RELATÓRIO-SÍNTESE LANÇAMENTO OFICIAL DA SOCIEDADE...

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ÍNDICE

PREFÁCIO ......................................................................................................................................... 4

ABERTURA DA REUNIÃO ................................................................................................................. 1

PLANO ESTRATÉGICO DA ASLM ...................................................................................................... 1

Interface Laboratório-Clínica ............................................................................................. 2

Estratégia das redes laboratoriais .................................................................................... 2

Acreditação de laboratórios e sistemas de gestão da qualidade ................................. 3

Desenvolvimento da força de trabalho dos laboratórios ................................................ 4

Capacidades de investigação e publicações ................................................................... 5

Assistência técnica ........................................................................................................... 6

Desenvolvimento de uma política laboratorial ................................................................ 7

Advocacia, comunicação e mobilização de recursos ..................................................... 7

LANÇAMENTO OFICIAL DA ASLM ................................................................................................... 8

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PREFÁCIO

Em nome da direcção e do pessoal, gostaria de agradecer a todos os nossos parceiros e amigos, por nos concederem tão generosamente o seu tempo e recursos, tornando, assim, possível o lançamento oficial da Sociedade Africana de Medicina Laboratorial (ASLM). Sei bem que é um privilégio ter sido convidada para seu primeiro Director Executivo e prometo que a ASLM se empenhará firme e colectivamente nas tarefas que lhe são atribuídas.

O presente relatório é um registo sinóptico das deliberações do lançamento oficial e incide não só nas principais questões e desafios

que se colocarão nos próximos anos, mas também naquilo que é necessário fazer para que todos os laboratórios de saúde em África possam realizar análises e apresentar resultados de qualidade garantida.

Agradecemos aos participantes a clareza com que indicaram o caminho que gostariam que nós seguíssemos. Esperamos que a natureza, orientada para a acção, do Relatório-Síntese sirva como ponto de partida para os primeiros passos a dar a nível nacional. Nós estamos aqui por vossa causa. Convido-vos, por isso, a recorrerem a nós tantas vezes quantas as necessárias. Finalmente, gostaria de agradecer ao presidente da sessão, aos apresentadores e às pessoas-recurso, por terem facilitado a condução do lançamento, e a todos os relatores das sessões, por terem compilado a versão, sobre a qual se produziu a presente Síntese. Um relato mais pormenorizado das actas do lançamento oficial será apresentado no nosso Relatório Anual, que será publicado no próximo ano.

Muito obrigado a todos.

Dr.ª Tsehaynesh MesseleDirectora ExecutivaASLM

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ABERTURA DA REUNIÃO Entre 14 e 16 de Março de 2011, realizou-se em Adis Abeba, na Etiópia, uma reunião das partes interessadas, para o lançamento oficial da Sociedade Africana de Medicina Laboratorial (ASLM). A cerimónia de abertura foi presidida, por Sua Excelência, o Dr. Tedros Adhanom Gebreyesus, Ministro da Saúde da República Federal da Etiópia.

Estiveram presentes na abertura da re-união: sete ministros da saúde africa-nos, ao todo; o Embaixador Eric Goosby do PEPFAR e 28 outros patrocinadores e parceiros; mais de 300 delegados e participantes de 36 países; diplomatas acreditados junto da República Federal da Etiópia e as principais organizações internacionais sediadas em Adis Abeba; o representante da Comissão da União Africana; funcionários superiores dos Centros Americanos de Controlo e Pre-venção das Doenças em Atlanta, EUA; delegados da ONUSIDA, Organização Mundial da Saúde e outras agências es-pecializadas das Nações Unidas; chefes de organizações nacionais e internacio-nais envolvidas no reforço dos laboratórios de saúde em África; e membros dos meios de comuni-cação escrita e audiovisual.

Houve intervenções por parte de várias individualidades de alto nível, entre elas o ex-Presidente dos Estados Unidos, William J. Clinton (por videoconferência), o Dr. Michael Battle, Embaixador dos EUA na União Africana, o Dr. Kevin De Cock, Director do Centro de Saúde Mundial do CDC-Atlanta, o Dr. Kassama Yankuba, representando a União Africana, o Prof. Anyang Ayong’o, Ministro da Saúde do Quénia e o Dr. Tedros Adhanom Gebreyesus, co-presidente da sessão e Ministro da Saúde da Etiópia.

