Resposta_Atividade 2

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Aluno: Christian Rebouças Ladislao Turma: Jun.2013 1. Num estudo uma das variáveis estudadas foi a idade, e que apresentou a seguinte distribuição: 23, 14, 15, 24, 24, 22, 21, 20, 19, 19, 21, 22, 21, 23, 34, 22, 17, 13, 25, 24, 25, 27, 26, 26, 15, 15, 17, 19, 20, 21. Em vista dos dados obtidos, me informe qual é a média, qual é a moda, e qual é a mediana, qual é o quartil superior e o quartil inferior? Média=634/30=21,13 Moda=21 Mediana=21 Quartil inferior=18 Quartil superior=24 2. Em 01/07/1980, existiam 2.000 casos de tuberculose em tratamento, em um dado município. Sabendo-se que sua população na época era de 1.176.935 habitantes, calcule o número de casos de tuberculose em relação à população. Trata-se de prevalência ou incidência? Por que? 2000/1.176.935 =0,0017*10.000= 17 casos/10.000hab Prevalência, porque as pessoas já são portadoras do evento (doentes de tuberculose), ou seja, são casos existentes. 3. No ano de 1992 foram identificados mais 473 casos novos de hanseníase (lepra) e de 285 casos novos de tuberculose, nos serviços de saúde no Distrito Federal. No final daquele ano, um total de 2.563 ( 1000 homens e 1563 mulheres) estava em tratamento para hanseníase e 899 ( 560 homens) estavam em tratamento para tuberculose (já excluídos os curados e os mortos). Neste ano 76 vieram a óbito por causa da tuberculose (50% de homem) e 142 (102 homens) por causa da Aids. Tomando-se a estes para os devidos cálculos e admitindo-se uma população de 1,5 milhão de habitantes, sendo que 52% pertencem ao sexo feminino, calcule as respectivas taxas de incidência e prevalência, o coeficiente de letalidade. Obs. para todos os cálculos, fazer geral e por sexo. Qual a conclusão que você chega. Novos Total Óbitos Hanseníase 473 2563 1000 masc. 1563 fem. Tuberculose 285 899 560 masc. 38 masc. 339 fem. 38 fem. AIDS 102 masc. 40 fem.

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Page 1: Resposta_Atividade 2

Aluno: Christian Rebouças Ladislao

Turma: Jun.2013

1. Num estudo uma das variáveis estudadas foi a idade, e que apresentou a

seguinte distribuição: 23, 14, 15, 24, 24, 22, 21, 20, 19, 19, 21, 22, 21, 23, 34,

22, 17, 13, 25, 24, 25, 27, 26, 26, 15, 15, 17, 19, 20, 21. Em vista dos dados

obtidos, me informe qual é a média, qual é a moda, e qual é a mediana, qual é

o quartil superior e o quartil inferior?

Média=634/30=21,13

Moda=21

Mediana=21

Quartil inferior=18

Quartil superior=24

2. Em 01/07/1980, existiam 2.000 casos de tuberculose em tratamento, em um

dado município. Sabendo-se que sua população na época era de 1.176.935

habitantes, calcule o número de casos de tuberculose em relação à população.

Trata-se de prevalência ou incidência? Por que?

2000/1.176.935 =0,0017*10.000= 17 casos/10.000hab

Prevalência, porque as pessoas já são portadoras do evento (doentes de

tuberculose), ou seja, são casos existentes.

3. No ano de 1992 foram identificados mais 473 casos novos de hanseníase

(lepra) e de 285 casos novos de tuberculose, nos serviços de saúde no Distrito

Federal. No final daquele ano, um total de 2.563 ( 1000 homens e 1563

mulheres) estava em tratamento para hanseníase e 899 ( 560 homens)

estavam em tratamento para tuberculose (já excluídos os curados e os mortos).

Neste ano 76 vieram a óbito por causa da tuberculose (50% de homem) e 142

(102 homens) por causa da Aids. Tomando-se a estes para os devidos cálculos

e admitindo-se uma população de 1,5 milhão de habitantes, sendo que 52%

pertencem ao sexo feminino, calcule as respectivas taxas de incidência e

prevalência, o coeficiente de letalidade. Obs. para todos os cálculos, fazer geral

e por sexo. Qual a conclusão que você chega.

Novos Total Óbitos

Hanseníase 473

2563 1000 masc.

1563 fem.

Tuberculose 285

899 560 masc. 38 masc.

339 fem. 38 fem.

AIDS

102 masc.

40 fem.

Page 2: Resposta_Atividade 2

Incidências

Hanseníase= 473/1.500.000= 0,000315*1000= 0,31 casos/1000 hab.

