RENATA EMILY FONSECA RODRIGUES Médio e sua … · 2014 . Renata Emily Fonseca Rodrigues ......

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PÓS-GRADUAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA RENATA EMILY FONSECA RODRIGUES A produção textual no último ano do Ensino Médio e sua relevância para a redação do Enem. Orientador: João Francisco Sinott Lopes RIO DE JANEIRO 2014

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PÓS-GRADUAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA

RENATA EMILY FONSECA RODRIGUES

A produção textual no último ano do Ensino

Médio e sua relevância para a redação do Enem.

Orientador: João Francisco Sinott Lopes

RIO DE JANEIRO

2014

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Renata Emily Fonseca Rodrigues

A produção textual no último ano do Ensino

Médio e sua relevância para a redação do Enem.

Trabalho de conclusão de curso apresentado a

AVM Faculdade Integrada como parte das

exigências para a obtenção do título de

Especialista em Língua Portuguesa.

Rio de Janeiro

Outubro/2014.

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O conhecimento nos faz responsáveis. Che Guevara

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Aos afilhados Maria Eduarda e João Victor – futuros escritores.

A escrita não é um veículo para se chegar a

uma essência. A escrita é a viagem, a

descoberta de outras dimensões e mistérios

que estão para além das aparências.

Mia Couto. 1

1 . O sertão brasileiro na savana moçambicana. Passatempo+ textos de opinião. Lisboa: Caminho, 2005.p.110

(fragmento)

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Agradecimentos:

Agradeço a Deus pela oportunidade em “sentido amplo” de concluir este curso de

Pós-graduação lato Sensu, que representa um nova etapa em minhas conquistas e o

longo percurso acadêmico, que pretendo realizar.

Ao Professor João Francisco Sinott Lopes pelos excelentes esclarecimentos e a

orientação deste trabalho.

Agradeço a minha mãe Emília Regina Martins Fonseca Rodrigues pelas palavras

constantes de incentivo ; À Imidia Bertino pelo companheirismo e paciência durante a

elaboração deste trabalho. A Janis Joplin por me acalmar (lambendo minha mão) com seu

instinto felino,nos momentos em que eu estava angustiada.

As minhas avós, que onde estiverem tenho certeza de que ainda me ampararam -

como sempre - em minhas lutas acadêmicas conjuntas a rotinas profissionais e afãs

pessoais. Ao meu avô por preocupar-se com tantos cursos que me inscrevo, e questionar a

influência deles no meu sucesso profissional.

A Norma Lima e Vinícius Rangel– amigos-irmãos - no qual a vida valiosamente

proporcionou deliciosos encontros – além de referencias pessoais e acadêmicas, que me

envaidecem de orgulho, e demonstram ser possível fazer novas relações interpessoais,

também como alcançar conhecimentos acadêmicos por meio de dedicação, muita

transpiração,humildade,persistência e crença num “amanhã” profissional bem-sucedido.

Aos colegas de profissão Fernanda Celli, Lidiana Gomes, José Delfim,Raquel

Grisollia, Giselle Catanhede, José Eduardo, Laura, Clarissa, Amanda e aos alunos Raissa

Gonçalves,Alexsandra Alves, Emilli Moura, Alice Manoela,Anália, Thalia Fernandes,

Márcio Belchior,Rafael Credes,Vital Ribeiro,Marcel Bulhões,Arlan Toledo,Victória

Gonçalves,Lucas Rocha, Gustavo Rodrigues e Isabella Garcia pelo altruísmo ao

responder os meus questionamentos referentes a esse trabalho.

E aos colegas de curso, que em ambiente de EAD compartilharam dúvidas,

esclarecimentos e comentários abrangentes cujo se tornaram bússola a auxiliar uma

direção conjunta ao término deste curso de Especialização em Língua Portuguesa.

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Sumário

Resumo

Introdução .................................................................................................................................. 9

1. A Produção textual no Ensino Médio da escola pública do Estado do Rio de janeiro ...... 13

1.1. A relevância da produção textual no último ano do Ensino Médio. .............................. 27

1.2. As principais dificuldades enfrentadas por alunos do 3º ano em Produção Textual. . 29

2. Recursos Estilísticos Fundamentais para a qualidade textual. ...................................... 34

3.Dicas e estratégias para a construção de um bom texto para o Enem. .............................. 42

Considerações Finais ........................................................................................................... 53

Bibliografia ......................................................................................................................... 56

Anexos ................................................................................................................................. 58

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A produção textual no último ano do Ensino Médio e sua relevância

para a redação do Enem.

Renata Emily2

Resumo:

Este TCC apresenta como objeto principal uma reflexão parcial acerca da produção

textual desenvolvida no último ano do Ensino Médio de acordo com a matriz de

referência da Escola Estadual do Rio de Janeiro em comparação com a matriz de

referência do Enem de 2014.

Pretende-se elencar, assim como demonstrar a relevância da escrita, os relatos de

alguns estudantes do 3º ano do Ensino Médio sobre as principais dificuldades ao se

elaborar um texto em sala de aula ou durante o exame de seleção, mais conhecido como

Exame Nacional do Ensino Médio – Enem.

A fim de contribuir com estudantes, realizar corroborações, além de trocas de

conhecimento e metodologias entre professores serão abordadas dicas para que o estudante

amplie sua capacidade analítica, estrutural e criativa para dissertar assertivamente sobre

qualquer tema ou problema presente num concurso.

Palavras-chave: A relevância da Produção textual, 3º ano do Ensino Médio, redação

do Enem, Escola Estadual do Rio de Janeiro.

2 Pós-graduanda do Curso de Língua Portuguesa. AVM. Faculdades Integradas; Graduanda do Curso de Pedagogia.

Universidade Federal Fluminense; Graduada em Letras. Universidade Estácio de Sá.

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The textual production in the last year of high school and their

relevance to the writing of Enem. Renata Emily3

Abstract:

This TCC presents the main object a partial reflection on the text production

developed in the last year of high school according to the reference matrix of the State

School of Rio de Janeiro in comparison with the reference matrix Enem , 2014.

It is intended to list, as well as demonstrate the relevance of writing, reports of

some students of the 3rd year of high school on the main difficulties when preparing a

text in the classroom or during the selection test, known as the National Examination

Secondary - Enem.

In order to contribute to students, conduct corroboration, and knowledge

exchanges between teacher’s tips and methodologies will be addressed for the student to

expand its analytical, structural and creative ability to assertively lecture on any topic

or present a competition problem.

Keywords: The relevance of textual production, 3rd year of high school, writing

Enem, State School of Rio de Janeiro.

3 Postgraduate Course in Portuguese. AVM. Integrated College; Undergraduate Education Course.

Universidade Federal Fluminense; Graduated in Literature. Estacio de Sá University.

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Introdução

Antes de escrever, portanto, aprendei a pensar.

Nicolas Boileau4

Ao se pensar nas habilidades e competências adquiridas pelos alunos do 3º ano do

Ensino Médio nota-se na grande maioria dos discentes: dificuldades para escrever e

atender as predeterminações, exigências e adequações de gêneros textuais distintos

oriundos de diversas esferas – sociais artísticas e literárias, tais como: contos, crônicas,

editorias, cartas ao leitor e argumentativa, notícia, reportagem, resenha crítica,

entrevistas, artigo de opinião, resumo, relatório, manifesto, panfleto, relato pessoal, blogs,

texto dissertativo-argumentativo em prosa, entre outros. A partir dessa percepção de

deficiência na escrita surgem as seguintes questões:

1. Quais são as principais dificuldades enfrentadas por alunos do 3º ano do

Ensino Médio ao realizar uma produção textual e o que essas barreiras, se

intransponíveis podem acarretar no momento de construção da redação do

Enem?

2. De que maneira a instituição escolar, representada pela figura do(a)

professor(a) pode auxiliar na elaboração e construção de textos , sem tornar

essa atividade um calvário capaz de calar a voz interlocutória do discente, e

mudar o estilo textual com base numa imposição docente autoritária e

estrutural?

Para responder essas questões temos a necessidade de conhecer, estudar e analisar

a matriz de referência de Produção Textual escolar em anos anteriores, como também no

ano/série em questão, e compará-las a Matriz de referência proposta em 2014, para a área

de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias/ Redação com o intuito de ensinar com

equidade as competências e habilidades necessárias, assim como rever pontos de

relevância da produção textual para os discentes e para a vida; o aprendizado e o uso de

recursos estilísticos fundamentais para a qualidade textual, e por fim criar dicas e

estratégias eficientes para elaborar textos com propostas de intervenção adequadas ao

tema e ao problema a ser abordado e disponibilizar respostas de alguns professores sobre a

4 Crítico e poeta francês.

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sugestão para a melhoria da produção textual e auxílio na elaboração de textos baseados

em experiências pessoais e vivências de mundo do aluno.

Revisão Bibliográfica

No primeiro capítulo intitulado A Produção textual no Ensino Médio da escola

pública do Estado do Rio de Janeiro demonstramos a adequação do currículo proposto

pela SEEDUC-RJ, assim como o percurso da produção textual no Ensino Médio. Para isso

nos ancoramos numa análise de itens do currículo desde o Ensino Fundamental até o

Ensino Médio, e chegamos a essa conclusão devido ao cruzamento documental

comparativo entre habilidades e competências da matriz de referência do Exame Nacional

de Ensino Médio. A fim de obter imparcialidade questionou-se nove professores da rede

que lecionam disciplinas distintas pertencentes ao Ensino Médio, a cerca da contribuição

do currículo para uma escrita autônoma e crítica, como também sobre dificuldades dos

alunos, métodos de avaliação textual,e sugestões para melhorar o desempenho na produção

de textos.

Concernente ao capítulo um ponto um discorremos a cerca da Relevância da

produção textual no último ano do Ensino Médio, e assim lançamos mão da análise

crítica de (Geraldi, p.124) que ressalta a importância da escrita para o indivíduo -

Escrever é ,assim, ascender socialmente. Dá status. Escrever dentro de certa modalidade, mais formal, dá

ainda mais status. Essa não é uma relação mecânica, consciente, mas que subjaz à produção de texto

escrito em interlocução social. E também relaciona a escrita como relação de poder e manobra por

determinada classe social: (...) “a escrita achou-se e acha-se profundamente marcada pela sua assimilação

por parte de camadas sociais que, por condições de privilégio,mais a manipulam(...) Ela guarda, não por

essência, mas por razões estratégicas, marcas dessas mesmas camadas”. Já (Corgozinho Filho, P.68)

fundamenta a relevância da escrita como interação por meio da participação social de um

indivíduo crítico e participativo: A comunicação por escrito é uma necessidade presente em vários

momentos de nossa vida particular ou profissional. Cada um de nós, nessas situações,deve utilizar

palavras adequadas à circunstância comunicativa da realidade em que estamos. É preciso que as palavras

que usamos na comunicação estejam adequadas às ideias que queremos veicular, considerando-se o

contexto em que se acham inserida(...)

Na visão de Alves,ET ali. a produção textual no Ensino Médio é uma habilidade a ser

adquirida que estabelece uma competência primordial e deve ser desenvolvida pelo

discente na escola :O conhecimento construído dentro da escola é algo que possibilita com que, a partir

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de um armazenamento de informações e através de um processo gradativo de aprendizagem, o aluno torne-

se capaz de encontrar novas respostas ou soluções para problemas, em situações novas, tornando-se apto a

interagir socialmente de forma independente.

Por fim Maria Luiza e Maria Bernadete M. Abaurre(2013,p.19)citam a

responsabilidade da escola no tocante de ensinar, capacitar e orientar aos discentes

quanto o relevante exercício da produção de textos:

(...) Várias são as situações escolares em que os alunos enfrentam o

desafio de produzir textos expositivos e argumentativos. A prova de

redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e de vários

vestibulares é provavelmente a mais conhecida dessas situações, mas

antes de prestar esses exames, os alunos são solicitados, em sala de aula,

a elaborar relatórios, dissertações etc.

Sabemos que, em situações cotidianas, raras vezes enfrentamos o desafio

de produzir textos escritos de caráter expositivo e/ou argumentativo. Por

esse motivo, a escola é o lugar preferencial para que os alunos entrem em

contato com tais textos aprendam a reconhecer suas características

estruturais e também produzi-los de modo eficiente.

No capítulo um ponto dois destacamos as principais dificuldades enfrentadas por

alunos do 3º ano em Produção Textual de acordo com a opinião de discentes do 3º ano do

Ensino Médio e de ex-alunos de uma escola localizada na região da Costa Verde. , nas

quais encontramos referencial teórico em Escrever e passar. Redação para concurso, do

autor Everardo Leitão, sendo possível identificar problemas de ordem sintática, ordem

morfológica, fonológica e textual.

O segundo capítulo versou sobre o uso de Recursos Estilísticos Fundamentais para

a construção da qualidade textual, onde destacamos: linguagem padrão X linguagem

coloquial, elementos da comunicação, os tipos de discurso,a função da linguagem

denotativa, as figuras de linguagem, de pensamentos, palavras , e de harmonia , além

dos conetivos cuja a necessidade do conhecimento e de uso de tais recursos foi apontado

por (Geraldi,2014, P.118) na Obra O texto na sala de aula:

(...) a identificação de procedimentos e recursos linguísticos utilizados pelo estudante é

importante, na medida em que eles ajudam a elucidar as condições de produção da redação escolar.

Fez-se uso também dos pensamentos encontrados na apostila do Curso de Pós-Graduação na área

de Língua Portuguesa. Recursos Estilísticos. AVM Faculdade Integrada. Brasília. DF. elaborada por Marcelo

Paiva, que pontuou o estilo como:

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1. O estudo dos processos de manipulação da linguagem pelos quais a pessoa que escreve e fala pode

exprimir uma mensagem emotiva e intuitiva pelas palavras (...)”

2. “A estilística é uma área da linguística e estuda a variação do uso da língua em vários grupos e

segmentos” (...)

3. “A estilística está atenta aos níveis de diálogo, aos usos regionais de acentos e à existência de

dialetos. Também estuda, além das referências dos grupos, a língua descritiva, o uso gramatical e particular

da língua. O termo “estilística” pode designar relações entre a forma e os efeitos no uso de uma determinada

língua”(...).

4. (...) são opções específicas de um autor na escolha de palavras, construções e estruturas textuais.

5. A expressão “estilística” (em alemão Stilistik e em frânces stylistique) é o estudo e a prática de

recursos expressivos intencionais com objetivo de destacar o uso de uma língua com apelos sonoros,

estruturais, racionais, emocionais, etc. A intenção do autor é promover reações (além da simples

comunicação) no receptor da mensagem.

No último capítulo tratamos sobre as Dicas e estratégias para a construção de um

bom texto, que são: a obtenção de informações através de leitura diária de jornais

impressos, livros e revistas especializadas, visualização de jornais televisivos,vídeos da

internet,filmes, debates com amigos, o treino da escrita ao fazer as propostas de redações

anteriores do Enem, assistir aula pelo You Tube, e similares, aprender com a opinião de

outro leitor,evitar erros como - Trocar o tipo ou o gênero textual no momento de escrever o

texto, fugir do tema, usar impropriamente a linguagem oral, rebuscar com as palavras

demasiadamente, usar clichês e provérbios, usar citações sem cuidado, abusar da

redundância,radicalizar e panfletar, exagerar nas informações,entre outros.

