Resenha CPC 18 R2

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CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS PROJETO DE PESQUISA TRABALHO CPC 18 (R2) - Investimentos em coligadas e Controladas GESTÃO DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇO DE VENDA NO VAREJO FORMAÇÃO DE PREÇOS VAREJO SÃO PAULO 2014

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CURSO DE CINCIAS CONTBEIS

PROJETO DE PESQUISATRABALHO

CPC 18 (R2) - Investimentos em coligadas e ControladasFORMAO DE PREOS VAREJO

SO PAULO2014MARCOS ANDR DE SOUZA RA. 2010067392

CPC 18 (R2) - Investimentos em coligadas e ControladasFORMAO DE PREOS VAREJO

Projeto Trabalho apresentado da Disciplina Contabilidade Avanada IIMetodologia Cientfica em Gesto, como parte da nota B12, sob a orientao pelo Professor Marco Aurlio Sanches FittipaldiLuiz Antnio Ferreto.

SUMRIO

Pronunciamento Tcnico CPC 184Objetivo4Alcance4Mtodo da Equivalncia Patrimonial4Aplicao5Excees5Perdas por reduo ao valor recupervel6Referncias Bibliogrficas8

RESUMO4INTRODUO4Justificativas5Problema6Objetivo Geral6Objetivos especficos7REFERENCIAL TERICO7Custos7Gesto de custos no varejo8Conceitos9METODOLOGIA DA PESQUISA12Classificao da Pesquisa12Plano de Coleta de Dados14Instrumento de Coleta de Dados14Anlise e Interpretao dos Dados15CONCLUSO15REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS17

Pronunciamento Tcnico CPC 18Objetivo

O Pronunciamento Tcnico CPC 18 tem como objetivo principal estabelecer a contabilizao de investimento nas coligadas e em controladas e definir os requisitos para a aplicao do mtodo da equivalncia patrimonial (MEP) quando da contabilizao do investimento em coligada, em controlada e em empreendimento controlado em conjunto, os chamados joint ventures. Alcance

Quanto ao alcance este Pronunciamento dever ser aplicado por todas aquelas entidades investidoras que possuem o controle individual ou conjunto da investida ou com influncia significativa sobre ela. Mtodo da Equivalncia Patrimonial

O CPC 18 traz consigo significados de diversos termos que sero de extrema relevncia para a compreenso do mesmo. Dentre os termos trazidos vale ressaltar os seguintes: Coligada ( a entidade sobre a qual o investidor tem influncia significativa); Influncia significativa ( o poder de participar das decises sobre polticas financeiras e operacionais de uma entidade, mas sem que haja o controle individual ou conjunto dessas polticas); Mtodo da equivalncia patrimonial ( o mtodo de contabilizao por meio do qual o investimento inicialmente contabilizado pelo custo e o seu valor contbil ser aumentado ou diminudo pelo reconhecimento da participao do investidor nos lucros ou prejuzos do perodo, gerados pela investida aps a aquisio. Esta participao dever ser reconhecida no resultado do perodo do investidor). Aplicao

A aplicao do mtodo da equivalncia patrimonial assim como a definio de coligada, depende da existncia de influncia significativa, e esta presumida se o investidor mantm direta ou indiretamente (por meio de controladas, por exemplo) vinte por cento ou mais do poder de voto da investida (sem que esse poder atinja o controle), a menos que, apesar de atingir o percentual, seja claramente demonstrada a no configurao da influncia significativa. Assim sendo, uma participao com um percentual que seja abaixo dos vinte por cento do poder de voto da investida no se configura influncia, a menos que tal influncia possa ser claramente demonstrada por uma ou mais das seguintes formas: a) Representao no conselho de administrao ou na diretoria da investida; b) Participao nos processos de elaborao das polticas, inclusive em decises sobre dividendos e outras distribuies; c) Operaes materiais entre o investidor e a investida; d) Intercmbio de diretores e gerentes; e) Fornecimento de informao tcnica essencial. A existncia de ttulos conversveis em aes ordinrias (opes de compra de aes e bnus de subscrio) possudos por qualquer investidor tambm dever ser considerada na avaliao da influncia significativa, desde que no haja nenhum tipo de restrio a essa converso. A influncia significativa deixar de existir quando o investidor perder o poder de participao nas decises sobre as polticas operacionais e financeiras da investida, independentemente do percentual de participao. Sendo configurada a inexistncia da influncia significativa, o uso do mtodo da equivalncia patrimonial dever ser descontinuado. Excees

