RESUMÃO DE CBINC

37
RESUMÃO DE CBINC CAPÍTULO I 1- A combustão: É uma reação química de oxidação/ uma substância combustível reage com o comburente, ativada pelo calor (temperatura de ignição) com desprendimento de energia luminosa, calor e gases combustíveis. 2- Considerada a afinidade química entre o combustível e o comburente como mais uma condição para a existência do fenômeno da combustão, o triângulo do fogo evolui para o tetraedro do fogo, que representa a união dos quatro elementos essenciais do fogo, o Combustível, o Comburente, a temperatura de ignição e a Reação Química em Cadeia. 3- O combustível pode ser classificado: Quanto ao estado físico / Quanto à volatilidade / Quanto à presença do comburente. (É o elemento que serve de campo de propagação ao fogo). 4- O comburente É todo elemento que, associando-se quimicamente ao combustível, é capaz de fazê-lo entrar em combustão. 5- Normalmente, não ocorre chama quando a concentração de oxigênio no ar é inferior a 16%. (combustão incompleta). 6- Temperatura de Ignição: É a temperatura necessária para que a reação química ocorra entre o combustível e o comburente, produzindo gases capazes de entrarem em combustão. (atenção: a maioria dos combustíveis sólidos para queimar transforma-se em gases, com exceção do ferro, parafina, cobre bronze que primeiro transforma- se em líquidos e posteriormente em gases). Ponto de Fulgor - é a temperatura mínima na qual um combustível

Transcript of RESUMÃO DE CBINC

Page 1: RESUMÃO DE CBINC

RESUMÃO DE CBINC

CAPÍTULO I

1- A combustão: É uma reação química de oxidação/ uma substância combustível

reage com o comburente, ativada pelo calor (temperatura de ignição) com

desprendimento de energia luminosa, calor e gases combustíveis.

2- Considerada a afinidade química entre o combustível e o comburente como

mais uma condição para a existência do fenômeno da combustão, o triângulo

do fogo evolui para o tetraedro do fogo, que representa a união dos quatro

elementos essenciais do fogo, o Combustível, o Comburente, a temperatura de

ignição e a Reação Química em Cadeia.

3- O combustível pode ser classificado: Quanto ao estado físico / Quanto à

volatilidade / Quanto à presença do comburente. (É o elemento que serve de

campo de propagação ao fogo).

4- O comburente É todo elemento que, associando-se quimicamente ao

combustível, é capaz de fazê-lo entrar em combustão.

5- Normalmente, não ocorre chama quando a concentração de oxigênio no ar é

inferior a 16%. (combustão incompleta).

6- Temperatura de Ignição: É a temperatura necessária para que a reação química

ocorra entre o combustível e o comburente, produzindo gases capazes de entrarem

em combustão. (atenção: a maioria dos combustíveis sólidos para queimar

transforma-se em gases, com exceção do ferro, parafina, cobre bronze que

primeiro transforma-se em líquidos e posteriormente em gases). Ponto de Fulgor -

é a temperatura mínima na qual um combustível desprende gases suficientes para

serem inflamados por uma fonte externa de calor, mas não em quantidade

suficiente para manter a combustão. Ponto de Combustão - é a temperatura do

combustível, acima da qual, ele desprende gases em quantidade suficiente para

serem inflamados por uma fonte externa de calor e continuarem queimando,

mesmo quando retirada esta fonte. Ponto de Ignição - é a temperatura necessária

para inflamar os gases que estejam se desprendendo de um combustível, só com a

presença do comburente.

7- Quanto maior a superfície exposta, mais rápida será o aquecimento do material

Page 2: RESUMÃO DE CBINC

e, conseqüentemente, o processo de combustão Assim sendo, quanto maior a

fragmentação do material, maior será a velocidade da combustão. (isso não faz

vocês lembrarem-se da intensidade da combustão? que tem como fatores que a

influenciam área superficial, quantidade de combustível e concentração de

comburente (oxigênio).

8- A volatilidade é a facilidade com que os líquidos liberam vapores, e tem grande

importância, porque quanto mais volátil for o líquido, maior a possibilidade de

haver fogo, ou mesmo explosão. Chamamos de voláteis os líquidos que liberam

vapores a temperaturas menores que 20° C.

9- Para O gás queimar, há necessidade de que esteja em uma mistura ideal com o ar

atmosférico, e, portanto, se estiver numa concentração fora de determinados

limites, não queimará. Chama de mistura ideal, ou limites de inflamabilidade; isto

é, ou a concentração deste vapor é inferior ou é superior aos limites de

inflamabilidade.

LIMITES DE INFLAMABILIDADE

CombustíveisConcentração

Limite inferior Limite superior

Metano 1,4% 7,6%

Propano 5% 17%

Hidrogênio 4% 75%

Acetileno 2% 85%

Page 3: RESUMÃO DE CBINC

10- Formas de combustão:

Combustão completa: É aquela em que a queima produz calor e chamas e se processa em ambiente rico em oxigênio

Combustão incompleta: É aquela em que a queima produz calor e pouca ou nenhuma chama, e se processa em ambiente pobre em oxigênio

Combustão espontânea: Certos materiais orgânicos, em determinadas circunstâncias, podem, por si só, entrar em Combustão. Alguns materiais entram em combustão sem fonte externa de calor (materiais com baixo ponto de ignição); outros entram em combustão à temperatura ambiente (20 °c), como o fósforo branco Ocorre também na mistura de determinadas substâncias químicas, quando a combinação gera calor e libera gases em quantidade suficiente para iniciar combustão.

11- Explosão: É a queima de gases (ou partículas sólidas), em altíssima velocidade, em locais confinados, com grande liberação de energia e deslocamento de ar. Combustíveis líquidos, acima da temperatura de fulgor, liberam gases que podem explodir (num ambiente fechado) na presença de uma fonte de calor.

