RELATÓRIO ECONÔMICO...situação fiscal de curto prazo segue bastante delicada. O governo enviou...

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RELATÓRIO

ECONÔMICO

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ÍNDICE

Indicadores FinanceirosPág. 3

ProjeçõesPág. 4 - 5

Cenário ExternoPág. 6

Cenário DomésticoPág. 7

Renda Fixa e Renda VariávelPág. 8

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INDICADORES FINANCEIROS

Fonte: Santander Brasil Asset Management

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PROJEÇÕES ECONOMIA

GLOBAL

Fonte: Santander Brasil Asset Management

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PROJEÇÕES ECONOMIA

BRASILEIRA

Fonte: Santander Brasil Asset Management

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CENÁRIO EXTERNO

A situação da economia global segue inspirando

bastante cautela, mesmo depois da reação

surpreendentemente moderada ao resultado do

referendo do Reino Unido. Houve uma reação

imediata bastante aguda dos mercados, mas que foi

seguida por uma recuperação também muito rápida.

Como foram poucos os indicadores de atividade

divulgados após a resultado do referendo, continua

difícil mensurar o real impacto sobre atividade. Por

ora, o que podemos dizer é que os indicadores de

sentimento econômico do Reino Unido apresentaram

queda bastante expressiva, enquanto na Zona do

Euro os indicadores de sentimento mantiveram-se

razoavelmente resilientes.

As principais autoridades monetárias optaram por

esperar as primeiras reações de dados econômicos à

questão do referendo britânico, para avaliar qual

seriam as medidas mais adequadas a se tomar. Em

sua primeira reunião após o resultado do referendo, o

Banco Central Europeu (BCE) decidiu pela

manutenção dos níveis das taxas de juros e do

programa de compra de ativos (QE). O comunicado

da decisão ressaltou que os mercados financeiros

responderam com certa resiliência ao resultado do

referendo, de forma que não houve deterioração

significativa das condições financeiras. Os membros

do BCE ressaltaram, contudo, que as incertezas

promovidas por este evento e por outras questões

geopolíticas, o crescimento mais fraco de economias

emergentes e a lenta implementação de reformas

estruturais fazem com que o balanço de riscos para a

economia da Zona do Euro permaneça com viés

negativo. Apesar do tom mais cauteloso, a

expectativa é que na reunião de setembro o BCE

implemente novo afrouxamento monetário.

Outros bancos centrais tiveram reações semelhantes

ao BCE. O próprio Banco Central da Inglaterra (BoE)

e também o Banco Central do Japão (BoJ)

mantiveram postura cautelosa. O BoE decidiu, de

início, manter a atual política monetária e optou por

esperar até sua reunião no início de agosto, quando

finalmente anunciou mais medidas expansionistas. E

o BoJ manteve estável os juros básicos e fez

alterações marginais em seu programa de compra de

ativos (QE). Todavia, é muito provável que eles atuem

em breve no sentido de aumentar os estímulos

monetários em suas respectivas economias diante

dos riscos ainda assimétricos para o crescimento

econômico.

Em relação à economia norte americana, a primeira

divulgação do PIB do segundo trimestre apresentou

crescimento bem abaixo das expectativas, sobretudo

por uma contribuição bastante negativa dos

estoques, mas com um crescimento bastante forte do

consumo das famílias. Apesar da surpresa negativa

no segundo trimestre, seguimos com um cenário de

crescimento médio ao redor de 2,0% nos próximos

trimestres, ainda sustentado por um consumo que

deverá crescer ao redor de 2,5%. No entanto, não há,

por ora, sinais de aceleração na inflação, o que dá

tempo para o banco central americano avaliar quando

e se retomará o seu processo de normalização da

taxa de juros. Se esse cenário prevalecer, continuará

favorecendo os países emergentes.

Por fim, a perspectiva para a economia chinesa é

menos preocupante do que parecia no início do ano.

O crescimento do PIB no segundo trimestre ficou

acima das expectativas de mercado, mostrando que

as políticas de estímulo adotadas, sobretudo

expansão do crédito, têm sido capaz de estabilizar o

crescimento do país. Isso diminui a preocupação com

uma desaceleração mais abrupta no curto prazo.

Em resumo, as reações das economias

desenvolvidas à decisão do Reino Unido de sair da

União Europeia têm sido melhores do que o

esperado, mas ainda há muitas dúvidas com relação

a velocidade de crescimento da economia global, que

segue envolta de muitos riscos para baixo, inspirando

bastante cautela.

Cenário global continua exigindo cautela

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CENÁRIO DOMÉSTICO

Os indicadores de sentimento da economia brasileira

continuaram apresentando resultados positivos. O índice

de confiança da indústria apresentou nova alta

significativa em julho, acompanhada por leve expansão

do Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI).

Outros indicadores de confiança, como do consumidor e

do setor de serviços, também apresentaram melhora em

julho. No geral, estes resultados reforçam os sinais

recentes de que passamos por um ponto de inflexão da

atividade econômica e que estamos iniciando um

processo de recuperação. A nossa visão é de uma

retomada moderada do crescimento em 2017, para

quando projetamos crescimento do PIB de 1,5%.

Seguimos otimistas com as perspectivas para a inflação

no médio prazo, mas ressaltamos que a alta dos preços

agrícolas continuará atrapalhando o curto prazo. A

despeito de tais pressões pontuais, acreditamos em um

continuo processo de desinflação no médio-prazo,

devido ao câmbio mais apreciado, à distensão do

mercado de trabalho e à expectativas mais bem

ancoradas. Assim, projetamos inflação de 7,2% para

2016, desacelerando para 5,0% em 2017.