Todos os investimentos em coligadas devero ser ajustados utilizando o mtodo da equivalncia patrimonial, exceto quando: (i) A investidora uma subsidiria integral ou parcial de outra entidade e seus acionistas no fizeram objeo quanto a no aplicao do mtodo da equivalncia patrimonial; (ii) A investidora no est registrada, e nem em processo de registro, em uma comisso de valores mobilirios; (iii) Os instrumentos de dvidas e de capital no so negociados em um mercado pblico (nacional ou estrangeiro); (iv) A controladora final ou intermediria da investidora disponibiliza ao pblico suas demonstraes contbeis consolidadas, elaboras em conformidade com os Pronunciamentos, Interpretaes e Orientaes do CPC. Por esse mtodo da equivalncia patrimonial, o investimento em coligada, controlada e em empreendimento controlado em conjunto mensurado inicialmente pelo custo e posteriormente seu valor atualizado para refletir a participao da investidora no resultado daquela coligada, controlada ou empreendimento controlado em conjunto. A contrapartida dos aumentos ou redues do valor do investimento contabilizada pela investidora como receita ou despesa. O valor contbil do investimento deve ser ajustado por qualquer alterao na participao da investidora e por modificaes no patrimnio lquido da investida, como as orientaes de distribuio de dividendos, reavaliao de ativos e variaes cambiais de investimentos estrangeiros. Perdas por reduo ao valor recupervel

Por fim, a investidora dever observar a existncia de indicadores que podem determinar a reduo ao valor recupervel dos investimentos em coligadas e reconhecer as perdas em resultados, se estas forem comprovadas. Como o gio fundamentado em rentabilidade futura contabilizado juntamente com o valor do investimento, o teste de recuperabilidade poder ser feito, somente, pelo valor total, comparando o seu valor recupervel (que o maior entre valor liquido dos custos de venda e valor em uso) com seu valor contbil.RESUMO

A competitividade crescente e o aumento de produtos e servios similares no mercado so fatores que impem o contnuo aperfeioamento nos processos produtivos e nos sistemas de informaes gerenciais. Assim, as informaes acerca dos custos incorridos na produo de bens e servios destacam-se durante a tomada de decises, com relativo enfoque busca do custo exato. A pesquisa objetiva levantar os itens pertinentes necessidade informativa dos usurios das informaes de custos e da exatido dos custos existentes na literatura contbil, demonstrar a importncia das informaes de custos no processo decisrio e discutir a relao entre um sistema timo de custos e as reais necessidades de seus usurios. Constata-se que no possvel determinar o custo exato a partir da aplicao das metodologias disponveis devido a alocao dos custos indiretos ser efetuada de maneira arbitraria, atravs de rateios, que a dimenso de um sistema de custos deve estar orientada s necessidades informativas da gesto do negcio e que, mesmo um sistema rudimentar de custos pode fornecer informaes consideradas vlidas e confiveis, teis e pertinentes perante seus usurios.

Palavras-chave: Custos; Exatido; Tomada de Deciso.

