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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO ANIMAL RESPOSTAS MORFOGÊNICAS E ESTRUTURAIS DE GRAMÍNEAS TROPICAIS EM REGIME DE CORTE NO NORDESTE DO BRASIL ALANO ALBUQUERQUE LUNA MACAÍBA/RN – BRASIL Fevereiro/2012

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO ANIMAL

RESPOSTAS MORFOGÊNICAS E ESTRUTURAIS DE GRAMÍNEAS TROPICAIS EM REGIME DE CORTE NO

NORDESTE DO BRASIL

ALANO ALBUQUERQUE LUNA

MACAÍBA/RN – BRASIL Fevereiro/2012

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ALANO ALBUQUERQUE LUNA

RESPOSTAS MORFOGÊNICAS E ESTRUTURAIS DE GRAMÍNEAS TROPICAIS EM REGIME DE CORTE NO

NORDESTE DO BRASIL

Orientador: Prof. Dr. Gelson dos Santos Difante

MACAÍBA/RN – BRASIL Fevereiro/2012

Dissertação apresentada à Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN, Campus de Macaíba, como parte das exigências para a obtenção do título de Mestre em Produção Animal.

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Divisão de Serviços Técnicos Catalogação da Publicação na Fonte.

Unidade Acadêmica Especializada em Ciências Agrárias Campus Macaíba Biblioteca Setorial Professor Rodolfo Helinski

L 961r Luna, Alano Albuquerque. Respostas morfogênicas e estruturais de gramíneas tropicais em regime de corte no Nordeste do Brasil / Alano Albuquerque Luna. - Macaíba, RN, 2012.

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Orientador (a): Prof. Dr. Gelson dos Santos Difante. . Dissertação (Mestrado em Produção Animal). Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Unidade Acadêmica Especializada em Ciências Agrárias Campus Macaíba. Programa de Pós- Graduação em Produção Animal. 1. Forragem – Dissertação. 2. Brachiaria - Dissertação. 3. Cenchrus – Dissertação. 4. Fluxo de tecido – Dissertação. 5. Panicum – Dissertação. 6. Semiárido – Dissertação. I. Difante, Gelson dos Santos. II. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. III. Unidade Acadêmica Especializada em Ciências Agrárias Campus Macaíba. IV. Título. RN/UFRN/BSPRH CDU: 633.2

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ALANO ALBUQUERQUE LUNA

RESPOSTAS MORFOGÊNICAS E ESTRUTURAIS DE GRAMÍNEAS TROPICAIS EM REGIME DE CORTE NO

NORDESTE DO BRASIL

APROVADA EM 17 / 02 / 2012

BANCA EXAMINADORA:

________________________________________________ Prof. Dr. Gelson dos Santos Difante (PPGPA-UFRN)

Orientador

________________________________________________ Prof. Dr. Henrique Rocha de Medeiros (PPGPA-UFRN)

________________________________________________ Prof(a). Dr(a). Liz Carolina da Silva Lagos Cortes Assis (PPGPA-UFERSA)

_______________________________________________ Prof(a). Dr(a). Denise Baptaglin Montagner (EMBRAPA GADO DE CORTE)

Dissertação apresentada à Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN, Campus de Macaíba, como parte das exigências para a obtenção do título de Mestre em Produção Animal.

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Primeiramente a Deus, Ao Seu Francisco Valdizar Fernandes Luna e a Dona Maria Aparecida Albuquerque

Luna os melhores pais do mundo, as minhas queridas irmãs Alina Albuquerque Luna,

Rebeca Alves de Freitas e Albuquerque e Alissa Albuquerque Luna, aos meus avós

Arcelino Fernandes Luna (in memoriam) e Maria Iracema Albuquerque de Sousa, ao

meu orientador, Dr. Gelson dos Santos Difante, aos amigos e membros do Grupo de

Estudos em Forragicultura - GEFOR (Minha Família no Rio Grande do Norte) e a todos

que auxiliaram e contribuíram para este trabalho,

Dedico

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“Ou é útil ou é fútil. Não há meio termo!

* Tudo que colabora com a meta de vida que você mesmo estabeleceu, é ÚTIL.

* Tudo que não colabora com a meta de vida que você mesmo estabeleceu é FÚTIL.

Seja fiel as suas próprias metas. Seja fiel a si mesmo.

A maioria estabelece metas, mas se distrai no meio do caminho.

Resultado: Mais um bem intencionado e cheio de potencial na boiada...” Geração de

Valor*.

“Qualquer trabalho que não lhe exija superação, não lhe proporcionará crescimento.

Qualquer trabalho que não lhe desafie, não lhe proporcionará crescimento.

Qualquer trabalho que não lhe faça sentir vontade de desistir em alguns momentos, não

lhe proporcionará crescimento.

Qualquer trabalho que seja confortável e lhe exija poucas horas por dia, não lhe

proporcionará crescimento.

Qualquer trabalho que não lhe proporcione crescimento, simplesmente não serve.”

Geração de Valor.

“Não há quem nunca tenha tido vontade de desistir e jogar tudo pra cima. Respire

fundo, jamais tome decisões no meio da crise e lembre-se de seus objetivos e metas de

vida. Isso é o que de fato importa e foi por isso que você começou isso tudo...

Obstáculos no meio do processo são naturais em qualquer projeto e muitas vezes

enchem o saco mesmo, mas vencê-los com equilíbrio, sem reclamar como uma hiena, é

essencial para se chegar a sua realização. Mais adiante você vai dar muitas risadas

lembrando disso tudo” Geração de Valor.

*http://www.geracaodevalor.org/

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AGRADECIMENTOS

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN pela oportunidade da

realização deste mestrado em Produção Animal;

Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

pela concessão de auxílio financeiro para execução do projeto e da bolsa de Mestrado;

Ao Presidente da Comissão Examinadora e amigo Prof. Dr. Gelson dos Santos

Difante, orientador, pela ética, empatia, profissionalismo e sobremaneira pela aceitação,

confiança, apoio e direcionamento à pesquisa, bem como aos demais componentes da

mesa, pela contribuição valiosa;

A Drª Kelen Cristina Basso pela ajuda, disponibilidade e contribuição valiosa a

esse trabalho;

Ao Dr. Marcone Geraldo Costa pela sua amizade e disposição em sempre ajudar

no que fosse possível;

Ao Dr. Henrique Rocha de Medeiros, dado sua amizade, encorajamento,

hombridade e comprometimento com a pesquisa, sem ele não teria feito a seleção do

mestrado;

Ao Dr. Emerson Moreira de Aguiar pela sua determinação e luta interminável na

frente da Coordenação da Pós-Graduação em Produção Animal;

A meus pais, Francisco Valdizar Fernandes Luna, meu exemplo de vida e ser

humano inigualável e Maria Aparecida Albuquerque Luna, mãezinha querida que

sempre esteve do meu lado me dando apoio e força em todas as horas;

Ao meu querido avô Arcelino Luna (in memorian), grande exemplo de homem

que veio do campo e conseguiu dar formação acadêmica a todos os filhos e a

consequência disso que seus netos estão todos encaminhados (Concursados, graduados,

graduandos e os mais novos no colegial);

A minha querida avózinha Iracema Albuquerque, mulher guerreira e de fibra que

criou suas filhas e filho com o mesmo caráter;

Ao tio e professor Fabianno Cavalcante de Carvalho, um grande exemplo de

cientista e de pessoa no qual me espelho, e sua esposa Maria de Fátima Albuquerque

minha mãe de coração e seu filho João Vitor Albuquerque Cavalcante de Carvalho que

é meu irmão e afilhado;

Aos meus demais familiares, entes queridos por quem tenho tanto apreço e

respeito;

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Aos professores que com desprendimento disseminaram o saber e a ética;

Aos meus amigos de turma ingressante no Mestrado Cynthia Gabriela, José

Geraldo Júnior, João Virgínio Neto, Mirela Guerra, Renata Coutinho, Vanessa Nunes e

Vitor Bruno, pelos momentos descontraídos usufruídos durante as aulas intermináveis e

por me acolherem e tratarem sempre muito bem em terras potiguares;

A Coordenação do Mestrado em Produção Animal da Universidade Federal do

Rio Grande do Norte – UFRN, no nome da secretária Ivana;

Aos companheiros do Grupo de Estudos em Forragicultura – GEFOR, Itânia

Araújo, Leonardo Fernandes, Thiago Trindade, Mariana Campelo, Gabriela Trindade,

Hewerton Clayton, Rômulo Cortez, Rayssa Vasconcelos, Luis Eduardo Cordeiro,

Joederson Dantas, Marcio Bezerra, Nathália Fidelis, por toda amizade e ajuda durante

todo o período do experimento;

Aos amigos de república, Paulo Sérgio, Glauber Lopes, Jakson Ferreira, Ikaro

Sousa, Anderson Candido, Tyrone Vilela, Rênio Fayolle, André Lima, Dyêgo Felipe

Leite, Vlademir Barbosa, por toda convivência e aprendizagem contínua da vida;

Aos amigos de graduação Rômulo Ramalho, Celso Magalhães e Roberto Sergio

Simeão, pelo companheirismo em todas as horas, não só de estudo mais de farras

também;

E a todos aqueles que mesmo sem seus nomes mencionados, mas contribuíram

direta ou indiretamente na minha formação pessoal e acadêmica;

Em suma e com profunda reverência agradeço ao nosso Pai Todo Poderoso Deus

e seu filho Jesus Cristo em cuja glória está a inteligência;

A todos, muito obrigado.

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RESPOSTAS MORFOGÊNICAS E ESTRUTURAIS DE GRAMÍNEAS TROPICAIS EM REGIME DE CORTE NO NORDESTE DO BRASIL

LUNA, Alano Albuquerque. RESPOSTAS MORFOGÊNICAS E ESTRUTURAIS DE GRAMÍNEAS TROPÍCAIS EM REGIME DE CORTE NO NORDESTE DO BRASIL. 2012. 66f. Dissertação (Mestrado em Produção Animal: Forragicultura e Pastagem) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Macaíba - RN, 2012. RESUMO: A produção das gramíneas forrageiras está diretamente relacionada com a

morfogênese. O conhecimento das variáveis estruturais e morfogênicas das plantas

forrageiras é importante para a determinação das condições do pasto adequadas para

assegurar produção animal eficiente e sustentável. Com isso o objetivo deste trabalho

foi avaliar as respostas morfogênicas e estruturais de gramíneas de três gêneros,

Brachiaria, Panicum e Cenchrus em regime de corte. O delineamento utilizado foi em

blocos ao acaso com três repetições e seis tratamentos. Após cada corte foram feitas

avaliações de produção de forragem, taxas de aparecimento e alongamento de folhas e

colmo, filocrono, comprimento final da folha, número de folhas vivas, duração de vida

da folha, taxa de senescência de folhas, densidade populacional de perfilhos e dinâmica

de perfilhamento. Na produção de forragem os maiores valores foram obtidos nas

cultivares Xaraés, Piatã e Massai. A densidade populacional de perfilhos foi maior para

a cultivar Massai. Conclui-se que, as cultivares de Panicum e Brachiaria obtiveram

uma maior dinâmica no perfilhamento o que aumenta a velocidade de renovação de

tecidos que são indicadores da produção de forragem, admitindo que as cultivares

avaliadas desses gêneros são forrageiras predispostas a utilização na Região Nordeste.

PALAVRAS CHAVE: Brachiaria, Cenchrus, Fluxo de tecidos, Forragem, Panicum, Semiárido

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MORPHOGENIC RESPONSE OF TROPICAL GRASSES STRUCTURAL AND UNDER CUTTING IN NORTHEASTERN

BRAZIL

LUNA, Alano Albuquerque. MORPHOGENIC RESPONSE OF TROPICAL GRASSES STRUCTURAL AND UNDER CUTTING IN NORTHEASTERN BRAZIL 2012. 66f. Master Science Degree in Animal Production: Area: Forage and Pasture - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Macaíba - RN, 2012. ABSTRACT: The production of forage grasses is directly related to the morphogenesis.

The knowledge of the morphogenetic and structural variables of forage plants is

important for determining appropriate conditions of grazing livestock to ensure efficient

and sustainable. Thus the objective of this study was to evaluate morphogenetic and

structural responses of three genera of grasses, Brachiaria, Panicum and Cenchrus in a

cutting regime. The experimental design was randomized blocks with three replications

and six treatments. After each section were evaluated for forage production, appearance

and elongation rates of leaves and stem, phyllochron, final leaf length, number of living

leaves, leaf lifespan, leaf senescence rate, tiller density and tiller dynamics. On forage

yield the highest values were obtained in cultivars Xaraes, Piata and Massai. The tiller

density was higher for cv Massai. It is concluded that the cultivars of Panicum and

Brachiaria had a higher tillering dynamics in increasing the turnover rate of tissues that

are indicators of forage production, assuming that the cultivars of these genera are

predisposed to use forage in the Northeast.

KEY WORDS: Brachiaria, Cenchrus, Flow tissues, Forage, Panicum, Semiarid

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SUMÁRIO 1. REFERENCIAL TEÓRICO ....................................................................................12 1.1 Região Nordeste .......................................................................................................12 1.2 Cenchrus ciliaris.......................................................................................................13 1.3 Brachiaria brinzantha ..............................................................................................14 1.4 Panicum maximum...................................................................................................15 1.5 Características morfogênicas e estruturais das plantas forrageiras...................16 1.6 Referências Bibliográficas ......................................................................................20 2. Respostas morfogênicas de seis forrageiras em regime de corte no nordeste brasileiro........................................................................................................................ 24 Introdução......................................................................................................................27 Material e Métodos........................................................................................................28 Resultados e Discussão ..................................................................................................31 Conclusão .......................................................................................................................40 Referências .....................................................................................................................40 3. Dinâmica de perfilhamento de gramíneas tropicais em regime de corte. ............44 Introdução......................................................................................................................47 Material e Métodos........................................................................................................48 Resultado e Discussão....................................................................................................51 Conclusão .......................................................................................................................57 Referências .....................................................................................................................58 NORMAS DA REVISTA CIÊNCIA AGRONÔMICA - UFC..................................61

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1. REFERENCIAL TEÓRICO 1.1 Região Nordeste

A caatinga representa cerca de 800.000 km2, o que corresponde a 70% da região

Nordeste. Aproximadamente 50% das terras recobertas com a caatinga são de origem

sedimentar e ricas em água subterrânea. Os rios, em sua maioria, são intermitentes e o

volume de água em geral é limitado, sendo insuficiente para irrigação. A altitude da

região varia de 0 a 600 m acima do nível do mar, a temperatura média anual de 20 a 28

°C e a precipitação total anual de 250 a 1000 mm, sendo elevado o déficit hídrico

(BENEVIDES et al., 2007).

