RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NO 1 INTRODUÇÃO …redentor.inf.br/arquivos/pos/publicacoes/15062012TCC RM...
Transcript of RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NO 1 INTRODUÇÃO …redentor.inf.br/arquivos/pos/publicacoes/15062012TCC RM...
1
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NO DIAGNÓSTICO DE MALFORMAÇÃO FETAL
RESUMO O presente estudo teve como objetivo destacar,
através de revisão de literatura, as principais
vantagens e possíveis desvantagens do emprego de
ressonância magnética no diagnóstico de
malformação congênita fetal. Conclui-se que a
técnica de ressonância magnética pode ser usada, sem
maiores riscos, como uma importante ferramenta para
o diagnóstico de malformação fetal, tendo como
principais vantagens à obtenção de imagens de boa
resolução, visando especialmente o diagnóstico de
anomalias do sistema nervoso central, do tórax, do
abdome, renais, esqueléticas e tumorais.
Palavras-chave: Ressonância Magnética Malformação Congênita Fetal. ABSTRACT This study aimed to highlight, through literature
review, the main advantages and possible
disadvantages of the use of MRI in the diagnosis of
fetal malformation. We conclude that the magnetic
resonance technique can be used without any major
risk, as an important tool for the diagnosis of fetal
malformation, the main advantages of obtaining
images with good resolution, aiming at the diagnosis
of central nervous system anomalies , thorax,
abdomen, kidney, and skeletal tumor.
Keywords: Magnetic Resonance Imaging. Congenital malformation.
1 INTRODUÇÃO
A ressonância magnética é uma das
técnicas diagnósticas mais usadas atualmente, sendo
útil para as mais variadas especialidades. No entanto,
em obstetrícia, a técnica não é muito utilizada,
principalmente em razão de uma possível relação de
seu emprego com possíveis riscos à saúde do feto em
gestação. No entanto, nos dias atuais, cada vez mais
tem descoberto as vantagens do emprego desta
técnica, especialmente para o pré-natal, visando o
diagnóstico de possíveis malformações fetais, de
forma precoce, o que poderia contribuir sobremaneira
para a adoção de um protocolo terapêutico, em
muitos casos, ainda durante o período gestacional.
Neste contexto, o presente estudo tem como
objetivo destacar, através de revisão de literatura, as
principais vantagens e possíveis desvantagens do
emprego de ressonância magnética no diagnóstico de
malformação congênita fetal. Não tendo o intuito de
esgotar as discussões em relação ao tema, o estudo
visa contribuir para o conhecimento científico,
procurando utilizar estudos recentes, de fontes de
dados conceituadas e de credibilidade em relação ao
tema.
2 MATERIAIS E MÉTODOS
Em relação aos procedimentos
metodológicos propostos para a construção da
presente pesquisa, o presente estudo é delineado pela
proposta de uma pesquisa embasada nos pressupostos
da revisão integrativa da literatura. Esta pesquisa
utilizará para análise aqueles estudos que tenham sido
publicados em periódicos nacionais e internacionais,
indexados nas mais importantes bases de dados,
como Bireme, Scielo, Pub Med e LILACS, que
tenham como enfoque principal a utilização da
2 ressonância magnética como método diagnóstico de
malformações fetais.
Assim, partindo dos espaços de publicação,
delimite os escritores aos quais os artigos
selecionados deverão corresponder através dos
mecanismos de busca da base de dados selecionada,
quais sejam: ressonância magnética, malformação
fetal, malformação congênita.
Associado aos escritores acima
selecionados, a pesquisa incluirá o descritor
“ressonância magnética” como forma de delimitar
apenas os estudos relacionados a esta área da saúde
específica, atendendo assim ao objetivo proposto.
O período selecionado como forma de
delimitação dos estudos foi o compreendido entre os
anos 2000 e 2011, perfazendo 11 anos de produção
científica sobre o tema. Os idiomas previstos para os
estudos são o português e o inglês, sendo também
que os artigos de reflexão e de revisão poderão ser
incluídos na amostra, desde que obedeçam aos
critérios de inclusão.
Serão excluídos da amostra de artigos, todos
que não apresentarem vínculo com a temática do
estudo. Assim imaginam que pode haver pesquisas
publicadas sobre o tema que até apresentem
contribuições para a sua discussão, porém opta-se
pelo rigor na seleção dos estudos como parte da
proposta metodológica escolhida.
Em relação aos aspectos éticos, não se prevê
a necessidade do presente projeto de pesquisa ser
avaliado por Comitê de Ética em Pesquisa,
considerando que não terá envolvimento direto de
seres humanos ou animais no estudo, mas apenas
material bibliográfico.
3 REVISÃO DE LITERATURA 3.1 RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
3.1.1 Mecanismo de ação e segurança
O exame de Ressonância Magnética é um
método de diagnóstico por imagem que não utiliza
radiação e que permite retratar imagens em alta
definição dos órgãos dos organismos vivos1.
Segundo Amaro Junior e Yamashita2,
muitas pessoas utilizam ainda, de maneira incorreta, a
expressão ressonância magnética nuclear. Na
verdade, o termo nuclear não é correto ao
caracterizarmos esta técnica, uma vez que não há a
presença de radiações ionizantes neste método.
