Relevância Da Contabilidade Gerencial

8/17/2019 Relevância Da Contabilidade Gerencial

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SOCIEDADE DE EDUCAÇÃO DO VALE DO IPOJUCA - SESVALI

FACULDADE DO VALE DO IPOJUCA - FAVIP

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

Luciene Pereira da silva

RELEVÂNCIA DA CONTABILIDADE GERENCIAL NASMICRO E PEQUENAS EMPRESAS: Um estudo sobre a

percepção dos administradores quanto a sua importância eaplicabilidade nas empresas de comércio varejista de

confecções no município de Caruaru-PE.

Caruaru - PE2009


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Luciene Pereira da Silva

RELEVÂNCIA DA CONTABILIDADE GERENCIAL NASMICRO E PEQUENAS EMPRESAS: Um estudo sobre a

percepção dos administradores quanto a sua importância eaplicabilidade nas empresas de comércio varejista deconfecções no município de Caruaru-PE.

Monografia apresentada ao curso de

Bacharelado em Ciências Contábeis

da Faculdade do Vale do Ipojuca –

FAVIP, em cumprimento parcial às

exigências para obtenção do título de

Bacharel em Ciências Contábeis, sob

a orientação do Profº Jardson Edson

Guedes da Silva Almeida.

Caruaru - PE2009


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S586r Silva, Luciene Pereira.Relevância da contabilidade gerencial nas micro e pequenas

empresas: um estudo sobre a percepção dos administradores

quanto a sua importância e aplicabilidade nas empresas de

comércio varejista de confecções no município de Caruaru-PE /

Luciene Pereira Silva. – Caruaru: FAVIP, 2009.

56 f. : il.

Orientador(a) : Jardson Edson Guedes da Silva Almeida.Trabalho de Conclusão de Curso (Ciências Contábeis) --Faculdade do Vale do Ipojuca.

Inclui anexo e apêndice.

1. Contabilidade gerencial. 2. Microempresa. 3. Empresas de

pequeno porte. I. Título.CDU 657(09.2)

Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário: Jadinilson Afonso CRB-4/1367


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LUCIENE PEREIRA DA SILVA

RELEVÂNCIA DA CONTABILIDADE GERENCIAL NAS MICRO EPEQUENAS EMPRESAS: Um estudo sobre a percepção dosadministradores quanto a sua importância e aplicabilidade nas empresasde comércio varejista de confecções no município de Caruaru-PE.

Monografia apresentada ao curso de

Bacharelado em Ciências Contábeis

da Faculdade do Vale do Ipojuca –FAVIP, em cumprimento parcial às

exigências para obtenção do título de

Bacharel em Ciências Contábeis, sob

a orientação do Profº Jardson Edson

Guedes da Silva Almeida.

Aprovado em __________/__________/__________.

BANCA EXAMINADORA

______________________________________________________________Prof. Jardson Edson Guedes da Silva Almeida

_____________________________________________________________Prof. Solange de Barros Cruz

____________________________________________________________Prof. Maria Daniella de Oliveira


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Aos meus pais, João e Maria de Lourdes,minhas irmãs, Simone, Eliane e Sueli, pelocarinho, apoio compreensão que tiveramcomigo me ensinando diariamente que omais importante não é ser o melhor, mas

apenas ser um ser humano.


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AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar, agradeço a Deus por tudo que me foi possibilitado,apesar de minhas falhas e insuficiências, Ele me deu essa vitória.

Muitas pessoas contribuíram para o desenvolvimento da presente

pesquisa, a quem eu preciso agradecer.

Aos meus queridos pais, pelo incentivo durante a realização deste curso

e deste estudo e as minhas irmãs e sobrinhos, Iwry, Ialy e Ana Beatriz, por

tanto amor e carinho.

Agradeço também aos meus professores pelo profissionalismo e

dedicação, e por tantos conhecimentos que me transmitiram durante este

curso.

Em especial agradeço ao professor Jardson Guedes da Silva Almeida,

pelas sugestões e orientações, sempre oportunas, objetivas e precisas que

foram de grande ajuda para conclusão deste trabalho.

Aos amigos de sala que ficarão guardados para sempre em meu

coração, em especial a Izac Manoel dos Santos Júnior, Cleice Tenório Dias,

Viviane Alves pela amizade, companheirismo e tantos trabalhos feitos juntos e

uma amiga que mesmo distante nunca esquecerei Kelly Uchoa.

Agradeço a todos que de uma forma direta ou indireta contribuíram para

a conclusão deste trabalho o meu muito obrigado.


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“Tudo o que é feito com o propósitoconsciente e deliberado de enganar,fraudar ou prejudicar outrem, em proveitopróprio, constitui má fé, e não conta coma colaboração do contabilista”.

Contador José Maria Martins Mendes


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RESUMO

O principal objetivo deste trabalho científico foi identificar a percepção dosmicros e pequenos empresários do ramo de comércio varejista de confecçõesdo município de Caruaru – PE, quanto à relevância da contabilidade gerencialno processo decisório, e quais os benefícios obtidos com o uso destasferramentas para as tomadas de decisões e analisar o nível de conhecimentodas mesmas e sua aplicabilidade. Verificou-se que a maioria dos gestorespesquisados sente dificuldade, mas faz uso dos relatórios contábeis gerenciaispara planejar e controlar suas ações e reconhece a relevância da contabilidadegerencial como subsídio ao processo decisório. Percebeu-se também a falta deum acompanhamento de uma assessoria contábil mais presente por parte doscontadores causando assim uma deficiência na gestão das empresas. Ométodo utilizado foi o indutivo, quanto aos objetivos a pesquisa foi descritiva eexploratória, através de questionário e levantamento bibliográficos, campo esites de pesquisas. A presente pesquisa mostra que apesar das mudançasconstantes no cenário econômico e social e também do perfil dos gestores dosúltimos anos, ainda alguns gestores sentem dificuldade na administração egestão das empresas, para analisar os relatórios e nas as tomadas dedecisões.

PALAVRAS-CHAVE: Contabilidade Gerencial. Microempresa. Empresa de

pequeno porte.


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ABSTRACT

The main scientific objective of this study was to identify the perception of micro and smallentrepreneurs in the business of retail clothing at Caruaru - PE, the relevance of managementaccounting in decision making, and the benefits obtained with the use of these tools decision-making and analyzing the level of awareness of themselves and their applicability. It was foundthat the majority of managers surveyed have difficulties, but makes use of managementaccounting reports to plan and control their actions and recognize the relevance of managementaccounting as an aid to decision making. We also noticed the lack of monitoring of anaccounting advice over this part of the counters thereby causing a deficiency in themanagement of companies. The method used was inductive, as the objectives the researchwas descriptive and exploratory, using a questionnaire and literature surveys, field sites andresearch. This study shows that despite the constant changes the economic and social as wellas the profile managers in administration and business management analysis of reports anddecision making.

KEYWORDS: Management Accounting. Microenterprise. Small Business.


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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Quadro 01- Usuário da informação contábil e natureza da informação 19Quadro 02- Demonstrações Contábeis 21

Quadro 03- Estrutura do Balanço Patrimonial 22

Quadro 04- DRE 23

Quadro 05- Comparação entre contabilidade financeira e gerencial 26


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LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 01- Perfil do gestor/ administrador 40

GRÀFICO 02- Faixa etária dos gestores/ administradores 41

GRÁFICO 03- Grau de escolaridade dos gestores/ administradores 41

GRÁFICO 04- Função desempenhada na empresa 42

GRÁFICO 05- Tempo de atuação no comercio varejista de confecções 43

GRÁFICO 06- Números de funcionários 44

GRÁFICO 07- Utilização de planos de curto e longo prazo 44

GRÁFICO 08- Instrumentos de gestão 45GRÁFICO 09- Utilização de recursos gerenciais 46

GRÁFICO 10- Acompanhamento de caixa 47

GRÁFICO 11- Freqüência de recebimentos de relatórios contábeis 47

GRÁFICO 12- Conhecimento a cerca de capital de giro 48

GRÁFICO 14- Participação em cursos relacionados a gestão empresarial 49

GRÁFICO 15- Relevância a contratação de um profissional contábil 49

GRÁFICO 16- Participação do contador na gestão empresarial 50

GRÁFICO 17- Conhecimento sobre relatórios contábeis 51

GRÁFICO 18- Clareza dos relatórios contábeis 52

GRÁFICO 19- Relatórios contábeis disponíveis 52


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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT - Associação Brasileira de Normas TecnicasDRE - Demostracão do Resultado do Exercício