Produtos da combustão: normalmente são: Gás Carbônico (CO2, Monóxido de

Carbono (CO), fuligem, cinzas, vapor d'água, mais calor e energia luminosa.

12- Dependendo do combustível poderemos ter vários outros produtos, inclusive

tóxicos ou Irritantes.

Exemplos: - PVC ........................................... CO e Ácido Cloridrico (HCI)

- Isopor e outros plásticos ........... CO

- Poliuretano ................................ CO e Gás Cianídrico (HCN)

13- MÉTODOS DE TRANSMISSÃO DE CALOR

Page 4: RESUMÃO DE CBINC

Irradiação É a transmissão de calor que se processa sem a necessidade de

continuidade molecular entre a fonte calorifica e o corpo que recebe

calor. É a transmissão de calor que acompanha geralmente a emissão

de luz.

Condução É a transmissão de calor que se faz de molécula para molécula,

através de um movimento vibratório que as anima e permite a

comunicação de uma para outra.( As anteparas e pisos que limitam os

compartimentos incendiados atingem temperaturas que ultrapassam a

de ignição da maioria dos materiais encontrados a bordo.

Convecção É o método de transmissão de calor característico dos líquidos e gases.

Consiste na formação de correntes ascendentes no seio da massa fluida,

devido ao fenômeno da dilatação e conseqüente perda de densidade da

porção de fluido mais próximo da fonte calorífica

14- ELETRICIDADE ESTÁTICA: Eletricidade estática é o acúmulo de potencial elétrico de um corpo em relação a outro, geralmente em relação à terra. Forma-se, na grande maioria dos casos, por atrito.

ATENÇÃO PARA ESSA TABELA!!!!!! ADSUMUS!!!!!!!!!! VENCEREMOS ESSA LUTA!!!!!

PIRÓLISE

Temperatura Reação

200 ºC Produção de vapor d’água, dióxido de carbono e ácidos acético e

fórmico * (1º passo)

200 ºC - 280 ºC Ausência de vapor d’água – pouca quantidade de monóxido de

carbono – a reação ainda está absorvendo calor.* (2º passo)

280 ºC - 500 ºC A reação passa a liberar calor, gases inflamáveis e partículas; há a

carbonização dos materiais (o que também liberará calor).

* (3º passo)

Acima de 500 ºC Na presença do carvão, os combustíveis sólidos são

decompostos, quimicamente, com maior velocidade.* (4º passo)

*SEQUENCIA PARA GRAVAR

Page 5: RESUMÃO DE CBINC

CAPÍTULO 2

15- Fogo - Desenvolvimento simultâneo de calor e luz, que é produto da combustão de

matérias inflamáveis, como, por ex., a madeira, o carvão, o gás.

Incêndio - Fogo que lavra com intensidade, destruindo e, às vezes, causando

prejuízos.

16- A DINÂMICA DO INCÊNDIO: Os incêndios podem ser separados em quatro

diferentes estágios: Fase inicial; Fase de desenvolvimento; Incêndio desenvolvido

e Fase de queda de intensidade.

17- Fase Inicial: fogo está localizado próximo ao foco do incêndio.

Fase de Desenvolvimento: É a fase de transição entre a fase inicial e a do

incêndio totalmente desenvolvido. Pode ser considerado um evento do incêndio.

Trata-se do momento no qual a temperatura da camada superior de fumaça atinge

600ºC. Caso não ocorra a extinção do incêndio poderá ocorrer o “roolover” que é

o fenômeno no qual os gases da combustão não queimados no incêndio misturam-

se ao ar e se inflamam na parte superior do compartimento devido à alta

temperatura naquela área. A característica principal desta fase é o repentino

espalhamento das chamas a todo o material combustível existente no

compartimento. Este fenômeno é conhecido pelo nome de "flashover"

18- Incêndio Desenvolvido: Todo o material do compartimento está em combustão,

sendo a taxa de queima limitada pela quantidade de oxigênio remanescente. O

acesso a esse incêndio é praticamente impossível, sendo necessário um ataque

indireto ao mesmo.

19- Fase de Queda de Intensidade: Quase todo o material combustível já foi

consumido e o incêndio começa a se extinguir. Após a extinção do incêndio, em

casos específicos, pode ocorrer o fenômeno do reaparecimento. Quando ar fresco é

admitido nessa atmosfera rica em vapores combustíveis / gases explosivos e com

temperatura próxima à de ignição, os três elementos do triângulo do fogo estarão

novamente presentes e pode ocorrer uma explosão, fenômeno também conhecido

por “Backdraft”

Page 6: RESUMÃO DE CBINC

20- MÉTODOS DE EXTINÇÃO DE INCÊNDIO

21- Abafamento O primeiro método básico de extinção de incêndios é o

abafamento, que consiste em reduzir a quantidade de oxigênio para abaixo do

limite de 16%. Conforme já vimos anteriormente, a diminuição do oxigênio em

contato com o combustível vai tornando a combustão mais lenta, até a

concentração de oxigênio chegar próxima de 8%, onde não haverá mais

combustão.

22- Resfriamento É o método mais antigo de se apagar incêndios, sendo seu agente

universal a água. Consiste em reduzirmos a temperatura de um combustível abaixo

da temperatura de ignição, ou da região onde seus gases estão concentrados,

extinguindo o fogo.

23- Quebra da reação em cadeia

24- Processo de extinção de incêndios, em que determinadas substâncias são

introduzidas na reação química da combustão com o propósito de inibi-la. Neste

caso não há abafamento ou resfriamento.

