Resultados Financeiros Relatório de Contas BancABC Moçambique ...

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1 Os administradores são responsáveis pela preparação e apresentação adequada das demonstrações financeiras do African Banking Corporation (Moçambique) S.A. que compreendem a demonstração da posição financeira em 31 de Dezembro de 2015 e as demonstrações do rendimento integral, outro rendimento integral, alterações no capital próprio e fluxos de caixa do exercício findo naquela data, assim como as notas às demonstrações financeiras, as quais incluem um resumo das principais políticas contabilísticas e outras notas explicativas, de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro. Os administradores são igualmente responsáveis por um sistema de controlo interno relevante para a preparação e apre- sentação de demonstrações financeiras que estejam livres de distorções materiais, devidas a fraude ou erro, e registos contabilísticos adequados e um sistema de gestão de risco eficaz. Os administradores fizeram uma avaliação da capacidade do Banco continuar a operar com a devida observância do pres- suposto da continuidade, e não têm motivos para duvidar da capacidade do Banco poder continuar a operar segundo esse pressuposto no futuro próximo. O auditor é responsável por reportar sobre se as demonstrações financeiras estão apresentadas de forma verdadeira e apropriada em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro . Aprovação das demonstrações financeiras As demonstrações financeiras do African Banking Corporation (Moçambique) S.A conforme mencionado no primeiro parágrafo, foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 09 de Marco de 2016 e vão assinadas em seu nome, por : Em cumprimento das disposições legais e estatutárias, o Conselho Fiscal do African Banking Corporation Moçambique, SA, apreciou o relatório do Conselho de Administração, o Balanço e a Demonstração de Resultados referentes ao exercício económico findo em 31 de Dezembro de 2015. No decurso deste exercício o Conselho Fiscal acompanhou, na oportunidade, os negócios da Sociedade e como resultado da análise efectuada e dos documentos aprensetados e do Relatório dos auditores externos, A KPMG, o Conselho Fiscal é de opinião que espelham a situação económico-financeira da Sociedade, em 31 de Dezembro de 2014. a. Sejam aprovados o Relatório, o Balanço, o Mapa de Demonstração de Resultados e demais documentos apresentados pelo Conselho de Administração relativos ao exercício económico de 2015. b. Seja aprovada a proposta de aplicação dos resultados líquidos do exercício económico de 2015 O Conselho Fiscal endereça um voto de louvor ao Conselho de Administração e seus colaboradores pela dedicação e zelo com que têm servido a Sociedade. Maputo, 9 de Março de 2016 O Conselho Fiscal Presidente – Domingos Tivane Vogal – Isabel Sumar Declaração de responsabilidade dos administradores Relatório dos Auditores Independentes Aos Accionistas do African Banking Corporation (Moçambique) SA Auditámos as demonstrações financeiras do African Banking Corporation (Moçambique) S.A. que compreendem a demon- stração da posição financeira em 31 de Dezembro de 2015 e as demonstrações do rendimento integral, outro rendimento integral, alterações no capital próprio e fluxos de caixa do exercício findo naquela data, assim como as notas às demon- strações financeiras, as quais incluem um resumo das principais políticas contabilísticas e outras notas explicativas, con- stantes das páginas 4 a 75. Responsabilidade da administração em relação as demonstrações financeiras Os administradores são responsáveis pela preparação e apresentação apropriada destas demonstrações financeiras, de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro, assim como pelos controlos internos que a administração determinar como necessários para permitir a preparação de demonstrações financeiras que estejam isentas de distorções materiais, devidas a fraude ou a erro. Responsabilidade dos auditores A nossa responsabilidade é expressar uma opinião sobre estas demonstrações financeiras com base na nossa auditoria. Executámos a nossa auditoria de acordo com as Normas Internacionais de Auditoria. Tais normas exigem, da nossa parte, o cumprimento de requisitos éticos pertinentes, bem como o planeamento e a execução da auditoria de forma a obter uma certeza razoável de que as demonstrações financeiras estão livres de distorções materiais. Uma auditoria inclui a aplicação de procedimentos que nos permitam obter evidência de auditoria a respeito dos valores e divulgações apresentadas nas demonstrações financeiras. Os procedimentos seleccionados dependem do nosso julgamen- Parecer do Conselho Fiscal Thembi Segage Administrador Delegado Benjamin Alfredo Presidente do Conselho de Administração KPMG Maputo 9 de Março de 2016 to, incluindo a avaliação dos riscos de distorções materiais das demonstrações financeiras, quer devidas a fraude ou erro. Ao procedermos à avaliação desses riscos, consideramos os controlos internos relevantes para a preparação e apresentação adequada das demonstrações financeiras pela entidade, de modo a permitir o desenho de procedimentos de auditoria que sejam, nas circunstâncias, apropriados, mas não com a finalidade de expressarmos uma opinião sobre a eficácia dos siste- mas de controlo interno da entidade. Uma auditoria também inclui a avaliação da adequação dos princípios contabilísticos adoptados e a razoabilidade das estimativas contabilísticas feitas pela Administração, assim como uma avaliação da apre- sentação global das demonstrações financeiras. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e adequada para fornecer uma base razoável para a emissão da nossa opinião de auditoria. Opinião Em nossa opinião, estas demonstrações financeiras apresentam, de forma verdadeira e apropriada, em todos aspectos materiais, a posição financeira do African Banking Corporation (Moçambique) S.A. em 31 de Dezembro de 2015, e o seu desempenho financeiro e fluxos de caixa do exercício findo naquela data, em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro. RELATÓRIO E CONTAS 31 de Dezembro de 2015

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Os administradores são responsáveis pela preparação e apresentação adequada das demonstrações financeiras do African Banking Corporation (Moçambique) S.A. que compreendem a demonstração da posição financeira em 31 de Dezembro de 2015 e as demonstrações do rendimento integral, outro rendimento integral, alterações no capital próprio e fluxos de caixa do exercício findo naquela data, assim como as notas às demonstrações financeiras, as quais incluem um resumo das principais políticas contabilísticas e outras notas explicativas, de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro.

Os administradores são igualmente responsáveis por um sistema de controlo interno relevante para a preparação e apre-sentação de demonstrações financeiras que estejam livres de distorções materiais, devidas a fraude ou erro, e registos contabilísticos adequados e um sistema de gestão de risco eficaz.

Os administradores fizeram uma avaliação da capacidade do Banco continuar a operar com a devida observância do pres-suposto da continuidade, e não têm motivos para duvidar da capacidade do Banco poder continuar a operar segundo esse pressuposto no futuro próximo.

O auditor é responsável por reportar sobre se as demonstrações financeiras estão apresentadas de forma verdadeira e apropriada em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro .

Aprovação das demonstrações financeiras

As demonstrações financeiras do African Banking Corporation (Moçambique) S.A conforme mencionado no primeiro parágrafo, foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 09 de Marco de 2016 e vão assinadas em seu nome, por :

Em cumprimento das disposições legais e estatutárias, o Conselho Fiscal do African Banking Corporation Moçambique, SA, apreciou o relatório do Conselho de Administração, o Balanço e a Demonstração de Resultados referentes ao exercício económico findo em 31 de Dezembro de 2015.

No decurso deste exercício o Conselho Fiscal acompanhou, na oportunidade, os negócios da Sociedade e como resultado da análise efectuada e dos documentos aprensetados e do Relatório dos auditores externos, A KPMG, o Conselho Fiscal é de opinião que espelham a situação económico-financeira da Sociedade, em 31 de Dezembro de 2014.

a. Sejam aprovados o Relatório, o Balanço, o Mapa de Demonstração de Resultados e demais documentos apresentados pelo Conselho de Administração relativos ao exercício económico de 2015.

b. Seja aprovada a proposta de aplicação dos resultados líquidos do exercício económico de 2015

O Conselho Fiscal endereça um voto de louvor ao Conselho de Administração e seus colaboradores pela dedicação e zelo com que têm servido a Sociedade.

Maputo, 9 de Março de 2016

O Conselho Fiscal

Presidente – Domingos TivaneVogal – Isabel Sumar

Declaração de responsabilidade dos administradores

Relatório dos Auditores Independentes Aos Accionistas do African Banking Corporation (Moçambique) SA

Auditámos as demonstrações financeiras do African Banking Corporation (Moçambique) S.A. que compreendem a demon-stração da posição financeira em 31 de Dezembro de 2015 e as demonstrações do rendimento integral, outro rendimento integral, alterações no capital próprio e fluxos de caixa do exercício findo naquela data, assim como as notas às demon-strações financeiras, as quais incluem um resumo das principais políticas contabilísticas e outras notas explicativas, con-stantes das páginas 4 a 75.

Responsabilidade da administração em relação as demonstrações financeiras

Os administradores são responsáveis pela preparação e apresentação apropriada destas demonstrações financeiras, de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro, assim como pelos controlos internos que a administração determinar como necessários para permitir a preparação de demonstrações financeiras que estejam isentas de distorções materiais, devidas a fraude ou a erro.

Responsabilidade dos auditores

A nossa responsabilidade é expressar uma opinião sobre estas demonstrações financeiras com base na nossa auditoria. Executámos a nossa auditoria de acordo com as Normas Internacionais de Auditoria. Tais normas exigem, da nossa parte, o cumprimento de requisitos éticos pertinentes, bem como o planeamento e a execução da auditoria de forma a obter uma certeza razoável de que as demonstrações financeiras estão livres de distorções materiais.

Uma auditoria inclui a aplicação de procedimentos que nos permitam obter evidência de auditoria a respeito dos valores e divulgações apresentadas nas demonstrações financeiras. Os procedimentos seleccionados dependem do nosso julgamen-

Parecer do Conselho Fiscal

Thembi Segage Administrador Delegado

Benjamin AlfredoPresidente do Conselho de Administração

KPMGMaputo9 de Março de 2016

to, incluindo a avaliação dos riscos de distorções materiais das demonstrações financeiras, quer devidas a fraude ou erro. Ao procedermos à avaliação desses riscos, consideramos os controlos internos relevantes para a preparação e apresentação adequada das demonstrações financeiras pela entidade, de modo a permitir o desenho de procedimentos de auditoria que sejam, nas circunstâncias, apropriados, mas não com a finalidade de expressarmos uma opinião sobre a eficácia dos siste-mas de controlo interno da entidade. Uma auditoria também inclui a avaliação da adequação dos princípios contabilísticos adoptados e a razoabilidade das estimativas contabilísticas feitas pela Administração, assim como uma avaliação da apre-sentação global das demonstrações financeiras.

Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e adequada para fornecer uma base razoável para a emissão da nossa opinião de auditoria.

Opinião

Em nossa opinião, estas demonstrações financeiras apresentam, de forma verdadeira e apropriada, em todos aspectos materiais, a posição financeira do African Banking Corporation (Moçambique) S.A. em 31 de Dezembro de 2015, e o seu desempenho financeiro e fluxos de caixa do exercício findo naquela data, em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro.

RELATÓRIO E CONTAS31 de Dezembro de 2015

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MenSAgeM Do ADMInIStRADoR DelegADo Transição

O BancABC Moçambique parte do Atlas Mara, bendisse o ano de 2015 como um ano atípico e de transição. Sob ponto de vista económico-financeiro, o ano transacto mostrou-se árduo na medida em que BancABC parte do Atlas Mara, registou uma perda líquida de aproximadamente 101 milhões de Meticais.

Não obstante o resultado negativo que se declara, é importante destacar determinadas áreas de negócio do Banco, para entendimento profícuo que se pretende transmitir, no que respeita ao posicionamento do BancABC em Moçambique, no que tange ao seu posicionamento para consequente crescimento no país, bem como em todos mercados que esta marca encontra-se patente. Importa frisar que a estratégia do BancABC emanada pelo accionista, é de criar uma instituição finan-ceira “premier” na África Subsariana, tornando-se o parceiro de escolha para os clientes, investidores e seus colaboradores.

O BancABC em Moçambique reconhece que, após a aquisição por parte do Grupo Atlas Mara, migrou para uma estrutura maior, encontrando-se num processo de edificação ou transição de um banco comercial regional para um Banco estru-turalmente operacional e com produtos diversificados. Actualmente o BancABC apresenta um modelo dissemelhante de Governança e Compliance, devendo impreterivelmente não dissociar-se destes modelos, por forma a seguir as directivas do accionista cotado na Bolsa de Valores de Londres.

É nesta senda, que as mudanças nos modelos acima identificados exigem diferentes custos de estrutura, mesmo quando o objectivo esteja em afincar-se como um Banco dinâmico, com capacidade de resposta em todos mercados em que opera. À medida em que é catapultado o equilíbrio e crescimento do Banco com horizontes futurísticos, é igualmente calibrada e assente a ambição e confiança de que os novos modelos destacados irão outorgar ao BancABC em Moçambique uma estrutura de Governança e Compliance robusta e sólida e adequada para melhor apoiar as empresas do grupo.

Concernente a esta fase de reconstrução, o Grupo Atlas Mara efectuou uma injecção de capital de aproximadamente 23 milhões de dólares americanos, na altura aproximadamente 1,063 milhões de Meticais, de Tier 1 e Tier 2, reforçando assim o seu compromisso de crescimento das operações em Moçambique. Esta injecção de capital, resultou no alcance de um Rácio Prudencial de Capital de 10,36%, superior à exigência regula-mentar de 8%. Este aumento de capital permitirá ao Banco consolidar a sua posição de balanço e de investimento nas operações.

Ambiente macroeconómico

Os resultados do BancABC em Moçambique parte do Atlas Mara no ano de 2015, foram claramente afectados por um am-biente macroeconómico desfavorável, com vários aumentos nas taxas de juro, o que afectou a liquidez global do mercado e, assim, a capacidade dos clientes em cumprir com as suas obrigações financeiras. A rápida desvalorização do Metical face às principais moedas estrangeiras de transacção no mercado moçambicano, mormente o Dólar e Rand, também contribuiu para o aumento da inflação importada, não obstante ligeiras zonas de penumbra que abraçam as estáticas de 2015. A baixa nos preços das commodities, a suspensão do financiamento dos doadores, e a desaceleração económica geral, continuam a ser os principais contribuintes para um ambiente de negócio financeiro e económico em decrescimento com previsões do PIB a serem revistas em baixa numa base frequente.

Desempenho

Outrossim, importa frisar que o BancABC Moçambique parte do Atlas Mara cresceu em termos de receita operacional em 39% ou seja, aproximdamente 239 milhões de Meticais. Conjuntamente é importante destacar que, apesar de um fraco crescimento em activos de clientes de apenas 3%, o BancABC melhorou a sua margem financeira em 46%. Os números acima mencionados e alcançados foram resultado de uma melhor gestão dos activos dos clientes assim aumentando a margem sobre as responsabilidades decorrentes dos mesmos clientes. Por conseguinte, mesmo com o aumento de 31% no passivo do cliente, o BancABC em Moçambique alcançou uma redução considerável de 13% de juros pagos. Por outro lado, a sala de mercados do BancABC melhorou o seu desempenho em 66%, contribuindo assim para um aumento no lucro operacional de 37%.

De forma directa, estes acréscimos deveriam ter sido suficientes para aumentar a rentabilidade do Banco, porém, não se verificou devido a dois factores, nomeadamente:

1. O BancABC parte do Atlas Mara encontra-se num processo de saneamento da sua carteira de crédito, e como consequência, vislumbraram-se crescimentos nas suas imparidades em 24%, equivalente a aproximadamente 60 milhões de Meticais; e

2. Como resultado das mudanças estruturais do BancABC parte do Atlas Mara, o custo operacional do Banco aumentou em 46%, ou seja aproximadamente 317 milhões de Meticais. Estes custos foram incluídos como parte da transição de 2015 e foram absorvidos em 2015.

As áreas de enfoque para 2016

No seguimento dos resultados obtidos em 2015, a área chave ou estratégica para o Banco, subsume-se no restabelecimen-to da rentabilidade, não obstante o contexto económico actual mostra-se difícil. Dada a continuidade e provável agravamen-to do contexto macroeconómico o BancABC irá, no entanto, executar as aspirações ou pretensões de crescimento com um nível de diligência forte, para assegurar que os resultados a atingir sejam comensurados a um nível de risco aceitável.

É necessissário pôr em prática uma cultura de serviço ao nível, e padrão exigidos, para um desenvolvimento e crescimento sustentável do Banco. Os nossos clientes são a razão da existência do BancABC em Moçambique, sendo que um dos princi-pais objectivos do Banco, passa por fornecer uma banca não só conveniente, mas com produtos e serviços inovadores que acrescentem valor às nossas interacções com os clientes. Tais premissas serão postas em prática através de:

1. Investimento nos nossos talentos

O BancABC parte do Atlas Mara, acredita afincadamente que os colaboradores acompanhados pela sua vontade e apetite de elevar o Banco para níveis mais altos no contesto económico e financeiro Moçambicano, será o grande diferencial. Com isto, registaram-se mudanças significativas a nível da gestão de topo do Banco no ano em curso, tais como o inicio de actividades do Administrador Delegado recentemente indicado pelo Accionista, de um Administrador Financeiro no mesmo contexto e de uma nova equipa de Risco. A reorganização e reestruturação do Banco a nível da gestão e não só, manter-se-á por forma a tornar-se um empregador de eleição atraindo os melhores profissionais do mercado.

2. Investimento em canais digitais

O BancABC em Moçambique parte do Atlas Mara, investirá em canais digitais ao longo do ano, onde, entre outros, encontra-se previsto o lançamento da rede de POS e de uma plataforma de Internet Banking corporativo.

3. Entrega de crescimento activo e passivo estável e sustentável

Devido ao ambiente macroeconómico actualmente menos favorável, o BancABC em Moçambique seguirá cuidadosamente o crescimento da carteira de crédito, apoiando ao mesmo tempo a base de clientes existente e crescente. O BancABC em Moçambique acredita que com os modelos de serviço e de controlo adequados, o mercado ainda oferece oportunidades de crescimento em vários sectores. O BancABC incidirá igualmente durante o ano em curso, sobre a ampliação da base de clientes no passivo.

4. Entregar eficiências

Existem largas oportunidades para aumentar a eficiência em toda a base de custos, e o enfoque será em atingir um rácio de eficiência globalmente aceite.

5. Reforçar a nossa conformidade e governança

É pretensão do BancABC parte do Atlas Mara ser um cidadão corporativo responsável e complacente, não ape nas beneficiando as comunidades, mas também criando um ambiente de negócio sustentável.

Assim, o BancABC dará continuidade a contribuição para as comunidades em que actuamos, desenvolvendo a educação fi-nanceira em projectos específicos, como a expansão e difusão do manual de literacia financeira para adultos e alfabetização das crianças ao longo de 2016, bem como o reforço de medidas que visam o estabelecimento da melhoria da relação com o Regulador e Clientes, para garantia de controle reputacional a níveis exigidos e elevação da marca.

Apreciação

Finalmente, na qualidade de Administrador Delegado do BancABC em Moçambique, parte do Atlas Mara, agradeço a todos clientes do Banco pela confiança depositada e a todos colaboradores pela sua lealdade e apoio, agradecimento extensivo ao Conselho de Administração do Banco.

Orlando ChongoAdministrador Delegado

Maputo, 30 de Junho de 2016

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154 + 158 (1) + 18 + 34888 (1) - 53888 (1)

13 + 150 + 158 (1) + 159 (1) + 3303 + 3310 (1) + 3408 (1) - 350 - 3520 - 5210 (1) - 5300

14 + 151 + 152 + 158 (1) + 3304 + 3310 (1) + 34000 + 34008 - 3510 - 3518 - 35210 - 35211 - 5210 (1) - 53010 - 53018

156 + 158 (1) + 159 (1) + 22 + 3307 + 3310 (1) + 3402 - 355 - 3524 - 5210 (1) - 5303

155 + 158 (1) + 159 (1) + 20 + 3306 + 3310 (1) + 3408 (1) - 354 - 3523 - 5210 (1) - 5308 (1)

21

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26 - 3581 (1) - 360 (1)

27 - 3581 (1) - 360 (1)

29 - 3583 - 361

24 - 357

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12 + 157 + 158 (1) + 159(1) + 31 + 32 + 3302 + 3308 + 3310 (1) + 338 + 3408 (1) + 348 (1) - 3584 - 3525 + 50 (1) (2) - 5210 (1) - 5304 - 5308 (1) + 54 (1) (3)

(1) Parte aplicável do saldo destas rubricas.(2) A rubrica 50 deverá ser inscrita no activo se tiver saldo devedor e no passivos se tiver saldo credor.(3) Os saldos devedores das rubricas 542 e 548 são inscritos no activo e os saldos credores no passivo.

