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Version 2 – May 2012Maio de 2013

Sustainability

Resumo do inventário de emissões de gases de efeito estufa da Copa do

Mundo da FIFA Brasil 2014™

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Fédération Internationale de Football Association (FIFA)FIFA-Strasse 20, CH-8044 Zürich, Switzerland

Comitê Organizador Local da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014Av. Salvador Allende, 6555 – Pavilhão 1 - Portão BBarra da Tijuca - Rio de Janeiro - Brasil – 22783-127

MGM Innova do Brasil Ltda.Rua Diogo Jacome Nr. 954 Conj. 2703 Vila Nova ConceiçãoSão Paulo SP CEP: 04512-001, Brasil

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Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014™Resumo do inventário de emissões de gases de efeito estufa da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014™

1. INTRODUÇÃO 4

2. METODOLOGIA 6

3. ESCOPO E LIMITES 7

3.1 Limites Organizacionais e Operacionais 7

3.1.1 Limites organizacionais 7

3.1.2 Limites operacionais 8

3.2 Período de contabilização 10

3.3 Critérios de inclusão/exclusão 10

3.3.1 Fontes incluídas 11

3.3.2 Fontes excluídas 13

4. RESUMO DOS RESULTADOS 15

4.1 Resultados por fase 15

4.2 Resultados por tipo 18

5. GLOSSÁRIO 20

6. REFERÊNCIAS 22

Capítulo 1 - Introdução 22

Capítulo 2 - Metodologia 22

Capítulo 3 - Escopo e Limites 23

Lista de Tabelas 23

Lista de Figuras 23

Acrônimos e abreviaturasBRT Ônibus de Trânsito Rápido

CO2 Dióxido de Carbono

CO2e Dióxido de Carbono equivalente

COL Comitê Organizador Local da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014

FIFA Fédération Internationale de Football Association

GEE Gases de Efeito Estufa

GWP Potencial de Aquecimento Global

IBC Centro Internacional de Transmissão

N2O Óxido Nitroso

PMAs Associações-membro participantes

tCO2e Toneladas de dióxido de carbono equivalente

ÍNDICE

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A Copa do Copa do Mundo da FIFA™ é a maior competição esportiva do mundo envolvendo uma única modalidade de esporte. Embora produza importantes benefícios diretos e indiretos, tanto econômicos como sociais ao país-sede, seus impactos à sociedade e ao meio ambiente são incontestáveis.

Nas palavras do Secretário-Geral da FIFA, Jérôme Valcke, sediar um evento mundial de tamanha magnitude exige consideração cuidadosa de todos os aspectos envolvidos para assegurar que haja um enfoque equilibrado e resultados sustentáveis (FIFA, 2012). A FIFA e o Comitê Organizador Local (COL) levam bastante a sério essa responsabilidade e estão comprometidos em fazer da Copa do Mundo da FIFA 2014 no Brasil um evento sustentável. Tal compromisso se reflete em uma estratégia e em um plano de ação visando reduzir os impactos do evento. A Estratégia de Sustentabilidade da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014™ tem como meta organizar e implementar o evento de um modo sustentável, reduzindo os aspectos negativos e incrementando os aspectos positivos do evento na sociedade e no meio ambiente. Um dos pilares dessa iniciativa é obter uma noção clara do volume de emissões de gases de efeito estufa (GEE) causadas pela preparação e pela realização da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014.

A Copa do Mundo da FIFA 2006 na Alemanha, foi o primeiro torneio no qual metas ambientais mensuráveis foram definidas e monitoradas. Introduziu-se o “Green Goal”, programa ambiental objetivando diminuir os impactos ambientais negativos do evento (FIFA, 2006). Pela primeira vez na história do futebol, a proteção do meio ambiente recebeu um status de projeto oficial da Copa do Mundo da FIFA, definindo um novo rumo para o mundo do futebol.

1. INTRODUÇÃO

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Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014™Resumo do inventário de emissões de gases de efeito estufa da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014™

O COL da África do Sul assumiu o compromisso ambiental da FIFA e criou uma unidade ambiental para gerenciar as atividades do Green Goal, como parte importante do legado da Copa do Mundo da FIFA África do Sul 2010, por meio de um programa baseado nas experiências de 2006 (FIFA, 2010).

Com base no projeto de 2006, para a Copa do Mundo Feminina da FIFA 2011 na Alemanha, o Comitê Organizador implementou um ambicioso programa de proteção ambiental para o torneio (FIFA, 2011). Numa prova clara de seu compromisso cada vez maior com o meio ambiente após os torneios na da Alemanha e na África do Sul, a FIFA decidiu incluir questões ambientais e a proteção do meio ambiente como item obrigatório nos futuros acordos de candidaturas, iniciando com o recente processo de candidaturas para a Copa do Mundo da FIFA de 2018 e de 2022. A FIFA solicitou informações abrangentes sobre planos para evitar, reduzir e compensar os impactos ambientais negativos do evento (FIFA CSR, 2013).

Nesse contexto, a Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 é uma importante plataforma nesse processo no qual se pretende construir a base para torneios mais sustentáveis.

O inventário de emissões de gases de efeito estufa, também chamado de pegada de carbono da Copa do Mundo da FIFA, foi realizado em 2006, 2010 e 2011 por diversos agentes, incluindo a FIFA, o COL e terceiros (FIFA, 2006; Econ Pöyry, 2009; e FIFA, 2011). Cada um desses estudos utilizou um conjunto próprio de limites organizacionais e operacionais e de períodos de contabilização. Avançando para a criação de um marco único que sirva de referência para as próximas edições da Copa do Mundo da FIFA e outros eventos esportivos, a FIFA está propondo para a pegada de carbono da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014, uma metodologia que não apenas incorpore conceitos básicos de protocolos reconhecidos de contabilização e registro de emissões de GEE, mas que também se baseie nas principais conclusões de estudos anteriores, conforme discutido na seção de metodologia.

