Release de Resultados 2T16

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Relatório de Resultados 2T16 São Paulo, 09 de agosto de 2016, a Companhia de Gás de São Paulo - Comgás (Bovespa: CGAS3 e CGAS5, Reuters: CGAS3.SA e CGAS5.SA e Bloomberg: CGAS3:BZ e CGAS5:BZ), divulga seus resultados referentes ao segundo trimestre de 2016 (2T16). As informações financeiras e operacionais a seguir são apresentadas em IFRS e comparadas ao trimestre do ano de 2015 (2T15) conforme indicado. Destaques do 2º trimestre de 2016 Conexão de 25 indústrias, 370 comércios e 28 mil residências no trimestre, totalizando mais de 114 mil novos clientes conectados nos últimos 12 meses; O volume residencial apresentou crescimento de 6%, refletindo a adição de 113 mil novos clientes nos últimos 12 meses e o fim da crise hídrica; O cenário macroeconômico continua impactando de forma significativa o volume industrial, que apresentou queda de 7,5% em relação ao 2T15; EBITDA normalizado de R$ 334 mm, 13% abaixo do 2T15, impactado pelo volume, maior nível de despesas, e principalmente pelo ajuste na conta corrente regulatória em decorrência da redução das tarifas; Lucro normalizado de R$ 122 mm no trimestre, 25% abaixo do 2T15; Forte movimentação da conta corrente regulatória que encerrou o trimestre com saldo negativo de R$ 391 mm. 2T16 2T15 2T16 X 2T15 1S16 1S15 1S16 X 1S15 1.634.222 1.519.544 7,5% Total de Clientes 1.634.222 1.519.544 7,5% 1.050.782 1.359.251 -22,7% Volume Total 2.109.437 2.661.640 -20,7% 1.032.252 1.103.980 -6,5% Volume sem Termogeração 2.006.507 2.181.049 -8,0% 1.493.959 1.671.010 -10,6% Receita Líquida 2.954.035 3.205.075 -7,8% 641.272 473.490 35,4% EBITDA 1.161.748 729.133 59,3% 42,9% 28,3% 14,6 p.p. Margem EBITDA (%) 39,3% 22,7% 16,6 p.p. 330.432 215.478 53,3% Lucro Líquido 551.404 265.986 107,3% 334.321 384.458 -13,0% EBITDA Normalizado 657.569 683.546 -3,8% 22,4% 23,0% -0,6 p.p. Margem EBITDA Normalizado 22,3% 21,3% 1,0 p.p. 122.537 162.757 -24,7% Lucro Líquido Normalizado 215.845 247.128 -12,7% 109.321 122.454 -10,7% CAPEX 203.460 246.020 -17,3% 1.748.893 1.569.492 11,4% Dívida Líquida 1.748.893 1.569.492 11,4% 0,89 1,12 -20,4% Dívida Líquida/EBITDA 0,89 1,12 -20,4% Sumário das Informações Financeiras Relações com Investidores Nelson Gomes Diretor Presidente e de Relações com Investidores Rafael Bergman Diretor Financeiro André Salgueiro Gerente de Tesouraria e Relações com Investidores Telefone: +55 11 4504-5065 E-mail: [email protected] Teleconferência em Português Data: 10/08/2016 Horário: 11:00 (BRT) Tel: +55 11 3193-1001 Tel: +55 11 2820-4001 Código: Comgas A teleconferência terá uma apresentação disponível para download no website: ri.comgas.com.br

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Relatório de Resultados 2T16

São Paulo, 09 de agosto de 2016, a Companhia de Gás de São Paulo - Comgás (Bovespa: CGAS3 e CGAS5, Reuters:

CGAS3.SA e CGAS5.SA e Bloomberg: CGAS3:BZ e CGAS5:BZ), divulga seus resultados referentes ao segundo trimestre de

2016 (2T16). As informações financeiras e operacionais a seguir são apresentadas em IFRS e comparadas ao trimestre do

ano de 2015 (2T15) conforme indicado.

Destaques do 2º trimestre de 2016

Conexão de 25 indústrias, 370 comércios e 28 mil residências no trimestre,

totalizando mais de 114 mil novos clientes conectados nos últimos 12 meses;

O volume residencial apresentou crescimento de 6%, refletindo a adição de

113 mil novos clientes nos últimos 12 meses e o fim da crise hídrica;

O cenário macroeconômico continua impactando de forma significativa o

volume industrial, que apresentou queda de 7,5% em relação ao 2T15;

EBITDA normalizado de R$ 334 mm, 13% abaixo do 2T15, impactado pelo

volume, maior nível de despesas, e principalmente pelo ajuste na conta

corrente regulatória em decorrência da redução das tarifas;

Lucro normalizado de R$ 122 mm no trimestre, 25% abaixo do 2T15;

Forte movimentação da conta corrente regulatória que encerrou o trimestre

com saldo negativo de R$ 391 mm.

2T16 2T15 2T16 X 2T15 1S16 1S15 1S16 X 1S15

1.634.222 1.519.544 7,5% Total de Clientes 1.634.222 1.519.544 7,5%

1.050.782 1.359.251 -22,7% Volume Total 2.109.437 2.661.640 -20,7%

1.032.252 1.103.980 -6,5% Volume sem Termogeração 2.006.507 2.181.049 -8,0%

1.493.959 1.671.010 -10,6% Receita Líquida 2.954.035 3.205.075 -7,8%

641.272 473.490 35,4% EBITDA 1.161.748 729.133 59,3%

42,9% 28,3% 14,6 p.p. Margem EBITDA (%) 39,3% 22,7% 16,6 p.p.