EPP - Empresa de Pequeno Porte

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IR - Imposto de Renda

ME - Micro Empresa

MPEs - Micro e Pequenas Empresas

PIB - Produto Interno BrutoSEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

UNESCO - Organização das Nações Unidas

USP - Universidade de São Paulo


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3.2.3 Quanto aos Procedimentos Técnicos ............................ 36

3.2.4 Forma de Abordagem..................................................... 36

3.3 Tipo de Fonte ............................................................................ 37

3.4 Universo e Amostra....................................................................... 37

3.4.1 Universo da Pesquisa..................................................... 38

3.5 Instrumento de Coleta de Dados............................................... 38

3.6 Procedimentos de Análise e Interpretação de Dados................. 39

CAPÍTULO 4 – Apresentação e Análise dos Dados............................................. 40

4.1 Análise dos Dados......................................................................... 40

4.2 Resultado da Pesquisa ............................................................ 40

4.3 Síntese ....................................................................................... 53

CAPÍTULO 5 – Considerações Finais e Recomendações..................................... 55

5.1 Considerações Finais .................................................................... 55

5.2 Recomendações........................................................................... 56

REFERÊNCIAS...................................................................................................... 67

APÊNDICE............................................................................................................. 60

ANEXOS................................................................................................................ 60


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CAPÍTULO I

Introdução


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1.1 – Considerações Iniciais

Atualmente, as micro e pequenas empresas da cidade Caruaru-PE, têm

desempenhado um papel relevante na economia local, contribuindo para um

crescimento principalmente na área de comércio varejista. No entanto, apesar

desta evolução e desenvolvimento de algumas empresas, nota-se, também,

que um grande número de empresários enfrenta dificuldades tanto na área

financeira como na área gerencial.

Segundo pesquisa a respeito da mortalidade das empresas, realizado pelo

Diário de Pernambuco (agosto 2004):

“As informações indicam que 49,7% das micro e pequenas empresas

fecham as portas antes do segundo ano de funcionamento [...]. No curso dos

primeiros três anos de operações, fecham 56,4% dessas entidades e, até

quatro exercícios, fecham 59,9%. A Região Nordeste lidera no país a funesta

estatística da mortalidade das micro e pequenas empresas considerado o

período de quatro anos”.

Geralmente, pequenas empresas são administradas pelos próprios donos, osquais, muitas vezes, não possuem uma formação superior e uma visão de

administração ou gestão de empresas. As decisões tomadas normalmente são

baseadas nas experiências cotidianas e no senso comum, usando formas de

gerenciar que muitas vezes coloca em risco a própria sobrevivência da

empresa, em muitos casos, chegando até mesmo à falência.

Segundo pesquisa SEBRAE (2005), para os empresários de empresas extintas(68%), a principal razão para o fechamento da empresa está centrada no bloco

de falhas gerenciais, destacando-se: ponto/local inadequado, falta de

conhecimentos gerenciais e desconhecimento do mercado, seguida de causas

econômicas como falta de capital de giro e cargas tributárias excessivas. Fator

crucial para as empresas é a dificuldade encontrada no acesso ao mercado,

principalmente nos quesitos propaganda inadequada; formação inadequada

dos preços dos produtos/serviços; informações de mercado e logística

deficiente, caracterizando a falta de planejamento dos empresários.


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A Ciência Contábil tem por finalidade nortear as ações dentro de toda e

qualquer empresa, independentemente do seu porte. O principal obstáculo

para o desenvolvimento de uma atividade contábil voltada para a gestão

empresarial, é, justamente, a falta de informação dos nossos gestores acerca

do assunto. É de suma importância, por parte dos empresários, a inserção da

contabilidade no mundo dos negócios, pois a mesma, no mundo globalizado,

passa a ser extremamente necessária.

Assim, o planejamento econômico, financeiro e as informações contábeis,

tornam-se de fundamental importância para a criação e permanência da

empresa num mercado cada dia mais competitivo. As informações contábeis

são, um importante aliado dos empresários para decisões gerenciais. São

dados obtidos através do registro de todas as operações da empresa.

Este trabalho monográfico consiste em tentar diagnosticar a situação gerencial

das empresas pesquisadas, enfocando a importância das técnicas e dos

relatórios gerenciais para as tomadas de decisões, bem como sua

aplicabilidade.

O trabalho apresentará dados coletados em empresas do comércio varejista de

confecções localizadas no município de Caruaru-PE, com o objetivo de analisar

a aplicabilidade da ferramenta contábil no âmbito administrativo das mesmas.

1.2 – Definição do problema

A cada momento, vivenciamos mudanças no cenário globalizado. Asempresas, por sua vez, sofrem influencia do mercado onde estão inseridas,

passando por momentos de incertezas e principalmente de dificuldades no

desenvolver de suas atividades. Diante dessa situação, torna-se cada, vez

mais necessário e indispensável a figura de um gestor voltado preocupado com

a situação financeira e patrimonial da empresa, bem como com um perfil

inovador no âmbito da gestão empresarial.


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Na atual conjuntura, a contabilidade passa a ter importância inigualável dentro

do processo de tomada de decisão. A partir dos relatórios gerenciais

elaborados por esta, podemos analisar a situação da empresa em um dado

momento, bem como tomar as decisões cabíveis em momentos adversos.

Percebe-se claramente a necessidade de conhecimentos inerentes à

administração, que irão desde os impostos sobre compra e venda, encargos

sobre folha de pagamento, obrigatoriedade de escrituração contábil, tributação

das pessoas jurídicas, etc. Não tendo domínio sobre os mesmos, os

empresários têm recorrido a ajuda de pessoas com conhecimento técnico na

área, na tentativa de auxiliar os procedimentos gerenciais dentro de sua

empresa, bem como para evitar possíveis falhas no processo de tomada de

decisão.

A contabilidade tem se tornado peça indispensável para a gestão empresarial,

no processo decisório das mesmas, diante desse quadro surge o seguinte

questionamento: de que forma os empresários se utilizam de ferramentas

gerenciais no processo decisório das Micro e Pequenas Empresas de comércio

varejista de confecções na cidade de Caruaru-PE?

1.3 - Objetivos

1.3.1 – Geral

• Investigar a relevância para os administradores do comércio de

confecções da cidade de Caruaru-PE, quanto à importância eaplicabilidade da contabilidade gerencial nas micro e pequenas

empresas.

1.3.2 – Específicos

• Analisar a aplicabilidade de técnicas gerenciais na gestão das micro e

pequenas empresas;


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• Evidenciar os principais relatórios gerenciais utilizadas para a gestão das

ME’s e EPP’s;

• Verificar o nível de conhecimento dos gestores acerca de técnicas

gerenciais utilizadas na administração de uma empresa;

• Identificar como é feito o planejamento gerencial das empresas em

estudo;

• Analisar a preocupação dos empresários em relação a assuntos

contábeis.

1.4 – Justificativa

A contabilidade gerencial fornece instrumentos aos gestores de empresas para

auxiliar em suas funções gerencias. Percebe-se a necessidade de uma maior

interação entre contador e gestor/administrador dentro de uma estrutura

organizacional.

Na realidade, a ciência contábil existe para contribuir no processo de

elaboração de relatórios gerenciais, que visem auxiliar o processo de gestão

empresarial. Contabilidade não deve ser considerada sinônimo de burocracia,

mas sim como um importante aliado na busca pela excelência administrativa.

O presente trabalho é relevante, posto que demonstra a importância dos

relatórios contábeis para a gestão administrativa, ao tempo que apresenta a

percepção e aplicabilidade da contabilidade gerencial por parte de gestores e

profissionais de contabilidade no processo de gestão das micro e pequenas

empresas de comércio varejista de confecções da cidade de Caruaru-PE.

1.5– Estrutura do Trabalho

A fim de promover a compreensão do mesmo, este trabalho monográfico estáestruturado em cinco capítulos, a saber: Considerações Iniciais, Referencial


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Teórico, Procedimentos Metodológicos, Apresentação dos Resultados,

Conclusões e Recomendações.

No primeiro capítulo é apresentado o tema, objetivos geral e específicos, o

problema, ou seja, a idéia central que originou esta pesquisa e a justificativa.

No capítulo seguinte, apresenta-se a fundamentação teórica, em que são

relatados conceitos fundamentais que serviram de suporte para o estudo.

O terceiro capítulo traz considerações a respeito dos procedimentos

metodológicos utilizados nesta pesquisa. É apresentada a natureza da

pesquisa, a escolha das empresas a serem pesquisadas, a coleta e a análise

dos dados.

O quarto capítulo aborda a Apresentação dos Resultados da pesquisa.

