Resumo libras

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A Idade Média (adj. medieval) é um período da história da Europa entre os séculos V e XV . Inicia-se com a Queda do Império Romano do Ocidente e termina durante a transição para a Idade Moderna . A Idade Média é o período intermédio da divisão clássica da História ocidental em três períodos: a Antiguidade , Idade Média e Idade Moderna, sendo frequentemente dividido em Alta e Baixa Idade Média. Durante a Alta Idade Média verifica-se a continuidade dos processos de despovoamento, regressão urbana, e invasões bárbaras iniciadas durante a Antiguidade tardia . Os ocupantes bárbaros formam novos reinos, apoiando-se na estrutura doImpério Romano do Ocidente . No século VII, o Norte de África e o Médio Oriente , que tinham sido parte do Império Romano do Oriente tornam-se territórios islâmicos depois da sua conquista pelos sucessores de Maomé . O Império Bizantino sobrevive e torna-se uma grande potência. No Ocidente, embora tenha havido alterações significativas nas estruturas políticas e sociais, a rutura com a Antiguidade não foi completa e a maior parte dos novos reinos incorporaram o maior número possível de instituições romanas pré- existentes. O cristianismo disseminou-se pela Europa ocidental e assistiu-se a um surto de edificação de novos espaços monásticos. Durante os séculos VII e VIII, os Francos , governados pela dinastia carolíngia , estabeleceram um império que dominou grande parte da Europa ocidental até ao século IX, quando se desmoronaria perante as investidas de Vikings do norte, Magiares de leste e Sarracenos do sul. Durante a Baixa Idade Média , que teve início depois do ano 1000, verifica-se na Europa um crescimento demográfico muito acentuado e um renascimento do comércio, à medida que inovações técnicas e agrícolas permitem uma maior produtividade de solos e colheitas. É durante este período que se iniciam e consolidam as duas estruturas sociais que dominam a Europa até aoRenascimento : o senhorialismo – a organização de camponeses em aldeias que pagam renda e prestam vassalagem a um nobre – e o feudalismo — uma estrutura política em que cavaleiros e outros nobres de estatuto inferior prestam serviço militar aos seus senhores, recebendo como compensação uma propriedade senhorial o direito a cobrar impostos em determinado território. As Cruzadas , anunciadas pela primeira vez em 1095, representam a tentativa da cristandade em recuperar dosmuçulmanos o domínio sobre a Terra Santa , tendo chegado a estabelecer alguns estados cristãos no Médio Oriente. A vida cultural foi dominada pela escolástica , uma filosofia que procurou unir a fé à razão , e pela fundação das primeiras universidades . A obra de Tomás de Aquino , a pintura de Giotto , a poesia de Dante e Chaucer , as viagens de Marco Polo e a edificação das imponentes catedrais góticas estão entre as mais destacadas façanhas artísticas deste período. Os dois últimos séculos da Baixa Idade Média ficaram marcados por várias guerras, adversidades e catástrofes. A população foi dizimada por sucessivas carestias e pestes; só a peste negra foi responsável pela morte de um terço da população europeia entre 1347 e 1350. O Grande Cisma do Ocidente no seio da Igreja teve consequências

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A Idade Média (adj. medieval) é um período da história da Europa entre os séculos V e XV. Inicia-se com a Queda do Império Romano do Ocidente e termina durante a transição para a Idade Moderna. A Idade Média é o período intermédio da divisão clássica da História ocidental em três períodos: a Antiguidade, Idade Média e Idade Moderna, sendo frequentemente dividido em Alta e Baixa Idade Média.

Durante a Alta Idade Média verifica-se a continuidade dos processos de despovoamento, regressão urbana, e invasões bárbaras iniciadas durante a Antiguidade tardia. Os ocupantes bárbaros formam novos reinos, apoiando-se na estrutura doImpério Romano do Ocidente. No século VII, o Norte de África e o Médio Oriente, que tinham sido parte do Império Romano do Oriente tornam-se territórios islâmicos depois da sua conquista pelos sucessores de Maomé. O Império Bizantinosobrevive e torna-se uma grande potência. No Ocidente, embora tenha havido alterações significativas nas estruturas políticas e sociais, a rutura com a Antiguidade não foi completa e a maior parte dos novos reinos incorporaram o maior número possível de instituições romanas pré-existentes. O cristianismo disseminou-se pela Europa ocidental e assistiu-se a um surto de edificação de novos espaços monásticos. Durante os séculos VII e VIII, os Francos, governados pela dinastia carolíngia, estabeleceram um império que dominou grande parte da Europa ocidental até ao século IX, quando se desmoronaria perante as investidas de Vikings do norte, Magiares de leste e Sarracenos do sul.

