moeda nacional

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Rácio crédito vencido por moeda

Rácio crédito vencido / crédito (MN) Rácio crédito vencido / crédito (ME)

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Banco Keve | Relatório e Contas 2011

O grau de cobertura das provisões para crédito sobre o crédito vencido registou uma melhoria em Dezembro de 2011 em relação ao ano anterior, passando de 80,7% para 121,4% (+40,6 pp.), o que, tendo em conta a redução do crédito vencido em valor, evidencia uma evolução dos níveis de risco do crédito (agravamento).

Qualidade do activo (Rácios)

Dez-10 Mar-11 Jun-11 Set-11 Dez-11

Crédito vencido / crédito à economia 7,8% 8,0% 7,1% 7,0% 5,5%Provisões para crédito / Total do crédito 5,7% 5,7% 5,6% 5,5% 6,2%Provisões para crédito / Crédito vencido 80,7% 78,4% 87,9% 86,4% 121,4%

O rácio de solvabilidade regulamentar (RSR) registou uma diminuição, passando 18,6% em Dezembro de 2010 para 14,5% em Setembro15 (o limite mínimo regulamentar é de 10%). Importa no entanto referir que a redução do rácio está em parte relacionada com alterações introduzidas nas componentes do seu cálculo em 2011, em particular o agravamento da ponderação dos activos em ME (Instrutivo nº 3/2011).

Enquadramento Macroeconómico

15Data da última informação disponível à data da emissão do presente Relatório. 27

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Banco Keve | Relatório e Contas 2011

Análise Financeira

ACTIVO

O activo líquido totalizava US$ 645,7 milhões em 31 de Dezembro de 2011, o que corresponde a um aumento de US$ 169,2 milhões (+36%) relativamente ao final do ano anterior.

2010 2011

Milhões USD Valor Peso Valor Peso ∆ %Disponibilidades 120,5 25% 162,5 25% 35%Aplicações de Liquidez 67,9 14% 57,0 9% -16%Títulos e Valores Mobiliários 30,5 6% 95,3 15% 213%Créditos 202,2 42% 257,2 40% 27%Outros valores 32,6 7% 42,1 7% 29%Imobilizações 23,0 5% 31,5 5% 37% 476,5 100% 645,7 100% 36%

A expansão do activo total foi essencialmente feita através do aumento da carteira de Títulos e Valores mobiliários em 213% (US$ 64,9 milhões). Em Dezembro de 2011, a carteira de Títulos e Valores mobiliários ascendia US$ 95,3 milhões (15% do activo do Banco), sendo constituída maioritariamente por emissões do Banco Central (78%), e o remanescente por emissões da Dívida Pública Angolana. As Disponibilidades tiveram um aumento de 35% (US$ 42,1 milhões), principalmente influenciado pelo aumento dos Depósitos no Banco Central (US$ 33,3 milhões).

O crédito líquido ascendeu a US$ 257,2 milhões em 31 de Dezembro de 2011, o que representa um aumento de 27% face a 2010. O rácio de transformação dos recursos de Clientes em crédito situava-se em 48% (54% em 2010), influenciado pelo aumento dos Depósitos superior ao Crédito (US$ 160,0 milhões e USD$ 55,1 milhões).

Crédito - segmentação por clientes

Milhões USD 2010 2011 ∆ %Empresas 209,6 257,1 23%Particulares 15,7 22,8 45%Crédito Bruto 225,3 280,0 24%Garantia Prestadas 18,8 56,4 200%Créditos documentários 12,0 5,8 -52%

256,1 342,2 34%

O rácio crédito vencido sobre total crédito diminui 8 p.p., para 4,2%, influenciado pela alteração efectuada no modo de evolução do crédito, passando a considerar como vencido somente as prestações vencidas (e não a totalidade das prestações vincendas). O crédito vencido há mais de 90 dias ascendia a US$ 8,9 milhões em Dezembro 2011, o que correspondia a 3,2 % da carteira de crédito bruto ( 19,9 % em 2010). A cobertura do crédito por provisões situava-se 8,1% em 2011 contra 10,3% no ano anterior.

2009

219,7

2010

225,3

2011

280,0

Crédito bruto (Milhões USD)

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Banco Keve | Relatório e Contas 2011

Análise Financeira

Qualidade do activoPeso Peso

Milhões USD 2010 2011 2010 2011 ∆ %Crédito vincendo 198,3 268,3 88,0% 95,8% 35%Crédito vencido 27,0 11,6 12,0% 4,2% -57%

Nº dias de atraso

15-30 0,1 0,2 0,0% 0,1% 140%30-60 4,9 2,1 2,2% 0,8% -57%60-90 2,0 0,4 0,9% 0,1% -80%90-150 10,5 2,2 4,7% 0,8% -79%150-180 0,9 0,4 0,4% 0,1% -56%

>180 8,5 6,3 3,8% 2,3% -26%Crédito bruto 225,3 280,0 100% 100% 24%

Provisões para crédito 23,1 22,7 10,3% 8,1%

Crédito líquido 202,2 257,2 27%

PASSIVO

2010 2011 ∆ %Milhões USD Valor Peso Valor Peso

Depósitos 374,1 79% 534,1 83% 43%Captações para Liquidez 0,8 0% 0,0 0% -100%Obrigações no Sistema de Pagamentos 3,3 1% 2,0 0% -38%Outras Captações 17,9 4% 21,0 3% 17%Outros Passivos 1,2 0% 3,3 1% 167%Provisões p/ responsabilidades prováveis 2,1 0% 2,4 0% 11%Fundos Próprios 77,0 16% 82,9 13% 8%Passivo e fundos próprios 476,5 100% 645,7 100% 36%

A carteira de recursos totais de Clientes aumentou 42% (US$ 160,0 milhões), totalizando US$ 534,1 milhões em Dezembro de 2011. Esta evolução reflecte a expansão dos depósitos em moeda nacional em 63%. Os depósitos à ordem e a prazo aumentaram em, respectivamente 41% e 45%.

Recursos de clientes

2010 2011Milhões USD Valor Peso Valor Peso ∆ %Depósitos à ordem 196,6 52% 276,8 52% 41%Depósitos a prazo 177,5 47% 257,3 48% 45%Repasse de títulos 0,8 0% 0,0 0% -100%Total Recursos, do qual 374,9 100% 534,1 100% 42%Moeda nacional 275,8 74% 450,7 84% 63%Moeda estrangeira 99,1 26% 83,4 16% -16%

O aumento da rubrica Outras Captações em US$ 3,1 milhões (+3%), totalizando US$ 21,0 milhões, deveu-se ao efeito líquido das amortizações parciais de financiamentos contratados no exterior e da contratação de uma nova linha de financiamento a médio prazo (5 anos) junto da NORSAD com a garantia de OT´s.

Os fundos próprios, aumentaram US$ 5,9 milhões (+8%), totalizando US$ 82,9 milhões de 31 de Dezembro, essencialmente explicado pelo aumento do lucro líquido em US$ 4,6 milhões (+ 233%) e dos resultados transitados US$ 1,3 milhões (+ 918 %), por via da aplicação, pela primeira vez, do método da equivalência patrimonial sobre a participada Global Seguros.

29

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Banco Keve | Relatório e Contas 2011

Análise Financeira

RESULTADOS E RENTABILIDADE

O Banco teve um lucro líquido de US$ 6,6 milhões, o que corresponde a um aumento de 234% relativamente ao obtido em 2010 (US$ 2,0 milhões). A rentabilidade do capital próprio médio (ROAE) ascendeu 15,5% em 2011.

Milhões USD 2010 2011 ∆ %

Margem financeira 17,0 24,3 43%Margem complementar 16,8 22,1 32%Produto Bancário 33,7 46,5 38%Provisões 4,3 4,7 9%Resultados da intermediação financeira 29,4 41,8 42%Custos administrativos e de comercialização 29,1 32,2 11%Provisões sobre outros valores 1,0 0,3 -70%Resultados de imobilizações financeiras 0,0 0,3 -Resultados Operacionais -0,7 9,5 1559%Resultados não operacionais 2,6 -1,6 -162%Provisão para imposto sobre lucros 0,0 1,3 -Resultados líquidos 1,9 6,6 252%Cashflow corrente 7,7 16,1 110%

Os principais factores que explicam o crescimento do ROAE são a taxa da margem financeira (+0,7 ponto percentual face a 2010) e a redução dos custos de estrutura (-0,6 pontos percentuais face a 2010). O ROAE aumentou de 3,4% para 15,5%, decorrente do efeito líquido do acréscimo da rentabilidade do activo médio (ROAA) e do aumento da alavancagem média de 5,9 para 13,2.

ROAE e ROAAValores em % do activo total médio (1) 2010 2011Taxa da margem financeira 3,6 4,3Lucros em oper. financeiras (líq.) 1,9 1,8Comissões e outros proveitos (líq.) 1,7 2,1Produto bancário 7,2 8,3Custos de estrutura 6,3 5,7Imobilizações financeiras 0,0 0,1Resultado de Exploração 0,9 2,6Provisões (líq.) 0,9 0,9Resultados extraordinários (líq.) 0,6 -0,3Resultado antes de impostos 0,6 1,4Provisão p/ impostos s/ lucros 0,0 0,2Lucro líq. atribuivel ao Banco (ROAA) 0,6 1,2Multiplicador (ATM / FPM) 5,9 13,2Lucro líq.atribuivel aos accionistas (ROAE) 3,4 15,5ATM = Activo total médio; FPM = Fundos próprios médios

ROAE = ROAA x Multiplicador

ROAE = Return on average equity

ROAA = Return on average assets

Em 2011, a margem financeira aumentou 43%, relativamente a 2010, influenciada essencialmente pelo aumento do juros de Crédito em US$ 5,9 milhões e das Aplicações s/ Instituições financeiras em US$ 3,5 milhões. Com a situação confortável de liquidez, o Banco passou a ser cedente líquido no MMI em Kwanzas, o que originou numa redução dos Juros pagos s/ Recursos Alheios (apenas US$ 290.000 em 2011).

16,9%

3,4%

15,5%

2009 2010 2011

ROAE (%)

30

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Análise Financeira

Produto bancárioMilhões USD 2010 2011 ∆ %Margem financeira 17,0 24,3 43%Res. neg. ajustes valor justo 2,2 0,2 -91%Res. operações financeiras 6,7 10,0 49%Res. Prest. Ser. financeiros 7,8 11,9 52%Produto Bancário 33,7 46,5 38%

A decomposição dos efeitos determinantes da margem financeira demonstra que o aumento desta em US$ 7,4 milhões foi devido ao efeito volume (+ US$ 17,6 milhões), compensou a redução do efeito spread (menos US$ 10,2 milhões). O aumento do efeito volume foi explicado pelo aumento dos juros de crédito (US$ 7,5 milhões) e diminuição dos Depósitos a prazo (US$ 9,8 milhões).

Explicação da variação da margem financeiraMilhões USD Efeito Volume Efeito spread ∆Disponibilidades à vista s/ instit. financeiras 0,3 3,2 3,5Outros créditos s/ instituições financeiras 0,0 0,0 0,0Créditos sobre clientes (bruto) 7,5 -1,6 5,9Obrigações e outros títulos -0,9 1,3 0,4Activos remunerados 6,9 2,8 9,8

Recursos s/ BC out. IC’s 0,1 -3,9 -3,8Depósitos a prazo -9,8 16,3 6,5Recursos de outras entidades -0,9 0,6 -0,3Passivos remunerados -10,6 13,1 2,4∆ Margem financeira 17,6 -10,2 7,4

A Margem Complementar totalizou US$ 22,1 milhões, representando um aumento de 32%, face ao mesmo período em 2010, em resultado de:

• Aumento dos Lucros em Operações Cambiais em US$ 3,4 milhões (decorrente do aumento das compras de divisas de 71% em 2011 face a igual período de 2010, totalizando US$ 589 milhões);

• Aumento das Comissões Líquidas em US$ 4,1 milhões maioritariamente associado ao aumento das ordens de pagamento, das Garantias Prestadas e de Outros Serviços Prestados – Serviço Nacional das Alfândegas.

Custos de estrutura

Os custos de estrutura que agregam os custos com o pessoal, fornecimentos e serviços de terceiros e amortizações aumentaram 10%, de US$ 29,4 milhões em 2010 para US$ 32,2 milhões para 2011.

Custos de estruturaMilhões USD 2010 2011 Var. %Custos com o pessoal 10,8 12,5 16%Fornecimentos e serviços de terceiros 13,3 13,8 4%

Outros custos administrativos 2,3 2,4 5%Gastos administrativos 26,3 28,7 9%Amortizações 3,0 43,5 14%Custos de estrutura 29,4 32,2 10%

Nº colaboradores em 31 de Dezembro 305 303 -1%

19,7 17,0

26,5

16,8

2009 2010 2011

Produto bancário (Milhões USD)

Margem complementar Margem financeira

24,3

22,1

2009 2010 2011

21,5

29,4 32,2

Custos de estrutura (Milhões de USD)

31

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Banco Keve | Relatório e Contas 2011

Análise Financeira

A evolução dos custos explica-se, em grande parte, pelo aumento dos custos com pessoal. Tendo em conta que em 2011 não aumentou o quadro de pessoal e não houve aumentos salariais, o aumento dos custos reflectiu principalmente o impacto dos ajustamentos feitos no ano anterior sobre a estrutura orgânica e salarial.

O cost-to-income, reduziu 18 p.p, em resultado do aumento do Produto Bancário em maior proporção do que os Custos Operacionais (respectivamente, US$ 12,8 e US$ 2,6 milhões).

Nota sobre as Políticas Contabilísticas

As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com as políticas estabelecidas no Plano de Contas das Instituições Financeiras (CONTIF), conforme definido no Instrutivo nº 09/07, de 30 de Abril, do BNA e actualizações subsequentes.

A análise financeira apresentada neste capítulo é feita com base na sua conversão para dólares ao câmbio do final do ano, não representando uma reexpressão dos valores conforme definido na Norma internacional de contabilidade nº 21. Tendo em conta a desvalorização do Kwanza face ao dólar em 2011 (cerca de 3%), a aplicação daquela metodologia poderá implicar diferenças de análise às demonstrações financeiras em kwanzas, cujo balanço é apresentado como se segue:

Balanço em 31 de DezembroMilhões de Kwanzas 2010 2011 ∆ %Disponibilidades 11.160 15.487 39%Aplicações de Liquidez 6.289 5.426 -14%Títulos e Valores Mobiliários 2.825 9.085 222%Créditos 18.728 24.510 31%Outros valores 3.016 4.009 33%Imobilizações 2.128 3.006 41%Activo 44.147 61.524 39%Depósitos 34.659 50.894 47%Captações para Liquidez 75 0 -100%Obrigações no Sistema de Pagamentos 306 195 -36%Outras Captações 1.660 1.999 20%Outros Passivos 115 314 174%Provisões para responsabilidades prováveis 198 226 14%Fundos Próprios 7.135 7.896 11%Passivo e Fundos próprios 44.147 61.524 39%Extrapatrimoniais -3.279 2.963 190%

45,1%

87,0%

69,3%

2009 2010 2011

Cost-to-income

32

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Canais de Distribuição

AGÊNCIAS

O Banco dispunha de 32 agências em 31 de Dezembro de 2011, sendo que a maior parte concentrava-se dentro da Província de Luanda. Em 2011 foram abertas três novas agências (Major Kanhangulo, Kilamba Kiaxi e Mazozo). O mapa seguinte apresenta a distribuição espacial das agências no País por localidades (pontos a azul).

Para além das agências, o Banco dispõe de cinco postos de atendimento16, dos quais dois encontram-se nas Repartições fiscais do Libolo e Cela (Wako-Kungo), dois em Luanda (Correios de Angola e Aeroporto 4 de Fevereiro – Terminal de passageiros) e um na Alfândega do Porto Amboim.

CAIXAS AUTOMÁTICOS (ATM)

Em 31 de Dezembro de 2011, o Banco dispunha de 67 ATM’s (um crescimento de 12% face a 2010), distribuídos por 30 Municípios (o total da rede era composto por 1.629 ATM’s).

2009 2010 2011 Var.

N.º ATM 31 60 67 7Nº de Municípios 15 27 30 3

No período em análise, a posição do Banco face a rede, em termos de produtividade, reduziu devido a colocação de ATM’s remotos. Por sua vez, a taxa de operacionalidade dos ATM’s do Banco observou uma redução nos seus níveis em 2011 originada por problemas de comunicações.

Fonte: EMIS (Produtividade = Nº Transacções/ATM/Dia/Mês). Fonte: EMIS

Nota: A posição do KEVE é determinada excluindo os bancos com apenas 1 ATM.

Zaire

Cabinda

Uíge

KwanzaNorte

Bengo

LuandaLunda Norte

Lunda Sul

Moxico

Cuando Cubango

Cunene

Namibe

Huíla

Benguela Huambo

Kwanza Sul

Malange

Bié

16Estes postos de atendimento são extensões de agências, exercendo apenas funções de caixa com menos de 3 pessoas, razão pela qual não são considerados no indicador do número total de agências.

9 9 11

12

13 12 12

10

14 13 14

13

0

5

10

15

20

Jan-

11

Fev-

11

Mar

-11

Abr

-11

Mai

-11

Jun-

11

Jul-1

1

Ago

-11

Set-1

1

Out

-11

Nov

-11

Dez

-11

%

Produtividade ATMPosição do Keve face à Rede

Nº Total de Bancos com ATM Posição do Keve face à Rede

60%

70%

80%

90%

100%

Taxa Operacionalidade ATM (%)

Keve Rede

Jan-

11

Fev-

11

Mar

-11

Abr

-11

Mai

-11

Jun-

11

Jul-1

1

Ago

-11

Set-1

1

Out

-11

Nov

-11

Dez

-11

33

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Canais de Distribuição

TERMINAIS DE PAGAMENTO AUTOMÁTICO (TPA)

Em Dezembro de 2011, o número de TPA’s no Banco teve um crescimento cerca de 57% comparativamente a igual período de 2010, atingindo 666 TPA’s. Este crescimento originou um aumento na quota de mercado do Banco de 2,6% para 3,8% em 2011. O índice de actividade dos TPA’s do Banco (medido pelo rácio TPA’s activos sobre TPA’s matriculados) manteve-se acima do índice da rede a maior parte do ano.

Fonte: EMIS

INTERNET BANKING (“iKEVE”) E KEVE SMS

Em 2011 haviam 2.776 contratos celebrados, dos quais 1.256 empresas e 1.520 particulares, representando um crescimento de 20% face a 2010, e uma taxa de adesão global de 8%.

Estatísticas da Banca Electrónica

2009 2010 2011 Var.

HomeBanking

Nº de Contratos 1/

Empresas 790 938 1.256 34%

Particulares 975 1.381 1.520 10%

Total 1.765 2.319 2.776 20%

Taxa de adesão 2/

Empresas 38% 37% 43% 6 p.p.

Particulares 5% 6% 5% -1 p.p.

Nº de Transacções 552.784 1.060.292 1.823.686 72%

Nº Acessos 81.536 198.072 345.122 74%

Nº Transações/ Nº Contratos 313 457 657 44%

Nº Acessos/ Nº Contratos 46 85 124 45%

Keve SMS

Nº de Contratos 1/ 222 391 1.369 250%

Nº Acessos 1.587 1.286 1.450 13%

1/ Contratos em vigor em 31 de Dezembro

2/ Em percentagem do total de clientes activos

0

20

40

60

80

%

Indice de Actividade TPA(% de TPA activos sobre matriculados)

Keve Rede

Jan-

11

Fev-

11

Mar

-11

Abr

-11

Mai

-11

Jun-

11

Jul-1

1

Ago

-11

Set-1

1

Out

-11

Nov

-11

Dez

-11

34

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Canais de Distribuição

O serviço Keve SMS, lançado no início de 2009, registou 1.369 contratos activos em Dezembro de 2011, representando um crescimento de 250% face a 2010. Através de simples troca de mensagem com siglas enviadas aos clientes é possível disponibilizar um acesso a várias consultas:

Serviços disponibilizados pelo iKeve e Keve SMS

HomeBanking – iKeve Keve SMS

• Consulta de extractos; • Consultas a:

• Pedido de cheques; › Saldos

• Transferências conta a conta; › Movimentos

• Acesso automático aos avisos de lançamento

dos movimentos gerados;

› NBA/IBAN

› Posição integrada

› Contas disponíveis• Downloads em excel e em PDF.

CARTÕES DE DÉBITO – MULTICAIXA

A análise do rácio de cartões de débito vivos sobre cartões válidos17, revela que o Banco melhorou o desempenho em relação a rede de Junho a Novembro de 2011. Em 2011, os cartões emitidos pelo Banco aumentaram 52%, tendo atingido 34.714 cartões em Dezembro.

Fonte: EMIS

17Cartões vivos: total de cartões válidos utilizados na Rede até ao último dia do mês. Cartões válidos: total de cartões registados na rede com data de expiração válida no último dia do mês.