Tuberculose= 285/1.500.000= 0,19 casos/1000 hab.

Prevalências

Hanseníase=(2563-473)/1.500.000= 1,39 casos/1000 hab.

Tuberculose= (899-285)/1.500.000= 0,41 casos/1000 hab.

Hanseníase feminino=1563/780.000=2 casos/1000 hab.

Hanseníase masculino=1000/720.000=1,39 casos/1000 hab.

Tuberculose feminino=339/780.000=0,43 casos/1000 hab.

Tuberculose masculino=560/720.000=0,78 casos/1000 hab.

Letalidade tuberculose geral =76/899= 8,45%

Letalidade tuberculose masculino = 38/560=6,78%

Letalidade tuberculose feminino =38/339=11,21%

4. Em um Estado industrial da Índia, apresenta a seguinte distribuição de

acidentes de trânsito, por faixa etária. Calcule:

a) as taxas de mortalidade;

b) as taxas de letalidade, geral e por gênero.

Pop. masc. Pop. Fem.

Pop. total

Vit. acidentes Óbitos acidentes

Taxa mortalidade

Taxa letalidade (%)

1--9 565808 607985 1173793 1235 656 0,56 53,12

10--19 626835 662036 1288871 5698 779 0,60 13,67

20--29 581590 583586 1165176 45689 3589 3,08 7,86

30--39 568189 541456 1109645 9658 1289 1,16 13,35

40--49 425776 403501 829277 35362 1200 1,45 3,39

Total 2768198 2798564 5566762 97642 7513 1,35 7,69

Não é possível calcular as taxas de letalidade por gênero, visto que não há

dados suficientes.

5. Uma investigação realizada em banco de sangue de um hospital chegou aos

seguintes resultados: entre 8.000 pessoas que receberam transfusão

sanguínea, acompanhada durante um ano, 15 pessoas contraíram HIV. No

grupo controle, de 10.000 pessoas que não receberam transfusão,

acompanhadas igualmente durante igual período, 18 pessoas contraíram HIV.

Arme uma tabela 2X2 com os resultados. Pergunta-se se trata de um estudo de

coorte ou de caso controle? Porque? Qual o risco de uma pessoa contrair HIV,

Page 3: Resposta_Atividade 2

tendo recebido transfusão de sangue? E o risco de ter HIV sem ter feito

transfusão de sangue? Quantas vezes o risco é maior que o outro?

HIV+

Total Taxa Transfusão sang. sim não

sim 15 7985 8000 1,88

não 18 9982 10000 1,80

Trata-se de um estudo de coorte, pois a hipótese parte da causa para o efeito,

ou seja, qual a relação entre fazer transfusão sanguínea e adquirir o vírus HIV.

Risco de ter HIV com transfusão sanguínea=1,87

Risco de ter HIV sem transfusão sanguínea=1,80

Risco Relativo=1,88/1,80=1,04

O risco de ter HIV com transfusão de sangue é 1,04 vezes maior que sem fazer

transfusão.

6. Em um hospital universitário foi feito um estudo para verificar a associação

entre o consumo de cigarro e o câncer de pulmão. Foram incluídos na

investigação, 600 pacientes do sexo masculino com diagnóstico comprovado

de câncer de pulmão; desses 70 eram casos de tabagismo crônico. Entre 500

controles, 62 foram considerados tabagistas, pelos mesmos critérios de

diagnóstico usados no grupo de casos. Arme uma tabela 2X2. Pergunta-se:

Como deve ser este grupo controle? Este é um caso tipo coorte ou caso

controle? Qual o risco de ser tabagista e vir a ter câncer de pulmão?

Câncer

Tabagista sim não

sim 70 62

não 530 438

600 500

O grupo controle deve ser formado por pessoas sem câncer de pulmão. Este é

um estudo caso-controle pois parte-se do efeito (câncer) para determinar a

causa (ser ou não tabagista).

O risco no estudo caso controle é estimado pela odds ratio

OR=(770*438)/(530*62)=0,93

Conclui-se que, segundo essa pesquisa, para os tabagistas há um risco menor

de adquirir o câncer de pulmão quando comparado com os não tabagistas

(0,93 vezes menor).

7. Em uma visita de uma equipe do saúde da família, com furação de um mês

no Riacho Fundo II, todas as crianças, menores de 5 anos, foram examinadas.

Entre os resultados obtidos estão os seguintes: de 105 crianças com exames

Page 4: Resposta_Atividade 2

positivos para verminose, 36 eram desnutridas, enquanto em outras 100

crianças com exame negativo para verminose, 21 foram consideradas

desnutridas. Arme uma tabela 2X2. Pergunta-se qual o tipo de estudo?