Basicamente, a técnica é fundamentada em três
etapas principais, sendo elas:
a) Alinhamento: o alinhamento em si
refere-se às propriedades magnéticas
dos núcleos alguns átomos, com uma
tendência de se orientar de maneira
paralela a um determinado campo
magnético. Nesta etapa o núcleo de
hidrogênio – próton – é o elemento
responsável pela produção das imagens
dos seres vivos, quando esses átomos
são orientados numa determinada
direção graças a um campo magnético
intenso – de aproximadamente 1,5
Teslas (T).
b) B Excitação: cada núcleo de hidrogênio
tem a capacidade de vibrar em uma
determinada freqüência, esta sempre
proporcional ao campo magnético em
que está localizado. Desse modo,
quando em 1,5 T o hidrogênio atinge
uma freqüência de 63,8 MHz, fazendo
então com que o aparelho emita uma
onde eletromagnética nessa mesma
freqüência. A partir daí ocorre então à
3
transferência de energia da onda
emitida pelo aparelho para os átomos
de hidrogênio, ocasionando o fenômeno
conhecido como ressonância.
c) Detecção de radiofrequência: a partir do
momento em que os núcleos de
hidrogênio receberam a energia, estes
se tornam estáveis, emitindo então
ondas eletromagnéticas na mesma
freqüência, ou seja, 63,8 MHz. Então o
equipamento consegue detectar estas
ondas e assim determinar a posição no
espaço, bem como a intensidade da
energia gerada. Essa intensidade é
mostrada como uma fonte luminosa na
imagem, sendo chamada de intensidade
de sinal.
Segundo Amaro Junior e Yamashita2,
dependendo da forma e do tempo pelo qual os átomos
estão dispostos, estas imagens poderão ser mais
sensíveis a diferentes propriedades dos tecidos. Um
exemplo disso é o caso das imagens T2, pelos quais
os líquidos, de mielinizações e áreas de edema
cerebral apresentam-se mais claros, ou seja, com alto
sinal. Por outro lado, nas imagens T1 a substância
branca da massa encefálica é mais clara que a
cinzenta, enquanto que em áreas com alto conteúdo
protéico e tecido adiposo geralmente apresentam
maior sinal, ou seja, são mais claras.
O aparelho de ressonância magnética é
composto por um túnel com tamanho entre 1,5 e 2,5
metros de comprimento, e que produz um ruído
característico durante o processo de emissão das
ondas de radiofreqüência e o processo de localização
do sinal2.
Fonte: Werner, Coakley et. al ²8 ²9 p.10
Fig. Paciente posicionada em decúbito
dorsal com os pés entrando em primeiro no magneto.
Segundo Ganesh Rao Be BS Ramamurthy¹4
A ressonância magnética é um complemento útil
USG para avaliação de malformações cerebrais
fetais. Sem riscos para a saúde têm sido relatados na
força de campo de 1,5 Teslas (1,5-T). Sem resultados
adversos foram observados em mulheres grávidas
trabalhadores MRI. [8] O Comitê de Segurança da
Sociedade de MRI concluiu que a RM pré-natal é
indicado quando outros não ionizantes métodos de
diagnóstico por imagem são inadequados ou quando
o exame de ressonância magnética pode fornecer
informações importantes que iriam requerer o uso de
radiação ionizante. [9] Não há atualmente nenhum
dado sobre o nível de ruído acústico vivido pelo feto
durante o procedimento de ressonância magnética.] O
uso de gadolínio não é recomendado por causa da
necessidade de evitar potenciais efeitos deletérios
sobre o feto. O Conselho Nacional de Proteção
contra as radiações e a Food and Drug
Administration aprovaram MRI somente após o
primeiro trimestre. A segurança das técnicas mais
recentes de imagem ponderada em difusão (DWI),
tensor de difusão de imagem (DTI), espectroscopia
de ressonância magnética (MRS), e ressonância
4 magnética funcional (F-MRI) ainda não foi
comprovada.
Segundo Prayer B¹6 questões de segurança
incluem bioeffects possível do campo magnético
estático do sistema RM, riscos associados à
exposição aos campos magnéticos de gradiente, os
efeitos adversos potenciais de energia de
radiofrequência (RF), e possíveis efeitos adversos
relacionados com a combinação desses três campos
eletromagnéticos permutações possíveis dos diversos
fatores que estão presentes neste.
Segundo Salomon LJ ²6 A ressonância
magnética tem evoluído rapidamente de ser um
exame altamente segmentados aplicado a uma
população muito seleta de fetos em uma técnica mais
amplamente utilizado para triagem pré-natal e
diagnóstico de anomalias do cérebro fetal. Tem-se
revelado útil na avaliação da maioria das anomalias
do cérebro fetal e é provável que desempenhar um
papel maior nos próximos anos. Deve ser mantido
em mente que a RM deve ser sempre realizado após
um exame de ultrassom abrangente.