Rácio Cartões Vivos/Activos (%)

Keve Rede

0

20

40

60

80

Jan-

11

Fev-

11

Mar

-11

Abr

-11

Mai

-11

Jun-

11

Jul-1

1

Ago

-11

Set-1

1

Out

-11

Nov

-11

Dez

-11

Milh

ares

de

cart

ões

Stocks mensaisCartões emitidos vs cartões vivos

Cartões Vivos Cartões Emitidos

Jan-

11

Fev-

11

Mar

-11

Abr

-11

Mai

-11

Jun-

11

Jul-1

1

Ago

-11

Set-1

1

Out

-11

Nov

-11

Dez

-11 0

16

8

24

32

40

35

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Principais Acções Desenvolvidas

BANCA COMERCIAL

Em 2011, foi aprovado um novo organigrama para a direcção comercial, que deu lugar ao aumento do número de funções e a desagregação da direcção em duas direcções: DGEI - Grandes Empresas e Institucionais e DCPN - Particulares e Negócios (organigrama abaixo).

Das acções desenvolvidas pela banca comercial em 2011, destacam-se as seguintes:

I. Grandes Empresas

• Fortalecimento de relações comerciais com clientes de primeira linha;

• Reuniões com Grandes clientes e sua captação;

• Preparação, desenvolvimento e abertura do Centro de Empresas em Benguela.

II. Particulares e Negócios (Retalho)

• Promoção da polivalência funcional nos colaboradores das agências;

• Desenvolvimento de ofertas específicas para PME’s e Particulares (Adiantamento de salário);

• Divulgação dos serviços de banca electrónica e instrução da sua forma de utilização (cartões de débito, POS, Internet Banking e SMSbanking);

• Implementação do Programa de Educação Financeira “Bankita” e alcance de uma posição de destaque pela abertura de cerca de 8.500 contas.

Fruto das acções implementadas, os Recursos totais de clientes aumentaram 43% em 2011, para US$ 534 milhões. O segmento de Empresas foi o que mais contribuiu para este crescimento com uma variação de +47%, enquanto os recursos do segmento de Particulares teve uma variação de +15%.

Recursos e crédito – Por SegmentoMilhões USD 2010 2011 Var.%

Recursos

Empresas 318,8 469,4 47%

Particulares 56,2 64,7 15%

374,9 534,1 42%

Crédito 1/

Empresas 209,6 257,2 23%

Particulares 15,7 22,8 45%

225,3 280,0 24%

1/ Não inclui crédito por assinatura. Valores contratados (não inclui ajustamentos)

Director DCPN

Direcções de zona

Zona Norte

Zona Centro Zona Sul

Dep. Banc electrónica

Dep. deBanca

Seguros

Dep.Apoio Rede

Comercial

Dep. Protocolo e

Serv. Publico

36

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O segmento de Empresas continua a ser o mais relevante, decorrente da focalização estratégica do Banco neste, com os recursos e a carteira de crédito concedido a representarem, respectivamente, 88% e 92% do valor total.

Recursos e Crédito - Por ProvínciaMilhões USD 2010 2011 Var.%

Recursos

Província de Luanda 335,2 496,7 48%Outras Províncias 39,8 37,6 -6%

375,0 534,3 42%

Crédito

Província de Luanda 199,3 224,9 3%Outras Províncias 25,9 55,1 112%

225,3 280,0 16%

Em termos de distribuição territorial, e à semelhança do ano anterior, verificou-se um maior dinamismo nas agências localizadas em Luanda, tendo apresentado um crescimento de recursos de 48% face a 2010, contra um decréscimo de 6% nas agências localizadas nas outras províncias.

O número de clientes captados pelo Banco registou um crescimento de 49% em finais de Dezembro de 2011. Para o crescimento contribuiu, entre outros:

• Conta funcionário público, tendo sido captados 2.349 funcionários desde o lançamento do produto, em Agosto de 2010, até Dezembro de 2011;

• Programa de Educação Financeira do BNA “Bankita”, com início em Setembro de 2011, que deu lugar a captação de 8.499 clientes, dos quais 6.428 (76%) fora da província de Luanda.

Nº de clientes – Por ProvínciasProvíncia 2010 2011 VariaçãoLuanda 17.931 25.673 43%Kwanza Sul 10.452 15.378 47%Benguela 2.295 4.414 92%Huambo 2.051 2.978 45%Lubango 2.755 3.596 31%Namibe 86 542 530%Zaire 45 552 1.127%

35.615 53.133 49%

Principais Acções Desenvolvidas

Recursos

Particulares 12%

Empresas 88%

Crédito

Particulares 8%

Empresas 92%

2,703

32,912 35,615

3.284

49,849 53,133

Empresas Particulares Total

2010

2011

Nº de clientes - Por Segmentos

37

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Principais Acções Desenvolvidas

CRÉDITO

Destaques da actividade da direcção de crédito em 2011:

• Actualização de todos os produtos de crédito adstritos as linhas de crédito externas e dos créditos a colaboradores no sistema AS/400, e o seu acompanhamento;

• Actualização no sistema das garantias recebidas de crédito e o seu acompanhamento;

• Passagem das contas correntes caucionadas para contas de crédito geral, com prestações de amortização periódicas pré-definidas;

• Negociação e reestruturação créditos em ME, que não cumpriam os pressupostos do Aviso nº4/2011, para crédito em MN;

• Foram concluídas as tarefas internas de preparação de reporte de dados para a Central de informação e risco de crédito (CiRC) e deu-se início ao trabalho de reporte mensal da carteira de crédito a partir de Janeiro de 2011.

Adicionalmente, foram desenvolvidas as seguintes actividades em termos de financiamentos:

• Financiamentos internos

- Negociação e assinatura de um acordo com o BDA relativo ao “Programa de Promoção do Comércio Rural” no valor equivalente a US$ 5 milhões;

- Assinatura de um protocolo com o Fundo de Fomento Habitacional que contempla a criação de garantia de créditos para a habitação social.

• Financiamentos externos

- WBC: Extensão do prazo de utilização até 31/12/11. Solicitação do 2º desembolso no valor US$ 3,5 milhões;

- NORSAD: Contratação de uma linha de médio prazo de US$ 6 milhões para expandir as operações de crédito a PME’s e efectivação do 1º desembolso;

- BAI Europa: Aumento da linha de curto prazo de US$ 10 milhões para US$ 15 milhões para a execução de operações.

OPERAÇÕES

No que respeita à principal actividade da direcção, o volume processado de ordens de pagamento emitidas e recebidas, em moeda estrangeira e moeda nacional, ascendeu a US$ 1,6 mil milhões, correspondente a um aumento de 26% no ano (contra um decréscimo de 38% no ano anterior). Em termos de volume, verificou-se um aumento de 14% no número de transferências em 2011 (contra um decréscimo de 4% em 2010).

Transferências Interbancárias

Milhões de US$ Quantidade

2010 2011 Var.% 2010 2011 Var.%

Moeda Estrangeira

OPR - Recebidas 79,3 106,6 34% 932 967 4%

OPE - Emitidas 350,9 609,0 74% 6.061 8.854 46%

Moeda Nacional

SPTR - Recebidas 164,8 196,9 19% 1.897 2.682 41%

SPTR - Enviadas 673,1 682,5 1% 6.715 6.095 -9%

Total 1.268,1 1.595,1 26% 15.605 18.598 14%

38

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As actividades da direcção centraram-se no reforço da estrutura orgânica, na melhoria dos circuitos operacionais, no reforço da prestação de informação a nível interno e externo e no aumento da exigência no cumprimento das normas do BNA.

No âmbito do enquadramento legal, foi publicada em Março de 2011 uma colectânea de normas cambiais. Este relatório abarca as normas mais relevantes para os operadores que actuam no mercado angolano.

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

Em 2011, a direcção de sistemas de informação (DSI) realizou as suas tarefas tendo por objectivo a melhoria substancial dos serviços aos clientes, assegurar a integridade a segurança dos sistemas bem como dar resposta às necessidades de todas as áreas internas do Banco. Nesse contexto, as principais acções empreendidas no período, pela DSI foram:

• Gestão dos Sistemas de informação

- Fim do processo de redimensionamento iSeries e sua entrada em produção;

- Preparação da entrada em vigor do STC – Sistema de transferências a crédito;

- Migração para o modelo global 5 da EMIS (aceitação de cartões com formato internacional).

• Sistemas Centrais

- Operacionalização dos cartões Frota;

- Aperfeiçoamento do suporte Banka;

- Disponibilização de extractos em formato electrónico (PDF);

- Envio de notas de operações bancárias via email;

- Desenvolvimento e Implementação da MoneyGram.

• Sistemas Distribuídos

- Operacionalização do serviço de migração de balcões e intranet;

- Estudo de upgrade, melhoria e optimização de máquinas (NettApp);

- Migração da estrutura dos servidores para a virtualização;

• Comunicações: Migração para a nova plataforma de comunicações da Angola Telecom (abandonando o actual FrameRelay para Ethernet).

• No âmbito do enquadramento legal, destaca-se a criação do Manual de Pedido de Suporte Helpdesk, visando a organização de processos de gestão interna e uma maior eficiência nas tarefas executadas. Foi ainda concluída a implementação do módulo (software) de reporte de dados para a Central de informação e risco de crédito (CiRC).

Principais Acções Desenvolvidas

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CONTABILIDADE

No âmbito da reestruturação sofrida por essa área em 2010 decorrente do aumento da exigência técnica com a implementação do novo plano de contas (CONTIF), em 2011, as acções da área focalizaram-se no aumento do controlo contabilístico e financeiro do Banco, detacando-se:

• Consolidação das Contas Banco com a Global Seguros;

• Aprimoramento da ferramenta de gestão de fornecedores e contas a pagar;

• Inventário e reclassificação dos ATM´s;

• Cadastramento, abate e revisão das taxas do imobilizado (Mobiliário e Equipamento Informático);

• Aperfeiçoamento da recolha de informação no AS/400.

FINANCEIRA E MERCADOS

Os principais destaques da actividade desenvolvida pela Direcção Financeira e Mercados são:

• Gestão de Risco da Taxa de Juros – Introdução do Relatório Trimestral de Taxas Activas e Passivas;

• Mercado Cambial

- Aumento das compras nos leilões de US$ no BNA, de US$ 344 milhões em 2010 para US$ 589 milhões em 2011 (+71%);

- Reforço no controlo do limite de exposição cambial;

• Produtos e Preçário - Conclusão das fichas técnicas dos novos produtos de poupança: Jovem, Reforma e Habitação;

• Aperfeiçoamento do reporte interno de Mismatch de liquidez;

• Elaboração do Manual de procedimentos de Tesouraria;

• Negociação e instalação de um novo Dealing da Reuters.

AUDITORIA

No início do segundo semestre de 2011, o gabinete de Auditoria interna sofreu algumas reestruturações no âmbito do seu desenvolvimento e da integração da função de Compliance. Destacam-se também as seguintes acções:

• Elaboração e aprovação da Política de Auditoria, do Regulamento do Comité de Auditoria e da Metodologia de Auditoria Interna;

• Revisão do Regulamento do Combate ao Branqueamento de Capitais e do Financiamento ao Terrorismo;

• Cooperação com bancos correspondentes na prestação de informações referentes a processos de “Customer Due Diligence”.

No âmbito das realizações as actividades correntes do gabinete foram realizadas inspecções, auditorias e contagens surpresas aos balcões.

Principais Acções Desenvolvidas

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RECURSOS HUMANOS

Em 2011, a Direcção de Recursos Humanos (DRH) teve os seus modelos avaliados e redesenhados do ponto de vista estratégico, com vista a redução do tempo de resposta e aumento de produtividade, resultando na melhoria da estrutura interna. Destacam-se as seguintes actividades desenvolvidas pela direcção no ano:

• Comunicação: instalação de um novo sistema de controlo de ponto, cadastro e aferição do clima organizacional;

• Regulamentos: Manual descrição de funções (Qualificador Ocupacional); Politica de benefícios sociais e Regulamento de higiene e segurança no trabalho;

• Recrutamento: Reforço nos critérios de contratação.

Nos finais de Dezembro de 2011, o Banco contou com 303 colaboradores, menos 2 comparativamente a 2010, o que realça uma manutenção de colaboradores tendo em vista o aumento da produtividade (que registou uma redução em 2010).

Do total dos colaboradores, 54% são do sexo masculino da média etária, 75% dos colaboradores situam-se no intervalo de 24 a 34 anos. Quanto à antiguidade na instituição, 84% colaboradores estão no Banco há menos de cinco anos. No que respeita ao indicador colaboradores por habilitações literárias revela que 62% dos colaboradores possuem o nível de frequência universitária, 10% possuem a licenciatura completa e 1% possui o mestrado.

Os programas de capacitação visam desde a formação básica, formação e desenvolvimento de gerentes das áreas comercial e operacional, desenvolvimento da gerência média, até à preparação de colaboradores para assumir postos chave na organização por meio de projectos dirigidos e estágios noutras instituições financeiras, tanto no país como no exterior. O Banco concedeu ainda 2 bolsas de

Principais Acções Desenvolvidas

Habilitações literárias AntiguidadeEstrutura etária

5> anos 16%<= 5 anos 84%

<24 anos 5% 24-34 anos 75%

35-44 anos 17%45-54 anos 3%55-64 anos 0%

>64 anos 0%

Mestrado 1% Licenciatura 10%Frequência Universitária 62% Ensino Médio 20% Frequência Média 2% Ensino Base/Outros 7%

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estudo para cursos de pós-graduação em Gestão de Banca e Seguros. O quadro seguinte resume a formação ministrada por áreas temáticas:

2011 2010

Áreas temática Nº Horas Nº Particip. Nº Horas Nº Particip.

Análise Financeira e Projectos 868 20 16 1

Branqueamento de Capitais e Fraudes 272 93 15 5

Contabilidade e Fiscalidade 2.280 41 106 20

Gestão de Recursos Humanos 252 9 8 2

Gestão de Crédito e Cobranças 3.744 76 406 27

Comunicação e Marketing 91 4 20 4

Liderança e Gestão de Equipas 944 24 2.068 58

Línguas - - 813 38

Mercados Financeiros e Técnicas Salas Mercado 360 3 592 17

Pós-Graduação em Gestão Bancária 160 2 360 1

Técnicas Comportamentais 896 20 474 63

Técnicas de Atendimento, Caixa 210 10 940 47

Total 10.077 302 5.818 283

Em 2011, foram dispendidas 10.077 horas em formação (mais 136% face a 2010) e participaram 302 colaboradores. Neste ano, destacou-se a formação relativa à prevenção de fraudes, ministrada pela Polícia Económica, essencialmente direccionada para a função comercial, operações e auditoria interna.

Distribuição dos colaboradores por unidades de estrutura em 31 de Dezembro de 2011

Unidade da Estrutura Responsável CategoriaUnidade de Controlo e

Fiscalização

Unidade Comercial

Unidade de Centro de

SuporteTotal

Direcção Comercial de Particulares e Negócios António Araújo Administrador - 177 8 185

Direcção de Crédito Laide Martins Director Coordenador 10 - - 10

Direcção Financeira e Mercados Ana Machado Directora - - 11 11

Direcção Recursos Humanos Paula de Paula Subdirectora - - 5 5

Direcção de Património e Manutenção - - - - 51 51

Direcção de Contabilidade Renato Borges Subdirector - - 6 6

Direcção de Operações Francisco Ribeiro Director - - 9 9

Direcção de Marketing Tânia Melo Coordenadora - - 2 2

Direcção de Sistemas de Informação Nuno Marques Director Coordenador - - 8 8

Direcção de Grandes Empresas e Institucionais José Quintino Director - 6 - 6

Gabinete Jurídico Jandira Silva Chefe 1 - - 1

Gabinete de Planeamento, Orçamento e BSC Euriteca Rodrigues Subdirectora 1 - - 1

Gabinete de Auditoria e Compliance Carlos Ceita Director 6 - - 6

Gabinete de Segurança Física Manuel Carimba Chefe 2 - - 2

Total 20 183 100 303

Principais Acções Desenvolvidas

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Estrutura de Gestão

COMPOSIÇÃO DOS ÓRGÃOS SOCIAIS

Mesa da Assembleia Geral

Amílcar dos Santos Azevedo da Silva Presidente

Mário Henrique da Silva Mello Xavier Vice-Presidente

Teodoro Bastos de Almeida Secretário

Conselho de Administração

Rui Eduardo Leão da Costa Campos Presidente

João Cândido Soares de Moura Oliveira Fonseca Vice-Presidente

Maria João Gonçalves de Almeida Administradora

António Ferreira Araújo Administrador

José Eduardo da Silva Administrador

Luís Pereira Faceira Administrador (não executivo)

Helder Rodrigues Morais Administrador (não executivo)

Conselho Fiscal

Manuel Fernando Correia Victor Presidente

Bruno André da Silva e Cruz Inglês Vogal

Manuel João Carneiro Vogal

João Silva Suplente

Yolanda Marina Isaac Carneiro Suplente

Auditor Externo

Crowe Horwath (nomeado em Outubro de 2011)

Nota: Na sequência da realização da Assembleia Geral de 30 de Março de 2012, foram nomeados novos Órgãos Sociais. Para mais informações, consultar o portal institucional do Banco (www.bancokeve.ao)

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Estrutura de Gestão

MODELO DE GESTÃO

A estrutura de gestão é composta pelo Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Comissão de Remunerações, todos eleitos pela Assembleia Geral de Accionistas.

O Conselho de Administração poderá delegar a gestão corrente da Sociedade a alguns dos membros. Com a alteração dos Estatutos aprovados na última Assembleia Geral de Accionistas, o Conselho de Administração poderá delegar a gestão corrente a uma Comissão Executiva.

Os membros dos órgãos sociais são nomeados pela Assembleia Geral por um triénio, sem prejuízo da possibilidade da sua reeleição. Para cada mandato é aprovado pelos accionistas um plano de negócios cuja implementação é da responsabilidade do Conselho de Administração. O actual mandato decorre de 1 de Janeiro de 2010 a 31 de Dezembro de 2012, mantendo-se no entanto o Conselho de Administração em funções até à realização da Assembleia Geral anual.

A Assembleia Geral delega a fixação de remuneração dos órgãos sociais numa Comissão de Remunerações, que é designada em simultâneo com a nomeação dos membros dos órgãos sociais, da qual fazem parte três accionistas.

Na assembleia geral de 2011 foi aprovada a constituição de um órgão consultivo - o Conselho Geral - competindo-lhe o aconselhamento dos restantes órgãos sociais em quaisquer questões relevantes na vida e negócios da sociedade. O conselho é presidido pelo presidente da Mesa da Assembleia Geral e é um órgão não remunerado.

Estrutura Accionista

A distribuição da estrutura accionista por escalões de participação é apresentada na nota nº 20 às demonstrações financeiras. Os membros do conselho de administração possuem no seu todo 483.294 acções representativas de 9,67% do capital social.

Conselho de Administração

As atribuições e competências do conselho de administração encontram-se definidas no art.º 24 dos Estatutos, que incluem, entre outras:

iii. Propor à assembleia-geral as linhas de acção e os objectivos de médio e longo prazo;

iv. Definir as linhas de acção e objectivos de curto prazo;

v. Implementar as deliberações da Assembleia Geral;

vi. Exercer a gestão dos negócios da Sociedade;

vii. Elaborar os documentos previsionais e os respectivos relatórios de execução;

ConselhoConsultivo

AssembleiaGeral

ConselhoFiscal

Comissão deRemunerações Conselho de

AdministraçãoAuditorExterno

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Estrutura de Gestão

De acordo com os Estatutos, o Conselho de Administração pode ser composto por um mínimo de cinco e um máximo de nove membros, eleitos em Assembleia Geral de Accionistas por proposta destes. O actual conselho de administração é composto por cinco membros, sendo a gestão executiva do banco assegurada por três administradores, designados pelo próprio conselho.

Reuniões do Conselho de Administração

As reuniões do conselho de administração na qual participam os administradores não executivos são realizadas no mínimo trimestralmente, sendo a agenda definida pelo Presidente do Conselho de Administração. A agenda para cada reunião regular inclui, no mínimo, o seguinte:

• Uma actualização sobre a situação macroeconómica nacional e internacional e do ambiente concorrencial;

• Um relatório financeiro do Banco;

• Uma actualização sobre o Plano de Negócios, incluindo a comparação do desempenho do Banco face ao orçamento.

O Conselho de Administração tem um forte compromisso com a evolução de sua gestão, o que leva à adopção sistemática de iniciativas que a fortaleçam. Estas medidas incluem a estruturação de órgãos colegiados (comités) e aprimoramentos em relação à gestão de riscos. A administração e os comités são ainda apoiados por um vasto número de relatórios, com periodicidades pré-definidas, cobrindo quase todas as áreas operativas.

Auditor Externo

A auditoria externa é, a partir de 2011, assegurada pela Crowe Horwath. De acordo com a legislação em vigor (Aviso nº 4/2006 do BNA), os auditores externos não poderão permanecer por um período superior a quatro anos. O Banco segue uma política de garantir a independência e objectividade dos auditores externos. Por este motivo, todos os serviços que não sejam de auditoria são aprovados tendo em conta estes princípios e a disponibilidade de prestadores de serviço alternativos.

Supervisão e Funcionamento das Direcções

O organigrama do Banco é caracterizado por uma estrutura funcional e essencialmente plana. Esta estrutura permite simultaneamente uma clara segregação das funções de cada direcção e linhas de comunicação directas e rápidas quer entre as próprias direcções quer entre estas e a administração.

