Resenha Cap8 Introd.

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capitulo 8 wilson cano

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Nome: Isamara dos Santos de Frana RA: 139855 Data: 27/06/2014

CANO, Wilson. Repartio e Apropriao do Produto Social in Cano, Wilson Introduo economia: Uma abordagem crtica. 2. Ed. So Paulo: UNESP, 2007. P. 17-48.

CE-172 Introduo Economia - Turma C

Cano finaliza sua obra discutindo o terceiro elo da cadeia do ciclo produtivo, a repartio e a apropriao do produto final, nos captulos anteriores do seu livro o autor abordou sobre o primeiro e o segundo elo da cadeia produtiva: a produo e a circulao. O autor enfatiza que apesar de poder fazer cortes estticos ou comparativas de estruturas repartitivas dos salrios, da renda, da propriedade fundiria, o estudo da repartio exige uma anlise esttica. De uma viso dinmica de longo prazo cada etapa repartitivo da renda, da propriedade e da estrutura fiscal gera uma consequncia sobre a etapa da produo, em que caracterizar um novo momento repartitivo, este por sua vez, influenciara na estrutura repartitiva. O autor chama ateno para o estudo da repartio, que segundo ele importante para a anlise de prospeco do crescimento e desenvolvimento econmico mostrando de que forma a sociedade usa seu esforo produtivo de forma, isto de que forma a sociedade decide utilizar seu potencial produtivo em consumo ou investimento. Cano introduz o conceito de excedente econmico para explicar a repartio. Segundo o autor Baran define excedente econmico como a diferena entre produto e consumo, isso corresponde poupana ou acumulao que se materializa em ativos de vrias espcies. A repartio investiga porque e como se gerou e utilizou tal excedente, qual a sua dimenso e qual o seu destino. O autor deixa claro qual o objetivo do capitulo que a analisar os condicionamentos econmicos e institucionais que perfilam uma dada distribuio, e o problema de longo prazo de distribuio e seus efeitos dinmicos, sobre duas ticas, internacional (transferncia de renda e disparidade entre pases) e nacional (regional, setorial, entre proprietrios e trabalhadores etc.).

Primeiramente Cano aborda a Repartio e relao econmicas internacionais que foi o assunto discutido captulo 4, em que toda economia com abertura para o resto do mundo sofre maior ou menor grau de dependncia no tocante as duas decises de produo, de consumo inverso e insero internacional, tal dependncia se manifesta atravs fluxos reais de bens e servios (importao e exportao) e os fluxos de capitais, contudo o resultado desses fluxos no mostra o poder poltico dos pases, como capacidade diplomtica e militar e ao de suas empresas. Por exemplo, em suas relaes com os pases subdesenvolvidos, esse pases so recebedores lquido de rendimentos provenientes da propriedade de fatores (juros, lucros, royalties etc.), j os pases subdesenvolvidos so pagadores lquidos de tais rendimentos.

Em seguida o autor passa a discorrer sobre a repartio e a disparidades regionais. Segundo ele dentro de cada pas observa-se disparidade regionais de renda, que se agravam ao longo do tempo, dado o desenvolvimento capitalista se manifesta desigualmente no espao. Nos pases ricos as reas menos desenvolvidas so chamadas de deprimidas, embora no representam graus de disparidade regionais to acentuados quanto no mundo subdesenvolvido. Na regio mais avanada passa a ter grandes concentrao de populao, diversificao e expanso produtivas, a medida que essas reas se desenvolve, vo se concentrando infraestrutura como educao, sade, C&T entre outros. Quando o polo atingi certo nvel, seus efeitos se estende para as periferias nacional integrando o mercado nacional de trs formas, de estmulos ( ao demandar periferias, de bloqueio, inibe o aparecimento de plantas industriais similares na periferia e de destruio ao se tornar obsoletas plantas anteriores existentes na periferia;

Posteriormente abordada a repartio funcional: trabalhadores e proprietrios. Neste tpico a repartio da renda adotando o critrio funcional e separando o fluxo da renda gerada no aparelho produtivo em dois segmentos: fluxo de renda derivado propriedade (lucros, juros e aluguis) fluxo de renda do trabalho (salrios, ordenados, honorrios). Essa repartio varia no apenas historicamente, como regionalmente e setorialmente. As propores em que se divide a renda entre o trabalho e a propriedade se alteram em virtude de mudanas estruturais sofridas pela economia condicionada devido a disponibilidade fatorial, tecnologia, funes de produo, demanda e preos relativos dos fatores produtivos, estrutura de propriedade e pelo prprio condicionamento institucional do sistema.

E por ltimo a repartio pessoal da renda e a apropriao pessoal do produto. O fluxo real de bens e servios produzidos pelo aparelho produtivo e adquiridos pelos detentores do fluxo nominal da renda que determinada pela repartio funcional da renda. Estes mesmos condicionantes agem sobre a distribuio pessoal da renda. A tecnologia e os preos relativos dos fatores condicionam a demanda fatorial do sistema determinando a repartio da renda entre o trabalho e propriedade e tambm a repartio pessoal da renda, alm da demanda fatorial determinada a estrutura de propriedade fatorial. Nos pases desenvolvidos a propriedade dos ativos menos concentrada fazendo com a renda tambm seja, alm disso, para a melhoria de nveis de salrios os movimentos sociais dos sindicatos e dos partidos polticos progressista desempenharam um papel fundamental.

Encerrando sua obra o autor faz uma sntese sobre os pontos centrais do processo distributivo e redistributivo visto ao longo do captulo.