REPRESENTANTE DO PRESIDENTE DE ROTARY INTERNATIONAL SOMOS A HUMANIDADE EM MOVIMENTO Quando eu era um...

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REPRESENTANTE DO PRESIDENTE DE ROTARY INTERNATIONAL SOMOS A HUMANIDADE EM MOVIMENTO Quando eu era um menino de uns 7 ou 8 anos, costumava ir com minha mãe pedir doações para a Sociedade Canadense do Câncer. Ainda posso me lembrar das visitas às fazendas grandes e pequenas, e das doações generosas que as pessoas faziam. Eu achava que… como seu companheiro fiel… eu certamente teria direito a alguma parte daquele dinheiro… eu não entendia, então, o conceito de serviço… de fazer alguma coisa para alguém sem esperar alguma outra

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REPRESENTANTE DO PRESIDENTE DE ROTARY INTERNATIONAL

SOMOS A HUMANIDADE EM MOVIMENTO

Quando eu era um menino de uns 7 ou 8 anos, costumava ir com minha mãe pedir doações para a Sociedade Canadense do Câncer. Ainda posso me lembrar das visitas às fazendas grandes e pequenas, e das doações generosas que as pessoas faziam. Eu achava que… como seu companheiro fiel… eu certamente teria direito a alguma parte daquele dinheiro… eu não entendia, então, o conceito de serviço… de fazer alguma coisa para alguém sem esperar alguma outra coisa em troca.

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Minha mãe, provavelmente, como vocês, era uma voluntária ativa, e eu sempre achei curioso que, alguns anos mais tarde… ela tivesse sido diagnosticada com a mesma doença para a qual ela recolhia doações. Esses foram dias terrivelmente tristes em minha casa, com minha mãe no hospital por um longo período de tempo… Quase no mesmo dia em que ela foi hospitalizada para se tratar, nosso cachorro Rover anunciou…latindo… que tínhamos visita.

Uma senhora da vizinhança estava em nossa porta com um pão-de-ló nos braços … com uma incrível branca com sabor limão. Para um menino de 12 anos, isso era o céu.

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Seguiu-se uma procissão de vizinhos trazendo frango frito, pãozinho assado na hora, batatas e saladas. Os vizinhos vinham dar uma mão ao meu pai no trabalho da fazenda, para que ele tivesse tempo de ir ao hospital ficar com a minha mãe… ESSES FORAM GESTOS NOBRES DE SERVIÇO, BONDADE E COMPANHEIRISMO que nunca vou esquecer… e que parecem ter marcado a minha alma.

E hoje… vocês e eu pertencemos a uma organização que traz a mesma esperança e paz para este mundo conturbado através dos serviços… Acredito que muitos de vocês se juntaram ao Rotary para ajudar o próximo… para devolver à comunidade tudo o que vocês vivenciam e muito mais.

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… E vocês sabem, o interessante é que não existe uma pessoa nesta sala, nem uma só pessoa, que não queira transformar este mundo em um lugar melhor de viver.

… Acredito firmemente que quando servimos os outros estamos dando o melhor de nós mesmos…

… E apesar de minha mãe ter sofrido muito, mas sem se queixar, sua doença nunca a impediu de continuar seu trabalho voluntário… Ao me recordar de seus últimos dias, cheguei à conclusão que não é tão importante ONDE prestamos serviços, ou, então, POR QUANTO TEMPO prestamos esses serviços, mas sim COMO PRESTAMOS SERVIÇOS DURANTE O TEMPO DE QUE DISPOMOS.

Cada um de nós, por vocação, tem algo que gostaria de compartilhar com outras pessoas. Eu gostaria de homenagear o Presidente de Rotary Club que me mostrou como a minha contribuição poderia fazer diferença por meio dos serviços de Rotary.Eu já era sócio do meu clube de Rotary há dois anos quando descobri a oportunidade de servir como Dentista Voluntário do Rotary em um projeto 3-H ("Saúde, Fome e Humanidade") patrocinado pela FundaçãoRotária na Jamaica. O RotaryClub de lá estava precisandomuito de um dentista quepudesse ir prestar serviços porum mês.