Outro aspecto importante introduzido por esse estudo é a inclusão das emissões não apenas dos eventos ligados à Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014, mas também daqueles ligados à Copa das Confederações da FIFA Brasil 2013 e aos principais eventos preparatórios, que começaram em julho de 2011 com o Sorteio Preliminar da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 e seguirão até seu encerramento em setembro de 2014.

Este documento apresenta a metodologia, escopo e os principais resultados do inventário ex-ante das emissões de gases de efeito estufa relacionadas à preparação e à realização da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014.

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Não existe no momento, uma metodologia geral padronizada para calcular as emissões de gases de efeito estufa associadas a eventos esportivos de grande porte. Eventos anteriores, como a Copa do Mundo da FIFA 2010 na África do Sul (Econ Pöyry, 2009) e os Jogos Olímpicos de Londres em 2012 (London 2012, 2010), introduziram metodologias pragmáticas que utilizam partes do GHG Protocol Corporate Accounting Standard (GHG Protocol) e da norma ISO 14064.1 (ISO, 2006). Os Jogos Olímpicos de Londres em 2012 também consideraram a norma PAS 2050 (PAS 2050, 2011) para incorporar a pegada associada ao ciclo de vida de alguns produtos e estruturas. Outras normas disponíveis, com foco na sustentabilidade em eventos, como a BS 8901 (BS 8901, 2010) e a ISO 20121 (ISO, 2012), foram consideradas genéricas demais para os objetivos desta análise.

Este estudo de pegada de carbono baseia-se principalmente no GHG Protocol e incorpora orientações técnicas adicionais da norma ISO 14064.1. Além disso, o presente estudo se baseia em importantes resultados introduzidos tanto pela Copa do Mundo da FIFA 2010 na África do Sul como pelos Jogos Olímpicos de Londres 2012.

Cumprindo com os princípios de contabilização e comunicação do GHG Protocol e da norma ISO 14064.1, bem como com os fundamentos da "Estratégia de Sustentabilidade da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014", os principais fundamentos de orientação metodológica desta pegada de carbono são:1. Produzir um relatório completo, relevante, consistente, preciso e transparente;2. Contabilizar as emissões diretas e indiretas (escopos 1, 2 e 3);3. Reportar ao máximo possível as emissões de todos os gases de efeito estufa

relacionados pelo Protocolo de Quioto;4. Definir os limites do projeto de maneira ampla, para que incorporem as emissões sob

controle operacional da FIFA e do COL e/ou sob sua influência direta;5. Definir critérios claros de inclusão e exclusão para que seja possível decidir o que deve ou

não ser incluído no escopo;6. Identificar um conjunto de fatores de emissão de carbono consistente, relevante e de alta

qualidade, e que seja dentro do possível representativo da localização e da configuração do evento;

7. Fornecer as informações necessárias para a concepção de estratégias de mitigação e compensação de emissões de GEE;

8. Documentar de forma clara os níveis de incerteza relativos às fontes de dados.

A definição dos limites é uma atividade crítica para assegurar que uma pegada de carbono seja uma representação real das emissões de GEE produzidas por uma organização ou evento, além de ser um passo importante para o cumprimento de alguns dos princípios de contabilização e comunicação do GHG Protocol. A garantia de Relevância e Integralidade vai depender diretamente de uma compreensão clara do que “está” e do que “não está” incluído no escopo da pegada de carbono.

Essa definição de limites não é uma tarefa fácil para eventos esportivos tão complexos, como é o caso da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014, principalmente se considerarmos que não existem metodologias específicas para atividades desse tipo. A experiência de eventos anteriores proporciona algumas alternativas de como melhor aplicar as diretrizes do GHG Protocol e definir corretamente os limites do estudo. Todavia, reconhecendo que o GHG Protocol foi concebido para a contabilização das emissões corporativas, faz-se necessária certa adaptação para que seja possível aplicar este Protocolo em um evento esportivo como a Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014.

A Seção 3 a seguir mostra uma discussão detalhada sobre a definição dos limites para a Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014.

2. METODOLOGIA

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Nenhum protocolo ou norma pré-estabelece o que deve ser incluído ou excluído em uma pegada de carbono. Essa definição deve ser feita em conformidade direta com os objetivos da referida pegada.

Conforme discutido na introdução deste estudo, o principal objetivo desta pegada de carbono é estimar as emissões de GEE pelos eventos preparatórios e pela realização da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014. O foco principal concentra-se em estimar as emissões resultantes das atividades diretamente controladas ou sob influência da FIFA e do COL (ambos doravante conjuntamente referidos como FIFA/COL).

Para que haja um pleno entendimento da lógica de definição dos limites, é importante compreender como a Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 é organizada. O evento se divide em três (3) fases distintas, descritas abaixo:

• Fase Preparatória – A Fase Preparatória abrange todas as atividades e eventos em preparação tanto para a Copa do Mundo da FIFA 2014 como para a Copa das Confederações da FIFA 2013. Estas atividades e eventos incluem os sorteios e banquetes associados, operações gerais da FIFA/COL e outros eventos e atividades de menor porte;

• Fase de Realização da Copa das Confederações da FIFA 2013 – inclui todas as dezesseis (16) partidas da Copa das Confederações da FIFA, o Fórum do Football for Hope 2013 e o banquete da Copa das Confederações da FIFA;

• Fase de Realização da Copa do Mundo da FIFA 2014 – abrange todas as sessenta e quatro (64) partidas da Copa do Mundo da FIFA, as Fan Fests da FIFA no Brasil, as Fan Fests da FIFA Internacionais, o Festival Football for Hope 2014 e o banquete da Copa do Mundo da FIFA, entre outros eventos e atividades de menor porte.

Com os objetivos e a organização destacados acima em mente, o passo seguinte é definir os limites organizacionais e operacionais da pegada de carbono, e estabelecer critérios claros de inclusão e exclusão para decidir o que deve e o que não deve ser incluído no escopo do estudo.

3.1 Limites Organizacionais e Operacionais

3.1.1 Limites organizacionais

Os limites organizacionais definem os negócios e unidades que formam a empresa, organização ou evento, com o objetivo de contabilizar e reportar as emissões de GEE. Os limites organizacionais para a pegada de carbono de um evento são definidos a partir das unidades organizacionais necessárias para preparar e realizar o evento.