330.432 215.478 53,3% Lucro Líquido 551.404 265.986 107,3%

334.321 384.458 -13,0% EBITDA Normalizado 657.569 683.546 -3,8%

22,4% 23,0% -0,6 p.p. Margem EBITDA Normalizado 22,3% 21,3% 1,0 p.p.

122.537 162.757 -24,7% Lucro Líquido Normalizado 215.845 247.128 -12,7%

109.321 122.454 -10,7% CAPEX 203.460 246.020 -17,3%

1.748.893 1.569.492 11,4% Dívida Líquida 1.748.893 1.569.492 11,4%

0,89 1,12 -20,4% Dívida Líquida/EBITDA 0,89 1,12 -20,4%

Sumário das Informações Financeiras

Relações com Investidores

Nelson Gomes

Diretor Presidente e de Relações

com Investidores

Rafael Bergman

Diretor Financeiro

André Salgueiro

Gerente de Tesouraria e Relações

com Investidores

Telefone:

+55 11 4504-5065

E-mail:

[email protected]

Teleconferência em Português

Data: 10/08/2016

Horário: 11:00 (BRT)

Tel: +55 11 3193-1001

Tel: +55 11 2820-4001

Código: Comgas

A teleconferência terá uma

apresentação disponível para

download no website:

ri.comgas.com.br

Resultados 2T16

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Sumário Executivo

Os volumes de vendas de gás nos segmentos residencial e comercial fecharam o trimestre com crescimento de

6,0% e 2,6% respectivamente na comparação com o 2T15. O fim da crise hídrica somado à conexão de 113 mil novos

clientes nos últimos 12 meses, suportaram o crescimento do volume residencial, que só não foi maior devido à

temperatura média do trimestre. O mercado comercial continua com um forte ritmo de adição de novos clientes, com

1.186 clientes conectados nos últimos 12 meses, apresentando crescimento do volume apesar do cenário econômico

desafiador.

O segmento industrial segue impactado pela desaceleração econômica. A queda do volume foi de 7,5% em relação ao

2T15, reflexo do cenário macroeconômico do país. No segmento de cogeração, o consumo das plantas industriais vem

sendo impactado pela maior competitividade da energia elétrica. O volume do GNV continua perdendo força por conta da

renovação da frota ocorrida nos últimos anos.

A receita líquida da Comgás atingiu R$ 1,5 bilhão no período, 10,6% menor na comparação com o 2T15, impactada

principalmente pelo menor volume e pela redução nas tarifas em função do menor custo do gás. Por outro lado, o mix de

vendas foi melhor, refletindo o crescimento nas vendas dos segmentos residencial e comercial.

Os custos de gás e transporte caíram 33,1%, refletindo a queda do volume e a redução do custo unitário médio do

gás. O custo do gás comprado nesse trimestre apresentou redução em relação ao 2T15, principalmente em função da

queda do preço do barril de petróleo.

As despesas operacionais totalizaram R$ 123 milhões no 2T16, apresentando um crescimento de 15,6% em relação

ao mesmo período de 2015. Esta variação justifica-se pelo ajuste das despesas pela inflação e pela concentração de

alguns gastos no trimestre. No acumulado do ano as despesas cresceram apenas 1,7% em relação a 2015, evidenciando os

esforços no controle das despesas.

O EBITDA normalizado foi de R$ 334,3 milhões no 2T16, 13,0% menor em relação ao 2T15, impactado negativamente

pelo menor volume, pelo maior nível das despesas, bem como pelo ajuste na conta corrente regulatório em decorrência da

redução das tarifas. O EBITDA IFRS apresentou crescimento de 35,4%, totalizando R$ 641,2 milhões no trimestre,

refletindo uma forte redução no custo do gás.

Os investimentos totalizaram R$ 109,3 milhões no 2T16. O total investido foi 10,6% inferior na comparação com o

mesmo período do ano anterior, devido à postergação de alguns projetos para o segundo semestre e à revisão da

estratégia de atuação em algumas frentes de expansão.

Resultados 2T16

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Mercados

Volumes

Residencial: A variação de volume é explicada pela adição de 113 mil novos clientes nos últimos 12 meses e pela

retomada do volume médio consumido no primeiro semestre de 2016, como consequência da elevação nos níveis dos

reservatórios de água e arrefecimento da crise hídrica. O crescimento só não foi maior devido à temperatura média do

trimestre, que ficou 4,2% acima do 2T15.

Comercial: Apesar do cenário econômico desafiador houve crescimento do volume, explicado principalmente pela adição

de 1.186 clientes nos últimos 12 meses.

Industrial: A queda do volume é reflexo da retração do PIB e da produção industrial na área de concessão. As maiores

quedas foram registradas nos seguintes setores: i) Cerâmico, devido ao desligamento de fornos causados pelos altos

estoques e queda do mercado interno da construção civil; ii) Siderúrgico, impactado pela redução da produção de aço que

atende aos mercados de construção civil, linha branca e automotivo e iii) Automotivo/Pneumático, que enfrenta desafios

em virtude da queda nas vendas de veículos novos.

Cogeração: A queda do volume é explicada principalmente pelas cogerações industriais que foram impactadas pela maior

competitividade da energia elétrica no mercado spot (preço da PLD).

Automotivo (GNV): Apesar da maior competitividade do gás frente aos outros combustíveis líquidos (gasolina e etanol), e

das iniciativas para promover a utilização do GNV, observamos uma queda de 4,7% no volume desse trimestre, explicada

principalmente pela renovação da frota ocorrida nos últimos anos.

