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Ética, Ciência e

Tecnologia. Projetos de Iniciação Científica para alunos de uma escola secundária: Discussões sobre Questões Sociais, Éticas e Ambientais em Atividades Mineradoras no Brasil.

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Autores:Ronan DaréTocafundo - Professor do Instituto Federal Minas Gerais – IFMG. Congonhas, MG, [email protected]

Maclovia Corrêa da Silva – Professora do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – PPGTE/UTFPR. Curitiba, PR, Brasil. [email protected]

Gustavo Pereira Pessoa - Professor do Instituto Federal Minas Gerais – IFMG. Congonhas, MG, [email protected]

1. Educação CTS, no ensino de Ciência e Tecnologia, para estudantes de escola secundária. Por quê?

A abordagem CTS possibilita construir espaços criativos para que o ensino de ciência, e, em particular o ensino de Física,não seja tratado apenas do ponto de vista conceitual, sustentado por uma linguagem matemática, sem contextualização. Tal abordagem, utilizada no ensino secundário, permite o desenvolvimento de habilidadesnecessárias para que os jovens estudantes enxerguem a ciência e a tecnologia como atores sociais e não simplesmente as vejam pelo olhar do reducionismo positivista. No entanto, essa abordagem requer a adoção de um novo paradigma que não é trivial, pois envolve a criação de condições para que os estudantes compreendam os avanços científicos e tecnológicos nas suas formas mais complexas, nas suas controvérsias e nas suas implicações humano-sociais e ambientais.

Carvalho & Silva (2009, p. 136) defendem que projetos de educação científica na perspectiva CTS contribuem para promover o exercício da cidadania, “nesse sentido, essa proposta centra-se no desenvolvimento de atividades com ênfase na tomada de decisões, sobretudo aquelas relacionadas com aspectos sociais que tem como parâmetro a ciência e a tecnologia”.

A educação CTS também contribui para reflexões e questionamentos sobre o cientismo que traz em seu cerne relações de dominação e poder. Para Santos &Mortimer (2002, p.1)a vida moderna é notadamente influenciada pela ciência e tecnologia. “Tal influência é tão grande que podemos falar em uma autonomização da razão científica em todas as esferas do comportamento humano”.Ainda segundo esses autores, o poder da ciência, a crença inquestionável nasverdades científicas e na tecnologia, levou a sociedade moderna a confiar nessas duasentidades (ciência e tecnologia) como se fossem divindades.Em suma, pode-se dizer que a educação CTS propõe o desenvolvimento de valores vinculados aos interesses coletivos, como solidariedade, responsabilidade social, ética, respeito ao próximo, generosidade, fraternidade. Valores que se opõem a um tipo de ordem capitalista no qual questões econômicas, financeiras e mercantis se sobrepõem às questões sociais.

2. Ética, Ciência, Tecnologia e Sociedade (ECTS):um projeto em educação CTS

O projeto Ética, Ciência, Tecnologia e Sociedade (ECTS)foi realizado em uma escola secundária, de ensino básico, técnico e tecnológico, da rede pública federal brasileira, situada numa região de forte atividade mineradora, próxima à capital do estado de Minas Gerais. O ECTScaracteriza-se pela possibilidade de oferecer aos estudantes uma formação de aluno-pesquisador em um contexto CTS.Em sala de

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aula, professores e alunos desenvolveram idéias sobre uso e apropriação de conceitos, posturas éticas, ciência, tecnologia e sociedade, que devem fazer parte da formação do cidadão reflexivo e crítico.

O ECTS pode ser entendido como um projeto multidisciplinar, um “guarda-chuva” que abriga vários subprojetos realizados por alunosde três turmas dos cursos técnicos de Mineração, Mecânica e Edificações.Seu objetivo geralfoi de contribuir para a iniciação científica desses jovens,com idade entre 16 e 17 anos, em atividades de pesquisa e extensão, as quais, normalmente, acontecem somente quando os discentes cursam o ensino superior.

Como objetivos específicos podemos destacar aqueles que mais se aproximam do fazer científico. Primeiro: criar situações didático-pedagógicas para os alunos elaborarem e executarem pequenos projetos de natureza cientifica a partir da construção de um problema de pesquisa. Segundo: desenvolver a parte teórica básica que permita aos alunos ter uma iniciação em Educação CTS. Terceiro: contribuir paraos alunos apropriarem saberes de construir um projeto de pesquisa, elaborar questões, aplicar técnicas de pesquisa, executar pesquisa de campo, escrever textos científicos e relatórios. Quarto: Articular teoria e prática em contextos CTS que contribuam para a formação citadina dos alunos.

