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Resolução dos Exercícios Propostos no Livro
Exercício 1: Mostre que 2 não é número racional. Dica: escreva 2 como um possível quociente de números inteiros e use o Teorema Fundamental da Aritmética. Solução: Mostremos inicialmente a seguinte proposição:
Se um número inteiro a é ímpar, então 2a é ímpar. (I) De fato, como por hipótese a é impar, escrevemos a da seguinte forma 2 1a n= + , onde n é um número inteiro. Assim, 2 2 2 2(2 1) 4 4 1 2(2 2 ) 1a n n n n n= + = + + = + + .
Como 22 2n n k+ = , onde k é um inteiro, segue que 2 2 1a k= + e, assim, 2a é impar. Dessa forma, a contrapositiva de (I) é verdadeira, isto é,
Se 2a é par, então a é par (II)
Suponhamos, por absurdo, que exista uma fração irredutível ab
, tal que 2 ab
= . Dessa forma,
2
2 ab
=
. Segue daí que 2 22a b= , isto é, 2a é par. Assim, de (II), obtemos que a é par, ou seja, a é
da forma 2a p= , onde p é um número inteiro. Substituindo 2a p= em 2 22a b= , obtemos que 2 24 2p b= . Logo, 22b p= , isto é, 2b é par e, portanto, de (II) temos que b é par. Dessa forma, a e b
são número pares e a fração ab
não é irredutível. Obtemos assim, uma contradição.
Exercício 2: O conjunto 2 2{ ;( 3) 1 ou x 2}C x x= ∈ + < < é limitado. Encontre possíveis valores de M que satisfaçam a definição anterior. Solução: Não é possível a solução deste exercício com o conteúdo dado até o ponto onde foi proposto. A condição
2( 3) 1x + < implica que 1 3 1x− < + < ou, ainda 4 2x− < < − . A condição 2x 2< implica que
2 2x− < < . Combinando as duas condições temos que ( 4, 2) ( 2 , 2 )C = − − ∪ − . Logo, M = 4 é o limitante procurado para C . Exercício 3: Determine o inverso do complexo não-nulo z a bi= + . Solução 1: Queremos um número complexo w x y i= + que verifica a equação 1zw = . Esta equação é equivalente a ( ) 1ax by ay bx i− + + = . Da igualdade de números complexos devemos ter
10
ax bybx ay
− = + =
Observe que o sistema linear acima tem solução pois o determinante 2 2a ba b
b a−
= + não é nulo, pois
z a bi= + não é nulo. Resolvendo o sistema pela regra de Crammer temos
2 2ax
a b=
+ e 2 2
bya b−
=+
.
Logo, o inverso multiplicativo de z a bi= + é 2 2 2 2a bw i
a b a b= −
+ +.
Solução 2: Observando que se z a bi= + então 2 2zz a b= + concluímos que 2 2 1zza b
=+
. Logo,
2 2z
a b+ é inverso multiplicativo de z .
Exercício 4. Calcule 2 3 1 21 1 2 3
i ii i
− −⋅
+ +.
Solução: 2 3 1 2 4 7 1 5 31 27( 4 7 )1 1 2 3 1 5 26 26
i i i i iii i i
− − − − − − − +⋅ = = − − ⋅ =
+ + − +31 2726 26
i= − + .
Exercício 5: Em cada desigualdade, encontre o conjunto solução, expresse-o com a notação de intervalos e represente-o na reta numérica.
a) 5 2 6x x+ > − . b) 2 1 03 2
x − < c) 3 13 54 3
xx x −− < +
d) 2 5 3 11x≤ − < e) 2 11 x
≤−
f) 2 9x >
g) 21 2 0x x− − ≥ h) 1 43 7 3 2x x
≥− −
i) 12 3x x
x x+
<− +
j) 4 23 7x x− > −
Solução: Utilizaremos as propriedades das inequações para isolar a incógnita. a) 5 2 6 4 8 2x x x x+ > − ⇔ > − ⇔ > − . Logo,
{ | 2} ( 2, )S x x= ∈ > − = − + ∞ .
b) 2 1 2 1 303 2 3 2 4
x x x− < ⇔ < ⇔ < . Logo, 3 3{ | } ( , )4 4
S x x= ∈ < = −∞
c) 3 1 9 1 27 31 643 5 5 15 1 164 3 4 3 4 4 31
x xx x x x x x x− −− < + ⇔ < + ⇔ < + − ⇔ < ⇔ < . Logo,
64 64{ | } ( , )31 31
S x x= ∈ < = −∞
d) 2 5 3 11 3 3 6 1 2x x x≤ − < ⇔ − ≤ − < ⇔ ≥ > − . Logo, { | 2 1} ( 2,1]S x x= ∈ − < ≤ = − . e) A fim de eliminar o denominador, queremos multiplicar a inequação por 1 x− . O resultado dependerá do sinal de 1 x− . Temos duas possibilidades:
i. Se 1 0x− > , temos 2 1 2 1 11
x xx≤ ⇔ ≤ − ⇔ ≤ −
−. Neste caso, obtemos o conjunto de
soluções dado pela condição 1x ≤ − .
ii. Se 1 0x− < , temos 2 1 2 1 11
x xx≤ ⇔ ≥ − ⇔ ≥ −
−. O conjunto de soluções obtido neste caso
é dado pela condição 1x > . Reunindo as soluções obtidas nos dois casos temos o conjunto das soluções da inequação:
{ | 1 ou 1} ( , 1] (1, )S x x x= ∈ ≤ − > = −∞ − ∪ +∞ .
f) Aqui utilizaremos a seguinte propriedade da raiz quadrada: Para números reais positivos a e b quaisquer vale
a b a b< ⇔ < .
Assim, 2 29 3x x> ⇔ > . Lembrando que 2 | |x x= , a inequação dada é equivalente a | | 3x > . Assim, o conjunto das soluções é dado por
{ | 3 ou 3} ( , 3) (3, )S x x x= ∈ < − > = −∞ − ∪ +∞ .
g) Completando o quadrado do lado esquerdo da inequação temos 2
2 2 1 1 1 1 11 2 0 0 02 2 4 16 2
x x x x x − − ≥ ⇔ + − ≤ ⇔ + − − ≤ ⇔
21 9 1 3| |
4 16 4 4x x ⇔ + ≤ ⇔ + ≤
.
Utilizando as propriedades dos módulos a última inequação é equivalente a 3 1 3 114 4 4 2
x x− ≤ + ≤ ⇔ − ≤ ≤ .
Logo, 1 1{ | 1 } [ 1, ]2 2
S x x= ∈ − ≤ ≤ = − .
h) Primeiramente observamos que 73 7 03
x x− = ⇔ = e 33 2 02
x x− = ⇔ = . Levando em conta os
sinais dos dois denominadores vamos procurar soluções em cada um dos seguintes intervalos 3,2
−∞
,
3 7,2 3
e 7 ,3
+∞
.
i. Se 32
x < , então 3 7 0x − < e 3 2 0x− > .
Neste caso, temos
1 4 3 2 4 (3 7)3 7 3 2
x xx x
≥ ⇔ − ≤ − ⇔− −
313 2 12 2814
x x x− ≤ − ⇔ ≥ .
Portanto, neste caso, não temos solução.
ii. Se 3 72 3
x< < , então 3 7 0x − < e 3 2 0x− < . Daí, temos
1 4 3 2 4 (3 7)3 7 3 2
x xx x
≥ ⇔ − ≥ − ⇔− −
313 2 12 2814
x x x− ≥ − ⇔ ≤ .
As soluções encontradas neste caso estão no intervalo 3 31,2 14
.
iii. Se 73
x > , então 3 7 0x − > e 3 2 0x− < . Assim, temos
1 4 3 2 4(3 7)3 7 3 2
x xx x
≥ ⇔ − ≤ − ⇔− −
313 2 12 2814
x x x− ≤ − ⇔ ≥ .
As soluções deste caso estão no intervalo 7 ,3
+ ∞
.