Segundo De Wilde JP¹7 , Shellock FG
²5, Webb JAW²7,
A primeira questão a ser
considerada no uso da RM é sua segurança para a
gestante e o feto. Estudos realizados em animais não
mostraram efeito teratogênico do método. Contudo,
aconselha-se que não seja realizado no 1º trimestre da
gestação, período crítico para teratogênese e no qual
ainda não há identificação de potenciais benefícios do
uso precoce desta técnica de imagem. A “Safety
Comitee of the Society of Magnetic Resonance
Imaging” sugere o uso da RM apenas se a USG não
for conclusiva. A legislação brasileira não tem uma
norma específica. Contudo, a posição geral é de que
RM pode ser utilizada com bom senso na gestação a
partir do 2º trimestre, sem restrições quanto à
indicação do exame. A injeção de meio de contraste
(gadolínio intravenoso) deve ser evitada durante toda
a gestação, uma vez que o meio de contraste é capaz
de atravessar a barreira placentária, entrando na
circulação fetal segundo após sua administração
3.1.3 Indicações e possíveis contraindicações
O exame é indicado no diagnóstico de
inúmeras patologias, principalmente em suspeitas de
câncer, cardiopatias, doenças vasculares, derrames,
problemas nas articulações e ainda desordens
músculos-esqueléticos. Tem a capacidade de fornecer
imagens de grande qualidade dos tecidos moles,
sendo também considerado como o exame de maior
sensibilidade para a detecção de problemas
relacionados à coluna, sendo o seu uso de grande
valia especialmente para neurocirurgiões e
ortopedistas em especial3.
Em virtude do fato de operar sem a
necessidade da utilização de qualquer tipo de
radiação ionizante – raios X – a técnica é muito
utilizada também na geração de imagens dos órgãos
reprodutores masculinos e femininos envolvendo a
pélvis, quadris e bexiga3.
Em casos de cardiopatias, a técnica
apresenta resultados de excelência, principalmente no
estudo da função ventricular, identificação de áreas
de infarto recente ou antigo, e no estudo das
principais artérias do corpo, carótida, aorta e outras3.
O equipamento opera com campo magnético, e, por
isso, algumas precauções devem ser tomadas durante
a realização do exame, como não utilizar jóias e
maquiagens, entre outros1.
Segundo Launay S¹9 apesar de ultrassom
fornece informações de rastreamento primário,
diagnóstico final pode requer mais investigações.
5 MRI, a ser realizada no segundo e terceiro trimestres,
é o não invasivo . As indicações são para mais
difundida doença cerebral com malformação ou
adquirida. Progressivamente, as indicações foram
alargadas à cabeça e, pescoço, tórax, abdômen e
pelve áreas. Além disso, as indicações incluem
sistemática anterior patologia fetal ou do contexto da
gravidez. Outras indicações de ressonância
magnética têm sido sugeridos: mau posicionamento
da placenta e do trato genito-urinário materno.
Segundo Salomon LJ²6 Ressonância
Magnética é realizada durante o segundo trimestre, o
líquido amniótico ainda é abundante, a cabeça do feto
não está envolvida na pelve materna e movimentos
fetais podem gerar artefatos. Portanto, a idade
gestacional ideal deve ser decidido para cada caso
individualmente, de acordo com os riscos e
benefícios desse procedimento de diagnóstico, a
natureza da anomalia, e o limite de idade legal para
TOP, onde o exame está sendo realizado.
Malformações estruturais / anatômicas (tais como
agenesia do corpo caloso ou anormalidades da fossa
posterior) podem ser avaliada no início, enquanto que
a avaliação de giro e do parênquima requerer espera
até bem entrado o terceiro trimestre.
Após o consentimento informado da mãe foi
obtida, RM fetal deve ser realizada através de um alto
campo scanner MR (1,5 T), a fim de obter resultados
de imagem ótima. A gradual de matriz bobina de
superfície deve ser usado. No entanto, o sinal pode
diminuir se a estrutura estudada está muito longe da
bobina. Isso pode acontecer em gestações múltiplas,
mulheres obesas ou quando a mulher está na posição
de decúbito lateral. Sedação fetal pode ser alcançado
por via oral materna de 1 mg flunitrazepam 20 min
antes do exame; desta benzodiazepina é usado para
sedação e redução da ansiedade. Embora sequências
rápidas nem sempre exijam sedação , todas as
sequências devem ser realizados pelo menos durante
breathholding materna.
Fonte: Werner, Coakley et. al ²8 ²9 p.11 Figura : Paciente posicionada em decúbito lateral esquerdo com os pés entrando em primeiro no magneto.
3.1.2 Ressonância magnética funcional
A técnica de ressonância magnética
funcional é muito semelhante a um exame clínico
dessa modalidade. Suas diferenças principais devem-
se especialmente à particularidade na obtenção de
informações relativas à determinada função cerebral
que se pretende estudar. Neste sentido, é necessário
que haja uma forma controlada na execução dessa
função, como por exemplo, a fluência verbal. A
fluência verbal é necessária neste exame, propiciando
que sejam emitidas imagens que poderão auxiliar o
profissional a traçar um comparativo entre dois ou
mais estados cognitivos do cérebro do paciente. Tal
comparação é feita mediante a utilização de métodos
computacionais e o auxílio de técnicas estatísticas
complexas, visando à análise das imagens, de modo
que o resultado do estudo só pode ser conhecido após
algumas horas2.
6
O princípio fundamental da ressonância
magnética funcional é a oxigenação sanguínea. Nas
áreas em que há uma maior atividade neuronal,
conseqüentemente há uma maior oferta de oxigênio
que o consumo local, ocasionando um aumento na
concentração regional de hemoglobina saturada de
oxigênio, ou seja, oxi-hemoglobina, uma molécula
que por sua vez tem propriedades magnéticas
diferentes da hemoglobina não saturada (desoxi-
hemoglobina). Assim torna-se possível a observação
de pequenas variações da intensidade do sinal que
ocorrem devido à ativação cerebral. O exame é feito
de modo a proporcionar a obtenção de imagens do
cérebro durante a execução das atividades que se
quer estudar e outras imagens controle, onde essa
tarefa não é executada. Desta forma, ao executar
determinadas atividades, um indivíduo tem as
imagens de seu cérebro executando-as, de modo que
possam ser analisadas posteriormente.