Durante a Baixa Idade Média, que teve início depois do ano 1000, verifica-se na Europa um crescimento demográfico muito acentuado e um renascimento do comércio, à medida que inovações técnicas e agrícolas permitem uma maior produtividade de solos e colheitas. É durante este período que se iniciam e consolidam as duas estruturas sociais que dominam a Europa até aoRenascimento: o senhorialismo – a organização de camponeses em aldeias que pagam renda e prestam vassalagem a um nobre – e o feudalismo — uma estrutura política em que cavaleiros e outros nobres de estatuto inferior prestam serviço militar aos seus senhores, recebendo como compensação uma propriedade senhorial o direito a cobrar impostos em determinado território. As Cruzadas, anunciadas pela primeira vez em 1095, representam a tentativa da cristandade em recuperar dosmuçulmanos o domínio sobre a Terra Santa, tendo chegado a estabelecer alguns estados cristãos no Médio Oriente. A vida cultural foi dominada pela escolástica, uma filosofia que procurou unir a fé à razão, e pela fundação das primeiras universidades. A obra de Tomás de Aquino, a pintura de Giotto, a poesia de Dante e Chaucer, as viagens de Marco Polo e a edificação das imponentes catedrais góticas estão entre as mais destacadas façanhas artísticas deste período.

Os dois últimos séculos da Baixa Idade Média ficaram marcados por várias guerras, adversidades e catástrofes. A população foi dizimada por sucessivas carestias e pestes; só a peste negra foi responsável pela morte de um terço da população europeia entre 1347 e 1350. O Grande Cisma do Ocidente no seio da Igreja teve consequências profundas na sociedade e foi um dos fatores que esteve na origem de inúmeras guerras entre estados. Assistiu-se também a diversas guerras civis e revoltas populares dentro dos próprios reinos. O progresso cultural e tecnológico transformou por completo a sociedade europeia, concluindo a Idade Média e dando início à Idade Moderna.

Alta Idade Média[editar]

Novas sociedades[editar]

Ver artigos principais: Migrações dos povos bárbaros e Queda do Império Romano do Ocidente

Moeda de Teodorico, o Grande

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A estrutura política da Europa Ocidental alterou-se significativamente com o fim da união do Império Romano. Embora as atividades dos povos bárbaros sejam frequentemente descritas como "invasões", não se trataram de meras campanhas militares, mas sim migrações de populações inteiras para o território do império. A migração foi facilitada pela recusa das elites romanas em financiar o seu exército.35 Os imperadores do século V eram na maior parte dos casos controlados por militares influentes como Estilicão, Ricimero, Gundebaldo ou Aspar, quase sempre estrangeiros ou de ascendência estrangeira. Após a interrupção da linha de sucessão, muitos dos reis que os substituíram provinham igualmente de forças militares. Era também comum o casamento entre os novos reis e as elites romanas locais.36 Isto deu origem a uma incorporação gradual dos hábitos das tribos invasoras na cultura romana, incluindo assembleias populares que permitiram aos líderes tribais ter uma voz activa em matérias políticas.37 Os artefactos deixados por Romanos ou pelos invasores são na sua maioria similares, sendo nítida a inspiração dos objectos tribais nos modelos romanos.38 De igual modo, a maior parte da cultura intelectual dos novos reinos baseava-se directamente nas tradições intelectuais romanas.39 No entanto, uma diferença substancial foi a perda gradual de rendimento tributário em função das novas políticas. Muitas das novas instituições governativas já não financiavam os seus exércitos com o dinheiro proveniente de impostos, mas com a atribuição de terras ou senhorios. Isto levou ao desaparecimento do sistema de colecta de impostos, uma vez que deixou de haver necessidade para cobranças ou cálculos de grande envergadura.40 O belicismo era comum entre reinos e dentro dos próprios reinos. A escravatura entrou também em declínio, à medida que a oferta se reduzia e a sociedade se tornava cada vez mais rural.41

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Baixa Idade Média[editar]

Sociedade e economia[editar]

Ver artigos principais: Feudalismo, Senhorialismo e Mulheres na Idade Média

Iluminura representando três classes sociais da sociedade medieval: o cleroreligioso, um cavaleiro da nobreza e oscamponeses. As relações entre estas classes regia-se pelo feudalismo esenhorialismo.