Na maioria das regiões tropicais brasileiras ocorrem duas estações climáticas

bem definidas: a chuvosa, em que a umidade, a temperatura e a luminosidade são,

provavelmente, favoráveis ao crescimento das gramíneas tropicais; e a seca, em que

esses fatores são, quase sempre, limitantes ao crescimento das gramíneas. Segundo

Aroeira e Paciullo (2004), ocorre uma estacionalidade bem definida na produção de

forragem, fenômeno demonstrado na maioria das espécies forrageiras tropicais.

Na região semiárida do Nordeste, ainda é baixa a adoção de técnicas de manejo

das pastagens sejam elas cultivadas ou nativas, o que possibilitaria a maximização da

produção animal por meio do equilíbrio da produção de forragem e conversão em

produto animal. Apesar do número expressivo do rebanho nordestino, este apresenta

baixos índices produtivos (IBGE, 2006) porque de maneira geral os animais são criados

em sistemas extensivos, sem nenhuma tecnificação, na maioria das vezes, exercendo

superpastejo. Existe a necessidade de se buscarem informações sobre as condições do

meio e de manejo dos componentes de crescimento do pasto na região Nordeste com o

objetivo de aumentar a produção primária.

A produção das gramíneas forrageiras está diretamente relacionada com a

morfogênese que é a dinâmica de geração de tecidos e órgãos da planta no tempo e no

espaço (CHAPMAN E LEMAIRE, 1993). Segundo Da Silva e Nascimento Jr. (2007) o

conhecimento dessas variáveis é importante para a determinação das condições do pasto

(altura, massa de forragem, massa de lâminas foliar, IAF, etc.) adequadas para assegurar

produção animal eficiente e sustentável, influenciando diretamente na longevidade do

pasto que é o principal alimento dos rebanhos do semiárido (GIULIETTI et al., 2004).

Com o objetivo de aumentar a qualidade e a produção de forragem visando o

aumento da produtividade de carne e leite na região Nordeste foram introduzidas várias

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gramíneas nos últimos anos, entre elas se destacam cultivares das espécies Cenchrus

ciliaris, Brachiaria brizantha e Panicum maximum.

Com isso, esse trabalho foi conduzido com o objetivo de avaliar as respostas

morfogênicas e estruturais de gramíneas de três gêneros, Brachiaria, Panicum e

Cenchrus em regime de corte.

1.2 Cenchrus ciliaris

O Cenchrus ciliaris mais conhecido como capim-buffel é uma forrageira

originária da África, Índia e Indonésia, se difundindo para países como Estados Unidos

da América, México e Argentina. Essa forrageira foi introduzida no Brasil em 1952, no

Estado de São Paulo, trazida ao nordeste, onde passou por avaliações iniciais e

apresentou várias características consideradas importantes para a região, como uma boa

capacidade produtiva, resistente a períodos longos de estiagem, baixos índices

pluviométricos (<100 mm anuais), além de permanecer no campo como “feno em pé”

por um longo período, sem se decompor, como acontece com as espécies nativas

(OLIVEIRA, 1993).

O capim-buffel é uma forrageira que demonstra maior resistência ao déficit

hídrico entre as gramíneas das regiões mais secas (VIEIRA et al., 2001). Possui um

sistema radicular profundo e desenvolvido, podendo atingir até 1,5 metros, dependendo

da cultivar, rizomas medianamente desenvolvidos, fazendo com que o processo de

desidratação seja adiado junto com a manutenção do teor de água, devido a sua

capacidade em explorar a água do solo. Possui rápida germinação e estabelecimento,

precocidade na produção de sementes e grande capacidade de entrar em dormência no

período seco (ARAÚJO FILHO E CARVALHO, 1998).

Este capim é importante para região, mas é pouco conhecido, pois faltam

estudos sobre o crescimento e o manejo adequado. Há muito tempo estudam-se

gramíneas forrageiras na região seminárida vindas de países com clima diferente ou de

regiões do Brasil de clima mais úmido, gramíneas essas que deixam a desejar em

relação a sua adaptabilidade, quando são usadas em regiões onde não se tem água em

reservatórios em abundância para irrigar, fato esse que ocorre em quase toda a região

semiárida (EDVAN, 2010).

Uma das cultivares mais utilizadas é a cv. Biloela que possui um porte alto entre

1,0 e 1,6 m de altura, é uma das cultivares mais produtiva, com sistema radicular bem

desenvolvido e profundo o que lhe dá grande resistência aos longos períodos de

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estiagem. Essa cultivar tem demonstrado boa adaptabilidade às condições

edafoclimáticas da região Nordeste e norte de Minas Gerais (OLIVEIRA, 2005).

Outra gramínea do gênero Cenchrus bastante utilizada é a cv. Áridus que

segundo Oliveira et al., (1998), faz parte do grupo de porte médio entre 0,75 a 1,00 m de

altura. Possuem colmos mais finos e folhagem densa, seu florescimento precoce, faz o

seu valor nutritivo diminuir mais rapidamente no seu ciclo de desenvolvimento. Por

possuírem o sistema radicular menos desenvolvido do que a cultivar Biloela, são

também menos resistentes à seca do que ela. Destaca-se desde o início da década de

1990, foi selecionada e lançada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

(EMBRAPA) Caprinos e Ovinos.

A produção de forragem destas cultivares varia de 2.000 a 6.000 kg/ha/ano de

MS de acordo com às condições locais em campos experimentais de sequeiro, no

Nordeste (OLIVEIRA et al., 1998).

1.3 Brachiaria brinzantha

As gramíneas do gênero Brachiaria originaram-se do leste da África e hoje

representam um marco na pecuária brasileira, pois ocupam grandes áreas em todo

território nacional. O gênero possui mais de 100 espécies distribuídas principalmente

nos trópicos (VALLE; MILLES, 1994). As forrageiras do gênero Brachiaria são mais

frequentemente utilizadas como pastagens permanentes sob lotação continua. A boa

adaptação a solos ácidos e pouco férteis e a alta produtividade das cultivares, alimentou

a produção animal em todo o trópico desde a década de 80 (VALLE et al., 2010).

Entre as espécies de maior utilização como forrageiras, a Brachiaria brizantha é

sem dúvida a mais amplamente distribuída, ocorrendo em campos limpos ou com

arbustos e em margem de matas (VALLE, et al., 2010). É descrita como uma planta

perene, cespitosa, muito robusta, lâminas foliares linear-lanceoladas, com colmos

iniciais prostrados, mas produzindo perfilhos predominantemente eretos (SOARES

FILHO, 1994).

As cultivares Xaraés e Piatã lançadas após o ano de 2000 representam novas

opções para a diversificação de pastagens no Brasil tropical (VALLE et al., 2010). A

cultivar Xaraés tem uma resistência a pragas como à cigarrinha-das-pastagens

moderada, mas proporciona um desempenho animal muito próximo da cv. Marandu,

trazendo vantagens importantes como maior produção de forragem, mais rápida

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rebrotação no pós-pastejo e maior capacidade de suporte no período das chuvas, que

reflete em uma maior produtividade anual (VALLE et al., 2004).

A cultivar Xaraés é uma planta forrageira vigorosa e com crescimento cespitoso,

podendo enraizar nos nós basais. Apresenta folhas com até 64 cm de comprimento e 3

cm de largura, com pouca pubescência e de coloração verde-escura, alcançando em

média 1,5 m de altura em pleno crescimento livre (EMBRAPA, 2012a). Essa planta é

indicada para solos de textura média, bem drenados e média fertilidade (VALLE et al.,

2003).

A cultivar Piatã se destaca pelo elevado crescimento foliar, maior

disponibilidade de folhas sob pastejo e bom valor nutritivo (VALLE et al., 2010).

É uma planta de crescimento ereto e cespitoso, de porte médio, com colmos

verdes e finos. As bainhas foliares têm poucos pêlos, e a lâmina foliar é glabra. É uma

opção para diversificação das pastagens, tendo produção de forragem de melhor

qualidade do que as cvs. Marandu e Xaraés, maior acúmulo de folhas e tolerância a

solos de má drenagem que a cultivar Marandu, bem como maior aptidão para o pastejo

diferido do que a cultivar Xaraés (EMBRAPA, 2012b).

1.4 Panicum maximum

As gramíneas do gênero Panicum são conhecidas mundialmente por sua alta

produtividade, qualidade e adaptações a diferentes condições edafoclimáticas. É uma

espécie muito utilizada pelos pecuaristas por apresentar elevado acúmulo de biomassa

entre as forrageiras tropicais propagadas por sementes, sua abundante produção de

folhas longas, por sua aceitabilidade pelos animais e seu porte elevado (JANK et al.,

2010). O principal centro de origem dos capins do gênero Panicum é a África tropical,

sendo encontradas formas nativas até a África do Sul, em margens de florestas, onde

ocupa solo recém-desmatado e em pastagens sob sombra rala de árvores. Seu habitat

abrange altitudes desde o nível do mar até 1800 m (BOGDAN, 1977).

As plantas do gênero Panicum são caracterizadas pelo seu grande potencial de

produção de forragem sendo, menos flexíveis que plantas como as do gênero Brachiaria

por apresentarem limitações ou dificuldades para serem manejadas sob lotação

contínua, prevalecendo, de uma forma geral, o seu uso na forma de lotação rotacionada

(OLIVEIRA et al., 2007).

O capim-mombaça é uma cultivar introduzida no Brasil em 1984 pela Embrapa

Gado de Corte. Apresenta folhas grandes e largas com inflorescência tipo panícula e ciclo

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vegetativo perene, com forma de crescimento cespitoso, podendo atingir altura media de 2

m sob crescimento livre. Geralmente é recomendado para utilização sob lotação

rotacionada (EMBRAPA, 2012a).

Essa cultivar produz 41.000 kg/ha/ano de matéria seca com 82% de folhas, sendo

utilizada principalmente sob pastejo, apresentando excelentes resultados na produção

animal (JANK et al., 2010).

Euclides et al., (2008), ao avaliar três cultivares de Panicum maximum (Mombaça,

Massai e Tanzânia), quanto a persistência de pastejo, observaram que a produtividade

animal nos pastos da cultivar Mombaça foi maior do que na cv. Massai.

O capim-massai (Panicum maximum Jacq. e Panicum infestum BRA-7102 cv.

Massai) é um híbrido espontâneo entre Panicum maximum x Panicum infestum BRA-

7102 foi coletado na Tanzânia na rota entre Dar es Salaam e Bagamoyo em 1969

lançado pela Embrapa em 2001 (JANK et al., 2010). É uma planta que forma touceira

com altura média de 60 cm e folhas quebradiças, sem cerosidade e largura média de 9

mm. As lâminas foliares apresentam densidade média de pêlos curtos e duros na face

superior. A bainha foliar apresenta densidade alta de pêlos curtos e duros e os colmos

são verdes (EMBRAPA, 2001). Apresenta uma grande velocidade de estabelecimento e

de rebrotação (EMBRAPA, 2012a).

Essa cultivar produz cerca de 19.000 kg/ha/ano de matéria seca com 80,4% de

folha. Tem mostrado uma ótima alternativa para a utilização em sistemas

agrossilvipastoris, mas pode ser recomendado para pastejo em sistema extensivo ou

intensivo, onde sua grande vantagem é a abundância de perfilhos conferindo-se assim a

cobertura completa do solo (JANK et al., 2010).

1.5 Características morfogênicas e estruturais das plantas forrageiras

No cenário atual, o conhecimento da dinâmica de crescimento e o fluxo da

biomassa das plantas que compõem uma pastagem, bem como suas características

morfofisiológicas em respostas aos fatores do meio, são fundamentais na busca da

máxima produção de forragem, de maneira sustentável, como nos sistemas de produção

em pasto com a introdução e avaliação de novas cultivares na Região Nordeste.

As Características morfogênicas englobam o aparecimento, o alongamento e a

duração de vida de folhas e o alongamento de colmos que juntas formam a estrutura do

pasto. Todas essas características são afetadas diretamente pelos fatores abióticos na

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formação da estrutura do dossel como o tamanho da folha, o número de folhas por

perfilho e a quantidade de perfilhos no pasto (LEMAIRE E CHAPMAN, 1996).

Dessa forma, tornam-se importantes os estudos das características morfogênicas

e estruturais (Figura 1), para dispor de uma estimativa da produção primária. Esses

estudos ainda permitem gerar conhecimentos básicos e necessários para definições de

estratégias de manejo (CHAPMAN E LEMAIRE 1993).

Figura – 1. Adaptação do diagrama de Chapman e Lemaire (1993), por Sbrissia e Da

Silva (2001); Cândido (2003). Relação entre as principais características morfogênicas e

estruturais em dossel de gramíneas tropicais na fase vegetativa.

As características morfogênicas como a taxa de aparecimento foliar (TApF),

obtida pela divisão do número de folhas emergidas nos perfilhos, no período, pelo

número de dias envolvidos (TApF, folhas/perfilho.dia) é uma variável que exerce papel

central na morfogênese das plantas forrageiras. Faz parte da dinâmica do fluxo de

biomassa de plantas com influência direta sobre características de tamanho da folha,

densidade populacional de perfilhos e número de folhas vivas por perfilho (LEMAIRE

E CHAPMAN, 1996). A produtividade das gramíneas forrageiras decorre da continua

emissão de folhas e perfilhos, processo importante para restauração da área foliar que

garante a perenidade forrageira (GOMIDE E GOMIDE, 2000).

