REPRESENTAÇÃO SOCIAL DA INFÂNCIA NA MODERNIDADE

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REPRESENTAÇÃO SOCIAL DA INFÂNCIA NA MODERNIDADE

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REPRESENTAÇÃO SOCIAL DA INFÂNCIA NA MODERNIDADE. A importância dos seguintes estudos no entendimento da representação social da infância na modernidade: - PowerPoint PPT Presentation

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REPRESENTAÇÃO SOCIAL DA

INFÂNCIANA

MODERNIDADE

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A importância dos seguintes estudos no entendimento da representação social da infância na modernidade:

– Sigmund Freud: Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade, publicação revolucionária em 1905. Teorias da psicologia do desenvolvimento humano: <clique>.

– Philippe Ariès: História Social da Criança e da Família, a partir de 1960.

– Michel Foucault: Vigiar e Punir, 1974; História da Sexualidade, 1976 - 1984.

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FREUD

• A infância é comparada ao trono de um rei ou de uma rainha: ela é o centro das atenções dos outros;

• A sexualidade estaria ausente no mundo infantil;

• O mundo da sexualidade infantil: a perversão polimorfa;

• A criança é o cenário imaginário da família. A família é o seu reino.

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ARIÈS

• A infância é uma invenção dos tempos modernos;

• A infância é um número real que a identifica desde o dia em que nasce, através da marcação de data de nascimento e hora;

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FOUCAULT

• A subjetividade ou caráter de um ser humano, se produz através de agenciamentos sociais;

• Geralmente, estes, são de caráter disciplinar;

• São entrecruzamentos de estruturas de saber e poder;

• Era dos especialistas: novas formas de governo. Teorias do desenvolvimento.

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DICIONÁRIO AURÉLIO• Criança: [Do latim: creantia, criantia.]

1. Ser humano de pouca idade, menino ou menina. [Sin.: párvulo e (lus.) puto.]

2. Pessoa ingênua, infantil: Não desconfia de nada, é uma criança.

Criança de peito: A que ainda mama

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DEFINIÇÃO

• Criam-se diversos conceitos sobre a criança, melhor dizendo, diverso discursos que agem sobre o seu corpo diretamente (FOUCAULT, 1974, 1984).

• O corpo infantil, a sexualidade infantil sofre uma ação que é ao mesmo tempo discursiva, ou seja, com uma estrutura complexa entre os saberes e os poderes.

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• A descoberta da infância: “até por volta do século XII, a arte medieval desconhecia a infância” (ARIÈS, 1986, p. 51).

• A criança era uma miniatura de um adulto (Ibid.).

• Até o fim do século XIII, não existia uma “expressão particular” da criança (Ibid.).

• Infância grega: “Tudo indica que a representação realista da criança, ou a idealização da infância, de sua graça, de sua redondeza de formas tenham sido próprias da arte grega” (Ibid. , p. 52).

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• A infância desaparece até ressurgir no mundo pós-medieval românico;

• Surge o “sentimento moderno de criança”: uma realidade particular com os seus direitos, deveres e proteção, acima de tudo.

• Necessita de uma convivência familiar para o seu desenvolvimento.

• 1990: surgimento do ECA = Estatuto da Criança e do Adolescente.

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SEXUALIDADE INFANTIL

• Ela reaparece na sociedade moderna e burguesa de dupla forma:

a) Repressão...

b) Colocação em discursos...

c) Dependência da família x autonomia.

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INCITAÇÃO AOS DISCURSOS

• Surge no século XVII: “em torno e a propósito do sexo há uma verdadeira explosão discursiva” (FOUCAULT, 1988, p. 21).

• Polícia dos enunciados: historicamente filtram estes discursos com exigências de “decência” (Ibid.).

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• “Através da economia política da população forma-se toda uma teia de observações sobre o sexo” (Ibid., p. 29).

• Sexo da crianças: “Fala-se dele de outra maneira; são outras pessoas que falam, a partir de outros pontos de vista e para obter outros efeitos” (Ibid., p. 29 – 30).

• Colégios do Séc. XVIII: sexo = elemento estruturante dos espaços (Ibid.).

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CONCLUSÃO• A infância e toda a sua realidade tornam-

se um fenômeno complexo atravessados por uma extensa e diversificada rede discursiva.

• Subjetividade = PODER + SABER

• S(i) = poder familiar e jurídico + discursos de ordens religiosos, médicos, pedagógicas, psicológicos e sociais.

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REFERÊNCIASARIÈS, Philippe. História social da criança e da família. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986.

• ERIKSON, Erik Homburger (1950). Infância e sociedade. Rio de Janeiro: Zahar, 1976a.

• ______________________ (1963). Identidade: juventude e crise. Rio de Janeiro: Zahar, 1976b.

FREUD, Sigmund. Três ensaios sobre a teoria da sexualidade (1905). Rio de Janeiro: Imago, 1989. v. 7

FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir (1974). Petrópolis: Vozes, 1997.

________________. História da sexualidade (1976 – 1984). Rio de Janeiro: Graal, 1988. v.1