O GHG Protocol nos dá duas abordagens principais para a definição de limites organizacionais: participação no capital e controle. A abordagem de participação no capital é adequada para contabilização de emissões corporativas, uma vez que permite às empresas contabilizar as emissões de acordo com a sua participação no capital de uma determinada operação. Por sua vez, a abordagem de controle permite a alocação de emissões de acordo com o nível de controle de uma empresa sobre uma determinada operação, independentemente de sua participação no capital. Por razões práticas, divide-se ainda o controle em controle financeiro e controle operacional.

3. ESCOPO E LIMITES

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Segundo o GHG Protocol, “uma empresa tem o controle financeiro sobre a operação se ela tiver a capacidade de dirigir as políticas financeiras e operacionais da mesma, visando obter vantagens econômicas com suas atividades.” Considera-se a existência de controle operacional quando, apesar de não existir o controle financeiro, uma empresa “tem plena autoridade para introduzir e implementar suas políticas operacionais na operação.”

A seleção de uma abordagem de definição dos limites para a Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 é mais complexa se comparada ao procedimento para uma empresa convencional. Dado que a FIFA/COL não tem participação no capital de nenhuma das instalações utilizadas para sediar os eventos, a abordagem de participação no capital não pode ser empregada. A abordagem de controle financeiro é válida, mas não permitiria a inclusão de todas as atividades controladas pela FIFA/COL. Em muitos casos, durante os eventos preparatórios e de realização, a FIFA/COL terá o controle operacional de instalações que não são necessariamente controlados financeiramente por ela. Um bom exemplo disso é o controle sobre os estádios durante a realização da Copa do Mundo da FIFA 2014. A FIFA/COL terá o controle operacional dos estádios durante o período de exclusividade, mesmo não possuindo o controle financeiro dos mesmos.

Portanto, para a Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014, foi escolhida a abordagem de controle operacional, por ser a que melhor atende às necessidades específicas do evento e que proporcionará uma pegada de carbono mais relevante e completa.

Como resultado, os eventos (e atividades) preparatórios e de realização sobre os quais a FIFA/COL possui controle operacional estão dentro dos limites organizacionais da pegada de carbono da Copa do Mundo da FIFA 2014, como ilustra a Figura 3.1.

3.1.2 Limites operacionais

Uma vez definidos os limites organizacionais, a próxima etapa é identificar as fontes de emissões no âmbito das operações controladas. Essa tarefa exige uma compreensão ampla das operações e requer envolvimento do pessoal da FIFA/COL nos diferentes níveis organizacionais. Tal compreensão faz-se necessária para assegurar que as fontes de emissão estejam plena e corretamente identificadas, bem como para garantir que as emissões sejam devidamente categorizadas como diretas ou indiretas.

O limite operacional define as emissões associadas com as operações e atividades a serem relatadas, categorizando-as como emissões diretas ou indiretas.

Conforme definido pelo GHG Protocol, “emissões diretas são as emissões de fontes sob propriedade ou controle” da organização. Estas são denominadas emissões de Escopo 1. O GHG Protocol define as emissões indiretas como as “emissões que são consequência das atividades da organização, mas ocorrem em fontes sob propriedade ou controle de outra organização.” As emissões provenientes de eletricidade comprada são definidas como emissões de Escopo 2, ao passo que outras emissões indiretas, tais como emissões oriundas do transporte e hospedagem de espectadores, são definidas como emissões de Escopo 3.

Juntos, os limites organizacionais e operacionais estabelecidos constituem o limite da pegada de carbono da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014, conforme ilustrado pela Figura 3.1.

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Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014™Resumo do inventário de emissões de gases de efeito estufa da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014™

Figura 3.1: limites organizacionais e operacionais

FIFA/COL

Limites organizacionais

Eventos preparatórios

• Evento de sorteio preliminar e banquete da Copa do Mundo da FIFA 2014

• Evento de sorteio e banquete da Copa das Confederações da FIFA 2013

• Evento de sorteio final e banquete da Copa do Mundo da FIFA 2014

Eventos de realização da Copa das Confederações da FIFA 2013

• Partidas da Copa das Confederações da FIFA 2013• Fórum do Football for Hope 2013• Banquete da Copa das Confederações da FIFA 2013

Eventos de realização da Copa do Mundo da FIFA 2014

• Partidas da Copa do Mundo da FIFA 2014

• Festival do Football for Hope 2014• Fan Fests da FIFA no Brasil• Fan Fests da FIFA internacionais1

• Banquetes da Copa do Mundo da FIFA 2014

Limites operacionais

Transporte

• Transporte internacional, urbano e interurbano para os participantes2

Hospedagem

• Hospedagem para os participantes

Instalações

• Instalações para os eventos preparatórios e de realização• Instalações temporárias• Base das associações-membro participantes da Copa do Mundo da FIFA• Locais de treinamento específicos• Hotéis das associações-membro participantes da Copa do Mundo da FIFA• Centro de transmissão internacional (IBC)

Atividades Contínuas3

• Infraestrutura de mídia (Produção de TV e Mídia on-line e impressa)• Operações da FIFA/COL• Logística • Produção de material promocional

1 Até o momento não foi confirmado onde e quando serão realizadas as Fan Fests Internacionais. As estimativas foram feitas com base em competições anteriores da FIFA.

2 Participantes incluem espectadores, pessoal da FIFA/COL, pessoal de operações nos locais de eventos, associações-membro participantes, árbitros, voluntários e outros.

3 Atividades Contínuas são aquelas comuns às 3 fases e que permanecem ativas durante e/ou entre as 3 fases.

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3.2 Período de contabilizaçãoPara haver consistência com os limites de projeto estabelecidos para a Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014, incluindo suas três (3) fases distintas (Preparatória, Realização da Copa das Confederações da FIFA e Realização da Copa do Mundo da FIFA) e objetivando considerar um conjunto abrangente de fontes de emissões, o período de contabilização desta pegada de carbono vai de julho de 2011 até o fim de setembro de 2014, tendo como marco inicial, o sorteio preliminar da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014, realizado na Marina da Glória, Rio de Janeiro.

