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FUNDAO UNIRG CENTRO UNIVERSITRIO UNIRG CURSO DE ODONTOLOGIA

Marcia Marques do Nascimento Mauricio Pinto de Arajo

RESTAURAES DIRETAS E INDIRETAS DE RESINAS COMPOSTAS: REVISO DE LITERATURA

GURUPI-TO JULHO - 2011

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MARCIA MARQUES DO NASCIMENTO MAURICIO PINTO ARAJO

RESTAURAES DIRETAS E INDIRETAS DE RESINAS COMPOSTAS: REVISO DE LITERATURA

Trabalho apresentado ao Centro Universitrio UnirG como parte de requisitos para obteno do ttulo de bacharel em Odontologia.

Orientadora: Prof. Ms. Snia Maria Paiva Torres

GURUPI-TO JULHO - 2011

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MARCIA MARQUES DO NASCIMENTO MAURICIO PINTO ARAJO

RESTAURAES DIRETAS E INDIRETAS DE RESINAS COMPOSTAS: REVISO DE LITERATURA

Esta Monografia foi apresentada em: _____ de ________________ de __________, como exigncia para obteno do ttulo de bacharel em Odontologia.

BANCA EXAMINADORA

__________________________________ Profo. Ms. Bruno Ricardo Simeo Presidente ___________________________________ Prof. Ms. Marcio Yukio Membro __________________________________ Prof. Ms. Ed Wilson Cesar Membro

Data de realizao: _____ de _______________ de __________.

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DEDICATRIA

Dedico este trabalho primeiramente a Deus, pois sem Ele nada seria possvel e no estaramos aqui reunidos, desfrutando juntos destes momentos que so to importantes. Aos meus pais Mariano e Magna pelo esforo, dedicao e compreenso, em todos os momentos desta e de outras caminhadas. E ao meu filho Pedro Henrique, minha motivao maior. A todos os professores pelo aprendizado e aos pacientes voluntrios. Mauricio Pinto de Arajo

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DEDICATRIA

A vocs Me e Pai, Que me deram a vida e ensinaram-me a viv-la com dignidade; que sempre iluminaram, com afeto e dedicao, os caminhos obscuros para que eu trilhasse sem medo e com esperana; que se doaram por inteiro, e, muitas vezes, at renunciaram a seus sonhos para que eu pudesse realizar os meus: no lhes bastaria o meu mero muito, ou muitssimo obrigada como forma de agradecimento. Por mais que eu procure uma forma de agradecer por tudo o que me proporcionaram, ou expressar o quanto vocs so importantes para mim, sinto que essa emoo no pode ser traduzida apenas por palavras, mas sim por atos! Quanto aos meus irmos, eu os agradeo por fazerem parte da minha famlia. Vocs so a razo da minha existncia. Amo a todos vocs, infinitamente... DEDICO

Marcia Marques do Nascimento

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AGRADECIMENTOS

Agradeo a professora e orientadora Snia Maria Paiva Torres pelo incentivo, simpatia e presteza s atividades e discusses sobre o andamento e normatizao desta Monografia de Concluso de curso. Aos demais mestres da casa, pelo conhecimento transmitido, a diretora do curso de graduao do Centro Universitrio Unirg pelo apoio institucional e pelas facilidades oferecidas. A minha famlia pela pacincia em tolerar a ausncia. E finalmente, a Deus pela oportunidade e pelo privilgio que me foi dado em ter tamanha experincia.

Mauricio Pinto de Arajo

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AGRADECIMENTOS

Antes de tudo, quero agradecer a Deus. Por ter-me concedido o dom da vida e por sua presena constante nela. Obrigado Senhor, pelos momentos de aflio em que o Senhor me confortou. Desejo que o Senhor continue sendo prioridade em minha vida. Agradeo minha me e ao meu pai, que tanto me incentivaram para que eu chegasse at aqui. Amo vocs! Agradeo ao meu namorado, pela pacincia e compreenso por minha ausncia, pelas palavras de carinho e conforto nos momentos difceis, e pelo amor incondicional que me dedica. Agradeo ao meu cunhado Jonathan Sales e minha amiga e irm de corao Shandreany Luz e minha amiga de faculdade urea Walria meu muito obrigada. No poderia deixar de fora todos os meus colegas, pois sempre estivemos juntos neste percurso. Hoje nos despedimos: por vrios anos passamos por dificuldades, mas chegamos ao final com a certeza do dever cumprido. Agradeo minha orientadora Ms. Snia Maria Paiva Torres, como tambm ao professor Ms. Bruno Ricardo Simeo, pelo apoio e dedicao. Obrigado mestres, por fazerem do meu aprendizado no um trabalho, mas um contentamento. Minha eterna gratido queles mestres que partilharam comigo seus conhecimentos com amor e dedicao no cumprimento do seu dever. Meu carinho queles mestres que indo mais longe doaram afeto e me fizeram crescer.

Mrcia Marques do Nascimento

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EPGRAFE

" melhor tentar e falhar, Que preocupar-se e ver a vida passar; melhor tentar ainda que em vo, Que sentar-se fazendo nada at o final. Eu prefiro na chuva caminhar, Que em dias tristes em casa me esconder. Prefiro ser feliz, embora louco, Que em conformidade viver. Martim Luther King.