Apesar dos avanços com a ancoragem das expectativas

de inflação de médio prazo (2018 em diante), o Banco

Central do Brasil (BCB) segue com um tom bastante

cauteloso. Em suas comunicações recentes, a principal

mensagem transmitida pela autoridade monetária é não

haver espaço para corte de juros no curto prazo. O BCB

deixou claro que o início do ciclo de flexibilização exigirá

uma combinação mais benigna da inflação corrente, das

expectativas para 2017 e de algum avanço material na

agenda fiscal. Por ora, acreditamos que o início do corte

de juros acontecerá em outubro, mas vemos riscos

crescentes deste início ser postergado.

Sobre a agenda fiscal, deveremos ver avanços até

outubro. Com o fim do recesso legislativo, o foco em

agosto será a votação das medidas de ajuste fiscal e,

obviamente, a conclusão do processo de impeachment.

O novo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo

Maia (DEM-RJ), se comprometeu com o presidente

interino Michel Temer em dar celeridade às votações de

interesse fiscal, dentre elas, a referente ao Projeto de

Lei que altera a indexação da dívida dos Estados.

Concomitantemente há o andamento, dentro de

comissão especial, da Proposta de Emenda

Constitucional que limita os gastos públicos. Mesmo

com os enormes desafios que o governo enfrenta,

avaliamos que haverá avanço na agenda fiscal dentro

do Congresso nos próximos meses.

Apesar de todo o esforço de reformas de médio prazo, a

situação fiscal de curto prazo segue bastante delicada.

O governo enviou proposta de meta fiscal para 2017

com déficit de R$ 139 bilhões (aproximadamente 2,0%

do PIB). Na nossa avaliação, para o governo cumprir a

meta, é necessário que haja avanço na agenda de

reformas, de modo a garantir que a recuperação da

confiança seja efetivamente transmitida para o lado real,

e de receitas extraordinárias, como vendas de ativos,

receitas com concessões, etc.

Por fim, vale destacar que o setor externo continua

gerando notícias positivas. A balança comercial de julho

apresentou superávit recorde para o mês, mostrando ser

o principal fator de melhora das contas externas no ano.

No entanto, para os próximos trimestres a tendência é

de abrandamento desta melhora, em razão do início de

estabilização da atividade econômica doméstica e da

apreciação do Real.

No geral, a retomada de uma condução correta da

política econômica no Brasil começa a produzir sinais

positivos. Ter uma meta fiscal transparente, com um

esforço de endereçar as questões de médio prazo, e a

clareza na comunicação do BCB, com compromisso

reforçado com o atingimento da meta de inflação, tem

gerado efeitos positivos sobre o sentimento dos agentes

econômicos. Avaliamos que o avanço da agenda fiscal

no Congresso será fundamental para a consolidação de

um círculo virtuoso para a economia brasileira.

Início do processo de consolidação fiscal já tem reflexos positivos nos

indicadores de confiança

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O mês de julho no cenário internacional

foi marcado pelas reações ao referendo

do Reino Unido, que votou a favor da

saída da União Europeia. O consenso de

que este evento ocasionará uma

desaceleração no crescimento global tem

pressionado as taxas de juros globais

para baixo. A expectativa de novos

estímulos monetários por parte dos

bancos centrais dos países desenvolvidos

tem ampliado este movimento e os

mercados brasileiros tem se beneficiado

deste ambiente.

Vale destacar a postura do Banco Central

Brasileiro, visando a convergência das

expectativas de inflação para o centro da

meta, o que tem colaborado com a boa

performance dos ativos com vencimento

mais longo. No entanto, a alta nos preços

de alimentos continua pressionando os

dados recentes de inflação, o que dificulta

a precificação de um início imediato de

afrouxamento monetário.

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MERCADORenda Fixa

Renda Variável

O Ibovespa encerrou o mês de julho com forte

alta de 11,2% em Reais e 10,2% em Dólares,

contra uma alta de 5,4% em média dos outros

mercados emergentes, todos medidos em

dólar.

No mercado internacional, destacamos a alta

de 6,7% do minério de ferro, devido ao

crescimento melhor do que esperado da

economia chinesa e a uma oferta menor do

produto. No entanto, o petróleo apresentou

queda de 14%.

Ademais, os dados mais fracos de crescimento

nos Estados Unidos reforçam a percepção de

um ambiente global de alta liquidez, o que

beneficia o mercado de ações e especialmente

os mercados emergentes. Nesse contexto,

vale destacar a forte entrada de recursos

estrangeiros na bolsa brasileira no último mês,

cujo montante se aproximou de R$ 4,6 bilhões.

Em relação à performance das ações, a

maioria dos setores apresentou fortes

performances. O destaque positivo ficou por

conta das siderúrgicas (USIM5 +90.4%,

CSNA3 +41.6% e GGBR4 +31.6%). As ações

reagiram bem à possiblidade de

implementação de tarifa antidumping contra o

aço da China e da Rússia, que são os maiores

exportadores para o Brasil.

Por outro lado, com desempenho negativo

mencionamos o setor de serviços financeiros,

papel e celulose e aviação. Vale destacar as

ações da Embraer (queda de -15.3% no mês),

que já vinham sofrendo com a valorização do

Real frente ao dólar e, adicionalmente, com a

divulgação resultados financeiros mais fracos.

Mencionamos também as performances de

Fibria (-8.1%) e Suzano (-12.4%), impactadas

negativamente pela valorização do Real e pela

queda do preço da celulose nos mercados

internacionais

CIOEduardo Castro

Departamento EconômicoRicardo Denadai

Danilo Passos

Clayton Calixto

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