Organigrama (estrutura de topo)

* Em fase de implementação

Conselho deAdministração

Qualidadee Processos *

Auditoria Internae Compliance

Gestão de Reclamações

Recenseamentode clientes *

Planeamento,Orçamento, BsC

SegurançaFísica

Jurídico

Secretariado &Administrativo

Dir.Internacional

Dir.Sistemas

Informação

Dir. Com.GrandesEmpresas

e Instit.

Dir. Comercial

Part. e Negócios

Dir.Marketing

Dir.Operações

Dir.Crédito

Dir.Contabilidade

Dir.RecursosHumanos

Dir.Património eManutenção

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Estrutura de Gestão

Cada direcção dispõe de um conjunto de funções e atribuições bem definidas, que inclui a própria gestão dos sistemas de gestão da informação relacionados com a sua actividade. As principais decisões correntes de cada direcção são sempre tomadas por mais do que uma pessoa (normalmente, o director e o administrador do pelouro).

Para assegurar a coerência entre a estratégia e a gestão corrente, as direcções elaboram planos de actividade anuais que são analisados e aprovados pelo conselho de administração. As direcções apresentam ainda um conjunto de relatórios periódicos sistematizados para acompanhamento da sua actividade pelo conselho de administração.

O organigrama foi revisto em 2011 decorrente de exigências regulamentares e estratégia comercial tendo, esta última, implicado a separação da direcção comercial entre direcção de particulares e negócios e a direcção de grandes empresas e institucionais, e a maior segregação das funções da primeira (conforme explicado no capítulo das principais actividades desenvolvidas).

Comunicação Institucional

A comunicação com os accionistas é feita através da Assembleia Geral, cuja forma de funcionamento se encontra descrita nos artigos 14º a 22º dos Estatutos. A Assembleia Geral Ordinária é realizada no final de Março de cada ano.

A comunicação para o mercado em geral é feita através da publicação do Relatório e Contas anual. O Banco também divulga, no seu website, a síntese das contas trimestrais em forma de balancete conforme disposições do Aviso nº 15/07 do BNA de 12 de Setembro.

O Conselho de Administração tem uma política de divulgação anual do desempenho do Banco a todos os colaboradores. A divulgação é feita formalmente através de uma reunião anual com a direcção comercial, envolvendo os gerentes, e das reuniões trimestrais entre a administração e as direcções (Conselho de Direcção).

Código de Conduta

O Banco dispõe de um Código de Conduta que se aplica a todos os colaboradores, incluindo a administração. O Código foi alterado em 2008 tendo em vista a sua actualização e simplificação. A divulgação do Código é permanentemente feita nos encontros com a administração e todos os novos colaboradores têm que assinar um termo de compromisso que leram e entenderam o código.

O Código é suportado por uma robusta estrutura de ética por parte dos directores, para fornecerem apoio e facilitar a informação de incidentes. Para demonstrar externamente a elevada importância para o Banco, este Código encontra-se divulgado no website (www.bancokeve.ao).

Dentro dos vários aspectos referidos no Código, destaca-se o compromisso por parte da administração em assegurar o rigoroso cumprimento de toda a legislação relacionada com o sector bancário (na qual a legislação cambial e prudencial tem especial preponderância).

Responsabilidade Social

Neste ano de 2011, a política de responsabilidade social do Banco abrangeu acções nos domínios da saúde, educação, cultura, desporto e outras acções de caráter social.

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Estrutura de Gestão

Saúde

Em 2011, o Banco deu continuidade ao tema do VIH/SIDA, apoiando a 1ª Jornada científica, realizada em Luanda, promovida pelo Instituto Nacional de Luta contra o Sida com a participação de entidades angolanas e estrangeiras. Neste âmbito, também foi promovida uma acção pelos colaboradores do Banco com o objectivo de sensibilizar os clientes do Banco e toda a população que passou pelos balcões do Banco em 1 de Dezembro de 2011 (Dia Internacional da Luta contra o VIH/SIDA).

O Banco apoiou ainda alguns casos particulares de evacuação para tratamento de determinados cuidados patológicos.

Inclusão financeira

O Banco aderiu ao Programa de Educação Financeira levado a cabo pelo Banco Nacional de Angola, que promoveu dois produtos essencialmente orientados para a população não bancarizada: “Depósito Bankita” e “Poupança Bankita Crescer”18.

Em cerca de 3 meses de actividade (a campanha foi lançada em Setembro), o Banco conseguiu obter fortes resultados, uma vez que atingiu o 1º lugar no Ranking de abertura de contas Bankita, com 8.500 clientes até 31 de Dezembro de 2011.

O apoio consistiu ainda na disponibilização do tempo dos colaboradores na organização das acções de consciencialização junto da população de baixa renda e a inteira disponibilidade de toda a sua rede de balcões para o aumento do nível de bancarização.

O Banco também apoiou o workshop promovido pelo Comité de Especialidade dos Bancários sobre o tema da actualidade – “O Branqueamento de Capitais”.

Cultura

Em 2011, o Banco patrocinou diversas actividades, entre as quais o apoio às Festividades das cidades do Sumbe, Porto Amboim e Calulo.

Desporto

• Apoio ao Clube Recreativo do Libolo;

• XXI Campeonato Nacional de Ciclismo;

• Torneio de Pesca de Luanda;

• II Clinic Internacional de Treinadores de Basquetebol, atendendo às participações de Angola a nível Internacional;

• Comité Paraolímpico Angolano nas modalidades de Futebol com muletas e Basquetebol em cadeira de rodas.

Outras acções de âmbito social

• Apoio a associações na construção de casas sociais, colaborando com a Luta de Combate à Pobreza.

• Entrega de Alimentos ao Hospital Municipal, projecto realizado pelo Instituto Médio Agrário.

18O valor mínimo de abertura para o “Depósito Bankita” e “Poupança Bankita Crescer”, é de, respectivamente, 100 Kwanzas e 1.000 Kwanzas. 47

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Estrutura de Gestão

CONTROLO DOS RISCOS

A Organização da Gestão do Risco

A análise e controlo dos riscos são genericamente da competência das direcções e funções onde tais riscos são originados. O acompanhamento dos principais riscos é feito pelo conselho de administração com base em relatórios periódicos sistematizados para acompanhamento da actividade de cada função do Banco.

A análise e controlo dos riscos de mercado e liquidez são feitos no Comité diário de gestão do risco de liquidez. São ainda feitas reuniões mensais e trimestrais, para analisar os seguintes relatórios: 1) relatório financeiro (que inclui todos os rácios e limites prudenciais e a comparação com o orçamento); 2) relatório das taxas de juro; 3) relatório de tesouraria; 4) relatório do mercado cambial; 5) relatório dos indicadores do mercado financeiro de Angola (research).

A responsabilidade do reporte financeiro, incluindo o cálculo dos Fundos Próprios Regulamentares e a avaliação do cumprimento dos limites e rácios prudenciais, é da Direcção de contabilidade. O reporte financeiro tem a periodicidade mensal e trimestral. Para este efeito, utiliza um software específico para o controlo e análise da informação contabilística, tendo por objectivo controlar em termos de coerência e qualidade da informação do balancete enviada ao BNA, assim como permitir um conjunto de análises estruturadas sobre os dados do balancete e disponibilizar para análise do Banco de um conjunto de indicadores no âmbito das normas prudenciais.

Todas os principais indicadores de gestão do risco estão interligados com o processo orçamental, o que permite um elevado controlo do desempenho do Banco. O orçamento é desenvolvido por períodos mensais para o ano de referência, sendo ainda feita uma projecção de longo prazo, para os nove (9) anos subsequentes. A metodologia inclui o desenvolvimento de todos os rácios e limites prudenciais, com o máximo de detalhe, de forma a assegurar o correcto enquadramento do desenvolvimento da actividade do Banco face aos riscos envolvidos.

O Banco tem vindo a efectuar esforços permanentes no sentido de colmatar as principais deficiências de controlo interno, e tornar o processo mais robusto dotando igualmente a organização de estruturas de suporte que apoiem na salvaguarda do Sistema de Controlo Interno.

Neste sentido, em 2011, foi reforçada a função de Auditoria Interna e criada a função de Compliance, tendo esta sido incorporada no Gabinete de Auditoria Interna e Compliance. No final do ano estava ainda em curso a operacionalização desta nova função, dada a necessidade de dotar a área de recursos humanos qualificados. As competências desta área incluem igualmente a prevenção do branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo (AML/CFT). Por sua vez, as actividades da Auditoria Interna estiveram ainda muito focalizadas nas agências, mas foram criadas condições para, a partir de 2012, poder-se alargar o seu trabalho para as áreas dos serviços centrais identificadas como de maior risco.

No exercício de 2011, verificou-se ainda uma reorganização significativa da área de Recursos Humanos com a criação de uma estrutura global de regras e políticas, nas áreas dos benefícios, gestão de carreira, avaliação de desempenho e estrutura organizativa da área.

Adequação de capitais

Os Fundos Próprios Regulamentares (FPR) são constituídos por fundos próprios de base (maior qualidade) e complementares (menor qualidade), deduzidos de elementos negativos dos mesmos. As bases de cálculo encontram-se explicadas no enquadramento regulamentar, no quadro dos principais limites e rácios prudenciais em vigor em 31 de Dezembro de 2011.

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Estrutura de Gestão

Nesta data, o valor dos FPR foi de US$ 70,4 milhões, mantendo-se sensivelmente ao mesmo nível do ano anterior devido a dois efeitos de sinal contrário: por um lado, em termos negativos, (i) os critérios de cálculo dos FPR não serem os mesmos dos utilizados até 2010, tendo sido excluídas as Provisões para riscos gerais, (ii) o aumento dos valores de imobilizações incorpóreas em 2011 (100% dedutíveis aos FPR) e (iii) o efeito da variação cambial na apresentação dos FPR em US$; e, por outro lado, em termos positivos, o aumento dos resultados em 2011 face a 2010.

Rácio de Solvabilidade Regulamentar Dez-10 Dez-11

Milhões USD, excepto % Total de activos APR Total de

activos APR

Activos Ponderados pelo Risco

Com factor 0% 169,1 0,0 242,4 0,0

Com factor 20% 22,2 4,4 37,3 7,5

Com factor 30% - - 26,5 8,0

Com factor 50% 0,5 0,2 8,4 4,2

Com factor 60% - - 1,3 0,8

Com factor 100% 284,6 284,6 327,1 327,1

Com factor 130% - - 77,3 100,5

Risco de crédito 476,5 289,3 720,3 448,0

Risco de câmbio e ouro 65,8 49,8

Fundos Próprios Regulamentares

Base 68,6 70,4

Complementares 2,2 0,0

70,8 70,4

Rácio de solvabilidade

Nível I c/ (a+b) 19,3% 14,1%

Nível II d/ (a+b) 0,6% 0,0%

Rácio de solvabilidade 19,9% 14,2%

O Rácio de Solvabilidade Regulamentar (RSR) situou-se em 14,2% em Dezembro de 2011, representando uma diminuição de 5,7 pontos percentuais face a 2010. Esta diminuição resultou essencialmente, da entrada em vigor do Instrutivo nº 3/2011, que agravou a ponderação de grande parte dos activos denominados em moeda estrangeira.

Repartição dos riscos do RSR (denominador)

2011

Risco de câmbioe ouro 19%

Risco de câmbioe ouro 10%

Risco de crédito 81% Risco de crédito 90%

2010

49

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Estrutura de Gestão

Riscos de mercado

O Risco de Mercado resulta da variação no valor dos activos e passivos causada pelas incertezas das mudanças nos preços e taxas de mercado (taxas de juros, acções, taxas de câmbio e preços de commodities).

O risco da taxa de juro é acompanhado mensalmente com base em informação estatística. O risco cambial é acompanhado diariamente, com base num relatório contendo as exposições, assim como os limites regulamentares. O balanço por moeda é apresentado na nota nº 32 às demonstrações financeiras.

Relativamente ao risco cambial, e à semelhança do ano anterior, parte da carteira de crédito em moeda estrangeira foi convertida para moeda nacional, após concluídas negociações com os clientes, tendo em vista cumprimento dos limites de exposição cambial (ver limites no capítulo do Enquadramento regulamentar).

O Banco aplica uma metodologia de testes de resistência (stress tests) para os riscos de câmbio de taxa de juro. São estabelecidas as tendências e probabilidade de ocorrência dos cenários de alteração destas variáveis. Sobre o caso base, são desenvolvidos três cenários para cada variável. O impacto das alterações é medido sobre a exposição cambial, fundos próprios regulamentares, margem financeira, resultados em operações cambiais e resultados antes de impostos.

Risco de Crédito

O Risco de Crédito pode ser definido como uma medida de incerteza relacionada ao recebimento de um valor exigível.

O Banco procede à classificação de risco (rating) interno, baseado na análise do cliente, operação e garantias, assim como a sua revisão mensal, em função do número de dias de atraso e, periodicamente, em função de uma nova análise do risco.

As políticas contabilísticas relativas a crédito encontram-se explicada nota nº 2 às demonstrações financeiras.

O regulamento de crédito e de recuperação de crédito foram revistos em Dezembro de 2011 tendo em vista o seu aperfeiçoamento técnico.

O Banco dispõe de um modelo de definição do preço (pricing), que procura incluir todos os custos e encargos gerais. Estes incluem não só o custo do capital, mas também o custo da subscrição do crédito, os custos de gestão, bem como os prémios de risco de crédito. O modelo existente, que presentemente apenas é aplicado para as empresas, para créditos de valor mais elevado, e será sujeito a aperfeiçoamento uma vez que não ainda é suficiente para medir todos os componentes necessários.

34% 14%

66% 86%

2010 2011

Crédito por moeda

Moeda Estrangeira Moeda Nacional

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Estrutura de Gestão

A classificação e evolução do risco de crédito em 2011 são resumidas da seguinte forma:

Na análise da distribuição dos créditos por nível de risco, o nível C (Risco Reduzido) representa a maior parte do crédito, com 74,7% (2010: 71,6%), tendo no entanto aumentado o seu peso 3 pontos percentuais face a 2010.

A análise da distribuição da carteira de crédito por código da actividade sectorial (CAE), revela uma diminuição do peso do comércio de 44% (2010) para 30% (2011) e um aumento do peso da actividade de serviços de 16% (2010) para 26% (2011). O crédito concedido à agricultura, pescas, indústria e construção mantiveram sensivelmente o mesmo peso relativo do ano anterior.

Risco de Liquidez

O Risco de Liquidez ocorre quando as reservas e disponibilidades de uma instituição não são suficientes para honrar suas obrigações, ou seja, quando um descompasso no fluxo de caixa provoca incapacidade momentânea de liquidar os compromissos.

O acompanhamento e análise do risco de liquidez são feitos pelo Comité de Gestão Diária da Liquidez (conforme referido anteriormente). Este comité inclui os responsáveis pela banca comercial, crédito, operações e financeira, sendo este coordenado por um administrador. As reuniões têm uma duração limitada, a informação é pré-definida e distribuída antecipadamente, e as decisões são reflectidas numa acta que é distribuída a nível central pelos membros, principais colaboradores e administração.

74.7%

0.7% 0.6%

3.7%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Risco de crédito (Níveis)

2010

2011

A (0%)

B (1%)

C (3%)

D (10%)

E (20

%)

F (50%)

G (100%)

2010

Agricultura e Pescas 9%Indústria Extractiva 3%

IndústriasTransformadoras 6%

Construção 9%

Comércio 44%

TransporteArmazenagem e Comunicações 4%

Serviços 16%

Particulares 12%Outros 1%

2011

Agricultura e Pescas 8%Indústria Extractiva 3%

IndústriasTransformadoras 6%

Construção 9%

Comércio 30%TransporteArmazenagem e Comunicações 2%

Serviços 26%

Particulares 8%

Outros 6%

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Para suporte da tomada de decisões, é previamente distribuída informação pré-definida. A informação inclui, entre outros, um relatório diário contendo todas as operações, posições de liquidez actuais e projecções até cinco dias, o balanço e a demonstração dos resultados diária do Banco.

É política do Banco manter um rácio de transformação dos depósitos em crédito em níveis compatíveis com a estrutura dos depósitos, assim como aumentar a liquidez de longo prazo, medida pelo rácio entre os passivos com maturidade superior a 6 meses sobre o total dos passivos. Em 31 de Dezembro de 2011, este rácio de liquidez de longo prazo é de 1% para moeda nacional (2010: 6%) e 4% para moeda estrangeira (2010: 13%). De forma a concretizar este objectivo, o Banco tem vindo a negociar linhas de financiamento a médio e longo prazo com instituições financeiras, essencialmente no exterior.

Liquidez em Moeda Nacional

Milhões de US$ à vista até 3 meses

3 a 6 meses

6 meses a 1 ano

1 a 3 anos

3 a 5 anos

mais de 5 anos

Activos Total 178.797 105.989 88.099 48.572 40.772 21.708 22.167

Disponibilidades 131.547

Aplicações de liquidez 41.379

Títulos e valores mobiliários 62.519 12.533 5.338 11.937 20

Créditos 5.871 43.470 75.566 43.234 28.834 21.688 22.167

Passivos Total 234.715 206.353 10.846 839 0 5.447 0

Depósitos 232.670 206.353 10.846 839

Captações para liquidez

Captações com títulos e valores mobiliários

Obrigações no sistema de pagamentos 2.045

Outras captações 5.447

Mismatch -55.917 -100.364 77.254 47.733 40.772 16.260 22.167

Mismatch Acumulado 55.917 -44.447 32.807 80.540 121.312 137.572 159.740

Liquidez em Moeda Estrangeira

Milhões de US$ à vista até 3 meses

3 a 6 meses

6 meses a 1 ano

1 a 3 anos

3 a 5 anos

mais de 5 anos

Activos Total 44.830 12.509 5.664 3.805 8.806 3.748 9.354

Disponibilidades 30.997

Aplicações de liquidez 8.071 7.500

Títulos e valores mobiliários 3.000

Créditos 5.762 5.009 5.664 805 8.806 3.748 9.354

Passivos Total 45.635 28.425 17.734 543 0 3.328 3.305

Depósitos 45.635 19.521 17.734 543

Captações para liquidez

Captações com títulos e valores mobiliários

Obrigações no sistema de pagamentos

Outras captações 8.904 3.328 3.305

Mismatch -805 -15.916 -12.070 3.262 8.806 420 6.049

Mismatch Acumulado -805 -16.721 -28.791 -25.529 -16.723 -16.303 -10.254

Estrutura de Gestão

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Estrutura de Gestão

Risco Operacional

O Risco operacional representa a possibilidade de perda resultante de processos internos, pessoas e sistemas inadequados ou falhas, ou de eventos externos.

No que diz respeito aos riscos de segurança dos activos tangíveis e das pessoas, são realizadas auditorias às unidades principais e implementadas acções preventivas e correctivas dos riscos identificados. Regularmente, é reavaliada a cobertura financeira dos riscos seguráveis.

Em 2011, o Banco foi especialmente afectado por fraudes internas na área comercial, cujo prejuízo foi reflectido nas contas (Nota às contas nº 30). Em função destas, foram energeticamente reforçadas as medidas de controlo interno, desde a gestão dos recursos humanos até à abordagem da auditoria interna, tendo em vista a prevenção de futuras ocorrências. Também verificou-se a ocorrência pontual de falhas de comunicações, pouco usual para o Banco até então, que não tiveram impactos negativos significativos.

A conformidade com as leis é assegurada através de um acompanhamento permanente, directamente por parte do conselho de administração e, sempre que necessário, com o apoio especializado externo, de todo o quadro legal a que o Banco deve obedecer. Por outro lado, o Banco participa activamente na Associação Angolana de Bancos (ABANC), como coordenador do Grupo de Trabalhos criado para o acompanhamento técnico das matérias prudenciais, contabilísticas e fiscais. A presença do Banco neste grupo permite que as direcções do Banco estejam permanentemente informadas sobre as matérias em discussão, assim como antecipar a preparação da entrada em vigor das normas. Neste âmbito, são sempre feitos estudos sobre os impactos das alterações regulamentares no Banco.

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Enquadramento Regulamentar

Regulamentação relevante para o sector financeiro aprovada em 2011

Mês Dia Referência Medida

Janeiro 19 Decreto Presidencial nº 22/11 Aprova o Regulamento das Sociedades Cooperativas de Crédito.

28 Decreto Presidencial nº 28/11 Aprova o Regulamento das Sociedades de Micro-Crédito.

Fevereiro - - -

Março 11 Decreto Executivo nº 30/11 Procedimentos de abertura, movimentação e encerramento das contas do Sector Público Administrativo

29 Despacho nº 203/11 Autorização para o resgate antecipado de OT da modalidade OT-MN-IPC, emitidas com maturidade de 2 anos

31 Directiva nº 2/2011 Política cambial - Alteração dos procedimentos para a compra e venda de ME nas sessões do BNA.

Abril 12 Instrutivo nº 1/2011 Política cambial - Sessões de compra e venda de divisas (revoga Instrutivo nº 4/2010)

28 Decreto Presidencial nº 95/11 Aprova o regulamento da actividade das sociedades de cessão financeira («Factoring») e do Contrato de «Factoring».