Na sua intervenção inicial, o Dr. John Nkengasong, Presidente do Conselho de Administração da ASLM, disse que a medicina laboratorial é uma componente fundamental dos cuidados aos doentes, prevenção das doenças e políticas de saúde pública em geral. No entanto, as suas infra-estruturas em muitos países em desenvolvimento são fracas e negligenciadas – uma situação que terá de ser corrigida. Informou sobre os passos que levaram à criação da ASLM como um organismo pan-africano de profissionais, cujo único objectivo é apoiar e reforçar os laboratórios médicos em África.

O verdadeiro reforço da ASLM requer um plano estratégico que repousa em oito pilares principais: a interface laboratório-clínica; estratégias e redes laboratoriais; acreditação dos laboratórios; desenvolvimento da força de trabalho laboratorial; capacidades de investigação e publicações; assistência técnica; desenvolvimento de políticas laboratoriais; e advocacia, comunicação e mobilização de recursos.

PLANO ESTRATÉGICO DA ASLMDurante três dias, realizaram-se sessões plenárias, sessões especiais, reuniões de grupos de trabalho, fóruns de parceiros e debates em painel e mesas-redondas. Foram feitas apresentações por peritos, partilharam-se experiências e levantaram-se e debateram-se questões. Mas o objectivo geral era o mesmo: identificar as questões e os desafios que a ASLM terá de enfrentar no futuro e traçar o caminho a seguir, com base nos oito pilares do seu quadro estratégico.

Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, Ministro da Saúde da Etiópia e Co-Presidente da Sessão de Abertura

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1. Interface laboratório-clínicaAs questões e desafios que emergiram durante os debates sobre este assun-to variaram desde a necessidade de cientistas de laboratório experientes e a lacuna cada vez maior entre clíni-cos e profissionais de laboratório, até aos padrões de qualidade, uso dos serviços laboratoriais por parte dos clínicos, formação profissional contí-nua, sustentabilidade, impacto das decisões governamentais sobre políti-cas, etc.

Caminho a seguir: os participantes sugeriram que a ASLM deverá:

(a) Criar um Grupo de Trabalho Técnico, cujo papel será tornar a formação médica e laboratorial contínua acessível à comunidade dos cuidados de saúde em África; para esse fim, é fortemente recomendada a construção de um portal web;

(b) Promover ligações e parcerias com instituições regionais de formação em cuidados clínicos e laboratoriais, de modo a influenciar o conteúdo dos seus planos de estudos;

(c) Fazer um inventário dos programas, abordagens e modelos de formação contínua existentes em África; em seguida, avaliá-los, aperfeiçoá-los e acreditá-los para uso dos membros; para esse fim, recomendaram a criação de um Grupo Técnico Consultivo;

(d) Trabalhar com clínicos, para produzir orientações que promovam uma prática médica baseada em evidências e dar relevo ao ciclo de diagnóstico, desde a colheita de amostras até ao uso dos resultados laboratoriais;

(e) Encorajar o uso de sistemas modernos de informação laboratorial (LIS) e instrumentos que melhorem a qualidade e facilitem a gestão, o acesso e o uso apropriado dos laboratórios;

(f) Trabalhar com os governos, para facilitar o acesso aos serviços médicos e laboratoriais, em particular no que diz respeito aos custos, registo, licenciamento e remuneração do pessoal;

(g) Relacionar-se com todos os organismos laboratoriais existentes e autoridades de registo, trabalhando com eles para reforçar os laboratórios médicos da Região.