25- MEDIDAS PREVENTIVAS: 1-Eliminação do material inflamável, 2-

Especificação do material de bordo, 3- Armazenamento e proteção do material

combustível, 4- Limitação da quantidade de materiais inflamáveis ao mínimo

necessário à operação em vista, 5- Manutenção do navio nas suas melhores

condições de resistência ao fogo

CAPÍTULO 3

26- PRINCIPAIS AGENTES EXTINTORES

Agente extintor é qualquer material empregado para resfriar, abafar as chamas ou

quebrar a reação em cadeia, oriundas de uma combustão, proporcionando sua

extinção.

27- ÁGUA - É o agente extintor de uso mais comum.

28- É o meio por excelência para a extinção de incêndios classe “A”

29- As neblinas podem ser utilizadas para auxiliar a extinção de incêndios classe “A”,

reduzindo as chamas superficiais e permitindo que as equipes se aproximem mais

do foco do incêndio, o que facilitará sua extinção definitiva com jato sólido. As

neblinas, na ausência de espuma, são altamente eficientes na extinção de incêndios

classe “B”.

30- ESPUMA É um agente extintor aplicado preferencialmente em incêndios para

classe "B", podendo ser também utilizada em incêndios classe “A”. Pode ser

química ou mecânica conforme seu processo de formação.

Page 7: RESUMÃO DE CBINC

31- VAPOR de água pode ser utilizado como agente extintor, por abafamento. Evi-

dentemente, por sua temperatura normalmente elevada, não tem nenhuma ação de

resfriamento.

32- GASES INERTES É todo gás que não alimenta uma combustão, agindo na

redução do comburente (oxigênio) a níveis abaixo de 16%. O CO2 é o agente

extintor por excelência para extintores portáteis, sendo empregado em

incêndios das classes “B” e “C”. Argônio internacionalmente identificado como

extintor IG-01 esta relacionado para uso em espaços ocupados. Argonito

Proporciona segurança para uso em uma gama extensiva de aplicações sensíveis

onde as pessoas estão presentes e eletronicamente é não condutor.

33- Compostos halogenados Os compostos halogenados são utilizados atualmente

apenas em sistemas fixos. O Protocolo de Montreal (16/09/87) identificou o Halon

como uma das numerosas combinações que requerem limitações. O BCF (Halon

1211) é o agente ideal para a extinção de incêndios em módulos de motores e

turbinas. O BCF é mais tóxico que o Halon 1301, não podendo ser usado em um

compartimento ainda guarnecido.

34- Compostos halocarbonado Heptafluoropropano (designação - Hfc227ea (FM-

200) e fórmula - CF3CHFCF3)

É considerado o substituto mais eficiente do Halon 1301, Trifluorometano

(designação - HFC-23 (FE-13) e fórmula - CHF3), Pentafluoretano - (designação -

HFC-125 (FE-25 ou ECARO-25TMECARO-25TM) e fórmula - CHF2CF3), Hexafluoropropano

(designação - HFC-236fa (FE-36) e fórmula - CF3CH2CF3), NAF-SIII, NAF-

S125, NovecTM 1230.

MACETES: HEPTA 27 ( Substituto mais eficiente do halon 1301).

TRIO 23

PENTA 25

HEXA 36

NAF-SIII

NAF- S125

NovecTM 1230

Page 8: RESUMÃO DE CBINC

35- AGENTES EM PÓ: Purple-K (PKP) – É um agente extintor à base de

bicarbonato de potássio, muito eficiente na extinção de incêndios em líquidos

inflamáveis em forma pulverizada e em gases inflamáveis, atacando a reação

em cadeia necessária para sustentar a combustão. a substância química seca é

codificada com a cor violeta, com o propósito de identificação e é capaz de

extinguir incêndios da classe B e é obrigatório para a classe C.

36- PLUS FIFTY® O bicarbonato de sódio é ligeiramente alcalino e pode ser

corrosivo em superfícies que são afetados por resíduo alcalino. A substância

química seca é codificada com a cor azul clara

37- Pó Químico ABC (FORAY) - Fosfato de monoamônia + sulfato de amônia,

a substância química seca é codificada com a cor amarela, com o propósito de

identificação e pode ser usado em alguns tipos de incêndios da classe A e B

obrigatório para a classe C.

38- Pó Químico Seco Especial – (MET-L-X) – É empregado exclusivamente no

combate a incêndios em metais combustíveis (classe “D”).

39- Solução aquosa de pó químico é usada a bordo de alguns navios para

extinguir incêndios em óleos comestíveis e gorduras em geral, nas fritadeiras,

ventilações da cozinha e dutos de extração. A técnica freqüentemente usada

no combate a fogo de gorduras líquidas, envolvendo óleos e banhas não-

saturadas de origem animal ou vegetal, é a aplicação de solução alcalina

como o APC, que em contato com a superfície em chamas, gera uma espuma

parecida com a do sabão, impedindo o contato do ar com a superfície em

chamas.

CAPÍTULO 4

40- Extintores são recipientes metálicos que contêm em seu interior agente

extintor para o combate imediato e rápido a princípios de incêndio. Podem

ser portáteis ou sobre rodas, conforme o tamanho e a operação.

41- Tipo pressão injetada O cilindro contém o pó químico, e o propelente (CO2)

é armazenado numa pequena ampola localizada na parte externa do extintor.

A descarga é controlada por uma válvula externa ao extintor.

42- Extintores a pó seco para metais combustíveis O pó mais comumente

empregado é o MET-L-X (cloreto de sódio com fosfato tricálcio, aditivo

Page 9: RESUMÃO DE CBINC

termoplástico e metal estearato). O pó não é tóxico, não é combustível, não é

abrasivo e não conduz eletricidade. ( é de uso exclusivo para essa classe)

43- As carretas podem ser de água, espuma mecânica, espuma química, pó

químico seco e gás carbônico.

44- Os extintores de soda-ácida, carga líquida e espuma química, apesar de ainda

encontrados, não mais são fabricados.