28 Instrutivo nº 2/2011 Politica monetária – Reservas obrigatórias

Maio 26 Aviso nº 1/2011 Obrigações de identificação e diligência (Lei nº 12/10)

Junho 1 Aviso nº 2/2011 Protecção do consumidor de produtos e serviços financeiros

2 Aviso nº 3/2011 Prestação do serviço de remessas de valores

8 Aviso nº 4/2011 Classificação do crédito (revoga Aviso nº 4/09)

8 Instrutivo nº 3/2011 Rácio de Solvabilidade Regulamentar – Activos Ponderados pelo Risco (revoga Instrutivo nº 6/2009)

21 Instrutivo nº 4/2011 Política monetária – Tratamento das notas de Kwanzas com curso legal, perfuradas, cortas, partidas ou danificadas

29 Instrutivo nº 5/2011 Sociedades cooperativas de crédito – Rácio de Solvabilidade Regulamentar

29 Aviso nº 5/2011 Sociedades cooperativas de crédito - Regras prudenciais

Julho 13 Aviso nº 6/2011 Limite de imobilizado das instituições financeiras (revoga Aviso nº 7/2007

15 Aviso nº 7/2011 Sociedades de micro-crédito – Regras para a constituição e funcionamento

15 Aviso nº 8/2011 Sociedades cooperativas de crédito – Regras para a constituição e funcionamento

Agosto 1 Dec. Exec. Conj. nº 106/11 Regulamento do Programa de Promoção do Crédito Rural

17 Instrutivo nº 6/2011 Manual SPTR – Informação sobre transacções em M.E.

18 Instrutivo nº 7/2011 Mercado monetário interbancário - Operações em M.E.

Setembro 26 Dec. Pres. nº 253/11 Quadro conceptual das Reservas internacionais líquidas

30 Dec. Pres. nº 259/11 Regulamento de Crédito à habitação

Outubro 13 Aviso nº 9/2011 Regulamentação dos cartões de pagamento bancários

25 Aviso nº 10/2011 Politica monetária – Taxa básica de juro – Taxa BNA

20 Aviso nº 11/2011 Politica monetária – Operações de mercado aberto e de redesconto

20 Aviso nº 12/2011 Política monetária – Luanda Interbank Offered Rate (Luibor)

24 Aviso nº 13/2011 Política monetária – Código de conduta dos mercados

27 Dec. Pres. nº 273/11 Licenciamento da contratação de Serviços de Assistência Técnica Estrangeira ou de Gestão

Novembro 14 Dec. Pres. nº 265/11 Regime Jurídico das Contas Poupança-Habitação

23 Instrutivo nº 8/2011 Operações de Depósitos e Levantamentos de Kwanzas no BNA

Dezembro 12 Lei nº 34/11 Lei do Combate ao Branqueamento de Capitais e do Financiamento ao Terrorismo

19 Aviso nº 14/2011 Processo de Constituição e Funcionamento das Sociedades de Cessão Financeira (Factoring)

19 Aviso nº 15/2011 Contratos de cessão Financeira celebrados pelas Soc. de Cessão Fin. autorizadas pelo BNA

19 Aviso n º 16/2011 Normas prudenciais aplicáveis às Soc. de Locação Financeira (Leasing)

19 Aviso nº 17/2011Regras Prudências de Sociedades de Locação Financeira Sociedades de Locação Financeira - Regulamentação sobre o funcionamento das sociedades de Locação financeira (Leasing)

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Enquadramento Regulamentar

Principais limites e rácios prudenciais em vigor em 31 de Dezembro de 2011

Matérias Limites e Rácios

LIQUIDEZ

Reservas ObrigatóriasInstrutivo nº 3/10 de 4 de JunhoInstrutivo nº 2/11 de 28 de AbrilDirectiva nº 6/DSI/11 de 28 de Agosto

O coeficiente das reservas obrigatórias, com excepção dos depósitos do Governo Central, é de 20% sobre a base de incidência* em moeda nacional e 15% sobre a base de incidência* em moeda estrangeira. Pode ser deduzido à base de incidência:

• Até 25% da média aritmética semanal dos saldos diários finais de caixa em MN;

• Até 5% do valor dos desembolsos de créditos em MN concedidos no âmbito dos programas específicos dos sectores da Agricultura, Indústria e Habitação;

• Depósitos “Bankita”.

O coeficiente das reservas obrigatórias sobre os depósitos do Governo Central (MN e ME) é de 100% e sobre os depósitos do Governo Local em MN é de 50% de 0% em ME;

As reservas obrigatórias não são remuneradas.

As reservas são calculadas semanalmente sobre a média aritmética dos dias úteis da semana.

* A base de incidência inclui, de uma forma geral, todos os recursos captados de clientes (depósitos à ordem, a prazo, outros recursos de clientes) e obrigações próprias.

Rácio de Liquidez em ME O rácio foi revogado pelo Aviso nº 3/09 de 18 de Maio - Abertura e movimentação de contas por residentes e não residentes

Posição Cambial Não existem limites directos. Abrangido de forma indirecta pelo Limite de exposição cambial (Aviso nº 5/10 de 10 de Novembro).

CRÉDITO

Exposição máxima por clienteAviso nº 8/07 de 12 de Setembro

25% dos Fundos Próprios Regulamentares (FPR).O excesso deverá ser deduzido ao cálculo dos FPR.

Exposição máxima globalAviso nº 8/07 de 12 de Setembro

300% dos FPR para os 20 maiores devedores.

Crédito em moeda estrangeiraAviso nº 4/11 de 08 de Junho

Não é permitida a concessão de crédito em ME:

• Em quaisquer prazos, para as seguintes modalidades: assistência financeira de liquidez, incluindo, dentre outras, as contas correntes caucionadas; financiamento automóvel; empréstimo ao consumo e micro crédito;

• Adiantamentos a depositantes ou descobertos;• Outras modalidades de crédito financeiro com natureza de curto prazo (até

1 ano).

Provisões para Riscos Gerais de Crédito Não é permitida a sua constituição com a entrada em vigor do Aviso nº 9/07 (actual Aviso nº 4/11).

continua

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Enquadramento Regulamentar

continuação

Matérias Limites e Rácios

CRÉDITO

Provisões para Crédito Aviso nº 4/11 de 08 de Junho revoga Aviso nº 4/09 de 20 de Maio)

As provisões são constituídas a partir das datas de concessão do crédito, baseadas na classificação de risco do cliente, em função da análise da qualidade do cliente e da operação.

Risco Nível de riscoProvisão a ser constituida,

mínima

NuloMuito reduzidoReduzidoModeradoElevadoMuito elevadoPerda

ABCDEFG

0%1%3%

10%20%50%

100%

A classificação do crédito por níveis de risco deve ser revista:a) Anualmente, com base na qualidade do cliente e em relação à operação.b) Mensalmente, em função do atraso verificado no pagamento da prestação de

capital ou juros.

Dias de atraso Nível de risco, no mínimo

15 a 3030 a 6060 a 9090 a 150150 a 180

Superior a 180

BCDEFG

FUNDOS PRÓPRIOS

Capital Social MínimoAviso nº 4/07 de 12 de Setembro

600.000.000 Kz (equivalente a USD 8.000.000 na data de publicação do Aviso).

Valor Mínimo dos Fundos Próprios (art.º 75 da Lei nº 13/05 de 30 de Setembro e Aviso nº 4/07 de 12 de Setembro)

Igual ao capital social mínimo exigido.

Reserva legal(Art.º 327 da Lei nº 1/04 de 13 de Fevereiro e art.º 76º da Lei nº 13/05)

Reserva constituída pela atribuição de uma percentagem mínima do lucro líquido de cada exercício (20%) até que o saldo acumulado represente a totalidade do capital social.

continua

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Enquadramento Regulamentar

continuação

Matérias Limites e Rácios

FUNDOS PRÓPRIOS

Definição de Fundos Próprios Regulamentares (FPR) Aviso nº 5/07 de 12 de SetembroInstrutivo nº 3/11 de 8 de Junho (ver Nota 1)

FundosPrópriosde Base (FPB)

(Tier 1)

A somar Art.3.1.1

+ Capital + Reserva de actualização monetária do capital social + Lucros e prejuízos transitados + Reserva legal, reserva Especial e Outras Reservas + Resultado líquido do exercício em curso

a)b)

c)d)

e)

A deduzir Art.3.1.2

- Acções ou quotas próprias em tesouraria

- Não aplicável (Nota 1) - Empréstimos com natureza de capital - Imobilizações financeiras - Créditos tributários decorrentes de prejuízos fiscais

- Imobilizações incorpóreas - Outros valores a determinar pelo BNA

a)b)c)d)e)

f) e g)h)

FundosPrópriosComplementares

(Tier 2)≤ 100% FPB

A somar Art.3.2

Não aplicável (Nota 1) Não aplicável (Nota 1)

+ Reservas de reavaliação dos imóveis de uso próprio (2)

+ Dívidas subordinadas e instrumentos híbridos de capital (3)

+ Outros fundos

a)b)c)

d)

e)

Nota 1: Alteração introduzida pelo Instrutivo nº 3/11Limites dos Fundos Próprios Complementares (Art. 4):(1) 1,25% do APR (Activos ponderados pelo risco)(2) (1º) 25% dos FPB e (2º) ≤ 50% do seu valor(3) (1º) 50% dos FPB e (2º) 80% valor dív. 5 anos ant. venc.

Rácio de Solvabilidade Regulamentar (RSR)Aviso nº 5/07 de 12 de SetembroInstrutivo nº 3/11 de 8 de Junho (revoga Instrutivo nº 6/09 de 8 de Maio)Instrutivo nº 6/07 de 12 de Set.

FPRRSR = ≥ 10%

Risco de crédito + Risco de câmbio e ouro

10%

Actualização cambial Aviso nº 2/09 de 8 de Maio

As demonstrações financeiras devem considerar mensalmente os efeitos da modificação no poder de compra da moeda nacional, com base no Índice de Preços ao Consumidor (IPC), em caso de variação superior (inflação) a 100% nos últimos 3 (três) anos, mediante a correcção do valor contabilístico das contas de Imobilizações e dos Fundos Próprios.

continua

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Enquadramento Regulamentar

continuação

Matérias Limites e Rácios

RISCO CAMBIAL

Exposição CambialAviso nº 5/10 de 10 de NovembroDirectiva nº 3/DSI/11 de 1 de Abril

O cálculo da exposição cambial abrange todas as posições activas e passivas, incluindo as extra-patrimoniais, até ao limite de 30%, que resultem em responsabilidades constituídas ou indexadas à moeda estrangeira e ouro. O limite é de 20% dos FPR para as posições activas (longas) e para as posições passivas (curtas). O Aviso dispõe de um regime transitório para o cumprimento do novo limite (em % dos FPR):

Posição 31/12/10 30/06/11 31/12/11 30/06/12

Longa 70 50 30 20

Curta 40 30 20 20

IMOBILIZAÇÕES

Participação (directa ou indirecta) no Capital das empresasAviso nº 12/07 de 12 de Setembro

A regulamentação em vigor apenas define regras e condições para o estabelecimento de sucursais no estrangeiro e a aquisição directa ou indirecta de participações sociais em instituições financeiras ou similares, no País e no estrangeiro, fazendo depender o investimento de prévia autorização do Banco Nacional de Angola. As condições estabelecem que as instituições financeiras devem, entre outros:

a) estar em funcionamento, no mínimo, há três anos;

b) cumprir os limites operacionais estabelecidos na regulamentação em vigor;

c) cumprir os limites mínimos de capital social realizado e fundos próprios regulamentares, acrescidos do valor equivalente a 100% do capital social mínimo exigido para a constituição de um banco no País.

Aquisição e Posse de ImóveisArt.º 11 da Lei nº 13/05 de 30 de Setembro

Não podem ser adquiridos imóveis que não sejam indispensáveis à prossecução do seu objecto social, salvo as que resultarem do reembolso de créditos próprios, caso em que os imóveis devem ser alienados no prazo de 2 anos.

Rácio de ImobilizadoAviso nº 6/11 de 13 de Julho(revoga Aviso nº 7/07 de 12 de Setembro)

As aplicações líquidas em imobilizado corpóreo e incorpóreo (VB-AA) não podem exceder 100% dos FPR

Nota 1: Para efeitos de cálculo dos Fundos Próprios Regulamentares, o resultado líquido deve ser calculado à taxa nominal de imposto (35%), sem considerar quaisquer correcções de natureza fiscal.Siglas utilizadas:

MN – Moeda Nacional;ME – Moeda Estrangeira;FPR – Fundos Próprios Regulamentares;VB – Valor Bruto;AA – Amortizações Acumuladas.

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Perspectivas para 2012

Para o ano de 2012, o Banco irá manter as linhas estratégicas definidas em 2010, que consistem em adoptar um número de acções alinhadas com a ambição de reforço de posição competitiva nas áreas core e aumento da presença a nível nacional, de forma a restabelecer os níveis de rentabilidade em função dos sectores de actividade onde opera. O foco do Banco continuará a ser a banca comercial, privilegiando a proximidade com o cliente.

Desta forma, e conforme referido em 2011, o Banco pretende: (i) continuar a promover o crescimento da base de clientes, através da implementação de um conjunto de iniciativas comerciais e através de melhorias ao apoio ao cliente; (ii) alavancar a sua marca, através de uma política consistente de marketing e comunicação; (iii) continuar a reforçar o mecanismos de gestão do risco de crédito; (iv) esforçar-se em melhorar o seu desempenho operacional, através do aumento da eficiência e produtividade dos processos internos; (v) tornar-se a instituição de referência no sector em matéria de compliance; (v) continuar com o desenvolvimento de novos projectos que permitam manter uma oferta de produtos e serviços suficientemente alargada para atender ao mercado alvo; e (vi) aumentar o perfil de maturidade dos seus passivos. Tendo em conta os recentes desenvolvimentos em matéria legal e de regulação prudencial e comportamental, o Banco terá que, em 2012, dar ainda maior atenção, em particular, às (i) exigências de prevenção do branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo, (ii) estrutura e métodos de controlo interno, (iii) métodos de gestão e quantificação de riscos, e (iv) protecção dos direitos do cliente.

O Banco continua optimista quanto à evolução futura da economia e das oportunidades que esta lhe oferece para o desenvolvimento dos negócios. Por outro lado, a base sólida de Fundos Próprios Regulamentares, havendo a recuperação do crédito reestruturado e melhorando a gestão do risco de crédito, a capacidade demonstrada de geração de cashflows e o valioso capital humano de que já dispõe, permitem que o Banco tenha confiança na capacidade de alcançar e manter um crescimento rentável, ao mesmo tempo que reforça as suas posições de mercado, mantendo assim a confiança dos seus accionistas.

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Proposta de Aplicação de Resultados

Considerando as disposições legais e estatutárias, a necessidade de manter uma base sólida de fundos próprios para fazer face aos objectivos estratégicos do Banco, de crescimento sustentado, e as alterações de política monetária, o Conselho de Administração propõe a seguinte aplicação do resultado obtido no exercício de 2011, no valor de 658.506.787,57 Kwanzas:

Para Reserva Legal 20% 131.701.357,51 Kwanzas

Para Outras Reservas 37% 240.960.930,06 Kwanzas

Dividendos 43% 285.844.500,00 Kwanzas

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Agradecimentos

O Conselho de Administração gostaria de agradecer ao Conselho Fiscal o acompanhamento que fez ao longo de 2011. O Conselho de Administração gostaria ainda de prestar a sua gratidão às instituições financeiras e outros parceiros de negócio pelo seu envolvimento contínuo e a confiança demonstrada na organização. Finalmente, o Conselho de Administração gostaria de expressar a sua gratidão aos colaboradores pelo seu tempo e dedicação que demonstraram ao longo do ano.

Luanda, 14 de Março de 2012

Rui Eduardo Leão da Costa CamposPresidente

João Cândido Soares de Moura Oliveira FonsecaVice-Presidente

Maria João Gonçalves de AlmeidaAdministradora

António Ferreira AraújoAdministrador

José Eduardo SilvaAdministrador

Luís Pereira FaceiraAdministrador

Hélder Rodrigues MoraisAdministrador

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Demonstrações Financeiras

BALANÇO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010Valores expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e Dólares (USD)

Notas2011

AOA2010

AOA2011

USD2010USD

Activo

DISPONIBILIDADES 3 15.487.432 11.159.839 162.544 120.461

APLICAÇÕES DE LIQUIDEZ 4 5.426.312 6.288.775 56.950 67.882

Operações no Mercado Monetário Interbancário 4.415.735 6.288.775 46.344 67.882

Operações Compra Título Terceiros c/ Acordo Revenda 1.010.577 0 10.606 0

TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS 5 9.084.867 2.825.137 95.348 30.495

Mantidos para Negociação 7.053.378 858.864 74.027 9.271

Mantidos até o Vencimento 2.031.490 1.966.273 21.321 21.224

CRÉDITOS NO SISTEMA DE PAGAMENTOS 6 5.138 726 54 8

CRÉDITOS 7 24.510.463 18.728.474 257.243 202.157

Créditos 26.676.803 20.868.740 279.979 225.260

Provisão para créditos de Liquidação Duvidosa -2.166.340 -2.140.266 -22.736 -23.102

OUTROS VALORES 4.004.282 3.016.276 42.026 32.558

Outros valores de Natureza Fiscal 8 184.473 310.971 1.936 3.357

Outros Valores de Natureza Cível 9 2.216.934 1.884.250 23.267 20.339

Outros Valores de Natureza Administrativa 10 1.602.875 821.055 16.823 8.863

IMOBILIZAÇÕES 3.005.953 2.128.180 31.548 22.971

Imobilizações Financeiras 11 452.422 359.645 4.748 3.881

Imobilizações Corpóreas 12 1.821.877 1.213.633 19.121 13.100

Imobilizações Incorpóreas 13 731.654 554.902 7.679 5.990

61.524.447 44.147.407 645.712 476.532

Passivo

DEPÓSITOS 14 50.893.668 34.659.336 534.140 374.117

À ordem 26.378.658 18.216.017 276.850 196.625

A prazo 24.515.011 16.443.319 257.290 177.492

CAPTAÇÕES PARA LIQUIDEZ 15 0 75.010 0 810

Operações no Mercado Monetário Interbancário 0 0 0 0

Operação Venda Tít. de Terceiros c/ Acordo Recompra 0 75.010 0 810

OBRIGAÇÕES NO SISTEMA DE PAGAMENTOS 16 194.828 305.530 2.045 3.298

OPERAÇÕES CAMBIAIS 58.375 1.042 613 11

OUTRAS CAPTAÇÕES 17 1.999.386 1.660.187 20.984 17.920

Outras Captações Contratadas 1.999.386 1.660.187 20.984 17.920

OUTRAS OBRIGAÇÕES 18 255.832 113.461 2.685 1.225

PROVISÕES P/ RESPONSABILIDADES PROVÁVEIS 19 226.400 197.983 2.376 2.137

53.628.489 37.012.549 562.843 399.518

Fundos próprios 20

Capital 4.000.000 4.000.000 41.981 43.176

Reservas e Fundos 3.129.007 2.935.123 32.840 31.682

Resultados Potenciais 3.455 3.455 36 37

Resultados transitados 134.989 12.893 1.417 139

Resultados líquido 628.506 183.386 6.596 1.979

7.895.957 7.134.857 82.870 77.015

61.524.447 44.147.407 645.712 476.532

Rubricas extrapatrimoniais 21 2.963.573 -3.279.122 31.103 -35.395

As notas anexas fazem parte destas demonstrações financeiras.

62

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Demonstrações Financeiras

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010Valores expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e Dólares (USD)

Notas2011

AOA2010

AOA2011

USD2010USD

Margem financeira estrita 22 2.319.179 1.573.180 24.340 16.981

Proveitos de instrumentos financeiros activos 4.091.642 3.059.809 42.943 33.028

(-) Custos de instrumentos financeiros passivos 1.772.463 1.486.629 18.602 16.047

Resultado de negociação e ajuste ao valor justo 23 19.825 204.566 208 2.208

Resultados em operações cambiais 954.004 622.166 10.012 6.716

Resultado de prestação de serviços financeiros 1.134.761 726.294 11.910 7.840

(-) Provisões para créditos de liquidação duvidosa

e prestação garantias24 448.591 398.996 4.708 4.307

Resultado de Intermediação Financeira 3.979.178 2.727.209 41.762 29.438

(-) Custos administrativos e de comercialização 3.068.826 2.696.740 32.208 29.109

Pessoal 25 1.194.303 998.886 12.534 10.782Fornecimento de Terceiros 26 1.313.406 1.227.772 13.784 13.253

Impostos e Taxas não incidentes s/ Resultado 441 150 5 2

Penalidades Aplicadas por Autoridades Reguladoras 487 0 5 0

Outros Administrativos e de Comercialização 27 228.179 187.899 2.395 2.028Depreciações e Amortizações 28 332.010 282.033 3.485 3.044

(-) Provisões s/ Outros Valores e Resp. Prováveis 29 28.417 91.093 298 983

Resultados de Imobilizações Financeiras 27.808 462 292 5

Resultado Operacional 909.743 -60.162 9.548 -649

Resultado não operacional 30 -154.741 243.548 -1.624 2.629

Resultado antes dos impostos e outros encargos 755.002 183.386 7.924 1.979

(-) Encargos sobre o Resultado corrente 31 126.496 0 1.328 0

Resultado corrente líquido 628.506 183.386 6.596 1.979

Resultado do exercício 628.506 183.386 6.596 1.979

Nº de acções 5.000.000 5.000.000 5.000.000 5.000.000

Resultado por acção (AOA ou USD) 126 37 1,32 0,40

As notas anexas fazem parte destas demonstrações financeiras.