(h) Encorajar actividades conjuntas na prática dos cuidados de saúde, tais como visitas conjuntas às enfermarias, reuniões conjuntas de peritos e auditorias clínicas conjuntas, com feedback de qualidade de ambos os lados

2. Estratégia das redes laboratoriaisA criação e a manutenção de mecanismos para a interacção no seio da comunidade dos laboratórios de saúde foram consideradas pelos participantes como revestindo-se da maior importância para as iniciativas de reforço dos laboratórios. As questões e os desafios que os delegados identificaram durante as suas deliberações foram muitos e variados: comunicação e coordenação das actividades a todos os níveis; apoio às organizações nacionais de laboratórios; valor dos fóruns nacionais e regionais; papel catalisador da ASLM para reunir as associações nacionais de laboratórios de saúde; questão das representações nos países e extensões locais para a ASLM; modo de construir pontes entre os laboratórios de saúde públicos e privados; modo de tornar a ASLM “a rede das redes”.

Dr. John Nkengasong, Presidente do Conselho de Administração, apresentando o Quadro Estratégico da ASLM

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Caminho a seguir: após longo debate, os participantes recomendaram que a ASLM deverá:

(a) Ajudar a criar comissões directivas da ASLM, a nível de país, e instituir associações nacionais de laboratórios de saúde, onde elas não existirem;

(b) Criar um grupo de acção da ASLM, com membros seleccionados das comissões directivas nacionais; esses membros deverão constituir pontos de conexão nacionais para uma comunicação de dois sentidos com a ASLM;

(c) Fornecer apoio técnico às organizações nacionais e regionais no seu planeamento e realizar fóruns nacionais e regionais sobre saúde e medicina laboratorial;

(d) Comunicar, a todas as associações de laboratórios médicos nacionais de saúde pública e profissionais, os êxitos obtidos pela ASLM no reforço dos laboratórios nacionais de saúde;

(e) Estudar uma rede de “mediadores neutros” ou modelos de comissões de coordenação (por ex., a EPHLA) e adaptar uma que possa ser usada pela ASLM e seus membros;

(f) Construir um website multifuncional, com ligações a outros websites relevantes, para promover o diálogo e a comunicação com os membros e outras organizações laboratoriais;

(g) Encorajar o uso de blogs, listas electrónicas, espaços de trabalho partilhados e outras ferramentas;

(h) Criar uma lista de Associações e Membros da ASLM;(i) Desenvolver e colocar na Internet ferramentas de aprendizagem e avaliação para uso dos

seus membros;(j) Encontrar formas inovadoras (tais como serviços conjuntos de compras) de minimizar os

atrasos dos armazéns laboratoriais, insuficiências e rupturas de stocks;(k) Identificar, apoiar e reforçar as instituições existentes (por ex., a rede RESAOLAB financiada

pela Fundação Mérieux).

3. Acreditação de laboratórios e sistemas de gestão da qualidade As discussões sobre a acreditação dos laboratórios procuraram definir a relação que deverá existir entre a ASLM e o Escritório Regional Africano da OMS (AFRO), na implementação do processo de acreditação gradual dos laboratórios e os progressos dos sistemas de gestão da qualidade no continente. Embora a ASLM não seja um organismo de acreditação, es-pera-se que forneça apoio aos labo-ratórios e coordene os seus esforços, para obter uma acreditação laborato-rial internacionalmente reconhecida.

Os participantes procuraram com de-terminação respostas para os muitos desafios e questões colocadas: o que fazer com os documentos técnicos de acreditação existentes; apoio aos países para instituírem sistemas nacionais de acreditação; como gerir a ética e a acredi-tação; preparação para a acreditação; sistemas externos de garantia da qualidade (EQA); etc.

Caminho a seguir: no final, recomendaram que a ASLM deverá:

(a) Como questão de prioridade: (i) criar um Grupo Técnico Consultivo para a Acreditação dos Laboratórios;

Dr. Kevin de Cock, Director da Saúde no Mundo, CDC-Atlanta: “(Sublinhamos) o uso de dados e evidências, para aumentar as capacidades, segurança e impacto da saúde a nível mundial”.

