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CIMPOR Cimentos de Portugal, SGPS, S. A. Rua Alexandre Herculano, 35 | 1250-009 LISBOA | PORTUGAL Tel. (+351) 21 311 8100 | Fax. (+351) 21 356 1381 Sociedade Aberta | Número único de Pessoa Colectiva e Cons. Reg. Com. de Lisboa: 500 722 900 | Capital Social 672 000 000 Euros

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CIMPOR – Cimentos de Portugal, SGPS, S. A.

Rua Alexandre Herculano, 35 | 1250-009 LISBOA | PORTUGAL

Tel. (+351) 21 311 8100 | Fax. (+351) 21 356 1381

Sociedade Aberta | Número único de Pessoa Colectiva e Cons. Reg. Com. de Lisboa: 500 722 900 | Capital Social 672 000 000 Euros

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ÍNDICE

Relatório de Gestão Sobre a Atividade Consolidada 4

Declaração de Conformidade 15

Demonstrações Financeiras Condensadas Consolidadas 16

Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas 21

Lista dos Titulares de Participações Sociais Qualificadas 48

Informações Exigidas por Diplomas Legais 49

Relatório de Revisão Limitada 50

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Resultados penalizados por adversidade económica

condicionamento de operações e imparidade no Brasil

EBITDA foi impactado positivamente pelo crescimento de Moçambique, Paraguai e Cabo Verde

apesar de não ser suficiente para contrariar o abrandamento observado no Brasil, Portugal e Egito.

Argentina liderou o contributo para o EBITDA.

O Volume de Vendas de cimento e clínquer ascende a 12 milhões de tons no 1º semestre. O

consumo abrandou no Brasil (crise política e económica) e na Argentina (na sequência do

programa de ajustamento do novo governo), assistindo-se também a uma contração nas

exportações (em função da descida de preços das commodities).

Apesar da melhoria observada no preço médio, o Volume de Negócios de 897 milhões de euros,

contraiu 31% (11% excluindo impacto cambial negativo de 290 milhões de euros).

O EBITDA de 170 milhões de euros registou uma quebra de 39%, apesar das iniciativas de

eficiência operacional e menor participação no negócio de betão no Brasil, mitigarem o

abrandamento da atividade e a penalização cambial de 63 milhões de euros.

Destaques por Unidade de Negócio:

Brasil – setor da construção afetado por excecional instabilidade política-económica ;

Argentina – apresentou o maior contributo para o EBITDA apesar da desvalorização do

peso anular o crescimento em euros;

Paraguai – EBITDA do 2ºT reflete conclusão do rump-up;

Egito – intensificação da concorrência enquanto indústria adapta matriz energética;

Moçambique – crescimento apesar do peso da instabilidade política-económica no

consumo de cimento;

África do Sul – recuperação comercial. Paragens para manutenção mitigaram evolução

do EBITDA;

Portugal – retração do mercado interno e menores preços das commodities afetaram

exportações;

Cabo Verde – crescimento do mercado de cimento superou trimestre anterior.

Resultado Líquido deteriorou-se para 527 milhões de euros negativos, refletindo uma imparidade

não recorrente de 433 milhões de euros no goodwill do Brasil -, um menor EBITDA, e registo

cambial negativo em Resultados Financeiros.

Ativo ascende a 5.354 milhões de euros, com disciplina de CAPEX. Dívida Líquida cifrou-se em

3.415 milhões de euros. Capital próprio (-171 milhões de euros) delapidado por registo de

imparidades – Brasil.

2016 2015 Var. % 2016 2015 Var. %

Vendas cimento e clínquer (milhares ton) 11.791,7 14.044,4 -16,0 5.761,7 7.251,2 -20,5

Volume de Negócios (milhões de Euros) 897,3 1.302,8 -31,1 443,2 666,2 -33,5

EBITDA (milhões de Euros) 170,1 279,2 -39,1 90,1 155,8 -42,2

Resultado Líquido (milhões de Euros) (1) (526,7) (7,0) s.s. (486,0) 10,2 s.s.

(1) Atribuível a Detentores de Capital

Jan - Jun 2º Trimestre

PRINCIPAIS INDICADORES

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1. Desempenho Operacional

Vendas

Contração de mercado no Brasil, ajuste na Argentina e abrandamento de exportações

As vendas de cimento e clínquer no primeiro semestre de 12 milhões de toneladas, ficaram 16%

aquém de igual período de 2015, agravadas pela contração de consumo e aumento de

concorrência em determinadas geografias observados no 2º trimestre.

A instabilidade política e económica no Brasil neste 1º semestre impactou o desemprego e o

investimento, retraindo a atividade de construção e como tal o consumo de cimento estimado em

cerca de 15%. A par da redução da procura, assistiu-se ainda a um aumento de concorrência no

mercado Brasileiro em face da entrada de nova capacidade de produção no mercado.

Na Argentina, a Loma Negra reafirmou a sua liderança de mercado, num semestre de esperado

ajustamento da procura na sequência do programa de ajuste do novo governo. No Paraguai, o

esforço operacional da Cimpor - rump-up da sua nova capacidade e conquista de novos clientes

e mercados - a par do momento favorável do mercado, permitiu uma intensificação do

crescimento nas vendas de 14,7% já no 2º trimestre.

Em Portugal assistiu-se a uma contração de consumo interno (9%) em face da conclusão de 2

obras proeminentes do setor de infraestruturas em 2015 e atraso no arranque das empreitadas

públicas em 2016. Por outro lado, observou-se uma queda de 40% das exportações, em face da

falta de divisas internacionais dos mercados africanos num contexto menos favorável de preços

de commodities face ao período homólogo.

As vendas em África mantiveram-se estáveis face ao ano anterior. Se no Egito se assistiu a um

decréscimo de vendas – 12% num ambiente de forte concorrência -, nos demais países a Cimpor

registou um acréscimo deste indicador. A Cimentos de Moçambique beneficiou de importações

no mercado local menos competitivas, registando um crescimento de 2 dígitos nos volumes de

vendas, enquanto Cabo Verde registou um crescimento de 17% de vendas por força do

dinamismo das obras do setor do turismo e do programa de investimento localmente em curso.

2016 2015 Var. % 2016 2015 Var. %

Brasil 4.288 5.379 -20,3 2.021 2.648 -23,7

Argentina 2.772 3.226 -14,1 1.364 1.710 -20,3

Paraguai 201 196 2,8 112 98 14,7

Portugal 1.523 2.367 -35,7 793 1.248 -36,4

Cabo Verde 104 89 17,4 55 43 28,1

Egito 1.560 1.769 -11,8 708 898 -21,1

Moçambique 782 664 17,8 414 372 11,2

África do Sul 658 625 5,2 342 319 7,5

11.889 14.315 -16,9 5.810 7.336 -20,8

-97 -271 -64,1 -48 -84 -43,2

11.792 14.044 -16,0 5.762 7.251 -20,5

(Milhares de toneladas)Jan - Jun

Sub-Total

Eliminações Intra-Grupo

Total Consolidado

2º Trimestre

VENDAS DE CIMENTO E CLÍNQUER - DESAGREGAÇÃO POR UN

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Volume de Negócios

Intensificação do dinamismo comercial mitiga contração de vendas e efeitos cambiais

O Volume de Negócio somou 897 milhões de euros, contra os 1.303 milhões do ano anterior

registados no 1º semestre de 2015. Registando-se um aumento do preço médio de venda de

cimento, o abrandamento do Volume de Negócios fica a dever-se à contração da atividade

observada, mas, fundamentalmente, ao impacto desfavorável das evoluções cambiais face ao

euro (290 milhões de euros).

O reforço das iniciativas comerciais da Cimpor no 2º trimestre, acabaram por mitigar o

agravamento da contração do volume de vendas registado neste período.

Em moeda local e face ao 1º semestre de 2015, destaca-se a performance positiva da Argentina

(+19%), mas também da generalidade das operações em África - com especial notoriedade para

Moçambique onde se observou um crescimento superior a 30%.

Na Argentina, o dinamismo e posicionamento comercial da Loma Negra permitiram contrariar o

ajuste de mercado e a depreciação da moeda local (38%) face ao euro. Tal ficou também bem

patente, em Moçambique e na África do Sul, onde a Cimpor incrementou a sua quota de mercado

não prescindindo dos ajustamentos de preço em linha com a pressão inflacionista dos seus

custos.

No Brasil, o contexto de incerteza política e económica excecional no 1º semestre travou o setor

da construção, condicionando a procura de cimento tanto nas áreas de infraestruturas como

residencial, enquanto a indústria entrou com novas entradas de capacidade de produção levando

a um aumento da concorrência (afetando preços e volumes). Já em agosto foi observada uma

recuperação dos preços.

2016 2015 Var. % 2016 2015 Var. %

257 474 -45,8 122 228 -46,5

269 364 -26,2 135 196 -31,0

23 27 -14,9 13 13 -3,1

114 151 -24,0 61 80 -24,0

17 14 26,4 9 7 32,1

96 124 -22,5 43 63 -31,3

64 73 -12,8 30 41 -26,6

49 61 -19,3 26 31 -16,5

Trading / Shipping 83 173 -52,2 35 85 -59,4

Outras 22 24 -4,8 11 12 -1,1

995,2 1.484,7 -33,0 484,4 754,7 -35,8

-98 -182 -46,2 -41 -89 -53,4

897,3 1.302,8 -31,1 443,2 666,2 -33,5

VOLUME DE NEGÓCIOS - DESAGREGAÇÃO POR UN

Egito

Moçambique

2º Trimestre

Total Consolidado

Jan - Jun

Sub-Total

(Milhões de Euros)

Eliminações Intra-Grupo

Brasil

Argentina

África do Sul

Paraguai

Portugal

Cabo Verde

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EBITDA

Menores diluições de custos fixos e performance dos câmbios afetam os resultados de

iniciativas de eficiência

A Cimpor registou um EBITDA de 170,1 milhões de euros, que compara com 279,2 milhões de

euros do 1º semestre de 2015. Este resultado foi especialmente condicionado pelo contexto

desfavorável em três mercados – Brasil, Egito e Portugal – e pela diluição de custos fixos inerente

à contração de atividade, mas também pela depreciação de todas as moedas locais face ao

Euro. Excluindo o impacto cambial negativo de 63 milhões de euros, a contração do EBITDA

seria contida a 21%.

No Brasil, a postura comercial mais forte, a par das medidas de ajustamento da estrutura de

custos ao presente contexto - racionalização da rede industrial e diversas iniciativas com impacto

em SG&A – (apesar de preparar esta unidade para os primeiros sinais de recuperação do 3º

trimestre), não foram ainda suficientes para inverter a diminuição de resultados a que se vem

assistindo.

No Egito, a margem EBITDA registou já no 2º trimestre um aumento de 3,2 p.p. com o processo

de otimização da matriz energética. Uma tendência que, a partir de setembro, será impulsionada

pela antecipação da entrada em funcionamento do moinho de carvão. Ainda assim, a pressão

concorrencial no primeiro semestre (pré otimização energética) impossibilitou o crescimento do

EBITDA.

Em Portugal, apesar do abrandamento das exportações e do consumo interno se aproximar dos

valores de 2014, as iniciativas de otimização operacional e a gestão das licenças de CO2, 10

milhões de euros (vs. 14 milhões de euros no 1º semestre de 2015) permitiram que o EBITDA

atingido fosse superior ao de 2014, mas ainda assim abaixo do primeiro trimestre de 2015.

Na Argentina, apesar do abrandamento do mercado, a Loma Negra demonstrou capacidade para

mitigar o incremento dos custos (pressionados pela inflação) mantendo a margem EBITDA

estável no semestre, e mostrando-se mais eficiente incrementando a geração de EBITDA em

moeda local em 16%.

No Paraguai, a Cementos Yguazu, alavancada no sucesso da sua estratégia comercial

apresentou uma recuperação no 2º trimestre, superando EBITDA do ano anterior em (+25% face

ao 2ºtrimestre de 2015) e incrementando a margem EBITDA em 8 p.p., voltando a destacar-se

pela apresentação da maior margem operacional no portfólio da Cimpor (37%).

Na África do Sul o desempenho comercial positivo tem sido neutralizado por aumento dos custos

das matérias-primas, de intervenções de manutenção e depreciação cambial. Ainda assim o 2º

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trimestre registou uma melhoria de desempenho, traduzido num ligeiro incremento da margem

EBITDA.

Em Moçambique, a capacidade comercial permitiu aumentar a presença no mercado e repercutir

os aumentos dos custos gerados pela depreciação do Metical em relação ao Dólar na evolução

dos preços, permitindo um incremento acumulado de EBITDA no 1º semestre, apesar dos efeitos

dos constrangimentos político/económicos observados recentemente.

A margem EBITDA da Cimpor apresenta uma evolução positiva ao longo do 1º semestre,

incrementando de 17,6% no 1º trimestre para 20,3% no 2º trimestre. Contudo, foi ainda inferior

à registada em igual período do ano anterior.

2. Amortizações, Provisões e Imparidades

Registo não recorrente de imparidade no Brasil

As Amortizações, Provisões e Imparidades atingiram 528 milhões de euros. O acréscimo face

aos 101 milhões de euros de igual período do ano anterior, deveu-se essencialmente ao

reconhecimento de uma imparidade no goodwill do Brasil. Apesar do indubitável potencial do

mercado brasileiro, quer pelas suas características demográficas quer pelas carências de

infraestruturas e residenciais bem patentes, o reflexo nas perspetivas para os indicadores

económico / financeiros do presente contexto político / económico, determinou em face dos

devidos testes de imparidade um ajuste contabilístico de 433 milhões de euros.

2016 2015 Var. % 2016 2015 Var. %

Brasil 29,2 82,3 -64,5 12,1 41,7 -71,0

Argentina e Paraguai 70,9 95,8 -26,0 35,8 51,4 -30,4

Portugal e Cabo Verde 24,3 35,6 -31,7 16,1 25,9 -37,8

África 43,0 58,5 -26,5 25,3 31,5 -19,8

Trading / Shipping e Outros 2,8 7,1 -60,1 0,9 5,3 -83,9

Consolidado 170,1 279,2 -39,1 90,1 155,8 -42,2

Margem EBITDA 19,0% 21,4% -2,5 p.p. 20,3% 23,4% -3,1 p.p.

Jan - Jun(Milhões de Euros)

2º Trimestre

EBITDA

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3. Resultados Financeiros e Impostos

Depreciação cambial agravam Resultados Financeiros

Os Resultados Financeiros foram afetados fundamentalmente pelos efeitos contabilísticos das

oscilações cambiais em Intercompany Loans, e como tal sem impacto de caixa. Em termos

materiais regista-se o impacto da desvalorização do metical nas dívidas Intercompany em USD

da Cimentos Moçambique (cerca de 40 milhões de euros).

