RELAXAÇAO MAGNÉTICA NUCLEAR E ORIGENS DOS SINAIS DE …
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IVAN DOS SANTOS OLIVEIRA JÚNIOR
RELAXAÇAO MAGNÉTICA NUCLEAR E
ORIGENS DOS SINAIS DE RMN NO GdL A ^
TRABALHO APRESENTADO PARA A OBTENÇÃO
DO GRAU DE MESTRE AO
CENTRO BRASILEIRO DE PESQUISAS FÍSICAS
RIO DE JANEIRO, DEZEMBRO DE 1988
...Vai onde a aurora mora E acorda um. lindo dia
Colhe a mais bela flor Que alguém jk viu nascer
E nlío se esqueça de trazer Força e magia
O sonho, a fantasia E a alegria De viver. . .
Toquinho
M tia, au* cem. # 4+mfte 3"\anof*\m*u, - ce em. uma f\oA4* d* mim.
t au* age\a 4AA$, JbenVw de Si,
Uma ftaiUé de nó-». . .
Algumas Palavras de Reconhecimento
Após dois anos e meio» aproximadamente, desde que ingressei
neste Centro para obter o grau de Mestre em. Física, estou
entregando á comunidade este despretencioso trabalho. Porém, ainda
que singelo, ele nXo pertence somente a mim.. Ele é o resultado do
es/orço conjunto de vário* indivíduos <fue no seu dia-a-dia
trabalharam continuamente para garantir o seu bom termo. De fato,
como poderia eu fazer as minhas medidas sem o hélio e o
nitrogênio, líquidos fornecidos pelo Henrique e o Ivanildo do
laboratório de criogenia * Quanto esforço a mais seria necessário
sem o auxílio do Geraldo, do Marcelo, do Marcos, do Márcio e do
Gustavo da Divis&o de Informática do Centro * Do mesmo modo, sem a
colaboração do Alexandre, do César, do Ismaz- e do Sr. Alfredo, que
tantas vexes resolveram problemas corriqueiros Ce n3to
corriqueiros} em nosso laboratório, estaríamos em dificuldades. A
Míriam, secretária dos alunos, ao Mestre Naroldo, A Vanda,
secretária do DMF, profissionais eficientíssimos que também
compõem a infraestrutura sem a qual nMo poderíamos fazer nada. O
convívio amigo com o Nil ton, com o Armando, com o Luis e todos os
outros alunos da pós-graduaçKo, alguns cujo entusiasmo e
competência representam uma fonte de estímulo permanente para o
nosso trabalho. Aqueles professores dssta casa que possuem uma
consciência sincera de estarem contribuindo para a formaçto dos
alunos que aoui. ingressam :k todas emtam peetoas devo este
trabalho. Ao A.P.G., Doutor, meu orientador, ao Dr. Said Rabbani,
Ü
com, qxt+m . on to fnhn aprendido, 0, /inalm+nt*. ao Dr. Loonol
Hermes, T0&ricot q\*m m» apontou o caminho tia Física
Exp»rim*n -»l. Obrigcdc .
/ . S. Olixj+ira
05.ti.ee
R E S U M O
O composto Internet411co GdAl possui a estrutura cúbica de
Lavas Cl5 e é tm ferromagneto simples abaixo de 176 K. A direçKo
de fácil magnetizaçXo neste composto é tal que os ions do Al estSo
distribuídos em dois sítios magneticamente nao equivalentes. Como
conseqüência, os campos hiperfinos sentidos pelos núcleos do Al
sSto diferentes nestes dois sítios.
Usamos a técnica de RMN para estudar a origem dos sinais do
Al Cse paredes ou domínios} provenientes destes dois sítios e
também a relaxaçSo magnética nuclear. O mesmo estudo foi feito no
sitio do gadollnio Cisóiopo 1570.
Medimos da dependência da amplitude do eco de spins em função
da intensidade do campo de rf e confirmamos a idéia de que os
sinais provenientes dos dois sítios do Al possuem composições
diferentes de paredes e domínios.
Nossas medidas da dependência dos tempos de relaxaçSo Tt e 7*2
com a amplitude do campo de rf revelaram que estes tempos sSo
sempre menores quando medidos na primeira linha do espectro de RMN
do Al. Esta diferença pode ser em parte atribuída aos diferentes
valores de campos hlperfinos dos dois sítios e, em parte» à
participação das paredes de Bloch na relaxaçSo na primeira linha.
Estes resultados ser ao publicados na revista Journal dm Physiqu*
Cl088?. Avaliamos a magnitude da contribuiçXo de paredes e
contribuiçXo Korringa para Ti no primeiro sitio do Al. Nossos
resultados sXo entZo comparados com o previsto por Weger Cl062).
iii
A B S T R A C T
Th* Inter metallic compound GdAl crystallizes in the cubic
Laves phase CI5. It Is a simple ferromagnet below 176 K. The easy
direction of magnetization Jn this compound is such that the Al
ions are distributed among two magnetically inequivalent sites. As
a consequence, two different hyperfine fields arise at these two
sites.
Vie have used the pulsed NMR technique to study the origin of
the signals Cdomains and/or domain walls!) from these two sites and
the nuclear magnetic relaxation. The same study was carried out at
the 'Td site Cwith the 157 isotope.
The r pin-echo amplitude dependence with the rf field
intensity has confirmed the idea that the two lines of the NMR Al
spectrum have different proportions of domain and domain walls
contr i butions.
Relaxation times Measurements as a function of the rf power
show tha*. these times are always larger on the second Al line
than on the first one. Thwse differences may be attributed in part
to the difference between the hyperfine fields at these two sites
and in part to the domain walls contribution to the relaxation at
the first Al line. We have evaluated the domain walls contribution
and Che Korringa contribution to the spin-lattice» relaxation time
on the first Al line. Our results are then compared with those
expected by the Weger model CI0623.
0
I N D I C E
DEDICATÓRIA i
ALGUMAS PALAVRAS DE RECONHECIMENTO li
RESUMO iii
ABSTRACT iv
ÍNDICE v
CAPITULO 1 - INTRODUÇÃO
1. ID Introdução 1 1.115 Interação Zeeman e Níveis de Energia 2 1.III5 Representação Semi'.clkssica de Spins - EquaçÜes
de Bloch - Sistema de Coordenadas Girantes 10
CAPITULO 2 - FERROMAGNETISMO E R M N
2.13 Introdução 18
2.115 Características de um Ferromagneto e Algumas Conseqüên
cias Para a RMN 2.111.00 Introdução 23 2.111. b^ Ondas de Spin 24 2. lll.c> Energia de Anisotropia 26 2. 111. d> Estrutura de Paredes e Domínios nos Ferromag-
netos 28 2.11l.s> Fator de Ampli/icação e Seleção das Regi&es de
Exci tação em um, Ferromagneto 30 2.111.65 Interação Quadrupolar Elétrica 34
2. INO Metais Terras-Raras - O Gadolínio e o GdAl_ 39
CAPITULO 3 - RELAXAÇXO MAGNÉTICA NUCLEAR
3 .15 Introdução 46 3 .115 Campos Magnéticos Aleatórios» Função de Correlação
• Densidade Espectral 48 3. I I I 5 Macanismos de Interação Spin-Spin 92
V
CAPITULO 4 - CONSIDERAÇÕES EXPERIMENTAIS
4.15 Técnica* de Hedidas 55 4.115 Amostras 50 4. III) Equipamento
4. 111.a> Espectrometro Ôl 4. JJl.by Crio*tato de Banho 62 4.777.c5 Criostato de Fluxo 64 4.777.«D AquisiçXo e Processamento d» Dados 65
CAPITULO 5 - RESULTADOS E CONCLUSÕES
5.13 Espectroscopia S.l.ay Sítio do Al 67 5.7.65 Sítio do Gd 70
5.115 Dependência da MagnetixaçXo Transversal com a Amplitude do Campo de Radiofreqüência
B.ll.a> Sítio do Al 71 5.11. 65 Sítio do Gd 75
5. III5 Tempos de RelaxaçSío em FunçXo da Potência do Campo de Radiofreqüência 78
5. IV5 Taxas de RelaxaçXo em FunçXo da Temperatura no Sitio do Al 70
5. V5 DiscussZo e Conclusões 84
Referências Bibliogrkficas 04
C A P Í T U L O - 1
&jrj-Ji03>%ifjfO
£. I . /n<roduç*o
Os primeiros trabalhos que especularam sobro a poss ib i l idade
de s e observar • medir o magnetismo nuclear data* de 1Q3*! Pore.»
soawii* na década d* 40 pode-se efetivamente real izar a
•><pTl4ncia em que s e obswvou o sinal proveniente dos protons da
égua • da parafina por F. Bloc n* • por E. M. Pur c a l l ,
1 independent smante. Ambos autoras foraa agraciados COM O Pr Ami O
Nobel paios saus trabalhos» lnaugurando-se assim uaa nova técnica
da invest igação ho J a conhacida coao Jfiessonancfa Magnética Nuclear
ou abraviadamants»» RUN.
A RMN é atualaanta considarada una das principals técnicas
da pasquisa das propriadadas Magnéticas da materia, tando s ido
publicados milharas da trabalhos c i a n t i f i c o s dasda a sua
dascobarta até os dias da hoja. Talvax» sua mais aspatacular
apl icação tacnológica tanha surgido na década da 70 quando fo i
dascobarta a poss ibi l idade da sa construir uma lmagam do lntarior
da um objato observando-se a intansldada do sinal da RNN
provanlanta dos núcleo* atômicos daquala ragito .
Na pasquisa am F í s i c a do Estado Sólido, a técnica também
ancontrou aceitação lmadiata. No caso da só l idos matai1cos
magnéticos» através dasta técnica , podamos obsarvar dlrat«santa os
n l v a i s da anargia Zeeman dos noclaos atômicos insaridos am um
campo magnético qua é> dafinldo basleamanta palas d i s tr ibuições
a latrônicas do só l ido am qusstto. Obtamos assim uma quadro dastas
d is tr ibuiçSas qua estSo associadas às propriadadas macroscópicas
dos matais, fundamentals, por axamplo, para a mataiurgia.
Neste trabalho aplicamos a técnica de RMf A Investigação da
origem dos s i n a i s Cse paradas ou domínios) provenientes dos
1
nocleos do alumínio 27 • do gadolinlo 107 no composto GdAl .
Estudamos também a relaxaçao magnética nuclear nos dois s í t i o s do
Al • no s i t i o do Gd. As medidas ds relaxaçSo fornecem uai quadro
dinâmico das intsraçOss qua ocorra* antra os núcleos atoai cos .
«través de sua carga • sau spin, C M a sua vizinhança, a rada
c r i s t a l i n a , qua desempenha o papal da reservatório térmico a
ronta gar adora dos campos magnéticos e e l é t r i c o * observados no
s i t i o nuclear.
l . / I . Interoçlo Zmmman, a NLvmím de Enmrgia - /nteroçSo Quodrupolar
A interaçXo entre o momento magnético de uma partícula de
sp in í com um campo magnético fl, é descrita pelo hamiltoniano
H » - AoJ. fl l . l
onde Ao é uma constante. No caso de um spin nuclear, escrevemos f
mm lugar de í, e Ao • y h, onde y é o fator giromagnetico
nuclear.
S» considerarmos que o campo magnético possui a dlreçlo z.
a equação 1.1 torna-se:
H - -r nHol 1.2 n s
que pode ser imediatamente dl agonal lzado fornecendo as seguintes
2
autoenergi as:
E • - x Hofun 1 . 3
onde n » -I» - I + 1 , . . . . , 1 - 1» I de f ine os autoestados do operador
I s . O produto Y Ho possui dimensXo de freqüência, fi costume
co locar y H « w . *n o o
Es t* s i s t «ma a b s o r w r i energia de uma onda e letromagnét ica
Cou f ó t o n , na linguagem da Mecânica Quantica) s e «Ia possuir a
freqüênc ia dada por:
u> - AE / h 1 .4 O m
A f i g u r a Ia mostra como seriam os n í v e i s de energia para o caso em
que I * 3 / 2 . As f i g u r a s l b e l c mostram as or i en tações e s p a c i a i s
p o s s í v e i s dos s p i n s nuc leares para e s t e caso e o "espectro de
a b s o r ç l o " , respect ivamente .
3
O
* • ! V» ft o
— — — * • • W #1 e
• • » <•> h o
l a
aboorCoo
l c
Figura 1 - Ni v a i s d* anargia nuclear**, oriantaÇao doa «pina • aapactro d» abaorCao, a. b • c, raapaetivamanta, para o caso am qua X > 1/2
A figura i c , que pod* ser representada pela funçSo óCw -a)oD,
indica que os n íve i s d* energia do sistema s fo perfeitamente
def inidos . Contudo, ta l espectro é proibido pelo pr incipio de
incerteza de Heisenberg. De fa to , os n íve i s de energia úo sistema
devem ter uma largura f i n i t a , o que corresponde A permanência do
núcleo em um estado excitado por um tempo f i n i t e Esta é a chamada
largura natural de tinha. A figura l c ser ia entfo , melhor
representada por uma funçlo do t ipo lorentziana com uma largura
dada por AM 2 AE/h, como mostra a figura 3.
4
o So. Sb
Figuro • - N i v o i o do * n * r f v a • oopoctro 4 * aboorçXo m o s t r a n d o • Iorour* n a t u r a l do lintto, d « c e r r « n t « de p r i n c i p i e d o incor loxa . do Movoonborg.
Outro* fatoroo pod*» contribuir par* o alargamonto do. linha
do ressonância como» por oxompXo, a distribuiçXo do campos locais,
1nomogonoidado do campo magnótico aplicado» «te. O os tudo da
largura d* linha fornoco important** informaçSos sobro o sistoma
do spins nucloaros.
Em sólidos» o nucloo quo os tamos ostudando faz parto do um
ion quo osta i mor so om um arranjo rogular do cargas» o cristal.
Esta distribuiçXo do cargas lónicas» o também a distribuiçXo
olotrônica do próprio lon podom dar origom 4 intoraçôos do
naturoza olétrica quo sXo dotoctávois om uma oxporiéncia do RMN.
Botão intoraçooo sXo do tipo quadrupolar oiotricas.
Como sorá visto mais dotalhadamonto na socio 2.III.f, a
intoraçXo do momonto d* quadrupolo oiétrico nucloar com o
gradient* d* campo «lot rico CgcaO local originado pela
distribuiçXo d* cargas elétricas da rédé • do s«u próprio lon é
dada por:
0
1 • -A&55- ["-'f1 ) i »• -ici«i>i i s
onde I * o spin nuclear, e A carga do elétron» Vw a component*
z do tensor gradient* da campo elétrico a 6 o ângulo antra o eixo
z do gee e o campo magnético local.