Nos ancoramos em pensamentos de Everardo Leitão, além de consultar a Revista

Guia do estudante de Redação para elencar as dicas e definir o padrão do bom texto, que

para a construção de acordo com n o primeiro autor a escrita deve ser: coerente,

coesa,simples,clara, objetiva, concisa,organizada,e correta gramaticalmente. Já a

Professora Ecília Correia consultora da Revista Guia do Estudante,Editora Abril

acrescenta que para o texto sair como esperado pela banca ou para o leitor leigo o estudante

deve seguir os seguintes passos:

Ver o tema de redação e fazer uma leitura cuidadosa da prova ; Elabore o projeto de texto e

escolha uma tese; Faça a primeira versão do texto; Lembrar-se da estrutura básica da

dissertação argumentativa:introdução, desenvolvimento e conclusão. Revisar o texto,

passar o texto a limpo.

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1. A Produção textual no Ensino Médio da escola pública do Estado do Rio de

Janeiro.

“Escrevo sem pensar, tudo o que o meu

inconsciente grita. Penso depois: não só para

corrigir, mas para justificar o que escrevi”.

Mário de Andrade.

A produção textual realizada por alunos nas escolas públicas do Estado do Rio de

Janeiro, na atualidade situa-se numa relação baseada entre a realidade e a ficção,apesar

do currículo mínimo proposto em Língua Portuguesa e Produção Textual estar de acordo

com as habilidades e competências que transformará o cidadão em um autor autônomo e

crítico e vice e versa, porém há entraves pois a produção textual é trabalhada com

efetividade em parte das escolas, enquanto em outras é tomada como um ato artificial e

descontínuo da prática de ensinar a Língua Portuguesa levando a uma

disfuncionalidade da disciplina de produção textual. Os motivos para essa realidade

educacional desvantajosa em relação a outras redes se correlaciona a fatores como:

Alfabetização/ letramentos precários presentes nas escritas de crianças

egressas do 5º ano do Ensino Fundamental (1º segmento);

Inexistência do hábito de escrita espontânea discente desde as primeiras

séries, onde impera a cópia de um modelo a ser seguido pelo aluno;

Grande quantitativo de discentes alocados em sala de aula – acima de 25

alunos;

Carência de leitura crítica e interpretação dos fatos que ocorrem no cotidiano,

pois a maioria dos jovens discentes ainda não percebeu que as disciplinas escolares fazem

parte da vida cotidiana, e não são conhecimentos ultrapassados e estanques.

Falta de uma chave de correção para a produção textual adotada pelos

professores para que o aluno tenha um parâmetro ao escrever e se baseie numa realidade

entre o aceitável e o reprovável cometido por ele, e que são cobrados em concursos em que a

redação, é uma das exigências, isto é, ferramenta de diferenciação e desempate entre

candidatos;

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Falta de esclarecimento sobre as estruturas dos gêneros textuais, demonstrar

ideias-chave, parágrafos, tópicos frasais, argumentos, conectivos, entre outros macetes,

que facilitam a escrita do estudante, entre outras fraquezas pedagógicas.

Curso intensivo de 3 anos de duração em produção textual abarcando todos

os gêneros discursivos5 e tipos textuais a privilegiar o gênero dissertativo-argumentativo

– muito solicitado em ambientes não escolares por meio de concursos públicos e

vestibulares, como o Enem.

Para que possamos verificar a adequação do currículo mínimo das escolas do

Estado do Rio de Janeiro presente na disciplina de Produção textual deveremos analisá-lo

ao longo dos Ensinos Médio / Fundamental a fim de compará-lo a matriz de referência

do Enem6, sendo possível verificar a adequação do currículo a fim de que os discentes

tenham a oportunidade entender e escrever de acordo com as habilidades e competências

exigidas neste processo seletivo afamado. (A disposição do currículo mínimo na íntegra

poderá ser visualizado na parte anexa). E também contamos com as opiniões de

professores que atuam na rede.

Questionamento aos professores7:

1. Quais são as principais dificuldades enfrentadas por alunos do Ensino Médio ao

realizar uma produção textual em sua disciplina?

Giselle – Língua Inglesa 6º, 7º,8º,9º e 3º ano EM:”Interpretar o enunciado, falta de leitura e

pobreza de vocabulário”.

Laura – Ciências/ Biologia 6º,7º,8º,9º , 1º ano EM:”Os alunos não leem e por isso tem

dificuldade de argumentação”.

5 São padrões de composição de textos determinados pelo contexto em que são produzidos, pelo público a que eles se

destinam, por sua finalidade, pelo contexto em que são produzidos,, pelo público a que eles se destinam, por sua

finalidade por seu contexto de circulação, etc. São exemplos de gêneros discursivos o conto, a história em quadrinhos, a

carta, o bilhete, a receita, o anúncio, o ensaio, o editorial, entre outros. Fonte: ABAURRE, Maria Luiza, Maria Bernadete

M. Um olhar objetivo para produções escritas: analisar, avaliar, comentar. 1ª edição, São Paulo: Moderna, 2012. P.15 6 . Apesar de fazermos essa comparação e análise entre as matrizes de referência do Currículo Mínimo do Estado e do

Enem para verificar a correlação entre habilidades e competências, temos a intenção de explicitar, que a escola não deve

apenas condicionar-se a uma instância de pré-enem ou pré-vestibular – existindo dessa maneira a inserção de diversos

conteúdos atrelado a eles: Gêneros textuais não cobrados no exame de seleção para as universidades de nosso país

condicionados ao conhecimento do cidadão em inúmeras situações cotidianas. (Renata Emily) 7 Realizamos entrevistas com professores de disciplinas variadas, pois entendemos que a escrita de textos

ocorre em todas as disciplinas, e ter uma análise apenas dos professores de Língua Portuguesa é delegar

somente a essa disciplina a responsabilidade pela capacidade de se expressar de modo dissertativo-

argumentativa – ação incoerente e limitadora. (Renata Emily)

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Clarissa – Língua Portuguesa 2º e 3º ano do EM: “Os principais problemas são manter a

estrutura e características do tipo textual exigido; acentuação gráfica, concordância e

regência”.

Amanda - Língua Portuguesa – 8º ano e 2º ano EM: “Expor as ideias de uma forma coesa

usando vocabulário adequado. Os alunos tem apresentado também dificuldades no uso da

pontuação e problemas com ortografia”.

Raquel – Química – 1º,2º e 3º ano EM: “As dificuldades são a falta de argumentação e a

grande dificuldade em transpor a linguagem coloquial em escrita formal/ padrão”.

José Eduardo – Matemática - 6 º, 7º, 8º, 9º e 1º EM: “A maioria não sabe escrever textos

demonstram a falta que faz a leitura. Tem falta de vocabulário, e não conseguem

desenvolver um assunto”.

Fernanda – Educação Física – 3º ano EM: “Transformar as ideias que eles têm em um

texto coerente para que se façam entender”.

José Delfim – História – 8º, 9º e 1º ano do EM: “Tenho pouca experiência com Ensino Médio,

mas de um modo geral sinto que falta ao discente o exercício de pensar por si. De organizar

uma perspectiva por meio de um exercício de racionalização e então construir a partir daí

um texto coeso para seu leitor”.

Lidiana – Educação física – ,1º , 2º , 3º ano do EM: “Acredito que as maiores dificuldades

dos meus alunos estão relacionadas a falta de coesão, coerência textual e pontuação”.

2. Você acredita que por meio de sua didática em sala de aula e através do uso do currículo

o aluno é capaz de desenvolver a escrita de maneira autônoma e crítica em qualquer gênero

solicitado na escola ou fora dela?

Giselle – Língua Inglesa 6º, 7º,8º,9º e 3º ano EM: “Depende. Podemos perceber que nem

sempre se consegue completar o currículo, mas procuro explorar a leitura em sala e em casa

(através de exercícios sobre os textos8 e debates). Peço para reescreverem as histórias usando

o vocabulário deles, a fim de que eles digam o que entenderam do assunto e como

8 Texto é o espaço de concretização do discurso. Trata-se sempre de uma manifestação individual, do modo

como um sujeito escolhe organizar os elementos de expressão de que dispõe para veicular o discurso do grupo a

que pertence. Fonte: ABAURRE, Maria Luiza, Maria Bernadete M. Um olhar objetivo para produções escritas:

analisar, avaliar, comentar. 1ª edição, São Paulo: Moderna, 2012. P.15

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gostariam que determinado texto fosse feito, além, de colher a opinião deles sobre qualquer

assunto, e informar aos pais através de bilhetes”.

Laura – Ciências/ Biologia 6º,7º,8º,9º , 1º ano EM: “Eu busco incentivar a leitura e a

escrita, o que deve contribuir para o aluno em outras áreas já que muitos assuntos são

interdisciplinares”.

Clarissa – Língua Portuguesa 2º e 3º ano do EM: “Acredito que após o trabalho

desenvolvido ao longo do Ensino Médio, sim. Entretanto, dificilmente o professor

responsável pela produção textual em determinada turma consegue acompanhar o aluno do

1º ano ao 3º ano. Sendo assim, é difícil afirmar que esse aluno estará apto para desenvolver

qualquer gênero”.

Amanda - Língua Portuguesa – 8º ano e 2º ano EM: “Acredito em partes, a didática em

sala de aula ajuda, porém, a melhor maneira de desenvolver a escrita de maneira autônoma

é com a leitura de diversos gêneros textuais”.

Raquel – Química – 1º,2º e 3º ano EM:”Especificamente em Química o currículo é

deficitário”.

José Eduardo – Matemática - 6 º, 7º, 8º, 9º e 1º EM: “Sim, mas ao mesmo tempo tem que

acontecer uma recuperação paralela destes alunos, no intuito de fazer com que eles

adquiram as habilidades em defasagem”.

Fernanda – Educação Física – 3º ano EM: “Com alguma dificuldade sim, pois tem

dificuldades em colocar alguma coisa no papel”.

José Delfim – História – 8º, 9º e 1º ano do EM: “Acredito que sim. Contanto que eu faça o

devido uso do currículo e saiba utilizar a didática de modo a incentivar e motivar o

desenvolvimento de meus alunos”.

Lidiana – Educação física – ,1º , 2º , 3º ano do EM: “Sim, acredito”.

3.De que maneira você costuma avaliar as produções textuais em suas turmas? Explique a

sua metodologia.

Giselle – Língua Inglesa 6º, 7º,8º,9º e 3º ano EM: “Costumo levar livros de história (contos)

e apresento a eles. Depois debato os livros, apresento filmes e peço para eles escreverem

relacionarem as histórias, mudarem os personagens, o tempo verbal. Avalio a sequência

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lógica, ortografia e gramática. E por fim peço que eles leiam em voz alta e contem para a

turma”.

Laura – Ciências/ Biologia 6º,7º,8º,9º , 1º ano EM: “Trazendo resumos de filmes ou

propondo perguntas para guiar a formulação de um texto, sempre trabalhando conforme o

conteúdo de Biologia”.

Clarissa – Língua Portuguesa 2º e 3º ano do EM: “Avalio quanto às exigências do gênero,

paragrafação e regras gramaticais”.

Amanda - Língua Portuguesa – 8º ano e 2º ano EM: “Interpretação de texto como forma de

avaliar leitura e compreensão; Produção de diferentes tipos de textos com correção e reescrita

quando o texto não apresenta adequação”.

Raquel – Química – “Na disciplina de Química não trabalho produção textual”.

José Eduardo – Matemática - 6 º, 7º, 8º, 9º e 1º EM: “Como professor de matemática, nós não

produzimos muitos textos, mas necessitamos das leituras e interpretações de textos que são

feitas rotineiramente”.

Fernanda – Educação Física – 3º ano EM: “Através de trabalhos escritos e entregues em que

os alunos tenham que apresentá-los através de seminário”.

José Delfim – História – 8º, 9º e 1º ano do EM: “A partir da estrutura do que está escrito.

Busco acima de tudo a coesão e então o ajuste de enganos ortográficos. De modo que

acredito ser a falta de coesão a sintomática mais grave em um texto, pois atesta uma

ausência de aptidão em organizar e expor ideias”.

Lidiana – Educação física – ,1º , 2º , 3º ano do EM: “Avalio observando os seguintes

aspectos: - Se o texto possui uma sequência lógica (coesão);- Se a ideia está sendo

transmitida de forma nítida e com coerência;- E do uso da pontuação”.

4. O que você sugere para que os alunos melhorem a produção textual fora do ambiente

escolar?

Giselle – Língua Inglesa 6º, 7º,8º,9º e 3º ano EM: “Leitura paradidática,que os alunos

assistam a documentários, façam atividades com jogos de perguntas e respostas, que

discutam com colegas um assunto de interesse através de e-mail”.

Laura – Ciências/ Biologia 6º,7º,8º,9º , 1º ano EM: “Ler assuntos de seu interesse e levar

para a sala de aula”.

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Clarissa – Língua Portuguesa 2º e 3º ano do EM: “Sugiro a leitura das mais diversas

linguagens, ou seja, desenvolvam um trabalho de interpretação e questionamentos em

diferentes formatos (cinema, música, teatro)”.

Amanda - Língua Portuguesa – 8º ano e 2º ano EM: “Incentivo à leitura”.

Raquel – Química – 1º,2º e 3º ano EM: “Leitura e filmes”.

José Eduardo – Matemática - 6 º, 7º, 8º, 9º e 1º EM: “Leituras de textos que tenham a ver

com a idade deles, revistas em quadrinhos, pequenos livros de aventuras, jornais.

Confecção de jornais com as notícias de jornais”.

Fernanda – Educação Física – 3º ano EM: “Através da leitura”.

José Delfim – História – 8º, 9º e 1º ano do EM: “Leitura e escrita. Que leiam de jornais e

revistas aos clássicos da literatura sempre de modo crítico e escrevam sobre o que leram ou

mesmo sobre o que não leram. Escrevam para si e escrevam para os outros”.

Lidiana – Educação física – ,1º , 2º , 3º ano do EM: “Sugiro que os mesmos busquem a

leitura como uma aliada, tanto para adquirir novos conhecimentos quanto para melhorar a

sua produção textual”.

As declarações dos docentes vão de encontro as ideias de (Maria Luiza/ Maria Bernadete

M. Abaurre , 2012,P.11) pois afiançam que toda experiência de leitura, por mais informal

que possa parecer, contribui para a formação de um importante repertório pessoal de

referências históricas, culturais, políticas, etc. ainda que nem sempre façamos isso de

modo consciente, recorremos a esse repertório no momento de produzir textos dos mais

variados gêneros. Esse é um dos motivos pelos quais se costuma afirmar que há uma

relação necessária entre leitura e escrita.

5. De que maneira o(a) professor(a) pode auxiliar na elaboração e construção de textos, sem

tornar essa atividade capaz de calara voz interlocutória do discente em suas experiências

pessoais/ vivências de mundo, teses e argumentos? E não mudar o estilo textual do aluno

com base numa imposição docente autoritária e estrutural que vise à reprodução apenas de

conteúdos previstos pela escola?

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Giselle – Língua Inglesa 6º, 7º,8º,9º e 3º ano EM: “Observando e analisando os escritos

deles, dando sugestões e dicas de argumentos, propondo relacionar um assunto como u

outro”.

Laura – Ciências/ Biologia 6º,7º,8º,9º , 1º ano EM:”Propor alguns textos livres, que visem a

imaginação desses alunos”.