Os impostos evidenciam um Resultados Antes de Impostos negativos.

4. Resultado Líquido

Deterioração de EBITDA, imparidades e efeitos cambiais determinam Resultado Liquido

negativo

O Resultado Líquido reflete o abrandamento do resultado operacional, a imparidade não

recorrente no goodwill e o registo do impacto cambial tanto ao nível dos Resultados Operacionais

como Financeiros.

2016 2015 Var. % 2016 2015 Var. %

Volume de Negócios 897,3 1.302,8 -31,1 443,2 666,2 -33,5

Cash Costs Operacionais Liq. 727,1 1.023,6 -29,0 353,1 510,4 -30,8

Cash Flow Operacional (EBITDA ) 170,1 279,2 -39,1 90,1 155,8 -42,2

Amortizações, Provisões e Imparidades 527,9 100,6 424,7 483,4 51,2 844,7

Resultados Operacionais (EBIT ) -357,7 178,6 s.s. -393,3 104,6 s.s.

Resultados Financeiros -182,2 -166,8 9,2 -106,3 -91,5 16,2

Resultados Antes de Impostos -539,9 11,8 s.s. -499,6 13,1 s.s.

Impostos sobre o Rendimento -11,5 24,6 s.s. -12,5 6,1 s.s.

Resultado Líquido -528,4 -12,8 s.s. -487,2 7,0 s.s.

Atribuível a:

Detentores de Capital -526,7 -7,0 s.s. -486,0 10,2 s.s.

Interesses não Controlados -1,7 -5,8 s.s. -1,2 -3,3 s.s.

(Milhões de Euros)

Jan - Jun 2º Trimestre

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

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5. Balanço

Ativo atinge 5.354 milhões de euros, pós imparidades de goodwill. Dívida evidencia BRL

e FCF

A 30 de junho o Ativo Total ascendia a 5.354 milhões de euros, registando um abrandamento de

4,3%.

Tal ficou a dever-se fundamentalmente ao registo contabilístico não recorrente de imparidades

reconhecidas no período, nomeadamente no Brasil pelo valor de 503 milhões de euros.

Relativamente ao apuramento desta imparidade, refere-se que o risco país subjacente na

metodologia adotada se encontrava afetado pela instabilidade do cenário político-económico

observado no Brasil no ano precedente ao fecho do 1º semestre, que entretanto, a esta data, já

se encontra num patamar inferior.

O registo desta imparidade tornou negativa a rubrica Capital Próprio atribuível a Detentores de

Capital em termos consolidados, o que não se verifica nas contas da Cimpor – Cimentos de

Portugal, SGPS, SA onde ascende a 1.196 milhões de euros.

A Dívida Financeira Líquida, ascendeu a 3.415 milhões de euros, incluindo financiamentos, com

maturidade inferior a um ano, concedidos pela acionista InterCement Austria Holding GmbH no

montante de 727 milhões de euros.

Entre 31 de Dezembro de 2015 e 30 de junho de 2016, a Divida Financeira Liquida registou um

acréscimo de 11% em face da apreciação do real e do fluxo de caixa apresentado no período,

sendo que em relação a Junho de 2015 decresceu 1%.

(Milhões de Euros) 30 Jun 2016 31 Dez 2015 Var. %

Ativo

Ativos não Correntes 3.942 4.180 -5,7

Ativos Correntes

Caixa e Equivalentes 655 730 -10,3

Outros Ativos Correntes 757 685 10,5

Total do Ativo 5.354 5.595 -4,3

Capital Próprio atribuível a:

Detentores de Capital (171) 268 s.s

Interesses sem Controlo 37 41 -9,1

Total Capital Próprio (134) 309 s.s.

Passivo

Empréstimos e Locações Financeiras 4.311 4.060 6,2

Provisões e Benefícios Pós-Emprego 130 137 -5,6

Outros Passivos 1.046 1.089 -3,9

Total Passivo 5.487 5.286 3,8

Total Passivo e Capital Próprio 5.354 5.595 -4,3

SÍNTESE DO BALANÇO CONSOLIDADO

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6. Free Cash Flow

Contração de EBITDA condicionaram o Fluxo de Caixa

A 30 de junho de 2016 o valor de Caixa e Equivalentes da Cimpor ascendia a 618 milhões de

euros, tendo as exigências de caixa no 1º semestre ascendido a 216 milhões de euros. Apesar

do nível de utilização de caixa no 1º trimestre se ter mantido ao nível do ano anterior, no 2º

trimestre, ao contrário do ano anterior, observou-se uma exigência de caixa (120 milhões de

euros). Tal ficou a dever-se ao menor EBITDA, recompra de um crédito inerente a uma ação

judicial em Portugal e exigências de fundo de maneio frente às necessidades de gestão de

licenças de CO2 – pagamentos referentes a 2015 e valores a receber de vendas por alienações

já em 2016.

Comparando os juros pagos no 2º trimestre de 2016, com o valor registado em 2015, este último

beneficiou do efeito positivo de uma operação de cancelamento de um instrumento derivado.

(Milhões de Euros)1T 2T 1S Final

Ano

1T 2T 1S

EBITDA 123 156 279 526 80 90 170

Variação de Fundo de Maneio -122 21 -102 11 -77 -78 -155

Outros 1 -3 -2 -32 -15 0 -15

Atividades Operacionais 2 173 175 504 -12 12 0

Juros Pagos -73 -24 -97 -250 -51 -76 -126

Impostos Pagos -1 -27 -28 -47 -6 -13 -19

Fluxo de Caixa antes de investimentos -71 122 51 208 -69 -76 -145

CAPEX -48 -28 -76 -109 -28 -47 -76

Vendas de Ativos / Outros 8 2 10 61 1 3 4

Fluxo de Caixa para a empresa -111 96 -15 160 -96 -120 -216

Novos empréstimos e debentures 112 36 148 237 24 157 181

Pagamento de empréstimos e debentures -38 -141 -179 -411 -38 -4 -42

Dividendos 0 0 0 0 0 0 0

Outras Atividades de Financiamento 37 11 49 139 -18 10 -8

Alterações em caixa e equivalentes de caixa 0 2 2 126 -128 43 -85

Diferenças de câmbio 24 -26 -2 -63 -12 8 -4

Caixa e equivalentes de caixa, final do período 669 645 645 707 567 618 618

2015 2016

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7. Perspetivas

Atual cenário exige foco de gestão para captura de potencial futuro

Num exercício de disciplina e foco estratégico a Cimpor responde à conjugação adversa de

contextos em diversas zonas de atuação que dificultam a visibilidade a médio prazo em algumas

geografias.

No Brasil, país com um potencial indubitável para a indústria cimenteira, a recente e excecional

incerteza político-económica acompanhada da entrada de nova capacidade de produção,

penalizou as vendas e aumentou a concorrência. Sinais políticos positivos indicam um segundo

semestre com melhores expectativas quanto à economia, e por consequência ao sector

cimenteiro. O recente aumento de preço (em agosto) que associado a um esperado processo de

recuperação de preços, devem permitir uma recuperação de margens EBITDA.

Já na Argentina, o programa de ajustamento económico, permite antecipar um estímulo de

consumo. Após o pico de consumo observado em 2015 – ano de eleições com vendas record -,

2017 deverá estabelecer um novo record. Com consequente impacto na margem EBITDA, que

já hoje beneficia do pronunciado dinamismo comercial da Loma Negra. Um posicionamento, que,

por seu turno, vem consolidando a atividade da Cimpor nesta geografia e ensejando a sua

preparação para o novo ciclo de crescimento que já se desenha.

No Paraguai, apesar de economicamente contagiado pelos constrangimentos dos países

vizinhos, continua a evidenciar perspetivas de crescimento de consumo de cimento, estando a

Cimpor operacionalmente dotada das condições ideais para a captura deste crescimento local.

Portugal apresenta-se como uma economia de perfil maduro sem expectativas de oscilações

expressivas de evolução do PIB. Todavia, momentaneamente, o mercado interno do cimento

continua a ser afetado pela presente falta de investimento, público ou privado. Ainda assim, o

processo em curso de otimização da estrutura produtiva local deverá possibilitar uma

recuperação da margem EBITDA para cerca de 25%.

A evolução bastante positiva das operações em Cabo Verde, essencialmente devido aos

investimentos em empreendimentos turísticos, irá contribuir positivamente para o EBITDA desta

Unidade de Negócio.

No Egito as perspetivas de consumo de cimento permanecem positivas alavancadas no potencial

do setor residencial mas também das grandes infraestruturas (Zona Industrial no Canal do Suez,

Novo Centro Urbano, etc…), apesar de algumas incertezas macroeconómicas. Ainda que se

esteja a materializar uma intensificação da concorrência local, a incisiva estratégia comercial por

parte da Cimpor, tem permitido suster os seus clientes de referência num período de otimização

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RELATÓRIO FINANCEIRO INTERCALAR CONSOLIDADO 1º SEMESTRE DE 2016

Pág. 13 | 51 CIMPOR – CIMENTOS DE PORTUGAL, SGPS, S.A.

da matriz energética. A entrada em funcionamento do novo moinho de carvão (atualmente em

fase de testes), acarreta um fator de competitividade determinante com reflexo direto na margem

EBITDA local que deverá recuperar significativamente face ao atual patamar.

Em Moçambique, a presente instabilidade política/económica prejudica o otimismo com que

vinha sendo seguido o desenvolvimento do mercado local. Contudo, as otimizações que se têm

realizado nas operações, tanto ao nível industrial, comercial, organizacional e humano, têm

permitido minimizar impacto da incerteza vivida no país e superar os resultados do ano anterior,

preparando a companhia para o aumento da concorrência previsto para 2017, focada no

potencial desta UN.

Por fim, na África do Sul, aguarda-se com expectativa o desenvolvimento do programa nacional

de infraestruturas, assumindo-se um aumento do volume de vendas, em linha com o crescimento

do mercado, como resultado da bem-sucedida estratégia comercial que tem mitigado o efeito da

entrada de novas capacidades de produção no país.

A estratégia consolidada da Cimpor manter-se-á especialmente norteada pelo aumento de

eficiência – otimização da rede industrial, implementação transversal de projetos de aumento de

eficiência, extraindo sinergias, replicando melhores práticas e promovendo o desenvolvimento

de produtos e processos - e pela preparação da desalavancagem financeira, privilegiando a

disciplina e rigor na gestão de fundo de maneio e capex, e, simultaneamente, auscultando

hipóteses pontuais de monetização de ativos non-core e alienação de participações minoritárias.

8. Ações Próprias

A 30 de junho de 2016, o capital social da CIMPOR – Cimentos de Portugal, SGPS, S.A.,

encontrava-se representado por 672.000.000 ações, com o valor nominal de um euro cada, todas

elas admitidas à negociação na Euronext Lisboa.

Em 31 de dezembro do ano transato, a Cimpor detinha em carteira 5.906.098 ações próprias,

não tendo alienado ou adquirido ações no primeiro semestre de 2016, pelo que o número de

ações próprias permanece inalterado em 30 de junho de 2016.

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RELATÓRIO FINANCEIRO INTERCALAR CONSOLIDADO 1º SEMESTRE DE 2016

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9. Acontecimentos Societários mais Relevantes do 1ºS 2016

Data

Resumo

24 fevereiro Anúncio dos Resultados Consolidados do exercício de 2015

4 março Cimpor publica convocatória para a Assembleia Geral de 30 de março de

2016

9 março Cimpor comunica renúncia de Gueber Lopes ao cargo desempenhado na

Comissão de Fixação de Remunerações

30 março Assembleia Geral Anual de 2016 deliberou aprovar os documentos de

prestação de contas relativos ao exercício de 2015, prevendo a não

distribuição de dividendos; sendo todos os restantes pontos da ordem do

dia foram aprovados.

31 maio Apresentação de Resultados do 1º Trimestre de 2016

10. Eventos Subsequentes

Comunicados sobre a oferta de compra de bonds

A 11 de julho a InterCement Participações, S.A. (“InterCement”) anunciou uma Cash Tender

Offer (“Tender Offer”) de compra de todas ou qualquer das 5.750% Senior Notes due 2024

(“Obrigações”) emitidas pela sua subsidiária Cimpor Financial Operations B.V..

A 8 de agosto, a InterCement comunicou ter sido informada que à data de encerramento da

referida oferta (5 de agosto), o montante (capital) das Obrigações validamente oferecidas nos

termos da Tender Offer ascendia a USD 83.142.000, ou seja 12.4% das Obrigações em mercado

(i.e., excluindo as Obrigações detidas pela InterCement e suas subsidiárias), tendo todas estas

sido adquiridas pela InterCement nos termos da Tender Offer. No que respeita à solicitação de

consentimento para introdução de alterações no contrato que regula as Obrigações relativa a

esta oferta, a InterCement não angariou o necessário consentimento. Como tal, não foi

executada a alteração no referido contrato.

Alienação da Cimpship A 26 de julho de 2016 foi alienada uma participação na sociedade Cimpship – Transporte

Marítimos, S.A. pelo montante de 7,2 milhões de euros.

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RELATÓRIO FINANCEIRO INTERCALAR CONSOLIDADO 1º SEMESTRE DE 2016

Pág. 15 | 51 CIMPOR – CIMENTOS DE PORTUGAL, SGPS, S.A.

11. Declaração de conformidade

(nos termos da alínea c) do n.º 1 do artigo 246.º do Código dos Valores Mobiliários)

Tanto quanto é do nosso conhecimento: a informação prevista na alínea a) do n.º 1 do artigo

246.º do Código dos Valores Mobiliários foi elaborada em conformidade com as normas

contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do ativo e do passivo, da

situação financeira e dos resultados da Cimpor – Cimentos de Portugal, SGPS, S.A., e das

empresas incluídas no perímetro de consolidação (Grupo Cimpor); e o relatório de gestão

intercalar expõe fielmente as informações exigidas nos termos do n.º 2 do mesmo artigo.