Reunindo as soluções encontradas em cada caso temos o conjunto solução da inequação dada por 3 31 7 3 31 7{ | ou } ( , ] ( , )2 14 3 2 14 3
S x x x= ∈ < ≤ > = ∪ +∞ .
i) Os sinais dos denominadores são dados pelas igualdades 2 0 2x x− = ⇔ = e 3 0 3x x+ = ⇔ = − . Assim, vamos procurar soluções em cada um dos intervalos ( , 3)−∞ − , ( 3, 2)− e (2, )+∞ .
i. Se ( , 3)x ∈ −∞ − , então 2 0x− > e 3 0x+ < . Neste caso
2 21 ( 1)(3 ) (2 ) 4 3 22 3x x x x x x x x x x
x x+
< ⇔ + + > − ⇔ + + > − ⇔− +
2
2 2 3 1 52 2 3 0 02 2 4
x x x x x ⇔ + + > ⇔ + + > ⇔ + > −
.
A última inequação é verdadeira para qualquer número real x . Portanto, as soluções desse caso estão no intervalo ( , 3)−∞ − .
ii. Se ( 3, 2)x ∈ − , então 2 0x− > e 3 0x+ > . Neste caso, temos
2 21 ( 1)(3 ) (2 ) 4 3 22 3x x x x x x x x x x
x x+
< ⇔ + + < − ⇔ + + < − ⇔− +
2
2 2 3 1 52 2 3 0 02 2 4
x x x x x ⇔ + + < ⇔ + + < ⇔ + < −
.
A última inequação não tem solução. Portanto, não temos solução neste caso.
iii. Se (2, )x ∈ +∞ , então 2 0x− < e 3 0x+ > . Neste caso, temos
2 21 ( 1)(3 ) (2 ) 4 3 22 3x x x x x x x x x x
x x+
< ⇔ + + > − ⇔ + + > − ⇔− +
2
2 2 3 1 52 2 3 0 02 2 4
x x x x x ⇔ + + > ⇔ + + > ⇔ + > −
.
A última inequação é verdadeira para qualquer número real x . Portanto, as soluções deste caso consistem do intervalo (2, )+∞ .
Reunindo as soluções encontradas em cada caso temos o conjunto solução da inequação dado por
( , 3) (2, )S = −∞ − ∪ +∞
j) 4 2 4 2 2 13 7 4 4 2x x x x x x− > − ⇔ − > − ⇔ > − ⇔ > − .
Se 0x > temos 1 12 1 22
x xx> − ⇔ > − ⇔ > − . As soluções encontradas neste caso são dadas pela
condição 0x > .
Se 0x < temos 1 12 1 22
x xx> − ⇔ < − ⇔ < − . As soluções deste caso são dadas pela condição
12
x < − . Portanto, o conjunto das soluções da inequação dada é 1( , ) (0, )2
S = −∞ − ∪ +∞ .
Exercício 6. Em cada um dos itens a seguir, resolva a equação em x.
a) 3 2x − = b) 5 3x x= − c) 2 3 5x x− = −
d) 5 3 7x x− = + e) 2 52
xx+
=−
Solução: a) 3 2x − = ⇔ 3 2x − = ou 3 2x − = − . Assim, 3 2 5x x− = ⇔ = ou 3 2 1x x− = − ⇔ = .
Logo, {1,5}S = .
b) Se 0x ≥ , temos 15 3 6 32
x x x x= − ⇔ = ⇔ = .
Se 0x < , temos 35 3 4 34
x x x x− = − ⇔ = − ⇔ = − . Logo, 1 3{ , }2 4
S = − .
c) 2 3 5x x− = − ⇔ 2 3 5x x− = − ou 2 (3 5 )x x− = − − . Assim,
52 3 5 6 56
x x x x− = − ⇔ = ⇔ =
ou 12 (3 5 ) 2 3 5 4 14
x x x x x x− = − − ⇔ − = − + ⇔ − = − ⇔ = .
Logo, 1 5{ , }4 6
S = .
d) 5 3 7x x− = + ⇔ 5 3 7x x− = + ou 5 (3 7)x x− = − + . Assim,
5 3 7 2 12 6x x x x− = + ⇔ − = ⇔ = − ou
15 (3 7) 5 3 7 4 22
x x x x x x− = − + ⇔ − = − − ⇔ = − ⇔ = − .
Logo, 1{ 6, }2
S = − − .
e) 2 52
xx+
= ⇔−
2 52
xx+
=−
ou 2 52
xx+
= −−
. Assim,
2 5 2 5( 2) 2 5 10 4 12 32
x x x x x x xx+
= ⇔ + = − ⇔ + = − ⇔ − = − ⇔ =−
ou 2 45 2 5( 2) 2 5 10 6 82 3
x x x x x x xx+
= − ⇔ + = − − ⇔ + = − + ⇔ = ⇔ =−
.
Logo, 4{3, }3
S = .
Exercício 7. Em cada desigualdade, encontre o conjunto solução, expresse-o com a notação de intervalos e represente-o na reta numérica.
a) 2 5 1x − < b) 3 5 2x + > c) 2 4 1x x− ≥ +
d) 9 2 7x x− ≥ e) 3 5 2 1x x+ ≤ + f) 3 2 42
xx
−≤
+
g) 5 32 1x
≥−
h) 5 12 1 2x x
≥− −
i) 5 3 13 1 5
xx
−≤
+
Solução:
a) 2 5 1 1 2 5 1 4 2 6 2 3x x x x− < ⇔ − < − < ⇔ < < ⇔ < < . Logo, (2,3)S = .
b) 3 5 2 3 5 2 ou 3 5 2x x x+ > ⇔ + < − + > . Assim, 73 5 2 3 73
x x x+ < − ⇔ < − ⇔ < − ou
3 5 2 3 3 1x x x+ > ⇔ > − ⇔ > − . Logo, 7( , ) ( 1, )3
S = −∞ − ∪ − +∞ .
c) Se 2x ≥ , temos 2 4 1 1x x x− ≥ + ⇔ ≤ − . Portanto, nesse caso não temos solução.
Se 2x < , temos ( ) 12 4 1 2 4 15
x x x x x− − ≥ + ⇔ − + ≥ + ⇔ ≤ . Logo, 1,5
S = −∞ .
d) Elevando ao quadrado ambos os membros da inequação, lembrando que 0x ≥ e 2 2x x= , x∀ ∈ , segue que,
2 2 2 29 2 7 9 2 7 81 36 4 49x x x x x x x− ≥ ⇔ − ≥ ⇔ − + ≥ ⇔
2 9 95 4 9 0 5( 1) 0 15 5
x x x x x ⇔ + − ≤ ⇔ − + ≤ ⇔ − ≤ ≤
. Logo, 9 ,15
S = − .
e) 3 5 2 1x x+ ≤ + ⇔ 2 23 5 2 1x x+ ≤ + ⇔ 25 26 24 0x x+ + ≤ ⇔
6 65( 4) 0 45 5
x x x ⇔ + + ≤ ⇔ − ≤ ≤ −
. Logo, 64,5
S = − − .
f) 3 2 42
xx
−≤ ⇔
+3 2 4 2 , 2x x x− ≤ + ≠ − . Assim, ( )223 2 4 2 , 2x x x− ≤ + ≠ − ⇔
2 29 12 4 64 64 16 , 2x x x x x⇔ − + ≤ + + ≠ − ⇔ 212 76 55 0, 2x x x+ + ≥ ≠ − ⇔ 5 1112 0, 26 2
x x x ⇔ + + ≥ ≠ −
112
x⇔ ≤ − ou 56
x ≥ − . Logo,
11 5, ,2 6
S = −∞ − ∪ − +∞ .
g) 5 5 1 5 5 13 2 1 , 2 1 ,2 1 3 2 3 3 2
x x x xx
≥ ⇔ − ≤ ≠ ⇔ − ≤ − ≤ ≠ ⇔−
1 4 1,3 3 2
x x⇔ − ≤ ≤ ≠ . Logo, 1 1 1 4, ,3 2 2 3
S = − ∪ .
h) 5 1 5 2 2 1 , 22 1 2
x x xx x
≥ ⇔ − ≥ − ≠− −
e 12
x ≠ 27 32 33 0, 2x x x⇔ − + ≥ ≠ e 12
x ≠
21 117 0, 23 3
x x x ⇔ − − ≥ ≠
e 12
x ≠ ⇔117
x ≤ ou 3x ≥ e 12
x ≠ . Logo
[ )1 1 11, , 3,2 2 7
S = −∞ ∪ ∪ +∞ .
i) 5 3 1 125 3 1 3 1 ,3 1 5 3
x x x xx
−≤ ⇔ ≤ − + ≠ − ⇔
+
2 26 1 26 1 26, ,9 3 3 3 3
x x x x x⇔ ≥ ≠ − ⇔ ≥ ≠ − ⇔ ≤ − ou 263
x ≥ .
