Resumo do Capítulo I Iconografia e Iconologia - FBAUL

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Resumo do Capítulo I Iconografia e Iconologia: Uma Introdução ao Estudo da Arte do Renascimento FBAUL, História da Arte I. ÍNDICE 1.Introdução 2 2.Resumo do Capitulo I – O Significado nas Artes Visuais 3 3.Biografia 8 4.Conclusão 12 5.Bibliografia 1. INTRODUÇÃO O significado nas Artes Visuais, de um brilhante crítico e historiador, Erwin Panofsky, é um dos mais renomeados críticos de nosso tempo. Talvez por isso foi-me proposto um trabalho resumido, com o intuito de perceber o significado de Iconografia e Iconologia. À partida nesta obra reúne-se uma série de ensaios do autor, cujos temas vão da teoria das proporções à visão histórica de Vasari, de Ticiano a Poussin. Panoufsky reconstitui magistralmente os nexos entre a obra de arte e o contexto em que ela surge, transformando assim a história da arte numa disciplina dinâmica e fecunda. Especial atenção merecem os ensaios dedicados ao abade Suger de Saint Denis e a Alberto Dürer e, naturalmente, o ensaio sobre iconografia e iconologia, conceitos que o próprio Panofsky criou e introduziu nos estudos sobre arte. 2. RESUMO: ICONOGRAFIA E ICONOLOGIA UMA INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ARTE DO RENASCIMENTO Retirado de http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Resumo-Capitulo-i-Significado-Das-Artes/ 131558.html

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Ficha de leitura do 1º capítulo Iconologia e Iconografia, da obra O Significado nas Artes Visuais, de Erwin Panofsky. Dirigido para a disciplina de História da Arte I, da Faculdade de Belas-Artes de Lisboa.Documento retirado de trabalhosfeitos.com.

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Resumo do Capítulo I Iconografia e Iconologia: Uma Introdução ao Estudo da Arte do Renascimento

FBAUL, História da Arte I.

ÍNDICE

1.Introdução 22.Resumo do Capitulo I – O Significado nas Artes Visuais 33.Biografia 84.Conclusão 125.Bibliografia

1. INTRODUÇÃO

O significado nas Artes Visuais, de um brilhante crítico e historiador, Erwin Panofsky, é um dos mais renomeados críticos de nosso tempo. Talvez por isso foi-me proposto um trabalho resumido, com o intuito de perceber o significado de Iconografia e Iconologia.

À partida nesta obra reúne-se uma série de ensaios do autor, cujos temas vão da teoria das proporções à visão histórica de Vasari, de Ticiano a Poussin.

Panoufsky reconstitui magistralmente os nexos entre a obra de arte e o contexto em que ela surge, transformando assim a história da arte numa disciplina dinâmica e fecunda. Especial atenção merecem os ensaios dedicados ao abade Suger de Saint Denis e a Alberto Dürer e, naturalmente, o ensaio sobre iconografia e iconologia, conceitos que o próprio Panofsky criou e introduziu nos estudos sobre arte.

2. RESUMO: ICONOGRAFIA E ICONOLOGIA UMA INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ARTE DO RENASCIMENTO

Iconografia trata do significado das obras de arte em oposição à sua forma, sendo uma forma de linguagem visual que utiliza imagens para representar determinado tema estudando a origem e a formação das imagens. Normalmente quando um conhecido de alguém saúda levantando com chapéu, visto de um ponto de vista formal, percebe-se que está a agir cavalheiramente, com o seu gesto de retirar o chapéu. A este gesto podemos defini-lo como significado factual, pois é de fácil compreensão, pela sua identificação de formas visíveis que já são conhecidas. É à partida uma forma simpática de cumprimentar Panofsky, por outras palavras, mostra respeito pela pessoa que cumprimenta.      Através do modo como as pessoas agem, pode-se também deduzir o seu estado de espírito, percebendo se ela está de bom ou mau humor e até se os seus sentimentos são de indiferença, hospitalidade ou amizade. Chamando-lhe assim matizes psicológicos investindo num significado, segundo Panofsky, expressional, que é diferente do significado factual, por este ser compreendido por uma empatia e não por uma simples identificação. Estes dois significados podem ser conjuntos, constituindo uma classe de significados