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Devo confessar que quanto mais perto estava o dia da minha partida, mais ansioso eu ficava. Na verdade, algumas semanas antes de viajar, Liz e eu estávamos indo para casa e contei isso a ela… Eu tinha um consultório movimentando, tínhamos cinco filhos pequenos em casa, éramos muito ativos na comunidade e em nossa igreja, e, talvez, esse não fosse o momento certo para ir… Sem hesitação, ela virou para mim e disse… Quer saber, Monty, a hora certa nunca vai chegar.

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E, assim, lá fui eu; como o meu vôo saia cedo, na noite anterior coloquei cada um dos meus filhos na cama, abracei e beijei cada um deles, dizendo que eu voltaria em um mês, que precisava ir ajudar as pessoas menos favorecidas do mundo, crianças que eu nunca tinha visto, e que, enquanto estivesse fora, eles deveriam se comportar e cuidar da mamãe…

Meu filho mais novo, Ryan, tinha somente 8 anos de idade na época… Depois de umas 2 ou três semanas, recebi uma carta dele, que dizia:

“Oi, papai, sou eu,Ryan, de novo…espero que vocêchegue em casa emsegurança. Você é omelhor pai do mundo, e, se algum dia eu tiver um outro pai, VOCÊ VAI CONTINUAR SENDO O MELHOR PAI DO MUNDO”.

Não sei o que estava acontecendo lá em casa, mas voltei bem rápido.

Para tornar as coisas um pouco mais complicadas, algumas semanas antes da minha chegada, a Clínica do Rotary tinha sido destruída pelo Furacão Gilbert, um furacão suficientemente forte para arrancar o topo de todas as árvores; e, com isso, o serviço dentário foi transferido para as clínicas do governo.

Todas as manhãs, quando eu chegava à clínica, havia um mar de gente esperando. Eu os cumprimentava e eles respondiam todos juntos: “Bom dia, doutor”.

Todos tinham dor de dente e precisam de extração. Temos tanto sorte no Canadá e nos Estados Unidos… vocês sabem… temos aproximadamente 1 dentista para cada 800 pessoas… na Jamaica, naquela época, era um dentista para cada125.000 pessoas. Havia tantospacientes que dávamos aosprimeiros 15 uma senhanumerada de 1 a 15 eanestesiávamos todos eles –um por um – e os mandávamosde volta para a sala de espera.

Daí então, começávamos a chamá-los de volta, no. 1, no. 2, e assim por diante… e, algumas vezes, quando um número era chamado, duas pessoas corriam para entrar na sala e sentar na cadeira ao mesmo tempo… É claro que só uma deveria estar lá, a que tinha sido anestesiada, mas muitos estavam convencidos de que poderiam passar desapercebidos, e estavam dispostos a arrancar os dentes sem anestesia, se apenaspudessem sentar naquelacadeira! E quandoacabávamos de trataraqueles 15 pacientes,começávamos tudo denovo, com os próximos 15, e assim por diante…sem parar…

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O trabalho era quente e extenuante… Os jamaicanos têm bocas grandes e dentes ainda maiores… A clínica não tinha raio-X, broca, nem sucção, somente um balde para cuspir ao lado da cadeira… Faltava luz frequentemente, e quando isso acontecia, a enfermeira ajudava iluminando a boca do paciente com uma lanterna… Outras vezes, com um calor de 32ºC, ela limpava a minha testa para o suor não pingar no paciente… Mas, nunca vou me esquecer de uma manhã, quando uma jovem mãe jamaicana trouxe sua filhinha de 4 ou 5 anos de idade e ergueu-a contra a janela da clínica onde trabalhávamos, que estava abaixada… Até hoje, consigo ouvir ela dizendo:

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“Doutor, minha filhinha está com uma dor de dente terrível… Andamos a noite inteira para chegar aqui… Será que o senhor poderia, por favor, dar uma olhada nela…”

Nós nunca deixávamos de atender ninguém… Aos poucos, eu comecei a amar essas pessoas, e as pequenas coisas lá de casa, como colocar os pneus de neve no carro, ou a reforma que precisava ser feita, já não pareciam tão importantes… Algumas semanas mais tarde… liguei para casa e pedi a Liz que viesse me encontrar porque queria que ela sentisse o que eu estava sentindo, e compartilhar essa experiência de servir comigo, e, assim, nas últimas semanas, ela me ajudou na clínica.