3.3 Critérios de inclusão/exclusão

Conforme discutido na Seção 2 – Metodologia, a determinação clara das emissões que devem e que não devem ser incluídas no escopo do projeto é vital para a relevância e a integralidade da pegada de carbono da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014. Dada a proporção global, a magnitude e a complexidade do evento e as múltiplas interfaces que apresenta com outras iniciativas do governo brasileiro e dos governos das-sedes, tem-se pela frente um grande desafio, que exige o estabelecimento de um conjunto de critérios claros que dêem suporte à inclusão ou à exclusão de fontes de emissão no escopo da pegada.

A Figura 3.2 ilustra o processo que ampara as decisões sobre o que deve ser incluído ou excluído do escopo da pegada de carbono da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014.

Figura 3.2: processo de decisão de inclusão/exclusão

sim sim sim sim

sim sim

nãonão

não

nãonão

Consequênciadireta da Copa do Mundo da FIFA

2014?

Sob controleoperacional

da FIFA/COL?

Influênciadireta da

FIFA/COL?

emissõessão

relevantes?

As emissõespodem serestimadas?

As emissõessão

materiais?Incluir

Excluir

não

Em linhas gerais, o processo de decisão propõe que uma fonte de emissões deve ser incluída se:

• Estiver sob controle operacional da FIFA/COL;

• A FIFA/COL pode exercer influência direta, ou;

• For considerado crítico pelas principais partes interessadas.

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Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014™Resumo do inventário de emissões de gases de efeito estufa da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014™

Para fins de facilitar o entendimento, introduzimos adiante os conceitos-chave associados à interpretação do processo decisório apresentado na Figura 3.2.

Consequência direta: emissões resultantes dos eventos preparatórios e dos torneios são de consequência direta da Copa do Mundo da FIFA 2014.

Controle operacional: controle operacional é uma das abordagens de consolidação estabelecidas no GHG Protocol, e se constitui na abordagem escolhida pela FIFA/COL para o estabelecimento do limite para a Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014. A FIFA/COL tem o controle operacional quando FIFA/COL possuir autoridade total para introduzir e implementar suas próprias práticas e políticas operacionais no evento (ou operação).

Influência direta: a influência direta da FIFA/COL é determinada por exigências de suprimentos e de especificações, bem como por áreas dentro do controle operacional da FIFA/COL. A influência da FIFA/COL nos processos decisórios pode impactar diretamente as emissões associadas aos eventos.

Materialidade: segundo o GHG Protocol, “as informações serão consideradas materiais se, por sua inclusão ou exclusão, se observar influência em quaisquer decisões ou ações tomadas pelos seus usuários. Uma discrepância material é um erro (por exemplo, por equívoco, omissão ou erro de cálculo) que resulta em uma quantidade reportada ou declarada significativamente diferente do valor ou significado real.” (GHG Protocol).

Relevância: as emissões relacionadas às principais atividades operacionais e à missão da FIFA/COL, bem como as emissões consideradas importantes pelas principais partes interessadas ou pela percepção do público, são consideradas relevantes independentemente da sua materialidade.

3.3.1 Fontes incluídas

Cada um dos eventos preparatórios e dos torneios realizados dentro dos limites organizacionais apresentará emissões por uma ou mais fontes identificadas dentro dos limites operacionais. Por sua vez, as fontes identificadas dentro dos limites operacionais, têm uma ou mais fontes primárias, por exemplo: uso de eletricidade, geração de resíduos ou logística, conforme ilustrado na Figura 3.3: resumo das Fontes Incluídas. Tais fontes primárias podem ser diretas (Escopo 1) ou indiretas (Escopo 2 ou Escopo 3) para a FIFA/COL.

É importante observar que os escritórios da FIFA/COL e a logística geral também estão incluídos, embora não sejam atribuídos a um evento preparatório ou torneio específico, mas à preparação da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 como um todo.

Também é importante destacar que estão também incluídas a construção, a operação e a desmobilização de instalações temporárias para o apoio a diferentes eventos da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014, dado que, ao contrário da construção de uma nova infraestrutura pública e da construção ou melhoria de estádios, estas instalações não são permanentes e serão erigidas exclusivamente para os eventos, sendo desmobilizadas após a sua realização.

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Figura 3.3: resumo das fontes incluídas

Fase Evento Fontes de Emissão Tipo de Fonte*

Preparação • Sorteio Preliminar da Copa do Mundo da FIFA 2014

• Sorteio da Copa das Confederações da FIFA 2013

• Sorteio Final da Copa do Mundo da FIFA 2014

• Banquetes

• Locais dos eventos preparatórios• Transporte Internacional, urbano

e interurbano para participantes• Hospedagens para participantes• Escritórios e sede da FIFA /COL• Logística• Produção de material

promocional• Frota dedicada de veículos

• Produção de energia• Uso de eletricidade• Gases refrigerantes• Tratamento de resíduos/

efluentes• Alimentos e bebidas• Logística• Carros• Ônibus urbanos/rodoviários• Trem/metrô• Transporte limpo• Avião

Realização da Copa das Confederações da FIFA

• Partidas da Copa das Confederações da FIFA 2013

• Fórum do Football for Hope 2013

• Banquete

• Locais para a realização dos eventos

• Instalações temporárias• Bases das associações-membro

participantes• Locais de treinamento específico• Transporte Internacional, urbano

e interurbano para participantes• Hospedagem para participantes• Centro de mídia da FIFA• Produção de TV• Mídia on-line/impressa• Escritórios e sede da FIFA /COL• Logística • Produção de material

promocional• Frota dedicada de veículos

• Produção de energia• Uso de eletricidade• Gases refrigerantes• Tratamento de resíduos/

efluentes• Alimentos e bebidas• Logística• Carros• Ônibus urbanos/rodoviários• BRT• Trem/metrô• Transporte limpo• Avião