Termogeração: Menor despacho termoelétrico definido pelo ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico).

2T16 2T15 2T16 X 2T15 1S16 1S15 1S16 X 1S15

60.764 57.307 6,0% Residencial 107.850 95.615 12,8%

33.366 32.536 2,6% Comercial 64.248 61.209 5,0%

820.175 886.375 -7,5% Industrial 1.609.849 1.778.708 -9,5%

69.543 76.947 -9,6% Cogeração 130.916 147.538 -11,3%

48.404 50.815 -4,7% Automotivo 93.644 97.979 -4,4%

1.032.252 1.103.980 -6,5% Tot al sem Termo 2.006.507 2.181.049 -8,0%

11,3 12,1 -6,5% mm³/dia 11,0 12,0 -8,5%

18.530 255.271 -92,7% Termogeração 102.930 480.591 -78,6%

1.050.782 1.359.251 -22,7% Tot al 2.109.437 2.661.640 -20,7%

Resultados 2T16

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Desempenho Financeiro

Receita Líquida

A receita líquida atingiu R$ 1.494 milhões no período, 10,6% inferior ao 2T15, impactada principalmente pela queda

de 22,7% no volume total de vendas no comparativo trimestral e pela redução nas tarifas por conta da redução do custo

do gás, conforme portaria nº 648 da ARSESP valida a partir de 31 de maio de 2016.

Custo de Bens e Serviços

O custo total de bens e serviços vendidos, que é composto principalmente pelo custo do gás (commodity),

transporte e custo da construção (ICPC 01), totalizou R$ 729.432 mil no 2T16, apresentando uma redução de 33,1%

em comparação ao 2T15.

Os custos de gás e transporte, excluído o custo de construção e outros, totalizaram R$ 638.248 mil no trimestre,

uma queda de 34,9% em comparação ao ano anterior. Essa variação é explicada pelo menor custo unitário do gás em

conjunto com o menor volume distribuído no trimestre. O custo do gás apresentou forte redução na comparação ao 2T15,

uma vez que o preço do petróleo, referência dos contratos de fornecimento de gás, caiu significativamente na comparação

entre os períodos.

Cabe lembrar que as diferenças entre o custo real incorrido e o custo de gás incluído na tarifa e cobrado dos clientes

(conforme estrutura tarifária definida pela ARSESP) são acumuladas na Conta Corrente Regulatória e repassadas/cobradas

conforme determinação do Regulador nos reajustes periódicos ou nas revisões tarifárias. Esse saldo é corrigido

mensalmente pela taxa SELIC.

Ao longo do trimestre a Companhia acumulou um valor significativo de passivo regulatório e essa movimentação

gerou um impacto positivo no lucro bruto em IFRS de R$ 306.952 mil. Ao final do trimestre, o saldo passivo da conta

corrente regulatória totalizava R$ 391.225 mil. De acordo com as normas contábeis, esse saldo não é contabilizado nos

livros da Companhia, sendo divulgado através da Nota Explicativa 21.

A queda na linha de Construção – ICPC 01 está relacionada ao menor nível de investimento observado durante o primeiro

semestre de 2016 e consequente postergação de alguns projetos.

Despesas e Receitas Operacionais

As despesas com vendas, gerais e administrativas, excluindo a amortização, totalizaram R$ 123,2 milhões no 2T16,

apresentando um crescimento de 15,6% em relação ao 2T15. Esta variação justifica-se principalmente em função do

ajuste das despesas operacionais pela inflação e pela concentração de alguns gastos no trimestre. No acumulado do ano

as despesas cresceram apenas 1,7% em relação a 2015, evidenciando os esforços no controle das despesas.

2T16 2T15 2T16 X 2T15 1S16 1S15 1S16 X 1S15

1.750.928 1.934.721 -9,5% Vendas de Gás 3.487.399 3.719.399 -6,2%

88.095 103.343 -14,8% Receita de Construção 154.287 193.724 -20,4%

18.577 9.694 91,6% Outras Receitas 28.650 17.992 59,2%

1.857.600 2.047.758 -9,3% Receit a Brut a 3.670.336 3.931.115 -6,6%

-363.641 -376.748 -3,5% Impostos e Contribuição sobre Vendas -716.301 -726.040 -1,3%

1.493.959 1.671.010 -10,6% Receit a Líquida 2.954.035 3.205.075 -7,8%

2T16 2T15 2T16 X 2T15 1S16 1S15 1S16 X 1S15

-638.248 -980.388 -34,9% Custo do Gás -1.395.203 -2.041.975 -31,7%

-88.095 -103.343 -14,8% Construção - ICPC 01 -154.287 -193.724 -20,4%

-3.089 -7.187 -57,0% Outros Custos -8.525 -9.896 -13,9%

-729.432 -1.090.918 -33,1% Cust o dos Bens e/ou Serviços -1.558.015 -2.245.595 -30,6%

Resultados 2T16

5

EBITDA

O EBITDA normalizado pela conta corrente regulatória totalizou R$ 334,3 milhões no 2T16, uma queda de 13,0% em

relação ao 2T15, impactado negativamente pelo menor volume de vendas, pelo maior nível das despesas no período, bem

como pelo ajuste na conta corrente regulatória em decorrência da redução das tarifas, que gerou um impacto (não caixa)

de R$ 60 milhões no trimestre. Os reajustes das tarifas aplicados a partir de 31 de maio refletem principalmente a redução

do custo do gás e o repasse inflacionário nas margens de distribuição. O EBITDA IFRS apresentou crescimento de 35,4%,

totalizando R$ 641,2 milhões no trimestre, impactado principalmente pela redução do custo do gás, refletido na

recuperação da conta corrente regulatória.