Quando esta interação esta presente» ela deve ser adicionada
ao hamiltoniano dado pela expressSo 1.2. Na maioria dos casos» ela
é considerada somente uma perturbação sobre a interação magnética
de modo que» am primeira ordem, somente seus termos diagonais
contribuem para a energia Zeeman. Os níveis da energia da figura
2a sXo antío deformados por esta interação» mudando a aparência do
espectro» como é mostrado na figura 3.
Existam coaoa cm qua a IntoraçXo ajuadrupolar elétrica »> torna • Important* do qua a Interação magnética. A roaeonâneta
observada noat* oaoo é chamada BOM «oaoonftncla Ouodruoolor Nuclear)
0
• f s abo orça*
•av t i
^ .
• b
rig. • - <a) MoalficaçSo no* n lvo i* Am «rwrgia B««man pola vnloraçao quadrupolar o l é tr i ca a, <©> eorrcapon-donto modifieaçSo no ••poctro do abvorçKo.
As vezes» a in teraç lo quadrupolar e l é t r i c a nSo é diretamente
observada no espectro de RMN. Porém, *1A produz um e f e i t o dinâmico
na evolução temporal do sistema d* spins que pod* ser detectado em
alguns casos com grand* resolução. O composto GdAI apresenta
ambos os aspectos desta interação, como s « r i mostrado no capitulo
d* resultados.
O problema da relaxaçlo magnética nuclear pode ser
Introduzido através de um cálculo simples da Mecânica Quântlca.
Suponha que o sistema seja descrito pelo Hamilton!ano No Cpor
exemplo, aquele da equaçXo 1.23. A evolução temporal do aisterna é
determinada conhecendo-se a funçlo de onda do sistema, <KO,
obtida mediante a resolução da equação de Schrodinger:
Ho «CO • ih â «co í . e
7
Nor mal monta, «CO * «xpandida na b a s * formada p*laa
autofunç8*s d* We. S* We lnd*p*nd* d* t , a soluçXo d* i . O pod* s*r
• s c r l t a como:
«CO - •'iMMi ' V * K t ) 1 .7 o
ond* t t* o i n s t a n t * i n i c i a l qua pod* s*r tomado como z t r o . O
valor *sp*rado do hamiltoniano No forn*c* a *n*rgla do s ist*ma no
i n s t a n t * t *m qu* s * f a z a madida:
-iWol/h „ iWot̂ h <Wo>CO = ECO « J «'CO)*"1"01'" tfe . l " ° ^ " « 0 5 dr 1 .8
Como Ne comuta com qualqu*r uma d* suas funç8*s , * s t a *xpr*ssXo
forn*c*:
ECO - EC03 1 .0
Esta «quaclo d i z qu*» n*stas condiç8*s , a *n*rgia do s ist*ma n l o
• v o l u i com o t*mpo. I s t o qu*r dlz*r qu* s * i n l c i a l m * n t * o s is t*ma
s * «ncontra *m um dos auto*stados * x c i t a d o s d* He» ai p*rman*c*rá
ind*finldam*nt*, ou s*Ja, * 1 * n lo re laxará . Ora. sabemos da
•xp*r l*nc ia qu* s * o s istama * s t á i n i c i a l m * n t * *m um d*st*s
8
auto*"tados , ap->n ua car t o tampo a l a d e c a i r á par* n i v c l t dr
anargla» Mkit uaixaa. A soluçXo par» a s t a aparanta i n c o n s i s t ê n c i a
a s t á no f a t o d* qua Ho nXo raprasanta todas a s intaraçCas do
s i a t «ma. Na vtrr4ads, outras i n t a r a ç S a s a s t t o prasantas qua. na
maioria das v a z a s , podas sar t r a t a d a s c o s o parturbaçOas sobra Ko.
O astudo da r a l a x a ç l o , a través das dapandéncias da saus tampos
c a r a c t e r í s t i c o * Cito c a s o da RIM, T • T ) COB a fraqOéncla da
axe i taçXo, p o i a n c i ã do campo da a x c l t a ç a o . tampar a tura , a t e . .
Torrara impor t a n t a s infornaçoas sobra o s macanismos da intaraçKo
subj fccantas.
fs. madldas da r a l a x a ç l o magnética nuclaar avi danei am
procasxos da t r o c a s da anargia antra núc laos a rada. Através da
a l é t r o n s , fótor.s» magnons, fônons . a t e . s a a s t a b a l a c a o aqui 11 b r i o
tarmodinaaico mni.rm o s istama Co conjunto da núc laos ) a aua
v iz inhança. A i n t ar açjfo antra o s núc laos l a v a a um aqui 11 br I o
tarmodinAmlco "intarno" do s i s tama antas qua o masmo tanha
a t i n g i d o a tamparatura da rada. £ costuma s a r a f a r i r a a s t a
procasso como ralaxaçSo t r a n s v a r s a l . sando sau tampo
c a r a c t a r i s t i c o raprasantado por T , anquanto qua o tampo
c a r a c t a r i s t i c o para qua o s istama antra am aqui 11 b r i o com a rada é
dasignado por T . Maloras data ihas sobra r a l a x a ç l o ssrXo dados no
c a p i t u l o 3.
O
1 . 7 / / . Rmpr+*+ntaçUo Somiclémeica dm Spin» - EquaçtSmm dm Blocn -
Simtmma dm Coordenada* Girantm.
As v e z e s é mais ú t i l s e pensar nos s p i n s nucleares como sendo
representados por v e t o r e s c l á s s i c o s . Como s e sabe , UB mornanio
magnético fj • y ftf, s u j e i t o a um ca<apo magnético fl, s o f r a a aça*o
da um tor qua, ou conjugado, dado por:
T « M x flo 1.10
possui uma energia igual a:
1.11
Da acordo com a d e f i n i ç l o de produto ve t o r l a i , o torque é um vetor
normal ao p lano d e f i n i d o p e l o s v e t o r e s jj e fl. Como conseqüência , ju
preces s ionará em torno da direçXo do campo f! Cfig. 45.
ria. 4 - ProeoooSo a» itomonlo magnético JJ em terno aa diroÇSo do um campo a p l i cado R.
10
O momento • gnétieo p satisfaz a seguinte equaçXo d*
movimento:
%£- - í x r A 1.11
Vemos entXo que a freqüência com que o momtnto magnético
preces s iona em torno da direçXo do campo magnético n e s t e modelo
c l á s s i c o , é a mesma que d e f i n e o s desdobramentos dos n í v e i s
qu£nt icos de e n e r g i a , ou s e j a , <•> * y H. Ela é chamada / reo t l enc ia o n
de Larmor e est A na faixa dos MHz no caso da RMN C faixa de
radiofreqüência). Neste caso, em um segundo, o spin gira cerca de
um milhXo de vezes em torno do campoI
O que nos interessa em uma experiência de RMN nXo sSo os
momentos magnéticos propriamente ditos, mas a magnetizaçXo Cque é
uma grandeza macroscópica), definida como o momento magnético por
unidade de volume. A magnetizaçXo satisfaz a mesma equaçXo de
movimento dada em 1.11:
^ - - H x r n « 1.12
onde, N - lim. — = j = — ~ ; Av - volume i n f i n i t e s i m a l . Av-*o
11
O torqu* máximo qua o campo «xtrc* sobra a magnatlsaçlo
ocorr* para B • n/Z C |TJ • |ft| |ftjsan03. Nasta situaçlo, a taxa d*
variaçXo da magnatlzaçSo também sara máxima Caq. 1.125: sa ft tarn a
diraçKo z , a ~iagn*ti zaçKo pracasslonaré am torno do campo,
intairamanta contida no plano xy. Nasta situaçlo, sa uma aspira
condutor a for colocada com sau aixo sobra o aixo y. o fluxo
magnético através d* sua áraa t«râ máximo a, consaqUantamanta,
também a força alatromotriz induzida.
Ê important* notar qua a aquaçXo 1.12 só lava am considaraçKo
a intaraçXo da magnatlzaçXo com o campo magnético Ho, astét ico na
diraçSo z, por axamplo. Ela nSo inclui os afaitos da ralaxaçKo qua
sXo obsarvados •xparimantalmanta. Portanto, aqualas aquaçSas davam
sar modificadas. F. Bloch, am 1052 ancontrou os tarmos da
corraçío. Cia ascravau.-
- | ^ > c A x rnffo« • "» j ** 1.13. a
dMx _ , A «%-« M K dt 'n Ti 1.13.b
4 ^ - c« x > iby - -4fe g j - - V»X >nnvy - -HJJ- j ^ g ^
Esta conjunto da aquaçSas dl far anel ais acopladas dascrava a
avoluçXo tanporal CdlnAmica) do sistama da spins, incluindo os
• fa l tos da ralaxaçSo. Estas aquaçOas sfto conhacidas como EouoçSa*
da Bloch. Ti a Ts s lo os Já mencionados tampos da ralaxaçto
longitudinal • transvarsal, raspactivamanta, a Me a magnatizaçlo
da aqui11brio na diraçlo z CdiraçXo do campo asiático}.
1 2
O me/l men t o da magnetizaçKo, d e s c r i t o p e l a s equações d»
Bloch, pod* ser compreendido d* s e g u i n t e maneira: imagine que
i n i c i a l m e n t e o s i s t ema s e encontra fora do «qui 11 b r i o Cpor
exemplo, após a a p l i c a ç ã o d* uma perturbação e x t e r n a ) . Nesta
s l t u a ç S o , a magnetlzaçao li possui componentes x . y • z.
Ret irando-se a perturbação, o s i s tema evo lu i l i vremente d* modo
qua> as componentes x • y da magnetizaçXo d * c r w c m segundo una l e i
exponenc la l , enquanto qua a magnetizaçXo na d ireção z recupera- se
também axponanclaimanta. £ p o s s í v e l mostrar, a p a r t i r d*
cons iderações microscópicas , qua a l a l axponanclal p r a v i s t a pa las
aquaçSas da Bloch é una boa aproximaçSo na gr anda parta dos
c a s o s .<ftP'to'st>. Para uma d i s c u s s l o datai hada das equações da
Bloch a suas s o l u ç õ e s no regime e s t a c i o n á r l o , ve ja Abragam, cap 2.
No caso de RMN em mater ia i s ferromagnét icos , o d e s v i o da l e i
exponencial pode ser i n d i c a t i v o de que e x i s t e uma d i s t r i b u i ç ã o de
tempos de relaxaçKo na regiffo d* amosir* que e s t á sendo exc i t*d* .
É i n t e r e s s a n t e descrever o movimento da magnetizaçXo do ponto
de v i s t a de um s i s t ema de coordenadas que g i r a com uma ve loc idade
angular <•> CnXo necessariamente igual A freqüência de Larmor), como
mostra a f i g u r a 5.
2 * *
r ia . s Magnet t soçSo girando em tome de e i reÇSo 4o campo magnético e o movimento r o t a t i v o stotomao 4o referência .
1 3
Usando-se a s equaçBes d* transformação :
f ' C O * fcoswt • Jsenwt
J*CO • -fsenoit • Jcosut
It'CO « 1?
c h e g a - s e A s e g u i n t e equaçXo para a evoluçSo temporal d* ft v i s t a do
s i s t e m a g i r a n t e :
- | ? - « j) x Ac* £ I . 1 4
onde Au s u - u . Apl icando-se um campo de rad io freqüênc ia na O
d i r e c S o T, obtemos.
-%£- - f l x Í A w É + c ^ r l 1 .15
onde w é a freqüênc ia do campo de rf . Assim» no s i s t e m a de
coordenadas g i r a n t e , a magnetizaçIo s e n t e a açXo de um campo
e f e t i v o igua l a
• Uooromoo o símbolo 6/6\ para no» roforlr A dorlvãos tomporal tomada no olotoma ai rant o.
* «••aromo* a noa roforlr ooo vol oro* do oiotomo ai rant o som a linha a fim do •Impllflear a nolaCao.
14
lUr , ***+*£.
em torno do qual *1«
r e s s o n â n c i a , CAw 0 0 5 , o
kit. onde k * i n t e i r o . e
Csi tuaçSo em que e s t i
um máximo para O * nx2.
precess lona Cflg . 55 . Not» qua f o r a da
B mAxlmos de M» e My ocorrerão para OCO •
o s mínimos em OCO * 2kn. Na r e s s o n â n c i a .
no cantro da l i n h a ) . Au * O, • MWy t a r a
Fif. tf - ProceeeSo de meorietisoçae em terno de campo efet ivo viete do ei* tema
de coordenada* «irente.
Um fato interessante qua poda ser visto ao sa introduzir o
referencial giranta. astá associado A forma do sinal. Quando o
sistama da rafaranciã giranta possui a freqüência da Larmor, um
obsarvador ve a magnetizaçlo no plano xy aimplesmente dacrascar
como conseqüência da ralaxaçSo. A forma com qua ala dacrasca é
daflnlda por uma funçSo fCt5 qua contam o tampo da ralaxaçSo
transvarsal Ts Cfig.7a>. Contudo, quando o aiatama da coordanadas
giranta possui uma fraqüancia « dlfaranta da fraqüancia da
Laraor. a magnatizaçlo pracassionari com uma fraqüancia igual a «
- <* am relaçSo A asta sistama da coor danadas, completando alguns
19
c i c l o s antes d» desaparecer completa—nte no plano xy por « f e i t o
da rolaxaçao. Coao conseqüência, aparecerá um batimento no s*nal
captado Cfigura 7>.
M(0 M(*>
(a) * *
PiS- 7 - KvoluÇSo 4* w p t t t M ç I o nucl*«r tran*v«rMl v i s t a dm um l i m w a
d* r«tw4iiti« com « • W ta», • 6» f <A ( b ) .
o
No caso da RM< em ferromagnetos, algumas peculiaridades
aparecem. Por exemplo, o campo de rf é amplificado em virtude da
componente osc i lante do campo hi per f ino que a e l e se superpõe. A
intensidade da amplificaçao depende da posição do ion. Em um
domínio ferromagnetico Cveja seção 2. I I I . 55 e l a é aproximadamente
constante, enquanto que dentro de uma parede de Bloch e l a pode
variar muito, dependendo da anisotropla do material. Esta
d i s tr ibu ição de campos de rf permite-nos, de certa forma,
d i s t inguir as regiões da amostra que estamos excitando Cparedes ou
domínios), ftitra peculiaridade * a participação do movimento das
paredes na relaxaçao, que pode dar origem a uma l e i nlo
exponenclal para o decaimento? como supõem as equações de Bloch.
Estas e outras caracter í s t i cas dos ferromagnetos ser to discut idas
no próximo capitulo.