Activo

Caixa e disponibilidades em bancos centrais

Disponibilidades em outras instituições de crédito

Activos financeiros detidos para negociação

Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados

Activos financeiros disponíveis para venda

Aplicações em instituições de crédito

Crédito a Clientes

Investimentos detidos até à maturidade

Activos com acordo de recompra

Derivados de cobertura

Activos não correntes detidos para venda

Propriedades de investimento

Outros activos tangíveis

Activos intangíveis

Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

Activos por impostos correntes

Activos por impostos diferidos

Outros Activos

Total de activos

1,490,787

461,281

623,807

-

7,508

1,445,111

6,177,521

-

-

-

-

-

331,862

61,644

-

35,472

9,744

71,564

10,716,301

1,250,860

962,789

1,190,221

-

7,508

1,479,653

6,479,776

-

-

-

-

-

331,950

72,467

-

30,266

73,284

107,516

11,986,289

22,705

402,810

275,804

215,668

916,986

1,250,860

962,789

1,212,926

7,508

1,479,653

6,882,585

-

-

-

-

-

607,754

288,135

30,266

73,284

107,516

12,903,276

MODELO IIIBalanço - Contas Individuais (Activo)

Rubricas 2014Ano

AnteriorValor

Líquido

2015Provisões,

imparidade e amortizações

Valor antes de provisões, imparidade e amoritzações

38 - 3311 (1) - 3410 + 5200 + 5211 (1) + 5318 (1)

43 (1)

43 (1)

39 - 3311 (1) - 3411 + 5201 + 5211 (1) + 5318 (1)

40 + 41 - 3311 (1) - 3412 - 3413 + 5202 + 5203 + 5211 (1) + 5310 + 5311

42 - 3311 (1) - 3414 + 5204 + 5211 (1) + 5312

44

45

490

491

481 +/- 489 (1) - 3311 (1) - 3416 (1) + 5206 (1) + 5211 (1) + 5314 (1)

480 + 488 +/- 489 (1) - 3311 (1) - 3416 (1) + 5206 (1) + 5211 (1) + 5314 (1)

51 - 3311 (1) - 3417 - 3418 + 50 (1) (2) + 5207 + 5208 + 5211 (1) + 528 + 538 - 5388 + 5318 (1) + 54 (1) (3)

55

602

57

- 56

58 + 59

60 - 602 + 61

64

- 63

Passivo

Recursos de bancos centrais

Passivos financeiros detidos para negociação

Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados

Recursos de outras instituições de crédito

Recursos de clientes e outros empréstimos

Responsabilidades representadas por títulos

Derivados de cobertura

Passivos não correntes detidos para venda e operações descontinuadas

Provisões

Passivos por impostos correntes

Passivos por impostos diferidos

Instrumentos representativos de capital

Outros passivos subordinados

Outros passivos

Total de Passivo

Capital

Capital

Prémios de emissão

Outros instrumentos de capital

(Acções próprias)

Reservas de reavaliação

Outras reservas e resultados transitados

Resultado do exercício

(Dividendos antecipados)

Total de Capital

Total de Passivo + Capital

-

-

-

2,099,668

7,070,256

481,925

23,622

7,136

-

275,311

103,883

10,061,801

323,525

154

-

-

47,766

333,604

(50,549)

654,500

10,716,301

-

-

-

274,547

9,294,172

482,177

35,054

11,849

-

92,429

179,366

10,369,593

972,525

414,575

-

-

46,472

284,350

(101,226)

1,616,696

11,986,289

MODELO III (PASSIVO)Balanço - Contas Individuais (Activo)

Rubricas AnoAnterior

Ano

79 + 80

66 + 67

82

81

68

- 692 - 693 - 695 (1) - 696 (1) - 698 - 69900 - 69910 + 832 + 833 + 835 (1) + 836 (1) + 838 + 83900 + 83910

- 694 + 834

- 690 + 830

- 691 - 697 - 699 (1) - 725 (1) - 726 (1) + 831 + 837 + 839 (1) + 843 (1) + 844 (1)

- 695 (1) - 696 (1) - 69901 - 69911 - 75 - 720 - 721 - 725 (1) - 726 (1) - 728 + 835 (1) + 836 (1) + 83901 + 83911 + 840 + 843 (1) + 844 (1) + 848

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784 + 785 + 786 + 788 - 884 - 885 - 886 - 888

760 + 7610 + 7618 + 7620 + 76210 + 76211 + 7623 + 7624 + 7625 + 7630 + 7631 + 765 + 766 - 870 - 8720 - 8710 - 8718 - 87210 - 87211 -

8723 - 8724 - 8726 - 8730 - 8731 - 875 - 876

768 + 769 (1) - 877 - 878

65

74 - 86

640

- 72600 - 7280 + 8480 + 84400

Juros e rendimentos similares

Juros e encargos similares

Margem financeira

Rendimentos de instrumentos de capital

Rendimentos com serviços e comissões

Encargos com serviços e comissões

Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados

Resultados de activos financeiros disponíveis para venda

Resultados de reavaliação cambial

Resultados de alienação de outros activos

Outros resultados de exploração

Produto bancário

Custos com pessoal

Gastos gerais administrativos

Amortizações do exercício

Provisões líquidas de reposições e anulações

Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações

Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações

Resultados antes de impostos

Impostos

Correntes

Diferidos

Resultados após impostos

Do qual: Resultado líquido após impostos de operações descontinuadas

1,104,309

(660,424)

443,885

200,925

203,625

(23,458)

19,446

844,423

(288,592)

(279,411)

(97,403)

(249,772)

(70,755)

(13,013)

33,219

(50,549)

1,223,490

(574,194)

649,296

180,359

337,419

(8,826)

-

1,158,248

(326,369)

(575,716)

(94,461)

(309,822)

(148,120)

(16,038)

62,931

(101,226)

MODELO IVDemonstração de Resultados - Contas Individuais

Rubricas 20142015

Page 4: Resultados Financeiros Relatório de Contas BancABC Moçambique ...

4

Fluxo de caixa de actividades operacionaisPrejuízo do exercício

Itens que não envolvem fluxo de caixaDepreciaçãoAmortização de activos intangíveisCrédito de impostoAjustamento cambialPerdas por imparidade dos empréstimos

Fluxos de caixa antes de alterações em activos e passivos operacionais

Alterações em activos e passivos operacionaisDepósitos de clientesEmpréstimos a clientes e outras contasActivos financeiros detidos para negociaçãoActivos financeiros derivadosPassivos financeiros derivadosEmpréstimos e adiantamentos a bancosDepósitos de bancosOutros activos e passivos

Imposto pago

Fluxo líquido de caixa das actividades operacionais

Fluxos de caixa das actividades de investimentoAquisição de activos intangíveisAquisição de propriedade e equipamento

Fluxo líquido de caixa de actividades de investimento

Fluxo de caixa de actividades de financiamentoempréstimos (reembolsados)/contraídosDividendos pagosNovas acções emitidas

Fluxo líquido de caixa das actividades de financiamento

Aumento líquido em caixa e equivalentes de caixaCaixa e equivalentes de caixa no início do ano

Caixa e equivalentes de caixa no fim do ano

Caixa e equivalentes de caixa no fim do anoSaldos com o Banco CentralDepósitos à ordem com outros bancosSaldos de caixa

Nota

1817

9

1718

13

2015 MT’000

(101 226)

357 390 55 000 39 461

(46 893)-

309 822

256 164

2 223 915(612 077) (566 413) (62 793) (31 318) (34 541)

(1 825 121)149 787

(502 397) (11 442)

(513 839)

(50 284) (55 088)

(105 372)

(182 630)-

1 063 421

880 791

261 5811 952 068

2 213 649

2 213 649 1 085 956

962 789 164 904

2015USD’000

(2 496)

7 6141 356

973(1 156) (1 198)

7 639

5 118

(7 937)35 044(7 364)(1 360) (933)

10 773(56 509)

3 003

(20 165) (282)

(20 447)

(1 240)(1 358)

(2 598)

(10 018)-

23 194

13 176

(9 869)58 097

48 228

48 228 23 659 20 976 3 593

2014 MT’000

(50 549)

326 969 55 169 42 234

(20 206)-

249 772

276 420

410 332 (1 384 217)

409 909 (359)

24 276 14 381

802 459 (28 625)

524 576(13 496)

511 080

(10 635) (39 367)

(50 002)

256 033 (32 966)

-

223 067

684 145 1 267 923

1 952 068

1 952 068 1 363 826

461 282126 960

2014USD’000

(1 604)

9 612 1 751 1 345 (641) (767)7 924

8 008

(10 983)(24 124)15 800

(9)698

5 51119 365 (1 060)

13 206 (454)

12 752

(337)(1 249)

(1 586)

5 875 (1 096)

-

4 779

15 945 42 152

58 097

58 097 40 590 13 7293 778

Demonstração de fluxos de caixa do exercício findo em 31 de Dezembro de 2015

MT

Saldo em 1 de Janeiro de 2014Lucro do exercícioTransferência para a reserva legalMovimento na reserva de reavaliaçãoImposto diferido no movimento da reserva de reavaliaçãoDividendo declarado

Saldo em 31 de Dezembro de 2014

Prejuízo do exercícioEmissão do capital socialTransferência para a reserva de riscos gerais de créditoMovimento na reserva de reavaliaçãoImposto diferido no movimento da reserva de reavaliação

Saldo em 31 de Dezembro de 2015

Capital social

MT’000

323 525 - - - - -

323 525

- 649 000

-- -

972 525

Prémio de emissão

MT’000

154 - - - - -

154

-414 421

-- -

414 575

Reserva legal

MT’000

104 537 -

4 828 - - -

109 365

---- -

109 365

Reserva de reavaliação

MT’000

49 060 -

(1 903)609

-

47 766

---

(1 903)609

46 472

Reserva de riscos gerais

de créditoMT’000

18 168 - - - - -

18 168

--

793 956- -

812 124

Resultados acumulados

MT’000

225 698 (50 549) (4 828) 1 903 (609)

(16 092)

155 523

(101 226)-

(793 956)1 903 (609)

(738 365)

Total

MT’000

721 142 (50 549)

- - -

(16 092)

654 501

(101 226)1 063 421

-- -

1 616 696

Nota

26

Demonstração de alterações no capital próprio

Page 5: Resultados Financeiros Relatório de Contas BancABC Moçambique ...

5

notas às demonstrações financeiras do exercício findo em Dezembro de 2015

1. Constituição e actividades O African Banking Corporation (Moçambique) SA é um banco comercial privado constituído em Moçambique em 30 de

Setembro de 1999 e tornou-se subsidiária da ABC Holdings Limited (constituída em Botswana) com efeito a partir de 1 de Janeiro de 2002. As suas actividades principais são a banca de grandes empresas, de investimento e a retalho, e serviços financeiros semelhantes de natureza diversa

O Banco é uma sociedade anónima de responsabilidade limitada e foi constituído e domiciliado em Moçambique.

O endereço da sede da entidade é: ABC, Avenida Julius Nyerere 999, Caixa Postal 1445, Polana Cimento, Maputo, Moçambique.

2. Principais políticas contabilísticas As principais políticas contabilísticas aplicadas na preparação destas demonstrações financeiras estão estabelecidas

abaixo. As políticas foram aplicadas consistentemente para todos anos apresentados, excepto quando indicado em contrário.

2.1 Base de preparação As demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de Dezembro de 2015 foram preparadas de acordo com as

Normas Internacionais de Relato Financeiro (NIRF) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB).

2.2 Moeda funcional e de apresentação As demonstrações financeiras são apresentadas em Meticais, que é a moeda funcional do Banco e em Dólares Norte

Americanos para a conveniência dos utilizadores. Todos os valores foram arredondados para o milhar mais próximo, excepto quando indicado em contrário.

2.3 Uso de estimativas e julgamentos A preparação das demonstrações financeiras requer que o Conselho de Administração formule julgamentos, estimativas

e pressupostos que afectam a aplicação das políticas contabilísticas do Banco e os valores dos activos, passivos, proveitos e custos reportados. Os resultados actuais podem diferir das estimativas. As estimativas e pressupostos subjacentes são revistos numa base contínua. As revisões das estimativas são reconhecidas prospectivamente. Em particular, a informação respeitante às áreas significativas de incerteza de estimativa e os julgamentos críticos na aplicação de políticas contabilísticas que tenham um efeito mais significativo nos valores reconhecidos nas demonstrações financeiras são descritos na Nota 5.

2.4 transacções em moeda estrangeira As transacções em moeda estrangeira são convertidas para a moeda funcional mediante a utilização da taxa de câmbio

em vigor à data da operação. Os activos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira são convertidos para a moeda funcional à taxa de câmbio em vigor à data de relato. Os activos e passivos não monetários denominados em moeda estrangeira que sejam mensurados ao custo histórico, são convertidos para a moeda funcional à taxa de câmbio em vigor à data em que o justo valor foi determinado. O ganho ou prejuízo cambial em itens monetários é a diferença entre o custo na moeda funcional no início do ano, ajustado pelo juro efectivo e pagamentos durante o período e o custo amortizado na moeda estrangeira convertida à taxa de câmbio no fim do ano. Os ganhos e perdas cambiais são reconhecidos em lucros ou prejuízos.

Para a conveniência dos leitores, os resultados do ano são convertidos em Dólares Norte Americanos utilizando a taxa de câmbio média do ano, e a demonstração da posição financeira é convertida utilizando a taxa oficial de câmbio em vigor no fim do ano.

2.5 Activos e passivos financeiros (a) Reconhecimento O Banco reconhece inicialmente os empréstimos e adiantamentos, depósitos, títulos de dívida emitidos e passivos

subordinados na data em que são originados. Todos os outros instrumentos financeiros (incluindo aquisições regulares e vendas de activos financeiros) são reconhecidos na data de negociação, que é a data em que o Banco se torna uma parte das disposições contratuais do instrumento.

Um activo ou passivo financeiro é mensurado inicialmente pelo justo valor acrescido, para um item não ao justo valor através de lucros ou prejuízos, os custos de transacção que sejam directamente atribuíveis à sua aquisição ou emissão.

(b) Classificação

Activosfinanceiros

O Banco classifica os seus activos financeiros numa das seguintes categorias: • empréstimos concedidos e contas a receber; • detidos até à maturidade; • disponíveis para venda; e • pelo justo valor através de lucros ou prejuízos, e para esta categoria como: - detidos para negociação; ou - designados pelo justo valor através de lucros ou prejuízos.

Passivos financeiros

O Banco classifica os seus passivos financeiros como outros passivos financeiros exceptuando garantias financeiras e compromissos de empréstimos, outros passivos financeiros são mensurados como mensurados pelo custo amortizado.

(c) Desreconhecimento

Activosfinanceiros

O Banco desreconhece um activo financeiro quando os direitos contratuais aos fluxos de caixa do activo expiram, ou transfere os direitos para receber os fluxos de caixa contratuais numa transacção em que substancialmente todos os riscos e benefícios de propriedade do activo financeiro são transferidos ou em que o Banco não transfere nem retém substancialmente todos os riscos e vantagens da propriedade e não retém o controlo do activo financeiro.

No desreconhecimento de um activo financeiro, a diferença entre a quantia escriturada do activo (ou a quantia escriturada alocada à parte do activo desreconhecido) e a soma da (i) retribuição recebida (incluindo qualquer activo novo obtido menos qualquer passivo novo assumido) e (ii) qualquer ganho ou perda cumulativo que tenha sido reconhecido em outros resultados compreensivos é reconhecido nos lucros ou prejuízos. Quaisquer juros em activos financeiros transferidos que se qualificam para desreconhecimento que sejam criados ou retidos pelo Banco são reconhecidos como um activo ou passivo separado.

Passivos financeiros

O Banco desreconhece um passivo financeiro quando tem suas obrigações contratuais satisfeitas, canceladas ou quando estas expiram .

d) Mensuração do custo amortizado O “custo amortizado” de um activo ou passivo financeiro é o valor pelo qual o activo ou passivo financeiro é mensurado

no reconhecimento inicial, menos os reembolsos de capital, mais ou menos a amortização acumulada usando o método da taxa de juro efectiva de qualquer diferença entre a quantia inicial reconhecida e a quantia na maturidade, menos qualquer redução quanto à imparidade.

e) Mensuração do justo valor “Justo valor” é o preço que seria recebido para vender um activo ou pago para transferir um passivo numa transacção

normal entre participantes do mercado na data da mensuração inicial ou, na sua ausência, no mercado activo mais vantajoso para os quais o Banco tem acesso a essa data. O justo valor de um passivo reflecte o seu risco de incumprimento.

Quando disponível, o Banco mensura o justo valor de um instrumento utilizando o preço cotado num mercado activo

para esse instrumento. Um mercado é visto como activo caso as transacções para o activo ou passivo ocorram com frequência e volume suficiente para fornecer informações sobre os preços de forma contínua.

Se não houver um preço cotado num mercado activo, o Banco utiliza técnicas de avaliação que maximizam o uso dos

dados observáveis relevantes e minimiza o uso de dados não observáveis. A técnica de avaliação escolhida incorpora todos os factores que os participantes do mercado tenham em conta ao determinar o preço de uma transacção.

A melhor evidência do justo valor de um instrumento financeiro no reconhecimento inicial é normalmente o preço da transacção - ou seja, o justo valor da retribuição dada ou recebida. Se o Banco determinar que o justo valor no reconhecimento inicial difere do preço da transacção e o justo valor é evidenciado nem por um preço cotado num mercado activo para um activo ou passivo idêntico nem com base numa técnica de avaliação que usa apenas dados de mercados observáveis, então o instrumento financeiro é inicialmente mensurado pelo justo valor, ajustado para ter em conta a diferença entre o justo valor no reconhecimento inicial e o preço da operação. Posteriormente, essa diferença é reconhecida em lucros ou prejuízos numa base apropriada ao longo da vida do instrumento, mas o mais tardar quando a avaliação é totalmente suportada por dados observáveis de mercado ou a transacção seja fechada.

Se um activo ou um passivo mensurado pelo justo valor tem um preço de compra e um preço de venda, em seguida,

o Banco mensura os activos e posições longas a um preço de oferta e os passivos e posições curtas a um preço de venda.

As carteiras de activos e passivos financeiros que estão expostos ao risco de mercado e risco de crédito, que são

geridos pelo Banco em função da exposição líquida aos mercados ou o risco de crédito são mensurados com base no preço que seria recebido para vender uma posição líquida longa (ou pago para transferir uma posição líquida curta) para uma exposição de risco em particular. Esses ajustamentos de nível de carteira são atribuídos aos activos e passivos individuais com base no ajustamento de risco relativo de cada um dos instrumentos individuais na carteira.

O justo valor de um depósito à ordem não é inferior do que o valor a ser pago à ordem, descontado desde a primeira

data em que o pagamento da quantia podia ser exigido. O Banco reconhece as transferências entre os níveis da hierarquia do justo valor a partir do fim do período de relato no

qual ocorre a mudança.

f) Identificação e mensuração de imparidade A cada data de relato, o Banco avalia se há evidência objectiva de que os activos financeiros não mensurados pelo justo

valor através de lucros ou prejuízos estão em imparidade. Um activo financeiro ou um grupo de activos se encontra em imparidade quando existe evidência objectiva de que uma perda ocorreu após o reconhecimento inicial do activo e que a perda tenha um impacto nos futuros fluxos de caixa de um activo que pode ser mensurado de forma fiável.

A evidência objectiva de que os activos financeiros estão em imparidade inclui: • significativas dificuldades financeiras do mutuário ou emitente; • incumprimento ou relaxe nos pagamentos por parte do mutuário; • a reestruturação de um empréstimo ou adiantamento pelo Banco em termos que o Banco de outra forma não

consideraria; • indicações de que um mutuário ou emitente entrará em falência; • o desaparecimento de um mercado activo para um título; ou • dados observáveis relativos a um grupo de activos, tais como alterações adversas no estado de pagamento dos

mutuários ou emitentes no grupo, ou condições económicas que se correlacionam com os incumprimentos do grupo.

