RESPOSTAS DE MUDAS DE IPÊ-ROXO (Tabebuia avellanedae LORENTZ EX GRISEB) SUBMETIDAS À DEFICIÊNCIA...

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RESPOSTAS DE MUDAS DE IPÊ-ROXO (Tabebuia avellanedae LORENTZ EX GRISEB) SUBMETIDAS À DEFICIÊNCIA HÍDRICA* Hugo Alves Pinheiro Prof. Adjunto, Centro de Tecnologia Agropecuária, Instituto Sócio-Ambiental e dos Recursos Hídricos, Universidade Federal Rural da Amazônia, Belém-Pa. * Trabalho financiado pela REDE 03 CT-PETRO AMAZÔNIA – PT 02/FINEP Belém-Pará 2006 Universidade Federal Rural da Amazônia

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RESPOSTAS DE MUDAS DE IPÊ-ROXO

(Tabebuia avellanedae LORENTZ EX

GRISEB) SUBMETIDAS À DEFICIÊNCIA

HÍDRICA*

Hugo Alves Pinheiro

Prof. Adjunto, Centro de Tecnologia Agropecuária, Instituto Sócio-Ambiental e dos Recursos

Hídricos, Universidade Federal Rural da Amazônia, Belém-Pa.

* Trabalho financiado pela REDE 03 CT-PETRO AMAZÔNIA – PT 02/FINEP

Belém-Pará2006

Universidade Federal Rural da Amazônia

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Introdução

Problemática ao desenvolvimento da

espécie:

* Períodos secos bem definidos (veranicos);

* Déficit hídrico promove, em geral, reduções no crescimento, área foliar

total, taxas fotossintéticas e condutância estomática, bem como na eficiência

do uso da água e alocação de biomassa, dentre outros,

* Deterioração dos solos das jazidas em função da exploração petrolífera;

O ipê-roxo (Tabebuia avellanedae LORENTZ EX GRISEB):

- Importância econômica e social;

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Objetivo

Estudar possíveis alterações no crescimento e trocas

gasosas em mudas de ipê-roxo submetidas à

deficiência hídrica na fase inicial de crescimento.

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Material e Métodos

Mudas de Ipê-roxoTransplantio

(1 muda por vaso) Vasos de 5 kg

Latossolo amarelo(análise química e Adubação)

Aclimatação por 30 dias

Casa-de-vegetação

IRRIGADO DÉFICIT HÍDRICO

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Condições de cultivo:

- Casa de vegetação;

- Irrigação 2x ao dia (água evapotranspirada)

- Temperatura média (meio-dia): 30 oC

- Umidade relativa média (meio-dia): 70%

- Radiação fotossinteticamente ativa: 1600 mol m-2 s-1

Avaliação dos tratamentos:

- Dia 0

- Dia 12 (12 dias após a diferenciação dos tratamentos)

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Variáveis fisiológicas:

- Conteúdo relativo de água (%);

- Trocas gasosas (Porômetro: mod. Li 1600, LiCor, Nebraska, USA ):

Transpiração (E),

Condutância estomática (gs),

Temperatura foliar (Tleaf),

- Altura da planta e número de folhas

- Área foliar total (medidor de área foliar, mod. AM-300, ADC, Hoddesdon, UK)

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Delineamento experimental e estatística:

- Inteiramente ao acaso, em esquema fatorial 2x2:

# Controle e Déficit hídrico (suspensão da irrigação);

# Tempo 0 e 12 dias após o início dos tratamentos;

- Cada tratamento foi composto de quatro repetições (vasos),

01 plantas em cada;

- Após ANOVA, as médias foram comparadas utilizando-se o teste de

Newman-Keuls (P < 0,05 ).

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Resultados e Discussão

Figura 1. Mudas de ipê-roxo (Tabebuia avellanedae Lorentz ex Griseb) cultivadas sob condições de plena irrigação (Controle) e de deficiência hídrica (Déficit hídrico) por um período de doze dias.

Controle D. Hídrico

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20

40

60

80

0 12

Dias de experimento

CR

A (%

)

Controle

Deficit

Figura 2. Conteúdo relativo de água (CRA) em mudas de ipê-roxo (Tabebuia avellanedae Lorentz ex Griseb) cultivadas sob condições de deficiência hídrica. Os dados referem-se às médias de quatro repetições ± erro padrão da média.

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Variáveis Tratamento Tempo (dias) 0 12

NF, unidade Controle 13,75 ± 2,72 Ab 20,25 ± 2,95 Aa Déficit 11,75 ± 2,06 Aa 11,25 ± 2,02 Ba

AP, cm Controle 9,25 ± 0,25 Ab 28,75 ± 5,06 Aa Déficit 8,65 ± 0,80 Ab 23,75 ± 2,32 Aa

AFT, dm2 Controle 8,492 ± 0,831 Ab 17,160 ± 1,831 Aa Déficit 7,787 ± 1,138 Ab 8,578 ± 0,975 Ba

Tabela 1. Número de folhas (NF), altura das plantas (AP) e área foliar total (AFT) em mudas de ipê-roxo (Tabebuia avellanedae Lorentz ex Griseb) cultivadas sob condições de deficiência hídrica.

Médias seguidas de diferentes letras maiúsculas denotam diferenças significativas de uma mesma variável em diferentes regimes hídricos (efeito de tratamento). Médias seguidas de diferentes letras minúsculas denotam diferenças significativas de uma mesma variável em um mesmo regime hídrico (efeito do tempo de exposição ao déficit hídrico). Os dados referem-se às médias de quatro repetições ± erro padrão da média.

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Tabela 2. Condutância dos estômatos ao vapor d´água (gs),

transpiração (E) e temperatura da folha (Tf) em mudas de ipê-roxo

(Tabebuia avellanedae Lorentz ex Griseb) cultivadas sob condições de deficiência hídrica.

Variáveis Tratamento Tempo (dias) 0 12

gs, mol m-2 s-1 Controle 1,12 ± 0,20 Aa 0,35 ± 0,22 Ab Déficit 1,37 ± 0,22 Aa 0,10 ± 0,04 Bb

E, mmol m-2 s-1 Controle 25,84 ± 4,42 Aa 7,66 ± 1,75 Ab Déficit 29,51 ± 1,44 Aa 1,24 ± 0,49 Bb

Tf, oC Controle 32,6 ± 0,38 Ab 33,1 ± 0,18 Ba

Déficit 31,9 ± 0,49 Ab 39,6 ± 0,57 Aa

Estatística como na Tabela 1.

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Conclusões

Apesar da redução no NF, na AFT, na gs e na E, as

plantas de ipê-roxo apresentaram limitada capacidade

de conservação de água, fazendo com que esta espécie

apresente considerada sensibilidade à seca nas fases

iniciais de crescimento.

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Agradecimentos

Universidade Federal Rural da Amazônia