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RESUMO RESTAURAES DIRETAS E INDIRETAS DE RESINAS COMPOSTAS: REVISO DE LITERATURA Marcia Marques do Nascimento e Mauricio Pinto de Arajo Prof. Snia Maria Paiva Torres (1 Alunos do Curso de Odontologia UNIRG, Gurupi/TO; 2 Prof. Orientadora, Curso de Odontologia Centro Universitrio UNIRG Gurupi/TO. A restaurao de dentes posteriores com resinas compostas de forma direta ou indireta constitui um desafio com que o cirurgio-dentista frequentemente se depara na sua prtica diria. Entender as tcnicas desenvolvidas para que os compsitos alcancem melhores propriedades mecnicas, aumento da sua resistnca compresso e abraso e, consequentemente uma maior longevidade clnica das restauraes uma busca constante. Apesar dos avanos mencionados, a contrao de polimerizao, inerente a esse material, continua sendo uma grande deficincia e, por enquanto, impossvel de ser evitada. O objetivo do presente trabalho foi realizar uma reviso da literatura abordando a diversidade de materiais e tcnicas, avanos tecnolgicos das resinas compostas e procura fazer uma comparao cientfica entre as duas formas de restauraes com compsitos, direta e indireta, fornecendo informaes sobre as vantagens e desvantagens destas tcnicas e materiais restauradores adesivos. Os resultados obtidos mostraram que restauraes com resinas compostas diretas e Indiretas constituem uma excelente alternativa para as amplas restauraes de dentes posteriores, portanto conclui-se que todo profissional da rea, deve conhecer como deve ser empregados estes materiais e os cuidados dispensados aos compsitos do mesmo frente ao meio bucal. Palavras-chaves: Resinas Compostas, polimerizao, restaurao direta e indireta.

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ABSTRACT DIRECT AND INDIRECT RESTORATIONS OF COMPOSITE RESINS: REVIEW of the LITERATURE Marcia Marques do Nascimento and Mauricio Pinto de Arajo Prof. Snia Maria Paiva square Towers (1 dentistry students UNIRG, Gurupi/TO; 2 Prof . Coaching Course of dentistry University Centre UNIRG Gurupi/TO. Posterior teeth restorations using composite resins both direct or indirect constitutes a challenge the dental surgeon faces in the everyday clinical practice. To understand the some advanced techiniques so as improve the composites mechanical properties, increase in compressive an abrasive strength an thus increased longevity of restorations is something sought. In spite of the aforementioned advances in such materials, polymerization shringe inherent in such a material, continues being a great drawback and at this time, impossible of being prevented. The goal of the current study was to review the literature, studying a diversit of materials an techniques, technological advancements of composite resins trying to establish a scientific comparison between the two forms of composite restoration, direct and indirect, providing valuable informations about advantages and disadvantages of these technieques and adhesive restorative materials. The results obtained showed that restores with direct and indirect composite resins provide an excellent alternative to the extensive restorations of posterior teeth, so it is concluded that all healthcare professional must know how it should be employed these materials and the care provided to the composites of the same front oral means.

Keywords: composite resins, polymerization, direct and indirect restoration.

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SUMRIO 1. INTRODUO 2. REVISO DA LITERATURA 2.1. CONTRAO DE POLIMERIZAO 2.2. ADAPTAO MARGINAL 2.3. SENSIBILIDADE PS-OPERATRIA 2.4. PROPRIEDADES FSICAS E MECNICAS 2.5. BIOCOMPATIBILIDADE 2.6. DURABILIDADE E LONGEVIDADE 2.7 ESTTICA 3 DISCUSSO 4. CONCLUSO REFERENCIAS 09 14 14 16 17 19 20 22 22 24 31 32

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1. INTRODUO

Como resultado da crescente demanda dos pacientes por tratamento odontolgico mais esttico, aumentou substancialmente o emprego das resinas compostas. Estas resinas, aliadas aos sistemas adesivos, tm sido muito utilizados para restauraes de dentes anteriores e posteriores (AMORE, et al., 2003). Esta evoluo permitiu o desenvolvimento de materiais restauradores com propriedades fsicas e qumicas excelentes e melhora no desempenho clnico (ALOMARI, et al., 2001). Dentre os vrios fatores que influenciam os cirurgies-dentistas a utilizarem constantemente estas resinas, esto facilidade de manejar e uma grande variedade de cores, que as tornam praticamente invisveis aps sua aplicao. Com isso, as restauraes diretas e indiretas em resina composta ocupam um grande espao na odontologia restauradora moderna (ULHOA, et al., 2007). A deciso de restaurar dentes posteriores com resinas diretas ou indiretas fortemente influenciada pelo tamanho da cavidade aps a remoo do tecido cariado. A grande limitao para o uso das resinas diretas em dentes posteriores est na extenso da rea a ser restaurada. Quanto maior a rea, menor a expectativa em relao longevidade clnica da restaurao. .(MONDELLI, et al., 1998). Muitos profissionais acreditam que cavidades pequenas e mdias, nas quais a largura do istmo menor que dois teros da distncia intercuspdea, devero ser restauradas com resinas compostas diretas pela tcnica incremental. Restauraes indiretas sero instaladas em cavidades mais extensas, onde o istmo superior a dois teros da largura intercuspdea ou quando o preparo envolver uma ou mais cspides (SILVA, et al., 2007). Devido a algumas limitaes inerentes s suas propriedades contrao de polimerizao, resistncia ao desgaste, dificuldade de polimerizao completa, estabilidade dimensional, entre outros, o uso das resinas em restauraes diretas tem indicao limitada. Por estes motivos, resinas laboratoriais e tcnicas indiretas foram desenvolvidas, representando uma alternativa para as restauraes estticas adesivas (SILVA, 2005).