Além disso, para um investimento em títulos de acções, uma diminuição significativa ou prolongada no seu justo valor

abaixo do seu custo é evidência objectiva de imparidade. Em geral, o Banco considera uma diminuição de 20% como “significativa” e um período de nove meses como “ prolongado”. No entanto, em determinadas circunstâncias uma diminuição inferior ou um período mais curto pode ser apropriado.

O Banco considera evidência de imparidade para os empréstimos e adiantamentos e títulos de investimento detidos até à maturidade, para um activo específico e a nível colectivo. Todos os empréstimos e adiantamentos individualmente significativos e títulos de investimento detidos até à maturidade são avaliados quanto à imparidade específica. Aqueles que não se encontram em situação de imparidade específica são então avaliados colectivamente para qualquer imparidade que foi incorrida mas ainda não identificada. Os empréstimos e adiantamentos e títulos de investimento detidos até à maturidade que não sejam individualmente significativos são avaliados colectivamente para imparidade por grupo em conjunto com os empréstimos e adiantamentos e os títulos de investimento detidos até à maturidade com características de risco semelhantes.

Ao avaliar a imparidade colectiva, o Banco utiliza um modelo estatístico de tendências históricas da probabilidade de incumprimento, o prazo de recuperação e dos valores de perda incorridos, e faz um ajustamento, se as condições económicas correntes e de crédito são de tal ordem que as perdas reais sejam maiores ou menores do que o sugerido pelas tendências históricas. As taxas de incumprimento, taxas de perda e o tempo esperado de recuperações futuras são regularmente comparadas face aos resultados efectivos para garantir que se mantenham adequadas.

As perdas por imparidade em activos mensurados pelo custo amortizado são calculadas como a diferença entre a quantia escriturada e o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados descontados à taxa de juro efectiva original do activo.

As perdas por imparidade de títulos de investimento disponíveis para venda são reconhecidas pela reclassificação das

perdas acumuladas na reserva do justo valor no capital próprio para os lucros ou prejuízos. A perda cumulativa que é reclassificada do capital próprio para lucro ou prejuízo é a diferença entre o custo de aquisição, líquido de qualquer reembolso e amortização, e o justo valor corrente, menos uma perda por imparidade reconhecida previamente em lucros ou prejuízos. Os movimentos ocorridos nas perdas por imparidade atribuíveis à aplicação do método da taxa de juro efectiva são reflectidos como componente de juros e similares.

Se num período subsequente, o justo valor da imparidade de um título de investimento detido para venda aumentar, e

se esse aumento estiver relacionado com um evento que tenha ocorrido após o reconhecimento da imparidade, então a perda por imparidade é revertida nos lucros ou prejuízos; caso contrário, qualquer aumento no justo valor é reconhecido através de outros resultados compreensivos. Qualquer recuperação subsequente no justo valor da imparidade de um título de acções disponíveis para venda é sempre reconhecida em outros rendimentos compreensivos.

O Banco anula um empréstimo ou um investimento em títulos de dívida, parcialmente ou na íntegra, e qualquer subsídio

relacionado para perdas por imparidade, quando o sector de Crédito do Banco determina que não há perspectiva realista de recuperação.

g) Renegociação de empréstimos

Os empréstimos que estão sujeitos a uma avaliação de imparidade colectiva ou individualmente significativos e cujos termos foram renegociados não são mais considerados como vencidos, mas são considerados como novos empréstimos.

h) Designação pelo justo valor através de lucros ou prejuízos O Banco designou os activos e passivos financeiros pelo justo valor através de lucros ou prejuízos, nas seguintes

circunstâncias. • Os activos e passivos são geridos, avaliados e reportados internamente com base no justo valor. • A designação elimina ou reduz significativamente a falta de balanceamento contabilístico que de outra forma

surgiria. 2.6 empréstimos e adiantamentos ‘Empréstimos e adiantamentos’ são activos financeiros derivados com pagamentos fixos ou determináveis que não

são cotados num mercado activo e que o Banco não pretende vender imediatamente ou no curto prazo. Empréstimos e adiantamentos a clientes são classificados como empréstimos concedidos e contas a receber.

Empréstimos e adiantamentos a clientes incluem: • Os classificados como empréstimos e contas a receber; • Contas a receber de locação financeira. Os empréstimos e adiantamentos são inicialmente mensurados pelo justo valor acrescido dos custos de transacção

associados, e, subsequentemente, mensurados pelo custo amortizado utilizando o método da taxa de juro efectiva. Os empréstimos concedidos e contas a receber e contas a receber também incluem contas a receber de locação

financeira em que o banco é o locador.

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6

2.7 títulos de investimento Os títulos de investimento são inicialmente mensurados pelo justo valor acrescido, no caso de títulos de investimento

que não sejam pelo justo valor através de lucros ou prejuízos, custos incrementais directamente atribuíveis à transacção e, subsequentemente contabilizado dependendo da sua classificação como detidos até à maturidade, justo valor através de lucros ou prejuízos ou disponíveis para venda.

(i) Investimentos detidos até à maturidade

“Investimentos detidos até à maturidade’ são activos financeiros não derivados com pagamentos fixos ou determináveis e maturidade fixa que o Banco tem a intenção positiva e capacidade de deter até à maturidade, e que não são designados pelo justo valor através de lucros ou prejuízos ou como disponíveis para venda.

Investimentos detidos até à maturidade são escriturados pelo custo amortizado utilizando o método da taxa de juro

efectiva, deduzido de eventuais perdas por imparidade. A venda ou reclassificação de mais de uma quantia insignificante de investimentos detidos até à maturidade resultaria na reclassificação de todos os investimentos detidos até à maturidade como disponíveis para venda, e impediria o Banco de classificar os títulos de investimento detidos até à maturidade para o actual ano financeiro e para os seguintes dois anos. No entanto, as vendas e reclassificações em qualquer das seguintes circunstâncias não provocaria uma reclassificação:

• As vendas ou reclassificações que estejam próximas da maturidade e que alteram na taxa de juro do mercado não

teriam um efeito significativo sobre o justo valor do activo financeiro; • As vendas ou reclassificação após o Banco ter substancialmente recebido todo o capital original do activo; e • As vendas ou reclassificações que são atribuíveis aos eventos isolados não-recorrentes fora do controlo do Banco

e que não podiam ter sido razoavelmente previstos. (i) Justo valor através de lucros ou prejuízos O Banco designa alguns títulos de investimento pelo justo valor, com alterações no justo valor reconhecidas

imediatamente nos lucros ou prejuízos. (ii) Disponíveis para venda Investimentos disponíveis para venda são investimentos não derivados que são designados como disponíveis para

venda ou não classificados como outra categoria de activos financeiros. Os investimentos disponíveis para venda compreendem os títulos de acções e títulos de dívida. Os títulos de acções não cotados cujo justo valor não pode ser mensurado de forma fiável são mensurados pelo custo. Todos os outros activos financeiros disponíveis para venda são mensurados pelo justo valor após o reconhecimento inicial.

Os juros são reconhecidos nos lucros ou prejuízos mediante a utilização do método da taxa de juro efectiva. A receita

de dividendos é reconhecida nos lucros ou prejuízos quando o Banco passa a ter direito ao dividendo. Os ganhos ou perdas cambiais de investimentos de títulos de dívida disponíveis para venda são reconhecidos nos lucros ou prejuízos. As perdas por imparidade são reconhecidas nos lucros ou prejuízos.

Outras variações do justo valor, com excepção das perdas por imparidade, são reconhecidas noutro rendimento

integral e apresentadas na reserva de justo valor no capital próprio. Quando o investimento é vendido, o ganho ou perda acumulada no capital próprio é reclassificado para lucros ou prejuízos.

Um activo financeiro não derivado pode ser reclassificado da categoria disponível para venda para a categoria de

empréstimos e contas a receber e que corresponda à definição de empréstimos e contas a receber e se o Banco tiver a intenção e capacidade de manter esse activo financeiro no futuro previsível ou até à maturidade. As receitas e custos são apresentados numa base líquida somente quando permitido pelas NIRF, como para os ganhos e perdas resultantes de um grupo de transacções semelhantes, tais como as actividades comerciais dos Bancos.

2.8 Compensação de instrumentos financeiros Os activos e passivos financeiros são compensados, sendo o valor líquido reportado na demonstração da posição

financeira quando houver um direito legalmente executável de compensar os montantes reconhecidos, e houver intenção de liquidar numa base líquida, ou de realizar o activo e liquidar a dívida, simultaneamente.

Os custos e proveitos são apresentados numa base líquida apenas quando permitido pelas NIRF, conforme os ganhos

e perdas resultantes de um grupo de transacções semelhantes, tal como nas actividades de negociação do Banco.

2.9 Caixa e equivalentes de caixa Caixa e equivalentes de caixa’ incluem notas e moedas e os depósitos mantidos no Banco de Moçambique e activos

financeiros de elevada liquidez com maturidades originais de três meses ou menos a partir da data de aquisição que estão sujeitos a um risco insignificante de alterações do seu justo valor, e são utilizados pelo Banco na gestão de seus compromissos a curto prazo. Caixa e equivalentes de caixa são escriturados pelo custo amortizado na demonstração da situação financeira.

2.10 Activos e passivos financeiros detidos para negociação Os activos e passivos detidos para negociação são os activos e passivos que o Banco adquire ou incorre principalmente

com o objectivo de vender ou recomprar a curto prazo, ou detém, como parte de um portfólio que é gerido em conjunto para o lucro de curto prazo ou de tomada de posição.

Os activos e passivos detidos para negociação são reconhecidos inicialmente e, subsequentemente, mensurados pelo

justo valor na demonstração da posição financeira, com custos de transacção reconhecidos nos lucros ou prejuízos. Todas as alterações no justo valor são reconhecidas como parte de resultados em operações financeiras nos lucros ou prejuízos. Os activos e passivos detidos para negociação não são reclassificados subsequente ao seu reconhecimento inicial, excepto para os activos não derivados detidos para negociação que não seja designados pelo justo valor através de lucros ou prejuízos no reconhecimento inicial, e podem ser reclassificados mediante retirada da categoria de justo valor através dos lucros ou prejuízos, isto é de negociação, já não sejam detidos para efeitos de venda ou recompra a curto prazo e desde que sejam cumpridas as seguintes condições.

• Se os activos financeiros correspondem à definição de empréstimos concediso e contas a receber (se o activo

financeiro não tivesse sido exigida a classificação como detido para negociação no reconhecimento inicial), então pode ser reclassificado se o Banco tiver intenção e capacidade de deter o activo financeiro num futuro previsível ou até à maturidade.

• Se o activo financeiro corresponde à definição de empréstimos concedidos e contas a receber, então pode ser reclassificado mediante a transferência da categoria de negociação, excepto em raras circunstâncias.

2.11 Juros Os juros e rendimentos similares e os juros e custos similares são reconhecidos nos lucros ou prejuízos mediante

a utilização do método da taxa de juro efectiva. A ‘taxa de juro efectiva’ é a taxa que desconta exactamente os pagamentos ou recebimentos de caixa futuros estimados durante a vida esperada do activo ou passivo financeiro (ou, quando apropriado, um período mais curto) para a quantia escriturada do activo ou passivo financeiro. Ao calcular a taxa de juro efectiva, o Banco estima os fluxos de caixa futuros considerando todos os termos contratuais do instrumento financeiro, mas não considera as perdas de crédito futuras.

O cálculo da taxa de juro efectiva inclui os custos de transacção e taxas e pontos pagos ou recebidos que constituem parte integrante da taxa de juro efectiva. Os custos de transacção incluem os custos incrementais que são diretamente atribuíveis à aquisição ou emissão de um activo ou passivo financeiro.

Os proveitos e custos de juros apresentados na demonstração de rendimento integral incluem:

• Juros em activos e passivos financeiros mensurados pelo custo amortizado calculados com base na taxa de juro efectiva.

• Juros em títulos disponíveis para venda calculados com base na taxa de juro efectiva. Os juros e rendimentos similares e os juros e custos similares de todos os activos e passivos detidos para negociação

são considerados como parte das operações de negociação do Banco e são apresentadas em conjunto com todas as outras alterações no justo valor dos activos e passivos de negociação nos resultados líquidos em operações financeiras.

2.12 Rendimento de taxas e comissões O banco ganha taxas e comissões de clientes para: cartões de crédito e de débito, taxas de processamento de

transacções; empréstimos e transacções relacionados com os depósitos, cartas de crédito, e outros depósitos e actividades de manutenção de empréstimos.

Os rendimentos e custos de taxas e comissões que são parte integrante da taxa de juro efectiva num activo ou passivo

financeiro são incluídos na mensuração da taxa de juro efectiva. Outros rendimentos de taxas e comissões são reconhecidos à medida que os serviços relacionados são prestados.

Se não se espera que o compromisso de empréstimo resulte em um empréstimo, então as taxas de compromisso de empréstimo relacionadas são reconhecidas numa base de quotas constantes ao longo do período de compromisso.

Outros honorários e custos com comissões tem a ver com custos de transacções e serviços, que são reconhecidos em gastos quando os serviços são recebidos.

Custos de taxas e comissões Os custos de taxas e comissões referem-se aos custos que são directamente ligadas à produção de taxas e comissões

e também inclui os custos de transacção e taxas de serviços, que são reconhecidos à medida que os serviços são recebidos.

2.13 Resultados líquidos em operações financeiras Resultados líquidos em operações financeiras compreendem ganhos menos perdas relacionadas com os activos e

passivos de negociação, e incluem todas as alterações realizadas e não realizadas no justo valor, juros, dividendos e diferenças cambiais.

2.14 Instrumentos financeiros derivados Os instrumentos financeiros derivados são reconhecidos inicialmente pelo justo valor na data em que um contrato

de derivados é celebrado e são, subsequentemente remensurados pelo justo valor. Os justos valores são obtidos a partir de preços de mercado cotados em mercados activos, incluindo transacções de mercado recentes, e técnicas de avaliações, incluindo modelos de fluxo de caixa descontados, conforme o caso. Todos os instrumentos financeiros derivados são escriturados como activos quando o justo valor é positivo e como passivos quando o justo valor é negativo.

2.15 locações Os pagamentos efectuados de locações operacionais são reconhecidos nos lucros ou prejuízos numa base de quotas

constantes durante o período de locação. Os incentivos recebidos de locação são reconhecidos como parte integrante dos custos totais de locação, ao longo do período de locação.

Os pagamentos mínimos de locação efectuados sob locações financeiras são repartidos entre o gasto financeiro e

a redução do passivo pendente. O gasto financeiro é alocado a cada período durante o prazo da locação de forma a produzir uma taxa periódica constante de juros sobre o saldo remanescente do passivo.

Os pagamentos de locações contingentes são contabilizados através da revisão dos pagamentos mínimos da locação

durante o prazo remanescente do contrato da locação quando for confirmado o ajustamento da locação. 2.16 Propriedade e equipamento Os itens de propriedade e equipamento são mensurados pelo custo menos qualquer depreciação acumulada e quaisquer

perdas por imparidade acumuladas, excepto os terrenos e edifícios que são reavaliados por uma entidade de avaliação independente. O Software adquirido que seja parte integrante da funcionalidade de um equipamento é capitalizado como parte do equipamento. Nos casos em que um item de propriedade e equipamento incluir componentes significativos com períodos de vida útil estimada diferentes, os mesmos são contabilizados como itens separados de propriedade e equipamento. Qualquer ganho ou perda na alienação de um item de propriedade e equipamento é reconhecida em outros rendimentos nos lucros ou prejuízos.

(a) Custos subsequentes

Os custos subsequentes são capitalizados somente se for provável que deles resultem benefícios económicos futuros para o Banco. Os custos de manutenção regular são reconhecidos em lucros ou prejuízos quando incorridos.

(b) Depreciação

A depreciação é calculada segundo o método das quotas constantes, para imputar os custos de itens de propriedade e equipamento menos os seus valores residuais, ao longo do seu período de vida útil estimada, e é geralmente reconhecida nos lucros ou prejuízos. A terra não é depreciada.

As vidas úteis estimadas de itens significativos de propriedade e equipamento são: Número de anos Edifícios 50 Equipamento de escritório, mobiliário e obras 8 - 20 Equipamento de informática 3 - 5 Veículos 4

Os métodos de depreciação, valores residuais e vidas úteis são revistos e ajustados, se necessário à cada data de relato.

Não existem restrições estabelecidas no título de itens de propriedade e equipamento. Nenhum dos activos detidos pelo banco é garantido a terceiros.

2.17 Activos intangíveis O Software adquirido pelo Banco é mensurado ao custo menos a amortização acumulada e quaisquer perdas por

imparidade acumuladas.

Os custos de software desenvolvidos internamente são reconhecidos como um activo quando a entidade é capaz de demonstrar a sua intenção e a capacidade de concluir o desenvolvimento e usar o software de uma maneira que irá gerar futuros benefícios económicos, e pode mensurar com segurança os custos para concluir o desenvolvimento. Os custos capitalizados de software desenvolvido internamente incluem todos os custos directamente atribuíveis para o desenvolvimento do software e custos de empréstimos capitalizados e são amortizados durante a sua vida útil. O Software desenvolvido internamente é mensurado pelo seu custo menos qualquer amortização acumulada e perdas por imparidade acumuladas.

O custo subsequente em activos de software é capitalizado somente quando aumentam os futuros benefícios

económicos incorporados no activo específico a que se refere. Todos os outros custos são reconhecidos em lucros ou prejuízos quando incorridos.

O Software é amortizado numa base de quotas constants nos lucros ou prejuízos sobre a vida útil estimada, a partir da data que está disponível para uso. A vida útil estimada de software para os períodos correntes e comparativos é de quatro (4) anos.

Os métodos de amortização, vidas úteis e valores residuais são revistos a cada data de relato e ajustados se apropriado. 2.18 Imparidade de activos não financeiros A cada data de relato, o Banco revê as quantias escrituradas dos seus activos não financeiros para determinar se há

evidência objectiva de imparidade. Se houver tal indicação é estimado o valor recuperável do activo. O valor recuperável de um activo é o maior entre o seu justo valor menos os custos de venda. Ao avaliar o valor em

uso os fluxos de caixa futuros estimados são descontados ao seu valor presente, utilizando uma de taxa de desconto antes dos impostos que reflicta as avaliações correntes do mercado do valor do dinheiro no tempo e riscos específicos para o activo.

Uma perda por imparidade é reconhecida se a quantia escriturada de um activo excede o seu valor recuperável. As

perdas por imparidade são reconhecidas nos lucros ou prejuízos. Uma perda por imparidade é revertida somente na medida em que a quantia escriturada do activo não exceda a quantia

escriturada que teria sido determinada, líquida de depreciação ou amortização, caso a perda por imparidade não tivesse sido reconhecida.

2.19 Depósitos, títulos de dívida emitidos e passivos subordinados Os depósitos, títulos de dívida emitidos e passivos subordinados são as fontes de financiamento de dívida do Banco. Quando o Banco vende um activo financeiro e simultaneamente assina um acordo de recompra do activo do Banco (ou

um activo semelhante) a um preço fixo numa data futura (venda e acordo de recompra), o acordo é contabilizado como um depósito, e o activo subjacente continua a ser reconhecido nas demonstrações financeiras do Banco.

O Banco classifica os instrumentos de capital como passivos financeiros ou instrumentos de capital, de acordo com a

substância ou os termos contratuais dos instrumentos.

Os depósitos, títulos de dívida emitidos e passivos subordinados são inicialmente mensurados pelo justo valor menos os custos de transacção associados e, posteriormente, mensurados pelo custo amortizado utilizando o método da taxa de juro efectiva, excepto se o Banco designa os passivos pelo justo valor através de lucros ou prejuízos.

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2.20 Contratos de garantia financeira Um contrato de garantia financeira consiste num contrato que requer que o emitente efectue pagamentos especificados,

a fim de reembolsar o detentor por uma perda em que incorra devido ao facto de um devedor especificado não efectuar o pagamento na data prevista, de acordo com os termos de um instrumento de dívida. Tais garantias financeiras são concedidas a bancos, instituições financeiras e outros organismos em nome de clientes para assegurar empréstimos, descobertos e outras facilidades bancárias.