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Demonstrações Financeiras

DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011Valores expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e Dólares (USD)

2011AOA

2011USD

Fluxo de Caixa da Margem Financeira 2.884.469 30.273

Recebimentos Proveitos Instr. Fin. Activos 4.777.241 50.138

Receb. Proveitos Aplicações Liquidez 389.556 4.088

Receb. Proveitos Titulos e Valores Mobiliários 344.499 3.616

Receb. Proveitos Crédito 4.043.186 42.434

(-) Pagamentos Custos Inst. Financ. Passivos -1.892.772 -19.865

Pag. Custos Depósitos -1.875.937 -19.688

Pag. Custos Captações p/ Liquidez -6.469 -68

Pag. Custos Outras Captações -10.366 -109

Fluxo Caixa Result. Prestação Serviços Financ. 582.899 6.118

Fluxo Caixa Operacional Intermed. Financeira 3.467.368 36.391

Fluxo Caixa Res. Mercad. Produtos Outros Serv. 0 0

Receb. e Pag. Outros Prov. e Custos Operacionais -11.789.272 -123.731

(-) Pag. Custos Administrativos Comercialização -937.326 -9.837

(-) Pag. Outros Encargos s/ Resultado 0 0

Fluxo Caixa Liquid. Oper. Sistema Pagamentos -10.851.946 -113.894

Fluxo Caixa das Operações -8.321.904 -87.340

Fluxo Caixa Invest. Intermediação Financeira 22.020.368 231.109

Fluxo Caixa Invest. Aplicações Liquidez 1.829.246 19.198

Fluxo Caixa Invest. Tit. Val. Mobil. Activos 6.197.113 65.040

Fluxo Caixa Invest. Operações Cambiais 10.116.156 106.171

Fluxo Caixa Invest. Créditos 3.877.853 40.699

Fluxo Caixa Investimentos Outros Valores 0 0

Fluxo Caixa Imobilizações 0 0

Fluxo Caixa Investimentos 22.020.368 231.109

Fluxo Caixa Financ. Intermediação Financeira -9.370.872 -98.349

Fluxo Caixa Financ. Depósitos -17.604.547 -184.764

Fluxo Caixa Financ. Captações Liquidez -201.350 -2.113

Fluxo Caixa Financ. Operações Cambiais 8.435.026 88.527

Fluxo Caixa Financiamentos c/ Minoritários 0 0

Fluxo Caixa Financiamentos c/ Fundos Próprios 0 0

Fluxo Caixa Financiamentos Outras Obrigações 0 0

Fluxo Caixa Financiamentos -9.370.872 -98.349

SALDO EM DISPONIBILIDADE NO INICIO DO PERIODO 11.159.839 120.461

SALDO EM DISPONIBILIDADE NO FINAL DO PERIODO 15.487.432 162.544

VARIAÇÃO CAMBIAL - 3.336

VARIAÇÃO EM DISPONIBILIDADE 4.327.592 45.419

As notas anexas fazem parte destas demonstrações financeiras.

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Demonstrações Financeiras

DEMONSTRAÇÃO DE MUTAÇÕES NOS FUNDOS PRÓPRIOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010Valores expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e Dólares (USD)

AOACapital

Social Reservas ResultadosPotenciais

ResultadosTransitados

ResultadoLíquido Total

SALDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 4.000.000 1.765.019 3.455 12.893 1.170.104 6.951.471

Aplicação do Resultado de 2009 0 1.170.104 0 0 -1.170.104 0

Resultado do exercicio 0 0 0 0 183.386 183.386

SALDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 4.000.000 2.935.123 3.455 12.893 183.386 7.134.857

Aplicação do Resultado de 2010 0 183.386 0 0 -183.386 0

Aplicação do Método de Equivalência Patrimonial 0 10.498 0 122.096 0 132.594

Resultado do exercicio 0 0 0 0 628.506 628.506

SALDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 4.000.000 3.129.007 3.455 134.989 628.506 7.895.957

USDCapital

Social ReservasResultadosPotenciais

ResultadosTransitados

ResultadoLíquido Total

SALDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 43.176 19.052 37 139 12.630 75.035

Aplicação do Resultado de 2009 0 12.630 0 0 -12.630 0

Resultado do exercicio 0 0 0 0 1.979 1.979

SALDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 43.176 31.682 37 139 1.979 77.015

Aplicação do Resultado de 2010 0 1.979 0 0 -1.979 0

Aplicação do Método de Equivalência Patrimonial 0 110 0 1.281 0 1.392

Resultado do exercicio 0 0 0 0 6.596 6.596

Variação cambial -1.195 -932 -1 -4 0 -2.132

SALDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 41.981 32.840 36 1.417 6.596 82.870

As notas anexas fazem parte destas demonstrações financeiras.

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Demonstrações Financeiras

NOTAS ÀS CONTAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010Valores expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e Dólares (USD)

1. ACTIVIDADE

O Banco Regional do Keve, S. A. é um Banco de capitais privados com sede no Sumbe, Kwanza Sul. Foi constituído em 19 de Setembro de 2003. A actividade comercial foi iniciada no dia 1 de Outubro de 2003. Por escritura pública de Dezembro de 2007, o Banco adoptou a abreviatura comercial «Banco Keve».

O objecto da sociedade é o exercício da actividade bancária nos termos permitidos por lei, que inclui a obtenção de recursos de terceiros sob a forma de depósitos ou outros, os quais aplica, juntamente com os seus recursos próprios, na concessão de empréstimos, depósitos no Banco Nacional de Angola (BNA), aplicações em instituições de crédito, aquisição de títulos e em outros activos. Presta ainda outros serviços bancários e realiza diversos tipos de operações em moeda estrangeira.

O Banco foi constituído com um capital de 456.000.000 AOA (equivalente ao contravalor de 5.700.000 USD), representado por 570.000 acções nominativas de oitocentos de Kwanzas cada, tendo sido integralmente subscrito e realizado em dinheiro.

Em 2006, o Banco registou um aumento do capital para 800.000.000 AOA (equivalente a 10.000.000 USD) sendo a importância do aumento de 344.000.000 AOA, integralmente realizados em dinheiro, passando a estar representado por 1.000.000 acções nominativas de oitocentos kwanzas cada.

Em 2007, o Banco registou um aumento de capital para 4.000.000.000 AOA (equivalente a 50.000.000 USD) sendo 2.400.000.000 AOA por entrada em numerário e 800.000.000 AOA por incorporação de reservas, passando a estar representado por 5.000.000 acções nominativas de oitocentos Kwanzas cada.

2. BASE DE APRESENTAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com as políticas estabelecidas no Plano de Contas das Instituições Financeiras (CONTIF), conforme definido no Instrutivo nº 09/07, de 30 de Abril, do BNA e actualizações subsequentes.

Com a implementação do CONTIF em 2010, o BNA teve por objectivo convergir os procedimentos contabilísticos estabelecidos para as instituições financeiras com as normas internacionais de contabilidade (IFRS – International Financial Reporting Standards) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB).

As demonstrações financeiras foram convertidas para dólares para efeitos meramente informativos, não representando uma transposição dos valores conforme definido na Norma Internacional de Contabilidade nº 21. No processo de conversão foi utilizada a taxa de referência publicada pelo BNA em 31 de Dezembro:

2010 1 USD = 92,6430 AOA

2011 1 USD = 95,2815 AOA

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Demonstrações Financeiras

As políticas contabilísticas que se seguem são aplicáveis às demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2011:

a) Especialização dos exercícios

Os custos e os proveitos são registados no exercício a que respeitam, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento, de acordo com o princípio da especialização do exercício.

b) Activos e passivos

São apresentados pelos valores de realização e/ou exigibilidade, incluindo os rendimentos, encargos e variações monetárias ou cambiais auferidos e/ou incorridos até à data do balanço, calculados “pro rata” dia e, quando aplicável, o efeito dos ajustamentos para reduzir o custo de activos ao seu valor de mercado ou de realização.

c) Operações em moeda estrangeira

As operações em moeda estrangeira são registadas de acordo com os princípios do sistema “multi-currency”, sendo cada operação registada exclusivamente em função das respectivas moedas. Este método prevê que todos os saldos expressos em moeda estrangeira sejam convertidos para Kwanzas com base na taxa média de referência publicada pelo BNA.

Na data da sua contratação, as compras e vendas de moeda estrangeira à vista e a prazo são imediatamente registadas na posição cambial. Sempre que estas operações conduzam a variações dos saldos líquidos das diferentes moedas, há lugar à movimentação das contas de posição cambial, à vista ou a prazo, cujo conteúdo e critério de reavaliação são como se segue:

• Notas e moedas estrangeiras – As notas e moedas estrangeiras são reavaliadas mensalmente com base nas taxas médias de referência do BNA. As diferenças são registadas como custos ou proveitos do exercício.

• Posição cambial à vista – A posição cambial à vista em cada moeda é dada pelo saldo líquido dos activos e passivos dessa moeda. A posição cambial à vista é reavaliada diariamente com base na taxa média de referência do BNA, dando origem à movimentação da conta de posição cambial (contravalor em moeda nacional), por contrapartida de custos ou proveitos.

• Posição cambial a prazo – Os contratos relativos a estas operações são reavaliados às taxas de câmbio a prazo do mercado ou, na sua ausência, através do seu cálculo com base nas taxas de juro aplicáveis ao prazo residual de cada operação.

A diferença entre os valores em Kwanzas às taxas de reavaliação a prazo aplicadas e os contravalores em Kwanzas à taxa contratada representa o proveito ou o custo da reavaliação da posição a prazo, sendo registada em contas de proveitos ou custos em diferenças de reavaliação da posição cambial a prazo, por contrapartida de uma conta de especialização de Reavaliação da posição cambial a prazo.

d) Títulos e valores mobiliários

Estes são registados em três categorias, em função da sua finalidade, nomeadamente:

• Títulos para negociação – Os adquiridos com o propósito de serem activa e frequentemente negociados, ajustados pelo valor de mercado considerando-se a valorização ou a desvalorização em contrapartida do resultado do período;

NOTAS ÀS CONTAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010Valores expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e Dólares (USD)

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Demonstrações Financeiras

• Títulos disponíveis para venda – Os adquiridos com o propósito de serem eventualmente negociados, ajustados pelo valor de mercado, considerando-se a valorização ou a desvalorização em contrapartida da conta específica de fundos próprios devendo ser transferidos para o resultado do período somente quando de sua venda definitiva;

• Títulos mantidos até ao vencimento – Os adquiridos para os quais haja intenção e capacidade financeira de mantê-los em carteira até o vencimento, devendo ser registados pelo custo de aquisição, reconhecendo-se eventuais lucros ou prejuízos apurados na data do resgate pela diferença entre o preço de resgate e o seu valor contabilístico.

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2011, e tendo em conta que a carteira era apenas composta de títulos públicos, tendo sido considerado o valor de mercado com base nos preços divulgados pelo BNA.

Os títulos e valores mobiliários, são classificados em ordem crescente de riscos, observados os mesmos critérios definidos nas normas de crédito descritas na alínea f) da nota 2.

Os títulos entregues por terceiros, que se encontram sob custódia do Banco, são registados pelo valor nominal em conta extra-patrimonial e observam os critérios de inventário geral obrigatório.

e) Operações de crédito

Os créditos são activos financeiros e devem ser registados pelos valores contratados, quando originados na própria instituição financeira, ou pelos valores pagos, quando adquiridos de outros, com as respectivas actualizações previstas nos contratos. Não é permitido o reconhecimento no resultado do período de proveitos e de custos de qualquer natureza relativos aos créditos que apresentem atraso superior a 60 dias, no pagamento da parcela do capital ou juros.

f) Provisões para riscos de crédito

As provisões para operações de crédito são fundamentadas nas análises das operações de crédito em aberto (vencidas e vincendas) em montante considerado suficiente para cobertura de eventuais perdas de acordo com o regulamento de crédito, atendidas as normas estabelecidas pelo Aviso nº 4/11 de 8 de Junho, do BNA, entre as quais se destacam:

• As provisões são constituídas a partir da concessão do crédito, baseadas na classificação de risco do cliente, em função da análise periódica da qualidade do cliente e da operação e não apenas quando da ocorrência de atrasos no pagamento da prestação de capital ou juros:

Risco Nível de Risco Dias de atraso Provisão mínimaa ser constituída

Nulo A Até 15 dias 0%Muito reduzido B 15 a 30 1%Reduzido C 30 a 60 3%Moderado D 60 a 90 10%Elevado E 90 a 150 20%Muito elevado F 150 a 180 50%Perda G Superior a 180 100%

• Devem ser transferidos para uma conta extra-patrimonial específica (“write-offs”), com o correspondente débito em provisão, após decorridos seis (6) meses da sua classificação nesse nível de risco, desde que apresente atraso superior a 180 dias, não sendo aceite a transferência em período inferior.

NOTAS ÀS CONTAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010Valores expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e Dólares (USD)

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Demonstrações Financeiras

g) Actualização monetária

Com vista à manutenção do valor dos elementos patrimoniais, as instituições financeiras devem, em caso de existência de variação superior a 100% nos últimos 3 anos, actualizar o valor contabilístico do Activo imobilizado e dos Fundos próprios, com base no Índice de Preços ao Consumidor (IPC):

• A variação nas contas do Activo imobilizado e dos Fundos próprios deve ser acrescida aos respectivos saldos, com excepção da conta de Capital social, que deve ser classificada em conta específica de reserva.

• As contrapartidas dos ajustes da actualização monetária devem ser registadas nas contas de resultados. A conta específica de reserva somente poderá ser utilizada para aumento do Capital social.

O Banco não procedeu à actualização monetária no exercício de 2011 em virtude da variação anual do IPC nos últimos 3 anos ter sido inferior a 16%.

h) Imobilizações corpóreas

O imobilizado corpóreo adquirido está valorizado ao custo de aquisição. As amortizações são calculadas pelo método das quotas constantes, em regime de duodécimos a partir do mês de aquisição do bem, aplicando-se as taxas anuais máximas permitidas para efeitos fiscais, de acordo com os seguintes períodos, que não diferem substancialmente da vida útil esperada:

Rubrica Número de anosImóveis de serviço próprio 50Equipamento de transporte 4Mobiliário e material 10Máquinas e ferramentas 5 a 10Equipamento informático 6Instalações interiores 5 a 12Equipamento e segurança 6Outro equipamento 4 a 6

i) Imobilizações incorpóreas

As imobilizações incorpóreas são valorizadas ao custo de aquisição sendo amortizados segundo o método de quotas constantes a partir do mês em que são adquiridos, pelos seguintes períodos:

Rubrica Número de anosDespesas de constituição, Custos plurianuais e Custos com aquisiçãode software

3

Beneficiações em edifícios arrendados 5 a 10

j) Imobilizações financeiras

O Banco aplicou pela 1ª vez o Método de Equivalência Patrimonial na valorização das suas imobilizações financeiras. Tal como está previsto no Contif, quando as participações financeiras societárias sejam relevantes e o Banco tenha influência na sua administração, ou quando a percentagem de participação, directa ou indirectamente, representar 20% ou mais do capital votante da participada.

NOTAS ÀS CONTAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010.Valores expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e Dólares (USD)

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Demonstrações Financeiras

As participações em outras sociedades em que o Método da Equivalência Patrimonial não é aplicável, encontram-se registadas ao custo de aquisição. Sempre que se estimem perdas permanentes no seu valor de realização, são constituídas as respetivas provisões para perdas em igual valor ao montante das participações.

No exercício findo a 31 de Dezembro de 2011, o Banco Keve tem as suas imobilizações financeiras valorizadas pelo seguinte método:

% de Participação Método de valorizaçãoParticipações em equiparadas e coligadas

Global Seguros 30,00% Equivalência patrimonial

Participações em outras sociedadesEMIS - Empresa Interbancária de Serviços 2,88% Custo de aquisiçãoSagripek 5,00% Custo de aquisiçãoGestcall - Gestão e Serviços de Atendimento 15,00% Custo de aquisiçãoBVDA - Bolsa de Valores e Derivados de Angola 1,00% Custo de aquisição

k) Despesas com custos diferidos

Incluem pagamentos a fornecedores liquidados antecipadamente para períodos entre seis meses e um ano, sendo imputados mensalmente às contas de custos correspondentes.

l) Pensões de reforma e sobrevivência

O plano de pensões do Banco foi criado no âmbito do Acordo Colectivo de Trabalho para o sector bancário em Angola, assinado em 2003, o qual deixa pendente, para uma adenda futura, matérias relacionadas com a criação de um regime de fundo de pensões de reforma e de sobrevivência complementar ao sistema de Segurança Social obrigatório.

A política contabilística adoptada para o registo e relato do referido plano de benefícios de reforma foi a preconizada pela Norma Internacional de Contabilidade nº 19 (IAS 19). Não foi ainda constituído um fundo para a gestão do plano. A avaliação actuarial das responsabilidades com pensões de reforma por velhice e sobrevivência foram determinadas pelo método de crédito das unidades projectadas (“Project unit credit”).

As principais premissas adoptadas no cálculo foram as seguintes:

Modalidade Premissas

Tabelas

Tabela de Mortalidade Pop. Feminina ANGV-Male 100,00% Tabela de Mortalidade Pop. Masculina ANGV-Male 100,00% Tabela de Invalidez EKV80 100,00%

Taxas

Taxa de Rendimento do Fundo 15,00% Taxa de Crescimento Salarial 13,00%Taxa de Actualização das Pensões 15,00% Taxa de Crescimento das Pensões 13,00%

Dados Gerais

Idade Normal da Reforma 60 anos idade ou 35 TSP Número de Pagamentos do Benefício 12

NOTAS ÀS CONTAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010.Valores expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e Dólares (USD)

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Demonstrações Financeiras

m) Impostos sobre lucros

O Banco está sujeito ao regime fiscal sendo considerado fiscalmente um contribuinte do Grupo A. O imposto industrial do exercício é determinado com base na taxa de 35% (Lei nº 5/99 de 6 de Agosto) sobre o valor total dos resultados antes de impostos, apurados no período e expressos na demonstração de resultados, acrescido dos custos fiscalmente não aceites e deduzidos de benefícios fiscais obtidos, conforme legislação aplicável (Notas 18 e 31).

Os proveitos dos títulos da dívida pública emitidos pelo Estado Angolano, gozam de isenção fiscal de acordo com os Decretos nºs 51/03 e 52/03 de 8 de Julho. Tal facto é complementado pelo disposto na alínea c) do número 1 do Artigo 23º do Código do Imposto Industrial.

De acordo com a legislação, as declarações para impostos sobre lucros e outros impostos podem ser sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais nos cincos anos subsequentes ao exercício a que respeitam (10 anos para a Segurança Social). O Conselho de Administração entende que eventuais correcções que possam resultar dessas revisões não serão significativas para as demonstrações financeiras anexas.

3. DISPONIBILIDADES

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, esta rubrica tem a seguinte composição:

2011AOA

2010AOA

2011USD

2010USD

Caixa

Notas e moedas nacionais 2.399.291 2.435.290 25.181 26.287Notas e moeda estrangeiras 527.082 284.792 5.532 3.074Operações a regularizar 326.486 15.860 3.427 171Fundos de Maneio 46.272 53.354 486 576

3.299.132 2.789.297 34.625 30.108

Disponibilidades no Banco Central

Moeda nacional 9.458.739 6.115.472 99.272 66.011Moeda estrangeira 1.381.582 1.574.931 14.500 17.000

10.840.321 7.690.403 113.772 83.011

Disponibilidades em Instituições Financeiras

Cheques a cobrar - No País 303.197 46.222 3.182 499Disponibilidades s/ Instituições Crédito no Estrangeiro 1.044.782 633.917 10.965 6.843

Montepio Geral 30.085 46.629 316 503First National Bank 253.935 42.300 2.665 457Banque Commerce Et Placements 22.576 6.019 237 65Banco Português de Negócios 16.530 41.191 173 445Byblos Bank Europe S.A 319.358 169.292 3.352 1.827Commerzbank 301.424 303.183 3.164 3.273Commerzbank-Serviço MoneyGram 76.225 0 800 0BAI-Europa 24.649 25.304 259 273

1.347.979 680.139 14.147 7.342

15.487.432 11.159.839 162.544 120.461

À data de 31 de Dezembro de 2011, o saldo de Depósitos à ordem no Banco Central inclui os montantes de 7.235.815 milhares de Kwanzas em MN e 1.185.572 milhares de Kwanzas em ME relacionados com as Reservas obrigatórias. Em 2010, o montante era de 4.788.967 milhares de Kwanzas em MN e 1.409.986 milhares de Kwanzas em ME. Estes depósitos não são remunerados.