Durante toda a Baixa Idade média, e até ao surto epidémico do século XIV, a população Europeia cresceu a um ritmo sem precedentes. As estimativas apontam para um crescimento de 35 para 80 milhões entre os anos 1000 e 1347. Têm sido identificadas como causas prováveis a melhoria nas técnicas agrícolas, a relativa paz e ausência de invasões, o declínio da escravatura e um extenso período de clima moderado e aumento da temperatura média.131 Apesar deste crescimento, cerca de 90% da população era ainda eminentemente rural embora, de forma progressiva, as quintas isoladas tenham dado lugar a pequenas comunidades como aldeias ou vilas, e tenha sido comum a agregação em volta de propriedades senhoriais.132 A população urbana, ainda muito escassa durante a Alta Idade Média, cresce assinalavelmente durante os séculos XII e XIII, a par da expansão urbana e da fundação de imensos centros populacionais,133 embora ao longo de todo o período seja provável que nunca tenha excedido os 10% da população total.134

A estrutura social e económica tinha por base as relações feudais. Embora não fosse proprietária, a nobreza detinha os direitos de exploração e tributação de grande parte dos terrenos agrícolas. Os servos obtinham o direito a cultivar e habitar as terras de determinada família nobre mediante o pagamento de uma renda na forma de trabalho, géneros ou moeda. Em troca, recebiam protecção económica e militar.135 Ao longo dos séculos XI e XII, estas terras, ou feudos, tornam-se hereditárias. Em muitas regiões, ao contrário do que acontecia na Alta Idade Média, a dificuldade em dividi-las pelos herdeiros faz com que passem a ser herdadas apenas pelo primogénito.136 Dentro da própria nobreza, 

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verifica-se a existência de uma hierarquia de vassalagem através da suserania, onde são concedidas terras ou estruturas de importância económica para exploração a um nobre menor, em troca da sua vassalagem e fidelidade. Durante os séculos XI e XII, a posse destas terras, ou feudos, viria a ser considerada hereditária. No entanto, ao contrário do que sucedia na Alta Idade Média, a maioria dos feudos deixou de ser dividida entre todos os herdeiros para passar a ser herdada em exclusivo pelo filho varão.137 O domínio da nobreza durante este período deve-se em grande parte ao controlo das terras agrícolas e dos castelos, ao serviço militar na cavalaria pesada e às várias isenções de impostos ou obrigações de que desfrutavam. A introdução da cavalaria pesada na Europa teve origem noscatafractários persas dos séculos V e VI, mas será a introdução do estribo no século VII que virá permitir fazer uso de todo o potencial de combate destas unidades. Em resposta aos vários tumultos dos séculos IX e X, assiste-se a um surto construtivo de castelos, local de refúgio da população em tempos de ataque.138

Idade Moderna

A Idade Moderna é um período específico da História doOcidente. Destaca-se das demais por ter sido 

um período de transição por excelência. Tradicionalmente aceita-se o início estabelecido pelos 

historiadores franceses, em 29 de maio de1453 quando ocorreu a tomada de 

Constantinopla pelosturcos otomanos, e o término com a Revolução Francesa, em14 de julho de 1789.

Entretanto, apesar de a queda de Constantinopla ser o evento mais aceito, não é o único. Tem sido 

propostas outras datas para o início deste período, como a Conquista de 

Ceuta pelosportugueses em 1415, a viagem de Cristóvão Colombo aocontinente americano em 1492 ou 

a viagem à Índia de Vasco da Gama em 1498.

Algumas correntes historiográficas anglo-saxónicas preferem trabalhar com o conceito de "Tempos 

Modernos", entendido como um período não acabado, introduzindo nele subdivisões entre Early

Modern Times (mais antiga) e Later Modern Times(mais recente), ou então procedem a uma divisão 

entre sociedades pré-industriais e sociedades industriais. A noção de "Idade Moderna" tende a ser 

desvalorizada pela historiografia marxista, que prolonga a Idade Média até ao advento das Revoluções 

Liberais e ao fim do regime senhorialna Europa, devido a ampla ação das Cruzadas, que expandiram o 

comércio na Europa.