O ECTS utilizou como aporte metodológico o Método de Projetos para o desenvolvimento dos subprojetos.As discussões a respeito de ética, ciência, tecnologia e sociedade foram fundamentadas no Agir Comunicativo e no Princípio Éticode Habermas (2003).

a) O que é Iniciação Científica? Qual o seu papel no ensino secundário?

Iniciação Científica é um termo comumente usado no ensino superior que representa os primeiros contatos dos estudantes com a pesquisa. Por meio de projetos de iniciação cientifica os alunos encontram formas de organização do pensamento lógico, realizam atividades de relevância educacional, adquirem autonomia intelectual para desenvolver pesquisas e despertam a vocação cientifica.Na Iniciação Científica, docentes e discentes elaboram projetos, fazem coleta de dados, revisões bibliográficas erealizam experiências que podem ocorrer em diversas áreas do conhecimento.Programas de Iniciação Científica visam aincentivar e divulgar a produção cientifica; contribuir para desenvolver habilidades cognitivas dos alunos e estimular o pensamento e a criatividade por meio da elaboração e resolução de problemas.

Embora pesquisas de Iniciação Científica sejam mais comuns no ensino superior,acreditamos que a inclusão dessas práxis desde o ensino secundário tem importante papel de desenvolver competências que permitam a formação de pesquisadores mais maduros no futuro. Na elaboração do ECTS partimosda hipótese que: quanto mais cedo os estudantes tiverem a oportunidade de realizar projetos de iniciação científica melhor será a suaautonomia intelectual,senso crítico e maturidade para se tornarem bons pesquisadores.

b) O Método de Projetos (MP)

Criado pelo teórico americano Kilpatrick, oMétodo de Projetosinstruídos por diretrizes pedagógicas, propicia aos alunos a oportunidade de construir seus conhecimentos a partir da elaboração e aplicação de projetos.Santomé (1998).

O MP permite aos alunos e professores criarem significados por meio de experiências socioeducativas. São meios para ampliar a compreensão e a fixação de conteúdos escolares. Nesse contexto, Barbosa atal(2004, p. 190) afirma que o MP

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favorece “um ambiente de ensino marcado pela análise, investigação, elaboração de estratégias, criatividade e resolução de problemas”.

c) OPrincípio Ético e o Agir Comunicativo

Em Habermas (2003) a norma moral deve compreender um domínio de validez universal; ou seja, ela deve ser reconhecida e construída por todos os sujeitos que interagem, que convivem em uma comunidade e formam a sociedade. Na concepção do autor, o ser ético representa a superação do coletivo sobre o individualismo porque prioriza o reconhecimento recíproco e a construção participativa entre sujeitos comunicativos em situações dialógicas ideais.

Para Habermas (2003), os desenvolvimentos científicos e tecnológicos não são os responsáveis pelos problemas da sociedade moderna. Tais problemas surgem em situações nas quais as decisões que habitam a esfera socialsão tomadas unilateralmente e deixam de lado discussões sobre questões vitais,como éticas e morais, em torno das quais a sociedade norteia os projetos humanos sociais.

Noagir comunicativo de Habermas (2003), prevalece o sentido do que é justo socialmente. Quando um sujeito ao realizar uma ação se pergunta sobre o que é justo, ou reflete sobre o resultado social dessa ação, ele age segundo um novo princípio: o Princípio Ético.

d) Meio Ambiente e Qualidade de Vida

“Atualmente quase todas as sociedades estão enfermas. Produzem má qualidade de vida para todos, seres humanos e demais seres da natureza” (BOFF, 2010, p. 7). Para PELICIONI (1998) aqualidade de vida, se entendida como percepção do indivíduo sobre o nível de satisfação de suas necessidades, implica em oportunidades para se atingir a felicidade e a plenitude dostatus físico de saúde ou das condições sociais e econômicas.Mas, para isto, é preciso que haja participação coletiva da sociedade no cultivo de valores, nos investimentos em educação, em mecanismos participativos e representativos, em direitos humanos e na redução de violências, mesmo que simbólicas.

e) Metodologia do ECTS

Partimos dosestudossobre o que é iniciação científica como start uppara o ECTS.Em seguida fizemos revisão bibliográfica sobre o MP, com aulas expositivas, leitura e discussão de textos pelos estudantes.Por último, discutimos com os alunos, a partir de novas leituras,a respeito de questões éticas, sociais, controversiais e ambientais. Tais discussões e leituras formaram o arcabouço teórico que fundamentou a análise dos resultados das pesquisas de cada subprojeto realizado pelos alunos.