INTRODUO

Este artigo foi elaborado por meio de pesquisa em literatura voltada para a gesto de custo e feita apreciao in loco da loja da minha esposa averiguando as rotinas de trabalho e partindo de estudos empricos.O objetivo identificar os mtodos de custeio utilizados no comrcio, apresentando os meios de elaborao de relatrios gerenciais que auxiliam na tomada de deciso e verificando as pratica para formao de preo. Tendo o comrcio varejista uma enorme dificuldade de encontrar literatura focada na gesto de custos para seu segmento, surge a pergunta: como ajudar estas empresas a suprir essa deficincia? Haja vista que tanto os livros quanto as instituies de ensino superior focam a gesto de custo para indstria onde a formao de preo e as apuraes dos custos ficam mais claras devido facilidade encontrada na diviso da empresa em departamentos. J para o comrcio se torna mais complicado definir certos percentuais de participaes das despesas como, por exemplo, a participao da logstica do depsito que atente mais de uma lojas em uma mesma regio, e o salrio do setor financeiro da loja faz parte do custo fixo ou da despesa direta da empresa?No ambiente fabril a preocupao maior com os gastos relacionados com matrias-primas, salrios e encargos dos funcionrios, depreciaes das mquinas e do prdio, manuteno etc. e a forma como esses gastos so atribudos aos produtos fabricados, ou seja, se objetiva calcular o custo unitrio de fabricao, geralmente com o uso de um mtodo de custeio. No contexto varejista os custos restringem-se aos fatores inerentes aquisio da mercadoria para revenda, no sendo necessrio utilizar um mtodo de custeio para atribuir os demais fatores que teria no caso industrial.

Justificativas

Baseado na realidade local das empresas do varejo, onde o acadmico encontra-se inserido, o estudo sobre a implantao dos instrumentos de gesto financeira adquire importncia na medida em que a pesquisa desenvolvida pode ser efetivamente posta em prtica. Assim, o sucesso do estudo est intimamente atrelado criao de uma ferramenta de gesto aos gestores que atuam na atividade comercial.As aplicaes destes mtodos podem acrescentar competitividade s pequenas empresas colocando-as em novo nvel de controle gerencial, que as possibilite crescer organizadamente. Para isto, imprescindvel que a anlise de fatores como a margem de contribuio, ponto de equilbrio, giro de estoque, sejam fidedignas com os dados colhidos.Assim, o objeto desta pesquisa assume posio de destaque no cenrio empresarial, pois existe uma srie de problemas correlacionando as deficincias na administrao financeira que influenciam negativamente no resultado da organizao, podendo, inclusive, comprometer todo o empreendimento.

Problema

O planejamento, a anlise e o controle das atividades financeiras da empresa fazem parte de um conjunto de aes e procedimentos administrativos que envolvem a gesto financeira. Melhorar os resultados apresentados pela empresa e aumentar o valor do patrimnio por meio da gerao de lucro lquido proveniente das atividades operacionais um de seus objetivos primordiais. Comumente, no entanto, as empresas deixam de prestar os cuidados necessrios a uma boa gesto financeira, levando em considerao as informaes apuradas na gesto estratgica de custos.Enquanto, a correta administrao financeira permite que se visualize com clareza a situao da empresa e o posicionamento diante das prprias metas, o descaso com essa importante rea causa problemas como inexatido dos dados sobre o fluxo de caixa, contas a pagar e receber, evoluo das vendas, lucro ou prejuzo, formao do preo de venda, giro de estoques, necessidade de capital de giro, entre outros. Mais que uma viso privilegiada, a gesto estratgica de custos e preos proporciona empresa o poder de interagir com o mercado, no apenas se submetendo s regras concorrenciais. O posicionamento estratgico do negcio perante o mercado deveras importante para qualquer organizao, porm, no comrcio de eletro porttil, ramo em que atua a empresa estudada nesta pesquisa, essa importncia deve se sobressair, uma vez que o preo e, por consequncia, os custos so os principais diferenciais competitivos.Baseado no exposto questiona-se: De que forma a anlise e gesto estratgica de custos, fundamentada em indicadores financeiros, pode contribuir para o aumento e melhoria das vendas e do resultado nas empresas que atuam no varejo?

Objetivo Geral

Propor aes estratgica de custos e preos, visando a qualificao da gesto financeira das organizaes no varejo com base em mtodos de controle e indicadores.

Objetivos especficos

Examinar o acervo bibliogrfico das reas pertinente a pesquisa, como gesto estratgica de custos, indicadores gerenciais e financeiros; Entender o mercado e os processos que envolvem a atividade da empresa estudada; Organizar as despesas por contas, facilitando a visualizao e controle; Gerar relatrios que sirvam de instrumento para a gesto do negcio; e Construir uma planilha dinmica de cruzamento de dados e obteno dos principais ndices de custos.

