Resenha 9o. ano
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Uma resenha pode ser puramente informativa, limitando-se a expor o conteúdo do texto resenhado com a maior objetividade possível. Nesse caso, confunde-se com o resumo.
A resenha crítica é a apresentação do conteúdo de uma obra (resumo), acompanhada de uma avaliação crítica.
Como um gênero textual, uma resenha nada mais é do que um texto em forma de síntese que expressa a opinião do autor sobre um determinado fato cultural, que pode ser um livro, um filme, peças teatrais, exposições, shows etc
Na ótica da circulação dos textos, é uma forma de apresentar à sociedade uma nova produção acadêmica;
Na perspectiva do receptor, representa aos pesquisadores e leitores em geral uma economia de tempo e dinheiro em possíveis leituras desnecessárias;
A resenha requer de quem a elabora, exigências tais como:◦ Competência de leitura;◦ Capacidade de juízo crítico para distinguir claramente
o essencial do supérfluo.◦ Conhecimento completo da obra;
Deve apresentar: 1. a referência completa do livro resenhado, sempre
precedendo o texto em si; 2. nome completo do resenhista, sua filiação
institucional, complementada ou não por um minicurrículo;
3. Os títulos são opcionais;
◦ De que trata? ◦ De que modo o assunto é abordado? ◦ E com que objetivos?◦ A quem se dirige? O leitor irá achá-lo útil? ◦ Quem o escreveu?◦ Tem o objeto resenhado alguma característica
especial?◦ Que conhecimentos prévios são exigidos para
entendê-lo?
◦ O tratamento dado ao tema é compreensivo? ◦ O filme etc foi feito de modo interessante e
agradável?◦ As cenas, fotografias etc foram bem escolhidas? ◦ O filme foi bem organizado? ◦ Que resulta da comparação dessa obra com outras
similares (caso existam) e com outros trabalhos do mesmo autor?
Identif ique a obra: coloque os dados bibliográficos essenciais do livro ou artigo que você vai resenhar;
Apresente a obra: situe o leitor descrevendo em poucas linhas todo o conteúdo do texto a ser resenhado;
Descreva a estrutura: fale sobre a divisão em capítulos, em seções, sobre o foco narrativo ou até, de forma sutil, o número de páginas do texto completo;
Descreva o conteúdo: Aqui sim, utilize de 2 a 4 parágrafos para resumir claramente o texto resenhado;
Análise crít ica: Nessa parte, e apenas nessa parte, você vai dar sua opinião. Argumente baseando-se em teorias de outros autores, fazendo comparações ou até mesmo utilizando-se de explicações que foram dadas em aula.
Recomende a obra: Você já leu, já resumiu e já deu sua opinião, agora é hora de analisar para quem o texto realmente é útil (se for útil para alguém). Utilize elementos sociais ou pedagógicos, baseie-se na idade, na escolaridade, na renda etc.
Identif ique o autor: Cuidado! Aqui você fala quem é o autor da obra que foi resenhada e não do autor da resenha (no caso, você). Fale brevemente da vida e de algumas outras obras do escritor ou pesquisador.
Assine e identif ique-se: Agora sim. No último parágrafo você escreve seu nome e fala algo como “Aluno do 9º. Ano da EMEB Educador Paulo Freire.
PROJETO RESENHA
CONTEXTO HISTÓRICO:
DITADURA MILITAR (1964-1985)
Caminhando (1968)(Prá não dizer que não falei das flores)
Letra e música de Geraldo Vandré
Caminhando e cantando e seguindo a cançãoSomos todos iguais braços dados ou nãoNas escolas nas ruas, campos, construçõesCaminhando e cantado e seguindo a canção
Vem vamos embora que esperar não é saberQuem sabe faz a hora não espera acontecer
Pelos campos a fome em grandes plantaçõesPelas ruas marchando indecisos cordõesAinda fazem da flor seu mais forte refrãoE acreditam nas flores vencendo o canhão
Vem vamos embora que esperar não é saberQuem sabe faz a hora não espera acontecer
Há soldados armados, amados ou nãoQuase todos perdidos de armas na mãoNos quartéis lhes ensinam uma antiga lição:De morrer pela pátria e viver sem razão
Vem vamos embora que esperar não é saberQuem sabe faz a hora não espera acontecer
Nas escolas, nas ruas, campos, construçõesSomos todos soldados, armados ou nãoCaminhando e cantando e seguindo a cançãoSomos todos iguais, braços dados ou não
Os amores na mente, as flores no chãoA certeza na frente, a história na mãoCaminhando e cantando e seguindo a cançãoAprendendo e ensinando uma nova lição
Vem vamos embora que esperar não é saberQuem sabe faz a hora não espera acontecer
Festival Internacional da CançãoOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O Festival Internacional da Canção foi um concurso de músicas nacionais e estrangeiras, anual, realizado no ginásio do Maracanazinho, no Rio de Janeiro, e transmitido pela TV Rio (primeira edição) e pela TV Globo. A música de abertura era composta por Erlon Chaves chamava-se Hino do FIC. O apresentador oficial era Hilton Gomes. O prêmio Galo de Ouro foi desenhado por Ziraldo e confeccionado pela joalheria H.Stern.Criado por Augusto Marzagão, durou de 1966 a 1972 (sete festivais). Cada um tinha duas fases: a nacional, para escolher a melhor canção brasileira, e a internacional, para eleger a melhor canção de todos os países participantes — a concorrente brasileira era a vencedora da fase nacional. A música “Pra não dizer que não falei das flores” foi apresentada no festival de 1968 e ficou em 2º. Lugar.