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primitivos ou naturais. Por isso segundo a compreensão do autor, erguer o chapéu é sinal de comprimento, visto que é um método normal de saudação usado no meio onde se reside, tendo a ver com costumes e traições de cada país. Nunca se perceberia que era um comprimento se não estivesse consciente do significado e importância de erguer o chapéu. Logo Panofsky caracterizou isso como um significado secundário, por ser uma acção reconhecida. Este significado difere do primário, porque este é apreendido por formas puras, sendo certas configurações de cores e linhas, ou até massas de bronze portadoras de uma configuração particular. Mas o significado secundário fala sobre a compreensão de uma figura que já conscientemente se conhece, percebendo-se logo à partida do que se trata uma determinada acção que aconteça naquele momento.

O significado intrínseco, é compreendido como procedimentos técnicos característicos de um determinado período, país ou artista. Por isso ao perceber o significado de uma imagem, história ou alegoria, percebesse que conseguimos atribuir um significado simbólico. Por isso a iconografia é uma é uma descrição e interpretação de imagens, assim como etnografia é uma descrição e classificação de raças humanas, sendo um estudo auxiliar. Os objectos e eventos compreendidos pelas linhas, cores e volumes constitui o mundo dos motivos, podendo ser identificados pela experiência prática.

A iconografia pressupõe uma familiaridade adquirida por uma leitura intencionalmente dirigida. Hoje em dia somos capazes de reconhecer o quadro “As Ultima Ceia”, mesmo não sendo o original, percebemos que a imagem que nos é transmitida nos mostra o significado da acção passada naquele quadro em comparação com o original.

Durante a Idade Média, esta época estava interessada nos valores visuais e intelectuais da leitura clássica, embora não quisessem mostrar que realmente era de forma clássica. Panofsky dá o exemplo de uma fachada de S.Marcos em Veneza dois grandes baixos-relevos de tamanhos iguais, mas sendo um deles um trabalho Romano e o outro executado quase mil anos depois também idêntico ao primeiro, sendo assim praticamente uma cópia. A regra geral é que nestas interpretações eram mais fáceis por uma certa afinidade iconográfica, por exemplo, quando a figura do Orfeu foi usada para a representação de David ou quando, Hércules arrasta o Cérbero para fora de Hades, significando que era Cristo a expulsar Adão do Limbo. Quando os artistas usam o motivo de um Hércules para uma imagem de Cristo, estes agiram sobre influências de outros modelos visuais que já tinha visto. Sendo isto tradução de uma imagem e uma simples descrição encontrada em fontes literárias, considerando-se assim clássicos copiados. Tornou-se importante o estudioso da iconografia e a época medievalista.

Durante a mitologia clássica, os filósofos gregos interpretaram os deus e semideuses pagãos como meras personificações, de forças, qualidades morais, e alguns tinham chegado a expicá-los como vulgares seres humanos posteriormente deificados. No Império Romano, os Padres tentavam mostrar que os deuses não passavam de ilusões ou demónios malignos. O próprio mundo pagão tornava-se estranho às suas divindades, por isso o púbico educado tinha de ler a seu respeito a enciclopédias, em poemas didácticos, novelas, etc., estes são exemplos importantes dos escritos da antiguidade tardia.

Ao longo da Idade Média alguns escritos tornaram-se exaustivamente explorados e desenvolvidos. A investigação mitográfica sobrevivia e tornava-se acessível aos poetas e artistas medievais. No inicio em enciclopédias cujo o desenvolvimento começou com

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antigos escritores como Beda e Isilio de Sevilha, atingindo o auge em plena idade média com as enormes obras de Vicent Beauvais, entre outros. Em seguida nos comentários medievais a textos clássicos e da Antiguidade tardia, foi anotado por estudiosos Irlandeses e comentado com autoridade por Remigius.