Porque? Qual a chance de uma criança desnutrida estar com verme no Riacho

Fundo II?

Verminose

Desnutrida sim não

sim 36 21

não 69 79

105 100

Estudo caso-controle, porque a parte-se do efeito (verminose) para determinar

a causa (desnutrição).

O risco no estudo caso controle é estimado pela odds ratio.

OR=(36*79)/(69*21)=1,96

O risco de uma criança desnutrida estar com verme no Riacho Fundo II é 1,96

vezes maior do que em uma criança nutrida. Na pesquisa 34% das crianças

com verminose eram desnutridas.

8. Uma investigação foi realizada para verificar a eficácia de uma nova vacina

contra o sarampo. Foram selecionados um mil crianças com alto risco de

contrair a doença, e que os pais concordaram que os filhos participassem da

pesquisa. Eles foram aleatorizados para constituir o grupo experimental e o de

controle, cada um com 500 indivíduos. Ao final da investigação foram

confirmados 6 casos de sarampo no grupo experimental e de 5 no de controle.

Arme uma tabela 2X2. Pergunta-se: Qual o tipo de estudo e porque? Qual o

risco de uma pessoa contrair sarampo se vacinada com a nova vacina? E com

a velha?

Sarampo

Total taxa % Nova vacina sim não

sim 6 494 500 1,20%

não 5 495 500 1,00%

Estudo clínico experimental, porque os grupos foram formados de forma

aleatória.

Risco relativo=1,2/1=1,2 vezes maior com a nova vacina

Risco relativo=1/1,2=0,83 vezes menor com a velha vacina quando comparado

com a nova vacina.

9. Um total de 30 crianças recém nascido, portador de deficiências físicas foi

examinadas e suas mães interrogadas com respeito ao uso do medicamento

talidomida: 19 relataram que usaram este medicamento até 2 anos antes do

nascimento das crianças. Entre as crianças sadias, nascidas sem evidência de

mal formação, foram selecionadas 1232 para o grupo controle; 16 mães

Page 5: Resposta_Atividade 2

afirmaram que utilizaram talidomida até 2 anos antes do nascimento das

crianças. Arme uma tabela 2X2. Pergunta-se: Qual o tipo de estudo? Qual o

risco?

Port. Deficiência

Uso do medicamento sim não

sim 19 16

não 11 1216

Total 30 1232

Estudo caso-controle.

Risco estimado pela odds ratio

OR=(19*1216)/(11*16)=131,27

10. Uma investigação foi realizada pela comparação de estatística de alguns

países, relacionados abaixo, sendo encontrada correlação positivamente,

estatisticamente significativa, entre o montante de cigarros, per capita, vendido

a população e o coeficiente de mortalidade por doenças cardiovasculares.

Pergunta-se: qual o tipo de estudo? Quais as conclusões que podemos

chegar?

Estudo ecológico. O Brasil apresenta um consumo per capita de cigarros

menor do que a Austrália, e mesmo assim apresenta um coeficiente de

mortalidade por doenças cardiovasculares maior. Assim podemos concluir que

há outras variáveis, não só o consumo per capita de cigarros, relacionadas à

mortalidade por doenças cardiovasculares e que não foram englobadas pelo

estudo.

11. As crianças nascidas no ano de 1982, nos hospitais de Pelotas, cidade à

época com 250 mil habitantes e onde praticamente todos os partos são

hospitalares (99%), foram identificadas e examinadas periodicamente – desde

o seu nascimento, até os sete anos sempre próximos a data de seu

aniversário. Num grupo de 620 crianças que nasceram na zona urbana,

apresentaram as seguintes características: 67 crianças tiveram um histórico de

desnutrição nestes últimos sete anos; 9 crianças nasceram com ma

conformação congênita; 28 crianças apresentaram QI acima da média,

enquanto que 280 crianças da zona rural apresentaram as seguintes

características: 18 crianças tiveram um histórico de desnutrição nestes últimos

sete anos; 5 crianças nasceram com ma conformação congênita; 11 crianças

Page 6: Resposta_Atividade 2

apresentaram QI acima da média. Pergunta-se Qual o tipo de estudo? Porque?

Quais as correlações possíveis? E os riscos envolvidos?

desnutrição % conformação

congênita %

QI acima da média

% Total

zona urbana 67 10,81% 9 1,45% 28 4,52% 620

zona rural 18 6,43% 5 1,79% 11 3,93% 280

Estudo transversal, porque parte-se da causa e efeito simultaneamente.