No quinto e último capítulo, finaliza-se o trabalho com as conclusões

levantadas após a tabulação da pesquisa. Depois, as Referências

Bibliográficas, Apêndice e Anexos, respectivamente.


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CAPÍTULO II

Referencial Teórico


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2- REFERENCIAL TEÓRICO

Antes de explorarmos a atividade empresarial em si, necessitamos de alguns

conceitos que são de sua importância para o entendimento da contabilidade

gerencial e sua aplicabilidade para a tomada de decisão. Apresentaremos, a

seguir, de que forma esta ciência contribui para o desenvolvimento das

entidades empresariais.

2.1 Breve histórico da contabilidade

Não é possível precisar exatamente uma data como sendo um marco inicial do

uso da contabilidade, porém, sabe-se que ela é tão antiga quanto à existência

do homem.

A contabilidade se firmou como ciência com o advento do método das partidas

dobradas, no final do século XV. “O método das partidas dobradas

fundamenta-se na relação débito e crédito, tendo sido criado pelo frade

franciscano Luca Paciole” (Ribeiro, Osni ,2005,p.3). [grifo do autor].

A contabilidade no Brasil se deu através da adoção do modelo Europeu, com a

inauguração da Faculdade de Economia e Administração da USP em janeiro

de1946, que teve início após a segunda guerra mundial.

De acordo com o Rosa (2007), com o início da industrialização no Brasil e com

o surgimento de grandes indústrias como a Petrobrás, a partir da década dos

anos 40, houve a necessidade de regulamentar a profissão contábil, e em 1946foi criado o CFC (Conselho Federal de Contabilidade) através da Lei nº 9.245,

órgão que normatiza a profissão contábil e a regulamenta os serviços no país.

De acordo com Iudícibus e Marion (2002, p.42):

A contabilidade é o grande instrumento que auxilia a

administração a tomar decisões. Na verdade, ela coleta todosos dados econômicos, mensurando-os monetariamente,


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registrando-os e sumarizando-os em forma de relatórios ou de

comunicados, que contribuem sobremaneira para as tomadas

de decisões.

Franco (1996) retrata que como uma função da administração, a contabilidade

é de suma importância, pois compete a ela fornecer aos administradores todas

as informações relacionadas ao patrimônio, para que possam prever,

organizar, coordenar e controlar todos os acontecimentos relacionados ao

mesmo. A contabilidade possui uma infinidade de usuários. Alguns estão

apresentados a seguir:

Usuários Informação contábil mais

importante

Bancos e Financiadores em geral Capacidade de pagamento da

empresa

Ao emprestar o dinheiro, sua

preocupação principal é a que a

empresa tenha uma geração de caixafutura suficiente para pagar, com

segurança, o capital emprestado

atualizado mais os juros.

Entidades Governamentais O lucro tributável, produtividade e

valor adicionado.

Acionista ou cotista minoritário Retorno sobre o capital investido.

Normalmente, esperam que aempresa tenha condições de manter

um fluxo regular de distribuição de

lucros.

Empregados Fluxo de caixa capaz de assegurar à

empresa condições de boa

remuneração.

Sindicatos Fluxo de caixa futuro e rentabilidade.


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Administração Rentabilidade e capacidade de

pagamento.

FONTE: Adaptado de FAVERO e outros (1997, p. 14.)

QUADRO 01 - Usuários da informação contábil e natureza da informação

Segundo Crepaldi (2004, p.20) “O grande objetivo da contabilidade é planejar e

colocar em prática um sistema de informação para uma organização, com ou

sem fins lucrativos”. A contabilidade estuda os fenômenos patrimoniais das

entidades e tem por objetivo estudar o sistema de riqueza administrativa a fim

de observar se ela atinge os fins propostos.

A contabilidade permite explanar os fenômenos patrimoniais, estabelecer

modelos de prosperidade, além de gerar informações, controlar, realizar

análises, e também serve para prever e projetar exercícios seguintes, entre

tantas outras funções.

2.2 – As Demonstrações Contábeis

Segundo a lei 6404/76 é um conjunto de informações que devem ser

anualmente divulgadas, pela administração da sociedade por ações e

representa a sua prestação de contas para os sócios e acionistas. Sua

prestação anual de contas é composta pelo Relatório da administração, as

Demonstrações Contábeis e as notas explicativas que as acompanham, o

Parecer dos Auditores Independentes (caso houver) e o Parecer do conselho

fiscal (caso existir).

Segundo o IBRACON (NPC 27),

"As demonstrações contábeis são uma representação

monetária estruturada da posição patrimonial e financeira em

determinada data e das transações realizadas por uma

entidade no período findo nessa data. O objetivo das

demonstrações contábeis de uso geral é fornecer informaçõessobre a posição patrimonial e financeira, o resultado e o fluxo


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financeiro de uma entidade, que são úteis para uma ampla

variedade de usuários na tomada de decisões. As

demonstrações contábeis também mostram os resultados do

gerenciamento, pela Administração, dos recursos que lhe são

confiados."

Do ponto de vista de Iudícibus e Marion (2000, p. 21) “relatório contábil é a

exposição resumida e ordenada de dados colhidos pela Contabilidade”. Ele

objetiva relatar às pessoas que utilizam os dados contábeis os principais fatos

registrados por aquele setor em determinado período. Também conhecidos

como informes contábeis, distinguem-se em obrigatórios e não obrigatórios.

FIGURA 02 - Modelos de Demonstrações contábeis

FONTE: IUDÍCIBUS & MARION (2000, p. 26).

Todas as demonstrações podem ser analisadas. As mais conhecidas e talvezmais importantes seja o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado

do Exercício.

2.2.1 Balanço Patrimonial

O Balanço patrimonial é indispensável para a saúde da empresa, é uma das

peças importantes para avaliar o patrimônio da empresa, e a partir daí tomar as


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decisões mais acertadas. O conceito de balanço patrimonial, essa

demonstração deverá listar os ativos (bens e direitos), os passivos( obrigações)

e o patrimônio líquido dos sócios e acionistas.

Iudícibus e Marion (2000) o Balanço Patrimonial é uma demonstração prática

muito utilizada também por usuários externos como, bancos, fornecedores,

sócios, governo, onde apresenta dados de forma resumida e adequada

permitindo ao administrador e aos interessados um simples e fácil

entendimento em relação á situação econômico-financeira da empresa, não

precisando estes serem especialistas em contabilidade para sua

compreensão.

Estrutura do Balanço Patrimonial

ATIVO PASSIVO

Ativo Circulante Passivo Circulante

Disponibilidades

Passivo não Circulante

Ativo não circulante

Realizável á Longo Prazo Patrimônio Líquido

Investimento Capital Social

Imobilizado Reservas de Lucro

Intangível Prejuízos Acumulados

Fonte: Própria

2.2.2 DRE

“A DRE consiste numa análise de forma (vertical) dedutiva, ou seja, subtraem-

se as despesas das receitas, encontrando assim o resultado líquido do

exercício, sendo ele apresentado por Lucro ou Prejuízo”. (IUDÍCIBUS E

MARION, 2000)


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DRE (simples) DRE (completa)

Receita

(-) Despesa

Lucro ou Prejuízo

Receita

(-) Deduções

(-) Custos

(-) Despesas

Lucro ou Prejuízo

FIGURA 04 – DRE

FONTE: Adaptado de IUDÍCIBUS & MARION (2000, p. 64).

Conforme Iudícibus (2000): a Demonstração de Resultados do Exercício possui

várias finalidades, porém destaca as mais importantes que são:

1. Serve de informação quanto aos resultados das operações da empresa

aos investidores ou quotistas;

2. Através da DRE os bancos podem conhecer a rentabilidade das

empresas;

3. É de interesse aos investidores de ações e debêntures;

4. Serve como relatório base para os próprios administradores onde eles

podem verificar a eficiência do andamento dos negócios, bem como

alterar a política dos negócios da empresa, como, por exemplo,

alterações de preços, aumento de produção, entre outros.

2.3 – Uso das Demonstrações Contábeis nas micro e pequenas empresas

Nota-se que a maioria das pequenas empresas possui um acompanhamento

de sua trajetória apenas superficialmente, sem o devido esclarecimento e

interpretação, não adquirindo suporte suficiente na tomada de decisão levando-

as a decisões errôneas e prejudicando o seu desenvolvimento.

De acordo com a Lei 9.317/1996 da Legislação do Simples Federal:

VER

TICAL

VER

TICAL


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Art. 7º A microempresa e a empresa de pequeno porte,

inscritas no SIMPLES apresentarão, anualmente, declaração

simplificada que será entregue até o último dia útil do mês de

maio do ano-calendário subseqüente ao da ocorrência dos

fatos geradores dos impostos e contribuições de que tratam os

arts. 3º e 4º.

