Resumo - Mal estar na civilização - FREUD, 2008
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O mal estar na civilizaçãoO mal estar na civilizaçãoO mal estar na civilizaçãoO mal estar na civilização
Em sua obra, Sigmund Freud se refere às conseqüências da criação de uma sociedade civilizada, na qual o ser
humano teve de reprimir seus instintos mais violentos. Como esses instintos não foram satisfeitos,
gerando neuroses e infelicidade. Para Freud, o instinto humano é naturalmente agressivo e, assim que se
liberta do sistema que o reprimia, o homem tende a destruir o meio em que vive.
desenvolvimento de um indivíduo e da civiliza
pressões impostas às pessoas. Existem dois princípios que regem a vida, e que entram em constante conflito: o
princípio do prazer e o da realidade
(Tanatos), respectivamente. Enquanto Eros age
indivíduos, Tanatos atua de forma oposta,
Em seu meio, o homem se enquadra n
repressora, sem que lhe seja oferecida a possibilidade de liberdade e, consequentemente, não é concretizada
sua felicidade, entendida como a liberação das energias instintivas.
instantes fugazes de satisfação que são resultado dos impulsos sexuais represados.
condição de ser racional, a característica instintiva aproxima o ser humano de qualquer espécie animal
independente da escala a qual este pertença.
entre as diversas análises que podem ser consideradas, a principal delas está entre o amor, cujo poder induz o
indivíduo a não aceitar privar-se do objeto de desejo, e a dor, que é a sensação desagradável advinda da não
realização de um relacionamento interpessoal.
que os neuróticos não conseguem tolerar
sofrimento ou se tornam fonte de angústias
geral.
Entretanto, além da castração, o mundo civilizado
grupo social implica diretamente no relacionamento entre um número considerável de pessoas. Quando um
relacionamento amoroso se encontra em seu ponto mais alto, o casal se basta, não havendo lugar para outro
alguém nessa relação. Esta é a situação em que Eros
além, permanecendo atuante apenas no mode
composta de indivíduos duplos (casais) que, libidinosamente satisfeitos sejam capazes de se v
por meio do trabalho e interesses comu
estado de coisas não existe, e nunca existiu.
ligações que até o momento lhe oferecemos, e então visa unir todos os seus membros entre si de maneira
libidinosa, empregando todos os meios disponíveis para isso.
que uma forte identificação seja estabelecida com seus semelhante
inibida, é despertada em sua finalidade
que os objetivos dessa civilização sejam alcançados, ela força restrições à vida sexual do indivíduo.
com Freud, não somos capazes de entender a necessidade que o meio social tem de seguir este rumo, o
O mal estar na civilizaçãoO mal estar na civilizaçãoO mal estar na civilizaçãoO mal estar na civilização
Sigmund FreudSigmund FreudSigmund FreudSigmund Freud
Em sua obra, Sigmund Freud se refere às conseqüências da criação de uma sociedade civilizada, na qual o ser
humano teve de reprimir seus instintos mais violentos. Como esses instintos não foram satisfeitos,
Para Freud, o instinto humano é naturalmente agressivo e, assim que se
liberta do sistema que o reprimia, o homem tende a destruir o meio em que vive.
desenvolvimento de um indivíduo e da civilização em geral, é essencial que se faça um controle de todas as
Existem dois princípios que regem a vida, e que entram em constante conflito: o
princípio do prazer e o da realidade – também denominados instinto de vida (Eros) e o instinto de morte
Enquanto Eros age com o intuito de interagir na civilização e aproximar os
indivíduos, Tanatos atua de forma oposta, ou seja, contra a sociedade.
Em seu meio, o homem se enquadra na condição de alienação perante imposições de uma sociedade
repressora, sem que lhe seja oferecida a possibilidade de liberdade e, consequentemente, não é concretizada
sua felicidade, entendida como a liberação das energias instintivas. Ele nunca atinge a
instantes fugazes de satisfação que são resultado dos impulsos sexuais represados.
condição de ser racional, a característica instintiva aproxima o ser humano de qualquer espécie animal
independente da escala a qual este pertença. Neste conflito existente entre os princípios de Eros e Tanatos,
entre as diversas análises que podem ser consideradas, a principal delas está entre o amor, cujo poder induz o
do objeto de desejo, e a dor, que é a sensação desagradável advinda da não
realização de um relacionamento interpessoal. Segundo o autor, as frustrações de ordem sexual são aquelas
que os neuróticos não conseguem tolerar e criam, através dos sintomas, satisfações alternativas que causam
sofrimento ou se tornam fonte de angústias pelas dificuldades geradas em seus relacionamentos de um modo
o mundo civilizado impõe outros sacrifícios. O desenvolvimento cultural de um
po social implica diretamente no relacionamento entre um número considerável de pessoas. Quando um
relacionamento amoroso se encontra em seu ponto mais alto, o casal se basta, não havendo lugar para outro
Esta é a situação em que Eros revela todo o âmago de seu ser, no entanto, s
além, permanecendo atuante apenas no modelo de relação a dois. Se imaginarmos uma comunidade cultural
composta de indivíduos duplos (casais) que, libidinosamente satisfeitos sejam capazes de se v
por meio do trabalho e interesses comuns, a sociedade não iria extrair energias da sexualidade.