O filocrono (Filoc, dias/folhas.perfilhos) é o inverso da TApF que representa o

número de dias entre o aparecimento de duas folhas sucessivas (WILHELM E

McMASTER, 1995). Para cada espécie o filocrono é uma variável relativamente

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constante, o que promove uma base de escala para o estudo da morfogênese (LEMAIRE

E AGNUSDEI 2000).

A taxa de alongamento foliar (TAlF, cm/perfilho.dia) é obtida pela diferença

entre o comprimento inicial de cada lâmina pelo seu comprimento final e dividindo-se a

diferença pelo número de dias envolvidos. Enquanto a expansão da lâmina foliar cessa

com o aparecimento da lígula, o alongamento da bainha persiste após exteriorização

desta. Em gramíneas o alongamento foliar está restrito a uma zona na base da folha em

expansão protegida pelo pseudocolmo das mais velhas (SKINNER E NELSON, 1995).

Modificações na TAlF ocorrem em função de duas características celulares: número de

células produzidas por dia e mudança no comprimento da célula.

A duração de vida da folha (DVF, dias) é representada pelo período durante o

qual ocorre o acúmulo de folhas no perfilho sem que seja detectada qualquer perda por

senescência (LEMAIRE E AGNUSDEI, 2000). Correspondendo ao ponto de equilíbrio

entre os processos de crescimento e senescência foliar (NABINGER, 1997). As

gramíneas forrageiras têm um máximo de folhas vivas e ao atingir esse número para

cada folha nova que se produz, a folha mais velha senesce.

Segundo Nascimento Jr. et al. (2002), a DVF está diretamente relacionada com o

manejo da pastagem, pois torna possível estabelecer uma indicação da frequência ideal

de desfolhação das plantas, permitindo melhor planejamento da utilização da pastagem.

A taxa de senescência foliar (TSeF, cm/perfilho.dia), é obtida pela diferença

entre os comprimentos finais das lâminas foliares nos perfilhos e seus comprimentos

ainda verdes dividida pelo número de dias decorridos na avaliação. O processo de

senescência varia conforme a época do ano e fatores do meio (GOMIDE, 1997). Os

fatores do meio com maior relevância sobre a senescência foliar são: luz, água e

nutrientes, porém, esse processo poderá decorrer espontaneamente quando a duração de

vida da folha chega ao final.

A taxa de alongamento de colmo (TAlC, cm/perfilho.dia) é obtida pela diferença

entre os comprimentos finais dos colmos e seus comprimentos iniciais dividida pelo

número de dias decorridos na avaliação. O colmo é importante por ser responsável por

grande parte do crescimento da planta (SBRISSIA E Da SILVA, 2001), o intenso

alongamento do colmo compromete a relação folha/colmo da planta aumentando a

fração colmo da relação, que diminui a qualidade da forragem alterando o valor

nutritivo da mesma, interferindo na produção animal alterando o comportamento

ingestivo dos animais e consumo (SANTOS et al., 2004). Essa variável passou a receber

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a devida atenção quando Sbrissia e Da Silva, (2001); Cândido, (2003) propuseram uma

adaptação no diagrama clássico de Chapman e Lemaire (1993) a fim de que esses

representassem o que se passa com as gramíneas tropicais.

As características morfogênicas acima citadas determinam as estruturais que são

responsáveis pela formação do índice de área foliar do pasto, são elas o comprimento

final da folha (CFF, cm/perfilho), densidade populacional de perfilhos (DPP), número

de folhas vivas por perfilho (NFV) e relação folha/colmo.

Os fatores determinantes do tamanho da folha, segundo o esquema proposto por

Lemaire e Chapman (1996), são as taxas de alongamento e aparecimento de folhas, uma

vez que, para cada genótipo o período de alongamento de folha é uma fração constante

no intervalo de aparecimento de folhas sucessivas. Enquanto a taxa de alongamento de

folhas está diretamente relacionada com o comprimento final da folha, folhas de menor

tamanho são associadas a valores mais elevados de aparecimento (NABINGER E

PONTES, 2001).

A densidade populacional de perfilhos (perfilhos/m2) é o resultado da dinâmica

de morte e aparecimento de perfilhos ao longo do tempo. A dinâmica populacional

resulta em modificação da longevidade e estabilidade de gerações individuais e da

população de perfilhos como um todo (Da SILVA et al., 2008). Com isso, o perfilho é

que constitui a unidade básica das gramíneas forrageiras (HODGSON, 1990), estando o

desenvolvimento morfológico baseado na sucessiva diferenciação de fitômeros (lâmina,

bainha, lígula, nó, entrenó e gema axilar) em diferentes estádios de desenvolvimento

(VALENTINE E MATTHEW, 1999), a partir do meristema apical. Uma única planta

pode apresentar várias gerações de perfilhos, pois cada gema axilar pode,

potencialmente, formar um perfilho.

O número de folhas vivas por perfilho (NFV, folhas/perfilho), pode ser

calculado pelo número médio de folhas em alongamento e alongadas por perfilho

desconsiderando folhas senescentes de cada perfilho, e é resultado entre a TApF e a

DVF. Um critério a ser observado é que possibilita o manejo de gramíneas cespitosas,

auxilia na definição do período de descanso, procurando maximização das produções

primárias e secundária da pastagem, constituindo-se em critério objetivo e prático para

quem trabalha com manejo de pastagem (GOMIDE et al., 2006).

A relação folha/colmo varia com a espécie forrageira, sendo maior em espécies

de colmo ereto e mais lignificado. Esta relação está intimamente ligada aos valores de

matéria seca das lâminas verdes e matéria seca de colmos verdes estimados em uma

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pastagem. Em gramíneas de hábito de crescimento ereto, a relação folha/colmo é

diminuída drasticamente com o alongamento dos colmos (SBRISSIA E Da SILVA,

2001), e esta relação está sujeita a influência de fatores relacionados ao manejo das

plantas forrageiras, como o ciclo de pastejo, período de descanso (CÂNDIDO et al.,

2005). Com a queda da relação da folha/colmo, além de diminuir o valor nutritivo da

forragem disponível, causa também prejuízo para eficiência do pastejo animal.

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24

2. Respostas morfogênicas de seis forrageiras em regime de corte no nordeste

brasileiro.

Trabalho redigido nas normas da revista:

Ciência Agronômica do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Ceará.

Página eletrônica: http://www.ccarevista.ufc.br.

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25

Respostas morfogênicas de seis forrageiras em regime de corte no nordeste 1

brasileiro1 2

Alano Albuquerque Luna2*, Gelson dos Santos Difante3 3

Resumo- Na tentativa de implantar pastagens cultivadas que possam efetivamente 4

aumentar a exploração pecuária do semiárido brasileiro, inúmeras gramíneas vêm sendo 5

usadas, mas pouco estudadas em termo de estratégias do seu manejo nessa região. Com 6

isso, objetivou-se avaliar as características morfogênicas de três gêneros, Brachiaria, 7

Panicum e Cenchrus em regime de corte. O delineamento utilizado foi em blocos ao 8

acaso com três repetições e seis tratamentos. Após cada corte foram feitas avaliações de 9

produção de forragem, taxas de aparecimento e alongamento de folhas e colmo, 10

filocrono, comprimento final da folha, número de folhas vivas, duração de vida da 11

folha, taxa de senescência de folhas. Na produção de forragem os maiores valores foram 12

obtidos nas cultivares Xaraés, Piatã e Massai. A taxa de aparecimento foliar das 13

cultivares Áridus e Biloela apresentaram maiores valores no mês maio e junho. No mês 14

de julho a maior taxa de aparecimento foliar foi observada na cultivar Biloela. O maior 15

número de folhas vivas foram obtidos pelas cultivares Áridus, Biloela e Piatã no mês de 16

maio. A cultivar Biloela obteve maior valor do número de folhas vivas no mês de junho 17

e menor no mês de setembro. Conclui-se que, as maiores taxas de aparecimento de 18

folhas e número de folhas vivas observadas nas cultivares do gênero Cenchrus, não 19

foram suficientes para superar o maior potencial de produção de forragem das cultivares 20

dos gêneros Panicum e Brachiaria. 21

22

Palavras-Chave – Brachiaria, Cenchrus, Fluxo de tecidos, Panicum, Semiárido. 23

* Autor para correspondência. 24 1 Parte da dissertação de Mestrado do primeiro autor, apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Produção Animal - 25 UFRN/UFERSA, financiado pelo CNPq. 26 2 Discente do Programa de Pós-Graduação em Produção Animal – UFRN/UFERSA, Natal-RN e bolsista de mestrado do CNPq, 27 email: [email protected] 28 3 Docente Adjunto II da Unidade Acadêmica Especializada em Ciências Agrárias – UFRN, Natal-RN e bolsista de produtividade do 29 CNPq. 30

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26

Morphogenic responses in six forage cutting regime in northeast Brazil. 1

Alano Albuquerque Luna2*, Gelson dos Santos Difante3 2

3

Abstract – In an attempt to establish pastures that can effectively increase the farm of 4

the Brazilian semiarid region, many grasses have been used but little studied in terms of 5

their management strategies in this region. Thus, the objective was to evaluate the 6

morphogenesis of three genera Brachiaria, Panicum and Cenchrus in a cutting regime. 7

The experimental design was randomized blocks with three replications and six 8

treatments. After each section were evaluated for forage production, appearance and 9

elongation rates of leaves and stem, phyllochron, final leaf length, number of living 10

leaves, leaf lifespan, leaf senescence rate. On forage yield the highest values were 11

obtained in cultivars Xaraes, Piata and Massai. The leaf appearance rate and Aridus 12

Biloela cultivars showed higher values in the months May and June. In July, the highest 13

rate of leaf appearance was observed in cultivar Biloela. The number of leaves in the 14

month of May, the highest values were obtained by cultivars Aridus, Biloela and Piata. 15

The cultivar Biloela won the highest number of leaves in June and lowest in September. 16

It is concluded that the highest rates of leaf appearance and number of living leaves in 17

cultivars of the genus Cenchrus were not enough to overcome the greatest potential for 18

forage production of cultivars of the genera Panicum and Brachiaria. 19

20

Key Words - Brachiaria. Cenchrus. Flow tissues. Panicum. Semiarid. 21

22

* Author for correspondence. 23 1 Part of the Master's thesis of the first author submitted to the Graduate Program in Animal Production - UFRN / UFERSA, CNPq. 24 2 Student Program Graduate Program in Animal Production - UFRN / UFERSA, Natal-RN and Masters scholarship from CNPq, 25 email: [email protected]

26 3 Assistant Professor II of Academic Unit Specialized in Agricultural Sciences - UFRN, Natal-RN and Fellow of CNPq 27 productivity. 28 29 30 31

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27

Introdução 32

O semiárido nordestino possui cerca de 700.000 km² e 23 milhões de pessoas, 33

caracterizando um adensamento atípico para uma região semiárida e somado a falta de 34

investimentos em processos produtivos, o trabalhador rural sobrevive basicamente do 35

extrativismo (FRANCELINO et al., 2003). 36

A caatinga nativa consiste na vegetação natural, sem nenhum tipo de 37

interferência do homem, com predominância do estrato arbóreo e arbustivo. Possui 38

baixa capacidade de suporte, onde são necessários de 10 a 12 ha para manutenção de um 39

bovino e em torno de 1,3 ha para caprinos e ovinos (ARAÚJO FILHO et al., 1995). 40

Apesar do número expressivo do rebanho nordestino, este apresenta baixos índices 41

produtivos (IBGE, 2006), isso porque, de maneira geral os animais são criados em 42

sistemas extensivos, sem nenhuma tecnificação, na maioria das vezes exercendo 43

superpastejo. 44

Na tentativa de implantar pastagens cultivadas que possam efetivamente 45

aumentar a exploração pecuária do semiárido brasileiro, inúmeras gramíneas vêm sendo 46

usadas, mas pouco estudadas em termo de estratégias de manejo nessa região. 47

As avaliações de características morfogênicas são ferramentas que auxiliam no 48

manejo e no estudo da adaptação das forrageiras e permitem gerar conhecimentos 49

básicos e necessários para definições de metas de pastejo. 50

Sabe-se que o potencial de produção de uma planta forrageira é determinado 51

geneticamente, porém, para que esse potencial seja alcançado, condições adequadas do 52

meio (temperatura, umidade, luminosidade, disponibilidade de nutrientes) e manejo 53

devem ser observadas (FAGUNDES et al., 2006). Dentre essas condições, na região 54

Nordeste, a baixa disponibilidade de água, seguramente, é um dos principais fatores que 55

interferem na produtividade e na qualidade da forragem. Existe a necessidade de se 56

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28

buscarem informações sobre as condições do meio e dos componentes de crescimento 57

do pasto na região Nordeste com o objetivo principal de aumentar a produtividade. 58

Nesse contexto objetivou-se avaliar o acúmulo de forragem e as características 59

morfogênicas das cultivares de Brachiaria brizantha (Xaraés e Piatã), Panicum 60

maximum (Massai e Mombaça) e Cenchrus ciliares (Áridus e Biloela) em regime de 61

corte. 62

Material e Métodos 63

O experimento foi conduzido na área experimental do Grupo de Estudos em 64

Forragicultura (GEFOR), situado na Unidade Acadêmica Especializada em Ciências 65

Agrárias – Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN, em Macaíba, RN, 66

coordenadas geográficas aproximadas de 5º 51’ 30” de latitude Sul e 35º 21’ 14” de 67

longitude Oeste, altitude de 11 metros, período chuvoso de março a junho, temperaturas 68

médias anuais variando de 21 a 32 °C, umidade relativa média anual de 76% e 2700 69

horas de insolação (IDEMA, 2012). O período experimental foi de maio a setembro de 70

2011, período de concentração das chuvas na região (Figura.1). 71

198

128

76

207

269 281

163

1844

0 7 00

50

100

150

200

250

300

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Pre

cipi

taçã

o (m

m)

72 Figura 1. Precipitação média mensal da área experimental, Macaíba-RN. 73 74

Foram realizadas análises de solo nos perfis de 0 – 20 cm e 20 – 40 cm no início 75

do período experimental (Tabela1). De acordo com o resultado das análises foram feitas 76

adubações de implantação, utilizando 70 kg de P2O5/ha (superfostato simples) e 100 kg 77