Logo, 26 26, ,3 3
S
= −∞ − ∪ +∞
.
Exercício 8. Use a desigualdade triangular para mostrar que as desigualdades se verificam sob as condições dadas.
a) 122
x − < e 223
y − < , então 76
x y− <
b) 122
x + < e 223
y + < , então 76
x y− <
c) 12
x y− < e 223
x + < , então 726
y + <
Solução:
a) Como ( 2) ( 2) 2 2x y x y x y− = − − − ≤ − + − e por hipótese 122
x − < e 223
y − < ,
segue que 1 2 72 3 6
x y− < + = .
b)
c) Como ( 2) ( 2) 2 2x y x y x y− = + − + ≤ + + + e por hipótese 122
x + < e 223
y + < ,
segue que 1 2 72 3 6
x y+ < + = .
d) Como 2 ( 2) ( ) 2y x x y x x y+ = + − − ≤ + + − e por hipótese 12
x y− < e 223
x + < ,
segue que 1 2 722 3 6
y + < + = .
Exercício 9. Expresse as desigualdades a b c> + e a b c> − em uma única desigualdade equivalente. Solução: Como a b c> + e a b c> − , segue que a b c− > e a b c− > − e também que 2 2a b> . Assim, temos que a b c− > e ( )c a b> − − . Logo, ( )a b c a b− − < < − , ou ainda, c a b< − , pois a b> . Exercício 10: Represente no plano cartesiano o conjunto de pontos dados por:
a) 2{( , ) ; 0}X x y y x= ∈ − = ; b) 2{( , ) ; 0}X x y y x= ∈ + = ; c) 2 2 2{( , ) ; 1}X x y x y= ∈ + = . c) 2{( , ) ; 1}X x y y x= ∈ > − . Solução:
0
1
2
4
3
2 x
y
1– 1
– 2
– 3
– 4
3 4– 1– 2– 3– 4 0
1
2
4
3
2 x
y
1– 1
– 2
– 3
– 4
3 4– 1– 2– 3– 4
a) b)
0
1
2
2 x
y
1
– 1
– 2
– 1– 2 0
1
2
4
3
2 x
y
1– 1
– 2
– 3
– 4
3 4– 1– 2– 3– 4
c) d)
Exercício 11. Represente no plano complexo os números complexos z tais que: a) 1z = ; b) 1 1 1z i− − = . Solução:
0
1
2
2 Eixo real1
– 1
– 2
– 1– 2
Eixo imaginário
0
1
2
2 Eixo real1
– 1
– 2
– 1– 2
Eixo imaginário
1+ i
a) b)
Exercício 12. Uma certa companhia de energia elétrica cobra uma taxa mínima de R$20,00 para quem consome até 50 KW/h e R$0,50 por KW/h para quem consome mais de 50KW/h. Determine algebricamente a função que relaciona o consumo e o valor da conta de luz.
Solução: Sendo x o consumo em KW/h, o valor da conta de luz é dado pela função 20, se 0 50
( )0, 5 , se 50
xf x
x x< ≤
= >.
Exercício 13. Considere a seguinte tabela de valores que relaciona duas variáveis reais x e y:
x 1 2 3 4 5 6 y 2 4 6 8 10 12
Determine duas funções ( )y f x= , com x no intervalo [0,6], que incluam as associações da tabela acima.
Solução: Por exemplo:
1. =( ) 2f x x .
2. 2 , se {0,1, 2,3,4,5,6}
( )1, se {0,1, 2,3,4,5,6}x x
f xx∈
= − ∉.
Exercício 14. A área de um quadrado depende do comprimento do seu lado, isto é, a cada valor do lado de um quadrado corresponde um único valor da área deste. Encontre a função que determina isto.
Solução: Considere a função :A → tal que = 2( )A l l , onde a l é o lado do quadrado. Exercício 15. Hipoteticamente, um menino, desejando aumentar sua coleção de selos, foi a uma grande empresa à procura de selos e obteve a seguinte proposta: “Você poderá realizar tarefas nesta firma. Ao término da primeira tarefa eu lhe dou dois selos, e a cada tarefa seguinte concluída eu dou o dobro de selos da tarefa anterior. Caso você aceite a proposta, ganhará de imediato um selo”. Supondo que o menino tenha aceitado a proposta, quantos selos ele recebeu após a execução da quinta tarefa? Para facilitar a resposta, faça uma tabela. Nesta situação, temos uma função? Por quê? Escreva a regra que representa esta situação. A empresa sempre conseguirá cumprir a proposta? Solução:
nº de tarefas 0 1 2 3 4 5 nº de selos recebidos na execução da n-ésima tarefa 1 2 4 8 16 32
nº total de selos 1 3 7 15 31 63 A função f que representa quantidade de selos recebidos após a execução de cada tarefa é :f →
tal que ( ) 2xf x = , onde x é o número da tarefa. Assim, após a execução da 5ª. tarefa o menino receberá 32 selos. A empresa não conseguirá cumprir sempre a proposta pois f cresce exponencialmente.
Exercício 16. Dada a função ( ) 1f x x= − , encontre:
a) Dom f ; b) Im f ; c) (2)f .
Solução:
a) { ; 1} [1, )Dom f x x= ∈ ≥ = ∞ ;
b) { ; 0} [0, )Im f y y= ∈ ≥ = +∞ ;
c) = − =(2) 2 1 1f .
Exercício 17. Dada a função 1( )2
f xx
=−
, encontre:
a) Dom f ; b) Im f ; c) (4)f .
Solução:
a) = ∈ ≠ = −{ ; 2} {2}Dom f x x ;
b) { ; 0} {0}Im f y y= ∈ ≠ = − ;
c) = =−1 1(4)
4 2 2f .
Exercício 18. Verifique se as funções 2 1( )
1xf xx−
=+
e ( ) 1g x x= − são iguais.
Solução: O domínio da função g é o conjunto dos número reais, mas o domínio da função f é o conjunto − −{ 1}. Assim, por definição, as funções f e g são distintas. Exercício 19. Verifique se as funções : , ( )f f x x+ → = e : , ( )g g x x+ → = são iguais. Solução: Como o domínio de ambas as funções são iguais e neste domínio elas possuem as mesmas imagens em cada ponto, temos que f e g são iguais.
Exercício 20. Sejam p e h definidas, respectivamente, por ( ) 2 3p x x= − e 2( ) 5 3h x x x= − + . Determine as funções p h+ , h p− , p h⋅ . Qual é o domínio e a expressão algébrica que define a função p p⋅ ?
Solução:
i) ( )+ = + = − + − +2( ) ( ) ( ) 2 3 5 3p h x p x h x x x x .
ii) ( )− = − = − + − −2( ) ( ) ( ) 5 3 2 3h p x h x p x x x x .
iii) ( ) ( ) ( )= = − − +2( ) ( ) ( ) 2 3 5 3p h x p x h x x x x .
iv) ( ) ( )( ) ( )2( ) ( ) ( ) 2 3 2 3 2 3 2 3p p x p x p x x x x x= = − − = − = − e { }2( ) ;3
Dom p p x x= ∈ ≤ .