Tal técnica pode ser utilizada como um
dado adicional no planejamento cirúrgico ou ainda na
avaliação do impacto de determinado procedimento
terapêutico buscando observar o desempenho do
paciente em uma determinada função cognitiva2.
3.2 RESSONANCIA MAGNÉTICA NO DIAGNÓSTICO DE MALFORMAÇÕES 3.2.1 Vantagens
Segundo Ximenes et al4 em seu estudo
destacou que, após detalhada revisão de literatura, a
maioria dos estudos sugere que a RM pode ser
realizada durante a gestação. As preocupações
referem-se à saúde materna e fetal Além disso, estes
autores realizaram um ensaio clínico com o intuito de
avaliar, por meio da ressonância magnética, uma
série de fetos com diagnóstico ultrassom de
malformação, a fim de estabelecer os benefícios e
limites diagnósticos proporcionados pela técnica de
ressonância magnética fetal, em comparação com a
ultra-sonografia. Neste estudo, foram estudadas 40
mulheres entre 15–35 semanas de gestação com
diagnóstico de anomalia fetal durante o exame de
ultra-sonografia. As pacientes foram encaminhadas
para o estudo complementar com ressonância
magnética. As indicações para o estudo da
ressonância magnética fetal foram: anomalias do
sistema nervoso central, do tórax, do abdome, renais,
esqueléticas e tumores. A avaliação pós-natal incluiu
a revisão das imagens de ultra-sonografia e
ressonância magnética, o acompanhamento do
nascimento, exames laboratoriais, radiológicos e
necropsia. Os resultados mostraram que os estudos
complementares com ressonância magnética fetal
trouxeram informações adicionais em 60% dos casos
estudados. Desse modo, os benefícios da ressonância
magnética fetal foram: ampliação da avaliação
global, aumento do campo de avaliação, maior
resolução tecidual pelo uso de seqüências, e
avaliação em pacientes. Ao final, os autores
concluíram que a ressonância magnética fetal pode
ser utilizada como método complementar para a
avaliação das malformações fetais.
Para Banduki5 a RM deve ser vista sempre
como um exame complementar a uma ultra-
sonografia estrutural fetal com a finalidade de
precisar melhor a extensão de uma anomalia
detectada pelo ultrassom. Isto é especialmente
verdade quando a RM é o exame de escolha para tal
patologia no período pós-natal. Para este autor, o
rendimento da IRM segundo as patologias fetais
estudadas é muito variável, mas afirmaram que, de
uma maneira global, a RM permite estudar a quase
totalidade dos órgãos fetais, a placenta e o líquido
7 amniótico, embora a definição anatômica não seja
sempre igual.
Segundo Manganaro et al6 avaliaram a
viabilidade de ressonância magnética fetal em 83
gestantes, sendo que 43 pacientes (casos) tiveram
suspeita ecocardiográfica de cardiopatias congênitas;
e 40 pacientes (controles) não. Dois radiologistas
avaliaram a qualidade diagnóstica das imagens em
ambos os controles e casos, as características
morfológicas e funcionais de MRI nos controles e os
sinais de ressonância magnética de cardiopatia
congênita em cada caso. Foram detectados sinais
diretos de cardiopatia congênita em 21 fetos, sinais
indiretos em 6 e 2 sinais em seqüências, o que
comprovou, segundo os autores, a eficácia do método
como ferramenta para demonstrar as características
morfológicas do sistema cardiovascular em fetos.
Para Zeidan et al7 aplicaram a técnica de
RM para o diagnóstico de sequestro Intralobar (ILS)
associado com malformação adenomatóide cística
congenital (CCAM) em fetos. Entre maio de 2004 e
setembro de 2007, 23 lesões pulmonares fetal foram
estudadas. Em três casos, ressonância magnética fetal
(MRI) demonstrou uma lesão macro cística, não
identificada por outros métodos.
Para Pauleta et al8 também relataram um
caso de diagnóstico de malformação urogenital com o
uso de RM fetal. O diagnóstico pré-natal com
ultrassom evidenciou a lesão em uma gestação de 25
semanas e, na imagem latente de RM foi confirmada
a presença da malformação. O diagnóstico presuntivo
foi confirmado após o nascimento. Um mês depois, o
recém-nascido foi submetido à intervenção cirúrgica
reconstrutiva com bom resultado.
Para Cormier et al9 em seu estudo
utilizaram a RM para confirmar a presença de retorno
venoso pulmonar anômalo total, uma malformação
congênita que pode ser diagnosticada no feto através
de indicadores indiretos que incidem sobre um
ecocardiograma, como a incapacidade de demonstrar
as veias pulmonares retornando ao átrio esquerdo
pelo Doppler colorido, a presença de uma câmara ou
a veia por trás do átrio esquerdo, a presença de uma
dilatação da veia cava superior, a discrepância entre a
direita e a esquerda das câmaras cardíacas e grandes
artérias, e da demonstração da ascendente ou
descendente da veia pulmonar comum ou veia
vertical. Alguns casos de TAPVR podem ser
perdidos no útero, especialmente em um tipo misto
de TAPVR ou TAPVR associada com malformações
cardíacas complexas.