As garantias financeiras são inicialmente reconhecidas nas demonstrações financeiras pelo justo valor na data em que a garantia foi concedida. O justo valor de uma garantia financeira no momento da assinatura é zero, porque todas as garantias estão acordadas com base no princípio de plena concorrência e o valor do prémio acordado corresponde ao valor da obrigação de garantia. Nenhum devedor para prémios futuros é reconhecido. Após o reconhecimento inicial, os passivos do banco sob tais garantias são mensurados pelo maior valor entre o valor inicial, deduzido da amortização de taxas reconhecidas de acordo com a NIC 18, e a melhor estimativa do valor exigido para liquidar a garantia. Estas estimativas são determinadas com base na experiência de transacções semelhantes e história de perdas passadas, complementados pelo julgamento da Gestão. A receita das taxas é reconhecida numa base de quotas constantes ao longo da vida da garantia.

Qualquer aumento no passivo relacionado com as garantias é reportado nos lucros ou prejuízos dentro de outros custos operacionais.

2.21 Benefícios dos empregados (i) Planosdecontribuiçãodefinida

As obrigações respeitantes as contribuições para o Instituto Nacional de Segurança Social são contabilizada assim que o serviço relacionado for prestado e reconhecidas como custos do pessoal nos lucros ou prejuízos. As contribuições pagas antecipadamente são reconhecidas como um activo na medida em que um reembolso em dinheiro ou uma redução em futuros pagamentos estejam disponíveis.

(ii) Benefícios dos empregados de curto prazo Os benefícios dos empregados de curto prazo são contabilizados como custos quando o serviço relacionado é

prestado. Um passivo é reconhecido pelo valor esperado a ser pago se o Banco tiver uma obrigação presente legal ou construtiva de pagar esse valor em função do serviço passado prestado pelo empregado, e se a obrigação puder ser estimada de forma fiável. A obrigação do Banco em relação aos dias de férias acumuladas é reconhecida na íntegra na demonstração da posição financeira.

2.22 Imposto sobre o rendimento O imposto sobre o rendimento compreende o imposto corrente e diferido. É reconhecido nos lucros ou prejuízos

esperados excepto na medida em que se refere a itens reconhecidos directamente no capital próprio ou em outro rendimento integral.

(a) Imposto corrente

O ‘imposto corrente’ compreende o imposto esperado a pagar ou a receber sobre o lucro tributável ou perda do exercício e qualquer ajustamento no imposto a pagar ou a receber respeitantes aos anos anteriores. É mensurado usando taxas de impostos decretadas ou substantivamente decretadas na data de relato de acordo com a Lei Moçambicana. O imposto corrente também inclui qualquer imposto resultante de dividendos.

O imposto corrente é o imposto que se prevê pagar sobre o rendimento tributável do ano, utilizando as taxas de imposto legisladas ou substancialmente previstas à data de relato, e todos os ajustamentos ao imposto a pagar respeitantes aos exercícios anteriores.

(b) Imposto diferido

O imposto diferido é reconhecido sobre as diferenças temporárias entre as quantias escrituradas dos activos e passivos para fins de demonstrações financeiras e dos valores usados para fins de tributação.

O imposto diferido não é reconhecido para diferenças temporárias no reconhecimento inicial de activos ou passivos numa transacção que não é uma concentração de actividades empresariais e que não afecte nem o lucro contabilístico nem o lucro tributável.

Um activo por imposto diferido é reconhecido nas perdas fiscais não usadas, créditos fiscais e diferenças temporárias dedutíveis, na medida em que é provável que o lucro tributável futuro estará disponível contra o qual poderá ser utilizado. Os activos por impostos diferidos são revistos a cada data de relato e são reduzidos na medida em que não é mais provável que o benefício fiscal será realizado.

O imposto diferido é mensurado pelas taxas de imposto que se espera ser aplicadas às diferenças temporárias quando

elas revertem, utilizando as taxas de imposto aprovadas ou substantivamente substantivamente aprovadas na data de relato. A mensuração do imposto diferido reflecte as consequências fiscais derivadas da forma pela qual o Banco espera, na data de relato, recuperar ou liquidar a quantia escriturada dos seus activos e passivos. Para este efeito, a quantia escriturada da propriedade para investimento mensurada pelo justo valor se presume ser recuperado através da venda, e o Banco não refutou esta presunção.

Os activos e passivos por impostos diferidos são compensados caso haja um direito legal de compensar os activos e passivos por impostos correntes, e dizem respeito a impostos sobre o rendimento cobrados pela mesma autoridade fiscal sobre a mesma entidade tributável, ou em entidades fiscais diferentes, mas eles pretendem liquidar os activos e passivos por impostos correntes numa base líquida ou os seus activos e passivos por impostos diferidos serão realizados simultaneamente.

Os impostos adicionais que surgem a partir da distribuição de dividendos pelo banco são reconhecidos ao mesmo tempo que a responsabilidade de pagar o dividendo relacionado é reconhecida. Estes valores são geralmente reconhecidos nos lucros ou prejuízos, porque eles geralmente estão relacionados com as receitas decorrentes de operações que foram originalmente reconhecidas nos lucros ou prejuízos.

Exposições Fiscais

Na determinação do montante do imposto corrente e diferido, o Banco leva em conta o impacto de posições fiscais incertas e se impostos adicionais e juros podem ser devidos. Esta avaliação baseia-se em pressupostos e pode envolver uma série de julgamentos sobre eventos futuros. Novas informações podem tornar-se disponíveis, que fazem com que o Banco altere os seus julgamentos sobre a adequação de passivos fiscais existentes, sendo que tais mudanças para o passivo fiscal terão impacto no custo de imposto no período que tal determinação é feita.

2.23 Provisões Uma provisão é reconhecida quando o Banco tiver uma obrigação presente legal ou construtiva resultante de um

acontecimento passado, sendo muito provável que uma saída de recursos venha a ser necessária para cumprir a obrigação. As provisões são determinadas com base no valor presente dos custos que se espera que venham a incorrer para dar cumprimento à obrigação usando uma taxa antes de impostos que reflecte a avaliação actual do mercado do valor do dinheiro no tempo e quando necessário, o risco específico do passivo. O desenrolar do desconto é reconhecido como custo financeiro.

(i) Reestruturação Uma provisão para reestruturação é reconhecida quando o banco aprova um plano de reestruturação detalhado e

formal, e a reestruturação tenha sido iniciada ou anunciada publicamente. As perdas operacionais futuras não são provisionadas.

(ii) Contratos onerosos Uma provisão para contratos onerosos é reconhecida quando os benefícios que se espera obter pelo banco a partir de

um contrato forem inferiores do que os custos inevitáveis de satisfazer as suas obrigações nos termos do contrato. A provisão é mensurada pelo valor presente da parte inferior dos custos do término do contrato e o custo líquido esperado de continuar com o contrato. Antes de estabelecer uma provisão, o banco reconhece qualquer perda por imparidade dos activos associados a esse contrato.

(iii) Taxas bancárias A provisão para taxas bancárias é reconhecida quando a condição que desencadeia o pagamento da taxa é cumprida.

Se uma taxa está sujeita a um limite mínimo de operações para que o factor gerador da obrigação seja o alcance de uma actividade mínima, então, uma provisão é reconhecida quando o limite mínimo de actividade é alcançado.

2.24 Resultados por acção

O banco apresenta resultados por acção básicos e diliuitivos (EPS) para as suas acções ordinárias. Os resultados por acção básicos são calculados dividindo o lucro ou prejuízo atribuível aos accionistas ordinários do Banco pelo número médio ponderado de acções ordinárias em circulação durante o período.

3. novas normas e Interpretações Um número de novas normas e alterações de normas são efectivas para períodos com início após 1 de Janeiro de

2016. O Banco não antecipou a adopção das seguintes novas normas ou alterações efectivas a partir de 1 de Janeiro de 2016.

NIRF 14

NIRF 11

NIC 16 e NIC 38

NIRF 15

NIC 16 e NIC 41

NIRF 9

NIC 27

NIRF 10 e NIC 28

Emenda à 4 normas

NIRF 10, NIRF 12 e NIC 28

NIC 1

Contas regulamentares diferidas

Classificação dos investimentos financeiros em empresas controladas conjuntamente

Esclarecimento de Métodos de Aceitáveis de Depreciação e Amortização

Rédito de contratos com clientes

Agricultura: Plantas Produtoras

Instrumentos Financeiros

Método de Equivalência Patrimonial em Demonstrações Financeiras Separadas

Venda ou Contribuição de Activos entre um Investidor e sua Associada ou Empreendimento Conjunto

Melhorias anuais as NIRFs de 2012-2014

Entidades gestoras de participações financeiras: Aplicações de Excepções à Consolidação

Iniciativa de Divulgação

Janeiro de 2014

Maio de 2014

Maio de 2014

Maio de 2014

Junho de 2014

Julho de 2014

Agosto de 2014

Setembro de 2014

Setembro de 2014

Dezembro de 2014

Dezembro de 2014

1 de Janeiro de 2016

1 de Janeiro de 2016

1 de Janeiro de 2016

1 de Janeiro de 2017

1 de Janeiro de 2016

1 de Janeiro de 2018

1 de Janeiro de 2016

1 de Janeiro de 2016

1 de Janeiro de 2016

1 de Janeiro de 2016

1 de Janeiro de 2016

Norma/Interpretação Data emitidapelo IASB

Data efectivaPeríodos cominício em/oudepois de

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Apresentam-se a seguir as normas que deverão ter um impacto nos períodos futuros;

Emendas às NIC 16 e NIC 38 – Esclarecimento de Métodos Aceitáveis de Depreciação e Amortização A emenda à NIC 16 Propriedade, Instalações e Equipamento refere explicitamente que os métodos com base em

rédito de depreciação não podem ser usados para propriedade, instalações e equipamento. As emendas à NIC 38 Activos Intangíveis introduzem uma presunção refutável de que o uso de métodos de amortização

com base em rédito para os activos intangíveis é inapropriado. A presunção só pode ser superada quando o rédito e o consumo dos benefícios económicos do activo intangível são “altamente correlacionados”, ou quando o activo intangível é expresso como mensuração do rédito.

O Banco tem actualmente vários activos intangíveis e instalações que são amortizados ou depreciados utilizando um método proporcional ao rédito . O Banco não pode ultrapassar o pressuposto refutável acima referido dos seus activos intangíveis, e, consequentemente, terá de alterar o método de amortização e depreciação para esses itens. O Banco avaliou que o método de quotas constantes seria o método mais apropriado e irá adoptar antecipadamente estas emendas para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2015.

A entidade aplica as emendas prospectivamente para períodos anuais com início em ou após 1 de Janeiro de 2016 e adopção antecipada permitida.

O Banco não pode ultrapassar o pressuposto refutável acima referido dos seus activos intangíveis, e, consequentemente, terá de alterar o método de amortização e depreciação para esses itens.

Iniciativa de Divulgação (Emenda à NIC 1) As emendas fornecem orientações adicionais sobre a aplicação da materialidade e cálculo na preparação das

demonstrações financeiras .

As emendas são aplicáveis prospectivamente para períodos anuais com início em ou após 1 de Janeiro de 2016 e adopção antecipada é permitida .

NIRF 15 Rédito de contratos com clientes

Esta norma substitui a NIC 11 Contratos de Construção, NIC 18 Rédito, IFRIC 13 Programas de Fidelização de Clientes, IFRIC 15 Acordos para Construção de Imóveis, IFRIC 18 Transferência de Activos para Clientes e SIC-31 Rédito – Transacções de Troca Envolvendo Serviços de Publicidade.

A norma contém um modelo único que se aplica a contratos com clientes e duas abordagens para reconhecimento do rédito: num momento ou ao longo do tempo. O modelo apresenta um contrato de análise de transacções com base em cinco etapas para determinar quanto e quando o rédito é reconhecido. Esta nova norma terá provavelmente um impacto significativo sobre a Entidade, que irá incluir uma possível mudança no tempo de quando o rédito e o valor do rédito é reconhecido. A Entidade está actualmente no processo de execução de uma avaliação mais detalhada do impacto desta norma sobre a Entidade e irá fornecer mais informações nas demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de Dezembro de 2015.

A NIRF 15 é efectiva para períodos anuais com início em ou após 1 de Janeiro de 2017, com adopção antecipada permitida.

NIRF 9 Instrumentos financeiros

Em 24 de Julho 2014, o IASB emitiu a Norma final respeitante à NIRF 9 Instrumentos Financeiros, que substitui as versões anteriores da NIRF 9 e conclui o projecto do IASB para substituir a NIC 39 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração.

Esta norma terá um impacto significativo sobre a Entidade, que inclui mudanças na base de mensuração de activos financeiros da Entidade para o custo amortizado, o justo valor através de outro rendimento integral ou justo valor através de lucros ou prejuízos. Mesmo que essas categorias de mensuração sejam semelhantes a NIC 39, os critérios de classificação para essas categorias são significativamente diferentes. Além disso, o modelo de imparidade da NIRF 9 foi alterado a partir de um modelo de “perda incorrida” da NIC 39 para um modelo de “perda esperada de crédito”, que se espera que aumente a provisão para devedores duvidosos reconhecidos no Banco.

A norma é efectiva para períodos anuais com início em ou após 1 de Janeiro de 2018, com adopção antecipada permitida.

4. gestão de risco financeiro As actividades do Banco expõem a instituição a riscos financeiros de diversa ordem, que devem ser geridos de forma

orientada e profissional. As principais funções de gestão de risco do Banco são identificar todos os riscos-chave para o Banco, mensurar esses riscos, gerir as posições de risco e determinar dotações para capitais próprios. O Banco revê periodicamente as suas políticas de gestão de risco, assim como os sistemas implementados, por forma a considerar as alterações ocorridas no mercado, nos produtos e nas práticas de boa governação emergentes.

O objectivo do Banco é atingir um equilíbrio adequado entre risco e retorno e minimizar os efeitos potencialmente adversos que possam afectar o seu desempenho financeiro.

O Banco define o risco como a possibilidade de perdas ou lucros comprovados, que pode ser causada por factores internos ou externos.

A gestão de risco é realizada pelos departamentos de Gestão de Risco e Tesouro no âmbito das políticas aprovadas pelo Conselho de Administração. Estes Departamentos identificam, avaliam e metigam os riscos financeiros em estreita cooperação com as unidades operacionais do Banco. O Conselho de Administração fornece princípios por escrito para a gestão global de risco, bem como políticas escritas que abrangem áreas específicas, tais como, o risco cambial, risco da taxa de juro, risco de crédito, a utilização de instrumentos financeiros derivados e de instrumentos financeiros não-derivados. Além disso, a auditoria interna é responsável pela revisão independente da gestão de risco e pelo ambiente de controlo. Dentre os tipos de riscos mais importantes a que o Banco está exposto contam-se, os riscos financeiros, que incluem o risco de crédito, risco de liquidez, risco de mercado e risco de solvência.

Os seguintes sub-comités compreendem a gestão sénior e executiva responsável por tratar e analisar os riscos enfrentados pelo banco, de uma forma estruturada:

• Comité de Gestão de Crédito (MANCO) – responsável pelo risco de crédito; • Comité de Activos e Passivos (ALCO) – responsável pelo risco da taxa de juros, risco de mercado, risco de

liquidez, risco de contraparte, risco cambial e adequação de capital próprio; e • Comité de Risco Operacional (ORCO) – responsável pela tecnologia, compliance, risco jurídico, recursos

humanos, risco de reputação, operacional e regulamentar

4.1 Risco de crédito

O Banco está exposto ao risco de crédito, que é o risco de uma contraparte causar um prejuízo financeiro ao banco por falta de quitação de uma obrigação contratual. O risco de crédito decorre principalmente de empréstimos e adiantamentos comerciais e de consumo e compromissos de empréstimos resultantes de tais actividades de crédito, mas também pode surgir a partir de um aumento de crédito facultado, como garantias financeiras, cartas de crédito, avais e aceitações.

O risco de crédito é o maior risco para os negócios do Banco, portanto, a gestão monitora cuidadosamente a exposição ao risco de crédito. A gestão e controlo do risco de crédito é monitorada pelo departamento de Gestão de Risco que reporta ao Comité de Auditoria, Conselho de Administração e a equipa de gestão numa base regular.

Para gerir este risco, o Conselho tem uma política de crédito definida para o Banco com base na Política de Crédito do Grupo ABC Holdings, que está documentado e constitui a base de todas as decisões de crédito. Esta política inclui um quadro de limites e delegação de autoridade de aprovação de crédito, que são rigorosamente respeitados. Nenhum indivíduo tem o poder de autorizar exposições de crédito. O Banco estrutura os níveis de risco de crédito a que se compromete colocando limites para as quantidades de risco aceites em relação a um mutuário ou grupo de mutuários.

Existe um Comité de Gestão e um Comité de Crédito com limites definidos, estabelecidos pelo Conselho da ABC

Holdings Limited. Estes comités são responsáveis pela gestão de risco de crédito no Banco, incluindo as decisões de crédito, processos, riscos legais e de documentação e cumprimento das políticas de provisionamento. As decisões de crédito acima dos comités locais são tomadas pelo comité de crédito regional e/ou pelo Conselho de ABC Holdings Limited de acordo com a Estrutura de Gestão de Riscos.

Os procedimentos de crédito são estendidos para actividades de empréstimos no mercado interbancário, onde limites são estabelecidos para cada participante do mercado e para cada país onde o banco opera. Os limites baseiam-se num processo de revisão da solidez financeira das instituições financeiras, com base nas demonstrações financeiras publicadas.

O banco opera num modelo de dois escalões para determinar o nível de activos que estejam em imparidade, se houver, e de toda a carteira. O primeiro escalão mensura a imparidade de activos que estejam individualmente em imparidade e baseia-se em indicações de imparidade desencadeadas por incapacidade real ou esperada de um cliente para cumprir as suas obrigações correntes ou futuras no âmbito do acordo de empréstimo. A incapacidade é sinalizada por padrão em parcelas correntes que são manifestamente causadas por restrições de caixa. A incapacidade pode muito bem ser sinalizada por eventos significativos que afectam o cliente e que provavelmente resultariam em futuros incumprimentos. O julgamento das contas nestas circunstâncias pode resultar na reclassificação para uma classe de crédito mais baixa. As contas que se enquadram no primeiro escalão teriam sido reclassificadas para o sub- padrão ou a uma classe mais baixa no sistema de classificação descrito na próxima secção. Ao avaliar o nível de imparidade o banco utiliza a abordagem fluxos de caixa descontados, onde os fluxos de caixa esperados dos activos neste segmento são descontados utilizando o rendimento que se aplica ao activo. O valor presente é subsequentemente comparado com a exposição líquida tendo em conta o justo valor de quaisquer activos detidos como garantia. Qualquer escassez

é reconhecida como imparidade nos lucros ou prejuízos. As variações subsequentes também são ajustadas através de lucros ou prejuízos. O segundo escalão mensura a imparidade para a carteira com base no histórico de incumprimento ao longo dos últimos 10 anos. O nível de incumprimento ao longo de um período de 10 anos é utilizado para determinar um fator de imparidade que é aplicado sobre os fluxos de caixa descontados de toda a carteira, a fim de determinar a quantidade esperada de incumprimento em toda a carteira. O valor é reconhecido nos lucros ou prejuízos. Qualquer variação em períodos subsequentes é ajustado através de lucros ou prejuízos.

4.1.1 Mensuração do risco de crédito (a) Empréstimos e adiantamentos

Ao mensurar o risco de crédito de empréstimos e adiantamentos a clientes e aos bancos a nível de contraparte, o Banco reflecte três componentes:

• A probabilidade de incumprimento do cliente ou contraparte nas suas obrigações contratuais. O Banco avalia a probabilidade de incumprimento das contrapartes individuais, usando ferramentas internas de apreciação adaptadas às diferentes categorias da contraparte. As mesmas foram desenvolvidas internamente e combinam a análise estatística com julgamento do gestor do crédito. Os clientes do Banco estão segmentados em cinco classes de avaliação:

• Aprovado – estas são contas que não apresentam evidência de qualquer fragilidade e o seu desempenho está em conformidade com os termos contratuais;

• Menção especial – estas são contas que apresentam algumas fragilidades e que exigem um pouco de atenção para que estejam em plena conformidade com os termos contratuais;

• Abaixo dos padrões – estas são contas onde o reembolso atempado não é provável que venha a

acontecer e a amortização poderia estar em risco;

• Duvidosos – estas são contas onde o reembolso total do empréstimo é altamente improvável; e

• Perdas – estas são contas onde a cobrança não é possível.