Exercício 21. Considere as funções 2( ) 3( 1) 1 2m x x x= + + e ( ) ( 1)( 2)n x x x= + − . Determine a função /m n e seu domínio. Solução: A função /m n só existe quando ( ) ( 1)( 2)n x x x= + − for diferente de zero, que ocorre
quando ≠ −1x e ≠ 2x . Nesse caso, + + + +
= = =+ − −
2( ) 3( 1) 1 2 3( 1) 1 2( )
( ) ( 1)( 2) 2m x x x x xm x
n n x x x x e
{ }1; e 22
mDom x x xn= ∈ ≥ − ≠ .
Exercício 22. Considere as funções ( )h x x= e ( )k x x= − . Determine as funções , ,h k h k h k+ − ⋅ e /h k e seus domínios. Solução:
i) ( )0, se 0
( ) ( ) ( )2 , se 0
xh k x h x k x x x
x x≥
+ = + = − = − <, ( )Dom h k+ = .
ii) ( )2 , se 0
( ) ( ) ( )0, se 0x x
h k x h x k x x xx≥
− = − = + = <, ( )Dom h k− = .
iii) ( )2
2
, se 0( ) ( ) ( )
, se 0
x xh k x h x k x x x
x x
≥= = = − <
, ( )Dom h k⋅ = .
iv) 1, se 0( )
( )1, se 0( )
xxh xh xxk k x x> = = = − <
, *( )hDomk
= .
Exercício 23. Esboce os gráficos das seguintes funções afins:
a) ( ) 3f x x= − ; b) ( ) 2 4g x x= − + ; c) ( ) 5 10h x x= − − ; d) ( )3
j x xπ= .
Solução:
0
1
2
4
3
2 x1– 1
– 2
– 3
– 4
3 4– 1– 2– 3– 4
y
0
1
2
4
3
2 x1– 1
– 2
– 3
3 4– 1– 2– 3
y
a) b)
0
2
4
6
2 x1– 2
– 4
– 6
– 8
3 4– 1– 2– 3– 4
y
– 10
0
1
2
2 x1
– 1
– 1
y
3π
c) d)
Exercício 24. É possível desenhar um esboço do gráfico de uma função quadrática qualquer dada por 2( )f x ax bx c= + + , 0a ≠ . Para isso, basta saber: o sinal do coeficiente a do termo de segundo grau;
encontrar, se possível, os valores reais x em que ( ) 0,f x = que são dados pela expressão 2 4
2b b ac
a− ± − ; obter o vértice da parábola, que é dado por , ,
2 4ba a− −∆
no qual 2 4b ac∆ = − .
Esboce os seis tipos de gráficos de funções quadráticas possíveis a partir da análise dos sinais de a e de ∆ . Solução:
0
1
2
4
3
2 x1– 1
3 4– 1– 2– 3– 4
y
0∆ <0a >
0
1
2
2 x1– 1
– 2
– 3
– 4
3 4– 1– 2– 3– 4
y
0∆ <
0a <
i. ii.
0
1
2
2 x1– 1
– 2
– 3
– 4
3 4– 1– 2– 3– 4
y0∆ =0a <
, 02
ba−
0
1
2
4
3
2 x1– 1
3 4– 1– 2– 3– 4
y
0∆ =
0a >, 0
2ba−
iii. iv.
0
1
2
4
3
2 x1– 1
– 2
– 3
– 4
3 4– 1– 2– 3– 4
y
0∆ >
0a >,2 4
ba a− −∆
2 4 , 02
b b aca
− − −
2 4 , 02
b b aca
− + −
0
1
2
4
3
2 x1– 1
– 2
– 3
– 4
3 4– 1– 2– 3– 4
y
0∆ >
0a <,2 4
ba a− −∆
2 4 , 02
b b aca
− − −
2 4 , 02
b b aca
− + −
v. vi.
Exercício 25. Nem todas as funções podem ter seu gráfico desenhado. Como seria o esboço do
gráfico da função 0, racional
( )1, irracional
xI x
x
=
?
Solução: Não é possível esboçar o gráfico de I. .
Exercício 26. O gráfico da função ( )f x x= apresenta simetria central em relação ao ponto ( , )a a , a∀ ∈ ?
Solução: Sim. Observe que um ponto P no gráfico de f é da forma ( , )P b b . Se um ponto '( , )P x y é o simétrico de P em relação ao ponto ( , )Q a a , então ele deve ser tal que , e 'P Q P pertencem à mesma reta e a distância de P a Q , deve ser o igual à distância de Q a 'P . Como por dois pontos passa uma única reta, temos que a reta que passa por P e Q é a reta y x= . Assim, 'P é tal que
y x= e 2 2 2 2 2 2( ) ( ) ( ) ( ) 2( ) 2( )y a x a x a x a x a b a− + − = − + − = − = − , ou seja, ( )x a b a− = ± − , logo x b= ou 2x a b= − . Portanto, o ponto procurado é ' (2 , 2 )P a b a b= − − que é
o simétrico de P , é um ponto no gráfico de f . Exercício 27. Dado ( , )P x y um ponto do plano cartesiano:
a) Quais as coordenadas do simétrico 'P do ponto P em relação à reta de equação 0x = ? E em relação à reta x a= ?
b) Quais as coordenadas do simétrico 'P de P em relação ao ponto (0,0)O ? E em relação ao ponto ( , )Q a b ?.
Solução: a) Dado o ponto ( , )P x y , temos '( , )P x y− . O ponto simétrico de ( , )P x y em relação à reta x a= é o ponto (2 , )aP a x y− . b) Dado o ponto ( , )P x y , temos '( , )P x y− − . O ponto simétrico de ( , )P x y em relação ao ponto
( , )Q a b é o ponto (2 , 2 )QP a x b y− − .
Exercício 28. Mostre que o gráfico de uma função f apresenta simetria axial em relação à reta de equação x a= se, e somente se, ( ) ( )f a x f a x− = + para todo x do domínio. Solução: Se f apresenta simetria axial em relação à reta x a= então, caso ( , )a x y+ esteja no gráfico de f temos que ( , )a x y− (conforme exercício 27 a) também está no gráfico de f . Assim,
( ) ( )f a x f a x− = + . Reciprocamente, se ( ) ( )f a x f a x− = + para todo x do domínio de f , então ( , )a x y+ e ( , )a x y− estão no gráfico de f e, assim, o gráfico apresenta simetria axial em relação à reta x a= .
Exercício 29. Qual é o período da função f do Exemplo 32?
Solução: A função do exemplo 32 é dada por 1, 2 2 1,
( )0, 2 1 2 2,
n x n nf x
n x n n≤ < + ∈
= + ≤ < + ∈. O período é 2,
pois, ( 2) ( ),f x f x x+ = ∀ ∈ .
Exercício 30. Verifique se as seguintes funções são periódicas:
a) ( )f x x= ; b) ( ) 5f x = ; c) ( ) ( 1) ,nf x = − se [ , 1)x n n∈ + , n ∈ . Solução: a) ( ) ( )f x p x p x f x+ = + ≠ = para todo qualquer 0p ≠ . Assim a função não é periódica.
b) ( ) 5 ( )f x p f x+ = = para todo 0p ≠ . Assim podemos dizer que a função ( ) 5f x = é periódica de qualquer período. c) A função é periódica de período 2. Exercício 31. Mostre que o gráfico de toda função par é simétrico em relação ao eixo Oy e que o gráfico de toda função ímpar é simétrico em relação ao ponto (0,0) .
Solução: Se f é uma função par, então ( ) ( ),f x f x x− = ∀ ∈ . Logo, se ( , ( ))x f x é um ponto do gráfico de f , então o seu simétrico em relação ao eixo Oy é o ponto ( , ( ))x f x− , que também pertence ao gráfico de f. Se, por outro lado, f é uma função ímpar, então ( ) ( ),f x f x x− = − ∀ ∈ . Logo, se ( , ( ))x f x é um ponto do gráfico de f, então o seu simétrico em relação ao ponto (0,0) é o ponto ( , ( ))x f x− − que também pertence ao gráfico de f. Exercício 32. Verifique se as funções definidas a seguir são pares, ímpares ou nenhuma delas.
a) 4 2( ) 5 3 2f x x x −= + + b) 4 3( )f x x x= +
c) 3 7( ) 3f x x x−= − d) 5 3( ) 3f x x x= + +
Solução:
a) 4 2 4 2( ) 5( ) 3( ) 2 5 3 2 ( )f x x x x x f x− −− = − + − + = + + = . Portanto, f é uma função par. b) ( 1) 0 2 (1)f f− = ≠ = . Portanto, f não é uma função par.