§ 1º A microempresa e a empresa de pequeno porte ficam

dispensadas de escrituração comercial desde que mantenham,

em boa ordem e guarda e enquanto não decorrido o prazo

decadencial e não prescritas eventuais ações que lhes sejam

pertinentes:

a) Livro Caixa, no qual deverá estar escriturada toda a sua

movimentação financeira, inclusive bancária;

b) Livro de Registro de Inventário, no qual deverão constar

registrados os estoques existentes no término de cada ano-

calendário;

c) todos os documentos e demais papéis que serviram de base

para a escrituração dos livros referidos nas alíneas anteriores.

Conforme o Manual de Procedimentos para Micro e Pequenas Empresas

(2002, p. 71-72):

Assim, é necessário que as demonstrações contábeis e

financeiras sejam elaboradas de forma completa, dentro doscritérios da legislação profissional citada, inclusive pelas micro

e pequenas empresas optantes pelo SIMPLES ou pelo Lucro

Presumido, ainda que a escrituração contábil tenha sido

dispensada pela legislação fiscal.

O Manual de Procedimentos para Micro e Pequenas Empresas (2002), afirma

que qualquer tipo de empresa, independente do porte, precisa manter uma


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escrituração completa, inclusive do Livro Diário, para gerenciar de uma melhor

maneira seu empreendimento.

Segundo Raza (2007) a falta de informações é o grande mal das pequenas

empresas, pois não basta ter informações sem uma estrutura adequada ou

sem um método de avaliação.

2.4 – Contabilidade Gerencial

De acordo com Marion e Iudícibus (2000, p.44), “A contabilidade gerencial

procura suprir os gerentes de um elenco maior de informações, exclusivamente

para a tomada de decisões”. Diferente da contabilidade financeira, a gerencial

não se prende aos princípios fundamentais da contabilidade.

A contabilidade gerencial não é obrigatória, mas seu objetivo é de suma

importância para a tomada de decisões dos gestores e administradores, ela é

voltada para dentro da empresa, age de forma a coletar dados e depois com

uma posterior interpretação destes fatos econômicos.

Segundo Crepaldi (2004, p.20) diz que:

Contabilidade gerencial é o ramo da contabilidade que tem por

objetivo fornecer instrumentos aos administradores de

empresas que os auxiliem em suas funções gerenciais. Évoltada para a melhor utilização dos recursos econômicos da

empresa, através de um adequado controle dos insumos

efetuado por um sistema de informação gerencial.

Através de relatórios gerenciais pode-se demonstrar o desempenho ao longo

de um período e possibilitar o planejamento e a tomada de decisões baseados

nos dados apresentados. Ao contrário dos relatórios financeiros que são

elaborados para uso das partes externas, como acionistas e credores, os


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relatórios gerenciais se destinam aos gerentes da organização. Surgindo assim

algumas diferenças importantes entre uma e outra, conforme é mostrado no

quadro abaixo:

Contabilidade Financeira Contabilidade Gerencial

* O público-alvo são as pessoas fora

da organização:

Sócios

Credores

Autoridades tributárias

Legisladores

* O público-alvo são pessoas dentro

da organização, que visam a:

Planejamento

Direção e motivação

Controle

Avaliação do desempenho

* A ênfase está nas conseqüências

financeiras das atividades passadas.

* Ênfase nas decisões que afetam o

futuro.

* São enfatizadas a objetividade e a

consistência dos dados.

* São enfatizadas a relevância e a

flexibilidade dos dados.

* A informação tem que ser precisa. * A informação tem que ser oportuna.

* São elaboradas apenas informações

resumidas sobre a organização como

um todo.

* Elaboração de relatórios setoriais

detalhados sobre departamentos,

produtos, clientes e empregados.

* É preciso observar os princípios

contábeis geralmente aceitos.

* Não é necessário observar os

princípios contábeis geralmente

aceitos.

* É obrigatória á publicação das

demonstrações contábeis.

* Não é obrigatória.

Quadro 1 – Comparação entre Contabilidade Financeira e Contabilidade Gerencial

Fonte: Garrison & Noreen (2000, p. 4)

Como se pode observar uma das principais diferenças existente entre as duas

contabilidades é o próprio usuário. O conhecimento financeiro é de grande

importância para o gestor, pois auxilia no planejamento e na tomada de

decisão.


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A contabilidade gerencial está incluída no desenvolvimento e complexidade da

economia moderna e com a abertura de mercados e, não somente as grandes

empresas devem se utilizar desse instrumento, mas também as micro e

pequenas empresas, pois tomam decisões financeiras e carecem de

informações que dêem o suporte necessário.

2.5 – Conceito de Microempresa e Empresa de Pequeno Porte

De acordo com a Lei Complementar 123/2006, consideram-se microempresa

(ME) ou empresa de pequeno porte (EPP) a sociedade empresária, a

sociedade simples e o empresário, que aufiram as seguintes receitas:

ME: receita brutal anual igual ou inferior a R$ 240.000,00;

EPP: receita brutal anual superior a R$ 240.000,00 e igual ou

inferior a R$ 2.400.000,00.

O tributo a pagar pelas vendas auferidas vai de 4% a 17,42%, as alíquotas

variam de acordo com a atividade:

Comércio: de 4,00% até 11,61%;

Indústria: de 4,50% até 12,11%;

Serviço: de 4,00% até 17,42%.

A Constituição Federal do Brasil em seu artigo 170 I- IX diz que deverá ser

dado um “tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte

constituídas sob leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no

país”.

Já o artigo179 afirma que:

A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios

dispensarão às microempresas e às empresas de pequeno

porte, assim definidas em lei, tratamento diferenciado, visando

incentivá-las pela simplificação de suas obrigações

administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou

pela eliminação ou redução dessas por meio de lei.


32/68

A Lei 9.841/99 – Estatuto da ME e EPP diz o seguinte:

O tratamento jurídico simplificado e favorecido, estabelecido

nesta Lei, visa facilitar a constituição e o funcionamento da

microempresa e da empresa de pequeno porte, de modo a

assegurar o fortalecimento de sua participação no processo de

desenvolvimento econômico e social.

A partir desses conceitos de tratamento diferenciado disponibilizados às

microempresas e empresas de pequeno porte foi criada a Lei Complementar

123/2006 classificada como “Supersimples” ou “Simples Nacional”, que trata de

um recolhimento de imposto simplificado e único.

Os objetivos do Supersimples são: gerar empregos; estimular a formalidade;

promover a inovação tecnológica; ampliar a competitividade das MPEs.;

promover o desenvolvimento sustentado da economia; promover a distribuição

de renda; realizar a inclusão social; desoneração da carga tributária; eliminar

burocracias; consolidar o pacto federativo (LEI GERAL 126/2003).

2.6 A IMPORTÂNCIA DAS MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO

PORTE PARA A ECONOMIA BRASILEIRA

Longernecker et al (1997) comentam sobre a importância das pequenas

empresas para o cenário empresarial, pois as pequenas organizações

industriais colaboram inquestionavelmente para o bem estar econômico da

nação, já que determinam uma parte substancial do total de bens e serviços,

contribuindo assim de forma geral similar às grandes empresas.

Segundo pesquisa do SEBRAE (2003), as empresas de pequeno porte

representam uma parcela bastante significativa dentro do panorama econômico

nacional. Essas empresas representam um universo de 4,5 milhões de

estabelecimentos, entre eles, o setor de indústria, comércio e serviço, os quais

são responsáveis por 48% do total da produção nacional, 42% dos salários,

59% dos postos de trabalho e cerca de 20% do PIB do Brasil.


33/68

A responsabilidade social das MPEs é bastante relevante, pois essas

empresas são responsáveis por grande parte da população empregada no

país. O papel das micro e pequenas empresas e a sua importância para a

economia nacional.

2.7 PERFIL HISTÓRICO E EMPRESARIAL DE CARUARU

Conforme pesquisa efetuada no site oficial da Prefeitura Municipal de Caruaru,

a cidade do interior nordestino é privilegiada por se localizar no centro da

região nordeste. Está situada no Agreste Setentrional Pernambucano,

proporcionando, assim, distâncias menores e, conseqüentemente, um melhor

escoamento da produção e do comércio em condições estratégicas.

Com acesso pelas BRs 232 e 104 sua área é de 921 Km 2. A população

aproximada do município é de 298.501 habitantes (IBGE, 2009).