• exposições correntes para a contraparte e seu provável desenvolvimento futuro, a partir do qual o Banco obtém a ‘exposição ao risco de incumprimento’. Para empréstimos e adiantamentos em utilização este é obtido do valor facial de cada empréstimo e adiantamento, e para os compromissos, o Banco inclui qualquer valor já obtido, acrescido de qualquer valor que pode ter sido obtido pelo tempo de incumprimento, caso ocorra.

• o rácio de recuperação provável sobre as obrigações de incumprimento (a ‘perda em função do incumprimento’ ou severidade da perda).

Estas mensurações de risco de crédito, que reflectem a perda esperada, são embutidas na gestão operacional diária do Banco. As mensurações operacionais podem ser contrastadas com imparidades exigidos pela norma NIC 39, que baseiam-se nas perdas que tenham sido incorridas na data de relato (o ‘modelo de perda incorrida’) e não de perdas esperadas.

(b) Títulos de dívida e outras contas Para títulos de dívida e outras contas, as avaliações externas são utilizadas pelo Departamento do Tesouro para gerir

as exposições ao risco de crédito. Os investimentos nesses títulos e contas são vistos como uma forma de obter um melhor mapeamento da qualidade de crédito e manter uma fonte prontamente disponível para fazer face às necessidades financeiras simultaneamente.

4.1.2 Controlo do limite de risco e políticas de mitigação O Banco gere limites e controla a concentração de risco de crédito onde quer que os mesmos sejam identificados -

em particular, para contrapartes individuais e grupos, e para indústrias e países. O Banco estrutura os níveis de risco de crédito, colocando limites no valor do risco aceite na relação com um mutuário, ou grupos de mutuários, e para segmentos geográficos e da indústria. Esses riscos são monitorados numa base rotativa e sujeitos a uma revisão anual ou mais frequente, sempre que se julgue necessário. Os limites no nível de risco de crédito, por produto, sector da indústria e por país são aprovados trimestralmente pelo Conselho de Administração.

A exposição a qualquer mutuário inclui bancos e corretoras ainda mais restritas por sub-limites que cobrem exposições patrimoniais e extrapatrimoniais, e limites de risco de entrega diária em relação a itens de negociação, como contratos cambiais a prazo. Exposições efectivas contra os limites são monitoradas diariamente. A exposição ao risco de crédito é também gerida através de uma análise periódica da capacidade dos mutuários e potenciais mutuários em cumprir as obrigações de juros e reembolso de capital e alterando esses limites de empréstimo, se for caso disso.

Os limites de crédito são revistos à luz das mudanças ocorridas no mercado e condições económicas e revisões de crédito periódicas e avaliações de probabilidade de incumprimento.

Outros controlos específicos e medidas de mitigação apresentam-se como segue:

(a) Garantias O Banco utiliza uma série de políticas e práticas para reduzir o risco de crédito. A mais tradicional delas é a obtenção de

adiantamentos de fundos de segurança, que é uma prática comum. O Banco implementa directivas orientadoras sobre a aceitabilidade das categorias específicas de garantias de crédito ou de redução do risco de crédito.

Os principais tipos de garantia para os empréstimos e adiantamentos são:

o Hipotecas sobre propriedades residenciais;

o Encargos sobre activos comerciais, tais como instalações, equipamentos, existências e contas a receber;

o Encargos sobre instrumentos financeiros, como títulos de dívida e acções; e

o Garantias dos accionistas (de grandes empresas ou particulares).

O financiamento e empréstimos de longo prazo a entidades empresariais são geralmente garantidos; as facilidades rotativas de crédito individual são geralmente concedidas sem se exigir garantia. Além disso, a fim de minimizar a perda de crédito, o Banco procurará obter garantias adicionais da contraparte, logo que forem observados indicadores de imparidade para empréstimos e adiantamentos individuais relevantes.

A garantia mantida como segurança de activos financeiros que não sejam empréstimos e adiantamentos é determinada pela natureza do instrumento. Geralmente, os títulos de dívida, obrigações do tesouro ou outras obrigações elegíveis não estão sujeitos à entrega de garantias, com excepção dos títulos suportados por activos e instrumentos similares, que são garantidos pelas carteiras de instrumentos financeiros.

(b) Compromissos relacionados com o crédito e carteira de crédito

O principal objectivo destes instrumentos é assegurar que os fundos estejam sempre disponíveis para o cliente, sempre que necessário. As garantias e as cartas de crédito de apoio correm o mesmo risco de crédito que os empréstimos. As cartas de crédito documentais e comerciais que representam compromissos escritos pelo Banco em nome de um cliente, autorizando um terceiro a responsabilizar o Banco, até um montante estipulado sob termos e condições específicos, são garantidas por remessas de mercadorias subjacentes a que dizem respeito e, por isso, correm menos riscos do que um empréstimo directo.

Os compromissos para aumentar o crédito representam parcelas não utilizadas de autorizações visando aumentar o crédito, quer sob a forma de empréstimos, garantias ou cartas de crédito. No que diz respeito ao risco de crédito nos compromissos que visam aumentar o crédito, o Banco fica potencialmente exposto à perda de um montante igual ao total dos compromissos não utilizados. Todavia, o montante provável da perda é inferior ao total de compromissos não utilizados, uma vez que a maioria dos compromissos para aumentar o crédito se subordina aos clientes, mantendo normas de crédito específicas. O Banco controla o prazo de vencimento dos compromissos de crédito, porque os compromissos de longo prazo assumidos têm de um modo geral, um grau de risco de crédito maior do que os compromissos de prazo mais curto.

4.1.3 Imparidade e políticas de provisionamento Os sistemas de classificação interno e externo descritos na Nota 4.1.1 (a) estão mais focados no mapeamento da

qualidade do crédito desde incerção das actividades de concessão de empréstimos e de investimento. Em contrapartida, as provisões para cobrir a imparidade são reconhecidas para efeitos de relato financeiro apenas para as perdas que tenham sido incorridas à data de relato, com base em evidências objectivas de imparidade. Devido às diferentes metodologias aplicadas, o montante das perdas de crédito incorridas, previstas nas demonstrações financeiras, é geralmente mais baixo do que o montante determinado a partir do modelo da perda esperada, que é utilizado para gestão operacional interna e propósitos de regulamentação bancária.

A provisão para imparidade evidenciada na demosntração da posição financeira no final do exercício é obtida a partir de cada uma das cinco classes de classificação interna. No entanto, a maior parte da provisão para imparidade provém

Page 9: Resultados Financeiros Relatório de Contas BancABC Moçambique ...

9

das duas classes inferiores. A tabela abaixo mostra o percentual das rubricas da demonstração da posição financeira do Banco referente aos empréstimos e adiantamentos e à provisão de imparidade associada, para cada uma das categorias de classificação interna do Banco:

A ferramenta de classificação interna ajuda os gestores a determinar se existem evidências objectivas de imparidade

nos termos da NIC 39:

A política do Banco exige que os activos financeiros que ultrapassem os limiares de materialidade sejam avaliados individualmente, pelo menos uma vez por ano ou mais regularmente, quando as circunstâncias assim o exigirem. As provisões para imparidade nas contas avaliadas individualmente são determinadas por uma avaliação das perdas incorridas à data de relato, numa análise caso a caso, e são aplicadas individualmente a todas as contas principais. A avaliação abrange, normalmente, as garantias mantidas (incluindo a reconfirmação da sua aplicabilidade) e as receitas antecipadas para essa conta individual.

A imparidade avaliada em moldes colectivos, é efectuada relativamente a:

(a) carteiras de activos homogéneos que se situem, individualmente, abaixo dos limiares de materialidade; e

(b) perdas que tenham sido incorridas, mas que ainda não tenham sido identificadas, usando a experiência histórica disponível, com julgamento experiente e técnicas estatísticas.

A tabela acima representa o pior cenário de exposição do Banco em termos de risco de crédito à data de 31 de Dezembro, não tendo sido considerado o justo valor das garantias obtidas ou de outros facilitadores de crédito. Relativamente aos activos apresentados no balanço, a exposição acima apresentada é feita com base na quantia escriturada apresentada da demonstração da situação financeira.

A Administração está confiante na sua capacidade de continuar a controlar e sustentar níveis de exposição mínimos, em termos do risco de crédito decorrente da sua carteira de empréstimos e adiantamentos e dos investimentos financeiros, com base no seguinte:

- (65.32% da carteira de empréstimos e adiantamentos são considerados como nem vencidos nem em imparidade (2014: 75.05%); e

- O Banco introduziu um processo de selecção mais rigoroso sobre concessão de empréstimos e adiantamentos.

AprovadoMenção especialAbaixo dos padrõesDuvidosoPerdas

2015Empréstimos e adiantamentos

(%)

65%23%2%2%8%

100%

2014Empréstimos e adiantamentos

(%) 72% 16% 11% 1% 0% 100%

Provisão de imparidade

(%)

2% 3% 27% 50% 100% 5.9%

Provisão de imparidade

(%) 2% 3% 18% 50% 100% 4.8%

Exposições ao risco de crédito relativo a rubricas da demonstração da posição financeira:

Activos financeiros disponíveis para vendaInstrumentos financeiros derivadosEmpréstimos e adiantamentos a clientesEmpréstimos e adiantamentos a bancosTotal do valor da Garantia

Exposições ao risco de crédito fora das rubricas da demonstração posição financeira:Garantias Cartas de crédito

2015MT’000

1 190 22063 721

6 479 7751 479 653

(20 998)

869 265 4 289

10 065 925

2014MT’000

623 807928

6 177 5211 445 111(606 569)

1 222 786194 985

9 058 569

2015USD’000

25 9301 388

141 17132 236

(457)

18 93893

219 299

2014USD’000

18 56628

183 85543 009

(18 053)

36 3925 803

269 600

4.1.4 exposição máxima ao risco de crédito antes das garantias ou outros facilitadores de crédito

Empréstimos e adiantamentos a bancos: - Nem vencido nem em imparidade

Empréstimos e adiantamentos a clientes: - Nem vencido nem em imparidade - Vencido mas sem imparidade - Imparidade individualBrutoMenos: provisão para imparidade

Empréstimos e adiantamentos líquidos a clientes

2015MT ‘000

1 479 653

4 496 365 1 593 765

792 455 6 882 585 (402 810)

6 479 775

2014MT ‘000

1 445 111

4 636 3081 066 863

787 176 6 490 347(312 826)

6 177 521

2015USD ‘000

32 236

97 960 34 723 17 264

149 947 (8 776)

141 171

2014USD’000

43 009

137 98531 75223 428

193 165 (9 310)

183 855

4.1.5 empréstimos e adiantamentos

Os empréstimos e adiantamentos resumem-se como segue:

Aprovado:Grandes EmpresasRetalho e Pequenas e Médias Empresas

2015MT’000

3 088 506 1 407 859

4 496 365

2014MT’000

3 319 4581 316 850

4 636 308

2015USD’000

67 288 30 672

97 960

2014USD’000

98 79339 192

137 985

(a) Empréstimos e adiantamentos a clientes nem vencido nem em imparidade

A qualidade de crédito da carteira de empréstimos e adiantamentos não vencidos e sem imparidade pode ser avaliada por referência ao sistema de avaliação interna adoptado pelo Banco.

Classe Interna: Menção Especial Grandes Empresas Retalho e Pequenas e Médias Empresas

Classe Interna: Menção Especial Grandes Empresas Retalho e Pequenas e Médias Empresas

1-30 diasMT’000

- -

-

1-30 diasUSD’000

- -

-

2015Dias Vencidos

31-60 diasMT’000

1 054 238 -

1 054 238

2015

31-60 diasUSD’000

22 968 -

22 968

61-90 diasMT’000

528 026 11 501

539 527

Dias Vencidos61-90 diasUSD’000

11 504 251

11 755

TotalMT’000

1 582 264 11 501

1 593 765

Total

USD’000

34 472 251

34 723

(b) Empréstimos vencidos mas sem imparidade

Processo de mora e outros atrasos administrativos por parte do mutuário podem fazer com que o activo financeiro esteja nem vencido nem em imparidade. Os empréstimos e adiantamentos com vencimentos inferiores a 90 dias não são considerados como tendo sofrido imparidade, a menos que haja informação a indicar o contrário. O valor bruto de empréstimos e adiantamentos por classe de clientes vencidos mas sem imparidade foi o seguinte:

Classe Interna: Menção Especial Grandes Empresas Retalho e Pequenas e Médias Empresas

Classe Interna: Menção Especial Grandes Empresas Retalho e Pequenas e Médias Empresas

1-30 diasMT’000

628 40799 914

728 321

1-30 diasUSD’000

18 7032 974

21 677

2014

31-60 diasMT’000

231 03235 684

266 716

2014

31-60 diasUSD’000

6 8761 062

7 938

Dias Vencidos61-90 dias

MT’000

64 6897 137

71 826

Dias Vencidos61-90 diasUSD’000

1 925212

2 137

TotalMT’000

924 128142 735

1 066 863

Total

USD’000

27 5044 248

31 752

Grandes EmpresasRetalho e Pequenas e Médias Empresas

TotalJusto valor da garantia

2015MT’000556 058 236 397

792 455 1 210 000

2014MT ‘000 530 955 256 221

787 1761 081 248

2015USD’000

12 115 5 150

17 265 32 180

2014USD’000

15 8027 626

23 42832 180

(c) Empréstimos e adiantamentos a clientes com imparidade individual

Os empréstimos e adiantamentos a clientes com imparidade individual antes de tomar em consideração os fluxos de caixa das garantias detidas é de MT 792 455 000 (2014: MT 787 177 000).

A subdivisão do valor bruto dos empréstimos e adiantamentos com imparidade individual por classe, juntamente com o justo valor das garantias associadas detidas pelo Banco como garantia, é como segue:

(d) Empréstimos e adiantamentos renegociados As actividades de reestruturação incluem acordos de pagamento, planos de gestão externa aprovados, modificação

e deferimento de pagamentos. As políticas e práticas de reestruturação baseiam-se em indicadores ou critérios que, no julgamento dos gestores locais, indicam que pagamentos irá, muito provavelmente, continuar. Estas políticas são mantidas sob permanente controlo. É mais comum a restruturação ser aplicada aos empréstimos a prazo, em particular empréstimos para financiamento de clientes.

O saldo de empréstimos renegociados em 31 de Dezembro de 2015 foi de MT 295 749 216 (2014: MT 261 453 000).

4.2 Risco de mercado O Banco encontra-se exposto ao risco de mercado, o qual consiste no risco de que o justo valor ou os fluxos de

caixa futuros de um instrumento financeiro sofram flutuações causadas por alterações dos preços de mercado. Os riscos de mercado advêm de posições, taxas de juro, moeda e produtos de capital em aberto, todas elas expostas a movimentações de Mercado gerais e específicas e a alterações no nível de volatilidade das taxas e preços de mercado, tais como taxas de juros, margens de juros de crédito, taxas de câmbio e preços de acções. O Banco separa exposições ao risco de mercado quer na carteira de negociação quer fora da carteira de negociação.

Os riscos de mercado resultantes de actividades de negociação e não negociação estão concentrados no departamento do Tesouro do Banco e são monitorados separadamente pelo departamento de Gestão de Risco. Relatórios periódicos são submetidos ao Comité de Gestão de Activos e Passivos (ALCO), constituído por vários chefes de unidades de negócios e também pelo Conselho de Administração numa base trimestral.

As carteiras de negociação incluem aquelas posições resultantes das transacções de mercado em que o Banco actua como contratante com clientes ou com o mercado. As carteiras de não negociação surgem principalmente a partir da gestão da taxa de juros dos activos e passivos bancários a retalho e comerciais da entidade. As carteiras de não negociação também compreendem riscos cambiais e patrimoniais resultantes dos investimentos detidos até à maturidade e disponíveis para venda do Banco.

4.2.1 Risco cambial O Banco encontra-se exposto aos efeitos das flutuações nas principais taxas de câmbio ao nível da sua posição

financeira e dos fluxos de caixa. O Conselho de Administração estabelece limites para os níveis de exposição por moeda e em agregado, tanto para as posições overnight como diurnas, as quais são monitoradas numa base diária. A tabela abaixo resume a exposição do Banco em termos de risco cambial, à data de 31 de Dezembro de 2015. A tabela inclui instrumentos financeiros detidos pelo Banco, à sua quantia escriturada, categorizados por moeda.

(e) Análise sectorial Agricultura, agro-processamento e pesca Comércio Comunicação Construção Energia e Eletricidade Serviços financeiros Indústria transformadora Individuais Sector Público Indústria imobiliária Comércio a grosso e a retalho Transporte Outros Total de empréstimos e adiantamentos

20155.35%8.41%3.41%

10.35%2.11%0.01%

17.31%11.08%0.58%1.18%

25.90%4.94%9.37%100%

20151%

14%1%9%3%0%

21%39%0%1%8%1%2%

100%

20144.40%5.60%1.10%8.20%2.30%0.00%

10.30%20.10%0.00%

10.40%21.90%5.50%

10.20%100%

20141%3%8%7%1%0%

18%27%0%0%

16%2%

16%100%

Empréstimos (bruto) (%) Imparidade (%)

Em 31 de Dezembro de 2015

Activos

Caixa e equivalentes de caixaActivos financeiros detidos para negociaçãoActivos financeiros disponíveis para vendaInstrumentos financeiros derivadosEmpréstimos e adiantamentos a bancosEmpréstimos e adiantamentos a clientesOutros activos

Passivos

Depósitos de bancosDepósitos de clientesEmpréstimosPassivos financeiros derivadosOutros passivos

Posições extrapatrimoniaisExposição líquida

EURMT’000

212 269--

30 412

104 650 -

347 331

-188 251

--

994

189 245 (191 619) (33 533)

USDMT’000

817 289--

32 075 1 299 367 594 224

29 530

2 772 485

7 651 2 116 472

92 429-

149 219

2 365 771 (619 379)(212 665)

ZARMT’000

22 513--

1 234 74 100

- 2 762

100 609

35 313 78 089

--

828

114 230 (11 540)(25 161)

OutrasMT’000

13 423 1 190 220

7 508 -

106 186 -

11 503

1 328 840

333 258 965 482 175

83 -

741 556 5 275

592 559

MTMT’000

1 148 155 ----

5 780 901 -

6 929 056

231 250 6 652 394

--

75 144

6 958 788 817 263843 995

TotalMT’000

2 213 649 1 190 220

7 508 63 721

1 479 653 6 479 775

43 795

11 478 321

274 547 9 294 171

574 604 83

226 185

10 369 590-

1 108 731

Concentração de risco cambial

Page 10: Resultados Financeiros Relatório de Contas BancABC Moçambique ...