REFERENCIAL TERICO

Traar, a partir dos objetivos, os contedos que foram abordados, organizando-os e dispondo-os por itens e pela ordem lgica dos temas uma tarefa difcil. Muitas questes foram respondidas durante a pesquisa, outras surgiram e precisam ser abordadas com a mesma profundidade, por isto este captulo se trata de um plano dirigente, mas no definitivo. necessrio ser visto como um guia do trabalho que foi desenvolvido, no um obstculo criativo, assim, pode ser alterado a critrios das necessidades que foram desvendadas durante a pesquisa.

Custos

Vive-se num sistema voltado ao capital, acumulao de riquezas e disponibilidade de bens. Nesta realidade, quase todas as interaes comerciais acontecem baseadas na relao de nus e bnus, ou seja, compensa-se algum financeiramente para que se tenha como contrapartida o benefcio almejado.Desta simples razo derivam vrias regras complexas de precificao, que envolvem procura e demanda, de custos, que envolvem conhecimento e controle, de troca de tecnologia, que envolvem recursos humanos e ferramentas, dentre outras, que no fim formam a caraterstica de autodeterminao do mercado.No mercado, entende-se com clareza que boa parte das decises tomadas por uma empresa envolve uma anlise de custos, que nada mais que as medidas pecunirias dos sacrifcios financeiros que a empresa tem de dispor para atingir determinado objetivo. isto que este captulo deseja elucidar, identificando os custos das decises e das atividades da empresa do varejo, classificando-os com o objetivo de gerar instrumentos de gesto para qualificar a administrao da organizao estudada.

Gesto de custos no varejo

Qualquer prtica que envolva troca, permuta ou intermediaes entre produtor e consumidor, com o objetivo de lucro, uma atividade tipicamente comercial. Essas atividades englobam trs grandes reas: comrcio, indstria e servios. No desenvolvimento da pesquisa deve-se entender a atividade comercial num ambiente de varejo, elucidando algumas peculiaridades da rea.Dentro da cadeia produtiva, o varejo representa o elo mais prximo do consumidor final. Sua atividade basicamente produzir atendimento, atingindo o mercado, para conquistar a confiana do cliente e realizar vendas pulverizadas. Nesta rea, o cliente procura mercadoria e produtos que funcionem, atendimento e servios, ps venda garantido, qualidade e preos justos.Sendo assim, ao gestor deste tipo de estabelecimento fica a incumbncia de selecionar os produtores e produtos, abrindo mais espao para os desejos dos consumidores. No que o sucesso de um produto ou fornecedor esteja unicamente condicionado a este ramo, ele depende do envolvimento de todos envolvidos na sua produo e distribuio, mas, por estar mais exposto, todo o cuidado deve ser redobrado. A imagem de um estabelecimento est vinculada ao aspecto de ordem, limpeza, conforto, organizao, tipo de produto e forma de exposio e preos equilibrados. Isto, sem mencionar, outros fatores importantes como atendimento do cliente, relacionamento com funcionrios e a criao da marca e tradio da organizao branding (BERNARDI, 1996, p. 98-106).Fica evidente que existe uma necessidade de se buscar um controle contbil gerencial adequado ao ambiente varejista, levando em conta as diferenas existentes. Tratar reas diferentes da mesma forma se constitui num erro elementar que, apesar de no comprometer todo a gesto, dificulta a tomada de decises, impingindo as empresas riscos que podem ser evitados. em virtude disto que o item a seguir trata da terminologia empregada na gesto de custos baseada na atividade do varejo, podendo diferir, portanto, de alguns conceitos da contabilidade fiscal.