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No entanto, a confeco das restauraes indiretas em laboratrio requer equipamentos especficos, onerando o trabalho final. Estes materiais so conhecidos como cermeros (polmeros com carga cermica), unindo as vantagens das porcelanas odontolgicas com a praticidade das resinas compostas (BARATIERI, et al., 2002). So indicadas em restauraes amplas de dentes posteriores quando o istmo oclusal for maior do que a metade da distncia intercuspdea ou quando o preparo envolver uma ou mais cspides (inlays/onlays). (BARATIERI, et al., 2002). Para atingir os objetivos deste trabalho buscou-se inicialmente embasar teoricamente sobre a utilizao das resinas compostas observando as resinas compostas diretas e indiretas nos aspectos de contrao de polimerao, adaptao marginal, sensibilidade ps-operatria, propriedades fisicas, mecnicas, biocompatibilidade biolgicas e estticas. Essa reviso relata os avanos tecnolgicos das resinas compostas e procura fazer uma comparao cientfica entre as duas formas de restauraes com compsitos, direta e indireta, fornecendo informaes sobre as vantagens e desvantagens destas tcnicas e materiais restauradores adesivos.

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2. REVISO DA LITERATURA

2.1. CONTRAO DE POLIMERIZAO

A reao qumica que transforma pequenas molculas, os monmeros, em uma grande cadeia denominada de polmeros, chama-se polimerizao (ANUSAVICE, 2005). O estresse desenvolvido durante essa reao qumica adapta relao dente-compsito um dos agentes principais da falha nas restauraes de resina composta. Mltiplos estudos esto sendo dirigidos na tentativa de determinar os fatores envolvidos no processo desse estresse (BEATRICE, et al., 2009; FARINA, et al., 2010). A fim de obter a polimerizao, diversas molculas combinam-se resultando nas formaes das cadeias. Ao se combinarem, as molculas ficam mais prximas umas das outras, diminuindo, assim, o volume total do material, um procedimento conhecido como o encolhimento da polimerizao (BEATRICE, et al., 2009). Este encolhimento volumtrico pode ser avistado durante duas etapas denominadas: pr-gel e ps-gel. O princpio da contrao da polimerizao se d incio imediatamente aps a ativao da luz e durante o estado do pr-gel, as resinas compostas podem mover-se devagar e assim restringir o estresse (AMORE, et al., 2003). Na condio de ps-gel, como o material no mais capaz de fluir devido a sua viscosidade muito alta, no possvel compensar a contrao da polimerizao, esta fase est ligada a um aumento na dureza da resina composta e reflete, assim sendo, em seu mdulo de elasticidade. Assim, a fase do ps-gel pode danificar o procedimento restaurador e a adeso da resina composta ao dente (AMORE, et al., 2003). Alguns estudos tm sugerido para a modulao da velocidade da reao de polimerizao aumentaria a fase pr-gel da resina, fornecendo condies para o escoamento do material e para um maior alvio das tenses geradas durante este processo (AMORE, et al., 2003 e FARES, et al., 2004). Desde modo, a formao de fendas na interface poderia ser reduzida caso o material fosse fotoativado mais

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lentamente. Para tanto, vrios estudiosos tm procurado aprimorar tcnicas para os problemas ocasionados pela microinfiltrao na interface dente/compsito, muitas estratgias foram sugeridos para melhorar a adaptao marginal das resinas compostas composio dentria, como: o condicionamento cido, o emprego de adesivos dentinrios, a associao de materiais, como o uso de uma base de cimento de ionmero de vidro sob um sistema adesivo - resina composta e a introduo de novas tcnicas de insero e polimerizao (FARES, et al., 2004). O grau de converso da resina, no depende somente da composio qumica propriamente dita, mas tambm, de outros fatores como: quantidade de luz disponvel para alcanar o agente iniciador e da temperatura externa. As unidades de luz alteram desde o convencional, pelo qual a intensidade de luz fixa, como por exemplo, a luz halgena de quartzo, at os sistemas de arco de plasma (PAC) ou lasers de rgon. Por esta razo, os procedimentos de polimerizao so distintos modificando de baixa a alta energia. A intensidade de luz empregada por etapas e as resinas sofrem polimerizaes diferentes. Isto quer dizer que as camadas superficiais mais prximas da fonte de luz polimerizam-se mais eficazmente do que as camadas mais intensas no interior do material. Perante este fato, de se esperar que a composio qumica da resina seja fator principal ao se determinar o grau de polimerizao (FARES, et al., 2004). Diante do exposto os fatores que mais influenciam o grau de converso da resina, esto sob a influncia dos profissionais , sendo eles: a espessura do incremento, o tempo de exposio luz, intensidade da luz e comprimento de onda. J os que no esto ao alcance do controle clnico, so: tipo de partculas inorgnicas incorporadas, composio do complexo resinoso e matriz do material. (CONSANI, et al., 2002). A contrao de polimerizao representa um fator de extrema preocupao e cuidados, uma vez que consiste numa caracterstica inerente ao material. O controle da contrao deve ser realizado de maneira a no prejudicar as demais propriedades do material (PERDIGO et al., 2003; FARES, et al., 2004; AMARAL, et al., 2002). Atualmente, o desenvolvimento dos compsitos est focado no emprego de resinas base de silorano polimerizadas sob a luz visvel. Comparadas as resinas base de BisGMA, esta nova coligao tem demonstrado atributos desejvel tais como o aumento da profundidade de polimerizao, a reduo da contrao de

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polimerizao e maior resistncia ao desgaste (WEINMANN, et al., 2005; EICK, et. al., 1986). A contrao pode ser prevenida parcialmente com o emprego de materiais restauradores indiretos, visto que este acontecimento se manifesta durante a etapa laboratorial, antes da instalao na boca. De modo geral estes materiais indiretos alcanam um grau de polimerizao mais elevado quando comparados s resinas compostas diretas (ADA COUNCIL ON SCIENTIFIC AFFAIRS, 2003; SILVA, et al., 2007).