10
C A P I T U L O - 2
2. 1. Introdução
Os mater ia l s magnéticos c a r a c t e r i z a m - s e pe lo ordenamento
espontâneo de seus s p i n s atômicos aba ixo de uma cer ta temperatura
Te» chamada temperatura c r i t i c a , c a r a c t e r í s t i c a do mater ia l com
que l idamos. No caso dos ferr©magnetos, o alinhamento é t a l que,
no seu e s t a d o fundamental,todos o s s p i n s apontam na mesma direçXo
resu l tando em uma f o r t e magnetizaçSo fl. Podemos considerar que t a l
alinhamento e causado por um campo magnético fim, chamado campo
molecular, campo de troca ou ainda campo de Veie*, em homenagem a
P. Weiss que fo i quem primeiro Imaginou t a l campo para e x p l i c a r o
ferromagnetlsmo.
O campo molecular é pos tu lado como sendo proporcional à
magnetl zaçXo do espéclmen,
fim * \m ft 2 .1
onde \m é a chamada constant0 de campo molecular.
O campo Hm pode ser da ordem de 1000 Tes las . E l e pode ser
* Fora dar uma Idéia da ordam é» frondosa de campo d* troca,
o* campo* uauala noa laborotdrloa aao da ordem da iO Taolaa.
18
astimado comparando-sa a anargia magnética com a anargia térmica
no l i m i t * da tamparatura c r i t i c a .
A t a o r i a da Waiss conseguiu axp l i car v á r i o s a s p a c t o s do
farromagnatismo. Contudo, a l a nXo rasolvau o pr obi ama da or 1 gam do
campo molecular. Para i s t o . t ivamos qua asparar pa io
dasanvolvimanto da Macânica Quântica.
Em úl t ima a n a l i s a , podamos dizar qua a origam do
farromagnatismo a s t á l i gada A i n d i s t i n g u i b i l l d a d a dos a l é t r o n s
atômicos. Es ta f a t o é axprasso pa io P r i n c i p i o d» axcltisXo da
Pauli» qua d i z qua a funçXo da onda t o t a l da um s i s tama da
férmions tarn qua tar a n t i s s i m é t r i c a .
Quam primairo parcabau qua o farromagnatismo as tava l i g a d o A
intaraçffo coulombiana a ao p r i n c i p i o da axclusXo f o i Haisanbarg.
Ela ascravau o hamiltoniano a f a t i v o da intaraçXo antra d o i s i ons
& 0 & como o produto asca lar jâ i . St, onda J é chamada integral
d» troca. Para compraandar da manaira q u a l i t a t i v a o hamiltoniano
da Haisanbarg. cons idara a molécula do h idrogênio . Ha. Sajam
«üCÜO a <fsCftz3 as funçoas da onda qua dascravam os d o i s a l é t r o n s
nos átomos 1 a 2 CFlgura 73.
rigura 8 - Koquoma éam funçSoa d» onda am uma molécula d* hldroaénlo
10
Como podemos ver da figura 7, existe uma regiKo A M que o
•1 étron d* coordenada ftt é descrito pala função ffc. Do ntsno modo.
na regiSo B o elétron de coordenada 8s é descrito por «*. Porem,
na regi So C, tanto o elétron de coordenada &i pode ser descrito
por 4* quanto o de coordenada &z pode ser descrito por ffc. A
energia associada a esta troca de coordenadas das funções de onda
eletrônicas é chamada enmrgia. de troca e é representada pela letra
J. A origem da energia de troca é inteiramente quántica. nà*o
existindo qualquer análogo clássico, fi óbvio que se nXo houver
superposição das funções de onda CreglXo C da figura 73 J sera
igual a zero. Para que esta superposiçlo exista, a parte espacial
da funçlo de onda total deve ser simétrica. Consequentemente, a
sua parte de spins tem que ser antissimétrica. Do mesmo modo. se a
parte espacial for antissi métrica, a parte de spins tern que ser
simétrica. O estado simétrico de spins é chamado estado triplet*»
enquanto que o antissi métrico é chamado estado singlmte Cveja
figura 83. Este claro entSo que a energia do sistema dependerá da
orientação relativa dos spins. Dai a forma do hami 1 toniano de
Heisenberg. Para um sistema de N spins, ele é escrito como:
-2jY 2i. êj 2. 2
ir
Este modelo tem o modelo de Weiss como caso particular e funciona
razoavelmente bem para materiais cujo magnetismo é localizado.
20
Estido Uiplcic \ TX •
<£*£$>
52 ^ P t ^ -
r i g u r a 9 - Estados t r ip l e t* • « i n g l s t * ám «pina
Existam outras formas d* intaraçffo da troca além da qua foi
•xplicada acima Cchamada troca dirotcú. Uma ocorra via alétrons da
conduçXo Ctroca indirotài • outra ocorra via lona nlo magnéticos
qua sa ancontram antra dois lona magnéticos vizinhos Cmupvrtroccú.
A figura O asquamatlza os t rês casos.
81
Figura 4 o - Mecanismo» d* troca qua dKo origem ao f •rromagrteti.amo: <a> troca direta; <b> *up*rtroca • (O troca indirota.
Os materiais ferromagnéticos possuem diversas peculiaridades
que podem ser estudadas através da técnica de RMN, tais como: a
forte interação entre o momento magnético nuclear e o campo
magnético, a existência de ondas de spin provenientes das
oscilações harmônicas dos spins atômicos em regime de baixa
temperatura, a estrutura de paredes e domínios, etc. Neste
capitulo» faremos uma explanação das características relevantes
dos ferromagnetos para a RMN. uma rápida descriçXo das terras
raras e por fim uma descriçXo do GdAl e os estudos por RMN feitos
neste composto até 1088 a fim de posicionarmos o nosso trabalho
neste contexto.
22
2. 11. Coracfri.mti.cas dm \m\ Fmrromagnrnta m algxmam conmmqtíênciam para a RUN
2.11.a> IntroduçUo
A f o r t * magnetizaçXo atoai ca que r « s u i t a da minimizaçXo da
energ ia e l e t r o s t á t i c a , coao fo i d e s c r i t o na seçfto anterior» dá
origem a um i n t e n s o c u p o magnético Cdezenas de t e s l a s nas t e r r a s
r a r a s ) que i n t e r a g e com os momentos magnéticos nuc leares . Esta
InteraçSo Cchamada intmraçM.o hipmr/iruD e a pr inc ipa l responsável
p e l o desdobramento dos n í v e i s de energ ias nuc l eares . Ela pode ser
e s c r i t a como:
Hur « Ao J . f 2 . 3
onde 3 é o s p i n t o t a l atômico, t o s p i n t o t a l nuclear e Ao é a
c o n s t a n t e de acoplamento hi per f i n o .
O acoplamento h i p e r f i n o produz e f e i t o s e s t á t i c o s e dinâmicos
que podem ser de tec tados com grande p r e c i s t o em um experimento de
RMN. Do ponto de v i s t a e s t á t i c o , e l e é o responsável pe lo
aparecimento da l i n h a de ressonância nos ferromagneios na banda
dos MHz. A freqüência de ressonância ,
t>» • y Ho o n
t o r n * - s e ,
to « r I Ho * Ao<tt> I 2 .4
23
onde <ft>é o vai or Médio da magnetizaçSo atômica, assoc iada ao
campo hi per f i n o no s i t i o nuclear e He é o campo externo. Como o
termo do campo hi per f i n o é muito maior do que He. a observação da
ressonância nos fvrromagntlot dispensa a a p l i c a ç ã o d* campos
ex ternos . E s t e s podem ser u t i l i z a d o s com o i n t u i t o de
determinarmos o s i n a l do campo hi per f i n o . eliminarmos e f e i t o s
devido As paredes de Bloch Cveja seçXo 2 . I I . d } , e t c .
Os e f e i t o s dinâmicos do acoplamento h i p e r f i n o e s t t o
a s soc iados ao f a t o r de aumento Cveja seçXo 11.53 e à relaxaçXo. O
campo h i p e r f i n o possui componentes o s c i l a n t e s no s i t i o nuclear que
reforçam o campo de radiofreqüência a p l i c a d o externamente para
e x c i t a r a amostra. Como resu l tado o núc leo s e n t e um campo de rf
ampl i f icado. Como s e verá mais tarde» o fa tor de amplificaçXo
depende da pos i çSo do ion dentro da amostra. Além d i s s o , é
a t ravés do campo h i p e r f i n o que os núc leos "sentem" as t rocas de
magnons. Cveja seçXo 2. II .kO, e s tabe l ecendo um importante
mecanismo de relaxaçXo transversa l nos ferromagnetos, conhecido
como acoplamento Suhl-Nakamura?4
S.ll.b) Ondas de Spin
Outro fenômeno característico dos ferromagnetos sensível às
•xperiénclas de RMN slo as onda* de spin. Em seu estado
fundamental, um ferromagneto possui um configuração de spins como
a que estA representada na figura 10.
24
Fvg t i - Conf i g u r o ç X o d* s p i n * mm um f*rrcmaarv»lo r>© «« lodo fundamental
Seja ^o a funçXo d* onda que descreve este estado. Se na posiçlo ?
a dlreçXo d* um spin é alter «da» o novo «st ado pod* ser
representado por:
*, Sl *o 2.5
onde S, é o operador qua produz o novo estado. Se existem N spins,
este novo estado é N vezes degenerado, e a funçXo de onda total
será uma comblnaçSo linear sobre todos os estados. O resultado
final é:
4> t C.1 k l St * c 'o 2.6
Vemos entXo que a nova funçto possui a forma de uma onda que se
propaga por todo o melo magnético. Esta é chamada onda dm mpin
m está representada na figura 11.
rig. AS - Onda* d» «pin
As ondas d* spin constituem ura m i o pelo qual os núcleos
podem trocar energia entre si e com a rede levando o sistema ao
equilíbrio térmico.
O quantum associado a uma onda de spin é chamado magnon e a
energia d* uma onda que tenha N magnons com freqüência <•> • dada
simplesmente por Nt*>» . Quando se considera a criaçXo de magnons em
estados diferentes» o problema se complica se quisermos levar em
consideração efeitos d* interferência entre as ondas. A
interferência pode criar novos modos d* oscilação, originando
magnons com energia mais baixa. Geralmente, em uma primeira
aproximaçXo, nXo se consideram esses efeitos.
Z.ll.cy Energia de Ânisotropia
t um fato experimental conhecido que a magnetizaçKo de um
cristal ferromagnético tem uma direçXo preferida» conhecida como
dlreçVo de fácil magnetlzaçSo. Isto pode mw visto mediante a
apllcaçXo de campos magnéticos ao longo das diversas direções do
cristal» como mostra a figura 13. Este fenômeno é conhecido como
animotropia magnmtocriitalina. A energia necessária para se
26
saturar o c r i s t a l , mediant* a apllcaçSo d* um campo magnético an
una diraçSo dl far anta dàquala da f á c i l magnatlzaçlo. é chamada
mrvmrgia. da ctnisotropia.
Paraii*' ans
200 400 600 "0 100 200 300 °o 2000 4000 6000 800C
H (oersteds)
r i g IB - D«t*rminaçSo 4a di.r*ça*o Sm fAcü magnet i x a ç S o 4o fm. Mi • Co.
A anlsotropia magnatocristallna an matar1ais ordanados» poda
tar divarsas origans: intaraçSo dipolar antra os ions , intaraçSo
spin-órbita. IntaraçXo dos alétrons da Valencia com a rada
c r i s t a l i n a , anargia da troca. ate . A anlsotropia do matar 1 ai astá
raiacionada à aspassura das paradas da Bloch Cvaja próxima saçXo).
Para um dado valor da anargia da troca, quanto mais anisotrópico o
matar1ai. mais as tra l tas sXo suas paradas da Bloch. Sinais da RHN
da núclaos qua sa ancontram dantro das paradas podam. am
principio, sar dist inguidos daqualas qua sa ancontram dantro da um
domínio» madianta o controla da amplituda do campo da rf, como
sar4 v i s to adianta.
1600
» 1200
- 800
400 Fe
500
400
300
200
100
n
Dili
rçiooj-' (1I0>
27
S.ll.dy Estrutura dm Paa-md»m e domínio» nom Fwromagnotom
Na secXo anterior dissemos que um cristal ferromagnetic©
satura sua magnetizaçlo mais facilmente se o campo aplicado tiver
a dlreçXo do eixo de fácil magnetizaçSo Cfig.73. Esta experiência
também nos põe a seguinte questZo: Por que o ferromagneto nXo
permanece saturado mesmo sem nenhum campo aplicado? A resposta
esta na tendência do sistema se arranjar de modo que sua energia
livre seja a minima possível. Nos ferromagnetos, essa tendência
estabelece uma estrutura de paredes e domínios. Um domínio é uma
regiSo do ferromagneto que possui uma mesma direcKo de
magnetizaçSo. Uma parede é uma regiXo intermediária entre dois
domínios com direções de magnetizaçko diferentes. Dentro de um
domínio a magnet1zaçffo está saturada, porém, de um domínio para
outro essa direcXo muda de modo qu* a magnetizaçXo total pode se
cancelar parcialmente ou completamente Cfig. 145.
28
r i g *4 - Estrutura d* par»d» • domínio* •«! um f«rromagn*to.
Do que foi dito, compreende-se porque a magnetizaçlo nlo está
saturada quando olhamos para a amostra como um todo. O efeito da
aplicaçXo d* um forte campo magnético * inicial manta aumentar o
vol uma dos domínios qua possuam direçlo dm magnetizaçlo par ai ai a
a do campo aplicado am detrimento do voluma daquelas domínios qua
possuam direçlo oposta.
20
e Jl.»> Fator dm Ãmplt/icaçUo • SmlmçUo dam fi*#(8M dm
EitcitaçUo mm. w Fmrromugnmto.
Quando aplicados ua caapo d » r f i u i alataaa farroaagnatico.
tanto a aagnatlzaçXo nuclaar quanto a aagnatlzaclo iônica
intaragaa coa a i* . Vm « f a l t o dasta 61 t i a* lntaraçKo d o
aparaclawnto da UM» coaponanta transvarsal o s c i l a n t e do caapo
hl par f ino no s i t i o nuclear. Esta coaponanta sa suparpBa ao caapo
aplicado da ando qua o a f a i t o f inal santido paio noclao * ua caapo
da rf aapl i f içado. O* arguaantoa qua lavaa a e s t e resultado o s t l o
esboçados abaixo. Para uaa discussão amis datai had* veja
NcCausland a Mackenzie*?