A dificuldade da delimitação cronológica do período se deve, principalmente, às divergências de 

interpretação quanto à origem e evolução do sistema capitalista. Contudo, o período histórico que vai 

do século XV ao XVIII é, genericamente percebido com um "período de transição".

A época moderna pode ser considerada, exatamente, como uma época de "revolução social" cuja base 

consiste na "substituição do modo de produção feudal pelo modo de produção capitalista".

O Renascimento Comercial que vinha ocorrendo desde a baixa Idade Média (séculos XI, XII e XIII), 

apresentava o seguinte quadro:

no Mediterrâneo: fazia-se a ligação entre a Europa e Oriente envolvendo as cidades italianas e os 

árabes.

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no Norte da Europa: ligando o mar do Norte ao mar Báltico, predominavam os comerciantes 

alemães.

no Litoral Atlântico da Europa: através da navegação de cabotagem, ligava-se o mar do Norte ao 

Mediterrâneo.

no Interior do Continente Europeu: predominam antigas rotas terrestres.

As feiras, as Cruzadas e o surgimento dos Burgos, ao longo da Idade Média, eram sinais, também, de 

que o comércio renascia.

A partir do século XV o comércio cresceu extraordinariamente, fruto, naturalmente, de modificações 

ocorridas no interior das sociedades feudais européias (aumento da população, crescimento das 

cidades, desenvolvimento das manufaturas, etc).

Esta época pode-se caracterizar por um desanuviamento da "trilogia negra" - fomes, pestes eguerras - 

criando condições propícias às descobertas marítimas e ao encontro de povos.

Índice

Grandes Navegações[editar]

No período de transição da Baixa Idade Média para a Idade Moderna, o Mar Mediterrâneocontinuou a 

principal ligação entre os países conhecidos. Esse intercâmbio se fazia através dasrotas das especiarias, 

que eram monopólio das grandes cidades italianas, como Gênova eVeneza. As mercadorias orientais 

(sedas, porcelanas e principalmente condimentos, como apimenta e a canela, indispensáveis para a 

conservação dos alimentos), depois de passarem por muitos portos e intermediários, eram vendidas a 

preços altíssimos para as nações europeias, obrigando-as a uma situação de dependência 

dos comerciantes italianos.

A tomada de Constantinopla pelos turcos, em 1453, dificultou ainda mais o tráfico de mercadorias. 

Dominando a maioria dos portos mediterrâneos, os turcos exigiam elevadas taxas das caravanas 

comerciais, forçando assim novo aumento nos preços dos produtos.

Era necessário descobrir novas rotas que livrassem a Europa da supremacia turca e italiana. Os reinos 

ibéricos (Portugal e Espanha) foram os primeiros a reunir condições técnicas e financeiras para explorar 

as novas terras.

Uma carta náutica de Fernão Vaz Dourado, da África ocidental extraída do atlas náutico de 1571, 

pertencente aoArquivo Nacional da Torre do Tombo, emLisboa.

Portugal foi a primeira nação a financiar expedições marítimas. Vários fatores contribuíram para esse 

pioneirismo: a existência de bons portos; a familiaridade portuguesa com o mar, devido à grande 

atividade pesqueira desenvolvida na região; umaburguesia enriquecida e disposta a investir para 

aumentar seus lucros; a paz interna e a centralização do poder. Portugal foi o primeiro reino a se 

unificar, formando um estado nacional.

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A Escola de Sagres também contribuiu grandemente, fornecendo condições tecno-científicas para a 

navegação num oceano ate então desconhecido: oAtlântico.

Bússolas e astrolábios trazidos da China, sextantes, mapas feitos pelos melhores cartógrafos da época e, 

principalmente, a caravela com suas velas triangulares possibilitaram aos navegantes resistir e 

atravessar o bravio "Mar Tenebroso".

A expansão portuguesa iniciou-se pelo norte da África, com a tomada de Ceuta, em 1415(importante 

centro de especiarias). Seguiram-se as ilhas da Madeira e Açores. Gradativamente, em expedições 

sucessivas, sempre contornando o continente africano, em 1487, Bartolomeu Diascontornou o Cabo da 

Boa Esperança no sul da África. Em 1498, Vasco da Gama chega ao porto de Calicute, na costa ocidental 

da Índia.