Depois em tratados específicos da mitologia, a mais importante obra foi Mythographus III, sendo provisoriamente atribuído a um inglês. O seu tratado, um significativo levantamento de toda a informação e onde foi considerado o compêndio definitivo da mitografia da alta idade média e foi usado por Petrarca quando no seu poema África descreveu as figuras dos deuses pagãos. As figuras da mitologia antiga eram relacionadas coma a fé cristã e assim, figuras como Príamo eram considerados como um Cristo, Tísbe como uma alma humana, etc. Muitos escritores se basearam em Mythographus III, sendo Petrarca um deles, enriquecido por moralizações especialmente cristãs. Um dos novos começos de maior importância foi realizado por Boccaccio, ofereceu não só um novo levantamento do material, como também tentou conscientemente retornar às fontes genuínas da antiguidades e cuidadosamente compará-las. O seu tratado tornou assim uma marca no início de uma atitude critica ou cientifica em relação à Antiguidade Clássica, e pode ser dominado o precursor dos tratados Renascentistas.

O movimento Proto-humanistico é um interesse activo por temas clássicos mas indiferentes aos motivos clássicos, ou seja, um interesse activo por motivos clássicos mas indiferente aos temas clássicos, centrando-se na Provença e na Itália. Os artistas a partir dos finais do século XI, tentaram traduzir em imagens os textos proto-humanisticos. Pois só podiam representá-los de uma maneira diferente da tradição clássica. O contraste entre as tradições textual e representacional, não é suficiente para explicar os diversos motivos e temas clássicos que caracterizam a Arte da alta Idade Média. A personificação da natureza tende desaparecer com ídolos pagãos que se podem encontrar em cenas de martírio, preservaram por mais tempo o seu aspecto clássico do que outras imagens, por serem excelência do paganismo. Sabe-se então que as imagens clássicas foram fielmente copiadas embora muitas vezes de forma inábil, algumas até foram abandonadas e substituídas por outras mais recentes. Alguém séculos mais tarde estas imagens clássicas genuínas tinham caído no esquecimento, e foram feitas novas imagens. Vénus é mostrada como uma elegante jovem a cheirar uma rosa, Júpiter como um juiz com luvas nas mãos, mas foi só no Renascimento que Júpiter reassumiu a aparência de Zeus Clássico. Foi um Privilégio do Renascimento a reintegração de temas clássicos depois daquilo que se poderia chamar o ponto zero.

Os filósofos escolásticos utilizaram as ideias de Aristóteles e fundiram-nas com o seu próprio sistema e os poetas medievais puderam inspirar-se livremente nos poetas antigos, mas nenhum espírito medieval podia conceber a filosofia. Era impossível para a Idade Média a elaboração de perspectiva do sistema moderno, baseando-se na observação de uma distância fixa entre o olho e o objecto, o que permite ao artista a construção de imagens consistentes visíveis.

Pode-se dizer que uma vez que a Idade Média estabeleceu os seus próprios padrões, tornou-se impossível apreciar e compreender uma obra que não pertencesse ao mundo contemporâneo. A incapacidade de compreender a unidade intrínseca entre os temas e os motivos clássicos pode ser explicada por uma disparidade emocional entre a Idade Média

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Cristã e a Antiguidade pagã. Enquanto que o Panagismo hélenico, considerava o homem como uma unidade integral de corpo e alma.

A fonte literária do Rapto de Europa de Durer, não mais é um texto em prosa onde o touro é comparado a Cristo e Europa à alma humana. A reintegração dos temas clássicos com os motivos clássicos que parece ser própria do tema Renascimento Italiano aos numerosos revivalismos esporádicos de tendências clássicas ao longo da Idade Média, não é apenas um acontecimento humanísticos, mas também um acontecimento humano, é um dos mais importantes elementos a que podemos chamar «a descoberta do mundo e do homem».

Por outro lado, é evidente que esta nova tentativa de integração não podia ser uma simples retornar ao passado clássico. O período imediatamente anterior que se interpunha tinham modificado os espíritos dos homens que, não podiam voltar a ser pagão novamente, e tinha alterado assim os seus gostos e tendências produtivas de modo que a arte não podia simplesmente restabelecer a arte dos Gregos e dos Romanos. Por isso tinham de buscar uma nova forma de expressão, diferente estilística e iconograficamente, tanto de expressão Clássica quanto da medieval, e assim relacionada e influenciada por ambas.