O comércio, uma de suas principais fontes de renda, é destacado como um dos

maiores do interior nordestino. A indústria e o turismo têm um grande destaque

pela tradição e pelo grande núcleo de produção artesanal do Estado, onde

destaca-se o Alto do Moura, considerado pela UNESCO como o “maior centro

de artes figurativas das Américas” e tem também a feira e Caruaru, conhecida

como a maior feira popular do Brasil, onde se encontra a arte do povo

caruaruense com diversos trabalhos entre eles, rendas e bordados, tapeçaria,

corda brava, palha e etc.

Caruaru é também conhecida como a “Capital do Forró”, ocupa um espaçoimportante no calendário folclórico brasileiro, promovendo, anualmente, no

período junino, um dos mais animados São João do Brasil.

O município de Caruaru possui uma população economicamente ativa de

164.720 habitantes, representando 66% da população total. Os empregos

formais por atividade representam os seguintes percentuais: Indústria 20,9%,

Construção Civil 2,65, Comércio 34,5%, Serviços 39,8%, Agropecuária 2%,Outros 0,2%. Em números isso representa respectivamente, 3.986, 498, 6.577,


34/68

7.610, 390, 30. Segundo dados fornecidos pela Prefeitura Municipal de Caruaru

(2007).

Diante dos dados apresentados observa-se que Caruaru já representa uma

cidade em desenvolvimento para o futuro e que grandes investidores já estão

de olho nesse crescimento. Nos últimos anos, percebem-se vários

investimentos de grandes empresas como: Hiperbompreço, C&A, Marisa,

Americanas, Atacadão, Makro entre outros.

2.8 RELATÓRIOS ÚTEIS PARA O GERENCIAMENTO DAS MICROS E

PEQUENAS EMPRESAS

Segue uma breve revisão bibliográfica de ferramentas de contabilidade

gerencial que podem ser empregadas no gerenciamento de micros e pequenas

empresas.

2.8.1 Orçamento Empresarial

Para Padoveze (1994, p.333)

O objetivo do plano orçamentário não é apenas prever o que vai

acontecer e seu posterior controle. Ponto básico, entendido como

fundamental é o processo de estabelecer e coordenar objetivos para

todas as áreas da empresa, de forma tal que todos trabalhem

sinergicamente em busca dos planos de lucros.

O orçamento abrange o planejamento, ou seja, é preciso determinar

antecipadamente o que deve ser feito e quais os recursos imprescindíveis para

se atingir o objetivo pré-estabelecido. Orçar significa acionar todas as

informações contábeis atuais introduzindo os dados previstos para o próximo

exercício. O orçamento obriga de certa forma os administradores a pensarem

no futuro, terem uma visão a longo prazo, buscando relacionar também os

fatores externos que influenciam as determinações da empresa.


35/68

2.8.2 Formação de Preços

Segundo Crepaldi (2004, p.313)

A formação do preço de venda de produtos é um trabalho técnico e

também um fator determinante de sobrevivência da exploração da

atividade. Alguns especialistas afirmam que ter os preços definidos

exclusivamente pelo mercado é um risco. Ou seja, o mercado não é

nem deve ser o único caminho para a definição de preços, mas é

importante ter os preços compatíveis com o mercado.

Para calcular o preço de venda de um determinado produto às vezes é

necessário conhecer variáveis como, por exemplo, o tipo de mercado que a

empresa atua como: a concorrência as características do produto, etc. No

entanto, os objetivos da empresa quanto ao lucro a ser obtido, segundo

Crepaldi (2004), é o mais importante. O autor cita os seguintes objetivos

básicos da gestão de preços: um adequado retorno sobre o investimento; uma

determinada participação no mercado; uma capacidade de enfrentar a

concorrência; a obtenção da lucratividade global compatível. Ele ainda discute

sobre alguns métodos utilizados para determinar o preço de venda baseado aocusto, que são: com base no custo pleno; com base no custo de

transformação; com base no custo marginal e com base no rendimento sobre o

capital empregado.

2.8.3 Demonstração do Fluxo de Caixa

Matarazzo (1997, p.369) cita que “a Demonstração do Fluxo de Caixa é peçaimprescindível na mais elementar atividade empresarial e mesmo para pessoas

físicas que se dedicam a algum negócio”.

O fluxo de caixa é o instrumento de programação financeira, que corresponde

às estimativas de entradas e saídas de caixa em certo período de tempo. Esse

utensílio possibilita: projetar, formar, coordenar, administrar e controlar os

recursos financeiros da empresa. O objetivo do fluxo de caixa é dar uma visãodas atividades desenvolvidas, bem como as operações financeiras que são


36/68

cumpridas diariamente, no grupo do ativo circulante, dentro das

disponibilidades, e que representam o grau de liquidez da empresa.

Padoveze (2000, p.73) ressalta que “Basicamente, o relatório de fluxo de caixa

deve ser segmentado em três grandes áreas: Atividades operacionais, de

investimento e de financiamento”. Onde segundo o autor a atividade

operacional poderá ser visualizada através da demonstração de resultado,

atividade de investimento através do ativo permanente ou realizável a longo

prazo e atividade de financiamento é obtido através de dados do exigível a

longo prazo e do patrimônio líquido.

2.9 – O Profissional de Contabilidade

Os profissionais de contabilidade são chamados de contadores, ou seja,

aqueles que se formam ou concluem o curso de nível superior de ciências

contábeis ou possuem o curso técnico de contabilidade. As funções de um

contador são tradicionalmente, fazer registros contábeis da empresas, abertura

e fechamento das mesmas, fazer declarações do imposto de renda das

pessoas físicas e jurídicas, escrituração, demonstrações contábeis, análises de

balanços e etc.

“O profissional da contabilidade, contador ou técnico em contabilidade, pode

exercer suas atividades nas mais diversas funções, tais como, assessor,

analista, auditor, perito, consultor, professor, administrador, dentre outras”

(FORTES, 2001, p.37).

O contador conhecido como o médico das empresas, é ele que tem que

acompanhar as empresas em suas jornadas, atuando em diversas áreas das

mesmas, seu papel é basicamente coletar os dados e registrá-los para a

geração de relatórios para a tomada de decisão dos usuários que tanto podem

ser internos (gerentes, administradores) ou externos (investidores, bancos,

fornecedores, governo e etc).


37/68

A função básica do contador segundo Marion e Iudícibus (2002) é dar e/ou

gerenciar informações úteis aos empresários ou gestores para a tomada de

decisões.

Este profissional contábil exerce um papel relevante na sociedade, pois ele tem

sua finalidade social que é de informar à sociedade quão bem ou mal certa

empresa utiliza os seus recursos.

2.10 – Capital de Giro

Capital de Giro é a termologia utilizada para designar os valores investimentos

no Ativo Circulante. (Padoveze, 2009, p.109).

São os valores de investimentos necessários para vida ativa da empresa, é a

parcela de capital aplicado pela empresa em seu ciclo operacional, de curto

prazo, são as movimentações de capital aplicados no ativo circulante da

empresa, é o apoio financeiro para cobrir o intervalo entre o dinheiro investido

pela empresa para o funcionamento de suas atividades de venda, e o

recebimento desse valor investido acrescido de lucros.

Silva (2002), informa que o capital de giro necessita de acompanhamento

permanente, pois está continuamente sofrendo o impacto das diversas

mudanças enfrentadas pela empresa.

Ele é necessário para financiar os clientes (nas vendas a prazo), e são

recursos para manter estoques e recursos para pagar fornecedores pagarsalários e demais custos e despesas operacionais. Ele está relacionado com

todas as contas que giram e movimentam o dia a dia das empresas.


38/68

CAPÍTULO III

Aspectos Metodológicos


39/68

3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Este capítulo destina-se a apresentar dados básicos de metodologia da

pesquisa científica como, por exemplo, o método de pesquisa utilizado, o

universo, a coleta de dados, a interpretação e a análise dos mesmos.

3.1 Definição de Metodologia

Metodologia é o estudo das formas ou etapas, pela busca por determinado

conhecimento até chegar ao fim desejado. Tem como finalidade captar e

analisar as características dos vários métodos disponíveis e avaliar sua

capacidade e também uma forma de conduzir á pesquisa a um conjunto de

regras para o ensino.

Conforme Oliveira (2005, p. 28) entende-se por metodologia como “processo ,

onde se aplicam diferentes métodos, técnicas e materiais, tanto laboratoriais

como instrumentos e equipamentos para coleta de dados no campo”.

3.2 Tipo de Pesquisa

Pesquisa é um processo sistêmico de construção do conhecimento é uma

indagação realizada pra solução de um problema e existem várias espécies de

pesquisa que são aplicadas para a realização de trabalhos científicos. A

análise do tipo de problema, e a forma de como ele será investigado, levará à

escolha do tipo adequado de pesquisa.