A descoberta desse novo caminho trouxe lucros fabulosos para os mercadores portugueses e, ao 

mesmo tempo, estabelecia concorrência com os produtos trazidos através das rotas italiana

A descoberta da América por Colombo provocou disputa entre os reinos ibéricos, interessados na posse 

de terras.Portugal preocupou-se em firmar um tratado que lhe assegurasse o domínio das terras 

existentes a leste dooceano Atlântico.

O acordo entre os dois países foi julgado pelo papa Alexandre VI, que confirmou um novo tratado. 

Partindo-se de uma linha imaginária traçada a partir do pólo (37°), oTratado de Tordesilhas estabeleceu 

que as terras encontradas a oeste dessa linha pertenceriam à Espanhae aquelas situadas a leste seriam 

de Portugal.

Por esse motivo, a esquadra de Pedro Álvares Cabral, que se dirigia às Índias, fez um desvio

proposital para oeste para garantir ao rei português a posse das terras do Brasil.

Os outros países europeus desconsideraram esse tratado, que os excluía, e procuraram se estabelecer e 

explorar o novo continente.

Renascimento[editar]

Ver artigo principal: Renascimento

Os homens da Idade Média consideravam os aspectos e fatos da vida e da história de acordo com os 

ideais religiosos. Para eles, a vida terrena e os acontecimentos históricos se explicavam pela vontade 

de Deus, um ser superior. Toda a ciência, a literatura e a arte daquela época dependiam do pensamento 

religioso.

Todavia, no decorrer do século XIII, a Itália e o resto da Europa começaram a modificar seu modo de 

pensar, voltando suas atenções para uma vida concreta e terrena, onde o homem passou a ter

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importância como o grande protagonista de acontecimentos e determinando, ele mesmo, a sua 

vontade.

No Renascimento, o mundo aparece como cenário das ações humanas, e não como expressão da 

vontade divina. A natureza também atrai as atenções e se torna objeto de observações e estudos por 

parte dos renascentistas.

A palavra Renascimento indica, em todos os seus aspectos, o prosseguimento da vida econômica, social 

e cultural que aconteceu na Itália e depois no resto da Europa.

O termo Renascimento vem de renascer da Idade Média, isto é, renascer ou reviver os valores 

daAntiguidade clássica greco-romana.

Origens[editar]

O Renascimento começou na Itália, com o desenvolvimento das cidades e do comércio.

As cidades italianas abrigavam nobres senhores, como os Lourenço de Médici, da cidade deFirenze; 

os Gonzaga, da cidade de Mantova; os Sforza, da cidade de Milão, e tantos outros nobres senhores que, 

gozando de prosperidade econômica, resolveram financiar e proteger artistas, cientistas e literatos.

Esses protetores de artistas eram chamados mecenas.

Causas[editar]

A descoberta do Novo Mundo (Américas): As Grandes Navegações trouxeram novas experiências 

culturais e cientificas.

O humanismo: Durante toda a Idade Média, o homem foi uma criatura frágil e submissa à vontade 

de Deus. Com o humanismo, ele acaba por se tornar responsável por si mesmo e não mais 

subordinado à vontade divina.

A queda de Constantinopla, a importante capital do Império Romano do Oriente, grande centro 

comercial e cultural medieval. Muitos intelectuais de Constantinopla se dirigiram à Itáliaapós a sua 

queda.

O apoio dos mecenas, ricos senhores que patrocinavam artistas e literatos.

A invenção da imprensa: Os livros não seriam mais manuscritos, o que facilitaria a divulgação da 

cultura.

Abertura das universidades: Os humanistas fizeram reviver e renascer valores 

daAntiguidade clássica greco-romana.

Características: O Renascimento tem como características: criação, originalidade, novos ideais, 

renovação artística e intelectual.

Retorno à cultura greco-romana: Antigos valores são reaproveitados.

Racionalismo : O uso da razão, mais do que dos sentimentos.

Hedonismo : Os prazeres de viver a vida no dia-a-dia foram valorizados.

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Neoplatonismo : Alguns valores da Igreja foram criticados e abandonados.

Chamamos de humanismo o movimento literário e cultural que fez reviver os estudos 

da literaturaclássica grega e romana, indispensáveis para a formação do homem e para levá-lo a viver 

com sabedoria e harmonia em sociedade.