45- Inspeções

Semanais: Verificar acesso, visibilidade e sinalização.

Mensais: Verificar se o bico ou a mangueira estão obstruídos. Observar a

pressão do manômetro (se houver), o lacre e o pino de segurança.

Semestrais: Verificar o peso do extintor de CO2 e do cilindro de gás

comprimido, quando houver. Se o peso do extintor estiver abaixo de 90% do

especificado, recarregar.

Anuais: Verificar se não há dano físico no extintor, avaria no pino de

segurança e no lacre. Recarregar o extintor.

Qüinqüenais: Fazer o teste hidrostático, que é a prova a que se submete o

extintor a cada 5 anos ou toda vez que o aparelho sofrer acidentes, tais como:

batidas, exposição a temperaturas altas, ataques químicos ou corrosão. Deve

ser efetuado por pessoal habilitado e com equipamentos especializados. Neste

teste, o aparelho é submetido a uma pressão de 2,5 vezes a pressão de

trabalho, isto é, se a pressão de trabalho é de 14 kgf/cm2, a pressão de prova

será de 35 kgf/cm2. Este teste é precedido por uma minuciosa observação do

aparelho, para verificar a existência de danos físicos.

46- IDENTIFICAÇÃO DOS EXTINTORES PORTÁTEIS

O local onde ficam instalados os extintores deve ser marcado com um sinal,

indicando a classe de incêndio para o qual aquele extintor é adequado.

Extintores utilizados em incêndios classe “A” são identificados por meio de um

triângulo verde contendo a letra A.

Page 10: RESUMÃO DE CBINC

Extintores utilizados em incêndios classe “B” são identificados por meio de um

quadrado vermelho contendo a letra B.

Extintores utilizados em incêndios classe “C” são identificados por meio de um

círculo azul contendo a letra C.

Extintores utilizados em incêndios classe “D” são identificados por meio de uma

estrela amarela de cinco pontas contendo a letra D.

47- Os extintores portáteis devem ser selecionados e posicionados com base no

material combustível efetivamente existente na área a proteger.

Capítulo 5

48- A rede de incêndio consiste em um sistema de canalizações que alimentam

tomadas de incêndio e sistemas de borrifo, através de bombas que

constantemente as mantêm pressurizadas.

49- A pressão da rede de incêndio é da ordem de 150 libras/pol.2, sendo que é

necessária uma pressão mínima de 70 libras/pol.2 no terminal das mangueiras

para a operação de quase todos os equipamentos produtores de espuma.

As tomadas de incêndio são dispositivos colocados na rede de incêndio para a

captação da água para o combate a incêndio e a bordo são instaladas nas

canalizações horizontais ou nas extremidades das derivações verticais.

Nas instalações de terra essas tomadas são conhecidas como hidrantes e

podem ser públicos, quando pertencerem a rede de distribuição pública e

particulares quando instalados em edifícios residenciais, comerciais e

industriais.

Page 11: RESUMÃO DE CBINC

50- A localização das tomadas de incêndio obedece aos seguintes critérios: navios

de grande e médio porte são posicionados de modo que qualquer ponto do

navio possa ser alcançado com duas mangueiras de 15,25 m (50 pés). Nos

navios de pequeno porte, são dispostas de modo que se possa alcançar

qualquer ponto do navio com uma mangueira de 15,25 m (50 pés) de

comprimento. As tomadas do convés principal ficam elevadas de 0,30 m do

piso e dispostas horizontalmente.

51- As válvulas normalmente instaladas na rede de incêndio são de interceptação,

redutora e de segurança.

52- E o equipamento de combate a incêndio, constituído de um duto flexível

dotado de juntas de união, destinado a conduzir água sob pressão. São as

mangueiras adotadas na Marinha do Brasil são as do tipo lona dupla e se

apresentam nos diâmetros de 1½" e 2½". As seções são de 15,25 m (50 pés)

de comprimento, com união macho em uma extremidade e fêmea na outra.

53- Acondicionamento São maneiras de dispor as mangueiras, em função do local

de guarda.

54- Aduchada é de fácil manuseio, tanto no combate a incêndio, como no

transporte.

55- O acondicionamento em ziguezague em pé pode ser feito com os gomos

colocados parcialmente sobrepostos, distribuindo-se paralelamente sobre o

estrado de para sua guarda.

56- A união dupla fêmea é utilizada especialmente para unir duas mangueiras

ligadas à tomada de incêndio (que têm rosca macho), para efeito de contorno

da rede.

57- O transporte da mangueira aduchada deverá ser com a parte metálica voltada

para trás e para baixo.

58- O esguicho universal possui uma válvula de 3 posições comandada por uma

alavanca e dois orifícios de descarga, existente nas dimensões de 1 1/2" e 2

1/2".

59- Para obtenção de neblina de baixa velocidade, retira-se o pulverizador de alta

velocidade, colocando-se em seu lugar um aplicador, onde existe um

pulverizador de baixa velocidade.

60- Os esguichos variáveis, denominação derivada do inglês “VARI – NOZZLES”

são equipamentos empregados para a proteção do pessoal e no combate a

Page 12: RESUMÃO DE CBINC

incêndio.

61- Os primeiros modelos desse tipo apresentam um anel de controle de vazão

que pode ser regulado em 60, 95 ou 125 galões por minuto (gpm).

62- Os esguichos com anel regulador foram alterados e passaram a ser fornecidos

apenas com 95 gpm ou 125 gpm, ambos de 1½". O esguicho de 2½" é

fornecido somente em 250 gpm. Os esguichos de 95 gpm deverão ser

utilizados nas praças de máquinas, em mangueiras simples com misturador

entrelinha ou estação geradora, ou nos dispositivos de “duplo agente”. Os

esguichos de 125 gpm deverão ser utilizados nos convôo e hangares.