Resultado Financeiro

As receitas e despesas financeiras líquidas atingiram o montante de R$ -45,9 milhões no 2T16, apresentando uma

redução de 21,2% em relação ao 2T15 (R$ -58,2 milhões). Apesar das maiores taxas de juros apresentadas em 2016 o

resultado financeiro foi melhor do que no 2T15, principalmente pelo reconhecimento de juros sobre créditos de imposto

de renda e contribuição social decorrente da revisão das apurações das depreciações dos exercícios 2011 e 2012.

Lucro Líquido

O lucro líquido normalizado pela conta corrente regulatório foi de R$ 122,5 milhões no 2T16 (R$ 330,4 milhões em IFRS),

resultado 24,7% abaixo quando comparado ao 2T15, reflexo de todos impactos descritos acima.

2T16 2T15 2T16 X 2T15 1S16 1S15 1S16 X 1S15

-37.623 -30.573 23,1% Despesas com Vendas -72.712 -65.564 10,9%

-84.993 -74.651 13,9% Despesas Gerais e Administrativas -158.904 -162.124 -2,0%

-639 -1.378 -53,6% Outras Desp./Rec. Operacionais -2.656 -2.659 -0,1%

-123.255 -106.602 15,6% Despesas com Vendas, Gerais e Administ rat ivas -234.272 -230.347 1,7%

-91.418 -89.222 2,5% Depreciações e Amortizações -179.848 -178.194 0,9%

-214.673 -195.824 9,6% Despesas/Receit as Operacionais -414.120 -408.541 1,4%

2T16 2T15 2T16 X 2T15 1S16 1S15 1S16 X 1S15

1.493.959 1.671.010 -10,6% Receita Líquida de Vendas e/ou Serviços 2.954.035 3.205.075 -7,8%

-729.432 -1.090.918 -33,1% Custo dos Bens e/ou Serviços Vendidos -1.558.015 -2.245.595 -30,6%

764.527 580.092 31,8% Lucro Bruto 1.396.020 959.480 45,5%

-123.255 -106.602 15,6% Despesa com Vendas, Gerais e Administrativas -234.272 -230.347 1,7%

641.272 473.490 35,4% EBITDA 1.161.748 729.133 59,3%

42,9% 28,3% 14,6 p.p. Margem EBITDA 39,3% 22,7% 16,6 p.p.

334.321 384.458 -13,0% EBITDA Normalizado 657.569 683.546 -3,8%

22,4% 23,0% -0,6 p.p. Margem EBITDA Normalizado 22,3% 21,3% 0,9 p.p.

Resultados 2T16

6

Investimentos

No 2T16 investimos R$ 109,3 milhões, uma redução de 10,6% quando comparado aos R$ 122,4 milhões investidos

no mesmo período de 2015. Essa variação pode ser explicada pela postergação de parte dos investimentos para o

segundo semestre, além da revisão da estratégia de atuação em algumas frentes da expansão. Do total dos investimentos

realizados durante o trimestre, aproximadamente 79% foi destinado à expansão da rede de distribuição de gás. Dentre os

projetos realizados destacam-se: Alto Tietê – Suzano, Jundiaí, Campinas e Guarulhos.

Reconciliação do fluxo de caixa

Endividamento

Nosso endividamento líquido apresentou um crescimento de 46,9% em comparação a dezembro de 2015, justificado

principalmente pelo pagamento de R$ 1,2 bilhão em dividendos em fevereiro de 2016. Do total dos financiamentos,

82% têm vencimento no longo prazo. As dívidas em moeda nacional, incluindo debêntures, totalizaram R$ 2.476 milhões,

representando 79% do total do endividamento. Para a parcela da dívida em moeda estrangeira, a Companhia tem por

política efetuar hedge de 100% da exposição cambial. O índice de endividamento líquido pelo EBITDA passou de 0,78 em

dezembro de 2015 para 0,89 em junho de 2016.

Demonst ração do Fluxo de Caixa

R$ MM

EBITDA 641,3

Efeitos não caixa no EBITDA 14,3

Variação de Ativos e Passivos -36,0

Resultado financeiro operacional 36,9

Fluxo de Caixa Operacional 656,5

CAPEX -109,3

Fluxo de Caixa de Invest iment o -109,3

Captação de dívida -

Amortização de principal -133,4

Amortização de juros -33,6

Derivativos 11,5

Outros -1,1

Fluxo de Caixa de Financiament o -156,6

Caixa livre para os acionist as (FCFE) 390,6

Dividendos Pagos 0,0

Caixa líquido gerado (consumido) no período 390,6

2T16

Jun 16 Dez 15 Jun 16 X Dez 15

2.256.547 2.624.877 Empréstimos e financiamentos -14,0%

1.294.234 1.198.190 Debentures 8,0%

-411.158 -665.032 Derivativos -38,2%

3.139.623 3.158.035 Dívida Bruta -0,6%

1.390.730 1.967.642 (-) Caixa e equivalentes de caixa -29,3%

1.748.893 1.190.393 Dívida líquida 46,9%

1.962.533 1.529.918 EBITDA (últimos 12 meses) 28,3%

0,89 0,78 Dívida Líquida/EBITDA 14,5%

1,58 0,78 Dívida Líquida Nomalizada / EBITDA Normalizado 103,2%

0,18 0,17 Endividamento de Curto Prazo/Endividamento Total 3,8%

Resultados 2T16

7

O cronograma de vencimento da dívida, incluindo debêntures e derivativos, é apresentado da seguinte forma:

Debêntures

Projeções

Essa seção contém as projeções por faixa de variação de alguns parâmetros operacionais e financeiros da Comgás para o

exercício social de 2016 bem como o comparativo com os números realizados de 2015. Além disso, as demais partes

deste Release também podem conter projeções. Tais projeções e guidance são apenas estimativas e indicativas, não sendo

garantia de quaisquer resultados futuros.