No l l a l t e da linaaridada. a coaponanta transversal da
aagnetlzaçXo iônica é proporcional ao caapo da rf aplicado. Ass is ,
sa 8 CO é o caapo da r / aplicado, o noclao santa ua caapo dado
por:
Í J ( t ) » 0 CO • fJooiko 2 .7
onda flcOé a coaponanta transversal da aagnetizaçfo iônica
induzida paio caapo aplicado, po a paraaabllldada eagnetlca do
vácuo a a uam constant* da proporcionalidade. Nota qua poftco é a
coaponanta o sc i l an ta do caapo hi par f ino induzida pala rf. No
l i a l t a da linaaridada» teaoa
fleo • xc«90ftco z.%
30
Co» i s s o , obtamos:
Ô*CO • Cl • i p 0 C O a.O
onda D * pagCcid é o fator dm aumanto. Vemos antXo qua o campo d*
r / é Amplif icado por um « f a l t o dinâmico do campo h iparf ino .
Poda-sa mostrar qua am um domínio T> poda sar a s c r i t o como :
Hhf TJT 2 1 °
onda Hhf é o campo hiparf lno» H o campo ap l i cado a Ha o campo da
a n i s o t r o p i a . Em um axparimanto da RMN am um farromagnato, a
amplituda do s i n a l o b t i d o é proporcional ao quadrado da 7) .
A a x p r a s s l o 2 . 1 0 va la para . o c a s o am qua a suscapt i b i l l dada
XCfcd é uniforma Ccomo s a supOa sar dantro da um domínio) .
Natural manta qua s a i s t o daixar da sar vardadalro» a aquaçfo acima
par dar 4 a va l idada . £ o qua acontaca quando m* t r a t a da ndclaoa
qua s a ancontram dantro das paradas da Bloch. Para compraandar o
qua o c o r r a , imagina d o i s domínios adjacantas com magnatlzaçSas
formando um ângulo da 180° Cfig. 185.
31
2 r i * AS - Deis domínio* «djocortloo fori
un angul o 4» tSO ontro M M do mogno Ü M C So.
diroÇOoo
Se aplicarmos um campo 0 CO na direçXo y, haverA uma
distribuição d* fatores de ampllficaçSo ao longo da parada» a
qual acarretará uma distribui cio da amplitudes da campos da r/.
Poda sa mostrar qua 7) é proporcional A variaçto do angulo qua a
magnetizaçXo dantro da parada faz com a direçXo da magneiizaçXo do
(?) domínio
2.11
onda V é o vol uma total do sistema, A é a Area da parede» * o
referido Angulo e % é a suscepti bill dada eletrônica media. Quanto
mala lsotrópico for o material» mais suave ser A a funçXo T) ao
longo da parede.
Por uma questlo de simetria» é obvio que a funçto TjCsO, onde
x é a coordenada medida a partir do centro da parede» deve ser uma
funçXo par. N. B. Stearns* usou a funçXo
3â
para axpllcar a or 1 gam do s inal d* RMN do Ft m amostras contando
farro. uma madida da magnatlzaçKo transvarsal am funçXo da
anplltuda do caapo da r / fornaca lnformaçBas sobra a ragiXo da
qual provém o s i n a l . Ala* da dlatribuiçKo da fator as da aumanto
dantro das paradas» o sau nodalo Inclui outros parftmatros t a i s
como vibraçOas das paradas da Bloch como sa fossam manbranas da um
tambor» dlstrlbuiçXo da Araas dassas mambranas ao longo da amostra
a distr ibuiçXo i s o t r o p i c s dos campos da r / con r a l a ç l o A
magnatisaçXo nos grXos do pó.
A forma da funçXo TjCx3 astá r ai acionada con a anisotropia
do matar i a i : quanto mais anlsotróplco for» mais c one ant rada na
ragiXo cantral da parada astará nCiO.
O f a t o da havar uma distribuiçXo aspaclal da T) implica qua
dado um pulso da r / da baixa anplituda» a maior contribulçXo para
o s ina l sara davida a núclaos qua sa ancontram próximos ao cantro
das paradas. O valor da ri poda aar avaliado a partir da sagüinta
axprassXo da amplituda do aco
I * san C wBtT45. ««n* ( ^ f*™]
Sc T. • T , as ta axprassXo possui um máximo am ijyBr • 3n/3. Vamos
antXo» qua am uma axpariéncia da amplituda do aco am funçXo do
campo da rtt o campo B* nacassárIo para sa alcançar o s inal máximo
sara manor sa os núclaos axcitados astivaram dantro das paradas da
33
Bloch. Est* método foi usado no present* trabalho para determinar
* origem dos sinais nas duas linhas do alumínio o na linha do
gadollnio •• GdÀl^
2.111. f> /nteraçXo Ouodrupolar Elétrica
Algumas vezes a energia d» u» núclso nXo depende somente da
orlentaçXo d» ssu somsnto Magnético com relaçXo à dlreçXo do campo
magnético qua sis ««tá sentindo Cseja hiperfino e/ou aplicado). D»
fato. medidas revelaram qua. em alguns casos, a energia do núclso
possui uma components da naturaza elétrica. Isto provém do fato de
que estes núcleos nlo possuem uma distribulçXo esférica de cargas,
o que acarreta uma energia orientacional. como mostra a figura
16.
1 -f
+* /fMIfl>W77rh. WMMWm + *
~%
rifl. t e - D«p«ndénela 4a «nargia • U i r e a t á t l e a nuclear com • o r i o n t a c l o « • «i»lribulcX© é» oar««« nuel««r«a
O fato de a distribulçXo de cargas nucleares nXo ser
iférlcamente simétrica está relacionado á forma do potencial
34
nuclear» responsável pela interaçko f o r t * que depende do» spins
dos nócleons. Naturalmente que sendo s energia .do interação
quadrupolar e l é t r i c a dependente dm orientaçKo dos núclsos cos
relaçfco às cargas da redo» oi a deve s s relacionar so spin nuclosr.
Portanto» o hand l toniano desta intsrsçKo dsv» contsr os operadores
de spin. Por exemplo, vemos que na f igura IO s e o spin for igual a
1 /2 . as duas orientações possíveis C± 1/2) ter Io a mesma energia
quadrupolar. No caso em que I é semi-Inteiro e maior que 1 /2 ,
somente as trans ições ± 1/2 * 7 1/2 f icarSo Inalteradas.
O hamiltoniano quadrupolar Ceq. 1.50 é obtido pelo
procedimento usual escrevendo-se a energia c l á s s i c a da interaçSo e
depois subst i tu indo-se as var iáve i s c l á s s i c a s pe los
correspondentes operadores qü&ntieos. O termo quadrupolar para a
energia c l á s s i c a é:
E • - 4 - ^ V - Q A 2 .13 o O L aft aft
aft
onde V A s * ^ L • ° tensor gradiente de campo e l é t r i c o
Cgce), e QL^P J C3x xfí - ó-jf^P dT é o tensor momento de
quadrupolo e l é t r i c o .
O operador qüántlco correspondente é obtido discret izando-se
a carga nuclear» ou seja» transformando a integral de Q ~ em uma
soma d i scre ta sobre as partículas nucleares carregadas» os
protons:
Q°£ • • T O*,-*,». " ^/jrf* 2 .14 aft L proton* ok ftk Off k
onde x . * * coordenada do k-éslmo proton no núcleo a.
A passagem das variáveis espac ia is para as variáveis da spin
• f a l i a através do teorema da Wlgner-Eckart?°que par a l i a ascravar:
onda |{> designa o as t ado nucl ear. Desta modo, o hamiltoniano
quadr upol ar tor na -
"° - -5i7§=n-1, % [ 4- (lJp + V«) " V* ] 8 i e
onde Q é o momento de quadr upol o elétrico nuclear, I é a
componente y do spin nuclear I, e • é a carga do elétron.
Esta expressto pode ser simplificada se usarmos o sistema
principal de eixos coordenados do tensor gee. , Juntamente com a
equaçlo de Laplace:
2 • 0 2.17
A expressão 2,10 torna-se:
*» - utíí+ib [v-(3ií -x*) • [ v~ - H ( l 2 " 1 ? ) ] 2 1 8
Vemos d e s t a e q u a ç l o que precisamos apenas conhecer Vn •
d i f e r e n ç a Vim - Vyy para c a r a c t e r i z a r a i n t e r a ç ã o . E c o s t
d e f i n i r o s s e g u i n t e s parâeetros:
• q » Vn 2 . 1 0
chamado gradient» de campo e l é t r i c o , e
V K » - V y y 7ÍÍ 2 - 8 0
chamado parâmetro de a*f im>tria . E s t e parâmetro mede o grau com
que a forma do t ensor s e a f a s t a de um e l i p s ó i d e de revo lução .
Quando n • O, o tensor t e r á aquela forma. Nes te caso»
encontr amos:
*«- *££&* K'-1') 22i
A d l r e ç S o do e i x o maior Ceixo de s i m e t r i a ) do g c e n l o
n e c e s s a r i a m e n t e c o i n c i d e com a direçCo do campo magnético. Se e s t a
é z ' e a pr imeira é z, o handltoniano t o t a l do s i s tema t o r n a - s e :
* NS*o oonfunetr com o fator é» ameUflcaçXo as «oÇlo anterior.
37
H - -^trials' • Alfé^ib [ * 8 - I» j 8 2 2
Sa © a o ângulo antra z a z*> tamos, dasprazando-sa a f a i t o s da
sagunda or da», os saguintas autoastados da H-.
£m - -r hHom • 4I*â?^tb ( - 3 C C *â g * ) [ 3** * I " • " 1 2 23
Vamos dasta axprassXo qua os n lva is da anargia ± m sXo
acrescidos da i m w quant i dad*. A intensidade J da uma raia
Associada a una transição m •» m-i da um núclao con spin I qua
aprasanta intaraçXo quadrupolar al at r i ca é proporcional ao fator
|<m|Ix|m-l>|*. ou seJaUl
Jm-.m-í oc ICI- l} - mCm-13 2.24
Uma questXo bastanta discutida no caso da matais a aquala
associada às origans do gca. Por exemplo. As vazas obsarva-sa um
gca nlo nulo am um s i t i o da simatria cúbica am urn ion astado-S. Um
dos motivos para o aparacimanto da ta l gca poda sar simplasmanta
davido A quabra da simatria pala magnetostrlcçXoV* No caso dos
farromagnatos A basa da tarras-raras , as contribui çOes mais
impor tantas s l o am garal provani antas da camada At.
Outro « f e i t o intarassanta da IntaraçXo quadrupolar e l é t r i c a
aparaca quando ala nXo é suficiantamanta rasolvida para sar
dlratamanta datactada no aspactro da RMN, Quando i s t o ocorra» ala
38
produz uai «feito de oscilação HA amplitude d* magnetisaçKo
iransvtrsal". A freqüência da oscilação é dada por:
No GdAl , ambos os aspacios da interaçKo quadrupolar as tio
presentes, como sara visto no capitulo 5.
c\ IV > Metais Torras Raras, O Gadollnio e o GdAlS
O conhaeimanto da séria dos alamantos tarras raras sa iniciou
com a dascobarta do Itrio am 1704 por J. Gadolin. Muito tampo sa
passou para qua se fossam descobertas as propriedades magnéticas
desses elementos. O ferromagnetismo no gadollnio, por exemplo» só
foi descoberto em 1039.
As terras raras se destacam na tabela periódica devido a
semelhança de suas propriedades químicas. A séria se inicia com o
lantânio CLa), de número atômico 87 e vai até o lutéclo CLu3, de
número atômico 71. A estrutura eletrônica de uma terra rara pode
ser descrita pela fórmula geral:
XeCls - 4d5 éfn Ba1 5p* Bd^'os*
onde Xe é o símbolo químico do xenônio. O par entes is no nível 9d
significa que este elétron pode passar para a camada 4f.
30
A s é r i e das terras rarat pod* ser obtida a partir do La» para
o qual n " O , pe lo acréscimo sucessivo d* e létrons na caiada
4f obtendo-se assim o Ce. Pr» Nd, Pm. Sm. Eu» Gd, Tb, Dy, Ho. Er,
Tm, Yb • o Lu. Cad» elemento dl far* d* apenas um elétron com
relaçKo ao seu vizinho. Esta é um dos fatores qua confer* as
semelhanças químicas entre mias.
As propriedades magnéticas das terras-raras s l o definidas
pela camada 4f. Elas podem apresentar tanto o ferromagnetismo
quanto antiferromagnetismo* ou outras formas mais complicadas de
ordenamento. O aumento do número de e létrons na camada 4f é
acompanhada de uma diminuição no raio médio aumentando assim a
energia e l e t r o s t á t l c a . I s t o d i f i cu l ta a interação de troca direta
principalmente nas terras raras pesadas, tornando-se a interaçXo
de troca indireta Cveja s eç lo 2.15 a principal v ia de formaçSo do
estado ferromagnétlco Cinteração RKKY3. Existem excelentes textos
sobre os terras raras e suas propriedades magnéticas» ó t i c a s ,
mecânicas, térmicas, e t c . Sugerimos Legvold1' e Taylor14 .
O gadol ln io ocupa, na s é r i e dos lantanideos, uma pos iç lo que
Justamente separa as chamadas terras raras l eves das pesadas. Ele
possui dois i sótopos , o * Gd e o Gd com abundâncias naturais
14 ,80 e 19,04 percentuais. Tem n • 7 e portanto possui momento
angular orbital to ta l da camada 4f nulo, sendo um lon estado-S.
Esta peculiaridade do Gd faz com que o campo hi per f ino sentido
pelo núcleo devido aos elétrons da camada 4f diminua
consideravelmente, baixando assim sua freqüência de RMN. O
gadol ln io possui I • 3 /2 e portanto existem 3 transiçSes poss íve i s
entre seus n íve i s hiperfinos. Os fatores glromagnéticos dos dois
Isótopos s l o .
40
Y CmwGd> » 1.21 MHz T *
Y CtBTGd3 a 1.00 MHz T~* n
De uma maneira geral. as torras raras formam compostos do
tipo RY » ond* Y pod* ser um elemento tal como Al, Zn Ag, etc.»
que possuem camadas internas completas» ou pode ser um metal de
transiçXo que possue camadas 3d. 4d ou 5d Incompletas. No nosso
caso» R « Gd • Y « Al.
O GdAl tem sido objeto de vários estudos em RMN. Trata-se de
um composto intermetâlico com estrutura de Laves Cl5 e temperatura
critica da ordem de 170 Ir*. Ele possui direcXo de fácil
magnetlzaçXo <111>. Bowden et ai. afirmam que esta é a direcXo de
fácil magnetizaçKo dentro de um domínio e» que no centro de uma
parede esta direcXo é <110> Cfigura 173.