Em sala de aula, foram idealizadas situações que visavam a explorar pequenos estudos de caso a sereminvestigados com a aplicação de MP.Elaboração de hipótese, criação de projeto, coleta e análise de dados, teste de hipótese, discussão de resultados, conclusões, apresentação de resultados, escrita de artigos e relatórios. Os alunos foram divididos em grupos e criaram-se momentos nos quais houve diversosbrainstorming, como:

i) Em prol da ciência e da tecnologia tudo pode? – É ético sacrificar animais? ii) O homem está brincando de Deus? (Criam-se alimentos transgênicos,

clonam-se animais, ética e biotecnologia)iii) A tecnologia cria uma sociedade de consumo? De consumismo? iv) Invasão de privacidade por meios tecnológicos.

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Esses são alguns exemplos de questões levantadas pelos alunos nas discussões em sala de aula.

Após esses momentos cada grupo propôs uma questão a ser pesquisada que contemplassetemas como Ética, Ciência, Tecnologia e Sociedade. A partir das questões propostas, cada grupo escreveu e desenvolveu seu projeto de pesquisa. A esses projetos daremos o nome de subprojetos do ECTS.

Selecionamos para apresentar nesse artigo dois subprojetos que tratam do tema Mineração, Meio Ambiente e Sociedade. A escolha desses dois subprojetos se justifica pela importância econômica, social e ambiental das atividades mineradoras nesta região.

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3. Os subprojetos Mineração, Meio Ambiente e Sociedade (MMAS)

OsMMAS investigaram consequências de atividades de empresas mineradoras na qualidade de vida dos moradores de duas comunidades,doravante denominadas C1 e C2, na região onde se situa a escola na qual os alunos estudam.

As hipóteses dos MMAS foram que as comunidades possuem forte dependência socioeconômica dessas atividades; que tais atividades interferem no cotidiano dos habitantes; resultam em impactos no ar, no solo, na água e naqualidade de vida.

a) O primeiro subprojeto MMAS1

Esse subprojeto foi realizado por um grupo de alunos do curso técnico de mineração comaplicação de 70 questionários semiestruturados para famílias da Comunidade 1 (C1). O questionário era composto por 25 questões que levantaram informações sobre saúde pública, satisfação da população com a empresa mineradora,situação socioeconômica das famílias,princípio ético,questões ambientais, cumprimento de Leis ambientais e situações dialógicas entre a empresa e a Comunidade.

Esse levantamento teve por objetivos verificar as consequências das atividades mineradoras na C1 e criar indicadores para analisar situações que pudessem ser compreendidas como benefícios e malefícios dessas atividades na vida das pessoas dessa comunidade.

Após a aplicação dos questionários os alunos tabularam os dados e geraram gráficos que permitiram analisar as informações e estabelecer parâmetros que indicassem situações de benefícios e malefícios das atividades mineradoras.Algumas dessas constatações, obtidas da análise desses parâmetros,serão apresentadas mais adiante, por terem sido observadas comumente nas duas comunidades.

A maior parte dos moradores desconhece a existência de normas regulamentadoras das atividades mineradoras, como Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRADs) e as Normas Reguladoras de Mineração (NRM).Com efeito, eles não exercem o direito de cidadão de cobrar o cumprimento deresponsabilidades cíveispor parte das mineradoras.