( 1) 0 2 (1)f f− = ≠ − = − . Portanto, f também não é uma função ímpar.
c) 3 7 3 7 3 7( ) ( ) 3( ) 3 ( 3 ) ( )f x x x x x x x f x− − −− = − − − = − + = − − = − . Portanto f é uma função ímpar. d) ( 1) 1 5 (1)f f− = ≠ = . Portanto f não é uma função par.
( 1) 1 5 (1)f f− = ≠ − = − . Portanto f também não é uma função ímpar. Exercício 33. Mostre que toda função pode ser escrita como a soma de uma função par com uma função ímpar.
Solução: Se f é uma função cujo domínio é simétrico em relação à origem, então a função g dada ( ) ( )( )
2f x f xg x + −
= é par enquanto que a função h dada por ( ) ( )( )2
f x f xh x − −= é ímpar. Além
disso, temos que f g h≡ + .
Exercício 34. Existe alguma função que é par e ímpar simultaneamente? Solução: Sim, a função constante nula, ou seja, ( ) 0,f x x= ∀ ∈ . De fato, ( ) 0 ( )f x f x− = = e
( ) 0 ( )f x f x− = = − , x∀ ∈ .
Exercício 35. Como você esboçaria o gráfico da função ( ) 1 1F x x= + + por meio de deslocamento do gráfico de f , sendo ( )f x x= ?
Solução: Basta transladar o gráfico da função f uma unidade para a esquerda e, em seguida, uma unidade para cima, ou ainda, uma unidade para cima e, em seguida, uma unidade para a esquerda.
Exercício 36. Mostre que se o gráfico da função f possui simetria axial em relação à reta x a= , então a função g definida por ( ) ( )g x f x a= + é par.
Solução: Conforme o Exercício 28, o gráfico de uma função f apresenta simetria axial em relação à reta de equação x a= se, e somente se, ( ) ( )f a x f a x− = + . Assim temos
( ) ( ) ( ) ( )g x f x a f a x g x− = − + = + = . Logo, g é uma função par.
Exercício 37. Mostre que se o gráfico da função f possui simetria central em relação ao ponto ( , )P a b , então a função g definida por ( ) ( )g x f x a b= + − é ímpar.
Solução 1: Se o gráfico da função f possui simetria central em relação ao ponto ( , )P a b , então para cada ponto ( , ( ))X x f x= do gráfico de f , existe um ponto ( , ( ))Y y f y= no gráfico de f tal que o ponto ( , )P a b é o ponto médio do segmento XY . Usando a fórmula do ponto médio temos
2x ya +
= e ( ) ( )2
f x f yb += . Isolando y na primeira equação e substituindo na segunda equação,
obtemos (2 ) 2 ( )f a x b f x− = − . Trocando x por a x− na última equação, temos (2 ( )) 2 ( )f a a x b f a x− − = − − , então ( ) ( )f a x b b f a x+ − = − − . Segue dessa última equação que ( ) ( ) ( ) ( )g x f a x b b f a x g x= + − = − − = − − , e assim, por definição g é impar.
Solução 2: Por hipótese ( )y f x= e 2 (2 )b y f a x− = − . Daí, 2 ( ) (2 )b f x f a x− = − . Assim,
( ) 2 (2 )f x b f a x= − − . Como ( ) ( )g x f x a b= + − = 2 (2 ( )) ( )b f a x a b f a x− − + = − − = [ ( ) ] ( )f x a b g x= − − + − = − − , temos por definição que g é uma função par.
Exercício 38. Esboce o gráfico de cada uma das funções f definidas a seguir e esboce, no mesmo sistema de eixos, os gráficos das seguintes translações: ( 3)f x + , +( ) 2f x , −( 1)f x , −( ) 2f x e
+ −( 2) 1f x :
a) ( )f x x= ; b) 2( )f x x= ; c) 3( )f x x= ; d) ( ) 3 1f x x= − . Solução:
0
1
2
4
3
2 x1– 1
– 2
– 3
– 4
3 4– 1– 2– 3– 4
y ( 3)f x +
( ) 2f x +
( 2) 1f x + −
( )f x
( 1)f x −
( ) 2f x −
0
1
2
4
3
2 x1– 1
– 2
3 4– 1– 2– 3– 4
y
( 3)f x +
( ) 2f x +
( 2) 1f x + −
( )f x ( 1)f x −
( ) 2f x −
5
6
a) b)
0
1
2
4
3
2 x1– 1
– 2
– 3
– 4
3 4– 1– 2
– 3– 4
y
( 3)f x +
( ) 2f x +
( 2) 1f x + −
( )f x ( 1)f x −
( ) 2f x −
0
1
2
4
3
2 x1– 1
– 2
– 3
– 4
3 4– 1– 2– 3– 4
y( 3)f x +
( ) 2f x +
( 2) 1f x + −( )f x
( 1)f x −
( ) 2f x −
c) d)
Exercício 39. Seja f uma função limitada. Responda as perguntas a seguir, justificando sua resposta. a) A função ( ) ( )g x a f x= é limitada para todo a real?
b) A função ( ) ( )g x f x m= + é limitada para todo m real?
c) A função ( ) ( )g x f b x= é limitada para todo b real?
Solução: Como por hipótese a função f é uma função limitada, então existe 0M > tal que para todo x Dom f∈ , ( )f x M≤ .
a) Temos que ( ) ( ) ( ) ,g x a f x a f x a M x Dom g= = ≤ ∀ ∈ . Como 0a M > , temos que g é limitada.
b) Temos que ( ) ( ) ,g x f x m M x Dom g= + ≤ ∀ ∈ . Assim, temos que g é limitada.
c) Temos que ( ) ( ) ,g x f b x M x Dom g= ≤ ∀ ∈ . Assim, temos que g é limitada.
Exercício 40. Sejam f e g funções limitadas. Responda as perguntas a seguir, justificando sua resposta. a) A função f g+ é limitada? b) A função f g⋅ é limitada?
Solução: Como por hipótese f e g são funções limitadas, então existem 0M > e 0N > tais que
( ) ,f x M x Dom f≤ ∀ ∈ e ( ) ,g x N x Dom g≤ ∀ ∈ . a) Sim, pois segue da desigualdade triangular que
( )( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ,f g x f x g x f x g x M N x Dom f Dom g+ = + ≤ + ≤ + ∀ ∈ ∩ . b) Sim, pois ( )( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ,f g x f x g x f x g x M N x Dom f Dom g⋅ = ⋅ = ⋅ ≤ ⋅ ∀ ∈ ∩ . Exercício 41: Verifique se as funções a seguir são monótonas, classificando-as em crescente, decrescente, não-decrescente e não-crescente. Caso a função não seja monótona, encontre, caso exista(m), intervalo(s) do seu domínio, de modo a se obter função(ões) monótona(s). Solução: a) ( ) 2 1f x x= − Dom f = . Sejam 1 2,x x Dom f∈ tais que 1 2x x< . Logo, 1 1 2 2( ) 2 1 2 1 ( )f x x x f x= − < − = . Assim, por definição, concluímos que f é crescente em . b) ( ) 3f x x= − Dom f = . Sejam 1 2,x x Dom f∈ tais que 1 2x x< . Logo, 1 1 2 2( ) 3 3 ( )f x x x f x= − > − = . Assim, por definição, concluímos que f é decrescente em . c) 2( ) 1f x x= − Dom f = . Sejam 1 2,x x Dom f∈ tais que 1 2x x< .
Se 1 2,x x +∈ , temos que 2 21 2 1 2x x x x< ⇒ < . Neste caso, 2 2
1 1 2 2( ) 1 1 ( )f x x x f x= − > − = e, portanto, f é decrescente em + .
