Resumo - Londres e Paris No Seculo XIX - Maria Stella Martins Bresciani

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    Londres e Paris no sculo XIX foram marcadas por um novo fenmeno, que passou afazer parte do cotidiano das grandes cidades: a identidade individual passou a sersubstituda por uma noo de identidade coletiva, e o habitante passou a fazer parte deum grande aglomerado urbano. Walter Benjamin fez da multido seu objeto de estudona literatura do sculo XIX, e diz que estar exposto a esse fenmeno faz a vida cotidiana

    tomar a dimenso de um permanente espetculo, pois em cada canto havia apossibilidade de se observar algo novo, sempre havia uma incerteza quanto a quepoderia ser encontrado. Essas cidades tambm se caracterizavam pelas distintascaractersticas da ocupao do espao urbano. Durante o dia, as ruas eram tomadas peloexrcito de operrios. noite, estes se recolhiam em seu leito para o descanso,enquanto as ruas eram tomadas por vagabundos, criminosos e prostitutas. Em meio multido londrina, era possvel encontrar distintas classes, como por exemplo, nobres,mercadores, advogados, lojistas, agiotas, batedores de carteira, jogadores profissionais,

    prostitutas, vendedores de empadas, exibidores de macacos, entre outros indivduos,deixando claro o carter heterogneo das multides, onde se pode encontrar todo tipo decidado. Os autores do sculo XIX compuseram uma representao esttica do universo

    das cidades, identificando elementos comuns do viver em multido com o estar mercde habitantes selvagens ou ainda como estar sujeito a condies de estadia no inferno.Outro fator importante de se ressaltar foi a readequao da populao para com otempo. Na primeira metade de sculo as atividades urbanas haviam perdido todo ovinculo com o tempo da natureza, passando a serem vinculadas ao tempo abstratodividido em 24 horas. Esse novo mtodo arrancou do homem a lgica da natureza,devido ao seu carter exato, que consistia em tornar a sociedade disciplinada do incioao fim do dia. Uma sociedade obediente a uma contnua e irreversvel repetio diriados mesmos afazeres e percursos. Este conceito relata a situao da capital inglesa nametade do sculo XIX, com a industrializao ocorrente na cidade. Onde com o altondice de industrializao a cidade atraiu milhares de imigrantes, sendo ingleses de

    outras partes da Inglaterra e estrangeiros (como Irlandeses, por exemplo), sendo

    que com uma populao to grande e crescente de operrios, Londres passou a ser

    vista com outros olhos. Pois com o aumento macio da populao em pouco tempo osproblemas de infra-estrutura e empregos passaram a fazer parte do cenrio local dacidade. Londres que era considerada pelos ingleses um exemplo de cidade civilizada,

    passou a ser comparada com o inferno, pela alta populao obtida e rodeada de fumaaem ocorrncia das indstrias presentes em volta da cidade. Mas essa situao a queLondres passou a sofrer vale-se da crise que as indstrias mais tradicionais da cidade,

    passaram na metade do sculo XIX, aonde milhares de imigrantes que vieram em buscade empregos e melhores condies de vida, se depararam com um desemprego

    assustador, h merc de serem explorados quando assim conseguiam emprego sendosujeitados a condies deplorveis de emprego. Nessa onda de desemprego, Londrescomeou a sofrer com as revoltas dessa populao de desempregados, que em algumas

    partes da cidade comearam a ocorrer saques e depredaes de casas e comrcios. Apaisagem de Londres mudou assustadoramente nesse perodo, alem das casas malplanejadas e sujas, a figura da populao tambm mudou onde o jovem londrino passoua ter um aspecto de Doente, Plido, e Magro, em recorrncia da falta de emprego emelhores condies de vida da populao operaria. Dessa forma a populao, sendo amaioria os desempregados, comeou a planejar rebelies em busca de emprego emelhor condio de trabalho, no querendo viver de caridade da populao mais rica dacidade, que podia ser identificada na frase usada por um grupo de manifestantes No a

    caridade sim ao trabalho, com isso a tenso tomou conta da cidade no final da dcada de1880. Nesse momento, o lugar mais bonito da Europa se transformou num srdido