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(ii) definir o regulamento do Grupo Consultivo;

(iii) avaliar a actual situação da preparação para a Acreditação Gradual dos Laboratórios nos países-membros; e

(iv) desenvolver um plano operacional para a imple-mentação da preparação;

(b) Criar mecanismos para a imple-mentação da acreditação em todos os laboratórios (públicos e privados) e definir claramente os papéis e as responsabilidades no processo de acreditação;

(c) Concluir um memorando de entendimento com a AFRO, esclarecendo o papel da ASLM como Parceiro Implementador no processo de Acreditação Gradual dos Laboratórios da AFRO;

(d) Entrar em parceria com os laboratórios que participam nos sistemas de Avaliação Externa da Qualidade (EQA) e encorajar os membros a envolverem-se nesses sistemas;

(e) Trabalhar com a OMS e outros parceiros na identificação de laboratórios com uma classifica-ção da EQA sistematicamente má e levá-los a cumprir as normas e padrões da acreditação;

(f) Participar na reunião de peritos a realizar em Nairobi, no Quénia, em Junho de 2011;(g) Atribuir classificação por letras às estrelas de acreditação, para evitar confusões relativa-

mente à real qualidade dos serviços prestados por determinado laboratório

4. Desenvolvimento da força de trabalho dos laboratóriosA importância de construir e cuidar do nosso próprio capital humano, através de uma educação e formação adequadas, foi sublinhada logo na cerimónia de abertura. Os debates sobre esse assunto destacaram uma série de questões e desafios que se colocam à ASLM: certificação de indivíduos versus acreditação de programas e laboratórios; equivalência entre os graus concedidos pelas diferentes instituições; quadro de apoio para gerir tudo isso; problema da garantia da qualidade; associados da ASLM, etc.

Caminho a seguir: os participantes recomendaram que a ASLM deverá:

(a) Trabalhar com os países-membros para normalizar e harmonizar os planos de estudo da formação laboratorial e médica a todos os níveis do ensino superior;

(b) Desenvolver a adoptar competências por nível e grau, para todos os profissionais que trabalhem nos laboratórios, incluindo os médicos, e criar uma Comissão Independente de Exames para administrar os testes de competências;

(c) Avaliar os programas científicos dos laboratórios médicos em todo o continente, para documentar as lacunas e as melhores práticas;

(d) Harmonizar os programas educativos, antes de iniciar o processo de acreditação;(e) Estabelecer programas de garantia de qualidade em todos os países-membros;(f) Desenvolver, rever, harmonizar e adoptar programas modulares de formação em serviço e de

certificação; esses programas deverão ser acompanhados por orientações sobre a supervisão do desenvolvimento de carreiras;

Da D para a E: Dr. Stephen Mallinga (Uganda), Prof. Anyang Ayang’o (Quénia), Dr. Haja Z Hawa Bangura (Serra Leoa), Dr. Tedros A Ghebreyesus (Etiópia), D. Evelize Frestas (Angola), Dr. André Mama Fouda (Camarões), Dr. Haji Mponda (Tanzânia)

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(g) Designar, em cada país-membro, um ponto focal, cujo papel será assegurar que os padrões mínimos da ASLM estão a ser implementados a nível nacional;

(h) Considerar a criação de tipos e níveis de membros individuais e registar as respectivas designações apropriadas (por ex., estudante, afiliado, associado, membro, membro honorário, etc.);

(i) Alargar os privilégios e benefícios dos programas da ASLM a todos os níveis e graus da força de trabalho dos laboratórios do continente

5. Capacidades de investigação e publicações Foi vasta a variedade de questões e desafios que os participantes identificaram nesta área. Entre eles, contam-se: financiamento; capacidades de investigação; formação para a investigação e pub-licações; barreiras à língua; políticas nacionais de investigação; investigação colaborativa; publica-ções de investigação existentes; parcerias na investigação.

Caminho a seguir: após aprofundada análise destas questões e desafios, os participantes recomendaram que a ASLM deverá:

(a) Agilizar a publicação do Jornal Africano de Medicina Laboratorial (AJLM), como jornal de acesso livre, e orientar o seu conteúdo para a resolução dos problemas dos laboratórios médicos e de saúde pública;

(b) Criar grupos técnicos consultivos para (i) Apoio e implementação da investigação e (ii) Divulgação da investigação, para apoiar essa área de funcionamento;

(c) Organizar acções de formação sobre ciência, subsídios e redacção de manuscritos, em inglês e francês; instituir programas de tutoria na investigação; e assegurar que os materiais de formação e principais textos sejam traduzidos em inglês, francês e português;