,»MW)
'Itlfl
ríg *7 - estrutura cristalina do OdAl meat ronde as dlrsçoss d* fácil magnmi l soçXo.
in
O Gd
41
A ospectroacopia d* RIM no ai tio do Al w GdAl tem sido
estudada por diversos autor es**'**'**'*". Seu espectro * composto
por duas linhas de ressonância : vnu em torno da 40 MHz a a outra
•a torno da 61 MHz. corraapondando aos dois sítios magnetleamente
rJto aqui vai antas do cristal Cvaja figura 175. Duranta algum tanpo
acraditou-sa qua as linhas da rassonâncla aram provenientes da
núclaos no lntarior dos domínios farromagnéticos. Em "083» Bovden
et ai. sugar Iram qua os sinais aram provanl antas da todas as
ragiBas da amostra» sando a primaira linha composta
principal manta da núclaos da dantro das paradas, anquanto qua a
sagunda ara composta principal manta da núclaos dos domínios . Para
isto alas sa basaaram nos baixos vai or as ancontrados para a
anlsotropia por Bur d a Laa Dumelow at ai?***, estudando as
oscilações quadrupolaras nos dois sítios do alumínio confirmaram
os rasultados da Bowden a co-autoras.
Quanto 4 aspactroscopia no sitio do gadollnlo, Dormann at
ai.* mostraram qua a resoluçXo dos dasdobramantos quadrupolaras do
aspactro * funçto da qual 1 dada da amostra. Da fato, foram astas
autoras qua consaguiram a malhor resolução nos aspactros da RMN
dos lsótopos 188 • 187 do Gd. Elas estudaram a or 1 gam do gr adi anta
da campo elétrico Cgce) no sitio do Gd. lrata-ae da um problema
que na*o é de compreenaSo imediata, uma vez que o gadollnlo é um
lon que nSo possui momento angular orbital a ocupa um sitio de
simetria cúbica.
Quanto a relaxaçSo magnética nuclear, nSo existem tantos
42
resultados quanto os de espectroseopla n s s t s composto. Es 1073
Kaplan e-t al. 'M*fixeram algumas medidas da Ti • Ti no s i t i o do Al
em um estudo das variações da dlreçSo de fAcll magnetlzaçSo • da
anlsotropla na s é r i a RA1 . Estas ssdldas da relexaçao foram f e i t a *
para Ident i f icar o s i t i o do Al. JA qua a t* en t lo nao havia
rafar Anel as sobra sua freqüência da ressonância nos cospostos «a
qua R nSo fossa o gadol lnlo .
Coso v w n s , a Maioria dos trabalhos da RIM no s i t i o do Al M
GdAl • e s t l o l igados A aspactroscopia • As osc i lações
quadrupolaras qua aparacas n s s t s s i t i o .
Es 1052. Vagar* estudou a ralaxaçto spln-rede no Fa. NI • Co.
Nssts- t r abai no. o autor sugara qua o movimento das paradas da vi do
A energia tarai ca do s i s t asa contribui para a ralaxaçto. E is s e
basaou na nto-exponencl a l i dada do dacal santo para concluir qua o
i t u s ina l ara da vi do aos núcleos dos ions qua compunham as paradas
da Bloch. Mais tarda, a s 1067, M. B. Stearns< 2 ? > sugariu qua
dantro da uma parada nfo havia um único tampo da ralaxaçlo» a i s
sim uma funçfo TiCx), onda x é a coordanada do lon dantro da
parada. Ela usou TiCxD • Tie cosh CxD para axpllcar suas medidas
da re laxaçto .
Estas trabalhos dalxam claro qua ao astudaraos a ralaxaçto
em um farromagnsto é Important* conhacaraos a r e g l t o do gr I o qua
astamos excitando. Da fa to , a part ic lpacto das paradas na
ra laxaç lo Implica qua ai os tampos d* ralaxaçto davam dl far Ir
daqualas r a l a t i v o s aos domínios: torna-sa antto fundamental a
l d e n t l f l c a ç t o dss tas regiões para a interpretação dos resultados.
Nss ts trabalho* procuramos através da dapandéncla da magnet i zaç t o
transversal com a amplitude do campo da rf, mostrar qua as duas
43
linhas do Al poctuM coepoalçoes diferentes d* paredes e domínios.
Através destas sedldas ldentiflcasos ts «*>•• a or1gee do sinal do
ftV,Od. A partir dal fizeaos ua sstudo da dependência dos teepos de
relaxaçSo T* e Ts con a potência dos pulsos da rf • tentamos
associar as dl far ancas observadas nastas t sapos sedldos nos dois
sítios do Al A participação das paradas na relaxaçSo. Avaliamos
entXo a ordaa da grandeza desta contribulçXo para Ti. na primeira
linha, prevista pela fórmula de Weger
44
C A P Í T U L O - 3
3. ID Introdução
Como fo i v i s t o no capitulo anterior as medidas d* RMN estKo
baseadas na posaibil idada da excitarmos os n íve i s da energias
nucleares resul tantes da interaçXo do spin nuclear com o campo
magnético presente naquele s i t i o . A excitaçKo só ser A possível se
a energia do fóton incidente for igual A diferença de energia
entre os dois n í v e i s vizinhos Co que * equivalente A exigência de
que w s e j a igual A freqüência de Larmor, discutida no capi tulo 15.
Naturalmente que ao Irradiarmos a amostra, estaremos induzindo
trans ições entre todos os pares de n í v e i s compatíveis com a
energia da radlaçSo. £ claro também que e s ta s transições ocorre»
nos do i s sent idos , ou seja , a radlaçSo tanto pode induzir uma
absorçlo quanto uma emissXo estimulada. No nosso caso, o fa to de
observarmos uma absorçffb é uma conseqüência puramente e s t a t í s t i c a .
Para exemplif icar, sejam os dois n í v e i s mostrados na figura 18:
|b>
|a>
Vífua *M - l U U n a eem dois n l v * l « óm «n*rfia
A probabilidade de que um núcleo faça uma transiçl© de |a> para
Jb> é exatamente a mesma de que ele o faça ao contrArlo. Porém, a
uma dada temperatura de equilíbrio T, a probabilidade de que o
nível inferior esteja mais populado é maior do que aquela relativa
ao nível superior. Sendo a probabilidade total o produto destas
duas, o que observamos como saldo ao irradiarmos a amostra é uma
4*
absorção.
No caso da RMN, * fa ixa d* freqüência da radlaçlo * ICte
CmllhOes de c i c l o s por segundo), ou fa ixa d* radiofreqüência» ou
simplesmente, rf. Na prát ica , o campo do rf é obtido aplicando-se
ua potencial o sc i l an te em una bobina na freqüência desejada, t
óbvio que o núcleo "desconhece" a fonte do campo do qual absorve a
energia para fazer a t rans i ç lo . Logo, qualquer radiaçSo que e s t e j a
nesta fa ixa ser* sentida pelo núcleo e o fará mudar sua energia
magnética. Este f a t o é de importância fundamental para a
compreensXo do fenômeno da relaxaçao.
O problema da relaxaçXo foi introduzido no capitulo 1 através
do c á l c u l o do valor médio da energia do sistema. Dissemos que para
observarmos a relaxaçfto era necessário que houvesse perturbações
"externas" que nXo estavam sendo consideradas no hamiltonlano. As
osc l laçBes térmicas dos só l idos s l o precisamente as principais
fontes de t a i s perturbaçSes. O espectro de freqüências das
vibrações térmicas dos momentos magnéticos da rede englobam o
espectro de freqüências de Larmor do sistema, levando o sistema a
re laxar. Esta é a origem da chamada relaxaçlo mpinrrodm nos
s ó l i d o s magnéticos.
As oscl laçBes térmicas da rede englobam tanto o sc i l ações dos
sp ins dos ions e núcleos quanto as osc i lações dos spins dos
e l é t r o n s de condução. Nos ferromagnetos, as vibrações das paredes
de Bloch também contribuem para a relaxaçSo?
Do que fo i exposto, podemos afirmar que ter modi nâmicamente o
nosso sistema pode ser c la s s i f i cado como nXo-adiabatico. Além
d i s t o , e l e n lo é um sistema ideal , uma vez que suas part ícu las Cos
núcleos) podem interagir entre s i . Em geral , es tas interações
47
pod*» ocorrer vi* processos diretos • indiretos Cveja socio
3. III). SKo estas troca* do energia quo «ante* o oi «tona Cconjunto
d* núcleos atômicos) em oqullibrio termodinâmico. So do alguma
maneira o exit ar mo*, olo voltará ao oqullibrio o* ua toopo quo, no
caso dos sólidos» é corca do 1000 vozos sonor do quo o toopo do
termallzaçlo com a rodo. SKo ostos tempos a quo chamamos T . ou
tempo dm relaxoçlo mpin-rmdm ou ainda tmmpo do reloxocXo
longitudinal o T . ou tmmpo d» rmlaxaçKo mpin-mpin ou tmmpo dm
rmlaxaçUo tranmvmrmal. Ea notais forromagnétlcos» T* o tipicamente
da or dom do mlllssegundos, enquanto T é da ordem do
mi cr ossogundos.
^* tempos do relaxaçlo podem ser medidos com grand* precisão
em um experimento de RMN. Suas dependências com variações dos
parâmetros externos como temperatura, largura dos pulsos,
amplitude do campo de rf, freqüência de ressonância, etc. ,
fornecem informações sobre a interaçXo do sistema com sua
vizinhança.
3.11? Campos Magnéticos Aleatórios, FunçMo dm CorrmlaçUo •
Dmnmidadm Empmctral
t bastante intuitiva a idéia de que as oscilações térmicas da
rede devem ser completamente aleatória*. Portanto, o* campo*
magnéticos que surgem em funçXo destas oscilações serio funçbes
aleatórias do tempo. Para que estas oscilações sejam eficazes na
relaxaçlo, seu espectro de freqüências deve conter as freqüências
46
d* Lar mor do si stem*. Est* fato é expresso em termos d* chamada
denetdod» eapectral, JmkCdO. que fornece a probabilidade Vkm d* ua
núcleo fazer una transi ça*o para o estado |a>, estando inicial Mente
no estado Jk>. A expressSo correta e
Wkm • J«k 3.1
A f u n ç l o JmkCoO e s t A a s s o c i a d a à probabi l idade de que a f reqüênc ia
u> « a - k e s t e j a p r e s e n t e no e s p e c t r o de v ibrações da rede . Pode-se
• o s t r a r que a Area s o b a curva JmkCcoD 4 c o n s t a n t e . I s t o quer
d i z e r que s e o e s p e c t r o de freqUAnclas de Jmk é e s t r e i t o » a
p r o b a b i l i d a d e de uma t r a n s i çXo e n t r e n í v e i s en que m •• k
aumentar A.
A transformada de Fourier de JmkCuO e a chamada /unc i© d*
c o r r e I actio, GmkCO :
1 GmkCO * ~J— f JmleCbO •'
e f t «*
UúT db» 3.2
• Formalmente, a funçSo de correlaçSo relat iva aos instant** l± e l de uma funçXo f<y>, ene* y é uma variAvel a leatória e definida
como:
« W " í S 9»SFM ,<yi' '" >V * . dy« onda D*va» l
á; v .» t .> • * probabilidade de y assumir o valor y em
\ • y« #W V A* funÇSee que nVe dependem de l e l f t mae s ó da di ferença T
• i - i e l e ehamdae /unçOes a t e a t ó r i a e eseacConAricu?.
49
A mela-largura d» Gmk es tá associada A probabilidade de transiçKo,
uma ve« que e l a re lac iona- se COB a forma de Jmk Cveja f igure 19).
* S n *
Figura * • -
>t 3»»*
1 U»t
Forma* t íp ica* para O , • J , mk Nik
O tampo c a r a c t e r í s t i c o T é chamado tempo de correlaclo . Vemos qua
sa o tampo da c o r r e l a c l o é gr anda, o espectro de vibrações da rede
e e s t r e i t o , e a probabilidade de t rans iç lb concentra-se em torno
da origem.
Os tempos de relaxaçKo T e T sito calculados em termos da
densidade espectral» e a maior dificuldade cons i s t e Justamente em
s e conhecer a forma a n a l í t i c a de Gmk em cada caso.
F. Bloch, R. K. Wangsness e A. G. Redfield desenvolveram
durante os anos 90 um formalismo mais ou menos complexo para
A teor ia foi
desenvolvida a part ir de uma equaçlo diferencial para o elemento
calcular os tempos de relaxaçXo.
de matriz densidade p encontrada por Redfield. A s ín tese do
trabalho e s t a no l i v r o de C. P. S l i chter 1 e aqui somente
apresentaremos alguns resultados.
No caso em que a funçKo de corre iaç lo da componente q do
campo magnético a l e a t ó r i o Ha é e scr i ta como
50
H^UHeH+T* - Hi * •*M't. 3.3
obtém-se:
—Jr- - rl c H/ • Hy* 5 -r_-,*f, 3.4 t © e
T — L - - y* C It* T «• Ry* r—r—t^-a 3 3.B
X *n e 1 • b> T S e c
Talvez o fato mais curioso a ser notado neste resultado» * que
somente as componentes transversais do caspo ai «ator Io contribua*
para a relaxaçXo spin-rede. A razXo é qua somante estas
componentes sXo capazas da induzir transições antra os nivais de
anargia. O fenômeno * saaalhanta às transições induzidas paio
canpo da rf aplicado em una direçSo parpandicular A direçSo da
magnetizaçXo dos núcleos. A diferença é que neste caso o canpo nXo
é aleatório. JA no caso da relaxaçlo spin-spin, o terão
proporcional a ffx* est A associado ao estreitamento da linha devido
ao movimento dos núcleos. Sa o movimento é rápido, T é curto e a
linha estreitar A. O segundo termo que aparece na exprezsXo de Tt
estA associado A largura natural de linha ou ao principio de
Heisenberg Cveja capitulo 13.
A interaçXo com elétrons de conduçXo também pode levar o
sistema a relaxar. Este mecanismo, conhecido como proemmmo
Korringa leva a uma dependência linear de Ti com o inverso da
temperatura. A expressKo
51
onde H * o campo aplicado • AH * o campo d*vi do A polarização dos
e l é t rons d* conduçKo por H Cdeslocamento dm Knight 5.
ExcitaçBes elementares das osc i lações dos spins iôn lcos
Cmagnons) também constituem um mecanismo de relaxaçKo nos
ferromagnetos. Este mecanismo se da v ia o acoplamento hi per f ino.
Quando o núcleo faz uma transiçKo, e s ta interaçXo faz com que se ja
emitido um magnon Cque eventualmente pode ser reabsorvido por
outro núc leo) . Elétrons de conduçKo e magnons podem interagir e
dar origem a um outro processo de relaxaçlo conhecido como
mecanismo de W*g*r? Cveja também McCausland e Mackenzie7).