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    acampamento de vagabundos e desempregados. East End um bairro de Londres comuma populao to grande quanto as cidades de Berlim, Viena, So Petersburgo ouFiladlfia que tem com selo ser ocupado pela classe operria com dois milhes de

    pessoas em um lugar que ningum visita. O bairro pelo seu nmero de pessoas temcomo caracterstica o trnsito direto cotidianamente de homens e mulheres da casa para

    o emprego e do emprego para casa entre ruas estreitas e irregulares (imprprias para apassagem de pedestres) com o declnio sistema domstico de produo, exteriorizaoda atividade do trabalho - a amplitude dessa exposio pblica das atividades dotrabalho o que choca os contemporneos [pg.50] essa a produo da identidadesocial do operrio. Fourier [pg.51] afirma que alm da misria de Londres, Paris naFrana caminha para a mesma misria (na Frana da poca, inexistia diferena entrehomem pobre, trabalhador e criminoso) na degradao da condio humana. Essadegradao observada com a seguinte afirmao presente no texto de que sempre aapreciao crtica da pobreza proletria londrina e de suas ms conseqncias para avida da cidade o argumento mais utilizado pelos franceses quando elaboram em suas

    projees as futuras condies de vida em Paris, j colocando aos olhos a questo da

    precariedade da condio de vida humana nessas duas grandes cidades europias. Pois na cidade que a pobreza mais abundante e mais hedionda encontra ambiente favorvel

    para sobreviver, equilbrio entre as classes mais ricas e as mais pobres, definindo aclasse mdia. Buret em citao coloca uma imagem pessimista onde a humanidade sev afligida desse mal (a barbrie) que ela apenas entrev, pois estamos longe deconhec-lo em toda sua extenso; os governos se inquietam com razo, eles temem que,no seio dessas populaes degradadas e corrompidas, explodam um dia perigosinabarcveis. Essa imagem pessimista ainda impe na diferena explicita por Buretentre a pobreza que atinge o homem somente fisicamente e a misria que o atingeemocionalmente, e nessa questo que na Frana os contemporneos vem o perigo que a ameaa poltica que a misria cria o desenvolvimento da conscincia (na Inglaterrase v essa misria somente como estagio moral). Na poca a economia poltica, que seautodenomina como uma cincia social, no pode fechar os olhos para os fatos quecontradizem suas teorias e ainda diz que diante do quadro da riqueza das naes necessrio que a economia poltica coloque o quadro da misria das naes [pg.57]. Nofinal do sculo persistiu a imagem negativa do novo mundo industrial, onde Leon Saydiz ser a causa de uma doena social nova o pauperismo (estado crnico de privaodas coisas essenciais a vida alimentos, gua entre outros). Dessa nova doena, inicia-se uma nova questo, quanto custa por dia, vida? O historiador Michelet confirma emseu livro La Peuple a imagem corrente de degradao da vida (condio humanadesses operrios da cidade). Esse historiador juntamente com Engels tem um fascnio

    pelo progresso, mas tinham um constrangimento em relao ao auto custo humano parase realizar tal progresso. Ao mesmo tempo em que Londres e Paris iam seindustrializando cada vez mais, Londres rapidamente e primeiramente, e Paris maistarde e com uma velocidade menor comparada com a anterior, mquina ia fazendo oseu fascnio e a sua negatividade. Pois, a mquina vulgarizava os produtos maisdiversos e colocava o homem como servo (alm de dominar o corpo, ela cobiava amente). Assim, afastado de qualquer atividade de pensamento, esses homens perdemexatamente que os diferenciam dos seres irracionais, a razo. Com esse grande enfoqueem cima da indstria, nesse local que Michelet busca as razes do comportamento dooperrio que, no seu maior espetculo (a multido), diz que essa multido no m emsi, suas desordens derivam em grande parte de sua situao, de sua sujeio a ordem

    mecnica que para os corpos vivos em si uma desordem, uma morte. Enquanto ospensadores franceses, aps o movimento de 1848, tm uma preocupao com a

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    existncia de um contingente populacional que poderia ser uma ameaa no campopoltico, a burguesia francesa se assustava em relao ao povo atravs da associaodeste com o terror-comunismo. Onde o povo usado como ameaa poltica, tem aimagem cristalizada no passado o terror e uma projeo no futuro o comunismo.Quando os pensadores do sculo XIX se atm a esses termos (povo, terror e

    comunismo), eles se indagam na imagem de que a exposio pblica do mundo dotrabalho com suas misrias, a imensa massa annima dos trabalhadores em multidoimpondo atravs dessa presena a definio de um espao social onde exige ter suaidentidade reconhecida, na viso dos pensadores o homem pobre, o vagabundo e ocriminoso so a mesma coisa, se torna a mesma coisa, a multido. Dessa multido,segundo Michelet, que os pensadores da poca fazem uma confuso reinante naerrnea designao do povo fruto do trabalho dos criminalistas, que por tratarem com a

    parte excepcional do povo, esta multido corrompida das grandes cidades, dominaram aopinio pblica e por inspirao sua os economistas estudaram o que esses criminalistasdenominavam povo: trabalhador e muito especialmente os trabalhadores dasmanufaturas, essa foi tentativa de Michelet de desfazer a imagem negativa do povo