Realização da Copa do Mundo da FIFA

• Partidas da Copa do Mundo da FIFA 2014

• Festival Football for Hope 2014• Fan Fests da FIFA no Brasil• Fan Fests da FIFA internacionais• Banquete

• Locais para a realização dos eventos

• Instalações temporárias• Bases das associações-membro

participantes• Hotéis das associações-membro

participantes• Locais de treinamento específico• Transporte Internacional, urbano

e interurbano para participantes• Hospedagem para participantes• Centro de mídia da FIFA• Centro de transmissões internac.• Produção de TV• Mídia on-line/impressa• Escritórios e sede da FIFA /COL• Logística• Produção de material

promocional• Frota dedicada de veículos

• Produção de energia• Uso de eletricidade• Gases refrigerantes• Tratamento de resíduos/

efluentes• Alimentos e bebidas• Logística• Carros• Ônibus urbanos/rodoviários• BRT• Trem/metrô• Transporte limpo• Avião

* Nem todos os eventos/atividades terão todos os tipos de fontes listadas na Figura 3.3. Os tipos de fontes dependerão do tipo de atividades.

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3.3.2 Fontes excluídas

Outras fontes de emissões foram consideradas, mas acabaram sendo excluídas dos limites organizacionais e operacionais da FIFA/COL por não estarem sob o controle e/ou influência direta da FIFA/COL. Dentre as fontes de emissões excluídas, estão a construção de estádios, infraestrutura de transportes, outras construções, material promocional de terceiros não-licenciados, reuniões sociais locais de caráter “informal”, o acompanhamento das partidas em casa por televisão, e o legado ou emissões pós-evento, entre outras.

Algumas fontes emissoras também foram excluídas com base na falta de informações e/ou materialidade. Tais fontes englobam principalmente os eventos preparatórios de menor porte e o Concerto da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014.

Outras exclusões importantes estão associadas às emissões por não portadores de ingresso acompanhando portadores, dado que, diferentemente dos portadores de ingresso, os acompanhantes estarão viajando para o Brasil principalmente a turismo, não para assistir a Copa do Mundo da FIFA 2014. Presume-se que esses acompanhantes não portadores de ingresso substituirão os turistas em geral que viajariam ao Brasil durante o mesmo período e que evitarão fazê-lo por motivos de conveniência e economia (tarifas aéreas, acomodações e refeições mais caras, saturação da infraestrutura hoteleira e voos lotados, indisponibilidade de veículos para aluguel, etc.).

A Figura 3.4 a seguir traz um resumo das fontes excluídas.

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Figura 3.4: resumo das fontes excluídas

Fase Evento/Atividade Fontes de Emissão Tipo de Fonte*

Preparatória • Construção de estádios • Materiais• Geradores a diesel• Transporte terrestre de

materiais

• Produção de energia• Uso de eletricidade• Emissões de materiais• Caminhões• Trem• Tratamento de resíduos

• Construção de outras infraestruturas municipais

• Materiais• Geradores a diesel• Transporte terrestre de

materiais

• Produção de energia• Uso de eletricidade• Emissões de materiais• Caminhões• Trem• Tratamento de resíduos

• Eventos preparatórios de pequeno porte

• Workshop das associações-membro participantes

• Workshops de estádios• Workshops de marketing• Workshop de comunicação com

partes interessadas• Reuniões dos conselhos do COL

e da Copa do Mundo da FIFA• Workshops das Fan Fests• Reunião operacional no estádio• Visitas de inspeção nos estádios • Treinamento de gerentes dos

estádios• Reunião das associações-

membro participantes da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014

• Workshop dos Coordenadores Gerais

• Treinamento de árbitros• Viagens preparatórias das PMAs• Workshop da FIFA/COL

• Locais dos eventos • Logística• Frota dedicada de veículos

• Produção de energia• Uso de eletricidade• Gases refrigerantes• Fornecedores de alimentos• Tratamento de resíduos/

efluentes• Logística• Carros/caminhões• Ônibus urbanos/

rodoviários• Trem/metrô• Transporte limpo• Avião

Realização • Concerto da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014

• Material promocional não-licenciado

• Locais dos eventos• Produção de material

promocional

• Produção de energia• Uso de eletricidade• Gases refrigerantes• Fornecedores de alimentos• Tratamento de resíduos/

efluentes• Logística• Carros/caminhões• Ônibus urbanos/

rodoviários• Trem/metrô• Transporte limpo• Avião

Legado • Atividades pós-eventos4 • Locais dos eventos • Produção de energia• Gases refrigerantes• Tratamento de resíduos/

efluentes

Obs.: Nem todos os eventos/atividades terão todos os tipos de fontes relacionadas na Figura 3.4 Os tipos de fontes dependerão do tipo de atividade.

4 Legado, atividades pós-evento, estão primariamente associados a transição de locais de eventos e outras instalações, para sua configuração de legado permanente.

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Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014™Resumo do inventário de emissões de gases de efeito estufa da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014™

Os resultados são apresentados por dois grandes ângulos: por fase e por tipo. Ambas consolidações por fase e por tipo representam 100% das emissões previstas de gases de efeito estufa pela Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014™.

A consolidação por fase representa a divisão das emissões para cada grande evento, a saber, a Fase Preparatória, a Fase de Realização da Copa das Confederações da FIFA e a Fase de Realização da Copa do Mundo da FIFA; isso torna a consolidação por fase análoga à consolidação dos limites organizacionais.

A consolidação por tipo é uma compilação de emissões pelas principais categorias de fontes primárias de gases de efeito estufa, relevantes para a Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014.

4.1 Resultados por fase

A pegada de carbono da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 prevê que o evento, em sua totalidade, gere pouco mais de 2,7 milhões de tCO2e, incluindo a Preparação, a Realização da Copa das Confederações da FIFA e a Realização da Copa do Mundo da FIFA. A Realização da Copa do Mundo da FIFA é responsável pela maior parte das emissões (90,8%), seguida pela Realização da Copa das Confederações da FIFA, que também contribui com uma parte significativa (7,8%). A Tabela 4.1 a seguir divide as emissões conforme cada grande evento e atividade por fase.