10

Em 31 de Dezembro de 2014

Activos

Caixa e equivalentes de caixaActivos financeiros detidos para negociaçãoActivos financeiros disponíveis para vendaInstrumentos financeiros derivadosEmpréstimos e adiantamentos a bancosEmpréstimos e adiantamentos a clientesOutros activos

Passivos

Depósitos de bancosDepósitos de clientesEmpréstimosPassivos financeiros derivadosOutros passivos

Posições extrapatrimoniaisExposição líquida

EURMT’000

260 348----

71 744-

332 092

-258 001

-2 198

186

260 385(67 432)

4 275

USDMT’000

237 675---

1 405 1081 121 334

36 593

2 800 710

507 7201 225 209

275 37129 20340 485

2 077 988(771 337)(48 615)

ZARMT’000

116 700----

4 2114 791

125 702

59 43242 674

--

4 748

106 854(45 191)(26 343)

OutrasMT’000

13 815--

928-

-

14 743

35 707

--

243

5 953-

8 790

MTMT’000

1 323 530623 807

7 508-

40 0034 980 232

422 758

7 397 838

1 532 5135 538 665

481 865-

57 577

7 610 620883 960671 178

TotalMT’000

1 952 068623 807

7 508928

1 445 1116 177 521

464 142

10 671 085

2 099 6687 070 256

757 23631 401

103 239

10 061 800-

609 285

4.2.1 Risco CambialConcentração de risco cambial

Em 31 de Dezembro de 2015

ActivosCaixa e equivalentes de caixaActivos financeiros detidos para negociaçãoActivos financeiros disponíveis para vendaInstrumentos financeiros derivadosEmpréstimos e adiantamentos a bancosEmpréstimos e adiantamentos a clientesOutros activos

PassivosDepósitos de bancosDepósitos de clientesEmpréstimosPassivos financeiras derivadosOutros passivos

Posições extrapatrimoniaisExposição líquida

EURUSD’000

4 625 - -

663 -

2 280 -

7 568

- 4 101

- -

22

4 123 (4 175)

(730)

USDUSD’000

17 806 - -

69928 309 12 945

643

60 402

167 46 110 2 014

- 3 251

51 542

(13 494)(4 634)

ZARUSD’000

490 - -

27 1 614

- 60

2 191

769 1 701

- -

18

2 488 (251)(548)

OutrasUSD’000

29325 930

164 -

2 313 -

251

28 951

7 5 642

10 505 2 -

16 156 115

12 910

MTUSD’000

25 014 - - - -

125 946 -

150 960

5 038 144 933

- -

1 637

151 608 17 80517 157

TotalUSD’000

48 228 25 930

164 1 389

32 236 141 171

954

250 072

5 981 202 487 12 519

2 4 928

225 917

-24 155

Em 31 de Dezembro de 2014

Activos

Caixa e equivalentes de caixaActivos financeiros detidos para negociaçãoActivos financeiros disponíveis para vendaInstrumentos financeiros derivadosEmpréstimos e adiantamentos a bancosEmpréstimos e adiantamentos a clientesImposto correnteOutros activos

Passivos

Depósitos de bancosDepósitos de clientesEmpréstimosPassivos financeiros derivadosOutros passivos

Posições extrapatrimoniaisExposição líquida

EURUSD’000

7 748-

--

2 135--

9 883

-7 679

-656

7 750(2 007)

126

USDUSD’000

7 074-

-41 81933 373

-1 089

83 355

15 11136 4658 196

8691 205

61 846

(22 956)(1 447)

ZARUSD’000

3 473-

--

125-

143

3 741

1 7691 270

--

141

3 180(1 345) (784)

OutrasUSD’000

2-

28----

30

-169

--7

176-

(146)

MTUSD’000

39 80018 566

223-

1 190148 222

1 05612 582

221 639

45 611164 84114 341

-1 714

226 50726 30821 440

TotalUSD’000

58 09718 566

22328

43 009183 855

1 05613 814

318 648

62 491210 42422 537

9343 073

299 459

- 19 189

Em 31 de Dezembro de 2015

ActivosCaixa e equivalentes de caixaActivos financeiros detidos para negociaçãoActivos financeiros disponíveis para vendaInstrumentos financeiros derivadosEmpréstimos e adiantamentos a bancosEmpréstimos e adiantamentos a clientesOutros activos

PassivosDepósitos de bancosDepósitos de clientesEmpréstimosPassivos financeiros derivadosOutros passivos

Total de passivosEm 31 de Dezembro de 2015

1 mês

MT’000

2 213 649 20 220

- 63 721

1 479 653 6 479 775

-

10 257 018

274 547 7 060 690

183 83

-

7 335 503 2 921 515

1 – 3 meses

MT’000

- 575 000

- -

- -

575 000

845 832 -

-

845 832 (270 832)

3 – 12 meses

MT’000

- 480 000

- -

- -

480 000

1 387 149 225 815

-

1 612 964 (1 132 964)

+ de 1 ano

MT’000

- 115 000

- -

-

115 000

500 348 607

-

349 107 (234 107)

Sem juros

MT’000

- -

7 508 - - -

43 795

51 303

- - -

226 185

226 185 (174 882)

Total

MT’000

2 213 6491 190 220

7 508 63 721

1 479 653 6 479 775

43 795 -

11 478 321

274 547 9 294 171

574 605 83

226 185

10 369 5911 108 730

4.2.2 Risco de taxa de juro

Em 31 de Dezembro de 2014

ActivosCaixa e equivalentes de caixaActivos financeiros detidos para negociaçãoActivos financeiros disponíveis para vendaInstrumentos financeiros derivadosEmpréstimos e adiantamentos a bancosEmpréstimos e adiantamentos a clientesImposto corrente

PassivosDepósitos de bancosDepósitos de clientesAdiantamentosPassivos financeiros derivadosOutros passivos

Total de passivos e capital próprioEm 31 de Dezembro de 2014

1 mês

MT’000

1 952 068228 546

--

1 445 1116 177 521

-

9 803 246

2 099 6684 948 225

---

7 047 8932 755 353

1 – 3 meses

MT’000

-333 984

-----

333 984

-522 300

---

522 300(188 316)

3 – 12 meses

MT’000

-------

-

-1 503 313

---

1 503 313(1 503 313)

+ de 1 ano

MT’000

-61 277

-----

61 277

-96 418

757 236--

853 654(792 377)

Sem juros

MT’000

--

7 508928

--

35 472

43 908

---

31 401 103 239

134 640

(90 732)

Total

MT’000

1 952 068623 807

7 508928

1 445 1116 177 521

35 472

10 242 415

2 099 6687 070 256

757 23631 401

103 239

10 061 800 180 615

4.2.2 Risco de taxa de juro

Em 31 de Dezembro de 2015Activos

Caixa e equivalentes de caixaActivos financeiros detidos para negociaçãoActivos financeiros disponíveis para vendaInstrumentos financeiros derivadosEmpréstimos e adiantamentos a bancosEmpréstimos e adiantamentos a clientesOutros activos

PassivosDepósitos de bancosDepósitos de clientesAdiantamentosPassivos financeiros derivadosOutros passivos

Total de passivosEm 31 de Dezembro de 2015

1 mês

USD’000

48 228 440

- 1 388

32 236 141 171

-

223 463

5 981 153 828

4 2 -

159 815 63 648

1 – 3 meses

USD’000

- 12 527

- - - - -

12 527

-18 428

---

18 428 (5 901)

3 – 12 meses

USD’000

- 10 458

- - - - -

10 458

-30 221 4 920

--

35 141 (24 683)

+ de 1 ano

USD’000

- 2 505

- - - - -

2 505

-10

7 595 --

7 605(5 100)

Sem juros

USD’000

--

164 - - -

954

1 118

- - - -

4 928

4 928 (3 810)

Total

USD’000

48 228 25 930

164 1 388

32 236 141 171

954 -

250 071

5 981 202 487 12 519

2 4 928

225 917 24 154

A tabela abaixo ilustra o impacto nos lucros ou prejuízos de um possível movimento de juros de 50 pontos base. 2015 2014 MT’000 MT’000 Alteração na margem financeira resultante de uma mudança na curva de rendimento em +50 pontos base (3 115) (5 682)Alteração na margem financeira resultante de uma mudança na curva de rendimento em -50 pontos base 3 115 5 682

Em 31 de Dezembro de 2014Activos

Caixa e equivalentes de caixaActivos financeiros detidos para negociaçãoActivos financeiros disponíveis para vendaInstrumentos financeiros derivadosEmpréstimos e adiantamentos a bancosEmpréstimos e adiantamentos a clientesImposto corrente

Passivos

Depósitos de bancosDepósitos de clientesEmpréstimos contraídosPassivos financeiros derivadosOutros passivos

Capital próprioPosição líquida em 31 de Dezembro de 2014

1 mês

USD’000

58 097 6 802 -

- 43 009

183 855 -

291 763

62 490 147 269

- - -

209 75982 004

1 – 3 meses

USD’000

- 9 940

- -

- --

9 940

- 15 545

- - -

15 545(5 605)

3 – 12 meses

USD’000

- -

- -

- -- -

- 44 741

- - -

44 741(44 741)

+ de 1 ano

USD’000

- 1 824

- -

- --

1 824

- 2 870

22 537 - -

25 407(23 583)

Sem juros

USD’000

- - 22328

- -

1 056

1 307

- - -

9353 073

4 008

(2 701)

Total

USD’000

58 097 18 566

22328

43 009 183 855

1 056

304 834

62 490 210 424 22 537

9353 073

299 459

5 375

Maturidade de activos e passivos

Em 31 de Dezembro de 2015

ActivosCaixa e equivalentes de caixaActivos financeiros detidos para negociaçãoActivos financeiros disponíveis para vendaInstrumentos financeiros derivadosEmpréstimos e adiantamentos a bancosEmpréstimos e adiantamentos a clientesImposto correnteOutros activos

Liabilities

Depósitos de bancosDepósitos de clientesEmpréstimosPassivos financeiros derivadosOutros passivos

Total de passivos Posição líquida em 31 de Dezembro de 2015

1 mêsMT’000

2 213 649 20 220

-63 721

1 479 653 1 968 496

--

5 745 739

274 547 7 060 690

183 83

226 185

7 561 688 (1 815 949)

1 – 3 mesesMT’000

-575 000

---

474 486 --

1 049 486

- 845 832

- - -

845 832 203 654

3 – 12 mesesMT’000

-480 000

---

958 291 30 266 43 795

1 512 352

- 1 387 149

225 816 - -

1 612 965 (100 613)

1 – 5 anosMT’000

-115 000

---

2 605 929 --

2 720 929

- 500

348 607 - -

349 107 2 371 822

+ de 5 anosMT’000

--

7 508 --

472 573 --

480 081

- - - - -

- 480 081

TotalMT’000

2 213 649 1 190 220

7 508 63 721

1 479 653 6 479 775

30 266 43 795

11 508 587

274 547 9 294 171

574 606 83

226 185

10 369 592 1 138 995

4.2.3 Maturidade de activos e passivos

Page 11: Resultados Financeiros Relatório de Contas BancABC Moçambique ...

11

Em 31 de Dezembro de 2014

ActivosCaixa e equivalentes de caixaActivos financeiros detidos para negociaçãoActivos financeiros disponíveis para vendaInstrumentos financeiros derivadosEmpréstimos e adiantamentos a bancosEmpréstimos e adiantamentos a clientesImposto correnteOutros activos

Passivos

Depósitos de bancosDepósitos de clientesEmpréstimosPassivos financeiros derivadosOutros passivos

Total de passivos Posição líquida em 31 de Dezembro de 2014

1 mêsMT’000

1 952 068228 546

-928

1 445 1112 126 663

--

5 753 316

2 099 6684 948 225

-31 401

-

7 079 294(1 325 978)

1 – 3 mesesMT’000

-333 984

---

945 385--

1 279 369

-522 300

---

522 300757 069

3 – 12 mesesMT’000

-----

395 15735 47270 636

501 265

-1 503 313

--

103 239

1 606 552(1 105 287)

1 – 5 anosMT’000

-61 277

---

2 092 488--

2 153 765

-96 418

757 236--

853 6541 300 111

+ de 5 anosMT’000

--

7 508--

617 828--

625 336

----- -

625 336

TotalMT’000

1 952 068623 807

7 508928

1 445 1116 177 521

35 47270 636

10 313 051

2 099 6687 070 256

757 23631 401

103 239

10 061 800251 251

4.2.3 Maturidade de activos e passivos (continuação)

Em 31 de Dezembro de 2015ActivosCaixa e equivalentes de caixaActivos financeiros detidos para negociaçãoActivos financeiros disponíveis para vendaInstrumentos financeiros derivadosEmpréstimos e adiantamentos a bancosEmpréstimos e adiantamentos a clientesImposto correnteOutros activos

Passivos

Depósitos de bancosDepósitos de clientesEmpréstimos contraídosPassivos financeiros derivadosOutros passivos

Posição líquida em 31 de Dezembro de 2015

1 mês

USD’000

48 228 440

- 1 388 32 236

42 886- -

125 178

5 981 153 828

4 2

4 928

164 743 (39 563)

1 – 3 meses

USD’000

- 12 527

- - -

10 337 - -

22 864

- 18 428

---

18 428 4 436

3 – 12 meses

USD’000

- 10 458

- - -

20 878 659 954

32 949

- 30 221 4 920

- -

35 141 (2 192)

1 – 5 anos

USD’000

- 2 505

- - -

56 774 - -

59 279

- 11

7 595 --

7 606 51 673

+ de 5 anos

USD’000

- -

164 - -

10 296 - -

10 460

- - - - -

-10 459

Total

USD’000

48 228 25 930

164 1 388

32 236 141 171

659 954

250 730

5 981 202 487 12 519

2 4 928

225 91724 813

Em 31 de Dezembro de 2014ActivosCaixa e equivalentes de caixaActivos financeiros detidos para negociaçãoActivos financeiros disponíveis para vendaInstrumentos financeiros derivadosEmpréstimos e adiantamentos a bancosEmpréstimos e adiantamentos a clientesImposto correnteOutros activos

Passivos

Depósitos de bancosDepósitos de clientesEmpréstimos contraídosPassivos financeiros derivadosOutros passivos

1 mês

USD’000

58 0976 802

-28

43 00963 294

--

171 230

62 490147 268

-935

-

210 693(39 463)

1 – 3 meses

USD’000

-9 940

---

28 136--

38 076

-15 545

---

15 54522 531

3 – 12 meses

USD’000

-

---

11 7611 0562 102

14 919

-44 741

--

3 073

47 814(32 895)

1 – 5 anos

USD’000

-1 824

---

62 276--

64 100

-2 870

22 537--

25 40738 693

+ de 5 anos

USD’000

-

223--

18 388--

18 611

-----

-18 611

Total

USD’000

58 09718 566

22328

43 009183 855

1 0562 102

306 936

62 490210 42422 537

9353 073

299 4597 477

4.3 Risco de liquidez O risco de liquidez é o risco de o Banco vir a encontrar dificuldades para satisfazer obrigações associadas a passivos

financeiros que sejam liquidadas através da entrega de dinheiro ou outro activo financeiro, como resultado de depósitos de clientes retirados, necessidades de caixa de compromissos contratuais, ou outros exfluxos de caixa, tais como maturidades da dívida ou margem em relação a derivados. Tais exfluxos esgotariam os recursos de caixa disponíveis para o crédito de clientes, actividades comerciais e investimentos. Em circunstâncias extremas, a falta de liquidez pode resultar em reduções na demonstração da situação financeira e vendas de activos, ou potencialmente a incapacidade de cumprir os compromissos de crédito. O risco de que o Banco não será capaz de satisfazer a obrigação é inerente a todas as operações bancárias e pode ser afectado por uma série de eventos de mercado e situações específicas das instituições, incluindo, mas não limitado a, eventos de crédito, fusões e aquisições, choques adversos e desastres naturais.

4.3.1 Processo de gestão de risco de liquidez O Comité de Gestão de Activos e Passivos (ALCO) é responsável pela gestão do risco de liquidez no Banco. Ele opera

dentro das orientações prudentes e políticas estabelecidas pelo Conselho de Administração. As reuniões do ALCO são realizadas mensalmente. A divisão do Tesouro é a principal responsável para efectuar as decisões do ALCO. A liquidez é avaliada por moeda assim como pelo intervalo de tempo. A gestão da liquidez depende de projecções de fluxo de caixa precisas e monitoria dos requisitos de financiamento futuros do Banco.

O processo de gestão de liquidez do Banco é levado a cabo no Banco e monitorado por uma equipa separada do

Departamento do Tesouro do Banco e comporta o seguinte:

o Financiamento do dia-a-dia, gerido pela monitoria dos fluxos de caixa futuros, por forma a assegurar que as exigências possam ser atendidas. Nisto se inclui a reposição de fundos conforme os mesmos forem sendo vencidos ou emprestados pelos clientes. O Banco mantém uma presença activa nos mercados monetários globais para permitir que isto aconteça;

o Manter uma carteira de activos altamente negociáveis que possam ser facilmente liquidados como protecção contra qualquer interrupção imprevista no fluxo de caixa;

o Monitorar os rácios de liquidez da demonstração da posição financeira por confrontação das exigências internas e reguladoras; e

o Gerir a concentração e o perfil das maturidades das dívidas.

A monitoria e apresentação de relatórios assumem a forma de mensuração do fluxo de caixa e de projecções para o dia, semana e meses seguintes, respectivamente, uma vez que os mesmos constituem os períodos-chave de gestão da liquidez. O ponto de partida dessas projecções é uma análise da maturidade contratual dos passivos financeiros e a data de cobrança esperada dos activos financeiros.

O Departamento do Tesouro controla igualmente os activos de médio prazo não correspondentes, o nível e o tipo de

cometimentos de empréstimos não utilizados, a utilização de descobertos bancários e o impacto das exigibilidades contingentes, tais como, cartas de crédito e garantias.

4.3.2 Abordagem de financiamento As fontes de liquidez são revistas regularmente por uma equipe separada do Departamento do Tesouro do Banco para

manter uma ampla diversificação por moeda, geografia, fornecedor, produto e prazo. O banco opera linhas de crédito com as principais instituições financeiras do mercado, que permite o acesso a fundos de curto prazo, em caso de necessidade. Existe também uma linha de back-up actualizada permanentemente pelo Banco Central para cobrir as necessidades de financiamento de curto prazo no caso do mercado se tornar ilíquido.

4.3.3 Fluxos de caixa não derivados As tabelas abaixo apresentam os fluxos de caixa a pagar pelo Banco de acordo com os passivos financeiros não

derivados por maturidades contratuais remanescentes na data de relato. Os valores divulgados na tabela são os fluxos de caixa contratuais não descontados, enquanto que o Banco gere o risco inerente de liquidez com base em influxos de caixa esperados descontados.

Em 31 de Dezembro de 2015

Depósitos de bancosDepósitos de clientesEmpréstimos contraídos

Em 31 de Dezembro de 2015Depósitos de bancosDepósitos de clientesEmpréstimos contraídos

1 mês

MT’000

274 547 7 060 690

184

7 335 421

1 mês

USD’000

5 981 153 827

4

159 812

1 – 3 meses

MT’000

-845 832

-

845 832

1 – 3 meses

USD’000

- 18 428

-

18 428

3 – 12 meses

MT’000

- 1 387 149

225 815

1 612 964

3 – 12 meses

USD’000

- 30 221 4 920

35 141

1 – 5 anos

MT’000

-500

348 607

349 107

1 – 5 anos

USD’000

- 11

7 595

7 606

Total

MT’000

274 547 9 294 171

574 606

10 143 324

Total

USD’000

5 981 202 48712 519

220 987

4.3.3 Fluxos de caixa não derivados As tabelas abaixo apresentam os fluxos de caixa a pagar pelo Banco de acordo com os passivos financeiros não

derivados por maturidades contratuais remanescentes na data de relato. Os valores divulgados na tabela são os fluxos de caixa contratuais não descontados, enquanto que o Banco gere o risco inerente de liquidez com base em influxos de caixa esperados descontados.

Em 31 de Dezembro de 2014

Passivos financeiros ao custo amortizadoDepósitos de bancosDepósitos de clientesEmpréstimos

Em 31 de Dezembro de 2014Passivos financeiros ao custo amortizadoDepósitos de bancosDepósitos de clientesEmpréstimos

1 mês

MT’000

2 099 6684 948 225

-

7 047 893

1 mês

USD’000

62 490147 269

-

209 759

1 – 3 meses

MT’000

-522 300

-

522 300

1 – 3 meses

USD’000

-15 545

-

15 545

3 – 12 meses

MT’000

-1 503 313

-

1 503 313

3 – 12 meses

USD’000

-44 741

-

44 741

1 – 5 anos

MT’000

-96 418

757 236

853 654

1 – 5 anos

USD’000

-2 869

22 537

25 406

Total

MT’000

2 099 6687 070 256

757 236

9 927 160

Total

USD’000

62 490210 42422 537

295 451

Compromissos de empréstimos

GarantiasCartas de crédito

Perfil de maturidade de compromissos de empréstimos

Menos de um anoEntre um ano e cinco anos

(b) Compromissos de capital

Os compromissos de capital para a aquisição de propriedade e edifícios são resumidos na tabela abaixo.