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29

de (NH4)2SO4/ha de nitrogênio (sulfato de amônio), o nitrogênio foi parcelado em duas 78

aplicações realizadas nos meses de maio e agosto. 79

Tabela 1. Caracterização química do solo da área experimental, Macaíba-RN. 80 Amostra de Solo 0 – 20 cm 20 – 40 cm pH em água (1:2,5) 6,08 5,30 Cálcio (cmolc.dm-3) 1,22 1,62 Magnésio (cmolc.dm-3) 0,48 0,81 Alumínio (cmolc.dm-3) 0,00 0,10 Hidrogênio + Alumínio (cmolc.dm-3) 1,62 2,30 Fósforo (mg.dm-3) 7,00 4,00 Potássio (mg.dm-3) 75,0 124 Sódio (mg.dm-3) 27,0 29,0

81

O experimento foi estabelecido em janeiro de 2011 e o corte de uniformização 82

foi realizado após 84 dias na altura de 20 cm do solo e repetido a cada 30 dias sempre 83

na mesma altura inicial. O delineamento utilizado foi em blocos ao acaso com três 84

repetições e seis tratamentos. 85

Foram avaliados três espécies de gramíneas: Brachiaria brizantha cvs. Piatã e 86

Xaraés; Panicum maximum cvs. Massai e Mombaça e Cenchrus ciliaris cvs. Áridus e 87

Biloela. Cada parcela foi constituída de sete linhas de três metros, espaçadas a cada 0,33 88

m. A área útil das parcelas cobria as três linhas centrais, ficando 0,66 m de cada 89

extremidade como bordadura. As dimensões totais da área útil foram de 1,0 m x 2,0 m = 90

2,0 m². O campo foi mantido permanentemente livre de plantas daninhas e foi realizado 91

o controle de formigas durante todo o período de avaliação. 92

A produção de forragem foi estimada pelo acúmulo de forragem entre os 30 dias 93

de cada corte. Após a eliminação das bordaduras a massa de forragem da área útil foi 94

cortada e pesada no campo individualmente para determinação do peso verde. Foi 95

retirada uma sub-amostra (mínimo de 500 gramas), que foi pesada e levada à estufa de 96

ventilação forçada a 65ºC por 72 horas para determinar a estimativa de matéria seca 97

total. 98

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30

Após cada corte foram marcados ao acaso três perfilhos por unidade 99

experimental, para determinação do aparecimento, alongamento, duração de 100

alongamento e senescência de folhas de perfilhos basilares. Os perfilhos foram 101

identificados com anéis plásticos e, para melhor visualização no campo, ao lado de cada 102

perfilho, foi fixado um arame colorido. 103

As avaliações foram realizadas, medindo-se o comprimento total das lâminas 104

foliares expandidas e emergentes e da porção senescente das lâminas foliares 105

expandidas, assim como o comprimento do pseudocolmo (colmo+bainha), tomando a 106

distância da última lígula exposta até a base do perfilho. A partir dessas informações de 107

campo foi possível calcular as variáveis morfogênicas. 108

A taxa de aparecimento de folhas foi calculada dividindo-se o número total de 109

folhas surgidas no perfilho pelo período de rebrotação (TApF, folhas/perfilho.dia). O 110

filocrono foi estimado como o inverso da taxa de aparecimento de folhas (Filoc, 111

dias/folhas.perfilhos) (SKINNER E NELSON, 1995). A taxa de alongamento de folhas 112

foi calculada dividindo-se o comprimento acumulado de folhas no perfilho, pelo 113

período de dias de avaliação (TAlF, cm/perfilho.dia). A taxa de alongamento de colmo 114

foi calculada dividindo-se o comprimento acumulado do pseudocolmo (colmo+bainha) 115

no perfilho, pelo período de dias de avaliação (TAlC, cm/perfilho.dia). O comprimento 116

final da folha foi calculado pelo produto da taxa de expansão foliar e a duração do 117

período de alongamento para uma dada folha (CFF, cm/perfilho). O número de folhas 118

vivas por perfilho foi obtido sempre pelo máximo número de folhas durante o período 119

de avaliação (NFV, folhas/perfilho). A duração de vida da folha foi estimada 120

considerando-se o tempo entre o aparecimento do ápice foliar e o primeiro sinal de 121

senescência, calculada pelo o produto do NFV pelo Filoc. (DVF, dias). A taxa de 122

senescência de folhas foi calculada dividindo-se o comprimento acumulado da 123

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senescência das folhas no perfilho pelo período de dias de avaliação (TSeF, 124

cm/perfilho.dia). 125

Os dados foram submetidos à análise de variância utilizando-se o procedimento 126

GLM, disponível no pacote estatístico Statistical Analysis System (SAS, 1999). As 127

comparações entre médias foram feitas por meio do teste Tukey, a 5% de significância. 128

Foi utilizado o seguinte modelo: Yijk=µ+Fi+Ij+FIij+Ck+eijk, em que: Yijk = 129

valor observado da cultivar i do mês j no bloco k; µ= constante geral (média da 130

população); Fi= efeito da cultivar i, i= 1, 2, 3, 4, 5, 6; Ij= efeito do mês j, j= 1, 2, 3, 4, 5; 131

FIij = interação cultivar i e mês j; Ck= efeito do bloco k, k = 1, 2, 3; e eijk = erro 132

aleatório associado a cada observação eijk. 133

Resultados e Discussão 134

Não houve interação entre meses de avaliação e as cultivares para produção de 135

forragem e acúmulo de forragem (P=0,1013) e (P=0,1013) consecutivamente, (Tabela 2 136

e 3). A produção de forragem foi maior nas cultivares (P<0,0001) Xaraés, Piatã e 137

Massai que não diferiu estatisticamente da cv. Mombaça (Tabela 2). Segundo 138

Cavalcanti Filho et al., (2008) a produção de matéria seca de uma espécie é dependente 139

da sua adaptação aos fatores do meio e do manejo aplicado. Neste sentido as espécies do 140

gênero Panicum e Brachiaria se destacam pela adaptação a condições edafoclimáticas 141

diversas e são conhecidas mundialmente por sua alta produtividade e qualidade (JANK 142

et al., 2010). 143

A menor taxa de acúmulo de forragem foi observada na cultivar Áridus (Tabela 144

2), mas não diferiu da cv. Biloela. Essa baixa resposta de produção do capim-buffel 145

pode ser explicada pelos dados observados por (EDVAN et al., 2011), quando estudou 146

as características morfogênicas de diferentes cultivares de capim-buffel e observou que 147

nos tratamentos com resíduo de 20 cm de altura, foram obtidos os menores valores de 148

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produção de forragem. Fato que demonstra que o corte com resíduo 20 cm foi severo e 149

as plantas levaram mais tempo para se recuperar, provavelmente por causa do 150

meristema apical dos perfilhos que foram decapitados, já que o gênero estudado possui 151

crescimento cespitoso. Com o resíduo de 40 cm de altura de corte o mesmo autor 152

observou elevada massa seca de forragem total, onde com 40 cm de resíduo ele 153

encontrou 2410 kg/MS/ha e no corte com 20 cm de resíduo 1120 kg/MS/ha. 154

155

Tabela 2. Produção de forragem (PFor) e taxa acúmulo de forragem (TAc) de seis 156 forrageiras tropicais. 157

Variáveis Áridus Biloela Massai Mombaça Piatã Xaraés PFor (kg/ha de

MS) 619,1c 936,4bc 1684,6a 1347,6ab 1540,3a 1753,9a TAc (kg/ha.dia

de MS) 20,63c 31,21bc 56,15a 44,92ab 51,34a 58,46a Médias seguidas das mesmas letras, na linha, não diferem (P>0,05) entre si, segundo o teste Tukey. 158

159

A PFor foi maior no mês de junho (P<0,0001) (Tabela 3), e a TAc seguiu a 160

mesma tendência da produção de forragem. A estacionalidade na produção de forragem 161

é um fenômeno que ocorre na maioria das forrageiras tropicais, sendo determinado, 162

principalmente, pelas limitações de luz, disponibilidade de água e temperatura 163

(MALDONADO et al., 1997), no Nordeste o fator mais crítico é a disponibilidade de 164

água, caso observado no período experimental (Figura 1). 165

166

Tabela 3. Produção de forragem e taxa acúmulo de forragem no período de maio a 167 setembro de 2011. 168

Variáveis Jun Jul Ago Set

PFor (kg/ha de MS) 2757,2a 1063,1b 671,3c 763,0bc

TAc (kg/ha.dia de MS) 91,90a 35,43b 22,37c 25,43bc Médias seguidas das mesmas letras, na linha, não diferem (P>0,05) entre si, segundo o teste Tukey. 169

170

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33

Dessa forma, plantas com metabolismo C4, como é o caso das do gênero Panicum, 171

Brachiaria e Cenchrus para cada grama de matéria orgânica produzida, 172

aproximadamente 300g de água são absorvidas pelas raízes, só que 95% são perdidas 173

pelo processo de transpiração e o restante utilizado no metabolismo e crescimento 174

vegetal (TAIZ; ZEIGER, 2009). Levando isso em consideração, conforme os meses do 175

experimento foram passando diminuiu a disponibilidade de água para essas plantas 176

(Figura 1) que responderam com uma diminuição na produção de forragem. 177

Em experimento realizado com capim-buffel no semiárido paraibano Dantas Neto 178

et al., (2000) observaram que a aplicação de água aumentou o rendimento de matéria 179

seca em todas as idades ao primeiro corte, e o máximo rendimento estimado (5.191 180

kg/ha de MS) ocorreu com a aplicação de uma lâmina de água de 334 mm e corte aos 80 181

dias após a germinação. 182

Ribeiro et al., (2009) estudaram a influência da irrigação, nas épocas seca e 183

chuvosa, na produção dos capins Napier e Mombaça, onde encontraram para produção 184

de matéria seca total na época seca no capim Napier 6.556,1 kg/ha de MS no tratamento 185

irrigado e no não irrigado 5.332,1 kg/ha de MS, já no capim Mombaça na época seca 186

para o tratamento irrigado foi encontrado 4.426,5 kg/ha de MS e no não irrigado 2.975,7 187

kg/ha de MS. Esses valores demonstram que a água influência diretamente na produção 188

de matéria seca das gramíneas. 189

Houve interação entre as cultivares e os meses de avaliação (P<0,0001) para a 190

taxa de aparecimento foliar (Tabela 4). Na cultivar Áridus foi observado que os maiores 191

valores de TApF foi nos meses de maio, junho e julho. Na cultivar Biloela a maior 192

média foi no mês de junho mais não diferiu de maio e julho. Já nas cultivares Massai, 193

Mombaça, Piatã e Xaraés não houve diferença entre os meses avaliados. 194

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Conforme Silva et al., (2005), estudando características morfogênicas de quatro 195

espécies de gramíneas forrageiras tropicais sob diferentes condições hídricas do solo, 196

destacou que a taxa de aparecimento de folhas foi influenciada pela disponibilidade de 197

água no solo, a TApF apresentou maior valor a partir da completa saturação com água 198

nos poros do solo, na Tabela 4 observa-se que nos meses de maior precipitação as cvs. 199

apresentaram as maiores médias de TApF. 200

No mês maio as cultivares Áridus e Biloela foram os que apresentaram maiores 201

valores para TApF, as cultivares Massai, Mombaça e Xaraés as menores médias. No 202

mês de junho as cultivares Áridus e Biloela continuaram a apresentar as maiores médias 203

diferindo das demais, no mês de julho a maior taxa de aparecimento foliar foi observada 204

pela cultivar Biloela e as menores nos capins Massai e Xaraés. Nos meses de agosto e 205

setembro as cultivares não diferiram entre si (Tabela 4). 206

Segundo Porto (2009), estudando cultivares de capim-buffel em duas épocas do 207

ano, no verão e no outono encontrou diferença entre os cultivares na época do verão, 208

isto evidência que, mesmo entre cultivares de mesma espécie, pode haver diferença em 209

suas características morfofisiológicas em resposta a uma dada condição edafoclimática. 210

Com relação à taxa de alongamento foliar houve efeito dos meses (P=0,0012) de 211

avaliação nas cvs Áridus, Biloela e Massai (Tabela 4). Na cultivar Áridus a maior taxa 212

foi no mês de maio não diferindo do mês de junho, já os meses de julho, agosto e 213

setembro obtiveram as menores TAlF. A cultivar Biloela obteve maior média nos mês 214

de junho, onde nos meses de agosto e setembro foram os que obtiveram as menores 215

médias. Já na cultivar Massai a maior taxa de alongamento foliar foi em junho e a 216

menor em setembro. Apesar dos valores de alongamento foliar terem diminuído ao 217

longo do período de avaliação nas cvs. Mombaça, Piatã e Xaraés, não houve diferença 218

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significativa. Entre as gramíneas não foram observadas diferenças significativas para 219

essa variável entre os períodos de avaliação (P=0,2493). 220

Devido a diminuição das chuvas em agosto e setembro houve menor taxa de 221

alongamento foliar nas cultivares Áridus, Biloela e Massai. Segundo Taiz e Zeiger 222

(2004), a água por meio da regulação da pressão de turgescência das células vai 223

influenciar muitos processos fisiológicos na planta como a expansão e o alongamento 224

de folhas. 225

Com o déficit hídrico moderado a divisão celular continua ocorrendo, mas em 226

condições de deficiência hídrica, a TAlF seria afetada mais rapidamente pelo papel 227

essencial da água na expansão celular (NABINGER, 1996). 228

229

Tabela 4. Taxa de aparecimento foliar e taxa de alongamento foliar de seis gramíneas 230 tropicais no período de maio a setembro de 2011. 231

Taxa de aparecimento foliar (folhas/perfilho.dia)

Cultivares Mai Jun Jul Ago Set Áridus 0,29aA 0,32aA 0,22abAB 0,15aB 0,13aB Biloela 0,25aAB 0,34aA 0,27aAB 0,20aB 0,13aB Massai 0,13bA 0,16bA 0,15bA 0,12aA 0,08aA