Tabela 4.1: resultados totais por fase

Resumo dos resultados Total de emissões (tCO2e)

% da fase % do total da pegada de carbono da Copa do

Mundo da FIFA 2014

Preparação 38,048 100.0% 1.4%

• Evento Sorteio Preliminar da Copa do Mundo da FIFA 2014 5,069 13.3% 0.2%

• Evento Sorteio da Copa das Confederações da FIFA 2013 2,054 5.4% 0.1%

• Evento Sorteio Final da Copa do Mundo da FIFA 2014 5,221 13.7% 0.2%

• Operações da FIFA/COL 25,704 67.6% 0.9%

Realização da Copa das Confederações da FIFA Brasil 2013 213,706 100.0% 7.8%

• Partidas da Copa das Confederações da FIFA 2013 212,233 99.3% 7.8%

• Fórum do Football for Hope 2013 209 0.1% 0.0%

• Banquete da Copa das Confederações da FIFA 2013 100 0.1% 0.0%

• Operações da FIFA/COL 1,164 0.5% 0.0%

Realização da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 2,472,002 100.0% 90.8%

• Partidas da Copa do Mundo da FIFA 2014 2,281,448 92.3% 83.8%

• FIFA Fan Fests 79,084 3.2% 2.9%

• Fan Fests internacionais 105,112 4.3% 3.9%

• Festival do Football for Hope 2014 2,842 0.1% 0.1%

• Banquetes da Copa do Mundo da FIFA 2014 82 0.0% 0.0%

• Operações da FIFA/COL 3,434 0.1% 0.1%

Total geral - preparação e realização 2,723,756 100%

4. RESUMO DOS RESULTADOS

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As emissões da Fase Preparatória da Copa do Mundo da FIFA são mostradas na Figura 4.1 abaixo. Nas operações da FIFA/COL estão incluídas as emissões das atividades diárias de seu escritório e pelo transporte internacional e interurbano, que correspondem às principais contribuições para as emissões da Fase Preparatória. A previsão é de que o Sorteio Final da Copa do Mundo da FIFA seja comparável ao Sorteio Preliminar da Copa do Mundo da FIFA em termos de porte e estilo, com uma pegada de carbono igualmente similar para ambos os eventos.

Figura 4.1: distribuição das emissões de GEE – Fase Preparatória

13% Evento Sorteio Preliminar da Copa do Mundo da FIFA 2014

5% Evento Sorteio da Copa das Confederações da FIFA 2013

14% Evento Sorteio Final da Copa do Mundo da FIFA 2014

68% Operações da FIFA/COL

As emissões durante a Realização da Copa das Confederações da FIFA são mostradas na Figura 4.2. a seguir

Figura 4.2: distribuição das emissões de GEE – fase de realização da Copa das Confederações da FIFA Brasil 2013

99% Partidas da Copa das Confederações da FIFA 2013

1% Operações da FIFA/COL

0% Banquete da Copa das Confederações da FIFA 2013

0% Fórum do Football for Hope 2013

Apesar das emissões das partidas da Copa das Confederações da FIFAnão serem tão importantes quanto as das partidas da Copa do Mundo da FIFA, elas predominam e são responsáveis por 99% das emissões totais da Fase de Realização da Copa das Confederações da FIFA.

A Fase de Realização da Copa do Mundo da FIFA engloba três eventos de porte: as partidas propriamente ditas, as Fan Fests da FIFA no Brasil e as Fan Fests da FIFA internacionais. Conforme mostrado na Figura 4.3, as partidas da Copa do Mundo da FIFA respondem pela maior parte das emissões (93%), enquanto se prevê que as Fan Fests da FIFA no Brasil e Internacionais respondam, respectivamente, por 3% e 4% do total de emissões da Fase de Realização da Copa do Mundo da FIFA.

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Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014™Resumo do inventário de emissões de gases de efeito estufa da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014™

As emissões do transporte internacional para a Fase de Realização da Copa do Mundo da FIFA estão alocadas nas partidas da Copa do Mundo da FIFA. Optou-se por essa estratégia de consolidação, pois não se espera que os espectadores viajem até o Brasil durante o período da Copa do Mundo da FIFA somente para as Fan Fests, Banquetes ou outros eventos menores. A razão fundamental da viagem internacional é para assistir as partidas.

Figura 4.3: distribuição das emissões de GEE – Fase de Realização da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014

93% Partidas da Copa do Mundo da FIFA 2014

3% FIFA Fan Fests

4% Fan Fests internacionais

0% Festival do Football for Hope 2014

0% Banquetes da Copa do Mundo da FIFA 2014

0% Operações da FIFA/COL

Conforme resumido na Tabela 4.2 a seguir, a grande maioria das emissões são de Escopo 3, a saber, outras emissões indiretas associadas principalmente ao transporte. As emissões de Escopo 1 se referem à fuga de gases refrigerantes; à geração de eletricidade, controlada pela FIFA, nos estádios, no IBC da Copa do Mundo da FIFA e em outras instalações; e emissões da frota de veículos da FIFA. As emissões totais de Escopo 2, provenientes da eletricidade comprada, são relativamente baixas, em parte devido a rede elétrica brasileira, que é considerada limpa.

Tabela 4.2: emissões de GEE da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 por escopo

Escopo Emissões (tCo2e) %

Escopo 1 14,885 0.5%

Escopo 2 42,395 1.6%

Escopo 3 2,666,476 97.9%

Total 2,723,756 100.0%

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4.2 Resultados por tipoAs emissões de gases de efeito estufa pela Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 por tipo são exibidas na Tabela 4.3. De maneira geral, o transporte internacional (50,6%) e o transporte interurbano (29,5%) são os dois contribuintes mais significativos. Hospedagem (5,7%), construção de instalações temporárias (4,1%) e transporte urbano (3,6%) são contribuintes intermediários para a pegada de carbono da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014.