3.11l> M+canimmom dm /nteroçKo Spin-Spin
Os d o i s termos que aparecem na expressXo 3.5 nlo representam
as únicas contribuições para Ts. Além daqueles, existem outros
mecanismos de interaç lo entre os spins que levam A termalizaçKo
interna do sistema. Os dois mais importantes s l o a intoraçtio
Rudmrman-Kittmi*m e a inlmraçXo Svhl-Nahamura90. Ambos s l o
processos ind ire tos de interação, o primeiro se dando via
e l é t r o n s de conduçKo e o segundo v ia magnons. Os hamiltonianos que
representam e s t a s interações possuem a sua forma matemAtica
bastante semelhantes. Slo e l e s :
St
Muc - U»*CR*a5Íâ.ft 3.7
HB» - UBNCR*I}IÍ It 3.8
onde I » In ± tly, • Rt* é a distância relativa entre ot dois
núcleos.
Not* que a inter açXo Suhl-Nakamura C90 depende das
orientações dos spins com relaçXo à direçXo d* quantizaçXo,
enquanto que a interaçXo Ruderman-Kittal CRIO só depende d»
orientaçXo relativa dos spins. SXo as oscilações das componentes
transversais dos campos devido aos spins nucleares qua atuam sobra
os spins iônicos lavam à crlaçto da magnons. Os dois processos
conservam a energia Clambra qua a relaxaçXo transversal nXo
envolva variações na energia magnética do sistema» uma vez que o
processo ocorre em uma direçXo que é perpendicular à direçXo do
campo estático). Isto quer dizer simplesmente que a energia
transportada pelos elétrons ou pelos magnons é reabsorvida por
outro núcleo, ou seja» nlo há saida de energia do sistema. Este é
o motivo que torna estes processos de ralaxaçXo independentes da
temperatura.
53
C A P I T U L O - 4
*ojrr*s>%*.*foty txp*x*játjrTjt*r
4I> Técnicas dm Hmdidam
Em todas as nossas medidas usamos a técnica do K O da spin.
Esta * una técnica bam conhacida • nXo houva, C M O nosso
trabalho» nenhuma inovaçKo com ralaçKo a ala, da modo qua saramos
brava am sua descrição.
A técnica do aco da spin foi idaalizada por Hahn am iOSO***.
Ela consista na apllcaçKo da dois pulsos da rf com duraçSas r a
T saparados por um lntarvalo da tampo t. Quando a freqüência dos
pulsos é igual à fraquéncia da Larmor, o slstama da spins
nucleares absorva anargia do campo da rf. Hahn imaginou um
diagrama da spins para explicar o qua acontaca CFigura 205.
(f) i'
Jig. 20 - Diagrama da opina i doai is ado per Mann para explicar a formação de eee.
• Ouando falamos en» /rmçúência dom CUlgO», eetamo* noa referindo à •ua freqüência principal. £ óbvio que existirão outro* componente* de Fourier uma vos que e puleo é finite no tempo.
m ^
55
Ea C20. a) a magnatizaçXo ancontra-sa sobra o a lxo x*. Nasta
Ins tant* Cdaflnldo COMO t • 03» o pulso 1» com duraçXo T * é
apl icado na diracXo x* causando um tor qua na magnatizaçXo am torno
dasta diracXo. A duraçXo a amplituda do pulso sXo t a i s qua o
Angulo da g i ro é n/Ti r adi anos. Uma vaz no plano x'y* os spins
eomaçaa a sa dafasar am vlrtuda dos macanismos da ralaxaçXo
spin-spin CFigura 20b). £ praclsamanta por a s t a fa to qua T também
a> chamado tmmpo da pmrda dm mmm&ria dm /amm.
Passado um tampo t • T . outro pulso * aplicado na diracXo
x* . agora da modo a girar todo o sistama da um angulo da n
radlanos CFigura 20c) . Nasta procasso, as diraçoas das vaiocidadas
angularas dos spins sXo invar t i das, o qua acarrata uma
rafocallzaçXo do sistama após um intarvalo da tampo 2t • T • T ai
S t CFiguras 20d a 20a). Esta é o instanta da formaçKo do «co da
sp ins . Após asta instanta o sistama volta a sa dafasar a o s inal
ca i a zaro. £ lntarassanta lambrar qua todo asta procasso foi
dascr i to no sistama da rafar anel a giranta. No sistama do
laboratório dava-sa Incluir a pracassXo dos spins am torno da
diracXo do campo as t á t i c o . Para sa tar uma idéia» o tampo t o t a l da
todo o procasso, no caso da matais, é da or dam da 100 /JS. Duranta
a s t a intarvalo da tampo, os spins dos núclaos do Al no GdAl
Csagunda l inha) darXo carca da 9000 vol tas am torno da diracXo do
• £ important* lembrar aya •ImultAraanwnU a asta procaaao, as mocanvsmo* a» ralaiiaçXo ••in-raa» também aatXe atuando, a» mo a» qua a moanatlsocXo var Ileal vai — raouparando. Kata foto é axeloraao nam madia— a» T .
56
na
»s t á t i c o . O t> i i r i d* rapatlçKo da axpar lanc ia c o a p l a t a * d*
da 10 a s . A f i g u r a 21 « o s t r a a s q u a a a t i e a — n t a o qua ocorra
c a l a taapora l .
t4* l t**,*T2 2t**l**l
rifura Zt-rormaçSo do «ce d» «pin* após a aplicaçSo do» pul»oa d» rf.
Es ta f i g u r a tanba* « o s t r a o Decaimento da IndvçMio Livro CDIL2 qua
aparaca l ogo após o p u l s o 1. Ela corresponda A dafasagaa dos s p i n s
no p lano x'y* por a f a i t o da r a l a x a ç l o .
As nadldas da ralaxaçSo an volvam variaçOas na saparaçXo
tamporal antra o s p u l s o s . Nota qua ss> f i x a r nos t var iar na f i g u r a
S» o s i n a l vai dacrascando an v ir tuda da ra laxaçSo t r a n s v a r s a l
CPlgura 22>.
T | 2 (VARIÁVEL)
Figura s l - aaerawelmo a» •©• a» a»lna oom a •aaoraçSe do* auli
57
Madlndo-sa a s t a s a l t u r a s am cad* ponto . obU
qua a a j u s t a d a coa a curva
a functto latyCO.
M*yCO - Mo a"*u"r«
c o a o supBam as aquaçoas da Bloch. Dasta a j u s t a obtamos T . A
f i g u r a 24k a usa aadlda t í p i c a dm T . aostrando o s pontos
• x p a r i m a n t a i s a o a j u s t a dos aasaoT pala função a c l a a Cllnha
c o n t l n u a 3 .
As madldas da T anvolvaa a p a r t i c i p a ç ã o da 3 p u l s o s CFigura
235 . A saparaçfco taaporal t é aant ida f i x a , anquanto t v a r i a .
2
> • 1
3 -'
i
V
XJVAPrlAVEL) T^FlXC)
r i fur* as -
Quando aplicamos 3 pulsos» v á r i o s acos sugam aa v i r t u d a das
p o s s l v a i s comblnaçoas dos paras da> p u l s o s : Cl»23 ; Ci ,35 a C2.33.
A l a * d i s t o » acos sacundarios tambam surgaa por c a u s a da
p a r t i c i p a ç ã o dos a c o s primários como sa fossam p u l s o s Casta
fanomano tambaa a s t a prasanta no c a s o da t a r s o s apanas 2 p u l s o s ) .
58
O »:o que nos in teressa é aquele formado pelo par C2,35. Sua
dependência com t é dada por:
M*Ct3 • Mo Cl - m~l'T0
da qual obtemos T mediante o ajuste dos pontos experimentais. A
Figura 24a mostra uma experiência t í p i c a de T .
4.112 Amostras
Diversas amostras foram f e i t a s ao longo deste trabalho. Elas
foram preparadas a partir das proporções molares dos elementos e
fundidas em forno de arco. O gadol lnlo foi fornecido por Alpha.
Products* com pureza 00,0 fi e o Alumínio» fornecido por Johnson
Matth+y, com pureza 00.00 *A. As amostras nSo foram submetidas a
tratamento térmico. Com a f inal idade de obtermos uma boa resoluçXo A 9 7
nos satélites quadrupolares do Gd» fundimos algumas amostras 10
vezes» seguindo a receita de Dormann et al.<iâ>. No entanto, em
nosso caso» obtlvemos a melhor resoluçXo em uma amostra fundida
apen&s 2 vezes Cfigura 203. A análise de Raio-X nko acusou
misturas de fase e forneceu a • 7,88 A° para o parâmetro de rede.
Este valor está em bom acordo com a literatura"".
53
if) < XL
I -
< CO Ul o < o z 3
O o Ul o o a
O.
0 0,4 0,8
| ( «10 ' j iS )
Fi9 «• -Medidos +f picas d* Ti «• T * «nos+rando os W ? £ £ ~ P — i a , , (unha c r ^ n u a )
60
4.111> €<fuipam0nto
4. III. ay Emf»ctr6m*tro
O aspactrômatro am oparaçXo no l a b o r a t ó r i o d* RMN do
CBPF é una máquina cornarei a i fabricada pala BRUKER SXP. Como Já
f i c o u i m p l í c i t o da primeira saçXo das ta c a p i t u l o , t r a t a - s a da u»
• s p a c t r o m a t r o pulsado. Abaixo aprasantamos o sau diagrama da
b l o c o s CFigura 2 5 ) .
AMPLlFlCADOR DE POTÊNCIA
MODULO DE JANELAS
SlNTETlZADOR
OSClLADOR
FORMADOR
DE PULSOS
SELETOR
CE PULSOS
DIVISOR DE
FREQÜÊNCIA
MODULAOOR
DEWAR
CIRCUITO
LC
AMOSTRA
PONTA DE PROVA
PRE AMPLlFlCADOR
AMPLlFlCADOR
DETECTOR M
BOX-CAR
JO
SlST. DE AQUISIÇÃO
DE DADOS j á
REGiSTRADOR
TRANSMISSOR RECEPTOR
• — •
riaur* 19 - Diagrama d* bloee* ao ••paetrônwtro a* BKM CWiHon AWis,Tese d*. M*.s\r*Ao - OFF , i * ô < )
Sua f a i x a da fraqüéncia 4 da 9 A 00 MHz. A máquina tam
s i d o modif icada, no s a n t l d o da «a automatizar a s axpar l a n e i a t .
p a l a Dl v i « Io da Informát ica do CBPF am traba lho conjunto com o
6*
laboratório d* RMN deste Centro.
4.111.b> Criomtato de Banho
As medidas a temperaturas fixas d* 4.2 K • 77 K, hélio
• nitrogênio liquides. respectivamente, foram realizadas
megulhando-se a amostra Cinserida na bobina que produz o campo d*
rf) diretamente na "garrafa" d* hélio liquido Cno caso d* medidas
a 4,2 IO ou em um "copo" d* nitrogênio liquido Cno caso d* msdidas
a 77 IO. Como a maioria das msdidas A tamper aturas fixas foram
feitas a é,2 K, só falaremos deste equipamento. Ele consiste em um
cabo coaxial, semi-rígido e de baixa condutividade térmica, que
conduz o pulso de rf até a bobina que envolve a amostra CFigura
283. Todo o conjunto é mergulhado no hélio liquido. As bobinas
foram confeccionadas com fios de cobre esmaltados. No caso das
medidas do espectro do Al Cque possui uma banda larga de
freqüências?, uma bobina também de banda larga foi confeccionada.
Ela é feita a partir de uma bobina comum que é "pintada" com
tinta condutor a até que se obtenha uma ImpedAncla da ordem de 90
O, que é a mesma do resto do sistema. Isto torna a bobina um guia
de ondas alargando assim a sua faixa de freqüência.*tp>As medidas
no sitio do Gd dispensaram tais bobinas uma vez que seu espectro é
relativamente estreito.
62
CONECTOR BNC
CABO COAXIAL
PORTA-AMOSTWA
T i a 2 ( . Crios+orto áz bcxnho >aro me4ídas ' f t V ^
63
4.1II.c> Criomlato dm Fluxo
Para medidas coa temper at ur * * var iáve i s , u t l l l z i
c r l o s t a t o de f luxo d* he l lo . O sistema es tá mostrado na f igura 27.
Neste caso» a bobina que produz o campo d* rf deve ter um diâmetro
maior do que aquela do caso anterior, di f icultando as medidas no
s i t i o do Gd era virtude do baixo fator de preenchimento que i s t o
acarreta.
s • •
recu-peraçío
r l f u r e 99 - firloaiole e> fU»o <A. a. Marola, T— e» Doutorado - CSW, 1MS>
6+
4.11I.<L> AquimiçXo e Processamento dm Dado*
Uma outra modificação do Kp*clr6n*iro f e i t a pela
DIVI-CBPF fo i a implantação d* ua sistema d* aquisição dm dados
que p o s s i b i l i t o u a semi-automatização das «adidas. El* c o n s i s t * da
ua microcomputador dadicado da arquitatura 8080. insarido no
espectrometro da RMN • am comunicação com outro microcomputador Co
Macunalma-II3 da arquitetura 2-80A. Ambos foram lntairamanta
confaccionados na DIVI-CBPF. O primairo faz a aqulsiçXo da dados
proprlamanta d i ta , comanda a separação dos pulsos da rf, rea l i za
operações que eliminam ruídos, e t c . O Macunalma-II é u t i l i zado
para rodar os programas que determinam os parâmetros das medidas.
Ele também possui capacidade de cá lcu lo s e quisermos, por exemplo,
fazer algum ajuste de dados. Contudo, os tratamentos de dados s l o
em geral f e i t o s em um PCXT. Um programa de comunicação entre o
Mac-II e o PCXT foi desenvolvido afim de se fazer a transferencia
automática dos dados. Para maiores detalhes técnicos sobre o
Mac-II veja rafar ene i a 1231.
65
C A P I T U L O - 5
s. t r u x T s$ ü o r i zojrzxuro%r
RESULTADOS 5.1> Emp+clroscopia
S.I.aD Sítio do Al
A figura 2&& mostra o espectro d* RMN do Al em GdAl obtido
a T * 4,2 K. O espectro é composto por duas linhas da ressonância
qua ocorram am torno da 40 MHz a 61 MHz. A 77 K as posições das
linhas estXo am torno da 41 MHz a 51 MHz Cfig.yxx». Estas duas
linhas correspondam aos dois sítios magnetic amante nXo
aquivaiantas do Al nasta composto Cvaja fig. 173. A intansidada
dastas linhas dapande da amplitude do campo da rf que está sando
aplicado. Um astudo desta depandéncia mostra que as duas linhas
possuam composições diferentes da paradas a domínios Cveja seçXo
113.