Aviso Legal

Este documento contém declarações e informações prospectivas. Tais declarações e informações prospectivas são, unicamente, previsões

e não garantias do desempenho futuro. Advertimos a todos os stakeholders que as referidas declarações e informações prospectivas

estão e estarão, conforme o caso, sujeitas a riscos, incertezas e fatores relativos às operações e aos ambientes de negócios da Comgás,

em virtude dos quais os resultados reais podem diferir de maneira relevante de resultados futuros expressos ou implícitos nas

declarações e informações prospectivas.

Emissão Série Quant idade Circulant e Não Circulant e Remuneração

3ª 1º 128.197 5.424 128.197 CDI + 0,9%

3ª 2º 269.338 17.204 331.102 IPCA+ 5,1%

3ª 3º 142.465 9.867 173.866 IPCA+ 5,6%

4ª 1º 269.620 10.173 282.974 IPCA+ 7,1%

4ª 2º 242.374 9.571 254.378 IPCA+ 7,5%

4ª 3º 79.900 3.102 83.811 IPCA+ 7,4%

30/06/2016

Debênt ures

2015

Realizado Mín Máx

Total de clientes (mil) 1.574 1.650 1.700

Volume ex-termo (mil m³) 4.287 4.000 4.300

EBITDA Normalizado (R$mm) 1.378 1.350 1.450

EBITDA IFRS (R$mm) 1.530 1.400 1.600

CAPEX (R$mm) 521 470 520

Projeções 2016

Resultados 2T16

8

Demonstração dos Resultados

2T16 2T15 2T16 x 2T15 R$ Mil 1S16 1S15 1S16 x 1S15

1.857.600 2.047.758 -9,3% Receit a Brut a de Vendas e/ou Serviços 3.670.336 3.931.115 -6,6%

-363.641 -376.748 -3,5% Deduções da Receita Bruta -716.301 -726.040 -1,3%

1.493.959 1.671.010 -10,6% Receit a Líquida de Vendas 2.954.035 3.205.075 -7,8%

1.388.603 1.557.973 -10,9% Vendas de Gás 2.773.865 2.995.849 -7,4%

88.095 103.343 -14,8% Receita de Construção - ICPC 01 154.287 193.724 -20,4%

17.261 9.694 78,1% Outras Receitas 25.883 15.502 67,0%

-729.432 -1.090.918 -33,1% Cust o de Bens e/ou Serviços Vendidos -1.558.015 -2.245.595 -30,6%

-470.566 -825.955 -43,0% Gás Natural -1.060.638 -1.750.382 -39,4%

-170.771 -161.620 5,7% Transporte e Outros Serviços de Gás -343.090 -301.489 13,8%

-88.095 -103.343 -14,8% Construção - ICPC 01 -154.287 -193.724 -20,4%

764.527 580.092 31,8% Result ado Brut o 1.396.020 959.480 45,5%

-214.673 -195.824 9,6% Despesas/Receit as Operacionais -414.120 -408.541 1,4%

-37.623 -30.573 23,1% Despesas com Vendas -72.712 -65.564 10,9%

-176.411 -163.873 7,7% Despesas Gerais e Administrativas -338.752 -340.318 -0,5%

2.083 24 8579,2% Outras Receitas Operacionais 2.469 583 323,5%

-2.722 -1.402 94,2% Outras Despesas Operacionais -5.125 -3.242 58,1%

549.854 384.268 43,1% Result ado ant es Financeiras e Tribut os 981.900 550.939 78,2%

-45.932 -58.293 -21,2% Result ado Financeiro -142.008 -132.252 7,4%

91.410 42.899 113,1% Receitas Financeiras 146.952 79.669 84,5%

-137.342 -101.192 35,7% Despesas Financeiras -288.960 -211.921 36,4%

503.922 325.975 54,6% Result ado Ant es dos Tribut os 839.892 418.687 100,6%

-173.490 -110.497 57,0% Imposto de Renda e Contribuição Social -288.488 -152.701 88,9%

330.432 215.478 53,3% Lucro/Prejuízo do Período 551.404 265.986 107,3%

Lucro Líquido por Ação (R$)

2,54 1,66 53,3% Ordinárias 4,24 2,05 107,3%

2,79 1,82 53,3% Preferenciais 4,66 2,25 107,3%

Resultados 2T16

9

Demonstração do Fluxo de Caixa

2T16 2T15 2T16 x 2T15 R$ Mil 1S16 1S15 1S16 x 1S15

503.922 325.975 54,6% Lucro ant es do IR/CS 839.892 418.687 100,6%

91.557 89.361 2,5% Amortizações 180.126 178.472 0,9%

640 2.693 -76,2% Baixa do Permanente - Líquidas 1.004 3.634 -72,4%

77.747 91.534 -15,1% Juros Var. Monet. s/ Emprést. e Debêntures 209.601 191.759 9,3%