Clarissa – Língua Portuguesa 2º e 3º ano do EM: “Trabalhando gêneros mais livres como

poesia, articulando texto e imagem, estimulando debates em sala de aula”.

Amanda - Língua Portuguesa – 8º ano e 2º ano EM: “Incentivando sua criatividade e

autonomia, mas mostrando as regras textuais vigentes”.

Raquel – Química – 1º,2º e 3º ano EM: “Não sei informar”.

José Eduardo – Matemática - 6 º, 7º, 8º, 9º e 1º EM: “Procurando auxiliá-los, mas apenas

lendo e orientando sem que exista um a interferência direta”.

Fernanda – Educação Física – 3º ano EM: “Através daquilo que os alunos achem

interessante fazer. Exemplo: jornal escolar, revistas em quadrinhos, entre outros”.

José Delfim – História – 8º, 9º e 1º ano do EM: “Orientando e não impondo. Demonstrando

ao aluno a importância de que seu texto seja coeso para o autor e expresse claramente seu

ponto de vista sem, contudo castrar a individualidade do discente. Dando as ferramentas,

ensinando a usa-las e deixando que ele mesmo construa seus relatos”.

Lidiana – Educação física – ,1º , 2º , 3º ano do EM: “Trabalhando com atividades que

proporcionem aos alunos a autonomia necessária para que os mesmos possam vir a elaborar

textos relacionados a sua realidade. Tirando assim o obstáculo de se escrever sobre o que

não se conhece e consequentemente dificultando o processo criativo dos educandos”.

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Análise

Respostas dos professores9:

De acordo com os professores as principais dificuldades dos discentes em produção textual

são:

9 Sugestiona-se que o leitor compare algumas respostas dos alunos e dos professores, por exemplo, acerca da

dificuldade em escrever, por exemplo. Assim poderão ter uma visão mais ampla acerca do item questionado.

(Renata Emily)

Principais dificuldades dos alunos em Produção Textual:

Falta de leitura

Vocabulário pobre

Não saber expor ideias de forma coesa e coerente

Língua padrão

Falta de argumentos

outros

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O professor acredita que a didática docente e o currículo contribuem para a escrita

autônoma e crítica do aluno:

Maneira de avaliar as produções textuais discentes nas turmas:

Didática docente e currículo contribuem para escrita discente autônoma e crítica?

Depende

Não

Sim

Avaliação das produções textuais: Sequência lógica, ortográfica e gramatical

Produção de diferentes tipos textuais

Leituras

Interpretação de texto

Resumos/ Perguntas; Construção por gênero, paragrafação e regras gramaticais

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Sugestões para melhorar a produção textual:

Auxílio na escrita autônoma, sem reprodução escolar e autoritarismo docente:

Sugestões para melhorar a produção textual:

Leitura variada

Filmes/ documentários

Jornal

Jogos de perguntas e respostas

Interpretação

Escrever

Auxílio na escrita autônoma, sem reprodução escolar e autoritarismo docente:

Orientar sem influênciar

Incentivar a criatividade

Mostrar regras textuais

Propor textos livres

Debates

Sugestões e dicas de argumentos

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Reflexões e respostas da pós-graduanda:

1. Será que apenas no 3º ano do Ensino Médio é suficiente a abordagem, a explicação de

conceitos, o treino da escrita, exemplificação, orientação e acompanhamento das redações

dissertativas-argumentativas realizadas pelos alunos no tempo descrito no calendário,

que compreende o 3º e 4º bimestre ( 28/07/14 – 19/12/14) ? Visto que o dia em que a

prova do Enem ocorrerá em: 08 e 09 de novembro de 2014 ?

Para que a compreensão e o aprendizado de elementos como: tema, tese,

introdução, ideias-núcleo10, gancho, desenvolvimento, argumentos, contra-argumentos e

conclusão seja naturalizado, no mínimo, se faz necessário que sejam apresentados e

efetivamente trabalhados com o conhecimento da chave de correção desde o 9º ano do

Ensino Fundamental, pois quando o aluno estiver no 3º ano do Ensino Médio estará apto

para desenvolver textos dissertativos-argumentativos através de propostas variadas.

Levando em conta os períodos de 3º e 4º bimestres é insuficiente para que professores e

alunos obtenham de maneira integral o ensino e o aprendizado dessas habilidades e

competências da dissertação e da argumentação. Assim é necessário que seja realizada a

inserção deste conteúdo em outros anos.

2. A matriz de Referência de Produção Textual obtida no site da Secretaria de Educação

do Rio de Janeiro11 é capaz de permitir o aprendizado efetivo preparando o discente para as

diversas esferas da escrita cidadã e atualizada aos modelos exigidos na escola e para

além dela?

O currículo mínimo do Estado do Rio de Janeiro é adequado e representa um

avanço para a rede uma vez que não se tinha uma unidade existente através dos

conteúdos ensinados nas escolas - por meio do professor - que era o responsável até o ano

de 2010 em ensinar o que achava necessário ou não. Dessa forma se um aluno precisasse

de transferência para qualquer escola da rede seria sorte se encontrasse o mesmo

conteúdo lecionado da unidade de ensino anterior. Quanto ao currículo mínimo referente

10

São ideias ligadas a tese, que serão comprovadas no desenvolvimento por meio de argumentos consistentes.

(Renata Emily) 11

Site: http://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/curriculo_aberto.asp

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a Produção textual12, obtido no site da SEEDUC-RJ mostra eficiência em seu conteúdo

porque abrange todos os gêneros discursivos de frequente circulação social, portanto de

relevância para um trabalho mais aprofundado no contexto escolar e conforme a equipe de

professores que auxiliou a elaboração “garante uma essência básica comum por estar

alinhado com as atuais necessidades de ensino, identificadas não apenas nas legislações

vigentes, Diretrizes e Parâmetros Curriculares Nacionais, mas também nas matrizes de

referência dos principais exames nacionais e estaduais (ENEM, Prova Brasil, SAEB e

SAERJ). Desse modo permite o aprendizado efetivo preparando o discente para as diversas

esferas da escrita cidadã e atualizada aos modelos exigidos na escola e para além dela”.

3. Encontramos elementos similares entre a Matriz de referência de Redação do Exame

Nacional de Ensino Médio e o Currículo Mínimo de Produção Textual da SEEDUC-RJ13?

Realizamos uma comparação entre os elementos da Matriz de referência de Redação do

Enem e o Currículo Mínimo de Produção Textual e percebemos que estão em consonância entre

habilidades e competências de forma que os alunos por meio de uma situação-problema e de

diversos textos como:,Notícia, reportagem, entrevista, Artigo de divulgação científica,Artigo de

opinião , editorial , ensaio, Carta (pessoal, do leitor ou formal) relatório, Manifesto e Panfleto,

crônica e conto, fichamento e resumo, Narrativa de aventura, suspense e terror, Bilhete, entre

outros sejam capazes de realizar uma reflexão escrita sobre um tema de ordem política,

social ou cultural a fim de produzir um texto dissertativo argumentativo em prosa

considerando os aspectos abaixo:

a)Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa –

Espera-se que o aluno tenha um domínio entre adequado e excelente da modalidade

escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro.

b) Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de

conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto

dissertativo-argumentativo em prosa – Espera-se que o aluno seja capaz de desenvolver o

tema por meio de argumentação consistente, a partir de um repertório sociocultural

produtivo e apresenta excelente domínio do texto dissertativo-argumentativo.

12

. A disciplina de Produção Textual foi estabelecida pela Resolução N° 4843, de 03 de dezembro de 2012,

publicada em Diário Oficial (D.O.) no dia 06 de dezembro de 2012. 13

Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro.

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c) Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e

argumentos em defesa de um ponto de vista – Espera-se que o aluno apresente

informações, fatos e opiniões relacionados ao tema,de forma consciente e organizada,

configurando autoria, em defesa de um ponto de vista.

d) Demonstrar conhecimento de mecanismos linguísticos necessários para a

construção da argumentação – Espera-se que o aluno articule as partes do texto com

poucas inadequações e apresente repertório diversificado de recursos coesivos.

e) Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os

direitos humanos. Espera-se que o aluno elabore muito bem a proposta de intervenção,

detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto.

f) Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os

direitos humanos. Espera-se que o aluno elabore bem proposta de intervenção, detalhada,

relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto.

Para que o aluno alcance os itens expostos acima ele de atingir as habilidades e

competências de Reconhecer as características estruturais e as etapas básicas dos diversos

textos, inclusive dissertativos opinativos e expositivos.;Estabelecer o tema, as ideias centrais e

secundárias; Identificar as três partes básicas que estruturam o texto dissertativo-

argumentativo; Utilizar adequadamente as conjunções coordenativas e subordinativas

na construção do texto argumentativo; Identificar o papel argumentativo dos conectivos e

usá-los de modo a garantir coesão ao texto; Diferenciar fato de opinião e relacioná-los aos

fatores que concorrem para a construção do ponto de vista ;Relacionar intencionalidade

discursiva ao contexto de produção, ao interlocutor e à finalidade comunicativa;Destacar

diferentes posições sobre um mesmo fato pelo emprego dos verbos de elocução; Marcar

linguisticamente impessoalidade, opinião e generalização; Usar conectivos coordenativos

e subordinativos de modo a garantir coesão e coerência ao texto; Empregar os pronomes

relativos de modo a garantir coesão ao texto; Identificar e promover relações de concordância e

regência em textos dissertativo-argumentativos; Reconhecer a carga semântica de afetividade

ou ironia no emprego de verbos e adjetivos; Distinguir os tipos de discurso (direto, indireto

e indireto livre) presentes nos gêneros estudados; Analisar relações lógico-discursivas

marcadas por conectores coordenativos e subordinativos; Reconhecer a estrutura da frase,

do período, do parágrafo e exercitar sua formação e progressão; Explorar questões

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relacionadas à pontuação em sua articulação com a estrutura sintática e com as escolhas

estilísticas dos autores; Identificar e promover relações de concordância nominal e verbal

entre unidades do discurso; Empregar as vozes verbais em função da intenção

comunicativa; Identificar e corrigir dificuldades ortográficas recorrentes; Reproduzir a

estrutura das cartas pessoal e oficial (requerimento, ofício e solicitação), diferenciando-as

quanto à sua finalidade e esfera de circulação; Empregar adequadamente os níveis de

formalidade aos textos; Reconhecer e empregar adequadamente a regência verbal e

nominal; Utilizar a estrutura básica do enunciado (sujeito + verbo + complemento +

adjuntos); Reconhecer e utilizar adequadamente as regras de concordâncias nominal e

verbal; Usar adequadamente frases oracionais e frases não oracionais ;Utilizar adjuntos

adverbiais como auxiliares à produção de instruções; Identificar e corrigir dificuldades

ortográficas recorrentes; Empregar mecanismos de coesão textual; Reconhecer e corrigir

dificuldades ortográficas recorrentes; Elaborar questões relevantes para uma entrevista a

ser realizada; Elaborar e reescrever uma notícia.

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1.1. A relevância da produção textual no último ano do Ensino Médio.

“Escrever nos faz crescer tanto quanto crescer nos faz escrever”.

Jefferson Luiz Maleski

A disciplina de produção textual e o fruto de seu ensino aprendizagem: a escrita se

faz presente no cotidiano e se desmistifica por completo no último ano do Ensino Médio,

pois a finalidade dessa atividade se torna clara para os jovens, que não tem outra escolha

a não ser ler bastante para estar informado sobre os fatos, iniciar a prática de treinar a

escrita, e fazer uso do poder que a competência de ler e escrever bem denota ao indivíduo

contemporâneo.Esse poder que a escrita concede é descrito por (Geraldi,P.124):

Escrever é ,assim, ascender socialmente. Dá status. Escrever dentro de certa modalidade, mais formal, dá

ainda mais status. Essa não é uma relação mecânica, consciente, mas que subjaz à produção de texto escrito

em interlocução social.

O jovem a partir do último ano do Ensino Médio passa a entender que o efetivo

aprendizado da produção textual é um instrumento de participação social do indivíduo

crítico e participativo, sendo um dos critérios para expor suas ideias de maneira

adequada, de acordo com as diversas situações-problemas contextualizadas, que venham

a surgir em sua vida. Em consonância com esse conceito (Corgozinho Filho, p.68) cita:

A comunicação por escrito é uma necessidade presente em vários momentos de

nossa vida particular ou profissional. Cada um de nós, nessas situações,deve

utilizar palavras adequadas à circunstância comunicativa da realidade em que

estamos. É preciso que as palavras que usamos na comunicação estejam

adequadas às ideias que queremos veicular, considerando-se o contexto em que se

acham inserida(...)

Assim o uso da escrita lhe concede a oportunidade de se comunicar com o outro e

torna-o capaz de construir significados por meio da leitura e escritas de outros

significantes textuais inseridos em revistas, jornais , livros, blogs de internet, entre

outros , a fim de ser sujeito e transformar a realidade.

A escrita para se constituir de maneira qualitativa tem as suas exigências

presentificadas por meio de técnicas (recursos estilísticos, estrutura da redação em

parágrafos, tese, argumentação, exemplificação, conclusão) que constituem a dificuldade

de aprendizagem de muitos estudantes e serão abordadas no próximo capítulo.

Outra característica importante da escrita, além do status, e que nem sempre é

percebida pelo (a) estudante é a manipulação em relação ao uso a corroborar o poder nas

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mãos daqueles que a detém, e a utilizam a seu serviço. Essa característica é comentada,

por (Geraldi, 124) através deste trecho:

(...)“a escrita achou-se e acha-se profundamente marcada pela sua assimilação por parte de camadas sociais

que, por condições de privilégio,mais a manipulam(...) Ela guarda, não por essência, mas por razões

estratégicas, marcas dessas mesmas camadas”.

Por fim nos cabe refletir diante das ideias expostas acerca da escrita ou produção

textual no Ensino Médio, pois essa habilidade ao ser adquirida estabelece uma

competência primordial que deve ser desenvolvida pelo discente e explorada por meio de

técnicas, metodologias diferenciadas, leituras e debates pelo professor . Assim se faz

necessária corroborar o pensamento de

(ALVES,CORRÊA,BRUM,OLIVEIRA,RANGEL,RODRIGUES,SANTOS) de que:

O conhecimento construído dentro da escola é algo que possibilita com que, a partir de um armazenamento

de informações e através de um processo gradativo de aprendizagem, o aluno torne-se capaz de encontrar

novas respostas ou soluções para problemas, em situações novas, tornando-se apto a interagir socialmente de

forma independente.

E de acordo com Maria Luiza e Maria Bernadete M. Abaurre (2013,p.19):

(...) Várias são as situações escolares em que os alunos enfrentam o desafio de

produzir textos expositivos e argumentativos. A prova de redação do Exame

Nacional do Ensino Médio (Enem) e de vários vestibulares é provavelmente a

mais conhecida dessas situações, mas antes de prestar esses exames, os alunos

são solicitados, em sala de aula, a elaborar relatórios, dissertações etc. Sabemos que, em situações cotidianas, raras vezes enfrentamos o desafio de

produzir textos escritos de caráter expositivo e/ou argumentativo. Por esse motivo,

a escola é o lugar preferencial para que os alunos entrem em contato com tais

textos aprendam a reconhecer suas características estruturais e também produzi-

los de modo eficiente.

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1.2. As principais dificuldades enfrentadas por alunos do 3º ano em Produção

Textual.

“Devemos escrever para nós mesmos, é assim que

poderemos chegar aos outros”.