Mombaça 0,12bA 0,12bA 0,18abA 0,16aA 0,08aA Piatã 0,17abA 0,15bA 0,17abA 0,15aA 0,12aA

Xaraés 0,12bA 0,10bA 0,16bA 0,15aA 0,09aA Taxa de alongamento foliar (cm/perfilho.dia)

Áridus 3,03aA 2,20aAB 0,78aB 0,44aB 0,13aB Biloela 2,39aAB 3,18aA 1,94aAB 0,85aB 0,19aB Massai 1,89aAB 2,00aA 1,07aAB 1,52aAB 0,29aB

Mombaça 1,96aA 1,87aA 1,88aA 1,78aA 0,40aA Piatã 2,56aA 1,72aA 1,41aA 1,18aA 0,40aA

Xaraés 1,94aA 1,80aA 1,72aA 1,75aA 0,70aA Médias seguidas das mesmas letras minúsculas, na coluna, não diferem (P>0,05) entre si, segundo o teste Tukey. 232 Médias seguidas das mesmas letras maiúsculas, na linha, não diferem (P>0,05) entre si, segundo o teste Tukey. 233

234

Não houve interação entre meses de avaliação e as cultivares para comprimento 235

final da folha e filocrono (P=0,0729) e (P=0,0720) consecutivamente, (Tabelas 5 e 6). O 236

CFF foi maior nas cultivares Massai e Mombaça e menor na cultivar Áridus, onde CFF 237

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é influenciado pelo genótipo, nos quais os maiores valores podem estar diretamente 238

correlacionados a maior produção de matéria seca, caso observado na Tabela 2. 239

Os fatores determinantes do tamanho da folha, de acordo com o esquema 240

proposto por Lemaire e Chapman (1996), são as taxas de alongamento e aparecimento 241

de folhas, uma vez que, para cada genótipo o período de alongamento de folha é uma 242

fração constante no intervalo de aparecimento de folhas sucessivas. O alongamento da 243

folha está diretamente correlacionado com o tamanho final da folha, folhas de menor 244

tamanho são associadas a maior taxa de aparecimento, justificando assim as respostas 245

encontradas para as cultivares Áridus e Biloela. 246

O Filocrono foi maior na cultivar Xaraés e menor nas cultivares Áridus e 247

Biloela. Segundo Garcez Neto et al. (2002), ao avaliar o capim-mombaça adubado com 248

crescentes doses de nitrogênio, encontraram valores entre 8 e 12 dias para expansão 249

completa da folha, do ápice até o aparecimento da lígula das folhas, esses resultados 250

foram semelhantes encontrados nas cultivares Massai, Mombaça e Xaraés (Tabela 5). 251

252

Tabela 5. Comprimento final da folha (CFF, cm/perfilho) e filocrono (Filoc, 253 dias/folhas.perfilhos) de seis forrageiras tropicais. 254

Variáveis Áridus Biloela Massai Mombaça Piatã Xaraés

CFF 14,24c 18,08bc 23,43a 22,17a 19,68ab 19,77ab

Filoc 5,46c 4,94c 8,35ab 8,42ab 6,71bc 8,54ª Médias seguidas das mesmas letras, na linha, não diferem (P>0,05) entre si, segundo o teste Tukey. 255

256

No mês de maio o CFF foi maior (P<0,0001) e decresceu ao longo do período 257

experimental provavelmente devido a diminuição da precipitação. 258

O filocrono foi maior no mês de setembro diferindo dos outros quatro meses 259

anteriores (Tabela 6). Devido à diminuição das chuvas no mês de setembro o intervalo 260

de aparecimento entre duas folhas aumentou e as cultivares que normalmente 261

apresentam maior quantidade de massa de folhas por meio do seu comprimento como 262

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Mombaça, Massai, Xaraés e Piatã foram os que mais apresentaram a influência do 263

ambiente nesta característica (Tabela 5). 264

265

Tabela 6. Comprimento final da folha (CFF, cm/perfilho) e filocrono (Filoc, 266 dias/folhas.perfilhos) no período de maio a setembro de 2011. 267

Variáveis Mai Jun Jul Ago Set CFF 28,35ª 21,38b 17,46c 17,86c 12,79d Filoc 6,56b 6,19b 5,49b 6,51b 10,59ª

Médias seguidas das mesmas letras, na linha, não diferem (P>0,05) entre si, segundo o teste Tukey 268

269

Houve interação entre as cultivares avaliadas e os meses de avaliação para 270

duração de vida da folha (P=0,0002) e número de folhas vivas (P=0,0425) (Tabela 7). A 271

DVF para cultivar Áridus foi maior nos meses de agosto e setembro, e menor nos meses 272

de maio e junho. A cultivar Mombaça obteve maior valor para duração de vida da folha 273

no mês setembro e menor valores nos meses de maio e julho. As cultivares Biloela, 274

Massai, Piatã e Xaraés não obtiveram diferença entre os meses de avaliação. 275

No mês de maio as cultivares Piatã e Xaraés obtiveram as maiores DVF e a 276

cultivar Áridus a menor. No mês de junho a cultivar Xaraés obteve a maior DVF e as 277

cultivares Áridus e Biloela as menores. Nos meses de julho, agosto e setembro não 278

obtiveram diferenças entre as cultivares avaliadas. 279

Quando existe uma menor duração de vida das folhas é sinal de uma maior 280

renovação de tecidos, bem observados nas cultivares do gênero Cenchrus (Áridus e 281

Biloela). Essa variável é mais fácil de ser entendida quando analisada em conjunto com 282

TApF, onde as cultivares Áridus e Biloela obtiveram maiores TApF (Tabela 4), e 283

menores valores de DVF, demonstrando assim uma maior renovação de tecidos. Com 284

isso, possivelmente plantas com maior TApF tendem a possuir uma DVF menor. 285

Segundo Nascimento Jr. et al. (2002), a DVF está diretamente relacionada com 286

o manejo do pasto, pois com ela se pode estabelecer uma indicação da frequência ideal 287

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de desfolhação das plantas, permitindo um melhor planejamento da utilização da 288

pastagem. 289

A cultivar Biloela obteve maior número de folhas vivas no mês de junho e 290

menor no mês de setembro. A cultivar Mombaça obteve maior valor no mês de julho e 291

menor no mês de maio. No mês de maio os maiores valores de folhas vivas foram 292

observados nas cultivares Áridus, Biloela e Piatã e o menores na cultivar Mombaça 293

(Tabela 7). 294

De acordo com Fulkerson et al. (1999), quando ocorre uma estabilização NFV é 295

porque existe uma compensação no aparecimento de folhas novas com a senescência 296

das primeiras folhas, com isso é proposto um critério que determina o momento de corte 297

da planta para que não ocorra perda da forragem produzida. 298

299 Tabela 7. Duração de vida das folhas e número de folhas vivas por perfilho de seis 300

gramíneas tropicais no período de maio a setembro de 2011. 301

Duração de vida da folha (dias) Cultivares Mai Jun Jul Ago Set

Áridus 18,32bB 20,06bB 28,18aAB 43,65aA 40,53aA Biloela 21,93abA 21,45bA 25,12aA 25,92aA 34,44aA Massai 27,14abA 29,55abA 28,80aA 36,54aA 38,50aA

Mombaça 21,59abB 29,68abAB 27,83aB 29,71aAB 45,50aA Piatã 35,55aA 36,83abA 31,33aA 36,61aA 39,27aA

Xaraés 34,67aA 41,77aA 31,11aA 37,04aA 36,16aA Número de folhas vivas (folhas/perfilho)

Áridus 5,33aA 6,66abA 6,33aA 6,33aA 5,00aA Biloela 5,33aAB 7,66aA 7,00aAB 5,33aAB 4,66aB Massai 3,33abA 4,66bA 4,33aA 4,33aA 3,00aA

Mombaça 2,33bB 3,66bAB 5,33aA 5,00aAB 3,66aAB Piatã 6,00aA 5,66abA 5,33aA 5,66aA 4,33aA

Xaraés 4,00abA 4,33bA 4,66aA 5,33aA 3,33aA Médias seguidas das mesmas letras minúsculas, na coluna, não diferem (P>0,05) entre si, segundo o teste Tukey. 302 Médias seguidas das mesmas letras maiúsculas, na linha, não diferem (P>0,05) entre si, segundo o teste Tukey. 303

304

Houve interação entre cultivares e meses para (TSeF e TAlC), respectivamente 305

(Tabela 8). A cultivar Áridus obteve maior TSeF no mês de maio e menor nos meses de 306

agosto e setembro. A cultivar Biloela obteve maior valor de TSeF no mês de maio e 307

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39

menor no mês de setembro. As cultivares Massai, Mombaça, Piatã e Xaraés não 308

obtiveram diferença estatística entre os meses avaliados para taxa de senescência foliar. 309

No mês de maio a TSeF foi maior na cultivar Áridus e menor nas cultivares 310

Massai, Piatã e Xaraés. No mês de junho a TSeF foi maior na cultivar Áridus e menor 311

nas cultivares Mombaça e Xaraés. Nos meses de julho, agosto e setembro não houve 312

diferença entre as cultivares avaliadas para taxa de senescência foliar, fato que pode ser 313

explicado por estar relacionado à maior incidência pluviométrica no início do 314

experimento, acelerando o fluxo de biomassa e propiciando elevada TSeF (Tabela 8), 315

menor DVF (Tabela 7) e uma maior TApF (Tabela 4) caracterizando assim o aumento 316

desse fluxo de biomassa nos meses de maior precipitação. 317

318

Tabela 8. Taxa de senescência foliar e Taxa de alongamento de colmo de seis 319 gramíneas tropicais no período de maio a setembro de 2011. 320

Taxa de senescência foliar (cm/perfilho.dia)

Cultivares Mai Jun Jul Ago Set Áridus 1,57aA 1,21aAB 0,65aAB 0,42aB 0,31aB Biloela 1,48abA 0,95abAB 0,69aAB 0,63aAB 0,13aB Massai 0,36bA 0,37abA 0,29aA 0,46aA 0,14aA

Mombaça 0,96abA 0,00bA 0,28aA 0,80aA 0,05aA Piatã 0,55bA 0,35abA 0,39aA 0,28aA 0,07aA

Xaraés 0,18bA 0,10bA 0,01aA 0,29aA 0,12aA Taxa de alongamento de colmo (cm/perfilho.dia)

Áridus 0,84bA 0,51abAB 0,16aB 0,11aB 0,01aB Biloela 1,56aA 0,99aB 0,37aC 0,37aC 0,18aC Massai 0,19cA 0,00bA 0,00aA 0,00aA 0,00aA

Mombaça 0,10cA 0,00bA 0,02aA 0,00aA 0,01aA Piatã 1,24abA 0,30bB 0,22aB 0,10aB 0,00aB

Xaraés 0,31cA 0,08bA 0,14aA 0,14aA 0,00aA Médias seguidas das mesmas letras minúsculas, na coluna, não diferem (P>0,05) entre si, segundo o teste Tukey. 321 Médias seguidas das mesmas letras maiúsculas, na linha, não diferem (P>0,05) entre si, segundo o teste Tukey. 322

323

As maiores TAlC nas cultivares Áridus e Biloela foram observadas no mês de 324

maio e a menores nos meses de julho, agosto e setembro. A cultivar Piatã obteve maior 325

valor de TAlC no mês de maio e menor nos meses de junho, julho, agosto e setembro. 326

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40

As cultivares Massai, Mombaça e Xaraés não apresentaram diferença entre os meses de 327

avaliação para TAlC (Tabela 8). 328

No mês de maio a cultivar Biloela obteve maior TAlC e as cultivares Massai, 329

Mombaça e Xaraés as menores. No mês de junho a maior TAlC foi obtida pela cultivar 330

Biloela e as menores Massai, Mombaça, Piatã e Xaraés (Tabela 8). 331

Ao avaliar características morfogênicas e estruturais de gramíneas sob irrigação 332

Magalhães (2010), relatou que, a menor lâmina de água reduziu a TAlC, confirmando 333

que a menor disponibilidade de água no solo promove a redução no alongamento do 334

colmo. Essa disponibilidade implica no atraso da maturidade da planta, com menores 335

produções de matéria seca, mas com melhor valor nutritivo. 336

Esse alongamento de colmo elevado nas cultivares do Cenchrus ciliaris pode ter 337

ocorrido pela presença de inflorescência nos períodos de maior precipitação, logo esse 338

gênero é adaptado às condições climáticas da região Nordeste onde os períodos de 339

chuva são curtos e para a perpetuação da espécie o seu ciclo fenotípico é mais rápido do 340

que as outras cultivares avaliadas. 341

Conclusão 342

As maiores taxas de aparecimento de folhas e número de folhas vivas por 343

perfilho observadas nas cultivares do gênero Cenchrus, não foram suficientes para 344

superar o maior potencial de produção de forragem das cultivares dos gêneros Panicum 345

e Brachiaria. 346

Referências 347

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43

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44

3. Dinâmica de perfilhamento de gramíneas tropicais em regime de corte.

Trabalho redigido nas normas da revista:

Ciência Agronômica do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Ceará.

Página eletrônica: http://www.ccarevista.ufc.br.