2.2. ADAPTAO MARGINAL

O material de enchimento da parede da cavidade de um dente chama-se adaptao marginal. O termo tem sido utilizado como sinnimo de adaptao margem da superfcie cavitria. (VASCONCELLOS, et al., 2006). Apesar disso, notrio que alm do fator esttico, a resistncia e a adaptao marginal so, tambm, requisitos fundamentais para a longevidade e o sucesso das restauraes fixas. (GORDILHO, et al., 2009). A microinfiltrao, definida como a passagem de bactrias, fluidos, molculas ou ons para a interface dente/restaurao, pode causar hipersensibilidade, cries recorrentes, irritaes pulpares e manchamentos marginais (VASCONCELLOS, et al., 2006). Empregando-se resina composta direta, a integridade significativamente afetada pela contrao de polimerizao. Os progressos foram realizados no sentido de controlar tal dado negativo. Entretanto, o volume das restauraes parece ser fator determinante na aquisio do ajustamento marginal em restauraes diretas. O menor volume de material determina menor contrao de polimerizao e, ao mesmo tempo, essas restauraes sero submetidas a menores cargas e estresses oclusais na interface dente/restaurao, o que beneficia a manuteno do selamento marginal (VASCONCELLOS, et al., 2006). Por isso a adequada adaptao marginal um dos quesitos de maior controle na atuao clnica das restauraes indiretas (MONTE ALTO, et al., 2009; BEATRICE, et al., 2009). Apenas o cimento resinoso padece esse processo de

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contrao. Devido ao volume e espessura do cimento ser menores, a contrao consideravelmente menor que o da restaurao direta. Alm disso, possvel aperfeioar as bordas da restaurao, j que a fabricao realizada sobre o modelo (SENSAT, et al., 2002). A perda do ajustamento marginal, em restauraes indiretas, poder ocorrer em funo da contrao de polimerizao do cimento resinoso ou pela remoo acidental de pores do cimento durante o acabamento e polimento das bordas. Alm disso, a linha de cimentao susceptvel a maior desgaste que a restaurao, devido s propriedades inferiores do cimento resinoso, o que pode determinar alteraes anatmicas marginais secundrias. Durante o emprego clnico destas restauraes, aberturas marginais podem ocorrer por falhas adesivas, ou pela localizao das margens da restaurao em reas de intensos contatos oclusais. (BARATIERI, et al., 2002).

2.3. SENSIBILIDADE PS-OPERATRIA

A sensibilidade ps-operatria no uma reao incomum em dentes restaurados com resina composta. (PERDIGO, et al., 2003). Ela pode ser causada por inmeros fatores, entretanto, a contrao de polimerizao das resinas compostas diretas, parece ser um fator primordial. Este processo determina tenses nas cspides dentais e, por conseqncia nos processos odontoblsticos. A sensibilidade pode durar de poucos dias a anos, desaparecendo at que ocorra a equalizao da presso nos processos odontoblsticos (SILVA, 2005). Alm das tenses, a contrao de polimerizao pode levar ao fracasso da unio dente/resina, com conseqente infiltrao bacteriana, o que tambm pode ser fonte de sensibilidade ps-operatria precoce. Recentes melhorias nas resinas e agentes de unio vm minimizar esta ocorrncia (ADA COUNCIL ON SCIENTIFIC AFFAIRS, 2003; HOLLAND, et al., 2000). Resinas fludas de baixa viscosidade e com carga possuem a caracterstica de se deformarem ao serem tensionadas pelas foras geradas devido contrao de polimerizao. Esta propriedade permite ao adesivo acomodar-se tenso

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recebida sem se desprender das paredes cavitrias (AMORE, et al., 2003; ARAUJO, et al., 1990). Outro mtodo empregado para a manuteno do selamento a aplicao de uma resina de baixa viscosidade (flow) entre o adesivo e a resina composta. Por possurem mdulo de elasticidade inferior s resinas convencionais, deformam-se com mais facilidade, absorvem a tenso da contrao, garantem um bom selamento marginal e previnem a sensibilidade provocada por infiltrao bacteriana precoce (BARATIERI, et al., 2002). A maioria dos sistemas adesivos requer a utilizao de um condicionador cido que remova a smear layer e exponha a rede de colgeno. O condicionamento cido da dentina seja com cidos orgnicos ou inorgnicos parece no ter efeitos negativos no tecido pulpar (RITTER, et al., 2002). O cido deve permanecer por apenas 15 segundos sobre a superfcie dentinria, que depois dever ser enxaguada e seca. A secagem excessiva da malha de colgeno pode desidrat-la e dificultar a infiltrao pelo primer e/ou dificultar a polimerizao pela presena de bolhas de oxignio (MONDELLI, 1998; SIMONI et al., 2005) Por isso, a sensibilidade ps-operatria pode depender mais de uma tcnica incorreta que do material utilizado (PERDIGO, et al., 2003). Inmeros artigos demonstram que a sensibilidade ps-operatria com o uso de materiais indiretos consideravelmente menores que os diretos, devido ao controle da contrao de polimerizao (MONTE ALTO, et al., 2009).

