Resumo comparativo da anatomia topográfica dos animais domésticos
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8/14/2019 Resumo comparativo da anatomia topogrfica dos animais domsticos
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Universidade Estadual do MaranhoCentro de Cincias AgrriasCurso: Medicina Veterinria
Aluna: Luana Garreto Rodrigues Costa
Resumo comparativo da anatomia topogrfica dos animais domsticosCo
EquinoRuminante
So Luis2010
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Cavidade Torcica
Independente de qual seja a espcie, a cavidade torcica de fundamental
importncia.
ela que carrega rgos essenciais vida, como o corao e os pulmes, alm
do diafragma, msculo de fundamental importncia para a respirao. E como todos os
rgo e cavidades dos animais, a cavidade torcica tambm tem uma importncia
clinica e anatmica.
Atravs da cavidade torcica, possvel a auscultao de rgo como o corao
e pulmo, percusso de rgos projetados intra toracicamente como o estmago,
aplicao me medicamentos pela via subcutnea, como vacinas, alm da observao de
fraturas nas costelas.
Essa cavidade e seus rgos podem ser acometidos por patologias de origem
inflamatrias e traumticas, por exemplo, hidrotrax, pericardite traumtica, esofagite,
entre outras.
As membranas que envolvem o trax e seus rgos a pleura visceral e parietal.
Esta cavidade est revestida por uma tnica serosa denominada pleura.
O acesso cirrgico a essa cavidade pode ser feito atravs de suas paredes
laterais.
Os bovinos, por serem animais que no tem um paladar refinado, geralmente no
escolhem o que iro ingerir, deglutindo assim desde grama seca a sacolas de plstico.
Essa caracterstica proporciona a estes animais uma srie de patologias, como esofagite,
geralmente causada pela ingesto de corpos estranhos, como caroo de manga e at
mesmo pericardite traumtica, devido ao intimo contato do corao e diafragma com o
estmago (regio reticular) destes animais e a ingesto de materiais pontiagudos.
Os bovinos apresentam as costelas ripadas, que so mais largas porm diminuema elasticidade dada pelos msculos intercostais, e os equinos possuem costelas
arqueadas, que proporcionam uma maior elasticidade aos msculos intercostais.
Com relao aos pulmes, os equinos no apresentam fissuras interlobares e o
lobo mdio (cardaco) no pulmo direito, presentes no co e nos bovinos, contudo
apresenta uma incisura cardaca no presente nas outras espcies, bem como uma
respirao com esforos de duas fases (torcico e abdominal-diafragmtico), enquanto
nas outras espcies apenas uma fase. importante ressaltar tambm o tamanho dessergo nesses animais, chegando a tomar praticamente toda a cavidade torcica.
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J os bovinos, emitem um brquio da parte torcica da traquia ao nvel do
terceiro par de costelas, o brnquio traqueal, para o lobo direito do pulmo, o que no
ocorre no equino e no co.
Com relao ao corao, os ces tem o saco pericrdico ligado ao diafragma
pelo ligamento frnico pericrdico, j os equinos e bovinos tem o saco pericrdico
ligado ao esterno pelo ligamento esterno pericrdio.
Para concluir a cavidade torcica, vale ressaltar que apenas caninos e bovinos
apresentam linfonodos esternais.
Cavidade Abdominal
A cavidade abdominal tem uma marcante importncia clinico anatmica.
Atravs desta cavidade possvel fazer a palpao dos linfonodos inguinais, auscultao
e percusso de rgo como o estmago, o intestino e at mesmo em fetos no caso de
fmeas grvidas, h possibilidade tambm da aplicao de medicamentos pela via
intraperitoneal.
Cavidade revestida pelo peritnio.
Essa cavidade pode ser acometida por inmeras enfermidades, como hrnias,
eviscerao, presena de liquido em seu interior alm das patologias que acometem seus
rgos como lcera e volvo intestinal.
Atravs de suas paredes laterais, possvel o acesso cirrgico a cavidade. Esse
acesso pode ser dado tambm atravs da inciso pela linha alba, local geralmente
utilizado para cesarianas e que caracterizado pela rpida cicatrizao.
Vale ressaltar tambm que essa cavidade tem alguns rgos projetados intra
toracicamente e por isso recoberto pelas costelas, como fgado, o estmago e o bao,alm de uma regio denominada de flanco, que est localizada desde a ltima costela
at a tuberosidade plvica e que permite o aceso cirrgico ao rmen, tero e rim.
As diferenas entre as trs espcies aqui citadas so bastante exacerbadas no que
se diz respeito a alguns rgos desta cavidade.
Com relao ao fgado, est projetado direita da cavidade em todas as espcies
a diferena mais marcante que os equinos no possuem a vescula biliar para o
armazenamento de bile, a presena de um lobo a mais no co, o lobo quadrado e aausncia dos lobos medial esquerdo e direito nos bovinos.
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No que diz respeito ao estmago, os ces e os equinos so monogstricos, j os
bovinos so poligstricos.
Os bovinos so assim classificados por apresentarem o estmago composto por
quatro cmaras. Apresentam o retculo, o omaso, o abomaso e o rmen, sendo que este
ltimo lhe concede outra classificao no reino animal, sendo os bovinos tambm
reconhecidos como ruminantes, juntamente com ovinos e caprinos.