Eugéne Ionesco

Neste capítulo trazemos algumas reflexões sobre as principais dificuldades e

deficiências nas produções textuais de estudantes que estão no 2º ano, 3º ano-concluintes

ou que terminaram o Ensino Médio, no ano de 2013, e estão frequentando algum curso

de graduação, assim temos como corpus as declarações sobre problemas de escrita

mediante o processo de construção textual. Decidimos ouvir os alunos, e incluir as suas

opiniões, pois são peças fundamentais no processo de ensino-aprendizagem, e de acordo

com a declaração de Mozart Neves Ramos, membro do Conselho Nacional de Educação ao

Jornal Correio Brasiliense - é um dos meios para se trilhar o caminho a uma educação

real, efetiva e cidadã:

"Não adianta mais produzir reformas curriculares sem ouvir os jovens, o que eles pensam, o que querem, e o

que sonham. Hoje oferecemos uma escola sem sintonia com o mundo"

Dessa forma usamos a identificação das falhas textuais realizadas

individualmente pelos estudantes, cujas serão expostas a seguir, porque se pretende

apresentar a frente soluções apropriadas a área de Produção Textual, assim como

estimular o protagonismo juvenil, a autonomia para com o aprendizado e a corroboração

própria desses estudantes como sujeitos de sua trajetória educativa, pessoal, acadêmica e

futuramente profissional.

Questionamento:

- Quais as principais dificuldades enfrentadas por alunos do Ensino Médio (em especial do

3º ano) no momento de produzir um texto? E o que essas barreiras, se intransponíveis

acarretam no momento de produzir a redação do Enem?

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Depoimentos:

1)Vital Ribeiro ( Ex-aluno- graduando do 1º período de Educação Física):Eu

acho que são as "ideias" do texto,para construí-lo. Como ultimamente nossas mentes estão

bem vazias de coisas boas. Acho que na hora da construção da uma travada sim. Bjos

saudades.

2)Emilli Moura (2º ano do Ensino Médio): No caso do ENEM acho que a maior

preocupação é de deixar o texto cabível e com nexo para que a pessoa que ler, entenda o que a

pessoa que escreveu quis dizer, ou seja, qual ideia aquela determinada pessoa quis passar.

3)Márcio Belchior (Ex-aluno – graduando do 1º período de Direito):

Ola, Renata! É um prazer. Sem sombra de dúvida, escrever e escrever bem, não é a tarefa

das mais fáceis. O grande problema que enfrentei e acredito ser também o de todos, é e

sempre foi a falta de pratica. Muitas vezes, no próprio colégio, redigimos pouco. Eu mesmo,

quando passei a escrever quase um texto por dia em casa ou no colégio, é que percebi como

melhorei. E preciso melhorar cada vez mais. Desse ponto de vista, não há coerência,

concordância ou regra gramatical que entre, sem que se pratique muito, ou quase isso. Se

imaginar, outra coisa que esta diretamente proporcional com o despreparo de escrita, é a

falta de leitura. Não lemos nada ou quase nada. A leitura, ou a falta dela, é a outra

barreira. (...) Por mais que tente, você não acha as palavras para o texto, devido

exclusivamente ao VOCABULÁRIO CURTO, INAPETENTE. Nada que a leitura, e somente

ela com o habito de escrever muito, não resolva. No entanto, Prezada, estou extremamente a

vontade para sugerir que, o caminho, é primeiramente estimular a leitura e escrever muito.

Ademais, penso, acredite, que o que mais derruba no Exame é a falta de vocabulário. Se

você começa a introdução já pensando em como acabar a conclusão, temos um texto que não

diz nada, deficiente. De modo que, é bem verdade, só escreve bem quem escreve e lê muito.

Espero, em tempos, ter contribuído com o incompreendido ponto de vista de estudante que

sou e insta dizer que, na seara escolar, temos ALUNOS e ESTUDANTES. Duas palavras

bem diferentes em seu significado. Beijos e disponha sempre. ;**

4)Victória Gonçalves (aluna do 3º ano do Ensino Médio):Boa tarde Renatinhaa.

O problema é que a redação,tem que ser trabalhada desde o ensino fundamental,para

quando chegar ao ensino médio já ter noção das regras, e principalmente ter trabalhado o

pensamento sobre vários assuntos. Pois quando chegamos ao Ensino Médio sem essa

estrutura temos muitas dificuldades em fazer a Introdução, complementar e concluir o

assunto abordado. Quando chega o Enem a pressão é maior,porque sabemos que a redação é

muito importante no Enem. Ai junta pressão com falta de treino,acabou. Isso que eu acho.

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5) Marcel Bulhões ( Ex-aluno, Graduando do 2º período de Psicologia): Bom

dia! Bom Renata, produzir um texto não fácil, porém os fatores de maior dificuldades, são:

pressão psicológica, para que venhamos produzir um bom texto, ter certeza que a pontuação

estão corretas e os seus devidos lugares, como terminar um texto sempre d uma hora para

outra, saber da uma boa finalidade no trabalho. vejo muitos amigos tendo dificuldade

mesmo sendo no terceiro ano sobre: (mas, mais, ora, hora, sc, x, x,z, e sobre a mudança

ortográfica que teve e muitas pessoas ainda ficam abismada sobre os ~ ` ^

6)Arlan Toledo (3º ano do Ensino Médio): Pra mim é a falta de conhecimento sobre

o assunto, mesmo que dê pra se virar fica um tanto complicado. Da pra dizer também que o

ensino com relação à produção textual é mínimo, e como tem várias maneiras de pensar

sobre um tipo de texto fica difícil também. Tem também o vocabulário que às vezes não é

bom porque a pessoa não lê muito. Talvez o que isso acarreta seja uma grande queda na

qualidade do texto mesmo.

7)Rafael LF Credes (Ex- aluno, graduando do 1º Período de Biomedicina):

Renata. A minha maior dificuldade é colocar exemplos que realmente ocorreu no mundo

sobre determinado assunto escolhido pela banca. Muita das vezes e certamente você já

percebeu que nos escrevemos muito o que achamos e quase nunca buscamos provar isso

com fatos ocorridos. Essa é a minha grande dificuldade e creio que venha a e ser de outros

jovens. Beijos saudades.

8)Gustavo Rodrigues (3º ano do Ensino Médio): Bem a falta de informações sobre

o tema proposto principalmente, porém a dificuldade de organizar as informações no texto

também é relevante. Para mim esses são os principais.

9)Lucas Rocha( 3º ano do Ensino Médio):Seria achar o principal argumento de um

texto, além de várias vezes acabar saindo do assunto.

10)Alexsandra Alves (2º ano do Ensino Médio): Oi Re. Então, a dificuldade é a

estrutura e organização de ideias. Muitas vezes não sabemos como iniciar. Só pude ver sua

mensagem agora. Beijão Re.

11)Thalia Fernandes (3º ano do Ensino Médio):Eu tenho uma grande dificuldade

em explicar cada parágrafo,e expor minhas ideias no dissertativo argumentativo.

12)Alice Manoela( 2º ano do Ensino Médio):A dificuldade está em escrever a parte

inicial (o 1º parágrafo), e também achar novas palavras para se fazer entender.

13)Anália (2º ano do Ensino Médio):Sinto dificuldade de pontuar as frases no

parágrafo, escrever sem erros, e também tenho problemas para concluir.

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14) Raissa Gonçalves (3º ano do Ensino Médio): as principais dificuldades são

escrever o texto sem sair do tema, desenvolver e concluir.

15) Isabella Garcia(3º ano do Ensino Médio): Bom no meu ponto de vista são a

separação do texto, a forma de montar, argumentos convincentes. Levando em conta a

prova do Enem, o mais complicado, é o nervosismo, porque uma vez aprendido toda técnica

de uma redação não se esquece mais.

Após a finalização da pesquisa com os estudantes percebemos que os

principais entraves são:

- Paragrafação;

- Organizar as ideias;

- Iniciar o texto;

- Concluir o texto;

- Falta de Coerência e coesão;

- Argumentos;

- Exemplificar para tornar o argumento consistente e convincente;

- Ortografia, pontuação;

- Escrever o texto sem sair do tema;

- Falta de prática dissertativa durante os anos escolares;

- Falta de leitura;

- Desinformação acerca do tema proposto;

Demais problemas que atrapalham no momento de escrever a redação no dia

do Exame Nacional do Ensino Médio são:

- O nervosismo;

- O tempo;

Essas opiniões vão de encontro a outras dificuldades que permeiam a seara

da produção textual, que devem ser aprimoradas continuamente, e são as

seguintes:

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Problemas de ordem sintática:

- Concordância verbal.

- Concordância nominal.

- Regência.

Problemas de ordem morfológica:

- Léxico: “adequação vocabular”; cuja visão de (Geraldi, 2014, P.76) quer dizer tanto

problemas relativos ao emprego inadequado de uma palavra que não significa o que o autor

está querendo dizer, como também problemas relativos à variação linguística.

- Conjugação verbal; que de acordo com (Geraldi, 2014, P.76) significa uma conjugação

verbal inadequada na oração escrita, por exemplo: “Os ladrão ponhavam as coisas na

Kombi e os polícia interviram. Aí chegou o jipe da delegacia, mas não cabeu os ladrão”

(texto fictício)

- Formas de plural e feminino;

Problemas de ordem fonológica:

- Ortografia

- Acentuação

- Divisão silábica.

Problemas de ordem textual:

- Ponto de vista ( em primeira pessoa)

A fim de contribuirmos com a resolução dos entraves citados apresentaremos ações e dicas

nos capítulos denominados: 2 .Recursos Estilísticos Fundamentais para a qualidade

textual e 3. Dicas e estratégias para a construção de um bom texto para o Enem.

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2. Recursos Estilísticos Fundamentais para a qualidade textual.

“Para escrever bem deve haver uma facilidade

natural e uma dificuldade adquirida”.

Joseph Joubert.

Neste segundo capítulo serão abordados o conceito de estilística e os tópicos

fundamentais para que o estudante saiba usar recursos estilísticos e escrever diversos

textos competentemente. Para corroborar a relevância desta habilidade conquistada por

meio dos recursos de estilo citamos (Geraldi, 2014, P.118) na obra O texto na sala de

aula, pois nos aponta a necessidade do conhecimento e do uso de tais recursos:

(...) a identificação de procedimentos e recursos linguísticos utilizados pelo estudante é importante, na

medida em que eles ajudam a elucidar as condições de produção da redação escolar.

Para aplicarmos os recursos textuais, sem sombra de dúvidas em nossas produções

textuais se faz mister que entendamos o conceito básico de estilística14. A fim de

sanarmos essa questão lançamos mão dos pensamentos encontrados na apostila15

elaborada por Marcelo Paiva:

6. “É o estudo dos processos de manipulação da linguagem pelos quais a pessoa que escreve e fala pode

exprimir uma mensagem emotiva e intuitiva pelas palavras (...)”

7. “A estilística é uma área da linguística e estuda a variação do uso da língua em vários grupos e

segmentos” (...)

8. “A estilística está atenta aos níveis de diálogo, aos usos regionais de acentos e à existência de

dialetos. Também estuda, além das referências dos grupos, a língua descritiva, o uso gramatical e

particular da língua. O termo “estilística” pode designar relações entre a forma e os efeitos no uso de

uma determinada língua”(...).

9. (...) são opções específicas de um autor na escolha de palavras, construções e estruturas textuais.

10. A expressão “estilística” (em alemão Stilistik e em frânces stylistique) é o estudo e a prática de

recursos expressivos intencionais com objetivo de destacar o uso de uma língua com apelos sonoros,

estruturais, racionais, emocionais, etc. A intenção do autor é promover reações (além da simples

comunicação) no receptor da mensagem.

14

Estilística também pode ser definida segundo o dicionário Houaiss - como é a arte de escrever de forma apurada,

elegante. Para outros estudiosos, é a disciplina que estuda os recursos expressivos que individualizam os estilos. Podendo,

ainda, ser definida como uma conexão histórica entre a Poética e a Retórica. Fonte:

http://www.portugues.com.br/gramatica/conceito-estilistica.html 15 Apostila do Curso de Pós-Graduação na área de Língua Portuguesa. Recursos Estilísticos. AVM Faculdade Integrada.

Brasília. DF.

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Na estilística encontramos alguns elementos para que possamos considerar um

enunciado de sentido completo, isto é um texto. Os elementos que definem o texto como

unidade de conteúdo e forma são a clareza, a objetividade, a concisão, a coerência, a

coesão, a simplicidade vocabular, que serão exemplificados no capítulo três.

Com base nos conceitos fundamentados por Paiva citaremos algumas

informações ligadas aos recursos estilísticos a serem usados nos gêneros dissertativos e

argumentativos, tipos textuais dominantes nos vestibulares do país, assim como no

Enem porque para cada tipo textual, nós redatores usamos um estilo diferente de acordo

com a intenção que temos no momento da escrita.

Nível de linguagem:

1. Linguagem formal, culta ou padrão – é a linguagem aceita,

dicionarizada. Utilizam-na as classes intelectuais da sociedade, mais nas formas

escrita e menos na oral. É de uso nos meios diplomáticos e científicos; nos

discursos e sermões; nos tratados jurídicos e nas sessões do tribunal. O vocabulário

é são observadas as normas gramaticais em sua plenitude.

2. Linguagem coloquial, oral ou informal – utilizada pelas pessoas que

falam e (ou) escrevem com mais espontaneidade. É a linguagem do rádio, da

televisão, meios de comunicação de massa tanto na forma oral quanto na escrita.

Emprega-se o vocabulário da língua comum, e a obediência às disposições

gramaticais é relativa, permitindo-se até mesmo construções próprias da linguagem

oral.

Elementos da comunicação:

Emissor – emite, codifica a mensagem.

Receptor – recebe, decodifica a mensagem.

Mensagem – conteúdo transmitido pelo emissor.

Código – conjunto de signos usado na transmissão e recepção da mensagem.

Referente – contexto relacionado a emissor e receptor.

Canal – meio pelo qual circula a mensagem.

Sentido:

Denotativo: é o uso de um termo em seu sentido primeiro, real, do dicionário.

Conotativo: é o uso de um termo em seu sentido figurado.

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Funções da linguagem:

Função referencial (ou denotativa): centralizada no referente, quando o

emissor procura oferecer informações da realidade. Objetiva, direta, denotativa,

prevalecendo a 3ª pessoa do singular. Linguagem usada nas notícias de jornal e

livros científicos.

Função apelativa (ou conativa): centraliza-se no receptor; o emissor procura

influenciar o comportamento do receptor. Como o emissor se dirige ao receptor, é

comum o uso de tu e você, ou o nome da pessoa, além dos vocativos e imperativos.

Usada nos discursos, sermões e propagandas que se dirigem diretamente ao

consumidor.

Função metalinguística – centralizada no código, usa a linguagem para falar dela

mesma. A poesia que fala da poesia, de sua função e do poeta, um texto que comenta

outro texto. Principalmente os dicionários são repositórios de mensagem.

Tipos de discurso:

Direto: o narrador reproduz a fala da personagem por meio das palavras dela.

Indireto: o narrador usa suas palavras para reproduzir uma fala de outrem.

Indireto livre: o narrador produz um texto em que retira propositalmente o conectivo,

provocando um elo psicológico no discurso.