(d) Divulgar os resultados da investigação laboratorial e médica junto dos decisores, a todos os níveis;

(e) Encorajar a investigação colaborativa e inter-disciplinar; assegurar a sua inclusão nas políticas nacionais de laboratórios; e publicar uma lista dos investigadores existentes em África;

(f) Elaborar materiais de advocacia para decisores, em que se faça a defesa veemente de (i) investigação laboratorial e médica e respectivas publicações; (ii) financiamento adequado para a investigação laboratorial e infra-estruturas;

(g) Advogar a favor da inclusão da investigação na descrição de funções do pessoal de laboratório;

(h) Encorajar os países-membros a formarem capacidades para avaliarem os reagentes importados, os testes e equipamento e a incluírem-nos nos seus planos estratégicos laboratoriais; instalar sistemas de alarme para surtos de epidemias e de resistência aos medicamentos;

(i) Apelar ao PEPFAR, para que preveja verbas para a investigação e publicações, no seu orçamento para subsídios;

Embaixador Eric Goosby do PEPFAR: “Os serviços laboratoriais de qualidade são a porta de entrada para o tratamento e gestão das doenças prioritárias”

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(j) Lançar uma Revista profissional menos formal, para fornecer notícias e informação sobre a comunidade ASLM; incluir nessa Revista artigos sobre os membros da ASLM, seus programas e actividades;

(k) Organizar uma grande reunião internacional de dois em dois anos, que servirá como um fórum para a colaboração e divulgação dos resultados da investigação; seleccionar o local da reunião por rotação entre os países-membros;

(l) Encorajar as extensões regionais e nacionais da ASLM a organizarem ou receberem reuniões locais, pelo menos, uma vez por ano; isso aproximará mais a investigação do pessoal que trabalha nos laboratórios locais;

(m) Formar parcerias com as instituições de investigação e universidades africanas, para incentivar o intercâmbio internacional sobre investigação e publicações;

(n) Em conjunto com a OMS e outros parceiros, realizar uma reunião consultiva, para delinear uma Agenda de Investigação Laboratorial para África

6. Assistência técnicaAs principais questões que preocupam os participantes nesta área são: a coerência da assistência técnica com as prioridades, estratégias e planos nacionais; o papel dos peritos de laboratório na prestação de assistência técnica; e as áreas fundamentais da assistência técnica que requerem atenção.

Caminho a seguir: após deliberação, os representantes recomendaram que a ASLM deverá:

(a) Servir como rampa de lançamento para o fluxo de assistência técnica à África nas áreas de: reforço e apoio aos laboratórios; sistemas de gestão da qualidade; tecnologias de laboratório; manutenção do equipamento; formação e desenvolvimento profissional contínuo;

(b) Criar uma bolsa de peritos e parceiros, tanto no continente como na diáspora; apresentar as suas habilitações e áreas de especialização; colocar a lista no website da ASLM; e desenvolver uma ferramenta de Pedido de Assistência Técnica;

(c) Organizar e trabalhar com as associações nacionais de profissionais, para criar um mecanismo de coordenação da oferta, aceitação e uso da assistência técnica; avaliar e monitorizar a assistência técnica, incluindo a formação e a transferência de peritos; as áreas prioritárias serão os Sistemas de Gestão da Qualidade (QMS) e a gestão dos laboratórios e dos materiais;

(d) Fazer o melhor uso dos peritos de laboratório existentes no continente, para tarefas como a redacção de artigos científicos e a tutoria; encorajar os peritos a servirem como advogados junto dos governos e dos organismos internacionais; pedir-lhes que prestem assistência técnica na área da vigilância das doenças e da investigação sobre epidemias;

(e) Garantir que toda a assistência técnica seja estruturada de modo a apoiar o processo de Acreditação Gradual da AFRO;

(f) Considerar a celebração de um Memorando de Entendimento com parceiros como ASM, APHL, ASCP, BD, etc., que tenham manifestado a sua disponibilidade para prestar assistência técnica

Dr. Jean-Bosco Ndihokubwayo, OMS:“O reforço dos programas de prevenção e controlo das doenças com base nos laboratórios … inspirará as decisões sobre políticas”

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7. Desenvolvimento de uma política laboratorial Os delegados salientaram a importância das políticas no reforço dos laboratórios de saúde. Além do acesso a uma formação médica e laboratorial contínua, já mencionada nos parágrafos anteriores, foram referidas duas questões essenciais: o papel dos governos e o papel da ASLM no desenvolvi-mento de uma política laboratorial.