    francs. Numa viso entre Frana e Inglaterra tem de analisar em relao porcentagemdo povo vinculado a mquina, pois enquanto a Inglaterra de 1850 tem 50% de sua

    populao nas cidades, a Frana possui somente 25% nos permetros urbanos. A Franaassim ainda nessa poca um pas rural que tem um crescimento industrial lento. Outrofator tambm caracterstico da Frana de que devido aos autos salrios e asreivindicaes dos operrios urbanos, turbulentos e preguiosos, fazem com que muitasmanufaturas se instalem na rea rural. Paris, sobretudo sofre entre 1815 e 1820 umxodo de suas maiores fabricas. [pg.71] Por fim, a cidade de Paris com seu centro(principalmente ele) se v em ms condies, considerada por uns uma imensa fabricade putrefao onde nem as plantas sobrevivem, onde os homens, segundocontemporneos da poca, passam por um processo de degenerao biolgica.

    O Homem Pobre e o Vagabundo

    A partir do intenso processo de industrializao que a Inglaterra sofreu diversos foramos problemas que surgiram nas cidades industriais. A possibilidade de emprego serviude incentivo para populao do campo e de outras regies migrarem para as cidadesindustriais que se formavam. O poder de atrao exercido pelas cidades foi to forte quea quantidade de pessoas que l chegaram no incio desse processo e posteriormente como crescimento normal da populao produziu-se um inchao nas cidades, e decorrentedesse, vrios problemas relacionados a qualidade vida da populao urbana. A cidade

    em sua dinmica habitual no conseguia suprir as necessidades de sua populao e asindstrias no possuam postos de trabalho suficientes para absorver toda essa mo deobra. Diante disso crescia a misria, e a paisagem urbana se mostrava profundamentedeteriorada pela quantidade de mendigos, pela sujeira e pelo crescimento dos bolses de

    pobreza que muitas das vezes era causador de vrias doenas. Neste contexto de grandemudana da dinmica na cidade essa grande quantidade pessoas pelas ruas, tantotrabalhadores com tambm vagabundos produziu uma grande infinidade sensaesnos antigos moradores da cidade. O medo foi o primeiro seguido da repulsa, do nojo e

    posteriormente a tentativa de resolver esse problema. A questo que se coloca a decomo resolver o problema da multido amotinada, o crescimento dos bolses de

    pobreza e na sociedade de Londres do sc.XIX que se caracterizava pela positividade do

    trabalho como fazer os mendigos que consumiam muito dos cofres pblicos emprogramas assistenciais produzirem o suficiente para seu sustento e algo mais que faa

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    girar o mercado. Os ingleses desde o sc.XVI j possuam dispositivo que tratavam daquesto dos que no trabalhavam (os vagabundos). Naquela poca os dispositivos jeram subumanos (sanguinrio nas palavras de Marx) e falavam at em castigos fsicos.Ao longo do sc.XIX a partir das analises sociais de Locke essas polticas pblicasforam legitimadas. Este filsofo partindo da premissa de que a terra e seus frutos foram

    dados em comum a espcie humana e sendo estes essenciais ao desenvolvimento davida, fica justificada a apropriao destes meios por uns poucos. O trabalho o meiopelo qual se deve usar para conseguir os meios para sua existncia. Locke faz inmerasproposies acerca dos papeis scias que devem ser desempenhados na cidade. A classepobre essencial, sendo a mesma obrigada a trabalhar, onde vagabundos edesempregados no tem lugar nesta sociedade e isso se deve a degradao moral. Os

    pobres, assalariados e desempregados por terem que se preocupar com coisas ligadas asua subsistncia possuem um nvel mental baixo no sendo possvel assim lutarem juntoaos ricos, salvo em perodos de calamidade pblica. Sendo assim fica justificado o usoda fora para com esses tipos, no sentido estimul-los ao trabalho, deste modo, ostrabalhadores so livres, j os desempregados no so nem livre e nem partilham de

    uma comunidade poltica, o que no os livra de estarem submetidos ao poder poltico doestado. recorrente em seu discurso a necessidade de obrigar os vagabundos atrabalharem sob castigos fsicos, ele chega a propor a criao de estabelecimentos detrabalhos forados que atingiriam at as crianas maiores de trs anos. A medida que otempo passava o processo de industrializao se expandia e produzia cada vez maisdesigualdade, com isso mais problemas sociais, esse conjunto de mudanas que