estado de coisas não existe, e nunca existiu. O plano real nos mostra que a civilização não se contenta com as
omento lhe oferecemos, e então visa unir todos os seus membros entre si de maneira
libidinosa, empregando todos os meios disponíveis para isso. Os indivíduos têm os caminhos favorecidos para
que uma forte identificação seja estabelecida com seus semelhantes; em ampla escala a libido, que se encontra
inibida, é despertada em sua finalidade, promovendo o vínculo comum através das relações de amizade.
que os objetivos dessa civilização sejam alcançados, ela força restrições à vida sexual do indivíduo.
com Freud, não somos capazes de entender a necessidade que o meio social tem de seguir este rumo, o
Em sua obra, Sigmund Freud se refere às conseqüências da criação de uma sociedade civilizada, na qual o ser
humano teve de reprimir seus instintos mais violentos. Como esses instintos não foram satisfeitos, acabaram
Para Freud, o instinto humano é naturalmente agressivo e, assim que se
liberta do sistema que o reprimia, o homem tende a destruir o meio em que vive. Para que o haja o
ção em geral, é essencial que se faça um controle de todas as
Existem dois princípios que regem a vida, e que entram em constante conflito: o
instinto de vida (Eros) e o instinto de morte
com o intuito de interagir na civilização e aproximar os
a condição de alienação perante imposições de uma sociedade
repressora, sem que lhe seja oferecida a possibilidade de liberdade e, consequentemente, não é concretizada
Ele nunca atinge a plenitude, apenas
instantes fugazes de satisfação que são resultado dos impulsos sexuais represados. Apesar de estar na
condição de ser racional, a característica instintiva aproxima o ser humano de qualquer espécie animal,
Neste conflito existente entre os princípios de Eros e Tanatos,
entre as diversas análises que podem ser consideradas, a principal delas está entre o amor, cujo poder induz o
do objeto de desejo, e a dor, que é a sensação desagradável advinda da não
Segundo o autor, as frustrações de ordem sexual são aquelas
sfações alternativas que causam
pelas dificuldades geradas em seus relacionamentos de um modo
O desenvolvimento cultural de um
po social implica diretamente no relacionamento entre um número considerável de pessoas. Quando um
relacionamento amoroso se encontra em seu ponto mais alto, o casal se basta, não havendo lugar para outro
revela todo o âmago de seu ser, no entanto, se recusa a ir
Se imaginarmos uma comunidade cultural
composta de indivíduos duplos (casais) que, libidinosamente satisfeitos sejam capazes de se vincular a outros
ns, a sociedade não iria extrair energias da sexualidade. Porém, esse
O plano real nos mostra que a civilização não se contenta com as
omento lhe oferecemos, e então visa unir todos os seus membros entre si de maneira
Os indivíduos têm os caminhos favorecidos para
; em ampla escala a libido, que se encontra
, promovendo o vínculo comum através das relações de amizade. Para
que os objetivos dessa civilização sejam alcançados, ela força restrições à vida sexual do indivíduo. De acordo
com Freud, não somos capazes de entender a necessidade que o meio social tem de seguir este rumo, o
antagonismo a sexualidade do ser. Algum fator de perturbação ainda não foi descoberto. Ainda podemos
detectar em nós uma dose de agressividade, e supomos que ela esteja presente também nas outras pessoas, e
isso cria entraves nos relacionamentos interpessoais, gerando um alto dispêndio de energia para a civilização.
A conseqüência da hostilidade primária humana é a ameaça constante de desintegração que apavora a
sociedade denominada civilizada. A inclinação que o ser humano possui para a agressividade não é tão fácil
de ser descartada. Freud analisa que, se tomarmos um pequeno grupo cultural de pessoas, elas se sentirão
mais confortáveis se concederem a esse instinto o escoamento na forma de hostilidade contra intrusos. Há um
bom número de indivíduos unidos no amor, e outro tanto, nada desprezível, em manifestações de
agressividade.
Se o mundo civilizado impõe sacrifícios ao ser humano, não apenas a sua sexualidade, mas também a sua
agressividade, é natural entender as razões que impedem a felicidade nessa sociedade. Talvez haja a
possibilidade de nos familiarizarmos com a idéia de que existam dificuldades ligadas à natureza da civilização,
e que estas não se submeterão as tentativas de reforma. Na última fase do pensamento freudiano, o terreno
social é representado em uma polaridade constante entre duas lógicas: a da política e a da guerra, já que os
fundamentos do poder estão embutidos na renúncia dos prazeres imposta aos indivíduos e na regulação da
vida social. Decorrentes disso são a neurose e o mal estar, dos quais dificilmente se pode fugir. O método mais
adequado para minimizar o desconforto é o tratamento terapêutico adequado a cada um.
A grande questão é saber até que ponto o desenvolvimento cultural humano irá sobrepujar a inquietação e
angústia provocadas pelo instinto de agressão e autodestruição, natural no homem. Há um considerável
domínio das forças da natureza exercido pela humanidade, que os indivíduos seriam capazes de se
exterminarem uns aos outros completamente; e a consciência desse fato é a causadora de boa parte de sua
infelicidade e ansiedade. No mundo atual não há lugar para utopias – o ovo do réptil está em constante
gestação em nossos ventres – constituindo-se a eterna luta entre Eros e Tanatos, ambos tentando se firmar.