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45

Dinâmica de perfilhamento de gramíneas tropicais em regime de corte.1 1

Alano Albuquerque Luna2*, Gelson dos Santos Difante3 2

Resumo - Dentre os fatores que afetam o fluxo de biomassa de uma gramínea 3

forrageira, o perfilhamento exerce maior influência sobre o acúmulo de forragem. Com 4

isso, o objetivou-se avaliar a densidade populacional de perfilhos e a dinâmica de 5

perfilhamento de três gêneros, Brachiaria, Panicum e Cenchrus em regime de corte. O 6

delineamento utilizado foi em blocos ao acaso com três repetições e seis tratamentos. Os 7

dados referentes à densidade populacional de perfilhos foram obtidos por meio da 8

contagem do total de perfilhos basilares em uma área de 0,25m2. A avaliação da 9

dinâmica populacional de perfilhos foi realizada sempre após os cortes. Com essas 10

informações foram calculadas as taxas de aparecimento, mortalidade, sobrevivência e 11

índice de estabilidade. A maior densidade populacional de perfilhos foi observada na 12

cultivar Massai com média de 1019,52 perfilhos/m2. A maior taxa de aparecimento de 13

perfilhos foi obtida pela cultivar Piatã e as menores nas cultivares Áridus e Biloela no 14

mês de agosto. Nos meses de junho, julho e setembro não houve diferença entre as 15

cultivares. A taxa de mortalidade de perfilhos foi maior para as cultivares Mombaça e 16

Xaraés, e menor na cultivar Piatã. Conclui-se que, as cultivares de Panicum e 17

Brachiaria obtiveram uma maior dinâmica no perfilhamento o que aumenta a 18

velocidade de renovação de tecidos que são indicadores da produção de forragem, 19

admitindo que as cultivares avaliadas desses gêneros são forrageiras predispostas a 20

utilização na Região Nordeste. 21

22

Palavras-Chave – Brachiaria, Cenchrus, Gerações de perfilhos, Panicum, Semiárido. 23

* Autor para correspondência. 24 1 Parte da dissertação de Mestrado do primeiro autor, apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Produção Animal - 25 UFRN/UFERSA, financiado pelo CNPq. 26 2 Discente do Programa de Pós-Graduação em Produção Animal – UFRN/UFERSA, Macaíba-RN, bolsista de mestrado do CNPq, 27 email: [email protected] 28 3 Docente Adjunto II da Unidade Acadêmica Especializada em Ciências Agrárias – UFRN, Macaíba-RN, bolsista de produtividade 29 do CNPq. 30

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46

Tiller dynamics of tropical grasses under cutting. 1

Alano Albuquerque Luna2*, Gelson dos Santos Difante3 2

3

Abstract – Among the factors that affect the flow of a forage grass biomass, tillering 4

has more influence on the accumulation of forage. Thus, the objective was to evaluate 5

the tiller density and tiller dynamics of three genera Brachiaria, Panicum and Cenchrus 6

under cutting. The experimental design was randomized blocks with three replications 7

and six treatments. Data for tiller density were obtained by counting the total number of 8

tillers in an area of 0.25 m2. The evaluation of the tiller population was always 9

performed after the cuts. With this information we calculated the rates of appearance, 10

mortality, survival and stability index. The highest tiller density was observed in cv 11

Massai mean perfilhos/m2 1019.52. The highest rate of tillering was obtained by Piata 12

and smaller cultivars Aridus and Biloela in August. The months of June, July and 13

September there was no difference among cultivars. The rate of tiller mortality was 14

higher in Mombaça and Xaraes cultivars, and lowest in Piata. It is concluded that the 15

cultivars of Panicum and Brachiaria had a higher tillering dynamics in increasing the 16

turnover rate of tissues that are indicators of forage production, assuming that the 17

cultivars of these genera are predisposed to use forage in the Northeast. 18

19

Key Words - Brachiaria, Cenchrus, Generations of tillers, Panicum, Semiarid. 20

21 22 * Author for correspondence. 23 1 Part of the Master's thesis of the first author submitted to the Graduate Program in Animal Production - UFRN / UFERSA, CNPq. 24 2 Student Program Graduate Program in Animal Production - UFRN / UFERSA, Natal-RN and Masters scholarship from CNPq, 25 email: [email protected]

26 3 Assistant Professor II of Academic Unit Specialized in Agricultural Sciences - UFRN, Natal-RN and Fellow of CNPq 27 productivity. 28 29

30

31

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47

Introdução 32

O manejo do pastejo de plantas forrageiras tropicais sofreu importantes 33

modificações durante a última década. A planta forrageira passou a ser estudada como 34

componente de um sistema dinâmico que busca a interação entre seus componentes 35

bióticos e abióticos. Dessa forma, a fisiologia e a ecofisiologia das plantas forrageiras 36

passaram a ser estudadas com ênfase (Da SILVA E NASCIMENTO JR., 2006). 37

Dentre os fatores que afetam o fluxo de biomassa de uma gramínea forrageira, o 38

perfilhamento é o que exerce maior influência sobre o acúmulo de forragem (Da SILVA 39

E PEDREIRA, 1997). O perfilho é considerado a unidade básica de desenvolvimento 40

das plantas forrageiras e as gramíneas utilizam o perfilhamento como forma de 41

crescimento, aumento de produtividade e, sobretudo, como forma de sobrevivência 42

(HODGSON, 1990). O perfilho tem sua unidade primordial denominada de fitômero 43

que é onde, o desenvolvimento das folhas, o aparecimento de perfilhos originados das 44

gemas axilares e a formação de raízes são os processos que contribuirão para o acúmulo 45

da biomassa do perfilho (SOUZA, 2004). 46

Contudo, as taxas de aparecimento e sobrevivência de perfilhos, são 47

responsáveis pela densidade populacional de plantas na área e determina a porção de 48

perfilhos vegetativos de diferentes faixas etárias na pastagem, onde caracteriza a 49

intensidade da renovação de perfilhos que ocorre sob condições de manejo (SANTOS et 50

al., 2011). 51

Dessa forma, a produção de forragem, ocorre com a repetitiva emissão de folhas 52

e perfilhos que morrem durante o ano. A população de perfilhos é dinâmica por causa 53

da vida dos perfilhos, cujo equilíbrio entre aparecimento e morte é extremamente 54

dependente do regime de pastejo utilizado (MATTHEW et al., 1996). 55

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48

O objetivo deste trabalho foi avaliar a densidade populacional de perfilhos e a 56

dinâmica de perfilhamento das cultivares de Brachiaria brizantha (Xaraés e Piatã); 57

Panicum maximum (Massai e Mombaça) e Cenchrus ciliares (Áridus e Biloela) em 58

regime de corte. 59

Material e Métodos 60

O experimento foi conduzido na área experimental do Grupo de Estudos em 61

Forragicultura (GEFOR), situado na Unidade Acadêmica Especializada em Ciências 62

Agrárias – Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN, em Macaíba, RN, 63

coordenadas geográficas aproximadas de 5º 51’ 30” de latitude Sul e 35º 21’ 14” de 64

longitude Oeste, altitude de 11 metros em relação ao nível do mar, período chuvoso de 65

março a junho, temperaturas médias anuais variando de 21 a 32 °C, umidade relativa 66

média anual de 76% e 2700 horas de insolação (IDEMA, 2012). O período experimental 67

foi de maio a setembro de 2011, período de concentração das chuvas na região 68

(Figura1). 69

198

128

76

207

269 281

163

1844

0 7 00

50

100

150

200

250

300

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Pre

cipi

taçã

o (m

m)

70 Figura 1. Precipitação média mensal da área experimental, Macaíba-RN. 71

72

Foram realizadas análises de solo nos perfis de 0 – 20 cm e 20 – 40 cm no início 73

do período experimental (Tabela1). De acordo com o resultado das análises foram feitas 74

adubações de implantação, utilizando 70 kg de P2O5/ha (superfostato simples) e 100 kg 75

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49

de (NH4)2SO4/ha de nitrogênio (sulfato de amônio), o nitrogênio foi parcelado em duas 76

aplicações realizadas nos meses de maio e agosto. 77

78

Tabela 1. Caracterização química do solo da área experimental, Macaíba-RN. 79 Amostra de Solo 0 - 20cm 20 -40cm Ph em água (1:2,5) 6,08 5,3 Cálcio (cmolc.dm-3) 1,22 1,62 Magnésio (cmolc.dm-3) 0,48 0,81 Alumínio (cmolc.dm-3) 0 0,1 Hidrogênio + Alumínio (cmolc.dm-3) 1,62 2,3 Fósforo (mg.dm-3) 7 4 Potássio (mg.dm-3) 75 124 Sódio (mg.dm-3) 27 29

80

O experimento foi estabelecido em janeiro de 2011 e o corte de uniformização 81

foi realizado após 84 dias na altura de 20 cm do solo e repetido esse corte a cada 30 dias 82

sempre na mesma altura inicial. O delineamento utilizado foi em blocos ao acaso com 83

três repetições e seis tratamentos. 84

Foram avaliados três espécies de gramíneas: Brachiaria brizantha cultivares 85

(cv.) Piatã e Xaraés; Panicum maximum cvs. Massai e Mombaça e Cenchrus ciliaris, 86

cvs. Áridus e Biloela. Cada parcela foi constituída de sete linhas de três metros, 87

espaçadas a cada 0,33 m. A área útil das parcelas cobria as três linhas centrais, ficando 88

0,66 m de cada extremidade como bordadura. As dimensões totais da área útil foram de 89

1,0 m x 2,0 m = 2,0 m². O campo foi mantido permanentemente livre de plantas 90

daninhas e foi realizado o controle de formigas durante todo o período de avaliação. 91

Os dados referentes à densidade populacional de perfilhos (DPP) foram obtidos 92

pela contagem do total de perfilhos basilares. Para isso foi utilizado um quadro de 0,25 93

m² (0,5 x 0,5 m), que era lançado aleatoriamente duas vezes por parcela. A escolha dos 94

pontos de amostragem foi realizada de forma a representar a condição média da parcela 95

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50

no momento da avaliação. A contagem dos perfilhos foi realizada após cada corte e 96

todos os dados foram convertidos para perfilhos/m2. 97

A avaliação da dinâmica populacional de perfilhos foi realizada sempre após os 98

cortes. Para isso foram utilizados três quadros feitos de arame de aço galvanizado com 99

0,0625 m² (0,25 x 0,25m) que foram fixados ao solo com grampos metálicos em locais 100

representativos de cada parcela no início das avaliações. Na primeira avaliação todos os 101

perfilhos existentes dentro de cada quadrado foram marcados com fio revestido de 102

plástico de uma determinada cor e devidamente contados. A cada nova avaliação, 103

realizada sempre após cada corte, todos os perfilhos marcados existentes foram 104

recontados, novos perfilhos marcados com uma cor diferente da utilizada nas marcações 105

anteriores, e os fios dos perfilhos mortos recolhidos. Foram considerados mortos os 106

perfilhos desaparecidos e aqueles secos ou em estádio avançado de senescência. Com 107

essas informações foram calculadas as taxas de aparecimento, mortalidade e 108

sobrevivência (TApP, TMoP TSoP): TApP = perfilhos surgidos/total de perfilhos vivos 109

na marcação anterior x 100; TMoP = perfilhos da marcação anterior – perfilhos 110

sobreviventes/total de perfilhos vivos na marcação anterior x 100; TSoP = perfilhos da 111

marcação anterior vivos na marcação atual/ total de perfilhos vivos na marcação anterior 112

x 100. 113

O índice de estabilidade (P1/P0) da população de perfilhos foi calculado de 114

acordo com a metodologia descrita por Bahmani et al. (2003), utilizando-se a expressão: 115

P1/P0 = TSoP (1+TApP). 116

Os dados foram submetidos à análise de variância utilizando-se o procedimento 117

GLM, disponível no pacote estatístico Statistical Analysis System (SAS, 1999). As 118

comparações entre médias foram feitas por meio do teste Tukey, a 5% de significância. 119

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Foi utilizado o seguinte modelo: Yijk=µ+Fi+Ij+FIij+Ck+eijk, em que: Yijk = 120

valor observado da cultivar i do mês j no bloco k; µ= constante geral (média da 121

população); Fi= efeito da cultivar i, i= 1, 2, 3, 4, 5, 6; Ij= efeito do mês j, j= 1, 2, 3, 4; 122

FIij = interação cultivar i e mês j; Ck= efeito do bloco k, k = 1, 2, 3; e eijk = erro 123

aleatório associado a cada observação eijk. 124

Resultado e Discussão 125

A densidade populacional de perfilhos diferiu entre as cultivares (P<0,0001) 126

avaliadas (Figura 2), porém foram semelhantes entre os meses de avaliação (P=0,0840). 127

A maior densidade foi observada na cultivar Massai com média de 1019,52 perfilhos/m2 128

(Figura 2). Esta característica varia substancialmente entre gramíneas forrageiras, isso 129

pode ser explicado pela plasticidade fenotípica que possui uma grande influência na 130

adaptação de gramíneas (NASCIMENTO JR E ADESE, 2004), podendo mudar a 131

estrutura do dossel para efeitos de adaptações. 132

A mudança na população de perfilhos é um tipo de adaptação. Santos et al. 133

(2011), estudaram pastos de capim-braquiária manejados sob lotação rotativa e 134

encontraram média de 1.838 perfilhos/m2 no verão. Macedo et al., (2010), avaliaram 135

características morfogênicas e estruturais do capim-mombaça com 32 dias de rebrotação 136

e encontraram 751,67 perfilhos/m2, valores muito superiores aos encontrados nesse 137

estudo, fato que sugere que as cultivares de Panicum e Brachiaria podem ter passado 138

por adaptações fenotípicas para as condições edafocimáticas da região Nordeste. 139

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52

260,52b 270,68b

1019,52a

397,32b

242,32b

414b

0

200

400

600

800

1000

1200

Áridus Biloela Massai Mombaça Piatã Xaraés

Cultivares

Núm

ero

de p

erfi

lhos

/m2

140

Figura 2. Densidade populacional de perfilhos (perfilhos/m2) de seis forrageiras 141 tropicais. 142

143

A diferença vigorosa entre a cv. Massai e as outras cultivares pode ser explicada 144

pelo fato do capim-massai apresentar uma grande velocidade de estabelecimento, de 145

rebrotação e é característico o grande número de perfilhos formados, maior do que 146

qualquer outra cultivar conhecida de Panicum (EMBRAPA, 2012), onde sua grande 147

vantagem é a abundância de perfilhos conferindo-se assim a cobertura completa do solo 148

(JANK et al., 2010). 149

Para dinâmica de perfilhamento sempre a primeira geração correspondeu ao 150

número de perfilhos existentes no dia da primeira marcação, cuja data de aparecimento 151

não pôde ser identificada e, por isso, foi sempre mais numerosa. Observou-se 152

diminuição mais drástica no número total de perfilhos da primeira geração a partir do 153

mês de julho onde a precipitação começou a diminuir. A segunda e a terceira gerações 154

apresentaram, em geral, menor número de perfilhos quando comparada à primeira. A 155

quarta geração apresentou-se mais vigorosa, nas cultivares Biloela, Massai e Mombaça. 156