63- Em alguns navios, as tomadas de incêndio podem ter um ralo especial que

permite sua limpeza automática (ralo auto-limpável).

64- As uniões fêmeas possuem em seu interior um anel de borracha que é

responsável pela perfeita vedação.

65- O transporte da mangueira aduchada deverá ser com a parte metálica voltada

para trás e para baixo.

66- Comparando-se a neblina de alta velocidade com a de baixa, verifica-se que a

de baixa possui menor alcance e maior difusão das partículas de água

apresentando mais facilidade de absorção de calor. Em ambos os tipos de

neblina, porém, seus efeitos são, em maior ou menor grau, os de resfriamento

e abafamento.

67- O esguicho variável (de 1½" ou 2½") foi introduzido na Marinha com o

recebimento de novos navios provenientes da Marinha Norte-Americana.

Esse esguicho praticamente substituiu o esguicho universal naquela Marinha

e, como conseqüência, eliminou o uso do aplicador de neblina.

CAPÍTULO

68- A espuma é o agente indicado para extinção de incêndios classe “B”, em

especial os de grande vulto. Como já visto, a espuma extingue incêndios por

abafamento.

69- A camada de espuma efetivamente isola o oxigênio da superfície do

combustível; e

70- A água contida na espuma permite contornar obstáculos, dando mais

flexibilidade ao combate a incêndio.

Page 13: RESUMÃO DE CBINC

71- A principal finalidade do uso de espuma em CBINC é a extinção de incêndios

em combustíveis ou na maioria dos líquidos inflamáveis, tendo excelentes

características de penetração além de ser superior à água na extinção de

incêndios da classe "B".

72- A espuma pode ser obtida de várias formas, dependendo do material

existente nas diversas classes de navios. Borrifo de porões, borrifo de teto ou

lançamento de espuma usando FB 5X/NPU, como adequado, também são

outras formas de utilizar a espuma, fazendo a selagem dos vapores

combustíveis e prevenindo o ressurgimento do incêndio.

73- A espuma, de um modo geral, é constituída, em peso, de cerca de 85% de

água e cerca de 90% em volume de ar ou CO2.

74- Misturador Entrelinhas Apresenta grande vantagem de poder ser instalado

fora do limite primário de fumaça, o que facilita o abastecimento contínuo de

líquido gerador, sem que os homens tenham a necessidade de usar

equipamento de proteção.

75- As estações fixas produtoras de espuma devem ser sempre guarnecidas em

postos de combate e de vôo, por no mínimo três homens.

CAPÍTULO 7

76- Os Sistemas Fixos de Combate, tem por objetivo distribuir o agente extintor

através de tubulações até o setor protegido, em quantidade suficiente para a

perfeita extinção do princípio de incêndio e podem ser empregados de duas

maneiras:

77- a) Inundação total - É o sistema instalado para proteção de grandes áreas

como, por exemplo, praças de máquinas, compartimentos de líquidos

inflamáveis, hangares e paióis de tinta.

78- b) aplicação local - É o sistema utilizado para proteção de equipamentos

como, por exemplo: geradores, turbinas, painéis e também computadores.

Este modo de instalação, também conhecido como modular, é diferenciado

dos demais pelo uso de um difusor para cada ampola.

79- SISTEMAS DE BORRIFO COM ÁGUA: Também denominado de sistema

de chuveiro automático. Destinam-se, genericamente, a proteger áreas contra

o fogo e, quando operando automaticamente, possuem a vantagem de atuar

logo no início do incêndio.

Page 14: RESUMÃO DE CBINC

80- A bordo, o tipo mais antigo de sistema fixo de borrifo consiste em uma

derivação da rede de incêndio e se destina à proteção dos paióis de munição,

praças de municiamento, etc. Entre a rede de incêndio e os compartimentos

protegidos existe uma válvula de interceptação, normalmente aberta e travada

por um cadeado.

81- No caso dos hangares, as redes de borrifo são dispostas transversalmente, de

forma a facilitar a limitação da área incendiada.

82- Um sistema muito utilizado, tanto a bordo como em instalações de terra, é o

que utiliza os chuveiros automáticos. A rede de borrifo, nesse caso, é mantida

sob pressão no compartimento a proteger. Os chuveiros entram em ação

independentemente, quando sensibilizados pelo calor. Assim, somente entram

em operação aqueles pulverizadores próximos ao fogo.

83- A rede de borrifo é mantida carregada com água doce através de uma

mangueira flexível, procedente da rede de aguada, no propósito de reduzir os

problemas de corrosão.

84- Os sistemas fixos de CO2 são instalados a bordo com a finalidade de saturar,

com esse gás, a atmosfera no interior dos compartimentos que, normalmente,

apresentam maior risco de incêndio.

85- As instalações fixas de CO2 podem ser de dois tipos: o de mangueira em

sarilho e o de descarga direta à distância.

86- O halon é recomendado para proteção a Centros de Processamento de Dados

(CPD), painéis de controle automatizados e todas as fontes de incêndio classe

“C” que requeiram um agente “limpo” para extinção de incêndio.

87- Na Marinha do Brasil, o agente normalmente utilizado é o

Halon 1301. Encontra-se em desuso, porém ainda é utilizado em algumas

classes de navios.

88- O sistema de extinção por inundação total pode ser disposto a bordo de duas

maneiras:

89- Estação central de halon; e

90- Bancada local.

91- O dispositivo de duplo agente é união de um esguicho AFFF com um

esguicho de pó químico (PKP) presos por uma barra de ferro, que os mantém

afastados 8" um do outro.

Page 15: RESUMÃO DE CBINC

92- O sistema fixo com gás inerte é projetado para espaço fechado onde o agente

extintor utilizado pode ser o nitrogênio, o argônio ou o Argonito.