2.4. PROPRIEDADES FSICAS E MECNICAS

A resina composta liga-se ao dente atravs de uma unio micromecnica, ou seja, liga-se inicialmente a um sistema adesivo, que por sua vez, encontra-se ligado diretamente aos tecidos mineralizados do rgo dentrio esmalte e dentina.(VASCONCELOS, et al., 2006). Seus principais constituintes so a matriz de resina e uma carga de partculas inorgnicas. Tambm possui vrias substncias que so incorporadas para melhorar a eficcia e a durabilidade do material. necessrio, tambm, um agente de unio

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para promover a adeso entre a carga inorgnica e a matriz de resina, e um ativador-inibidor, 2005). A tecnologia dos compsitos vem sendo continuamente modificada atravs dos anos. Provavelmente, a mudana mais significativa tenha sido a alterao do tamanho das partculas de carga (BARATIERI, et al., 2002). Originalmente, elas possuam volume aproximado de 50 m o que determinava problemas clnicos como a impossibilidade de polimento e, mais importante, quando empregadas em dentes posteriores se desgastavam muito rapidamente. De fato, frequentemente, o tamanho das partculas de carga da maioria dos sistemas atuais varia de 0,6 a 0,8 m, sendo que em alguns casos chegam a atingir 0,05 m. medida que o tamanho diminui maior quantidade de partculas so incorporadas s resinas. Materiais com grande quantidade de partculas extremamente pequenas passaram a ser empregadas com sucesso em dentes posteriores, onde se exige maior resistncia ao desgaste (MONTE ALTO, et al., 2009). A composio bsica dos compsitos indiretos similar das resinas compostas diretas. Apesar disso, compsitos indiretos apresentam propriedades superiores, isto se deve incluso de monmeros multifuncionais que permitem um aumento das ligaes cruzadas, ao emprego de novas matrizes orgnicas polimricas, ao uso de diversos mtodos de polimerizao complementar e adio de componentes cermicos. Essas modificaes determinaram mudanas significativas, levando os fabricantes a introduzirem sistemas de Vidro ou cermeros, por apresentarem caractersticas diferentes das resinas compostas tradicionais (CARRILHO, et al., 2002; SOARES, et. al., 2005). Alguns sistemas de resinas indiretas exibem resistncia flexural, dureza e mdulo de elasticidade consideravelmente melhorem que as resinas convencionais (FONSECA, et al., 2006; SILVA et al., 2007). Mesmo com todos os avanos, ainda so necessrios melhorias nas propriedades fsicas dos compsitos para aumentar a longevidade destas restauraes, sejam elas diretas ou indiretas interfaces estveis, menor desgaste nas regies de contatos oclusais e preveno da absoro de gua parecem ser os mais imediatos (VASCONCELOS et al., 2006; BISPO, 2010). essencial para polimerizar a resina. Contm pigmentos fundamentais para se aproximar a cor das estruturas dentrias. (ANUSAVICE,

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2.5. BIOCOMPATIBILIDADE

Pode-se dizer que a biocompatibilidade uma terminao que atinge vrios aspectos do material, compreendendo desde suas propriedades fsicas, mecnicas e qumicas at sua potencialidade citotxica, alergnica e mutagnica, no apresentando efeitos txicos ou causando prejuzo na funo biolgica (SILVEIRA, et al., 2004). Neste sentido, a preocupao a respeito da biocompatibilidade dos materiais est direcionada aos efeitos que estes possam ter sobre a polpa dentria nos parmetros da toxicidade qumica e na capacidade de permitir infiltrao marginal. (WATAHA, 2005). Portanto, para se obter conhecimento acerca dos materiais dentrios preciso avaliar as consideraes biolgicas relacionadas ao uso destes materiais empregados na cavidade bucal, e para que um material seja estimado como biocompatvel, mltiplos fatores devem ser considerados de forma a garantir e salvaguardar a sade dos tecidos bucais. Este diagnstico exige profissionais de diferentes reas para a realizao de avaliaes nos campos de farmacutica, biologia, qumica e toxicologia (SILVEIRA, et al., 2004). Observa-se que as resinas compostas tm sido aproveitadas em diversas reas na Odontologia Adesiva como: restauraes diretas, cimentao de peas protticas, colagens, reparos, entre outras. (SILVEIRA, et al., 2004). Por ser o material mais popular em restabelecer a esttica e funo perdidas, mas para que isto acontea, preciso que suas limitaes inerentes sejam respeitadas. (BISPO, 2010). O grau de converso monmero-polmero dos materiais base de resina composta varia intensamente e nunca completo. Portanto, uma porcentagem de grupos reativos no participa da reao de polimerizao. Quanto melhor for esta converso, menor quantidade de monmeros residuais estar disponvel para se desprenderem da restaurao. Alm disso, qualquer camada exposta ao oxignio no completamente polimerizada. A mesma inibio resulta em molculas que no reagiram, que formam as paredes de poros dentro da massa do material. A polimerizao incompleta de um material restaurador base de resina pode

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predispor degradao e solubilizao de componentes do material (ANUSAVICE, 2005). A cavidade oral representa um ambiente onde se encontram solventes mais ou menos agressivos. O risco polpa dental depende da capacidade dos componentes da resina de se difundirem por meio da dentina, e acumularem no tecido pulpar. Movimentos do fluido dentinrio podero ocorrer, levando este conjunto de componentes resinosos no polimerizados ou que se desprenderam do bloco polimerizado, tanto do adesivo quanto da resina composta, a atingir a polpa dental causando leses devidas aos seus efeitos citotxicos (VASCONCELOS, et al., 2006). Remanescentes dentinrios com espessura acima de 0,3mm parecem ser suficientes para oferecer proteo aos tecidos pulpares contra a difuso destas substncias txicas, impedindo reaes inflamatrias da polpa. Nesse sentido, a aplicao de materiais biocompatveis no assoalho de cavidades profundas uma importante manobra para a proteo do complexo polpa-dentina contra a agresso qumica promovida por materiais dentrios (WATAHA, 2005).