O interesse dos humanistas era fazer reviver e valorizar diferentes culturas, enfatizando o homem, a 

ponto desse movimento ser chamado de antropocentrismo, colocando o homem como centro dos 

interesses e atenções.

Os humanistas desprezaram alguns valores cristãos, embora fossem cristãos, e apenas desejavam dar 

uma nova interpretação às mensagens do Evangelho.

Os humanistas queriam a todo custo criar uma nova cultura: introduziram métodos críticos na leitura e 

interpretação de fontes, reconstruindo textos originais, eliminando deformações e omissões dos 

copistas medievais.

Muitas universidades foram fundadas, porém o ensino era ainda medíocre. Muitos príncipes, nobres e 

humanistas reuniram importantes obras manuscritas da Antiguidade, a preço de ouro, e juntos 

começam a formar grandes bibliotecas. Surgiram, também, associações culturais chamadas academias.

Reforma e Contra-Reforma

A Reforma foi um movimento que surgiu dentro da Igreja Católica como resposta às dúvidas dos fiéis e 

às discussões religiosas. As ideias renascentistas valorizaram o homem e suas realizações, a expansão 

comercial permitiu o confronto de valores e culturas diversas e provocou um "repensar" crítico 

do mundo, até então dominado pelo clero romano. As alterações político-econômicas da época exigiam 

uma reformulação na estrutura social, mas a Igreja retardou sua ação, permitindo o aparecimento da 

crise nas ideias católicas.

No plano político, a autoridade papal (supranacional) interferia no poder do rei. A obrigatoriedade do 

consentimento do papa na administração dos soberanos ia enfraquecendo o poder deles sobre 

o Estado. A teoria do Estado independente de Maquiavel começava a frutificar.

No plano econômico, a Igreja continuava proibindo a usura (juros altos) e pregando a venda das 

mercadorias por um preço justo. Essa teoria era incompatível com o enriquecimento e a ascensão 

da burguesia comercial. Os negociantes queriam liberdade de preços para garantir a expansão de seus 

negócios e aumentar seus lucros.

Os camponeses, sem esperanças dentro de suas vidas miseráveis, queriam livrar-se das taxasimpostas 

pelos grandes senhores e também do dízimo obrigatório cobrado pela Igreja.

Essa insatisfação era alimentada pela corrupção que se verificava nas ordens clericais. Como 

representantes de Deus, investidos de poder supremo sobre os homens, suas preocupações se

restringiam à política, à guerra e às artes, ignorando a necessidade das almas que lhes cabia conduzir. A 

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riqueza e o conforto em que viviam desagradava aos fiéis, que desejavam uma religião mais próxima dos 

ensinamentos e exemplos de Cristo.

Breve cronologia da Idade Moderna[editar]

1453    - tomada de Constantinopla.

1453    - Fim da Guerra dos Cem Anos.

1455   -1460 - Preparação e impressão do primeiro livro impresso em uma prensa de tipos 

móveis reutilizáveis: a Bíblia de Gutenberg.

1492    - Viagem de Cristóvão Colombo à América.

1494   -1526 - Guerras da Itália.

1496    - expulsão dos Judeus e dos Mouros de Portugal.

1497    - Vasco da Gama parte para a Índia.

1500    - Descoberta oficial do Brasil por Pedro Álvares Cabral.

1517    - Martinho Lutero publicou as "Noventa e Cinco Teses". Início da Reforma Protestante.

1519   -1522 - Volta ao mundo de Fernão de Magalhães e Juan Sebastián Elcano.

1534    - "Acto de Supremacia" em Inglaterra. O rei Henrique VIII rompeu com Roma e declarou-se 

chefe da Igreja Anglicana.

1545    - Primeira sessão do Concílio de Trento. A última sessão decorreu em 1563.

1562   -1598 - Guerras de Religião em França.

1618    - Início da Guerra dos Trinta Anos.

1642   -1660 -Revolução Inglesa.

1688   -1689 - Revolução Gloriosa em Inglaterra.

1776   -1783 - Revolução Americana.

1789    - Início da Revolução Francesa.

História ContemporâneaPor Antonio Gasparetto Junior

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A História Contemporânea é a fase atual que estamos vivendo da história da humanidade. Sucede 

a História Moderna.