NOTAS ÀS CONTAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010Valores expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e Dólares (USD)

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Demonstrações Financeiras

De acordo com o Instrutivo nº 03/10 de 4 de Junho, o cumprimento das reservas obrigatórias é obrigatoriamente feito na moeda de captação. O coeficiente aplicado sobre a base de incidência em MN foi de 25% até 3 de Abril de 2011, tendo sido alterado nesta data para 20% com a entrada em vigor do Instrutivo nº 02/2011 de 28 Abril. O coeficiente sobre a base de incidência em ME manteve-se em 15%. Pode ser deduzido à base de incidência:

• Até 25% da média aritmética semanal dos saldos diários finais de caixa em MN;

• Até 5% do valor dos desembolsos de créditos em MN concedidos no âmbito dos programas específicos dos sectores da Agricultura, Indústria e Habitação;

• Depósitos “Bankita” .

O coeficiente das reservas obrigatórias sobre os depósitos do Governo Central (MN e ME) manteve-se em 100% e sobre os depósitos do Governo Local em MN é de 50% e 0% em ME.

A rubrica Cheques a cobrar no País respeitam a valores em moeda nacional a aguardar pelo serviço de compensação no dia útil seguinte. A rubrica Depósitos à ordem no estrangeiro engloba os saldos das contas junto dos bancos correspondentes inserindo-se estes montantes na gestão da actividade corrente do Banco.

A rubrica Operações a regularizar referem-se a:

• Cheques a devolver à compensação;

• Cheques depositados aguardando pelo serviço de compensação nas Províncias1;

• Valores em trânsito referente a selos de circulação não vendidos2.

4. APLICAÇÕES DE LIQUIDEZ

Esta rubrica corresponde a aplicações de curto prazo no mercado monetário e em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 tem a seguinte composição:

2011AOA

2010AOA

2011USD

2010USD

Operações no Mercado Monetário Interbancário - MN

Mercado Monetário Interbancário 2.930.001 4.400.000 30.751 47.494Proveitos a receber 2.087 6.510 22 70

Aplicações em Instituições de Crédito no Estrangeiro

Depósitos a prazo 1.483.180 1.881.779 15.566 20.312Proveitos a receber 467 487 5 5

Operações Compra Título Terceiros c/ Acordo Revenda

Títulos da Dívida Pública-MN 1.008.415 0 10.584 0Proveitos a receber 2.162 0 23 0

5.426.312 6.288.775 56.950 67.882

NOTAS ÀS CONTAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010Valores expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e Dólares (USD)

1 Províncias onde ainda não existem Praça de compensação.2 Provenientes maioritariamente das províncias. 72

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Demonstrações Financeiras

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, as Aplicações venciam juros às seguintes taxas médias :

Taxa de juro2011 2010

Em Moeda Nacional 7,18 18,00Em Moeda Estrangeira 0,68 0,38

5. TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, esta rubrica tem a seguinte composição:

5.1 Por categorias

2011AOA

2010AOA

2011USD

2010USD

Títulos mantidos para negociação

Bilhetes do tesouro – MN 1.709.433 67.517 17.941 729Proveitos a receber 71.868 1.032 754 11Títulos do Banco Central – MN 5.237.254 701.982 54.966 7.578Proveitos a receber 34.822 88.333 365 953

7.053.378 858.864 74.027 9.271

Títulos mantidos até o vencimento

Obrigações do Tesouro – MN 1.392.468 1.333.440 14.614 14.393Proveitos a receber 353.177 353.526 3.707 3.816Obrigações do Tesouro – ME 285.845 277.929 3.000 3.000Proveitos a receber 0 1.378 0 15

2.031.490 1.966.273 21.321 21.224

9.084.867 2.825.137 95.348 30.495

A rubrica das Obrigações do Tesouro - MN inclui as seguintes emissões:

• Obrigações indexadas à variação cambial (OTMN-TXC) relativas à Dívida Pública Directa, adquiridas a clientes, no valor de 1.729.644 milhares de Kwanzas;

• As Obrigações do Tesouro - ME referem-se à emissão no âmbito do Programa de Reconstrução Nacional.

NOTAS ÀS CONTAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010Valores expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e Dólares (USD)

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Demonstrações Financeiras

5.2 Por Prazo Residual de Vencimento

2011AOA

2010AOA

2011USD

2010USD

Em moeda nacional:

Até três meses 5.736.165 934.436 60.202 10.086De três meses a seis meses 1.194.169 927.811 12.533 10.016De seis meses a um ano 508.652 2.317 5.338 25De um a três anos 1.137.403 583.558 11.937 6.299De três a cinco anos 1.907 8.343 20 90Proveitos a receber 220.727 89.365 2.317 964

8.799.023 2.545.830 92.348 27.480

Em moeda estrangeira:De seis meses a um ano 285.845 277.929 3.000 3.000Proveitos a receber 0 1.378 0 15

285.845 279.307 3.000 3.015

9.084.867 2.825.137 95.348 30.495

Em 2011 e 2010, os Títulos e Valores Mobiliários foram remunerados como se segue:

Taxa de juro2011 2010

Títulos mantidos para negociação

Bilhetes do Tesouro 8,49% 22,7%Títulos do Banco Central 6,72% 9,6%

Títulos mantidos até o vencimento

OT´s MN- Indexadas ao USD 4,0% 4,0%OT´s MN - Indexadas ao IPC - 2,0%OT´s ME 3,8 3,8%

OT´s = Obrigações do Tesouro

IPC = Índice de Preços ao Consumidor

6. CRÉDITOS NO SISTEMA DE PAGAMENTOS

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, esta rubrica tem a seguinte composição:

2011AOA

2010AOA

2011USD

2010USD

Devedores por Operações Pendentes de Liquidação 4.956 726 52 8Relações com correspondentes 182 0 2 0

5.138 726 54 8

As operações pendentes de liquidação referem-se a cheques depositados que foram compensados em Janeiro 2012.

NOTAS ÀS CONTAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010Valores expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e Dólares (USD)

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Demonstrações Financeiras

7. CRÉDITOS

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, esta rubrica tem a seguinte composição:

7.1 Por Código Sectorial

2011AOA

2010AOA

2011USD

2010USD

Crédito vincendo

Sector Público Empresarial 577.076 576.500 6.057 6.223Empresas 22.635.571 16.647.148 237.565 179.691Particulares 1.872.195 987.248 19.649 10.656Proveitos a receber 483.524 157.417 5.075 1.699

25.568.366 18.368.313 268.346 198.270

Crédito vencido

Sector Público Empresarial 121.640 105.335 1.277 1.137Empresas 844.981 1.921.428 8.868 20.740Particulares 121.244 456.915 1.272 4.932Proveitos a receber 20.572 16.749 216 181

1.108.437 2.500.427 11.633 26.990

Total de crédito 26.676.803 20.868.740 279.979 225.260

Provisões

Crédito de Liquidação Duvidosa 2.044.948 1.938.702 21.462 20.927Prestação de Garantias 121.392 201.564 1.274 2.176

2.166.340 2.140.266 22.736 23.102

24.510.463 18.728.474 257.243 202.157

Em 31 de Dezembro de 2011, o crédito concedido a Clientes vencia juros à taxa média anual de 16,9% (2010: 15,7%) para o crédito concedido em moeda nacional e de 8,6% (2010: 9,6%) para o crédito concedido em moeda estrangeira, respectivamente.

No período findo em 31 de Dezembro de 2011, e de acordo com o estipulado no Aviso nº 08/07, de 12 de Setembro, o maior devedor do banco representava mais de 25% dos Fundos Próprios Regulamentares, sendo este o limite máximo de exposição por cliente a ser observado pelas instituições financeiras na concessão de crédito e prestação de garantias.

NOTAS ÀS CONTAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010.Valores expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e Dólares (USD)

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Demonstrações Financeiras

7.2 Por Prazo de Vencimento Residual

2011AOA

2010AOA

2011USD

2010USD

Em moeda nacional

Até três meses 4.141.882 2.314.681 43.470 24.985De três meses a seis meses 7.200.080 1.374.963 75.566 14.842De seis meses a um ano 4.119.362 5.213.008 43.234 56.270De um a três anos 2.747.390 3.239.132 28.834 34.964De três a cinco anos 2.066.429 1.003.721 21.688 10.834Mais de cinco anos 2.112.152 283.565 22.167 3.061Vencido 559.441 435.197 5.871 4.698

22.946.735 13.864.267 240.831 149.653

Em moeda estrangeira

Até três meses 477.288 886.280 5.009 9.567De três meses a seis meses 539.663 1.440.170 5.664 15.544De seis meses a um ano 76.718 1.052.190 805 11.357De um a três anos 839.061 681.255 8.806 7.354De três a cinco anos 357.085 1.679.625 3.748 18.130Mais de cinco anos 891.256 987.993 9.354 10.665Vencido 548.996 276.960 5.762 2.990

3.730.067 7.004.473 39.148 75.607

26.676.803 20.868.740 279.979 225.260

7.3 Por Sectores de Actividade

2011AOA % 2010

AOA %

Agricultura 2.251.920 8,4 2.016.481 9,7Pesca 0 0,0 377.966 1,8Indústrias extractivas 827.979 3,1 629.811 3,0Indústrias transformadoras 1.496.108 5,6 1.299.972 6,2Construção 2.289.569 8,6 1.670.425 8,0Comércio 8.138.207 30,5 9.097.224 43,6Transportes armazenagem e Comunicações 1.020.504 3,8 419.634 2,0Actividades imobiliárias, alugueres e serviços prestados às empresas 6.853.744 25,7 3.405.164 16,3

Particulares 2.175.603 8,2 1.799.537 8,6Outros 1.623.168 6,1 152.526 0,7

26.676.803 100 20.868.740 100

NOTAS ÀS CONTAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010.Valores expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e Dólares (USD)

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Demonstrações Financeiras

7.4 Por Modalidades

2011AOA

2010AOA

2011USD

2010USD

Financiamentos 11.980.132 8.662.122 125.734 93.500Empréstimos 14.696.671 12.206.618 154.245 131.760

Contas correntes caucionadas 14.093.693 10.652.796 147.916 114.988Descobertos 602.978 1.553.822 6.328 16.772

26.676.803 20.868.740 279.979 225.260

Os financiamentos são operações realizadas com destino específico, vinculadas à comprovação da aplicação dos recursos. Os empréstimos são operações realizadas sem destino específicas ou vínculo à comprovação da aplicação dos recursos. Incluem-se na modalidade de empréstimos as contas correntes caucionadas – operações que consistem na atribuição de um limite máximo de crédito que a Empresa pode movimentar, conforme as suas necessidades de tesouraria, sem qualquer plano de amortizações pré-definido – e os adiantamentos a depositantes (descobertos) – operações que consistem na atribuição de um limite de descoberto na conta à ordem que lhe permite manter um saldo devedor até um montante definido e por prazo determinado.

7.5 Provisão para Créditos

a) Por Nível de Risco

Em 31 de Dezembro de 2011, esta rubrica tem a seguinte composição:

Crédito concedido Provisão Constituída

Risco AOA USD AOA USD

Nulo

Moeda Nacional

Financiamentos

Empresas 46.663 490 0 0

Muito Reduzido

Moeda Nacional

Financiamentos

Empresas 4.050.623 42.512 40.506 425

Particulares 329.273 3.456 3.293 35

Empréstimos

Contas Correntes Caucionadas

Empresas 687.189 7.212 6.872 72

Adiantamentos a depositantes

Empresas 173.499 1.821 1.735 18

Particulares 45 0 0 0

Moeda Estrangeira

Financiamentos

Empresas 734 8 7 0

Particulares 4.632 49 46 0

continua

NOTAS ÀS CONTAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010Valores expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e Dólares (USD)

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Demonstrações Financeiras

continuação

Crédito concedido Provisão Constituída

Risco AOA USD AOA USD

Reduzido

Moeda Nacional

Financiamentos

Empresas 3.987.550 41.850 119.627 1.256

Particulares 1.068.028 11.209 32.041 336

Empréstimos

Contas Correntes Caucionadas

Empresas 11.623.339 121.989 348.700 3.660

Particulares 30.288 318 909 10

Adiantamentos a depositantes

Empresas 63.929 671 1.918 20

Particulares 1.899 20 57 1

Moeda Estrangeira

Financiamentos

Empresas 1.556.537 16.336 46.696 490

Particulares 214.935 2.256 6.448 68

Empréstimos

Contas Correntes Caucionadas

Empresas 1.203.458 12.631 36.104 379

Adiantamentos a depositantes

Empresas 174.600 1.832 5.238 55

Particulares 194 2 6 0

Moderado

Moeda Nacional

Financiamentos

Empresas 23.189 243 302.319 3.173

Particulares 118.648 1.245 11.865 125

Moeda Estrangeira

Particulares 53.262 559 5.326 56

Elevado

Moeda Nacional

Financiamentos

Empresas 44.039 462 8.808 92

Particulares 10.307 108 2.061 22

Moeda Estrangeira

Particulares 103.538 1.087 20.708 217

Muito Elevado

Moeda Nacional

Financiamentos

Empresas 100.659 1.056 50.330 528

Particulares 24.834 261 12.417 130

continua

NOTAS ÀS CONTAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010Valores expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e Dólares (USD)

78

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Banco Keve | Relatório e Contas 2011

Demonstrações Financeiras

continuação

Crédito concedido Provisão Constituída

Risco AOA USD AOA USD

Perda

Moeda Nacional

Financiamentos

Empresas 63.185 663 63.185 663

Particulares 1.218 13 1.218 13

Empréstimos

Contas Correntes Caucionadas

Empresas 280.627 2.945 280.627 2.945

Adiantamentos a depositantes

Empresas 134.683 1.414 134.683 1.414

Particulares 484 5 484 5

Moeda Estrangeira

Financiamentos

Empresas 109.699 1.151 109.699 1.151

Particulares 83.579 877 83.579 877

Empréstimos

Contas Correntes Caucionadas

Empresas 268.792 2.821 268.792 2.821

Adiantamentos a depositantes

Empresas 19.145 201 19.145 201

Particulares 19.500 205 19.500 205

26.676.803 279.979 2.044.948 21.462

Em 31 de Dezembro de 2010, esta rubrica tem a seguinte composição:

Crédito concedido Provisão Constituída

Risco AOA USD AOA USD

Muito Reduzido

Moeda Nacional

Financiamentos

Empresas 4.685.000 50.570 46.850 506

Empréstimos

Contas Correntes Caucionadas

Empresas 3.181.809 34.345 31.818 343

Moeda Estrangeira

Financiamentos

Empresas 240.011 2.591 2.400 26

continua

NOTAS ÀS CONTAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010Valores expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e Dólares (USD)

79

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Banco Keve | Relatório e Contas 2011

Demonstrações Financeiras

continuação

Crédito concedido Provisão Constituída

Risco AOA USD AOA USD

Reduzido

Moeda Nacional

Empréstimos

Contas Correntes Caucionadas

Empresas 4.273.578 46.130 128.207 1.384

Adiantamentos a depositantes

Empresas 1.287.579 13.898 38.627 417

Particulares 8.245 89 247 3

Moeda Estrangeira

Financiamentos

Particulares 502.772 5.427 15.083 163

Empréstimos

Contas Correntes Caucionadas

Empresas 1.900.414 20.513 57.012 615

Adiantamentos a depositantes

Empresas 1.184 13 36 0

Particulares 485 5 15 0

Moderado

Moeda Nacional

Financiamentos

Empresas 810.276 8.746 81.028 875

Particulares 3.407 37 341 4

Empréstimos

Contas Correntes Caucionadas

Empresas 26.259 283 2.626 28

Adiantamentos a depositantes

Empresas 932 10 93 1

Moeda Estrangeira

Financiamentos

Empresas 881.587 9.516 88.159 952

Particulares 55.210 596 5.521 60

Empréstimos

Contas Correntes Caucionadas

Empresas 65.141 703 6.514 70

Adiantamentos a depositantes

Empresas 42.525 459 4.253 46

continua

NOTAS ÀS CONTAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010Valores expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e Dólares (USD)

80

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Banco Keve | Relatório e Contas 2011

Demonstrações Financeiras

continuação

Crédito concedido Provisão Constituída

Risco AOA USD AOA USD

Elevado

Moeda Nacional

Financiamentos

Empresas 356.808 3.851 71.362 770

Particulares 74.724 807 14.945 161

Empréstimos

Contas Correntes Caucionadas

Empresas 825.793 8.914 165.159 1.783

Adiantamentos a depositantes

Empresas 55.597 600 11.119 120

Particulares 11 0 2 0

Moeda Estrangeira

Financiamentos

Empresas 379.257 4.094 75.851 819

Particulares 37.544 405 7.509 81

Muito Elevado

Moeda Nacional

Financiamentos

Empresas 31.460 340 15.730 170

Particulares 7.107 77 3.554 38

Empréstimos

Contas Correntes Caucionadas

Empresas 108.063 1.166 54.032 583

Adiantamentos a depositantes

Empresas 16.280 176 8.139 88

Particulares 471 5 236 3

Moeda Estrangeira

Empréstimos

Adiantamentos a depositantes

Particulares 13.948 151 6.974 75

continua

NOTAS ÀS CONTAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010Valores expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e Dólares (USD)

81

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Banco Keve | Relatório e Contas 2011

Demonstrações Financeiras

continuação

Crédito concedido Provisão Constituída

Risco AOA USD AOA USD

Perda

Moeda Nacional

Financiamentos

Empresas 415.480 4.485 415.480 4.485

Particulares 53.917 582 53.917 582

Empréstimos

Contas Correntes Caucionadas

Empresas 30.003 324 30.003 324

Adiantamentos a depositantes

Empresas 82.962 896 82.962 896

Particulares 5.721 62 5.721 62

Moeda Estrangeira

Financiamentos

Empresas 63.439 685 63.439 685

Particulares 64.123 692 64.123 692

Empréstimos

Contas Correntes Caucionadas

Empresas 241.736 2.609 241.736 2.609

Adiantamentos a depositantes

Empresas 16.147 174 16.146 174

Particulares 21.735 235 21.735 235

20.868.740 225.260 1.938.702 20.927

Em 31 de Dezembro de 2011, a rubrica provisões para prestação de garantias tem a seguinte composição:

Responsabilidades Provisão Constituída

Risco AOA USD AOA USD

Muito reduzido

Moeda Nacional

Garantias 2.807.563 29.466 28.076 295

Cartas de Crédito 0 0 0 0

Moeda Estrangeira

Garantias 0 0 0 0

Cartas de Crédito 18.364 193 184 2

Reduzido

Moeda Nacional

Garantias 1.626.320 17.069 48.790 512

Cartas de Crédito 0 0 0 0

Moeda Estrangeira

Garantias 943.293 9.900 28.299 297

Cartas de Crédito 534.811 5.613 16.044 168

5.930.351 62.240 121.392 1.274

NOTAS ÀS CONTAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010Valores expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e Dólares (USD)

82

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Banco Keve | Relatório e Contas 2011

Demonstrações Financeiras

Em 31 de Dezembro de 2010, a rubrica provisões para prestação de garantias tem a seguinte composição:

Responsabilidades Provisão Constituída

Risco AOA USD AOA USD

Muito reduzido

Moeda Nacional

Garantias 346.316 3.738 10.389 112

Cartas de Crédito 0 0 0 0

Moeda Estrangeira

Garantias 855.864 9.238 25.676 277

Cartas de Crédito 0 0 0 0

Reduzido

Moeda Nacional

Garantias 0 0 0 0

Cartas de Crédito 0 0 0 0

Moeda Estrangeira

Garantias 731.153 7.892 73.115 789

Cartas de Crédito 923.823 9.972 92.382 997

2.857.156 30.840 201.563 2.176

b) Movimento nas Provisões

AOA Saldo inicial Reforços Reposições Transf. Saldo finalCrédito de Liquidação Duvidosa 1.938.702 704.854 118.574 480.034 2.044.948Prestação de Garantias 201.564 243.273 380.962 57.517 121.392

2.140.266 948.127 499.536 537.551 2.166.340

Nota 24

USD Saldo inicial Reforços Reposições Transf. Variação

cambial Saldo final

Crédito de Liquidação Duvidosa 20.927 7.398 1.244 5.038 -579 21.462Prestação de Garantias 2.176 2.553 3.998 604 -60 1.274

23.102 9.951 5.243 5.642 -640 22.736

Nota 24

7.6 Créditos renegociados, transferidos para prejuízo e recuperados no exercício

2011AOA

2010AOA

2011USD

2010USD

Créditos renegociados 5.220.480 3.935.126 54.790 41.300Créditos recuperados 322.083 835.714 3.380 8.771Créditos transferidos p/ prejuízos 480.034 0 5.038 0

NOTAS ÀS CONTAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010Valores expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e Dólares (USD)

83

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Demonstrações Financeiras

8. OUTROS VALORES DE NATUREZA FISCAL

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, esta rubrica tem a seguinte composição:

2011AOA

2010AOA

2011USD

2010USD

Créditos Fiscais p/ Prejuízos Fiscais – 2010 72.001 198.499 756 2.143Impostos a Recuperar – 2010 112.472 112.472 1.180 1.214

(Nota 31) 184.473 310.971 1.936 3.357

A rubrica Créditos Fiscais para Prejuízos Fiscais refere-se ao Imposto diferido activo, resultante dos benefícios decorrentes da alínea c) do número 1 do Artº 23 do Código do Imposto Industrial, pois serão deduzidos em exercícios seguintes (Nota 31).