Lisboa, 31 de agosto de 2016

O Conselho de Administração

Armando Sérgio Antunes da Silva Paulo Sérgio de Oliveira Diniz

Ricardo Fonseca de Mendonça Lima José Édison Barros Franco

António Henrique de Pinho Cardão António Soares Pinto Barbosa

Pedro Miguel Duarte Rebelo de Sousa

Daniel Proença de Carvalho

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RELATÓRIO FINANCEIRO INTERCALAR CONSOLIDADO 1º SEMESTRE DE 2016

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RELATÓRIO FINANCEIRO INTERCALAR CONSOLIDADO 1º SEMESTRE DE 2016

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Demonstração Condensada do Resultado e de Outro Rendimento Integral Consolidado dos Semestres e Trimestres findos em 30 de junho de 2016 e 2015 (Montantes expressos em milhares de euros)

Notas 2016 2015 2016 2015

Proveitos operacionais:

Vendas e prestações de serviços 6 897.294 1.302.798 443.161 666.170

Outros proveitos operacionais 22.947 44.017 17.690 34.351

Total de proveitos operacionais 920.241 1.346.815 460.850 700.520

Custos operacionais:

Custo das vendas (197.703) (311.386) (95.819) (149.468)

Fornecimentos e serviços externos (409.515) (559.929) (202.445) (289.094)

Custos com o pessoal (129.318) (168.639) (66.186) (86.354)

Amortizações, depreciações e perdas por imparidade no goodwill e em

ativos fixos tangíveis e intangíveis 6 (526.973) (101.303) (482.994) (51.307)

Provisões 6 e 17 (923) 685 (399) 137

Outros custos operacionais (13.556) (27.617) (6.311) (19.805)

Total de custos operacionais (1.277.989) (1.168.189) (854.154) (595.891)

Resultado operacional 6 (357.748) 178.625 (393.304) 104.630

Custos e proveitos financeiros, líquidos 6 e 7 (182.486) (167.913) (106.721) (91.596)

Resultados relativos a empresas associadas 6 e 7 230 715 160 243

Resultados relativos a investimentos 6 e 7 86 363 215 (169)

Resultado antes de impostos 6 (539.917) 11.790 (499.649) 13.108

Impostos sobre o rendimento 6 e 8 11.505 (24.624) 12.463 (6.146)

Resultado líquido dos períodos 6 (528.412) (12.834) (487.186) 6.961

Outros rendimentos e gastos reconhecidos em capital próprio:

Que não serão subsequentemente reclassificados para custos e proveitos:

Ganhos e perdas atuariais em responsabilidades com o pessoal (1.506) 1.031 (1.512) 781

Que poderão vir a ser subsequentemente reclassificados para custos e proveitos:

Instrumentos financeiros de cobertura (5.076) 16.328 (633) 15.388

Variação nos ajustamentos de conversão cambial 93.100 (114.096) 139.262 (73.105)

Resultados reconhecidos diretamente no capital próprio 86.518 (96.737) 137.117 (56.937)

Rendimento integral consolidado dos períodos (441.894) (109.571) (350.069) (49.975)

Resultado líquido dos períodos atribuível a:

Detentores do capital 10 (526.714) (6.984) (485.974) 10.214

Interesses sem controlo 6 (1.698) (5.850) (1.212) (3.253)

(528.412) (12.834) (487.186) 6.961

Rendimento integral consolidado dos períodos atribuível a:

Detentores do capital (438.660) (102.833) (348.592) (43.633)

Interesses sem controlo (3.234) (6.738) (1.477) (6.342)

(441.894) (109.571) (350.069) (49.975)

Resultado por ação das operações:

Básico 10 (0,79) (0,01) (0,73) 0,02

Diluído 10 (0,79) (0,01) (0,73) 0,02

2º trimestre

O anexo faz parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas em 30 de junho 2016.

1º semestre

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RELATÓRIO FINANCEIRO INTERCALAR CONSOLIDADO 1º SEMESTRE DE 2016

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Demonstração Condensada da Posição Financeira Consolidada em 30 de junho de 2016 e 31 de dezembro de 2015 (Montantes expressos em milhares de euros)

Notas Junho 2016 Dezembro 2015

Ativos não correntes:

Goodwill 11 1.194.698 1.531.291

Ativos intangíveis 29.299 26.867

Ativos fixos tangíveis 12 2.221.727 2.166.141

Investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos 6 7.979 10.612

Outros investimentos 8.171 7.809

Outras dívidas de terceiros 42.912 34.625

Estado e outros entes públicos 32.741 27.776

Outros ativos não correntes 19 227.045 238.895

Ativos por impostos diferidos 8 177.172 135.572

Total de ativos não correntes 3.941.744 4.179.588

Ativos correntes:

Existências 428.256 390.802

Clientes e adiantamentos a fornecedores 174.526 163.772

Outras dívidas de terceiros 53.591 46.754

Estado e outros entes públicos 61.104 53.243

Caixa e equivalentes de caixa 20 655.193 730.387

Outros ativos correntes 19 31.876 30.202

1.404.545 1.415.161

Ativos não correntes detidos para venda 12 7.245 -

Total de ativos correntes 1.411.790 1.415.161

Total do ativo 6 5.353.534 5.594.749

Capital próprio:

Capital 13 672.000 672.000

Ações próprias 14 (27.216) (27.216)

Ajustamentos de conversão cambial 15 (989.401) (1.084.050)

Reservas 292.661 299.256

Resultados transitados 407.620 478.849

Resultado líquido do exercício 10 (526.714) (71.231)

Capital próprio atribuível a acionistas (171.050) 267.609

Interesses sem controlo 37.299 41.046

Total de capital próprio 6 (133.751) 308.655

Passivos não correntes:

Passivos por impostos diferidos 8 425.265 418.515

Benefícios pós-emprego 18.491 16.107

Provisões 17 108.043 105.545

Empréstimos 18 3.351.451 3.942.862

Outras dívidas a terceiros 11.977 16.668

Estado e outros entes públicos 15.018 5.222

Outros passivos não correntes 19 14.868 5.843

Total de passivos não correntes 3.945.114 4.510.762

Passivos correntes:

Benefícios pós-emprego 900 899

Provisões 17 2.271 14.912

Empréstimos 18 959.809 117.182

Fornecedores e adiantamentos de clientes 232.254 258.609

Outras dívidas a terceiros 131.507 168.507

Estado e outros entes públicos 56.849 49.955

Outros passivos correntes 19 158.582 165.268

Total de passivos correntes 1.542.171 775.332

Total do passivo 6 5.487.285 5.286.094

Total do passivo e capital próprio 5.353.534 5.594.749

O anexo faz parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas em 30 de junho de 2016.

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RELATÓRIO FINANCEIRO INTERCALAR CONSOLIDADO 1º SEMESTRE DE 2016

Pág. 19 | 51 CIMPOR – CIMENTOS DE PORTUGAL, SGPS, S.A.

Demonstração Condensada das Alterações no Capital Próprio Consolidado dos Semestres findos em 30 de junho de 2016 e 2015 (Montantes expressos em milhares de euros)

Notas CapitalAções

próprias

Ajustamentos

de conversão

cambial

ReservasResultados

transitados

Resultado

líquido

Capital próprio

atribuível a

acionistas

Interesses

sem controlo

Total do

capital próprio

Saldo em 31 de dezembro de 2014 672.000 (27.216) (462.584) 267.273 451.692 27.207 928.371 50.020 978.391

Resultado líquido do período 6 - - - - - (6.984) (6.984) (5.850) (12.834)

Outros rendimentos e gastos reconhecidos em capital próprio - - (113.216) 17.367 - - (95.849) (888) (96.737)

Total do rendimento consolidado integral - - (113.216) 17.367 - (6.984) (102.833) (6.738) (109.571)

Aplicação do resultado consolidado de 2014:

Transferência para resultados transitados - - - - 27.207 (27.207) - - -

Dividendos distribuídos - - - - - - - (694) (694)

Variações de participações financeiras e outros - - - - 170 - 170 235 405

Saldo em 30 de junho de 2015 6 672.000 (27.216) (575.800) 284.640 479.068 (6.984) 825.708 42.823 868.531

Saldo em 31 de dezembro de 2015 672.000 (27.216) (1.084.050) 299.256 478.849 (71.231) 267.609 41.046 308.655

Resultado líquido do período 6 - - - - - (526.714) (526.714) (1.698) (528.412)

Outros rendimentos e gastos reconhecidos em capital próprio - - 94.649 (6.595) - - 88.054 (1.536) 86.518

Total do rendimento consolidado integral - - 94.649 (6.595) - (526.714) (438.660) (3.234) (441.894)

Aplicação do resultado consolidado de 2015:

Transferência para resultados transitados - - - - (71.231) 71.231 - - -

Dividendos distribuídos - - - - - - - (512) (512)

Variações de participações financeiras e outros - - - - 1 - 1 - 1

Saldo em 30 de junho de 2016 6 672.000 (27.216) (989.401) 292.661 407.620 (526.714) (171.050) 37.299 (133.751)

O anexo faz parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas em 30 de junho de 2016.

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RELATÓRIO FINANCEIRO INTERCALAR CONSOLIDADO 1º SEMESTRE DE 2016

Pág. 20 | 51 CIMPOR – CIMENTOS DE PORTUGAL, SGPS, S.A.

Demonstração Condensada dos Fluxos de Caixa Consolidados dos Semestres e Trimestres findos em 30 de junho de 2016 e 2015 (Montantes expressos em milhares de euros)

Notas 2016 2015 2016 2015

Atividades operacionais:

Fluxos das atividades operacionais (1) (18.924) 147.698 (743) 146.220

Atividades de investimento:

Recebimentos provenientes de:

Fundos exclusivos e outros investimentos 12.647 50.366 12.224 12.207

Ativos fixos tangíveis 1.627 8.614 995 728

Juros e proveitos similares 3.370 4.112 656 2.079

Dividendos 869 1.506 727 1.356

Outros - 1 - 1

18.513 64.598 14.602 16.371

Pagamentos respeitantes a:

Fundos exclusivos e outros investimentos (17.702) - (758) -

Ativos fixos tangíveis (75.394) (73.441) (47.113) (26.132)

Ativos intangíveis (174) (2.891) (77) (2.049)

Outros - - 35 -

(93.270) (76.332) (47.913) (28.182)

Fluxos das atividades de investimento (2) (74.758) (11.733) (33.310) (11.811)

Atividades de financiamento:

Recebimentos provenientes de:

Empréstimos obtidos 20 181.429 147.605 157.453 35.566

Outros - 40.066 - 39.838

181.429 187.671 157.453 75.404

Pagamentos respeitantes a:

Empréstimos obtidos 20 (42.034) (178.888) (3.687) (140.819)

Juros e custos similares (129.441) (140.620) (76.159) (66.041)

Outros (1.199) (2.060) (162) (1.156)

(172.674) (321.567) (80.008) (208.016)

Fluxos das atividades de financiamento (3) 8.755 (133.896) 77.445 (132.612)

Variação de caixa e seus equivalentes (4)=(1)+(2)+(3) (84.926) 2.069 43.392 1.797

Efeito das diferenças de câmbio e de outras transações não monetárias (4.183) (1.790) 8.194 (26.062)

Caixa e equivalentes de caixa no início do período 707.198 644.573 566.503 669.116

Caixa e equivalentes de caixa no fim do período 20 618.089 644.851 618.089 644.851

O anexo faz parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas em 30 de junho de 2016.

1º semestre 2º trimestre

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RELATÓRIO FINANCEIRO INTERCALAR CONSOLIDADO 1º SEMESTRE DE 2016

Pág. 21 | 51 CIMPOR – CIMENTOS DE PORTUGAL, SGPS, S.A.

Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas

Em 30 de junho de 2016

(Montantes expressos em milhares de euros)

ÍNDICE

1. Nota introdutória ............................................................................................................. 22

2. Bases de apresentação .................................................................................................. 22

3. Principais políticas contabilísticas .................................................................................. 22

4. Alterações no perímetro de consolidação ...................................................................... 23

5. Cotações ......................................................................................................................... 23

6. Segmentos operacionais ................................................................................................ 23

7. Resultados financeiros ................................................................................................... 26

8. Imposto sobre o rendimento ........................................................................................... 27

9. Dividendos ...................................................................................................................... 30

10. Resultados por ação ....................................................................................................... 30

11. Goodwill .......................................................................................................................... 31

12. Ativos fixos tangíveis ...................................................................................................... 34

13. Capital ............................................................................................................................. 34

14. Ações próprias ................................................................................................................ 34

15. Ajustamentos de conversão cambial .............................................................................. 35

16. Passivos e ativos contingentes, garantias e compromissos .......................................... 35

17. Provisões ........................................................................................................................ 38

18. Empréstimos ................................................................................................................... 39

19. Instrumentos financeiros derivados ................................................................................ 42

20. Notas às demonstrações de fluxos de caixa consolidadas ............................................ 43

21. Partes relacionadas ........................................................................................................ 44

22. Ativos e passivos financeiros no âmbito do IAS 39........................................................ 44

23. Eventos subsequentes ................................................................................................... 47

24. Aprovação das demonstrações financeiras ................................................................... 47

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RELATÓRIO FINANCEIRO INTERCALAR CONSOLIDADO 1º SEMESTRE DE 2016

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Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas

Em 30 de junho de 2016

(Montantes expressos em milhares de euros)

1. Nota introdutória A Cimpor - Cimentos de Portugal, SGPS, S.A. (“CIMPOR” ou “Empresa”), constituída em 26 de

março de 1976, com a designação social de Cimpor - Cimentos de Portugal, E.P., sofreu diversas

alterações estruturais e jurídicas, que a conduziram à liderança de um Grupo empresarial que

em 30 de junho de 2016 detinha atividades operacionais em 8 países: Portugal, Egito, Paraguai,

Brasil, Moçambique, África do Sul, Argentina e Cabo Verde (“Grupo Cimpor” ou “Grupo”).

O fabrico e comercialização do cimento constituem o negócio nuclear do Grupo. Betões,

agregados e argamassas são produzidos e comercializados numa ótica de integração vertical

dos negócios.

O Grupo detém as suas participações concentradas essencialmente em duas sub-holdings: (i) a

Cimpor Portugal, SGPS, S.A., que concentra as participações nas sociedades que se dedicam à

produção de cimento, betão, agregados, argamassas, artefactos de betão, e atividades conexas,

em Portugal; e, (ii) a Cimpor Trading e Inversiones, S.A., que detém as participações nas

sociedades sedeadas fora de Portugal.

2. Bases de apresentação

As demonstrações financeiras consolidadas em 30 de junho de 2016 foram preparadas em

conformidade com a IAS 34 – Relato Financeiro Intercalar, no pressuposto da continuidade das

operações a partir dos livros e registos contabilísticos da Empresa e das empresas incluídas no

perímetro de consolidação, ajustadas no processo de consolidação de modo a que as

demonstrações financeiras consolidadas estejam de acordo com as Normas Internacionais de

Relato Financeiro, tal como adotadas pela União Europeia, em vigor para o período económico

iniciado em 1 de janeiro de 2016, para efeito de relato financeiro intercalar.