Como conclusão final, os alunos inferiram que os moradores de C1 apresentaram estado de alienação em relação aos impactosdas atividades da mineradora, em parte devidoà postura de aceitação de determinadas situações impostas pela empresa e também pela inexistência de situaçõesdialógicas entre as partes.Dessa forma, concluíram que o Princípio Ético não é verificado nas ações da empresa.

b) O segundo subprojeto MMAS2

O segundo subprojeto foi realizado por um grupo de alunos do curso técnico de mecânica. Esse subprojeto teve por objetivoinvestigar o impacto socioambiental que ocorrena Comunidade 2 (C2) devido a um processo de desapropriação. Foi realizada a aplicação de questionários semiestruturados em 25 famílias que restaram na região, onde moravam 90 famílias. O questionário era composto de 14 questõesque levantaram informações sobre saúde pública,insatisfação da população com a desapropriação,situação socioeconômica das famílias eprincípio ético no processo de desapropriação. Os alunos tambémrealizaram duas visitas in loco e entrevistaram três moradores que possuem representatividade na região. A escolha desses representantes ocorreu por serem os que moram há mais tempo na comunidade e resistem em deixá-la. Além dos moradores, os alunos entrevistaram um representante

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da prefeitura para confrontar as informações obtidas entre moradores e setor público. Não foi possível entrevistar a empresa mineradora. As entrevistas foram gravadas, transcritas e analisadas à luz do princípio ético e do agir comunicativo.

O problema social inicia-se com a expansão de uma empresa mineradora, pois no local escolhido há uma comunidade estabelecida há mais de 50 anos. A escolha do local foi por questões técnicas e tecnológicas sem considerar o lado humano-social.

Iniciou-se,há seis anos, umanegociação direta entre empresa e moradoresvisandoàs desapropriações. Porém, o que se observa é a força do poder econômicosobrepujando os moradores. A mineradora ofereceu apenas duas opções aos moradores. A primeirafoi a compra dacasa por um valor que não possibilita ao morador comprar outroimóvel, nas mesmas condições, em outro local.A segunda opção foia transferência desse morador para outro imóvel em um bairro construído para essa finalidade. Porém, de acordo com as entrevistas, o novo bairro é distante, sem recursos e com pouca infraestrutura.A mineradora iniciou a desapropriação negociando melhores valores financeiros com setores estratégicos da comunidade como lideranças e setores econômicos. Acredita-se que a intensão era de desestabilizar a população.

Em seguida, a empresa comprou e desativoulocaisdestinados a obras sociais, como centros socioculturais e locais públicos de diversão, fato que deixou os moradores que restaram em situação de vulnerabilidade. Somam-se a esses fatos a poluição e degradação ambiental que deixa o local quase inóspito.Com efeito, os moradores da comunidade se veem obrigados a aceitar as condições impostas pela empresa edeixar o local onde moraram por muitos anos.Como consequência, eles foram privados dos seus valores sentimentais, fato que traz consigo uma violência simbólica.

c) Conclusões comuns aos dois subprojetos

Da análise dos resultados os alunos constataram que em ambas as comunidades:

i) Os moradores possuem forte identificação com a região, devido ao longo tempo de moradia das famílias no local;80% residem há mais de 15 anos.Há casos de moradores com 50 anos de residência no local.

ii) A população apresenta baixa escolaridade;56% possuem apenas ensino fundamental incompleto.

iii) Os moradores dependem economicamente das mineradoras;em 56% das famílias há pelo menos um membro empregado diretamente na empresa de mineração.

iv) Há dificuldades de estabelecer ações comunicativas entre as partes,na definição de prioridades da empresa,que leve em consideração a melhoria da qualidade de vida.

v) Há indícios de que a atividade mineradora tem causado problemas de saúde nascomunidades, visto que, espontaneamente, a maioria dos problemas de saúde apontados pelos entrevistados foi de natureza respiratória e, segundo eles, a poeira advinda das atividades mineradoras é o fator que mais os incomoda.

Também foi possível concluir que a mineração na região é permeada por controvérsias. As mineradoras trazem desenvolvimento econômico, geração de empregos e investimentos sociais para a região, como a construção de uma escola profissionalizante de propriedade da empresa.Entretanto, o desenvolvimento econômico ocorre à custa de impactos socioambientais, a geração de empregos levou a um monopólio que facilita a dominação e o poder. Os

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investimentos sociais ocorrem à custa de incentivos fiscais, o que permite questionar as reais intenções das empresas. E por fim, a escola construída pela empresa é uma instituição privada acessível somente à camada economicamente privilegiada, ficando à margem grande parte da população local.