A recuperabilidade dos activos por impostos diferidos encontra-se suportada por um plano de negócios elaborado pelo Conselho de Administração, de acordo com o qual o Banco irá gerar lucro tributável suficiente para lhe permitir recuperar a totalidade dos activos por impostos diferidos por prejuízos fiscais nos prazos legalmente definidos.

9. OUTROS VALORES DE NATUREZA CÍVEL

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, esta rubrica tem a seguinte composição:

2011AOA

2010AOA

2011USD

2010USD

Devedores Diversos

Governo Central – MN 340.835 177.915 3.577 1.920Proveitos Diferidos -94.366 0 -990 0Adiantamentos a fornecedores – MN 1.969.368 929.676 20.669 10.035Adiantamentos a fornecedores – ME 0 769.122 0 8.302Outros 1.097 7.537 12 81

2.216.934 1.884.250 23.267 20.339

A rubrica Adiantamento a Fornecedores MN, refere-se aos pagamentos efectuados para aquisição das novas instalações no “Empreendimento Comandante Gika”, em Luanda. Neste exercício foram liquidadas as prestações em falta, não existindo qualquer responsabilidade em 31 Dezembro de 2011.

NOTAS ÀS CONTAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010Valores expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e Dólares (USD)

84

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Demonstrações Financeiras

10. OUTROS VALORES DA NATUREZA ADMINISTRATIVA

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, esta rubrica tem a seguinte composição:

2011AOA

2010AOA

2011USD

2010USD

Adiantamentos e antecipações salariais

Em moeda nacional 923.822 117.916 9.696 1.273Em moeda estrangeira 396.856 525.259 4.165 5.670

Outros Adiantamentos 15.531 0 163 0

1.336.209 643.175 14.024 6.943

Despesas antecipadas 159.642 138.608 1.675 1.496Material de expediente 107.024 39.272 1.123 424

1.602.875 821.055 16.823 8.863

A rubrica Adiantamentos e antecipações salariais, refere-se aos créditos concedidos aos colaboradores do Banco.

11. IMOBILIZAÇÕES FINANCEIRAS

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, esta rubrica tem a seguinte composição:

% Detida 2011AOA

2010AOA

2011USD

2010USD2011 2010

EMIS – Empresa Interbancária de Serviços 2,9 4,5 149.726 56.949 1.571 614Sagripek 5,0 5,0 2.167 2.167 23 23Global Seguros 30,0 30,0 285.020 285.020 2.991 3.077Gestcall – Gestão e Serviços de Atendimento 15,0 15,0 3.090 3.090 32 33BVDA - Bolsa de Valores e Derivados de Angola 1,0 1,0 12.419 12.419 130 134

452.422 359.645 4.748 3.881

No decurso deste exercício o Banco implementou pela primeira vez o método da equivalência patrimonial na valorização da sua participação social na Global Seguros, S.A.. Assim, por força do disposto no CONTIF, o Banco reconheceu como goodwill um valor de 67.800 milhares Kwanzas resultante da aquisição em 2006 de 30% do capital da referida participada.

Por outro lado, também por força da implementação pela primeira vez do método da equivalência patrimonial, foram ajustados os montantes de 122.095 milhares kwanzas e 10.497 milhares Kwanzas, respectivamente em Resultados Transitados e em Reservas Especiais. Estes ajustamentos resultam do reconhecimento dos resultados positivos anteriores a 2011 gerados por esta participada (Nota 20).

Em 2011, foi realizado o aumento do capital subscrito da empresa EMIS tendo ainda a participação detida diminuído dada a entrada de um novo associado e alteração dos critérios de participação.

À data da emissão deste relatório ainda não estavam disponíveis as contas das empresas participadas referentes ao exercício de 2011.

NOTAS ÀS CONTAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010Valores expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e Dólares (USD)

85

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Demonstrações Financeiras

12. IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, esta rubrica tem a seguinte composição:

AOA Saldos iniciais Aumentos Transf. Abates Reavalia. Saldos

finaisActivo bruto

Imóveis de uso próprio 263.106 3.184 - 0 - 266.290Mobiliário e material 233.621 84.293 - 100 - 317.814Máquinas e ferramentas 113.253 -2.879 - 14.344 - 96.030Equipamento informático 532.234 150.211 - 54.918 - 627.527Instalações interiores 250.026 -23.338 -111.101 14.865 - 100.722Material de transporte 247.079 115.177 - 52.910 - 309.346Equipamento de segurança 110.894 20.582 - 0 - 131.476Obras em Curso 0 383.162 236.135 0 - 619.296Outro equipamento 131.831 -38.579 - 1.180 - 92.072Património artístico 0 6.442 - 0 - 6.442

1.882.044 698.255 125.034 138.317 0 2.567.016Amortizações acumuladas

Imóveis de uso próprio 26.628 9.399 - 0 - 36.026Mobiliário e material 51.508 21.839 - 100 - 73.247Máquinas e ferramentas 56.848 13.522 - 14.344 - 56.026Equipamento informático 217.365 117.872 - 50.175 - 285.062Instalações interiores 112.339 -49.402 - 14.774 - 48.163Material de transporte 132.430 64.407 - 52.357 - 144.480Equipamento de segurança 31.912 18.467 - 0 - 50.379Outro equipamento 39.375 12.469 - 1.180 - 50.663Outras imobilizações corpóreas 7 1.085 - 0 - 1.092

668.411 209.658 0 132.930 0 745.139 1.213.633 488.597 125.034 5.387 0 1.821.877

USD Saldos iniciais Aumentos Transf. Abates Variação

CambialSaldos

finaisActivo bruto

Imóveis de uso próprio 2.840 33 - 0 -79 2.795Mobiliário e material 2.522 885 - 1 -4 3.336Máquinas e ferramentas 1.222 -30 - 151 -184 1.008Equipamento informático 5.745 1.576 - 576 -735 6.586Instalações interiores 2.699 -245 -1.166 156 -231 1.057Material de transporte 2.667 1.209 - 555 -629 3.247Equipamento de segurança 1.197 216 - 0 -33 1.380Obras em Curso 0 4.021 2.478 0 0 6.500Outro equipamento 1.423 -405 - 12 -52 966Património artístico 0 68 - 0 0 68

20.315 7.328 1.312 1.452 -1.947 26.941Amortizações acumuladas

Imóveis de uso próprio 287 99 - 0 -8 378Mobiliário e material 556 229 - 1 -16 769Máquinas e ferramentas 614 142 - 151 -168 588Equipamento informático 2.346 1.237 - 527 -592 2.992Instalações interiores 1.213 -518 - 155 -189 505Material de transporte 1.429 676 - 549 -589 1.516Equipamento de segurança 344 194 - 0 -10 529Outro equipamento 425 131 - 12 -24 532Outras imobilizações corpóreas 0 0 - 0 11 11

7.215 2.189 0 1.395 -1.595 7.820 13.100 5.139 1.312 57 -391 19.121

NOTAS ÀS CONTAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010Valores expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e Dólares (USD)

86

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Banco Keve | Relatório e Contas 2011

Demonstrações Financeiras

13. IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, esta rubrica tem a seguinte composição:

AOA Saldos iniciais Aumentos Transf. Abates Reavalia. Saldos

finais

Activo bruto

GoodWill-Investimentos Financeiros 0 67.800 - 0 - 67.800Despesas de Constituição 18.848 47.068 - 18.848 - 47.068Benfeitorias em Imóveis de Terceiros 400.325 -5.203 - 0 0 395.122Custos Plurianuais 38.197 188.603 - 28.475 - 198.325Software 311.652 32.056 - 129.746 - 213.962Outras 142.851 87.774 -125.034 87.774 - 17.817

911.873 418.098 -125.034 264.843 0 940.094

Amortizações acumuladas 356.971 111.380 0 259.911 - 208.440

554.902 306.718 -125.034 4.932 - 731.654

USD Saldos iniciais Aumentos Transf. Abates Variação

CambialSaldos

finais

Activo bruto

GoodWill-Investimentos Financeiros 0 712 - 0 0 712Despesas de Constituição 203 494 - 198 -6 494Benfeitorias em Imóveis de Terceiros 4.321 -55 - 0 -120 4.147Custos Plurianuais 412 1.979 - 299 -11 2.081Software 3.364 336 - 1.362 -93 2.246Outras 1.542 921 -1.312 921 -43 187

9.843 4.388 -1.312 2.780 -273 9.866

Amortizações acumuladas 3.853 1.169 0 2.728 -107 2.188

5.990 3.219 -1.312 52 -166 7.679

14. DEPÓSITOS

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, esta rubrica tem a seguinte composição:

2011AOA

2010AOA

2011USD

2010USD

Moeda nacional

Sector público administrativo 3.735.212 24.070 39.202 260Sector público empresarial 14.842.278 6.190.743 155.773 66.824Empresas 20.545.019 15.489.534 215.624 167.196Particulares 3.682.301 3.147.327 38.647 33.973Não residentes 33.915 30.798 356 332Custos a pagar 105.306 250.229 1.105 2.701

42.944.031 25.132.701 450.707 271.285

Moeda estrangeira

Sector público administrativo 56 889 1 10Sector público empresarial 321.411 2.748 3.373 30Empresas 5.061.588 7.506.973 53.122 81.031Particulares 2.501.362 1.922.831 26.252 20.755Não residentes 31.878 32.698 335 353Custos a pagar 33.343 60.496 350 653

7.949.638 9.526.635 83.433 102.832

50.893.668 34.659.336 534.140 374.117

NOTAS ÀS CONTAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010Valores expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e Dólares (USD)

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Demonstrações Financeiras

Decomposição dos depósitos a prazo por prazo residual de vencimento:

2011AOA

2010AOA

2011USD

2010USD

Em moeda nacional

Até três meses 19.661.586 10.704.831 206.353 115.549De três meses a seis meses 1.033.416 855.626 10.846 9.236De seis meses a um ano 79.920 62.514 839 675Custos a pagar 105.270 250.229 1.105 2.701

20.880.193 11.873.200 219.142 128.161

Em moeda estrangeira

Até três meses 1.860.030 4.214.115 19.521 45.488De três meses a seis meses 1.689.694 286.246 17.734 3.090De seis meses a um ano 51.755 9.262 543 100Custos a pagar 33.339 60.496 350 653

3.634.818 4.570.119 38.148 49.331

24.515.011 16.443.319 257.290 177.492

Em 31 de Dezembro de 2011, os depósitos a prazo em moeda nacional e estrangeira venciam juros às taxas médias anuais de 4,1% e 4,8%, respectivamente (2010: 13,6% e 5,5%).

15. CAPTAÇÕES PARA LIQUIDEZ

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, esta rubrica tem a seguinte composição:

2011AOA

2010AOA

2011USD

2010USD

Operações no Mercado Monetário Interbancário 0 0 0 0Juros a pagar 0 0 0 0Operações de venda de Tít. de Terceiros c/ acordo recompra 0 72.469 0 783Juros a pagar 0 2.541 0 27

0 75.010 0 810

A rubrica Operações de Venda de Títulos de Terceiros com acordo de recompra refere-se aos Títulos do Banco Central (TBC) adquiridos pelos clientes através da intermediação do Banco.

16. OBRIGAÇÕES NO SISTEMA DE PAGAMENTOS

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, esta rubrica tem a seguinte composição:

2011AOA

2010AOA

2011USD

2010USD

Obrigações por Operações Pendentes de Liquidação 194.828 305.530 2.045 3.298

194.828 305.530 2.045 3.298

A rubrica Obrigação por operações pendentes liquidação representa o valor dos cheques visados emitidos mas que ainda não foram apresentados na compensação.

NOTAS ÀS CONTAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010Valores expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e Dólares (USD)

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Demonstrações Financeiras

17. OUTRAS CAPTAÇÕES

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, esta rubrica tem a seguinte composição:

2011AOA

2010AOA

2011USD

2010USD

Outras Captações Contratadas

No país 519.031 627.000 5.447 6.768No estrangeiro 1.537.149 1.088.408 16.133 11.748Custos diferidos -56.793 -55.221 -596 -596

1.999.386 1.660.187 20.984 17.920

Por prazo residual de vencimento

2011AOA

2010AOA

2011USD

2010USD

Em moeda nacional

Até três meses 0 0 0 0De três a cinco anos 519.031 627.000 5.447 6.768

519.031 627.000 5.447 6.768

Em moeda estrangeira

De três meses a seis meses 905.174 0 9.500 0

De seis meses a um ano 764.157 0 8.248

De 3 a 5 anos 314.878 3.328

Mais de cinco anos 317.097 324.251 3.305 3.500

Juros a pagar 0 0 0

Custos diferidos -56.793 -55.221 -596 -596

1.480.356 1.033.187 15.537 11.152

1.999.386 1.660.187 20.984 17.920

As Captações Contratadas em moeda estrangeira correspondem a financiamentos obtidos em instituições financeiras no exterior, que se encontram licenciados pelo BNA, e que venciam juros à taxa média anual de 3,4% (2010: 2,9%):

• Linha contratada junto do BAI Europa com o limite de US$ 15.000 milhares, pelo prazo de um ano, renovável, tendo por garantia um depósito a prazo do Banco no valor de US$ 5.000 milhares. O valor utilizado desta linha em 31 de Dezembro é de US$ 9.500 milhares.

• Linha contratada junto de uma instituição financeira nos EUA, WorldBusiness Capital, Inc., com uma garantia prestada pela Overseas Private Investment Company (OPIC), no valor total de USD 10.000 milhares, com a maturidade de 10 anos. Até 31 de Dezembro de 2011 o Banco tinha utilizada USD 3.305 milhares.

• Foi igualmente contratada uma linha com maturidade de 4 anos junto da NORSAD com o limite de US$ 6.000 milhares, tendo por garantia de OT´s, cujo valor utilizado em 31 de Dezembro era de USD 3.328 milhares.

NOTAS ÀS CONTAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010Valores expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e Dólares (USD)

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Demonstrações Financeiras

18. OUTRAS OBRIGAÇÕES

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, esta rubrica tem a seguinte composição:

2011AOA

2010AOA

2011USD

2010USD

Outras Obrigações de Natureza Fiscal

Imposto do Selo 7.086 1.019 74 10Imposto rendimento trabalho dependente 8.151 1.757 86 18Imposto rendimento trabalho independente 47 607 0 7Retenção lei 7/97 3.770 793 40 9Outras Obrigações de Natureza Cível 147.645 46.063 1.550 498

166.699 50.239 1.750 542

Outras Obrigações Natureza Administrativa 89.133 63.222 935 683

255.832 113.461 2.685 1.225

A rubrica Outras obrigações de Natureza Administrativa inclui a Mensualização de subsídio de férias (liquidados em Janeiro 2012) e a contribuição de Segurança social por pagar relativo a Dezembro 2011.

19. PROVISÕES PARA RESPONSABILIDADES PROVÁVEIS

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, esta rubrica tem a seguinte composição:

AOA Saldo inicial Reforços Reposições Anulações Transferências Saldo final 197.983 28.417 0 0 0 226.400

USD Saldo inicial Reforços Reposições Anulações Transferências Saldo final 2.137 298 0 0 -59 2.376

A rubrica Pensões de reforma e Sobrevivência reflecte o valor das responsabilidades decorrente do plano de pensões a ser financiado por um Fundo de pensões. Com base no estudo actuarial elaborado, o valor das responsabilidades com os serviços passados totaliza 226.400 milhares de kwanzas em 31 de Dezembro de 2010 de acordo com as políticas descritas na alínea l) da Nota 2.

NOTAS ÀS CONTAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010Valores expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e Dólares (USD)

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20. FUNDOS PRÓPRIOS

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, esta rubrica tem a seguinte composição:

AOA Saldos Iniciais Aplicação do Resultado

Aumentos / (diminuições) Saldos Finais

Capital 4.000.000 0 0 4.000.000Reserva Legal 736.193 36.677 0 772.870Outras reservas 2.198.930 146.709 10.498 2.356.137Resultados Potenciais 3.455 0 0 3.455Resultados transitados 12.893 0 122.096 134.989Resultado do exercício 183.386 -183.386 628.507 628.507

7.134.857 0 761.101 7.895.958

USD Saldos Iniciais Aplicação do Resultado

Aumentos / (diminuições)

Variação cambial Saldos Finais

Capital 43.176 0 0 -1.196 41.981Reserva Legal 7.947 396 0 -231 8.111Outras reservas 23.736 1.584 110 -701 24.728Resultados Potenciais 37 0 0 -1 36Resultados transitados 139 0 1.281 -4 1.417Resultado do exercício 1.979 -1.979 6.596 0 6.596 77.015 0 7.988 -2.133 82.870

Em 31 de Dezembro a estrutura accionista por escalões de participação é a seguinte:

Escalão % Participação Acumulada N.º de Accionistas

Inferior a 2% 27,61% 27

De 2 a 5% 65,44% 22

Superior a 5% 6,95% 1

100,00% 50

De acordo com a deliberação Assembleia Geral do Banco, o resultado líquido do ano anterior foi aplicado em Reserva Legal (36.677 milhares de Kwanzas) e Outras Reservas (146.709 milhares de Kwanzas).

Nos termos da legislação vigente, o Banco deverá constituir anualmente uma reserva legal no mínimo correspondente a 20% do resultado líquido do exercício anterior. Esta reserva só poderá ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados quando esgotadas as demais reservas constituídas.

NOTAS ÀS CONTAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010Valores expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e Dólares (USD)

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Demonstrações Financeiras

21. RUBRICAS EXTRAPATRIMONIAIS

2011AOA

2010AOA

2011USD

2010USD

Garantias e outros passivos eventuaisGarantias e avales prestados -5.377.176 -1.743.556 -56.435 -18.820Créditos documentários abertos -553.175 -1.113.600 -5.806 -12.020

-5.930.351 -2.857.156 -62.240 -30.840Compromisso Assumido perante Terceiros

Linhas de Crédito Irrevogáveis -2.358.369 69.335 -24.752 748

Garantias recebidasGarantias e avales recebidos 10.859.007 1.394.460 113.968 15.052Compromissos Irrevogáveis 1.575.872 69.335 16.539 748

12.434.879 1.463.794 130.507 15.800Responsabilidades por prestação de serviços:

De depósito e guarda de valores -1.645.244 -1.926.799 -17.267 -20.798De cobrança de valores 1.906 -1.853 20 -20

-1.643.338 -1.928.652 -17.247 -20.818Outras contas extrapatrimoniais

Juros Vencidos -83.754 -90.915 -879 -981Crédito Transferido para prejuízo 544.506 64.472 5.715 696

460.752 -26.443 4.836 -2852.963.573 -3.279.122 31.103 -35.395

As Garantias e avales recebidos referem-se a garantias de crédito concedido, constituídas por penhor de depósitos, títulos do Tesouro ou títulos do BNA. Na rubrica Depósito e guarda de valores constam os títulos de clientes domiciliados no Banco (OTMN).

À data de 31 de Dezembro de 2011 existiam ainda as seguintes responsabilidades assumidas e contratadas (não reflectidas no balanço):

2011AOA

2010AOA

2011USD

2010USD

Limites de Contas Correntes não utilizadas pelos clientes 425.537 784.523 4.466 8.468Aquisição instalações (Empreendimento C. Gika) 0 270.796 0 2.923 425.537 1.055.319 4.466 11.391

22. MARGEM FINANCEIRA

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, esta rubrica tem a seguinte composição:

2011AOA

2010AOA

2011USD

2010USD

Proveitos de Instrumentos Financeiros Activos

De aplicações de liquidez 411.224 48.314 4.316 522De Títulos e Valores Mobiliários 380.207 348.142 3.990 3.758De créditos 3.300.212 2.663.353 34.636 28.749

4.091.642 3.059.809 42.943 33.028

Custos de Instrumentos Financeiros Passivos

De depósitos 1.729.481 1.071.464 18.151 11.566De captação de liquidez 21.549 366.380 226 3.955De outras captações 21.433 48.785 225 527

1.772.463 1.486.629 18.602 16.047

2.319.179 1.573.180 24.340 16.981

NOTAS ÀS CONTAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010Valores expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e Dólares (USD)

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Demonstrações Financeiras

23. RESULTADO DE NEGOCIAÇÕES A AJUSTES AO VALOR JUSTO

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, esta rubrica tem a seguinte composição:

2011AOA

2010AOA

2011USD

2010USD

Resultado Negociação Títulos e Valores Mobiliários 19.825 204.566 208 2.208

19.825 204.566 208 2.208

Nesta rubrica estão registados os ganhos e perdas resultantes das variações cambiais ou monetárias das OT´s em MN indexadas à taxa de câmbio ou ao Índice de Preços ao Consumidor (IPC).