Compromissos de capital

Aprovados e contraídosAprovados e não contraídos

Perfil de maturidade de compromissos de capital

Menos de um anoEntre um a cinco anos

2015MT’000

869 265 4 289

873 554

4 248 869 306

873 554

2015MT’000

-282 385

282 385

282 385-

282 385

2014MT’000

1 222 786194 985

1 417 771

883 1831 848

885 031

2014MT’000

-90 509

90 509

90 509-

90 509

2015USD’000

18 938 93

19 031

93 18 938

19 031

2015USD’000

-6 152

6 152

6 152-

6 152

2014USD’000

36 3925 803

42 195

33 6818 514

42 195

2014USD’000

-2 694

2 694

2 694-

2 694

4.3.4. Itens fora da demonstração da posição financeira (a) Compromissos de empréstimos As datas dos valores contratuais fora da demonstração da situação financeira respeitante ao crédito de clientes e

outras instalações do Banco estão resumidos na tabela abaixo.

Page 12: Resultados Financeiros Relatório de Contas BancABC Moçambique ...

12

4.4 Risco de solvência O capital e reservas sem imparidade são evidência do compromisso dos accionistas em garantir a continuidade das

operações e a solvência do Banco. O risco de solvência é mensurado pelo rácio de solvabilidade, que requer que o capital seja mantido em relação as classificações de activos ponderados pelo risco. O Banco e o seu accionista, ABC Holdings Limited, estão comprometidos em deter capital suficiente para manter o rácio de solvência acima do mínimo de 8% exigido pelo Banco de Moçambique. O rácio de adequação do capital do Banco em 31 de Dezembro de 2015 foi de 10.36% (2014: 9.29%).

4.5 gestão de capital

Os objectivos do Banco relativamente à gestão do capital, num conceito mais amplo do ‘capital próprio’ da demonstração da situação financeira, são:

o Cumprir com os requisitos de capital exigidos pelo Banco de Moçambique, a instituição reguladora do sector de actividade em que o Banco opera;

o Salvaguardar a capacidade do Banco em termos da contínuidade das suas operações, no sentido de que o mesmo possa continuar a gerar resultados para os seus accionistas e benefícios para as restantes partes interessadas; e

o Manter uma estrutura de capital forte que possa servir de suporte ao desenvolvimento das suas actividades.

A adequação do rácio de solvabilidade e a manutenção para efeitos reguladores são monitorados regularmente pela gestão do Banco, utilizando técnicas baseadas nas instruções recebidas do Banco de Moçambique para efeitos de supervisão. A informação requerida é partilhada com o Banco de Moçambique numa base mensal. O Banco de Moçambique exige que cada banco ou Grupo financeiro:

(a) mantenha um valor mínimo de capital para efeitos de regulação no valor de 70,000,000 Meticais, e

(b) mantenha um rácio do total do capital regulamentar para o activo ponderado por risco (o rácio de adequação do capital) igual ou superior ao mínimo de 8%.

O capital regulamentar do Banco é gerido pelo Departamento de Gestão de Risco e divide-se em duas categorias:

o Fundos próprios de base: Capital social (líquido dos saldos de todas acções próprias detidas), interesses minoritários resultantes da consolidação dos interessess no capital social permanente, lucros acumulados e reservas criadas por apropriação dos lucros acumulados. O saldo do trespasse é deduzido, para chegar aos fundos próprios de base; e

o Fundos próprios complementares: capital de crédito subordinado que qualifica, provisões para imparidades colectivas e ganhos não realizados resultantes do justo valor dos instrumentos de capital mantidos como disponíveis-para venda.

Os investimentos nas associadas são deduzidos dos fundos próprios de base e complementares para estar em concordância com o capital regulamentar.

O risco ponderado dos activos é mensurado de acordo com uma classificação hierárquica de cinco níveis de ponderação,

classificados de acordo com a natureza de mutuário e reflectindo uma estimativa do risco de crédito, mercado e outros riscos associados – de cada activo e de cada contraparte, tomando ainda em consideração qualquer garantia ou colateral elegível. Tratamento idêntico é adoptado para as contas extrapatrimoniais, com ligeiros ajustamentos, por forma a reflectirem as potenciais perdas face à natureza da contingência

A tabela abaixo resume a composição do capital regulamentar e os rácios do Banco. Durante o ano corrente e anterior,

o Banco cumpriu integralmente todos os requisitos, em termos de capital, que lhe são impostos do exterior e a que se encontra sujeito.

4.6 Justo valor de instrumentos financeiros O justo valor dos activos e passivos financeiros que sejam negociados nos mercados activos baseiam-se em preços

de mercado cotados ou cotações de preços do revendedor. Para todos os outros instrumentos financeiros, o Banco determina os valores de mercado utilizando técnicas de avaliação.

Para os instrumentos financeiros negociados com pouca frequência e com pouca transparência de preços, o justo valor é menos objectivo, e requer diferentes graus de julgamento, dependendo da liquidez, concentração, incerteza de factores de mercado, pressupostos de preços e outros riscos que afectam o instrumento específico.

Modelos de avaliação

O Banco mensura o justo valor usando a seguinte hierarquia de justo valor, que reflecte a importância dos “inputs” utilizados na sua mensuração.

Nível 1: Preço de mercado cotado (não ajustado) num mercado activo para um instrumento idêntico.

Nível 2: Técnicas de valoração baseadas em dados observáveis, quer directamente (ou seja, como os preços) ou indirectamente (ou seja, derivada de preços). Esta categoria inclui instrumentos valorizados com utilização de: preços de mercado cotados em mercados activos para instrumentos similares; preços cotados para instrumentos idênticos ou similares em mercados considerados menos activos, ou outras técnicas de avaliação em que todos os inputs sejam directa ou indiretamente observáveis a partir de dados do mercado.

Nível 3: Técnicas de valoração utilizando inputs não observáveis significativos. Esta categoria inclui todos os instrumentos em que a técnica de avaliação inclui “inputs” não baseados em dados observáveis e os “inputs” não observáveis têm um efeito significativo na avaliação do instrumento. Esta categoria inclui instrumentos que são avaliados com base em cotações de instrumentos similares, sempre que houver necessidade de ajustamentos não-observáveis significativos ou de pressupostos para reflectir as diferenças entre os instrumentos.

As técnicas de avaliação incluem o valor líquido actual e modelos de fluxo de caixa descontado, comparação com instrumentos semelhantes para os quais existem preços observáveis de mercado, os modelos de apreçamento de opções Black-Sholes e polinomiais e outros modelos de avaliação. Os pressupostos e inputs utilizados nas técnicas de avaliação incluem taxas de juro sem risco e de referência, spreads de crédito e outros prémios utilizados para estimar as taxas de desconto, obrigações e os preços das acções, taxas de câmbio de moeda estrangeira, capital próprio e índice de capital próprio e preços esperados de volatilidades e correlações.

O objectivo das técnicas de avaliação é chegar a uma determinação do justo valor que reflecte o preço do instrumento financeiro na data de relato, a qual teria sido determinada pelos participantes no mercado actuando numa base comercial.

O Banco utiliza modelos de avaliação amplamente reconhecidos para determinar o justo valor de instrumentos financeiros comuns e mais simples, como taxas de juro e permutas de moeda que utilizam apenas dados de mercado observáveis e exigem pouco julgamento e estimativa da administração. Normalmente, o mercado dispõe de preços observáveis e “inputs” do modelo para derivados transaccionados em bolsa e derivados simples negociávei tais como, permutas de taxas de juro. A disponibilidade de preços de mercado observáveis e “inputs” do modelo reduz a

Capital social Prémio de emissão Reservas estatutárias Lucros acumulados

Total dos fundos próprios de base

Empréstimos dos accionistas (fundos próprios complementares)

Total dos fundos próprios complementares

Capital regulamentar

Activos ponderados pelo risco

No balanço Fora do balanço

Total de activos ponderados pelo risco

Rácio de adequação de capital

2015MT’000

972 525 414 575

79 271(754 457)

711 914

91 800

91 800

803 714

7 259 302 501 458

7 760 760

10.36%

2014MT ‘000

323 525154

130 804124 756

579 239

268 800

286 968

848 039

7 245 0221 882 317

9 127 339

9.29%

necessidade do julgamento e estimativa da gerência, reduzindo, também, a incerteza associada à determinação dos justos valores. A disponibilidade de preços de mercado observáveis e de “inputs” varia, dependendo dos produtos e dos mercados, sendo propensa às bases das mudanças em eventos específicos e às condições gerais dos mercados financeiros.

Instrumentos financeiros não mensurados pelo justo valor A tabela a seguir analisa os instrumentos financeiros avaliados pelo justo valor no fim do período de relato, por níveis

de hierarquia do justo valor em que a mensuração do mesmo é categorizada.

Quando disponível, o justo valor dos empréstimos e adiantamentos baseia-se em transacções de mercado observáveis. Quando as operações de mercado observáveis não estão disponíveis, o justo valor é estimado através de modelos de avaliação, tais como técnicas de fluxo de caixa descontado. O input para as técnicas de avaliação inclui as a vida útil das perdas de crédito, taxas de juros, taxas de pré-pagamento e principalmente por spreads em mercados de origem e secundários.

O justo valor de depósitos de bancos e clientes é estimado utilizando técnicas de fluxo de caixa descontado, a aplicação das taxas que são oferecidas para os depósitos de maturidades e termos semelhantes. O justo valor dos depósitos bancários à ordem é o valor a ser pago na data de relato.

5. Principais estimativas e julgamentos As demonstrações financeiras do Banco e os seus resultados financeiros são influenciados por políticas contabilísticas,

pressupostos, estimativas e julgamentos da gestão, que, necessariamente, têm de ser feitas no decorrer da preparação das demonstrações financeiras.

O Banco faz estimativas e pressupostos que afectam os valores reportados de activos e passivos para o próximo exercício financeiro. Todas as estimativas e pressupostos necessários em conformidade com as NIRF são as melhores estimativas de acordo com a norma aplicável. As estimativas e julgamentos são avaliados numa base contínua, e baseiam-se na experiência histórica e outros factores, incluindo expectativas relativas a eventos futuros.

As políticas contabilísticas e julgamentos da gestão para determinados itens são especialmente críticos para os resultados do Banco e da situação financeira, devido à sua materialidade. Estes são:

(a) Perdas por imparidade em empréstimos e adiantamentos Os empréstimos e adiantamentos são avaliados para imparidade numa base descrita na política contabilística definida

na Nota 2.6.

A componente específica da contraparte do total de provisões para imparidade aplica-se a reivindicações avaliadas individualmente para imparidade e baseia-se na melhor estimativa da gestão do valor presente dos fluxos de caixa que se espera que sejam recebidos. Cada activo em imparidade é avaliado pelos seus méritos e ao estimar os fluxos de caixa, a gestão faz julgamentos sobre a posição financeira da contraparte e do valor líquido realizável de qualquer garantia subjacente.

A imparidade é colectivamente avaliada tendo em conta as perdas de crédito inerentes nas carteiras com características

económicas semelhantes, quando há uma evidência objectiva a sugerir que as mesmas contêm perdas, mas cujos valores não podem ser identificados. Na avaliação da necessidade de imparidade colectiva para cobrir os prejuízos resultantes de empréstimos, a Administração considera factores, tais como, a qualidade do crédito, o tamanho da carteira, as concentrações e os factores económicos. Para estimar a imparidade necessária, pressupostos são feitos para definir a forma como as perdas inerentes são modeladas e para determinar os parámetros de input requeridos, baseados na experiência histórica e nas condições económicas actuais. A exactidão das provisões depende de quão adequadas são as estimativas dos fluxos de caixa futuros para as provisões de uma contraparte específica e os pressupostos do modelo e parâmetros usados na determinação de imparidades colectivas.

(b) Justo valor de instrumentos financeiros

O justo valor dos instrumentos financeiros onde não existe um mercado activo ou onde os preços cotados não estejam disponíveis é determinado utilizando técnicas de avaliação. Nestes casos, os justos valores são estimados a partir de dados observáveis em relação a instrumentos financeiros semelhantes ou utilizando modelos. Onde os inputs observáveis de mercado não estão disponíveis, são estimados com base em pressupostos apropriados. Quando as técnicas de avaliação são utilizadas para determinar o justo valor, são validadas e revistas periodicamente por pessoal qualificado e independente por eles contratados. Todos os modelos são certificados antes de serem utilizados, e os modelos são calibrados para assegurar que os outputs reflictam os dados reais e os preços comparativos de mercado. Em termos práticos, os modelos utilizam apenas dados observáveis; no entanto, áreas como o risco de crédito (quer para o risco de crédito e risco de contraparte), as volatilidades e as correlações requerem que a gestão faça estimativas. As alterações nos pressupostos sobre esses factores poderiam afectar o justo valor apresentado dos instrumentos financeiros.

5. Principais estimativas e julgamentos (continuação) (c) Imposto sobre o rendimento O Banco está sujeito ao imposto sobre o rendimento em Moçambique. Estimativas significativas são necessárias para

determinar a provisão para o imposto sobre o rendimento. Existem diversas transacções e cálculos para os quais a determinação dos impostos a pagar é incerta. O Banco reconhece passivos para as questões antecipadas de auditoria fiscal com base em estimativas sobre se os impostos adicionais serão devidos. Caso o imposto final dessas questões seja diferente dos valores inicialmente estimados e registados, essas diferenças terão impacto no imposto sobre o rendimento e provisões para impostos diferidos.

Não existem quaisquer outros principais pressupostos relativos ao futuro, ou de fontes da incerteza das estimativas

à data de relato, que a gestão avaliou e identificadas como de risco significativo que possa causar um ajustamento relevante nas quantias escrituradas de activos e passivos para o próximo exercício financeiro.

6. Margem financeira

Activos Caixa e equivalentes de caixaEmpréstimos e adiantamentos a bancosEmpréstimos e adiantamentos a clientesActivos financeiros detidos para negociaçãoActivos financeiros disponíveis para vendaInstrumentos financeiros derivados

Passivos Depósitos de bancosDepósitos de clientesDerivados Empréstimos

Total da quantia

escrituradaMT’000

2 213 649 1 479 653 6 479 775 1 190 220

7 508 63 721

274 547 9 294 171

83 574 606

Total do justo valor

MT’000

2 213 649 1 479 653

6 479 776 1 190 221

7 508 63 721

274 547 9 294 172

83 574 606

Nível 3

MT’000

------

----

Nível 2

MT’000

2 213 649 1 479 653 6 479 776 1 190 221

7 508 63 721

274 547 9 294 172

83 574 606

Nível 1

MT’000

------

---

juros e rendimentos similares

Caixa e equivalentes de caixaInvestimento e títulos de negociaçãoEmpréstimos e adiantamentos a clientes

juros e custos similares

Depósitos de clientesDepósitos de bancosDívidas subordinadas a longo prazo

Margem financeira

2014USD’000

4 453 1 823

28 760

35 036

(17 694)(2 436) (823)

(20 953)

14 083

2015USD’000

3 0701 204

26 013

30 287

(12 233) (1 114)

(811)

(14 158)

16 129

2014MT’000

140 36757 473

906 469

1 104 309

(557 715) (76 767)

(25 942)

(660 424)

443 885

2015MT’000

124 522 48 814

1 055 013

1 228 349

(496 117)(45 193)

(32 884)

(574 194)

654 155

Page 13: Resultados Financeiros Relatório de Contas BancABC Moçambique ...

13

De acordo com o Ministério da Econmomia e Finanças, Resolução Interna número. 11/99 de 10 de Agosto, emendada pelo despacho de 15 de Novembro de 2002, o Banco tem o direito a incentivos fiscais no valor máximo de 5% do capital investido por ano, sujeito às condições estabelecidas pelas autoridades. O benefício fiscal para o Banco findou em 31 de Dezembro de 2015.

O Banco utiliza swaps de taxas de juro de moeda cruzada para gerir a exposição à moeda estrangeira e o risco de taxa de juros. Estes instrumentos são transaccionados quer para actividades de cobertura quer para actividades de não-cobertura. Estes instrumentos resultam de uma troca económica de moedas e taxas de juro. Uma troca de principal tem lugar para todos os swaps de taxa de juro de moeda cruzada. A exposição ao risco de crédito do Banco representa o custo potencial para substituir os contratos de swaps caso as contrapartes não cumpram a sua obrigação. Para controlar o nível de risco de crédito assumido, o banco avalia as contrapartes utilizando a mesma técnica para suas actividades de crédito.

Os valores nocionais dos instrumentos financeiros fornecem uma base de comparação com os instrumentos reconhecidos na demonstração da posição financeira mas não indicam necessariamente os valores dos fluxos de caixa futuros ou justo valor actual dos instrumentos e, portanto, não indicam a exposição do Banco ao risco de crédito ou de preço.

Os instrumentos financeiros derivados tornam-se favoráveis (activos) ou desfavoráveis (passivos), como resultado de flutuações nas taxas de juro de mercado ou taxas de câmbio relativamente às suas condições. O valor agregado contratual ou nocional dos instrumentos financeiros derivados, a medida em que os instrumentos são favoráveis ou desfavoráveis, e, assim, os justos valores agregados de activos e passivos financeiros derivados, podem flutuar significativamente ao longo do tempo. Os justos valores dos instrumentos financeiros derivados detidos são descritos a seguir.

Caixa e equivalentes de caixa compreendem os saldos com maturidade inferior a três meses a contar da data de aquisição, incluindo dinheiro em caixa, depósitos bancários à ordem, depósitos no Banco Central (Banco de Moçambique) e outros investimentos de elevada liquidez a curto prazo, com maturidades originais de três meses ou menos.

7. Resultado líquido em operações financeiras

Ganhos líquidos de conversão cambial 6 460

6 460

8 320

8 320

203 625

203 625

337 419

337 419

8. Rendimento líquido de taxas e comissões

Commissões a receber Honorários a receber relacionado com o crédito Outros honorários

5 598 1 294

100

6 992

3 613 705

9

4 327

176 422 40 799 3 150

220 371

146 537 28 597

366

175 500

9. Prejuízo líquido em operações financeiras

Empréstimos e adiantamentos (nota 16.2) 7 924

7 924

7 639

7 639

249 772

249 772

309 822

309 822

10. Custos operacionais

Custos com o pessoal (Nota 10.1) Custos administrativos Honorários de auditoria e custos relacionados

Depreciação Amortização de activos intangíveis Honorários – remuneração dos administradores

2014USD’000

9 694 8 828

136

1 751 1 345

102

21 856

2015USD’000

8 457 13 715

173

1 356 973 115

24 789

2014MT’000

305 559 278 401

4 280

55 168 42 234

3 222

688 864

2015MT’000

343 005 556 227

6 997

55 000 39 461

4 681

1 005 371

11. Imposto sobre o rendimento

Imposto corrente Imposto diferido (Nota 11.1) -- Reconhecimento de prejuízos fiscais -- Excedente de revalorização

Reconciliação da taxa efectiva de cobrança de impostos Lucro antes de imposto Imposto utilizando taxa de imposto doméstica (32%) Imposto adicional devido a : - Custos não dedutíveis

2014USD’000

411 (1 052)(1 035)

(17)

(641)

(2 245)(718)

77

(641)

2015USD’000

395 (1 551)(1 537)

(14)

(1 156)

(3 652)(1 169)

13

(1 156)

2014MT’000

13 013

(33 219) (32 610)

(609)

(20 206)

(70 755)(22 642)

2 436

(20 206)

2015MT’000

16 038

(62 931)(62 322)

(609)

(46 893)

(148 119)(47 398)

505

(46 893)

11.1 Passivo por imposto diferido

Saldo no início do ano Resultante da reavaliação de edifícios Diferença cambial

Saldo no fim do ano

780(17)(82)

681

681 (14)

(182)

485

23 475(609)

-

22 866

22 866 (609)

-

22 257

11.2 Activo por imposto diferido

Saldo no início do ano Imparidade do exercício Diferença cambial

Saldo no fim do ano

-1 035

(64)

971

9711 551 (440)

2 082

-32 610

-

32 610

32 610 62 931

-

95 541

10.1 Custos com o pessoal

Salários e custos relacionados Custos com a segurança social

9 184510

9 694

8 063 394

8 457

289 48916 070

305 559

327 022 15 983

343 005

12. Resultados por acção

i. Resultados por acção básicos Prejuízos atribuível aos accionistas ordinários Número médio ponderado de acções emitidas

Resultados por acção básicos

Acções Ordinárias emitidas em 1 de Janeiro Acções Ordinárias emitidas durante o ano

Acções em 31 de Dezembro

Número médio ponderado ajustado de acções emitidas

ii. Número médio ponderado de acções emitidas

Acções no início do ano Primeiras novas acções emitidas em Outubro de 2015 Segundas acções emitidas em Dezembro de 2015

