respiração e aerodinâmica

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12/9/2013 1 Fonética A Respiração Comunicação vocal Locutor Ouvinte Onda sonora Produção da fala Percepção da fala Produção: pensamento processos neurológicos movimentos musculares onda sonora Percepção: onda sonora sistema auditivo humano sinais neurológicos pensamento

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Fonética

A Respiração

Comunicação vocal

Locutor Ouvinte

Onda sonora

Produçãoda fala

Percepçãoda fala

Produção: pensamento → processos neurológicos →movimentos musculares → onda sonora

Percepção: onda sonora → sistema auditivo humano →sinais neurológicos → pensamento

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Cadeia da fala

Levelt (1989) “Produção da fala”CONCEITUADOR

geração

mensagem

monitoramento

codificação

gramatical

codificação

fonológica

mensagem pré-verbal

FORMULADOR

LÉXICO

LEMAS

plano fonético

fala interna)

ARTICULADOR AUDIÇÃO

fala processada

estilo discursivo,conhecimento situação

enciclopédiaetc.

SINAL SONORO

FALA

SISTEMA

COMPREENSÃO

FALA

estrutura

superfície

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Fonética

� Descreve o material sonoro produzido na

comunicação linguística.

� Propõe teorias e modelos.

� Estuda o mecanismo de produção e percepção

da fala.

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Fonética Articulatória

�Estuda o mecanismo de produção.

�Estuda o material sonoro da comunicação linguística.

�Propõe teorias e modelos.

Fonética Acústica

Estuda as propriedades físicas do material sonoro da fala como movimento vibratório, isto é, frequência, intensidade, duração.

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Fonética Perceptiva

Estuda a identificação, discriminação, processamento e integração do material sonoro da fala pelo ouvinte.

PL: “Intriga-me ainda a relação entre fonética e fonologia,

entre as unidades de ambas. Isso continua pra mim um

problema que ninguém está mesmo perto de resolver.

Como relacionar uma transcrição fonética sistemática com

sons reais? Se aceitamos a ideia de que os sons da

linguagem (ou as palavras de uma língua) estão representados

na mente dos locutores, há três diferentes coisas que

precisam estar relacionadas: os objetos físicos reais (...), as

representações abstratas na mente do locutor e as unidades

da descrição linguística.

VF: “Que questões está tratando neste momento em sua pesquisa?”

Entrevista de Peter Ladefoged a Victoria Fromkin (1985)

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Fonética vs Fonologia (Clark e Yallop, 1995)

Descrição de como os sons da fala são produzidos e percebidos - Fonética

Organização dos sons da fala numa língua específica –Fonologia (face mental)

Propriedades universais dos sons da fala, através demétodos científicos – Fonética (face concreta)

Fonética vs Ciências da Fala� O que as pessoas fazem quando produzem sons da fala?

� Que unidades estão armazenadas na mente e como estão

armazenadas?

� Como o indivíduo transforma informações sonoras dispo-

níveis na mente em frases na comunicação linguística?

� Qual o papel do sistema de percepção na aquisição e

controle da produção dos sons da fala?

� Como o indivíduo, a partir do estímulo sonoro, reconhece

e integra informação linguística?

� Como se converte um texto em fala?

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• estabelecer a natureza das unidades de análise (fonema, sílaba,palavra, etc…)

• identificar o inventário dos fonemas (= restrição paradigmática)

• identificar as combinações possíveis (= restrições paradigmáticas(ou fonotáticas)

• variação fonética sistemática entre morfemas relacionados (“morfofonologia”)

• variação contextual dos fonemas

FONOLOGIA

Fisiologia da Fala

Fonética Articulatória

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Mecanismo articulatório

Mecanismo fonatório

Mecanismo aerodinâ-mico pulmonar

Pulmões

Diafragma

Vísceras

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Alvéolo: Troca gasosa

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Estrutura dos pulmões

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Fisiologia da respiração

• Respiração– Troca de gases entre o organismo vivo e o

ambiente.