Figuras de Linguagem/estilo: são recursos literários que o autor pode explicar

no texto para conseguir um efeito determinado na interpretação do leitor. São

formas de expressão mais localizadas em comparação às funções da linguagem,

que são características globais do texto. Podem relacionar-se com aspectos

semânticos, fonológicos ou sintáticos das palavras afetadas. Por exemplo:

O homem bateu à porta mil vezes, contudo ninguém veio recebê-lo.

As figuras de sintaxe ( estilística da frase e da enunciação) podem ser construídas

por:

Assíndeto: orações ou palavras que deveriam ser ligadas por conjunções

coordenativas aparecem justapostas ou separadas por vírgulas: Fere, mata, derriba.

Elipse: omissão de um termo facilmente percebido: O jogo será no Morumbi.

Zeugma: termo já expresso no contexto. É um tipo de Elipse: Imidia tem 32 anos,

Fernanda, 34.

Anáfora: repetição intencional de palavras num início de período, frase ou verso:

Grande no pensamento, grande na ação, grande na glória, grande no infortúnio,

ele morreu desconhecido e só.

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Pleonasmo: repetição da mesma ideia, isto é, redundância de significado: Subiu

para cima. Foi para fora.

Polissíndeto: repetição enfática de uma conjunção coordenativa mais vezes do que

exige a norma gramatical (geralmente a conjunção e): Vão chegando as

burguesinhas pobres, e as criadas das burguesinhas ricas e as mulheres do povo, e

as lavadeiras da redondeza.

Hipérbato: inversão de membros da frase: Passeia, à tarde, as belas na avenida.

Anacoluto: interrupção do plano sintático com que si inicia a frase, alterando-lhe a

sequência lógica. A construção do período deixa um ou mais termos desprendidos

dos demais e sem função sintática definida: Essas empregadas de hoje não se pode

confiar nelas.

Silepse: a concordância não é feita com as palavras, mas com a ideia a elas

associada.

a) Silepse de gênero: discordância entre os gêneros gramaticais: São Paulo é

poluída.

b)Silepse de número: discordância envolvendo o número gramatical: Esta gente

está furiosa e com medo; por consequência, capazes de tudo.

c) Silepse de pessoa: discordância entre o sujeito expresso e a pessoa verbal: Ambos

recusamos praticar este ato.

Figuras de Pensamento:

As figuras de pensamento são recursos de linguagem que se referem ao significado

das palavras, ao seu aspecto semântico.

Antítese: aproximação de palavras ou expressões de sentidos opostos: Amigos e

inimigos estão, amiúde, em posições trocadas.

Paradoxo: não apenas na aproximação de palavras de sentido oposto, mas de ideias

que se contradizem. É uma verdade enunciada com aparência de mentira: O mito é

o nada que é tudo.

Eufemismo: palavra ou expressão empregada para atenuar uma verdade tida como

penosa desagradável ou chocante: Passou desta para uma melhor.

Gradação: sequência de palavras que intensificam uma mesma ideia: ele

caminhou, correu, disparou.

Hipérbole: exagero de uma ideia, a fim de proporcionar uma imagem emocionante e

de impacto: Rios te correrão dos olhos, se chorares!

Ironia: pelo contexto, pela entonação, pela contradição de termos, sugere-se o

contrário do que as palavras ou orações parecem exprimir. A intenção é depreciativa

e sarcástica: moça linda, bem tratada, três séculos de família, burra como uma

porta: um amor.

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Prosopopeia: atribuir movimento, ação, fala, sentimento, enfim, caracteres próprios

de seres animados a seres inanimados ou imaginários: Um frio inteligente (...) per

corria o jardim...

Perífrase/Antonomásia: uso de características para expressar uma ideia: O rei dos

animais rugia alta diante da ameaça.

Figuras de palavras:

As figuras de palavras consistem no emprego de um termo com sentido diferente

daquele convencionalmente empregado, a fim de conseguir um efeito mais

expressivo na comunicação.

Comparação: estabelecer aproximação entre dois elementos que se identificam,

ligados por conectivos comparativos explícitos – feito, assim como, tal, como, tal

qual, tal como, qual, que nem – alguns verbos – parecer, assemelhar-se e outros: Ela

é bonita como você.

Metáfora: termo substitui outro por meio de uma relação de semelhança resultante

da subjetividade de quem a cria. A metáfora também pode ser entendida como uma

comparação abreviada, em que o conectivo não está expresso, mas subentendido: O

tempo é uma cadeira ao sol, e nada mais.

Metonímia: relação lógica por meio de extensão do significado: Comprei Machado de

Assis.

Catacrese: uso de um termo inadequado por esquecimento ou falta do termo

original: folha de papel, braço da carteira,

Figuras de harmonia:

Aliteração: repetição da mesma consoante ou de consoantes similares, geralmente

em posição inicial da palavra: Chove chuva choverando.

Assonância: repetição da mesma vogal ao longo de um verso ou poema: Sou Ana,

da cama, da cana, fulana, bacana. Sou Ana de Amsterdam.

Onomatopeia: repetição ou sugestão de um som: miau, au-au.

Apresentamos os recursos estilísticos porque os consideramos importantes tanto no

lado individual como no social16, no sentido de fazer a diferença na construção

textual ou na interpretação do que foi escrito, além do que aquele que deseja

16 Os conceitos de lado individual e social são oriundos da teoria de Mattoso Câmara acerca da das vertentes do estudo do

estilo, que na visão de Sírio Possenti em Notas sobre a estilística de Mattoso Câmara significam estilo individual – o

estilo garante uma identidade, uma pertença a um grupo, tendem a explorar a língua – algo que não é individual. Talvez

se pudesse dizer que os autores ou falantes encontram formas peculiares de condensar , ou melhor, de adensar o sentido,

ou, alternativamente, de mostrar uma característica identificadora.

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conhecer os variados recursos da língua, e principalmente o gramatical deve

conhecer os recursos estilísticos, como nos afirma Mattoso Câmara17:

A gramática e a estilística se complementam, uma vez que ela estuda os

elementos da língua e essa estuda a linguagem que se cria com esses elementos.

Logo, quando o emissor escolhe um fonema que constituirá morfemas (unidades

mínimas com significado) que formarão palavras, que serão organizadas em

períodos, constituindo assim os parágrafos, que formarão o texto; os aspectos

fonéticos, fonológicos, morfológicos, sintáticos e lexicais apresentam-se

contribuindo para tornar a mensagem mais sugestiva, expressiva e particular.

Por fim, Orientando-nos ainda pelo arcabouço teórico de Mattoso Câmara é vital ao

redator o conhecimento de recursos linguísticos, por que:

a) O estilo é um traço da língua - Parole é fenômeno heterogêneo e emaranhado, de que se

pode tirar o tema, de vários estudos distintos. (Câmara, Jr., 1961 a, P.34)

b) O estilo se caracteriza pelo contraste entre representação e emoção – Não pertencendo ao o

estilo à esfera individual, Mattoso propõe que na língua se vejam várias funções , com base

na tripartição de Bühler18( a função de representação – intelectiva,que seria a essencial, e

as funções de manifestação psíquica e de apelo) (Câmara, Jr., 1961 a, P.136)

c) O estilo é ao mesmo tempo individual e coletivo, pois é expressão da emoção, mas essa se

faz por meio da língua;

d) Idiossincrasia não é estilo;

e)O estilo é fruto de um desvio; é possível cometer desvios da linguagem padrão com o

intuito de enfatizar um termo, uma mensagem ou o seu contexto. Isso deve ser feito

conscientemente, isto é, sabendo o que se pretende.

Conhecer também os conectivos é um excelente recurso estilístico19, e o emprego deles no

texto confere a capacidade de escolher conjunções e preposições para estabelecer a conexão

entre as orações nos períodos compostos e ligar um vocábulo a outro. Os principais

conectivos são:

17

Citação retirada do artigo O que é estilística, de Mayra Gabriella de Rezende Pavan. Acesso em 14/09/14. Fonte:

http://www.portugues.com.br/gramatica/conceito-estilistica.html

18 A respeito das três funções primordiais da linguagem, foram elas depreendidas pelo alemão Karl Bühler:

representação, expressão e apelo, que correspondem, respectivamente, às faculdades de inteligência, sensibilidade e desejo

ou vontade. Acesso em 16/09/14. Fonte: A estilística e o ensino de Português. Castelar de Carvalho (UFRJ, ABF)

http://www.filologia.org.br/viiicnlf/anais/caderno12-02.html 19

. Grifo nosso.

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Conectivos Coordenativos:

Conjunções coordenadas aditivas (adicionam, acrescentam): e, nem (e não), também, que;

e as locuções: mas também, senão também, como também...

Ex: Janis – a felina – corre como também pula em direção a sua dona.

Conjunções coordenativas adversativas (oposição, contraste): mas, porém, todavia, contudo,

entretanto, senão, que. Também as locuções: no entanto, não obstante, ainda assim, apesar

disso.

Ex: O menino estudo cinco horas, no entanto não obteve resultado satisfatório na

avaliação.

Conjunções coordenativas alternativas (alternância): ou Também as locuções ou... ou,

ora...ora, já...já, quer...quer...

EX: Às 21h ou vai ao cinema ou ao teatro.

Conjunções coordenativas conclusivas (sentido de conclusão em relação à oração anterior):

logo, portanto, pois (posposto ao verbo).Também as locuções: por isso, por conseguinte, pelo

que...

Ex: Ele trabalha com dedicação, logo deverá ser promovido.

Conjunções coordenativas explicativas (justificam a proposição da oração anterior): que,

porque, porquanto...

Ex: Vamos trabalhar, porque a auditoria começa depois de amanhã.

CONECTIVOS subordinativos (conjunções e locuções subordinadas):

Causais (iniciam a oração subordinada denotando causa.): que, como, pois, porque,

porquanto. Também as locuções: por isso que, pois que, já que, visto que...

Ex: Ela deverá ser aprovada, pois estudou com dedicação.

Comparativas (estabelecem comparação): que, do que (depois de mais, maior, melhor ou

menos, menor, pior), como... Também as locuções: tão... como, tanto...como, mais...do que,

menos...do que, assim como, bem como, que nem...

Ex: A filha mais velha é mais carinhosa do que a mais nova.

Concessivas (iniciam oração que contraria a oração principal, sem impedir a ação

declarada): que, embora, conquanto. Também as locuções: ainda que, mesmo que, bem

que, se bem que, nem que, apesar de que, por mais que, por menos que...

EX: Ele não passou na avaliação do DETRAN, embora tenha realizado os testes com serenidade.

Condicionais (indicam condição): se, caso. Também as locuções: contanto que, desde que,

dado que, a menos que, a não ser que, exceto se...

EX: Ele pode ser aprovado no exame do Enem, se estudar com dedicação.

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Finais (indicam finalidade): As locuções para que, a fim de que, por que...

EX: É necessário estudar com dedicação, para que se obtenha aprovação.

Temporais(indicam circunstância de tempo): quando, apenas, enquanto...Também as

locuções: antes que, depois que, logo que, assim que, desde que, sempre que...

Ex: Ela deixou de estudar com dedicação,quando foi aprovada.

Consecutivas (indicam consequência): que (precedido de tão, tanto, tal) e também as

locuções: de modo que, de forma que, de sorte que, de maneira que...

Ex: Trabalhava tanto, que pouco tempo tinha para dedicar-se à família.

Integrantes (introduzem uma oração): se, que.

EX: Ela sabe que é importante se higienizar diariamente.

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3. Dicas e estratégias para a construção de um bom texto (para o Enem).

“Na minha opinião, escrever e comunicar

significa ser capaz de fazer qualquer pessoa

acreditar em qualquer coisa”.

Jean Clézio

Os alunos quando se veem diante do desafio de estruturar e construir a contento

um texto para a redação do Enem ficam em “estado de desespero” e desejam saber

estratégias para cumprir com êxito essa “missão”, assim habitualmente nos fazem o

seguinte questionamento:

- Como faço para construir uma boa redação? Ou quais são as dicas para fazer

uma redação nota 1000? Não há um único caminho, nem muito menos fórmulas

mágicas, todavia alguns candidatos seguiram algumas recomendações as tornando

uma regra semanal, e obtiveram uma nota diferencial em comparação a outros

concorrentes através de:

Obtenção de informações. O que fazer?

- Faça leitura diária de jornais impressos, visualização de jornais televisivos ou vídeos da

internet a fim de se manter informado sobre os fatos que ocorrem no país e no mundo;

- Leitura e releitura de livros e revistas especializadas; Marcelo Paiva (P.27)nos diz que:

(...)a atividade de leitura não corresponde a uma simples

decodificação de símbolos, mas significa, de fato, interpretar e

compreender o que se lê. Paiva Citando Angela Kleiman informa

que: a leitura precisa permitir que o leitor apreenda o sentido do

texto, não podendo transformar-se em mera decifração de signos

linguísticos sem a compreensão semântica dos mesmos.

- Visualização de filmes e debates com amigos; É uma estratégia pertinente, pois de acordo

com (Geraldi, 2014, P. 67):(...) não se disserta a não ser que se tenham ideias .

Treino da escrita:

- Fazer as propostas de redações anteriores do Enem;

- Pedido de correção a professores da escola e ou cursinhos;

- Assistir aulas pelo You tube e similares.

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Aprender com a opinião de outro leitor:

- Solicite ao companheiro (a) de classe ou a seus pais, que leiam o que você escreveu,

pergunte a opinião deles sobre o entendimento do texto, e peça para que expliquem o que você

quis dizer. Debata o assunto se a sua ideia for contrária com argumentos que o defenda.

Logo após o debate faça outro texto caso acredite que as novas ideias são pertinentes ao seu

ponto de vista.

Evite erros como:

- Trocar o tipo ou o gênero textual: “ a prova pede uma dissertação e você faz uma

narração. Essa falta de atenção é considerada incontornável e resulta em nota zero. Assim,

é necessário estar atento para quando a prova solicita três gêneros de texto (ou oferece três a

escolher) e você indica erroneamente a sua escolha, por exemplo: opta pela proposta 2, que

pede uma carta, mas assinala a 1, que era para dissertação.

- Fugir do tema: “escrever uma redação que foge do tema proposto também pode levar à

anulação da redação. Por isso, leia com bastante atenção a coletânea de textos e o

enunciado. Tome muito cuidado para não se perder em divagações que nada têm a ver com

o que foi apresentado”.

- Uso impróprio da linguagem oral: nem sempre a linguagem que você usa quando

está conversando pode ser passada para o texto. Expressões como “Né” e “ok” não caem bem

numa redação. Gírias como “se ligar” e “irado” também não são adequados.

- Rebuscar demais: abusar de palavras rebuscadas também pode prejudicar sua nota.

Lembre-se: linguagem formal não é sinônimo de linguagem complicada. Ao exceder no uso

de um requinte desnecessário, é grande a probabilidade de seu texto ficar sem influência

nem clareza.

- Cometer erros de Língua Portuguesa: erros básicos da língua portuguesa não tem

perdão na prova. “Fazem muitos anos”, “ há nove anos atrás” e “para mim levar” são

deslizes graves numa redação. Na dúvida quanto à grafia correta ou à aplicação de uma

regra gramatical, substitua a palavra por outra ou organize novamente a frase.

- Usar clichês e provérbios: evite o uso de clichês, que são aquelas expressões muito

conhecidas, como “colocar tudo em pratos limpos”, “fechar com chave de ouro”, “ água mole

em pedra dura, tanto bate até que fura”. O uso de provérbios e frases, geralmente

construídas com base em ideias estereotipadas, revela falta de originalidade do autor.