Conceitos

Primeiramente, necessrio que se faa um pequeno esclarecimento sobre o que so custos. No sentido amplo, significa toda a despesa de uma empresa, ligadas as atividades fim, ou seja, toda sada financeira definitiva, voluntria ou impositiva, que tenha como objetivo por seu produto pronto para ser comercializado.Por outro lado, levando-se em considerao o objetivo da pesquisa, se procurou analisar os custos a partir de um enfoque gerencial no varejo, o que pode gerar algum conflito com as conotaes da contabilidade de custos industrial. Neste sentido, na obra Gesto de Custos no Comrcio Varejista, o autor Wernke (2010, p. 26), cria uma diferenciao entre Gastos, Desembolsos, Investimentos, Custos, Despesas e Perdas. Essa distino importante uma vez que possibilita ao gestor uma melhor viso da sade do seu negcio, fazendo-o perceber o que deve e o que no deve ser repassado ao seu cliente.Em razo da concorrncia acirrada do ambiente varejista, no recomendvel que uma empresa coloque sobre o produto um valor x que englobe todas as sadas financeiras que a organizao tem com a comercializao do produto, sob pena de se prejudicar o desempenho da empresa perante a concorrncia. Assim, explicam-se algumas diferenas entre os termos que foram empregados no estudo.Os gastos so utilizados para designar os recursos que a administrao da empresa despende ou as obrigaes que ela contrai para a manuteno das suas atividades cotidianas, um termo amplo que pode ser relacionado a algum investimento em mquinas ou equipamentos ou de consumo de recursos (WERNKE, 2010, p. 26-27).O desembolso se refere a ocasio do pagamento efetivo de algum produto ou servio que a empresa comprou ou contratou. Esse pagamento pode acontecer antes, durante ou depois da efetiva disposio do bem ou finalizao do servio.Os investimentos so considerados todas as sadas financeiras que passem a integrar o ativo da empresa (como compra de equipamento, construo ou reforma) com perspectivas de trazer benefcio econmico futuramente. Com o passar do tempo esses bens se desgastam e passam a perder o valor, o que se chama de depreciao, que classificada como despesa. No caso da compra de produtos, esses passam a integrar o estoque da organizao, quando comercializado, dada a baixa do estoque e passa a fazer parte do custo da mercadoria vendida (WERNKE, 2010, p.27).Do termo despesa entende-se toda a sada pecuniria que tenha como fim a rea operacional da empresa, seja no aspecto administrativo, financeiro ou de vendas. Assim, abrange todo valor gasto voluntariamente com bens ou servios utilizados para obter receita, direta ou indiretamente. Administrativamente, podem-se citar despesas como aluguel, energia, gua, material de escritrio, entre outros. Os juros por atraso na quitao de duplicatas, as taxas bancrias de manuteno de conta e folha de pagamento do setor financeiro so classificadas como despesas financeiras. E, finalmente, as despesas de venda que so aquelas ligadas a atividade comercial da organizao como, por exemplo, os gastos com mdia, brindes, satisfao do cliente, comisso por vendas, remunerao aos empregados que trabalham na rea, etc. (BERNARDI, 1996, p. 40; 133-135).J as perdas representam as ocorrncias fortuitas, ocasionais, indesejadas ou involuntrias que surgem durante as operaes da uma empresa. Como no fazem parte da normalidade das atividades, esto relacionadas com a perda de valores ocorrentes atravs das deterioraes anormais de ativos, furto de mercadorias, produtos avariados ou vencidos. Para Wernke (2010, p. 29-30), nesses tipos de gastos no devem ser includos clculo de custos das mercadorias comercializadas, pois derivam, geralmente, da falta de preveno/precauo contra sinistros ou pela ineficincia interna dos procedimentos da organizao. Repassar esse tipo de prejuzo por clientes pode prejudicar o desempenho da empresa no mercado, basta existir um concorrente com mais eficincia no combate as perdas.Para ilustrar melhor a diferenciao, traz-se a tela o seguinte resumo, desenvolvido por Wernke (2010, p. 29):GASTOS Dispndio de recurso ou dvida contratada para obter bem ou servio. Por ser um conceito abrangente, engloba os outros termos utilizados na gesto de custos.DESEMBOLSO Representa o ato de pagar um dvida relacionada a aquisio de um bem ou servio.INVESTIMENTO Gasto registrvel como Ativo no Balano Patrimonial da empresa, com expectativa de benefcio futuro.CUSTO (MERCADORIA VENDIDA) Abrange somente os valores relacionados com a compra das mercadorias para revenda.DESPESA Identifica os gastos necessrios ao funcionamento normal da empresa, nas reas administrativa, financeira e comercial (exceto gastos relacionados com as mercadorias que esto para revenda).PERDA Refere-se aos gastos que ocorrem de forma anormal, indesejada ou involuntria nas atividades operacionais da loja.