• Ventilação

- Processo mecânico da movimentação de ar que entra e saidos pulmões.

Cavidade nasal

Narinas

Cavidade oral

Laringe

Brônquios primários

Pulmão direito

Faringe

Traquéia

Carina

Brônquios primários

Pulmão esquerdo

Diafragma

http://zemlin.shs.uiuc.edu/resp/text.htm

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Costelas• 12 pares de costelas

– Costelas verdadeiras –costelas 1-7 ; presas diretamente ao esterno através da sua porção cartilaginosa.

– Falsas costelas – costelas 8-10; presas às cartilagens costais das costelas superiores.

– Costelas flutuantes – costelas 11-12; presas às vérbebras, mas não se prendem ao esterno nem às costelas.

Coluna vertebral

• Cervical– 5 pares (+Atlas e Axis)

• Torácia– 12 pares

• Lombar5 pares

• Sacral• Cóccix

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Caixa Torácica: 7 + 3 + 2 = 12 costelas

Esterno

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Vias aéreas inferiores

Brônquios primáriosOsso hióidePulmão direitoBrônquios secundáriosLigamento traquealTraquéiaLaringeEsôfagoPulmão esquerdoAnel da traquéia

A

B

C

D

E

F

G

H

I

J

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Pleura visceral

Pleuraparietal Cavidade

pleural Recesso costomediastinal

Raizdos pulmões

Pleura domediastino

Pulmãodireito

Pulmão esquerdo

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• Diafragma– Principal músculo

da inspiração:– Em forma de cúpula.– Divide tórax e

abdômen.– Abaixa-se (1-2 cm,

máx. 10 cm) aumen-tando o volume do tórax.

http://zemlin.shs.uiuc.edu/resp/text.htm

• Diafragma– Pressão diminui nos

pulmões.– Ar entra nos

pulmões.– Aumenta pressão no

abdômen.– Paredes do

abdômen se expandem.

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Músculos IntercostaisHá dois conjuntos de músculos intercostais:

os intercostais externos encontram-se entre as costelas, com fibras que se originam na costela superior e inserem na borda superior da costela inferior.Ao contrair-se levanta as constelas na inspiração

Músculos IntercostaisHá dois conjuntos de músculos intercostais:

os intercostais internos formam ângulo reto com os intercostais externos, cujas fibras se dirigem para o esterno. Ao contrair-se deprime a cavidade torácica na expiração forçada.

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Músculos expiratórios (acessórios)

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Músculos inspiratórios (acessórios)

Gravidade puxa o tórax para baixo.(força de relaxamento)

Volume diminui, aumenta pressão, resultando na saída do ar.Elasticidade.Torque.Nenhuma ação muscular necessária

Expiração passiva

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Expiração ativa

Requer ação muscular. Músculos torácicos e abdominais.Diminui volume e aumenta a pressão na caixa torácica.Aumenta pressão subglótica.

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Ladefoged, 1967

capacidade total: 5 a 7 l

volume corrente: 0,5 l

capacidade vital: 5 l volume de reserva inspiratório: 2,5 l

volume de reserva expiratório: 2 l

volume residual: 1,5 l

Fala: modificação do ciclo respiratório

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AERODINÂMICA DA FALA

Introdução aos Estudos Linguísticos IProfessor César Reis

Aerodinâmica da fala: estuda como a pressão

do ar, o volume de ar nas cavidades e a

velocidade de ar são controlados na fala.

Aerodinâmica da Fala

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O movimento do ar através do mecanismo de produção da fala é submetido a forçasfísicas e controlado por eventos neurais e químicos.

Mudanças no tamanho e na forma das cavidades supraglóticas afetam o escoamento do ar.

A corrente de ar passa de uma região de alta pressão para uma região de baixa pressão. Portanto, na fala, a pressão subglótica deve ser maior do que a pressão atmosférica.