3. BIOGRAFIA DO AUTOR

Erwin Panofsky , é um dos mais importantes  críticos e historiadores da arte alemão, um dos principais representantes do chamado método iconológico, estudos académicos em iconografia. Foi um artística do Ocidente, com trabalhos notáveis sobre o a pintura flamenga, o simbolismo nas artes, a evolução das técnicas de arquitectura e até diferentes análises temáticas, como sua obra sobre "Saturno e a Melancolia". Nascido em Hannover, ele estudou na universidade de Berlim, Munique e Freiburg, onde obteve seu doutorado com uma tese sobre teoria da arte em Albert Durer (1914). Ele começou seu trabalho académico na Universidade de Hamburgo (1921), enquanto alguns dos trabalhos publicados que definem a sua teoria da projecção na análise da arte e formas visuais, tais como Idéia: Ein Beitrag zur Begriffsgeschichte de ältren Kunstheorie (1924) uma abordagem à história da teoria da arte. Após a ascensão do nazismo na Alemanha dos anos trinta, ele emigrou para os Estados Unidos, onde lecionou nas universidades de Princeton (1935-1962), Harvard (1947-1948) e Nova York (1963-68).

Discípulo de Aby Warburg (1866-1929), desenvolveu um corpo de teoria sobre a formação de arte simbólica e percepção visual, como formas de comunicação, descritos sob o nome de iconologia ou ciência da interpretação da expressão artística.

Muito do seu trabalho lidava com o estudo da expressão artística como a Renascença, mas em seu extenso trabalho também atinge a imagem fotográfica e cinematográfica.

Foi membro da Academia Americana de Artes e Ciências e da Academia Britânica.Em sua teoria da arte visual, Panofsky distinto nível da forma, o aspecto iconográfico da

iconologia sustentou.  Arte contém a mensagem do dia (valores, ideias, psicologia...). Panofsky primeiro na abordagem a analisar o simbolismo das imagens, o seu mundo, seus significados. Essa leitura visual, através de um primeiro nível de contacto com o objecto de identificação física, um segundo nível, que alertam o poder expressivo

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das imagens (iconografia) e, finalmente, um terceiro nível de profundidade na carga mensagem simbólica, ideológica, na expressão do tempo histórico, o seu contexto social e cultural (iconológica).

Panofsky um breve ensaio sobre o filme - "Estilo e médias empresas no Cinema", publicado no Boletim do Departamento de Arte e Arqueologia da Universidade de Princteon (1934) e reproduzido no Panofsky, E, Três Ensaios sobre Style (1995) - é considerado um texto clássico sobre as teorias do cinema, especialmente desde que serviram de base para legitimar uma forma de comunicação visual considerado como uma expressão da arte popular.

Panofsky compara a construção da narrativa cinematográfica, o que cria uma sensação, transmitido visualmente descrever a experiência perceptiva com a construção de uma ou outra obra de arte da catedral. Sobre esta alegação, no entanto, esclarece: "Essa comparação, ele escreve, pode parecer um sacrilégio, não só porque há proporcionalmente menos do que bons filmes catedrais bom, mas também porque os filmes são um negócio."

Obras traduzidas:

A perspectiva como forma simbólicaArquitectura Gótica e Escolástica: sobre a analogia entre arte,  filosofia e teologia na Idade MédiaEstudos de Iconologia - Temas Humanísticos na Arte do RenascimentoIdeia: a evolução do conceito de beloO desenvolvimento do discurso e dos conceitos científicosSignificado nas Artes Visuais.

Selecção Bibliográfica da sua obraDürers Kunsttheorie, 1915Dürers "Melencholia I", 1923 (with Fritz Saxl)Deutsche Plastik des elften bis dreizehnten Jahrhunderts, 1924A Late-Antique Religious Symbol in Works by Holbein and Titian, 1926 (with F. Saxl, Burlington Magazine)Über die Reihenfolge der vier Meister von Reims, 1927 (Jahrbuch für Kunstwissenschaft, II)Das erste Blatt aus dem 'Libro' Giorgio Vasaris, 1930 (Städel-Jahrbuch, VI)Hercules am Scheidewege und andere antike Bildstoffe in der neueren Kunst, 1930 (Studien der Bibliotek Warburg, XVIII)Classical Mythology in Mediaeval Art, 1933 (with F. Saxl, Metropolitan Museum Studies, IV)Codex Huygens and Leonardo da Vinci's Art Theory, 1940Albrecht Dürer, 1943 - The Life and Art of Albrecht Dürer (4th ed. 1955)Abbot Suger on the Abbey Church of St. Denis and Its Art Treasures, 1946Postlogium Sugerianum, 1947 (Art Bulletin, XXIX)Style and Medium in the Motion Pictures, 1947 (Critique, Vol. 1 No 3)Gothic Architecture and Scholasticism, 1951