Se 1 2,x x −∈ , temos que 2 21 2 1 2x x x x< ⇒ > . Neste caso, 2 2
1 1 2 2( ) 1 1 ( )f x x x f x= − < − = e, portanto, f é crescente em − . Como f é crescente em − e decrescente em + , f não é monótona em . d) 5( )f x x= Dom f = . Sejam 1 2,x x Dom f∈ tais que 1 2x x< .
Logo, 5 51 1 2 2( ) ( )f x x x f x= < = . Assim, por definição, concluímos que f é crescente em .
e) ( )f x x=
Dom f += . Sejam 1 2,x x +∈ tais que 1 2x x< .
Logo, 1 1 2 2( ) ( )f x x x f x= < = . Assim, por definição, concluímos que f é crescente em + .
f) 1 , 0
( )2, 0
xf x x
x
<= ≥
Dom f = . Como 1( 2) , ( 1) 12
f f− = − − = − e (2) 2f = , temos que ( 2) ( 1)f f− > − e ( 1) (2)f f− < .
Logo f não é monótona em .
Sejam *1 2,x x −∈ tais que 1 2x x< . Logo
1 2
1 1x x
> . Assim temos que 1 21 2
1 1( ) ( )f x f xx x
= > = e,
portanto, f é decrescente em *− .
Sejam 1 2,x x +∈ tais que 1 2x x< . Temos que 1 2( ) 2 ( )f x f x= = e, portanto, f é não-crescente e não-decrescente em + . Exercício 42: Verifique se as funções são bijetoras, justificando sua resposta. Solução:
a) 3( )f x x= Dom f = . Mostremos inicialmente que f é injetora. De fato, sejam 1 2,x x ∈ , tais que 1 2x x≠ .
Logo, 3 31 1 2 2( ) ( )f x x x f x= ≠ = , e assim, por definição, temos que f é injetora.
Verifiquemos se f é sobrejetora.
Dado y∈ , se tomarmos 3x y= teremos ( ) ( )33 3( )f x f y y y= = = , e portanto, por definição
f é sobrejetora. Assim f é injetora e sobrejetora, logo bijetora. b) ( ) 3 1f x x= − Dom f = . Mostremos inicialmente que f é injetora. De fato, sejam 1 2,x x ∈ , tais que 1 2x x≠ . Logo, 1 1 2 2( ) 3 1 3 1 ( )f x x x f x= − ≠ − = , e assim, por definição, temos que f é injetora. Verifiquemos se f é sobrejetora.
Dado y∈ , se tomarmos 13
yx += teremos 1 1( ) 3 1 1 1
3 3y yf x f y y+ + = = − = + − =
e,
portanto, f é sobrejetora. Assim f é injetora e sobrejetora, logo bijetora. c) 4( )f x x= Dom f = . Afirmamos que a função não é injetora. De fato, se tomarmos, por exemplo, 1 1x = − e
2 1x = , teremos 1 2( ) ( ) 1f x f x= = e 1 2x x≠ . Desta forma, f não é injetora e, portanto, não é bijetora. Observe que f também não é sobrejetora, pois dado, por exemplo, 1y = − , não existe x ∈ tal que
4 1x = − . d) ( )f x x=
Dom f = . A função f não é bijetora, pois não é injetora, uma vez que existem 1 2 1 2, ,x x x x∈ ≠ tais que 1 2( ) ( )f x f x= . Basta tomar, por exemplo, 1 1x = − e 2 1x = . Observe que f também não é sobrejetora, pois dado, por exemplo, 1y = − , não existe x ∈ tal que
1x = − . Exercício 43: Nos itens a seguir, encontre f g , f f , g f e g g e seus respectivos domínios. Solução:
a) ( ) 5f x x= + e 2( )2 4
g xx
=−
Dom f = e {2}Dom g = − .
( ) ( ) 2 5 9( ) ( ) ( ) 5 52 4 2
xf g x f g x g xx x
−= = + = + =
− −.
{ ; ( ) } {2}Dom f g x Dom g g x Dom f Dom g= ∈ ∈ = = − . ( ) ( )( ) ( ) ( ) 5 5 5 10f f x f f x f x x x= = + = + + = + . Dom f f = .
( ) ( ) 2 2 1( ) ( )2 ( ) 4 2( 5) 4 3
g f x g f xf x x x
= = = =− + − +
.
{ ; ( ) } { ; 5 {2}} { 3}Dom g f x Dom f f x Dom g x x= ∈ ∈ = ∈ + ∈ − = − − .
( ) ( ) 22 2( ) ( )22 ( ) 4 2 52 4
2 4
xg g x g g xg x x
x
−= = = =
− − + − −
.
2{ ; ( ) } { {2}; {2}}2 4
5{2, }.2
Dom g g x Dom g g x Dom g xx
= ∈ ∈ = ∈ − ∈ −−
= −
Exercício 44: Encontre funções f e g distintas da função identidade, tal que ( )( )y f g x= . Solução: a) 2 1y x= − Se considerarmos : , ( )f f x x→ = e : , ( ) 2 1g g x x→ = − teremos:
( ) ( )( ) ( ) ( ) 2 1f g x f g x g x x= = = − . b) 2 1y x= − Se considerarmos : , ( ) 1f f x x→ = − e : , ( ) 2g g x x→ = teremos:
( ) ( )( ) ( ) ( ) 1 2 1f g x f g x g x x= = − = − .
c) 22
3y
x=
+
Se considerarmos : , ( ) 2f f x x→ = e 21: , ( )
3g g x
x→ =
+ teremos:
( ) ( ) 22( ) ( ) 2 ( )
3f g x f g x g x
x= = =
+.
d) 9y x= −
Se considerarmos : , ( )f f x x+ → = e : , ( ) 9g g x x→ = − , teremos:
( ) ( )( ) ( ) ( ) 9f g x f g x g x x= = = − . As funções exibidas em cada um dos itens acima não são únicas. Encontre outras. Exercício 45: Sejam f e g duas funções. Mostre que: Solução: a) se f e g são pares, então f g é par. Se f e g são pares, então por definição, ( ) ( ),f x f x x Dom f− = ∀ ∈ e ( ) ( ),g x g x x Dom g− = ∀ ∈ . Assim, ( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ),f g x f g x f g x f g x x Dom f g− = − = = ∀ ∈ . Portanto f g é par. b) se f e g são ímpares então f g é ímpar. Se f e g são ímpares, então por definição, ( ) ( ),f x f x x Dom f− = − ∀ ∈ e
( ) ( ),g x g x x Dom g− = − ∀ ∈ . Assim, ( ) ( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) ( ),f g x f g x f g x f g x f g x x Dom f g− = − = − = − = − ∀ ∈ . Portanto f g é ímpar. c) se f é par e g é ímpar, então f g e g f são pares. Se f é par então ( ) ( ),f x f x x Dom f− = ∀ ∈ . Se g é ímpar ( ) ( ),g x g x x Dom g− = − ∀ ∈ . Assim ( ) ( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) ( ),f g x f g x f g x f g x f g x x Dom f g− = − = − = = ∀ ∈ . Portanto f g é par. E também temos ( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ),g f x g f x g f x g f x x Dom g f− = − = = ∀ ∈ . Portanto g f é par. Exercício 46: Dadas as funções f , definidas a seguir, determine 1f − , caso exista. Solução: a) ( ) 2 1f x x= − A função é bijetora e, portanto, admite inversa.
Fazendo 2 1y x= − , teremos 12
yx +=
Portanto, 1 1( )2
xf x− += .
b) 2( )f x x= para 0x ≤ A função é monótona decrescente em − , logo admite inversa.
Fazendo 2y x= , teremos ; 0x y y= − ≥ .
Portanto, 1( ) ; 0f x x x− = − ≥ , pois 1Dom f Im f− = . c) 2( ) 2f x x= − , para 0x ≥
[ 2, )Im f = − +∞ f é monótona crescente em + e, portanto, admite inversa.
2 22 2 2; 2y x x y x y y= − ⇔ = + ⇔ = + ≥ − .