3. Principais políticas contabilísticas

As políticas contabilísticas adotadas são consistentes com as utilizadas na preparação das

demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2015, e descritas no

respetivo anexo, exceto no que respeita às normas e interpretações cuja data de eficácia

corresponde aos exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2016, da adoção das quais não

resultaram impactos relevantes no resultado e no rendimento integral ou na posição financeira

do Grupo.

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RELATÓRIO FINANCEIRO INTERCALAR CONSOLIDADO 1º SEMESTRE DE 2016

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4. Alterações no perímetro de consolidação

Nos semestres findos em 30 de junho de 2016 e 2015 não ocorreram alterações no perímetro

de consolidação.

5. Cotações

As cotações utilizadas na conversão, para euros, dos ativos e passivos expressos em moeda

estrangeira, em 30 de junho de 2016 e em 31 de dezembro de 2015, bem como dos resultados

dos semestres findos em 30 de junho de 2016 e 2015, foram as seguintes:

a) A variação é calculada com base no câmbio convertido moeda local / Euros.

6. Segmentos operacionais

A principal informação relativa aos resultados dos semestres findos em 30 de junho de 2016 e

2015, dos diversos segmentos operacionais, sendo estes correspondentes a áreas geográficas

onde o Grupo opera, é a seguinte:

(a) Esta rubrica inclui; (i) sociedades holdings e tradings não afetas a segmentos específicos e

(ii) eliminações intra-grupo entre segmentos.

Junho 2016 Dezembro 2015 Var.% (a) Junho 2016 Junho 2015 Var.% (a)

USD Dólar americano 1,1033 1,0885 (1,3) 1,1151 1,1148 (0,0)

BRL Real brasileiro 3,5414 4,2504 20,0 4,1121 3,3084 (19,5)

MZN Novo metical moçambicano 69,7675 50,6181 (27,4) 58,4694 38,8297 (33,6)

CVE Escudo cabo verdiano 110,265 110,265 - 110,265 110,265 -

EGP Libra egípcia 9,7964 8,5230 (13,0) 9,7111 8,4429 (13,1)

ZAR Rand sul africano 16,2898 16,9339 4,0 17,2085 13,2877 (22,8)

ARS Peso argentino 16,5938 14,1941 (14,5) 15,8992 9,8442 (38,1)

PYG Guarani paraguaio 6.176,23 6.328,51 2,5 6.373,31 5.476,66 (14,1)

Câmbio fecho (EUR / Divisa) Câmbio médio (EUR / Divisa)

Divisa

Clientes

externos Intersegmentais Total

Clientes

externos Intersegmentais Total

Segmentos operacionais:

Brasil 256.902 288 257.190 (439.606) 474.350 - 474.350 43.235

Argentina e Paraguai 292.083 - 292.083 46.732 391.397 - 391.397 68.611

Portugal e Cabo Verde 97.008 34.208 131.216 7.645 99.585 64.329 163.915 16.760

Egito 95.901 - 95.901 10.606 123.674 - 123.674 21.112

Moçambique 64.020 - 64.020 9.245 73.444 - 73.444 7.829

África do Sul 47.884 1.454 49.338 11.494 59.113 2.054 61.167 14.268

Total 853.798 35.950 889.748 (353.884) 1.221.564 66.384 1.287.947 171.814

Não afetos a segmentos (a) 43.496 61.685 105.181 (3.863) 81.234 115.373 196.607 6.812

Eliminações - (97.635) (97.635) - - (181.757) (181.757) -

897.294 - 897.294 (357.748) 1.302.798 - 1.302.798 178.625

Custos e proveitos financeiros, líquidos (182.486) (167.913)

Resultados relativos a empresas associadas 230 715

Resultados relativos a investimentos 86 363

Resultado antes de impostos (539.917) 11.790

Impostos sobre o rendimento 11.505 (24.624)

Resultado líquido do período (528.412) (12.834)

Junho 2016 Junho 2015

Resultados

operacionais

Vendas e prestações de serviços

Resultados

operacionais

Vendas e prestações de serviços

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RELATÓRIO FINANCEIRO INTERCALAR CONSOLIDADO 1º SEMESTRE DE 2016

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No semestre findo em 30 de junho de 2016, os Resultados operacionais no Segmento “Portugal

e Cabo Verde” encontram-se influenciados pelo registo de um ganho líquido de 9.753 milhares

de euros (14.087 milhares de euros no semestre findo em junho de 2015), em resultado da

alienação de 2.250.000 licenças de emissão de CO2 (3.400.000 licenças no semestre findo em

junho de 2015).

Também neste semestre, adquiriram-se 2.940.000 licenças, pelo montante de 22.296 milhares

de euros (das quais 2.750.000 tinham sido contratadas em 2015 pelo montante de 21.156

milhares de euros). Em abril de 2016 foram restituídas 2.927.472 licenças, referentes às

emissões do ano de 2015.

De referir ainda que em resultado de processos de reestruturações em curso no Grupo, com

particular relevo na Área de negócios do Brasil, os custos não recorrentes com indemnizações

ascenderam no semestre findo em 30 de junho de 2016 a cerca de 4.600 milhares de euros

(cerca de 4.200 milhares de euros no semestre findo em 30 de junho de 2015).

O resultado líquido evidenciado corresponde à totalidade do resultado dos segmentos, sem

consideração da parte imputável a interesses sem controlo, a qual ascende aos seguintes

valores:

Outras informações:

Junho 2016 Junho 2015

Segmentos operacionais:

Argentina e Paraguai 1.969 (4.468)

Portugal e Cabo Verde 145 93

Egito 16 78

Moçambique (4.206) (1.572)

África do Sul 377 622

Não afetos a segmentos - (603)

(1.698) (5.850)

Dispêndios

de capital

fixo

Amortizações,

depreciações e

perdas por

imparidade

a) Provisões

Dispêndios

de capital

fixo

Amortizações,

depreciações e

perdas por

imparidade

a) Provisões

Segmentos operacionais:

Brasil 15.363 468.644 130 44.311 39.024 -

Argentina e Paraguai 21.811 23.872 269 31.064 26.746 468

Portugal e Cabo Verde 2.204 17.464 (816) 1.540 18.816 5

Egito 18.490 5.929 321 5.152 6.101 62

Moçambique 3.154 3.210 - 7.218 4.150 -

África do Sul 1.729 2.184 1 3.320 4.974 1

Não afetos a segmentos 695 5.670 1.018 1.660 1.492 (1.221)

63.445 526.973 923 94.265 101.303 (685)

Junho 2016 Junho 2015

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a) As perdas por imparidade incluídas nos valores indicados, quando aplicável, dizem

respeito a perdas por imparidade no goodwill e em ativos fixos tangíveis e intangíveis.

No semestre findo em 30 de junho de 2016, foram reconhecidas perdas por imparidade

em goodwill na Área de negócios do Brasil, no montante de 1.782.163 milhares de reais

(433.393 milhares de euros) e em ativos fixos tangíveis em “Não afetos a segmentos”,

de cerca de 4.300 milhares de euros (Notas 11 e 12).

Os ativos e passivos por segmento operacional e a respetiva reconciliação com o total

consolidado em 30 de junho de 2016 e em 31 de dezembro de 2015 são como segue:

Ativo Passivo Ativo líquido Ativo Passivo Ativo líquido

Segmentos operacionais:

Brasil 2.884.512 1.621.614 1.262.898 2.828.031 1.329.138 1.498.893

Argentina e Paraguai 857.487 510.888 346.599 935.899 489.177 446.722

Portugal e Cabo Verde 408.445 386.247 22.198 460.215 440.800 19.415

Egito 340.037 128.103 211.934 371.601 91.285 280.317

Moçambique 200.175 175.767 24.408 236.697 177.823 58.874

África do Sul 228.128 100.138 127.990 232.215 108.230 123.985

4.918.784 2.922.758 1.996.026 5.064.659 2.636.453 2.428.206

Não afetos a segmentos 1.008.048 3.145.804 (2.137.756) 1.084.151 3.214.315 (2.130.164)

Eliminações (581.278) (581.278) - (564.674) (564.674) -

Investimentos em associadas e

empreendimentos conjuntos 7.979 - 7.979 10.612 - 10.612

Total consolidado 5.353.534 5.487.285 (133.751) 5.594.749 5.286.094 308.655

Junho 2016 Dezembro 2015

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RELATÓRIO FINANCEIRO INTERCALAR CONSOLIDADO 1º SEMESTRE DE 2016

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7. Resultados financeiros Os resultados financeiros dos semestres findos em 30 de junho de 2016 e 2015 tinham a seguinte

composição:

(a) No semestre findo em 30 de junho de 2016, as diferenças de câmbio estão

significativamente influenciadas pelo efeito da desvalorização de moedas funcionais no

Grupo face ao USD na conversão de passivos financeiros denominados naquela moeda.

No semestre findo em 30 de junho de 2015, as diferenças de câmbio desfavoráveis e

favoráveis estavam influenciadas pelo efeito da valorização do USD face ao Euro nos

ativos e passivos denominados naquela moeda. Decorrente da contratação de

instrumentos financeiros derivados com o objetivo de cobertura da exposição cambial de

Euros face ao USD nas dívidas contratadas nesta última moeda, foram compensadas,

mediante o mecanismo de contabilidade de cobertura, diferenças de câmbio negativas

de cerca 120.000 milhares de euros.

(b) Estas rubricas são compostas por variações de justo valor dos instrumentos financeiros

derivados contratados com a finalidade de cobrirem os riscos de taxa de juro e taxa de

câmbio que não foram qualificados para efeitos de contabilidade de cobertura.

Junho 2016 Junho 2015

Custos financeiros:

Juros suportados 124.991 136.579

Diferenças de câmbio desfavoráveis (a) 110.004 107.232

Variação de justo valor:

Instrumentos financeiros derivados (b) - 6.077

- 6.077

Outros custos financeiros (c) 33.205 22.216

268.200 272.104

Proveitos financeiros:

Juros obtidos 15.101 18.141

Diferenças de câmbio favoráveis (a) 58.706 54.105

Variação de justo valor:

Instrumentos financeiros derivados (b) - 24.055

- 24.055

Outros proveitos financeiros (c) 11.907 7.890

85.714 104.191

Custos e proveitos financeiros, líquidos (182.486) (167.913)

Resultados relativos a empresas associadas:

De equivalência patrimonial:

Perdas em empresas associadas - (15)

Ganhos em empresas associadas 230 730

230 715

Resultados relativos a investimentos:

Ganhos/(Perdas) obtidos em investimentos 86 363

86 363

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(c) Nos outros custos e proveitos financeiros do Grupo incluem-se os custos e proveitos

relativos à atualização financeira de ativos e passivos, incluindo o efeito da atualização

financeira de provisões (Nota 17), os descontos de pronto pagamento, concedidos e

obtidos, e os custos com comissões, garantias e outras despesas bancárias em geral.

Nos semestres findos em 30 de junho de 2016 e 2015 está igualmente registado nesta

rubrica o efeito financeiro da operação de recompra de obrigações emitidas pela Cimpor

Financial Operations, B.V., no valor nominal de 25.236 milhares de USD e 20.650

milhares de USD, respetivamente, a qual gerou um ganho financeiro para o Grupo de

7.145 milhares de euros e 3.104 milhares de euros, respetivamente (Nota 18).

8. Imposto sobre o rendimento

As empresas do Grupo são tributadas, sempre que possível, pelos regimes consolidados

permitidos pela legislação fiscal das respetivas jurisdições em que o Grupo desenvolve a sua

atividade.

O imposto sobre o rendimento relativo aos restantes segmentos geográficos é calculado às

respetivas taxas em vigor, conforme segue:

Junho

2016

Junho

2015

Portugal 22,5% 22,5%

Brasil 34,0% 34,0%

Moçambique 32,0% 32,0%

África do Sul 28,0% 28,0%

Egito 22,5% 30,0%

Argentina 35,0% 35,0%

Paraguai 10,0% 10,0%

Áustria 25,0% 25,0%

Espanha 28,0% 28,0%

Outros 21%-25,5% 21%-25%

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Pág. 28 | 51 CIMPOR – CIMENTOS DE PORTUGAL, SGPS, S.A.

O imposto sobre o rendimento reconhecido nos semestres findos em 30 de junho de 2016 e 2015

é como segue:

As diferenças temporárias entre o valor contabilístico dos ativos e passivos e a correspondente

base fiscal foram reconhecidas conforme disposto na IAS 12 - Imposto sobre o rendimento (“IAS

12”).

De modo a facilitar a compreensão e comparabilidade do encargo de imposto, a reconciliação

da taxa de imposto nos semestres findos em 30 de junho de 2016 e 2015 não considera os

resultados negativos (cerca de 30 milhões de euros e 36 milhões de euros, respetivamente), das

entidades detentoras de divida, sobre os quais não foram registados os correspondentes efeitos

fiscais, por neste momento não existirem projeções que permitam antecipar a respetiva

recuperação. A reconciliação, desconsiderando aquele efeito, é a seguinte:

A variação na rubrica de “Diferenças de taxas de tributação” reflete o impacto dos contributos

positivos ou negativos dos resultados das empresas de jurisdições com taxas de imposto mais

elevadas.

A rubrica de “Outros” inclui os encargos associados à tributação de dividendos bem como o efeito

de ajustes de impostos de exercícios anteriores. No semestre findo em 30 de junho de 2016,

inclui ainda o registo de um encargo de imposto sobre o rendimento de cerca de 12 milhões de

euros, por liquidações adicionais efetuadas pela autoridade tributária a uma das nossas

Junho

2016

Junho

2015

Imposto corrente 32.502 34.790

Imposto diferido (44.468) (10.550)

Reforços / (Reversões) de provisões para impostos (Nota 17) 460 384

Encargo / (Proveito) do período (11.505) 24.624

Junho

2016

Junho

2015

Resultado antes de impostos (539.917) 11.790

Resultados das entidades detentores de dívida 30.456 35.861

Resultado ajustado para efeito de reconciliação (509.461) 47.651

Taxa de imposto aplicável em Portugal 22,50% 22,50%

Imposto teórico (114.629) 10.721

Perdas por imparidade no goodwill 97.513 -

Ajustes a impostos diferidos (3.972) (1.227)

Diferenças de taxas de tributação (10.670) 6.299

Outros 20.252 8.829

Custo / (Proveito) de imposto (11.505) 24.624

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empresas no Egito, por referência aos anos de 2000 a 2004. A administração da empresa

interpôs recurso judicial relativamente a tais liquidações e, suportada nos pareceres dos seus

consultores, entende que não assiste razão à autoridade tributária quanto à manutenção do

substancial de tais liquidações.