Tabela 4.3: resultados da pegada de carbono da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 por tipo

Tipo Total de emissões (tCO2e)

% do total da Copa do Mundo da FIFA

Brasil 2014

Total 2,723,756 100.0%

Transporte 2,280,050 83.7%

- Transporte internacional 1,379,189 50.6%

- Transporte interurbano 802,397 29.5%

- Transporte urbano 98,464 3.6%

Hospedagem 155,316 5.7%

Locais de eventos 262,759 9.6%

- Uso de eletricidade 55,680 2.0%

- Construção de instalações temporárias 111,500 4.1%

- Alimentos e bebidas 62,808 2.3%

- Resíduos e efluentes 32,098 1.2%

- Fuga de gases refrigerantes 673 0.0%

Produção de mercadorias 16,708 0.6%

Logística 8,923 0.3%

Comparativamente à Copa do Mundo da FIFA na África do Sul, as emissões por transporte urbano, hospedagem e uso de eletricidade nos locais de eventos são mais baixas porque o Brasil possui uma rede de eletricidade bastante limpa (predominantemente hidrelétrica) e faz uso de combustíveis líquidos com menor geração de carbono. De uma forma geral, calcula-se que a fuga de gases refrigerantes e a logística devem responder por menos de 1% das emissões da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014.

As emissões de GEE por tipo são ilustradas na Figura 4.4. A categoria "Transporte" é composta por transporte internacional, interurbano e urbano, enquanto a categoria "Locais de Eventos" engloba o consumo de eletricidade, construção de instalações temporárias, a produção de alimentos e bebidas, a disposição de resíduos e tratamento de efluentes, e a fuga de gases refrigerantes.

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Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014™Resumo do inventário de emissões de gases de efeito estufa da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014™

Figura 4.4: emissões de GEE da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 por tipo

83.7% Transporte

5.7% Hospedagem

9.6% Locais de Eventos

0.3% Logística

0.6% Produção de mercadorias

A Figura 4.5 a seguir, mostra o peso do transporte individual (urbano, interurbano e internacional) nas emissões totais do transporte durante os eventos e atividades das três fases (Preparatória, Realização da Copa das Confederações da FIFA e Realização da Copa do Mundo da FIFA). Predomina o transporte internacional (61%), seguido pelo interurbano (35%).

Figura 4.5: distribuição das emissões de GEE na Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 – Transporte

61% Transporte internacional

35% Transporte interurbano

4% Transporte urbano

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Árbitros: árbitros e assistentes responsáveis pela arbitragem das partidas da Copa das Confederações da FIFA e da Copa do Mundo da FIFA.

Associações-membro participantes (PMAs): as associações-membro que estão participando da Copa do Mundo da FIFA juntamente com as suas equipes nacionais. Mais detalhes sobre as associações participantes da Copa do Mundo da FIFA 2014™ estão disponíveis em http://www.fifa.com/aboutfifa/organisation/associations.html

BS 8901: especificação de 2009, desenvolvida pela British Standards Institution, que estabelece um conjunto de diretrizes para ajudar no planejamento e gerenciamento de eventos sustentáveis. Disponível em: http://shop.bsigroup.com/en/ProductDetail/?pid=000000000030196056

COL: O Comitê Organizador Local é uma empresa privada 100% financiada pela FIFA e independente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O COL é responsável por organizar a Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014™, a Copa das Confederações da FIFA Brasil 2013, e os eventos preparatórios.

Espectadores: público em geral, portadores de pacotes de hospitalidade, e VIPs que participam das partidas e de outros eventos.

FIFA: Fédération Internationale de Football Association.

FIFA Fan Fests no Brasil: eventos organizados pela FIFA, seus parceiros e autoridades locais nas sedes e que permitem aos torcedores assistirem às partidas e participarem de outras atividades com outros torcedores durante os jogos da Copa do Mundo da FIFA.

FIFA Fan Fests internacionais: eventos organizados pela FIFA em cidades selecionadas pelo mundo, onde torcedores podem assistir as partidas e participar de atividades com outros torcedores nos dias de partidas da Copa do Mundo da FIFA.

Fotógrafos: profissionais de mídia especializados e credenciados pela FIFA para cobrir a Copa das Confederações da FIFA e a Copa do Mundo da FIFA.

GHG Protocol Corporate Accounting Standard: é uma norma desenvolvida pelo World Resources Institute (WRI) e pelo World Business Council for Sustainable Development (WBCSD) para orientar empresas em sua contabilidade de GEE. Detalhes em: http://www.ghgprotocol.org/standards/corporate-standard

Green Goal: programa oficial de meio ambiente da Copa do Mundo da FIFA 2006, Copa do Mundo da FIFA 2010 e Copa do Mundo Feminina da FIFA 2011. Mais detalhes em: http://www.fifa.com/aboutfifa/socialresponsibility/environmental.html

ISO 14064.1: norma com princípios e requisitos em nível organizacional para a quantificação e registro de GEE e suas remoções, desenvolvida pela International Standards Organization para orientar as organizações quanto à contabilização de gases do efeito estufa. Norma disponível em: http://www.iso.org/iso/catalogue_detail?csnumber=38381

5. GLOSSÁRIO

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Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014™Resumo do inventário de emissões de gases de efeito estufa da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014™

ISO 20121:2012: norma desenvolvida pela International Standards Organization que especifica os requisitos para um sistema de gerenciamento da sustentabilidade em qualquer tipo de evento ou atividade correlata, e que dá orientações sobre o atendimento a tais requisitos. Disponível em: http://www.iso.org/iso/catalogue_detail?csnumber=54552

Locais de eventos e outras instalações: são todos os estabelecimentos em que ocorram as principais atividades da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014, tais como: estádios, locais das Fan Fests e banquetes, entre outros.

Mídia: profissionais de imprensa credenciados e autorizados pela FIFA para cobrir a Copa do Mundo da FIFA e a Copa das Confederações da FIFA.