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Early Netherlandish Painting: Its Origins and Character, 1953Meaning in the Visual Arts, 1955The Life and Art of Albrecht Dürer, 1955Gothic Architecture and Scholasticism, 1957Renaissance and Renascences in Western Art, 1960The Iconography of Correggio's Camera di San Paolo, 1961Studies in Iconology, 1962 (2nd ed.)Tomb Sculpture, 1964 (ed. by H.W. Janson)Problems in Titian, Mostly Iconographic, 1964Dr. Panofsky and Mr. Tarkington, 1974 (ed. by Richard M. Ludwig)Perspective as Symbolic Form, 1991 (first appeared in 1927)Three Essays on Style, 1995

4. CONCLUSÃO:

Durante a elaboração do trabalho proposto, relativamente ao volume “O Significado das Artes Visuais de Erwin Panofsky, aborda a Iconologia do ponto de vista metodológico. Por isso partindo do relativismo Cultural diz-me que todo o facto está inscrito em uma coordenadas espaciais e temporárias.

Percebi que o papel do espectador, ao igual que o historiador, «Panofsky», nunca é “ingénuo”, senão que se enfrenta à obra com uns orçamentos culturais para poder atingir seu “significado”. Quanto ao artigo, do capítulo I do livro, “Iconografia e Iconologia”, são a introdução ao estudo da arte do Renascimento, no que desenvolve teoricamente o método iconográfico-iconológico, isto é como Panofsky atinge o significado de uma obra de arte.      Em primeiro lugar a descrição pré-iconográfica, O historiador da arte consigna aqueles dados que possui a obra, factual e expressional atingido pela nossa percepção. Às vezes precisa de apelar a maiores conhecimentos como, o tempo e a cultura dadas na realização da obra.

Em segundo lugar a análise iconográfica, que é a  identificação de imagens, histórias e alegorias. Esta análise iconográfica implica um método descritivo e não interpretativo e ocupa-se da identificação, descrição e classificação das imagens.   E por fim a análise iconológica, é o verdadeiro objectivo da análise da obra de arte. Conteúdo intrínseco, constitui o mundo dos valores «simbólicos». Deve-se prestar atenção aos procedimentos técnicos, aos rasgos de estilo e às estruturas de composição tanto como aos temas iconográficos. Mas já em comparação com outro historiador e teórico da arte Italiano e ex-prefeito de Roma, o artista Giulio Carlo Argan, afirma que “uma obra é vista como obra de arte quando tem importância na história da arte e contribui na formação e desenvolvimento de uma cultura artística”, concluindo assim, que “o juízo que reconhece a qualidade artística de uma obra, dela reconhece ao mesmo tempo a historicidade”. Em segundo lugar, para o teórico, a obra só pode ser vista a partir de sua inserção na história, identificando-a “não como um reflexo, mas como agente” e em terceiro lugar, neste processo, não só a obra, é fruto de um contexto socio-histórico, como esse contexto é fruto da própria obra.

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Ambos estão a fazer-se, ao mesmo tempo, o tempo todo. O artista não tem outro dever senão o de satisfazer ou exprimir seu próprio sentir, mas isso não teria qualquer interesse se fosse o sentir comum. O artista tem o dever de ser uma excepção, de sentir mais e de modo diferente dos outros; apenas na medida em que se coloca de fora da sociedade terá condições de analisar, interpretar e, dentro dos limites de suas possibilidades, orientar e dirigir a sociedade. Argan, o catedrático italiano, que iniciou sua carreira profissional baixo o fascismo, depois da Segunda Guerra Mundial  converteu-se na referência da esquerda italiana em questões estéticas, destacando-se defesa da arte moderna. Desde uma perspectiva marxista, considera a arte (de qualquer época) como o desenvolvimento da matéria produzido pelo trabalho. O que revela que temos dois historiadores com opiniões diferentes.

5. BIBLIOGRAFIA:

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