Resumo. a internet num país menos avançado lusófono

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Resumo reflexivo_________________________________________________________________________ Ultimamente a educação tem despertado atenção das autoridades nacionais e cada vez o país despende esforços e investe neste sector por encará-lo como mola accionador do desenvolvimento. Entendendo que o esforço para a qualidade dos recursos humanos da nação e modernização do sistema educacional incluía necessariamente o uso de TIC, em 1998 pela resolução 8/98, o governo enfatizou esta ideia na educação com o intuito de familiarizar os alunos aos mesmos, automatizar os sistemas administrativos do ensino e postar no EaD como a nova modalidade a operar de maneira adicional e complementar ao ensino presencial ou tradicional como costumeiramente reconhecido. Assim, tem-se introduzido reformas e expansão do sistema educacional. Deste modo, a educação foi um dos sectores que beneficiou de fundos e apoios de agências de desenvolvimento sem falar nas parcerias do ministério que por vezes envolveu projectos concretos e efectivos. Um dos projectos de referência foi o PROMEF em 1999 com o intuito de melhorar e mudar o sistema educacional sem cingir às TIC, mas desviando uma boa parcela da atenção a ela quando se fala, por exemplo, na criação de base de dados sobre o sistema educacional para facilitar e agilizar funções administrativas quer dos serviços centrais quer regionais o que obriga necessariamente a internet sobretudo para o estabelecimento de um sistema interligado que fornecesse dados estatísticos actualizados de controlo da evolução nacional de índices educativos que por sua vez levaria a tomada de decisões oportunas, acertadas e fundamentadas. Considerando o relatório de 2002 referente a um estudo de caso rotulado “A internet num PMA lusófono: estudo de casos de Cabo Verde” as dificuldades continuaram visíveis apesar dos esforços pelo que alguns projectos fracassaram devido à realidade socio-económica do país, falhas de concretização e finalização, e pouca congruência entre os projectos sem falar da necessidade de formação sólida dos profissionais de educação em TIC. Nessas falhas, concorre o plano do PROMEF e RAFE em distribuir PC’s e estender a internet a todas as escolas do país que nunca se concretizou. Um outro exemplo mal sucedido foi um projecto denominado “Tele-salas” iniciado pela MECJD e em cooperação com a TP e a CVT que devia fornecer a todas as escolas secundárias acesso à Internet, mas nunca foi implementado. Ainda o documento nos informa de um outro projecto de MECJD com o governo Brasileiro para implementação de EaD que parou, o que devia merecer um estudo aprofundado da aplicabilidade da modalidade em Cabe Verde para tempos futuros.

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Resumo reflexivo_________________________________________________________________________

Ultimamente a educação tem despertado atenção das autoridades nacionais e cada vez o país

despende esforços e investe neste sector por encará-lo como mola accionador do desenvolvimento.

Entendendo que o esforço para a qualidade dos recursos humanos da nação e modernização

do sistema educacional incluía necessariamente o uso de TIC, em 1998 pela resolução 8/98, o

governo enfatizou esta ideia na educação com o intuito de familiarizar os alunos aos mesmos,

automatizar os sistemas administrativos do ensino e postar no EaD como a nova modalidade a

operar de maneira adicional e complementar ao ensino presencial ou tradicional como

costumeiramente reconhecido. Assim, tem-se introduzido reformas e expansão do sistema

educacional.

Deste modo, a educação foi um dos sectores que beneficiou de fundos e apoios de agências

de desenvolvimento sem falar nas parcerias do ministério que por vezes envolveu projectos

concretos e efectivos. Um dos projectos de referência foi o PROMEF em 1999 com o intuito de

melhorar e mudar o sistema educacional sem cingir às TIC, mas desviando uma boa parcela da

atenção a ela quando se fala, por exemplo, na criação de base de dados sobre o sistema educacional

para facilitar e agilizar funções administrativas quer dos serviços centrais quer regionais o que

obriga necessariamente a internet sobretudo para o estabelecimento de um sistema interligado que

fornecesse dados estatísticos actualizados de controlo da evolução nacional de índices educativos

que por sua vez levaria a tomada de decisões oportunas, acertadas e fundamentadas.

Considerando o relatório de 2002 referente a um estudo de caso rotulado “A internet num

PMA lusófono: estudo de casos de Cabo Verde” as dificuldades continuaram visíveis apesar dos

esforços pelo que alguns projectos fracassaram devido à realidade socio-económica do país, falhas

de concretização e finalização, e pouca congruência entre os projectos sem falar da necessidade de

formação sólida dos profissionais de educação em TIC.

Nessas falhas, concorre o plano do PROMEF e RAFE em distribuir PC’s e estender a

internet a todas as escolas do país que nunca se concretizou. Um outro exemplo mal sucedido foi

um projecto denominado “Tele-salas” iniciado pela MECJD e em cooperação com a TP e a CVT

que devia fornecer a todas as escolas secundárias acesso à Internet, mas nunca foi implementado.

Ainda o documento nos informa de um outro projecto de MECJD com o governo Brasileiro para

implementação de EaD que parou, o que devia merecer um estudo aprofundado da aplicabilidade da

modalidade em Cabe Verde para tempos futuros.

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Sagna, Margarida E., Gray V. & Minges M. (2002). A internet num País Menos Avançado

lusófono: Estudo de casos de cabo verde (pág 33 a 39). Disponível em http://www.itu.int/ITU-

D/ict/cs/capeverde/material/CS_CPV_p.pdf, acedido em janeiro 2015.

Glossário

TIC- Tecnologia de Informação e Comunicação

EAD- Ensino a Distância

PROMEF- Projecto de Consolidação e Modernização de Ensino e Formação

PMA- País Menos Avançado

RAFE- Reforma de Administração Financeira do Estado

PC- Personal Computer

MECJD- Ministério de Educação, Ciência, Juventude e Desporto

TP- Telecom Portugal

CVT- Cabo Verde Telecom