2014USD’000

(1 604)3 235 250

(0.50)

3 235 250 -

3 235 250

3 235 250

2015USD’000

(2 496)4 367 750

(0.58)

3 235 250 6 490 000

9 725 250

4 367 750

Média ponderada de acções

2 426 438 1 130 875

810 437

4 367 750

2014MT’000

(50 549)

3 235 250

(15,63)

3 235 250 -

3 235 250

3 235 250

Proporção do período

coberto

75.0%16.7%8.3%

100%

2015MT’000

(101 226)4 367 750

(23.18)

3 235 250 6 490 000

9 725 250

4 367 750

Total de Acções

3 235 250 6 785 250 9 725 250

13. Caixa e equivalentes de caixa

Depósitos à ordem com outros bancos Dinheiro em caixa Saldo com o Banco Central

2014USD’000

13 729 3 778

40 590

58 097

2015USD’000

20 976 3 593 23 659

48 228

2014MT’000

461 282 126 960

1 363 826

1 952 068

2015MT’000

962 789164 904

1 085 956

2 213 649

14. Activos financeiros

14.1 Activos financeiros detidos para negociação Bilhetes do tesouro Obrigações do Governo (i) Obrigações de Empresas (i) Obrigações do Governo - com maturidade entre um e cinco anos

2014USD’000

16 676 1 505

385

18 566

1 505

1 505

2015USD’000

22 390 2 605

935

25 930

2 605

2 605

2014MT’000

560 320 50 560 12 927

623 807

50 560

50 560

2015MT’000

1 027 703 119 592 42 925

1 190 220

119 592

119 592

14.2 Activos financeiros disponíveis para venda

Investimento na SIMO 223

223

164

164

7 508

7 508

7 508

7 508

14.3 Activos financeiros derivados

Activos financeiros derivados Passivos financeiros derivados

Valores nocionais

2014USD’000

28(935)

(907)

26 308

2015USD’000

1 388 (2)

1 386

18 035

2014MT’000

928

(31 401)

(30 473)

883 961

2015MT’000

63 721

(83)

63 638

827 812

15. Empréstimos e adiantamentos a bancos

Depósitos com outros bancos

Os depósitos são mantidos em bancos locais e estrangeiros como segue:

Bancos estrangeiros Bancos locais

2014USD’000

43 009

42 268

741

43 009

2015USD’000

32 236

29 731 2 505

32 236

2014MT’000

1 445 111

1 420 191

24 920

1 445 111

2015MT’000

1 479 653

1 364 653 115 000

1 479 653

16. Empréstimos e adiantamentos a clientes Empréstimos a prazo Moeda local Moeda estrangeira Descobertos bancários Moeda local Moeda estrangeira Total de empréstimos e adiantamentos a clientes Menos: imparidade de empréstimos e adiantamentos (nota 16.2) 16.1 Maturidade Até 1 mês 1 mês a 3 meses De 3 meses a 1 ano Mais de 1 ano

2015MT’000

4 174 153 714 685

4 888 838

1 775 850 217 897

1 993 747

6 882 585 (402 810)

6 479 775

1 968 497474 486 958 291

3 078 501

6 479 775

2014MT’000

3 492 325 935 341

4 427 666

1 647 802 414 879

2 062 681

6 490 347 (312 826)

6 177 521

2 126 663945 385395 157

2 710 316

6 177 521

2015USD’000

90 940 15 570

106 510

38 690 4 747

43 437

149 947 (8 776)

141 171

42 88610 337 20 878 67 070

141 171

2014USD’000

103 938 27 838

131 776

49 041 12 348

61 389

193 165 (9 310)

183 855

63 29428 13611 76180 664

183 855

16.2 Provisões para imparidade Em 31 de Dezembro de 2015 Saldo no início do ano Ajustamentos cambiais Saldos regularizados Imparidade do exercício Imparidade específica Imparidade das carteiras de crédito Juro suspenso

Saldo no fim do ano Em 31 de Dezembro de 2014 Saldo no início do ano Ajustamentos cambiais Saldos regularizados Imparidade do exercício Imparidade específica Imparidade das carteiras de crédito Juro suspenso Sal do no fim do ano

Total MT’000

312 826 41 487

(255 066)

309 822274 050 35 772 (6 259)

402 810

363 593 6 884

(326 369)

249 771205 43544 336

18 947

312 826

Empresarial MT’000

195 076 33 734

(88 590)

138 314258 300

(119 986) (6 259)

272 275

313 798 6 884

(306 536)

161 984124 06337 920

18 947

195 077

Retalho MT’000

117 750 7 753

(166 476)

171 50815 750

155 758 -

130 535

49 795 -

(19 833)

87 788 81 372 6 416

-

117 750

TotalUSD ‘000

9 310 (2 480)(5 557)

7 6396 834

805(136)

8 776

12 088(949)

(10 354)

7 9246 5181406

601

9 310

EmpresarialUSD ‘000

5 805(1 256)(1 930)

3 4486 441

(2 993)(136)

5 931

10 430(640)

(9 725)

5 1393 9361203

601

5 805

RetalhoUSD ‘000

3 505(1 224)(3 627)

4 190393

3 797-

2 844

1 658(309)(629)

2 7852 582

203

-

3 505

Page 14: Resultados Financeiros Relatório de Contas BancABC Moçambique ...

14

17. Activos intangíveis Software para computadores Custo em 1 de Janeiro Adições Ajustamento da taxa cambial Custo em 31 de Dezembro Amortizações acumuladas Amortização em 1 de Janeiro Imparidade do exercício Ajustamento da taxa cambial Amortização em 31 de Dezembro Quantia escriturada no fim do ano

2015MT’000

237 85150 284

-

288 135

(176 207)(39 461)

-

(215 668)72 467

2014MT’000

227 21610 635

-

237 851

(133 973)(42 234)

-

(176 207)61 644

2015USD’000

7 079 1 240

(2 041)

6 278

(5 244) (973)1 518

(4 699)1 579

2014USD’000

7 554 337

(812)

7 079

(4 454)(1 345)

555

(5 244)1 835

Veículos

MT’000

17 402 1 128 (400)

18 130

(11 991)400

(2 590)

(14 181)

3 949

16 2871 115

17 402

(8 661)(3 330)

(11 991)

5 411

Terrenos e edifícios

MT’000

294 07413 857

-307 931

(48 168)-

(16 708)

(64 876)

243 055

283 08110 993

294 074

(32 702)(15 466)

(48 168)

245 906

Equipamento de escritório e de informática

MT’000

187 85239 105

(397)226 560

(128 797) 397

(28 130)

(156 530)

70 030

161 42326 429

187 852

(100 446)(28 351)

(128 797)

59 055

Mobiliário e outros equi-

pamentos

MT’000

54 134998

-55 132

(32 644)-

(7 572)

(40 216)

14 916

53 304830

54 134

(24 622)(8 022)

(32 644)

21 490

Total

MT’000

553 46255 088

(797)607 753

(221 600)797

(55 000)

(275 803)

331 950

514 09539 367

553 462

(166 431)(55 169)

(221 600)

331 862

18. Propriedade e equipamento

Exercício findo em 31 de Dezembro de 2015 Custo ou avaliação Em 1 de Janeiro de 2015 Adições Alienações

Em 31 de Dezembro de 2015

Depreciação acumulada Em 1 de Janeiro de 2015 Alienações Depreciação do exercício

Em 31 de Dezembro de 2015

Quantia escriturada em 31 de Dezembro de 2015

Exercício findo em 31 de Dezembro de 2014

Custo ou avalição Em 1 de Janeiro de 2014 Adições

Em 31 de Dezembro de 2014

Depreciação acumulada Em 1 de Janeiro de 2014 Depreciação do exercício

Em 31 de Dezembro de 2014

Quantia escriturada em 31 de Dezembro de 2014

Os terrenos e edifícios situados na Avenida Julius Neyere, número. 999, Maputo e a Agência da Matola foram reavaliados em 31 de Dezembro 2012 pela Zambujo & Associados Limitada, uma entidade de avaliadores profissionais independentes em valor de mercado livre numa base de uso existente. O excedente de reavaliação de 17 075 000 MT (USD 574 000) e 4 268 000 MT (USD 143 000), respectivamente, foi transferidos para a reserva de reavaliação do Banco.

a) Os empréstimos subordinados do Banco, que são denominados em Dólares Norte Americanos, foram emitidos pela empresa mãe ABC Holdings Limited em 30 de Julho de 2007, 15 de Dezembro de 2010 e 30 de Junho de 2012, respectivamente. Os empréstimos são reembolsáveis na maturidade em 30 de Setembro de 2017, por opção do Banco. Eles são mensurados pelo custo amortizado, e atraem o juro de 10% ao ano, que é pago semestralmente em 31 de Março e 30 de Setembro. Os empréstimos não são garantidos. O Banco não registou quaisquer incumprimentos de capital, juro ou valores de reembolso em qualquer valor de empréstimo durante o período (2014: nenhum incumprimento). No ano em curso USD 6 milhões respeitantes ao valor de empréstimos subordinados foram convertidos em capital.

b) As obrigações de longo prazo compreendem 2 emissões:

1. As obrigações de longo prazo de 250 milhões de MT foram emitidas em Abril de 2013 e subscritas pelo Fundo de Pensões do Banco Central. O prazo das obrigações é de 5 anos e atraem juros a uma taxa variável de FPC acrescida de um spread de 6.10%. Os juros são pagos semestralmente.

2. As obrigações de MT 219 milhões foram emitidas através de uma oferta pública em 1 de Outubro de 2014. O prazo das obrigações é de 5 anos e atraem juros a uma taxa fixa de 12.25% para o primeiro exercício e a uma taxa variável de FPC acrescida de um spread de 4.00% para o segundo exercício. Os juros são pagos semestralmente.

Durante o ano 6 490 000 acções foram emitidas para o ABC Holdings Limited. A emissão das acções foi financiada através de uma injecção de capital do accionista, bem como a conversão do equivalente a USD 6 milhões de Meticais de dívida subordinada para capital.

Não foi registada nenhuma transferência para a reserva legal considerando que o Banco registou prejuízos no exercício corrente e anterior.

Nos termos do artigo 63 da Lei 15/99 de 19 de Novembro de 1999 (emendada), o Banco deve alocar a cada ano, para a reserva legal, não menos de 15% do seu lucro depois de impostos, até que a reserva seja igual ao valor de capital. As reservas não podem ser distribuídas, mas podem ser utilizadas para recuperar as perdas ou para aumentar o capital.

Veículos

USD

51827

(150)

395

(357)(64)112

(309)86

54235

(59)518

(288)(106)

37(357)

161

Terrenos e edifícios

USD

8 752342

(2 385)

6 709

(1 434)(411)430

(1 414)5 294

9 411349

(1 008)8 752

(1 087)(491)144

(1 434)

7 318

Equipamento de escritório e de informática

USD

5 590964

(1 618)

4 936

(3 833)(694)117

(3 410)1 526

5 367839

(616)5 590

(3 339)(899)405

(3 833)

1 757

Mobiliário e outros equi-

pamentos

USD

1 61125

(435)

1 201

(970)(187)281

(876)325

1 77226

(187)1 611

(820)(255)105

(970)

641

Total

USD

16 4711 358

(4 588)

13 241

(6 594)1 3561 940

(6 010)7 231

17 0921 249

(1 870)16 471

(5 534)(1 751)

6916 954

9 877

Exercício findo em 31 de Dezembro de 2015

Custo ou avaliaçãoEm 1 de Janeiro de 2015AdiçõesAjustamento da taxa cambial

Em 31 de Dezembro de 2015

Depreciação acumuladaEm 1 de Janeiro de 2015Depreciação do exercícioAjustamento da taxa cambial

Em 31 de Dezembro de 2015Quantia escriturada em 31 de Dezembro de 2015

Exercício findo em 31 de Dezembro de 2014

Custo ou avaliaçãoEm 1 de Janeiro de 2013AdiçõesAjustamento da taxa cambialEm 31 de Dezembro de 2014

Depreciação acumuladaEm 1 de Janeiro de 2014Depreciação acumuladaAjustamento da taxa cambialEm 31 de Dezembro de 2014

Quantia escriturada em 31 de Dezembro de 2014

2014MT’000

33 41137 225

70 636

2 099 668

2015MT’000

18 58325 212

43 795

274 547

2015USD’000

405 549

954

5 981

2014USD’000

9941 108

2 102

62 490

19. Outros activos Pagamentos adiantados Devedores diversos 20. Depósitos de bancos Depósitos de bancos

2014MT’000481 925275 311

757 236

2015MT’00092 429

482 177

574 606

2015USD’000

2 01410 505

12 519

2014USD’000

14 3438 194

22 537

22 empréstimos Empréstimos subordinados de longo prazo (a) Obrigações de longo prazo (b)

2 551 41536 606

1 082 0241 103 512

4 773 557

30615 911

16 217

596 367729 944297 410656 761

2 280 4827 070 256

4 456 735177 952

1 698 074737 495

7 070 256

3 454 830 -

2 157 159 1 227 049

6 839 038

217 17 894

18 111

1 614 139-

461 852361 031

2 437 0229 294 171

7 328 356 653 493

1 213 81198 511

9 294 171

75 269 -

46 99726 733

148 999

5 390

395

35 166 -

10 0617 866

53 093202 487

159 659 14 237 26 445 2 146

202 487

75 935

1 089 32 203 32 843

142 070

9474

483

17 749 21 725 8 851 19 546

67 871210 424

132 6415 296

50 53821 949

210 424

21. Depósitos de clientes

Depósitos à ordemClientes de grandes empresasSector públicoPequenas e médias empresasClientes de banca privada

Depósitos de poupançaPequenas e médias empresasClientes de banca privada

Depósitos a prazoClientes de grandes empresasSector públicoPequenas e médias empresasClientes de banca privada

Total de depósitos

Maturidade de depósitos1 mês1 mês a 3 meses3 meses a 1 ano1 ano a 5 anos

2014MT’000

59 377 27 770 16 092

103 239

2015MT’000

210 093 -

16 092

226 185

2015USD’000

4 577 -

351

4 928

2014USD’000

1 767 827 479

3 073

23. Outros passivos Acréscimo de custos Rendimento diferido Dividendo a pagar

24 Capital social emitido 24.1 Autorizado 9 725 250 acções de MT 100 cada (2014: 3 235 250 acções de MT 100 cada) 24.2 Emitido e pago na totalidade Em 1 de Janeiro Emitido durante o exercício Em 31 de Dezembro

2014MT’000

323 525

323 525-

323 525

2015MT’000

972 525

323 525 649 000

972 525

2015USD’000

25 434

11 50113 933

25 434

2014USD’000

11 501

11 501-

11 501

25. Prémio de emissão Em 1 de Janeiro Emitido durante o exercício Em 31 de Dezembro 26. Reserva legal Em 1 de Janeiro Transferência durante o ano Em 31 de Dezembro

154-

154

104 5374 828

109 365

154414 421

414 575

109 365-

109 365

69 261

9 267

3 814-

3 814

6-

6

3 670144

3 814

Page 15: Resultados Financeiros Relatório de Contas BancABC Moçambique ...

15

O banco opera em acordos de locação operacional para 8 das 10 agências em que opera e para um escritório. Não existem cláusulas de opções de compra para os acordos de locação, mas existe a possibilidade de renovação do acordo das partes.

O banco pagou um total de MT 58 688 milhões (2014: MT 40 304 milhões) como rendas de locação operacional e são reconhecidos nos lucros ou prejuízos. Todo valor está relacionado com os pagamentos mínimos da locação.

34. taxas de conversão A conversão das demonstrações financeiras em Dólares Norte Americanos para a conveniência dos utilizadores foi

feita utilizando as seguintes taxas de câmbio:

Taxa de fecho 45.90MT/USD (2014: 33.60) Taxa média 40.56 MT/USD (2014: 31.52) A taxa câmbio de fecho é disponibilizada pelo Banco de Moçambique na data de relato e a taxa de câmbio média

é calculada pela média das taxas oficiais do fim do mês durante o ano.

O número de empregados no Banco no fim do ano foi de 263 (2013: 249). As contribuições para o Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) são feitas a taxas de 4% e 3% pelo Banco e pelos empregados, respectivamente. A parcela das contribuições do Banco é reconhecida como parte dos custos com o pessoal.

Desde Agosto de 2012, o banco está a utilizar um sistema complementar de contribuição definida, que é gerido pela Global Alliance. Os empregados fazem contribuições mínimas de 2% do salário-base e o banco faz contribuições de 6% para o sistema.

27 Reserva de conversão cambial No início do exercício Movimento durante o exercício No fim do exercício 28 Reserva para riscos gerais de crédito No início do exercício Transferência dos resultados acumulados No fim do exercício 29. Reserva de reavaliação No início do ano Excedente de reavaliação Imposto diferido no excedente de reavaliação

2014MT’000

-- -

18 168-

18 168

49 060(1 903)

609

47 766

2015MT’000

-- -

18 168793 956

812 124

47 766(1 903)

609

46 472

2015USD’000

(6 065)(4 957)

(11 022)

68317 298

17 981

1 864(41)

13

1 836

2014USD’000

(3 653)(2 412)

(6 065)

683-

683

1 903(57)18

1 864

30. Resultados acumulados No início do exercício Prejuízo do exercício Transferência para a reserva para riscos gerais de crédito Transferência para a reserva legal Dividendos declarados Realização da reserva de reavaliação - líquido de impostos diferidos 31 Passivos contingentes e compromissos O Banco detinha os seguintes passivos contingentes em 31 de Dezembro Garantias Cartas de crédito

225 698(50 549)

-(4 828)

(16 092)1 294

155 523

1 222 786194 985

1 417 771

155 523(101 226)(793 956)

- -

1 294

(738 365) 869 265 4 289 873 554

7 676(2 496)

(17 298)- -

28

(12 090) 18 938 93 19 031

9 864(1 604)

-(144) (479)

39

7 676

36 392 5 803

42 195

32. Divulgações de partes relacionadas Depósitos no Mercado Monetário para as Subsidiárias BancABC Botswna BancABC Tanzânia BancABC Zâmbia BancABC Zimbabué ABC Holdings Juros recebidos

Depósitos no Mercado Monetário para as Subsidiárias

BancABC Botswana Juros pagos Saldos de empresas do Grupo BancABC Botswana BancABC Tanzânia BancABC Zâmbia BancABC Zimbabué ABC Holdings

Remuneração do pessoal chave de gestão Salários e benefícios de curto prazo

2014MT’000

19 50267 984

386 421731 329238 184

1 443 420

171 886

67 20067 2001 247

(283) 18 - 11 218 (3 922) 7 031 47 865

2015MT’000

28 089-

5 975468 325727 452

1 229 841

106 615

- -

-

- 24 1 153 16 179 (19 773)

(2 417) 57 760

2015USD’000

612 -

12610 20315 849

26 7904 194

- --

-1

25352

(431)

(53)

1 258

2014USD’000

5802 023

11 50121 7667 089

42 9595 707

2 0002 000

40

(8) 1

334 (117)

210

1 519

Empréstimos dos administradores e pessoal chave de gestão

Empréstimos do pessoal chave de gestão Empréstimos dos administradores

Juros recebidos

Depósitos dos administradores e pessoal chave de gestão

Depósitos do pessoal chave de gestão Depósitos dos administradores

Juros pagos

Benefícios dos empregados

Contribuições reconhecidas como custo para o ano, respeitantes ao:

Plano de contribuição definida

2014MT’000

77 9881 882

79 8705 281

159579 634

81 2292 619

8 992

2015MT’000

98 0421 839

99 8818 989

11 4244 078

15 502

496

17 677

2015USD’000

2 136 40

2 176222

24989

33812

436

2014USD’000

2 32156

2 377168

472 370

2 417

83 285

33. Compromissos de locação operacional

Os futuros pagamentos mínimos da locação nas locações não canceláveis são como segue:

Escritório e agências

Perfildematuridade Menos de um ano Entre um ano e cinco anos Mais de cinco anos

2014MT’000

238 636

36 668129 66372 305

238 636

2015MT’000

422 774

75 507264 43782 830

422 774

2015USD’000

9 211

1 6455 7611 805

9 211

2014USD’000

7 102

1 0913 8592 152

7 102

Page 16: Resultados Financeiros Relatório de Contas BancABC Moçambique ...

16