Uma correlação possível é entre a taxa de desnutrição e o local de nascimento

(zona urbana ou rural), onde observa-se um risco maior de desnutrição nas

crianças que nascem na zona urbana (1,68 vezes maior).

12. Uma pesquisa domiciliar foi realizada com o intuito de se obter um

diagnóstico das condições das condições de saúde e saneamento, no Brasil na

década de 80. Numa cidade do nordeste, de cada 1000 crianças que nasciam,

36 morriam antes de completar um ano de vida sendo que nas áreas sem

saneamento básico (70%), este número era de 42/ mil e nas áreas com

saneamento (30%), este coeficiente era de 22/mil. Numa cidade do estado de

São Paulo, de cada 1000 crianças que nasciam, 28 morriam antes de

completar um ano de vida sendo que nas áreas sem saneamento básico

(50%), este número era de 33/ mil e nas áreas com saneamento (50%), este

coeficiente era de 23/mil. Pergunta-se: Qual o tipo de estudo? Quais as

conclusões possíveis?

Estudo ecológico. Nas áreas sem saneamento básico a taxa de mortalidade

infantil é maior que nas áreas com saneamento básico, sendo que na cidade

do nordeste a taxa geral de mortalidade é maior que na cidade de São Paulo.

13. Uma investigação foi realizada para verificar a associação entre diarréia e

desidratação. Crianças atendidas em um hospital, com diarréia foram

colocadas em categorias em função da presença no início do episodio de

determinados sinais e sintomas. Após dez anos de acompanhamento dos

prontuários verificou-se que: no grupo de 3500 crianças que apresentaram

diarréia, com sinais de sangue nas fezes: 500 ficaram desidratadas; no grupo

de 4002 crianças que apresentaram diarréia, com sintomatologia de vômito

anterior: 1300 ficaram desidratadas. Arme uma tabela 2X2. Pergunta-se: Qual

o tipo de estudo? Porque? Qual o risco?

Diarreia Desidratação

Total taxa % sim não

Sangue nas fezes

500 3000 3500 14,29%

Vômito anterior 1300 2702 4002 32,48%

Estudo coorte, porque parte-se da causa (sangue nas fezes ou vômito) para o

efeito (desidratação).

Page 7: Resposta_Atividade 2

RR=14,28/32,48=0,44. O risco de uma criança com diarreia apresentar sangue

nas fezes e ficar desidratada é 0,44 vezes em relação a apresentar vômito.

RR=32,48/14,28=2,27. O risco de uma criança com diarreia apresentar vômito

e ficar desidratada é 2,28 vezes maior em relação a apresentar diarreia e

sangue nas fezes.

14. Em uma fábrica o risco de acidente é de 4 casos por mil funcionários/ano,

sendo que na área administrativa o risco é de 0,2 casos por mil

funcionários/ano e na área de produção o índice é de 4,42/mil. Sendo que se

separarmos os funcionários da área de produção, que receberam treinamento

para utilização das máquinas, e os que não receberam, os índices são

respectivamente 1,3 caso/mil e 4,7 casos por mil. Pergunta-se, se a fábrica

possui 8423 funcionários, quantos funcionários a empresa tem na área de

produção, na área de administração e quantos foram treinados e quantos não

foram treinados?

Produção da fabrica= 505 funcionários,

Área administrativa= 17 funcionários

Produção com treinamento= 109 funcionários

Sem treinamento= 396 funcionários

15. Em uma investigação para aprovação de um novo EPI, para prevenir o

PAIR, utilizou-se duas fábricas de uma mesma empresa, que produzem a

mesma coisa com a mesma tecnologia, sendo que numa utilizou-se o EPI

tradicional e na outra o novo EPI. Após um ano de acompanhamento médico

por perda auditiva, teve o seguinte resultado: dos 140 funcionários que

utilizaram o EPI “velho” 8 apresentaram perda auditiva no período e dos 80

funcionários que utilizaram o “novo” EPI, 5 funcionários tiveram perda auditiva.

Arme uma tabela 2X2. Pergunta-se: Qual o tipo de estudo? Porque? Qual a

eficiência do novo EPI?

Perda auditiva

Total taxa % EPI sim não

novo 5 75 80 6,25%

antigo 8 132 140 5,71%

Estudo coorte, porque a hipótese parte da causa (uso do EPI) para determinar

o efeito (perda auditiva).

RR=6,25/5,71=1,09

Eficiência=(5.71-6,25)/5,71=-9,46%

A eficiência do novo EPI em relação ao antigo é de -9,46%.