Resumo - Anatomia Do Periodonto

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    ANATOMIA DO PERIODONTO

    Introduo

    O conhecimento da arquitetura e da biologia do tecido normal um pr-

    requisito para a compreenso do tecido doente. Divergncias distintivas dascaractersticas normais so consideraes necessrias ao diagnstico, e oconhecimento do estado normal essencial para a definio das metas detratamento.

    O periodonto uma estrutura dinmica composta por tecidos que apoiame envolvem o dente. Esses tecidos incluem a gengiva, o lig periodontal, o cementoe o osso alveolar. Os suprimentos vasculares e nervosos tambm so vitais aofuncionamento normal dos tecidos periodontais.

    A estrutura e a funo dos tecidos componentes do periodonto somutuamente dependentes, seus processos biolgicos dinmicos de renovao e

    adaptao mantm uma relao harmoniosa sob condies normais.Gengiva

    - Anatomia macroscpica:A mucosa oral contnua com a pele dos lbios e com a mucosa do palato

    mole e faringe. A mucosa oral compreende: 1) a mucosa mastigatria (gengiva eo revestimento do palato duro); 2) a mucosa especializada (dorso da lngua) e 3)a mucosa de revestimento (a parte restante).

    A gengiva recobre o processo alveolar e o nicos dos tec periodontais

    diretamente visvel inspeo. Quando saudvel tem colorao rosa-plida, masvairaes so comuns dependendo da densidade e queratinizao epitelial,vascularizao e pigmentao. Acmulos de pigmentao de melanina sonormais, mais frequentemente observados nos africanos e caucasianos comaparncia de pele escura. A pigmentao pode variar desde o marrom claro aopreto, sendo regular o irregularmente depositada.

    A borda coronal festonada a margem gengival livre e situa-se levementecoronal juno cemento-esmalte. A gengiva inserida estende-se apicalmente dagengiva livre at a linha ou juno mucogengival, onde a gengiva funde-se com amucosa alveolar. Esta demarcao bem visvel nos aspectos vestibulares domaxilares e tambm pode ocorrer ligualmente. Entretanto, no h nenhumademarcao no palato, porque a mucosa palatina, como a gengiva, queratinizada e firmemente inserida no peristeo subjacente contnuo gengivainserida.

    A gengiva livre se estende da margem gengival em direo apical at osulco gengival livre, que uma ranhura situada de acordo com a maioria dasfibras do ligamento periodontal inseridas ao nvel da juno cemento-esmalte. Agengiva livre tambm inclui a papila interdental.

    A largura apicocoronal da gengiva inserida mostra variaes, sendo maislarga nas regies de incisivo e caninos ao passo que mais estreita nas regiesde pr-molares e molares. Na mandbula, mais larga na regio de molar e mais

    estreita nas reas de incisivos. A textura saudvel firme e sua superfcie

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    pontilhada semelhante a uma casca de laranja, presente em variados graus nassuperfcies vestibulares.

    Em indivduos jovens, a papila interdental preenche os espaosinterproximais, e a altura da papila encontra-se apical rea de contato dosdentes adjacentes. A papila intedental mostra uma concavidade, chamada rea

    de col, determinada pela rea de contato dos dentes vizinhos, sendo maisproeminente nos dentes posteriores e revestida por um epitlio delgado noqueratinizado. Nos anteriores, a papila mostra-se de forma piramidal.

    A mucosa alveolar, em contraste com a gengiva, no queratinizada, estfrouxamente conectada aos tecidos subjacentes e deslocavel. Tem cor vermelhamas escura do que a gengiva e superfcie lisa. A diferena na cor resulta dediferenas no padro de queratinizao e proximidade superfcie dos vasossanguneos subjacente, que podem ser visveis.

    - Anatomia microscpica:EPITLIO:

    A gengiva coberta por epitlio escamoso estratificado com caractarquitetnicas especficas para as reas relacionadas ao dente. Baseado nestascaract o epitlio pode ser dividido em: epitlio oral, sulcular e juncional.

    Epitlio oral:O epitlio que cobre a gengiva livre pode ser dividido da seguinte

    maneira: epitlio oral, que fica voltado para a cavidade oral, epitlio do sulco,que fica voltado para o dente sem estar aderido a superfcie do dente e epitliojuncional, que promove a unio da gengiva com o dente.

    O limite entre o epitlio oral e o tec conjuntivo subjacente segue um cursoondulado. As partes do tec conjuntivo que se projetam no epitlio so chamadaspapilas do tec conjuntivo e so separadas entre si pelas cristas epiteliais. Esseaspecto morfolgico caract do epitlio oral e do epitlio do sulco, enqto noepitlio juncional no esto presentes.

    Na gengiva inserida, a sup do epitlio mostra depresses diminutas,correspondentes aos locais de fuso entre as cristas epiteliais da subsuperfciedo epitlio. Isso confere a gengiva inserida sua caract pontilhada com aspecto decasca de laranja.

    O epitlio oral pavimentoso estratificado ceratinizado divido em 4camadas de acordo com o grau de diferenciao das cls produtoras de ceratina:camada basal, espinhosa, granulosa e ceratinizada. Quando o ncleo das clsesto ausentes chama-se ortoceratinizado e quando esto presentes chama-separaceratinizado.

    Alm das cls produtoras de ceratina, o epitlio oral tem os seguintestipos de cls: melancitos, cl de Langerhans e cls inespecficas.

    Epitlio dentogengival:Os componentes do epitlio dentogengival atingem suas caract

    estruturais definitivas em associao com a erupo dos dentes. dividido emepitlio do sulco e epitlio juncional. O juncional difere do oral e do sulco, qnto

    esses 2 so muito semelhantes.