Caminho a seguir: dos debates resultaram as seguintes recomendações:

(a) A ASLM deverá efectuar uma revisão total das autoridades reguladoras dos laboratórios, conselhos de licenciamento e programas de formação em ciências laboratoriais em África; essa revisão deverá ser seguida de propostas de política; devem ser criadas autoridades reguladoras, quando elas não existirem;

(b) Todas as iniciativas sobre políticas laboratoriais nacionais devem envolver os ministérios responsáveis pelo planeamento, educação e finanças;

(c) A ASLM deverá trabalhar com as associações nacionais de laboratórios, para redigir modelos de políticas que possam ser adaptadas aos contextos locais pelos ministros da saúde; esses modelos deverão ser colocados no website da ASLM;

(d) A ASLM deverá elaborar modelos normalizados, para ajudar os países a recolher dados básicos para a formulação de políticas;

(e) Usando as orientações existentes da AFRO, a ASLM deverá trabalhar com associações laboratoriais nacionais, subregionais e regionais, para avaliar a implementação das políticas nacionais de laboratórios e ajudar os ministérios da saúde a traduzir as suas políticas em planos;

(f) A ASLM deverá advogar e fornecer orientações para a criação de “Departamentos Laboratoriais” dedicados nos ministérios da saúde; isso não só dará mais visibilidade às questões laboratoriais a nível nacional, mas também tornará mais eficaz a implementação das políticas

8. Advocacia, comunicação e mobilização de recursos Ficou claro nos debates que esta é uma área fundamental no trabalho da ASLM. A tónica foi posta no público-alvo dos seus esforços de advocacia e comunicação, assim como nas formas e meios de conseguir a sustentabilidade financeira.

Caminho a seguir: Algumas das recomendações feitas foram as seguintes:

(a) Os alvos dos esforços de advocacia e comunicação da ASLM deverão ser os governos, incluindo todos os sectores; associações profissionais nacionais, incluindo os laboratórios veterinários; fabricantes e distribuidores de equipamento e material laboratorial; instituições académicas; doentes e sociedade civil; meios de comunicação; comunidades locais;

(b) O conteúdo das mensagens de advocacia da ASLM deverá incidir sobre a vigilância das doenças e detecção e diagnóstico precoces; tratamento dos doentes; poupanças no internamento e tratamento; função salva-vidas dos laboratórios médicos; benefícios do reforço dos laboratórios;

O Presidente William J Clinton falou aos participantes por videoconferência

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(c) A comunicação com o sector privado deverá salientar os problemas de rotina, tais como a garantia de qualidade e a acreditação; normalização do equipamento, material e processos; práticas de compras; manutenção do equipamento; procura de soluções comuns para problemas comuns;

(d) As mensagens de advocacia destinadas a organizações internacionais deverão ser coerentes com os objectivos destas últimas, ajustar-se aos planos e estratégias laboratoriais nacionais; e realçar os conceitos “Uma Saúde” e “Um Serviço Centralizado”;

(e) Promover parcerias com peritos africanos na diáspora e usá-los como advogados dos esforços de melhoria da ASLM e dos laboratórios;

(f) A comunicação com os profissionais de laboratório e de saúde deverá realçar: a necessidade de estratégias e planos nacionais de laboratório; a fuga de doentes mais abastados para laboratórios no estrangeiro; a importância da comunicação entre os profissionais clínicos e de laboratório; sistemas e instrumentos de gestão laboratorial;

(g) Outra comunicação de advocacia deverá abranger o impacto dos regulamentos sobre as compras; convidar a União Africana e os governos nacionais a contribuírem para o funcionamento da ASLM;