998 -57 -1850,9% Provisão para Contingências 1.563 741 110,9%

5.086 4.192 21,3% Benefício Pós Emprego CVM 600 10.224 9.437 8,3%

3.436 2.921 17,6% Provisão para Devedores Duvidosos 8.846 8.176 8,2%

951 143 565,0% Outros 2.600 -78 -3433,3%

684.337 516.762 32,4% Caixa Gerado nas Operações 1.253.856 810.828 54,6%

-29.973 20.989 -242,8% Variações nos At ivos e Passivos -139.350 258.526 -153,9%

-69.767 -61.489 13,5% Contas a Receber -11.288 -25.375 -55,5%

-6.431 -4.999 28,6% Estoques -6.344 -5.652 12,2%

-5.944 72.531 -108,2% Fornecedores -167.991 306.909 -154,7%

44.312 10.966 304,1% Impostos, Taxas e Contribuições 69.090 7.808 784,9%

10.663 4.512 136,3% Provisão de Férias, Particip. Lucros e Res. -20.011 -13.538 47,8%

-2.806 -532 427,4% Outros -2.806 -11.626 0,0%

-31.467 -50.395 -37,6% Out ros -117.426 -119.882 -2,0%

-13.514 -17.613 -23,3% IRPJ e CSLL Pagos -42.267 -43.903 -3,7%

-33.613 -32.782 2,5% Juros pagos s/ empréstimos financiamentos -75.159 -75.979 -1,1%

622.897 487.356 27,8% Caixa Líquido Provenient e das Operações 997.080 949.472 5,0%

-109.321 -122.454 -10,7% Caixa Líquido - At ividades de Invest iment o -203.460 -246.020 -17,3%

-109.321 -122.454 -10,7% Adições ao Permanente -203.460 -246.020 -17,3%

-123.006 -386.592 -68,2% Caixa Líquido - At ividades de Financiament o -1.370.533 -370.612 269,8%

17.687 0 0,0% Captação de Empréstimos e Financiamentos 83.734 299.303 -72,0%

-140.694 -58.948 138,7% Amortização de Principal Emprést. e Financ. -251.452 -342.271 -26,5%

1 -327.644 -100,0% Pagamento de Dividendos -1.202.815 -327.644 267,1%

390.570 -21.690 -1900,7% Aument o de Caixa e Equivalent es -576.913 332.840 -273,3%

1.000.160 1.328.237 -24,7% Saldo Inicial de Caixa e Equivalent es 1.967.643 973.707 102,1%

1.390.730 1.306.547 6,4% Saldo Final de Caixa e Equivalent es 1.390.730 1.306.547 6,4%

Resultados 2T16

10

Balanço Patrimonial

R$ Mil Junho 2016 Dezembro 2015 Jun16 X Dez15

ATIVO TOTAL 7.862.406 8.868.031 -11,3%

At ivo Circulant e 2.170.670 2.789.980 -22,2%

Caixa e Equivalentes de Caixa 1.390.730 1.967.643 -29,3%

Contas a Receber - Clientes 540.568 513.981 5,2%

Estoques 139.039 134.347 3,5%

Tributos a Recuperar 71.370 117.064 -39,0%

Instrumentos Financeiros Derivativos 946 26.954 -96,5%

Recebíveis de Partes Relacionadas 1.201 1.240 -3,1%

Outros Ativos Circulantes 26.816 28.751 -6,7%

At ivo Não Circulant e 5.691.736 6.078.051 -6,4%

Contas a Receber 33.217 37.036 -10,3%

Tributos Diferidos 424.608 593.443 -28,5%

ICMS a Recuperar 12.178 13.540 -10,1%

Depósitos Judiciais 45.221 43.495 4,0%

Instrumentos Financeiros Derivativos 410.212 638.078 -35,7%

Transporte Pago e não Utilizado (Ship or Pay) 203.881 204.725 -0,4%

Outros 1.060 1.343 -21,1%

Intangível 4.561.359 4.546.391 0,3%

PASSIVO TOTAL 7.862.406 8.868.031 -11,3%

Passivo Circulant e 1.941.490 2.047.974 -5,2%

Pagáveis e partes relacionadas 5.131 3.095 65,8%

Salários e Encargos Sociais 45.511 60.523 -24,8%

Fornecedores 1.165.077 1.302.397 -10,5%

Impostos e Contribuições a Recolher 145.540 96.279 51,2%

Empréstimos, Financiamentos e Debêntures 568.353 576.723 -1,5%

Adiantamento de Clientes e Outros 1.006 1.006 0,0%

Dividendos e JCP a Pagar 611 3.426 -82,2%

Outros Contas a Pagar 10.261 4.525 126,8%

Passivo Não Circulant e 3.388.110 3.638.655 -6,9%

Empréstimos, Financiamentos e Debêntures 2.982.428 3.246.344 -8,1%

Adiantamento de Clientes e Outros 20.576 21.815 -5,7%

Obrigações com benefícios de aposentadoria 305.922 295.698 3,5%

Provisões para Contingências 79.184 74.798 5,9%

Pat rimônio Líquido 2.532.806 3.181.402 -20,4%

Capital Social Realizado 1.312.376 1.143.548 14,8%

Reservas de Capital 395.133 563.961 -29,9%

Reservas de Reavaliação 6.204 6.363 -2,5%

Reservas de Lucro 325.389 1.525.230 -78,7%

Lucros Acumulados 551.404 0 0,0%

Ajustes de Avaliação Patrimonial -57.700 -57.700 0,0%

Resultados 2T16

11

Próximos Eventos

Teleconferência dos Resultados do 2T16.