CAPÍTULO 8

93- Todo o material que tem como propósito básico proteger o homem que

combate um incêndio, contra quaisquer fatores que coloquem em risco sua

integridade física, é conhecido como equipamento de proteção

94- Durante a fase de preparação para um combate a um incêndio, deve-se prover

três tipos básicos de proteção aos componentes do grupo.

95- Proteção contra queimaduras;

Proteção ao aparelho respiratório; e

Proteção contra choques na cabeça.

96- Na ausência de roupas especiais, o uso de vestimentas à base de algodão

oferece proteção significativa contra o calor irradiante de um incêndio. Por

esse motivo, adotou-se o macacão como vestimenta padrão a bordo dos

navios em viagem.

97- Os componentes dos reparos devem estar vestidos com uniforme de combate

completo, inclusive capacetes com lanterna, capuz e luva antiexposição ou

luvas para trabalhos pesados, com exceção dos homens da turma de incêndio,

que devem estar vestidos com roupas de aproximação tipo “Fearnought”

inglesa ou FFE-Firefighting Coverall americana (Fig. 8.2).

98- As roupas de penetração são usadas nas fainas de combate a incêndio, onde o

homem poderá ficar em contato direto com as chamas ou altas temperaturas.

99- É fundamental identificar os quatro riscos mais comuns encontrados em

incêndios com a exposição do aparelho respiratório:

Falta de oxigênio;

Temperaturas elevadas;

Fumaça; e

Gases tóxicos.

Os gases tóxicos em incêndio variam de acordo com quatro fatores:

Natureza do combustível

Taxa de aquecimento

Temperatura dos gases envolvidos

Concentração de oxigênio.

Page 16: RESUMÃO DE CBINC

Determinados tipos de máscaras dotadas de filtros (normalmente de carvão)

permitem a respiração em atmosferas assim contaminadas, desde que essa

atmosfera disponha ainda de um percentual adequado de oxigênio.

100- As máscaras com tambor-gerador de oxigênio operam em circuito fechado,

sem qualquer comunicação com o ambiente exterior.

101- O fim da vida útil do tambor-gerador será notado pelo usuário por uma

resistência à expiração e pelo embaçamento dos visores durante a inspiração.

Máscaras com ampolas de ar comprimido, estas máscaras funcionam debitando

automaticamente a quantidade de ar necessária para cada inalação. Existem

vários fabricantes, porém todas as máscaras operam dentro de um mesmo

princípio de funcionamento.

102- Drager Lubeca PA 54 O cilindro trabalha com a pressão de 200 bar, que é

reduzida para a pressão média e constante de 5 bar. O seu volume é de 7 litros

de ar (a 200 Bar) que equivalem a 1400 litros de ar na pressão atmosférica

normal. Quando o cilindro atinge 50 bar, soa um alarme.

103- É possível se adaptar um dispositivo de comutação para respiração através de

mangueira de ar comprimido, abastecendo por longo tempo o usuário da

máscara.

104- A máscara Basca o cilindro trabalha com a pressão de 207 bar e possui a

capacidade de 1400 litros de ar no modelo padrão e 1210 litros de ar para a

versão não-magnética.

Quando o cilindro está totalmente carregado, no modelo padrão, dá uma

autonomia de 27 minutos até o disparo do apito-alarme, ou de 25 minutos na

versão não-magnética.

Após o alarme ainda permanecem sete minutos de ar para a utilização.

105- Máscaras autônomas MSA mod. 401 O cilindro trabalha com a pressão de

150 bar e possui capacidade de 1270 litros de ar. Quando totalmente

carregada dá uma autonomia de 30 minutos.

106- Os navios devem ter a bordo máscaras de escape de emergência. Entre as

máscara existentes podemos mencionar: ELSA (Emergency Life Support

Apparatus) e EEBD (Emergency Escape Breathing Device). Essas máscaras

foram concebidas apenas para o escape de pessoal de locais tomados por

fumaça espessa, e por isto, não podem ser empregadas em fainas de combate

a incêndio ou nas fainas de CAV.

Page 17: RESUMÃO DE CBINC

107- As máscaras ELSA (Fig. 8.7) são recarregáveis. As máscaras EEBD são

descartáveis, tendo uma vida útil de quinze anos após sua fabricação.

108- CÂMERA DE IMAGEM TÉRMICA (TIC-THERMAL IMAGE CAMERA)

109- Esta câmera é um equipamento que capta a diferença da radiação

infravermelha de objetos com diferença de temperatura de pelo menos 4ºF,

permitindo detectar diferentes perfis de temperatura em um ambiente.

110- A TIC é utilizada pelo líder da turma de incêndio. A turma de ataque também

poderá utilizar a TIC, desde que guarnecida previamente.

111- Os “indicadores de vapores” de hidrocarbonetos usados a bordo dos navios

são conhecidos como explosímetros. Atualmente existem três tipos diferentes

desses indicadores que empregam filamentos de platina, associados com uma

resistência ou circuito elétrico.

112- É um detetor químico de gases composto, em síntese, por uma bomba de ar

manual e por tubos de reagentes químicos. Cada tipo de gás a ser pesquisado

requer um tubo com reagente próprio, o qual fica inutilizado após o uso.

CAPÍTULO 9

113- Técnica de combate a incêndio é a utilização correta dos meios disponíveis

para extinguir incêndios com maior segurança e com um mínimo de danos

durante o combate.

114- Ataque Direto - quando os homens conseguem entrar no compartimento e

atacar o foco do incêndio; e

115- Ataque Indireto - os homens podem ter acesso ao compartimento, mas não

alcançam a base do fogo devido à presença de obstáculos, ou as condições do

compartimento (fase de desenvolvimento) não permitem aos homens a

entrada no recinto, impossibilitando o ataque direto ao fogo.