3.2.1 Quanto à natureza

Pesquisa Básica: Caracteriza-se pelo conhecimento básico para formulação de

hipótese ou respostas de questões iniciais sendo, portanto diretamente

responsável pelo desenvolvimento científico e indiretamente pelo industrial

mediante aplicação dos resultados desta pesquisa aplicada, objetiva gerar

conhecimento novos úteis para o avanço da ciência sem aplicação práticaprevista.


40/68

Pesquisa Aplicada: Gera conhecimento sobre um assunto específico

definido anteriormente, nos setores produtivos a pesquisa aplicada utiliza os

conhecimentos decorrentes da pesquisa básica para gerar desenvolvimento

científico com fins comerciais em geral, objetiva gerar conhecimentos para

aplicação prática dirigida à solução de problemas específicos.

3.2.2 Quanto aos objetivos

A pesquisa buscará caracterizar-se de forma, segundo Vergara (2003, p. 46-

49):

• Exploratória: “é realizada em área na qual há pouco conhecimento

acumulado e sistematizado. Por sua natureza de sondagem, não

comporta hipóteses que, todavia, poderão surgir durante ou ao final da

pesquisa.”

• Descritiva: “expõe características de determinada população ou de

determinado fenômeno [...]. Não tem compromisso de explicar os

fenômenos que descreve, embora sirva de base para tal explicação.”

• Explicativa: ”tem como principal objetivo tornar algo inteligível, justificar-

lhe os motivos. Visa, portanto, esclarecer quais fatores contribuem, de

alguma forma, para a ocorrência de determinado fenômeno.”

Quanto a os fins da pesquisa, justifica-se pelo fato da precisão de exploraçãode informações a respeito da pesquisa. Na medida em que é realizada tal

exploração, surge a necessidade da descrição das características da amostra

estudada a fim de que se alicerce tal exploração bem como a explicação dos

fatores contribuintes para os resultados obtidos com relação ao fenômeno

estudado.


41/68

3.2.3 Quanto aos Procedimentos Técnicos

Ainda de acordo com Vergara (2003, p. 46-49)

• Bibliográfica: “é o estudo sistemático desenvolvido com base em

material público em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é,

material acessível ao público geral.”

Pesquisa Bibliográfica: O objetivo é construir hipóteses acerca do problema

evidenciado, aprimorando as idéias, fundamentando o assunto em questão

abordado na pesquisa. Para tanto, esse tipo de pesquisa envolve um

levantamento bibliográfico, o qual deverá ser feito em diversas fontes,

buscando consultar obras respeitáveis e atualizadas, elaborada a partir de

acervo publicado (livros, revistas, periódicos e internet); Os demais tipos de

pesquisa também envolvem o estudo bibliográfico, pois todas as pesquisas

necessitam de um referencial teórico.

• Pesquisa de campo: “é investigação empírica realizada no local onde

ocorre ou ocorreu um fenômeno ou que dispõe de elementos para

explicá-lo.”

Através de bibliografia utilizada para composição da pesquisa, foram obtidas

informações com foco no assunto a ser estudado, o que permitiu um estudo

com objetividade e uma pesquisa de campo melhor estruturada, o que

assegurou um trabalho ético e um respaldo seguro.

3.2.4 Forma de Abordagem

Pesquisa Quantitativa: Está relacionado ao emprego de recursos e técnicas

estatísticas que visem quantificar os dados coletados e considera que tudo

pode ser quantificável, o que significa traduzir em números opiniões e

informações para classificá-los e analisá-los e requer uso de recursos e de

técnicas estatísticas. No desenvolvimento da pesquisa de natureza quantitativadevem-se formular hipóteses e classificar a relação entre as variáveis para


42/68

garantir a precisão dos resultados, evitando contradições no processo de

análise e interpretação.

Logo, esse tratamento, conforme Souza (2007, p.39), “significa traduzir em

números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las”.

Pesquisa Qualitativa: O pesquisador mantém contato direto com o ambiente e

objeto de estudo em questão necessitando um trabalho mais intensivo de

campo, a pesquisa tem o ambiente como fonte direta dos dados, a

interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são básicas no

processo de pesquisa qualitativa. As questões são estudadas no ambiente em

que eles se apresentam sem qualquer manipulação intencional do pesquisador.

Não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas. O pesquisador é o

instrumento chave.

Pois, ainda conforme Souza; Fialho; Otani (2007, p.39), a pesquisa qualitativa

“considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é,

um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito

que não pode ser traduzido em números”.

3.3 Tipos de Fonte

Existem dois tipos de fontes, as Fontes Primárias ou Diretas, que são dados

brutos onde nunca foram coletados, tabulados e analisados e a Fonte

Secundária ou Indireta, onde já foram coletados, tabulados e analisados e que

se encontram disponíveis a consulta.

3.4 Universo e Amostra

Para Silva, Antonio Carlos Ribeiro (2003, p. 75), define universo como “o

conjunto de seres animados ou inanimados que apresentam, pelo menos, uma

característica em comum”, e amostra como sendo “uma porção ou parcela,

convenientemente selecionada do universo (população)”.


43/68

Além disso, a amostra estabelece maneira mais breve e simples de ponderar

peculiaridades de populações apontadas. Neste item foram analisadas as

respostas de 20 administradores das micro e pequenas empresas do comércio

varejista de confecções de Caruaru-PE, para identificar qual a percepção dos

administradores quanto à relevância da contabilidade gerencial e a sua

aplicabilidade nas empresas varejistas de confecções.

3.4.1 Universo da Pesquisa

Foram analisadas as respostas de 20 gestores/administradores das micro e

pequenas empresas do comércio varejista de confecções de Caruaru-PE, para

identificar qual a percepção dos administradores quanto à relevância da

contabilidade gerencial e a sua aplicabilidade nas empresas varejistas de

confecções.

3.5 Instrumento de Coleta de dados

É a fase em que se realiza uma primeira verificação em relação ao

preenchimento dos instrumentos e onde estes são enviados para

processamento.

Para Mattar (1998), a coleta de dados é a etapa em que é realizada a

comunicação com os respondentes, onde serão aplicados os instrumentos de

pesquisa e registrados os dados obtidos.

A realização da coleta de dados inerentes à pesquisa, foi utilizada por meio dequestionário que foi respondido por gestores/administradores do ramo varejista

de confecções da cidade de Caruaru/PE, o qual respondeu ao que se pediu

após aceitação por livre e espontânea vontade, cientes de que há garantia de

sigilo quanto as suas respostas.

Segundo Lakatos e Marconi (2001, p. 201) “questionário é um instrumento de

coleta de dados, constituído por uma série ordenada de perguntas, que devemser respondidas por escrito e sem a presença do entrevistador”.


44/68

Lakatos e Marconi (2001) classificam o questionário quanto às perguntas, da

seguinte maneira:

• Perguntas abertas – também chamadas livres ou não limitadas, são as

que permitem ao informante responder livremente, usando linguagem

própria e exprimir opiniões;

• Perguntas fechadas ou dicotômicas – também chamadas limitadas ou

de alternativas fixas, são as que permitem ao informante escolher sua

resposta entre duas opções: sim ou não;

• Perguntas de múltipla escolha – são perguntas fechadas que

apresentam uma variedade de possíveis respostas, abarcando vários

aspectos do mesmo assunto.

3.5.1 Procedimento de análise e interpretação dos dados

Após a aplicação e obtenção do instrumento que permitiu a coleta de dados, os

mesmos foram analisados através da sua tabulação fornecida por meio de

gráficos e, em seguida, interpretados com base no sentido mais amplo das

respostas. Como também descritos de forma a apresentar os pontos de vista

dos pesquisados, o que permitiu uma melhor concepção de todo o apurado.


45/68

CAPÍTULO IV

Apresentação dos Resultados


46/68

4.1 Analise dos Dados

Para maior compreensão dos dados colhidos seguem na forma mais

apropriada de serem analisados e, posteriormente, compreendidos.

Para tanto, com relação à percepção dos gestores sob a contabilidade

gerencial e a sua relevância e aplicabilidade foram analisadas as respostas de

20 administradores das micro e pequenas empresas do comércio varejista de

confecções de Caruaru-PE.

Foram elaborados gráficos para melhor compreensão e observação das

respostas, acompanhados de críticas e comentários.

4.2 – RESULTADOS DA PESQUISA

Questionário aplicado junto aos gestores/administradores

15%

85%

Masculino

Feminino

Gráfico 1 – Perfil do Gestor/Administrador

Fonte: Pesquisa realizada com gestores de empresa do comércio varejista de

confecções no município de Caruaru-PE, no período de 07/11/2009 a 09/11/2009.