importante entender esses conceitos nas suas especificidades porque, hodiernamente, os consumidores no aceitam pagar pela ineficincia da empresa. Desta maneira, na hora de definir o preo, o gestor deve saber identificar quais fatores devem ser inclusos na aferio e quais devem ser absorvidos pelo resultado da empresa. Valores decorrentes de perdas e de despesas no ligadas diretamente s vendas devem ser segregados.

METODOLOGIA DA PESQUISA

Este tpico define as estratgias para a execuo do estudo. Objetiva caracterizar o tipo de pesquisa que realizada, definir a classificao e forma da pesquisa, o plano de coleta de dados, o plano de anlise e interpretao dos dados coletados e, por fim, apresentar a proposta de sistematizao do relatrio a ser elaborado.Para desenvolver o trabalho de concluso de curso necessrio num primeiro momento definir o tipo de pesquisa utilizada para o mesmo, pelo simples fato de serem muitos os tipos de pesquisa e de metodologias. So propostos dois critrios bsicos de pesquisa, primeiro quanto aos fins e segundo quanto aos meios (VERGARA, 2000, p. 46).

Classificao da Pesquisa

a) Do ponto de vista da natureza

A pesquisa se classifica como aplicada, pois buscou resolver problemas concretos da realidade do autor, adquirindo por tanto a finalidade prtica de reduzir e calcular os custos e despesas financeiras da empresa objeto, aumentando seus resultados.

b) Do ponto de vista de seus objetos

Neste aspecto, a pesquisa revela-se como exploratria, pois tem como caracterstica principal desenvolver uma viso geral, com o intuito de aproximar-se, acerca de determinado fato. Tambm, em referncia ao tema que pouco explorado e encontra-se muitas dificuldades de formular hipteses precisas e operacionalizveis (GIL, 1999, p. 42).O estudo envolveu um amplo levantamento bibliogrfico e a anlise de exemplos prticos que estimularam a sua compreenso.Por outro lado, uma pesquisa explicativa, porque busca identificar a razo dos fatores que determinam ou contribuem para a ocorrncia dos fenmenos. Por aprofundar-se no conhecimento da realidade, torna-se complexa sua realizao quando e tema social, de modo que nesses casos acompanhado por outro mtodo (GIL, 2002, p. 42-43), no caso o exploratrio.

c) Quanto a forma de abordagem do problema

Na abordagem, a pesquisa qualitativa, j que visa encontrar solues, nas Cincias Sociais, com nvel de realidade que no pode ser quantificado. Ou seja, fazem parte deste trabalho um conjunto de significado, valores e atitudes que no podem ser reduzido operacionalizao de variveis ou captveis em equaes, mdias e estatsticas. Importante no quantificar, mas, sim, compreender e explicar a dinmica das relaes sociais (MINAYO; DESLANDES, 1994, p. 21-25).

d) Procedimentos tcnicos

O trabalho se concretizou pelo estudo bibliogrfico, baseado em material j elaborado por autores consagrados, constitudo principalmente de livros e artigos cientficos em papel ou em meio eletrnico. Este mtodo permitiu a cobertura de uma gama de situaes bem mais ampla, pois os dados j estavam previamente organizados e estruturados.Tambm no se olvidou a anlise documental que se assemelha muito com a pesquisa bibliogrfica, no entanto, a diferena essencial que os documentos esto em um nvel no estruturado, sem tratamento analtico, e que podem ser reelaborados de acordo com o objeto da pesquisa (GIL, 2002, p. 44-45).Outro procedimento que foi adotado o levantamento de dados e informaes do objeto da pesquisa. Seja pela busca e documentos ou pela anlise por entrevistas (GIL, 1999, p. 72-74). circunscrita ao estudo de caso da entidade identificada, atravs de uma anlise profunda e detalhada da situao do negcio, decifrando todo o processo e controle financeiro e de custos com base numa fundamentao teoria consistente (VERGARA, 2004, p. 48).