Para Daltro et al10 os avanços tecnológicos
têm melhorado bastante o diagnóstico de anomalias
fetais, e as malformações congênitas torácicas são
normalmente avaliados no período pré-natal com
ultra-sonografia fetal, mas a ressonância magnética
fetal de imagem (RM) é uma modalidade bem
estabelecida, que é utilizada como uma técnica
auxiliar em situações de difícil diagnóstico. Estes
autores afirmaram que a RM pode fornecer excelente
contraste dos tecidos, com uma análise mais precisa
da anatomia fetal e de diferenciação entre os sinais de
anormalidades, seja nos órgãos, seja nas estruturas
adjacentes, permitindo assim o planejamento de um
protocolo de tratamento próprio para o paciente
mesmo no pré-natal.
Para Paul Griffiths et al¹² últimos oito anos
a ressonância magnética tem sido usada para detectar
anormalidade fetal no útero. Os números crescentes
de trabalhos publicados têm demonstrado maior
precisão de diagnóstico in útero que a ressonância
magnética em comparação com ultrassom. È muito
utilizado para casos de cérebro e coluna vertebral
com anomalias.
8
Para Levine D et al¹³ o ultrassom é o método
de triagem de escolha na avaliação do útero e do feto
na gestante. Mas está modalidade precisa de
informações adicionais. A ressonância magnética
pélvica durante a gravidez mostra grande promessa
no diagnóstico e não utiliza radiação ionizante.
Também fornece excelente contraste dos tecidos
moles, e tem multiplanos para reconstrução do feto.
Para Ximenes et al4 a técnica de RM
apresenta, nestes casos, amplo campo diagnóstico por
apresentar:
- alta resolução tecidual;
- identificação de imagens compatíveis com
hemorragias ou gordura nas seqüências em T1;
- Obtenção de três planos ortogonais sem
artefatos;
- Utilização de seqüências que avaliam a
função renal.
Para Banduki5 a técnica é aplicável à
maioria dos exames realizados no contexto de uma
malformação do sistema nervoso central, mas
essencialmente, as hidrocefalias, agenesia do corpo
caloso, patologias da fossa posterior e tumores ou
lesões císticas cerebrais.
Para De Wilde JP¹7, Shellock FG ²5
, Webb
JAW²7 Para obter imagens de boa qualidade em
qualquer exame de RM é essencial o uso de
sequências rápidas como HASTE (Half-Fourier
Single Shot Turbo spin-Echo), FSSE (Fast Single
Shot Echo) ou true-FISP (Free Induction Steady State
Precession) que permitem aquisições em curto espaço
de tempo evitando artefatos de movimento. A
duração de cada sequência está em torno de 18
segundos, sendo feitos cortes em torno de 4 mm em
aparelhos de alto Campo. O uso de sedativos
maternos não se faz necessário na grande maioria dos
exames.
Fonte: Werner, Coakley et. al ²8 ²9 p.6
Padrão de sulcação do encéfalo fetal de
acordo com a idade gestacional.
A)
B)
9
Fonte: Werner, Coakley et. al ²8 ²9 p.7 Figuras A e B: Feto de 32 semanas,portador de Doença de Von Willebrand. a) Sagital T2 demonstrando área em hipersinal na fossa posterior, sugerindo sangramento. b) sagital T1 demonstrando mesma área em
hiposinal.
Para Ximenes et al4 em seu estudo
destacaram que, como benefícios da RM no estudo
do sistema nervoso central, eles conseguiram obter
uma visão mais detalhada da formação de sulcos, do
processo de formação das camadas e mielinização, do
espaço subaracnóide, da ausência de artefatos ósseos,
da obtenção de cortes nos três planos, e uma melhor
definição tecidual e anatômica, quando em
comparação do que foi obtido por meio do ultrassom
e as imagens obtidas em RM, conforme observado na
figura 1.
Figura 1 - A: Visualização de estrutura cística,
obtida por meio de US (corte axial no nível do
diâmetro biparietal). Nesta imagem, a sombra
acústica impede a visualização completa da calota
craniana. B: RM, seqüência ponderada em T2,
evidenciando excelente contraste tecidual, onde se
observa que a área com hipersinal corresponde à
formação cística, compatível com cisto aracnóide.
Fonte: Ximines et al4, p.315.
Para Ximenes et al4 a técnica nos casos de
espinha bífida trouxe informações adicionais na
avaliação da fossa posterior, tendo sido avaliado o
grau da herniação do cerebelo (deslocamento para
baixo, compressão e hipoplasia do cerebelo),
conforme é observado na figura 2.
Figura 2 - Sequência ponderada em T2 e corte
sagital de RM fetal. Nesta imagem é possível
observar o quarto ventrículo extremamente baixo e
estreito, abaixo do forame magno, além dos
hemisférios cerebelares está comprimido
(hipoplásicos).
Fonte: Ximenes et al4, p.316.