A quinta geração apresentou-se como a geração com uma menor quantidade de 157

perfilhos. 158

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53

Nas cultivares Áridus e Biloela houve um aumento na população de perfilhos até 159

o mês de julho que a partir da terceira geração declinou o número total de perfilhos 160

basilares (Figura 3). A cultivar Massai apresentou uma grande quantidade de perfilhos 161

na primeira geração que declinou drasticamente na segunda geração, esse fato pode ser 162

explicado pela lei de autodesbaste, em que o recurso limitante, a radiação luminosa, 163

determina o ajuste na curva de compensação tamanho/densidade de perfilhos 164

(SBRISSIA E Da SILVA, 2008), que a partir da terceira geração cresceu 165

consideravelmente (Figura 3). Na cultivar Mombaça a população de perfilhos foi 166

crescendo gradativamente a cada geração (Figura 3). As cultivares do gênero Brachiaria 167

apresentaram uma maior estabilidade mesmo com uma quantidade menor de perfilhos 168

isto tendo resposta direta a não degradação do pasto (Figura 3). 169

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Cultivar Áridus

0,005,00

10,0015,00

20,0025,0030,00

Maio Junho Julho Agosto Setembro

Meses

Núm

eros

de

Per

filh

os

nnnkk

Cultivar Biloela

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

Maio Junho Julho Agosto Setembro

Meses

Núm

ero

de P

erfi

lhos

170

Cultivar Massai

0,00

20,00

40,00

60,00

80,00

Maio Junho Julho Agosto Setembro

Meses

Núm

eros

de

Per

filh

os

Cultivar Mombaça

0,0010,0020,0030,00

40,0050,0060,00

Maio Junho Julho Agosto Setembro

Meses

Núm

eros

de

Per

filh

os

171

Cultivar Piatã

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

Maio Junho Julho Agosto Setembro

Meses

Núm

eros

de

Per

filh

os

Cultivar Xaraés

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

Maio Junho Julho Agosto SetembroMeses

Núm

eros

de

Per

filh

os

Geração1 Geração2 Geração3 Geração4 Geração5 172

Figura 3 - Dinâmica populacional de perfilhos de seis forrageiras tropicais em regime de 173 corte na região de Macaíba-RN. 174

175

Foi observado interação entre as cultivares e os meses de avaliação para a taxa 176

de aparecimento de perfilhos (P=0,0164). A maior taxa de aparecimento de perfilhos na 177

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55

cultivar Piatã foi observada no mês de agosto e a menor no mês de setembro. As outras 178

cultivares não apresentaram diferença entre os meses para TApP (Tabela 2). 179

Tabela 2. Taxa de aparecimento de perfilhos (TApP, perfilhos/dia) de seis gramíneas 180 tropicais no período de junho a setembro de 2011. 181

Cultivares Jun Jul Ago Set

Áridus 1,57aA 0,94aA 0,92bA 0,84aA

Biloela 1,30aA 1,07aA 0,96bA 0,89aA

Massai 0,94aA 1,36aA 1,37abA 1,07aA

Mombaça 1,43aA 1,14aA 1,65abA 0,92aA

Piatã 1,39aAB 1,42aAB 1,93aA 0,90aB

Xaraés 1,30aA 1,03aA 1,23abA 0,77aA Médias seguidas das mesmas letras minúsculas, na coluna, não diferem (P>0,05) entre si, segundo o teste Tukey. 182 Médias seguidas das mesmas letras maiúsculas, na linha, não diferem (P>0,05) entre si, segundo o teste Tukey. 183 184

No mês de agosto a cultivar Piatã obteve a maior média e as cultivares Áridus e 185

Biloela as menores. Nos meses de junho, julho e setembro não houve diferença entre as 186

cultivares. O potencial de perfilhamento de uma gramínea forrageira, em condições 187

ambientais não adversas, é determinado pelo número e atividade dos pontos de 188

crescimento existentes (PEREIRA, 2009). Com isso, explica-se o fato da Piatã possuir a 189

maior média TApP, pois foi observada menor densidade de perfilhos nessa cultivar 190

(Figura 2), o que permitiu que a radiação solar chegasse a base do dossel e no mês de 191

agosto foi aplicada a segunda parcela da adubação nitrogenada, ativando assim as 192

gemas potencialmente capazes de formar novos perfilhos. 193

Não houve interação entre os meses de avaliação e as cultivares nas 194

características taxa de mortalidade de perfilhos e taxa de sobrevivência de perfilhos 195

(P=0,0553) e (P=0,0572) consecutivamente, (Tabela 3 e 4). A TMoP foi maior para as 196

cultivares Mombaça e Xaraés, e menor na cultivar Piatã, (Tabela 3). A TSoP foi maior 197

na cultivar Piatã e menor na cultivar Mombaça (Tabela 3). A alta mortalidade de 198

perfilhos na cultivar Mombaça e Xaraés foi compensada pela alta taxa de aparecimento 199

de perfilhos (Tabela 2), revelando grande renovação de perfilhos nessas cultivares. Fato 200

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56

importante para a manutenção da população de perfilhos e, principalmente, para a 201

sobrevivência da planta no ecossistema (MORAIS et al., 2006). 202

Tabela 3. Taxa de mortalidade de perfilho (TMoP, perfilhos/dia) e taxa de sobrevivência 203 (TSoP, perfilhos/dia) de seis forrageiras tropicais. 204

Variáveis Áridus Biloela Massai Mombaça Piatã Xaraés

TMoP 0,28ab 0,26ab 0,24ab 0,38a 0,19b 0,34a

TSoP 0,71abc 0,73abc 0,75ab 0,61c 0,80a 0,65cb Médias seguidas das mesmas letras, na linha, não diferem (P>0,05) entre si, segundo o teste Tukey. 205

206

A maior TMoP foi observada no mês de agosto , consequentemente a TSoP foi 207

menor no mesmo mês (Tabela 4). Possivelmente a redução no número de perfilhos no 208

mês de agosto foi consequência da drástica queda na precipitação do mês de julho para 209

agosto (Figura 1). Segundo Difante et al., (2008), a maior TApP e maiores taxas de 210

mortalidade de perfilhos são determinadas pelo mecanismo compensatório para a 211

manutenção do equilíbrio da população de perfilhos frente à disponibilidade de luz e 212

água. 213

Tabela 4. Taxa de mortalidade de perfilho (TMoP, perfilhos/dia) e taxa de sobrevivência 214 (TSoP, perfilhos/dia) no período de junho a setembro de 2011. 215

Variáveis Jun Jul Ago Set

TMoP 0,19b 0,24b 0,42ª 0,28b

TSoP 0,8a 0,75ª 0,58b 0,71a Médias seguidas das mesmas letras, na linha, não diferem (P>0,05) entre si, segundo o teste Tukey 216 217

Houve interação entre as cultivares e os meses de avaliação para o índice de 218

estabilidade de perfilhos (P=0,0222) (Tabela 5). O maior índice de estabilidade 219

observado na cultivar Áridus, no mês de junho e o menor no mês de agosto. Em agosto 220

o maior índice de estabilidade foi observado nas cultivares Biloela, Massai, Mombaça, 221

Piatã e Xaraés e o menor índice na cultivar Áridus. Nos outros meses não foram 222

observadas diferenças entre as cultivares (Tabela 5). 223

224

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57

Tabela 5. Índice de estabilidade da população de perfilhos de seis gramíneas tropicais 225 no período de junho a setembro de 2011. 226

Cultivares Jun Jul Ago Set

Áridus 2,26aA 1,45aAB 0,98aB 1,36aAB

Biloela 1,96aA 1,62aA 1,09aA 1,44aA

Massai 1,37aA 2,00aA 1,51aA 1,73aA

Mombaça 1,63aA 1,42aA 1,16aA 1,36aA

Piatã 2,21aA 2,07aA 1,82aA 1,29aA

Xaraés 1,93aA 1,26aA 1,30aA 1,03aA Médias seguidas das mesmas letras minúsculas, na coluna, não diferem (P<0,05) entre si, segundo o teste Tukey. 227 Médias seguidas das mesmas letras maiúsculas, na linha, não diferem (P<0,05) entre si, segundo o teste Tukey. 228

O declínio no índice de estabilidade, se persistir ao longo do tempo, pode 229

demonstrar o início da degradação do pasto. Valores do índice de estabilidade inferiores 230

a 1,0 indicam que a sobrevivência, juntamente com o aparecimento de perfilhos, não foi 231

capaz de compensar as taxas de mortalidade e que a população tende a diminuir 232

(BAHMANI et al., 2003). 233

No mês de setembro o índice de estabilidade observado na cultivar Áridus 234

(Tabela 5) já estava acima de um, essa recuperação provavelmente ocorreu porque além 235

da baixa população de perfilhos no dossel, também foi feita adubação, situações que 236

proporcionaram maior disponibilidade de luz e nutrientes para a ativação dos pontos de 237

crescimento da planta. 238

Segundo Sbrissia et al., (2010), as variações nas taxas de aparecimento e 239

mortalidade de perfilhos demonstra que esses processos estão ligados a adaptações em 240

que as plantas sofreram por causa das condições de crescimento vigentes, permitindo 241

compensar total ou parcialmente contrastes relativamente grandes, como forma de 242

manter a estabilidade da população de plantas na área. 243

Conclusão 244

As cultivares de Panicum e Brachiaria obtiveram uma maior dinâmica no 245

perfilhamento o que aumenta a velocidade de renovação de tecidos que são indicadores 246

da produção de forragem, admitindo que as cultivares avaliadas desses gêneros são 247

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58

forrageiras predispostas a utilização na Região Nordeste. Estudos mais aprofundados 248

são necessários para validar sua utilização sob pastejo. 249

Referências 250

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(Mestrado) – Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Piracicaba, 2009. 111p. 288

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60

SOUZA, M. M. Avaliação da produção e variáveis morfo-fisiológicas em pastagem 296

de capim-elefante (Pennisetum purpureum Schumach cv. Napier) sob regime de 297

pastejo rotativo durante a época das chuvas. Dissertação (Mestrado em Zootecnia), 298

Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2004. 299

STATISTICAL ANALISYS SYSTEM - SAS. SAS user’s guide: statistics. Versão 5. 300

Cary: SAS, 1999.301

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NORMAS DA REVISTA CIÊNCIA AGRONÔMICA - UFC 1 2

ORIENTAÇÃO AOS AUTORES 3 Atenção: As normas estão sujeitas a alteração, portanto não deixe de consultá-las antes 4 da submissão do artigo. As mesmas são válidas para todos os trabalhos submetidos à 5 Revista Ciência Agronômica. Um modelo de artigo pode ser visto em “MODELO 6 ARTIGO” no endereço http://www.ccarevista.ufc.br. 7 8 1. Política Editorial 9 A Revista Ciência Agronômica destina-se à publicação de artigos científicostécnicos e 10 notas científicas originais e não publicados ou submetidos a outro periódico, 11 inerentes às áreas de Ciências Agrárias e Recursos Naturais. 12 A Revista Ciência Agronômica - RCA também aceita e incentiva submissões de artigos 13 redigidos em Inglês e Espanhol. Em caso de autores não nativos destas línguas, o artigo 14 deverá ser editado por uma empresa prestadora deste serviço e o comprovante enviado 15 para a sede da RCA no ato da submissão através do campo “Transferir Documentos 16 Suplementares”. 17 Os trabalhos submetidos a RCA serão avaliados preliminarmente pelo Comitê 18 Editorial e só então serão enviados para, pelo menos, dois (02) revisores da área e 19 publicados, somente, se aprovados pelos revisores e pelo corpo editorial. A publicação 20 dos artigos será baseada na originalidade, qualidade e mérito científico, cabendo ao 21 comitê editorial a decisão final do aceite. O sigilo de identidade dos autores e 22 revisores será mantido durante todo o processo. A administração da revista tomará o 23 cuidado para que os revisores de cada artigo sejam, obrigatoriamente, de instituições 24 distintas daquela de origem dos autores. Artigo que apresentar mais de cinco autores 25 não terá a sua submissão aceita pela Revista Ciência Agronômica, salvo algumas 26 condições especiais. Não serão permitidas mudanças nos nomes de autores a posteriori. 27 28 2. Custo de publicação 29 O custo é de R$ 35,00 (trinta e cinco reais) por página editorada no formato final. 30 No ato da submissão é requerido um depósito de R$ 80,00 (oitenta reais) não 31 reembolsáveis, valor este que será deduzido no custo final do artigo editorado e aceito 32 para publicação. O comprovante de depósito ou transferência deve ser enviado ao e-33 mail da RCA ([email protected]). 34 No caso do trabalho conter impressão colorida deverá ser pago um adicional de R$ 35 80,00 (oitenta reais) por página. Os depósitos ou transferências deverão ser efetuados 36 em nome da: 37

REVCIENAGRON ALEK 38 Banco do Brasil: Agência bancária: 4439-3 - Conta poupança: 13.215-2 Var 01 39 40 As opiniões emitidas nos trabalhos são de exclusiva responsabilidade de seus autores. A 41 Revista Ciência Agronômica reserva-se o direito de adaptar os originais visando manter 42 a uniformidade da publicação. A RCA não mais fornece separatas ou exemplares aos 43 autores. A distribuição na forma impressa da RCA é de responsabilidade da Biblioteca 44 de Ciência e Tecnologia da Universidade Federal do Ceará sendo realizada por meio de 45 permuta com bibliotecas brasileiras e do exterior. 46 Na submissão online é requerido: 47 1. A concordância com a declaração de responsabilidade de direitos autorais que deverá 48 ser assinada pelos respectivos autores e enviada através do campo “Transferir 49 Documentos Suplementares”; 50

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2. Que todos os autores estejam cadastrados no sistema; 51 3. Somente na versão final o artigo deverá conter o nome de todos os autores com 52 identificação em nota de rodapé, inclusive a do título; 53 4. Identificação do autor de correspondência com endereço completo. 54