Das flores aos aviõesUm dos grandes heróis dos festivais, Geraldo Vandré abandonou a carreira e vive no anonimatoVitor Nuzzi
Nunca uma vice-campeã fez tanto barulho num festival. “Pra Não Dizer que Não Falei das Flores”, ou “Caminhando”, de Geraldo Vandré, ficou apenas em segundo lugar na fase nacional do 3º Festival Internacional da Canção, promovido pela TV Globo em 1968 – perdeu para “Sabiá”, de Chico Buarque e Tom Jobim. Mas até hoje é cantada em toda manifestação de rua. Tornou-se a “Marselhesa” brasileira, em definição de Millôr Fernandes. Ou a “anti-Marselhesa”, segundo Nelson Rodrigues. E marcou a despedida involuntária de Vandré, que nunca mais tocaria profissionalmente no Brasil. De todos os artistas famosos que deixaram o país no período do regime militar, foi o único a não retomar a carreira. Só ameaçou voltar em 1982, quando cantou no Paraguai.Para alguns, “Caminhando” foi uma resposta a setores da esquerda que criticaram Vandré após o 1º de Maio de 1968, quando manifestantes de esquerda apedrejaram o governador paulista Abreu Sodré – o compositor foi “acusado” de ter se solidarizado com o político...
O ano era conturbado e a música, como era de se esperar, repercutiu mal nos meios militares. Maquiado e de passaporte falso, Vandré deixou o país durante o Carnaval de 1969. Voltou ao Brasil em meados de 1973. Em novembro de 1970, gravou na França o seu quinto e último LP, Das Terras de Benvirá. O sobrenome artístico veio do segundo nome do pai, o médico José Vandregísilo. Geraldo Pedrosa de Araújo Dias nasceu em João Pessoa (PB), em 12 de setembro de 1935. Começou a cursar o ginásio no colégio São José, em Nazaré da Mata (PE), entre 1949 e 1950. Nos dois anos seguintes, estudou no colégio Granbery, em Juiz de Fora (MG), onde também estudou o ex-presidente Itamar Franco. De 1957 a 1961, estudou Direito na Universidade do Distrito Federal, atual Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Aos 71 anos, Vandré optou pelo anonimato. Mora sozinho no centro de São Paulo, mas viaja constantemente. No início de novembro de 2006, esteve no Rio e ficou hospedado, como de outras vezes, no hotel do Clube da Aeronáutica. Tem paixão por aviões – desde criança, segundo ele. Em 23 de outubro de 1985, compôs “Fabiana”, em homenagem à Força Aérea Brasileira. Segundo pessoas próximas, ainda faz música, inclusive erudita. Em raríssimas entrevistas, negou ter sido preso ou torturado.
RESENHA: 1968 – O ano que modificou a história dos brasileiros
Vem, vamos embora que esperar não é saber, quem sabe faz a hora não espera acontecer”(trecho da música “Prá nao dizer que não falei de flores”, de Geraldo Vandré)
Durante a ditadura militar qualquer manifestação ou organização feita para questionar a situação política da época era censurada, as pessoas que as compunham eram exiladas, mortas ou desapareciam.
MúsicaMúsica
Elis Regina
Gilberto Gil
Cálice>> Chico Buarque Pai, afasta de mim esse cálicePai, afasta de mim esse cálicePai, afasta de mim esse cáliceDe vinho tinto de sangue
Como beber dessa bebida amargaTragar a dor, engolir a labutaMesmo calada a boca, resta o peitoSilêncio na cidade não se escutaDe que me vale ser filho da santaMelhor seria ser filho da outraOutra realidade menos mortaTanta mentira, tanta força bruta
Como é difícil acordar caladoSe na calada da noite eu me danoQuero lançar um grito desumanoQue é uma maneira de ser escutadoEsse silêncio todo me atordoaAtordoado eu permaneço atentoNa arquibancada para a qualquer momentoVer emergir o monstro da lagoa
De muito gorda a porca já não andaDe muito usada a faca já não cortaComo é difícil, o pai, abrir a portaEssa palavra presa na gargantaEsse pileque homérico no mundoDe que adianta ter boa vontadeMesmo calado o peito, resta a cucaDos bêbados do centro da cidade
Talvez o mundo não seja pequenoNem seja a vida um fato consumadoQuero inventar o meu próprio pecadoQuero morrer do meu próprio venenoQuero perder de vez tua cabeçaMinha cabeça perder teu juízoQuero cheirar fumaça de óleo dieselMe embriagar até que alguém me esqueça