Aerodinâmica da Fala

Parâmetros aerodinâmicos

Pressão subglótica [Psg]

Pressão intraoral [Pio]

Vazão de ar bucal [Vab]

Vazão de ar nasal [Van]

Aerodinâmica da Fala

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Parte do estudo fonético, na interface entre a fisiologiada fala e a acústica da fala, que trata dos efeitos dos movimentos fonoarticulatórios sobre a coluna de ar originada nos pulmões.

Parâmetros aerodinâmicos:

�Pressão

�Volume

�Vazão

Aerodinâmica da Fala

Unidade: cm H2O (centímetro de água).

P x 2 → Volume diminui 2 vezes;P x 4 → Volume aumenta 4 vezes;P/2 → Volume dobra, etc.

Pressão atmosférica (Pa). No nível do mar, a 0° = 1030 cm H2O.

Pressão

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V1<V0

P1>P0

V2>V0

P2<P0

Muda o

volume

Muda a

pressão

v0

v1

Lei de BoyleLei de BoyleLei de BoyleLei de Boyle---- MariotteMariotteMariotteMariotte

v2

Pressão subglótica - Psg ∼ 5 a 30 H2O

Pressão intraoral - Pio ∼ 3 a 15 cm H2O.

Psg e Pio

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[p] [p] [b] [b]

Psg e Pio

Vazão volumétrica de ar

U = A . (P1 – P2)a . C

U = velocidade do volume em cm³/sA = seção do canal.

P1 = pressãoP2 = pressão

c = constante

a varia de 0.5 à 1 segundo a natureza do fluxo.1 →→→→ laminar

0.5 →→→→ turbulento

(Quantidade de ar por unidade de tempo)

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Espaço tridimensional ocupado por qualquer sólido, líquido ou gás. – cm3

Volume absoluto do trato vocal: 6.500 cm3

Fala normal: 3000 cm3

[p] e [b] – 120 a 160 cm3[t] e [d] – 70 a 100 cm3[k] e [g] – 30 a 50 cm3

Volume

Tipos de Escoamento

• Escoamento laminar

• Escoamento

turbulento

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Escoamento Laminar

• Linhas de fluxo paralelas;

• Sem misturas ou flutuações súbitas de velocidade.

Escoamento TurbulentoCombinação de alta velocidade + pequena constrição

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Escoamento Turbulento

• Sem padrão de direção nas linhas de fluxo;

• As camadas se misturam e há constantesmudanças de direção na velocidade.

• Formação de esteiras e turbilhões;

Escoamento Turbulento

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Mecanismos aerodinâmicos não pulmonares

Mecanismos aerodinâmicos na fala

Iniciador

pulmões: mecanismo aerodinâmico pulmonar

laringe: mecanismo aerodinâmico glotal egressivo

laringe: mecanismo aerodinâmico glotal ingressivo

véu palatino: mecanismo aerodinâmico vélico

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Mecanismos aerodinâmicos na fala

pulmões: mecanismo aerodinâmico pulmonar (ingressivo)

mapi: Punguu Tsou (Taiwan) “atrás” “sangue”[�f>�uhu] [�h>uju]

Mecanismo aerodinâmico vélico

CLIQUES

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Mecanismos aerodinâmicos na fala

pulmões: mecanismo aerodinâmico vélico

mav: Nama “chamando”

!Xóõ “sonho”

cliques

[kais]

[k�oo�]

Mecanismo aerodinâmico glotal egressivo

EJETIVOS

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Mecanismos aerodinâmicos na fala

pulmões: mecanismo aerodinâmico glotal egressivo

mage: Zulu “nervosia”

“nas proximidades”

K´elchi “lançar”

consoantes ejetivas

[�t’w��t’w�]

[k’ak’a]

[t’oqok]

Mecanismo aerodinâmico glotal ingressivo

IMPLOSIVOS

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Mecanismos aerodinâmicos na fala

[�a�k’�t�]

magi: Zulu “ser capaz”

Tojolabal “carne”

consoantes implosivas

[�o�]