3. Formatação do Artigo 55 Digitação: no máximo 20 páginas digitadas em espaço duplo, fonte Times New Roman, 56 normal, tamanho 12, recuo do parágrafo por 1 cm. Todas as margens deverão ter 2,5 57 cm. As linhas devem ser numeradas de forma contínua. 58 Estrutura: o artigo científico deverá obedecer a seguinte ordem: título, título em inglês, 59 autores, resumo, palavras-chave, abstract, key words, introdução, material e métodos, 60 resultados e discussão, conclusões, agradecimentos (opcional) e referências. Notas 61 científicas não necessitam obedecer a estrutura do artigo, mas devem conter, 62 obrigatoriamente, título em inglês, resumo, palavras-chave, abstract e key words. 63 Título: deve ser escrito com apenas a inicial maiúscula, em negrito e centralizado na 64 página com no máximo 15 palavras. Como chamada de rodapé numérica, extraída do 65 título, devem constar informações sobre a natureza do trabalho (se extraído de 66 tese/dissertação, se pesquisa financiada) e referências a instituições colaboradoras. Os 67 títulos das demais seções da estrutura (resumo, palavras-chave, abstract, ...) deverão ser 68 escritos com apenas a inicial maiúscula, em negrito, justificado pela esquerda. 69 70 Autores: os nomes completos (sem abreviaturas) deverão vir abaixo do título, somente 71 com a primeira letra maiúscula, um após outro, separados por vírgula e centralizados na 72 linha. Como nota de rodapé na primeira página, deve-se indicar, de cada autor, afiliação 73 completa (departamento, centro, instituição, cidade, estado e país), endereço eletrônico 74 e endereço completo do autor correspondente. O autor de correspondência deve ser 75 identificado por um "*". Só serão aceitos artigos com mais de cinco autores, quando, 76 comprovadamente, a pesquisa tenha sido desenvolvida em regiões distintas. Na 77 primeira versão do artigo submetido, os nomes dos autores e a nota de rodapé 78 deverão ser omitidos. O modelo a ser adotado para a inserção do nome dos autores e 79 da nota de rodapé na versão final do artigo deve seguir o apresentado no modelo de 80 artigo (www.ccarevista.ufc.br). 81 82 Resumo e Abstract: devem começar com estas palavras, na margem esquerda, com 83 apenas a inicial maiúscula, em negrito, contendo no máximo 250 palavras. 84 85 Palavras-chave (Key words): deve conter entre três e cinco termos para indexação, os 86 quais não devem constar no título. Cada palavra-chave (key word) deve iniciar com 87 letra maiúscula e ser seguida de ponto. 88 89 Introdução: deve ser compacta e objetiva contendo citações atuais que apresentem 90 relação com o assunto abordado na pesquisa. As citações presentes na introdução devem 91 ser empregadas para fundamentar a discussão dos resultados, criando, assim, uma 92 contextualização entre o estudo da arte e a discussão dos resultados. Não deve conter 93 mais de 550 palavras. 94 95 Citação de autores no texto: devem ser observadas as normas da ABNT, NBR 96 10520 de agosto/2002. 97

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Ex: Santos (2002) ou (SANTOS, 2002); com dois autores, usar Pereira e Freitas (2002) 98 ou (PEREIRA; FREITAS, 2002); com três ou mais autores, usar Xavier et al. (1997) ou 99 (XAVIER et al., 1997). 100 Tabelas: devem ser numeradas consecutivamente com algarismos arábicos na parte 101 superior. Não usar linhas verticais. As linhas horizontais devem ser usadas para separar 102 o título do cabeçalho e este do conteúdo, além de uma no final da tabela. Cada dado 103 deve ocupar uma célula distinta. Usar espaço duplo. Não usar negrito ou letra maiúscula 104 no cabeçalho. Recomenda-se que as tabelas apresentem 8,2 cm de largura, não sendo 105 superior a 17 cm. Veja a tabela presente no modelo de artigo (www.ccarevista.ufc.br) 106 107 Figuras: gráficos, fotografias ou desenhos levarão a denominação geral de Figura 108 sucedida de numeração arábica crescente e legenda na parte inferior. Para a preparação 109 dos gráficos deve-se utilizar “softwares” compatíveis com “Microsoft Windows”. A 110 RESOLUÇÃO deve ser no mínimo 500 dpi e enviados em arquivos separados do 111 arquivo de texto. As figuras devem apresentar 8,2 cm de largura, não sendo superior a 112 17 cm. A fonte Times New Roman, corpo 10 e não usar negrito na identificação dos 113 eixos. A Revista Ciência Agronômica reserva-se ao direito de não aceitar tabelas e/ou 114 figuras com o papel na forma “paisagem” ou que apresentem mais de 17 cm de largura. 115 Tabelas e Figuras devem ser inseridas logo após a sua primeira citação. 116 117 Equações: devem ser digitadas usando o editor de equações do Word, com a fonte 118 Times New Roman. As equações devem receber uma numeração arábica crescente. 119 O padrão de tamanho deverá ser: 120 Inteiro = 12 pt 121 Subscrito/sobrescrito = 8 pt 122 Sub-subscrito/sobrescrito = 5 pt 123 Símbolo = 18 pt 124 Subsímbolo = 14 pt 125 126 Estatística: 127 1. Caso tenha realizado análise de variância, apresentar o "F" e a sua significância; 128 2. Dados quantitativos devem ser tratados pela técnica de análise de regressão; 129 3. Apresentar a significância dos parâmetros da equação de regressão; 130 4. Dependendo do estudo (ex: função de produção), analisar os sinais associados aos 131 parâmetros. 132 5. É requerido, no mínimo, quatro pontos para se efetuar o ajuste das equações de 133 regressão. 134 6. Os coeficientes do modelo de regressão devem apresentar o seguinte formato: y = a 135 +bx +cx2+... 136 137 Agradecimentos: logo após as conclusões poderão vir os agradecimentos direcionados 138 a pessoas ou instituições, em estilo sóbrio e claro, indicando as razões pelas quais os 139 faz. 140 141 Referências: deverão ser apresentadas em ordem alfabética de autores e de acordo com 142 a NBR 6023 de agosto/2002 da ABNT. UM PERCENTUAL DE 60% DO TOTAL 143 DAS REFERÊNCIAS DEVERÁ SER ORIUNDO DE PERIÓDICOS 144 CIENTÍFICOS INDEXADOS COM DATA DE PUBLICAÇÃO INFERIOR A 10 145 ANOS. Com relação aos periódicos, é dispensada a informação do local de publicação, 146

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porém os títulos não devem ser abreviados. Recomenda-se um total de 20 a 30 147 referências. 148 149 Alguns exemplos: 150 Livro 151 NEWMANN, A. L.; SNAPP, R. R. Beef catlle. 7. ed. New York: John Willey, 1977. 152 883 p. 153 154 Capítulo de livro 155 MALAVOLTA, E.; DANTAS, J. P. Nutrição e adubação do milho. In: PATERNIANI, 156 E.; VIEGAS, G. P.Melhoramento e produção do milho. 2. ed. Campinas: Fundação 157 Cargil, 1987. cap. 13, p.539-593. 158 159 Tese/dissertação 160 SILVA, M. N. da. População de plantas e adubação de nitrogenada em algodoeiro 161 herbáceo irrigado. 2001. 52 f. Dissertação (Mestrado em Fitotecnia) - Universidade 162 Federal do Ceará, Fortaleza. 163 164 Artigo de revista 165 XAVIER, D. F.; CARVALHO, M. M.; BOTREL, M. A. Resposta de Cratylia argêntea 166 à aplicação em um solo ácido. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 27, n. 01, p. 14-18, 167 1997. ANDRADE, E. M. et al. (mais de 3 autores) Mapa de vulnerabilidade da bacia do 168 Acaraú, Ceará, à qualidade das águas de irrigação, pelo emprego do GIS. Revista 169 Ciência Agronômica, v. 37, n. 03, p. 280-287, 2006. 170 171 Resumo de trabalho de congresso 172 SOUZA, F. X.; MEDEIROS FILHO, S.; FREITAS, J. B. S. Germinação de sementes de 173 cajazeira (Spondias mombin L.) com pré-embebição em água e hipoclorito de sódio. In: 174 CONGRESSO BRASILEIRO DE SEMENTES, 11., 1999, Foz do Iguaçu. Resumos... 175 Foz do Iguaçu: ABRATES, 1999. p.158. 176 177 Trabalho publicado em anais de congresso 178 BRAYNER, A. R. A.; MEDEIROS, C. B. Incorporação do tempo em SGBD orientado 179 a objetos. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE BANCO DE DADOS, 9., São Paulo. 180 Anais... São Paulo: USP, 1994. p.16-29. 181 182 Trabalho de congresso pela Internet 183 SILVA, R. N.; OLIVEIRA, R. Os limites pedagógicos do paradigma da qualidade total 184 na educação. In: CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFPe, 4., 1996, 185 Recife. Anais eletrônicos... Recife: UFPe, 1996. Disponível em: 186 <http://www.propesq.ufpe.br/anais/anais/educ/ce04.htm>. Acesso em: 21 jan. 1997. 187 188 Trabalho de congresso em CD 189 GUNCHO, M. R. A educação à distância e a biblioteca universitária. In: SEMINÁRIO 190 DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, 10., 1998, Fortaleza. Anais... Fortaleza: Tec 191 Treina. 1 CD. 192 193

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194 195 3. Lista de verificação - Revista Ciência Agronômica 196 Visando a maior agilidade no processo de submissão de seu artigo, o Corpo Editorial da 197 Revista Ciência Agronômica, elaborou uma lista de verificação para que o autor possa 198 conferir toda a formatação do manuscrito de sua autoria, ANTES de submetê-lo para 199 publicação. A lista foi elaborada de acordo com as normas da Revista Ciência 200 Agronômica. Respostas NEGATIVAS significam que seu artigo ainda deve ser 201 adaptado às normas da revista e a submissão de tais artigos implicará na sua devolução 202 e retardo na tramitação. 203 Respostas POSITIVAS significam que seu artigo está em concordância com as normas, 204 implicando em maior rapidez na tramitação. 205 206 A. Referente ao trabalho 207 1. O trabalho é original? 208 2. O trabalho representa uma contribuição científica para a área de Ciências Agrárias? 209

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3. O trabalho está sendo enviado com exclusividade para a Revista Ciência 210 Agronômica? 211 212 B. Referente à formatação 213 4. O trabalho pronto para ser submetido online está omitindo os nomes dos autores? 214 5. O trabalho contém no máximo 20 páginas, está no formato A4, digitado em espaço 215 duplo, incluindo as referências; fonte Times New Romam, tamanho 12, incluindo títulos 216 e subtítulos? 217 6. As margens foram colocadas a 2,5 cm, a numeração de páginas foi colocada na 218 margem superior, à direita e as linhas foram numeradas de forma contínua? 219 7. O recuo do parágrafo de 1 cm foi definido na formatação do parágrafo? Lembre-se 220 que a revista não aceita recuo de parágrafo usando a tecla “TAB” ou a “barra de 221 espaço”. 222 8. A estrutura do trabalho está de acordo com as normas, ou seja, segue a seguinte 223 ordem: título, título em inglês, autores, resumo, palavras-chave, abstract, key words, 224 introdução, material e métodos, resultados e discussão, conclusões, agradecimentos 225 (opcional) e referências? 226 9. O título contém no máximo 15 palavras? 227 10. O resumo bem como o abstract apresentam no máximo 250 palavras? 228 11. As palavras-chave contêm entre três e cinco termos, iniciam com letra maiúscula e 229 são seguidas de ponto? 230 12. A introdução contém citações atuais que apresentam relação com o assunto 231 abordado na pesquisa; apresenta no máximo 550 palavras? 232 13. As citações apresentadas na introdução foram empregadas para fundamentar a 233 discussão dos resultados? 234 14. As citações estão de acordo com as normas da revista? 235 15. As tabelas e figuras estão formatadas de acordo com as normas da revista e estão 236 inseridas logo em seguida à sua primeira citação? Lembre-se, não é permitido usar 237 “enter” nas células que compõem a(s) tabela(s). 238 16. A(s) tabela(s), se existente, está no formato retrato? 239 17. A(s) figura(s) apresenta qualidade superior (resolução com no mínimo 500 dpis)? 240 18. As unidades e símbolos utilizados no seu trabalho se encontram dentro das normas 241 do Sistema Internacional adotado pela Revista Ciência Agronômica? 242 19. Os números estão separados por ponto e vírgula? As unidades estão separadas 243 do número por um espaço? Lembre-se, não existe espaço entre o número e o símbolo de 244 %. 245 20. O seu trabalho apresenta entre 20 e 30 referências sendo 60% destas publicadas com 246 menos de 10 anos em periódicos indexados? 247 21. Todas as referências estão citadas ao longo do texto? 248 22. Todas as referências citadas ao longo do texto estão corretamente descritas, 249 conforme as normas da revista, e aparecem listadas? 250 251 C. Observações: 252 1. Lembre-se que SE as normas da revista não forem seguidas rigorosamente, seu 253 trabalho não irá tramitar. Portanto, é melhor retardar o envio por mais alguns dias e 254 conferir todas as normas. A consulta de um trabalho já publicado na sua área pode lhe 255 ajudar a sanar algumas dúvidas e pode servir como um modelo (acesse aos periódicos 256 no site http://www.ccarevista.ufc.br/busca). 257

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2. Caso suas respostas sejam todas AFIRMATIVAS seu trabalho será enviado com 258 maior segurança. Caso tenha ainda respostas NEGATIVAS, seu trabalho irá retornar 259 retardando-o processo de tramitação. 260 Lembre-se: A partir da segunda devolução, por irregularidade normativa, 261 principalmente em se tratando das referências, o mesmo terá a submissão cancelada e 262 não haverá devolução da taxa de submissão. Portanto é muito importante que os 263 autores verifiquem cuidadosamente se o artigo se encontra de acordo com as normas 264 requeridas pela Revista Ciência Agronômica. 265 3. Procure SEMPRE acompanhar a situação de seu trabalho pela página da revista 266 (http://ccarevista.ufc.br) no sistema online de gerenciamento de artigos. 267 4. Esta lista de verificação não substitui a revisão técnica da revista, a qual todos os 268 artigos enviados serão submetidos. 269