A pesquisa contou com a participação de 20 empresários e gerentes. A sua

grande maioria (85%) são do sexo feminino e apenas 15% do sexo masculino.

Torna-se evidente uma maior dedicação das mulheres para tal atividade, mas

empresas pesquisadas.


47/68

70%

20%

10%0%

Até 30 anos

De 31 a 40 anos

De 41 a 45 anos

Mais de 45 anos

Gráfico 2 – Faixa Etária dos Gestores/Administradores

Fonte: Pesquisa realizada com gestores de empresas do comércio varejista de


O gráfico 2 demonstra a idade dos gestores e administradores que participaram

da pesquisa. Conforme os dados coletados, aqueles que possuem até 30 anos,

totalizam 70%, enquanto que os que estão na faixa etária compreendida entre

31 e 40 anos, correspondem a 20%; seguidos de profissionais com idade entre

41 e 45 anos perfazendo um percentual de 10%.

Percebe-se claramente a grande quantidade de jovens gestores, com idade

máxima de 30 anos. Isto mostra através da pesquisa, que os jovens estão

entrando no mercado de confecções cada vez mais cedo.

5%15%

25%

35%

10%

10%Ensino Fundamental

Ensino Médio Incompleto

Ensino Médio Completo

3º Grau Incompleto

3º Grau Completo

Pós-graduação

Gráfico 3 – Grau de Escolaridade dos Gestores/Administradores


48/68



Quanto ao grau de escolaridade, o gráfico 3 evidencia que 5% dos

respondentes possui o ensino fundamental; 15% tem o ensino médio

incompleto, enquanto que 25% tem o ensino médio completo; 35%, possui o 3º

grau incompleto. Ainda foi possível constatar 10% dos entrevistados com o 3º

grau completo e 10% pós-graduados.

Pela análise do gráfico, pode-se verificar que 55% dos gestores estão entre

aqueles que possuem o nível superior incompleto e pós graduação.

Demonstrando que estes jovens continuam estudando e se capacitando.

40%

50%

5%

5%

Próprietário

Gerente

Vendedor

Familiares

Gráfico 4 – Funções desempenhadas na empresa



O gráfico 4, nos mostra um levantamento dos entrevistados quanto às funções

desenvolvidas na empresa. Segundo ele, 40% dos entrevistados eram os

proprientários das mesmas; 50% das micros e pequenas empresas

entrevistadas são administradas por gerentes, enquanto que 5% dos

estabelecimentos eram geridos por vendedores e em 5% quem conduzia eram

familiares.


49/68

Apesar de serem micro e pequenas empresas, a maioria delas possui uma

hierarquia administrativa que vai desde o proprietário, que podemos considerar

com gerente geral, passando pelo gerente, até chegar aos vendedores. Porém,

ainda existem administrações “caseiras”, conduzidas por familiares e sem tanta

preocupação com divisão de tarefas e responsabilidades.

5%

70%

10%

15% Menos de 1 anos

De 1 a 5 anos

De 6 a 10 anos

Mais de 10 anos

Gráfico 5 – Tempo de atuação no comércio varejista de confecções

Fonte: Pesquisa realizada com gestores de empresas do comércio varejista deconfecções no município de Caruaru-PE, no período de 07/11/2009 a 09/11/2009.

Foi questionado o tempo de experiência do empresário e administrador no

ramo de comércio varejista de confecções (gráfico 4). Entre eles, 5% possui

menos de 01 ano de experiência. A maioria dos entrevistados, mais

especificamente 70%, possui entre 1 e 5 anos; 10% tem entre 6 e 10 anos e

aqueles que possuem mais de 10 anos de experiência totalizam 15%.

Existir um percentual muito alto de gestores que estão atuando nesta área, e

eles tem de 1 a 5 anos de experiência. Este gráfico mostra a pouca experiência

destes gestores no ramo de confecções.

Apesar de todas as dificuldades encontradas pelos gestores desta área,

existem 15% de gestores com experiência de mais de 10 anos no mercado em

que atuam.


50/68

85%

5%

5%5%

De 1 a 5

De 6 a 10

De 11 a 15

Mais de 15

Gráfico 6 – Número de Funcionários



Quando questionados sobre a quantidade de empregados mantidos por cada

empresa participante (gráfico 5), constatou-se que 85% empregam de 1 a 5

funcionários, 5% de 6 a 10, 5% de 11 a 15 e também 5% mantém mais de 15

empregados.

As micro e pequenas empresas são reconhecidas por sua contribuição ao nívelde empregabilidade do país. Apesar de poucos funcionários em cada uma

delas (a maioria possui até 05 funcionários), o que proporciona geração de

emprego e distribuição de renda.

45%

55% sim não

Gráfico 7 – Utilização de Planos de curto e longo prazo




51/68

Quando questionados se a empresa utiliza algum tipo de planejamento, ou

seja, formulação de planos de curto e longo prazo, tais como fluxo de caixa,

controle de compra e venda e de mercadorias, 55% dos entrevistados

responderam que não. Enquanto que 45% respondeu que sim. Entre os

gestores que fazem uso destes planejamentos, metade deles não soube opinar

quais seriam. Já os demais, disseram que se utilizam do fluxo de Caixa, e

controle de Compras e Vendas de mercadorias.

Este percentual de empresas que não fazem planejamento, não o fazem por

não ter conhecimento do assunto mostrando uma deficiência na área, e da

assessoria prestada.

22%

22%

28%

26%

2%Controle de Contas aReceber

Controle de Contas aPagar

Controle de Caixa

Controle de Estoques

Nenhum

Gráfico 8 – Instrumentos de Gestão



Buscando verificar o nível de controle gerencial das empresas, foi questionado,

conforme apresentado no gráfico 8, quais os instrumentos de gestão utilizados

pelos entrevistados. Apenas 2% disse que não usava nenhum dos

instrumentos propostos. 22% dos entrevistados utilizam o controle de contas a

pagar e a receber, 28% usa o controle de caixa, bem como 26% emprega o

controle de estoques.


52/68

Isso demonstra uma preocupação com a gestão dos negócios. Através de

controles gerenciais permanentes fica mais fácil a tomada de decisão.

34%

30%

7%

3%

13%

13% 0%Fluxo de Caixa

Preço de Venda

Orçamento

DRE

Balanço

Nenhum

Outros

Gráfico 9 – Utilização de Relatórios Gerenciais



De acordo com o gráfico 9, quando questionados sobre os relatórios utilizados

no gerenciamento da empresa, os mais citados foram: o fluxo de caixa (34%) eformação do preço de venda (30%). O orçamento foi mencionado por 7% dos

respondentes, a DRE por 3% e o balanço patrimonial por 13% dos

entrevistados. Aqueles que responderam que não faziam uso de nenhum

relatório gerencial, totalizam 13%.

Os relatórios gerenciais permitem que o gestor planeje, observe o desempenho

da empresa e controle as ações, portanto, é relevante observar que a grandemaioria dos pesquisados utiliza ao menos um relatório gerencial no seu dia-a-

dia. Entretanto, a pesquisa também mostra que ainda existem gestores que

não usufruem de tais relatórios para a gestão da empresa.


53/68

55%

20%

20%

5%Sempre

Quase sempre

Raramente

Nunca

Gráfico 10 – Acompanhamento do Caixa



Neste item da pesquisa são apresentadas as respostas apresentadas pelos

gestores quando questionados sobre a realização de acompanhamento de

caixa nas empresas. O gráfico 10 evidencia que das 20 empresas

participantes, 55% afirmaram que sempre fazem acompanhamento de caixa,

ou seja, previsão de receitas e despesas. 20% realiza quase sempre, 20%

raramente utiliza tal ferramenta e 5% não faz acompanhamento algum de

caixa.

A pesquisa demonstra que as empresas, de uma forma geral, se preocupam

com o controle da sua disponibilidade financeira.

25%

25%15%

5%

25%

5% Nunca

Mensalmente

Quinzenalmente

Semestralmente

Anualmente

Outros

Gráfico 11 – Freqüência de recebimento de relatórios contábeis


54/68



O gráfico 11, mostra que 25% dos entrevistados nunca receberam nenhum

relatório contábil, 25% os recebe mensalmente, 15% afirma quequinzenalmente o contador está lhe enviando estes relatórios, 5% recebe

semestralmente, 25% recebe apenas anualmente e 5% não soube opinar.

Presenciamos neste tópico um percentual de gestores que não recebem

qualquer tipo de relatório contábil, mostrando uma falta de conhecimento da

importância destes relatórios para a gestão das empresas.