No entanto, para evitar penalidades acrescidas, foi formalizado um acordo de pagamento

faseado até ao ano 2021, o qual não implica o reconhecimento das razões que originaram tais

liquidações, nem impedirá a manutenção da continuação dos trâmites judiciais para fazer valer

a razão que se entende assistir à empresa, e que prevê expressamente a compensação de tais

valores agora acordados pagar, em caso de desfecho judicial em favor da empresa, momento

em que os valores entretanto liquidados seriam reconhecidos no ativo daquela companhia (Nota

16).

Os movimentos ocorridos nos ativos e passivos por impostos diferidos, nos semestres findos em

30 de junho de 2016 e 2015, foram os seguintes:

Ativos por impostos diferidos:

Saldo em 31 de dezembro de 2014 119.712

Efeito da conversão cambial (4.984)

Imposto sobre o rendimento 5.200

Capital próprio (1.209)

Saldo em 30 de junho de 2015 118.719

Saldo em 31 de dezembro de 2015 135.572

Efeito da conversão cambial 14.303

Imposto sobre o rendimento 25.026

Capital próprio 2.271

Saldo em 30 de junho de 2016 177.172

Passivos por impostos diferidos:

Saldo em 31 de dezembro de 2014 539.054

Efeito da conversão cambial (18.078)

Imposto sobre o rendimento (5.350)

Capital próprio 1.104

Saldo em 30 de junho de 2015 516.730

Saldo em 31 de dezembro de 2015 418.515

Efeito da conversão cambial 25.439

Imposto sobre o rendimento (19.442)

Capital próprio 753

Saldo em 30 de junho de 2016 425.265

Valor líquido a 30 de junho de 2015 (398.011)

Valor líquido a 30 de junho de 2016 (248.093)

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Os impostos diferidos são registados diretamente em capital próprio sempre que as situações

que os originam têm idêntico impacto.

9. Dividendos

Em Assembleia Geral de Acionistas realizada em 24 de fevereiro de 2016, foi proposta a não

distribuição de dividendos para o exercício de 2015. O mesmo sucedeu na Assembleia Geral de

Acionistas realizada em 25 de março de 2015 relativamente ao exercício de 2014.

10. Resultados por ação O resultado por ação, básico e diluído, dos semestres e trimestres findos em 30 de junho de

2016 e 2015 foi calculado tendo em consideração os seguintes montantes:

(a) O número médio de ações encontra-se ponderado pelo número médio de ações próprias em

cada um dos correspondentes períodos.

Pelo facto de nos semestres e trimestres findos em 30 de junho de 2016 e 2015 não existirem

efeitos diluidores do resultado por ação, o resultado diluído por ação é igual ao resultado básico

por ação.

2016 2015 2016 2015

Resultado por ação básico

Resultado para efeito de cálculo do resultado líquido por ação básico (resultado líquido do período) (526.714) (6.984) (485.974) 10.214

Número médio ponderado de ações para efeito de cálculo do resultado líquido por ação básico (milhares) (a) 666.094 666.094 666.094 666.094

(0,79) (0,01) (0,73) 0,02

1º semestre 2º trimestre

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11. Goodwill Durante os semestres findos em 30 junho de 2016 e 2015, os movimentos ocorridos nos valores

de Goodwill, bem como nas respetivas perdas por imparidade acumuladas, foram os seguintes:

Imparidade de Ativos

O Goodwill é sujeito a testes de imparidade anualmente ou sempre que se verifique a existência

de indícios de possível imparidade, os quais têm por base a determinação do valor recuperável

de cada um dos segmentos de negócio.

Atendendo ao modelo de negócio e à estrutura de relato financeiro adotado pela Administração,

o goodwill é atribuído a cada segmento operacional, tendo em consideração a existência de

sinergias entre as diversas unidades que integram cada segmento numa perspetiva de

integração vertical dos negócios.

O valor recuperável de cada grupo de unidades geradoras de caixa integrantes dos referidos

segmentos operacionais é comparado, nos testes realizados, com o correspondente valor

reconhecido dos ativos e passivos que os integram (“book value”). O valor recuperável foi

determinado com base nas projeções de fluxos de caixa que decorrem dos planos de negócio a

medio e longo prazo, adicionados de uma perpetuidade.

Ativo bruto:

Saldo em 31 de dezembro de 2014 1.953.467

Efeito da conversão cambial (85.771)

Saldo em 30 de junho de 2015 1.867.696

Saldo em 31 de dezembro de 2015 1.549.292

Efeito da conversão cambial 166.644

Saldo em 30 de junho de 2016 1.715.935

Perdas por imparidade acumuladas:

Saldo em 31 de dezembro de 2014 18.001

Saldo em 30 de junho de 2015 18.001

Saldo em 31 de dezembro de 2015 18.001

Efeito da conversão cambial 69.844

Reforços 433.393

Saldo em 30 de junho de 2016 521.238

Valor líquido a 30 de junho de 2015 1.849.696

Valor líquido a 30 de junho de 2016 1.194.698

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Alterações de cenário que levaram ao reconhecimento das imparidades no Brasil

No semestre findo em 30 de junho de 2016 foi realizado um teste de imparidade apenas para o

segmento Brasil, função da deterioração do cenário económico e político do país, conduzindo ao

registo de imparidades no valor de 503 milhões de Euros (1.782.163 milhares de reais), afetas

integralmente ao correspondente Goodwill.

Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), apesar de já haver registado forte recessão em

2015, a economia brasileira deve fechar 2016 com o segundo pior desempenho do mundo. A

estimativa é que o Produto Interno Bruto (PIB) do país "encolha" 3,5% este ano – resultado

melhor apenas que a contração de 6% esperada para a Venezuela.

No mês de maio, a agência de classificação de risco Fitch voltou a baixar a notação de crédito

do Brasil, seguindo a tendência já apontada por outras 2 grandes agências de risco (Moody’s e

Standard & Poor’s). A notação, reduzida de BB+ para BB, sofreu a segunda redução pela mesma

agência num período de seis meses. Ficando dois degraus abaixo do grau de investimento, a

agência também manteve a perspetiva negativa, indicando que novas reduções podem ser

feitas.

Neste contexto macroeconómico do país, o mercado de cimento segue com tendência de baixa

em relação à 2015, com taxas de redução na ordem dos 15% ao ano no 1º semestre. Situação

que é ainda agravada pelo aumento da ociosidade da indústria em função da entrada em

operação de novas fábricas, que dentro de um ambiente competitivo levaram a reduções na

ordem de 10% nos preços médios quando comparados com o período homólogo de 2015.

Projeções de Fluxo de Caixa

Face ao contexto descrito, o Grupo reviu os pressupostos subjacentes à determinação do valor

recuperável dos ativos líquidos do segmento Brasil, tendo em conta a estimativa de fluxo de caixa

para um período de cinco anos, elaborados com base num plano operacional aprovado pela

administração. Essa base incorpora, entre outras, um conjunto de estimativas relativas a

crescimento de mercado, quotas de mercado, investimentos, bem como de custos.

Em termos gerais, o plano foi projetado através da aplicação de taxas de crescimento para o

mercado, considerando que a procura por materiais de construção diminuiu em função da crise

financeira e económica, agravada pela instabilidade política.

Admite-se uma recuperação da procura, como resultado da recuperação da crise política e

económica, porém a níveis ainda abaixo dos níveis pré-crise.

Os volumes de vendas projetados decorrem do pressuposto de utilização de capacidade e de

quotas de mercado tendo em conta os níveis históricos.

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No que respeita aos custos variáveis, assumiu-se uma evolução em linha com o desenvolvimento

das vendas, sendo expectável uma melhoria da margem bruta, levando a uma melhoria parcial

das margens operacionais por via das poupanças conseguidas através de programas de redução

de custos e de iniciativas para recuperação de preços.

Determinação da taxa de desconto

As taxas de desconto são calculadas para cada unidade de geração de caixa com base na taxa

livre de risco local relevante ajustado pelo prémio de risco país, entre outros parâmetros. Para o

teste de imparidade do segmento Brasil realizado no primeiro semestre de 2016, o grupo reviu

as taxas de desconto aplicadas, elevando a medida de risco-país, em linha com a redução do

rating de crédito brasileiro atribuído pelas agências de rating internacionais, apesar da convicção

na recuperação económica do país no médio prazo.

Para a determinação do valor de uso procedeu-se à atualização dos fluxos de caixa calculados

em moeda local, utilizando as taxas “WACC” e perpetuidades correspondentes, conforme o

quadro seguinte:

Simulou-se o efeito de uma alteração de 50 pontos base nas taxas de atualização e margem

EBITDA do qual resultaram os seguintes impactos:

Segmentos Moeda

Valor

contabilístico

do goodwill

Taxa

"WACC"

Taxa de

crescimento

longo prazo

Valor

contabilístico

do goodwill

Taxa

"WACC"

Taxa de

crescimento

longo prazo

Brasil EUR 891.169 11,3% 0,0% 1.191.842 10,4% 0,0%

Junho 2016 Dezembro 2015

+50 BP -50 BP

WACC (155.595) 180.438

Margem Ebitda 80.132 (78.969)

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12. Ativos fixos tangíveis Durante os semestres findos em 30 de junho de 2016 e 2015, os movimentos ocorridos no valor

dos ativos fixos tangíveis, bem como nas respetivas depreciações e perdas por imparidade

acumuladas, foram os seguintes:

Em 30 de junho de 2016, nas transferências de equipamento de transporte está incluída a

reclassificação dos navios pertencentes à Cimpship- Transportes Marítimos, S.A. para a rubrica

de “Ativos não correntes detidos para venda” no valor líquido de 7.873 milhares de euros. Esta

sociedade foi alienada em 26 de julho de 2016 pelo montante de 7.245 milhares de euros. No

semestre findo em 30 de junho de 2016 foram reconhecidas perdas por imparidade nos ativos

fixos tangíveis da Cimpship de cerca de 4.300 milhares de euros (Nota 6).

No semestre findo em 30 de junho de 2016, os ativos tangíveis em curso e os adiantamentos por

conta de ativos tangíveis incluem os valores incorridos com a construção e melhoria de

instalações e equipamentos afetos ao negócio de cimento em várias unidades produtivas,

essencialmente nas áreas de negócios do Brasil, Egito e Argentina.

13. Capital Em 30 de junho de 2016 e em 31 de dezembro de 2015, o capital, totalmente subscrito e

realizado, estava representado por 672.000.000 ações, com o valor nominal de um euro cada,

cotadas na Euronext Lisbon.

14. Ações próprias

Em 30 de junho de 2016 e em 31 de dezembro de 2015, existiam 5.906.098 ações próprias.

Terrenos e

recursos

naturais

Edifícios e

outras

construções

Equipamento

básico

Equipamento

de transporte

Equipamento

administrativo

Ferramentas e

utensílios

Outros ativos

tangíveis

Ativos tangíveis

em curso

Adiantamentos

por conta de

ativos tangíveis

Total

Ativo bruto:

Saldo em 31 de dezembro de 2014 618.707 980.439 2.905.372 125.572 37.815 10.213 7.128 219.357 136.975 5.041.579

Efeito da conversão cambial (15.503) (27.127) (64.001) (2.545) (358) 38 (164) (12.457) 6.307 (115.810)

Adições 9.803 39 9.037 848 167 48 1.586 54.891 16.338 92.757

Alienações (215) (278) (1.992) (218) (61) (13) (867) (335) - (3.978)

Transferências 3.525 5.042 18.832 8.267 482 242 330 (34.919) (2.937) (1.137)

Saldo em 30 de junho de 2015 616.317 958.116 2.867.248 131.923 38.045 10.528 8.013 226.537 156.684 5.013.411

Saldo em 31 de dezembro de 2015 546.653 841.515 2.586.312 108.850 35.540 10.325 6.018 258.583 30.990 4.424.787

Efeito da conversão cambial 9.201 47.351 70.559 28 (466) (430) (407) 27.221 2.003 155.060

Adições 9.493 58 1.558 27 123 - 90 50.231 1.243 62.823

Alienações (16) (63) (3.659) (601) (126) (6) (35) (2) - (4.509)

Abates (32) - - - - - - (51) - (83)

Transferências 1.060 10.886 9.928 (35.378) 76 160 299 (27.866) (2.800) (43.635)

Saldo em 30 de junho de 2016 566.359 899.747 2.664.698 72.927 35.147 10.049 5.965 308.116 31.436 4.594.443

Depreciações e perdas por imparidade acumuladas:

Saldo em 31 de dezembro de 2014 74.333 422.936 1.690.943 59.690 31.897 8.470 3.753 - - 2.292.021

Efeito da conversão cambial (1.262) (6.505) (23.889) (1.400) (210) 50 (40) - - (33.257)

Reforços 8.799 16.668 65.496 5.436 922 213 744 - - 98.277

Reduções (119) (39) (1.783) (146) (61) (13) (2) - - (2.162)

Transferências (39) (34) (580) (536) (3) - (169) - - (1.361)

Saldo em 30 de junho de 2015 81.711 433.025 1.730.187 63.044 32.544 8.720 4.286 - - 2.353.518

Saldo em 31 de dezembro de 2015 88.640 417.070 1.640.123 66.110 30.981 8.666 4.322 2.733 - 2.258.646

Efeito da conversão cambial 1.569 16.672 39.897 884 (324) (359) (127) - - 58.213

Reforços 14.296 15.781 49.489 9.811 635 174 775 - - 90.961

Reduções (16) - (2.197) (309) (106) (6) (8) - - (2.642)

Transferências (50) (608) (2.060) (29.540) (57) - (144) - - (32.461)

Saldo em 30 de junho de 2016 104.438 448.915 1.725.251 46.957 31.129 8.476 4.817 2.733 - 2.372.717

Valor líquido a 30 de junho de 2015 534.606 525.091 1.137.061 68.880 5.501 1.808 3.727 226.537 156.684 2.659.893

Valor líquido a 30 de junho de 2016 461.921 450.831 939.448 25.970 4.018 1.573 1.148 305.383 31.436 2.221.727

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A legislação comercial relativa a ações próprias obriga à existência de uma reserva livre de

montante igual ao preço de aquisição dessas ações, a qual se torna indisponível enquanto essas

ações não forem alienadas. Os ganhos e perdas na alienação de ações próprias são registados

em reservas.