A historiografia tradicional divide a história da humanidade em períodos: História Antiga, História 

Medieval, História Moderna e História Contemporânea. Segundo esta concepção, a humanidade tem 

sua história dividida em períodos que correspondem a eventos ocorridos no continente europeu ou em 

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decorrência das ações de seu povo. Isto denota a forma tradicional de periodizar a história como 

fortemente eurocêntrica. Essa forma de encarar a história da humanidade está sendo amplamente 

revista atualmente, pois é preciso se levar em consideração a existência de grandes civilizações com 

grandes culturas ao longo da história também fora do continente europeu.

A História Contemporânea, segundo os historiadores, tem seu início marcado pela Revolução Francesa, 

em 1789. De acordo com essa idéia, modificações nas estruturas sociais ocorreram para caracterizar 

uma nova fase. O evento ocorrido na França derrubou as marcas do Antigo Regime que dividiam a 

sociedade em escalas dentro de uma pirâmide, na qual o rei e a nobreza ocupavam a posição mais alta, 

seguidos pelo clero e depois todo o resto da sociedade, incluindo camponeses e burguesia. O fato é que 

a classe burguesa já representava um importante grupo na ordem social e não recebia a devida 

consideração em troca, o que os levou a derrubar uma organização social já arcaica.

O Iluminismo teve grande influência na confecção de um novo período da humanidade, levantando a 

bandeira da razão e propaganda que as ciências seriam capazes de propiciar um progresso da civilização 

humana. O advento da nova fase colocou o indivíduo em destaque na história, capaz de definir seu 

próprio futuro. Ao contrário do que existia antes, quando o indivíduo era ligado a certa condição 

determinada pelo seu nascimento.

A História Contemporânea concretizou a presença determinante do capitalismo no cotidiano da 

humanidade. Exatamente por isso, surgiram novas teorias da vida humana em realidade alheia ao 

capitalismo. A consolidação de várias potências capitalistas desencadeou uma forte corrida por domínio 

de regiões fornecedoras de matéria-prima e consumidoras dos produtos industrializados. As tensões 

resultantes da corrida capitalista resultaram em esmagadoras guerras no século XX, colocando em 

questão a evolução da civilização.

Outros eventos também caracterizam fortemente a História Contemporânea. O novo período marcou as 

independências das antigas colônias européias, embora o imperialismo tenha gerado um novo tipo de 

dependência, a econômica. No século XIX há de se destacar as unificações tardias de Itália e Alemanha, 

as quais desencadearam a instabilidade na Europa com a entrada de novos países na corrida 

imperialista.

No século XX, as Guerras Mundiais, a Revolução Russa, a Crise de 1929, a Descolonização da África e 

a Guerra Friaderam as marcas do novo período. No século XXI, dois eventos foram importantes, até o 

momento: o Atentado Terrorista de 11 de Setembro e a Crise Econômica de 2008-2009. Entretanto, o 

questionamento sobre o caráter eurocêntrico de se dividir a história e o evento terrorista de 2001 está 

predizendo uma nova fase da história da humanidade. Alguns historiadores já arriscam a dizer que 

estamos vivendo a História Pós-Contemporânea. Embora o termo não seja dos melhores, essa nova 

concepção se baseia no fato de que a soberania dos Estados Unidos, a grande potência mundial da era 

Contemporânea, tenha sido abalada com o atentado. Daí novas relações mundiais se desencadeariam.

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No Brasil, ocorre também um numeroso estudo sobre os contextos bi /multilíngües, embora haja diversos contextos em que mais de uma língua é falada. Cavalcanti (1999) comenta que existe um forte mito de monolinguismo no país, onde comunidades indígenas, imigrantes e até comunidades surdas estão sendo excluídas. A autora alerta que o país tem cerca de 203 línguas: 170 línguas indígenas, 30 línguas de imigrantes, 1 língua de sinais brasileira (Libras) e 1 Língua de Sinais Kaapor Brasileira  (LSKB) e, é claro, língua portuguesa. Nota-se que o Brasil não é um país monolíngüe, visto que estes povos existem e mantêm suas línguas vivas, uma pluralidade lingüística e heterogeneidade cultural. Os índios Urubu-Kaapor utilizam a LSKB que não apresenta relação estrutural ou lexical com a LIBRAS, devido à inexistência de contato entre ambas.

Por ser uma língua, tal qual o inglês, francês, ASL, entre tantas outras línguas faladas ou sinalizadas, as línguas de sinais possuem suas especificidades lingüísticas, isto é, fonologia, morfologia, sintaxe, semântica, pragmática.