4. Considerações finais

ECTSfoi concebido inicialmente com a hipótese que os alunos podem estudar conteúdos dos currículos escolares e não escolares a partir de práticas de pesquisa e extensão. No nosso caso, as reflexões éticas sobre as implicações da ciência e da tecnologia na sociedade (CTS) não fazem parte do currículo escolar. Porém, acreditamos que ao realizar o projeto ECTS, propiciamos a esses alunos a oportunidade de refletir a respeito de questões sociaisque estão presentes no seu cotidiano. Criamos contextos para os alunos se posicionarem diante da influência da tecnologia na sociedade da qual eles fazem parte e são agentes construtores. Foi possível trabalhar conceitos fundamentais para a formação ética, técnica e tecnológica dos alunos que estão vivendo momentos importantes para (re)definir suas posturas profissionais e citadinas. O ECTS trouxe ao âmbito do IFMG reflexões, à luz do Principio Ético,sobre as implicações dos avanços tecnológicos no desenvolvimento social. O projeto permitiu aos alunos amadureceremem relação aos seus papéis na sociedade, dos quais se destacam as responsabilidades socioambientais; o agir comunicativamente e o reconhecimento dos seus deveres de cidadão na construção de uma sociedade justa e igualitária.O ECTS revelou que a alternativa de trabalhar com projetos de iniciação científica no ensino secundário incentiva a formação de jovens pesquisadores, estimula a “curiosidade” para aprender, desenvolve a autonomia dos alunos e confirma nossa hipótese inicial.

Os subprojetos MMAS permitiram aos discentes momentos de reflexão sobre a influência da mineradora na região, que ocorreram em ações comunicativas como conversas informais entre os jovens pesquisadores e seus familiares, entre eles e seus amigos e na experiência de vivenciar de perto os problemas sociais de uma comunidade durante as visitas in loco e na realização das entrevistas. Além disso, não se perceberam ações comunicativas entre as empresas mineradoras e a comunidade, devido à ausência de diálogo entre as partes, principalmente no que tange as empresas.

Nossa conclusão final é que projetos de iniciação científica aplicados em escolas secundárias, em especial na educação profissional, técnica e tecnológica, se revelaram importantes estratégias para a construção de conhecimentos; formação de competências e de valores; desenvolvimento de habilidades como autoconfiança; prática da convivência; do espírito colaborativo e investigativo;da resolução de problemas e do aprender a aprender,que tornam a escola um ambiente privilegiado de aprendizagem e formação do cidadão.

Referências

BARBOSA, E.F et al. (2004). O método de projetos na educação profissional. Ampliando as possibilidades na formação de competências. Belo Horizonte, Educação em Revista, n. 40, 187-212.

BOFF, Leonardo. Saber cuidar: ética do humano. Disponível em: <http://cursa.ihmc.us/rid=1GMSLFWNB-5RXV9C-GSQ/Saber%20Cuidar%20-%20Etica%20do%20Humano.pdf>. Acesso em 6 jul. 2012.

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CARVALHO, M. L., & SILVA, L. F. (2009). Professores de Física e a Formação inicial: O ensino de Física, a abordagem CTS e os temas controversos. Investigação em ensino de ciências, v(14), 197-216.

GONÇALVES, M. A. S. (1999) Teoria de ação comunicativa de Habermas: possibilidades de uma ação educativa de cunho interdisciplinar na escola. Campinas, Educação e Sociedade.

HABERMAS Jürgen. (2003) Consciência Moral e Agir Comunicativo. Tradução de Guido A. Almeida. Rio de Janeiro, Tempo Brasileiro.

PELICIONI, Maria Cecília Focesi. (1998) Educação ambiental, qualidade de vida esustentabilidade. Saudesoc, v(7), n. 2, 19-31.

SANTOMÉ, Jurjo Torres. (1998)As origens da modalidade de currículo integrado. In: Globalização e interdisciplinaridade: o currículo integrado. Porto Alegre, Artes Médicas, 200-212

SANTOS, Wildson. L. P. & MORTIMER, Eduardo F. (2002). Uma análise de pressupostos teóricos da abordagem CTS (Ciência Tecnologia e Sociedade) no contexto da educação brasileira. Disponível em: <http://ufpa.br/ensinofts/artigos2/wildsoneduardo.pdf>. Acesso em: 10/07/2012

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Apêndices

1. Grupo MMAS 1 – alguns resultados

Alunos:Alan Kelvim, Guilherme Henrique, Henrique Assis, Lucio Junior, Matheus Maia

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2. Grupo MMAS 2 – alguns resultados

Alunos: Ainá Riomar, Gabriella Cruz, Gisele Pereira, Jeisy Monteiro, MatheusSilva, Yara Garcia

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