Antunes et al11 em seu estudo apresentaram
um comparativo entre as vantagens da RM e da US
10 no diagnóstico de linfangialomas. Segundo os
autores, os linfangiomas são malformações
congênitas dos vasos linfáticos e constituem cerca de
5% a 6% de todas as lesões benignas da infância e
adolescência, tendo sua ocorrência mais comumente
na cabeça, pescoço ou axila, embora possam ocorrer
em qualquer local do sistema linfático em
desenvolvimento. Quando achados isolados,
apresentam bom prognóstico, devendo ser ressecados
cirurgicamente na grande maioria das vezes. Porém,
quando detectados intraútero, torna-se importante a
realização do cariótipo fetal, pois as displasias
linfáticas podem estar associadas a anormalidades
cromossômicas. A maioria dos diagnósticos de
linfangiomas é feita no segundo e terceiro trimestres
de gestação, sendo identificados como massas
císticas, multisseptadas e de paredes finas, próximas
à cabeça ou pescoço fetal. Na visão dos autores, a US
é o primeiro método na avaliação fetal, por ser de
baixo custo e pela capacidade de ser um exame em
tempo real, de fácil realização e não invasivo, mas a
RM vem sendo utilizada como um importante
complemento à US. Para os autores, nos casos de
linfangiomas, a técnica de RM determina com mais
precisão a extensão da lesão e sua relação com as
estruturas vizinhas, permitindo um planejamento
cirúrgico mais adequado, sendo, ainda, importante no
diagnóstico diferencial desta doença, principalmente
com encefalocele, mielomeningocele cervical,
teratoma e hemangioma, que apresentam diferentes
tratamentos e prognósticos.
No estudo de Antunes et al11 os autores
avaliaram três casos de linfangiomas cervical por
ressonância magnética e correlacionaram com os
achados da ultrassonografia. No estudo, três
pacientes com idade gestacional entre 24 e 35
semanas, com suspeita de higromas císticos cervicais
fetais na ultrassonografia obstétrica de rotina, foram
submetidas a ressonância magnética e,
posteriormente, a nova ultrassonografia para
correlação dos achados. As imagens obtidas estão
representadas na figura 3 a seguir.
Figura 3 – Achados de RM nos casos de higromas
císticos. Na figura C os achados referem-se ao feto 3
do estudo dos autores, onde observa-se a parassagital
T2 mostrando lesão hipertensa com septos no interior
e em D a RM pós-natal, coronal T2, do mesmo feto,
confirmando esses achados previamente descritos.
Fonte: Antunes et al11, p.12.
Ainda segundo Antunes et al11 todas as
lesões que foram suspeitas como sendo linfangiomas
cervicais na US obstétrica foram confirmadas pela
RM, que avaliou de forma semelhante ao exame
anterior e à US realizada com fins comparativos a
localização, as dimensões e o conteúdo das lesões.
Na RM, duas lesões apresentavam sinal hipointenso
em T1 e hiperintenso em T2, com finos septos
hipointenso em ambas as sequências nos seus
interiores (fetos 2 e 3), e uma mostrava-se
heterogênea com predomínio de sinal hiperintenso
em T2 (feto 1).
Ximenes et al4 estudaram ainda quatro
casos de anomalias do trato geniturinário, e
destacaram que, como benefícios da RM fetal na
11 avaliação das anomalias do trato geniturinário, foi
possível identificar o ponto da estenose da junção
uretero-pélvica sem a utilização de meios de
contraste (Figura 4) e também foi permitido uma boa
resolução tecidual mesmo nos casos de oligoidrâmnio
e seqüências de difusão para avaliação da função
renal.
Figura 4 - RM fetal, seqüência ponderada em T2 e
corte parassagital oblíquo, sendo possível constatar
uma dilatação da pelve renal e o ponto de estenose no
ureter proximal (seta).
Fonte: Ximenes et al4, p.316.
Ainda, Ximenes et al4 estudaram dois casos
de tumores fetais. Para os autores, para o estudo das
massas anteriores cervicais, os benefícios da RM
estiveram dirigidos para o objetivo de estabelecer o
diagnóstico diferencial, sendo que em um caso de
teratoma cervical, as imagens ponderadas em T2
tiveram a capacidade de mostrar alta definição e
contraste tecidual, exibindo detalhadamente as
margens e a textura da massa, conforme observado na
Figura 5.
“Figura 5 - RM em corte axial oblíquo mostrando
massa cervical com margens definidas e o efeito
massa” comprimindo e deslocando a traqueia
Fonte: Ximenes et al4, p.316.
Também a RM mostrou-se vantajosa na
aavaliação de tumor sacrococcígeo, trazendo
benefícios relacionados à identificação de fatores
como o tamanho, a extensão do tumor e o
comprometimento de estruturas adjacentes4.
3.2.2 Possíveis riscos e limitações no emprego da técnica
Ximenes et al4 a principal preocupação no
uso desta técnica em pacientes grávidas é a possível
ocorrência de teratogênese e danos acústicos. Porém,
os autores não observaram nenhum relato na
literatura que comprove tais riscos, mas mesmo assim
destacaram que é importante o cuidado, através de
algumas recomendações que incluem: evitar exame
no primeiro trimestre, avaliação do fluxo sanguíneo,
movimentação fetal, claustrofobia materna, estudo do
coração fetal e esqueleto.
Banduki5 em seu estudo destacou que, de
uma forma geral, a aplicação da RM ainda está
restrita pelos altos custos dos exames, pelo
desconforto das gestantes e também pela falta de
informação dinâmica e em tempo real, esta sim
obtida pela ultra-sonografia, tanto bidimensional
quanto de três dimensões em tempo real.
12
Saguintaah¹8 a ressonância magnética tem
desvantagens significativas em comparação com os
EUA. Ela tende a ser mais caro, pode ser difícil para
aqueles que sofrem de claustrofobia, não é tão
facilmente disponíveis, e fornece uma resolução
espacial menor. Além disso, a ressonância magnética
é extremamente sensível ao movimento fetal.
