Religião e Sociedade Na América Portuguesa

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RELIGIO E SOCIEDADE NA AMRICA PORTUGUESA

RELIGIO E SOCIEDADE NA AMRICA PORTUGUESAInstituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia do MaranhoCurso: AgroindstriaDisciplina: Histria IIIProfessor: Ariel Tavares

Cultura africana na formao scio-cultural do brasileiro: lavagem das escadarias da igreja do Senhor do Bonfim: teria surgido de um culto em homenagem a Oxal, orix iorub responsvel pela criao do cu e da terra e de todos os seres.Os africanos escravizados trouxeram, para o Brasil, sua lngua, seus costumes e a f em Oxal.

Ao conjunta: Igreja Catlica e Estado portugusCristianizao forada dos africanos escravizados;Resistncia cultural: incorporao e adaptao de elementos do catolicismo tradicional religiosidade africana sincretismoReligies afro-brasileiras: Oxal associado Jesus Cristo e ao Senhor do Bonfim.Evangelizao e Inquisio1500: Pero Vaz de Caminha j se preocupava com a catequizao dos ndios;Estreita ligao: Igreja e Estado.Interesses comuns nas esferas religiosa, poltica e econmica.Contexto Europeu: Reforma Protestante (1517);

Evangelizar preciso...Uma das determinaes de d. Joo III para Tom de Sousa era: converter a gente das terras do Brasil nossa Santa F catlica;Tendo em vista essa orientao que vieram, junto com o governador-geral, padres jesutas;

O tribunal da InquisioO Tribunal do Santo Ofcio foi fundado durante a Idade Mdia;Sua misso: combater os saberes eruditos contrrios as catolicismo e impedir o avano do protestantismo, alm de perseguir as manifestaes culturais e religiosas dos grupos populares rebeldes aos dogmas da Igreja. Inquisio na poca da unio Ibrica (1580-1640)Inquisio na Pennsula Ibrica: Perseguio aos cristos-novos;Pensou-se em estabelecer uma sede do Tribunal do Santo Ofcio na colnia brasileira, o que no se concretizou;No entanto, sua ao no Brasil foi reforada: Visitaes.

Procedimentos inquisitoriais e punioAo se instalar uma visita inquisitorial, liam-se nas praas e igrejas os ditos de f (enumerando-se todas as faltas que o inquisidor tinha por misso vigiar e punir);Punies: multas, confisco de bens, penitncias pblicas, degredo, priso perptua e pena de morte.Auge: primeira metade do sc.XVIII (economia colonial se baseava na explorao aurfera). Inquisio e medo na colniaAproximadamente 500 cristos-novos foram levados a Portugal para julgamento;S o nome Santo Ofcio j provocava temor entre a populao;Religiosidade popular na colniaas alegres missas promovidas por jesutas no sculo XVI, em que os ndios iam tangendo e cantando folias a seu modo, ao som de maracs, berimbaus, taquaras, parecem ter preconizado momentos de igual euforia religiosa: as festas do barroco mineiro setecentista [...]. As procisses festivas que o bem-pensante Peregrino comentava escandalizado tambm ilustram o lado alegre da religiosidade da colnia. SOUZA, Laura de Mello e. O diabo e a Terra de Santa Cruz. So Paulo: Companhia das Letras, 1994. p.137.Religiosidade popular na colniaIrmandades leigas: sedes de devoo e, ao mesmo tempo, do assistencialismo social.Participar de uma irmandade poderia significar a sada da marginalidade social;Importantes na vida e na morte: prestgio e promoo social; sepultamento decente aos confrades.Religiosidade popular e arte: o Barroco mineiroAs irmandades construram, reformaram e decoraram muitas capelas e igrejas que homenageavam os santos de devoo dos confrades;So responsveis, em parte, pelo desenvolvimento do estilo artstico colonial conhecido como Barroco mineiro.Barroco mineiroCaractersticas peculiares: Uso da pedra-sabo para esculturas e medalhes das portadas;Colunas brancas ornadas com ouro;Pinturas alegricas e multicoloridas nos tetos com efeitos ilusionistas;Torres laterais cilndricas.

O auge do Barroco mineiroAntnio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1738-1814): esculturas e igrejas;Manuel da Costa Atade (1762-1830): pinturas.Incorporaram influncias de profissionais vindos de Portugal, Salvador e Rio de Janeiro;Desenvolveram estilo prprio: traos mais sutis e leves se comparado com o Barroco portugus ou dos principais centros da colnia.Barroco e estrutura socialO aparecimento desses artistas no ambiente colonial indicava um perodo de relativa prosperidade material nas cidades e vilas que se enriqueciam graas aos recursos trazidos pela explorao do ouro, a partir do sculo XVIII. Em muitos casos, essa nova situao fazia com que mulatos e outras figuras marginalizadas do mundo colonial alcanassem prestgio ou um interessante meio de sustento.

Barroco e estrutura socialOs artfices ou artesos que realizaram esses trabalhos artsticos eram de origem social baixa, em geral mulatos;Garantiram, atravs do seu trabalho, subsistncia e, tambm, um certo prestgio social. Mercado de arte na Colnia?Formao de um mercado consumidor de arte: carter fortemente religioso.As irmandades, igrejas e particulares eram os principais consumidores das construes arquitetnicas e imagens barrocas.Atualmente, o barroco possui grande valor histrico e esttico e tem a maioria de suas obras concentradas em regies do interior mineiro e no Nordeste.