2.6. DURABILIDADE E LONGEVIDADE

A vida til de materiais base de resina composta depende de uma srie de fatores relacionados aos pacientes, materiais e tcnicas empregadas. Fatores relacionados aos pacientes incluem a posio das restauraes, hbitos e carga de mastigao, nvel de higiene e manuteno e condies sistmicas que possam modificar a qumica e quantidade de saliva (CRAIG, et al., 2002). Fatores relacionados aos materiais incluem porcentagem de carga, resistncia ao desgaste, tolerncia gua, estabilidade dimensional e esttica. Somados as estes, esto os fatores tcnicos que se manifestam durante o preparo dental e posicionamento das restauraes. Compsitos empregados em restauraes diretas em dentes posteriores so extremamente sensveis tcnica operatria. Problemas relacionados a estas restauraes parecem estar mais relacionados ao operador que ao material propriamente dito (CRAIG, et al., 2002).

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Outros fatores responsveis pelo sucesso das restauraes de resinas compostas fotopolimerizveis so: emisso de intensidade de luz suficiente correto comprimento de onda e adequado tempo de exposio (CONSANI, et al., 2002; AMARAL, et. al., 2002).

2.7 ESTTICA

Em razo de uma crescente preocupao com a aparncia, instigada pela mdia, na qual dentes e sorrisos ocupam um lugar de destaque, tem havido uma procura intensa pelo aprimoramento dos materiais restauradores estticos. E com a evoluo dessas pesquisas, novas resinas compostas foram desenvolvidas, alterando tamanho, classificao e tipo de partculas, notando-se assim que a maior parte das resinas compostas contm partculas de slica coloidal, partculas de vidro de brio, zinco e estrncio, zircnio, silicato de ltio e alumnio, que so partculas de menor dureza, tomando o material composto mais receptvel ao polimento (VASCONCELOS, et al., 2006). As restauraes indiretas permitem excelente acabamento, polimento, so resistentes ao manchamento e possuem estabilidade de cor (MONTE ALTO, et al., 2009). Alm disso, a eliminao do oxignio por meio da polimerizao dos compsitos indiretos sob calor, presso, vcuo, impede a formao de bolhas, contribuindo para a melhora de propriedades pticas como translucidez natural, fluorescncia e opalescncia (SILVA, et al., 2007).

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3 DISCUSSO

O estudo bibliogrfico possibilitou observar e analisar os resultados das pesquisas de vrios autores sobre as restauraes diretas e indiretas de resinas compostas. A pesquisa de Farina, et. al., 2010, mostrou que os mesmos no encontraram diferena estatisticamente expressiva na resistncia de unio de restauraes diretas e indiretas em resina composta. O que se pode notar como principal diferena entre restauraes diretas e indiretas de resina composta o calibre de material polimerizvel a sofrer tenses de contrao em funo da rea de unio. (AMARAL, et. al. 2002). Nas pesquisas de Amaral, et al., (2002) tm se revelado em experimentao que uma vagarosa reao de polimerizao das resinas compostas pode causar menos danos interface da restaurao, por aumentar o escoamento do material, diminuindo o estresse de contrao de polimerizao. Isto pode ser obtido atravs da polimerizao soft-start ou com baixa intensidade de luz, sem comprometer a polimerizao do material. Observou-se tambm que as restauraes indiretas apresentam maior grau de converso monomrica, pois so polimerizadas em unidades especiais onde todas as superfcies da restaurao podem ser polimerizadas. Dependendo da combinao de luz, calor, vcuo e presso, a unidade polimerizadora pode aumentar de 10 a 20% as propriedades mecnicas das resinas indiretas (FARINA et al., 2010; AMORE, et al., 2003). Por isso, as resinas de uso indireto apresentam uniformidade em sua polimerizao, promovendo uma melhoria no desempenho clnico do material, uma vez que o grau de converso do material est diretamente relacionado com a resistncia ao desgaste (SILVA, et al., 2005). Pode-se assumir que, em razo da fina camada de cimento para unio de restauraes indiretas, a magnitude da tenso induzida pela contrao de polimerizao menor que a induzida pela polimerizao do compsito direto (SENSAT, et al., 2002). Assim, a tenso de contrao de polimerizao em restauraes diretas poderia causar falha adesiva ou coesiva e formao de fenda interfacial (FARINA, et al., 2010), ao passo que a realizao de restauraes indiretas tem sido proposta com o objetivo de minimizar a tenso gerada na interface de unio ( FARINA, et al., 2010).

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A falta de unio estrutura dental permite a infiltrao marginal, que tem enorme seriedade clnica, pois responsvel pela suscetibilidade ps-operatrio, manchamento, ocorrncia de crie secundria e conseqentes alteraes patolgicas da polpa. Dentre os fatores responsveis pela infiltrao, podemos destacar a contrao de polimerizao e alteraes tcnicas das resinas, que causam o aparecimento de fendas na interface dente/restauraes. Alm do mais, a infiltrao marginal na margem cervical um srio problema, pois o esmalte nesta regio mais fino e h dificuldade de condensao do material. (BEATRICE, et al., 2009). Consani et al., 2002, confirma que adaptao marginal em cavidades ocIusoproximais mais precria quando so usadas resinas fotoativadas, uma vez que a superfcie oclusal, mais prxima fonte de luz, polimeriza primeiro, os vetores de contrao so dirigidos para a oclusal o que provoca o afastamento da resina da parede cervical. Esta afirmao, feita tambm por Araujo, et al., 1990, confirmando que a polimerizao luz comea na superfcie e depois se irradia atravs de todo o material, enquanto na polimerizao qumica a reao acontece ao mesmo tempo em todo o material e a contrao orienta-se para o centro da massa afastando o material igualmente de todas as paredes cavitrias. Em ambos os casos, as foras geradas pela contrao das resinas excedem resistncia de unio entre o esmalte e a resina e as foras coesivas entre os prismas de esmalte, resultando trincas e fraturas nas margens cavitrias, principalmente na cervical onde o esmalte mais delgado. Para reduzir o efeito da contrao de polimerizao, muitos autores recomendam a insero das resinas compostas pela tcnica incremental, em que pequenas pores que so inseridas na cavidade e polimerizadas, conseguindo-se, desta maneira, que a contrao sofrida pela poro anterior seja parcialmente compensada pela adio da poro posterior. (FARINA et al., 2010). Tem se observado que apesar das novas tcnicas de restauraes ocorrncias de sensibilidade ps-operatria tm sido uma constante nas restauraes que utilizam sistemas adesivos. As causas dessas ocorrncias esto pautadas a vrios fatores, entre eles pode-se citar: tipo de paciente, condio prvia do dente, preparo cavitrio, qualidade do remanescente dental, procedimento