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    O epitlio sulcular estende-se do epitlio oral para dentro do sulco,ladeando o dente. Forma a parede externa do sulco gengival. Apicalmente, aborda do epitlio sulcula a sup do juncional.

    O epitlio juncional parte da insero entre dente e gengiva e por issodesempenha um papel importante. Ele mais delgado e tem uma interface plana

    com o tec conjuntivo. mais espesso coronalmente.

    CONJUNTIVO:

    o componente predominante da gengiva e do ligamento periodontal.Esto presentes os diferentes tipos de cl: fibroblastos (predominante),mastcitos, macrfagos, neutrfilos, linfcitos e plasmcitos.

    As fibras so produzidas pelos fibroblastos e so divididas em: colgenas,reticulares, oxitalnicas e elsticas.

    As fibras colgenas esto bem definidas em grupos, e so divididas de

    acordo com com sua trajetria e insero:Circulares;Dentogengivais;Dentoperisteas;Transeptais.

    Ligamento periodontal

    O ligamento periodontal um tecido frouxo, ricamente vascularizado ecelular que circunda as razes dos dentes e une o cemento radicular lminadura ou ao osso radicular prop dito, estando situado no estreito espao entre

    esses dois, e se comunica atravs de canais vasculares (canais de Volkmann) como osso alveolar. O espao do ligamento periodontal, que normalmente de 0,1 a0,25 mm, visvel na radiografia como uma linha radiolcida que circunda a raiz.O ligamento mais largo perto da juno cemento-esmalte e prximo ao pice aopasso que mais estreito no meio da raiz (forma de ampulheta). Essa larguradepende da idade e da funcionalidade do dente, sendo mais larga em dentes comfuno pesada ao contrrio dos dentes no erupcionados ou sem antagonista. Apresena do lig periodontal torna possvel a distribuio e absoro de forasproduzidas durante a funo mastigatria, no processo alveolar, atravs do ossoalveolar propriamente dito. O lig periodontal tambm essencial para amobilidade dos dentes. A mobilidade em grande parte determinada pela altura,largura e qualidade do lig periodontal.

    O dente unido ao osso por feixes de fibras que podem ser divididas nosseguintes grupos:

    - fibras da crista alveolar;- fibras horizontais;- fibras oblquas;- fibras apicais.

    O ligamento periodontal e o cemento radicular desenvolvem-se a partirdo tec conjuntivo (folculo) que envolve o germe dentrio e se forma

    concomitantemente com o desenvolvimento da raiz e a erupo do dente.

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    Cemento

    O cemento radicular um tecido calcificado especializado que recobre assuperfcies radiculares dos dentes. Possui caractersticas comuns ao tecidosseo. Todavia, o cemento no contm vasos sanguneos e linfticos, no tem

    inervao, no sofre remodelao e reabsoro fisiolgicas, porm se caracterizapela deposio contnua ao longo da vida, aumentado sua espessura. O cementodesempenha vrias funes: insere fibras do lig periodontal raiz e contribuipara o processo de reparo aps danos superfcie radicular. Existem dois tipos:

    - cemento primrio (acelular): formado em associao com a formao daraiz e a erupo dos dentes;

    - cemento secundrio (celular): se forma aps a erupo do dente e emresposta a demandas funcionais

    reas da superfcie radicular podem ser alternadas com cemento celular e

    acelular. As pores das fibras principais que esto embutidas no cementoradicular e no osso alveolar so chamadas de fibras de sharpey. So umacontinuao das fibras principais colgenas e formam o sistema extrnseco defibras do cemento e so produzidas pelos fibroblastos do lig periodontal.

    Osso Alveolar

    Os processos alveolares so as partes da maxila e mandbula que formame do suporte aos alvolos dos dentes e so dependentes da existncia desses, sedesenvolvendo de acordo com a formao e erupo dental, e estando sujeitos aatrofia se os dentes forem perdidos. Consiste no aparelho de insero dos dentes

    e a funo principal distribuir e absorver as foras geradas na mastigao eoutros contatos. As margem coronal dos processos alveolares mostra umaconfigurao ondulada que corresponde ao curso das junes cemento-esmaltedos dentes, estando situada de 1 a 1,5 mm destas. Os processos alveolares socobertos por osso compacto, como revestimento da estrutura de osso trabecular,e dentro da estrutura trabecular os alvolos esto situados com suas paredes de0,1 a 0,4 mm de espessura de lmina de osso compacto (osso alveolar), que visto na radiografia como lmina dura. As paredes alveolares ancoram as fibrasdo ligamento periodontal e so perfuradas com numerosos pequenos canais quepermitem que vasos e nervos entrem no espao do lig periodontal.

    A densidade do osso cortical compacto nos processos alveolares varia.Nas regies de incisivo, canino e pr-molar, o osso cortical delgado e as vezesausente na parte vestibular das razes. Nos molares, mais espesso na superfcievestibular do que na lingual. A morfologia dos processos alveolares intimamente dependente dos dentes. Nos casos de inclinao vestibular, o ossocortical vestibular com frequncia torna-se delgado ao passo que o osso corticallingual torna-se volumoso. A inclinao est frequentemente associada afenestraes e deiscncias da lmina de osso cortical. Esse osso recoberto porum peristeo.

    O osso compacto, que na radiografia aparece como lmina dura, reveste oalvolo e perfurado por numerosos canais de Volkmann, atravs do qual vasos

    sanguneos, linfticos e fibras nervosas passam do osso alveolar para o ligamentoperiodontal. O osso alveolar renova-se constantemente em resposta as

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    alveolares superior anterior, mdio e posterior. A gengiva maxilar alm doscitados inervada pelo infra-orbital, palatino maior e nasopalatino. A gengivamandibular vestibular suprida pelos nervos mentoniano e bucal ao passo que agengiva lingual da mandbula suprida pelo nervo lingual.