Quadros e Karnopp (2004, p 31-37) descrevem mais alguns mitos, por exemplo:

1) “A língua de sinais seria uma mistura de pantomima e gesticulação concreta, incapaz de expressar conceitos abstratos”. Isso é outro erro cometido pelas pessoas, elas pensam que os sinais são concretos, que são apenas gestos, mas os sinais são palavras na relação entre o significado arbitrárias na relação entre o significado e o significante, de modo visual. Os sinais expressam sentimentos, emoções, inclusive idéias abstratas.2) “Haveria uma falha na organização gramatical da língua de sinais que seria derivada das línguas de sinais, sendo um pidgin2 sem estrutura própria, subordinado e inferior às línguas orais”. Isto não é verdade, pois a língua de sinais é uma língua de fato, e também independe de língua oral. As línguas de sinais são autônomas e apresentam o mesmo estatuto lingüístico identificado nas línguas faladas, ou seja, dispõe dos mesmos níveis lingüísticos de análise e é tão complexa quanto às línguas faladas.3) “As línguas de sinais derivariam da comunicação gestual espontânea dos ouvintes”. Está errado, as línguas de sinais são tão complexas quanto outras línguas orais, muitas vezes as pessoas acham que sabem a língua de sinais porque sinalizam alguns gestos e sinais.

É possível perceber que estes mitos passaram muitos anos no pensamento das pessoas, e o que hoje se tem feito é provar que a língua de sinais é uma língua natural. Quadros reforça o pensamento de Chomsky

Intérprete de Língua de Sinais: Pessoa ouvinte que interpreta para os surdos uma comunicação falada usando a língua de sinais e vice-versa.

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1) Atuação do intérprete de Libras em sala de aula2) Atuação de intérpretes em eventos3) Intérprete na televisão (telinha)4) Intérprete fazendo a tradução de sinais para a fala

Estrutura Gramatical

A Língua Brasileira de Sinais

- LIBRAS é uma língua de modalidade gestual - visual: possui uma estrutura lingüística semelhante as das 

diversas línguas de modalidade oral auditiva;

Segundo Coneglian (2005), todas as línguas orais - auditivas possui uma gramática própria, definida 

pelos sistemas:

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=> Fonológico (línguas orais - auditivas) ou quirológico (língua de sinais - arte de conversar por meio de 

sinais feitos com as mãos);

=> Morfológico: palavra/ sinal ou item lexical;

=> Sintático: frase;

=> Semântico: significado;

=> Pragmático: uso do significado - sentido.

2.2 Aspectos Estruturais

A LIBRAS têm sua estrutura gramatical organizada a partir de alguns parâmetros que estruturam sua 

formação nos diferentes níveis lingüísticos. Três são seus parâmetros principais ou maiores: a 

Configuração das mãos-(CM) é caracterizado como a forma que a mão assume durante a realização de 

um sinal; o Movimento - (M) é o deslocamento da mão no espaço, durante a realização do sinal, e o 

Ponto de Articulação - (PA) é caracterizado pelo lugar do corpo onde será realizado o sinal; e outros três 

constituem seus parâmetros menores: Região de Contato, Orientação das mãos e Disposição das mãos 

(STROBEL & FERNANDES,1998).

2.3 Línguas Portuguesa X LIBRAS

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A Língua Portuguesa tem por principal característica a linearidade, ou seja, os ouvintes produzem os 

fonemas (oraliza) um de cada vez. Por outro lado, a Língua de Sinais tem como característica a 

simultaneidade, os parâmetros primários realizados ao mesmo tempo, com expressões faciais 

(CONEGLIAN, 2005).

CONCLUSÃO

A LIBRAS veio para tonar-se a principal lingua de diálogo entre surdos - surdos, e surdos - ouvintes, 

evidente que para uma compreensão rápida tem-se que estudar e aprimorar os conhecimentos, não 

somente da estrutura gramatical, como de tudo ao que diz respeito a LIBRAS. Após a criação da lingua 

gestual, também é assim que chama-se LIBRAS, a assimilação, conversação e comunicação entre os 

individuos foi muito beneficiada.

Assim, concluí-se que a LIBRAS é uma língua e não simplesmente uma linguagem. A LIBRAS tem uma 

estrutura, uma gramática, como as outras línguas.

Frases em libras

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