10 de agosto de 2016 às 11h00min (BRT)

Telefone: +55 (11) 3193-1001

+55 (11) 2820-4001

Senha de acesso: Comgas

Palestrante: Nelson Gomes – Diretor Presidente e de Relação com Investidor

Rafael Bergman – Diretor Financeiro

Webcast:

Após a data da Teleconferência, o Áudio estará disponível na Central de Resultados do site de Relações com Investidores

da Comgás.

Para download da apresentação, favor acessar ri.comgas.com.br

Resultados 2T16

12

Anexo I

Mercados

2T16 2T15 Comercial 2T16 X 2T15

15.466 14.280 Medidores 8,3%

33.366 32.536 Volume (mm m³) 2,6%

75.903 71.791 Receita Líquida 5,7%

-20.466 -25.434 Custo -19,5%

-10.278 -2.832 Conta Corrente 262,9%

45.159 43.525 Margem Normalizada 3,8%

1,35 1,34 R$/m³ Normalizado 1,2%

2T16 2T15 Residencial 2T16 X 2T15

1.110.262 1.053.461 Medidores 5,4%

1.617.327 1.503.882 Número de UDA's* 7,5%

60.764 57.307 Volume (mm m³) 6,0%

197.848 181.339 Receita Líquida 9,1%

-36.817 -44.869 Custo -17,9%

-18.041 -4.650 Conta Corrente 288,0%

142.990 131.820 Margem Normalizada 8,5%

2,35 2,30 R$/m³ Normalizado 2,3%

*UDA's (Unidade Domiciliar Autônoma)

2T16 2T15 Industrial 2T16 X 2T15

1.130 1.062 Medidores 6,4%

820.175 886.375 Volume (mm m³) -7,5%

996.765 1.049.105 Receita Líquida -5,0%

-505.131 -695.056 Custo -27,3%

-256.077 -74.088 Conta Corrente 245,6%

235.557 279.961 Margem Normalizada -15,9%

0,29 0,32 R$/m³ Normalizado -9,1%

2T16 2T15 Cogeração 2T16 X 2T15

26 26 Medidores 0,0%

69.543 76.947 Volume (mm m³) -9,6%

57.386 72.128 Receita Líquida -20,4%

-37.029 -50.423 Custo -26,6%

-8.281 -7.146 Conta Corrente 15,9%

12.076 14.559 Margem Normalizada -17,1%

0,17 0,19 R$/m³ Normalizado -8,2%

2T16 2T15 Automot ivo 2T16 X 2T15

271 292 Medidores -7,2%

48.404 50.815 Volume (mm m³) -4,7%

50.827 50.013 Receita Líquida 1,6%

-29.751 -39.718 Custo -25,1%

-9.988 -1.481 Conta Corrente 574,4%

11.088 8.814 Margem Normalizada 25,8%

0,23 0,17 R$/m³ Normalizado 32,1%

2T16 2T15 Termogeração 2T16 X 2T15

2 2 Medidores 0,0%

18.530 255.271 Volume (mm m³) -92,7%

9.873 135.036 Receita Líquida -92,7%

-9.054 -124.888 Custo -92,8%

- 0 Conta Corrente 0,0%

819 10.148 Margem Normalizada -91,9%

0,04 0,04 R$/m³ Normalizado 11,2%

Resultados 2T16

13

Anexo II

Tarifas e Reajustes

Como prestadora de serviços públicos, as atividades da Comgás são reguladas pela ARSESP - Agência Reguladora de

Saneamento e Energia do Estado de São Paulo, órgão do governo do Estado de São Paulo.

O serviço de distribuição de gás natural canalizado explorado pela companhia está regulamentado pelo contrato de

concessão, o qual prevê ciclos tarifários de cinco anos, e as condições para o cálculo e aplicação das tarifas durante esses

ciclos. A finalidade é fixar uma margem justa para a Concessionária e aos Usuários. É da margem que saem os recursos

para os custos de operação da empresa, investimentos e remuneração dos acionistas.

Em 31 de maio de 2009 ocorreu a segunda revisão tarifária, a qual fixou a Margem Máxima da Companhia (P0)(6)

em R$

0,3052/m³ e um fator de eficiência (Fator X) de 0,82%.

A tarifa paga pelo consumidor é formada pelo custo do gás e transporte do produto adicionado à margem da companhia e

impostos.

A tarifa decorrente da revisão quinquenal é reajustada anualmente na data de aniversário da assinatura do contrato de

concessão (31 de maio). Este reajuste é feito pela ARSESP e consiste na atualização das margens de distribuição pelo IGPM

e do custo do gás e seu transporte, considerando as variações reais acumuladas dos preços de aquisição pela Comgás.

Eventualmente, em razão de grandes variações de custo, o órgão regulador pode entender a necessidade de ajustes fora

das datas ordinárias previstas.

Adiamento da Revisão Tarifária 2014 - 2019

A ARSESP, através da Deliberação nº 494, decidiu adiar o processo de revisão tarifária da Comgás, previsto para ocorrer

até maio de 2014 para 30/01/2015. Segundo a deliberação somente em fevereiro de 2014, foi possível concluir o

processo de contratação de consultoria especializada para assessorar a ARSESP no referido processo de revisão tarifária e

iniciar em março de 2014 os seus trabalhos. Em consequência, até a data prevista para conclusão do processo de revisão

tarifária não houve tempo hábil para as definições metodológicas, análise de dados da Concessionária e a proposição das

margens máximas de comercialização para o novo ciclo tarifário 2014-2019, inclusive a realização das consultas e

audiências públicas de modo a permitir a necessária transparência e publicidade do processo.