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Muitas pessoas, depois da extração, se levantavam da cadeira e me cumprimentavam com entusiasmo, agradecendo ao Rotary pela minha vinda…E umas 800 extrações depois, minha mulher e eu nos sentamos no avião no aeroporto de Montego Bay, prontos para voltar para casa, e eu chorei como uma criança… foi nesse dia que deixei de ser membro de um Rotary Club para me tornar um Rotariano… foi nesse dia que a Fundação Rotária realmente significou algo para mim… e prometi a mim mesmo que não apenas eu daria apoio financeiro à Fundação Rotária, mas sempre que pudesse, iria dar do meu tempo para ajudar os menos afortunados em outras partes do nosso mundo.

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Agora, vou afirmar que cada um de nós, hoje, aqui, tem um evento, uma experiência, uma emoção, que nos vinculou ao Rotary para sempre. Podemos sempre falar com paixão sobre essas experiências porque são as nossas experiências, E A NOVIDADE é que nossos amigos e conhecidos reconhecerão o seu valor e vão querer pertencer a esta grande organização, quando reconhecerem o bem que o Rotary está fazendo através nós e para nós. Nós sempre encontraremos pessoas, ao longo da vida, que querem pertencer, querem dar algo para a nossa comunidade global, e estão esperando pelas aventuras a Fundação Rotária nos proporciona gratuitamente...

Nós temos o dever, então, de estender a mão a essas pessoas e compartilhar nossas experiências com elas. O Rotary não é nosso até que o tenhamos compartilhado com alguém.Como vocês, eu fui convidado para entrar no Rotary. Eu não sabia, então, aonde o Rotary iria me levar. Devo dizer, agora, olhando para trás, que naquele convite para conhecer o que o Rotary fazia e, mais tarde, o convite para entrar no Rotary, foram momentos que definiram a minha vida.E particularmente, e talvez paravocês também, fora minha família,minha igreja e minha profissão,nenhuma outra organização ouatividade teve uma influência tãomarcante na minha vida e memotiva tanto a fazer o bem,como o Rotary.

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E, com o passar dos anos, eu sinto o fio condutor do Rotary cada vez mais entrelaçado em cada aspecto da minha vida. Como alguns de vocês, eu tropecei em um aleijado pela Pólio nas ruelas de Bangladesh. Se crianças conseguirão andar ou não, isso depende de nós. Eu fiquei esperando a minha vez de beber água no poço do Rotary. Há famílias que vão beber água potável, ou não, isso depende de nós… Eufiquei ao lado do berço de umbebê prematuro na Rússia, queprecisava desesperadamentede uma incubadora que nãoexiste. Se essa incubadoraexistirá, isso depende de nós.

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Eu andei por salas de aula vazias em países em desenvolvimento e vi que as crianças podem aprender a ler ou não; isso depende de nós. Estive na Montanha Fumegante em Manila, e vi crianças pequenas que ali vivem procurando pelo que comer. Se elas vão ficar lá e morrer, isso depende de nós. Vi criancinhas ao longo do Rio Amazonas vir para as clínicas médicas e dentárias por conta própria porque o Rotary prometeu acabar com a dor que estavam sentindo. Elas vão sentir dor ou não; isso depende de nós…

Meus amigos Rotarianos, a visão de nossa grande organização é simplesmente esta: em poucas palavras, a nossa é uma organização de serviços que eleva os outros e constrói a paz com uma pessoa de cada vez.

Obrigado por tudo o que vocês têm feito pelo Rotary.