Plano de Coleta de Dados

Primeiramente, foram coletadas informaes da empresa em estudo, a Black and White, atravs do acesso ao sistema da empresa e dos processos internos. Os dados buscados foram, principalmente, as despesas e custos, acompanhando o produto desde o momento que foi comprado, o perodo que permaneceu no estoque at a efetivao da venda. Isto tudo foi analisado com o objetivo primordial de controlar os gastos e formar o preo de venda, mas, sempre que se fizer necessrio, foram abordadas reas que tenham afinidade. Dados como vendas dirias, custos de mercadoria e frete, contas de gua, luz e telefone, quadro de funcionrios, entre outros, foram solicitados aos gestores.

Instrumento de Coleta de Dados

Em encontros informais, foram realizadas entrevistas no estruturadas, na perspectiva de coletar todos os dados necessrios a pesquisa. Caso os dados coletados sejam insuficientes, se partiu para realizao de pesquisas focalizadas, pontuais, buscando apenas suprir as lacunas da primeira opo.Para Gil (1999, p.119), as entrevistas no estruturadas visam a obteno de uma viso geral do problema e da captao de alguns aspectos do entrevistado. Em virtude disto, recomendada para trabalhos exploratrios, como o que foi desenvolvido. regida por duas habilidades do entrevistador, a capacidade de deixar o entrevistado para encontrar pontos inexplorados e, ao mesmo tempo, conduzi-lo aos pontos que a pesquisa precisa encontrar informaes.As informaes coletadas foram sistematizadas em texto e, depois, por planilhas que foram anexadas ao trabalho de concluso. Nestes anexos, se encontraram dados organizados de maneira que se possa conduzir o gestor criao de uma anlise financeira qualificada e confivel. Tambm, em carter secundrio, possibilitar o planejamento estratgico por meio de um oramento vinculado aos dados coletados a anlise financeira.Pelos seus instrumentos, a pesquisa considerada no-participante, j que o autor no parte do objeto da pesquisa, ela parte de uma anlise impessoal e sistemtica, no entanto distncia da realizao das atividades do objeto da pesquisa.

Anlise e Interpretao dos Dados

Depois de coletados todos os dados para o desenvolvimento do trabalho, se fez necessrio a anlise e interpretao dos mesmos a fim de se conseguir respostas ao problema proposto.O plano de anlise tratou os dados de forma qualitativa, codificando-os de maneira mais esquematizada e descrevendo os resultados planejados.Por fim, rever se os objetivos foram alcanados e se o problema foi resolvido, expondo os benefcios que o trabalho desenvolvido pode levar a empresa estudada. Esta concluso imperiosa para que se possa refletir sobre o trabalho realizado e desvendar quais foram os frutos colhidos e os que ainda possam trazer melhorias num futuro prximo ou remoto.