24. PROVISÃO PARA CRÉDITO DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA E PRESTAÇÃO DE GARANTIAS

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, esta rubrica tem a seguinte composição:

2011AOA

2010AOA

2011USD

2010USD

Reforços (Nota 7.5) 948.127 3.051.361 9.951 32.936 Reposições e anulações 499.536 2.652.365 5.243 28.629

448.591 398.996 4.708 4.307

25. PESSOAL

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, esta rubrica tem a seguinte composição:

2011AOA

2010AOA

2011USD

2010USD

Remunerações 1.111.799 921.690 11.669 9.949Órgãos de gestão 266.628 193.573 2.798 2.090Empregados 845.172 728.117 8.870 7.859

Encargos sociais obrigatórios 77.379 65.681 812 709Encargos sociais facultativos 261 2.626 3 28Outros custos com o pessoal 4.864 8.889 51 96

1.194.303 998.886 12.534 10.782

N.º de colaboradores em 31 de Dezembro 303 305 303 305

NOTAS ÀS CONTAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010Valores expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e Dólares (USD)

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Demonstrações Financeiras

26. FORNECIMENTOS DE TERCEIROS

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, esta rubrica tem a seguinte composição:

2011AOA

2010AOA

2011USD

2010USD

Impressos e material de consumo 86.572 68.834 909 743Rendas e alugueres 201.508 171.019 2.115 1.846Comunicações 75.384 109.041 791 1.177Deslocações, estadas e representações 80.328 55.401 843 598Publicidade e edição de publicações 58.780 63.183 617 682Custos com o trabalho independente 35.711 21.493 375 232Conservação e reparação 139.341 52.714 1.462 569Seguros 73.903 45.580 776 492Serviços especializados - Informática 61.767 177.319 648 1.914Serviços especializados - Segurança e vigilância 116.703 69.112 1.225 746Serviços especializados - Banco de Dados 68.931 42.245 723 456Serviços Especializados - Outros 41.305 46.785 434 505Transportes 234.546 209.651 2.462 2.263

De Pessoal 0 11.858 0 128De Valores 233.466 176.485 2.450 1.905De Equipamento e outros Materiais 1.080 21.308 11 230

Encargos com acções de natureza cultural 4.817 20.752 51 224Encargos com a formação de pessoal 14.718 48.267 154 521Outros 19.092 26.377 200 285

1.313.406 1.227.772 13.784 13.253

27. OUTROS ADMINISTRATIVOS E DE COMERCIALIZAÇÃO

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, esta rubrica tem a seguinte composição:

2011AOA

2010AOA

2011USD

2010USD

Quotizações 5.954,14 6.112 62 66Gratificações diversas 146.435 135.700 1.537 1.465Outros custos operacionais 75.790 46.087 795 497

228.179 187.899 2.395 2.028

A rubrica de Gratificações diversas, reflecte essencialmente os patrocínios que foram pagos durante o exercício.

28. DEPRECIAÇÕES E AMORTIZAÇÕES

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, esta rubrica tem a seguinte composição:

2011AOA

2010AOA

2011USD

2010USD

De imobilizações incorpóreas 72.343 79.195 759 855De imobilizações corpóreas 259.667 202.838 2.725 2.189

332.010 282.033 3.485 3.044

NOTAS ÀS CONTAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010Valores expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e Dólares (USD)

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Demonstrações FinanceirasNOTAS ÀS CONTAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010

Valores expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e Dólares (USD)

29. PROVISÕES S/ OUTROS VALORES E RESPONSABILIDADES PROVÁVEIS

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, esta rubrica tem a seguinte composição:

2011AOA

2010AOA

2011USD

2010USD

Prov. Resp. Pensão de Reforma/Sobrevivência 28.417 66.093 298 713Prov. Valores de natureza Administrativa 0 25.000 0 270

28.417 91.093 298 983

30. RESULTADOS NÃO OPERACIONAIS

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, esta rubrica tem a seguinte composição:

2011AOA

2010AOA

2011USD

2010USD

Ajustes de Exercícios Anteriores 4.776 45.050 50 486Outros Resultados não Operacionais -159.517 0 -1.674 0Créditos Fiscais p/ Prejuízos Fiscais (Nota 30) 0 198.498 0 2.143

-154.741 243.548 -1.624 2.629

Os Ajustes de Exercícios Anteriores foram influenciados pelo reconhecimento em proveitos de prémios de Garantias prestadas em exercícios anteriores, mas apenas cobrados em 2011. Os Outros Resultados não Operacionais referem-se a fraudes identificadas neste exercício. Os Créditos Fiscais para Prejuízos Fiscais encontram-se explicados na Nota 31.

31. ENCARGOS SOBRE RESULTADOS CORRENTES

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a reconciliação entre o lucro contabilístico e o lucro para efeitos do cálculo do imposto industrial é como se segue:

2011AOA

2010AOA

2011USD

2010USD

Resultados antes de impostos 755.002 -14.453 7.924 -156Ajustamentos:

Benefícios Fiscais Rendimentos de Títulos da Dívida Pública 393.585 552.684 4.131 5.966

Lucro tributável 361.417 -567.137 3.793 -6.122Taxa nominal de imposto 35% 35% 35% 35%Imposto apurado (colecta) 126.496 -198.498 1.328 -2.143Deduções à colecta:

Impostos a recuperar - 2010 112.472 112.472 1.180 1.214Créditos fiscais p/ prejuízos fiscais - 2011 198.498 0 2.083 0

Imposto a pagar (se positivo)/a recuperar (se negativo) -184.474 -310.970 -1.936 -3.357

Nota 8 Nota 8

Os benefícios fiscais resultam dos proveitos dos Títulos da Dívida Pública, conforme descrito na alínea m) da Nota 2.

O imposto apurado refere-se ao imposto diferido activo, resultante dos benefícios decorrentes da alínea c) do número 1 do Artº 23 do Código do Imposto Industrial, pois serão deduzidos em exercícios seguintes (Nota 8).

O activo por impostos diferidos reconhecido evidencia os créditos fiscais não usados, até ao ponto em que seja provável que os lucros tributáveis futuros estejam disponíveis para cobrir estas perdas fiscais.

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Valores expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e Dólares (USD)

32. BALANÇO POR MOEDA EM DEZEMBRO DE 2011

AOA USD

Indexado IndexadoMN a ME ME Total MN a ME ME Total

Activo

DISPONIBILIDADES 12.533.986 - 2.953.446 15.487.432 131.547 - 30.997 162.544

Caixa e disponibilidades no Banco Central 12.230.789 - 1.908.664 14.139.453 128.365 - 20.032 148.397

Disponibilidades em Inst. Financeiras 303.197 - 1.044.782 1.347.979 3.182 - 10.965 14.147

APLICAÇÃO DE LIQUIDEZ 3.942.665 - 1.483.647 5.426.312 41.379 - 15.571 56.950

Operações no Mercado Monetário Interbancário 2.932.088 - 1.483.647 4.415.735 30.773 - 15.571 46.344

Operações Compra Título Terceiros c/ Acordo Revenda 1.010.577 - 0 1.010.577 10.606 10.606

TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS 7.053.377 1.745.645 285.845 9.084.867 74.027 18.321 3.000 95.348

Títulos mantidos para Negociação 7.053.378 - - 7.053.378 74.027 - - 74.027

Títulos mantidos até ao Vencimento - 1.745.645 285.845 2.031.490 - 18.321 3.000 21.321

CRÉDITOS NO SISTEMA DE PAGAMENTOS 4.956 - 182 5.138 52 - 2 54

CRÉDITOS 21.454.149 - 3.056.314 24.510.463 225.166 - 32.077 257.243

Créditos 22.946.736 - 3.730.067 26.676.803 240.831 - 39.148 279.979

Provisão para créditos de liquidação duvidosa -1.492.587 - -673.753 -2.166.340 -15.665 - -7.071 -22.736

OUTROS VALORES 3.607.426 - 396.856 4.004.282 37.861 0 4.165 42.026

Outros valores de Natureza Fiscal 184.473 - - 184.473 1.936 - - 1.936

Outros Valores de Natureza Cível 2.216.934 - 0 2.216.934 23.267 - - 23.267

Outros Valores de Natureza Administrativa 1.206.019 - 396.856 1.602.875 12.657 - 4.165 16.823

IMOBILIZAÇÕES 3.005.953 - - 3.005.953 31.548 0 0 31.548

Imobilizações Financeiras 452.422 - - 452.422 4.748 - - 4.748

Imobilizações Corpóreas 1.821.877 - - 1.821.877 19.121 - - 19.121

Imobilizações Incorpóreas 731.654 - - 731.654 7.679 - - 7.679

51.602.511 1.745.645 8.176.290 61.524.447 541.580 18.321 85.812 645.712

Passivo

DEPÓSITOS 42.944.030 - 7.949.638 50.893.668 450.707 - 83.433 534.140

À ordem 22.063.838 - 4.314.820 26.378.658 231.565 - 45.285 276.850

A prazo 20.880.193 - 3.634.818 24.515.011 219.142 - 38.148 257.290

CAPTAÇÕES PARA LIQUIDEZ 0 - 0 0 0 - - 0

Operação Venda Tít. Próprio c/ Acordo Recompra 0 - 0 0 0 - - 0

OBRIGAÇÕES NO SISTEMA DE PAGAMENTOS 194.828 - 0 194.828 2.045 - - 2.045

OPERAÇÕES CAMBIAIS 0 - 58.375 58.375 0 - 613 613

OUTRAS CAPTAÇÕES 519.030 - 1.480.356 1.999.386 5.447 - 15.537 20.984

Outras Captações Contratadas 519.030 - 1.480.356 1.999.386 5.447 - 15.537 20.984

OUTRAS OBRIGAÇÕES 255.832 - 0 255.832 2.685 - - 2.685

PROVISÕES P/ RESPONSABILIDADES PROVÁVEIS 226.400 - 0 226.400 2.376 - - 2.376

FUNDOS PRÓPRIOS 7.895.958 - 0 7.895.958 82.870 - - 82.870

52.036.079 - 9.488.368 61.524.447 546.129 0 99.582 645.712

Posição cambial -1.312.078 -13.771

Garantias prestadas -4.433.883 -1.496.468 -5.930.351 -46.535 -15.706 -62.240

Exposição cambial 1.745.645 -2.808.546 -1.062.901 18.321 -29.476 -11.155

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Valores expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e Dólares (USD)

33. PARTES RELACIONADAS

O montante global de activos, passivos e responsabilidades extrapatrimoniais a 31 de Dezembro de 2011 relativos a accionistas, membros dos órgãos sociais, empresas associadas e sociedades e entidades colectivas onde os accionistas e membros dos órgãos sociais têm influência significativa, tem a seguinte decomposição:

AOA USD

Crédito Depósitos Responsa-bilidades Crédito Depósitos Responsa-

bilidades

Accionistas 103.987 333.000 0 1.091 3.495 0

Membros dos Órgãos Sociais 496.712 500.125 0 5.213 5.249 0

Empresas subsidiárias e associadasdo Banco 1.075.977 29.510 441.943 11.293 310 4.638

Sociedades onde os accionistas e membros dos Órgãos Sociais têm influência significativa

10.432.178 154.228 0 109.488 1.619 0

12.108.855 1.016.863 441.943 127.085 10.672 4.638

De acordo com a Lei das instituições financeiras:

(i) é considerada participação qualificada a detenção numa sociedade de percentagem não inferior a 10% do capital social ou dos direitos de voto;

(ii) existe relação de domínio quando uma pessoa singular ou colectiva (entre outros) possa exercer uma influência dominante sobre a sociedade por força do contrato ou estatutos ou detenha uma participação igual ou superior a 20% do capital da sociedade, desde que exerça efectivamente posição dominante ou se encontrem ambas colocadas sob direcção única.

34. OUTRAS DIVULGAÇÕES

As normas em vigor relativamente aos elementos para publicação oficial impõem a explicação de alguma informação e indicações acerca das contas anuais mencionadas no balanço e na demonstração dos resultados. A sua menção é feita pela respectiva ordem definida no Aviso nº 15/07 de 12 Setembro do BNA e, para os casos em que exista a competente explicação algures no relatório ou nas notas às demonstrações financeiras, isso será mencionado.

a) O resumo dos principais critérios contabilísticos encontra-se descrito na Nota 2;

b) O Banco não procedeu à reavaliação dos imóveis de uso próprio;

c) O investimento relevante em outras sociedades encontra-se descrito na Nota 11;

d) O Banco não procedeu à venda de bens a prazo a sociedades ligadas;

e) As garantias prestadas a terceiros e outras responsabilidades encontram-se descritas na Nota 21;

f) O capital social encontra-se descrito nas Notas 1 e 20;

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Demonstrações FinanceirasNOTAS ÀS CONTAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010

Valores expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e Dólares (USD)

g) Os ajustamentos de exercícios anteriores encontram-se descritos na Nota 30;

h) O Banco não procedeu à distribuição dos dividendos relativos ao exercício de 2010;

i) Os resultados por acção são apresentados na demonstração dos resultados;

j) Os créditos transferidos para prejuízo, renegociados e recuperados no período encontram-se descritos na Nota 7.6;

k) O Banco não tem sucursais no exterior;

l) Não existem acções com opções de compra das acções outorgadas e exercidas no período;

m) Foram efectuados os desdobramentos das principais contas cujo saldo tenha ultrapassado o limite de 10% do valor do respectivo grupo ou classe;

n) Não existem eventos subsequentes à data do encerramento do período que tenham ou possam vir a ter, efeitos relevantes sobre os resultados do Banco;

o) Existem créditos fiscais no período descritos na Nota 8;

p) As informações relativas aos títulos e valores mobiliários encontram-se descritos na Nota 5;

q) Não existem instrumentos financeiros e derivados à data de encerramento.

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Parecer do Conselho Fiscal

Senhores accionistas,

1. O Conselho Fiscal, apresenta o seu parecer sobre o Relatório do Conselho de Administração, o Balanço e Demonstração de Resultados do ano económico de 2011, cuja elaboração e conteúdo são de responsabilidade exclusiva do Conselho de Administração, em observância às disposições legais em vigor, nomeadamente a Lei nº 1/04 de 13 de Fevereiro - Lei das Sociedades Comerciais e o artigo 23 do Estatuto do Banco Regional do Keve.

2. Para tal e de acordo com as normas e procedimentos habituais, realizou o Conselho Fiscal, de forma sistematizada a verificação dos relatórios financeiros mensais postos à disposição pelo Conselho de Administração, e auscultou este orgão, sempre que necessário, factores determinantes para um maior conhecimento, análise e consequente parecer, ora colocado à disposição de V. Excias, relativamente ao Balanço, Demonstração de Resultados e das Notas de Contas do Banco.

3. O Conselho Fiscal procedeu o seu trabalho, tendo em conta a actual conjectura financeira e internacional e o contexto macroeconómico, realidade em que se desenvolveu a actividade do Banco Keve.

4. O Conselho Fiscal, comprovou que as contas do Banco Keve, foram objecto de uma auditoria externa e independente realizada pelo auditor externo, CROWE HORWATH, em cuja opinião, afirmaram que as referidas demonstrações financeiras, apresentam de forma verdadeira e apropriada em todos os aspectos materialmente, a posição financeira do Banco Keve, SA, em 31 de Dezembro de 2011, bem como os resultados das suas operações e as origens e aplicações de fundos para o ano findo nessa data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites para o sector bancário em Angola.

O Conselho Fiscal, expressa entretanto, ser importante, fazer face, a reserva contida no Relatório do Auditor Externo, sobre a insuficiência de provisões para crédito, estimada no valor de 4.800.000 m AOA. Contudo, o Conselho Fiscal, reconhece, que o Banco, por um lado tem mantido uma permanente actividade de acompanhamento dos processos de crédito relativos aquela insuficiência e que, por outro, tem dado forte ênfase no processo de reorganização interna da área de controlo de risco de crédito, não obstante, a existência de factores económicos, fora do controlo do Banco, que continuam a condicionar a recuperação destes créditos dentro dos prazos contratados.

5. O Conselho Fiscal, em resumo assevera, que a contabilidade, o Balanço, a Demonstração de resultados e o Relatório de Gestão, satisfazem as disposições legais e estatutárias, traduzindo apropriadamente a situação patrimonial do Banco.

6. Neste contexto o Conselho Fiscal, propõe, que os, Relatório do Conselho de Administração, o Balanço e Contas, sejam submetidos a apreciação da Assembleia Geral e, consequentemente sejam:

- Aprovado o Relatório do Conselho de Administração, o Balanço e contas do exercício de 2011.

- Aprovada a proposta de aplicação dos resultados apresentados pelo Conselho de Administração.

Conselho Fiscal do Banco Regional do Keve, em Luanda, aos 23 de Março de 2012.

O Presidente do Conselho Fiscal

Manuel Fernando Correia Victor

Os Vogais:

Bruno Inglês Manuel Carneiro

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ParecerdosAuditoresExternos

RELATÓRiO DE AUDiTORiA(ValoresexpressosemmAOA)

introdução

1. ExaminámosasdemonstraçõesfinanceirasdoBancoRegionaldoKeve,S.A.(“Banco”),asquaiscompreendemoBalançoem31deDezembrode2011,(queevidenciaumtotalde61.524.447mAOAeumtotaldefundosprópriosde7.895.957mAOA,incluindoumresultadolíquidode628.506mAOA),asDemonstraçõesderesultados,demutaçõesnosfundosprópriosedefluxosdecaixaparaoexercíciofindonaqueladata,eocorrespondenteAnexo.

Responsabilidades

2. Éda responsabilidadedoConselhodeAdministraçãoapreparaçãodedemonstraçõesfinanceirasqueapresentemde formaverdadeiraeapropriadaaposiçãofinanceiradoBanco,oresultadodassuasoperações,asmutaçõesnosfundospróprioseosfluxosdecaixa,bemcomoaadopçãodepolíticasecritérioscontabilísticosadequadoseamanutençãodeumsistemadecontrolointernoapropriado.

3. Anossaresponsabilidadeconsisteemexpressarumaopiniãoprofissionale independente,baseadanonossoexamedaquelasdemonstraçõesfinanceiras.

Âmbito

4. OexameaqueprocedemosfoiefectuadodeacordocomasNormasdeAuditoriageralmenteaceites,asquaisexigemqueomesmosejaplaneadoeexecutadocomoobjetivodeobterumgraudesegurançaaceitávelsobreseasdemonstraçõesfinanceirasestãoisentasdedistorçõesmaterialmenterelevantes.Paratantooreferidoexameincluiu:

- averificação,numabasedeamostragem,dosuportedasquantiasedivulgaçõesconstantesdasdemonstraçõesfinanceirase a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na suapreparação;

- aapreciaçãosobresesãoadequadasaspolíticascontabilísticasadotadaseasuadivulgação,tendoemcontaascircunstâncias;

- averificaçãodaaplicabilidadedoprincípiodacontinuidadedasoperações;e

- aapreciaçãosobreseéadequada,emtermosglobais,aapresentaçãodasdemonstraçõesfinanceiras.

5. Entendemosqueoexameefetuadoproporcionaumabaseaceitávelparaaexpressãodanossaopinião.

Reserva

6. OBancoregistaasuaProvisãoparacréditosde liquidaçãoduvidosa,deacordocomoAviso4/2011de8de JunhodoBancoNacionaldeAngola,tendonocorrenteexercícioreforçadoamesmaem448.591mAOA.Contudo,anossaanáliseàreferidaprovisãodeterminaaindaanecessidadedereforçodamesma,porummontantequeestimamosdecercade4.800.000mAOA.

Opinião

7. Emnossaopinião,excetoquantoaoefeitodoassuntodescritonoparágrafo6acima,asdemonstraçõesfinanceirasreferidasnoparágrafo1,apresentamdeformaverdadeiraeapropriada,emtodososaspectosmaterialmenterelevantes,aposiçãofinanceiradoBancoRegionaldoKeve,S.A.em31deDezembrode2011,oresultadodassuasoperações,asmutaçõesnosfundospróprioseosfluxosdecaixanoexercíciofindonaqueladata,emconformidadecomosprincípioscontabilísticosgeralmenteaceitesemAngolaparaoSectorBancário.

Ênfases

8. OAviso8/2007de12deSetembrodoBancoNacionaldeAngola,fixaem25%dosFundosPrópriosRegulamentaresolimitemáximodeexposiçãoporclienteaserobservadopelasinstituiçõesfinanceirasnaconcessãodecréditoeprestaçãodegarantias.Conformereferidonanota7doAnexo,àdatade31deDezembrode2011,estelimiteencontrava-seultrapassadoparaumdosclientesdoBanco.Constatamostambém,queoBancoconcedecréditoapartesrelacionadascujaposiçãoa31deDezembrode2011ascendea12.108.855mAOA,conformedescritonanota33doAnexo.

9. Conformereferidonanota2m)doAnexoàsDemonstraçõesFinanceiras,asdeclaraçõesparaimpostossobrelucroseoutrosimpostospodemsersujeitasarevisãoecorreçãoporpartedasautoridadesfiscaisnoscincoanossubsequentesaoexercícioaquerespeitam(10anosparaaSegurançaSocial).Contudo,éentendimentodoConselhodeAdministraçãoque,eventuaiscorreçõesquepossamresultardessasrevisõesnãoserãosignificativasparaasdemonstraçõesfinanceirasanexas.

10. Asdemonstraçõesfinanceirasrelativasaoexercíciofindoem31deDezembrode2010,apresentadasparaefeitoscomparativos,foramobjetodeRelatóriodeAuditoriaporoutroauditor,datadode11deMarçode2011,quenãoincluireservas.

Luanda,28deFevereirode2012

CROWEHORWATH

Horwath Angola – Auditores e consultores, Lda.MemberofCroweHorwathInternationalProjectoNovaVida,Rua26,Casa628LuandaANGOLA

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