Assim, 1( ) 2f x x− = + , com 2x ≥ − , pois 1Dom f Im f− = .
d) 2( ) 1f x x= − , para 0 1x≤ ≤ [0,1]Im f = .
f é monótona decrescente em [0,1] e, portanto, admite inversa. 2 2 2 2 2 21 1 1 1y x y x x y x y= − ⇔ = − ⇔ = − ⇔ = − .
Logo, 1 2( ) 1 ; 0 1f x x x− = − ≤ ≤ , pois 1Dom f Im f− = .
e) 1( )f xx
= para 0x >
A função f é monótona decrescente em *+ , logo admite inversa.
1 1 ; 0y x yx y
= ⇔ = > .
Portanto, 1 1( ) ; 0f x xx
− = > , pois 1Dom f Im f− = .
f) 2( ) 2 1f x x x= + − , para 1x ≤ − Como
2 2 2( ) 2 1 1 1 ( 2 1) 2 ( 1) 2f x x x x x x= + + − − = + + − = + − , temos que f é monótona decrescente em ( , 1]−∞ − e ( ) [ 2, )Im f = − +∞ . Portanto, f admite inversa.
2 2( 1) 2 ( 1) 2 1 2y x x y x y= + − ⇔ + = + ⇔ + = + , como 1x ≤ − , segue que 2 1x y= − + − .
Portanto, 1( ) 2 1f x x− = − + − , com 2x ≥ − , pois 1Domf Im f− = . Exercício 47: Esboce num mesmo sistema de coordenadas os gráficos das funções 4( )m x x= − e
5( )n x x= − . Solução:
Graf n
Graf m
x
y
Exercício 48: Determine os zeros das seguintes funções: Solução: a) 4 3 2( ) 4 4p x x x x x= − − +
3 2 2( ) ( 4 4) ( 1)( 4)p x x x x x x x x= − − + = − − . ( ) 0 0p x x= ⇔ = ou 1x = ou 2x = ou 2x = − .
Portanto, os zeros da função são 2,0,1− e 2. b) 3 2( ) 3 2p x x x= − +
2( ) ( 1)( 2 2) ( 1)( 1 3 )( 1 3)p x x x x x x x= − − − = − − − − + .
( ) 0 1p x x= ⇔ = ou 1 3x = + ou 1 3x = − .
Portanto, os zeros da função são 1, 1 3+ e 1 3− . Exercício 49: Seja p(x) um polinômio. Prove que a é raiz de p(x) se, e somente se, ( ) ( ) ( )p x x a q x= − , para algum polinômio q(x). Solução: Sabemos que: a é raiz de p(x) ( ) 0p a⇔ = . Mas, pelo teorema do resto, " ( ) ( ) ( ) "p x x a q x r= − + . Como a é raiz de ( )p x , temos que p(a) é o resto da divisão de p(x) por ( )x a− . Concluímos assim que: a é raiz de p(x) 0r⇔ = . Ou seja, a é raíz de p(x) ⇔ p(x) é divisível por ( )x a− . O que equivale a dizer que a é raíz de p(x) ( ) ( ) ( )p x x a q x⇔ = − , para algum polinômio q(x). Exercício 50: Determine o domínio das seguintes funções: Solução:
a) 22( )1
xf xx−
=+
Dom f = , pois 2 1 0,x x+ ≠ ∀ ∈ .
b) 22 1( )
1xf xx
−=
+
Devemos ter 1 0x + ≠ , ou seja, 1x ≠ − . Portanto, { 1}Dom f = − − .
c) ( 1)( 2)( )( 1)( 2)x x xf x
x x− +
=+ −
Devemos ter ( 1)( 2) 0x x+ − ≠ , ou seja, 1x ≠ − e 2x ≠ . Portanto, { 1, 2}Dom f = − − .
d) ( 1)( 2)( )( 1)( 2)x xf x
x x x− +
=+ −
Devemos ter ( 1)( 2) 0x x x+ − ≠ , ou seja, 0x ≠ e 1x ≠ − e 2x ≠ . Portanto, {0, 1, 2}Dom f = − − . Exercício 51: Use um sistema de computação algébrica para esboçar o gráfico das funções racionais do exercício anterior. Solução: a)
b)
c)
d)
Exercício 52: Solução: a) Em uma circunferência unitária, construa o ângulo de 1 radiano. Processo construtivo. Coloque de uma maneira aproximada o comprimento do raio sobre a circunferência. b) Construa o ângulo de 1 radiano em circunferências de raios distintos. O que você pode concluir com esse exercício? O arco de comprimento igual a 1 radiano determina sempre a mesma variação angular, independendo do tamanho do raio da circunferência. Exercício 53: Sejam X o ponto em 1S correspondente ao número real t e Y o ponto em 1S correspondente a 2t kπ+ , para todo k inteiro. Qual a relação entre X e Y ? Solução: Em 1S , temos que o comprimento da circunferência é 2π . Logo, os pontos X e Y são iguais.
Exercício 54: Utilizando as propriedades anteriores, complete a tabela:
t 0 6π
4π
3π
2π 2
3π 3
4π π
cos t sen t
a) 0t = Neste caso, temos em 1S , (0) (1,0)P = . Logo cos0 1= e sen 0 0= .
b) 6
t π=
Pelo exemplo 57 temos 3cos6 2π= e 1sen
6 2π= .
c) 4
t π=
Neste caso, temos em 1S , ( ) ( , )P t x y= onde x y= . Logo, sen cos4 4π π= .
Pela propriedade (b) temos 2 2sen cos 14 4π π+ = . Assim, 2 1 2sen sen
4 2 4 2π π= ⇒ = ± .
Como para o ângulo 4π temos, seno e cosseno positivos, 2sen
4 2π= e 2cos
4 2π= .
d) 3
t π=
Como sen(2 ) 2sen cosa a a= temos
1 3 3sen sen 2 2sen cos 23 6 6 6 2 2 2π π π π= = = = .
Como 2 2cos(2 ) cos sena a a= − temos
2 2 3 1 2 1cos cos2 cos sen3 6 6 6 4 4 4 2π π π π= = − = − = = .
e) 2
t π=
Pela propriedade (f) da página 45, temos
sen sen(0 ) cos0 12 2π π= + = = .
Logo cos 12π= .
f) 23
t π=
Como sen(2 ) 2sen cosa a a= temos
2 3 1 3sen 2sen cos 23 3 3 2 2 2π π π= = = .
Como 2 2cos(2 ) cos sena a a= − temos
2 22 1 3 2 1cos cos sen3 3 3 4 4 4 2π π π= − = − = − = − .
g) 34
t π=
Pela propriedade (e) temos 3 2 2 2sen sen sen cos cos sen 1 04 2 4 2 4 2 4 2 2 2π π π π π π π = + = + = + =
.
3 2 2 2cos cos cos cos sen sen 0 14 2 4 2 4 2 4 2 2 2π π π π π π π = + = − = − = −
.
h) t π= Pela propriedade (f) temos
sen sen cos 02 2 2π π ππ = + = =
. Assim, segue da identidade trigonométrica fundamental que
cos 1π = ± . Mas, pela definição, de cosseno, cos 1π = − . Vamos então completar a tabela.
t 0 6π
4π
3π
2π 2
3π 3
4π π
cos t 1 32
22
12
0 12
− 22
− 1−
sen t 0 12
22
32
1 32
22
− 0
Exercício 55: Mostre que as funções secante e cossecante são periódicas de período 2π . Solução: Temos
1 1 1sec( 2 )cos( 2 ) cos cos(2 ) sen sen(2 ) cos 1 sen 0
xx x x x x
ππ π π
+ = = = =+ − ⋅ − ⋅
1cosx
= sec .x=
1 1 1cossec( 2 )
sen( 2 ) sen cos(2 ) sen(2 )cos sen 1 0 cosx
x x x x xπ
π π π+ = = =
+ + ⋅ + ⋅
1 cossec .sen
xx
= =
Exercício 56: Verifique se as funções tangente, cotangente, secante e cossecante são pares ou ímpares. Solução: As funções tangente e cotangente são ímpares, pois são quocientes de funções onde uma é par e outra é ímpar.