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restaurador, qualidade da restaurao e materiais de proteo pulpar. (CONSANI, et. al. 2002). O estudo de Simoni et al.,2005 apontavam que o emprego do cimento de ionmero de vidro (CIV), por suas caractersticas de adeso qumica ao tecido dentinrio, por quelao dos grupos carboxlicos dos policidos com o clcio existente na apatita aceita uma melhor adaptao. O mdulo de elasticidade tambm se situa prximo ao da dentina, minimizando as deflexes do material restaurador, quando da ingesto de alimentos quentes ou frios. Outro elemento que tem ajudado neste processo o fator de configurao cavitria ("fator C") uma descoberta recente que responde, em parte, alguns fenmenos que ocorrem na estrutura dentria, tendo relao direta com a contrao de polimerizao dos materiais constitudos de monmeros resinosos, como as resinas compostas para restaurao e cimentao. (ANUSAVICE, 2005). Tais fenmenos englobam a induo de tenses nas paredes cavitrias, que podem resultar em trincas no esmalte e na dentina, fendas e falhas marginais nas restauraes, microinfiltrao e sensibilidade ps-operatria. Todos esses fatores preocupam, principalmente quando restauraes diretas de resinas compostas so confeccionadas, especialmente em dentes posteriores. (BEATRICE, et al., 2009). Para minimizar tais problemas, tem se pensado em adotar tcnicas indiretas de confeco de resinas, pois toda contrao de polimerizao aconteceria fora da boca. (FARINA, et al., 2010). Especificamente, quando construmos restauraes indiretas grandes em resina, como as "onlays", teoricamente no teriam nenhum dos fenmenos acima listados. (SILVA, 2005) Contudo a prtica clnica mostra que comum haver sensibilidade pscimentao dessas peas, em dentes polpados. Neste sentido tal cimentao feita custa de resinas compostas de baixa densidade (cimentos resinosos), e levando em conta que temos at onze paredes aderidas (e nenhuma livre) nos casos de "onlays" clssicas (MOD), o "fator C" se manifestaria em altssimo grau (Fc=11). (AMORE, et al., 2003). Isso pode responder a questo referente sensibilidade ps-cimentao, pois a resina de cimentao contrai-se toda de uma vez, em vrias direes, impondo vetores de contrao de polimerizao com sentidos aleatrios. Tais vetores poderiam tensionar os "tags" que o sistema adesivo possui dentro dos canalculos, o

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que poderia ser o responsvel pela produo de estmulos hidrodinmicos dolorosos nos prolongamentos odontoblsticos, principalmente quando o paciente oclui. (AMORE, et al., 2003) Porm, esses efeitos podem ser minimizados com o uso de cimentos resinosos de dupla polimerizao, visto que o menor volume de cimento permite a reduo da contrao de polimerizao e, por possuir reao mais lenta, h maior tempo para o relaxamento do estresse de contrao (RITTER, et al., 2002). Os resultados de diversas pesquisas reforam os dados de que a proteo pulpar com cimento de ionmero de vidro e Ca (OH)2 ainda importante sob restauraes estticas posteriores, j que o nmero de pacientes com sensibilidade dolorosa maior em dentes com restauraes que receberam apenas sistema adesivo. A camada hbrida que se forma com os sistemas adesivos, provavelmente, no homognea, e essas falhas resultam em deflexes, que pela teoria da suco dos prolongamentos odontoblsticos desencadeiam sensibilidade dolorosa. Proteger o complexo dentino pulpar minimiza qualquer tipo de agresso resultante do meio bucal ou do prprio ato operatrio (SIMONI, et al., 2005). Mas ainda implica uma ampla considerao dos materiais restauradores e protetores, desde suas caractersticas de biocompatibilidade at seus atributos fsicos e mecnicos. Por mais que se tenha estudado e desenvolvido tcnicas, ainda no existem ao mesmo tempo, propriedades restauradoras e protetoras que satisfaam todos estes requisitos (SIMONI, et al., 2005). Observa-se que com a evoluo dos procedimentos adesivos, criou-se uma expectativa de simplificao das etapas restauradoras que perpassa, muitas vezes, os limites do bom emprego dos materiais, desde o ponto de vista fsico, mecnico e principalmente biolgico. A considerao de que a camada hbrida uma barreira permanente entrada de irritantes e ao mesmo tempo incua ao complexo dentinopulpar, criou um juzo equivocado dos seus potenciais e conseqncias. Por outro lado, o conceito de que a inflamao se relaciona exclusivamente com a presena de bactrias est estimulando uma prtica restauradora que valoriza mais os princpios estticos e retentivos da restaurao, e reduz a importncia dos princpios biolgicos. (SIMONI, 2005). Segundo Holland (2000) apud SIMONI, et al., 2005, estudos em ces demonstraram que, mesmo na ausncia de contaminao, o complexo dentinopulpar reage com reao inflamatria, que por vezes leva necrose pulpar. Sendo