25%

45%

20%

10%

Nenhum

Básico

Internediário

avançado

Gráfico 12 – Conhecimento a cerca de Capital de Giro



Conforme o gráfico 12, 25% das pessoas entrevistadas alegam não conhecer

nada a respeito de capital de giro. É um índice elevado de pessoas que não

tem conhecimento a respeito do assunto, 45% diz ter um conhecimento

básico, 20% um conhecimento intermediário, enquanto 10% alegam ter um

conhecimento avançado sobre o assunto.

Este gráfico mostra que os gestores não tem o conhecimento da importância

do capital de giro para a vida e sobrevivência das empresas. Não dando a

importância necessária, pois ele é o responsável pelo ciclo operacional e apoio


55/68

financeiro da empresa, o financiamento de clientes, pois necessita de

constantes acompanhamentos.

75%

5%

5%

5%

10% Nunca

Sim.1 vez

Esporaticamente

Contador supre asnecessidades

Experiencia adquirida como passar dos anos

Gráfico 13 – Participação em cursos relacionados à gestão empresarial



Este gráfico mostra a situação das micro e pequenas empresas entrevistadas.

Entre as empresas pesquisadas, 75% dos seus gestores nunca fizeram um

curso em relação a administração e gestão empresarial, seguindo muitas vezes

pelo senso comum, 5% fez apenas uma vez um curso sob a gestão

empresarial, 5% relata que o contador supre todas as necessidades com

informações úteis e oportunas para o desenvolvimento da empresa e 5% relata

que a prática e a experiência adquirida ao longo dos anos são suficientes para

gerenciar o próprio negócio.

47%

4%

30%

19%0% Emissão de guias,impostos

Controle gerencialestoques

Analise demonstraçãocontábeis

Consultoria empresarial

Outros

Gráfico 14 – Preocupação quando da contratação de um profissional contábil


56/68



Perguntado sob quais as principais preocupações quanto da contratação de um

profissional contábil, 47% afirmaram que estão mais preocupados com aemissão de guias de impostos para pagamentos, 4% com controle gerencial

dos estoques, 30% estão preocupados com as análises das demonstrações

contábeis, 19% com consultoria empresarial.

Percebe-se através de pesquisa realizada, que a principal preocupação quanto

da contratação de um profissional contábil, é a abertura da empresa e

emissões de guias mensais de pagamento de impostos. Não levando emconsideração o auxilio gerencial, para tomadas de decisões.

10%

15%

55%

20% Sempre

Quase sempre

Raramente

Nunca

Gráfico 15 – Participação do contador na gestão empresarial



Buscando observar o nível de participação do contador nos assuntos acerca dagestão da empresa, verificou-se que 55% das empresas responderam que

raramente o contador participa de assuntos ligados à gestão (gráfico 16) e 20%

que nunca participou da gestão da empresa.

È de fundamental importância, a presença de um profissional contábil no

processo decisório das empresas, mas percebe-se que estes profissionais não

estão dando um suporte necessário. O contador é caracterizado como o


57/68

médico das empresas, mas que no entanto, está deixando as empresas

adoecerem e muitas vezes morrerem por falta de uma visão empresarial.

30%

60%

5%

5%

Nenhum

Básico

Intermediario

Avançado

Gráfico 16 – Conhecimento sobre relatórios contábeis



Apesar dos contadores não participarem ativamente das decisões gerencias

das empresas, verificou-se (gráfico 17) que os relatórios apresentados aos

gestores pela contabilidade são bastante relevantes, pois, dos 20respondentes, 30% afirmaram que não possuem nenhum conhecimento a

respeito de contabilidade e seus relatórios contábeis, 12, 60% responderam

que possuem um conhecimento básico e que 5% possui um conhecimento

intermediário, e também 5% possui um conhecimento elevado.

Através da pesquisa realizada, ficou evidente que os gestores entrevistados na

maioria das vezes têm um conhecimento básico em relação a os relatórioscontábeis.


58/68

30%

55%

10%5%

Sempre

Quase sempre

Raramente

Nunca

Gráfico 17 – Clareza dos Relatórios Contábeis



Neste gráfico mostra claramente as dificuldades existentes e percebidas pelosentrevistados quanto à clareza dos relatórios contábeis, 30% consideram claras

as informações, 55% acham que deveriam ser mais claras e detalhadas, 10%

tem um dificuldade maior de entender estas informações e 5% não entendem

nada destes relatórios.

Percebe-se que por falta de conhecimento na área contábil, a grande maioria

sentem dificuldades em relação a clareza dos relatórios contábeis, mostrando afragilidade destes gestores no processo decisório, para interpretação destas

informações.

95%

5%

Não

Sim

Gráfico 18 – Relatórios contábeis não disponíveis




59/68

Dos 20 empresários e administradores questionados, 95% disseram que não

existe nenhuma outra informação ou relatório gerencial contábil que atualmente

não está disponível e que seria de fundamental importância para a gestão de

suas empresas e 5% disse que falta mais informação a respeito do imposto de

Renda, que gostaria de se disponibilizasse um relatório sobre este tema.

4.3 Síntese

A análise dos resultados adquiridos dos gestores possibilitou chegar as

seguintes observações;

Percebeu-se que o quadro de gestores em sua grande maioria é formado porpessoas jovens do sexo feminino, que tem pouca experiência no ramo de

confecções e que está neste setor á pouco tempo.

Foi observada que maioria dos entrevistados realiza algum tipo de

planejamento, bem como mantém algum tipo controle nas organizações,

fazendo alguns planos, mas nota-se também uma carência na área contábil,

gerencial e financeira, demonstrando a falta de conhecimento nestas áreas.

Mas observa-se que a principio ao se contratar um contador a principal

preocupação é a abertura das empresas com o IR e as guias mensais de

pagamento de impostos, só percebendo a falta de um acompanhamento

gerencial mais tarde.


60/68

CAPÍTULO V

Considerações Finais


61/68

5.1 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste trabalho de conclusão de curso, buscou-se verificar as tecnicas

gerencias utilizadas e necessárias para o processo decisório das micro e

pequenas empresas, do ramo de confecções varejista de Caruaru PE.

O ramo de confecções de Caruaru tem um grande potencial na região, pois se

encontra no pólo de confecções do agreste, que engloba Caruaru, Santa Cruz

do Capibaribe e Toritama. Onde está localizada uma grande concentração de

pequenos, médios e grandes fabricantes de confecções.

Mas através da pesquisa foi observado que os gestores ainda utilizam

ferramentas básicas na administração de suas empresas, e ainda não tem o

conhecimento necessário das ferramentas que podem auxiliá-los na tomada de

decisão.

Deste modo, a presente pesquisa mostrou o perfil dos entrevistados que foi

percebido que há poucos empresários com formação especifica na área, talvez

seja pelo fato de a empresa ser pequena , o gestor leva em consideração que a

melhor forma de gestão é a prática e a experiência adquirida ao longo dos

anos.

As aplicações das técnicas gerenciais nas micro e pequenas empresas tornam-

se o processo decisório mais completo, ágil e principalmente mais seguro. As

decisões teriam que ser tomadas com a ajuda dos relatórios gerenciais,desenvolvidos pelo contador com o auxílio do gestor. Mas a implantação das

ferramentas gerenciais depende principalmente do empresário e também da

capacidade técnica do profissional contábil que lhe assiste.


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5.2 – Recomendações

A título de sugestão a pesquisas futuras sobre esta temática, e/ou sua

continuação, é recomendado a estudantes que estarão entrando nesta área

contábil estudarem estas empresas e lhe dar maior atenção e também para

profissionais já atuantes na área, para dar uma contribuição e quem sabe

assim está contribuindo para diminuir este triste quadro de mortalidade destas

empresas. O assunto ainda é bastante intenso, então recomendo para

trabalhos futuros abordar quem sabe outras regiões que são bastante forte

também no ramo de confecção.


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PARTE 1 – PERFIL DO ENTREVISTADO

1.1 Gênero:

( ) Masculino ( ) Feminino

1.2 Idade:

( ) Até 30 anos ( ) De 41 a 45 anos

( ) De 31 a 40 anos ( ) Mais de 45 anos

1.3 Grau de Escolaridade:

( ) Ensino Fundamental ( ) 3º Grau Completo

( ) Ensino Médio Completo ( ) 3º Grau Incompleto

( ) Ensino Médio Incompleto ( ) Pós-graduação

( ) Outros_________________________

1.4 Função que desempenha na empresa?

( ) Proprietário ( ) Vendedor

( ) Gerente ( ) Outros ______________________

1.5 Há

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