15. Ajustamentos de conversão cambial Os movimentos ocorridos nesta rubrica nos semestres findos em 30 de junho de 2016 e 2015,

resultaram da conversão para euros das demonstrações financeiras de entidades do Grupo, com

as seguintes moedas funcionais:

16. Passivos e ativos contingentes, garantias e compromissos

Passivos contingentes

No decurso normal da sua atividade, o Grupo está envolvido em processos judiciais e

reclamações, quer relacionados com produtos e serviços, quer de natureza ambiental, laboral e

regulatória. Face às naturezas dos mesmos, correspondente avaliação e provisões constituídas,

a expetativa existente é de que, do respetivo desfecho, não resultem efeitos materiais em termos

da atividade desenvolvida, posição patrimonial e resultado das operações.

Em 30 de junho de 2016, o valor global dos referidos processos não provisionados ascende a

850 milhões de euros (659 milhões de euros em 31 de dezembro de 2015), sendo 12 milhões de

euros de contingências relacionadas com o pessoal (8 milhões de euros em 31 de dezembro de

2015), 609 milhões de euros de contingências tributárias (459 milhões de euros em 31 de

dezembro de 2015), 229 milhões de euros de contingências cíveis e de processos administrativos

de outras naturezas (192 milhões de euros em 31 de dezembro de 2015), cuja probabilidade de

perda foi considerada possível, conforme opinião dos assessores jurídicos, qualificando-se assim

como uma possível obrigação.

Face ao reportado em 31 de dezembro de 2015, as situações ocorridas no semestre,

enquadradas no acima referido, e que merecem maior relevo são:

No Brasil, no contexto do processo interposto pelo Conselho de Defesa Economica (“CADE”), foi

indeferido o pedido de tutela antecipada recursal apresentado pelo CADE tendo em vista

inviabilizar a validade da suspensão de todas as penalidades inicialmente impostas ao Grupo,

Libra egipcia

Real

brasileiro

Novo metical

moçambicano

Rand sul

africano

Peso

argentino Outras Total

Saldo em 31 de dezembro de 2014 (46.455) (2.796) (5.832) (117.035) (292.627) 2.160 (462.584)

Variação nos ajustamentos de conversão cambial 5.917 (123.246) (3.278) 5.397 2.115 (121) (113.216)

Saldo em 30 de junho de 2015 (40.538) (126.042) (9.110) (111.638) (290.511) 2.039 (575.800)

Saldo em 31 de dezembro de 2015 (40.395) (428.663) (19.163) (145.405) (452.019) 1.596 (1.084.050)

Variação nos ajustamentos de conversão cambial (36.824) 194.925 (10.356) 4.809 (57.433) (472) 94.649

Saldo em 30 de junho de 2016 (77.219) (233.738) (29.519) (140.597) (509.452) 1.124 (989.401)

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decretada judicialmente em 22 de outubro de 2015, até ao julgamento do mérito da causa. Dessa

forma permanecem válidas as garantias reais apresentadas pelo Grupo.

Ainda no Brasil, de salientar o aumento das contingências tributárias em cerca de 66.900

milhares de euros, na sequência de diversas inspeções realizadas no âmbito, essencialmente,

de impostos indiretos (PIS/COFINS e ICMS).

No Egito, na sequência de um processo de inspeção tributária, uma das nossas empresas foi

objeto de uma liquidação adicional de imposto sobre o rendimento relativo ao ano de 2008 no

montante de 104 milhões de EGP (10,5 milhões de euros). A esta liquidação acrescem juros e

penalidades de cerca de 88 milhões de EGP (9 milhões de euros).

Em Espanha, as autoridades tributárias notificaram a sociedade relativamente aos acordos de

liquidação referentes aos anos de 2009 a 2011, mantendo-se em curso a inspeção ao ano de

2012, não existindo desenvolvimentos relevantes face ao reportado anteriormente.

Ativos contingentes

No exercício findo em 31 de dezembro de 2015, fez-se referência a um passivo contingente por

um litígio tributário relativamente a liquidações de imposto que haviam sido efetuadas a uma

empresa no Egito, por referência aos anos de 2000 a 2004, as quais foram objeto contestação

através de recurso judicial.

No final do primeiro trimestre de 2016, foi assinado com a competente autoridade tributária, e

com vista a evitar penalidades acrescidas, um acordo de pagamento faseado de tais impostos

até ao ano de 2021. Porque as condições de tal acordo não reúnem as condições para que esses

pagamentos sejam reconhecidos no ativo da companhia, até que a decisão judicial seja efetiva,

foi já neste semestre reconhecido um encargo de imposto correspondente à totalidade da

responsabilidade inerente ao acordo, no montante de cerca de 12 milhões de euros (Nota 8).

Garantias

Em 30 de junho de 2016 e em 31 de dezembro de 2015, o Grupo tinha solicitado a apresentação

em benefício de terceiros de garantias, de 493.719 milhares de euros e 446.813 milhares de

euros, respetivamente, detalhadas como segue:

Junho 2016 Dezembro 2015

Garantias prestadas:

Por processos fiscais em curso 334.579 284.963

A entidades financiadoras 121.898 124.036

A fornecedores 3.324 3.444

Outros 33.918 34.370

493.719 446.813

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Relativamente às garantias por processos fiscais em curso, o incremento está essencialmente

relacionado com a prestação de novas garantias para processos fiscais em curso, no âmbito dos

impostos indiretos (PIS/COFINS e ICMS) no Brasil.

Compromissos

No decurso normal da sua atividade, o Grupo assume compromissos relacionados,

essencialmente, com a aquisição de equipamentos, no âmbito das operações de investimento

em curso, e com a compra e venda de participações financeiras.

Em 30 de junho de 2016 e em 31 de dezembro de 2015 os compromissos mais significativos

referem-se a contratos para aquisição de ativos fixos e existências bem como para a operação

de instalações localizadas em propriedade alheia, eram como segue:

Adicionalmente, em 30 de junho de 2016 e em 31 de dezembro de 2015, o detalhe dos

compromissos a pagar em anos futuros, decorrentes dos contratos de locação operacional em

vigor relativos, essencialmente, a equipamentos de transporte e de escritório, era como segue:

De acordo com o Código das Sociedades Comerciais, a Empresa-mãe, Cimpor – Cimentos de

Portugal, SGPS, S.A., responde solidariamente pelas obrigações das suas participadas com as

quais mantém uma relação de domínio.

Junho 2016 Dezembro 2015

Área de negócio:

Argentina 64.782 74.633

Brasil 50.780 65.115

Paraguai 26.427 25.791

Portugal 24.043 22.851

Egito 12.943 10.383

África do Sul 660 19

179.636 198.791

Junho 2016 Dezembro 2015

Até 1 ano 1.385 2.866

Entre 1 e 5 anos 2.476 8.449

A mais de 5 anos - 5.664

Total 3.862 16.979

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17. Provisões

Em 30 de junho de 2016 e em 31 de dezembro de 2015, a classificação das provisões era a seguinte:

O movimento ocorrido nas provisões durante os semestres findos em 30 de junho de 2016 e

2015 foi o seguinte:

Junho 2016 Dezembro 2015

Provisões não correntes:

Provisões para riscos fiscais 35.624 35.235

Provisões para recuperação paisagística 38.436 36.612

Provisões relativas a pessoal 27.006 25.114

Outras provisões para riscos e encargos 6.977 8.583

108.043 105.545

Provisões correntes:

Provisões relativas a pessoal 2.271 4.060

Outras provisões para riscos e encargos - 10.852

2.271 14.912

110.314 120.457

Provisões

para riscos

fiscais

Provisões para

recuperação

paisagística

Provisões

relativas a

pessoal

Outras

provisões para

riscos e

encargos Total

Saldo em 31 de dezembro de 2014 39.219 43.117 34.449 9.961 126.746

Efeito da conversão cambial (236) (1.402) (762) 184 (2.215)

Reforços 823 510 2.385 1.757 5.475

Reversões - (372) (212) (1.221) (1.806)

Utilizações - (117) (2.002) (1.225) (3.344)

Transferências (89) - (129) 217 -

Saldo em 30 de junho de 2015 39.717 41.736 33.729 9.674 124.856

Saldo em 31 de dezembro de 2015 35.235 36.612 29.174 19.435 120.457

Efeito da conversão cambial (123) 1.566 1.563 (1.089) 1.916

Reforços 1.764 588 644 1.387 4.382

Reversões (625) - (117) (1.097) (1.838)

Utilizações (626) (330) (1.988) (11.659) (14.603)

Saldo em 30 de junho de 2016 35.624 38.436 29.277 6.977 110.314

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RELATÓRIO FINANCEIRO INTERCALAR CONSOLIDADO 1º SEMESTRE DE 2016

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Os reforços e as reversões de provisões, ocorridas nos semestres findos em 30 de junho de

2016 e 2015, foram efetuados por contrapartida das seguintes rubricas:

Os custos e perdas financeiros incluem o efeito da atualização financeira das provisões para

recuperação paisagística.

18. Empréstimos Em 30 de junho de 2016 e em 31 de dezembro de 2015, os empréstimos obtidos eram como segue:

Empréstimos por obrigações

O detalhe das emissões de empréstimos por obrigações, não convertíveis, em 30 de junho de

2016 e em 31 dezembro de 2015, era o seguinte:

(a) Garantido por entidades controladoras da Empresa.

Junho 2016 Junho 2015

Resultados do período:

Custos operacionais 6 15

Custos com o pessoal 17 407

Proveitos operacionais (182) (2)

Provisões 923 (685)

Custos e perdas financeiros 1.319 3.551

Impostos sobre o rendimento (Nota 8) 460 384

2.544 3.670

Junho 2016 Dezembro 2015

Passivos não correntes:

Empréstimos por obrigações 1.287.611 1.262.123

Empréstimos bancários 2.021.997 1.911.997

Outros empréstimos obtidos 41.843 768.743

3.351.451 3.942.862

Passivos correntes:

Empréstimos por obrigações 70.594 -

Empréstimos bancários 162.206 116.967

Outros empréstimos obtidos 727.009 215

959.809 117.182

4.311.260 4.060.044

Unidade de negócio Instrumento MoedaData de

emissãoCupão (b)

Maturidade

finalCorrente Não corrente Não corrente

Brasil Debênture - Brasil (a) BRL Mar.12 Variável indexada ao CDI Abr.22 70.594 352.143 352.116

Brasil Debênture - Brasil BRL Ago.12 Variável indexada ao CDI Ago.22 - 338.189 281.694

Holdings e Veículos Financeiros Senior Notes (a) (c) USD Jul.14 5,75% Jul.24 - 597.280 628.312

70.594 1.287.611 1.262.123

Junho 2016 Dezembro 2015

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(b) As taxas variáveis contratadas consideram spreads até 15% acima do índice.

(c) Em 17 de julho de 2014, a Cimpor Financial Operations, B.V. (Cimpor B.V.), emitiu Senior

Notes ("Obrigações") no valor total de 750 milhões de USD com maturidade de 10 anos. As

Obrigações foram lançadas com cupão de 5,75% ao ano e foram posteriormente admitidas à

cotação na Bolsa de Valores de Singapura. Na sequência desta operação procedeu-se ao

pagamento antecipado de dívidas de maturidade mais curta. No decurso do semestre findo

em 30 de junho de 2016 o Grupo adquiriu Obrigações no valor nominal de 25.236 milhares

de USD, por um preço médio de 68%, no montante de 16 milhões de euros (Nota 20), de que

resultou o reconhecimento de um ganho de 7.145 milhares de euros (Nota 7). Em 30 de junho

de 2016 o Grupo possuía já Obrigações no valor nominal de 79.526 milhares de USD (72.080

milhares de Euros).

Empréstimos bancários

Em 30 de junho 2016 e em 31 de dezembro de 2015, os empréstimos bancários apresentavam

a seguinte composição:

(*) Consideram o conjunto das empresas incluídas no segmento Holdings, entidades de suporte ao negócio, corporativas e trading. (a) Garantido por entidades controladoras da Empresa;

(b) As taxas variáveis contratadas para os principais financiamentos em dólares e em euros

consideram spreads entre 2,5% e 3,5%.

Outros empréstimos obtidos

Os outros empréstimos obtidos referem-se, essencialmente às dívidas da Cimpor Trading e

Inversiones e da Austria Equity Participations GmbH à Austria Holding GmbH, conforme segue:

Unidade de Negócio Tipo de financiamento Moeda Taxa de juro (b)

Data de

Contratação Maturidade Notas Corrente

Não

corrente Corrente

Não

corrente

Holdings e Veiculos Financeiros (*) Bilateral USD Variável indexada US Libor mai/12 jan/22 (a) - 449.322 - 455.333

Holdings e Veiculos Financeiros (*) Bilateral EUR Variável indexada Euribor fev/12 fev/22 (a) - 304.217 - 303.805

Holdings e Veiculos Financeiros (*) Bilateral EUR Variável indexada Euribor fev/14 ago/19 (a) 6.037 53.988 - 59.953

Holdings e Veiculos Financeiros (*) Bilateral USD Variável indexada US Libor fev/14 ago/19 (a) 19.733 175.668 - 197.803

Holdings e Veiculos Financeiros (*) Bilateral EUR Variável indexada Euribor fev/14 ago/21 (a) - 60.025 - 59.953

Holdings e Veiculos Financeiros (*) Bilateral USD Variável indexada US Libor fev/14 ago/21 (a) - 195.398 - 197.800

Holdings e Veiculos Financeiros (*) Bilateral USD Variável indexada US Libor fev/14 ago/21 (a) - 214.342 - 216.886

Holdings e Veiculos Financeiros (*) Bilateral USD Variável indexada US Libor mai/14 mai/19 - 44.841 - 45.374

Holdings e Veiculos Financeiros (*) Bilateral EUR Fixa dez/14 dez/18 - 22.705 - 22.394

Empresa (*) Papel Comercial EUR Variável mar/15 mar/18 (a) - 50.000 - 50.000

U.N. Argentina Paraguai Vários Bilaterais ARS Variáveis indexadas Badlar Várias Várias 53.154 44.321 18.204 45.949

U.N. Argentina Paraguai Vários Bilaterais USD Variáveis indexadas US Libor Várias Várias 9.052 85.708 57.437 2.525

U.N. Brasil Vários Bilaterais BRL Fixas e variáveis Várias Várias 12.882 152.390 10.837 62.752

U.N. Argentina Paraguai Vários Bilaterais USD Fixas e variáveis Várias Várias 13.940 62.757 18.723 70.675

U.N. Argentina Paraguai Vários Bilaterais PYG Fixas out/15 fev/16 13.880 - 8.968 -

U.N. África do Sul Bilateral ZAR Variável indexada Jibar dez/13 dez/18 12.278 24.555 - 35.432

U.N. Portugal e Cabo Verde Vários Bilaterais EUR Fixas e variáveis Várias Várias (a) - 75.000 - 75.000

U.N. Moçambique Vários Bilaterais MZN Variável indexada BT 3M Várias Várias 1.024 4.095 1.467 7.055

U.N. Egipto Vários Bilaterais EGP Variáveis indexadas ao Corridor Várias Várias 20.228 2.665 1.331 3.310

162.206 2.021.997 116.967 1.911.997

Junho 2016 Dezembro 2015

Unidade de negócio Instrumento MoedaData de

emissãoCupão

Maturidade

finalCorrente Não corrente Não corrente

Holdings e Veículos Financeiros Intercompany Loan EUR Fev.13 Variável indexada à Euribor Fev.18 - 41.843 41.843

Holdings e Veículos Financeiros Intercompany Loan EUR Dez.12 Taxa fixa Abr.17 381.900 - 381.900

Holdings e Veículos Financeiros Intercompany Loan EUR Fev.14 Taxa fixa Abr.17 345.000 - 345.000

726.900 41.843 768.743

Junho 2016 Dezembro 2015

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Nesta rubrica estão ainda considerados leasings financeiros.