A função secante é par por ser quociente de funções pares, e a função cossecante é ímpar por ser quociente de uma função par com uma função ímpar.
Exercício 57: Mostre que tg tgtg( )1 tg tg
a ba ba b±
± =∓
e cotg cotg 1cotg( )cotg cotg
a ba bb a
± =±
∓ .
Solução: sen( ) sen cos sen costg( )cos( ) cos cos sen sen
a b a b b aa ba b a b a b± ±
± = =± ∓
sen cos sen costg tgcos cos cos cos
cos cos sen sen 1 tg tgcos cos cos cos
a b b aa ba b a b
a b a b a ba b a b
± ±= =
∓∓.
cos( ) cos cos sen sencotg( )sen( ) sen cos sen cos
a b a b a ba ba b a b b a±
± = =± ±
∓
cos cos sen sencotg cotg 1sen sen sen sen
sen cos sen cos cotg cotgsen sen sen sen
a b a ba ba b a b
a b b a b aa b a b
= =±±
∓ ∓ .
Exercício 58: Utilizando os resultados anteriores, complete a tabela, quando possível:
t 0 6π
4π
3π
2π 2
3π 3
4π π
tg t cotg t sec t cossec t Solução: a) 0t =
sen 0 0tg 0 0cos0 1
= = = e cotg 0 não existe.
1 1sec0 1cos0 1
= = = e cossec0 não existe.
b) 6
t π=
1sen 1 36 2tg6 33 3cos
6 2
ππ
π= = = = e 1 1 3cotg 36 3 3tg
6 3
ππ= = = = .
1 1 2 2 3sec
6 33 3cos6 2
ππ= = = = e 1 1cossec 216 sen
6 2
ππ= = = .
c) 4
t π=
2sen4 2tg 1
4 2cos4 2
ππ
π= = = e 1 1cotg 14 1tg
4
ππ= = = .
1 1 2sec 24 2 2cos
4 2
ππ= = = = e 1 1 2cossec 2
4 2 2sen4 2
ππ= = = = .
d) 3
t π=
3sen3 2tg 313 cos3 2
ππ
π= = = e 1 1 3cotg3 33tg
3
ππ= = = .
1 1sec 213 cos3 2
ππ= = = e 1 1 2 2 3cossec
3 33 3sen3 2
ππ= = = = .
e) 2
t π=
πtg
2 não existe e
ππ= = =
π
cos 02cotg 02 1sen
2
.
πsec
2 não existe e π
= = = =π π
1 1 1cossec 1
2 1sen sen2 2
.
f) π=
2t
3
ππ= = = −
π−
2 3sen2 3 2tg 3
2 13 cos3 2
e π= = = −
π −2 1 1 3
cotg23 33tg3
.
π= = = = −
π π−
2 1 1 1sec 2
2 2 13 cos cos3 3 2
e π= = = =
π2 1 1 2 2 3
cossec23 33 3sen3 2
.
g) π=
3t
4
ππ= = = −
π−
3 2sen3 4 2tg 1
34 2cos4 2
e π= = = −
π −3 1 1
cotg 134 1tg4
.
π= = = − = −
π−
3 1 1 2sec 2
34 2 2cos4 2
e π= = = =
π3 1 1 2
cossec 234 2 2sen4 2
.
h) = πt
ππ = = =
πsen 0
tg 0cos 1
e πcotg não existe.
π = = = −π −
1 1sec 1
cos 1 e πcossec não existe.
Completando agora a tabela, obtemos:
t 0 6π
4π
3π
2π 2
3π 3
4π π
tg t 0 33
1 3 ∃/ 3− −1 0
cotg t ∃/ 3 1 33
0 33
− −1 ∃/
sec t 1 2 33
2 2 ∃/ −2 − 2 −1
cossec t ∃/ 2 2 2 3
3 1 2 3
3 2 ∃/
Exercício 59: Calcule, se possível:
a) 1arcsen2
; b) arccos1 ; c) 3arcsen2
− ; d) arccos 3 .
Solução:
a) π= ⇔ = ⇔ =
1 1arcsen x sen x x
2 2 6.
b) = ⇔ = ⇔ =arccos1 x cos x 1 x 0 .
c) π− = ⇔ = − ⇔ = −
3 3arcsen x sen x x
2 2 3.
d) = ⇔ =arccos 3 x cos x 3 . Neste caso não existe x tal que >cos x 1 . Exercício 60: Defina:
a) arco tangente de x; b) arco cotangente de x; c) arco secante de x; d) arco cossecante de x.
Solução:
a) Seja T a restrição da função tangente ao intervalo π π −
,2 2
, sua inversa −1T é chamada de arco
tangente é denotada por arctg ou −1tg . Dessa forma, temos que = ∈ ⇔ =y arctg x,x x tg y , para π π ∈ −
y ,
2 2.
b) Seja Cot g a restrição da função cotangente ao intervalo ( )0, π , sua inversa −1Cot g é chamada de
arco cotangente é denotada por arc cotg ou −1cotg . Dessa forma, temos que = ∈ ⇔ =y arc cotg x, x x cotg y para ( )∈ πy 0, .
c) Seja Sec a restrição da função secante ao intervalo π π ∪ π 0, ,
2 2, sua inversa −1Sec é chamada
de arco secante é denotada por arcsec ou −1sec . Dessa forma, temos que
= ∈ −∞ − ∪ +∞ ⇔ =y arcsec x, x ( , 1] [1, ) x sec y para 0, ,2 2π π π ∈ ∪
y .
d) Seja Cossec a restrição da função cossecante ao intervalo − ∪ , 0 0,
2 2π π , sua inversa
1Cossec− é chamada de arco cossecante é denotada por arccossec ou 1cossec− . Dessa forma, temos
que y arccossec x, x ( , 1] [1, ) x cossec y= ∈ −∞ − ∪ +∞ ⇔ = , para ∈ − ∪ , 0 0,
2 2y π π .
Exercício 61: Mostre que arccos x arcsen x2π
= − . Sugestão: utilize a identidade cost sen( t)2π
= − .
Solução:
Temos arccos x y cos y x= ⇔ = . Como cos y sen y2π = −
temos sen y x
2π − =
, ou seja,
arcsen x y2π
= − . Portanto arccos x y arcsen x2π
= = − .
Exercício 62: Esboce o gráfico de cada função dada a seguir: Solução:
y
x
y
x
a) xf (x) 2= . b) xf (x) 4−=
y
x
y
x
c) xf (x) 5=
d) x1
f (x)3
=
Exercício 63: Por que é praticamente impossível dobrar ao meio uma folha de papel mais do que 9 vezes? Solução: A cada dobra teremos o dobro do número de folhas. (Por isso é que se chama dobra!) Começando por uma folha: Na primeira dobra teremos a espessura de 2 folhas. Na segunda dobra teremos a espessura de 24 2= folhas. Na terceira dobre teremos a espessura de 38 2= folhas. ... Na nona dobra teremos a espessura de 9512 2= folhas. Alguém consegue dobrar um livro de 512 páginas? Exercício 64: Trace um esboço dos gráficos das funções definidas a seguir: Solução:
y
x
y
x
a) 2f (x) log x= b) 3f (x) log (x 1)= −
y
x
y
x
c) 12
f (x) log x= d) 5f (x) log (x 4)= +
Exercício 65: Mostre que se os números positivos 1 2 3 na ,a ,a ,...,a são termos de uma progressão geométrica, então b 1 b 2 b 3 b nlog a , log a ,log a ,..., log a formam uma progressão aritmética. Solução: Se 1 2 3 na ,a ,a ,...,a são termos de uma progressão geométrica de razão q então:
2 1 b 2 b 1 b 1 ba a q log a log a q log a log q= ⇒ = = + .
3 2 b 3 b 2 b 2 ba a q log a log a q log a log q= ⇒ = = + . ...
n n 1 b n b n 1 b n 1a a q log a log a q log a log q− − −= ⇒ = = + . Portanto, b 1 b 2 b 3 b nlog a , log a ,log a ,..., log a é uma progressão aritmética de razão blog q .