(h) Apresentar um documento de posicionamento sobre a ASLM numa reunião dos ministros da saúde da UA e exortá-los a adoptarem uma resolução de apoio aos objectivos e actividades da ASLM;

(i) Quanto à mobilização de recursos, a ASLM deverá considerar a cobrança de taxas a: membros individuais, institucionais e empresariais; formação e workshops; assistência técnica e serviços de consultoria; avaliações laboratoriais; investigação encomendada; uso do website da ASLM para publicidade; exposições;

(j) A ASLM foi aconselhada a procurar doações; identificar e atrair patrocinadores comerciais; e realizar campanhas de angariação de fundos

LANÇAMENTO OFICIAL DA ASLM A Sociedade Africana de Medicina Laboratorial (ASLM) foi lançada oficialmente em 16 de Março de 2011, em Adis Abeba, na Etiópia. A cerimónia de lançamento foi presidida conjuntamente por Suas Excelências, os Senhores André Mama Fouda, Haja Zainab Hawa e Haji Mponda, respectivamente, ministros da saúde dos Camarões, Serra Leoa e Tanzânia.

O Dr. John Nkengasong, Presidente do Conselho de Administração da ASLM, depois de resumir as muito produtivas deliberações dos dois dias anteriores, mostrou-se satisfeito por terem sido plenamente cumpridos os objectivos da reunião. Tinha-se chegado a um consenso sobre os oito pilares de suporte da ASLM, tendo-se definido claramente um plano estratégico sobre o caminho a seguir. Lembrou que o financiamento adequado continuará a constituir o principal desafio para a jovem organização, visto que os seus recursos actuais não durariam mais de 30 meses; a ASLM terá de contar com as quotas dos seus associados e muito mais, para que possa ser sustentável. Previu que a Sociedade angariará 250 membros até final de Dezembro de 2011.

O Dr. Nkengasong apresentou a estrutura organizacional da ASLM, que compreende um director executivo, um director de operações, um director de programas científicos e um director de finanças. Esses lugares foram publicitados e serão preenchidos em breve. Em seguida, apresentou o Plano de Actividades para o primeiro ano da ASLM.

Dirigiu um especial agradecimento aos ministros, participantes e delegados, cujas ideias tinham enriquecido os debates, para lá do que se esperava. Agradeceu ao Governo da Etiópia por acolher a reunião e agradeceu igualmente aos parceiros, doadores e secretariado, por terem feito da reunião um sucesso.

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Os Ministros da Saúde, Dr. Haji Mponda (Tanzânia), Dr. Haja Z. Hawa Bangura (Serra Leoa), Dr. André Mama Fouda (Camarões) e Dr.ª Evelize Frestas (Vice-Ministra da Saúde de Angola) descerram a placa da ASLM, sob o olhar da Sr.ª Etalem Engeda, Directora Administrativa (na extremidade esquerda), Dr. John Nkengasong,

Presidente do Conselho de Administração e Dr.ª Tsehaynesh Messele, Directora Geral da ASLM (ambos na extremidade direita).

Os Ministros da Saúde de Angola, Camarões, Serra Leoa e Tanzânia, por sua vez, falaram também aos participantes. Elogiaram a criação da ASLM, uma importante promessa para o futuro dos laboratórios de saúde em África. Alguns deles informaram sobre os planos que já tinham sido preparados nos seus respectivos países ou sublinharam a importância da coordenação e das infra-estruturas, para que a África possa atingir os nobres ideais estabelecidos para a ASLM e seus membros. Outros ministros até convidaram imediatamente a ASLM a ajudá-los na definição dos seus planos estratégicos nacionais para reforço dos laboratórios de saúde.

Depois das intervenções dos ministros, o Presidente do Conselho de Administração da ASLM anunciou a sua decisão de fazer de todos os ministros da saúde membros honorários da ASLM. Por conseguinte, foram-lhes apresentados Certificados de Designação, por entre os aplausos dos participantes.

Finalmente, a placa da ASLM foi solenemente descerrada, às 11 horas da manhã, para assinalar o lançamento oficial da Sociedade Africana de Medicina Laboratorial (ASLM). A cerimónia encerrou às 11h e 45m.

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