116- A faina de descompressão compreende a abertura de algum acessório, ou

fazendo um furo na chapa, da parte superior do compartimento sinistrado,

permitindo a liberação desses gases quentes para a atmosfera. O

compartimento, portanto, deve estar imediatamente inferior a um convés

aberto, ou a um compartimento grande que seja adjacente a um convés aberto

(hangar de uma fragata ou contratorpedeiro, “well deck” nos navios-doca).

Page 18: RESUMÃO DE CBINC

117- As fainas de combate a incêndio a bordo de navios têm como fator essencial a

rapidez da ação dos descobridores e da turma de ataque.

118- As fainas de combate a incêndio classe “A” podem se enquadrar em duas

situações distintas, bem definidas, cada qual com diferentes métodos de

ataque (todas consideram a utilização de roupa de aproximação para combate

a incêndio) :

119- A técnica a ser utilizada, por meio de um ataque direto, é simplesmente atacar

o foco do incêndio para sua extinção.

Ataque indireto com resfriamento dos gases da combustão É um tipo de

ataque indireto empregado na situação em que é possível o acesso ao

compartimento, mas ainda não se consegue atacar o incêndio diretamente

devido à alta temperatura, ou devido à existência de algum obstáculo. Esse

método é americano e é conhecido como FOG ATTACK.

120- O ataque, visando o controle do incêndio, deve ser efetuado empregando o

esguicho variável em cone de 600 (neblina de alta), o jato de neblina (600) é

orientado a 450 da horizontal em direção à camada de gases quentes, aplicado

por cerca de 2 ou 3 segundos e feito uma pausa, a fim de se avaliar a situação

e permitir que o vapor produzido se dissipe, não é recomendável empregá-lo

com esguicho universal;

121- Ataque indireto com posterior entrada no compartimento. Situação

vigente: As Altas temperaturas não permitem o acesso ao compartimento,

porém existe a possibilidade da aplicação direta de água sobre a base do

fogo com jato sólido desde o acesso ao compartimento.

122- Ataque direto com descompressão Situação vigente: Altas temperaturas não

permitem o acesso ao compartimento sinistrado, porém existe a possibilidade

de ser feito um furo no piso do compartimento imediatamente superior ao

mesmo, para que haja uma rápida redução da temperatura e posterior ataque

direto ao fogo.

123- Ataque indireto através de aberturas no teto e antepara

Situação vigente: Altas temperaturas não permitem o acesso ao

compartimento sinistrado, porém existe a possibilidade de ser feito um

furo no piso e antepara do compartimento imediatamente superior ao

mesmo, para que se faça o ataque indireto.

Page 19: RESUMÃO DE CBINC

124- Ataque indireto com descompressão Situação vigente: Altas temperaturas

não permitem o acesso ao compartimento sinistrado, porém existe a

possibilidade de ser feito um furo no teto e na antepara do mesmo , para

que se faça o ataque indireto e possa descomprimir para a atmosfera

reduzindo a temperatura no compartimento.

Recomendações adicionais para o ataque indireto aplicar água continuamente

por cerca de 5 a 10 minutos no início do ataque;

O acessório através do qual a água está sendo lançada deve ser aberto apenas

o suficiente para a passagem do esguicho ou do jato de água;

Se for necessário fazer uma abertura (furo), deve ser cortado apenas o

suficiente para a passagem do esguicho ou aplicador;

125- O posicionamento dos homens (dos esguichos) vai depender da classe do

incêndio e do tipo de esguicho utilizado. Em um incêndio classe “B”, quando

empregando esguichos tipo FB5(X) ou NPU, essa linha de mangueira sempre

precisa de uma linha de proteção.

126- Reentrada em compartimentos sinistrados reentrada em compartimentos

sinistrados: estabelecer uma linha de proteção do navio ou linha de selagem

(neblina de água) no acesso a ser aberto. Essa linha permanece nessa posição

durante toda a faina, prevenindo ou reduzindo a passagem do calor e fumaça

para a área da reentrada. Essa linha corre pelo teto, fixada com ganchos tipo

“S”.

127- O ataque a incêndio deve ser feito, sempre que possível, em uma única

direção, coordenadamente, quer empregando extintores ou mangueiras;

128- Na impossibilidade de o ataque ser feito com duas linhas de mangueira, pode

ser utilizada apenas uma, estando uma segunda linha pronta para entrar em

ação, caso necessário, já devendo estar guarnecida e pressurizada antes da

entrada da primeira linha no compartimento;

Page 20: RESUMÃO DE CBINC

CAPÍTULO 10

129- Os propósitos do CBINC são: proteção do pessoal contra os efeitos do fogo e

da fumaça; e

- limitação, controle e redução de danos materiais causados por incêndios a

bordo, em tempo de paz ou de guerra, utilizando os recursos disponíveis pelo

navio.

130-. É de responsabilidade do Encarregado do CAv, dos Encarregados de

Divisão, dos Fiéis de CAv de Divisão e do pessoal de serviço - fiéis de

CAv e patrulhas - a detecção e correção de irregularidades observadas que

venham a apresentar risco de incêndio a bordo.

131- As providências de prevenção e limitação de incêndios a bordo, no que diz

respeito ao material inflamável, abordadas nas diversas publicações já

existentes de Controle de Avarias, podem, então, ser abordadas sob cinco

aspectos práticos, a saber: Eliminação do material desnecessário à operação

militar do navio, Todo material introduzido a bordo deve ser relacionado e

informado ao ENCCAv da sua localização. Especificação do material de

bordo; Limitação da quantidade de materiais inflamáveis à operação em

vista; Armazenamento e proteção do material combustível; Manutenção do

navio nas suas melhores condições de resistência ao fogo: pela realização de

freqüentes inspeções, de modo a manter os riscos de incêndio reduzidos ao

mínimo possível; e pelo contínuo endoutrinamento da tripulação da

necessidade de manter o navio seguro. Pode ser feito através de

adestramento individual, por equipes e para os quartos de serviço e de notas

em Plano de Dia.