O rmen e o retculo encontram-se localizado na parede esquerda da cavidade
abdominal. O rmen est compreendido no espao que se estende do stimo espao
intercostal at a entrada da cavidade plvica do teto at o assoalho abdominal e o
retculo que est cranial ao rmen, est sob a cobertura das sexta, stima e oitava
costelas descansando ventrolateralmente acima do processo xifide do esterno.
O rmen pode relacionar-se com o tero e com outros rgos da entrada da
cavidade plvica, proporcionando assim a palpao do saco dorsal atravs da palpao
trans-retal alm da auscultao pela regio do flanco e da puno com trocater, para o
alivio do timpanismo.
O omaso e o abomaso encontram-se na parede abdominal direita. O omaso est
compreendido no espao que est entre a oitava e a dcima primeira costela na parte
intra torcica do abdome. Localizando-se a direita da linha mdia entre o rmen e o
retculo. O interior desta cmara ocupado por inmeras lminas semilunares. O
abomaso est localizado no assoalho da cavidade e popularmente denominado de
estmago qumico. As posies e as relaes deste dependem da plenitude das
diferentes partes do estmago, da atividade abomasal intrnseca e, principalmente das
contraes do rmen e do retculo, aos quais o abomaso est ligado. Alm destes
fatores, a idade do animal e a prenhez, no caso de fmeas, podem influenciar na
extenso e na topografia do estmago qumico.
Nos ces o estmago revestido por uma nica camada de epitlio cilndrico, jnos bovinos e equinos este revestido por uma mucosa constituda por epitlio
estratificado pavimentoso e desprovida de glndulas.
Nas trs espcies aqui citadas a primeira parte do duodeno liga-se ao fgado pelo
omento menor e o estmago ligado ao clon transverso pelo omento maior, no caso
dos ruminantes, este ltimo fixa-se ao rmen, face medial do duodeno descendente e
ao mesoduodeno.
O intestino dos ces, quando comparado ao dos bovinos e equinos o maissimplificado.
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O intestino delgado dos bovinos tem a sua parte jejunal bastante enrugada e a
formao de giros centrfugos e centrpetos na regio do clon no intestino grosso.
Os equinos possuem um intestino bastante caracterstico, pois no possui uma
simetria. Em algumas regies se torna mais largo e h um estreitamento brusco na
regio seguinte, o que explica, em alguns casos, uma patologia denominada clica
equina. Outra caracterstica a presena de quatro tnias longitudinais na regio do ceco
e do clon.
O bao dos bovinos est localizado por cima do rmen, e nos ces e equinos
cranialmente ao rim esquerdo.
Os rins dos ces possuem o formato de feijo, os dos equinos de corao e o dos
bovinos so lobulados. Nestes ltimos, a pelve renal ausente, os ureteres se unem no
seio renal e assumem o papel que esta tem nas outras espcies.
Vale ressaltar que em todas as espcies o rim direito est localizado mais
cranialmente que o esquerdo.
Na cavidade plvica h uma regio denominada de regio do flanco. Esta possui
uma grande importncia mdico veterinria, pois atravs desta que se faz puno com
trocater para alivio do timpanismo, anestesia local e cesrea por exemplo.
Membro Plvico e Pelve (regio inguino-escrotal e perineal)
Nos membros plvicos e na pelve, h relaes tambm com a anatomia clinica.
Em ces e gatos possvel a palpao dos linfonodos poplteos.
Alm da palpao das estruturas sseas dessa regio para observao de
luxaes ou fraturas por exemplo, possvel a tomada da pulsao arterial atravs da
artria femural alm de ser a regio por onde se fazem exames como a palpaotransretal (nus).
Nessa regio bastante comum patologias, principalmente a displasia
coxofemoral, cistite, piometra, entre outras.
A massa muscular gltea bastante utilizada em aplicao de medicamentos
pela via muscular, por isso deve-se ter um cuidado maior com este tipo de aplicaes,
devido ao nervo citico, que se lesionado pode levar desde a paralisia do membro at a
amputao deste.
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Com relao estrutura ssea, h algumas diferenas entre as espcies que esto
aqui sendo estudadas.
Nos bovinos e equinos a crista do leo cncava, e no co convexa.
Nos ces, a tuberosidade sacral est separada por uma incisura em espinhas
ilacas dorsais, craniais e caudais e a fbula possui um corpo completo e duas
extremidades, j nos bovinos e equinos, a fbula muito reduzida e alm disso
modificada.
Quanto ao aparelho genital, os equinos so os nicos a no possurem glndulas
seminais, mas sim vesculas seminais.
Com relao s glndulas genitais anexas, os ces possuem a glndula ampular e
a prstata, os equinos e bovinos possuem as glndulas ampular, vesicular, bulbouretral e
a prstata.
H dois tipos de pnis, o fibroelstico, encontrado nos bovinos e o msculo
cavernoso, caracterstico dos equinos e dos ces.
No pnis dos ces h um reforo sseo, o osso do pnis.
Com relao s fmeas, nos ruminantes a cavidade uterina comum muito
pequena, e os dois teros permanecem separados por um fino septo na linha mdia,
enquanto nas guas no h vestgios de septo mediano e o tamanho da cavidade interna
corresponde exatamente parte fundida do corpo do tero.
As cadelas possuem diversos pares de glndulas mamrias dispostas numa fileira
que se estende do peito inferior at a virilha. Nas vacas e nas guas as glndulas esto
dos dois lados e parcialmente fundidas na regio pbica para formar um bere.