Ressonância Magnética Do Joelho

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Ressonncia Magntica do JoelhoPosicionamentoO conforto do paciente e uma boa estabilidade no posicionamento so fundamentais. recomendvel que o joelho fique imobilizado na bobina de RM, assim como o p do mesmo lado.Na imobilizao podem-se utilizar espumas, isopores ou mesmo um coxim, para impedir que o paciente possa movimentar o joelho. A perna dever estar em leve flexo, cerca de 15 graus, conferindo assim um maior conforto no posicionamento. O p dever ficar em posio neutra, com a superfcie plantar perpendicular ao plano da mesa. Nessas condies, as imagens dos cndilos femorais assume uma discreta rotao externa, e forma que no planejamento coronal ser possvel tangenciar os cndilos por igual, resultando numa melhor avaliao comparativa dos cndilos e das estruturas articulares.A qualidade do exame do joelho dependente da intensidade do campo magntico principal do sistema de RM e do tipo de bobina utilizada. As bobinas de fase especialmente adaptadas para envolver a articulao do joelho so as que oferecem a melhor relao sinal-rudo, resultando em imagens com melhor qualidade.O campo de viso (FOV) ideal para o estudo desta articulao deve estar entre 15 e 18 cm. Espessuras de corte entre 2 e 4 mm so indicadas para avaliao dos meniscos, ligamentos e cartilagens, principais estruturas afetadas nos traumas que atinge esta articulao. Series com supresso de gordura e sries sensveis presena de lquido extra e intra-articular devem fazer parte do protocolo.O protocolo bsico do exame do joelho deve incluir: Uma srie localizada de trs planos ou, pelo menos, no plano axial; Uma srie sagital T1 ou densidade de prtons; Uma srie sagital T2 com supresso de gordura; Sries no plano coronal (T1/T2). Uma srie no plano axial para avaliao da patela e cartilagens.Protocolo JoelhoSrie AxialTem por objetivo identificar a articulao do joelho e permitir uma avaliao quanto ao seu posicionamento. A apresentao dos cndilos femorais deve estar no eixo Y do equipamento. Esta srie poder ser utilizada para o planejamento das sries sagitais e coronais desta articulao. Aproximadamente 5 imagens so realizadas em sequencia rpida de gradiente eco.Srie Sagital Densidade de PrtonsA srie sagital ponderada em densidade de prtons, poder ser obtida por sequencia fast spin eco ou sequencia spin eco e dever preferencialmente ser realizada com cortes finos e espessuras entre 2 e 4 mm. Essa srie elucida de forma clara a anatomia da articulao, com destaque para: musculatura, tendes, ligamentos, meniscos e cartilagens, sendo uma das mais importantes para o estudo do joelho.Srie sagital T2 com supresso de gordura Sagital T2*Aps aquisio da srie sagital DP, uma srie ponderada em T2 deve ser realizada, seguindo os mesmos parmetros.A srie poder ser obtida por sequencia FSE com supresso de gordura ou sequencia gradiente eco (T2*). A utilizao da supresso de gordura evita o sinal intenso da gordura subcutnea e da gordura presente na medula ssea, permitindo, assim uma melhor visualizao de eventuais derrames articulares, da integridade da medula ssea, e ao mesmo tempo contribui para realar as imagens das cartilagens, muitas vezes demonstradas diminutas reas de eroso.Srie coronal DP com supresso de gordura coronal T1O plano coronal importante para avaliao de ligamentos colaterais lateral e medial, dos meniscos e das relaes desses ligamentos com a interlinha articular e demais estruturais articulares.Usualmente duas sries coronais so prescritas para exames do joelho, uma ponderada em Ti e a outra em ponderao DP com supresso de gordura. Esse plano de imagem pode evidenciar a presena de cistos meniscais que nem sempre so visualizadas nas sries sagitais.Srie Axial T2 com supresso de gorduraA srie axial til para avaliao das leses patelares, da cartilagem retropatelar e das estruturas adjacentes. Nessa srie deve-se tomar cuidado com a escolha da codificao de fase e da frequncia. O artefato produzido pelo fluxo da artria popltea pode prejudicar a visualizao das estruturas articulares, por isso, recomenda-se a codificao de frequncia na direo ntero-posterior da anatomia e a fase na direo mdio-lateral.Srie dedicada para cruzado anteriorO estudo do ligamento cruzado anterior deve ser feito em aquisio com ponderao T2 e cortes finos com espessura mxima de 3 mm planejados em um plano que possa colocar em evidncia a maior extenso das fibras deste ligamento.RM do P e TornozeloA RM do p pode ter o seu protocolo alterado em funo dos objetivos diagnsticos e das principais reas de interesse nesta regio. Estudos voltados para a regio do antep devem ser realizados para colocar em evidncia apenas essa rea. A utilizao de bobinas de pequenas dimenses e campo de viso (FOV) reduzido recomendado. Da mesma forma devem ser tratados os exames da regio de retrop/tornozelo. O estudo do p inteiro deve ser evitado, a menos que os objetivos diagnsticos justifiquem esse procedimento.Em geral o protocolo para cada regio obedece s seguintes sequncias: Localizador em trs planos (ou axial); Srie axial T1 cortes finos de 3 a 5 mm; Serie axial T2 com supresso de gordura cortes finos de 3 a 5 mm; Srie sagital T1 com cortes de 3 a 4 mm; Srie sagital T2 com supresso de gordura e cortes de 3 a 4 mm; Srie coronal T1 com cortes finos na regio de interesse; Srie coronal T2 com supresso de gordura na regio de interesse;Estudos do antep esto relacionados com traumas de evoluo complicada ou com pesquisa de tumores interdigitais neuroma de Morton. Esse tipo de tumor frequentimente encontrado entre o segundo e terceiro dedos do p. Tanto para o exame com pesquisa de neuroma como nos casos de traumas seguidos de complicaes se faz necessrio o uso do meio de contraste com ponderaes T1 e supresso de gordura. Estudos do antep so realizados com bobinas pequenas e FOV entre 12 e 15 cm.Estudos do tornozelo em geral esto indicados na presena de entorses, leses osteocondrais e leses ligamentares. As sequncias utilizadas nesses casos so realizadas com cortes finos de espessuras variveis entre 3 e 5 mm FOV entre 15 e 18 cm. Para estas indicaes no se faz necessrio o uso de meio de contraste.

Referencia: Nbrega, Almir Incio da. Tcnicas em ressonncia magntica nuclear. So Paulo, Atheneu, 2007.