Apenas para caracterizar o composto, mencionaremos que o
sitio do alumínio apresenta interaçXo quadrupolar elétrica nXo
resolvida nos espectros de amostras policristallnas. Esta
interaçXo» neste caso» se manifesta através de oscilações na
amplitude do eco, medida em funçXo da separaçXo entre os pulsos de
rf. *Em nosso caso. estas oscilações podem ser detectadas com
grande resoluçXo» como pode ser visto na figura 26>b Dumelow et
al.<4->e Bowden et al.<4 ', fizeram um estudo detalhado destas
oscilações e da interaçXo quadrupolar no sitio do Al.
07
FKCQUftta A(MHz)
Figura 26 a
*?. Espect ro de RMN do Al em GdAl, a 4,2 K
êe
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49 MHz
— r - 7 • i i i i I Í
SEPARAÇÃO ENTRE OS PULSOS(yS)
Figura 26 b
Oscilações guadrupolares nos dois sítios do*Al en» GdAl-
69
5.1. 65 Sitio do Cd
A figura 29 «ostra o espectro do Gd no GdAl obtido a 4,2 K
para dlwriot nival s da potência do campo da rf. Estas vai or as da
potência foram obtidos a partir da 1 altura das amplltudas dos
pulsos no osclloscóplo. As características garais do espactro sío:
uma linha cantral am torno da 27 MHz a duas linhas satélites
ocorrendo em torno da 20.3 MHz a 27.8 MHz. Estas satélites sXo
devidos a interaçXo quadrupolar elétrica existente no sitio do Gd
neste composto. A f igura 30b mostra o mesmo espectro obtido a 77 K.
Neste caso» temos a linha central em torno de 21.7 MHz e os dois
satélites quadrupolares a ai 21,2 MHz a ai 22,2 MHz. Notamos que a
aparência geral do espectro muda com a temperatura. A meia
largura da linha central é da ordem de 0,3 MHz. O desdobramento
quadrupolar, 2Aw , passa de ad.S MHz a 4,2 K para at 1,0 MHz a 77 K
e os satélites tornam-se assimétricos. Embora as medidas a esta
última temperatura sejam dificultadas pelo decréscimo da amplitude
do sinal, outros espectros foram obtidos e estas características
gerais parecem se manter.
As linhas continuas da figura £9 representam um ajuste de
três curvas gaussianas, o qual forneceu os seguintes valores:
70
POTÊNCIA CW}
2 0
3 5
5 0
POSIÇXO CKHz)
2 0 . 2 7 2 7 , 0 3 2 7 , 8 1
2 0 . 2 0 2 7 , 0 2 2 7 , 7 5
2 0 . 2 3 2 7 , 0 5 2 7 , 7 0
MEIA LARGURA CMHz)
0 . 7 1 0 . 2 4 0 . 7 1
0 . 7 1 0 . 2 5 O.OO
0 . 7 4 0 . 2 3 0 . 7 5
Notamos que a forma do espectro a 4.2 K praticamente nlo muda
com a potência do campo de rf. Apenas os satélites quadrupolares
parecem se deformar. NSo podemos afirmar, contudo, se estas
mudanças sSo significativas.
5.7/3 Dspsndência da MagnstizaçXo Transversal com. a Amplitude do
Campo de RF.
5. II. «O Sitio do Al
A figura 31 a mostra a dependência da amplitude do eco de
spins, medida nos dois sítios do Al, em funçXo da intensidade do
campo de rf, B , em Gauss. Esta* figura é fundamental para a
lnterpretaçXo dos resultados deste trabalho. Dela vemos que a
primeira linha do alumínio satura para uma potência menor do que a
que é necessária para saturar a segunda linha. Da relaçSo,
7d
T I T I I I I I I f l l l l l l ' l »,4 » , • t v i >«* s? tt,« 27.» i t . i n,c
rmeuCNCiâ (MHt)
Figura 29
Espectros do 4,?Gd en\ GdMa a 4,2 K para diversos níveis de potência do canpo de radiofreqüência.
72.
o o UJ
o o UJ o 3
o.
FREQÜÊNCIA (MHz)
O ü UJ
2 kl O
FREQÜÊNCIA (MHi)
FiguT» 3o
Espectros do 2*A1 (30.a) e do 4 Gd <30.b) a 77K
73
TjyB T • Zn/3
que * o valor do ângulo em que o tco é máximo (vtja seçXo
2. Hl.e), vemos que B menor implica em y) maior d* modo a se
manter o mesmo Angulo. Esta figura entXo sugere que a primeira
linha do alumínio é proveniente principalmente de núcleos que se
encontram nas paredes de Bloch, enquanto que a segunda linha é
pr0dom.inant0m0n.t0 devida a núcleos dos domínios. Frizarnos as
palavras principalmmnt0 e pr0dom.inant0m0nt0 devido ao fato de
haver uma mistura de contribuições para estas duas linhas, como é
sugerido pelas medidas de relaxaçXo em funçXo da potência do campo
de rf Cveja seçXo 5. IIID. usando B a» 4 Gauss, encontramos 7» ar 830.
em boa concordância com Bowden et ai. que encontraram 71 * 800.
Como foi mencionado na seçXo 2. III.e, o valor de 17 está
relacionado â anisotropia do material. Quanto maior a anisotropla,
mais estreitas serio as paredes de Bloch, e, segundo a equaçXo
2.24, maior será T) no centro da parede. A figura 31 consiste na
mesma experiência anterior feita para <ii versos valores de
temperatura Cincluindo 2. curva para T * 4,2 IO, medidas na
primeira linha do Al. Notamos que o campo de rf necessário para
que o eco atinja seu valor máximo a uma dada temperatura, BCmáx),
aumenta com a temperatura, correspondendo a um decréscimo de 77.
Esta varlaçXo de 77 deve estar em parte relacionada ao alargamento
das paredes, ou seja, o sistema se torna mais isotrópico com o
aumento da temperatura. Contudo, a varlaçXo da largura da parede
nlo deve seguir diretamente a variaçXo de 7) uma vez que esta
última depende também do campo hiperfino que é uma funçXo de T. Em
nosso caso, a varlaçXo du campo hiperfino é pequena nesta faixa de
74
temperatura Cveja figura 35).
Bur d • Lee mediram as constantes d* anisotropic do GdAl
• encontraram qua -K» aumanta na faixa da 0 a 50 K, enquanto -Kt
permanece aproximadamanta constante nasta faixa. Um aumanto da
constanta da anlsotropia poda corraspondar. segundo o modalo
simplificado qua usamos para avaliar a largura da parada Cpag.
883, a um astral tamanto das paradas da Bloch, da modo qua tar Íamos
um aumanto da T) nasta faixa da tampar atura.
5.II.W Sitio do Cd
A figura 31 b mostra a dependência da amplitude do eco em
funçko do campo da rf medida no sitio do Gd. A experiência foi
feita para três valores de T : 0,5 ps, 1,0 ps e 2,0 ps. Notamos
como a posiçXo do máximo se desloca para a esquerda quando o
valor da T é aumantado. Isto poda ser fácilmante compreendido
através da expresslo ynBtr * 2n/3 que é o valor do ângulo de giro
associado ao máximo valor do eco. Vemos que se T dobra, Bi deve se
reduzir à metade a fim de manter o ângulo constante. Desta figura
avaliamos yjCOdi * 1600.
75
B,(GOUM)
Fiôura 31
Dependência da amplitude do eco de spins cem a intensi
dade C<J campo de rf medida nos dois sítios do Al e no si
tio do Gd à 4,2 K.
76
È o . - o E o o-6
Amplitude do eco de spins versus intensidade do campo de
rf medida na primeira linha do Al para diversos va lores de temperatura.
rr
5. Illy Tempos de RelaxaçXo em FunçXo da Potência do Campo d» RF
A figura 33 mostra a dependência do tempo de relaxaçXo
spin-rede, T , em funçXo da potência do campo de rf , medidos em
ambos os s í t i o s do Al C33a e 33*0 e no s i t i o do &S7Gd CttO. Como
podemos observar, T tende a um valor de saturaçXo, que fo i obtido
ajustando-se os pontos experimentais com uma funçXo do t i p o
T CpD = T Cl - e"p'po 3 «• T I o o
Os valores encontrados neste ajuste foram os seguintes:
o> CMHzD
3 7 , 0 40 . S 0 1 . S
Tt , a lCms3
at 7 , 3 a i l . l a ( 3 , 0
Talvez a carac ter í s t i ca mais importante destas curvas é o
fato de o tempo de relaxaçXo no primeiro s i t i o do Al ser mmrnpr»
menor do que no segundo s i t i o . Notamos também o f a t o destas curvas
nXo serem simplesmente retas paralelas ao e ixo horizontal . I s t o
pode ser interpretado em termos da distrlbuiçXo de tempos de
relaxaçXo e das misturas de contribuições de paredes e domínios em
73
ambas as linhas.
As medidas d* T em funçXo da potência Cmostradas na figura
3-4) r«v*lkn o mesmo comportamento O ajuste dos pontos
experimentais forneceu os sagüi nt as vai or as para TC sat 3:
w CMHz)
2 7 . 0 4 0 . 5 6 0 . 5
T»M lCms3
a . 1 . 5 0 ai 0 . 1 0 at 0 . 5 2
5./IO roxas de RelaxaçXo em. FunçXo da Tmmpmraíxtra no Sitio do Al.
A figura 36a mostra a dependência da taxa da relaxaçXo
longitudinal. T em funçXo da temperatura medida nos dois sítios
do alumínio. Para fazermos estas medidas a dependência da posiçXo
da linha central com a temperatura foi levantada em ambos os
sítios do Al como mostram as figuras 3501 e 35b. As linhas continuas
— 9 — f — t
sXo ajus tes l ineares que forneceram Cl,8 ± 0.33 x 10 ps K e
Cl .2 ± 0.63 x 10" fyi*K~*para os coe f i c i entes angulares das re tas
no primeiro e segundo s i t i o , respectivamente. Observamos também
que a taxa de relaxaçXo é sempre maior na primeira l inha , como
ocorre no caso das medidas em funçXo da potência do campo de rf.
As medidas de T em funçXo de T apresentam e s t a s mesmas
c a r a c t e r í s t i c a s gerais Cfigura 36*0.
79
1>0T£NCIA (W)
T-
% a
0 *
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o.
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V
^ A
«" "" (c|
*
It « POTENCIA C*)
t4
Tigura 33 Dependência do tempo de relaxação spin-rede com a potência
do campo de rf medido nos dois sítios do Al (3).a e b) e no
sitio de Gd (33.c)
ao
OJt
at-I
Jan
at
ai
( • )
(b)
- i —
to 40 to POTÊNCIA M
t It ÇDTÍNCIAWO
I t t4
Dependência do tempo de relaxaçâo spin-soln com a potência
do campo de rf nedido nos dois sítios do Al (34.a e b) e no
sitio do Gd (34.c)
X
J 3
t
T(K)
X
Ü
c
«I
T(K)
"Figura 2>5
Depende .cia da freqüência de RMN com a temperatura medida nas duas l inhas do Al (a: 19 linha e b: 29 l i n h a ) .
82.
0,0022
0»00lt .
0,0014-
5 0,001-
opooc-
C.0002-i Ca>
20
T (K)
• Sc fundia UnKo
40 60
r
0 0 0 5 -
0004 -
•
0 0 0 3 .
0.002-f
i a>
f
• primeira l«n ha
o sitjunda l.nhft
20 40 T(K)
Figura 36
Dependência das taxas de relaxaçâo longitudinal e trans
versal, 1/Tt(a) e 1/Tj (b) medida nos dois sítios do Al.
DISCUSS») E CONCLUSÕES
O espectro do Al possui, de uma maneira g«ral, as — «mas ^ ^ Ê90k
carac ter í s t i cas encontradas na l i t eratura . Shamir • Kaplan
encontraram duas l inhas , uma em torno de 49 MHz e a outra em torno
de 60 MHz. Este espectro é menos resolvido que o nosso Cp .̂g. fc&>
na regi So de freqüência entre as duas l inhas . Miles e t a i ' * "
encontraram as l inhas em torno de 40 MHz e 61 MHz. Seu espectro
apresenta uma mela-largura da ordem de 8 MHz na primeira l i n h a ,
enquanco que no nosso es ta mela-largura e da ordem de apenas 2
MHz. Dumelow • Riedi encontraram 4Q,S MHz e 61 MHz para as
posições da primeira e segunda l inhas , respectivamente. Estes
autores usaram um monocrlstal de GdAl e puderam observar o f 7
desdobramento quadrupolar diretamente no espectro do Al, com
grande resoluçZo no caso da segunda l inha. As posições das duas
l inhas sXo as mesmas, tanto no monocrlstal quanto na amostra
p o l l c r l s t a l l n a . 197
O espectro do Gd nem sempre apresenta os desdobramentos
quadrupolares reso lv idos . Dormann e t al.<41> mostraram que a
resoluçXo destes s a t é l i t e s é funçXo da preparaçXo da amostra. Eles
encontraram uma separaçXo entre os dois s a t é l i t e s quadrupolares,
2Av , i g ja l a 1,470 ± 0,094 MHz, enquanto que em nosso caso 2Av ai
1,9. De fa to , a resoluçXo dos s a t é l i t e s quadrupolares no esf wctro
do A970d, além da anAllse por Raios-X. fo i um c r i t é r i o u t i l i z a d o
para a avallaçXo da qualidade da amostra.
De acordo com o que foi exposto na seçXo 2 . I I . e , podemos, em
principio , se lecionar as regiões da amostra que estamos excitando
a*
Cparedes ou domínios) mediant* o control* da amplitude do campo d*
rf. S* pudermos caracterizar par*d*s • domínios através d* uma
medida do fator d* aumento. T). OU s*Ja. s* diss*rmos qu* T> maior
r*f*r*-se às par*d*s • n nenor aos domínios. e n t l o . d* acordo com
a figura 34.a primeira l inha do Al t*m sua principal contribulçXo
devida a núcleos qu* s * «ncontram nas paredes, «nquanto qu* a
segunda l inha é principalmente devida a núcleos qu* s* encontram
nos domínios. Daquelas figuras avaliamos i)Cparedes3aí 830 e
7)Cdomínios:)ar 300. O primeiro valor e s tá em bom acordo com o t i s ' resultado de Bowden e t a i . que encontraram i)Cparede3ae 800. Estes
autores também mencionam o fato de que o fator de aumento nJto
d i fere muito nas paredes e nos domínios deste composto.