    provocaram as mais diversas transformaes foi chamada de questo inglesa, elaenglobava uma infinidade de aspectos relacionados aos impactos da industrializao nomodo de vida da populao. Por volta do ano de 1830 um novo contexto se erguequando a quantia necessria para manter os desvalidos passa de 4 milhes de libras para7 milhes, com isso uma seria de mudanas acontecem no mbito das polticas sociais.Em 1834 uma nova lei dos pobres criada. Essa nova lei mantm o auxlio aos semtrabalho, mas os obriga a entrar nas chamadas (Workhouses), nessas casas praticava-setrabalhos forados, comia-se mal, era proibido fumar, devia-se ficar em silncio, asvisitas eram raras e a disciplina era uma priso. As diversas formas de punio dosdesempregados eram to grotescas que o idealizador dessa nova lei dos pobres j haviatentado usar indigentes em substituio do vapor em uma fbrica de seu irmo. O que se

    pode perceber a partir dessas polticas a separao entre os pobres que trabalham e osque no trabalham marcando assim a profunda diviso do social do trabalhocaractersticas dessa sociedade. A partir das diversas movimentaes das bases dessasociedade no sentido de que essa grande massa de trabalhadores comea a se fazer ouvir

    pelo seu expressivo nmero, comea a haver uma relativa organizao (movimentocartista) do trabalhador em busca de participao poltica. Essa movimentao ainda nofoi suficiente para mudar a imagem do homem pobre por completo, mas mostrava aosgovernantes que a classe trabalhadora no podia mais ser tratada como criana. Diantedeste contexto de grande mudana de postura dos pobres e a partir disso a mudana daviso do homem rico para com os pobres, novos tipos de relaes so produzidos noseio da sociedade inglesa. Agora a viso recorrente de que o desemprego no maisuma questo temporria nem resistncia ao trabalho, e sim uma questo estrutural, umacriao da prpria sociedade industrial, como um resduo que, produzido por ela, nelano tem lugar.

    Classes pobres, Classes perigosas

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    Na Frana do sculo XIX, principalmente em Paris, existe o temor das jornadasrevolucionrias, jornadas estas formadas pela populao pobre, mas no a pobrezaindigente. Eram pessoas querendo fazer valer suas exigncias atravs do controle dasinstituies polticas. A partir de 1830 comeam as primeiras manifestaes, revoltas,isoladas, mas sempre reprimidas, porem sempre renascentes. O sentimento

    revolucionrio surgia principalmente nos bairros operrios. Esse sentimento de revoltase familiarizava com a Revoluo de 1789, considerada como a fundao da sociedadefrancesa. Em meio a esses anos evolucionrios, se definiu a imagem de retorno aoestado natureza, um estado primitivo onde tudo era possvel, pois tudo antes construdo

    pelo estado se encontrava arrasado(estrutura poltica e a hierarquia de privilegio de seushabitantes). Esse movimento no se tratava apenas de uma revolta, mas sim de umarevoluo, que tinha como objetivo a liberdade do povo, que antes eram considerados os

    pobres e oprimidos. Robespierre j dizia que no sabia se iria se instaurar umamonarquia ou uma republica, mas ele s sabia da questo social, que tinha o objetivo dealcanar a liberdade. A misria que prevalecia nas ruas, com o povo, fez de certamaneira mudar os ideais da revoluo, no tinham mais como objetivo a liberdade, mas

    sim a abundancia (tentativa de conter a pobreza e a misria). Na teoria poltica deRousseau j tinha transformado a compaixo num dever poltico plenamente racional, eesse dever foi transformado numa solidariedade fundada na comunho de interessescom os oprimidos e explorados. Deixa a idia de confronto de opinies e passa a existira idia de consentimento ou vontade geral. Isso acaba inserindo a multido nasdecises do poder. Na Frana ento surge poltica da felicidade ou da abundnciageral, inserindo toda a populao de modo no mnimo mais igualitrio. Forma-se naFrana o que se chamou de revoluo permanente, uma forma de dizer que o povoconseguiu seus ideais como est descrito no texto: ... o fim da fora, o trabalho para ohomem, a instruo para a criana, a doura social para a mulher, a liberdade, aigualdade, a fraternidade, o po para todos, o paraso na terra". A revoluo era totemida que vasculhava minuciosamente o terreno onde se imagina que germinava oinimigo. Um imenso exercito saia rua a procura de pelo menos um pequeno sinaldas chamadas classes perigosas. A questo social se encontrou momentaneamente suaforma poltica, a republica formada pela livre associao de comunas federais. Amultido toma as praas e proclamam o direito dos citadinos sua cidade (Comuna deParis). Foi a primeira grande mobilizao da classe desfavorecida em prol da igualdadee felicidade geral, pode-se dizer que a revoluo francesa o inicio das revolues comobjetivo de igualdade entre as pessoas.