Os empréstimos não correntes apresentam os seguintes prazos de reembolso em 30 de junho

de 2016 e em 31 de dezembro de 2015:

Em 30 de junho de 2016 e em 31 de dezembro 2015, os financiamentos encontravam-se

expressos nas seguintes moedas:

Decorrente da contratação de instrumentos financeiros derivados de cobertura de taxa de

câmbio, do total de empréstimos em dólares, 584 milhões de Euros (591 milhões de Euros em

31 de dezembro de 2015) encontram-se expostos ao risco cambial, que considerando as

disponibilidades em USD – 393 milhões de Euros (238 milhões de Euros em 31 de dezembro de

2015), reduz a exposição líquida àquela moeda a cerca de 191 milhões de Euros (353 milhões

de Euros em 31 de dezembro de 2015). A exposição líquida da dívida em Euros, considerando

os instrumentos financeiros derivados, é inferior em cerca de 207 milhões de euros (225 milhões

de euros em 31 de dezembro de 2015).

Ano Junho 2016 Dezembro 2015

2017 (6 meses) 133.847 961.974

2018 451.398 340.449

2019 890.892 843.854

2020 373.043 355.577

Após 2020 1.502.271 1.441.007

3.351.451 3.942.862

Após cobertura Após cobertura

DivisaValor em

divisa

Valores em

euros

Valores em

euros

Valor em divisa Valores em

euros

Valores em

euros

USD 2.061.025 1.868.040 584.450 2.058.220 1.890.866 591.485

BRL 3.280.035 926.197 926.197 3.006.731 707.400 707.400

EUR - 1.340.825 2.624.415 - 1.340.063 2.639.444

ARS 1.617.469 97.475 97.475 910.591 64.153 64.153

MZN 357.100 5.118 5.118 431.373 8.522 8.522

EGP 224.264 22.893 22.893 39.550 4.640 4.640

PYG 85.724.600 13.880 13.880 56.754.600 8.968 8.968

ZAR 600.000 36.833 36.833 600.000 35.432 35.432

4.311.260 4.311.260 4.060.044 4.060.044

Junho 2016 Dezembro 2015

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19. Instrumentos financeiros derivados

Justo valor dos instrumentos financeiros

Em 30 de junho de 2016 e em 31 de dezembro de 2015, o justo valor dos instrumentos financeiros

derivados é o seguinte:

Estes saldos estão incluídos nas rubricas de Outros ativos e passivos, correntes e não correntes

da Demonstração Condensada da Posição Financeira.

No quadro abaixo detalha-se o justo valor dos instrumentos financeiros derivados contratados

em 30 de junho de 2016 e 31 de dezembro de 2015:

Correntes Não correntes Correntes Não correntes

Junho

2016

Dezembro

2015

Junho

2016

Dezembro

2015

Junho

2016

Dezembro

2015

Junho

2016

Dezembro

2015

Justo valor:

Forwards cambiais - - - - 2.354 - - -

Cash-flow:

Swaps de taxa de juro e câmbio 20.265 24.770 227.045 238.895 3.010 2.501 10.157 4.602

20.265 24.770 227.045 238.895 5.365 2.501 10.157 4.602

Outros ativos Outros passivos

Tipo de

coberturaNocional Tipo de operação Maturidade Objectivo económico Junho 2016

Dezembro

2015

Fair value USD 50.000.000 NDF jan/17 Cobertura de risco cambial (2.354) -

Cash-flow USD 200.000.000 Cross Currency Swap jul/24 Cobertura de cash-flow de emissão obrigaccionista 45.164 45.281

Cash-flow USD 100.000.000 Cross Currency Swap jul/24 Cobertura de cash-flow de emissão obrigaccionista 19.957 19.566

Cash-flow USD 50.000.000 Cross Currency Swap jul/24 Cobertura de cash-flow de emissão obrigaccionista 11.254 11.059

Cash-flow USD 150.000.000 Cross Currency Swap jul/24 Cobertura de cash-flow de emissão obrigaccionista 32.268 32.581

Cash-flow USD 217.500.000 Cross Currency Swap fev/19 Cobertura de cash-flow de Tranche A do financiamento Sindicado 23.407 25.434

Cash-flow USD 217.500.000 Cross Currency Swap fev/19 Cobertura de cash-flow de Tranche B do financiamento Sindicado 35.274 38.045

Cash-flow USD 500.000.000 Cross Currency Swap jan/22 Cobertura de cash-flow de financiamento bancário 79.986 85.676

Cash-flow EUR 379.218.809 Interest Rate Swap jan/22 Cobertura de cash-flow de financiamento bancário (13.168) (7.103)

Cash-flow USD 49.000.000 Foreign Exchange Future mai/16 Cobertura cambial de cash-flow de commodities energéticas - 6.022

231.788 256.561

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20. Notas às demonstrações de fluxos de caixa consolidadas

Em 30 de junho de 2016 e 2015, a rubrica de caixa e equivalentes de caixa constante da

demonstração consolidada dos fluxos de caixa tem a seguinte composição:

A rubrica de “Caixa e equivalentes de caixa” compreende os valores de caixa, depósitos

imediatamente mobilizáveis, aplicações de tesouraria, títulos de dívida pública, certificados de

depósito e depósitos a prazo com vencimento a menos de três meses, e para os quais o risco

de alteração de valor é insignificante.

A rubrica de caixa e equivalentes de caixa na demonstração das posições financeiras

consolidadas em 30 de junho de 2016 e 2015 inclui, adicionalmente, um montante de 37.104

milhares de euros e 27.908 milhares de euros, respetivamente, correspondentes a fundos

exclusivos que não cumprem integralmente com os requisitos necessários para reconhecimento

como caixa e equivalentes na demonstração de fluxos de caixa.

No semestre findo em 30 de junho de 2016, a rubrica de recebimentos de fundos exclusivos e

outros investimentos referem-se ao resgate de fundos exclusivos acima referidos.

Nos semestres findos em 30 de junho de 2016 e 2015, o caixa e equivalentes de caixa nas

demonstrações das posições financeiras consolidadas, encontravam-se expressos nas

seguintes moedas:

Junho 2016 Junho 2015

Numerário 181 304

Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 348.893 355.031

Depósitos a prazo 149.691 150.882

Títulos negociáveis 119.323 138.634

618.089 644.851

DivisaValor em divisa Valores em euros Valor em divisa Valores em euros

USD 433.450 392.864 227.822 204.272

BRL 482.410 136.220 512.631 148.146

EUR 57.396 57.396 132.559 132.559

ARS 134.721 8.119 108.776 10.730

MZN 2.329.621 33.391 453.557 10.702

EGP 55.501 5.665 1.077.064 126.560

PYG 13.770.920 2.230 6.203.134 1.075

ZAR 248.379 15.248 471.949 34.848

CVE 447.761 4.061 426.472 3.868

655.193 672.759

Junho 2016 Junho 2015

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Pág. 44 | 51 CIMPOR – CIMENTOS DE PORTUGAL, SGPS, S.A.

No semestre findo em 30 de junho de 2016, as rubricas de recebimentos e pagamentos de

empréstimos são justificadas essencialmente por; i) na área de negócios da Argentina a

contratação de dois financiamentos com o Banco Provincia de Buenos Aires e com o ICBC Dubai

nos montantes de 150 milhões de ARS e 50 milhões de USD, respetivamente; ii) na área de

negócios do Brasil a contratação de um financiamento com o HSBC no montante de 300 milhões

de BRL; iii) pela operação de recompra de obrigações emitidas no montante de 16 milhões de

euros (Nota 18).

No semestre findo em 30 de junho de 2015, as rubricas de recebimentos e pagamentos de

empréstimos são justificadas essencialmente por: i) na área de negócios de Portugal a

contratação de um financiamento de 50 milhões de euros ao Citibank e de um financiamento de

25 milhões de euros ao BBVA; ii) a emissão de papel comercial no montante de 50 milhões de

euros na Cimpor Holding; iii) a pré-amortização parcial na Cimpor B.V., em 120 milhões de USD,

do financiamento do Bradesco no montante inicialmente contratado de 200 milhões de USD; iv)

a operação de recompra de obrigações emitidas no montante de 16 milhões de euros (Nota 18).

21. Partes relacionadas

As transações e saldos entre as empresas consolidadas pelo método integral foram eliminados

no processo de consolidação, não sendo alvo de divulgação na presente nota. Os saldos e

transações entre o Grupo e as empresas associadas e outras partes relacionadas enquadram-

se no âmbito das atividades operacionais normais, exceto no que respeita ao saldo a pagar à

InterCement Áustria Holding Gmbh, de cerca 770 milhões de euros, correspondente a três

empréstimos e juros corridos àquela entidade, já existentes em 31 de dezembro de 2015 (Nota

18). Os encargos financeiros, no semestre findo em 30 de junho de 2016, decorrentes dos

financiamentos, ascenderam a cerca de 8 milhões de euros (11 milhões no semestre findo em

30 de junho de 2015).

Nos outros ativos não correntes inclui-se igualmente um empréstimo a receber contratado com

InterCement Áustria Holding Gmbh num montante de 10 milhões de USD, com prazo de

vencimento de até 2 anos e condições similares aos acima referidos.

22. Ativos e passivos financeiros no âmbito do IAS 39 O Grupo Cimpor, no desenvolvimento das suas atividades correntes, está exposto a uma

variedade de riscos financeiros suscetíveis de afetarem a sua situação patrimonial e resultados,

os quais, de acordo com a sua natureza, se podem agrupar nas seguintes categorias:

- Risco de taxa de juro;

- Risco de taxa de câmbio;

- Risco de liquidez;

- Risco de crédito;

- Risco de contraparte.

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Por risco financeiro, entende-se, justamente, a probabilidade de se obterem resultados diferentes

do esperado, sejam estes positivos ou negativos, alterando de forma material e inesperada o

valor patrimonial do Grupo.

A gestão dos riscos supra referidos – decorrentes, em larga medida, da imprevisibilidade dos

mercados financeiros – exige a aplicação criteriosa de um conjunto de regras e metodologias

aprovadas pela Comissão Executiva, cujo objetivo último é a minimização do seu potencial

impacto negativo no desempenho do Grupo. Com este objetivo, toda a gestão é orientada em

função de duas preocupações essenciais:

- Reduzir, sempre que possível, flutuações nos resultados e cash flows sujeitos a

situações de risco;

- Limitar os desvios face aos resultados previsionais, através de um planeamento

financeiro rigoroso, assente em orçamentos plurianuais.

Em 30 de junho de 2016 e em 31 de dezembro 2015, as políticas contabilísticas previstas na IAS

39 para os instrumentos financeiros foram aplicadas no Grupo aos seguintes itens:

2016

Disponibilidades,

Empréstimos e

contas a receber

Ativos

financeiros

disponíveis para

venda

Outros passivos

e passivos e

empréstimos

financeiros

Ativos/ passivos

financeiros ao

justo valor

Total

Ativos:

Caixa e equivalentes de caixa 518.962 - - 136.231 655.193

Clientes e adiantamentos a fornecedores 174.526 - - - 174.526

Outros investimentos - 5.381 - 2.790 8.171

Outras dívidas de terceiros não correntes 42.912 - - - 42.912

Outras dívidas de terceiros correntes 53.591 - - - 53.591

Outros ativos não correntes - - - 227.045 227.045

Outros ativos correntes 1.390 - - 20.265 21.655

Total de ativos financeiros 791.381 5.381 - 386.331 1.183.094

Passivos:

Empréstimos não correntes - - 3.351.451 - 3.351.451

Empréstimos correntes - - 959.809 - 959.809

Fornecedores e adiantamentos a clientes - - 232.254 - 232.254

Outras dívidas a terceiros não correntes - - 11.977 - 11.977

Outras dívidas a terceiros correntes - - 131.507 - 131.507

Outros passivos não correntes - - 4.691 10.157 14.849

Outros passivos correntes - - 153.217 5.365 158.582

Total de passivos financeiros - - 4.844.906 15.522 4.860.428

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Estimativa de justo valor - ativos mensurados ao justo valor

A tabela seguinte apresenta os ativos e passivos do Grupo mensurados ao justo valor em 30 de

junho de 2016, de acordo com os seguintes níveis de hierarquia de justo valor:

Nível 1: o justo valor de instrumentos financeiros é baseado em cotações de mercados

líquidos ativos à data de referência da demonstração da posição financeira;

Nível 2: o justo valor de instrumentos financeiros não é determinado com base em

cotações de mercado ativo, mas sim com recurso a modelos de avaliação;

Nível 3: o justo valor de instrumentos financeiros não é determinado com base em

cotações de mercado ativo, mas sim com recurso a modelos de avaliação, cujos

principais inputs não são observáveis no mercado.

Estimativa de justo valor – ativos e passivos que não estão ao justo valor

A mensuração do justo valor dos instrumentos financeiros derivados baseia-se em parâmetros

extraídos de base de dados de agências de informação externas, sendo os resultados obtidos

confrontados com as correspondentes avaliações efetuadas pelas contrapartes.

Exceto no que respeita aos empréstimos não correntes, a generalidade dos ativos e passivos

financeiros têm maturidades de curto prazo, pelo que se considera que o seu justo valor é

idêntico aos respetivos valores contabilísticos.