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- Panfletar e radicalizar: as redações que instruem o leitor com frases como “Devemos

nos unir” ou “vamos reciclar o planeta!” são consideradas frágeis. No lugar do discurso

politicamente panfletário, é melhor organizar argumentos que permitam ao leitor chegar

às próprias conclusões.

- Usar citações sem cuidado: as citações devem ser utilizadas com bastante critério.

Evite expressões batidas, como: “ Só sei que nada sei”, de Sócrates. Outro erro comum é usar

as citações fora de contexto, sem que tenham uma relação efetiva com o texto.

- Exagerar nas informações: você não precisa despejar tudo o que sabe na redação. O

excesso de informações pode prejudicar a coesão do texto, pois dados demais podem

confundir, em vez de esclarecer. Seja seletivo.

- Abusar da redundância: a redundância revela falta de repertório do autor-candidato.

Numa boa redação, a argumentação avança progressivamente, e não fica andando em

círculo.

Aprender com o erro e valorizar as orientações recebidas:

- Reler as anotações do corretor, aos quais foram realizadas sugestões, correções e

instruções, pois assim a chance de incorrer no mesmo erro será menor Geraldi (2014), nos

chama atenção para esse fato, pois relata que:

Para os professores, por outro lado, vem a decepção de ver textos mal redigidos, aos quais ele havia feitos

sugestões, corrigido, tratado com carinho. No final o aluno nem relê o texto com as anotações. Muitas vezes o

atira ao cesto de lixo assim que o recebe. (P.65)

Já Everardo Leitão(2013), autor da obra Escrever e passar. Redação para concurso

cita que para conseguir o melhor resultado numa redação os estudantes precisam seguir

etapas disciplinadas de planejamento, redação e leitura, pois assim poderão terminar seu

texto dentro do tempo estipulado.

Para fazer bom uso do planejamento é necessário que se use de até um sexto do

tempo total, pois dessa maneira o indivíduo ganhará tempo ao produzir ideias, e deste

modo definirá antecipadamente o que deve dizer criativamente20 no texto, e como

pretende dizer, ao passo seguinte caberá organizar as ideias. À vista disso entendemos

20

De acordo com Everardo Leitão (2013) escrever criativamente significa fugir da mesmice, da repetição do que a

maioria diz sobre o assunto, é inovar na abordagem. Conforme Leitão, a professora Eunice de Alencar em Psicologia da

Criatividade, nos diz que: (...) todo ser humano apresentaria um certo grau de habilidades criativas e que estas

habilidades poderiam ser desenvolvidas e aprimoradas através da prática e do treino. Já Maslow (1968) adota um ponto de

vista semelhante, salientando:

“A criatividade necessita não apenas de iluminação e inspiração; ela necessita também de muito trabalho, treino

prolongado, atitude criativa, padrões perfeccionistas”.

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que planejar tende a levar o individuo a uma escrita sem problemas colocando abaixo o

famoso “branco” em que o candidato fica minutos com a folha limpa à sua frente. E por

falar em branco, ou seja, a etapa zero de uma redação que precisa ser redigida, o que se

deve fazer para vencer essa barreira ? É simples, de acordo com (Everardo Leitão, p.85):

(...) ir atrás das ideias, ir ao arquivo pessoal de informações, de impressões, sentimentos, experiências, e

assim criar, ultrapassar o lugar-comum.

Outra armadilha que devemos tomar cuidado é a primeira ideia, ou seja, usar uma

ideia bastante associada ao tema, um lugar-comum que tende a não ser original porque

a probabilidade de ser bastante conhecida e ser escrita por um grande número de

candidatos é maior. E, por conseguinte a redação não apresentará um diferencial em

relação aos outros concorrentes.

Com o objetivo de auxiliar o estudante a se destacar-se na redação do Enem

elencamos algumas recomendações que distinguem o texto qualitativo dos demais o

estudante deve apresentar seu texto da maneira a seguir, conforme Everardo (2013,

p.36):

1. Coerente, isto é, o texto não conter contradições internas, ter coerência.

2. Coeso – ter frases, orações e parágrafos bem articulados e interligados.

3 . Simples – com uma linguagem que o leitor vá entender, sem escrever de maneira

coloquial ou rebuscada a fim de impressionar, e acabar dizendo nada ao interlocutor.

4.Claro – onde não haja ruídos na comunicação da mensagem que você deseja transmitir.

Pense no leitor: ele entenderá o que você escreveu?

5. Objetivo – sem fazer rodeios com os parágrafos. Vá direto ao ponto.

6. Conciso – econômico no uso das palavras.

7. Organizado – com estrutura textual, ou seja, com início, meio e fim, pois assim será

mais fácil seguir a linha de raciocínio do redator.

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8. Correto gramaticalmente - é necessário ter conhecimento de concordância verbal21 e

nominal22, regência, e as demais regras da língua padrão. Deixe a linguagem do Facebook

ou Whatsapp em casa.

É primordial também conhecer e saber escrever os tipos textuais como a narração23,

a dissertação24-argumentativa, os gêneros como a carta25, o discurso26, o artigo

jornalístico27, o editorial28, o verbete enciclopédico29, conto, crônica30, poesia31,

reportagem32, matéria33, porque podem ser usado em textos bases para a construção da

21 Concordância Nominal – é a adaptação em gênero e número que ocorre entre o substantivo (ou equivalente) e seus

modificadores (artigos, pronomes, adjetivos ou numerais). Fonte: ALMEIDA, Nilson Teixeira de. Gramática da Língua

Portuguesa para concursos, vestibulares, Enem, colégios técnicos e militares... p. 385. 9ª edição. Editora Saraiva.

22 Concordância verbal – é a adaptação, em número e pessoa, que ocorre entre o verbo e seu respectivo sujeito.

23 Narração - é o texto que conta uma história, fatos que envolvem personagens em um contexto. O autor pode seguir

alguns passos básicos: descrever determinada situação ou ambiente, apresentar um ou mais personagens, introduzir um

fato ou acontecimento que os envolva ou afete nesse ambiente ou situação e pôr um desfecho para a história. O narrador

pode escolher se participa ou não da ação. Fonte: Reveja as características de cada texto. In Guia do Estudante. Redação-

Vestibular + Enem 2015. Ed.8. Abril Editora.

24 . Dissertação – discussão de ideias, expor um problema ou questionamento, desenvolver um raciocínio com base em

argumentos e apresentar uma consideração final. Fonte: Reveja as características de cada texto. In Guia do Estudante.

Redação- Vestibular + Enem 2015. Ed.8. Abril Editora.

25 . O texto em forma de carta pode ser pessoal ( para escrever a um amigo, por exemplo) ou do campo das relações sociais

(para reivindicações, apoios, pedidos, reclamações- cartas argumentativas) In Guia do Estudante. Redação- Vestibular +

Enem 2015. Ed.8. Abril Editora.

26 . Gênero também argumentativo, que pode ser solicitado em substituição à dissertação argumentativa. (...) O texto

deve trazer uma saudação aos presentes, ter começo, meio e fim que inclui fecho de agradecimento.

27 . É um gênero opinativo contém comentários ou teses fundados em visão pessoal. (1980, p.64) Segundo Fraser Bond, o

artigo, como a crônica, é um ensaio curto e de natureza contemporânea.Fonte:

http://manoeljesus.ucpel.tche.br/aula%2010%20red.htm

28. O editorial exprime a posição e opinião do jornal, que não permite a primeira pessoa.

29 . É o texto que define uma palavra, conceito, tema ou assunto, de forma estrita, objetiva, como em dicionários,

enciclopédias.

30 . Gênero literário por excelência narrativo, que aborda situações ou fatos do cotidiano. É mais coloquial que o

dissertativo, mas não dispensa a “norma-padrão da língua”.

31 . É um texto literário, em prosa ou em verso, que se caracteriza pela linguagem sugestiva, conotativa, metafórica,

figurada, criativa, inusitada - a chamada função poética. Fonte: http://www.pucrs.br/gpt/poesia.php

32 . É o retrato de um fato anterior a publicação de uma edição. (...) Sua principal característica é a imparcialidade. Fonte:

http://pt.slideshare.net/brenopontocom/como-produzir-um-artigo-jornalstico Deffanti, Breno. Produção de artigos

jornalísticos – Estruturas básicas.

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redação. Em matéria de dissertação - argumentativa é fundamental conhecer a

estrutura34 de um texto do gênero, e entender o que é tema35, tese36, parágrafo de

introdução37, desenvolvimento38 , conclusão39, e os argumentos40.

Outra dica é habituar-se a interpretar linguagens- não verbais, ou seja, visuais

como quadros, placas de trânsito, desenhos, mapas, charges, anúncios, infográficos e

charges inseridas á propostas de redação, pois é uma habilidade fundamental para criar o

texto, e já foi solicitado no Enem, e em diversos exames vestibulares.

Quanto os benefícios de fazer uso da estrutura dissertativa Everardo Leitão (2013,

p.48) nos diz que o leitor sabendo logo o que o autor pretende comprovar (a tese),

acompanha a argumentação com mais comodidade. Já em relação ao autor que faz uso

dessa estrutura a tese inicial traça como que os limites dentro dos quais o autor se

movimenta. É um lembrete para evitar as fugas, as incoerências, as lacunas.

Após chegarmos até aqui falta ainda contribuir com as dúvidas de muitos

estudantes, desse modo apresentamos algumas dicas acerca da introdução, do

desenvolvimento e da conclusão segundo as ideias de Leitão (p.49):

Um recurso usado na introdução para chamar a atenção do

leitor é o denominado gancho, que pode ser uma citação de

um autor renomado com o objetivo de prender a atenção do

leitor, de despertar nele o interesse pela leitura do parágrafo,

pois não adianta escrever um texto excelente, se aquele que

lerá o que escrevemos não se interessa nem pelo primeiro

parágrafo.

33 . São textos jornalísticos de caráter informativo. As informações são apresentadas em ordem decrescente de

importância ou relevância, seguindo assim o uma técnica chamada pirâmide invertida. Ou seja, a base do texto (conteúdo

mais importante) fica em cima e o ápice (conteúdo mais superficial) embaixo. Fonte:

http://www.infoescola.com/redacao/textos-jornalisticos/ Por Ana Paula de Araújo.

34 . A organização interna de um texto.

35 . É o assunto da redação. Fonte: Escrever e passar. Redação para concurso. Everardo Leitão (p.45)

36 É a ideia/ a posição que defendemos sobre o assunto. Fonte: Escrever e passar. Redação para concurso. Everardo Leitão

(p.45)

37 . Início do texto apresenta a tese a ser defendida. Localizada no 1º parágrafo.

38 . Formulação dos argumentos em defesa da tese. Cada argumento é fundamentado, explicado em seu próprio parágrafo.

Ao argumentar procuramos convencer ao leitor a aceitar a tese exposta no 1º parágrafo. Vai do segundo ao 5º ou 6º

parágrafo.

39 . Arremate da argumentação. No texto, é o último parágrafo.

40 . Prova que serve para afirmar ou negar um fato.

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O gancho para aumentar o interesse do leitor deve aparecer no

início do texto – com o objetivo de ganhar a atenção para o

restante da redação; ser breve, interessante para o leitor, isto

é, ser algo que o desperte, e relacionado à tese.

Se ainda paira a dúvida salientamos que o gancho pode aparecer como atualidade

– um fato, referência histórica – um acontecimento do passado, um dado estatístico – um

resultado de pesquisa acompanhado da respectiva fonte ou uma frase de efeito – uma

citação ou uma frase própria.

Quanto à correção no Enem são avaliadas, como nota cinco competências na prova

de redação, são elas de acordo com a matéria Como a sua redação é corrigida41: domínio

da norma-padrão da língua escrita; compreensão da proposta de redação e aplicação de

várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do

texto dissertativo-argumentativo; selecionar, relacionar, organizar e interpretar

informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista; demonstrar

conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da

argumentação; e elaborar proposta de solução para o problema abordado, respeitando os

valores humanos e considerando a diversidade cultural. Cada um desses critérios

avaliativos valerá até 200 pontos, portanto se deve escrever com o objetivo de alcançar o

melhor desempenho neles.

Conhecer os aspectos constitutivos da situação de produção de textos é condição essencial

para que qualquer ato de escrita adquira um significado real para quem o produz nos

afiançam Maria Luiza e Maria Bernadete M Abaurre (2012,p.13)

Apostando na passo a passo do Guia do estudante42 apresentamos segundo a Profª

Ecília Pereira o que é considerado primordial para ficar acima dos 900 pontos do exame de

redação do Enem:

- Veja o tema de redação e faça uma leitura cuidadosa da prova - Essa é a principal dica e vai influenciar todo

o seu desempenho. Leia e releia a proposta e os textos de apoio. Dê uma lida também nas questões da prova.

Pode ser que alguma informação ajude no tema da redação. Atenção: essa etapa é essencial para que você não

fuja do tema.

41 Fonte: In Guia do Estudante. Redação- Vestibular + Enem 2015. Ed.8. Abril Editora. 42

Consultoria: Eclícia Pereira, professora de redação do Cursinho da Poli e GUIA DO ESTUDANTE Redação Vestibular

2012. Fonte: http://guiadoestudante.abril.com.br/vestibular-enem/aprenda-fazer-redacao-enem-passo-passo-

690497.shtml Acesso em: 28/09/14.

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- Elabore o projeto de texto e escolha uma tese - Esse é o momento em que você deve escolher a sua abordagem e

os argumentos que usará para defender sua tese. Separe as ideias principais sobre o assunto em um

rascunho. Na tese, escolha um tema que você domine para argumentar e expor o seu ponto de vista.

- Faça a primeira versão do texto - Nessa etapa do rascunho, preocupe-se com o conteúdo e não com a

gramática. Foque sua atenção para organizar os argumentos da melhor forma. As ideias devem fazer

sentido e devem estar ligadas entre si. Um texto bem amarrado valoriza a sua argumentação e fará com que

o corretor não se sinta confuso ao lê-lo.

Lembre-se da estrutura básica da dissertação argumentativa:

Introdução: Apresente o tema e o recorte que você fará dele. Evite fazer rodeios. É recomendável que a tese seja

exposta para direcionar a leitura e mostrar sua linha de raciocínio. Lembre-se de que na dissertação seus

argumentos devem ser usados para convencer quem estiver lendo.

Desenvolvimento: Defenda a sua tese apresentando ideias que a justifiquem, de forma consistente, e

apresente seus argumentos. Essa parte é importante, por isso coloque tudo da forma mais clara possível para

que o leitor compreenda seu ponto de vista. Para deixar organizado, uma dica é reservar um parágrafo para

cada argumento, analisando todos os aspectos que você quer abordar.

Conclusão: Retome as ideias expostas na introdução, junto com os principais argumentos que a justificam

para confirmar a tese e encerrar o debate. Diferente das outras redações, no Enem é nessa parte que você deve

propor a solução ao problema, a partir dos pontos já levantados durante sua redação.

“Uma particularidade importante da prova do Enem é que, na conclusão, possui uma proposta de intervenção.

Nessa intervenção, o estudante precisa relacionar propostas, ideias e argumentos que minimizem a

consequência do problema social abordado”.