O fator de amplificaçXo de rf medido no s i t i o do Gd é
proporcional ao campo hi per f ino sentido pelo núcleo. I s t o expl ica
em part* o fa to des t* ion apresentar um fator de aumento maior do
que aquele encontrado na primeira l inha do Al. Bert hi *r e t a i .
mediram o fator d* aumento do Dy em funçXo de sua concentração, x,
no composto Dy Gd Al . Eles encontraram que. quando x -• 1 , T)CDy5
at IO9. Supondo que os s i n a i s do Dy e do Gd sXo provenientes da
mesma regiXo. a razXo entre os fatores de amplificaçXo nos dois
s í t i o s deve ser igual à razão entre os campos hiperfinos
Cdesprezando-se variações na mobilidade das paredes, e t e j . Do
trabalho de Bert hi er e t ai.'**, estimamos HhfCDy. x * 0.090 ai 7900
k Gauss. de modo que T)CGd3 * [HhfCGdD/HCDy) ]77CDy5 -
Cl70/79003x100000 ai 2200 que é da ordem do valor experimental
encontrado em nossas medidas.
Com e s t e modelo» torna-se fác i l interpretar as medidas dos
tempos de relaxaçXo nos dois s í t i o s do Al. O fato de T e T serem
65
diferentes está relacionado à particlpaçKo das paredes nos
processos de relaxaçXo. Esta contribui çXo das paredes para a
relaxaçXo foi sugerida por Weger em 1062 quando este estudou a
relaxaçXo spln-rede no Fe, NI e Co. Segundo ele. a nXo
exponenci ai idade na forma do decai aento e um indicio de que o
processo de relaxaçXo ocorre dentro das parades. Estas idéias sKo
compatíveis com o modelo de M. B. Stearns que sugere uma
dlstribuiçXo de tempos de relaxaçXo dentro das paredes para
explicar seus resultados. Segundo ela» dentro de uma parede nXo
temos um único tempo de relaxaçXo. mas uma funcXo TCxD «
T cosh CxD, onde x é a posiçXo do núcleo dentro da parede. Este
modelo prevê um decaimento nXo exponenci ai. uma vez que o pulso
de rf nXo excita uma fatia infinitesimal da parede. Esta mistura
de tempos de relaxaçXo e mais a mistura de contribuições para os
sinais de RMN poderiam explicar as variações dos tempos de
relaxaçXo com a potência do campo de rf obtidos neste trabalho
Cfiguras 33 e 343.
Este modelo de mistura de tempos de relaxaçXo suscita a
seguinte questXo: a quais destes tempos correspondem os números
obtidos nos ajustes qua aparecem em nossas curvas de
decaimentoCpor exemplo» aquelas mostradas na fig. 843 ? Da fato.
nos ajustes dos pontos experimentais, observamos qua em alguns
casos somente uma exponenciai nXo se ajustava muito bem As
medidas. Contudo» na maioria dos casos o desvio era muito pequeno»
de modo que o valor obtido era» se podemos assim dizer» um valor
médio dos tempos de relaxaçXo ponderado pelo peso de cada
componente. Duas destas curvas» com os respectivos ajustes» estXo
mostradas no capitulo 4 Cflg. 243» onde descrevemos as técnicas
ô€
experimentais u t i l i z a d a s neste trabalho.
Finalmente, as medidas d* relaxaçXo ea funçXo d* T no s i t i o
do Al fornecem taxas d* decai manto CTt* • TÍ*5 sempre maiores no
caso da primeira l inha. Mais uma vez e s t e f a t o * atr ibuído ao
movimento das paredes no processo. No a jus te dos pontos
experimentais da f igura 30, fomos guiados pela i d é i a de que em um
dado s i t i o do Al a participação de e l é t rons de conduçXo deve ser
importante na relaxaçXo spin-rede. Para testarmos e s t a hipótese»
lembramos que no processo Korringa, a dependência de Ti com a
temperatura é dada Cveja eq. 3.63 por:
T f AH 1 ' h r. f V / V I T* hr-J - —SnTT- -m [ í j ^ f i J
n
onde H é o campo e x t e r n o a p l i c a d o e AH é o campo d e v i d o à
po lar l zaçXo dos e l é t r o n s de conduçXo p e l o campo H. Para uma dada
temperatura T» a razXo A e n t r e os tempos de re laxaçXo nos d o i s
s í t i o s do Al é:
TiCOlMHzD T CH/ATO »»linha "]» Unha I
Podemos» como uma aproxlmaçXo, identificar o campo que atua sobre
o Al, H, como tendo o campo dipolar devido aos ions do Gd. • AH o
campo devido à polarlzaçXo dos elétrons de conduçXo pelos mesmos
lons. Esta polarlzaçXo oscila espacialmente e decai com r~* Cno
caso de um ion isolado), onde r é a distância medida a partir do
lon magnético em questXo Cno caso o Gd" 3. Esta é uma
87
c a r a c t e r í s t i c a da InteraçXo RKKY mencionada no c a p i t u l o 2 . As
o s c i l a ç õ e s criam uma dependência e s p a c i a l no campo d e v i d o a
p o l a r i z a d o dos e l é t r o n s de conduçXo CAIO.
Escrevemos o campo t o t a l que atua em cada um dos s í t i o s do Al
como a soma dos d o i s campos mencionados acima:
Ha + AHa * HaUotaU
Hb + AHb « Hbuotau
Mesta expressXo. Ha é o campo d ipo lar no s i t i o "a" do Al C40 MHz).
e t c . Es te campo pode ser a v a l i a d o a t r a v é s da soma usual de campos
d l polar e s , que para o c a s o de um l o n nXo-magnético pode s e r
e s c r i t a
H*p. - - ± £ — a»o
onde fj é o momento magnético da t e r r a r a r a C7p no p r e s e n t e caso?»
ao o parâmetro de rede e S at 31 para o s i t i o "a" e - 5 5 para o
s i t i o "b".
D e s t e s v a l o r e s encontramos Ha ai 4 kGauss • Hb ai 7 kGauss.
Usando HaUotaU ai 40 kGauss e Hbttoiou ai 01 k Gauss, encontramos
AHa ai 45 kGauss • AHb ai 54 kGauss, o que l e v a a A ai 2 . Mas, e s t a
razXo deve s e r i g u a l à, razXo e n t r e os c o e f i c i e n t e s a n g u l a r e s d a s
r e t a s TÍ*C40MHz3 x T e TÃ*C81MHz} x T, r e s p e c t i v a m e n t e . De n o s s o s
a j u s t e s encontramos:
A - C l . 8 t 0 .33 x 10 I * *. i - * o Q
Embora o e r r o s e j a grande em v i r t u d e da d i spersXo nas c u r v a s da
86
f igura 30, s e considerarmos, contudo, que o alumínio e um lon nJío
magnético» é razoável pensar que ta l processo deve ser re l evante
na relaxaçSo dos núcleos de Al.
De acordo com e s t e modelo» a uma mesma temperatura T, a razXo
entre os tempos de relaxaçSo nos do is s í t i o s do Al é constante e
igual a 2. A tabela abaixo most r i e s t a razXo obtida das medidas de
T* em funeSo da potência do campo de rf nos do is s í t i o s do Al.
Ttiôi CmsO
2 . 0 2 , 0 3 . 0 3 . 2 3 . 3 3 .3 3 . 5 3 .5 3 . 8 3 . 8
MHz* Ti<4d MHz) Cms)
0 .82 0 .74 0 .82 0 .87 0 .80 0 ,94 0 .00 1 .0 1 .0 l . O
Ttcéi MHzJ/Tiiiô MHz*
3 . 5 3 . 0 3 . 7 3 . 7 3 . 7 3 . 5 3 . 0 3 . 5 3 . 8 3 . 8
Vemos entSo da tabela que a razXo mencionada é . de fato»
aproximadamente constante. O valor médio desta e A » 3 . 7 . Este
va lor , contudo» d i fere daquele atribuído simplesmente ao processo
Korrlnga Cou s e j a . 23. Esta diferença é atribuída à part ic lpaçSo
das paredes na relaxaçSo da primeira l inha. Para avaliarmos e s t a
eontrlbuiçXo escrevemos:
TKUÔ) * 1W40) Tirtüd)
1 ^ 1 T»ceo * Tildei)
69
Onde T*K * a c o n t r i b u i ç ã o Korringa para a re laxaçSo» • Tip é
aquela dev ido à s paredes Cnote que em OI MHz e s t e termo n í o f o i
Incluído!) . Logo»
Ticoii Tticceií ^ Tticcei) TttÀto * T«c£4tt * T7FTÍ55-
O termo do l a d o esquerdo e o va lor médio A a*. 3 . 7 . O pr ime iro termo
do l a d o d i r e i t o * 2 e para TucCOl) usamos o v a l o r de s a t u r a ç ã o
o b t i d o no a j u s t e , at 3 , 0 . Com e s t e s v a l o r e s encontramos
TtK4Q3 a. 2 . 5 ms
TucC403 ai 2 ms
Para aval iarmos a v a l i d a d e d e s t e r e s u l t a d o vamos a p l i c a r a
expres são encontrada por Vfeger . Segundo e l e . a t a x a de re laxaç&o
dev ido ao movimento t é r m i c o das paredes é dada por:
k T T
T I P * n d óH& Ci/fc»1-* T* > e
Onde k é a constante de Boltzmann» T a temperatura, r o tempo de
correlaçSo, d o diâmetro do grão, 6 a largura da parede» M* a
magnetizaçSo de saturaçXo e <•> a freqüência de RMN. £ importante
lembrar as duas principais simplificações deste modelo*, primeiro
ei* considera os grSos como esferas, todas com o mesmo diâmetro d;
segundo, as paredes slo consideradas rígidas, de modo que suas
bordas também se deslocam com o movimento térmico.
90
A largura da par«d* pod* ser avaliada da expressão :
* • " s(-!Ti- ) ' "
onde a e a d i s tanc ia in ter iôn ica , S o spin iôn ico , J a energia de
troca e K a constant* da anisotropia. Na aproximação da campo
molecular.
3 k T 3 ' è i S S ' l i
onda z é o número da próximos v iz inhos . Colocando k = 1.38 x
IO"1 arg K~*, T = 176 K , z * 4 e S = 7 / 2 , ancontramos J :* 5 ,8 x e
10" erg. As constantes da anisotropia do GdAl foram medidas por
Bur d e Lee . Eles encontraram:
JC* » - 2,8 x 10 erg cm"
Kx = - 1.4 x 10* erg cm"*
Nas fases de Laves CCISD, a » a /3/4. Com estes valores e a * o o
7,9 x 10~* cm, encontramos 6 ai 10~9cm, onde usamos, para f i n s de
aval iação, o valor médio entre |Kt| e |Kz|.
Substituindo Ma ai 10a G**9>d » 3 x 10"'cm, <a * 4 , 0 x I0 7s~*e,
seguindo Weger, r at 10"*s, encontramos Ti* at 7 ms, que é da ordem
do valor medido.
e Vojo, por •«•mele , O, Kittol "Introduction to « o l i o a to to •hy«t«o".
9 1
C avldanta qua a apllcaçSo d* um campo magnético «xtcrno é
lndi spans Aval am um astudo da contribuiçoas da paradas a domínios
para os sinais da RMN a para a ralaxaçXo. Da f»,o, duranta o
dasanvolvimanto dasta trabalho, algumas madidas foram faltas
apllcando-ss um campo magnético axtarno. Até um valor da
aproximadamanta 5 kGauss nXo obsarvamos qualquar varlaçXo na
posiçXo das linhas do Al. Tantativas da sa madir a dapandéncia dos
tampos da ralaxaçXo am funçXo do campo aplicado nos dois sítios do
Al a no sitio do Gd A 4,2 K, também foram faltas. Os rasultados»
contudo» nXo sXo conclusivos davido A dlficuidada da madida por
causa da fraca intansidada dos sinais.
Ao longo dasta trabalho» surgiram algumas quastSas, as quais
listamos abaixo, qua podariam sar aseiarácidas am trabalhos
futuros com o GdAl a/ou outros compostos da r.éria RA1 CR « tarra
rara):
1) Podaríamos astudar outros compostos do tipo
RA1 , onda R é uma tarra-rara. a fim da obsarvarmos sa a
saparaçXo antra paradas a domínios continuaria sando posslval.
Para as tarras raras com L * O dávamos antacipar paradas muito
mais astraltas;
2> As possivais mudanças obsarvadas no aspactro do
gadollnio com a potência do campo da rf podariam sar claraadas
aplicando-sa um campo magnético axtarno. Ganial at al.
ancontrarara qua a diraçXo do aixo principal do gr adi anta da campo
alétrico nastas compostos muda quando vamos do cantro da uma
parada para um domínio. Isto acarrataria uma mudança na intaraçXo
quadrupolar» uma vas qua ala dapanda dasta dlraçZo» a» portanto
nos dasdobramantos obsarvados no aspactro.
91
3) A origem do gradient* de canpo elétrico no si 11 o do
gadolinio também nVo est* alnda bem compreendida. Segundo Dormann
•t al. existe uma contribuição i so tropica r+lativlmtica que * a
mais Important* para o gee. Do ponto d* vista teórico o problema
A d* difícil tratamento, una vez que teríamos qua lidar com a
equaçSo da Dlrac para um átomo da muitos elétrons. Contudo,
experimentalmente, como esta contrlbulçXo independe da direçXo do
•ixo principal do tansor gca Cdal o noma isotx^ópicaü, ala talvaz
possa sar astudada através da aplicaçSo da campos magnéticos
externos.
43 Um astudo da dapandéncia dos tampos da relaxaçKo am
funçío da um campo magnético externo, falto nos dois sítios
do Al, podaria fornecer mais informações sobra a contribuiçSo das
paradas para a relaxaçZo na primaira linha do Al.
Com relaçSo às duas últimas propôs te ou saja,
madidas qua anvolvem a aplicaçSo da um campo magnético axtarno,
gostaríamos da atantar para uma das dificuldadas qua ocorram nasta
tipo da medida: trata-sa do decréscimo na amplitude do sinal de
RHN, principalmente daqueles sinais provenientes das paredes de
Bloch, que sSo "varridas" com a aplicaçSo do campo externo.
53 Outras medidas da dependência da amplitude do eco com
Bi para várias temperaturas, talvez possam esclarecer melhor a
questSo da dependência da largura das paredes com a temperatura e
trazerem informações sobre * dependência das constantes de
anisotropia com T.
0) Finalmente» um estudo das variações observadas no
espectro do Gd com a temperatura pode trazer mais informações
sobre a questSo da lnteraçXo quadrupolar no sitio do (3d.
99
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