2015

Disponibilidades,

Empréstimos e

contas a receber

Ativos

financeiros

disponíveis para

venda

Outros passivos

e passivos e

empréstimos

financeiros

Ativos/ passivos

financeiros ao

justo valor

Total

Ativos:

Caixa e equivalentes de caixa 711.460 - - 18.927 730.387

Clientes e adiantamentos a fornecedores 163.772 - - - 163.772

Outros investimentos - 5.448 - 2.361 7.809

Outras dívidas de terceiros não correntes 34.625 - - - 34.625

Outras dívidas de terceiros correntes 46.754 - - - 46.754

Outros ativos não correntes - - - 238.895 238.895

Outros ativos correntes 1.452 - - 24.770 26.222

Total de ativos financeiros 958.063 5.448 - 284.953 1.248.464

Passivos:

Empréstimos não correntes - - 3.942.862 - 3.942.862

Empréstimos correntes - - 117.182 - 117.182

Fornecedores e adiantamentos a clientes - - 258.609 - 258.609

Outras dívidas a terceiros não correntes - - 16.668 - 16.668

Outras dívidas a terceiros correntes - - 168.507 - 168.507

Outros passivos não correntes - - 1.219 4.602 5.821

Outros passivos correntes - - 162.767 2.501 165.268

Total de passivos financeiros - - 4.667.815 7.103 4.674.918

Ativos/ passivos

Ativos Outros financeiros ao

Empréstimos financeiros passivos e justo valor por

e contas a disponíveis empréstimos contrapartida de

2013 receber para venda financeiros resultados Total

Ativos:

Caixa e equivalentes de caixa 616.271 - - - 616.271

Clientes e adiantamentos a fornecedores 241.554 - - - 241.554

Outros investimentos - 12.298 - 907 13.206

Outras dívidas de terceiros não correntes 26.445 - - - 26.445

Outras dívidas de terceiros correntes 32.446 - - - 32.446

Outros ativos não correntes 2 - - - 2

Outros ativos correntes 6.247 - - 14 6.261

Acréscimos de proveitos correntes 2.433 - - - 2.433

Total de ativos financeiros 922.965 12.298 - 922 936.185

Passivos:

Empréstimos não correntes - - 4.182.830 - 4.182.830

Empréstimos correntes - - 189.499 - 189.499

Fornecedores e adiantamentos a clientes - - 190.344 - 190.344

Outras dívidas a terceiros não correntes - - 31.582 - 31.582

Outras dívidas a terceiros correntes - - 137.522 - 137.522

Outros passivos não correntes - - 6.402 2.575 8.976

Outros passivos correntes - - 121.133 341 121.474

Total de passivos financeiros - - 4.859.311 2.915 4.862.227

Categoria Item Nível 1 Nível 2 Nível 3

Ativos:

Ativos financeiros disponíveis para venda Fundo de investimento 715 - -

Ativos financeiros ao justo valor Caixa e equivalentes de caixa 136.231 - -

Ativos financeiros ao justo valor Instrumentos financeiros derivados - 247.310 -

Ativos financeiros ao justo valor Outros investimentos 2.790 - -

Passivos:

Passivos financeiros ao justo valor Instrumentos financeiros derivados - 15.522 -

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RELATÓRIO FINANCEIRO INTERCALAR CONSOLIDADO 1º SEMESTRE DE 2016

Pág. 47 | 51 CIMPOR – CIMENTOS DE PORTUGAL, SGPS, S.A.

Relativamente aos empréstimos, conforme evidenciado na Nota 18, a generalidade dos mesmos,

com maturidades mais longas, encontra-se contratada a taxas de juro variável com margens que

se estimam serem próximas das que seriam possíveis ser contratadas em 30 de junho de 2016.

Dessa forma, entende-se que o correspondente valor contabilístico (custo amortizado) não difere

significativamente do correspondente valor de mercado, com exceção de dívida e das Senior

Notes emitidas pela Cimpor B.V. e nas áreas de negócio do Brasil, Argentina e Paraguai, cujo

efeito da valorização ao justo valor, face ao respetivo valor contabilístico em 30 de junho de 2016

e 31 de dezembro de 2015, respetivamente, é o seguinte:

23. Eventos subsequentes A 11 de julho a InterCement Participações, S.A. (“InterCement”) anunciou uma Cash Tender

Offer (“Tender Offer”) de compra de todas ou qualquer das 5.750% Senior Notes due 2024

(“Obrigações”) emitidas pela sua subsidiária Cimpor Financial Operations B.V..

A 8 de agosto, a InterCement comunicou ter sido informada que à data de encerramento da

referida oferta (5 de agosto), o montante (capital) das Obrigações validamente oferecidas nos

termos da Tender Offer ascendia a USD 83.142.000, ou seja 12.4% das Obrigações em mercado

(i.e., excluindo as Obrigações detidas pela InterCement e suas subsidiárias), tendo todas estas

sido adquiridas pela InterCement nos termos da Tender Offer. No que respeita à solicitação de

consentimento para introdução de alterações no contrato que regula as Obrigações relativa a

esta oferta, a InterCement não angariou o necessário consentimento. Como tal, não foi

executada a alteração no referido contrato.

Em 26 de julho de 2016 foi alienada a participação na sociedade Cimpship – Transporte

Marítimos, S.A. pelo montante de 7.245 milhares de euros.

24. Aprovação das demonstrações financeiras As demonstrações financeiras foram aprovadas, e autorizada a sua emissão, pelo Conselho de

Administração em 31 de agosto de 2016.

2016 2015

Justo valor 1.341.493 1.187.446

Valor contabilístico 1.495.966 1.399.226

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RELATÓRIO FINANCEIRO INTERCALAR CONSOLIDADO 1º SEMESTRE DE 2016

Pág. 48 | 51 CIMPOR – CIMENTOS DE PORTUGAL, SGPS, S.A.

LISTA DOS TITULARES DE PARTICIPAÇÕES QUALIFICADAS (1)

AcionistasNº de

Ações

% do

Capital

Social (2)

% de

Direitos

de Voto (3)

Grupo Camargo Corrêa 632,933,437 94.19% 94.19%

Rosana Camargo de Arruda Botelho,Renata de Camargo Nascimento e

Regina de Camargo Pires Oliveira Dias que controlam directamente em

conjunto a sociedade RRRPN - Empreendimentos e Participações, S.A. e de

forma isolada,respectivamente, as sociadades (a) RCABON

Empreendimentos e Participações, S.A. e a RCABPN Empreendimentos e

Participações, S.A.; (b) RCNON Empreendimentos e Participações, S.A. e

RCNPN Empreendimentos e Participações, S.A.; e (c) RCPODON

Empreendimentos e Participações, S.A. e RCPODPN Empreendimentos e

Participações, S.A.. 632,933,437 94.19% 94.19%

Através das sociedades RRRPN Empreendimentos e Participações, S.A.,

RCABON Empreendimentos e Participações, S.A., RCABPN

Empreendimentos e Participações, S.A., RCNON Empreendimentos e

Participações, S.A., RCNPN Empreendimentos e Participações, S.A.,

RCPODON Empreendimentos e Participações, S.A. e RCPODPN

Empreendimentos e Participações, S.A.. 632,933,437 94.19% 94.19%

Através da sociedade, por si controlada directa e conjuntamente,

Participações Morro Vermelho, S.A. 632,933,437 94.19% 94.19%

Através da sociedade Camargo Corrêa, S.A. por si integralmente

controlada 632,933,437 94.19% 94.19%

Através da sociedade Camargo Corrêa Cimentos Luxembourg,

S.à.r.l. por si integralmente detida 131,353,069 19.55% 94.19%

Através da sociedade InterCement Participações S.A. por si

controlada 501,580,368 74.64% 94.19%

Através da InterCement Austria Holding GmbH por si

integralmente detida 501,580,368 74.64% 94.19%

São imputáveis à InterCement Austria Holding GmbH,

segundo o entendimento da CMVM perante a OPA lançada

por esta sobre a Cimpor, o somatório dos direitos de voto

inerentes às seguintes participações:

Participação por si detida 501,580,368 74.64% 74.64%

Camargo Corrêa Cimentos Luxembourg, S.à.r.l.

(sociedade do Grupo Camargo Corrêa acima referida) 131,353,069 19.55% 19.55%

(2) Com direito de voto

(3) Base de cálculo inclui totalidade de ações próprias, i.e. totalidade das ações com direitos de voto, não relevando

para o mesmo a suspensão do respetivo exercício (conforme critério do artº 16º, nº3, b) do CVM)

(1) Conforme Comunicados de Participações Qualif icadas e outras informações recebidas pela sociedade.

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RELATÓRIO FINANCEIRO INTERCALAR CONSOLIDADO 1º SEMESTRE DE 2016

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INFORMAÇÕES EXIGIDAS POR DIPLOMAS LEGAIS

De acordo com o prescrito no artº 447º do Código das Sociedades Comerciais e no regulamento

nº 5/2008 da CMVM, a seguir se indica a posição final a 30 de junho de 2016, das ações Cimpor

pertencentes aos membros dos órgãos de administração e fiscalização, quadros dirigentes e

entidades estreitamente relacionadas com os mesmos, sendo que ao longo do primeiro semestre

apenas se registaram as transações, abaixo referidas:

Ações

Membros dos Orgãos de Administração e Fiscalização

Sociedades estreitamente relacionadas com Dirigentes

1

1

1,780

2,457 - 1.009 18.01.2016

4,237

António Soares Pinto Barbosa

Movimentos no primeiro semestre de 2016

AcionistasN.º Títulos

31-12-2015

N.º Títulos

30-06-2016Aquisições Alienações Preço Unit. € Data

Daniel Proença de Carvalho

Acionistas Aquisições Alienações Preço Unit. € Data

131,353,069

131,353,069

(1) Pela pessoa consigo relacionada, José Édison Barros Franco, ser também membro do Conselho de Administração da Cimpor.

N.º Títulos

31-12-2015

N.º Títulos

30-06-2016

Movimentos no primeiro semestre de 2016

Camargo Corrêa Cimentos Luxembourg, S.à.r.l (1)

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RELATÓRIO FINANCEIRO INTERCALAR CONSOLIDADO 1º SEMESTRE DE 2016

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RELATÓRIO DE REVISÃO LIMITADA

Introdução 1. Efetuámos uma revisão limitada das demonstrações financeiras condensadas consolidadas anexas

da Cimpor – Cimentos de Portugal, SGPS, S.A. (“Empresa”) e suas subsidiárias (“Grupo”), que compreendem a demonstração condensada da posição financeira consolidada em 30 de junho de 2016 (que evidencia um total de 5.353.534 milhares de Euros e um total de capital próprio negativo de 133.751 milhares de Euros, incluindo um resultado consolidado líquido negativo atribuível aos acionistas de 526.714 milhares de Euros), as demonstrações condensadas dos resultados e de outro rendimento integral consolidados, das alterações no capital próprio consolidado e dos fluxos de caixa consolidados relativas ao semestre findo naquela data, e o correspondente anexo condensado.

Responsabilidades do órgão de gestão 2. É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstrações financeiras

condensadas consolidadas que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira do conjunto das empresas incluídas na consolidação, os resultados e o rendimento integral consolidado das suas operações, as alterações no seu capital próprio consolidado e os seus fluxos de caixa consolidados da Empresa de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adotadas na União Europeia, para efeitos de relato financeiro intercalar (IAS 34), e pela criação e manutenção de um sistema de controlo interno apropriado para permitir a preparação de demonstrações financeiras condensadas consolidadas isentas de distorção material devida a fraude ou erro.

Responsabilidades do auditor 3. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma conclusão sobre as demonstrações

financeiras condensadas consolidadas anexas. O nosso trabalho foi efetuado de acordo com as normas internacionais de revisão limitada de demonstrações financeiras e demais normas e orientações técnicas e éticas da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas. Estas normas exigem que o nosso trabalho seja conduzido de forma a concluir se algo chegou ao nosso conhecimento que nos leve a acreditar que as demonstrações financeiras condensadas consolidadas, como um todo, não estão preparadas em todos os aspetos materiais de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adotadas na União Europeia, para efeitos de relato financeiro intercalar (IAS 34).

4. Uma revisão limitada de demonstrações financeiras consolidadas é um trabalho de garantia limitada de fiabilidade. Os procedimentos que efetuámos consistem fundamentalmente em indagações e procedimentos analíticos e consequente avaliação da prova obtida.

5. Os procedimentos efetuados numa revisão limitada são significativamente mais reduzidos do que

os procedimentos efetuados numa auditoria executada de acordo com as Normas Internacionais de Auditoria (ISA). Consequentemente, não expressamos uma opinião de auditoria sobre estas demonstrações financeiras condensadas consolidadas.

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RELATÓRIO FINANCEIRO INTERCALAR CONSOLIDADO 1º SEMESTRE DE 2016

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Conclusão 6. Com base no trabalho efetuado, nada chegou ao nosso conhecimento que nos leve a concluir que

as demonstrações financeiras condensadas consolidadas anexas não apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspetos materiais, a posição financeira consolidada da Cimpor – Cimentos de Portugal, SGPS, S.A. e suas subsidiárias em 30 de junho de 2016 e o seu desempenho financeiro e fluxos de caixa consolidados relativos ao semestre findo naquela data de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adotadas na União Europeia, para efeitos de relato financeiro intercalar (IAS 34).

Ênfase 7. Sem modificar a nossa conclusão, chamamos a atenção para os seguintes aspetos:

O Grupo apurou no semestre findo em 30 de junho de 2016 um resultado liquido consolidado

atribuível aos acionistas negativo em 526.714 milhares de Euros, o qual, conforme indicado nas

Notas 6 e 11 do anexo, encontra-se impactado pelo reconhecimento de perdas por imparidade no

goodwill afeto à área de negócios do Brasil no montante de, aproximadamente, 434.000 milhares

de Euros. Adicionalmente, naquela data, os ajustamentos acumulados de conversão cambial,

decorrentes da conversão para Euros de demonstrações financeiras de subsidiárias estrangeiras

com moeda funcional distinta, registados na demonstração consolidada da posição financeira, eram

negativos em, aproximadamente, 989.000 milhares de Euros (1.084.000 milhares de Euros em 31

de dezembro de 2015). Em consequência, em 30 de junho de 2016, o capital próprio atribuível a

acionistas nas demonstrações financeiras consolidadas da Empresa é negativo em,

aproximadamente, 171.000 milhares de Euros. Adicionalmente, o passivo corrente no qual se

incluem financiamentos concedidos pela acionista Intercement Austria Holding GmbH no montante

de 726.900 milhares de Euros excede o ativo corrente em, aproximadamente, 130.000 milhares de

Euros. Consequentemente, a adoção do princípio da continuidade na elaboração das

demonstrações financeiras condensadas consolidadas anexas pressupõe o sucesso das suas

operações futuras e a manutenção do apoio financeiro do seu acionista maioritário.

Lisboa, 31 de agosto de 2016 ________________________________________ Deloitte & Associados, SROC S.A. Representada por Carlos Alberto Ferreira da Cruz