Técnica de imagem é rápido e a sequência de
ressonância magnética média, é realizada em 15
minutos, agora leva aproximadamente 20 segundos
para adquirir. No entanto, ressonância magnética que
pode ser aplicado à imagem fetal continua limitada.
Finalmente, como esta é uma aplicação relativamente
nova, a segurança o longo prazo da ressonância
magnética durante a gravidez ainda não está
estabelecida, embora não tenha havido relatos de
efeitos adversos à data. Intravenoso gadolínio não é
usado, porque não há transferência placentária e pode
ser teratogênico em doses elevadas.
Segundo Salomon LJ²6 A
Ressonância Magnética tem sido utilizado
durante a gravidez por mais de 20 anos.
Muitos estudos têm relatado que não é
associada a efeitos colaterais importantes e
devem ser considerados inofensivos. O
Comitê de Segurança da Sociedade de
Ressonância Magnética de 15 anos atrás
concluiu que a RM pré-natal foi indicada
quando outros métodos não ionizante de
diagnóstico por imagem eram inadequados
ou quando o exame de RM poderia fornecer
informações importantes que poderiam exigir
o uso de radiação ionizante . Elevação da
temperatura fetal é potencialmente perigosa,
mas é difícil determinar o grau de
aquecimento do feto durante uma ressonância
magnética. Nenhum aumento de temperatura
significativa foi observada em porcos grávida
quando fotografada com meia-Fourier single-
shot aquisição sequência spin-eco (HASTE)
turbo em uma unidade de ressonância
magnética 1,5. Outra grande preocupação é o
ruído acústico gerado por ressonância
magnética; atualmente não há dados sobre o
nível de ruído acústico observado no feto
seguinte in-utero atenuação dos sons. 4 DISCUSSÃO
No presente estudo, entre todos os autores
pesquisados, sem exceção, houve um consenso de
que a técnica de ressonância magnética é de grande
valia no diagnóstico de malformação congênita,
podendo ser perfeitamente utilizado para este fim,
sem trazer grandes riscos para o feto ou para a
gestante.
Houve também consenso entre Ximenes4,
Banduki5, Pauleta e Cormier de que a técnica é mais
apropriada como método diagnóstico auxiliar, não
sendo indicado seu uso como único meio diagnóstico,
mas sim complementar aos exames de Doppler e
ultrassonografia, trazendo a contribuição de possíveis
lesões não diagnosticadas por estes métodos.
Colaborando com Banduki5, a técnica é ainda mais
útil especialmente para aqueles casos que cursem
com suspeitas de lesões ou malformações localizadas
no sistema nervoso central, especialmente região
cerebral. Do mesmo modo, colaborando com a visão
de Ximenes et al4 a técnica apresenta como
destacadas vantagens, como método diagnóstico de
malformação fetal, as características de alta resolução
tecidual; fácil identificação de imagens indicativas de
hemorragias e em 3 planos.
Já entre os riscos, não foram relatados
maiores complicações ou mesmo possíveis danos ao
feto ou à gestante, mas, corroborando com a visão de
13 Ximenes et al e Banduki, o ideal é que a técnica seja
evitada no primeiro trimestre.
5 CONCLUSÃO
Conclui-se que a técnica de ressonância
magnética pode ser usada, sem maiores riscos, como
uma importante ferramenta para o diagnóstico de
malformação fetal, tendo como principais vantagens
à obtenção de imagens de boa resolução, visando
especialmente o diagnóstico de anomalias do sistema
nervoso central, do tórax, do abdome, renais,
esqueléticas e tumorais. Dessa forma a ressonância
magnética terá um grande papel no desempenho nos
próximos anos. Sempre lembrando que o exame de
ressonância deverá ser realizado após o exame de
ultrassom.
6 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. SIEMENS. Ressonância Magnética. Medical Solutions. 2008. Disponível em: <http://www.siemens.com.br/templates/produtos_fam.aspx?channel=2126> Acesso em: 13 jun. 2011. 2. AMARO JUNIOR, E.; YAMASHITA, H. Aspectos básicos de tomografia computadorizada e ressonância magnética. Revista Brasileira de Psiquiatria, v.23, supl.1, p.2-3, 2001. 3. SOUZA, L.C.B. Ressonância magnética. Centro de Diagnósticos do Hospital do Coração, São Paulo, 2009. Disponível em: <http://www.hcor.com.br/imagens/Arquivos/Ressonancia%20Magnetica.pdf> Acesso em: 14 jun. 2011. 4. XIMENES, R.L.S.; SZEJNFELD, J.; XIMENES, A.R.S.; ZANDERIGO, V. Avaliação crítica dos benefícios e limitações da ressonância magnética como método complementar no diagnóstico das malformações fetais. Radiol Bras., v.41, n.5, p.313–318, 2008.