- Revise o texto: Agora é hora de corrigir a gramática e encontrar outros errinhos na sua redação. Caso tenha

dúvida na grafia de alguma palavra, tente substituir por outra expressão. Preste atenção se não existe

alguma frase sem sentido perdida pelo texto e avalie se há coerência entre as ideias.

- Passe o texto a limpo: Finalmente, essa é a última etapa da redação. Por isso a importância de preparar seu

texto em um rascunho. Respeite o limite de linhas e não coloque informações fora da área de correção.

Para concluirmos é fundamental que o aluno saiba estratégias concernentes a construção

dos parágrafos iniciais, de desenvolvimento e finais, conforme as ideias de Everardo

Leitão:

A introdução pode ser direta – onde apresenta apenas a tese sem qualquer preparação ou

comentário. Se deve usar quando o objetivo for causar impacto. EX:

A velocidade com quem irá caminhar o desemprego no Brasil é proporcional À capacidade dos parlamentares de brecar ou

acelerar a reforma na Previdência.

(Jornal do Brasil. Previdência e Desemprego).

Como também pode aparecer em forma de plano de desenvolvimento – de modo que

anunciamos para o leitor a tese e os argumentos, que serão depois desenvolvidos. Este tipo

ajuda o leitor a acompanhar com mais facilidade o desenvolvimento, porque é uma espécie

de mapa da redação. O parágrafo traz a tese (não devemos adotar a pena de morte) e cita os

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argumentos que serão depois desenvolvidos (1.”ela não resolveria o problema da violência” e

2. “a simples possibilidade de erro já significaria aceitar a crueldade legal contra

inocentes”)Ex:

Não devemos adotar a pena de morte, porque ela não resolveria o problema da violência e, primeiro que tudo, a

simples possibilidade de erro já significaria aceitar a crueldade legal contra inocentes.

A terceira possibilidade de introdução seria fazer uso do gancho + a introdução direta –

com gancho e tese. Ex:

“O fato de um homem imolar-se por uma ideia não prova de forma alguma que ela seja verdadeira”. Já sabia

Oscar Wilde que os atos de heroísmo ou terrorismo podem atrair a atenção para uma causa, mas estão longe

de servir-lhe como atestado de validade.

O gancho (“O fato de um homem imolar-se por uma ideia não prova de forma

alguma que ela seja verdadeira”) inicia o parágrafo. A tese é apresentada a seguir (“os

atos de heroísmo ou terrorismo podem atrair a atenção para uma causa, mas estão longe

de servir-lhe como atestado de validade”).

O quarto tipo de introdução é formado por Gancho + plano de desenvolvimento –

são encontrados neste tipo de introdução um gancho, a tese e os argumentos. Ex:

Segundo a revista Veja, dos mais ou menos 610 mil brasileiros que vivem nos

Estados Unidos, um terço é ilegal. Preferir uma situação de risco ou insegurança numa

terra estranha é prova de que essa gente não acredita no Brasil como um país de futuro.

Ora, tanto a promessa de que dias melhores virão já não tem credibilidade, quanto a

opção neoliberal deixa na geladeira desligada o conceito de justiça social. Qual é mesmo o

caminho para o aeroporto?

Ao pensar em desenvolvimento Everado Leitão (p.54) assevera que é a parte da

redação que traz a argumentação propriamente dita. É nele que apresentamos o

raciocínio em defesa da tese. Ao implementar mecanismos estratégicos aos argumentos

para a defesa da tese, o redator pode escolher uma forma de articulá-los no texto, por

exemplo de forma cronológica ou histórica, espacial ou geográfica, por causa e

consequência, analítico, metafórico ou irônico.

Em se tratando de conclusão Everardo Leitão (p.55) nos diz que ela pode ser de

três tipos – 1. Por Retorno onde a reafirmação da tese ou por resumo onde reafirmamos os

argumentos. 2. Por avanço – onde apresentamos solução, alerta ou convite. 3 mista.

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De Acordo com Leitão a conclusão-retorno é a que volta ao conteúdo apresentado no

texto. É a forma mais fácil de arrematar a redação porque se utiliza o que já foi

apresentado. Na conclusão por resumo sintetizamos os argumentos – as ideias usadas

em defesa da tese. Este tipo é indicado para as redações longas, em que se justifica

reavivar a lembrança do leitor sobre a linha de defesa adota, o que não cabe para a prova

do Enem, pois é de pequena extensão.A conclusão-avanço é a que , como o nome indica,

vai além do apresentado na introdução e no desenvolvimento(...) a questão é ir além do

texto mas com base nele. Pode apresentar-se também como um alerta – que é uma forma

de chamar a atenção para algo de negativo que poderá vir a ocorrer se não for tomada

determinada atitude agora. Uma terceira forma deste tipo de conclusão é o convite, que é

um chamado indireto ao leitor para que tome alguma atitude, faça alguma coisa para

solucionar o problema de que se está se tratando.E a conclusão-solução apresenta-se às

vezes como apenas a indicação de um caminho para a solução ou de uma nova frente de

discussão do assunto.

Por fim disponibilizamos a estrutura de um texto dissertativo-argumentativo a

fim de sanar dúvidas sobre os conceitos apresentados no decorrer deste capítulo.

Indicaremos através de símbolos [], {}, (), #: O TÍTULO, A INTRODUÇÃO COM SUA

TESE, IDEIAS-NÚCLEOS(LIGADAS A TESE) E ARGUMENTOS, O DESENVOLVIMENTO

DE CADA UM DELES E O FECHAMENTO DE UMA REDAÇÃO QUE FICOU FAMOSA NA

MÍDA POR ALCANÇAR A PRIMEIRA COLOCAÇÃO:

TÍTULO

PRIMEIRO PARÁGRAFO

[ TESE ] POSIÇÃO SOBRE DETERMINADO ASSUNTO OU TEMA.

{IDEIA Nº 1 LIGADA À TESE}.

(IDEIA Nº 2 LIGADA À TESE).

#IDEIA Nº 3 LIGADA À TESE#.

SEGUNDO PARÁGRAFO

TERCEIRO PARÁGRAFO

QUARTO PARÁGRAFO

QUINTO PARÁGRAFO

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A qualidade de vida na cidade e no campo *

É de conhecimento geral que [a qualidade de vida nas

regiões rurais é, em alguns aspectos, superior à da zona rural], porque no

campo {inexiste a agitação das grandes metrópoles}, (há maiores

possibilidades de se obterem alimentos adequados) e, além do mais,

#as pessoas dispõem de maior tempo para estabelecer relações humanas

mais profundas e duradouras#.

Ninguém desconhece que o ritmo de trabalho de uma metrópole

é intenso. O espírito de concorrência, a busca de se obter uma melhor

colocação profissional, enfim, a conquista de novos espaços lança os

habitantes urbanos em meio a um turbilhão de constantes solicitações.

Esse ritmo excessivamente intenso torna a vida bastante agitada, ao

contrário do que se poderia dizer sobre a vida dos moradores da zona

rural. ideia com argumento.

Além disso, nas áreas campestres há maior quantidade de

alimentos saudáveis. Em contrapartida, o homem da cidade costuma

receber gêneros alimentícios colhidos antes do tempo de maturação, para

garantir maior durabilidade durante o período de transporte e

comercialização. ideia com argumento.

Ainda convém lembrar a maneira como as pessoas se

relacionam nas zonas rurais. Ela difere da convivência habitual

estabelecida pelos habitantes metropolitanos. Os moradores das grandes

cidades, pelos fatores já expostos, de pouco tempo dispõem para alimentar

relações humanas mais profundas. ideia com argumento.

CONCLUSÃO:

Por isso tudo, entendemos que a zona rural propicia a seus

habitantes maiores possibilidades de viver com tranquilidade. Só nos

resta esperar que as dificuldades que afligem os habitantes

metropolitanos não venham a se agravar com o passar do tempo.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Este trabalho se propôs a refletir parcialmente acerca da produção textual no

último ano do Ensino Médio e sua relevância para a redação do Enem. Para isto

dividimos o texto em três capítulos, sendo eles:

1. A produção textual no Ensino Médio da Escola Pública do Estado do Rio De Janeiro,

onde demonstramos a adequação do currículo proposto pela SEEDUC-RJ, analisamos o

Currículo Mínimo e a Matriz de Referência de Redação do Enem.

Para obter a imparcialidade sobre a pertinência do currículo proposto pela Secretaria de

Educação do Estado do Rio de Janeiro entrevistamos nove professores quanto ao uso do

currículo com a finalidade de desenvolver no discente a escrita de maneira autônoma e

crítica em qualquer gênero solicitado na escola ou fora dela, e a resposta de 70% dos

questionados foi positiva.

Notou-se também que os discentes ainda têm dificuldades para escrever de maneira

coerente, coesa e clara seja pela pouca ou nenhuma prática de leitura, originando uma

inviabilidade de expor ideias, assim como vocabulário pobre e a ausência de argumentos.

Quanto à didática docente a maioria dos entrevistados acredita que a didática empregada

em sala de aula está coerente com o compromisso de aprendizagem de uma escrita eficaz, e

avaliam as produções textuais por meio de sequência lógica, ortográfica e textual, produção

de variados tipos textuais, leituras, resumos, e interpretação.

Em relação à questão de sugestão para a melhoria da escrita, a usual indicação de leitura

ressurgiu na maioria das respostas, seguida de visualização de filmes/documentários,

leitura de jornais, jogos de perguntas e respostas, interpretação e o próprio ato de escrever.

Propositalmente Um questionamento colocou em xeque a prática docente - o auxílio numa

escrita autônoma, sem reprodução escolar e autoritarismo docente, onde a as respostas

foram favoráveis a esta prática educativa devido à correlação de respostas como: orientar o

aluno sem influenciar, incentivar a criatividade, mostrar regras textuais, propor textos

com escolha livre de gêneros, debates, sugestões e dicas de argumentos.

As declarações dos docentes sobre a leitura vão de encontro as ideias de (Maria Luiza/

Maria Bernadete M. Abaurre , 2012,P.11) pois afiançam que toda experiência de leitura,

por mais informal que possa parecer, contribui para a formação de um importante

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repertório pessoal de referências históricas, culturais, políticas, etc. ainda que nem sempre

façamos isso de modo consciente, recorremos a esse repertório no momento de produzir

textos dos mais variados gêneros. Esse é um dos motivos pelos quais se costuma afirmar

que há uma relação necessária entre leitura e escrita.

No capítulo 1.1 sobre a Relevância da produção textual no último ano do Ensino

Médio explicitamos que a partir do último ano do Ensino Médio o jovem passa a entender

que o efetivo aprendizado da produção textual é um instrumento de participação social do

indivíduo crítico e participativo, sendo um dos critérios para expor suas ideias de maneira

adequada, de acordo com as diversas situações-problemas contextualizadas, que venham

a surgir em sua vida.Assim usamos as ideias de Corgozinho Filho, Geraldi, Alves et ali,

e Maria Luiza e Maria Bernadete M. Abaurre.

A comunicação por escrito é uma necessidade presente em vários

momentos de nossa vida particular ou profissional. Cada um de nós,

nessas situações, deve utilizar palavras adequadas à circunstância

comunicativa da realidade em que estamos. É preciso que as palavras

que usamos na comunicação estejam adequadas às ideias que queremos

veicular, considerando-se o contexto em que se acham inserida

(...)(Corgozinho Filho, p.68)

Ao capítulo 1.2. se objetivou ouvir a opinião dos alunos do EM e percebemos que as

dificuldades em escrever um texto são das mais variadas ordens: paragrafação; organizar

as ideias; Iniciar o texto; concluir o texto; falta de coerência e coesão; argumentos;

exemplificar para tornar o argumento consistente e convincente; ortografia, pontuação;

escrever o texto sem sair do tema; falta de prática dissertativa durante os anos escolares; de

leitura; desinformação acerca do tema proposto;o nervosismo;o tempo; concordância verbal;

concordância nominal; regência; ortografia; acentuação; divisão silábica, entre outros.

No segundo capítulo explicitamos o uso de Recursos Estilísticos Fundamentais

para a construção da qualidade textual, onde destacamos: linguagem padrão X

linguagem coloquial, elementos da comunicação, os tipos de discurso,a função da

linguagem denotativa, as figuras de linguagem, de pensamentos, palavras , e de

harmonia , além dos conetivos cuja a necessidade do conhecimento e de uso de tais

recursos foi apontado por (Geraldi,2014, P.118) na Obra O texto na sala de aula: (...) a

identificação de procedimentos e recursos linguísticos utilizados pelo estudante é importante, na medida

em que eles ajudam a elucidar as condições de produção da redação escolar. Fez-se uso também dos

pensamentos encontrados na apostila do Curso de Pós-Graduação na área de Língua

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Portuguesa. Recursos Estilísticos. AVM Faculdade Integrada. Brasília. DF. elaborada por

Marcelo Paiva.

No último capítulo sobre Dicas e estratégias para a construção de um bom texto

(para o Enem) pontuamos ações e práticas para que o aluno alcance esse objetivo, e que

também servirão como troca pedagógica entre os professores. Teoricamente nos ancoramos

em pensamentos de Everardo Leitão, além de consultar a Revista Guia do estudante de

Redação para elencar as dicas e definir o padrão do bom texto, que para a construção de

acordo com o primeiro autor a escrita deve ser: coerente, coesa,simples,clara, objetiva,

concisa,organizada,e correta gramaticalmente. Já a Professora Ecília Correia consultora

da Revista Guia do Estudante,Editora Abril acrescenta que para o texto sair como

esperado pela banca ou para o leitor leigo o estudante deve seguir os seguintes passos:

Ver o tema de redação e fazer uma leitura cuidadosa da prova ; Elabore o projeto de texto e

escolha uma tese; Faça a primeira versão do texto; Lembrar-se da estrutura básica da

dissertação argumentativa:introdução, desenvolvimento e conclusão. Revisar o texto,

passar o texto a limpo.

Concluímos assim que o objetivo deste trabalho foi alcançado, e que a reflexão é parcial e

deve ser ampliada, pois a realidade das escolas é distinta e complexa, e o Currículo Mínimo

para ser considerado como “adequado a aprendizagem efetiva de uma escrita autônoma,

crítica , além de cidadã, ”não pode ser engessado e periodicamente passará por mudanças

acadêmicas conforme a necessidade dos parâmetros estabelecidos para ele.

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Bibliografia:

LEITÃO. Everardo. Escrever e passar. Redação para concurso. 1ª reimpressão. Brasília:

Vestcon, 2013.

CORGOZINHO FILHO, Jair Alves. Coleção Desafio Enem. Língua Portuguesa, Literatura

e Redação. Linguagens, Códigos e suas Tecnologias.

GERALDI. João Wanderley(org.). O texto na sala de aula. 1ª edição. São Paulo: Anglo,

2014.

PAIVA. Marcelo Whately. Curso de Pós-Graduação na área de Língua Portuguesa.

Recursos Estilísticos e análise de texto. Brasília: AVM. Faculdade Integrada,2014.

ABAURRE. Maria Luiza M; ABAURRE. Maria Bernadete M. Um olhar objetivo para

produções escritas: analisar, avaliar, comentar. São Paulo: Moderna, 2014.

Artigo:

POSSENTI, Sírio. Estudos da Lingua(gem). Mattoso Câmara e os estudos linguísticos no

Brasil. Vitória da Conquista. N.2, P. 79-93, dezembro de 2005.

