Resgate, conservação e valorização das Sementes da paixão

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Resgate, Conservação e Valorização das Sementes da Paixão A comunidade Caiana, esta localizada a 16 km da sede do município de Soledade/PB, na região do Cariri Paraibano. Em 1997 com representação dos agricultores/as dos sítios Caiana, Quixudi, Verdes, Maxixeiro, Ramada, Quebra queixo, Ana de Oliveira e Pau ferro, foi fundada a Associação Comunitária de Caiana. Em 1998, a associação de Caiana, teve sua primeira ação concreta, na qual apoiou 11 famílias com cisternas de placas para consumo humano, através do Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC), em parceria com a ASA-PB. Em 2005, as ações da comunidade tomaram mais impulso através da parceria do Coletivo Regional das Organizações da Agricultura Familiar do Cariri, Curimataú e Seridó Paraibano e do Patac, entre elas o trabalho com as sementes da paixão. Na comunidade já existia a distribuição de sementes através do programa de distribuição de sementes do governo federal, mas essas sementes só produziam durante um ano e não eram adaptadas. A partir da necessidade das famílias agricultoras possuírem sementes de boa qualidade, no ano de 2006 iniciou o trabalho com o Banco de Sementes Comunitário, com a participação de 8 famílias. De início receberam sementes de feijão e de milho, através da parceria da ASA-PB com a CONAB. No ano seguinte as sementes foram devolvidas e não existia mais a necessidade de sementes vindas de fora, apesar de algumas pessoas terem se desanimado, os que acreditaram deram continuidade a esta ação. Nos primeiros anos, o Banco de Sementes ficou na casa de uma das famílias sócias, e foi formada uma comissão de três pessoas responsáveis pela organização. No decorrer dos anos, com o aumento do estoque das sementes, surgiu a necessidade de um lugar mais adequado para armazenar as sementes. Foi então que em outubro de 2010, através de doações dos sócios e trabalhos em mutirões, foi construída a sede do banco de sementes, que atualmente conta com a participação de 20 sócios. Paraíba 1188

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Resgate, Conservação e Valorizaçãodas Sementes da Paixão

A comunidade Ca iana, es ta localizada a 16 km da sede do município de Soledade/PB, na região do Cariri Paraibano. Em 1997 com representação dos agricultores/as dos sítios Caiana, Quixudi, Verdes, Maxixeiro, Ramada, Quebra queixo, Ana de Oliveira e Pau ferro, foi fundada a Associação Comunitária de Caiana.Em 1998, a associação de Caiana, teve sua primeira ação concreta, na qual apoiou 11 famílias com cisternas de placas para consumo humano, através do Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC), em parceria com a ASA-PB.

Em 2005, as ações da comunidade tomaram mais impulso através da parceria do Coletivo Regional das Organizações da Agricultura Familiar do Cariri, Curimataú e Seridó Paraibano e do Patac, entre elas o trabalho com as sementes da paixão. Na comunidade já existia a distribuição de sementes através do programa de distribuição de sementes do governo federal, mas essas sementes só produziam durante um ano e não eram adaptadas. A partir da necessidade das famílias agricultoras possuírem sementes de boa qualidade, no ano de 2006 iniciou o trabalho com o Banco de Sementes Comunitário, com a participação de 8 famílias.

De início receberam sementes de feijão e de milho, através da parceria da ASA-PB com a CONAB. No ano seguinte as sementes foram devolvidas e não existia mais a necessidade de sementes vindas de fora, apesar de algumas pessoas terem se desanimado, os que acreditaram deram continuidade a esta ação. Nos primeiros anos, o Banco de Sementes ficou na casa de uma das famílias sócias, e foi formada uma comissão de três pessoas responsáveis pela organização. No decorrer dos anos, com o aumento do estoque das sementes, surgiu a necessidade de um lugar mais adequado para armazenar as sementes.

Foi então que em outubro de 2010, através de doações dos sócios e trabalhos em mutirões, foi construída a sede do banco de sementes, que atualmente conta com a participação de 20 sócios.

Paraíba 1188

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Os Bancos de Sementes Comunitários fazem parte de um patrimônio genético e são exemplos de práticas consolidadas por comunidades rurais, as quais são consideradas como estratégias importantes para a convivência com o Semiárido. Com o objetivo de melhorar a qualidade das Sementes da Paixão, estão sendo realizadas pesquisas participativas através dos ensaios comparativos de sementes.Na região do Coletivo, desde 2010 vem sendo desenvolvidos Ensaios Comparativos com as sementes de milho, através da parceria do Coletivo Regional com o Patac, a AS-PTA, Pólo Sindical da Borborema e Embrapa.

Em 2011 a comunidade Caiana foi motivada a acompanhar um Ensaio Comparativo de sementes no intuito de conhecer, resgatar e valorizar as sementes de milho dos agricultores/as, tendo como base a pesquisa participativa, envolvendo os/as agricultores/as experimentadores/as, além de gerar subsídios para políticas públicas.Neste Ensaio Comparativo foi utilizado oito variedades de milho conservadas pelos agricultores (Roxo, Branco, Grande Safra, Aracajú, Adelaide, Jaboatão, Teti) e variedades distribuídas pelo programa do governo e comercializadas (BR 1051, Catingueiro, Sertanejo).

Durante o desenvolvimento das plantas de milho, foram utilizadas práticas de manejo natural, como aplicação do macerado das floras e dos frutos do nim no controle da lagarta do cartucho no milho, obtendo assim bons resultados.No experimento, foram realizadas avaliações qualitativas e quantitativas com a participação dos agricultores/as da comunidade. Essas avaliações tiveram como objetivo comparar e comprovar a resistência das Sementes da Paixão, e por meio dos resultados obtidos, dialogarem com as Políticas Públicas para que estas valorizem as Sementes da Paixão.

Neste gráficos podemos perceber que das variedades de milho estudadas, as sementes das famílias agricultoras obtiveram o melhor desenvolvimento e são elas mais adaptadas a região. Essa experiência vem comprovando o potencial genético da semente da paixão e contribuindo para o fortalecimento da agricultura familiar em transição agroecológica na comunidade e na Região de atuação do Coletivo Regional.

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