PAS 2050: especificação de 2011 para a avaliação das emissões de GEE durante o ciclo de vida de bens e serviços, desenvolvida pela British Standards Institution. Disponível para download em: http://shop.bsigroup.com/en/forms/PASs/PAS-2050

Pessoal de operações nos locais de eventos: inclui o pessoal de operações nos estádios, bem como o pessoal de suporte na produção dos eventos em outras instalações, como as Fan Fests e os Sorteios.

Sedes: cidades escolhidas para sediar as partidas da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014™. As sedes escolhidas e seus respectivos estádios são os seguintes:

BHZ – Belo Horizonte – Estádio MineirãoBRS – Brasília – Estádio Nacional de BrasíliaCBA – Cuiabá – Arena PantanalCUR – Curitiba – Arena da BaixadaFTL – Fortaleza – Arena CastelãoMAN – Manaus – Arena AmazôniaNTL – Natal – Estádio das DunasPTA – Porto Alegre – Estádio Beira-RioRCF – Recife – Arena PernambucoRIO – Rio de Janeiro – Estádio do MaracanãSAL – Salvador – Arena Fonte NovaSAO – São Paulo – Arena de São Paulo

Voluntários: pessoas recrutados pelo COL e que colaboram com a FIFA e com o COL durante a Copa das Confederações da FIFA e a Copa do Mundo da FIFA, realizando diversas funções.

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Capítulo 1 - IntroduçãoFIFA (2006). Green Goal – Legacy Report. Stahl, H., Hochfeld, C., and Schmied, M. Organizing Committee, 2006 FIFA World Cup, Frankfurt, Germany. Disponível em: http://www.fifa.com/mm/document/afsocial/environment/01/57/12/66/2006fwcgreengoallegacyreport_en.pdf

FIFA (2010). Green Goal 2010 – Legacy Report. http://www.fifa.com/worldcup/archive/southafrica2010/news/newsid=1476740/index.html

FIFA (2011). Green Goal – Legacy Report. FIFA Women’s World Cup 2011. Wolter, U, and Schulte, S. Disponível em:http://www.fifa.com/mm/document/afsocial/environment/01/57/12/83/fwwc2011green_goal_legacy_report_en.pdf

FIFA (2012). 2014 FIFA World Cup™. Sustainability Strategy – Concept. Disponível em: http://www.fifa.com/mm/document/tournament/loc/01/65/19/25/sustainability_strategy_e_web.pdf

FIFA CSR (2013). Site da FIFA sobre sua Responsabilidade Social. Disponível em:http://www.fifa.com/aboutfifa/socialresponsibility/environmental.html

Capítulo 2 - Metodologia

BS 8901 (2010). BS 8901 Sustainability in Event Management. British Standards Institution, United Kingdom. Disponível em: http://sustainable-event-alliance.org/how-to-guides/projects/bs-8901/

Econ Pöyry (2009). Feasibility Study for a Carbon Neutral 2010 FIFA World Cup in South Africa. Econ Pöyry AB, Stockholm, Sweden. Disponível em: http://www.norway.org.za/NR/rdonlyres/3E6BB1B1FD2743E58F5B0BEFBAE7D958/114457/FeasibilityStudyforaCarbonNeutral2010FIFAWorldCup.pdf

Protocolo GHG. The Greenhouse Gas Protocol. A Corporate Accounting and Reporting Standard, Revised Edition. World Business Council for Sustainable Development and World Resources Institute. Disponível em: http://www.ghgprotocol.org/standards/corporate-standard

ISO (2006). ISO-14064-1:2006. Greenhouse gases – Part 1: Specification with guidance at the organization level for quantification and reporting of greenhouse gas emissions and removals. International Organization for Standardization (ISO), Geneva, Switzerland. Disponível em: http://www.iso.org/iso/catalogue_detail?csnumber=38381

ISO (2012). ISO 20121: 2012. Event sustainability management systems – Requirements with guidance for use. International Organization for Standardization (ISO), Geneva, Switzerland. Disponível em:http://www.iso.org/iso/catalogue_detail?csnumber=54552

6. REFERÊNCIAS

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Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014™Resumo do inventário de emissões de gases de efeito estufa da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014™

London 2012 (2010). London 2012: Carbon footprint study – Methodology and reference footprint. Simmons, C., Stentiford,C., Laorga, R. and Sheane, R., Best Foot Forward, London, England, 2010. Disponível em: http://www.london2012.com/mm%5CDocument%5CPublications%5CSustainability%5C01%5C24%5C08%5C76%5Ccarbon-footprint-study.pdf

PAS 2050 (2011). PAS 2050: 2011 Specification for the assessment of the life cycle greenhouse gas emissions of goods and services. British Standards Institution, United Kingdom. Disponível em:http://shop.bsigroup.com/en/forms/PASs/PAS-2050

Capítulo 3 - Escopo e Limites

Protocolo GEE. The Greenhouse Gas Protocol. A Corporate Accounting and Reporting Standard, Revised Edition. World Business Council for Sustainable Development and World Resources Institute, p. 69. Disponível em:http://www.ghgprotocol.org/standards/corporate-standard

Lista de Tabelas

Tabela 4.1: resultados totais por fase 15

Tabela 4.2: 2014 emissões de GEE da Copa do Mundo da FIFA por escopo 17

Tabela 4.3: resultados da pegada de carbono da Copa do Mundo FIFA 2014™ por tipo 18

Lista de Figuras

Figura 3.1: limites organizacionais e operacionais 9

Figura 3.2: processo de decisão de inclusão/exclusão 10

Figura 3.3: resumo das fontes incluídas 12

Figura 3.4: resumo das fontes excluídas 14

Figura 4.1: distribuição das emissões de GEE – Fase Preparatória 16

Figura 4.2: distribuição das emissões de GEE – fase de realização da COPA DAS CONFEDERAÇÕES DA FIFA 16

Figura 4.3: distribuição das emissões de GEE – Fase de Realização da Copa do Mundo da FIFA 17

Figura 4.4: emissões de GEE da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 por tipo 19

Figura 4.5: distribuição das emissões de GEE na Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 – Transporte 19

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