Documentos:

- Manual do Enem 2014 – Anexo IV – Matriz de referência para Redação. Acesso em:

http://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/edital/2014/edital_enem_2014.pdf

Data: 01/09/14.

- Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro.Currículo Mínimo 2013. Orientações

Curriculares: Produção textual. Ensino Médio. 3ª série.

Acesso em: http://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/curriculo_aberto.asp

Data: 02/09/14.

Sites:

Infoescola – Conectivos: http://www.infoescola.com/portugues/conectivos/

Acesso em: 15/09/14.

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Periódicos:

Guia do estudante. Redação – Vestibular + Enem – 2015. Ponto final nas dúvidas. Tudo o

que você precisa saber para escrever um texto nota 10.São Paulo, Abril,98 p., ed. 8, jul.2014.

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Anexos:

Anexo I:

Matriz de Referência para Redação.

Baseada nas cinco competências para a Matriz de Referência para a Redação, a proposta de

Redação do Enem é elaborada de forma a possibilitar que os participantes a partir de uma

situação-problema e de subsídios oferecidos, realizem uma reflexão escrita sobre um tema

de ordem política, social ou cultural produzindo um texto dissertativo argumentativo em

prosa.

Competências expressas na matriz de referência para a Redação do Enem e níveis de

conhecimentos associados:

I – Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa:

Nível 0 – Demonstra desconhecimento da modalidade escrita formal da língua portuguesa.

Nível 1 – Demonstra domínio precário da modalidade escrita formal da língua

portuguesa,de forma sistemática com diversificados e frequentes desvios gramaticais, de

escolha de registro e de convenções da escrita.

Nível 2 – Demonstra domínio insuficiente da modalidade escrita formal da língua

portuguesa,com muitos desvios gramaticais, de escolha , de registros e de convenções da

escrita.

Nível 3 - Demonstra domínio mediano da modalidade escrita formal da língua

portuguesa e de escolha de registro, com alguns desvios gramaticais e de convenções da

escrita.

Nível 4 - Demonstra bom domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e

de escolha de registro, com poucos desvios gramaticais e de convenções da escrita.

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Nível 5 - Demonstra excelente domínio da modalidade escrita formal da língua

portuguesa e de escolha de registro. Desvios gramaticais ou de convenções da escrita serão

aceitos somente como excepcionalidade e quando não caracterizem reincidência.

II – Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de

conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-

argumentativo em prosa:

Nível 0 - “Fuga ao tema/não atendimento à estrutura dissertativo-argumentativa”.

Nível 1 - Apresenta o assunto, tangenciando o tema ou demonstra domínio precário do

texto dissertativo-argumentativo, com traços constantes de outros tipos textuais.

Nível 2 - Desenvolve o tema recorrendo à cópia, de trechos dos textos motivadores ou

apresenta domínio insuficiente do texto dissertativo-argumentativo , não atendendo a

estrutura com proposição, argumentação e conclusão.

Nível 3 - Desenvolve o tema por meio de argumentação previsível e apresenta domínio

mediano do texto dissertativo-argumentativo , com proposição, argumentação e conclusão.

Nível 4 - Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente e apresenta bom

domínio do texto dissertativo-argumentativo , com proposição, argumentação e conclusão.

Nível 5 - Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente, a partir de um

repertório sociocultural produtivo e apresenta excelente domínio do texto dissertativo-

argumentativo.

III – Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e

argumentos em defesa de um ponto de vista.

Nível 0 – Apresenta informações, fatos e opiniões não relacionados ao tema e sem defesa de

um ponto de vista.

Nível 1 - Apresenta informações, fatos e opiniões pouco ao tema ou incoerentes e sem defesa

de um ponto de vista.

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Nível 2 - Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, mas

desorganizados ou contraditórios e limitados aos argumentos dos textos motivadores em

defesa de um ponto de vista.

Nível 3 - Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, limitados aos

argumentos dos textos motivadores, e pouco organizados em defesa de um ponto de vista.

Nível 4 - Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de forma

organizada, com indícios de autoria,em defesa de um ponto de vista.

Nível 5 - Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema,de forma consciente

e organizada, configurando autoria, em defesa de um ponto de vista.

IV – Demonstrar conhecimento de mecanismos linguísticos necessários para a construção

da argumentação.

Nível 0 – Não articula as informações.

Nível 1 – Articula as partes do texto de forma precária.

Nível 2 – Articula as partes do texto, de forma insuficiente, com muitas inadequações e

apresenta repertório limitado de recursos coesivos.

Nível 3 – Articula as partes do texto, de forma mediana,com inadequações, e apresenta

repertório pouco diversificado de recursos coesivos.

Nível 4 – Articula as partes do texto com poucas inadequações e apresenta repertório

diversificado de recursos coesivos.

V - Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos

humanos.

Nível 0 – Não apresenta proposta de intervenção ou apresenta proposta não relacionada ao

tema ou ao assunto.

Nível 1 – Apresenta proposta de intervenção vaga, precária ou relacionada apenas ao

assunto.

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Nível 2 - Elabora, de forma insuficiente,proposta de intervenção relacionada ao tema, ou

não articulada com a discussão desenvolvida no texto.

Nível 3 – Elabora de forma mediana, proposta de intervenção relacionada ao tema e

articulada a discussão desenvolvida no texto.

Nível 4 – Elabora bem proposta de intervenção relacionada ao tema e articula à discussão

desenvolvida no texto.

Nível 5 – Elabora muito bem proposta de intervenção, detalhada, relacionada ao tema e

articulada à discussão desenvolvida no texto.

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Anexo II:

.

CURRÍCULO MÍNIMO DE PRODUÇÃO TEXTUAL:

6º Ano do Ensino Fundamental

1º Bimestre:

Foco do bimestre: Bilhete e mensagem instantânea (e-mail, post e torpedo)

Habilidades e Competências:

- Usar o vocativo.

- Utilizar adequadamente marcas do registro coloquial.

- Estabelecer relação de referência entre substantivos e adjetivos.

- Usar adequadamente sinais de pontuação relevantes ao gênero.

- Identificar e corrigir dificuldades ortográficas recorrentes.

2º Bimestre:

Foco do bimestre: História em quadrinhos e tirinha

Habilidades e Competências:

- Diferenciar sentidos associados aos variados formatos de balão e tipos de letra

empregados.

- Gerar sentidos pela pontuação expressiva.

- Usar os sinais de pontuação como indicadores de sentido.

- Promover coesão textual a partir da relação entre nomes e pronomes.

- Transformar pequenas narrativas em histórias em quadrinhos, fazendo uso de legendas,

balões, onomatopeias e sinais gráficos.

3º Bimestre:

Foco do bimestre: Contos de fadas e contos maravilhosos

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Habilidades e Competências:

- Definir os elementos básicos da narrativa de encantamento: tempo, espaço, personagens,

enredo, narrador.

- Explorar o valor expressivo do adjetivo em descrições de cenários e caracterizações de

personagens.

- Empregar corretamente sinais gráficos para diálogos.

-Elaborar resumos ou novas versões de narrativas dos gêneros estudados no bimestre.

4º Bimestre:

Foco do bimestre: Poema

Habilidades e Competências:

-Explorar o efeito de sentido gerado pela repetição de sons e palavras.

-Estruturar o poema em versos e estrofes.

-Utilizar sinônimos e antônimos como recursos de coesão e de construção do texto poético.

7º Ano do Ensino Fundamental

1º Bimestre:

Foco do bimestre: Diário, blog, perfil

Habilidades e Competências:

- Diferenciar a língua falada da língua escrita em registros pessoais (virtuais ou não) com

diferentes graus de formalidade.

- Selecionar informações relevantes das irrelevantes a depender da finalidade do texto e da

esfera de circulação.

- Utilizar a descrição nos textos.

- Identificar e corrigir dificuldades ortográficas recorrentes.

- Elaborar textos para um blog.

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- Preencher adequadamente dados de perfis sociais.

- Criar e reescrever textos para um diário.

2º Bimestre:

Foco do bimestre: Notícia, reportagem, entrevista.

Habilidades e Competências:

- Identificar a finalidade e as características específicas que diferenciam cada gênero em

questão.

- Empregar mecanismos de coesão textual.

- Reconhecer e corrigir dificuldades ortográficas recorrentes.

- Elaborar questões relevantes para uma entrevista a ser realizada.

- Elaborar e reescrever uma notícia.

3º Bimestre:

Foco do bimestre: Narrativa de aventura, suspense e terror

Habilidades e Competências:

- Definir os elementos básicos da narrativa: tempo, espaço, enredo, personagens, narrador.

- Relacionar o título do texto a sua compreensão.

- Aplicar os recursos usados para a criação de efeitos de suspense.

- Utilizar pronomes pessoais, demonstrativos e possessivos como promotores de coesão

textual.

- Criar pequena narrativa dos gêneros estudados.

- Recontar oralmente uma narrativa dentre os gêneros estudados.

4º Bimestre:

Foco do bimestre: Regra de jogo, receita, manual.

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Habilidades e Competências:

- Reconhecer a finalidade dos textos injuntivos.

- Usar adequadamente frases oracionais e frases não oracionais.

- Utilizar adjuntos adverbiais como auxiliares à produção de instruções.

- Identificar e corrigir dificuldades ortográficas recorrentes.

- Produzir e reproduzir, por escrito, receitas, regras e manuais.

8º Ano do Ensino Fundamental

1º Bimestre:

Foco do bimestre: Artigo de divulgação científica, relatório,

fichamento e resumo.

Habilidades e Competências:

- Identificar o tema, as ideias centrais e secundárias, e as informações implícitas do texto.

− Diferenciar um relatório, um fichamento e um resumo.

− Utilizar a estrutura básica do enunciado (sujeito + verbo + complemento + adjuntos).

− Reconhecer e utilizar adequadamente as regras de concordâncias nominal e verbal.

2º Bimestre:

Foco do bimestre: Texto didático, verbete enciclopédico, apresentação (slide, cartazes), debate

regrado e seminário.

.

Habilidades e Competências:

- Expandir o enunciado com elementos caracterizadores do substantivo e elementos

circunstanciais.

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− Utilizar conectivos e outros morfemas que orientam o enunciado para determinadas

conclusões.

− Utilizar as formas nominais dos verbos como componentes de textos dos gêneros em

questão.

− Produzir slides e cartazes para a realização de apresentações orais.

− Realizar debates regrados.

3º Bimestre:

Foco do bimestre: Cordel e canção.

.

Habilidades e Competências:

- Relacionar a escolha vocabular em poemas e canções às exigências métricas ou sonoras.

− Aplicar mecanismos de construção ideológica e de sentido nos textos (o uso da

linguagem figurada como exagero, ironia ou sarcasmo).

− Explorar o valor expressivo do adjetivo e das orações adjetivas para produção dos gêneros

estudados.

4º Bimestre:

Foco do bimestre: Texto teatral .

Habilidades e Competências:

- Relacionar a lógica que presidiu a divisão das cenas aos efeitos criados por tal divisão.

− Explorar o valor expressivo do adjetivo em descrições de cenários e personagens.

− Usar sinais gráficos específicos na estruturação do diálogo.

− Inserir a interjeição nas falas das personagens como marca de oralidade.

9º ano

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1º Bimestre:

Foco do bimestre: Carta (pessoal, do leitor ou formal) e Curriculum Vitae .

Habilidades e Competências:

- Reproduzir a estrutura das cartas pessoal e oficial (requerimento, ofício e solicitação),

diferenciando-as quanto à sua finalidade e esfera de circulação.

- Reproduzir a estrutura do currículo, atentando para as diferentes finalidades que este

possa ter.

- Empregar adequadamente os níveis de formalidade aos textos.

- Reconhecer e empregar adequadamente a regência verbal e nominal.

2º Bimestre:

Foco do bimestre: Crônica e conto

Habilidades e Competências:

- Estabelecer o foco narrativo (narrador), espaço, tempo, personagens e conflito.

- Contemplar os elementos do enredo: apresentação, complicação, clímax e desfecho.

- Usar adequadamente a paragrafação e a pontuação.

- Reconhecer o encadeamento das orações pelo mecanismo da coordenação.

- Usar conjunções coordenativas variadas, relacionando-as aos sentidos produzidos nas

sequências.

- Utilizar discurso direto e indireto.

3º Bimestre:

Foco do bimestre: Romance.

Habilidades e Competências:

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- Estabelecer nexos lógicos no texto, empregando adequadamente os tempos e modos

verbais.

- Reconhecer o encadeamento das orações pelo mecanismo da subordinação.

- Usar conjunções subordinativas variadas, relacionando-as aos sentidos produzidos nas

sequências.

- Relacionar o emprego do modo subjuntivo à ocorrência de orações subordinadas

adverbiais.

- Produzir coletivamente um texto narrativo cuja estrutura se aproxime do romance.

4º Bimestre:

Foco do bimestre: Romance

Habilidades e Competências:

- Usar conectivos e pontuação apropriadamente no encadeamento das orações.

- Empregar as vozes verbais em função da intenção comunicativa.

- Identificar e corrigir dificuldades ortográficas recorrentes.

- Produzir coletivamente um texto narrativo cuja estrutura se aproxime do romance.

3º ano do Ensino Médio

1º Bimestre:

Foco do bimestre: Manifesto e Panfleto.

Habilidades e Competências:

-Reconhecer a estrutura da frase, do período, do parágrafo e exercitar sua formação e

progressão.

- Explorar questões relacionadas à pontuação em sua articulação com a estrutura sintática

e com as escolhas

estilísticas dos autores.

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- Identificar e promover relações de concordância nominal e verbal entre unidades do

discurso.

2º Bimestre:

Foco do bimestre: ARTIGO DE OPINIÃO, EDITORIAL E ENSAIO

Habilidades e Competências:

- Reconhecer a carga semântica de afetividade ou ironia no emprego de verbos e adjetivos.

- Distinguir os tipos de discurso (direto, indireto e indireto livre) presentes nos gêneros

estudados.

- Analisar relações lógico-discursivas marcadas por conectores coordenativos e

subordinativos.

3º Bimestre:

Foco do bimestre: REDAÇÃO DISSERTATIVA/ARGUMENTATIVA

Habilidades e Competências:

-Reconhecer as

características mais gerais de textos opinativos (tese, argumento, contra-argumento,

refutação).

- Identificar as três partes básicas que estruturam o texto dissertativo-argumentativo.

- Utilizar adequadamente as conjunções coordenativas e subordinativas na construção do

texto argumentativo.

- Identificar o papel argumentativo dos conectivos e usá-los de modo a garantir coesão ao

texto.

4º Bimestre:

Foco do bimestre: REDAÇÃO DISSERTATIVA/ARGUMENTATIVA

Habilidades e Competências:

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- Reconhecer as características estruturais e as etapas básicas de textos dissertativos

opinativos e expositivos.

- Estabelecer o tema, as ideias centrais e secundárias.

- Diferenciar fato de opinião e relacioná-los aos fatores que concorrem para a construção do

ponto de vista.

- Relacionar intencionalidade discursiva ao contexto de produção, ao interlocutor e à

finalidade comunicativa.

-Destacar diferentes posições sobre um mesmo fato pelo emprego dos verbos de elocução.

-Marcar linguisticamente impessoalidade, opinião e generalização.

- Usar conectivos coordenativos e subordinativos de modo a garantir coesão e coerência ao

texto.

- Empregar os pronomes relativos de modo a garantir coesão ao texto.

- Identificar e promover relações de concordância e regência em textos dissertativo-

argumentativos.