CONCLUSO

O estudo foi realizado em trs fases diferentes: o projeto, o referencial terico o desenvolvimento prtico. O primeiro passo foi o mais importante, nele foram definidos os prumos do trabalho, limites que projetaram no tempo o caminho que seria traado para que se atingissem os objetivos pretendidos. A segunda etapa foi o momento em que foi levantado o acervo bibliogrfico sobre o assunto escolhido, vislumbrando a viabilidade tcnica dos objetivos propostos e admitindo a importncia que o estudo teria na vida da empresa NiaRibeiro Emprio do Couro Ltda.O ltimo passo, sem dvidas o mais complexo, foi o manejo prtico dos temas analisados, na tentativa de conciliar os entendimentos tericos com a vontade do da gestora e os obstculos prticos que surgiram no decorrer do trabalho. Deve-se destacar que foram vrias dificuldades encontradas, o que aconteceu devido aos sistemas que na teoria se apresentam autossuficiente e perfeitamente adequado para solucionar os problemas de gesto. Todavia, no se percebe na realidade a perfeio estudada nos livros, o mundo dos negcios reserva aos administradores uma srie interminvel de situaes inesperadas, situaes que a esforo necessrio no ser compensado pelo resultado obtido.Ento, o pesquisador teve que decidir, juntamente com a gestora do negcio, como comear, quais questes seriam prioritrias, onde se poderia chegar e que resultados se pretenderia obter com os instrumentos criados. Por isto, trata-se da parte mais difcil da pesquisa, ao mesmo tempo em que instiga o acadmico a fazer jus todo o tempo dedicado nas horas de curso. E foi com esse pensamento que toda a pesquisa pautada, criar algo prtico com resultados factveis que pudesse ser aproveitado em outros estabelecimentos sem um conhecimento tcnico muito apurado.Assim, a pesquisa deparou-se com os procedimentos que a empresa estudada mantinha em sua gesto, mtodos que eram baseados quase que exclusivamente no felling da proprietria. Como esperado, poucas informaes eram geradas pela empresa para facilitar a tomada de deciso, o que colocou em primeiro lugar na lista de prioridades a captao de dados.Foram organizadas as despesas da empresa, o que possibilitou a visualizao e o controle de cada uma por contas prprias. Neste aspecto a pesquisa atingiu o que se propunha, abrindo caminho para os outros objetivos estipulados.Baseados na determinao dos custos fixos e variveis pode se gerar relatrios atravs de uma planilha dinmica onde se cruzaram dados e apresentaram indicadores importantes como, por exemplo, o Ponto de Equilbrio, a Lucratividade, a Margem de Contribuio e a Rentabilidade. Esses ndices revelaram questes importantes, como a necessidade de estabelecer metas e comisses aos vendedores e como as estabelecer, quais fatores impactam no preo praticado e o que pode ser feito para mitiga-los, demonstrou at que ponto o negcio corresponde a expectativa da proprietria, dentre outras situaes j analisadas previamente.Assim, conclui-se que a gesto da empresa-objeto foi qualificada atravs de uma gesto financeira construda sobre mtodos de controle e anlise de indicadores. No possvel verificar todos resultados no perodo de um ano, mas, com certeza, sero observados ao longo do tempo, quando os efeitos da decises se faro presentes e, mais importante, podero ser avaliados a partir do histrico de informaes que se est construindo.

Referncias Bibliogrficas

BERNARDI, Luiz Antonio. Poltica e Formao de Preos. 2 ed. So Paulo: Atlas, 2010.BORNIA, Antonio Cezar. Anlise gerencial de custos: aplicao em empresas modernas. So Paulo: Artmed Editora, 2001.GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projeto de pesquisa. 4 ed. So Paulo: Atlas, 2002.LEONE, George. Custos: planejamento, implantao e controle. So Paulo: Atlas, 2000.MARQUES, Mrio Osrio. Escrever preciso: o princpio da pesquisa. Iju: Ed. Uniju, 1997.MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 8 ed. So Paulo: Atlas, 2001.MEGLIONI, Evandir. Custos. So Paulo: Makron Books, 2001.MINAYO, Maria Ceclia de Souza (organizadora); DESLANDES, Suely Ferreira. Pesquisa Social: teoria, mtodo e criatividade. Rio de Janeiro: Vozes, 1994.SANTOS, Joel Jos. Contabilidade e Anlise de Custos. 5 ed. So Paulo: Atlas, 2009.VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e Relatrios de Pesquisa em Administrao. 2 ed. So Paulo: Atlas, 2000.WERNKE, Rodney. Anlise de Custos e Preos de Venda. So Paulo: Saraiva, 2005.PADOVEZE, Clvis Lus. Contabilidade Gerencial. So Paulo: Atlas, 1994.COMIT DE PRONUNCIAMENTOS CONTBEIS CPC. CPC-18 (R2): Investimento em Coligada, em Controlada e em Empreendimento Controlado em Conjunto. Braslia, Dez/2012. Disponvel em: < http://www.cpc.org.br/pdf/CPC_18_(R2)_final.pdf>. Acesso em: 12 de Abril de 2014