5. BANDUKI, V. A Ressonância Magnética Fetal. Revista Saúde, ano IV, n.4, p.3-5, 2008. 6. MANGANARO, L.; SAVELLI, S.D.M.; FRANCIOSO, A.; FIERRO, F.; TOMEI, A.; CORATELLA, F.; BALLESIO, L.; VENTRIGLIA, F. Fetal MRI of the cardiovascular system: role of steady-state free precession sequences for the evaluation of normal and pathological appearances. Radiol Med, v.114, n.6, p.852-870, 2009. 7. ZEIDAN, S.; HERY, G.; LACROIX, F.; GORINCOUR, G.; POTIER, A.; DUBUS, J.C.; GUYS, J.M.; DE LAGAUSE, P. Intralobar sequestration associated with cystic adenomatoid malformation: diagnostic and thoracoscopic pitfalls. Surg Endosc, v.23, n.8, p.1750-1753, aug., 2009. 8. PAULETA, J.; MELO, M.A.; BORGES, G.; CARVALHO, R.; MARQUES, J.P.; DUPONT, J.; MONTEIRO, C.P.; GRACA, L.M. Prenatal diagnosis of persistent urogenital sinus with duplicated hydrometrocolpos and ascites--a case report. Fetal Diagn Ther, v.28, n.4, p.229-232, 2010. 9. CORMIER, C.M.; KRAMER, L.A.; GUPTA-MALHOTRA, M. Prenatal diagnosis of a mixed type of total anomalous pulmonary venous return. Fetal Diagn Ther, v.27, n.2, p.118-120, 2010. 10. DALTRO, P.; WERNER, H.; GASPARETTO, T.D.; DOMINGUES, R.C.; RODRIGUES, L.; MARCHIORI, E.; GASPARETTO, E.L. Congenital chest malformations: a multimodality approach with emphasis on fetal MR imaging. Radiographics, v.30, n.2, p.385-395, mar-apr., 2010. 11. ANTUNES, E.G.; WERNER JUNIOR, H.; DALTRO, P.A.; RODRIGUES, L.; AMIM, B.; GUERRA, F. et al. Avaliação de linfangiomas cervicais fetais por ressonância magnética e correlação com achados ultrassonográficos. Radiol Brás, v.42, n.5, p.299-302, 2009. 12. PAUL D GRIFFINS, MARTYN NJ PALEYy, ELYSA WIDJAIA, CHIS TAYLOR, ELSPETH H WHITBYy. No útero ressonância magnética do cérebro e alterações da coluna vertebral em fetos. Academic Unitof of Radiology, of Sheffield, Royal Hallmshire Hospital, Sheffields 102 JF. C: 562 doi: 10.1136/bmj. 331.7516.562. 13. LEVINE D, BARNES PD, ROBERTSON RR, WONG G, MEHTA TS Rápido MRI de anormalidades fetais CNS. Radiology 2003; 229:51-61.
14 14. GANESH RAO BE BS RAMAMURTHY Indiana Imagem J Radiol. fevereiro de 2009; 19 (1): 69-74. doi: 10.4103/0971-3026.45349. 15. Westbrook, CATHERINE Manual de técnicas de ressonância magnética, Editora Guanabara Koogan, 2010. 16. PRAYER B. BRUGGER PC, PRAYER L. Fetal MRI: Techniques and protocols. Pediatr. Radiol. 2004; 9: 685-93 17. De Wilde JP, AW Rivers, Preço DL. Uma revisão da actual utilização da ressonância magnética na gravidez e implicações de segurança para o feto. Prog Biophys Mol Biol. 2005; 87:335-353. 18. SAGUINTAAH M. COUTURE A, VEYROC C, et al. MRI of the fetal Gastroinstestinal tract. Pediatr. Radiol. 2002; 32:395-404 19. LAUNAY S, CUILLERT V, BOYER C, et al. magnetic resonance imaging applications in obstetrics. J Gynecol obstet Biol. Reprod. (paris) 2003: 205-200 20. DE WILDE JP, RIVERS AW, PRICE DL. A review of the current use of magnetic resonance imaging in pregnancy and safety implications for the fetus. Progress in Biophysics and Molecular Biology. 2005; 87: 335-353 21. GUO Y, LUO B. The state art of fetal magnetic resonance imaging. Chin Med J. 2006; 119(15) 1294-1299. 22. Herman-Sucharska I, Bekiesin´ska-Figatowska M, Urbanik A. Fetal central nervous system malformations on MR images. Brain & Development. 2009; 31: 185–199. 23. MAHIEU-CAPUTO D, SONIGO P, DOMMERGUES M. Fetal lung volume measurement by magnetic resonance imaging in congenital diaphragmatic hernia, BJOG. 2001; 108: 863-868 24. MATSUOKA S; TAKEUCHI K; YAMANAKA Y. C omparison of Magnetic Resonace Imaging and Ultrasonography in the prenatal diagnosis of congenital thoracic abnormalities. Fetal Diagn Ther. 2003; 18: 447-453 25. SHELLOCK FG; KANAL E. Policies, guidelines, and recommendations for MR imaging safety and patient management. SMRI Safety Committee. J Magn Reason Imaging 1991; 1:97-101
26. SALOMON LJ, GAREL C. Magnetic resonance imaging examination of the fetal brain. Ultrasound Obstet Gynecol 2007; 30: 1019-1032. 27.WEBB JAW, THOMSEN HS, MORCOS SK. The use of iodinated and gadolinium contrast media during pregnancy and lactation. Eur Radiol. 2005; 15: 1234–1240. 28. WERNER H, LOPES DOS SANTOS JR, FONTES R, GASPARETTO EL, DALTRO PA, KUROKI Y, DOMINGUES RC. The use of rapid prototyping didactic models in the study of fetal malformations. Ultrasound Obstet Gynecol 2008; 32: 955–958. 29. COAKLEY FV, GLENN OA, QAVYUM A, BARKOVICH AJ, GOLDSTEIN R, FILLY RA Fetal MRI: a developing technique for the developing patient. AJR Am J Roentgenol. 2004; 182:243-252.