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tambm relatados casos de mortificao pulpar sem sintomatologia dolorosa. Todos os fatores agressivos de alguma forma possuem ao sobre a polpa. Por isso, todos os cuidados devem ser tomados, j que a sade o bem mais importante do paciente. Segundo ainda Bispo, (2010), a matriz orgnica ajuda na combinao de matiz, croma e valor, como tambm um agente aglutinante, alm de aferir propriedades reagentes massa. No entanto, possui as desvantagens de ser dono de alto coeficiente trmico linear de expanso e contrao, possui alta contrao de polimerizao, possui alta soro de gua, possui baixas propriedades mecnicas e possui baixa estabilidade de cor. Na tcnica indireta empregando resina composta, a maior parte da contrao de polimerizao acontece antes da cimentao, extra-oralmente, e qualquer alterao dimensional clinicamente relevante restringe-se tnue camada de cimento. (SILVA, 2005). Dentro dessa viso, o ponto frgil das modernas resinas compostas continua a ser a Frmula de BOWEN, com quase nenhuma modificao da original, o que persiste com as nanoparticuladas atuais. Nenhuma resina polimeriza em sua totalidade, consequentemente os problemas de sensibilidade ps-operatria pela contrao de polimerizao, a presena de monmeros residuais, a perda de cor pela hidrlise e a degradao da matriz orgnica com a ingesto de produtos de baixo pH (potencial hidrogeninico- alimentos como vinho tinto, energticos e isotnicos, suco de frutas ctricas, refrigerantes base de cola e vinagre) ainda so um problema difcil de ser controlado. (BISPO, 2010). Silva, et al., 2007, a tcnica de restaurao indireta apresenta-se como uma alternativa de superao das desvantagens das restauraes diretas (contorno proximal, resistncia ao desgaste, estabilidade de cor, contrao de polimerizao). Contudo, o sucesso clnico da tcnica indireta depende de um correto diagnstico e plano de tratamento, associado s manobras tcnicas clnicas e laboratoriais criteriosas (FONSECA et al., 2006). Apesar do avano tecnolgico que proporcionou o surgimento dessas resinas mais esttica e resistente ao desgaste, esses materiais ainda apresentam problemas em relao obteno e preservao do selamento proporcionado pelo sistema adesivo, observando que durabilidade de adeso no a mesma para os diferentes sistemas adesivos (RITTER, et al., 2002).

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Essas diferenas podem estar inteiramente relacionadas com a composio dos adesivos simplificados que tem uma alta concentrao de monmeros hidroflicos. Em estudo realizado por Ritter, et. al., 2009, foi observado que um s emprego dos adesivos simplificados produz baixa resistncia adesiva. Uma segunda camada capaz de aumentar um pouco a resistncia de unio sem, contudo, apresentar diferena estatstica. Conforme SENSAT, et al., 2002, uma maneira simples de melhorar a eficcia e a estabilidade adesiva est relacionada com o prolongamento do tempo de aplicao do adesivo para que haja a total evaporao do solvente. Com a finalidade de melhorar propriedades como a resistncia ao desgaste, a microdureza e a estabilidade de cor, alguns sistemas de resinas compostas so baseados na fotoativao, seguida por uma ativao complementar, que pode estar baseada na fotoativao em unidades laboratoriais, nas quais existe alguma gerao de calor, no aquecimento ou em uma combinao de ambos, denominada ativao complementar ou ps cura (SOARES, 2005). O melhoramento das propriedades das resinas compostas submetidas ativao complementar pode estar relacionado a uma reduo na quantidade de ligaes duplas de Carbono remanescentes no polmero. Espera-se que a ativao complementar extrabucal possa aumentar a longevidade clnica das restauraes em resina composta. (SILVA, et al., 2007). Dentre os vrios fatores citados, a lisura da superfcie da restaurao um dos fatores determinantes do sucesso esttico, uma vez que superfcies rugosas contribuem para a deposio de detritos, corantes e bactrias, alm de menor brilho. Da a necessidade de se obterem restauraes com superfcies lisas e polidas, evitando as agresses aos tecidos moles, assim como possveis descoloraes elou degradaes superficiais (SILVA, et al., 2007). No entanto, so materiais de tcnica sensvel e os cuidados devem ser redobrados para se conseguir resultados satisfatrios quando da utilizao dos mesmos. Desta forma, tm que sempre recorrer aos procedimentos de acabamento e polimento das restauraes empregando pontas diamantadas ou brocas multilaminadas, tiras e borrachas de polimento, alm de discos e pastas para polimento (SILVA, 2005).

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Restauraes indiretas em resina composta possibilitam excelncia do contorno anatmico, dos contatos proximais, anatomia oclusal detalhada e polimento (SILVA, 2005).

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4. CONCLUSO

Restauraes Diretas e Indiretas de resina composta constituem uma excelente alternativa para as amplas restauraes de dentes posteriores. O sucesso desta tcnica est relacionado com o profissional que deve conhecer o material a ser empregado e ao cuidado dispensvel em cada passo operatrio. Nenhum material atingiu todos os requisitos at o momento, as propriedades tm melhorado, no entanto, acompanhamentos de longa instncia ainda so necessrios para predizer com confiabilidade o comportamento dos compsitos frente s variveis do meio bucal.

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