No mesmo dia do anuncio do adiamento da revisão tarifária a ARSESP publicou a Deliberação nº 496 que dispõe sobre o

ajuste provisório das margens de distribuição da Comgás que vigorará entre maio de 2014 e o final do processo da

revisão tarifária, previsto para janeiro de 2015. Esse reajuste considerou uma inflação (IGP-M) de 5,27% no período e um

fator X de 0,55%, ambos proporcionais a 8/12 avos dos índices dos últimos 12 meses, uma vez que a revisão tarifária foi

postergada por oito meses, resultando em um ajuste líquido de 4,72%.

Considerando o ajuste das margens pela inflação menos o fator X, a atualização do custo do gás e o repasse da conta

corrente, a média do reajuste nas tarifas ocorrido em maio de 2014 foi de 2,6% no segmento residencial, 1,2% no

segmento comercial, -0,6% na indústria e 4,3% nos postos de GNV.

Nova portaria, de nº 533, foi publicada pela ARSESP em 10/12/2014 prorrogando o prazo da revisão tarifária para

31/05/2015. Por conta do novo prazo, a agencia decidiu complementar o reajuste inflacionário com os 4/12 que não

foram considerados no reajuste autorizado na portaria 496, as margens da Companhia tiveram um reajuste líquido de

2,33%.

Na mesma data a ARSESP publicou a portaria nº 534 atualizando o custo do gás e o repasse da conta corrente, esses dois

impactos, em conjunto com o ajuste da margem pela inflação descrita acima, resultaram nos seguintes ajustes nas tarifas

de venda de gás: aumento médio de 2,2% nos segmentos residencial e comercial, 2,0% no segmento industrial e 3,8% para

os postos de GNV.

Em 25/03/2015, foi publicado, no Diário Oficial do Estado de São Paulo, a Ata da 301ª Reunião de Diretoria da ARSESP,

realizada em 11/03/2015, comunicando que a Diretoria da ARSESP deliberou por unanimidade pela instauração de

procedimentos para: (i) a invalidação do artigo 2º da Deliberação nº 494, de 27/05/2014, que versou sobre o critério de

correção monetária aplicável às tarifas da Companhia no período compreendido entre maio e dezembro de 2014, para que

seja aplicado o critério contratual, que é o reajuste com base no IGP-M nos últimos 12 meses, conforme voto do relator, e

(ii) a invalidação da Deliberação nº 517/2014 e Nota Técnica 02/2014, que trataram da definição do WACC.

Resultados 2T16

14

Em 9/05/2015, a ARSESP publicou a portaria de nº 575 atualizando o custo do gás e o repasse da conta corrente, esses

dois impactos, em conjunto com o ajuste da nossa margem de distribuição pela inflação de 4,16%, resultaram nos

seguintes ajustes nas tarifas de venda de gás: aumento médio de 6,25% no segmento residencial, 7,7% no segmento

comercial, 9,6% no segmento industrial e 9,2% para os postos de GNV.

Em 23/05/2016, a ARSESP publicou a portaria de nº 648 atualizando o custo do gás e o repasse da conta corrente, esses

dois impactos, em conjunto com o ajuste da nossa margem de distribuição pela inflação de 9,81%, resultaram nos

seguintes ajustes nas tarifas de venda de gás: diminuição média de 3% no segmento residencial, 11% no segmento

comercial, 21% no segmento industrial e aumento de 2% para os postos de GNV.

A Companhia aguarda as informações da agência sobre as próximas etapas do processo de revisão tarifária.

Resultados 2T16

15

Anexo III

Contratos e Fornecimento de Gás

A Companhia tem contratos de suprimento de gás natural firmados entre Comgás e Petrobras nas seguintes condições:

Contrato com a Petrobras na modalidade firme, com vigência até julho de 2019 com quantidade diária contratada

atual de gás boliviano de 8,1 milhões de m³/dia;

Contrato com a Petrobras na modalidade firme, com vigência até dezembro de 2019. Quantidade diária

contratada de 5,22 milhões de m³/dia;

Dois contratos de gás (modalidade back-to-back) do Programa Prioritário de Termeletricidade (PPT), para

abastecimento de 3,06 milhões de m³/dia, sendo 2,76 MMm³/dia com a UTE-Fernando Gasparian com vigência até

dezembro de 2016 e 0,3 MMm3

/dia com a Corn Products com vigência em março de 2023.

Os preços dos contratos são compostos por duas parcelas: uma indexada a uma cesta de óleos combustíveis no mercado

internacional e reajustada trimestralmente; e outra reajustada anualmente com base na inflação local e/ou americana. O

custo do gás é praticado em R$/m³, sendo o gás boliviano calculado em US$/MMBTU.

A seguir um resumo dos contratos de fornecimento de Gás Natural:

Contrato TCQ (Gas Supply

Agreement (GSA)Firme

UTE - Fernando

Gasparian

Modalidade Firme Firme Back to Back

Origem do Gás Sistema Petrobras Sistema Petrobras Sistema Petrobras

Término do

Contratojul/19 dez/19 dez/16

Transporte: reajuste anual

de acordo com a inflação

americana: CPI

Parcela Fixa:

reajuste anual pelo IGP-M

Commodity: corrigido

trimestralmente pela

variação de

uma cesta de óleos (Brent) +

variação cambial mensal

Parcela Variável corrigida

trimestralmente pela

variação de

uma cesta de óleos (Brent)

+ variação cambial trimestral

2,76 MMm3/dia

PPI + IGPM e variação

cambial pelo dólar dos

Estados Unidos da

América

8,10 MMm³/dia 5,22 MMm3/dia

Commodity +

Transporte

Parcela Fixa +

Parcela Variável

Qde Contratada

Preço