132- O completo isolamento do compartimento, exceto a iluminação, é necessário

para evitar o aumento do incêndio pela adição de inflamáveis (combustíveis)

e de oxigênio do ar (comburente), ou para evitar os perigos para os homens e

para as instalações elétricas.

133- O completo isolamento do compartimento, exceto a iluminação, é necessário

para evitar o aumento do incêndio pela adição de inflamáveis (combustíveis)

e de oxigênio do ar (comburente), ou para evitar os perigos para os homens e

para as instalações elétricas.

Page 21: RESUMÃO DE CBINC

134- Qualquer barreira física pode ser um limite de incêndio.

Limites primários ideais para o fogo são as anteparas transversais, conveses,

pisos e tetos que o circundam. Os limites secundários são geralmente

estabelecidos nas zonas de fogo ou nas subdivisões estanques.

135- Esses limites primários devem ser, se possível, definidos por anteparas e

conveses estanques imediatamente adjacentes ao compartimento afetado e

que deverão ser, no mínimo, estanques à fumaça. Especial atenção deve ser

dada aos limites superiores de incêndio, pois experiências mostram que o

fogo se espalha verticalmente muito mais rápido do que lateralmente.

136- as contenções devem ser realizadas em todos os limites primários de um

incêndio

137- Limites de fumaça: Serão estabelecidos ao mesmo tempo em que os limites

do incêndio. Cortinas de fumaça e mesmo neblina de água podem reduzir o

espalhamento da fumaça.

138- Os limites primários de fumaça ideais são as anteparas estanques a gases que

envolvem a área de acesso ao compartimento afetado e ao incêndio.

139- O uso rápido e efetivo das cortinas/cobertores como limitadores de fumaça

dificulta sua propagação para além dos compartimentos afetados.

140- Os limites secundários de fumaça deverão ser estabelecidos em torno dos

limites primários, para monitorar o espalhamento da fumaça e permitir uma

área safa para o pessoal sem máscara.

150- Esses limites devem ser estabelecidos no primeiro minuto da faina.

151- Para incêndios classe “B” em Praças de Máquinas, essa zona que

compreende os limites primários e secundários recebe o nome de zona de

abafamento.

152- O EncRep decidirá, com assessoria do Líder da Cena de Ação e Investigador,

através da informação de onde há a presença de fumaça, onde estabelecer os

limites, informando essa decisão ao Líder da Cena de Ação, ao Investigador

e à ECCAv.

153- A ECCAv deve analisar a decisão do EncRep e alterar os limites se

necessário, informando ao EncRep.

Page 22: RESUMÃO DE CBINC

154- O ENCCAv e o EncRep plotam os limites no Quadro de Avarias e

determinam o estabelecimento dos limites secundários, através de contato

com os outros reparos, se necessário.

155- O esgoto do compartimento já deve ter sido completado antes de se terminar

a faina de remoção da fumaça, pela possibilidade da existência de gases

diluídos na água.

156- Após o incêndio estar extinto, gases combustíveis podem estar presentes.

Para todas as classes de incêndio, o monóxido de carbono (CO) será o gás

predominante. Apesar de inflamável, quantidades grandes de CO devem ser

produzidas para se atingir a concentração explosiva (de 12,5% a 74%).

157- As fainas devem trocar pelo menos 95% do ar contaminado. Isso vai ser

obtido após a realização de quatro trocas desse ar contaminado por ar fresco,

o que pode ser conseguido após cerca de 15 minutos de ventilação forçada

usando ventilação positiva.

158- Quando o compartimento estiver ventilado, ou livre de fumaça, deve ser

parada a remoção da fumaça e conduzidos os testes de Oxigênio (O2+), de

gases combustíveis (E-) e de gases tóxicos (GT-), nessa seqüência. O nível

de oxigênio deve estar no limite inferior de explosão, de 20% a 22%, e todos

os gases explosivos devem estar a menos de 10% do limite mínimo para a

explosão.

159- A bordo, o pessoal componente dos reparos de CAv deve ter conhecimento

sobre a condução desses testes, mas o pessoal obrigatoriamente qualificado

deve ser o seguinte:

- encarregado do CAv;

- fiel de CAv do navio ou de serviço;

- líderes dos Reparo; e

- Investigadores.

160- Salienta-se que as estatísticas das grandes marinhas mostram que cerca de

90% dos incêndios são extintos nos primeiros dois minutos, 5% nos

primeiros dez minutos, e os 5% restantes ultrapassam 5 a 10 horas, sendo

metade destes últimos ocorridos em Praças de Máquinas.

161- Devem ser criadas, em cada navio, listas de verificação que incluam cada

ação a ser tomada. Estas listas especificam o que deve ser feito em cada

estação e a seqüência em que as ações devem ser preferencialmente tomadas,

Page 23: RESUMÃO DE CBINC

no mar ou no porto. As listas devem estar disponíveis na estação central de

CAV, centro / estação de controle da máquina, reparo das praças de

máquinas, estação Secundária de CAV, e de posse do líder da cena de ação.

162- Linha de proteção do navio é a linha utilizada com esguicho de mangueira

para produção de neblina de baixa velocidade, parede d’água ou cortina de

aproximação, que deve ser posicionada no ponto de acesso ao comparti-

mento.

163- A reentrada após possível fogo extinto Aguardar pelo menos 15 minutos para

a atuação do agente extintor. Isso permite o resfriamento parcial do local,

prevenindo o recrudescimento do incêndio quando o oxigênio entrar no

compartimento; Efetuar lançamento de espuma nos porões por 2 minutos ou

de acordo com o estabelecido para a classe do navio, antes da reentrada no

compartimento;